Física 11º - Guia do Professor
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República Democrática de Timor-LesteMinistério da Educação
11 | FÍSICA
Guia do ProfessorFÍSICA11.o ano de escolaridade
Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de AveiroFinanciamento do Fundo da Língua Portuguesa
Guia do ProfessorFÍSICA11.o ano de escolaridade
Os sítios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos à data de publicação. Considerando a existência de alguma volatilidade na Internet, o seu conteúdo e acessibilidade poderão sofrer eventuais alterações.
TítuloFísica - Guia do Professor
Ano de escolaridade11.o Ano
AutoresLuís Cadillon Costa Fátima Sousa Castro Nuno Serra Agostinho
Coordenador de disciplinaLuís Cadillon Costa
Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina Este guia foi elaborado com a colaboração de equipas técnicas timorenses da disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste.
Design e PaginaçãoEsfera Crítica Unipessoal, Lda. Patrícia Ferreira Carvalho
ISBN978 - 989 - 8547 - 48 - 4
1ª Edição
Conceção e elaboraçãoUniversidade de Aveiro
Coordenação geral do Projeto Isabel P. MartinsÂngelo Ferreira
Ministério da Educação de Timor-Leste
2013
Este guia de professor é propriedade do Ministério da Educação da República Democrática de Timor-Leste, estando proibida a sua utilização para fins comerciais.
Impressão e Acabamento Super Xerox, Unipessoal, Lda.
Tiragem400 exemplares
3
Índice
Unidade Temática
1 Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa
1 Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa
Apresentação do Guia
8
5
Linhas para a Gestão do Programa
2 Linhas para a Gestão do Programa
2.1 Plano de Trabalho Anual
2.2 Planificação das Atividades Letivas da Unidade A2.2.1 Diagrama de Conteúdos2.2.2 Sugestões Metodológicas
2.3 Planificação das Atividades Letivas da Unidade B2.3.1 Diagrama de Conteúdos2.3.2 Sugestões Metodológicas
2.4 Planificação das Atividades Letivas da Unidade C2.4.1 Diagrama de Conteúdos2.4.2 Sugestões Metodológicas
2.5 Avaliação2.5.1 Considerações Gerais2.5.2 Avaliação Diagnóstica
Matriz de Competências do Teste DiagnósticoTeste de Avaliação DiagnósticaMatriz de Correção
2.5.3 Testes Formativos1.o Teste Formativo Unidade AMatriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade A2.o Teste Formativo Unidade AMatriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade A1.o Teste Formativo Unidade BMatriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade B2.o Teste Formativo Unidade B
12
12
151517
212122
252527
3030323233353636364040454548
Unidade Temática
2
4
Estratégias de Ensino
Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar
3 Estratégias de Ensino
3.1 Atividades Práticas/Prático-Laboratoriais3.1.1 Listagem das Atividades 3.1.2 Exploração das Atividades
APL A-0.1: Construção e calibração de um termómetroAPL A-1.1: Absorção e emissão de radiaçãoAPSA A-2.1: Coletor solarAPL A-2.1: Balanço energético num sistema termodinâmico APL B-1.1: Lei de Arquimedes APSA B-1.1: Pressão atmosférica APSA B-1.2: Lei de PascalAPL B-2.1: Coeficiente de viscosidade de um líquidoAPL C-1.1: Características das imagens em espelhosAPL C-1.2: Os sistemas óticos e a reflexão totalAPL C-1.3: Distância focal e vergência
3.2 Sítios na Internet3.2.1 Recursos Gerais 3.2.2 Simulações Computacionais3.2.3 Vídeos sobre Física
4 Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar
4.1 Bibliografia de Referência
60
6262626365676870727374778183
86868687
90
90
Unidade Temática
Unidade Temática
3
4
2Matriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade B1.o Teste Formativo Unidade CMatriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade C2.o Teste Formativo Unidade CMatriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade C
4852525555
Apresentação do Guia | 5
Apresentação do GuiaEste Guia foi concebido para orientar os professores na sua prática docente, auxiliando a execução de tarefas
inerentes à implementação do Programa, e contendo informação relevante para o seu cumprimento.
O conhecimento profundo do Programa de Física do 11.o ano, bem como das suas linhas orientadoras, deve
merecer, por parte do professor, uma atenção particular. Os assuntos abordados neste novo programa requerem
que o professor altere hábitos enraizados, implementando metodologias diferenciadas capazes de motivar
os estudantes.
A estrutura deste Guia contempla os seguintes pontos:
1 Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa
2 Linhas para a Gestão do Programa
3 Estratégias de Ensino
4 Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar
No ponto 1 são apresentadas as orientações que regem a construção do programa. Seguidamente, no ponto 2,
desenvolvem-se as linhas para a gestão do programa, em particular a planificação anual do trabalho a desenvolver
e a planificação das atividades letivas das diferentes unidades temáticas. Inclui-se, além da sugestão de uma
calendarização por conteúdos, também sugestões metodológicas e propostas de avaliação. No ponto seguinte
são apresentadas estratégias de ensino e a exploração das atividades práticas/prático-laboratoriais. No ponto 4
são identificadas obras de referência de apoio ao professor.
1 Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa
Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa
8
1 Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do
ProgramaA base da estruturação do programa de Física centra-se em conhecimentos
de investigação em Educação em Ciências. As linhas orientadoras que
presidiram à sua construção, para o ciclo de estudos, teve em conta a
importância e o impacto da Física no mundo moderno, nomeadamente as
suas contribuições para outras áreas do conhecimento.
É hoje consensual que um ensino secundário de qualidade nos domínios
da Ciência e da Tecnologia é uma condição da preparação dos jovens
para a sua inserção na sociedade, quer como cidadãos ativos de pleno
direito, quer pela contribuição que podem dar para o desenvolvimento
dessa mesma sociedade. Estes são os princípios veiculados pelo Programa
que propõe temas úteis à vida quotidiana, conforme está explícito no
seguinte excerto:
«Procura-se que esta disciplina contribua para a construção
de conceitos, competências, atitudes e valores, enquadrando
conteúdos canónicos de Física em temas abrangentes, por
exemplo Mobilidade em Segurança e Recursos Humanos,
Perceção Humana e o Desenvolvimento Sustentável, e
Tecnologias e Qualidade de Vida.»
É reconhecido que, para melhorar a qualidade de vida e resolver
os problemas atuais, são necessários, por um lado, contributos e
compromissos globais, coletivos e individuais, e por outro, que a educação
seja um dos instrumentos mais poderosos para promover as mudanças
requeridas. E, para a sua consecução os estudantes lucram com contextos
educativos, facilitadores da aquisição de literacia científica, conhecendo
as principais descobertas científicas e tecnológicas, e as respetivas
implicações sociais, económicas e ambientais.
Para a sua integração neste contexto, é essencial que os professores estejam
suficientemente informados sobre esta perspetiva educativa, reconheçam
a sua importância e se mobilizem para se envolverem em parcerias
indispensáveis para o desenvolvimento de competências necessárias à sua
atividade docente. É necessária uma intervenção planeada do professor, a
quem cabe a responsabilidade de implementar estas mudanças.
Orientações Metodológicas/Linhas Orientadoras do Programa | 9
O Programa do 11.° ano preconiza um ensino contextualizado que
permite, aos estudantes, acompanhar assuntos em que a Física tem um
papel dominante e que serviram de base a transformações profundas
nas mais diversas áreas tecnológicas. Os conteúdos programáticos são
lecionados nos contextos «Das estrelas ao aquecimento na Terra», «Os
fluidos na Terra» e «Da luz das estrelas à visão na Terra».
Promover o ensino de Física passa também pela valorização da componente
experimental, com vista ao desenvolvimento de competências promotoras
das capacidades de pensamento crítico e de resolução de problemas.
As atividades experimentais permitem igualmente motivar e estimular
o interesse dos estudantes e a aprendizagem de técnicas e práticas de
conhecimento conceptual e de metodologias científicas.
As condições para os estudantes desenvolverem capacidades de
criatividade, de reflexão, de como trabalhar em grupo, de saber estar, de
saber fazer e de decidir, devem ser proporcionadas pela escola, de acordo
com o expressamente preconizado pelo Programa, onde se refere que
se deve promover «uma multiplicidade de abordagens complementares,
como a abordagem transdisciplinar, a histórica, a social, a epistemológica
e a problemática».
2 Linhas para a Gestão do Programa
2.1 Plano de Trabalho Anual2.2 Planificação das Atividades Letivas da Unidade A2.2.1 Diagrama de Conteúdos2.2.2 Sugestões Metodológicas2.3 Planificação das Atividades Letivas da Unidade B2.3.1 Diagrama de Conteúdos2.3.2 Sugestões Metodológicas2.4 Planificação das Atividades Letivas da Unidade C2.4.1 Diagrama de Conteúdos2.4.2 Sugestões Metodológicas2.5 Avaliação2.5.1 Considerações Gerais2.5.2 Avaliação Diagnóstica2.5.3 Testes Formativos
Linhas para a Gestão do Programa
12
2 Linhas para a Gestão do ProgramaA constante reflexão dos professores, aliada à experiência adquirida ao
longo do tempo, permite uma correta gestão do programa. Esta é uma
tarefa de grande importância, na medida que dela resulta o sucesso da
implementação desse programa.
O cumprimento integral do programa deve nortear as preocupações dos
professores, associado a um conveniente grau de aprofundamento dos
conteúdos lecionados. O professor deve diversificar as opções de ensino,
selecionando materiais e estratégias que proporcionem contextos de
aprendizagem motivadores, valorizando a componente laboratorial e o
envolvimento ativo dos estudantes.
2.1 Plano de Trabalho Anual
É fundamental a sensibilização dos professores para a necessidade de
planificarem o trabalho que vão desenvolver ao longo do ano letivo.
Ensinar Física não é somente transmitir conhecimento, mas sobretudo
criar situações que permitam aos estudantes compreender e construir
esse conhecimento. Daí ser crucial o professor inteirar-se dos temas e
conteúdos que vai lecionar ao longo do ano, bem como das atividades a
efetuar e dos recursos que terá de providenciar para as executar.
O trabalho de calendarização e planificação das tarefas a desenvolver ao
longo do ano é feito ainda antes do começo das atividades letivas. Essa
planificação é fundamental para que haja um fio condutor na consecução
dos objetivos propostos, sem esquecer que a dinâmica das aulas permite
uma certa flexibilidade. A isto obriga a diversidade de interesses e
características dos estudantes.
Assim, sem prejuízo da realidade de cada escola e da cada turma,
apresenta-se uma proposta de calendarização para a implementação
do programa.
Linhas para a Gestão do Programa | 13
PLANIFICAÇÃO ANUAL 11.oAno – Perceção Humana e o Desenvolvimento Sustentável
Aulas (50 min) Conteúdos
Unidade A: Das Estrelas ao Aquecimento na Terra
Subtema A-0: Radiação e Aquecimento
5
1 Espetro eletromagnético1.1 Radiação e energia1.2 Energia e frequência1.3 Frequência e comprimento de onda2 Temperatura2.1 Noção de temperatura2.2 Termómetros (tipos e funcionamento)2.3 Escalas termométricas (Celsius, Réaumur, Kelvin e Fahrenheit)
Subtema A-1: Radiação: do Sol para a Terra
13
1 Emissão e absorção de radiação1.1 Sistema termodinâmico1.2 Lei de Stefan-Boltzmann1.3 Deslocamento de Wien2 Equilíbrio térmico. Lei Zero da Termodinâmica2.1 Radiação Solar2.2 Balanço energético da Terra2.3 Painel Fotovoltaico
Subtema A-2: Aquecimento/Arrefecimento de Sistemas
13
1 Transferência de Energia como Calor1.1 Dilatação térmica dos sólidos, líquidos e gases1.2 Capacidade térmica mássica1.3 Mecanismos de transferência de calor: condução e convecção1.4 Materiais condutores e isoladores do calor. Condutividade térmica2 Primeira Lei da Termodinâmica3 Degradação da energia. Segunda Lei da Termodinâmica
Unidade B: Os Fluidos na Terra
B-0: Interações em Fluidos
31 Densidade ou massa volúmica2 Pressão e força de pressão3 Impulsão
Subtema B-1: Hidrostática
12
1 Noção de fluido2 Lei Fundamental da Hidrostática3 Lei de Pascal. Líquidos imiscíveis em vasos comunicantes4 Lei de Arquimedes5 Pressão atmosférica. Experiência de Torricelli6 Aplicações6.1 Aparelhos hidráulicos: prensa hidráulica, bomba hidráulica e manómetros de pressão6.2 Equilíbrio de corpos flutuantes
14 | Guia do Professor
Subtema B-2: Hidrodinâmica
8
1 Movimento dos fluidos em regime estacionário2 Conservação da massa e Equação da Continuidade3 Conservação de energia mecânica e Equação de Bernoulli4 Força de resistência em fluidos. Coeficiente de viscosidade de um líquido
Unidade C: Da Luz das Estrelas à Visão na Terra
Subtema C-0: Produção e transmissão da luz
6
1 Tipos de ondas2 Características das ondas3 Produção de ondas3.1 Fontes sonoras3.2 Fontes de luz4 Propriedades e aplicações do som e da luz4.1 Velocidade do som e da luz em diferentes meios
Subtema C-1: Ótica Geométrica
23
1 Fenómenos Óticos1.1 Propagação retilínea da luz1.2 Sombra, penumbra e eclipses1.3 Reflexão e Refração. Lei de Snell-Descartes1.4 Reflexão total. Ângulo crítico2 Aplicações2.1 Lentes2.1.1 Tipos de lentes2.1.2 Distância focal e vergência2.1.3 Constituição do olho humano e correção dos seus defeitos (miopia e hipermetropia)2.1.4 Instrumentos óticos: lupa, microscópio e telescópio2.2 Espelhos2.2.1 Espelhos planos2.2.2 Espelhos esféricos2.3 Fibras óticas
Avaliação
12 Testes de Avaliação
95 Total de aulas
Linhas para a Gestão do Programa | 15
2.2 Planificação das Atividades Letivas da Unidade A
2.2.1 Diagrama de Conteúdos
Subtema A-0: Radiação e Aquecimento
ESPETRO ELETROMAGNÉTICO
Radiações
Energia FrequênciaComprimento de Onda
ordena as
por
TEMPERATURA
Termómetros
Escalas Termométricas
Kelvin FahrenheitCelsiusRéaumur
avalia-se com
que têm
por exemplo
Subtema A-1: Radiação: do Sol para a Terra
RADIAÇÃO
Absorvida
Lei de Stefan-Boltzmann
Solar
Deslocamento de Wien
Refletida Transmitida
Equilíbrio Térmico
Painel Fotovoltaico
Balanço Energético da Terra
1.a Lei da Termodinâmica
quando incide num material pode ser
absorvida e emitida pode conduzir ao
é emitida por todos os corpos
comprovado pela
aplica-seconduz
16 | Guia do Professor
Subtema A-2: Aquecimento/Arrefecimento de Sistemas
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
Calor
Gases
Dilatação Térmica
Trabalho
Sólidos
Capacidade Térmica Mássica
Radiação
Líquidos
Condução
Bons Condutores
Condutividade Térmica
Degradação de Energia
2.a Lei da Termodinâmica
Convecção
Maus Condutores (Isoladores Térmicos)
1a Lei da Termodinâmica
pode ser realizada como
provoca
nos
depende
depende
permite caracterizar
implica sempre
faz-se por
Linhas para a Gestão do Programa | 17
2.2.2 Sugestões Metodológicas
Subtema A-0: Radiação e Aquecimento
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Espetro eletromagnético1.1 Radiação e energia1.2 Energia e frequência1.3 Frequência e comprimento de onda2 Temperatura2.1 Noção de temperatura2.2 Termómetros (tipos e funcionamento)2.3 Escalas termométricas (Celsius, Réaumur, Kelvin e Fahrenheit)
O estudante: • Diferencia as radiações do espetro eletromagnético segundo diferentes critérios, nomeadamente energia ou comprimento de onda e apresenta exemplos de aplicações tecnológicas para algumas delas.• Reconhece que a frequência e o comprimento de onda, de uma radiação eletromagnética, são grandezas inversamente proporcionais e relaciona-as com a energia da radiação.• Associa a grandeza física temperatura à medida da energia cinética média das partículas que constituem o corpo e que pode ser medida com um termómetro.• Explica o princípio de funcionamento dos termómetros de mercúrio, as limitações à sua utilização e as vantagens de utilização de outros tipos.• Reconhece o kelvin como a unidade SI de temperatura e o seu valor mais baixo como o zero absoluto.• Relaciona as escalas Celsius, Kelvin, Fahrenheit e Réaumur e converte valores de temperatura nas diferentes escalas.• Revela pensamento científico (prevendo, planificando e experimentando, …) na construção e calibração de um termómetro.
1
1
2
1
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Apresentar uma imagem de um espetro eletromagnético e analisar com os estudantes a ordenação das radiações, segundo a energia, frequência e comprimento de onda.• Dialogar com os estudantes sobre as aplicações tecnológicas das diferentes radiações.• Sistematizar a relação da frequência com o comprimento de onda e relacioná-las com a energia da radiação.• Explorar, através do diálogo com os estudantes, o conceito macroscópico e microscópico de temperatura.• Mostrar, ao vivo ou recorrendo a imagens, diferentes tipos de termómetros.• Explicar o funcionamento dos termómetros.• Pedir aos estudantes que comparem as diferentes escalas dos termómetros.• Explicar o conceito de zero absoluto e a unidade SI de temperatura.• Apresentar os fatores de conversão entre as diferentes escalas de temperatura.• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais para serem realizados na aula e/ou extra aula.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL A-0.1: Como construir e calibrar um termómetro?
18 | Guia do Professor
Subtema A-1: Radiação: do Sol para a Terra
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Emissão e absorção de radiação1.1 Sistema termodinâmico1.2 Lei de Stefan-Boltzmann1.3 Deslocamento de Wien2 Equilíbrio térmico. Lei Zero da Termodinâmica2.1 Radiação Solar2.2 Balanço energético da Terra2.3 Painel Fotovoltaico
O estudante: • Identifica um sistema termodinâmico como aquele em que são apreciáveis as variações de energia interna.• Interpreta a Energia Interna de um sistema como a soma das energias cinéticas dos seus átomos e moléculas e das energias potenciais associadas às suas mútuas interações; compara a energia interna de sistemas com temperaturas e massas diferentes.• Interpreta a energia irradiada por todos os corpos e relaciona a potência total irradiada por uma superfície com a respetiva área e a quarta potência da sua temperatura absoluta (Lei de Stefan-Boltzmann).• Identifica a zona do espetro eletromagnético em que é máxima a potência irradiada por um corpo e relaciona-a com os valores da sua temperatura (deslocamento de Wien).• Relaciona as zonas do espetro em que é máxima a potência irradiada pelo Sol e pela Terra com as respetivas temperaturas.• Reconhece que a radiação incidente num corpo pode ser parcialmente absorvida, refletida ou transmitida, dependendo da natureza da superfície onde incide.• Revela pensamento científico (prevendo, planificando e experimentando,…) na comparação do poder de absorção de energia por radiação de superfícies diversas, a partir de atividades práticas laboratoriais.• Explica, a partir da Lei Zero da Termodinâmica, que se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então eles estão em equilíbrio térmico entre si.• Explica que, quando um sistema está em equilíbrio térmico com as suas vizinhanças, as respetivas taxas de absorção e de emissão de radiação são iguais.• Determina a temperatura média de equilíbrio radiativo da Terra, a partir do balanço entre a energia solar absorvida e a energia da radiação emitida pela superfície da Terra e atmosfera.• Interpreta o valor real da temperatura média da Terra, a partir da absorção e reemissão de radiação por alguns gases presentes na atmosfera.
1
3
3
2
4
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Explicar o conceito de sistema termodinâmico.• Concluir, com a ajuda dos estudantes, quais os fatores que influenciam a energia interna.• Explicar a Lei de Stefan-Boltzmann e aplicá-la na resolução de exercícios/problemas de aplicação.• Explicar o deslocamento de Wien e interpretar gráficos da intensidade em função do comprimento de onda para corpos a temperaturas diferentes.• Interpretar, através do diálogo com os estudantes, a radiação emitida por diferentes corpos, tendo por base, a Lei de Stefan-Boltzmann e o deslocamento de Wien.• Recorrer a um esquema para explicar que a radiação incidente num corpo pode ser parcialmente absorvida, refletida ou transmitida, dependendo da natureza da superfície onde incide.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL A-1.1: Porque é que a parte interna de uma garrafa-termo é espelhada?
Linhas para a Gestão do Programa | 19
• Explicar, recorrendo a exemplos, a Lei Zero da Termodinâmica.• Dialogar com os estudantes para explicitar o conceito de equilíbrio térmico radiativo.• Esquematizar o equilíbrio radiativo da Terra, a partir do balanço entre a energia solar absorvida e a energia da radiação emitida pela superfície da Terra e atmosfera.• Calcular a temperatura média do equilíbrio radiativo da Terra e compará-la com a temperatura real.• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais para serem realizados na aula e/ou extra aula.
Subtema A-2: Aquecimento/Arrefecimento de Sistemas
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Transferência de Energia como Calor1.1 Dilatação térmica dos sólidos, líquidos e gases1.2 Capacidade térmica mássica1.3 Mecanismos de transferência de calor: condução e convecção1.4 Materiais condutores e isoladores do calor. Condutividade térmica2 Primeira Lei da Termodinâmica3 Degradação da energia. Segunda Lei da Termodinâmica
O estudante: • Explica o significado da dilatação térmica que ocorre nos corpos, comparando-a nos sólidos, líquidos e gases.• Interpreta a dilatação térmica dos materiais a partir de exemplos da sua utilização no quotidiano.• Explica o significado da capacidade térmica mássica e revela compreender que é uma característica de um material que lhe confere propriedades específicas relativamente ao aquecimento e ao arrefecimento.• Interpreta gráficos que traduzem a energia fornecida a diferentes materiais com a variação da temperatura, controlando a variável massa e/ou capacidade térmica mássica.• Identifica e caracteriza os processos de transferência de calor, condução e convecção, em situações do dia a dia e/ou em contexto laboratorial. • Distingue materiais bons e maus condutores do calor com base em valores tabelados de condutividade térmica.• Relaciona quantitativamente a condutividade térmica de um material com a taxa temporal de transmissão de energia como calor.• Descreve medidas práticas na construção de edifícios com preocupações ao nível da eficiência energética (aproveitamento da luz solar para iluminação natural e aquecimento passivo; redução das transferências de energia térmica entre o interior e o exterior por condução).• Aplica a 1.a Lei da Termodinâmica na interpretação de situações em que a variação de energia interna se faz à custa de trabalho, calor ou radiação.• Interpreta, em situações reais, o calor, o trabalho e a radiação como processos de transferir energia entre sistemas.• Aplica a 2.a Lei da Termodinâmica na interpretação de que os processos que ocorrem espontaneamente na Natureza se dão sempre no sentido da diminuição da energia útil do Universo.• Revela pensamento científico (prevendo, planificando e experimentando,…) no balanço energético num sistema termodinâmico.
3
3
3
1
2
1
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Recorrer a exemplos concretos para explicar o conceito de dilatação térmica.• Apresentar imagens das consequências de dilatações térmicas de materiais sólidos, líquidos e gasosos.
20 | Guia do Professor
• Resolver exercícios/problemas de aplicação sobre dilatação térmica.• Partir do conceito de energia transferida como calor e da respetiva expressão para explicar o significado da capacidade térmica mássica.• Solicitar aos estudantes que apliquem o conceito de capacidade térmica mássica para explicar situações de aquecimento ou arrefecimento de corpos.• Apresentar e explorar gráficos que traduzam a energia fornecida a diferentes materiais com a variação da temperatura, controlando a variável massa e/ou capacidade térmica mássica.• Partir de imagens com situações do dia a dia para caracterizar os processos de transferência de calor: condução e convecção.• Apresentar e explicar a expressão que relaciona quantitativamente a condutividade térmica de um material com a taxa temporal de transmissão de energia como calor.• Explicar a 1.a Lei da Termodinâmica e interpretar situações em que a variação de energia interna se faz à custa de trabalho, calor ou radiação.• Explicar a 2.a Lei da Termodinâmica e interpretar processos que ocorrem espontaneamente na Natureza, que se dão sempre no sentido da diminuição da energia útil do sistema.• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais para serem realizados na aula e/ou extra aula.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade prática de sala de aula APSA A-2.1: Como obter água aquecida a partir da radiação solar?• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL A-2.1: Como medir a quantidade de energia transferida quando se coloca gelo num copo com água?
Linhas para a Gestão do Programa | 21
2.3 Planificação das Atividades Letivas da Unidade B
2.3.1 Diagrama de Conteúdos
Subtema B-0: Interações em Fluidos
FLUIDOS
LíquidosGases
Pressão
Aceleração da Gravidade
Densidade do Fluido
Profundidade/Altitude
podem ser
que depende
exercem
FLUIDO
Corpo Sólido
Impulsão
Volume Mergulhado
que depende
dentro de
sofre
Subtema B-1: Hidrostática
HIDROSTÁTICA
PressãoIceberg
Balança Hidraúlica
Impulsão Peso do Corpo Gases
SubmarinoEquilíbrio
Vácuo
76 cm Hg (nível do mar)
Vasos Comunicantes
Pressão Atmosférica
Corpos Sólidos Fluidos
Líquidos
Afundar
Flutuar
Repousar
pode ser usada para explicar estuda as condições de tem como principal conceito
levando em conta
usada para entender a
exercem
em
dentro de
por exemplo os casos
deve-se levar em conta pode ser
o «peso» da atmosfera exercendopodem
pode explicar os fenómenosvalor de
tem-se a definição de
22 | Guia do Professor
Subtema B-2: Hidrodinâmica
MOVIMENTO DOS FLUIDOS EM REGIME ESTACIONÁRIO
Lei de Bernoulli Força da ResistênciaLei da Continuidade
Caudal Volumétrico Maior Velocidade corresponde a Menor Pressão Coeficiente de Viscosidade
regem-se é condicionado pela
permite calcular dependemostra que num escoamento
2.3.2 Sugestões Metodológicas
Subtema B-0: Interações em Fluidos
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Densidade ou massa volúmica2 Pressão e força de pressão3 Impulsão
O estudante: • Utiliza o significado físico de densidade para caracterizar uma substância. • Explica o conceito de pressão como o módulo da força perpendicular a uma superfície por unidade de área.• Identifica o pascal como a unidade SI de pressão e reconhece outras unidades.• Distingue a grandeza escalar, pressão, da grandeza vetorial, força de pressão.• Identifica a impulsão como a força exercida por um fluido sobre um corpo que nele esteja imerso.
1
2
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Recordar os conceitos de massa volúmica e densidade relativa e aplicá-los a situações concretas do dia a dia.• Determinar, experimentalmente, a densidade de alguns materiais usando métodos diferentes.• Recorrer a exemplos do quotidiano para introduzir o conceito de pressão como o módulo da força perpendicular a uma superfície por unidade de área, enfatizando que se trata de uma grandeza escalar (embora se defina a partir de uma força). • Determinar, experimentalmente, a impulsão de um corpo total ou parcialmente imerso num fluido. • Concluir, através de diálogo com os estudantes, que a impulsão é a força exercida por um fluido sobre um corpo que nele esteja imerso como uma força vertical, dirigida de baixo para cima, que atua contra a força da gravidade. • Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais, para serem realizados na aula e/ou extra aula.
Linhas para a Gestão do Programa | 23
Subtema B-1: Hidrostática
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Noção de fluido2 Lei Fundamental da Hidrostática3 Lei de Pascal.Líquidos imiscíveis em vasos comunicantes4 Lei de Arquimedes5 Pressão atmosférica. Experiência de Torricelli6 Aplicações6.1 Aparelhos hidráulicos: prensa hidráulica, bomba hidráulica e manómetros de pressão6.2 Equilíbrio de corpos flutuantes
O estudante: • Identifica um fluido como uma substância que não resiste à deformação e apresenta a capacidade de fluir (tomar a forma do seu recipiente).• Interpreta a Lei Fundamental da Hidrostática e aplica-a em contextos reais e/ou laboratoriais para determinar a pressão num ponto de um fluido.• Interpreta a Lei de Pascal que estabelece que a alteração de pressão produzida num líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido e às paredes do recipiente.• Associa o líquido de maior densidade ao que ocupa a parte de baixo e o de menor densidade a parte de cima quando dois líquidos imiscíveis são colocados num mesmo recipiente.• Interpreta a igualdade de pressão e altura alcançada por um líquido colocado num sistema de vasos comunicantes, qualquer que seja a forma dos ramos.• Revela pensamento científico (prevendo, planificando e experimentando, …) na determinação do valor da força de impulsão exercida em corpos que flutuem ou se afundem em líquidos de diferentes densidades, a partir de atividades práticas laboratoriais que apliquem a Lei de Arquimedes; representa a força de impulsão e o peso nessas situações e explica-as.• Explica a pressão atmosférica como exemplo de pressão exercida por um fluido e explica o funcionamento de medidores de pressão como os manómetros e os barómetros.• Explica o funcionamento de aparelhos hidráulicos, no contexto do dia a dia, como a prensa e a bomba hidráulicas.• Explica o equilíbrio de corpos flutuantes e a flutuabilidade dos barcos e as manobras a levar a cabo para fazer submergir ou emergir um submarino.
2
2
2
2
2
2
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Caracterizar um fluido e sugerir aos estudantes que indiquem exemplos.• Explicar que num fluido incompressível a massa volúmica é constante. • Caracterizar, através de diálogo com os estudantes, o equilíbrio hidrostático. • Esquematizar no quadro uma porção interior de um líquido homogéneo em equilíbrio, representar as forças de pressão e deduzir a Lei Fundamental da Hidrostática. • Enunciar e interpretar a Lei Fundamental da Hidrostática.• Concluir, através da observação de um sistema de vasos comunicantes que, para a mesma profundidade, a pressão é a mesma, independentemente da forma do recipiente.• Enunciar a Lei de Pascal a partir de situações reais. • Proporcionar a realização e a exploração da atividade prática laboratorial APL B-1.1: Porque diz a lenda que Arquimedes saiu nu à rua a gritar Eureka! Eureka!?• Explicar e enunciar a Lei de Arquimedes.• Referir a pressão atmosférica como exemplo de pressão exercida por um fluido e explicar o funcionamento do barómetro de Torricelli.
24 | Guia do Professor
• Proporcionar a realização e a exploração da atividade prática de sala de aula APSA B-1.1: Como medir a pressão atmosférica?• Mostrar que a Lei de Pascal está incluída na Lei Fundamental da Hidrostática e interpretar aplicações práticas como a prensa hidráulica, a bomba hidráulica e os manómetros de pressão.• Discutir, recorrendo a imagens ou esquemas, as condições de equilíbrio estático de um corpo flutuante.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade prática de sala de aula APSA B-1.2: Como construir um ludião?• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais para serem realizados na aula e/ou extra aula.
Subtema B-2: Hidrodinâmica
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50min)
1 Movimento dos fluidos em regime estacionário2 Conservação da massa e Equação da Continuidade3 Conservação de energia mecânica e Equação de Bernoulli4 Força de resistência em fluidos. Coeficiente de viscosidade de um líquido
O estudante: • Identifica regime estacionário como aquele em que o vetor velocidade do fluido em cada ponto é constante ao longo do tempo.• Aplica o significado de caudal volumétrico recorrendo a exemplos do quotidiano.• Interpreta e aplica a Equação de Continuidade a situações do dia a dia, como o abastecimento de água a uma habitação.• Interpreta e explica situações do dia a dia, como o fornecimento de água a partir de um depósito, com base na Equação de Bernoulli.• Revela pensamento científico (prevendo, planificando e experimentando, …) na determinação da viscosidade de um líquido.
2
2
3
1
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Explicar as condições para que o movimento de um fluido seja em regime estacionário.• Apresentar o significado de caudal volumétrico.• Deduzir a Equação da Continuidade e aplica-la a situações do dia a dia.• Deduzir a Equação de Bernoulli.• Explicar a Equação de Bernoulli aplicada a situações do quotidiano.• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais para serem realizados na aula e/ou extra aula.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL B-2.1: Como determinar a viscosidade de um líquido?
Linhas para a Gestão do Programa | 25
2.4 Planificação das Atividades Letivas da Unidade C
2.4.1 Diagrama de Conteúdos
Subtema C-0: Produção e Transmissão de Luz
Mecânica
Luz
Som
Eletromagnética
Transversal
Transversal
Longitudinal
Oscilação numa Corda
podem ser
do tipo
do tipo
exemplo
exemploexemplo
Refração DifraçãoReflexão
Lei de Snell-Decartes
Velocidade
Índice de Refração
Meio de Propagação
efeitos observados
ocorre no mesmo
é explicada
usa a ideia
depende
mudança
depende
ONDAS
26 | Guia do Professor
Subtema C-1: Ótica Geométrica
ÓTICA
Reflexão
EspelhosÍndice de Refração
Formação de Imagens
Fibra Ótica Reflexão Total
Lentes
EsféricosPlanos
Convexo Côncavo
DivergenteConvergente
RealVirtual
DireitaInvertida
Sombras Refração
principal grandeza
usada em
usada em
dos tipos
tipos
com comportamentos
tem orientação
tem orientação
podem ser do tipo
observada na
usada para descrever fenómenos denominados
LUZ
Olhos
Visão
Defeitos de Visão
Miopia
Hipermetropia
Ondas Eletromagnéticas
Outras
Indústria
Serviços
Saúde
Comunicação Corpos Luminosos
Opacos
Transparentes
Translúcidos
Corpos Iluminados
Lentes
propaga-se sob a forma de é emitida porapresenta diversas aplicações
permitindo a
que chegam aos nossos
pode ser melhorada com
que no caso de certos
como
que iluminam os
que podem ser
Linhas para a Gestão do Programa | 27
2.4.2 Sugestões Metodológicas
Subtema C-0: Produção e transmissão da luz
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Tipos de ondas2 Características das ondas3 Produção de ondas3.1 Fontes sonoras3.2 Fontes de luz4 Propriedades e aplicações do som e da luz4.1 Velocidade do som e da luz em diferentes meios
O estudante: • Distingue ondas mecânicas de ondas eletromagnéticas, de acordo com a necessidade ou não de meio material para se propagarem. • Associa o som a onda mecânica e a luz a onda eletromagnética.• Determina as características de uma onda, amplitude, comprimento de onda, período e frequência, a partir da sua representação gráfica.• Distingue reflexão de refração para explicar o trajeto da luz quando incide numa superfície, e continua ou não a propagar-se no mesmo meio.• Utiliza a reflexão e suas leis para explicar o trajeto dos raios luminosos que permitem ver os objetos.• Explica as alterações na propagação da luz quando incide na superfície de separação de dois meios transparentes com diferentes ângulos.• Explica fenómenos associados à propagação de uma onda sonora quando é refletida, refratada e difratada, e conhece tecnologias que têm por base do seu funcionamento a reflexão de sons.• Compara a velocidade do som e da luz em diferentes meios.
2
2
2
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Explicar que um fenómeno ondulatório resulta de uma perturbação inicial que altera localmente uma propriedade física do meio. • Apresentar ondas que necessitam ou não de meio para se propagarem.• Identificar fenómenos de propagação ondulatória longitudinal e transversal, a partir de exemplos concretos do dia a dia.• Esquematizar, no quadro, uma onda e discutir com os estudantes as suas características.• Descrever um sinal harmónico simples através da função A sen ωt.• Identificar sinais luminosos e sonoros, promovendo debates entre os estudantes sobre como são produzidos.• Interpretar o trajeto da luz quando incide numa superfície reconhecendo que parte da energia é refletida, parte transmitida e parte absorvida.• Mostrar através de simulações computacionais ou experimentalmente, as características das ondas refletidas.• Enunciar e interpretar as leis da reflexão.• Explicar as propriedades dos sons.• Aplicar as propriedades do som em dispositivos tecnológicos (ecografia, sonar).• Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais, para serem realizados na aula e/ou extra aula.
28 | Guia do Professor
Subtema C-1: Ótica Geométrica
Conteúdos Metas de Aprendizagem Aulas(50 min)
1 Fenómenos Óticos1.1 Propagação retilínea da luz1.2 Sombra, penumbra e eclipses1.3 Reflexão e Refração. Lei de Snell-Descartes1.4 Reflexão total. Ângulo crítico2 Aplicações2.1 Lentes2.1.1 Tipos de lentes2.1.2 Distância focal e vergência2.1.3 Constituição do olho humano e correção dos seus defeitos (miopia e hipermetropia)2.1.4 Instrumentos óticos: lupa, microscópio e telescópio2.2 Espelhos2.2.1 Espelhos planos2.2.2 Espelhos esféricos2.3 Fibras óticas
O estudante: • Interpreta imagens ou esquemas tendo por base a propagação retilínea da luz.• Elabora representações esquemáticas do Sol, da Terra e da Lua em situações de eclipse total ou parcial, conforme se situe nas zonas de sombra ou penumbra.• Explica, recorrendo a simulações ou modelos, os eclipses da Lua e do Sol, a não ocorrência destes em todas as situações de lua nova e lua cheia e a observação dos eclipses do Sol só numa parte da Terra.• Relaciona o índice de refração da radiação relativo entre dois meios com a relação entre as velocidades de propagação da radiação nesses meios.• Interpreta a Lei de Snell-Descartes e aplica-a para determinar o ângulo crítico na reflexão total.• Explicita as condições para que ocorra reflexão total da luz, exprimindo-as quer em termos de índice de refração, quer em termos de velocidade de propagação.• Revela pensamento científico (planificando, prevendo, experimentando, …) na planificação e realização de experiências sobre as leis da reflexão e as características das imagens obtidas com espelhos planos e esféricos; usa a ótica geométrica para explicar as imagens formadas em espelhos planos e curvos.• Revela pensamento científico (planificando, prevendo, experimentando, …) na construção de um periscópio.• Distingue lentes divergentes de convergentes, caracterizando o percurso de um feixe de luz paralelo que nelas incide, e apresenta aplicações de cada tipo de lentes.• Revela pensamento científico (planificando, prevendo, experimentando, …) na determinação experimental da vergência de uma lente.• Caracteriza as principais funções da pupila, íris, córnea, cristalino, retina, nervo ótico e humor vítreo no processo da visão e explica em que consiste a miopia e a hipermetropia, bem como formas de corrigir estes defeitos de visão; pesquisa sobre a evolução da tecnologia associada a este campo da saúde.• Compara a lente utilizada com a função dos instrumentos óticos: lupa, microscópio e telescópio.• Interpreta as propriedades da fibra ótica para guiar a luz no interior da fibra, usadas, por exemplo, nas telecomunicações.
2
2
2
5
1
5
2
2
2
Algumas sugestões metodológicas
O professor pode:• Explicar os fenómenos de reflexão e refração da luz.• Discutir com os estudantes o fenómeno da difração e as condições em que pode ocorrer.• Apresentar, recorrendo a imagens ou esquemas, eclipses do Sol e da Lua, como consequência da propagação retilínea da luz.• Mostrar o comportamento de um feixe de luz quando atinge a superfície de separação de dois meios, em que parte da energia luminosa é refletida e parte penetra no segundo meio, através de simulações computacionais ou experimentalmente.
Linhas para a Gestão do Programa | 29
• Enunciar e interpretar a Lei de Snell-Descartes.• Deduzir, com a ajuda dos estudantes, a relação entre o índice de refração da radiação relativo entre dois meios com as velocidades de propagação da radiação nesses meios.• Partir de exemplos concretos do dia a dia para explicar as condições para que ocorra reflexão total da luz, exprimindo-as quer em termos de índice de refração, quer em termos de velocidade de propagação.• Mostrar através de simulações computacionais ou de diagramas de raios, a reflexão, usando diferentes tipos de espelhos, e a refração da luz, usando diferentes tipos de lentes e lâmina de faces paralelas.• Discutir com os estudantes as características das imagens obtidas com lentes e espelhos.• Partir de exemplos concretos do dia a dia para explicar a vergência de uma lente.• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL C-1.1: Os espelhos, planos e curvos, têm utilidade no nosso dia a dia?• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL C-1.2: Como construir um periscópio?• Proporcionar a realização e a exploração da atividade laboratorial APL C-1.3: Como determinar a vergência de uma lente?• Explicar, através de imagens ou esquemas, a constituição do olho humano, as doenças de visão e o modo de as corrigir.• Discutir com os estudantes a evolução da tecnologia associada a este campo da saúde.• Explicar aos estudantes as propriedades da fibra ótica. • Apresentar um conjunto de exercícios/problemas de aplicação em contextos reais, para serem realizados na aula e/ou extra aula.
30 | Guia do Professor
2.5 Avaliação
2.5.1 Considerações Gerais
No processo de ensino-aprendizagem a avaliação desempenha um papel
fundamental. Deve constituir um elemento regulador da prática educativa,
fornecendo juízos de valor sobre o modo como as aprendizagens
planeadas foram realmente apreendidas, para que professor e estudantes
sejam informados daquelas que levantaram mais dificuldades, tendo em
vista a sua correção.
Para determinar se uma dada meta de aprendizagem foi ou não atingida,
o professor necessita de ter um conjunto de pontos de referência, com
base nos quais ajuizará da necessidade de alterar estratégias e/ou
revisitar assuntos.
Tal como é referido no Programa:
«Nas suas diferentes modalidades, diagnóstica, formativa
e sumativa, a avaliação das aprendizagens, deve estar
diretamente relacionada com as atividades que os estudantes
desenvolvem e tem de ser pensada de acordo com as diferentes
experiências educativas, uma vez que não se avalia do mesmo
modo o conhecimento de factos, uma atividade experimental
ou o desenvolvimento de um projeto. No entanto, seja qual for
o objeto de avaliação, esta deve influenciar positivamente o
ensino e a aprendizagem da Ciência.»
A avaliação diagnóstica deve realizar-se no início da aprendizagem, com
a finalidade de determinar o grau de conhecimento dos estudantes e
servirá de base à preparação das atividades letivas.
A avaliação formativa deve ser dominante a nível de sala de aula, na qual
o professor elabora um conjunto de tarefas de diferentes tipologias, de
domínio cognitivo, de capacidades, atitudes e competências que regulem
o desempenho dos estudantes. Também devem ser estabelecidos critérios
de avaliação.
Linhas para a Gestão do Programa | 31
A avaliação sumativa, é o resultado de toda a informação recolhida, e
deve ocorrer nos momentos previstos na lei.
Neste processo deve-se recorrer a modos e instrumentos diversificados
de análise e recolha de elementos, tais como:
– fichas formativas individuais realizadas na aula;
– atividades práticas (preparação, realização e conclusão);
– atitudes e comportamentos;
e
– grelhas de observação diária;
– grelhas de observação do trabalho experimental;
– grelhas de autoavaliação.
32 | Guia do Professor
2.5.2 Avaliação Diagnóstica
Apresenta-se, como sugestão, instrumentos que poderão servir de base à implementação de uma avaliação
diagnóstica. Propõe-se uma matriz de competências contempladas nas diferentes questões do teste, bem como
a matriz para a sua correcção.
Matriz de Competências do Teste Diagnóstico
Competências Questões
Determinar grandezas físicas 1.1; 1.2 e 1.3
Reduzir unidades 1.1 e 1.2
Interpretar gráficos 2.1; 2.2; 2.3; 2.4; 2.5; 2.6; 2.7; 2.8; 3.1 e 3.2
Caracterizar grandezas vetoriais 4.1; 4.2; 4.3 e 4.4
Mobilizar conhecimentos básicos sobre ótica 5.1; 5.2; 5.3 e 5.4
Linhas para a Gestão do Programa | 33
Teste de Avaliação Diagnóstica
11o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. Um motociclo cujas rodas têm um raio de 50,0 cm desloca-se numa estrada, com velocidade 20,0 km·h⁻¹.
Determine, para a roda:
1.1. O valor da velocidade angular.
1.2. O período de rotação, em ms.
1.3. A frequência.
2. O gráfico representa a temperatura de um objeto, ao longo do tempo.
2.1. Qual o valor da menor divisão no eixo horizontal?
2.2. Qual o valor da menor divisão no eixo vertical?
2.3. Quanto tempo demorou o objeto a atingir 40 °C, a partir do momento em que começou a aquecer?
2.4. Qual a variação da temperatura entre t = 0 e t = 5 minutos?
2.5. Qual a taxa de subida média da temperatura entre t = 1 e t = 5 minutos?
2.6. A taxa de subida é menor ou maior que a taxa de descida da temperatura?
2.7. Qual a taxa de variação média da temperatura durante a descida desta?
2.8. Em que intervalos de tempo a temperatura se manteve constante?
3. O gráfico representa o consumo de energia de duas
ventoinhas.
3.1. Qual o significado físico do declive das retas
apresentadas?
3.2. Qual das ventoinhas consome mais energia, no
mesmo intervalo de tempo?
34 | Guia do Professor
4. Represente as forças que estão presentes numa pedra lançada verticalmente, para cima, nos seguintes
momentos (despreze a resistência do ar).
4.1. Instante em que é lançada.
4.2. Quando atinge a altura máxima.
4.3. Quando está a meio da subida.
4.4. Depois de se imobilizar no solo.
5. A figura representa o trajeto de um raio luminoso que
incide na superfície de separação entre o ar e a água.
5.1. Identifique os fenómenos óticos representados.
5.2. Determine o ângulo de reflexão.
5.3. Em que meio a velocidade de propagação da luz
é maior?
5.4. O ângulo refratado é menor ou maior que 30°?
Justifique.
Resolução
1.1. ω = 11,1 rad·s⁻¹
1.2. T = 566 ms
1.3. f = 1,77 Hz
2.1. 1,0 min
2.2. 10 °C
2.3. t = 3 min
2.4. ∆T = 30 °C
2.5. ∆T/ ∆t = 7,5 °C/min
2.6. Menor
2.7. ∆T/ ∆t = 30 °C/min
2.8. 0,0 < t < 1,0 e 4,0 < t < 5,0
3.1. Potência
3.2. B
4.1. Força do lançador e força da gravidade
4.2. Força da gravidade
4.3. Força da gravidade
4.4. Força da gravidade e reação normal
5.1. Reflexão e refração
5.2. r = 30°
5.3. No ar
5.4. Menor. Passando para um meio mais
refrangente, o raio refratado aproxima-se da
normal
Linhas para a Gestão do Programa | 35
Matriz de Correção
Aluno no 1 2 3 ... ...
Competências específicas Questões Total
de 1Total de 2
Total de 3
Determinar grandezas físicas
1.1; 1.2 e 1.3
Reduzir unidades 1.1 e 1.2
Interpretar gráficos
2.1; 2.2; 2.3; 2.4; 2.5; 2.6; 2.7; 2.8; 3.1 e 3.2
Caracterizar grandezas vetoriais
4.1; 4.2; 4.3 e 4.4
Mobilizar conhecimentos
básicos sobre ótica
5.1; 5.2; 5.3 e 5.4
Observações
1-Atingiu Total de 1
2-Atingiu com dificuldade Total de 2
3-Não atingiu Total de 3
36 | Guia do Professor
2.5.3 Testes Formativos
1.o Teste Formativo Unidade A
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade A
Matriz de conteúdos do 1.o teste formativo da Unidade A
Conteúdos % da cotação total
A-0 Radiação e Aquecimento 1 Espetro eletromagnético 2 Temperatura 40
A-1 Radiação: do Sol para a Terra
1 Emissão e absorção de radiação2 Equilíbrio térmico. Lei Zero da
Termodinâmica60
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 4
Associação/Complemento/Resposta curta 3
Verdadeiro/Falso 0
Aberta
Extensa 1
Curta 1
Resolução de problemas 4
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.• É necessária a utilização de calculadora e régua.
Linhas para a Gestão do Programa | 37
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. A rádio Timor Leste emite, em FM, na frequência 91,7 MHz. Considere que a velocidade de propagação
das ondas eletromagnéticas no ar é de 3,0 × 10⁸ m·s⁻¹ e que a constante de Planck é 6,63 × 10⁻³⁴ J·s⁻¹.
1.1. O comprimento de onda, no SI, destas ondas eletromagnéticas, no vácuo, pode ser calculado através
da expressão:
A – B – C – D –
1.2. Calcule a energia transportada por estas ondas eletromagnéticas.
1.3. Assinale, na figura seguinte, a radiação referida.
2. A figura seguinte ilustra a radiação solar a incidir sobre a lente de uma lupa, em que o feixe luminoso
1 representa a radiação incidente.
Selecione a única opção que representa a percentagem da radiação absorvida pela lupa.
A – 20 % B – 70 % C – 10 % D – 90 %
3. As estrelas são muitas vezes classificadas pela sua temperatura. O gráfico a seguir representa
a intensidade da radiação emitida por três estrelas A, B e C, cujas temperaturas são respetivamente
12000 K, 6000 K e 3000 K, em função do comprimento de onda da radiação emitida.
38 | Guia do Professor
3.1. Identifique a zona do espetro eletromagnético correspondente ao máximo da radiação emitida pelas
estrelas A, B e C.
3.2. Determine o comprimento de onda máximo de
emissão da estrela A, sabendo que λmáxT = 2,898 × 10⁻³ m·K.
3.3. Selecione a alternativa que permite comparar os
comprimentos de onda correspondentes ao máximo da
radiação emitida pelas estrelas B e C.
A – λmáx (B) = λmáx (C)
B – λmáx (B) = 2 λmáx (C)
C – λmáx (B) = �⁄� λmáx (C)
D – λmáx (B) = 4 λmáx (C)
3.4. A estrela B comporta-se como um emissor ideal e pode
representar o Sol, cujo raio médio, é de cerca de 7,0 × 10⁸
m. Calcule a potência radiada pelo Sol à sua superfície.
4. A Terra recebe radiação do Sol e encontra-se em equilíbrio radiativo, à temperatura média de 15 °C,
embora cálculos teóricos estimem o valor de 255 K.
4.1. Calcule, em unidades SI, a diferença entre a temperatura real e a temperatura teórica.
4.2. Escreva um texto que explique o balanço energético da Terra, referindo:
– a principal causa da diferença entre os valores das temperaturas referidas;
– a razão porque se vê a luz emitida pelo Sol e não se vê a Terra emitir radiação;
– o significado de se considerar a Terra como um emissor ideal.
5. As ondas eletromagnéticas são um dos veículos de transferência de energia. Para comparar o poder
de absorção da radiação eletromagnética de duas superfícies, utilizaram-se duas latas de alumínio,
cilíndricas, pintadas com tinta baça, uma de preto e a outra de branco.
Colocou-se uma das latas a uma certa distância de uma lâmpada de 100 W, como apresenta a figura, e
registou-se, regularmente, a temperatura no interior dessa lata, repetindo-se o mesmo procedimento
para a outra lata.
Linhas para a Gestão do Programa | 39
Soluções do Teste de Avaliação Formativa da
Unidade A
1.1. D
1.2. E = 6,1 × 10⁻²⁶ J
1.3. Entre 10⁷ e 10⁸ Hz
2. C
3.1. A – UV; B – Vís.; C – IV
3.2. λmáx = 2,415 × 10⁻⁷ m
3.3. C
3.4. P = 4,5 × 10²⁶ W
4.1. ΔT = 33 K
4.2. – Efeito de estufa
– Sol emite radiação Visível e a Terra emite
radiação IV
– Absorve toda a radiação e emite toda a
radiação
5.1. A – Preta; B – Branca
Porque o preto é melhor absorsor e a sua
temperatura aumenta mais
5.2. T = 15,0 ± 0,5 °C
5.3. D
O gráfico da figura seguinte traduz a evolução da temperatura de cada uma das latas, em equilíbrio com
o seu interior.
5.1. Identifique, pelas letras A e B, cada uma das latas, justificando.
5.2. Nas medições de temperatura efetuadas, utilizou-se um termómetro analógico, cujo menor intervalo
de temperatura que mede é um grau. Apresente o valor da temperatura das latas, no instante zero, com
a respetiva incerteza associada à medição.
5.3. Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), respetivamente,
de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte:
A temperatura de qualquer das latas aumenta inicialmente, porque parte da radiação é (a) pela sua
superfície e fica estável a partir de um determinado instante porque (b).
A – ... refletida ... deixa de haver trocas de energia.
B – ... refletida ... as taxas de emissão e absorção de energia se tornam iguais.
C – ... absorvida ... deixa de haver trocas de energia.
D – ... absorvida ... as taxas de emissão e absorção de energia se tornam iguais.
40 | Guia do Professor
2.o Teste Formativo Unidade A
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade A
Matriz de conteúdos do 2.o teste formativo da Unidade A
Conteúdos % da cotação total
A-1 Radiação: do Sol para a Terra
1 Emissão e absorção de radiação2 Equilíbrio térmico. Lei Zero da
Termodinâmica20
A-2 Aquecimento/ Arrefecimento de sistemas
1 Transferência de Energia como Calor2 Primeira Lei da Termodinâmica
3 Degradação da energia. Segunda Lei da Termodinâmica
80
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 2
Associação/Complemento/Resposta curta 1
Verdadeiro/Falso 1
Aberta
Extensa 1
Curta 2
Resolução de problemas 6
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.
Linhas para a Gestão do Programa | 41
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. Dispõe-se de duas garrafas de plástico, uma cheia com um litro de água e outra com um litro de álcool,
ambas dotadas de tubos capilares de área 1 mm², atravessando as rolhas.
Sabendo que os coeficientes de dilatação térmica da água e do álcool são respetivamente:
γágua = 210 × 10⁻⁶ °C⁻¹ e γálcool = 1100 × 10⁻⁶ °C , determine a altura da coluna de cada líquido quando a
variação de temperatura for de 10 °C e comente o resultado obtido.
2. O telescópio espacial Hubble foi equipado com um painel fotovoltaico, com um rendimento de 10%. O
fluxo da radiação solar que incide no painel é de 1370 W·m⁻².
Escreva um texto sobre as aplicações dos painéis fotovoltaicos, referindo:
– a função de um painel fotovoltaico;
– outras aplicações dos painéis fotovoltaicos;
– o significado dos valores do rendimento e do fluxo da radiação referidos.
3. Numa instalação solar de aquecimento de água, a energia da radiação absorvida na superfície das
placas do coletor é transferida como calor, por meio de um fluido circulante, para a água contida num
depósito, como se representa na figura. A variação de temperatura da água no depósito resultará do
balanço entre a energia absorvida e as perdas térmicas que ocorrem.
3.1. O conhecimento de propriedades físicas, como a capacidade térmica mássica e a condutividade,
é fundamental quando se analisam situações que envolvem transferências de energia como calor. O
material que constitui os tubos do coletor deverá ter:
A – Baixa capacidade térmica mássica e baixa condutividade térmica.
B – Elevada capacidade térmica mássica e elevada condutividade térmica.
C – Elevada capacidade térmica e baixa condutividade térmica.
D – Baixa capacidade térmica e elevada condutividade térmica.
42 | Guia do Professor
3.2. Para escolher o material a utilizar nos tubos do coletor, realizaram-se vários ensaios, usando blocos
de diversos materiais e uma fonte de aquecimento que fornecia, a cada um desses blocos, 4,2 × 10³ J em
cada minuto. O gráfico da figura seguinte, representa o modo como variou a temperatura de um desses
blocos, de alumínio (cAl = 900 J·kg⁻¹·°C⁻¹) em função do tempo de aquecimento. Calcule a massa do bloco.
Apresente todas as etapas de resolução.
3.3. No coletor solar de aquecimento há transferência de energia em várias partes.
3.3.1. Associe os termos radiação, condução e convecção a cada uma das situações seguintes:
A – Incidência de luz solar na placa coletora.
B – Contacto entre o tubo que transporta o fluido e a placa coletora.
C – Movimento do fluido dentro do tubo, o qual entra na parte inferior do tubo e sai na parte superior deste.
3.3.2. Geralmente há uma cobertura em vidro ou acrílico sobre a placa do coletor. Porquê?
4. Para determinar experimentalmente a capacidade térmica mássica do ferro, formaram- se três grupos
de estudantes, tendo cada grupo trabalhado com um bloco de ferro com 500 g de massa, colocado numa
caixa isoladora.
Cada bloco tem duas cavidades, numa das quais se colocou um termómetro, e na outra uma resistência
elétrica de 27 W de potência, ligada a uma fonte de alimentação.
Cada grupo mediu a temperatura inicial do bloco, θ inicial. Após a fonte de alimentação ter estado ligada
durante 60,0 s, cada grupo mediu a temperatura final do bloco, θ final. Os valores medidos estão registados
na tabela seguinte.
Linhas para a Gestão do Programa | 43
Grupo θ inicial (°C) θ final (°C)
1 16,5 24,6
2 17,0 24,9
3 16,8 25,0
Admita que toda a energia fornecida pela resistência elétrica é transferida para o bloco de ferro.
4.1. Calcule o valor mais provável da capacidade térmica mássica do ferro.
Apresente todas as etapas de resolução.
4.2. Consultando uma tabela verifica-se que o valor da capacidade térmica mássica do ferro é
444 J·kg⁻¹·°C ⁻¹.
4.2.1. Explicite o significado da expressão «A capacidade térmica mássica do ferro é 444 J·kg⁻¹·°C ⁻¹».
4.2.2. Calcule a percentagem de erro associada à medida efetuada pelos estudantes.
Apresente todas as etapas de resolução.
4.3. Num sítio escuro, aqueceu-se uma esfera de ferro até esta se tornar visível.
Selecione a alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes,
de modo a obter uma afirmação correta.
Continuando a aquecer a esfera, esta emite radiação cujo comprimento de onda vai ____ e cuja energia
vai ____.
A – …. aumentando …..diminuindo.
B – .…. aumentando …. aumentando.
C – ... diminuindo ... aumentando
D – ... diminuindo ... diminuindo
5. Considere o diagrama energético duma máquina térmica representado na figura seguinte.
5.1. Determine o rendimento da máquina.
44 | Guia do Professor
Soluções do 2.o Teste de Avaliação Formativa
da Unidade A
1. h água = 2,10 m e h álcool = 11,0 m
2. – produzem eletricidade a partir da radiação
solar
– habitações, lâmpadas, calculadoras, …
– o rendimento significa que por cada 100 W de
potência fornecida ao painel, ele transforma
em eletricidade 10 W; o fluxo da radiação
significa que por cada metro quadrado o
painel recebe 1370 W de radiação solar
3.1. D
3.2. m = 0,93 kg
3.3.1. A – Radiação; B – Condução; C – Convecção
3.3.2. Vidro: transmite radiação visível e não
transmite radiação IV. Mantém o tubo a maior
temperatura
4.1. = 402 J·kg⁻¹·°C⁻¹
4.2.1. Significa que para alterar de 1 °C (1 K) cada kg
de ferro é necessário transmitir 444 J
4.4.2. % Erro = 9,4 %
4.3. C
5.1. η = 70%
5.2. E = 1,3 × 10⁷ J
5.3. A – V; B – F; C – V; D – V; E – V; F – F
5.2. Calcule a energia que é necessário fornecer à máquina para que funcione durante 3 h.
5.3. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das seguintes afirmações:
A – O rendimento de uma máquina térmica é tanto maior quanto maior for a energia transferida
como calor.
B – Uma máquina térmica fornece energia à fonte quente como trabalho.
C – Nunca se pode converter completamente energia mecânica utilizável em energia térmica.
D – Nunca se pode converter completamente calor em trabalho.
E – É impossível transferir uma certa quantidade de energia como calor a um corpo com uma determinada
temperatura para um corpo com uma temperatura mais elevada.
F – Uma máquina pode atingir o rendimento de 100%.
Linhas para a Gestão do Programa | 45
1.o Teste Formativo Unidade B
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade B
Matriz de conteúdos do 1.o teste formativo da Unidade B
Conteúdos % da cotação total
B-0 Interações em fluidos1 Densidade ou massa volúmica
2 Pressão e força de pressão3 Impulsão
40
B-1 Hidrostática
1 Noção de fluido2 Lei Fundamental da Hidrostática
3 Lei de Pascal. Líquidos imiscíveis em vasos comunicantes
4 Lei de Arquimedes5 Pressão atmosférica. Experiência de
Torricelli6 Aplicações
6.1 Aparelhos hidráulicos: prensa hidráulica, bomba hidráulica e manómetros de pressão
6.2 Equilíbrio de corpos flutuantes
60
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 1
Associação/Complemento/Resposta curta 0
Verdadeiro/Falso 1
Aberta
Extensa 1
Curta 0
Resolução de problemas 7
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.• É necessária a utilização de calculadora e régua.
46 | Guia do Professor
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. Uma sala de aula no segundo andar tem dimensões 6,0 m por 5,0 m e altura 3,0 m. Considere
ρar = 1,293 kg·m⁻³, ρágua = 1,0 × 10³ kg·m⁻³ e g = 10 m·s⁻².
1.1. Determine a massa de ar dentro da sala de aula.
1.2. Calcule a força exercida no chão da sala de aula se a pressão atmosférica for 1 atm. Explique por que
razão o chão da sala de aula não colapsa.
1.3. Imagine a mesma sala de aula completamente cheia de água. Determine a pressão exercida pela
água sobre o chão.
2. Um cubo de massa 300 g e aresta 10 cm flutua verticalmente numa piscina (ρágua = 1,0 × 10³ kg·m⁻³).
O número máximo de berlindes de massa 15 g cada, que podemos colocar no interior do cubo, sem que
este afunde, é:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60
3. Durante uma operação, foi necessário realizar uma transfusão de sangue, inserindo-se uma agulha
numa veia onde a pressão é superior em 2,50 kPa à pressão atmosférica. Determine a que altura acima
da veia se deve colocar a bolsa de sangue. A densidade do sangue é de 1,05 g·cm⁻³.
4. Um tubo aberto em forma de U, contém dois líquidos imiscíveis, A e B, em equilíbrio. As alturas
das colunas de A e B, medidas em relação à linha de separação dos dois líquidos, são 50 cm e 80 cm,
respetivamente.
4.1. Sabendo que a massa volúmica do líquido B é 0,92 × 10⁴ kg/m³, determine a massa volúmica do
líquido A.
4.2. Considerando g = 10 m/s² e a pressão atmosférica igual a 1,0 × 10⁵ N/m², determine a pressão
absoluta no ponto C.
Linhas para a Gestão do Programa | 47
5. Os êmbolos da prensa hidráulica da figura têm diâmetros iguais a 40 cm e 10 cm, sendo a sua massa
desprezável. Se se pretender equilibrar um corpo de massa 80 kg sobre o êmbolo A, calcule a intensidade
da força que deveremos aplicar em B.
6. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das seguintes afirmações:
A – A pressão no interior de um líquido é a mesma em todos os pontos.
B – A pressão hidrostática no interior de um líquido é diretamente proporcional à profundidade.
C – Nos vasos comunicantes, as superfícies livres de um líquido estão situadas num mesmo plano
horizontal.
D – A pressão que um líquido exerce sobre uma superfície é sempre perpendicular à mesma.
E – A impulsão só depende da densidade do fluido.
Soluções do 1.o Teste Formativo da Unidade B
1.1. mar = 116,4 kg
1.2. F = 3,039 × 10⁶ N
Não colapsa porque também existe pressão
atmosférica na parte inferior do chão da sala.
1.3. p = 3 × 10⁴ N/m²
2. c)
3. h = 0,24 m
4.1. ρB = 1,47 × 10⁴ kg/m³
4.2. pc = 1, 74 × 10⁵ N/m²
5. FB = 50 N
6. A – F; B – V; C – V; D – V; E – F
48 | Guia do Professor
2.o Teste Formativo Unidade B
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade B
Matriz de conteúdos do 2.o teste formativo da Unidade B
Conteúdos % da cotação total
B-0 Interações em fluidos
1 Densidade ou massa volúmica2 Pressão e força de pressão
3 Impulsão10
B-1 Hidrostática
1 Noção de fluido2 Lei Fundamental da Hidrostática
3 Lei de Pascal. Líquidos imiscíveis em vasos comunicantes4 Lei de Arquimedes
5 Pressão atmosférica. Experiência de Torricelli6 Aplicações
6.1 Aparelhos hidráulicos: prensa hidráulica, bomba hidráulica e manómetros de pressão6.2 Equilíbrio de corpos flutuantes
30
B-2 Hidrodinâmica
1 Movimento dos fluidos em regime estacionário2 Conservação da massa e equação da continuidade
3 Conservação de energia mecânica e equação de Bernoulli
4 Força de resistência em fluidos. Coeficiente de viscosidade de um líquido
60
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 1
Associação/Complemento/Resposta curta 0
Verdadeiro/Falso 1
Aberta
Extensa 1
Curta 2
Resolução de problemas 5
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.• É necessária a utilização de calculadora e régua.
Linhas para a Gestão do Programa | 49
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. Uma esfera é largada num recipiente contendo água e óleo, ficando em repouso na posição em que
metade do seu volume está em cada uma das substâncias.
Se a esfera fosse colocada num recipiente que só contivesse água ou óleo, a situação de repouso seria:
2. Na reprodução da experiência de Torricelli, o líquido utilizado foi o mercúrio, cuja massa volúmica
é 13,6 g/cm³, tendo-se obtido uma coluna com 70 cm de altura. Se em vez de mercúrio tivesse sido
utilizado azeite, de massa volúmica 0,92 g/cm³, determine qual teria sido a altura da coluna de azeite.
3. A figura mostra o corte transversal da asa de um avião. Explique o aparecimento da força de
sustentação, F⃗ .
50 | Guia do Professor
4. A água que sai livremente de uma torneira tem o
caudal de 0,25 L/s, e secção circular de diâmetro
1,0 cm. À medida que se aproxima do solo, a área da
secção circular diminui e quando bate no solo passa a
ter 0,5 cm de diâmetro. Calcule:
4.1. A velocidade com que a água sai da torneira.
4.2. A velocidade com que a água chega ao solo.
5. A canalização da água de um edifício é feita através dos tubos representados na figura. A água entra
em cima com velocidade de 1,0 m·s⁻¹ e sai 25,0 m abaixo. Os tubos P e Q têm áreas de secção 100 cm² e
25 cm², respetivamente. A pressão em P é 5,0 atm.
5.1. Relacione o caudal volumétrico em P e em Q.
5.2. Mostre que a velocidade da água em Q é 4,0 m·s⁻¹.
5.3. Calcule a pressão da água em Q.
6. No sistema de travões de um automóvel usa-se um circuito hidráulico de secção variável, A₁ = 1 cm² e
A₂ = 10 cm². Se o condutor aplicar uma força em A₁ de 20 N sobre o pedal, determine a intensidade da
força que os calços dos travões exercem nos discos.
Linhas para a Gestão do Programa | 51
Soluções do 2.o Teste Formativo da Unidade B
1. D
2. h = 10,3 m
3. As asas dos aviões têm uma forma e uma
inclinação tal que o ar é obrigado a passar pela sua
face superior com maior velocidade. A densidade
das linhas de corrente é maior na parte de cima
das asas.
De acordo com a equação de Bernoulli, na parte de
cima das asas a velocidade é maior e portanto a
pressão é menor.
Cria-se, assim, uma diferença de pressão entre
a parte superior e a parte inferior das asas que
origina uma força de sustentação, perpendicular e
dirigida para cima.
4.1. v = 3,2 m·s⁻¹
4.2. v = 12,8 m·s⁻¹
5.1. É igual
5.3. p = 7,42 × 10⁵ Pa
6. F = 200 N
7. A – F; B – F; C – V; D – V
7. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das seguintes afirmações:
A – Pelo teorema de Pascal, pode-se afirmar que a pressão, num líquido em equilíbrio, é a mesma em
todos os pontos.
B – A pressão que um líquido exerce no fundo de um recipiente, não depende da densidade daquele.
C – A pressão não depende da forma do recipiente que contém o líquido.
D – A diferença de pressão entre dois pontos no interior de um líquido é a exercida pela coluna de altura
igual à separação vertical dos dois pontos.
52 | Guia do Professor
1.o Teste Formativo Unidade C
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 1.o Teste Formativo da Unidade C
Matriz de conteúdos do 1.o teste formativo da Unidade C
Conteúdos % da cotação total
C-0 Produção e Transmissão da Luz
1 Tipos de Ondas2 Características das ondas
3 Produção de ondas3.1 Fontes sonoras3.2 Fontes de luz
4 Propriedades e aplicações do som e da Luz4.1 Velocidade do som e da luz em
diferentes meios
60
C-1 Ótica Geométrica
1 Fenómenos Óticos1.1 Propagação retilínea da luz
1.2 Sombra, penumbra e eclipses1.3 Reflexão e Refração. Lei de
Snell-Descartes1.4 Reflexão total. Ângulo crítico
40
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 2
Associação/Complemento/Resposta curta 2
Verdadeiro/Falso 0
Aberta
Extensa 1
Curta 2
Resolução de problemas 3
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.• É necessária a utilização de calculadora e régua.
Linhas para a Gestão do Programa | 53
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. Identifique os fenómenos óticos representados na figura.
2. Na figura estão representados o Sol, a Terra e a Lua.
Sol Lua
AB
Terra
2.1. Indique em que fase se encontra a Lua quando ocorre o fenómeno representado.
2.2. Identifique as zonas assinaladas na figura, pelas letras A e B.
2.3. Das afirmações que se seguem, selecione, a opção que considere ser a correta.
A – Na zona B ocorre o eclipse total do Sol.
B – Na zona A ocorre o eclipse parcial do Sol.
C – Na zona B ocorre o eclipse total da Lua.
2.4. Explique o que é necessário acontecer para que ocorra um eclipse do Sol.
3. Uma onda desloca-se na superfície de um lago com velocidade de 0,2 m/s. Sabendo que o
comprimento de onda é 0,8 m, determine quantas vezes num minuto uma boia vai realizar o movimento
de «sobe e desce».
54 | Guia do Professor
4. No fundo de um reservatório de água, de profundidade 0,6 m,
encontra-se uma fonte pontual de luz. Pretende-se ocultar a fonte
pontual do exterior, e para isso coloca-se junto à superfície um
disco opaco. Sendo o índice de refração da água 1,33, determine
o diâmetro mínimo que deve ter o disco. A figura ilustra a
situação descrita.
5. Um pescador vê um peixe no mar, a uma profundidade de 1,20 m. Considerando o índice de refração
da água do mar 1,34, calcule a profundidade real a que se encontra o peixe. Considere ângulos pequenos,
isto é sen α₁ ≈ tg α₁ e sen α₂ ≈ tg α₂.
6. Estabeleça a associação correta entre as duas colunas.
A – Propagam-se no vazio à mesma velocidade.1 – Ondas luminosas.B – São ondas longitudinais.
C – São ondas transversais.D – Só se propagam num meio material. 2 – Ondas sonoras no ar.
E – Também se propagam no vazio.
7. Uma fonte sonora A executa 3600 vibrações em 60 s e outra fonte sonora B executa 1200 vibrações em
20 s. Selecione a opção correta.
O som produzido pela fonte A:
A – É mais grave que o som produzido pela fonte B.
B – Tem o mesmo timbre que o som produzido pela fonte B.
C – Tem a mesma altura que o som produzido pela fonte B.
Soluções do Teste Formativo da Unidade C
1. A – Difusão; B – Refração; C – Reflexão regular
2.1. Lua cheia
2.2. A – penumbra; B – sombra
2.3. C
2.4. O eclipse do Sol ocorre quando a Lua está entre
a Terra e o Sol e os três astros ficam perfeitamente
alinhados.
3. Sobe e desce 15 vezes
4. d = 1,37 m
5. profundidade = 1,61 m
6. A – 1; B – 2; C – 1; D – 2; E – 1
7. C
Linhas para a Gestão do Programa | 55
2.o Teste Formativo Unidade C
O teste está organizado considerando as metas de aprendizagem referidas no Programa.
Matriz de Conteúdos do 2.o Teste Formativo da Unidade C
Matriz de conteúdos do 2.o teste formativo da Unidade C
Conteúdos % da cotação total
C-1 Ótica Geométrica
1 Fenómenos Óticos1.1 Propagação retilínea da luz
1.2 Sombra, penumbra e eclipses1.3 Reflexão e Refração. Lei de Snell-Descartes
1.4 Reflexão total. Ângulo crítico2 Aplicações2.1 Lentes
2.1.1 Tipos de lentes2.1.2 Distância focal e vergência
2.1.3 Constituição do olho humano e correção dos seus defeitos (miopia e hipermetropia)
2.1.4 Instrumentos óticos: lupa, microscópio e telescópio2.2 Espelhos
2.2.1 Espelhos planos2.2.2 Espelhos esféricos
2.3 Fibras óticas
30
70
Caracterização do teste
Tipo de resposta Tipologia N.o de itens
Fechada
Escolha múltipla 3
Associação/Complemento/Resposta curta 3
Verdadeiro/Falso 0
Aberta
Extensa 1
Curta 1
Resolução de problemas 4
• Os itens de cada questão podem conter informações em diferentes suportes, nomeadamente textos, figuras, gráficos, tabelas, etc.• O enunciado vem acompanhado de um formulário e uma tabela de constantes.• É necessária a utilização de calculadora e régua.
56 | Guia do Professor
Teste de Avaliação Formativa de Física
11.o ANO
Duração: _____ min Data: _____/_____/_____
1. A figura mostra um raio de luz monocromática que incide sobre um prisma de vidro, sendo nvidro = 1,55.
1.1. Determine:
1.1.1. O ângulo de reflexão.
1.1.2. O ângulo de refração.
1.2. Indique, justificando, de entre os raios indicados por A, B, C e D,
o raio que sai do prisma de vidro.
1.3. Selecione a afirmação correta:
A – A frequência da luz incidente no prisma é igual à da luz refratada.
B – A velocidade da luz no ar é inferior a velocidade da luz no vidro.
C – O comprimento de onda da luz no prisma é maior do que no ar.
D – O ar é mais refringente que o vidro.
2. Um objeto luminoso de 1,0 cm de altura encontra-se a uma distância de 1 m de uma lente convergente.
A imagem obtida sobre uma tela situada a uma distância desconhecida tem o mesmo tamanho do objeto.
2.1. A imagem do ponto A, pode ser determinada pelo cruzamento de raios que, partindo desse
ponto, atravessam a lente. Copie para a folha de prova o esquema e represente os raios que permitem
determinar a imagem.
2.2. Indique as características da imagem obtida.
2.3. Determine a distância focal da lente.
3. Um objeto é colocado a uma distância A de uma lente convergente, com distância focal f = 60 cm.
Determine a que distância o objeto deve estar da lente, para que as características da imagem sejam:
real, invertida e tenha o triplo do tamanho do objeto.
Linhas para a Gestão do Programa | 57
4. Uma lente é utilizada para projetar numa parede a imagem de um diapositivo, ampliada 4 vezes em
relação ao tamanho original. A distância entre a lente e a parede é de 2,0 m.
4.1. Indique o tipo de lente utilizada.
4.2. Determine a distância focal da lente.
5. Um objeto está sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo. A distância entre o objeto e o
espelho é maior que o raio de curvatura do espelho. A imagem do objeto é:
A – virtual, direita e maior que o objeto.
B – real, invertida e menor que o objeto.
C – real, invertida e maior que o objeto.
D – real, direita e menor que o objeto.
E – indeterminada, a imagem forma-se no infinito.
F – virtual, invertida e menor que o objeto.
6. Relativamente à refração da luz, qual das afirmações seguintes é falsa?
A – A refração da luz é sempre acompanhada de alguma reflexão.
B – A luz refratada pode mudar de direção em relação à luz incidente.
C – A luz refratada afasta-se sempre da normal.
D – A luz refratada afasta-se da normal quando a sua velocidade de propagação é maior.
Soluções do 2.o Teste Formativo da Unidade C
1.1.1. α = 49°
1.1.2. β =29°
1.2. B, o raio incidente que se propaga no vidro
incide perpendicularmente à superfície de
separação vidro-ar, por isso o ângulo de refração
é 0°.
1.3. A
2.1.
2.2. Imagem real e invertida
2.3. f = 50 cm
3. s₀ = 80 cm
4.1. Convergente
4.2. f = 40 cm
5. B
6. C
3 Estratégias de Ensino
3.1 Atividades Práticas/Prático-laboratoriais3.1.1 Listagem das Atividades3.1.2 Exploração das Atividades3.2 Sítios na Internet3.2.1 Recursos Gerais3.2.2 Simulações Computacionais3.2.3 Vídeos sobre Física
Estratégias de Ensino
60
3 Estratégias de EnsinoÉ reconhecido que o ensino secundário tem um papel chave na formação
para o prosseguimento de estudos, sendo essencial que a orientação global
dos programas se reja por finalidades formativas próprias, apontando para
o desenvolvimento de competências numa perspetiva de educação para
o desenvolvimento sustentável. Para que tal aconteça, é necessário que
esse desenvolvimento de competências nos domínios do conhecimento,
do raciocínio, da comunicação e das atitudes seja potenciado, quer através
de estratégias de ensino, quer com metodologias diferenciadas.
Sendo as estratégias de ensino, assim como a metodologia utilizada na
abordagem dos conteúdos, responsabilidade do professor, sugere-se o
uso de estratégias de ensino que facilitem a compreensão dos conceitos
e fenómenos da Física.
Assim sendo, para os conhecimentos científicos serem compreendidos
pelos estudantes em estreita relação com a realidade que os rodeia,
considera-se fundamental a vivência de experiências de aprendizagens. As
atividades propostas permitem que os estudantes desenvolvam princípios
e valores como o respeito pelo saber e pelos outros, pelo património
natural e cultural, conducente à intervenção cívica de forma responsável,
solidária e crítica.
Deste modo, nas diversas unidades temáticas que compõem o programa
do 11.o ano, são propostas diversas atividades essenciais, tais como:
– Análise e interpretação de representações e esquemas;
– Resolução de exercícios e problemas de aplicação;
– Atividades prático-laboratoriais e práticas em sala de aula, que
podem ser de experimentação ou demonstração.
A análise e interpretação de representações e esquemas, nomeadamente
através de gráficos e tabelas, que traduzem situações reais e/ou simuladas
em contexto laboratorial, são da maior importância porque possibilitam
aos estudantes a exploração conceptual e processual de diversos aspetos
físicos. As questões associadas são propostas de debate, permitindo
relembrar e aprofundar conceitos e leis.
A resolução de exercícios e problemas de aplicação apresentam um
elevado valor formativo. Realizadas de forma criteriosa pressupõem a
compreensão e o entendimento dos conceitos e princípios abordados em
Estratégias de Ensino | 61
sala de aula e são transversais a todos os subtemas. As respostas procuram
proporcionar meios para que cada estudante possa trabalhar de forma
autónoma e independente, respeitando-se assim o ritmo de cada um.
As atividades prático-laboratoriais e práticas em sala de aula, de
experimentação ou demonstração, proporcionam o desenvolvimento
de habilidades processuais, tais como capacidade de observação,
medição, comunicação e previsão de resultados. A partir delas, ocorre
o desenvolvimento de habilidades integradas, como o controlo de
variáveis, formulação de hipóteses, interpretação de dados e conclusões.
As atividades práticas que vão sendo sugeridas ao longo do programa,
devem ser lidas e questionadas antes de levar a cabo as experiências. Uma
vez que cada escola tem os seus próprios recursos, que são seguramente
diferentes de outras escolas, o professor deve adaptar e explorar de forma
a atingir os objetivos propostos. As previsões que os estudantes fazem
antes da realização de um trabalho prático, assim como as observações
e conclusões que retirem dessas observações, têm de estar enquadradas
por um conhecimento teórico. Por isso, nas atividades práticas há que
confrontar os resultados obtidos com as previsões teóricas. A discussão
que se promove em torno dos resultados obtidos deve ser um facto
motivador para os estudantes e permitir que estes façam sugestões de
como melhorar o seu desempenho.
62 | Guia do Professor
3.1 Atividades Práticas/Prático-laboratoriais
3.1.1 Listagem das Atividades
Na tabela seguinte enumeram-se as atividades Práticas/Pratico-laboratoriais constantes no Programa.
APL A-0.1 • Construção e calibração de um termómetro
Unidade AAPL A-1.1 • Absorção e emissão de radiação
APSA A-2.1 • Coletor Solar
APL A-2.1 • Balanço energético num sistema termodinâmico
APL B-1.1 • Lei de Arquimedes
Unidade BAPSA B-1.1 • Pressão atmosférica
APSA B-1.2 • Lei de Pascal
APL B-2.1 • Coeficiente de viscosidade de um líquido
APL C-1.1 • Características das imagens em espelhos
Unidade CAPL C-1.2 • Os sistemas óticos e a reflexão total
APL C-1.3 • Distância focal e vergência
3.1.2 Exploração das Atividades
No contexto das atividades referidas no Programa, atividades práticas de sala de aula (APSA) e atividades
prático-laboratoriais (APL), são clarificados os procedimentos para a sua elaboração.
Estratégias de Ensino | 63
APL A-0.1: Construção e calibração de um termómetro
Questão-problema: Como construir e calibrar um termómetro?
Objetivo: Construção e calibração de um termómetro de água.
Questões pré-laboratoriais:
1. Qual a propriedade do líquido que permite o funcionamento de um termómetro?
Recursos:
• Garrafa ou frasco de vidro com tampa
• Massa/goma de modelar ou rolha de cortiça
• Palhinha de plástico fina e transparente
• Água
• Caneta que escreva em plástico
• Corante
Procedimento:
1. Faça um furo na tampa.
2. Insira a palhinha no furo e vede.
3. Encha a garrafa completamente com água fria (arrefece-se com gelo) e acrescente o corante.
4. Coloque a tampa, de modo que a água suba um pouco na palhinha.
5. Com a caneta, faça uma marca na palhinha, na altura do nível da água.
6. Coloque a garrafa ao sol durante algum tempo e observe que o nível da água dentro da palhinha sobe.
7. Quando a água estiver perto da ponta superior da palhinha, leve a garrafa para a sombra e faça uma
marca no nível da água.
8. Divida o espaço entre as marcas em partes iguais, à sua escolha.
9. Utilize o termómetro assim construído para observar a variação de temperatura ao longo de um
dia de aulas.
Questões pós-laboratoriais:
1. Invente um nome para a escala criada.
2. Construa um gráfico da temperatura medida em função das horas do dia.
3. Indique limitações deste termómetro.
64 | Guia do Professor
Exploração da APL A- 0.1: Construção e calibração de um termómetro
Questões pré-laboratoriais:
1. A propriedade do líquido é a dilatação térmica.
Questões pós-laboratoriais:
1. Cada grupo pode atribuir um nome diferente à sua escala, (grau X).
2. O gráfico vai ser construído com os valores obtidos e registados numa tabela do tipo:
Tempo (min) Temperatura (°X)
3. As limitações deste termómetro prendem-se com a dilatação térmica da água.
Estratégias de Ensino | 65
APL A-1.1: Absorção e emissão de radiação
Questão-problema: Porque é que a parte interna de uma garrafa termo é espelhada?
Objetivo: Comparar o poder de absorção de radiação de superfícies distintas: uma preta, uma branca e
uma espelhada.
Questões pré-laboratoriais:
1. Qual a relação entre a taxa de emissão e de absorção de radiação de um corpo que está em equilíbrio
térmico radiativo com a sua vizinhança?
2. Nas condições da questão anterior, o corpo não absorve nem radia energia?
Material:
• 3 Latas iguais: uma pintada de preto, outra de branco e outra polida
• Lâmpada de 100 W
• Termómetro
• Cronómetro
Procedimento:
1. Introduza o termómetro dentro de uma das latas.
2. Anote a temperatura inicial.
3. Dirija a luz emitida pela lâmpada sobre a lata.
4. Meça a temperatura de 5 em 5 minutos durante 30 minutos.
5. Proceda de igual modo para as outras latas.
6. Construa, no mesmo sistema de eixos, o gráfico da temperatura em função do tempo para cada lata.
7. Tire conclusões.
Questões pós-laboratoriais:
1. Interprete os gráficos obtidos.
2. Responda à questão-problema.
66 | Guia do Professor
Exploração da APL A- 1.1: Absorção e emissão de radiação
Questões pré-laboratoriais:
1. Num corpo que está em equilíbrio térmico radiativo, as taxas de absorção e de emissão de radiação
são iguais.
2. O corpo emite e absorve radiação, à mesma taxa, e por isso a sua temperatura mantém-se constante.
Questões pós-laboratoriais:
1. Os resultados obtidos constam da tabela seguinte:
Tempo (min) 0 5 10 15 20 25 30
1- Temperatura (°C) 24,8 25,9 29,3 30,2 30,9 31,1 31,1
2 - Temperatura (°C) 24,8 30,5 35,1 37,4 38,0 38,4 38,4
3 - Temperatura (°C) 26,3 38,4 47,2 50,7 52,0 52,8 53,0
1 - Lata forrada a papel de alumínio
2 - Lata pintada de branco
3 - Lata pintada de preto
E permitiram obter o seguinte gráfico:
2. O interior da garrafa termos é espelhada para provocar a reflexão da radiação proveniente do líquido e
assim conservar a temperatura no seu interior.
Estratégias de Ensino | 67
Exploração da APSA A-2.1: Coletor solar
O coletor solar é o núcleo de um sistema solar térmico, que tem ainda um circuito de circulação e uma
unidade de depósito.
A parte do coletor tem três componentes:
– Cobertura de material transparente que deixa entrar a radiação e retém a radiação IV, provocando
efeito de estufa;
– Placa coletora que absorve a radiação e que aquece os tubos onde circula o fluido;
– Caixa com isolamento que impede a transferência de energia como calor para o exterior.
APSA A-2.1: Coletor Solar
Questão-problema: Como obter água aquecida a partir da radiação solar?
Objetivo: Exploração do funcionamento de um coletor solar, tendo em conta os conhecimentos de
termodinâmica apreendidos.
Recursos:
• Papel/cartão
Procedimento:
1. Construa uma maqueta de um
coletor solar, identificando os principais
constituintes e a sua função, tendo por
base as informações seguintes.
O funcionamento de um coletor solar resume-se no seguinte: a radiação solar atinge as placas do coletor
aquecendo-as a elas e a um fluido, normalmente água e glicol, que circula no interior de tubos. A tampa
do coletor é opaca à radiação IV, para reduzir as emissões dos tubos absorvedores, sendo a restante
superfície do coletor coberta por material isolante. Este fluido percorre um circuito fechado, muitas vezes
com a ajuda de um sistema de bombagem. O tubo que o constitui, em geral de cobre e coberto de negro,
penetra num reservatório de água, aquecendo-a, por transferência de calor. O aquecimento do tubo de
cobre, do fluido e da água é feito por condução.
68 | Guia do Professor
APL A-2.1: Balanço energético num sistema termodinâmico
Questão-problema: Como medir a quantidade de energia transferida quando se coloca gelo num copo
com água?
Objetivo: Identificação da expressão Q = m L para determinar a quantidade de energia necessária
à mudança de estado físico, onde m representa a massa e L o calor latente de fusão ou de ebulição
característico de cada substância.
Aplicação da Lei da Conservação da Energia, para estabelecer o balanço energético.
Questões pré-laboratoriais:
1. Identifique a mudança de estado envolvida.
Recursos:
• Termómetro ou sensor de temperatura
• Gobelé
• Vareta
• Balança
• Cubos de gelo
• Água
Procedimento:
1. Meça 100 g de água.
2. Parta o gelo em pedaços pequenos com a massa de cerca de 20 g.
3. Meça a temperatura da água e junte o gelo.
4. Agite e quando o gelo tiver derretido meça a temperatura de equilíbrio térmico.
Questões pós-laboratoriais:
1. Estabeleça a expressão para o equilíbrio térmico, considerando 3 parcelas: a energia envolvida na
mudança de estado, a energia que o gelo depois de fundido recebeu para atingir a temperatura de
equilíbrio e a energia cedida pela água.
2. Determine a temperatura de equilíbrio térmico esperada, considerando Lfusão do gelo 3,3 × 10⁵ J/kg e
cágua = 4,186 × 10³ J·kg⁻¹·°C⁻¹.
3. Compare o valor obtido experimentalmente com o previsto e calcule a percentagem de erro.
Estratégias de Ensino | 69
Exploração da APL A-2.1: Balanço energético num sistema termodinâmico
Questões pré-laboratoriais:
1. A mudança de estado envolvida é a fusão do gelo.
Questões pós-laboratoriais:
Registo dos dados obtidos
Tinicial da água = 22,3 °Cmassa de água = 120,6 g
massa de água + gelo = 139,7 gmassa de gelo = 19,1 g
Tfinal da mistura = 10,5 °C
1. Quando se junta o gelo à água vai haver transferência de energia, como calor, da água para o gelo até
se atingir o equilíbrio térmico.
Considerando que não há perdas de energia para o exterior, pode-se estabelecer que:
Q cedido pela água + Q fusão do gelo + Q recebido gelo fundido = 0
m água c água (Tf – Ti) + m gelo L fusão gelo + m gelo c água (Tf – Ti) = 0
2. Resolvendo a equação anterior, obtém-se assim, a temperatura de equilíbrio térmico esperada:
120,6 × 10⁻³ × 4186 × (Tf – 22,3) + 19,1 × 10⁻³ × 3,3 × 10⁵ + 19,1 × 10⁻³ × 4186 × (Tf – 0) = 0
Então: Tf = 8,5 °C
3. O valor da temperatura esperada, 8,5 °C, é inferior ao valor da temperatura obtida, 10,5 °C. Isto deve-se
à ocorrência de dissipação de energia para o recipiente e à transferência de energia da vizinhança, que
está a uma temperatura mais elevada, para o sistema.
Para determinar a percentagem de erro obtida,
% Erro = × 100
% Erro = × 100 = 23,5%
70 | Guia do Professor
Exploração da APL B-1.1: Lei de Arquimedes
Questões pré-laboratoriais:
1. Qualquer corpo, total ou parcialmente imerso num fluido, sofre por parte deste uma força vertical,
dirigida de baixo para cima, de intensidade igual ao peso do volume de fluido deslocado pelo corpo.
Questões pós-laboratoriais:
1. A impulsão depende da massa volúmica do fluido, ρf, e do volume do fluido deslocado pelo corpo, Vf.
|I⃗ | = |P⃗ volume fluido deslocado| = m g = ρf Vf g
APL B-1.1: Lei de Arquimedes
Questão-problema: Porque diz a lenda que Arquimedes saiu nu à rua a gritar Eureka! Eureka!?
Objetivo: Relacionar o volume do fluido deslocado e a densidade do fluido com a impulsão.
Questões pré-laboratoriais:
1. Identifique o que poderá acontecer a um objeto quando colocado no interior de um fluido.
Recursos:
• Dois corpos de igual massa e diferente volume
• Gobelé
• Dinamómetro
• Água
• Azeite
Procedimento:
1. Pese, com um dinamómetro, o corpo.
2. Introduza o corpo dentro de um copo graduado com água e registe o seu peso e a variação de volume.
3. Proceda da mesma forma, alterando:
– o corpo;
– o fluido.
Questões pós-laboratoriais:
1. Estabeleça a expressão que permite determinar a impulsão.
2. Determine a impulsão nas quatro situações.
3. Compare o valor obtido experimentalmente com o previsto e calcule a percentagem de erro.
Estratégias de Ensino | 71
2. Exemplificando para um corpo, e usando g = 9,80 m·s⁻²,
Fluido
Águaρágua = 1,00 g/cm³
Azeiteρazeite = 0,920 g/cm³
Determinação do peso real do corpo
0,35 N
Determinação do peso aparente do corpo
0,15 N
Determinação do peso aparente do corpo
0,18 N
I = Preal – Paparente
Para a água, I = 0,35 – 0,15 = 0,20 N
Para o azeite, I = 0,35 – 0,18 = 0,17 N
Determinação do volume do corpo
Vinicial = 40,0 cm³Vfinal = 60,0 cm³
Vcorpo = Vfinal − Vinicial = 60,0 − 40,0 = 20,0 cm³
Utilizando a Lei de Arquimedes, I = ρfluido Vcorpo g
Para a água, I = 1,00 × 10³ × 20,0 × 10⁻⁶ × 9,80 = 0,196 N
Para o azeite, I = 0,920 × 10³ × 20,0 × 10⁻⁶ × 9,80 = 0,180 N
3. Compare o valor obtido experimentalmente com o previsto e calcule a percentagem de erro.
% erro (água) = 2,0%
% erro (azeite) = 5,6%
72 | Guia do Professor
APSA B-1.1: Pressão atmosférica
Questão-problema: Como medir a pressão atmosférica?
Objetivo: Exploração do funcionamento do barómetro de Torricelli, tendo em conta a Lei Fundamental
da Hidrostática.
Recursos:
• Manual
Procedimento:
O físico italiano Evangelista Torricelli, em 1643, não apenas demonstrou a existência da pressão do ar,
mas inventou um aparelho capaz de a medir: o barómetro.
1. Que observou Torricelli, aquando da determinação da pressão atmosférica?
2. Indique o que aconteceria caso fosse usado, no tubo, um fluido de densidade menor que a do mercúrio.
Exploração da APSA B-1.1: Pressão atmosférica
Pretende-se que os estudantes investiguem sobre a experiência realizada pelo italiano Evangelista Torricelli.
A experiência de Torricelli permitiu, pela primeira vez, reconhecer a pressão atmosférica. Torricelli
construiu um barómetro. Para isso, encheu um tubo, com cerca de 1 m de comprimento, com mercúrio,
como mostra a figura. Tapou a abertura e inverteu-o numa tina com o mesmo líquido. Ao destapar a
abertura do tubo, verificou que o mercúrio desceu um pouco. Torricelli apurou assim que a coluna de
mercúrio não se esvaziou completamente pois era sustentada por forças de pressão devidas à atmosfera.
No ponto B, a pressão é nula, pois a pressão exercida por algum do vapor de mercúrio é muito baixa.
Todos os pontos ao nível do ponto A estão à pressão atmosférica, como o ponto C. Torricelli foi quem
primeiro reconheceu que os pontos ao nível do ponto A estão todos à pressão atmosférica.
Assim, pC = pA
p0 = pB + ρHg g h
Como pB = 0, vem p0 = ρHg g h
Este dispositivo foi o primeiro barómetro,
medindo-se diretamente a pressão atmosférica
a partir da altura h de mercúrio.
Estratégias de Ensino | 73
APSA B-1.2: Lei de Pascal
Questão-problema: Como construir um ludião?
Objetivo: Construir um ludião.
Recursos:
• Computador com ligação à Internet
• 1 Garrafa de plástico de 1/2 litro
• 1 Ampola de vidro
Procedimento:
Um corpo flutua no interior de um fluido, se o módulo da força da gravidade for igual ao módulo da
impulsão. Se se variar a pressão num ponto do fluido em equilíbrio, esta transmite-se integralmente
a todos os pontos do fluido e às paredes que o contém. Se aumentar a pressão num ponto do fluido,
esse aumento transmite-se a todos os pontos do fluido. Assim, o ar dentro da ampola é comprimido,
diminuindo o seu volume, aumentando o peso. Se o módulo da força da gravidade for superior ao módulo
da impulsão, a ampola afunda-se.
1. Pesquise na Internet simulações do comportamento estático e dinâmico do ludião.
2. Encha a garrafa com água.
3. Encha a ampola com aproximadamente metade da sua capacidade com água.
4. Usando o dedo indicador tape a entrada da ampola e coloque-a no interior da garrafa de plástico com
a entrada voltada para baixo.
5. Certifique-se que a ampola com água se encontra totalmente submersa. Caso não se verifique, aumente
ou diminua a quantidade de água no seu interior.
6. Feche a garrafa de plástico.
7. Aperte ligeiramente a garrafa de plástico e verifique o que acontece.
8. Represente esquematicamente as forças no ludião, nas várias situações.
Exploração da APSA B-1.2: Lei de Pascal
Pretende-se que os estudantes investiguem e construam um ludião. O ludião é um aparelho que serve
para demonstrar o princípio de Pascal. Uma variação de pressão provocada num ponto de um fluido em
equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e às paredes que o contém.
74 | Guia do Professor
A Lei de Arquimedes estabelece que qualquer corpo, total ou parcialmente imerso num fluido, sofre por
parte deste uma força vertical, dirigida de baixo para cima, de intensidade igual ao peso do volume de
fluido deslocado pelo corpo. Se o peso do corpo for inferior à impulsão exercida pelo fluido, ele flutuará
acima da superfície. Se o seu peso for igual à impulsão, o corpo ficará em equilíbrio abaixo da superfície.
Se o seu peso for superior à impulsão, ele afundar-se-á.
O ludião, ampola de vidro, apresenta um pequeno orifício na sua base o que permite a entrada e a saída
de água, encontrando-se parcialmente cheio de água, sendo o volume restante ocupado por ar.
Assim, quando se exerce uma pressão na garrafa, o líquido por ser praticamente incompressível não vai
variar de volume, mas o ar que está dentro da ampola de vidro, que é muito compressível, vai diminuir o
seu volume fazendo com que entre mais água na ampola. Cria-se um desequilíbrio de forças. A impulsão
não altera o seu valor, mas o peso aumenta, pelo que, a ampola vai descer. Quando se deixa de pressionar
a garrafa o ar comprimido que está no interior da ampola expande e expulsa parte da água fazendo com
que o peso diminua. A impulsão é maior que o peso o que faz com que o ludião suba.
Controlando a força de pressão na membrana é possível fazer com que o peso iguale a impulsão ficando
o ludião em equilíbrio estático no interior do líquido.
APL B-2.1: Coeficiente de viscosidade de um líquido
Questão-problema: Como determinar a viscosidade de um líquido?
Objectivo: Determinação do valor da viscosidade de um líquido a partir da velocidade terminal de várias
esferas no seu interior.
Questões pré-laboratoriais:
1. Quais as forças que atuam numa esfera de metal em queda no interior de um líquido viscoso?
2. Uma vez atingida a velocidade terminal, o movimento da esfera passa a ser uniforme. Mostre que o
valor da velocidade terminal da esfera pode ser determinado pela expressão:
3. Como determinar experimentalmente a massa volúmica do fluido e do metal?
Recursos:
• Proveta grande cheia com glicerina
• Craveira
• Esferas de metal de diâmetros diferentes
• Proveta pequena
Estratégias de Ensino | 75
• Cronómetro
• Termómetro
• Balança
• Régua
• Íman (para retirar as esferas do fundo da proveta)
Procedimento:
1. Deixe cair a esfera maior no interior do líquido, sem que toque nas paredes.
2. Coloque uma marca na posição em que o movimento começa a ser uniforme.
3. Coloque outra marca quase no final do movimento da esfera.
4. Meça a distância entre as marcas.
5. Meça o diâmetro das esferas.
6. Faça as medições necessárias para determinar as densidades da glicerina e do metal.
7. Meça o tempo que a esfera demora a percorrer a distância entre as marcas.
8. Efetue três medições para cada esfera.
Questões pós-laboratoriais:
1. Trace o gráfico da velocidade terminal em função do quadrado do raio das esferas e determine, por
regressão linear, a equação da reta de ajuste.
2. Determine o coeficiente de viscosidade da glicerina a partir do declive da reta que melhor se ajusta aos
dados experimentais no gráfico.
3. Analise os resultados obtidos e confronte-os com os previstos teoricamente, apresentando explicações
para eventuais diferenças.
Exploração da APL B-2.1: Coeficiente de viscosidade de um líquido
Questões pré-laboratoriais:
1. As forças que atuam na esfera são o peso, P⃗ , a força de resistência ao movimento, F⃗res, e a impulsão, I⃗.
2. A velocidade terminal, vt, atinge-se quando a força resultante que atua na esfera é zero.
P⃗ + F⃗res + I⃗ = 0⃗
P = I + Fres
76 | Guia do Professor
Tendo em conta que o volume da esfera é V = �⁄� π r³, vem:
ρ esfera × �⁄� π r³ g = ρlíquido × �⁄� π r³ g + 6 π η r vt
ρ esfera r² g = ρlíquido r² g + �⁄� vt η
vt = r²
3. Para determinar a massa volúmica do metal das esferas, , tem de se medir o diâmetro das esferas
com uma craveira e a massa das esferas com uma balança.
Para determinar a massa volúmica do fluido, mede-se com uma proveta um certo volume desse fluido e
com uma balança a massa correspondente.
Questões pós-laboratoriais:
1. Gráfico da velocidade terminal em função do raio ao quadrado, para o movimento das esferas na
glicerina a 20 °C:
Ajuste linear
y = 12040 r²
2. A partir do declive
vt = r² ⇒ 12040 =
Obtém-se:
η = 1,23 Pa·s
3. O valor teórico é η = 1,34 Pa·s.
A diferença de valores pode ficar a dever-se a erros do operador ou a alterações da temperatura durante
a realização experimental.
Estratégias de Ensino | 77
APL C-1.1: Características das imagens em espelhos
Questão-problema: Os espelhos, planos e curvos, têm utilidade no nosso dia a dia?
Objetivo: Verificar experimentalmente as leis da reflexão e as caraterísticas das imagens.
Questões pré-laboratoriais:
1. Identifique algumas aplicações dos espelhos no dia a dia.
2. Como vemos os objetos refletidos pelos diferentes tipos de espelhos?
Recursos:
• Placa de vidro
• Régua
• Plasticina
• Ecrã (cartão branco)
• 2 Lamparinas iguais
• Banco de ótica
• Espelho côncavo f = +25 cm
• Vela
• Fósforos
• Alvo
• Espelho convexo f = −25 cm
• Fita métrica
Procedimento:
1. Fixe a placa de vidro perpendicularmente a uma folha de papel.
2. Coloque uma lamparina a uma certa distância da placa de vidro. Aproxime e afaste a lamparina,
procurando projetar a imagem da lamparina.
3. Acenda a lamparina.
4. Coloque a lamparina apagada do outro lado do vidro, de modo a parecer coincidir com a imagem vista
atrás do vidro.
5. Registe as características da imagem obtida.
78 | Guia do Professor
6. Efetue a montagem mostrada na figura seguinte.
7. Realize 4 ensaios, colocando a vela a diferentes distâncias do espelho e, em cada ensaio desloque
a posição do alvo até encontrar uma imagem nítida da chama projetada no alvo. Caso não observe a
imagem no alvo, olhe diretamente para o espelho.
8. Registe, em cada caso, a posição e o tamanho da imagem em relação ao objeto.
9. Substitua o espelho côncavo pelo espelho convexo e proceda da mesma forma.
Questões pós-laboratoriais:
1. Qual a relação entre as distâncias da lamparina e da sua imagem à placa de vidro?
2. Qual é a relação entre o tamanho da lamparina e da sua imagem?
3. Classifique cada uma das imagens obtidas nas quatro situações em real ou virtual, para cada
espelho curvo.
Estratégias de Ensino | 79
Exploração da APL C-1.1: Características das imagens em espelhos
Questões pré-laboratoriais:
1. No dia a dia, os espelhos côncavos podem ser aplicados nos faróis de automóveis ou motociclos, nos
espelhos dos telescópios, por exemplo. Os espelhos convexos podem ser aplicados nos retrovisores dos
automóveis, nos espelhos de cruzamentos de algumas ruas e espelhos de segurança de supermercados.
2. As características das imagens obtidas por um espelho dependem da posição do objeto em relação
ao espelho. As imagens podem ser classificadas tendo em conta a sua natureza, tamanho e orientação.
Quanto à sua natureza podem classificar-se em imagens reais, que são aquelas em que a luz realmente
converge ou em imagens virtuais, quando são locais de onde a luz parece ter convergido.
Quanto ao tamanho, as imagens podem ser menores, maiores ou do mesmo tamanho que o objeto.
Quanto à sua orientação, as imagens podem ser classificadas em imagens direitas ou invertidas, que têm
em conta a sua posição em relação ao eixo ótico.
Questões pós-laboratoriais:
1. A relação entre as distâncias da lamparina e da sua imagem à placa de vidro é dada pela expressão:
onde, s0 é a distância da lamparina à placa de vidro, si é a distância da sua imagem à placa de vidro, e f a
distância focal.
Num espelho plano, = 0
Assim, a distância da lamparina à placa de vidro é igual à distância da imagem à placa de vidro, existindo
simetria em relação ao plano definido pela placa de vidro.
2. A razão entre as dimensões transversais da imagem e do objeto é designada por ampliação linear, M,
é definida como a razão
ou
Onde:
so e si representam as distâncias do objeto e da imagem ao espelho, respetivamente;
h e h´ representam as alturas do objeto e da imagem, respetivamente.
80 | Guia do Professor
3. Espelhos curvos
Características da imagem num espelho côncavo e num espelho convexo.
Tipo de espelho Posição do objeto em relação à lente Características da imagem
Convexo
Qualquer
– Virtual– Direita
– Menor do que o objeto
Côncavo
Além do centro de curvatura
– Real– Invertida
– Menor do que o objeto
Côncavo
No centro de curvatura
– Real– Invertida
– Do mesmo tamanho do objeto
Côncavo
Entre o centro de curvatura e o foco
– Real– Invertida
– Maior do que o objeto
Côncavo
No foco
– Carateristicas indeterminadas, a imagem forma-se no infinito
Côncavo
Entre o foco e o vértice
– Virtual– Direita
– Maior do que o objeto
Estratégias de Ensino | 81
APL C-1.2: Os sistemas óticos e a reflexão total
Questão-problema: Como construir um periscópio?
Objetivo: Construção de um periscópio com material rudimentar e verificação da sua utilidade.
Questões pré-laboratoriais:
1. Identifique algumas aplicações dos periscópios no dia a dia.
2. Projete o sistema ótico de um periscópio e represente o diagrama de raios luminosos.
Recursos:
• Cartão ou cartolina preta
• Dois espelhos planos (9 cm por 14 cm)
• Tesoura
Procedimento:
1. Planifique e recorte o cartão de forma a obter um paralelepípedo, cuja largura é inferior ao comprimento
do espelho plano (43 cm por 66 cm).
2. Faça duas ranhuras diagonais, 45° em relação ao plano definido pela base, em lados opostos do
paralelepípedo, com o comprimento do espelho plano, como mostra a figura.
3. Efetue a montagem do paralelepípedo planificado.
4. Enfie os espelhos nas ranhuras com os lados espelhados virados um para o outro.
5. Desenhe um quadrado no topo do paralelepípedo em frente ao espelho. Recorte-o e retire-o.
82 | Guia do Professor
Exploração da APL C-1.2: Os sistemas óticos e a reflexão total
Questões pré-laboratoriais:
1. O periscópio é um instrumento ótico constituído por dois espelhos planos, colocados com um ângulo
de 45° em relação ao plano definido pela base de um tubo, cilíndrico ou retangular, e separados por uma
distância d.
Este instrumento permite que um observador tenha um campo de visão situado à distância d da sua
linha de visão. Os periscópios são muito usados nos submarinos imersos nas águas dos oceanos para
permitirem ver o que se passa à superfície.
2. Diagrama de raios
A ilustração mostra dois espelhos planos associados de modo a que as suas faces refletoras sejam
paralelas.
O raio de luz proveniente do objeto reflete-se no primeiro espelho, reflete-se no segundo e sai paralelo
ao raio incidente original.
Questões pós-laboratoriais:
1. As características da imagem obtida através do periscópio são:
– Virtual;
– Do mesmo tamanho do objeto.
6. Efetue um buraco, no lado oposto, ao nível do outro espelho para que
seja possível observar.
7. Olhe pelo buraco para espreitar por cima de obstáculos.
Questões pós-laboratoriais:
1. Quais as características da imagem obtida através do periscópio?
Estratégias de Ensino | 83
APL C-1.3: Distância focal e vergência
Questão-problema: Como determinar a vergência de uma lente?
Objetivo: Determinação da vergência de uma lente, a partir da distância focal.
Questões pré-laboratoriais:
1. É costume afirmar que, muitos incêndios florestais são provocados por objetos de vidro abandonados.
Procure uma justificação para essa afirmação.
2. Indique como se localizam as imagens obtidas através de uma lente.
Recursos:
• Caixa de raios
• 2 Lentes convergentes
• 1 Lente divergente
• Folhas de papel A4
• Régua
• Lápis
Procedimento:
1. Numa folha de papel desenhe o perfil de uma lente convergente.
2. Trace uma linha a unir os bordos da lente e outra linha perpendicular àquela, eixo principal, como se
ilustra na figura.
3. Localize os focos da lente e meça a distância focal.
84 | Guia do Professor
4. Proceda da mesma forma para as outras lentes.
5. Regule a caixa de raios apenas para um raio.
6. Trace o percurso do raio luminoso que incida na lente nas seguintes situações:
a. Paralelo ao eixo principal;
b. A passar pelo foco da lente;
c. No ponto em que o eixo principal interseta a lente.
7. Proceda da mesma forma para as outras lentes.
Questões pós-laboratoriais:
1. Qual a potência de cada lente?
2. Onde se localizam as imagens em cada lente?
Exploração da APL C-1.3: Distância focal e vergência
Questões pré-laboratoriais:
1. Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser consequência de ações e/ou omissões
humanas. Um pedaço de vidro, pode funcionar como espelho côncavo ou lente convergente, servindo
de elemento inicial para a tragédia, através da convergência dos raios solares. A concentração de energia
solar num ponto é uma das principais causas dos incêndios florestais.
2. A imagem de um ponto pode ser determinada pelo cruzamento de raios que, partindo desse ponto,
atravessam a lente.
– Um raio que incide paralelo ao eixo principal, refrata-se passando pelo foco F', raio a.
– Um raio que incide passando pelo centro ótico da lente O, não sofre desvio, raio b.
– Um raio que incide passando pelo foco F, refrata-se paralelo ao eixo principal, raio c.
Estes raios cruzam-se num ponto, P', que é a imagem do ponto P.
Estratégias de Ensino | 85
Questões pós-laboratoriais:
1. A potência da lente ou vergência, C, é C = .
Para lentes convergentes C > 0, e para lentes divergentes C < 0.
Utiliza-se para unidade de vergência a dioptria (di).
Uma dioptria é a unidade associada à distância focal de um metro. Portanto, 1 di = .
A distância focal de uma lente pode ser obtida pelo cruzamento de raios luminosos paralelos ao eixo
principal da lente sobre a qual incide, podendo ser desviados, convergindo para o eixo principal ou
divergindo dele. Isso depende da forma das lentes e do índice de refração do meio onde elas se encontram.
A distância focal de uma lente fina, f, é a distância entre o foco e a lente.
2. A localização da imagem obtida através de uma lente é dada pela equação de conjugação objeto-imagem,
A equação de conjugação objeto-imagem relaciona a distância si a que se forma a imagem (em relação à
lente) com a distância focal f e a distância do objeto à lente so.
86 | Guia do Professor
3.2 Sítios na Internet
3.2.1 Recursos Gerais
http://www.lip.pt/~luis/pinto/Laboratorio_Virtual.swf
(aborda, de forma simples e recorrendo a animações, as radiações ionizantes e as suas interações com a matéria)
http://csep10.phys.utk.edu/guidry/java/wien/wien.html
(aborda a Lei de Wien)
http://jersey.uoregon.edu/vlab/PlankRadiationFormula/index.html
(contém uma aplicação que permite variar a temperatura do corpo que emite radiação numa faixa bem extensa
e mostra de forma muito didática o deslocamento do pico da curva)
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/estatica/ecuacion/ecuacion.htm
(aborda a Equação Fundamental da Hidrostática)
http://perg.phys.ksu.edu/vqm/laserweb/Java/MirrImge/Imageme1.htm
(aborda os vários tipos de ondas)
http://www.phy.ntnu.edu.tw/ntnujava/index.php?topic=48
(analisa as características das imagens obtidas através de lentes e espelhos)
http://phet.colorado.edu/en/simulation/geometric-optics
(contém uma simulação que permite analisar as imagens obtidas através de lentes e espelhos curvos)
3.2.2 Simulações Computacionais
http://megaswf.com/serve/18420/
(contém um simulador do espetro eletromagnético)
http://micro.magnet.fsu.edu/primer/java/colortemperature/index.html
(contém uma simulação que permite variar a temperatura e observar as cores emitidas em diferentes pontos
do objeto)
Estratégias de Ensino | 87
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/estatica/densidad/densidad.htm
(contém uma simulação que permite medir a densidade de líquidos através da Equação Fundamental
da Hidrostática)
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/estatica/aerometro/aerometro.htm
(contém uma simulação que permite medir a densidade de líquidos através do Princípio de Arquimedes)
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/estatica/prensa/prensa.htm
(contém uma simulação de uma prensa hidráulica)
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/fluidos/dinamica/bernoulli/bernouilli.htm
(contém uma simulação que permite estudar a Equação da Continuidade e a Equação de Bernoulli)
http://www.phy.ntnu.edu.tw/ntnujava/index.php?topic=48
(contém uma simulação que permite analisar as imagens obtidas através de lentes e espelhos curvos)
http://perg.phys.ksu.edu/vqm/laserweb/Java/MirrImge/Imageme1.htm
(contém uma simulação que permite criar imagens de objetos em espelhos planos)
http://perg.phys.ksu.edu/vqm/laserweb/Java/MirrImge/Imageme1.htm
(contém uma simulação que permite estudar a formação de imagens por uma lente)
3.2.3 Vídeos sobre Física
http://www.fisica.net/videos/#
(contém vídeos de Física e Astronomia)
http://www.youtube.com/watch?v=1MmZCDCZB0Y&feature=related
(vídeo ilustrativo da Lei de Pascal, ludião)
http://www.fisica-interessante.com/videos-experimentos-de-fisica.html
(contém vídeos de divulgação de Ciência)
4 Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar
4.1 Bibliografia de Referência
Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar
90
4 Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação ComplementarNesta secção do Guia do Professor são apresentadas referências bibliográficas que podem ajudar os professores
a aprofundar os seus conhecimentos a nível científico, laboratorial e didático.
4.1 Bibliografia de Referência
As referências bibliográficas apresentadas são consideradas obras essenciais para os professores, na área
científica de Física, e abrangem os temas e conteúdos de todo o programa apresentado.
ALMEIDA, G. (2002). Sistema Internacional de Unidades (3ª Ed.). Lisboa: Plátano.
Livro para consulta sobre unidades de grandezas físicas.
ALMEIDA, M. J. B. (2004). Preparação de Professores de Física. Coimbra: Almedina.
Obra que reúne contributos científicos, pedagógicos e didáticos. Desenvolve, na parte I, a necessidade de uma
preparação específica dos professores que lecionam Física e, na parte II, capítulos 6, 9 e 10 os contributos para
essa preparação específica.
ALONSO M., FINN, E. J. (2002). Física. Vol. II São Paulo: Editora Edgar Blucher Ltda.
Livro de física geral. Obra de referência, que apresenta os tópicos com um rigor apreciável, contendo inúmeros
exemplos e aplicações. Recomendam-se para a Ótica os capítulos 20 e 21.
GÜÉMEZ, J., FIOLHAIS, C., FIOLHAIS, M. (1998). Fundamentos de Termodinâmica do Equilíbrio. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.
Um livro onde o professor pode atualizar os seus conhecimentos de Termodinâmica.
SERWAY, R., Jewett J, (2004). Princípios de Física. Vol. 2. São Paulo. Thomson.
Um bom livro para ajudar o professor a planificar as suas aulas de Termodinâmica, capítulos 17 e 18.
SERWAY, R., JEWETT J, (2004). Princípios de Física. Vol. 4. São Paulo. Thomson.
Um bom livro para ajudar o professor a planificar as suas aulas de Ótica, capítulos 24, 25 e 26.
TIPLER, P. (2006). Física para cientistas e engenheiros, Vol. 1 (5ª Ed.). Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.
Livro de física geral. Obra de referência, que explica os assuntos de forma muito acessível e com muitos exemplos
e aplicações. São especialmente úteis para a Termodinâmica os capítulos 17, 18 e 19.
Referências Bibliográficas de Aprofundamento e Formação Complementar | 91
TIPLER, P. (2006). Física para cientistas e engenheiros, Vol. 2. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.
Livro de física geral. Obra de referência, que explica os assuntos de forma muito acessível e com muitos exemplos
e aplicações. São especialmente úteis para a Ótica os capítulos 31 e 32.
CALDEIRA, H., SAN-BENTO, C., CORREIA, M. C., MARTINS, C., REIS, M. (2000). POCER – um modelo de aprendizagem
em atividades experimentais. Encontro Ibérico para o Ensino da Física, 80 – 81.
Estudo que reflete sobre a eficácia do trabalho experimental na aprendizagem das Ciências e na compreensão
dos conceitos científicos.
COSTA, M.M. R. R., ALMEIDA, M. J. B. M. (2004). Fundamentos de Física, (2ª Ed.). Coimbra: Almedina.
Livro de física geral. Obra de referência, que apresenta os tópicos de modo simples, mas com um rigor apreciável,
contendo inúmeros exemplos e aplicações. Recomendam-se os capítulos 7, 12 e 13.
FIOLHAIS, C. (2007). Nova Física Divertida. Gradiva Publicações.
Livro recomendado para apoio a projetos relacionados com Ciências. Proporciona aos estudantes e ao leitor
comum uma lição de admirável rigor científico sobre as principais descobertas da Física dos séculos XX e XXI.
LEITE, L. (2001). Contributos para uma utilização mais fundamentada do trabalho laboratorial no ensino das
Ciências. Em CAETANO, H. E SANTOS, M. (org). Cadernos Didáticos de Ciências, 79 – 97. Lisboa: Des.
Estudo que reflete sobre a eficácia do trabalho experimental na aprendizagem das Ciências e na compreensão
dos conceitos científicos.
LOPES, J. (1994). Resolução de problemas de Física e Química. Modelo para estratégias de ensino aprendizagem.
Lisboa: Texto Editora.
Livro sobre resolução de problemas como estratégia de ensino-aprendizagem.
WATSON, R. (2000). The Role of Practical Work. Em MONK, M. e OSBORNE, J. (ed). Good Practice in Science
Teaching. What research has to say. Philadelphia: Open University Press.
Artigo que reflete sobre boas práticas no ensino das Ciências.
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro
11 | FÍSICA