Estudo do metabolismo peroxissomal no fungo Moniliophthora perniciosa e seu possível papel na...
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Estudo do metabolismo peroxissomal no fungo Moniliophthora perniciosa e seu
possível papel na vassoura-de-bruxa do cacaueiro.
Aluno: Bruno Vaz de OliveiraOrientador: Prof. Dr. Gonçalo Amarante Guimarães PereiraCo-orientadora: Dra. Johana Rincones Pérez
• Introdução– Produção de oxalato pelo Fungo Moniliophthora
perniciosa – Degradação da pectina da parede vegetal– Metabolismo de metanol em fungos– Relação entre os metabolismos de pectina e metanol
• Objetivos
• Resultados
• Próximas etapas
Sumário
Introdução
Produção de oxalato pelo Fungo Moniliophthora perniciosa
Do Rio et al (2008)
Introdução
• Cristais secretados são realmente compostos por oxalato de cálcio
Do Rio et al (2008)
Introdução
• Oxaloacetato acetilhyrolase (Mp_oah) no genoma e expresso no micélio biotrophic-like
Do Rio et al (2008)
Introdução
• OAH: enzima relacionada à produção de oxalato em vários fungos
• Han et al (2007)
– Disrrupção do gene oah em Botryotinia fuckeliana: não produz oxalato
– Complementação de linhagem mutante de A. niger oah- com o gene de B. fuckeliana: restauração do fenótipo
Introdução
Introdução
Degradação da pectina da parede vegetal
Metabolismo de metanol em fungos
• Metabolismo peroxissomal
• Enzimas envolvidas: álcool oxidase e catalase
Introdução
• Organismos metilotróficos: Hansenula, Pichia e Candida
• Cladosporium fulvum: AO é um fator de patogenicidade
Segers et al (2001)
Introdução
• Em M. perniciosa– Crescimento do micélio necrotrófico em metanol como
única fonte de carbono
– Identificação de uma AO putativa– Identificação de duas CAT putativas– Metabolismo peroxissomal ???
Introdução
Relação entre pectina e metanol
• Nagawaka et al (2005)
– Pichia methanolica: MOD1 e MOD2
– Crescimento em pectina e ácido poligalacturônico
Nagawaka et al (2005)
Introdução
• P. methanolica é capaz de utilizar o metanol proveniente das pectinas através do metabolismo peroxissomal.
• Resultados semelhantes para Candida biodinni
Nagawaka et al (2005)
Introdução
• Plantas produzem metanol em seu metabolismo.
• Obendorf et al (1990): os radicais metil das pectinas são a principal fonte de metanol em sementes de soja.
• O processo de remoção dos radicais metil ocorre durante o crescimento e senescência de células vegetais.
• Gaffe et al (1994): processo pode ser aumentado devido à ação da enzima pectina metilesterase de organismos patogênicos
Introdução
Foto: M. C. S. do RIO
• Em M. perniciosa– Crescimento em pectina cítrica
– Identificação no genoma pectinases (poligalacturonidases, pectato liases e pectina metilesterase)
Introdução
• Evidências
– Secreção de oxalato
– Crescimento do micélio em meio contento metanol ou pectina como fontes únicas de carbono
– Evidências de degradação da parede vegetal na presença de hifas do fungo
– Identificação de uma AO putativa
– Identificação de duas CAT putativas
– Identificação de uma PME putativa
Introdução
Pectina-Ca+2 Pectina Poligalacturonato + metanol
Parede celular vegetal
Oxalato
(OAH)
PME
Peroxissomo
Ca+2
Ca+2
Metanol AOH2O2
CATH2O + O2
Formaldeído+
H2O2H2O + O2
CAT
Hifa de M. perniciosaHipótese
• Os objetivos do presente projeto são:– a caracterização das enzimas álcool oxidase e catalase,
provavelmente relacionadas ao metabolismo de metanol, as quais podem caracterizar um metabolismo peroxissomal no fungo M. perniciosa, durante sua interação com Theobroma cacao no desenvolvimento da Vassoura-de-bruxa.
– a caracterização de outras possíveis catalases, que poderiam ser importantes na degradação de peróxido de hidrogênio liberado pela planta na tentativa de conter a infecção pelo fungo.
– analisar se de fato a produção de oxalato pelo fungo está relacionada à degradação das cadeias pécticas das células vegetais e à liberação de metanol.
Objetivos
• Objetivos específicos
– Finalizar o sequenciamento dos genes que codificam AO e CAT e analisar suas seqüências
– Imunolocalização das enzimas AO e CAT, através da técnica de immunogold.
– Estudo da expressão, in vitro e in planta
– Detecção das atividades AO e CAT in situ.
– Detecção das atividades AO em meio de cultura.
– Expressão heteróloga do gene que codifica AO e caracterização da proteína expressa
Objetivos
Sequenciamento
Ressequenciamento dos clones
Clusterização
Desenho de primers para finalizar o sequenciamento
Resultados
Resultados
Resultados
• Seqüências do 454
– AO completa
– Catalases A e B Completas
– Mais 3 catalases no genoma• C: completamente seqüenciada• D e E: parcialmente seqüenciadas
Resultados
• Álcool oxidase (Mp-ao)– Codifica para uma proteína predita de 631 aa
– Ausência da seqüência sinalizadora PST1 (peroxisome targeting signal) na porção c-terminal: S/A-K/R-L//F
– Ausência da seqüência sinalizadora PST2 na porção N-terminal
M.perniciosa PHAPVPHAPVPTGKPATQQLR- 631G.trabeum PHAPVPHAPVPTGRPATQQPKH 651C.cinerea PHAPVPHAPIPTGKPTTQLVR- 610P.angusta LDMTIPNFRLGT-YEETGLARF 664P.pastoris LDMTVPQFKLGT-YEKTGLARF 663C.fulvum LDMRVPDYQAN--REITGLARL 665
Resultados
• Daniel, Volc et al., 2007
– AO do fungo Gleophylum trabeum
– Secretada para o meio extracelular
Daniel, Volc et al., 2007 Segers et al (2001)
Resultados
M.perniciosa PHAPVPHAPVPTGKPATQQLR- 631G.trabeum PHAPVPHAPVPTGRPATQQPKH 651C.cinerea PHAPVPHAPIPTGKPTTQLVR- 610P.angusta LDMTIPNFRLGT-YEETGLARF 664P.pastoris LDMTVPQFKLGT-YEKTGLARF 663C.fulvum LDMRVPDYQAN--REITGLARL 665
Daniel, Volc et al., 2007
AO de M. perniciosa: secretada???
Resultados
• Catalases– 5 seqüências possivelmente codantes
para catalase– 3 totalmente seqüenciadas: Mp_catA,
Mp_catB e Mp_catC– 2 parcialmente seqüenciadas: Mp_catD e
Mp_catE– Comparação com seqüência se outros
organismos: inferir sobre suas possíveis funções biológicas
Resultados
• Mp_catA– Proteína predita de 731 aa– Domínio GATase1_catalase (cd03132)– Alta similaridade com “spore specific catalases”:
Aspergillus nidulans (CAT A), Neurospora crassa (CAT 1), Cryptococcus neoformans (CAT 2)
• Mp_catB– Proteína predita de 718 aa– Domínio GATase1_catalase (cd03132)– Alta similaridade com catalases envolvidas na
degradação de peróxido exógeno: Aspergillus nidulans (CATB), Neurospora crassa (CAT 2)
– Possivelmente secretada: peptídeo sinal na porção N-terminal
Resultados
• Mp_catC– Proteína predita de 511 aminoácidos– Não possui domínio ligado à oligomerização– Seqüência PST1
– Alta similaridade com catalases peroxissomais de Sclerotinia sclerotiorum e Aspergillus nidulans (CAT C): geralmente envolvidas na degradação de peróxido endógeno
A.capsulatus TEALVAS-----QAQSQSRL----------- 503E.nidulans GKRIEKATEKKAT--------EARARL----------- 501S.Sclerotiorum GSKIEEATEKLAPAPNSKAAGAAQSRL----------- 509M.Perniciosa SDRIAKAVGHSQVKPLQFKPAPEAVRFKANCGAFSKL 511
Resultados
• Mp_CatD e Mp_CatE: parcialmente seqüenciadas• Alta similaridade com Mp_CatB
• Finalização do seu sequenciamento• Parálogos??
Mp_catD PGHVVPGIDFSDDPLLQGRLFSYVDTQLNRNMGSPNFEQIPINRPRNGPPHNNNRDGAGQ 260Mp_catE PGHVVPGIDFSDDPLLQGRLFSYVDTQLNRNMGSPNFEQIPINRPRN-SVHNNNRDGAGQ 241Mp_CatB PGHVVPGIDFSDDTLLQGRLLSYVDTQLNRNMGSPNFEQIPINRPHV-PVHNNHRGGAGQ 415 *************.******:************************: . ***:*.****Mp_catD QFIFSNINPYTFNTLNNGFPKPANQTVGNGFFTAPARRIVDARYVREISPTFLDFYSQPR 320Mp_catE QFIHSNTNPYTFNTLNNGYPKPANQTTGNGFFSAPARRIVDAQYVREVSPTFIDYWSQPR 301Mp_CatB QFIHSNIYPYTPNTLNNGSPQPANQTVGNGFFTAPARRITDARYVRELSPTFSDHWSQPR 475 ***.** *** ****** *:*****.*****:******.**:****:**** *.:****Mp_catD LFYNSILPAERQMVINALRFELSHVQSSSVKANFINQINKVDNDLAVRVASAIGVKRPAP 380Mp_catE LFYNSILPEERQMVINALRFELSHVQSSAVKANFINQINKIDNDFAVRVALAINVEAPSP 361Mp_CatB LFWNSILPDEQQMIVNAFRFELARIQSAHVKSNFIAQLNRIDNGLARRVASAVNVQAPEP 535 **:***** *:**::**:****:::**: **:*** *:*::**.:* *** *:.*: * *
Resultados
RT-PCR semi quantitativo
Cultivo do micélio necrotrófico por 7 dias em MYEA
Indução por 24 horas com Metanol, P0 e P90
Extração de RNA e Síntese de cDNA
Amplificações : Mp-pme, Mp-ao, mp-catA e mp-catB
Resultados
Resultados
Resultados
• A partir dos Rt-PCR– PME: controle e P90– AO: controle, metanol e P90– Cat A: controle, metanol e P90– Cat B: nenhuma condição
• Resultado preliminar
• Ensaios futuros– Real Time PCR– Outras condições: ácido oxalacético, P0, P90, metanol,
peróxido de hidrogênio, extrato de cacau, aminotriazole– Micélio biotrophic-like
Resultados
Obtenção de cortes ultrafinos
Cultivo do micélio necrotrófico por 7 dias em MYEA
Paraformaldeído 3% em tampão fosfato pH 7 por 48 horas.
Desidratado em um gradiente crescente de etanol (70 a 100%)
Rresina Lowcryl K4M por 2 dias, polimerização por 5 dias
Trimagem e cortes ultrafinos
Contraste com citrato de chumbo e acetato de uranila
MET
Resultados
Resultados
• Detecção da atividade AO– Meio de cultura e extrato protéico
Provável atividade AO extracelular
Resultados
• Teste de manutenção da fase biotrófica– 50mL/L de glicerol– 2,5 g/L de K2HPO4 – 1 mL/L de trace minerals, – 5 mg/L de cafeína – 10 mg/L de auxina– NaNO3
• Manutenção por aproximadamente 3 meses
Resultados
• Após 6 meses em cultura
Resultados
Resultados
Clamidiospóros: estruturas relacionadas à resistência a estresse
Resultados
• Finalização do sequenciamento dos genes Mp_CatD e Mp_CatE
• Análise filogenética das catalases de M. perniciosa• Imunolocalização das enzimas álcool oxidase e catalase.• Estudo da expressão, in vitro, dos genes OAH, PME, AO e
CAT• .Estudo da expressão, in planta, dos genes OAH, PME, AO e
CAT• Detecção das atividades AO e CAT in situ.• Expressão heteróloga do gene que codifica AO e
caracterização da proteína expressa• Purificação (ou expressão heteróloga) das catalases e sua
caracterização
Próximas etapas