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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEEcos da Via-SacraEcos da Via-SacraEcos da Via-SacraEcos da Via-SacraEcos da Via-Sacra

Revista do Colégio da Via-SacraAno XCVI – N.º 1Março/2004

PeriodicidadeTrimestral

DirectorP.e António Pereira Felisberto

Director de RedacçãoProf. Nélson Marques

RedacçãoClube de Jornalismo

Direcção GráficaProf.ª Carla Pinto

ImpressãoNOVELgráfica - Viseu

Rua Capitão Salomão, [email protected]

N.º Depósito Legal: 204418/03

Tiragem800 exemplares

Capa

Trabalho realizado pela turma do 6.º A

Agora falam os pais 37

Tema do ano 32

Hora do recreio 29

“Echos” do passado 28

Mergulhar nos livros 27

Um olhar sobre... 23

Espaço para a escrita... 18

Entrevista com... 13

Notícias do Colégio 4

Editorial 3

“Liberdade”, trabalho realizado por João Fernandes, 9.ºE

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3ECOS da VIA-SACRA

EEEEEDITORIALDITORIALDITORIALDITORIALDITORIAL

Páscoa, caminho de Liberdade!Páscoa, caminho de Liberdade!Páscoa, caminho de Liberdade!Páscoa, caminho de Liberdade!Páscoa, caminho de Liberdade!

Chegámos à Páscoa deste ano de 2004 que a ONU escolheu paracomemorar a luta contra a escravatura e a sua abolição. No início destemilénio, proliferam variadíssimas formas de escravatura e de gente a quemsão negados todos os direitos: nega-se o direito à vida no seio materno; vendem-se, traficam-se, exploram-se e matam-se crianças e adolescentes; os pobres estão cada vez maispobres e dependentes dos ricos que o são cada vez mais; nega-se uma infinidade dedireitos aos que são diferentes, chegando-se mesmo a negar-lhe o direito à vida ou promovera sua morte; explora-se até à morte o espírito de fé de tantos…

Mas Cristo Ressuscitou! Jesus Cristo morreu para que não morrêssemos e Ressuscitou!É bom repetir o que é evidente para nós cristãos, hoje, no dia 11 de Março, dia em queestou a escrever estas linhas. Neste dia, o mundo foi sobressaltado pelo grande atentadoem Madrid… e Jesus Cristo continua a dizer com a sua própria vida que o caminho é a Paz,mesmo que o matem, e prefere deixar-se matar para impedir que outros morram, que atodos os homens falte a Vida.

A Liberdade não é fruto da violência, é sim um fruto maduro da Paz.Isto gostaria que todos aprendêssemos, também no nosso Colégio da Via-Sacra, os

alunos, os professores, os pais e demais educadores. O lema que escolhemos para esteano, “Liberdade, Vida a Crescer”, desafia-nos a procurar a liberdade autêntica que nosresponsabiliza e nos aponta caminhos que levam a um conceito integral e integrado do SerHumano, em todas as sua dimensões.

Se olharmos o outro com o mesmo olhar de Jesus, respeitá-lo-emos tal como é ereconheceremos a sua dignidade, independentemente da idade, da língua, da religião, dacor da pele, do sexo, da sua carteira ou da posição social.

Está em “estreia” o filme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo. Admirado, polémico,criticado. O que é que está em causa? A demasiada violência? A fama do seu realizador?A critica cinematográfica? Ou será, então, que o Processo da Morte de Jesus Cristo e aSua Ressurreição continuam a interpelar aqueles que lhe abrem o coração e a ser sinalde contradição?

Caminhos, há muitos; mas o caminho verdadeiro que conduz à plena liberdade quepropicia a realização plena e simultânea de todos os homens e mulheres tem um úniconome: Jesus Cristo.

A Sua Salvação é para todos, mesmo para aqueles que ainda não o conhecem!Só a salvação de todos justificou a sua Paixão!Um Santa Páscoa, no amor de Cristo Ressuscitado!

P.e António Felisberto

Director do Colégio da Via-Sacra

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ECOS da VIA-SACRA4

Celebração de Natal no Colégio

Na tarde do dia 16 deDezembro, na igreja paroquial deS. José, fazia-se o derradeiroensaio da actuação marcada paraessa mesma noite. Sob a batuta eos acordes do órgão do professorJorge Abel, o coro afinava as vozes;tenores, sopranos, contraltos eflautas de bisel compunham umaorquestra em (quase) completasintonia. Os exigentes professoresde Educação Musical nãohesitavam em interromper e fazeros reparos necessários. Aomesmo tempo, a professoraSandra Ferreira limava com ospequenos actores do ABC doTeatro alguns pormenores daencenação e recitação de poemasnatalícios que iriam enriquecer aactuação.

Pelas 21:30 horas, pais,professores e alunos encheram aigreja de S. José para assistiremao Auto de Natal que, pelosaplausos granjeados, demonstrouser um espectáculo que resultouem pleno. Os espectadorespuderam desfrutar da interpretaçãomusical de temas, como “Gloria inExcelsis Deo” e “Natal de Elvas”,a par da interpretação dramáticade poemas, como, por exemplo,“Acenda-se de novo o Presépio doMundo” de David Mourão Ferreira.

Pedro Amaro, 7.º B

Auto de NatalAuto de NatalAuto de NatalAuto de NatalAuto de Natal

Festa de Natal

O dia de Natal do Colégio da Via-Sacra começou, como habitualmente, às8:30. Todas os alunos e respectivosprofessores foram para a sala de aula,onde fizeram uma pequena abordagem aossímbolos natalícios. Seguiu-se a tradicionalsessão de fotografias.

Às 11:00 horas, houve a celebraçãoeucarística. A partir do meio-dia, todosforam almoçar peru e uma boa fatia de bolorei.

Às 14:30, começou aquilo que nósesperávamos... a parte recreativa!!Participaram todas as turmas, com todo otipo de actividades: canções, danças eteatros. A festa contou ainda com aanimação dos diversos clubes, como o dedança, teatro, música e a tuna Trovadoresda Via-Sacra. E como não podia deixar deser, no final houve uma distribuição depequenas lembranças natalícias.

Nuno Santos, 7.º B

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5 ECOS da VIA -SACRA

Partimos da Terra até Plutão. No caminho,ao atravessarmos a cintura de asteróides,a nave sofreu uma trepidação muito forte. Aviajem foi longa e, quando chegámos aPlutão, a nave já tinha pouca energia, o quenos obrigou a regressar de novo à Terra.Aterrámos no Planetário de Torredeita, e oPrincipezinho, antes de partir, quis deixar-nos uma mensagem: “Têm um planetalindíssimo, onde as pessoas se relacionambem entre si, mas não sabem preservar anatureza. Cada um de vós desempenha umpapel importante na preservação do planetaTerra… Não fiquem indiferentes!”

Despedimo-nos do Principezinho,cientes de que já sabíamos mais umbocadinho do nosso sistema solar, que

ainda guarda muitossegredos. Quem sabese um dia não vais sertu a ajudar-nos adesvendar os segredosdo Universo…

Joana Isabel,Joana Margarida,

Tiago Ribeiro,

7.ºC

NNNNNOTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do CCCCCOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIO

Na manhã do dia 16 de Dezembro,quando chegámos à escola, lá tínhamos,como planeado, os dois autocarros à nossaespera. Entrámos e partimos em direcçãoao Planetário de Torredeita. Não demoroumuito tempo até chegarmos ao destino.Estávamos em cima de uma pequeníssimaponte, quando deram um bilhete a cadaaluno. De seguida, entrámos dentro daqueleedifício ainda desconhecido para a maiorparte de nós.

Em primeiro lugar, ao mesmo tempo queeram projectadas algumas imagens,ouvimos as explicações do nosso simpáticoguia sobre o sistema solar, a lua e a nossagaláxia – a Via Láctea. Alguns minutosdepois, assistimos à aterragem de uma navena cúpula do Planetário. De dentro da navesaiu uma personagem que todos conhecem– o Principezinho, que regressava do seuasteróide. Ele, curioso com a nossapresença, veio ter connosco à sala. Nessemomento, vimo-nos embrenhados numaencenação em que as personagens éramosnós, o nosso guia e o Principezinho. Aencenação estava muito bem montada. OPrincipezinho pediu ao guia que lhedesenhasse uma ovelha, mas apenasconseguiu satisfazer o seu pedido à terceiratentativa. Quando finalmente teve aquilo quequeria, convidou-nos a visitar o seum e t e o r i t o . A íconhecemos a suamisteriosa flor, queprotegia com ocachecol que trazia aopescoço. Entretanto,propusemos-lhe quedesse uma voltaconnosco pelo sistemasolar. Ele aceitou.

Alunos do 7.º ano visitam Planetário de TorredeitaAlunos do 7.º ano visitam Planetário de TorredeitaAlunos do 7.º ano visitam Planetário de TorredeitaAlunos do 7.º ano visitam Planetário de TorredeitaAlunos do 7.º ano visitam Planetário de Torredeita

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No passado dia 15de Janeiro, todas asturmas do Colégiocomemoraram o nas-cimento de MartinLuther King (1929-1968). Esta actividadefoi uma iniciativa dosprofessores de Inglês edecorreu na Bibliotecada Escola onde todosos alunos, acompa-nhados por váriosprofessores, assistirama um breve documen-tário em Inglês sobre avida desta ilustre per-sonalidade.

Martin Luther Kingé o “patrono” de umadas salas do nossoColégio e foi umaimportante figura quelutou pelos direitos dosnegros, numa socie-dade que os discrimi-nava − a sociedadeamericana. Foi distin-guido com o PrémioNobel da Paz, em1964, e, como seguidorde Gandhi, deu umgrande contributo paraa paz mundial. Océlebre discurso que oconsagrou como lídermoral da MACAP − “IHave a Dream” − ecoa

até hoje na memória detodos quantos pretendemconstruir um mundo detréguas, porque apela àliberdade dos homens decor, contra a segregaçãoracial. Luther King ficarápara sempre conhecidocomo um impulsionadorda campanha pelosdireitos cívicos dapopulação negra, e o seunome perpetuará a paz.

Esta actividade nãose resumiu à apresen-tação do filme, poiscontou, igualmente, com arecitação em inglês dodiscurso − ”I Have aDream” − durante o inter-valo da manhã. Os alunostiveram, ainda, oportu-nidade para apreciarem aexposição de trabalhosque esteve presente naBiblioteca durante umasemana e que contou coma colaboração de váriosalunos.

Ao grupo de profes-sores de Inglês, ficam osnossos agradecimentospela oportunidade quenos deram de ficarmos aconhecer melhor MartinLuther King.

Ana Coroado, Ana Filipa,

Anaísa, Vilma, 8.º A

Alunos comemoram nascimento de Martin Luther KingAlunos comemoram nascimento de Martin Luther KingAlunos comemoram nascimento de Martin Luther KingAlunos comemoram nascimento de Martin Luther KingAlunos comemoram nascimento de Martin Luther King

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7 ECOS da VIA -SACRA

NNNNNOTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do CCCCCOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIO

Sonhei:

Que os homens

Um dia se levantarão

E entenderão finalmente

Que foram criados

Para viverem juntos

Como irmãos.

Sonhei:

Que todo o homem decor

Do mundo inteiro

Será julgado

Pelo valor da sua pessoa

E não pela cor da suapele;

E que todos os homens

Respeitarão

A dignidade humana

Martin Luther King

Nós, os alunos do 6.º A,

no 1.º período, dedicámo-nos,em Área de Projecto, aoestudo de um problema queafecta muitas pessoas de todoo mundo – o consumo dedrogas.

Droga é toda a substânciaque actua directamente sobreo funcionamento do sistemanervoso, modificando ocomportamento do indivíduo,provocando alterações psí-quicas sentidas como agradá-veis, mas, ao mesmo tempo,criando na pessoa uma relaçãomuito forte de dependência.Além disso, este terrívelfenómeno surge infelizmente,muitas das vezes, associado àdelinquência juvenil e àcriminalidade.

No decurso da realizaçãodo projecto, contactámos como Chefe Chaves da Polícia deSegurança Pública, o respon-sável máximo pelo combate aocrime na cidade de Viseu, quenos proporcionou uma acçãode sensibilização, onde nosesclareceu muitas dúvidasacerca deste terrível fenó-meno.

Na elaboração destenosso trabalho, conseguimosperceber melhor a complexi-dade e os perigos do mundodas drogas.

Íris Oliveira, 6.º A

A turma do 6.º A reflecte sobre a Droga em A turma do 6.º A reflecte sobre a Droga em A turma do 6.º A reflecte sobre a Droga em A turma do 6.º A reflecte sobre a Droga em A turma do 6.º A reflecte sobre a Droga em

Área de ProjectoÁrea de ProjectoÁrea de ProjectoÁrea de ProjectoÁrea de Projecto

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ECOS da VIA-SACRA8

São professores responsáveis por esteprojecto João Modesto, Sandra Lopes,Sérgio Silva, Pedro Figueiredo, João Sá,Célia Braguês, Carla Pinto e PaulaMarques. As sessões de preparação têmocorrido preferencialmente nas aulas deFormação Cívica e Área de Projecto eenvolvem a produção de adereços,produção do guarda-roupa, preparação detextos, treino da expressão dramática,musical e corporal. Os clubes de Teatro,de Artes, a Tuna e o grupo de EducaçãoFísica juntar-se-ão para colaborar naquiloque for necessário.

Numa primeira fase, os alunosinvestigaram e recolheram informaçõessobre os vários aspectos da vidaquotidiana do homem medieval. Nestemomento, as turmas encontram-se atrabalhar na preparação dos aspectos queirão ser recriados na Feira Medieval, como,por exemplo, a produção de cenários eadereços, a gastronomia, o artesanato, ovestuário dos diferentes grupos sociais. Oproduto final será a recriação edemonstração, ao vivo, do ambiente quese vivia numa feira medieval. Desfilarão,interagindo com o público, diversaspersonagens, como comerciantes,mendigos, alcoviteiras, jograis, cavaleiros,entre outras. Alunos e professoresencarnarão por um dia nestaspersonagens tão vivas, mas ao mesmotempo tão longínquas.

Agradecemos, por isso, o apoio detoda a comunidade escolar para o sucessodesta iniciativa.

Prof. Sandra Lopes

Se houvesse uma meteorologia paracada época da história da humanidade, aIdade Média seria um nevoeiro imenso. AIdade Média foi o palco de decisivosacontecimentos históricos e de magníficasproduções culturais e artísticas. Por isso,não pode ser caracterizada, como foidurante muito tempo e erroneamente peloshistoriadores, como a Idade das Trevas.O fascínio que este período da históriaainda exerce sobre os homens de hojetransforma-o, por vezes, num espaçolongínquo de fantasia e sonho. E por falarem sonho…. Imagina que durante um diaesquecias o relógio, o telemóvel e atelevisão e mergulhavas na Idade Média:época povoada de cavaleiros e princesas,guerras e mistérios, grandes banquetes eserões. Imagina que vivias de perto aazáfama de uma feira medieval, ondeprovarias as iguarias da cozinha da épocaao som dos instrumentos musicais deentão.

Na última semana do 3.º período, nãoprecisas de imaginar tudo isto, pois osalunos de algumas turmas dos 2.º e 3.ºciclos do Colégio (5.º B e C; 6.º B; 9.º B,C e D) estão a organizar uma feira medievalque irá realizar-se na última semana deaulas. Este projecto insere-se no âmbitoda Área-escola e tem como objectivos:recriar a vida quotidiana do homem naIdade Média para conhecer algunsaspectos da cultura, as profissões, agastronomia, a música e as diversões daépoca medieval; proporcionar aos alunosexperiências que favoreçam a suamaturidade sócio-afectiva, criando nelesatitudes e hábitos positivos de cooperação.

Colégio da Via-Sacra prepara a recriação de uma feira Medieval

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9 ECOS da VIA -SACRA

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Os alunos da turma 5.º A, com a ajuda dos seus profes-sores de Educação Visual e Tecnológica, organizaram umdesfile temático alusivo aos extraterrestres, onde ficouvisível a originalidade e o esmero dos participantes. A cor ea excentricidade dos fatos dos nossos alunos colocaram àprova o júri, que se viu com sérias dificuldades paraseleccionar os vencedores. Parabéns a todos aqueles queparticiparam!

A tarde prosseguiu no ginásio com o baile de Carnaval eno recinto desportivo com o tradicional jogo de futebol entreprofessores e alunos.

Carnaval Marciano no Colégio

As florestas em todo o mundo têm sofrido umadiminuição drástica, em consequência do abate por partedas grandes empresas madeireiras e dos incêndios, namaior parte das vezes de carácter criminoso. Casosparadigmáticos destes terríveis actos são os das grandesflorestas tropicais africanas e o da floresta amazónica,biótopos fundamentais no equilíbrio do nosso ecossistemanatural. Particularmente no nosso país, está ainda bempresente na memória a destruição que os incêndios doano passado provocaram.

Sensíveis a este problema, na manhã do dia 18 deMarço, os alunos do Colégio assinalaram o Dia da Árvore,através de uma iniciativa revestida de grande simbolismo.No átrio, os alunos, dispostos em forma de árvore,lançaram vários balões, cada um deles contendo duassementes de pinheiro bravo. Esta iniciativa, organizadapelos professores de Geografia, pretendeu dar um pequenocontributo para a reflorestação do nosso país.

Dia da Àrvore

Desenho da autoria de Cristiano João, do 9.º D

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O Colégio da Via-Sacra realizou, no passado dia 12 deDezembro, o já tradicional Corta-Mato. Este evento,organizado pelo grupo de Educação Física, tem como principalobjectivo concentrar, num clima de festa e sã competição,todos os alunos e professores do nosso Colégio.

O Parque Municipal do Fontelo encheu-se de alegria e foicom determinação e espírito de sacrifício que todos os atletasderam o seu melhor.

INFANTIS A MASCULINOS 93/94Guilherme Saldanha, 5.ºACarlos Ribeiro, 5.ºAPaulo Loureiro, 5.ºCINFANTIS B MASCULINOS 91/92Gonçalo Coelho, 7.ºAAndré Santos, 6.ºATiago Rodrigues, 7.ºAINICIADOS MASCULINOS 89/90Tiago Moita, 9.ºBHugo Fonseca, 9.ºCFábio André, 9.ºCJUVENIS MASCULINOS 87/88Miguel Marques, 9.ºEDavid Micael, 9.ºBCarlos Miguel, 9.ºB

INFANTIS A FEMININOS 93/94Tânia Marques, 5.ºCInês Pina, 5.ºCMaria Pina, 5.ºCINFANTIS B FEMININOS 91/92Marta Lourenço, 6.ºBSofia Piloto, 6.ºAAna Luís, 6.ºBINICIADOS FEMININOS 89/90Vanda Raquel, 9.ºDSusana Alexandra, 8.ºCAna Marie, 8.ºAJUNIORES MASCULINOS 85/86Bruno Brito, 9.ºEDaniel Filipe, 9.ºD

Prof. Sérgio Silva

Classificações

A Desportiva Viseense, Lda

Lojas:Av. Alberto Sampaio, 58-61Telef. 232 437 2083510-030 VISEU

DESPORTIVA IIRua Direita, 98

Telef. 232 435 1743500-115 VISEU

Artigos para Desporto

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11 ECOS da VIA -SACRA

Resultados finais:

22222.º.º.º.º.º Ciclo – MasculinosMeias –finais6.º A vs 5.º B – 5 - 06.º B vs 5.º C – 1 - 1(7-5 após grandes penalidades)Final6.º A vs 6.º BCampeão: 6.º AMelhor marcador:André Santos ( 6.ºA )

3.º Ciclo – MasculinosMeias –finais9.º B vs 8.º C – 3 - 09.º A vs 9.º E – 2 - 2(5-4 após grandes penalidades)9.º D vs 8.º A — 6 - 2Finais9.º B vs 9.º D – 0 - 29.º D vs 9.º A – 1 - 19.º B vs 9.º A — 1- 5Campeão: 9.º A(apurado por maior número de golosmarcados)Melhor marcador: António Gouveia ( 9.ºA )

2.º Ciclo – FemininosVencedor: 5.º AMelhor marcadora: Leonor Isabel ( 5.º A )

3.º Ciclo – FemininosVencedor: 9.º DMelhor marcadora: Patrícia Isabel ( 9.º D )

A Organização: Alunos do 9.º Ano

Torneio de Damas na

Ludoteca do Colégio

Do dia 2 de Fevereiro até ao dia16 de Março, decorreu, na Ludo-teca do Colégio, o Torneio deDamas, organizado pelo alunoTiago Boloto do 7.º B. Um total de40 participantes disputaram, em 6fases, uma presença na final. Omérito pertenceu ao Tiago César do8.º C e ao Tiago Boloto quemediram forças num embate finalcheio de emoção e onde o Césaracabou por levar a melhor sobre oseu adversário por um parcial de2-1. Aqui ficam registados os 10primeiros classificados:

1.º Tiago César, 8.º B2.º Tiago Boloto, 7.º B3.º António Pedro, 7.º B4.º Ricardo Cunha, 8.º B5.º Patrícia Rodrigues, 6.º B6.º Roberto Marques, 7.º B7.º Edgar Lopes, 7.º B8.º Jorge Neves, 9.º E9.º Armando Camacho, 9.º B10.º Nuno Santos, 7.º B

Roberto Marques, 7.º B

desporto

NNNNNOTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do OTÍCIAS do CCCCCOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIOOLÉGIO

Torneio de Futebol de InvernoTorneio de Futebol de InvernoTorneio de Futebol de InvernoTorneio de Futebol de InvernoTorneio de Futebol de Inverno

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ECOS da VIA-SACRA12

Este projecto insere-se no grupo das actividades extracurriculares doColégio da Via-Sacra e tem objectivo desenvolver, nos alunos, o gosto pelamúsica.

A tuna pretende ser um factor de desenvolvimento da sensibilidade musicale, ao mesmo tempo, promover valores de sociabilização, tendo em vista aformação integral do aluno.

Ao longo da sua existência (desde 2001), já passaram pela tuna algumasdezenas de alunos do Colégio. Aqueles que já seguiram para outras escolasdeixaram saudades. Mas, como a escola não pode parar, este projecto continua.

Os ensaios têm lugar todas as quartas-feiras à tarde, das catorze às quinzehoras e trinta minutos, na sala de música.

É com a nossa enorme alegria de viver, que é visível por todos aqueles queassistem aos nossos espectáculos, que vos queremos contagiar nas festasdo nosso Colégio. Contaram connosco na festa de Natal e, agora, contemconnosco na Páscoa e no fim do ano lectivo.

Entretanto, não te esqueças de aparecer! Esta tuna é tua!Prof. João Modesto

Tuna “Trovadores da Via-Sacra”

Se gostas de animais e tens condi-ções para ter um, dirige-te ao “Cantinhodos Animais” na nossa cidade.

Se já tens animais em casa, masgostas de ajudar, contribui com coberto-res, panelas, papelões, rações e outrascoisas que já não necessitas ou pensasdeitar fora.

Os animais precisam da tua ajuda.Entrega a tua contribuição no Colé-

gio da Via-Sacra.8.º B

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O nosso Clube de Artesfunciona nas tardes de quarta-feira.Aqui realizamos trabalhos comtécnicas complementares às aulasde Educação Visual e Tecnológica,desde bíblias, mobiles, bonecos detrapos, trabalhos em madeira,velas, flores de papel e missangas,aguarelas, decoração de figuras emgesso, ponto de cruz. Gostamosmuito de frequentar este clube, poisdesenvolvemos actividades novas edivertidas. Só lamentamos queseja apenas uma vez por semana.

Os alunos do Clube de Artes

Clube de Artes

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13 ECOS da VIA -SACRA

António Jorge de Figueiredo Lopes, actual ministroda Administração Interna, natural da cidade de Viseue antigo aluno do nosso Colégio, abriu as portas à“Ecos” e concedeu-nos o privilégio de partilhar algunsdos momentos da sua vida enquanto jovem, cidadãoe político ao serviço da causa pública.

Nasceu, em Viseu, a 21 de Novembro de 1936.Depois de uma breve passagem pelo Seminário deFornos de Algodres, ingressou no Colégio da Via-Sacra aos 12 anos de idade. Desde cedo, sentiu avocação pela liderança e pelas iniciativas em prol dacomunidade. Neste sentido, apenas com 15 anos deidade, na sua aldeia de Teivas, participou, comoprofessor, num programa de educação para adultos.

Licenciou-se em Direito pela Universidade deLisboa. No seu vasto percurso profissional, exerceufunções ao nível da administração pública,desempenhou a pasta de Secretário de Estado por diversas vezes, ocupou o cargo deMinistro da Defesa Nacional, foi deputado à Assembleia da República pelo círculo deViseu e deputado ao Parlamento Europeu, prestando serviços de grande relevâncianos organismos da União Europeia. É titular de diversas condecorações, com destaquepara a Legião de Honra, concedida pelo Governo Francês, em 1981, com o grau deCavaleiro.

Ecos da Via-Sacra- Como recordaos tempos de juventude vividos noColégio?

Sr. Ministro Figueiredo Lopes -São recordações muito positivas. Anossa vida no Colégio era muito activa,com aulas, horas de estudo,actividades desportivas e culturais. NoColégio da Via-Sacra aprendi atrabalhar em equipa e descobri umacerta vocação para liderar. Recordo queentrei para o Colégio com pouco maisde 12 anos de idade, depois de umapassagem breve pelo Seminário deFornos de Algodres. A personalidade do

Cónego Barreiros influenciou-me muitonessa idade de formação do caráctere da personalidade. No Colégio da Via-Sacra respirava-se um ambientesaudável de educação e civismo ecriavam-se condições para incentivaras iniciativas dos jovens em prol dacomunidade. Participei comentusiasmo em várias actividadesextra-escolares, com grata memóriapela refundação do Escutismo emViseu, muito ligado ao Colégio e aoSeminário Maior.

EV- Há algum professor do Colégioque ainda hoje guarda na memória?

Figueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo Lopes

EEEEENTREVISTA com ...NTREVISTA com ...NTREVISTA com ...NTREVISTA com ...NTREVISTA com ...

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ECOS da VIA-SACRA14

FL - Nos primeiros anos, conhecibem e convivi com o fundador eprimeiro Director do Colégio, CónegoAntónio Barreiros. Apesar da suaavançada idade, era frequente vê-lo adar aulas sobre qualquer matéria,sempre que faltavam os professores.Beneficiei pessoalmente dos seusmétodos pedagógicos. O Colégioatravessava então um período demuitas dificuldades e, apesar de sermuito jovem, percebi que só erapossível manter o Colégio abertograças a um reduzido número deprofessores que se mantinham fiéis aofundador e se desdobravam parasustentar a actividade escolar normal.Mais tarde, com a passagem doColégio para a Diocese, é o CónegoLuís Barreiros que faz a transição. Foium bom director e um emérito professorde filosofia, de quem retenho asmelhores recordações.

EV- Na altura, já sonhava com acarreira política?

FL - Não sei se é normal sonharcom uma carreira política, entendidacom o sentido e o alcance que hoje seatribui a essa expressão. É, porém,verdade que desde muito novo me sentimotivado pelo trabalho social e peloserviço cívico, seguindo o exemplo daminha Mãe, que se fazia acompanharpelos filhos na prática da solidariedadee do amor ao próximo, nas visitas aosdoentes, na distribuição de alimentoaos pobres e na presença permanentejunto dos mais carenciados. Eramtempos muito difíceis, poucos anos

após a Segunda Guerra Mundial. Apolítica, entendida como a arte degovernar as nações, não estava nosmeus horizontes, mas, quandoencarada como missão de serviçopúblico e defesa do bem comum, nessaperspectiva que ainda hoje épredominante no meu modo de agir,posso dizer que os bons exemplos daFamília e a pedagogia do Colégio daVia-Sacra terão contribuído para mefazer gostar da política, em coerênciacom os valores e os conceitos que meensinaram.

EV - Como surgiu a vocação para

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15 ECOS da VIA -SACRA

capitaneada pelo Primeiro-Ministro eassumir uma quota-parte das respon-sabilidades de execução das medidas

de política quecontribuem para aexecução de umPrograma paraquatro anos, su-fragado pelamaioria dos portu-gueses e aprova-

do na Assembleia da República. É terconvicções políticas e acreditar que sepode contribuir para as reformas dasociedade e para a defesa intransi-gente do interesse público. Além disso,cada Ministro tem sob a sua tutela osórgãos e serviços do Estado queconcorrem com as suas actividadespara a realização das diversas tarefasde carácter administrativo, técnico eoperacional, em função dos objectivosestratégicos definidos pelo Governo.

EV- Que faz o Ministro daAdministração Interna?

FL - Sob a responsabilidade políticae a direcção superior do Ministro daAdministração Interna estão as forçase serviços de segurança – GNR, PSP,SIS e SEF, e todo um conjunto de áreasque têm a ver com a segurança interna,de que se destacam pela suaimportância: a manutenção da ordem,da segurança e da tranquilidadepública; a protecção de pessoas ebens; a prevenção e repressão dacriminalidade; o controle das fronteirase a gestão da permanência deestrangeiros, com especial destaquepara a imigração; a segurança rodo-

a causa pública?FL - Reporto-me à resposta

anterior. Foi, na verdade, no seio dafamília, que mecomecei ainteressar peladefesa das causaspúblicas. A casaonde nasci –a c t u a l m e n t etransformada emCentro de Dia e Jardim-de-InfânciaSagrada Família por doação da nossaMãe à Misericórdia de Viseu – eratambém para muitas pessoas da regiãoa Escola, o Centro de Formação e orefúgio para os que tinham fome ou nãotinham abrigo. Na minha aldeia deTeivas, aqui ao lado da cidade, com 15anos eu dava aulas, à noite, aosadultos, no âmbito de uma campanhade educação lançada pelo Ministério daEducação. Com pouco mais de 20anos, subi pela primeira vez as escadasde S. Bento para apresentar umapetição ao Presidente do Conselho deMinistros para a electrificação da minhaterra. Tanto eu como os meus irmãosestivemos sempre empenhados emcontribuir para os melhoramentos daaldeia onde nascemos e peladinamização das actividades culturais,recreativas e sociais dos nossosconterrâneos. O resto é uma questãode estudar, trabalhar e ser fiel às raízese aos valores em que nos educaram.

EV- Como é participar nagovernação de um país?

FL - Participar na governação deum país é ser membro de uma equipa

Figueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo Lopes

“Ser jovem hoje é ser responsável, sercapaz de aproveitar bem o tempodedicado ao estudo e saber observar omundo à sua volta e querer serprotagonista na construção de um mundomelhor, mais justo, mais humano…”

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viária; a prevenção de catástrofes ecalamidades e a protecção e socorrodas populações; e a organização dosprocessos eleitorais.

EV- Até ao momento, qual foi omaior desafio da sua vida profissional?

FL - Difícil esta resposta, se pensarnuma carreira de quase 30 anos aoserviço da causapública (da respublica). Os de-safios são fre-quentes e muitodifíceis de ultra-passar. Sempredirei que, noexercício das actuais funções, o maiordesafio que tenho pela frente écontribuir no âmbito das minhasresponsabilidades para que o EURO2004 decorra com toda a segurança econtribua para engrandecer o nome dePortugal. Sabendo dos riscos eameaças associadas à violência nodesporto e ao hooliganismo, estou atrabalhar com todas as Forças eServiços de Segurança para que aviolência seja contida, e a criminalidadeligada ao desporto seja reprimida.

EV- Na sua perspectiva, quedesafios se colocam aos jovens dehoje?

FL - Em minha opinião, o principaldesafio hoje para os jovens é acompetição a todos os níveis. Nadapode ser tido por adquirido na medidaem que, num acelerado processo deglobalização e de criação de grandesespaços económicos, só vence quem

for capaz de ser melhor. É na escola eno investimento em melhor educaçãoe mais qualificação profissional que osjovens começam a ficar apetrechadospara serem ganhadores, semabdicarem dos seus valores eprincípios fundamentais.

EV- Já ocupou cargos de vulto noâmbito da UniãoEuropeia. Comovê a relação dosjovens portu-gueses com aU.E.?

FL - A inte-gração europeia

representa a mais importante decisãoestratégica dos portugueses do séculoXX, tanto pelas suas consequênciasimediatas no que respeita ao papel dePortugal na ordem externa, como pelochoque de desenvolvimento e demodernização que daí decorreu. Masa Europa em que nos integramos temde ser considerada também comoespaço de afirmação, no domínioeuropeu, de um conjunto de preo-cupações que reflectem os nossospróprios interesses nacionais, a par danossa participação activa naprossecução dos grandes objectivoseuropeus. Para os jovens de hoje, háuma Europa da juventude, das viagens,das músicas, do desporto, do EURO2004, enfim, um espaço sem fronteirasonde é fácil circular, fazer o inter-rail deLisboa a Helsínquia sem lhesperguntarem pelo passaporte. Mas estavisão lúdica da Europa tem de se

“Ser jovem estudante e frequentar oColégio da Via-Sacra é também ser dignoda longa História de uma instituição que temsabido primar pela transmissão dos valorese princípios fundamentais a que temos deser fiéis ao longo da nossa vida.”

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17 ECOS da VIA -SACRA

reencontrar com a visão e a percepçãoinstitucional da Europa dos Estados, dos15 hoje e 25 daqui a meses, Estados quedecidiram democraticamente abdicar departe da sua soberania nacional parapartilharem com outras Nações um futuroem comum, um futuro de paz, dedesenvolvimento, de segurança e dejustiça.É apenas isto que temos decomeçar a ensinar aos mais jovens,porque o resto, a arquitecturainstitucional, a complexidade da tomadade decisão a 15, o modelo burocráticoeuropeu, a Europa que atrai pelo seunível de bem-estar milhões de sereshumanos provenientes dos quatro cantosdo mundo, isso eles aprenderão maistarde.

EV- Que mensagem gostaria dedeixar aos alunos do Colégio?

FL- Ser jovem hoje é ser responsável,ser capaz de aproveitar bem o tempodedicado ao estudo e saber observar omundo à sua volta e querer serprotagonista na construção de um mundomelhor, mais justo, mais humano e ondeo progresso e o desenvolvimentoeconómico esteja intimamente associadoa maior coesão social, mais solidariedadee maior respeito pelos valores essenciaisde democracia e dos direitos do Homem.Ser jovem estudante e frequentar oColégio da Via-Sacra é também ser dignoda longa História de uma instituição quetem sabido primar pela transmissão dosvalores e princípios fundamentais a quetemos de ser fiéis ao longo da nossa vida.Esta é minha mensagem para os actuaisalunos da Via-Sacra.

Figueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo LopesFigueiredo Lopes

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A pessoa com deficiência é umhumano com limitações físicas oumentais. Apesar de ser diferente porfora, por dentro é igual, porque temsentimentos tal como as pessoasditas normais.

Algumas pessoas conhecidascomo deficientes são mais felizes queas outras, pois na sua vida existe paze harmonia, que os tornam alegres econtentes. Embora as dificuldadessejam bastantes, eles têm osmesmos direitos que todas aspessoas, principalmente de chegaronde as outras chegam, poispossuem uma vida para viverem eusufruírem de tudo aquilo quedesejam.

Há gente que olha as pessoascom deficiências como seres debaixas capacidades, mas elesensinam-nos a ser fortes, pois elesenfrentam todos os dias osproblemas das suas limitações queos acompanham, e resolvem, porvezes, com mais força de vontadeas dificuldades que para nósparecem grandes obstáculos.

Contudo, também nos ensinama amar e a sermos carinhosos, poiseles retribuem-nos esses senti-mentos, por vezes, com os seusgrandiosos exemplos.

Por isso, todos deviam respeitaras pessoas com deficiências eaproveitar as suas enormesqualidades.

João Miguel, 5.º B

Concurso LiterárioConcurso LiterárioConcurso LiterárioConcurso LiterárioConcurso Literário

Amar é viver…Amar é sentirUm sentimento tão bom,Que mal posso exprimir.

Amar é crescer,Amar é respirar,É perder-se e encontrar-se ,É saber compreender.

Amar é ser mudo e poder cantar,É ser surdo e poder ouvir,É a essência do meu existir.

Daniela Oliveira, 8.º A

A Pessoa com Deficiência

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19 ECOS da VIA -SACRA

Tempo essePara um poema escrever.Não paro de pensar nela…Estou a enlouquecer!

Já é noite,Com ela vou sonhar,Sei que, de manhã,A pensar nela vou acordar.

Ela é bonita,Linda de morrer.Só não vê issoQuem não quer ver.

O sorriso delaDá-me que pensar.Acho que é para mim,Mas não me está a olhar.

Não me conhece bem,Não sei o que pensa de mim,Gostava de saber, se elaGosta de mim assim.

O que tenho de mudar?Tem que ser ela a dizer.Faço o que puderPara ela me querer.

Amor é tudo,Tudo é amor.Amor ferve,Amor dá calor.

Amor dá fome,Fome de amar.Eu amo uma pessoaQue não posso citar.

Pedro Santos, 9.º A

EEEEESPAÇO para a SPAÇO para a SPAÇO para a SPAÇO para a SPAÇO para a EEEEESCRITASCRITASCRITASCRITASCRITA

Rapariga M

istério

Amar é flor,Flor que se dá.Só não é amor,Se a flor for má.

Amor é flor,Flor que se oferece.Só não tem amorQuem não o merece.

Amor é razão,Razão de viver.Um beijo na caraTambém o pode ser.

Amor é razão,Razão de loucura.Feliz é de certezaQuem o amor procura.

Amor enche,Enche corações.Preciso de amorComo de ar para os pulmões.

Amor enche,Enche-nos os olhos.Amor não é meninas bonitas,Dessas há aos molhos.

Debaixo da luzEscrevo este poema,Tanto há para escreverE o amor é o tema.

Perdi alguns minutosDeitado na camaA pensar numa pessoaQue acho que não me ama.

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33333 de Agosto de 2003: de Agosto de 2003: de Agosto de 2003: de Agosto de 2003: de Agosto de 2003:Hoje, por volta das 15:00

horas, um barco de nomeAdventure (aventura) largou terracom destino ao imenso oceano. –Mas para onde, concretamente?– Em direcção ao local onde seencontram os restos do famosobarco, com uma tristehistória…Titanic.

Nós íamos com a alegriaespelhada no rosto – que emoção!Ver um barco com tantos mistériose história, que ali se encontrava,nas profundezas do mar, há tanto,tanto tempo. Ao dizer nós, estoua referir-me mais precisamente amim e a mais 18 pessoas que,como eu, estão ansiosas para oconhecer.

4 de Agosto de 2003:4 de Agosto de 2003:4 de Agosto de 2003:4 de Agosto de 2003:4 de Agosto de 2003:Já estamos no segundo dia de

exploração e ainda nos esperamais um até que possamos,finalmente, satisfazer a nossacuriosidade.

Apesar de já ter visto muitasespécies de peixes e corais, aindanão me consigo fartar desteimenso oceano. É tudo tão bonito!Mas já reparei que as espéciesdeste local são diferentes dasanteriores, não têm tantas cores.Mas porquê? Bem, suponho queseja porque nos estamos a afastarcada vez mais da costa e doslugares quentes e a aproximarmo-nos das águas frias e glaciares.

5 de Agosto de 2003:5 de Agosto de 2003:5 de Agosto de 2003:5 de Agosto de 2003:5 de Agosto de 2003:Já reparei que aqui os peixes

não têm tantas cores e não são

O CarnavalÉ um grande festival.Prega-se uma partidaE ninguém leva a mal.

Vão todos para a rua,Vão todos festejar,Vão todos coloridosE sempre a cantar.

Andam todos mascarados,Andam todos animados,Uns tristes, outros... Mais bem humorados,

Como o palhaçoDe calças remendadas,Que leva um grande laçoCom bolinhas avermelhadas.

Ana Antunes, 5.º B

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21 ECOS da VIA -SACRA

EEEEESPAÇO para aSPAÇO para aSPAÇO para aSPAÇO para aSPAÇO para a E E E E ESCRITASCRITASCRITASCRITASCRITA

Expedição aos restos do TitanicExpedição aos restos do TitanicExpedição aos restos do TitanicExpedição aos restos do TitanicExpedição aos restos do Titanic

tão agradáveis de se ver… Entre as coresreina sobretudo o azul. Mas não é por issoque deixa de ser um esplendor, pois existemimensas tonalidades desse azul.

Olhem!... O capitão acabou de anunciarque estamos precisamente por cima doTitanic. Vamos juntar toda a gente. Vai serdecidida a ordem de entrada no submergívelque nos vai levar, juntamente com uminstrutor (que nos vai dar algumasexplicações), até próximo de tão ansiadomistério. Vão três submergíveis de cadavez. E eu vou no da frente.

Foram-nos dados 15 minutos paratirarmos as nossas quentes eaconchegantes roupas e vestirmos os fatostérmicos que nos eram distribuídos.Debaixo de água, a temperatura é muitobaixa e temos de nos proteger.

Aí vou eu!... Já entrei no submergível eo “guia” já começou a chamar-me a atençãopara algumas coisas interessantes. Apesarde estar a desaparecer e algumas (a maiorparte) das peças estarem a desfazer se, é

um navio lindíssimo – e os seus mistérioscontinuam encerrados no seu própriocasco.

Depois de mais algum tempo deexplicações e visita, regressámos àsuperfície. O resto das pessoasaguardava-nos impacientemente noAdventure.

Após toda a gente ter tidooportunidade de admirar a beleza daquelebarco, voltámos a terra firme.

E assim termina uma viagem que malcomeçou!

8 de Agosto de 2003:8 de Agosto de 2003:8 de Agosto de 2003:8 de Agosto de 2003:8 de Agosto de 2003:Foi uma experiência incrível – é o

que tenho a dizer!Espero que mais pessoas lá queiram

ir, vale a pena e só saímos a ganhar. Paraalém de vermos o famoso Titanic, tambémestamos a financiar um projecto deinvestigação sobre o fundo dos oceanos.

Joana Pereira, 7.º A

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ECOS da VIA-SACRA22

Sendo eu uma rapariga normal, pelo menos assim me considero, tive uma infânciafeliz, contudo atravessei, até Junho passado, um período complicado. Possuo uma famíliae amigos de infância que me amam e eu a eles. Mas, apesar de tudo, existem algunscontrastes na minha vida que me têm gerado dificuldades: o orgulho e a epilepsia. Desdehá quatro anos que sei o significado de ser “adolescente”. Fantasia? Protecção total?Dependência? Inocência? Destes só escolheria fantasia e inocência.

Durante três anos, fui submetida a humilhações e gozos, mas consegui superar isso!Pus de lado o orgulho, fiz de tudo para resolver os meus problemas, segui outro caminho!Estes são sentimentos verdadeiros! A amizade, a felicidade e o amor é que são

realmente muito importantes!

Joana Simões, 9.º C

Por que terei eu tropeçado e perdido a esperança ?

Liberdade é a Vida!

Liberdade é vida.Liberdade é para ser vivida.Não há vida sem liberdade,Não há liberdade sem vida.

A vida é amor,Mas existe vida com dor.Quem sofre, luta.Quem luta, sente.A vida é uma sementeQue nasce dentro de nós.

Ouve a tua voz.Não voltes as costas à vida,Enfrenta-a com coragem.Se a enfrentares,Serás como um pássaroLivre na sua viagem.

Liberto da vida de nove anos,Aberto à liberdade perdida,Olho essa liberdade com a vida,Vivo essa vida com paz e amor.

Rafael Sousa, 6.º A

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O “BIG-BANG” da PÁSCOA ea “EXPLOSÃO” da FÉ

Todos conhecemos o facto provávela que os cientistas chamaram Big-bang,que hoje já quase não se discute, e queesteve provavelmente na origem que deuforça à expansão do universo.

Este “achado” da investigaçãocientífica continua, no entanto, a fazer-nos pensar e, sobretudo para quemacredita, é um dado a conciliar com a féem Deus Criador. Ele criou os céus e aterra (cf. Génesis 1,1) e fez tudo bemfeito, verdade que confirmamos aocontemplarmos a natureza que existe ànossa volta.

O Criador, no entanto, ao dar contaque a sua obra ainda não estava perfeita,deu origem ao ser humano (cf. Génesis1,27) e fê-lo à Sua imagem e semelhança(idem). Esta realidade é ainda maismisteriosa, ao repararmos nestemicrocosmos que é cada um de nós eao estudarmos a história da humanidade,tão repleta de acontecimentos que vão

fazendo crescer uma relação do serhumano com o próprio Criador.

No entanto, surge-nos um problemasério, quando deparamos com tantaimperfeição e ainda com a existência domal. Para lá da sua origem, que a Bíbliaremonta ao início da criação do homeme da mulher (cf. Génesis, cap. 3), damosconta que a realidade do mal, por um lado,nos transcende (o mal independente doser humano, como os desastres naturais,as doenças e a morte), mas, por outro,também depende da própria humanidade(o mal colectivo) e até de cada indivíduo,pelo qual somos pessoalmenteresponsáveis.

Foi no diálogo que Deus estabeleceucom a humanidade através da história,muitas vezes e de muitos modos (cf.Carta aos Hebreus 1,1) que Ele nos foilivrando daquele mal e guiando no sentidoda felicidade verdadeira. A frequenteresistência da humanidade a este sumobem do amor de Deus fez com que Ele,nestes dias, que são os últimos (cf. idem,vers. 2), nos enviasse Seu Filho, o Verboque, fazendo-Se homem, veio habitarconnosco. São João, no Prólogo do seuEvangelho (cap. 1,1-18), conta-nos ahistória da Sua existência, mesmo antesdo Seu nascimento em Belém. Logo noinício deste texto, o evangelista ajuda-nosa fazer um paralelismo entre a incarnação

UUUUUM OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…

Desenho da autoria de João Fernandes, do 9.º E

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do Verbo em Jesus de Nazaré e aCriação de todas as coisas.

Surge, então, da parte de Deusuma atitude definitiva em favor doshomens. Nesta nova história, quemerece uma nova contagem do tempo,a humanidade tem a oportunidade deconviver e de entender o seu Criador,através da relação próxima com JesusCristo. Malgrado é para nós constatar,através da leitura da história desta novaera à qual pertencemos, que esta Vidae esta Luz também não foi bemacolhida pela humanidade (cf. Ev. deJoão 1,11).

Infinito é o Amor de Deus que, enfim,decidiu fazer novas todas as coisas.

Revelado por Jesus um novo Caminho,Ele próprio o percorreu connosco,provando o que nesta vida é amargo e,subindo ao Calvário, deu a maior provade Amor entregando-se à morte.

Ecce homo, disse Pilatos, aoapresentá-l’O à multidão. Agora nósdizemos: eis a Nova Criação. Na manhãde Páscoa, a realidade do sepulcro vazio(cf. Ev. de João 20,1-10) faz originar uma“explosão” jamais vista de alegria e de fé,cuja expansão é possuidora de uma forçainigualável.

Depois da Sua entrega, que fez comsuma liberdade, aí está Ele – o Vivente.Ainda que outros O tenham conhecido deoutro modo, agora já não conhecemosassim o Cristo. Agora, se alguém están’Ele, é uma nova criação (cf. 2.ª Cartaaos Coríntios 5,17). Enfim, está nas mãosdo homem escolher entre o regresso aocaos que pode ser consequência daresistência do seu coração ao amor deDeus e, em última análise, hoje em diafabricado pelo terrorismo homicida; ouentão escolher percorrer o caminho danova e definitiva Páscoa, por ondetambém a humanidade poderá passar damorte à Vida.

O que era antigo passou; eis quesurgiram coisas novas (idem).

P.e António Jorge

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Deixar falar o coração…Deixar falar o coração…Deixar falar o coração…Deixar falar o coração…Deixar falar o coração…

Perante o desafio de escrever sobre afamília, deparei-me com a complexidade evastidão de questões e problemas que estatemática envolve.

A família é, hoje, uma instituição emmudança, mas que engloba valores quepermanecem. Sejam quais forem as formasde família – hoje fala-se em novas formas defamília – ela será sempre uma comunidadede afectos e de amor, que será tanto maisatraente e duradoura quanto mais esse amorfor recíproco. A reciprocidade no amor é oideal de família. Reciprocamente, pais efilhos, cada um fazer ao outro o que gostariaque lhe fizessem a ele permite a realizaçãopessoal, o equilíbrio emocional e a felicidade,tanto quanto ela é possível.

É claro que a família sofre ataques eenfrenta problemas. A sociedade actual e acrise da civilização, caracterizada peloconsumismo, pelo prazer desregrado e pelosucesso a todo o custo, atinge a família. Éimportante, por isso, que a família seja o

espaço de realização pessoal nas váriasdimensões: afectiva, sexual, profissional,económica, social e religiosa.

Manter este ideal de família é uma tarefaque tem exigências e que implica estarpresente, acompanhar os filhos, ser capazde aceitar o outro na sua diferença,recomeçar sempre, perder algo para ganharmuito. A “sorte” dá muito trabalho.

Viver cada dia e cada momento comose fosse único é um outro caminho quepermite manter o equilíbrio connosco e comos outros.

Nem todos colocam a família ao mesmonível, na escala de valores. Dá que pensarouvirmos que alguém conseguiu atingir o topoda carreira profissional, mas que tal implicoua desagregação familiar.

Aproveitar o dia da mãe, do pai, dacriança, os aniversários para reunir a famíliaalargada é um hábito saudável. Estar atentoàs preocupações e alegrias do dia-a-dia,partilhando o dia, estando e ouvindo os filhos,é também um comportamento salutar.

Acreditar num único Deus – o Pai eterno– faz de toda a humanidade uma única família,família que sofre ainda divisões,desequilíbrios, injustiças e guerras. Valorizaro positivo que há nas diferentes culturas é ocaminho e o contributo que cada um podedar para fazer da humanidade uma únicafamília em que os povos e as religiõesprocuram conhecer-se, aceitar-se nas suasdiferenças e querer-se reciprocamente bem,amando a pátria e a religião alheia como sefosse a sua.

Agl

O Valor da FamíliaO Valor da FamíliaO Valor da FamíliaO Valor da FamíliaO Valor da Família

UUUUUM OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…

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ECOS da VIA-SACRA26

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O TabacoO TabacoO TabacoO TabacoO Tabaco

O melhor meio de evitar o

tabaco é nunca começar a

fumar, porque...

Quando se começa é muito difícilparar!

Existem pessoas que vão aqui,fumam um cigarro, vão ali e fumamoutro. Pensam que fumando só um devez em quando, ou mesmocomeçando a fumar regularmente,podem parar quando lhes der nacabeça, conscientes de que é umprocesso fácil.

Tanto velhos como novos caemnas garras dos cigarros e, mais tarde,arrependem-se profundamente, masdepois, muitas das vezes, já é tarde.Um vício de mau carácter entranha-se e quer continuar a viver na sua casa– o corpo humano. As pessoaspensam que são donas do cigarro,mas quase sempre o cigarro é que édono da pessoa.

Por outro lado, existem pessoasque quando já têm o vício dentro de sipensam: “Eu algum dia tenho demorrer. Morrer por morrer, morrocontinuando a fumar. Gosto e continuo!Quando morrer, morri!”

O tabaco não é a pior doença. Hápiores, mas esta também nãoaconselho a ninguém.

Por tudo isto recomendo: nãocomecem, confiem nas pessoas quevos avisam! Costuma-se dizer: “Quemte avisa teu amigo é...”

Sandra Rafaela, 7.º A

UUUUUM OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…M OLHAR sobre…

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27 ECOS da VIA -SACRA

“O Gato Malhado e a Andorinha SinhᔓO Gato Malhado e a Andorinha SinhᔓO Gato Malhado e a Andorinha SinhᔓO Gato Malhado e a Andorinha SinhᔓO Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”Uma (trágica) história de amor, de Jorge Amado

Giro… nem pensar,Amigo… muito menos.Tinha fama de matarOs bichinhos mais pequenos.

Miando de alegria, acordouAo chegar a Primavera.Lindo foi o seu amor, que naquele dia começou.Há regras que não se podem quebrar,Andorinhas não casam com gatos e esse amor tinha de acabar.De lágrimas se despediram, pois o destino foi-lhes cruel.O gato suicidou-se, entregando-se à cobra cascavel.

Joana Oliveira, 8.º B

“ A Lua de Joana”“ A Lua de Joana”“ A Lua de Joana”“ A Lua de Joana”“ A Lua de Joana”

“A Lua de Joana”, da autoria deMaria Teresa Maia Gonzalez, trata-sede uma obra que, através de umaamizade invulgar, nos transporta parao mundo da droga na adolescência.

Joana e Marta eram grandesamigas, até ao dia em que, devido auma overdose, Marta morre… Joanafica abalada, mas não esquece a suaamiga e decide escrever-lhe cartasonde partilha o seu dia-a-dia emanifesta a falta que sente dela.

Tudo parece correr bem, até ao diaem que, tal como Marta, Joana é“apanhada” pelas teias da droga….

Um livro surpreendente eimperdível… Adorei lê-lo e aposto quevocês também vão gostar… Confiem

em mim!

Vanda Ferreira, 9.º B

MMMMMERGULHAR nos LIVROSERGULHAR nos LIVROSERGULHAR nos LIVROSERGULHAR nos LIVROSERGULHAR nos LIVROS

“Amor de Perdição”

Quero contar-vos uma história deamor que se passou aqui em Viseu.

A obra “Amor de Perdição”, uma dasmais conhecidas do nosso Romantismoliterário, foi escrita por Camilo CasteloBranco, que, como quase todos osescritores da época, tinha uma vidaboémia e foi preso por várias ocasiões.

Falando da história, esta retrata oamor supostamente verídico de Simão eTeresa. As suas famílias eram rivais, porisso a sua relação amorosa era reprovadapelos pais. Teresa foi para um convento eSimão ….

Não percas a oportunidade de lereste livro: um romance cheio de paixão,encontro e desencontro que nos prendedesde o primeiro momento até ao final,infelizmente trágico.

Pedro Santos, 9.º A

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ECOS da VIA-SACRA28

Cultura das Belas Artes

A PRIMEIRA reunião do mês de outubro, além de diferentes poesiase numeros de musica, o aluno da 6ª classe de sciencia, Erse de Carvalho,

fez uma palestra sobre a Cultura das Belas Artes, inspirado, como êle disse, naleitura do Culto da Arte em Portugal do grande escritor Ramalho Ortigão:

«Depois de definir o que é a Arte Bela e diser as suas divisões, falou do seuuniversal imperio, do seu encanto, da sua sublime força criadora, criando ummundo novo, mais pomposo e magnifico.

Referiu-se ás origens das Belas Artes, fazendo-as derivar do instinto ounatural desejo que o homem tem de imitar os objectos que o cercam e que maislhe agradam.

Falou depois dos progressos das Belas Artes atravez dos tempos.E visto que o fim das Belas Artes é principalmente imitar e agradar por

uma forma bela, disse que para imitar è mister ver, sentir e operar; e paraagradar é preciso amar, escolher e dispôr.

Exemplificou, apontando os grandes mestres, como Lafontaine, Leonardode Vinci, Miguel Angelo, Wagner, Rossini, Camões e Grão Vasco; e enumerouas regras gerais para qualquer genero de composição, acrescentando que asBelas Artes teem o gosto por mestre, a harmonia por lei, a gloria por fim, e sãopara a natureza o mesmo que as graças são para a formosura.

Referiu-se ainda á sua grande influencia em todas as manifestações davida, a iluminarem e a dirigirem sempre o espirito humano, pois a tocha acesaque as representa é bem um simbolo feliz da luz que espalham. E acrescentouque as Belas Artes produzem em nós um sexto sentido e convidam a alma asaír de si mesma e a divagar pela naturesa em fóra.

Falou ainda do seu poder moralisadôr, amenisando os costumes edulcificando a vida.

E referindo-se, numa sintese rapida, aos povos onde mais se desenvolveramas Belas Artes—Egito, Grecia, Roma, França, Florença, etc.,—terminou a suapalestra incitando os seus companheiros á cultura das Belas Artes; porque,como diz Schopenhauer, elas são ainda «a unica flôr da vida».

In “Echos da Via-Sacra”, Ano VI, Viseu, 30 de Abril de 1915, N.º 16

Histórias dos Primeiros Anos do ColégioHistórias dos Primeiros Anos do ColégioHistórias dos Primeiros Anos do ColégioHistórias dos Primeiros Anos do ColégioHistórias dos Primeiros Anos do Colégio

“““““EEEEECHOS” do PASSADOCHOS” do PASSADOCHOS” do PASSADOCHOS” do PASSADOCHOS” do PASSADO

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29 ECOS da VIA -SACRA

Find out the nameof the following animals.

A patroa para a empregada:− Sabe, Maria, o meu cão é mesmo raça pura, até tem árvore genealógica!− Ah, sim?!... Senhora, em minha casa também temos um cão, mas não é

esquisito, qualquer árvore lhe serve.

− O meu avô é tão importante, que todos lhe chamam Excelência − dizia o netode um embaixador.

O sobrinho de um Cardeal diz:− Isso não é nada! O meu tio é tão ilustre que todos lhe chamam Eminência!Diz um outro:

− Olha que grande coisa! O meu pai, só por ser gordo, quando passa na rua,toda a gente exclama: “Meu Deus!”

Um dia, uma rapariga muito tia decidiu ir dar um passeio pela selva. Andava elamuito bem a passear, quando lhe aparece um crocodilo à frente. Ela desesperadagrita:

− Socorro, “super socorro”, estou a ser atacada por um LACOSTE!!

Para Rir...

H H H H HORA do ORA do ORA do ORA do ORA do RRRRRECREIOECREIOECREIOECREIOECREIO

L O R P F E N A D A G S D A R I Y T HP S E A B I H S H E E P A G U I G H IA A T G E M E B O C O I L J O D K T YS B I R R B N A R A B B I T C O D E GS W M I P I U N S D U M B O E G S L UI A U S K R T A E I E S D A N I A E IO C T S E D S N S E A S K H I U N F DV I D A N I C U T C H I C K E N S A NA E E F D O H D A T I A N A E U S T AN R C O W B I E O S A C H E A T E N WT Y A I E E C D E N H A R S E J M I IS K T F T F K U I E K I E N H L E L YA I E A A I A C R F I E S W E I N T KF U D R O L N S F F E R Y A L G Q A CI G V I D E A K G O F T E K C I H C H

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ECOS da VIA-SACRA30

Vamos a um joguinho daVamos a um joguinho daVamos a um joguinho daVamos a um joguinho daVamos a um joguinho daSaúde?Saúde?Saúde?Saúde?Saúde?

Ser saudavél é...

Conseguir no dia-a-dia fazer as opçõescertas, as recusas necessárias em prol danossa saúde!

Pensa um pouco no que poderás fazer parater uma vida mais saudável e completa osespaços em branco.

1 - O desconhecido, a novidade... falsosamigos, oportunidades... marijuana, haxixe,ecstasy, drogas ilícitas...Não te iludas comfalsas sensações... Diz NÃO ÀS (completa).

2 – “Proibida a venda de bebidas alcoólicasa menores de 16 anos”. Sabes porquê? Ofígado das crianças e dos jovens ainda nãoestá preparado para metabolizar (destruir) oálcool. As lesões provocadas pelo álcool emidades jovens podem levar a problemas sériosna idade adulta.

Bebidas brancas (gin, vodka, shots) têmelevados níveis de álcool. Pequenasquantidades, fazem pior do que um litro devinho! Trata bem o teu corpo. Bebe água ousumos naturais. Diz NÃO ÀS (completa).

3 – O tabaco faz mal, mas todos somos“fumadores passivos” (respiramos o fumo dosoutros, quando estamos ao seu lado). Nãopermitas que os teus colegas fumem ao teulado. Procura espaços de não fumadores.Exige o respeito dos outros pela tua opção de“não fumar” e não esqueças: começar é fácil,basta querer e experimentar. Deixar é difícil eleva a desesperar! O melhor é mesmo nãocomeçar, por isso EVITA (completa).

4 – O crescimento e desenvolvimento dohomem segue determinados padrões. Parasabermos se tudo está bem, devemosconsultar o médico com regularidade. Épreciso pois VIGIAR a (completa).

5 – Actividade física, ar livre, correr, andar debicicleta, jogar futebol... faz bem ao físico e aoespírito. Não abdiques de nos tempos livres(completa) DESPORTO.

Do planeta Terra ao planetaSaturno, realizou-se uma corridaespacial entre cinco naves:

A “Ousada” chegou depois da“Relâmpago”;

O “Carracol” e a “Aventura”chegaram ao mesmo tempo;

A “Descoberta” chegou antes da“Relâmpago”.

Sabendo que a primeiraclassificada chegou sozinha, qualdas cinco naves foi a vencedora?

UUUUUm caracol sobeum muro com 10metros de altura.

Em cada dia,sobe dois metros,mas de noite deixa-se escorregar ummetro.

Ao fim de quantos dias chega ocaracol ao cimo do muro?

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6 – Limpos, penteados, cheirosos e bemarranjados... Quem não gosta da suacompanhia?!

O banho diário mantém a higiene e saúdeda nossa pele, previne algumas doenças eajuda-nos a estar bem connosco e com osoutros. Não esqueças que os (completa) DE

HIGIENE diários e sempre depois de um esforçofísico (educação física, futebol, etc.) sãoimportantes.

7 – A roda dos alimentos (que bemconheces) orienta-nos em relação aosalimentos que devemos ingerir e a suaquantidade. Para termos uma alimentaçãosaudável, devemos comer de tudo um pouco– carne, peixe, legumes, vegetais, frutas,cereais, leite e derivados, mas tambémgorduras (em pequenas quantidades) parapodermos usufruir de uma ALIMENTAÇÃO(completa).

8 – Os açúcares são os maiores inimigosdos dentes. Na sua presença e pela acçãodos ácidos existentes na boca, surgem ascáries dentárias. Para as evitar, os dentesdevem ser lavados sempre após as refeições.Por isso não esqueças: a HIGIENE (completa) éfundamental para uma boa saúde.

9 – Espaços fechados e ambientessaturados são prejudiciais. Se queremospromover a saúde, devemos sempre que

possível passear ao AR (completa), respirar arfresco e sentir o “cheiro da natureza”.

10 – Mas... para promover a saúde... tambémé importante a diversão!... Conviver com osamigos, e fazer aquilo de que gostamos não émau! Apenas devemos estar conscientes do que

fazemos, como o fazemos, das opções quetomamos, das escolhas livres sem pressões ouchantagens!

Convida uns amigos, calça uns ténis,aproveita... SAI E (completa) de forma adulta eresponsável.

11 – O repouso é importante. Regras desono são fundamentais ao bom crescimentoe desenvolvimento. Como dizia o meu avô, “osono é meio sustento...” e “deitar cedo e cedoerguer, dá saúde e faz crescer”.

Um livro pode transportar-te ao mundo dafantasia onde tu gostas de estar, de imaginar,de viver o tempo que não passa. Depois devoar, o descanso merecido, num sonoreconfortante que nos transporta na magia dosonho.

Eu acrescento... Se uma saúde de ferroqueres “preservar”, não te esqueças derepousar e voar sem destino nas asas dosonho, da fantasia e do conhecimento a queum bom livro te pode levar, quando, à noite,antes de dormir, acendes a luz e o abres para(completa) E REPOUSAR .

1- NÃO ÀS _ _ _ _ _ S 2- NÃO ÀS _ E _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 3- EVITA _ _ _ _ R

4- VIGIAR A S _ _ _ _ 5- _ _ A _ _ _ _ _ DESPORTO 6- _ U _ _ _ _ _ _ DE HIGIENE 7- ALIMENTAÇÃO _ _ _ _ _ _ _ _ _ D _ 8- HIGIENE _ _ A _ 9-AR _ _ V _ _ 10-SAI E _ _ _ E _ _ _ - _ _ 11- L_ _ E REPUSAR

H H H H HORA do ORA do ORA do ORA do ORA do RRRRRECREIOECREIOECREIOECREIOECREIO

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A EscravaturaA EscravaturaA EscravaturaA EscravaturaA Escravatura

A escravatura consiste nofacto de um grupo social estarsubmetido por uma etnia, um povoou um Estado, a um regimeeconómico e político que o privade toda a liberdade e o constrangea exercer as funções maispenosas, sem outras contraparti-das que não sejam o alojamento ea comida.

A prática da escravaturaremonta ao mundo antigo. NaAntiguidade, os escravos eram amão-de-obra indispensável aocultivo dos domínios do soberano.

Na Grécia, o recrutamento dosescravos era assegurado pelascapturas feitas na sequência dasguerras entre as cidades e,sobretudo, pela pirataria.

No mundo romano, asconquistas provocaram, a partir doséc. III a. C., um afluxo maciço deescravos.

No período medieval, aescravatura mantém-se noOcidente até ao séc. X, desapa-recendo, depois, em quase toda aEuropa Ocidental, sob a pressãoconjugada da cristianização e dascondições económicas e políticas.

Na época moderna, ocomércio português na costa deÁfrica e sobretudo o desco-brimento da América acarretam, apartir do séc. XV, um incrementoconsiderável do tráfico deescravos. Portugueses, Espa-nhóis, Franceses e Ingleses irão,

Livres são os pássaros,Independentes.Brilho do céu os espera.Estes são os jovens de hoje.Responsabilidade? Nem sempre!Drogas, tabaco, jogos... vícios.Antigamente era diferente!Desespero ao reconhecerE tarde de mais para viver.

Vida cruel, esta!Inimigos da vida.Deste modo a liberdadeAtinge a impossibilidade.

A liberdade é vida a crescer!

Convencer aRecomeçarE´o primeiro passo paraSe avançarCom a amizade!E´ necessário encorajar para oRecomeço de uma nova vida!

Vilma Manuela e Anaísa Machado, 8.ºA

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ao longo de mais de três séculos, esvaziar a África deuma parte da sua população.

No séc. XVIII, a escravatura é energicamenteimpugnada pelos filósofos, que denunciam a suadesumanidade. Assumindo a chefia do movimentoabolicionista, a Grã-Bretanha obtém a condenação dotráfico de escravos no Congresso de Viena (1814) eproíbe a escravatura em 1833. A França suprime-a em1848 e, nos Estados Unidos, a Guerra da Secessãoculmina na vitória dos abolicionistas (1865). Aescravatura encontra-se desde então abolida na maiorparte dos países, e a pressão internacional (DeclaraçãoUniversal dos Direitos do Homem, 1948) impôs aosderradeiros Estados esclavagistas o alinhamento da sualegislação pelo direito comum.

Enquanto na maioria dos países da Europa se dáum significativo recuo da escravatura desde o séc. VIII,na Península Ibérica, nomeadamente em PORTUGAL,regista-se um recrudescimento a partir da segundametade do séc. XI, mercê da nova fonte deabastecimento de escravos – os escravos mouros –proporcionada pela Reconquista. Uma nova vagaesclavagista virá a ter lugar no séc. XV com asexpedições portuguesas no continente africano.

Em meados do séc. XVI, havia 10.000 escravos, namaioria negros, numa população lisboeta de 100.000habitantes!

Em 1774, o Marquês de Pombal decretou a aboliçãoda escravatura no território metropolitano, tendo-se aquestão revelado mais difícil nos domínios coloniais.Decretada a extinção em 1836, a iniciativa não teveresultados práticos. Só em 1869 foi concretizada aabolição definitiva da escravatura em todos os domíniosportugueses.

Estamos no séc. XXI. Não continuarão a existir hoje“novas formas” de escravatura? Quais os nomes dos“escravos de hoje”?

Agl

TTTTTEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANO

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ECOS da VIA-SACRA34

Na verdade – e tal facto é visívelno comportamento agressivo e violentodaquelas crianças que, infelizes emuitas vezes ao abandono, crescempelos seus próprios meios nas franjassocialmente mais degradadas dascidades – entregue a si mesmo, àmargem de um processo socializadorque ao mesmo tempo acolha e eduque,dando a conhecer e agindo tendo emvista a interiorização dos princípios edas regras indispensáveis a uma sãconvivência, o homem, neste caso acriança, desconhecendo os limites aque o seu comportamento se devecingir, dá, naturalmente, vazão ainstintos, pulsões e tendênciasegocêntricas, egoístas e mais oumenos agressivas e violentas. Aoproceder desse modo, pensando quedessa forma é que é verdadeiramentelivre, o indivíduo é, na verdade,conduzido e comandado por forçasque, vindas de dentro ou de fora, agemsobre si e o controlam, pelo que, de

Na sequência da comunicaçãosobre a problemática da liberdade e dapessoa, apresentada aos professoresdesta escola em Dezembro do anofindo, o que neste texto se pretende édelinear uma resposta possível àpergunta sobre “como devem procedera escola e o professor para que a salade aula onde este lecciona seja, narelação que estabelece com os alunose os alunos estabelecem consigo eentre si, um espaço de aprendizagem,de formação e de liberdade?”. Estaresposta seria, com certeza, objecto dediscussão naquela mesma sessão.

A pergunta que nos colocamos é,sem dúvida, uma grande questão, euma questão à qual não é nada fácilde responder. E não o é, desde logoporque, há que o reconhecer, tambémnão é fácil e nem sempre é cómodoviver em liberdade. É que, para alémde vontade, de querer e de decisão,viver em liberdade implica aprendi-zagem.

A Liberdade na Escola e na Sala de AulaA Liberdade na Escola e na Sala de AulaA Liberdade na Escola e na Sala de AulaA Liberdade na Escola e na Sala de AulaA Liberdade na Escola e na Sala de Aula

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facto, ele não é livre, mas dominado e,em certas circunstância, escravodessas mesmas forças.

Ora, disto edoutras coisassobre a liberdade,sobre o que é serlivre e como viverem liberdade, ascrianças nãosabem, e esteconhecimento nãosendo inato, tam-bém não se aprende intuitivamente,mas tem de ser ensinado, tem de ser,como outros conteúdos das diferentesdisciplinas, objecto transversal deensino e aprendizagem. De facto,perante a demissão que tantas vezesse vem verificando da parte das famíliasna educação dos seus filhos, deverá sera escola a, sob pena de aquela vir aser uma demissão da própriasociedade, num processo, que talvezdeva ser institucionalizado, de co-responsabilização com os pais eencarregados de educação (um poucoà imagem do que de há uns anos a estaparte vem sucedendo na Inglaterra,onde os pais são sancionados compesadas multas e até mesmo comprisão, quando não assumem para comos seus filhos a função de educadoresresponsáveis, impedindo-os, porexemplo, de faltar à escola) tomar sobresi a tarefa não apenas da sua instrução,mas ainda da sua formação e educaçãopara os valores desejáveis da cidadaniae da liberdade.

Tendo em vista este objectivo,

pensamos que a escola e cadaprofessor deverá, logo na recepção aosalunos e no início de cada ano lectivo,

encetar com elesuma conversaséria sobre o temada liberdade,tendo em vista oesclarecimento dequestões como:

- Em queconsiste a liber-dade?; O que é ser

livre?; Implicações e consequências doser e do agir livres; Vantagens einconvenientes da liberda-de; etc. Nestaconversa deverão ficar esclarecidos eassentes alguns pontos fundamentaiscomo:

. por mais ampla que seja, aliberdade humana é, e será sempre,necessariamente limitada;

. a liberdade não consiste em fazercada um aquilo que lhe apetece e quequer;

. ser livre implica da parte de cadapessoa o respeito pela dignidade, osdireitos e a liberdade dos outros;

. l iberdade implica necessa-riamente responsabilidade;

. não é possível a liberdade semleis, sendo que estas, enquantolegítimas e justas, têm como finalidadepreservar e promover os direitos, adignidade e a liberdade de cada um ede todos;

. nenhuma lei é eficaz se não foracompanhada de um sistema desanções e de penas.

No seguimento da sessão, os

“De facto, perante a demissão que tantasvezes se vem verificando da parte das famíliasna educação dos seus filhos, deverá ser aescola a (...) tomar sobre si a tarefa nãoapenas da sua instrução, mas ainda da suaformação e educação para os valoresdesejáveis da cidadania e da liberdade.”

T T T T TEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANOEMA do ANO

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ECOS da VIA-SACRA36

tempo possível e com os actosburocráticos reduzidos ao mínimoindispensável – seria a base do CódigoDisciplinar de Conduta na escola e nasala de aula. Com ele e com a suaaplicação exemplar, dever-se-iacomprometer toda a comunidadeescolar: alunos, professores,funcionários e encarregados deeducação.

Uma vez que o objectivo daqueleCódigo não é punitivo mas instrutivo eeducativo, seria desejável que nos doisou três dias seguintes ao sancio-namento da sua falta, o alunosancionado trouxesse para a aula elesse perante os colegas e o professorum pequeno texto de reflexão sobre oacontecido.

Acílio Saldanha

(continua na próxima edição)

alunos procurariam responder à ques-tão de “como organizarmo-nos naescola e na turma para, respeitando-nos mutuamente, podermos, cada umde nós e todos em conjunto, ser osmais possível livres?

Neste ponto, após uma reflexãoconjunta sobre o papel do professor nasala de aula e a sua relação e posturaface aos alunos, tratar-se-iam questõesconcretas como, por exemplo, asseguintes:

. Como devem a escola e oprofessor proceder para com os alunosque chegam, frequentemente, tarde àsala de aula?

. Como deve a escola agir paracom os alunos que no recreio nãorespeitam os seus colegas, abusandodo facto de serem mais velhos e/oumais fortes?

. O que deve o professor fazerquando na sala de aula algum aluno éperturbador, não traz o material para aaula, é mal comportado, é maleducado…?

No tratamento destas questões ea partir de sugestões dos própriosalunos, seriam definidas e propostasnormas de comportamento e regras deprocedimento, acompanhadas de umconjunto de medidas de advertência ede punição dos comportamentos tidospor indesejáveis e, portanto, a evitar.Este elenco normativo, acompanhadodas correspondentes sanções – que,para terem eficácia preventiva ecorrectiva, deveriam ser de aplicaçãoimediata ou, nos casos em que tal nãofosse viável, no mais curto espaço de

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37 ECOS da VIA -SACRA

A A A A AGORA GORA GORA GORA GORA FFFFFALAM os ALAM os ALAM os ALAM os ALAM os P P P P PAISAISAISAISAIS

São decorridos vinte anos após oaparecimento das primeiras Associaçõesde Pais e Encarregados de Educação,criadas ao abrigo da Lei de Bases doSistema Educativo, que reconhecelegitimamente o direito à participação dospais na escola, como parceiros privile-giados na Educação. Num momento emque os valores são cada vez mais“outros”, a sociedade vê-se confrontadacom crises de insegurança, deindisciplina e de violência, transportadasinevitavelmente para a realidade escolar.

Iniciando-se e desenvolvendo-se nafamília a relação com os costumes,tradições e valores que possibilitam àscrianças e jovens adquirir as com-petências que os promovem comopessoas, os pais e encarregados deeducação devem exprimir os seus pontosde vista. São pessoas que pensam

diferente, daí que a escola, a família etodos os parceiros da comunidadeeducativa devam olhar-se pelaperspectiva da complementaridade e nãopelo exclusivismo ou individualismo.

Há que saber comunicar para criarum projecto. Há que partilhar a diferençadentro e fora da escola com todos osparceiros para construir, de formaarticulada, edificante e responsável,ideias que vão gerar o projecto educativoda escola. Daí que se possa dizer que aescola não deverá servir apenas paratransmitir conhecimentos, mas tambémpara educar os jovens para os valores,tais como o amor, o respeito, acolaboração, a liberdade, a responsa-bilidade, a verdade, a igualdade, a justiça,a dignidade, a beleza, o trabalho, asolidariedade, o diálogo, a autonomia, acidadania, a intervenção social positiva– tendo consciência do papel de cada umcomo cidadão. Há que formar CIDA-DÃOS de corpo inteiro.

É importante que a Educação sejaentendida de forma dinâmica e partici-pada, e que contribua para a formaçãode uma sociedade mais justa, no respeitoe na tolerância dos seus agentesenvolvidos.

A tarefa de pais não é e nunca seráfácil; por isso, contamos com o empenha-mento da escola e da comunidade paraa construção de uma sociedade maissaudável.

João Mesquita da Costa

R e f l e x õ e s . . .R e f l e x õ e s . . .R e f l e x õ e s . . .R e f l e x õ e s . . .R e f l e x õ e s . . .

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Liberdade, o desejo de todoaquele que não a tem... a incúria demuitos que inconscientemente agozam!

De acordo com o dicionário, liberdadeé o “direito ou condição que uma pessoatem de poder dispor de si...”

Vivemos num país livre. Muitos de nóslembram-se ainda dos tempos de ditadura,opressão e censura. A mudança levou semdúvida à liberdade deexpressão do ser e doestar, que permite a todosmanifestar a sua opinião,independentemente doponto de vista ou ideologiado outro, ou de quemouve.

A criança passa a servista de forma diferente.Apela-se à abolição dotrabalho infantil, dá-seatenção aos maus tratos,e cria-se a cultura deeducação com base na satisfação dosdesejos da criança, de “compensação” dasprolongadas ausências, motivadas peloenvolvimento e investimento profissionaisde mães cada vez mais trabalhadoras, quetêm de se dividir (ou multiplicar) comoprofissionais, esposas e mães.

As exigências e os valores, na realidade,foram alterados!

A criança, em casa, aprende a pedir eter, a exigir e ter, a comparar e querer, aexagerar e ultrapassar limites e poder! Afinal,todos nós queremos dar aos nossos filhosaquilo de que não pudemos dispor, mas...reflectindo um pouco, até que ponto será istoo melhor? Até que ponto, ao querermos tãobem aos nossos filhos, permitimos a “sorteembruxada” de virar o feitiço contra ofeiticeiro?

Também nós fomos crianças a quem ospais quiseram dar algo que não tiveram;contudo... trabalhámos e ajudámos em casa,levámos palmadas ou castigos merecidos,em nada confundíveis com trabalho infantilou maus tratos. Fomos condicionados nosnossos desejos, sujeitos a regras mais oumenos rígidas ou marcantes na escola, enem por isso nos sentimos traumatizados ou“vítimas irremediáveis” desses comporta-mentos! Não! Afinal, “quem dá o pão dá aeducação!”.

Educar umacriança e ajudá-la acrescer não é fácil.Receitas não existem.O que funciona paraum pode não funcio-nar para outro. Talcomo uma boarefeição, para seragradável, tem de serbem preparada etemperada commoderação de ingre-

dientes e sabores, também educar exigebom senso, com actuações adequadas nomomento certo.

Abandonemos o princípio de “nadapoder fazer” e cultivemos o carácter, aquiloque cada um consegue ser, os princípios queconsegue “cultivar”, para assim poderexercer a sua liberdade.

LIBERDADE, mas até que ponto? “SERLIVRE” será algo sem limites, sem balizasou fronteiras?

Quando criança, também na escolaaprendi que “a nossa liberdade termina ondecomeça a liberdade dos outros”. Estaspalavras simples nunca mais as pudeesquecer! Afinal, ser livre e exercer a nossaliberdade tem balizas: OS OUTROS E ASUA LIBERDADE!

AAAAAGORA GORA GORA GORA GORA FFFFFALAM os ALAM os ALAM os ALAM os ALAM os P P P P PAISAISAISAISAIS

“LIBERDADE, Vida a Crescer”“LIBERDADE, Vida a Crescer”“LIBERDADE, Vida a Crescer”“LIBERDADE, Vida a Crescer”“LIBERDADE, Vida a Crescer”

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