Fernando Chacel

Fernando Chacel is part of a group of Brazillian landscape architects post generation after Roberto Burle Marx, who he has worked with in 1950´s.

He developed large scale projects for Furnas Hydroelectric Station and for Paraibuna and Itaipu Hydroelectric Stations. Since 1980, he has been working on ecogenetics projects including and highlighting the protected areas of Tijuca and Jacarepagua Lakes which he was recognized important awards.

Author of Landscape and Ecogenesis, Chacel believes with the millennium come a fascinating and promising apprenticeship translated into sustainable developments, reconciling the need of competitive uses the land biodiversity conversation and cultural values maintenance.

Fernando Chacel pertence a geração de arquitetos paisagistas brasileiros posterior a Roberto Burle Marx, com quem trabalhou nos anos 1950. Chacel realizou projetos de grande porte para a Usina Hidrelétrica de Furnas e para as Hidrelétricas de Paraibuna e Itaipu. Desde 1980 tem elaborado projetos de natureza ecogenética, com destaques para as Faixas Marginais de Proteção das Lagoas da Tijuca e Jacarepaguá, entre outros, que o fizeram merecedor de importantes prêmios.

Autor do livro “ Paisagismo e Ecogênese”, Chacel acredita que com o terceiro milênio virá um aprendizado fascinante e promissor que traduza as necessidades dos usos competitivos da terra com a conservação da biodiversidade e a manutenção dos valores culturais.

Lecture / Palestra

Ecogenesis, interdisciplinarity, sustainable developmentFernando Chacel

In the third millennium, landscape architects will face a major challenge: to make its contribution in the great effort of humanity to save the planet.

Always supported by the partnership with more specialized professionals in the natural sciences fields and their deep knowledge on environmental related topics.The landscape architect working in a multidisciplinary way will stand up uncontested on the planning of landscape and its consequences.

Through this interdisciplinary, and an improved technical and scientific training in ecology and ethology fields, the landscape architect will certainly be able to act and interact in the complex and delicate task of “reading” and understanding the landscape and it’s biotic and anthropic components.

Searching for new intervention models that have its reference, in a genetic data base and the memory of the natural and cultural threatened of extinction landscapes, a new concept will rise a new aesthetic: the ecological aesthetics.

The third millennium is just beginning and brings along a fascinating way of learning, improving the possibility of new experiments that can translated, clearly and effectively, the issues presented at the Stockholm Conference.

The world wide objectives were to reconcile the needs and competition for land development, with the conservation of biodiversity and maintenance of cultural values, emerging then the first draft of Sustainable Development.

The projects presented here refer to actions seeking an ecological genesis and the formation of viable biotic systems, from the ability of a living system to reach equilibrium after disturbance or degradation.

They also suggest, mitigating and compensatory actions for environmental impacts caused by anthropical actions.

The objective within the limits of its original intentions and process of creation, bring to the actual model of development adequate technical, scientific and interdisciplinary solutions, that contribute to the perpetuation and maintenance of environmental and landscape values, witch are accountable for cases of self-sustainability on natural and processed ecosystems.

The selected projects: Gleba E / Peninsula, Jardim do Lago and Cambuhy farm, has in its essence, structural and aesthetic changes in its proposal for the use and occupation development by ecogenetic process.

Located in the city of Armação dos Búzios,JARDIM DO LAGO is a fragment of restinga forest, showing the generosity of its spaces occupied, the careful management of the valuable floral mosaic so it enables residential units. And also the adequacy of their hydric resources in order to address the purposes of its use in land development.

That provided a reconciliation between the preservation and conservation of its ecosystems, and projects for residential and tourism enterprises.

This differential aspects of self-sustainability, balance, harmony and quality of life, will be offered to its future dwellers.

Cambuhy farm, for many decades aware of the value of their environmental and natural resources, protected four thousand and five hundred hectares of land known as the “Virginia woods”.

Considered the most important native forest west of São Paulo State, it’s a mixed of orange plantations and production areas, and has its forest vegetation extended annually by heteróclito reforestation, implemented within the principles of ecological succession and fitosociologia.

To its wealth of grown plants, environmental education and recreation parks areas has been recently added, proper management preserves and enrich forest fragments and wetlands, to create new local and regional wildlife niches and corridors, thereby providing a substantial increase of biodiversity and local biota.

Gleba E was conceived with the ideas of the National Museum naturalist’s and the projects of Burle Marx, Mello Barreto and Mello Carvalho for the Federal District biological group of coastal lagoons.

Dreamed up in the 40s, and established in 1986 according to ecogenetics principles in Barra da Tijuca, became the first model to create Atlantic ecosystem Replacement System in Rio de Janeiro.

Gleba E afterwards served as an example for other projects accomplishment, as the Mello Barreto Park, the Restinga farm by the water of Tijuca lagoon, and the Rio Office Park, also on the Protected Coastline area, along Jacarepaguá lagoon.

Ecogenese, interdisciplinaridade, desenvolvimento sustentávelFernando Chacel

No terceiro milênio o arquiteto paisagista deverá enfrentar um grande desafio: prestar a sua contribuição, no esforço maior e conjunto da humanidade, para a salvação do planeta.

Sem nunca prescindir da parceria de outros profissionais, certamente mais

especializados no campo das ciências naturais e com conhecimento mais específico e profundo sobre temas relacionados ao meio ambiente, o arquiteto paisagista trabalhando de forma multidisciplinar, marcará sua presença de forma inconteste no planejamento da paisagem e seus desdobramentos.

Será através dessa interdisciplinaridade e do fortalecimento técnico-científico da sua formação profissional no campo da ecologia e da etologia que o arquiteto paisagista poderá certamente, agir e interagir na complexa e delicada tarefa da leitura e compreensão da paisagem e de seus componentes físicos, bióticos e antrópicos.

Será, também, na busca de novos modelos de intervenção que tenham como referência o banco genético, os testemunhos das paisagens naturais e culturais ameaçadas ou em vias de extinção, que surgirá, para as propostas paisagísticas contemporâneas, uma nova estética: a estética ecológica.

O terceiro milênio está apenas começando e com ele virá o começo de um aprendizado fascinante e promissor para o aparecimento de novos experimentos que possam traduzir, com clareza e eficácia, os temas surgidos na Conferência de Estocolmo, quando, em nível global, com o objetivo de reconciliar as necessidades dos usos competitivos da terra com a conservação da biodiversidade e a manutenção dos valores culturais, surgiu o arcabouço da idéia de Desenvolvimento Sustentável.

Os projetos aqui apresentados representam ações que buscam a gênese ecológica para formação de sistemas bióticos viáveis a partir da capacidade que tem um sistema vivo de alcançar equilíbrio após a perturbação ou mesmo degradação.

Representam também, ações mitigadoras ou compensatórias dos impactos ambientais causados por ações antrópicas.

Tem como objetivos, dentro dos limites e intenções iniciais do seu processo de criação, trazer aos modelos de desenvolvimento praticados, soluções técnico-científicas de natureza interdisciplinar capazes de contribuir para a perenização e manutenção dos valores ambientais e paisagísticos, responsáveis por situações de auto sustentabilidade dos ecossistemas naturais e transformados.

Os projetos escolhidos: Gleba E, Jardim do Lago e Fazenda Cambuhy, tem sua essência, mudanças estruturais e estéticas na formulação de propostas de uso e ocupação do solo por processo ecogenético.

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O Jardim do Lago, situado na cidade de Armação de Búzios, trazendo na generosidade de ocupação de seus espaços, no manejo adequado e cuidadoso do valioso mosaico florístico de um fragmento de mata de restinga para abrigar unidades residenciais e na adequação do seu corpo hídrico de forma a dirigir os desígnios do seu uso e ocupação do solo, possibilitou a conciliação da preservação e conservação dos seus ecossistemas com um projeto de desenvolvimento residencial e turístico cujo diferencial está presente nos seus aspectos de auto sustentabilidade, equilíbrio, harmonia e qualidade de vida oferecida aos seus futuros moradores.

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A Fazenda Cambuhy dá muitas décadas consciente do valor ambiental e dos recursos naturais encontradas em suas terras, preservou quatro mil e quinhentos hectares de mata, a mata da Virgínia, considerada como a mais importante floresta nativa oeste do estado de São Paulo, imbricada em seus laranjais e demais áreas de produção, tem sua cobertura vegetal florestal ampliada anualmente por reflorestamentos heteróclitos executados dentro de princípios de sucessão ecológica e fitosociológica, ao seu tesouro

de plantas cultivadas adicionou recentemente, áreas de parque de educação ambiental e lazer, preservando e enriquecendo por ação de manejo, fragmentos de mata e de área úmida no sentido de criar novos nichos e corredores ecológicos para abrigo da fauna local e regional, propiciando assim um aumento substancial da biodiversidade e da biota local.

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A Gleba E, concebida em consonância com as idéias e ideais dos naturalistas do Museu Nacional e com os projetos de Burle Marx, Mello Barreto e Mello Carvalho para o grupo biológico da lagoas litorâneas do Distrito Federal sonhados na década de 40 do século passado, foi implantada segundo princípios ecogenéticos em 1986 na Barra da Tijuca vindo a se construir em primeiro modelo de criação de ecossistema de substituição do Sistema Vegetal Atlântico, na cidade do Rio de Janeiro.A Gleba E, tempo depois serviria de modelo para implantação de outros, como o Parque Mello Barreto e Fazenda da Restinga, na orla da Lagoa da tijuca, e o Rio Office Park, na Faixa Marginal de Proteção da Lagoa de Jacarepaguá.

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