Formas de Funcionalismo Na Sintaxe

7/25/2019 Formas de Funcionalismo Na Sintaxe

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Delta: Documentao de Estudos em LingsticaTerica e Aplicada

Print version ISS !"!#$%%&!

DELTA vol.14 special issue So Paulo 1998

http://dx.doi.or/1!.1"9!/S!1!#$44"!1998!!!%!!!11

DEBATE/DEBATE

Formas de Funcionalismo na Sintaxe**

(Functionalism in Syntax)

Mary A KATO (Universidade Estadual de Campinas)

ABSTRACT: This article shows that the term "functionalism", very often understood as

a sinle or uniform approach in linuistics, has to !e understood in its different

perspectives # start !y presentin an opposin conception similar to the #$lanuae vs

E$lanuae in Choms%y &'()*+ As in the latter conception , lanuae can !e

understood as an a!stract model of a mind internal mechanism responsi!le for

lanuae production and perception or, as in the former one, it can !e the description ofthe eternal use of lanuae Also li%e with formalists , there are functionalists who

loo% for cross$linuistic variation &and universals of lanuae use+ and functionalists

who loo% for lanuae internal variation #t is also shown that functionalists can differ

in the etent to which social varia!les are considered in the eplanation of linuistic

form

RESU-.:Este tra!alho procura mostrar /ue o termo "funcionalismo", fre/uentemente

suposto como uma a!ordaem 0nica ou uniforme na lin12stica, precisa ser

compreendida em suas diversas perspectivas #nicio o tra!alho apresentando o

contraste conceitual semelhante 3s de 42nua$# e 42nua$E, em Choms%y &'()*+ Tal

como na primeira concep56o, a l2nua, na vis6o funcionalista, pode ser tomada comoum modelo a!strato do mecanismo interno da mente respons7vel pela produ56o e

percep56o da l2nua ou , como na seunda, pode ser entendida como a descri56o dos

usos eternos da l2nua Tam!8m paralelamente aos formalistas, h7 funcionalistas /ue

procuram a varia56o translin12stica poss2vel&os universais do uso da l2nua+ e

funcionalistas /ue procuram determinar as causas da varia56o intra$lin12stica

Tam!8m procuro mostrar /ue os funcionalistas podem diferir na etens6o do uso de

vari7veis sociais na eplica56o da forma lin12stica

9E ;.R


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>A4A?RAS$C@A?E: funcionalismo= modelos de produ56o e percep56o= universais de

uso da l2nua= varia56o intra$lin12stica= fun5es da linuaem

0. Introdu!o

"os #studos lin$%&sticos mod#rnos' od#mos id#ntiicar duas #rs#cti*as di#r#nt#s d#s# #studar a lin$ua$#m+ a #rs#cti*a ormal # a #rs#cti*a uncionalista ,. Essas

#rs#cti*as di#r#m' #ntr# outros as#ctos- discutidos n#sta #*ista' #m r#la!o+

a) ao *oca1ulrio d#scriti*o 2u# ostulam como rimiti*os' isto 3' 4s cat#$orias ormaisara a rim#ira # 4s s#m5ntico/ra$mticas ara a s#$unda6

1) 4 orma da l&n$ua como s#ndo d#t#rminada #lo s#u uso' ostulado assumido #losuncionalistas' mas n#$ado #los ormalistas at3 o Minimalismo7.

O o1#ti*o a2ui 3 continuar o d#1at# ocorrido na #*ista D.E.8.T.A so1r# uncionalismovsormalismo' mas o 2u# r#t#ndo a9#r' n#st# tra1al:o' n!o 3 oor #ss#s ;


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Os ro1l#mas #nr#ntados #la t#oria


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l&n$uas naturais 3 uma #xlica!o uncionalista ara a r#stri!o #ncontrada orRr##n1#r$' d# 2u# l&n$uas iniciadas or *#r1o tm a ora!o r#lati*a d#ois do nGcl#onominal # l&n$uas 2u# tm o *#r1o no im tm suas r#lati*as ant#s do nGcl#o nominal.Kuno mostra 2u#' s# #ssa r#la!o d# sim#tria transcat#$orial n!o 3 r#s#itada' a#strutura r#sultant# s#ria d# di&cil roc#ssam#nto' d#*ido ao #xc#sso d# #ncaix#s

c#ntrais 2u# as l&n$uas rodu9iriam.

=lar> # =lar> (,?)' 2u# s!o tam13m uncionalistas n#ss# tio d# ori#nta!o' di9#m#xlicitam#nt# 2u# a :armonia' ou sim#tria' transcat#$orial d# osi!o dos nGcl#os 3uma #xi$ncia da nossa caacidad# d# roc#ssam#nto. Assim' #ss#s uncionalistasadmit#m 2u# a l&n$ua t#m uma #strutura


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"o li*ro Tal%in -inds' d# B#*#r' =arroll # Mill#r (,?@) #ssas #r$untas s!or#sondidas d# di*#rsas ormas or lin$%istas da #statura d# Kat9' Yac>#ndo #Fillmor#' or sicolin$%istas r#utados como Kintsc:' Os$ood # Lr#mac> # or t#Jricosdas cincias comutacionais como o$#r Sc:an> # Mitc:#ll Marcus. Al$uns ad#r#m 4*is!o modular da m#nt#' atri1uindo 4 $ramtica um mJdulo #s#ciali9ado' # outros 4

t#s# d# um m#canismo :ol&stico' multi


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Lara o uncionalista' no ato do su#ito s#r r#2%#nt#m#nt# o tJico n!o


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@U ERA DE =IA]^O DE SYEITO

Ainda na t#oria r#lacional' a ;8#i da Anula!o #lacional d#t#rmina 2u# s# um S"

assum# uma un!o $ramatical #m r#la!o ao *#r1o' #nt!o o S" 2u# #x#rcia #ssa un!oant#riorm#nt# d#ixa d# t#r 2ual2u#r r#la!o $ramatical' tornandos# um _c:m#ur_(#mt#rmos d# $ramtica tradicional' um adunto). Assim' #m uma transorma!o da ati*a

ara a assi*a' na *#rs!o da $ramtica r#lacional' o o1#to inicial assum# a un!o$ramatical d# su#ito d#ri*ado # o su#ito inicial #ntra #m adun!o (#m _c:ma$#_).

D#ntro d#ssa *#rs!o' t#r&amos ainda uma #xlica!o ara as ord#ns alt#rnati*as OD OI #OI OD 2u# t#mos #m l&n$uas como o in$ls. A s#nt#na (?)a' na conc#!o da$ramtica r#lacional' t#ria a orma (?)1' como d#ri*ada or uma r#$ra d# asc#ns!o #m2u# OI assum# a un!o d# OD # o OD inicial #ntra #m adun!o.

(?) a.


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O 2u# 3 int#r#ssant# n#ss#s #studos tiolJ$icos uncionalistas 3 2u# #l#s cons#$u#m darconta d# muitos #nm#nos tratados or $#rati*istas ortodoxos' usando as un#s$ramaticais # a#nas a ord#m lin#ar como orma d# sa&da' s#m usar a no!o # a r#stri!od# #struturas ar1Jr#as. Mas : uma di#r#na undam#ntal #ntr# um uncionalista comoDi> # os $ramticos r#lacionais. Est#s art#m d# ord#ns 1sicas # usam a no!o d#

transorma!o ara dar conta das ord#ns d#ri*adas

. A2u#l# dis#nsa a no!o d#transorma!o@.

-.-. Fun#s s#m5nticas

Ord#ns cannicas #m outros n&*#is uncionais tam13m tm sido roostas. "o n&*#l dasun#s s#m5ntico (,?@) ro# uma

:i#rar2uia d# su1#ti*idad# com 1as# #m a3is s#m5nticos (ou t#mticos)+

,0U A$#nt#VAl*oV#cii#nt#VB#n#acti*oVInstrum#ntoV8ocati*oVT#mo

\uanto mais s# d#sc# na #scala' mais di&cil ica #ncontrar #ss# a#l atri1u&do aosu#ito.

Outras :i#rar2uias d# ord#m s#m5ntica tm sido roostas+ o d#inido ant#s doind#inido' o ossuidor ant#s do o1#to ossu&do' o :umano ant#s do n!o


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lic#nciam#nto 3 ormal. Q o lic#nciam#nto ormal 2u# #xlica or 2u# sJ o o1#to od#t#r #ssa dula distri1ui!o+ o *#r1o sJ od# atri1uir acusati*o' =aso do o1#to dir#to. S#a ord#m oss# r#$ida a#nas #la :i#rar2uia s#m5ntica' 2ual2u#r coml#m#nto ouadunto d#*#ria od#r aar#c#r d#ois do *#r1o.

-.7. Fun#s discursi*o


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A a1orda$#m discursi*o


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acilitar o roc#ssam#nto. Em1ora i* (,?N) d uma int#rr#ta!o #stritam#nt#ra$mtico


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Em torno da 0ltima d8cada, tornouse !vio para um crescente n0mero de lin1istas /ue

o estudo da sintae de senten5as isoladas, sem o seu conteto natural, etra2das das

constru5es intencionais de falantes 8 uma metodoloia /ue D7 ultrapassou sua

utilidade >rimeiro, as senten5as isoladas e sua sintae est6o em fre/1ente desacordo

com a sintae encontrada na fala natural, n6o eliciada artificialmente, de tal forma /ue

s8rias d0vidas podem ser levantadas /uanto 3 sua leitimidade e efetiva realidade,eceto como artefatos curiosos de um m8todo particular de elicia56o Al8m disso, o

estudo da sintae, /uando limitado ao n2vel sentencial e privado de seu conteto

comunicativofuncional, tende a inorar ou at8 mesmo a o!scurecer o papel enorme /ue

considera5es comunicativas /ue afetam a estrutura do discurso desempenham nadetermina56o das chamadas reras sint7ticas

Em contrast#' *#a a s#$uint# osi!o sust#ntada or Kuno(,?@+,)+

or outro lado, dado um processo lin12stico /ue 8 reidotanto por fatores sint7ticos /uanto por, diamos, fatores discursivos, este ter7 os

aspectos sint7ticos formulados pelo componente sint7tico, en/uanto os fatores

discursivos /ue interaem com os sint7ticos ser6o eplicados pelo componente

discursivo .s sintaticistas puristas se concentrar6o na primeira caracteria56o e os

funcionalistas na seunda F6o deve haver um desentendimento necess7rio entre os

dois.

"o Brasil' : tam13m ad#tos d#ssas duas osi#s. Cotr# # "aro(,?@?) n#$am asintax#' #n2uanto os #s2uisador#s uncionalistas do Lro#to da Rramtica do Lortu$usFalado s#$u#m a lin:a d# Franc:i (,?)' s#$undo a 2ual a l&n$ua 3 constitu&da d# trssist#mas+ o sist#ma sinttico' o s#m5ntico # o discursi*o' 2u# s# articulam atra*3s dol3xico,7.

. Di#r#nas adicionais #ntr# uncionalistas

Cimos 2u# o uncionalismo od# t#r *rias a1orda$#ns+ lin$ua$#m int#rna ou #xt#rna'd#scri!o #m n&*#l int#r< ou intra


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d# *rios n&*#is como rimiti*os' incluindo


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Os #studos ormais' or outro lado' *m id#ntiicando outras un#s' como as d# tJico# oco # tam13m os ro1l#mas d# r#stri#s d# d#initud#. A di#r#na 3 2u# aid#ntiica!o # d#ini!o s!o s#mr# d# cart#r #strutural # ormal. Mas l#m1r#mos 2u##m1ora t#rmos como T#ma # #ma s#am t!o anti$os 2uanto a $ramtica


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Essa r#ocua!o com un#s distintas 4s d# su#ito' o1#to # o1#to indir#to *#massolando tam13m a lit#ratura $#rati*ista' d# orma $#ral. Assim' r#lati*am#nt# aos

rimiti*os s#m5nticoa' ,??N) # ToL (Toic L:ras#) (i99i' ,??)' ou no rJrio

minimalismo d# =:oms>y' com #statuto d# trao' como bora #m =om (=:oms>y',??N)' com int#rr#ta!o d# ora ilocucionria,. A $rand# di#r#na 3 2u#' ara osormalistas' #ssas un#s assum#m o #statuto d# cat#$orias ormais ou d# traos d#nGcl#os' na #strutura' mas n!o ara os uncionalistas' ara 2u#m a ord#m lin#ar ar#c#s#r um r#2uisito ormal suici#nt#,. Cimos acima' ainda' 2u# a no!o d# su#ito' araZalliday' s# distri1ui #m n&*#is di#r#nt#s d# un!o. Ora' ara os $#rati*istas' o m#smosinta$ma nominal DL assum# *rias r#la#s no d#corr#r da d#ri*a!o,@+

,U

C


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c:#$ar 4 Forma 8J$ica com a m#sma r#r#s#nta!o das l&n$uas 2u#nt#s. Acons#2%ncia disso 3 2u# *oltamos 4 discuss!o da t#s# da iconicidad# dosuncionalistas. Lod#mos di9#r 2u# al$umas l&n$uas s!o mais icnicas #m r#la!o aun#s discursi*as # #las s!o a c:a*# ara d#t#rminar 2uais s!o as un#s 2u# #st!o$ramaticali9adas nas l&n$uas naturais' m#smo 2u# #m al$umas d#las a r#la!o s#a

oaca do onto d# *ista moroy (,??N) consid#ra :o# a Forma 8J$ica(F8) # a Forma Fon3tica (FF) como osGnicos n&*#is conc#itualm#nt# n#c#ssrios # #st#s s!o os 2u# a9#m a int#rac#r#s#cti*am#nt# com os sist#mas conc#itualsU


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=ASTI8ZO'A.T. (,??) m onto d# *ista uncional so1r# r#dica!o.A4GA'7@+N


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fffffffff (,?@) Synta: a Gunctional and Typoloical #ntroduction Amst#rdam+Yo:n B#namins. 8in>sU

REE"BER'Y.Z. (,?) Som# uni*#rsals o $rammar it: articular r##r#nc# to t:#ord#r o m#anin$ul #l#m#nts. In+ Y.Z. Rr##n1#r$ (#d) ni*#rsals o 8an$ua$# (-nd

#d) ' =am1rid$#' Mass+ MIT Lr#ss. 8in>sU

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fffffffff (,?@) . -undo da Escrita. S!o Laulo' martins Font#s' ?g #d (,??@). 8in>sU

KEE"E"'E.8. # B. =OMIE (,?) "oun :ras# acc#ssi1ility and uni*#rsal $rammar.8in$uistic In2uiry'@+ 7


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fffffff (,?N) T:r## #rs#cti*#s in t:# unctional aroac: to syntax. >apers fromthe >arassession on GunctionalismC4S, QM*$NN* 8in>sU

8EE=Z' R.' 8.' j. aymond X L.Smol#ns>y (s.d) "a otimality t:#or#tic tyolo$y ocas# and $rammatical *oic# syst#ms. ni*#rsity o =olorado' Bould#r' ms.

8in>sU

8I' =: X S.TZOMLSO" (,?N) T:# s#mantic unction o ord ord#r+ a cas# study inMandarin. In+ =:. 8i (or$) ;ord .rder and ;ord .rder Chane Austin+ ni*#rsity ot#xas r#ss. 8in>sU

ffffffffffffffffffff (,?) Su1#ct and Toic+ a n# tyolo$y o lan$ua$#. In+=:.8I (or$) Su!Dect and Topic"# Por>+ Acad#mic Lr#ss. 8in>sU

"AS=IME"TO'M. (,??0) T#oria $ramatical # m#canismos uncionais do uso dal&n$ua.


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IAREEKA' Y. (,??N) An F osition in j#st#rn omanc#. In+ K.Q. Kiss (or$) 8in>sU

COTE'S. E A. "AO (,?@?) M#canismos uncionais do uso da l&n$ua.


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@Lara uma alica!o int#r#ssant# da t#oria d# Di> no ortu$us' *. L#99ati # =amac:o',??.

?Ao contrrio dos d#mais' =omri# (,?@,) ro# uma :i#rar2uia n!o

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