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Campinas SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
DETERMINANTES DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE AGRICULTURA DE PRECISÃO: UMA REVISÃO DE ESTUDOS EMPÍRICOS
DETERMINANTS OF THE ADOPTION OF PRECISION AGRICULTURE TECHNOLOGIES: A REVIEW OF
Carlos Ivan Mozambani Doutorando do Dep. de Engenharia de Produção [email protected]
Hildo Meirelles de Souza FilhoProf.º Titular do Dep. de Eng. de Produção [email protected]
Marcela de Mello Brandão VinholisPesquisadora - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)[email protected]
Grupo de Pesquisa:
Resumo: O objetivo deste artigo foi identificar de tecnologias de agricultura de precisão (AP) descritos na literatura. Neste sentido, foi realizada uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) em três bases de dados (of Science e Scielo), combinando os termos busca retornou mais de 800 documentos que foram submetidos a filtros de exclusão préestabelecidos. Como resultado destes filtros, 20 artigos foram selecionados para análise, o que permitiu identificar dois contextos de análise: caso estão relacionadas as pesquisas sobre avaliação da adoção de tecnologia, enquanto que no contexto ex ante os estudos referemmostram que a facilidade de uso e a utilidade percebida são os principais aspectos que influenciam na intenção de uso de tecnologias de AP. Por outro lado, as variáveis relacionadas as características do produtor e da propriedade são as principais deteradoção ligadas ao contexto ex post
Palavras-chave: Adoção de tecnologia; fatores determinantes; Agricultura de Precisão; Revisão Bibliográfica Sistemática. Abstract: This paper aimed to identify the main adoption determinants of precision
agriculture (PA) technologies described in the literature. In this sense, a Systematic
Bibliographic Review (SBR) was carried out in three databases (Scopus, Web of Science and
Scielo), combining the terms Adoption, Determinant and Precision Agriculture. The search
returned more than 800 documents that were submitted to a pre
result of these filters, 20 papers were selected for analysis, which allowed to ide
contexts of analysis: ex post and ex ante for the adoption of AP. In the first context are related
the research on evaluation of technology adoption, while in the ex ante context the studies
refer to the intention to use them. The results show th
utility are the main aspects that influence the intention of using AP technologies. On the other
hand, the variables related to the characteristics of the producer and the property are the
main determinants of adoption
Key words: Adoption of technology; Determinant factors; Precision agriculture; Systematic
Bibliographic Review.
Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
ETERMINANTES DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE AGRICULTURA DE PRECISÃO: UMA REVISÃO DE ESTUDOS EMPÍRICOS
ETERMINANTS OF THE ADOPTION OF PRECISION AGRICULTURE TECHNOLOGIES: A REVIEW OF EMPIRICAL STUDIES
Doutorando do Dep. de Engenharia de Produção – Universidade Federal de São Carlos
Prof.º Titular do Dep. de Eng. de Produção – Universidade Federal de São Carlos
Marcela de Mello Brandão Vinholis Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
Grupo de Pesquisa: Pesquisa, inovação e extensão rural
O objetivo deste artigo foi identificar os principais fatores determinantes da adoção de tecnologias de agricultura de precisão (AP) descritos na literatura. Neste sentido, foi realizada uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) em três bases de dados (
ndo os termos Adoption, Determinant e Precision Agriculture
busca retornou mais de 800 documentos que foram submetidos a filtros de exclusão préestabelecidos. Como resultado destes filtros, 20 artigos foram selecionados para análise, o que
ntificar dois contextos de análise: ex post e ex ante a adoção de AP. No primeiro caso estão relacionadas as pesquisas sobre avaliação da adoção de tecnologia, enquanto que
os estudos referem-se à intenção de uso das mesmas. Os resultadmostram que a facilidade de uso e a utilidade percebida são os principais aspectos que influenciam na intenção de uso de tecnologias de AP. Por outro lado, as variáveis relacionadas as características do produtor e da propriedade são as principais deter
ex post. Adoção de tecnologia; fatores determinantes; Agricultura de Precisão;
Revisão Bibliográfica Sistemática.
This paper aimed to identify the main adoption determinants of precision
agriculture (PA) technologies described in the literature. In this sense, a Systematic
Bibliographic Review (SBR) was carried out in three databases (Scopus, Web of Science and
), combining the terms Adoption, Determinant and Precision Agriculture. The search
returned more than 800 documents that were submitted to a pre-set exclusion filters. As a
result of these filters, 20 papers were selected for analysis, which allowed to ide
contexts of analysis: ex post and ex ante for the adoption of AP. In the first context are related
the research on evaluation of technology adoption, while in the ex ante context the studies
refer to the intention to use them. The results show that the ease of use and the perceived
utility are the main aspects that influence the intention of using AP technologies. On the other
hand, the variables related to the characteristics of the producer and the property are the
main determinants of adoption linked to the ex post context.
Adoption of technology; Determinant factors; Precision agriculture; Systematic
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
ETERMINANTES DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE AGRICULTURA DE PRECISÃO: UMA REVISÃO DE ESTUDOS EMPÍRICOS
ETERMINANTS OF THE ADOPTION OF PRECISION AGRICULTURE EMPIRICAL STUDIES
Universidade Federal de São Carlos
Universidade Federal de São Carlos
Pesquisa, inovação e extensão rural
os principais fatores determinantes da adoção de tecnologias de agricultura de precisão (AP) descritos na literatura. Neste sentido, foi realizada uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) em três bases de dados (Scopus, Web
Adoption, Determinant e Precision Agriculture. A busca retornou mais de 800 documentos que foram submetidos a filtros de exclusão pré-estabelecidos. Como resultado destes filtros, 20 artigos foram selecionados para análise, o que
a adoção de AP. No primeiro caso estão relacionadas as pesquisas sobre avaliação da adoção de tecnologia, enquanto que
se à intenção de uso das mesmas. Os resultados mostram que a facilidade de uso e a utilidade percebida são os principais aspectos que influenciam na intenção de uso de tecnologias de AP. Por outro lado, as variáveis relacionadas as características do produtor e da propriedade são as principais determinantes de
Adoção de tecnologia; fatores determinantes; Agricultura de Precisão;
This paper aimed to identify the main adoption determinants of precision
agriculture (PA) technologies described in the literature. In this sense, a Systematic
Bibliographic Review (SBR) was carried out in three databases (Scopus, Web of Science and
), combining the terms Adoption, Determinant and Precision Agriculture. The search
set exclusion filters. As a
result of these filters, 20 papers were selected for analysis, which allowed to identify two
contexts of analysis: ex post and ex ante for the adoption of AP. In the first context are related
the research on evaluation of technology adoption, while in the ex ante context the studies
at the ease of use and the perceived
utility are the main aspects that influence the intention of using AP technologies. On the other
hand, the variables related to the characteristics of the producer and the property are the
Adoption of technology; Determinant factors; Precision agriculture; Systematic
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1 INTRODUÇÃO A agricultura brasileira avançou como nenhuma outra na direção da sustentabilidade.
Nos últimos 40 anos, o país foi capaz de tropicalizar diversos sistemas de cultivos e de produção animal; transformou grandes extensões de terras pobres e ácidas em terras produtivas; foi capaz de desenvolver uma plataforma de práticas sustentáveis como a fixação de nitrogênio, o controle biológico, o plantio direto e os sistemas integrados. Os desafios continuam no sentido de solucionar problemas relacionados com descarbonização da economia, sistemas integrados para aumentar a eficiência, uso mais racional da água, sistemas que permitam a utilização de insumos de forma inteligente, dentre tantos outros (BERNARD et al
Observam-se que há tecnologias e práticas que possibilitam ao produtor bons resultados econômicos, além de processos agrícolas mais eficientes, responsáveis e rastreáveis, demandantes de mão de obra qualificada e, consequentemente, promotores de produção mais sustentável (MOLIN, 2004). Esse é o caso da Agricultura de Precisão (AP), que, de acordo com a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, constituiconjunto de ferramentas e tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variabilidade espacial e temporal da unidade produtiva, visando ao aumento de retorno econômico e a redução do impacto ao ambiente” (BRASIL, 2013, p.1). Dentre esse conjunto, encontrammapeamentos, as amostragens georreferenciadas, os sistemas de informação geográficas, bem como todas as máquinas e equipamentos de aplicação a taxa variada (pulverização, adubação, plantio, correção e irrigação).
Nos Estados Unidos (EUA), Canadá e paadotadas com maior intensidade. Os EUA são os que mais utilizam AP e a mais tempo (LAMBERT; DeBOER; 2000). Por se tratarem de inovações ainda incipientes na agricultura brasileira, não há informações relacionadas à sua adoção em basexemplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existem, no entanto, estudos pontuais sobre o tema. Molin (2017), por exemplo, em um estudo realizado em 2013 com 992 produtores de soja e milho de três regiões dcomo MATOPIBA), concluiu que 45% dos entrevistados utilizaram alguma técnica de AP na propriedade. Entretanto, o autor afirma que apenas 15,3%, do total de entrevistados realmente utilizaram técnicas de amostragensde fertilidade do solo.
Alguns estudos demonstraram os benefícios da utilização de tecnologias de AP, como a redução dos custos de produção, a aplicação de insumos de maneira mais eficiente, o aumento da produtividade global da lavoura, o aumento na quantidade de informações possibilitando melhor tomada de decisão, e a redução do impacto ambiental (FEDER 1985; GRIFFIN et al., 2005). Todavia, o conjunto de fatores determinantes da adoção de tecnologias de AP pode ser bem maior, incluindo aspectos relacionados às características dos produtores e das propriedades. Assim, o objetivo do presente trabalho é identificar os principais fatores determinantes da adoção de tecnologias de AP abordados na isso realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática (RBS) em 3 bases de dados (Web of Science e Scielo). O método utilizado na revisão é melhor detalhado na segunda seção. Na terceira e quarta seções apresentamdas análises empíricas: Ex ante
Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
A agricultura brasileira avançou como nenhuma outra na direção da sustentabilidade. Nos últimos 40 anos, o país foi capaz de tropicalizar diversos sistemas de cultivos e de produção animal; transformou grandes extensões de terras pobres e ácidas em terras produtivas; foi capaz de desenvolver uma plataforma de práticas sustentáveis como a fixação de nitrogênio, o controle biológico, o plantio direto e os sistemas integrados. Os desafios continuam no sentido de solucionar problemas relacionados com as mudanças climáticas, descarbonização da economia, sistemas integrados para aumentar a eficiência, uso mais racional da água, sistemas que permitam a utilização de insumos de forma inteligente, dentre
et al., 2014).
e há tecnologias e práticas que possibilitam ao produtor bons resultados econômicos, além de processos agrícolas mais eficientes, responsáveis e rastreáveis, demandantes de mão de obra qualificada e, consequentemente, promotores de
l (MOLIN, 2004). Esse é o caso da Agricultura de Precisão (AP), que, de acordo com a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, constituiconjunto de ferramentas e tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento
ado na variabilidade espacial e temporal da unidade produtiva, visando ao aumento de retorno econômico e a redução do impacto ao ambiente” (BRASIL, 2013, p.1). Dentre esse conjunto, encontram-se as técnicas de coleta de dados por sensores, os
as amostragens georreferenciadas, os sistemas de informação geográficas, bem como todas as máquinas e equipamentos de aplicação a taxa variada (pulverização, adubação,
Nos Estados Unidos (EUA), Canadá e países europeus, as práticas deadotadas com maior intensidade. Os EUA são os que mais utilizam AP e a mais tempo (LAMBERT; DeBOER; 2000). Por se tratarem de inovações ainda incipientes na agricultura brasileira, não há informações relacionadas à sua adoção em bases de dados secundárias, à exemplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existem, no entanto, estudos pontuais sobre o tema. Molin (2017), por exemplo, em um estudo realizado em 2013 com 992 produtores de soja e milho de três regiões do país (sul, cerrado e a região conhecida como MATOPIBA), concluiu que 45% dos entrevistados utilizaram alguma técnica de AP na propriedade. Entretanto, o autor afirma que apenas 15,3%, do total de entrevistados realmente utilizaram técnicas de amostragens que considerassem a variabilidade espacial dos atributos
Alguns estudos demonstraram os benefícios da utilização de tecnologias de AP, como a redução dos custos de produção, a aplicação de insumos de maneira mais eficiente, o
nto da produtividade global da lavoura, o aumento na quantidade de informações possibilitando melhor tomada de decisão, e a redução do impacto ambiental (FEDER
., 2005). Todavia, o conjunto de fatores determinantes da adoção de ecnologias de AP pode ser bem maior, incluindo aspectos relacionados às características dos
produtores e das propriedades. Assim, o objetivo do presente trabalho é identificar os principais fatores determinantes da adoção de tecnologias de AP abordados na
se uma revisão bibliográfica sistemática (RBS) em 3 bases de dados (). O método utilizado na revisão é melhor detalhado na segunda seção.
Na terceira e quarta seções apresentam-se os determinantes de adoção segundo dois contextos Ex ante e ex post à adoção da tecnologia. Isto é, análises sobre a
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
A agricultura brasileira avançou como nenhuma outra na direção da sustentabilidade. Nos últimos 40 anos, o país foi capaz de tropicalizar diversos sistemas de cultivos e de produção animal; transformou grandes extensões de terras pobres e ácidas em terras férteis e produtivas; foi capaz de desenvolver uma plataforma de práticas sustentáveis como a fixação de nitrogênio, o controle biológico, o plantio direto e os sistemas integrados. Os desafios
as mudanças climáticas, descarbonização da economia, sistemas integrados para aumentar a eficiência, uso mais racional da água, sistemas que permitam a utilização de insumos de forma inteligente, dentre
e há tecnologias e práticas que possibilitam ao produtor bons resultados econômicos, além de processos agrícolas mais eficientes, responsáveis e rastreáveis, demandantes de mão de obra qualificada e, consequentemente, promotores de
l (MOLIN, 2004). Esse é o caso da Agricultura de Precisão (AP), que, de acordo com a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, constitui-se de “um conjunto de ferramentas e tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento
ado na variabilidade espacial e temporal da unidade produtiva, visando ao aumento de retorno econômico e a redução do impacto ao ambiente” (BRASIL, 2013, p.1).
se as técnicas de coleta de dados por sensores, os as amostragens georreferenciadas, os sistemas de informação geográficas, bem
como todas as máquinas e equipamentos de aplicação a taxa variada (pulverização, adubação,
ráticas de AP vêm sendo adotadas com maior intensidade. Os EUA são os que mais utilizam AP e a mais tempo (LAMBERT; DeBOER; 2000). Por se tratarem de inovações ainda incipientes na agricultura
es de dados secundárias, à exemplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existem, no entanto, estudos pontuais sobre o tema. Molin (2017), por exemplo, em um estudo realizado em 2013
o país (sul, cerrado e a região conhecida como MATOPIBA), concluiu que 45% dos entrevistados utilizaram alguma técnica de AP na propriedade. Entretanto, o autor afirma que apenas 15,3%, do total de entrevistados realmente
que considerassem a variabilidade espacial dos atributos
Alguns estudos demonstraram os benefícios da utilização de tecnologias de AP, como a redução dos custos de produção, a aplicação de insumos de maneira mais eficiente, o
nto da produtividade global da lavoura, o aumento na quantidade de informações possibilitando melhor tomada de decisão, e a redução do impacto ambiental (FEDER et al.,
., 2005). Todavia, o conjunto de fatores determinantes da adoção de ecnologias de AP pode ser bem maior, incluindo aspectos relacionados às características dos
produtores e das propriedades. Assim, o objetivo do presente trabalho é identificar os principais fatores determinantes da adoção de tecnologias de AP abordados na literatura. Para
se uma revisão bibliográfica sistemática (RBS) em 3 bases de dados (Scopus,
). O método utilizado na revisão é melhor detalhado na segunda seção. se os determinantes de adoção segundo dois contextos
à adoção da tecnologia. Isto é, análises sobre a
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intenção de uso da tecnologia ou potenciais adotantes e análises que envolvem produtores que já adotaram a tecnologia. Por fim, são apresentadas as principais conclusões.
2 MÉTODO UTILIZADORealizou-se uma busca em três bases de dados
fim de identificar os principais determinantes da adoção de AP descritos na literatura. Nas três bases de dados foram utilizadas as mesmas combinações de termos: “precision farm ou precision agriculture
filtrados primeiramente por título, resumo e palavraspela base Scopus, 352 pela Web of Science
obter apenas trabalhos revisados por pares foi reNesta etapa os tipos article, conference paper
a pesquisa para 463, 337 e 21 documentos por base de dados, respectivamente. A escolha por dois idiomas (inglês e portugdocumentos da base Scopus, 332 da selecionados, 267 apareceram em duas ou até três bases, sendo classificados como duplicados e excluídos da revisão.
Conforto, Amaral e Silva (2011) sugerem que o primeiro filtro de leitura a ser realizado em uma RBS é a leitura do etapa 486 documentos, por entender que o assunto tratado em tais artigos possuía poaderência aos objetivos estabelecidos para o presente trabalho. Podesobre fatores determinantes de adoção de tecnologia; a não abordagem sobre adoção de tecnologias por produtores rurais; a comparação de eficiência de máquinasAP com os de agricultura tradicional; a não abordagem sobre tecnologias de AP, e; ferramentas específicas de AP como práticas sustentáveis como sendo os principais motivos de exclusão destes artigos. Por fim, 27 documentos passaram para Nesta etapa, 7 artigos foram excluídos por não aderirem aos objetivos estabelecidos para presente revisão. Na Figura 1 tornaseleção dos artigos.
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tenção de uso da tecnologia ou potenciais adotantes e análises que envolvem produtores que já adotaram a tecnologia. Por fim, são apresentadas as principais conclusões.
MÉTODO UTILIZADO se uma busca em três bases de dados – Scopus, Web of Science
fim de identificar os principais determinantes da adoção de AP descritos na literatura. Nas três bases de dados foram utilizadas as mesmas combinações de termos: “
precision agriculture, e; determinant ou factor”. Os trabalhos foram filtrados primeiramente por título, resumo e palavras-chave resultando em 488 documentos
Web of Science e 21 pela Scielo. Sequencialmente, com intuito de obter apenas trabalhos revisados por pares foi realizado um filtro por tipo de documento.
article, conference paper e article in press foram selecionados reduzindo a pesquisa para 463, 337 e 21 documentos por base de dados, respectivamente. A escolha por dois idiomas (inglês e português) foi outro crivo de seleção efetuado, restando 429
, 332 da Web of Science e 19 da Scielo. Dos 780 documentos selecionados, 267 apareceram em duas ou até três bases, sendo classificados como duplicados
Conforto, Amaral e Silva (2011) sugerem que o primeiro filtro de leitura a ser realizado em uma RBS é a leitura do title, abstract e keywords. Assim, foram rejeitados nesta etapa 486 documentos, por entender que o assunto tratado em tais artigos possuía poaderência aos objetivos estabelecidos para o presente trabalho. Pode-se citar a não abordagem sobre fatores determinantes de adoção de tecnologia; a não abordagem sobre adoção de tecnologias por produtores rurais; a comparação de eficiência de máquinasAP com os de agricultura tradicional; a não abordagem sobre tecnologias de AP, e; ferramentas específicas de AP como práticas sustentáveis como sendo os principais motivos de exclusão destes artigos. Por fim, 27 documentos passaram para a fase de leitura completa. Nesta etapa, 7 artigos foram excluídos por não aderirem aos objetivos estabelecidos para presente revisão. Na Figura 1 torna-se mais fácil a visualização das etapas desenvolvidas para
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tenção de uso da tecnologia ou potenciais adotantes e análises que envolvem produtores que já adotaram a tecnologia. Por fim, são apresentadas as principais conclusões.
Web of Science e Scielo – a fim de identificar os principais determinantes da adoção de AP descritos na literatura. Nas três bases de dados foram utilizadas as mesmas combinações de termos: “adoption ou use;
”. Os trabalhos foram chave resultando em 488 documentos
. Sequencialmente, com intuito de alizado um filtro por tipo de documento.
foram selecionados reduzindo a pesquisa para 463, 337 e 21 documentos por base de dados, respectivamente. A escolha por
uês) foi outro crivo de seleção efetuado, restando 429 . Dos 780 documentos
selecionados, 267 apareceram em duas ou até três bases, sendo classificados como duplicados
Conforto, Amaral e Silva (2011) sugerem que o primeiro filtro de leitura a ser . Assim, foram rejeitados nesta
etapa 486 documentos, por entender que o assunto tratado em tais artigos possuía pouca se citar a não abordagem
sobre fatores determinantes de adoção de tecnologia; a não abordagem sobre adoção de tecnologias por produtores rurais; a comparação de eficiência de máquinas e equipamentos de AP com os de agricultura tradicional; a não abordagem sobre tecnologias de AP, e; ferramentas específicas de AP como práticas sustentáveis como sendo os principais motivos
a fase de leitura completa. Nesta etapa, 7 artigos foram excluídos por não aderirem aos objetivos estabelecidos para
se mais fácil a visualização das etapas desenvolvidas para
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Figura 1 - Etapas RBS
Fonte: autores (2018)
Os autores, o ano e outras informações sobre os artigos são descritos na Tabela 1. Nota-se que os primeiros artigos sobre adoção de AP encontrados na revisão datam de 2003 e 2004. Considerando que o termo “Agricultura de Precisão” data de 1990, podehouve um período de 13 anos desde as primeiras definições de AP até os primeiros estudos sobre sua adoção. Outra importante observação sobre os artigos é a presença marcante de estudos realizados nos Estados Unidos, principalmente com a cultura doartigos encontrados, 10 foram realizados em solo Americano sendo 8 com algodão.
Os EUA podem ser considerados como o “berço” da AP no mundo (MOLIN; AMARAL; COLAÇO, 2015). A concentração de estudos com a cultura do algodão pode ser explicada por meio da observação dos autores e o local em que foram realizadas as pesquisas referentes a esses artigos. Percebepesquisadores dedicados ao entendimento da adoção de AP por produtores de algodão no sudeste dos EUA.
Campinas – SP, 29 de julho a 01 de agosto de 2018 Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
Os autores, o ano e outras informações sobre os artigos são descritos na Tabela 1. se que os primeiros artigos sobre adoção de AP encontrados na revisão datam de 2003 e
2004. Considerando que o termo “Agricultura de Precisão” data de 1990, podehouve um período de 13 anos desde as primeiras definições de AP até os primeiros estudos sobre sua adoção. Outra importante observação sobre os artigos é a presença marcante de estudos realizados nos Estados Unidos, principalmente com a cultura doartigos encontrados, 10 foram realizados em solo Americano sendo 8 com algodão.
Os EUA podem ser considerados como o “berço” da AP no mundo (MOLIN; AMARAL; COLAÇO, 2015). A concentração de estudos com a cultura do algodão pode ser
da por meio da observação dos autores e o local em que foram realizadas as pesquisas referentes a esses artigos. Percebe-se que se tratam de estudos de um mesmo grupo de pesquisadores dedicados ao entendimento da adoção de AP por produtores de algodão no
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Os autores, o ano e outras informações sobre os artigos são descritos na Tabela 1. se que os primeiros artigos sobre adoção de AP encontrados na revisão datam de 2003 e
2004. Considerando que o termo “Agricultura de Precisão” data de 1990, pode-se afirmar que houve um período de 13 anos desde as primeiras definições de AP até os primeiros estudos sobre sua adoção. Outra importante observação sobre os artigos é a presença marcante de estudos realizados nos Estados Unidos, principalmente com a cultura do algodão. Dos 20 artigos encontrados, 10 foram realizados em solo Americano sendo 8 com algodão.
Os EUA podem ser considerados como o “berço” da AP no mundo (MOLIN; AMARAL; COLAÇO, 2015). A concentração de estudos com a cultura do algodão pode ser
da por meio da observação dos autores e o local em que foram realizadas as pesquisas se que se tratam de estudos de um mesmo grupo de
pesquisadores dedicados ao entendimento da adoção de AP por produtores de algodão no
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Tabela 1 – Descrição dos estudos analisados na revisão
Tabela 1 – Descrição dos estudos analisados na revisão (
Fonte: autores (2018)
Contexto Autores Ano
Ex anteRezaei-Moghaddam & Salehi
2010
Ex ante Kutter et al 2011
Ex ante Abdullah, Ahmad & Ismail 2012
Ex anteAubert, Schroeder & Grimaudo
2012
Ex ante Bagheri & Bordbar 2014
Ex ante Far & Rezaei-Moghaddam 2017
Ex ante / ex post
Pierpaoli et al 2013
Ex post Daberkow & McBride 2003
Ex post Sevier & Lee 2004
Ex post Torbett et al 2007
Ex post Walton et al 2008
Ex post Larson et al 2008
Contexto Autores Ano
Ex post Cirani & Dias de Moraes 2010
Ex post Walton et al 2010
Ex post Paxton et al 2011
Ex post Jenkins et al 2011
Ex post D'Antoni, Mishra & Joo 2012
Ex post Watcharaanantapong et al 2013
Ex postAllahyari, Mohammadzadeh & Nastis
2016
Ex post Paustian & Theuvsen 2016
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Descrição dos estudos analisados na revisão
Descrição dos estudos analisados na revisão (continuação)
AnoMétodo de análise
utilizadoNúmero da
amostraPaís/Região de
estudo
Questionário respondido
por
2010Modelagem de
equações estruturais249
Khuzestan e Far / Irã
Especialistas do setor
2011Analise qualitativa
dos dados49
Alemanha (30); Republica theca (5); Dinamarca (6); Grécia (6); Outros paises Europeus (2)
Especialistas do setor
2012Método de
regressão gradual119 Malásia
Produtores de Arroz
2012Análise de correlação
438 CanadáProdutores
diversos
2014 Estatística descritiva 117 IrãEspecialistas do
setor
2017Modelagem de
Equações estruturais183
Provincia de Fars / Irã
Especialistas do setor
2013 Revisão de literatura13 ex post7 ex ante
2003 Logit binário 786 EUAProdutores
diversos
2004 Probit binário 135 Flórida / EUAProdutores de
Cítrus
2007 Logit ordenado 144 Sul dos EUAProdutores de
algodão
2008 Probit827 (335
adotantes e 492 não adotantes)
Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
2008 Logit binário 98 Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
AnoMétodo de análise
utilizadoNúmero da
amostraPaís/Região de
estudo
Questionário respondido
por
2010 Logit binário 87Estado de São
PauloIndústrias
sucroalcoleiras
2010 Probit binário 827 Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
2011Poisson e
distribuição binomial892 Sudeste dos EUA
Produtores de algodão
2011 Probit multinomial 959 Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
2012 Logit multinomial 469 Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
2013 Tobit 1088 Sudeste dos EUAProdutores de
algodão
2016Estatística descritiva
e Engeo Valor133 Caspian Sea / Irã
Especialistas do setor
2016 Logit binário227 (68 adotantes
e 159 não adotantes)
AlemanhaProdutores
diversos
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
(continua)
Questionário respondido
por
Número de variáveis
Especialistas do setor
7
Especialistas do setor
5
Produtores de Arroz
3
Produtores diversos
4
Especialistas do setor
18
Especialistas do setor
6
3 ex ante
8 ex post
Produtores diversos
9
Produtores de Cítrus
8
Produtores de algodão
16
Produtores de algodão
12
Produtores de algodão
11
Questionário respondido
por
Número de variáveis
Indústrias sucroalcoleiras
7
Produtores de algodão
14
Produtores de algodão
10
Produtores de algodão
9
Produtores de algodão
11
Produtores de algodão
21
Especialistas do setor
11
Produtores diversos
11
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3 DETERMINANTES DA ADOA Tabela 1 permite identificar dois contextos de análise:
primeiro caso, os trabalhos concentramautores buscaram identificar quais os potenciais adotantes de AP e o que influencia ade uso da inovação. A coleta de dados nesses trabalhos, em sua maioria, foi realizada por meio de entrevistas com especialistas do setor (agrônomos, consultores, empresas de máquinas e equipamentos, pesquisadores, entre outros). Procurouexplicativos utilizando-se o modelo de aceitação tecnológica (TAModel).
No segundo conjunto de artigos, os autores concentraram suas investigações em um contexto ex post a adoção, isto é, buscaram identificar os motdeterminados produtores adotaram a AP, quais as características desses produtores/propriedades, quais fontes de informação utilizaram, que tipo de assistência técnica possuem, entre outras características. Teorias de difusão de tpredominantemente utilizadas como fundamentação. Modelos de regressão foram utilizados nas análises de dados coletados, principalmente, com produtores que utilizavam ou realizaram alguma prática de AP. Em alguns casos, o método de análise iAs duas seções que se seguem buscam explorar e apresentar os principais determinantes de adoção de tecnologias de AP identificados na revisão sistemática a partir de cada contexto.
3.1 Contexto ex ante Esta seção busca compreend
filtrados na RBS que compõe esta seção tiveram como objetivo principal identificar os determinantes que influenciam na tomada de decisão da adoção de AP. Tais determinantes estão relacionados com a intençãotecnologia, neste caso a AP. Como apresentado na enquadram-se neste contexto. Grimaudo (2012), Pierpaoli et al
Modelo de Aceitação Tecnológica adicionando algumas variáveis ao modelo original para investigar a intenção e atitude na adoção de AP. relacionaram atitude, conhecimento e cprodutores na adoção AP. Kutter intenção de se adotar AP, e socioeconômicas na tentativa de encontrar soluçõeprodutores de arroz.
O Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM desenvolvido inicialmente por Davis (1986) e aperfeiçoado em dois artigos posteriores, Davis (1989) e Davis e Venkatesh (19uso percebida são dois determinantes que podem influenciar na sequencialmente, na decisão de adoção de uma nova tecnologia. Na utilidade percebida, os indivíduos tendem a usar ou não uma nova tecnologia à medida que acreditam que ela possa melhorar o desempenho do trabalho. Em outras palavras é a probabilidade do usuário
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DETERMINANTES DA ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE AP A Tabela 1 permite identificar dois contextos de análise: ex ante
primeiro caso, os trabalhos concentram-se na análise de aceitação tecnológica, ou seja, os autores buscaram identificar quais os potenciais adotantes de AP e o que influencia ade uso da inovação. A coleta de dados nesses trabalhos, em sua maioria, foi realizada por meio de entrevistas com especialistas do setor (agrônomos, consultores, empresas de máquinas e equipamentos, pesquisadores, entre outros). Procurou-se ident
se o modelo de aceitação tecnológica (TAM – Technology Acceptance
No segundo conjunto de artigos, os autores concentraram suas investigações em um a adoção, isto é, buscaram identificar os motivos ou razões pelas quais
determinados produtores adotaram a AP, quais as características desses produtores/propriedades, quais fontes de informação utilizaram, que tipo de assistência técnica possuem, entre outras características. Teorias de difusão de tpredominantemente utilizadas como fundamentação. Modelos de regressão foram utilizados nas análises de dados coletados, principalmente, com produtores que utilizavam ou realizaram alguma prática de AP. Em alguns casos, o método de análise incluiu dados de não adotantes. As duas seções que se seguem buscam explorar e apresentar os principais determinantes de adoção de tecnologias de AP identificados na revisão sistemática a partir de cada contexto.
Esta seção busca compreender o contexto ex ante da adoção de AP. Os artigos filtrados na RBS que compõe esta seção tiveram como objetivo principal identificar os determinantes que influenciam na tomada de decisão da adoção de AP. Tais determinantes estão relacionados com a intenção e atitude comportamental do produtor em usar uma nova tecnologia, neste caso a AP. Como apresentado na Tabela 1, sete artigos da revisão
se neste contexto. Rezaei-Moghaddam e Salehi (2010), Aubert, Schroeder e et al. (2013) e Far e Rezaei-Moghaddam (2017) utilizaram o
Modelo de Aceitação Tecnológica adicionando algumas variáveis ao modelo original para investigar a intenção e atitude na adoção de AP. Abdullah, Ahmad e Ismailrelacionaram atitude, conhecimento e competência como determinantes necessários aos
Kutter et al. (2011) observaram o papel da comunicação na intenção de se adotar AP, e Bagheri e Bordbar (2014) analisaram determinantes socioeconômicas na tentativa de encontrar soluções para acelerar a difusão da AP entre
O Modelo de Aceitação Tecnológica (TAM – Technology Acceptance Model
desenvolvido inicialmente por Davis (1986) e aperfeiçoado em dois artigos posteriores, Davis (1989) e Davis e Venkatesh (1996). A ideia do TAM é que utilidade percebida
são dois determinantes que podem influenciar na intenção de usosequencialmente, na decisão de adoção de uma nova tecnologia. Na utilidade percebida, os
ou não uma nova tecnologia à medida que acreditam que ela possa melhorar o desempenho do trabalho. Em outras palavras é a probabilidade do usuário
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ex ante e ex post. No
se na análise de aceitação tecnológica, ou seja, os autores buscaram identificar quais os potenciais adotantes de AP e o que influencia a intenção de uso da inovação. A coleta de dados nesses trabalhos, em sua maioria, foi realizada por meio de entrevistas com especialistas do setor (agrônomos, consultores, empresas de
se identificar fatores Technology Acceptance
No segundo conjunto de artigos, os autores concentraram suas investigações em um ivos ou razões pelas quais
determinados produtores adotaram a AP, quais as características desses produtores/propriedades, quais fontes de informação utilizaram, que tipo de assistência técnica possuem, entre outras características. Teorias de difusão de tecnologia foram predominantemente utilizadas como fundamentação. Modelos de regressão foram utilizados nas análises de dados coletados, principalmente, com produtores que utilizavam ou realizaram
ncluiu dados de não adotantes. As duas seções que se seguem buscam explorar e apresentar os principais determinantes de adoção de tecnologias de AP identificados na revisão sistemática a partir de cada contexto.
da adoção de AP. Os artigos filtrados na RBS que compõe esta seção tiveram como objetivo principal identificar os determinantes que influenciam na tomada de decisão da adoção de AP. Tais determinantes
e atitude comportamental do produtor em usar uma nova , sete artigos da revisão
Aubert, Schroeder e (2017) utilizaram o
Modelo de Aceitação Tecnológica adicionando algumas variáveis ao modelo original para Abdullah, Ahmad e Ismail (2012)
ompetência como determinantes necessários aos . (2011) observaram o papel da comunicação na
(2014) analisaram determinantes s para acelerar a difusão da AP entre
Technology Acceptance Model) foi desenvolvido inicialmente por Davis (1986) e aperfeiçoado em dois artigos posteriores, Davis
utilidade percebida e facilidade de intenção de uso e,
sequencialmente, na decisão de adoção de uma nova tecnologia. Na utilidade percebida, os ou não uma nova tecnologia à medida que acreditam que ela possa
melhorar o desempenho do trabalho. Em outras palavras é a probabilidade do usuário
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potencial utilizar a nova tecnologia visando aumentar o desempenho do seu trabalho (DAVIS, 1989).
Assim, considerando o determinante de utilidade percebida um produtor tende a adotar tecnologias de AP quando ele percebe que a inovação pode aumentar a produtividade e/ou lucratividade em sua lavoura (MOGHADDAM; SALEHI, 2010). A atitude de confiança, também influencia na utilidade percebida, isto é, a confiança de um produtor em aprender e utilizar determinada tecnologia de AP impacta diretamente na percepção quanto a sua utilidade (GRIMAUDO, 2012; FAR; REZAI-MOGHADDAM; SALEHI, 2010). Para refere-se a como as pessoas reagem a certas circunstâncias e como elas se comportam em geral. Portanto, a percepção de utilidade daprodutor frente a certas circunstâncias cotidianas relacionadas com as operações agrícolas.
Aubert, Schroeder e Grimaudo (2012) acrescentam que quanto maior a compatibilidade das tecnologias de AP com os equipamena propriedade, maior será a probabilidade de o produtor percebecompatível for uma tecnologia com outras já existentes na propriedade maior será a chance de o produtor adotar a nova tecnologiase o produtor possuir ou conhecer algo relacionado a ela. disponibilidade, qualidade e valor da informação impactam positivamente a utilidade percebida. O trabalho de Kutter sua relevância para investimentos em AP. Para eles, as fontes de informação (literatura profissional, dias de campo, feiras, workshops, internet, etc.); as instituições de apoio (empresas de tecnologia agrícola, consultoria privada, serviços de extensão, institutos de pesquisa, centros educacionais, cooperativas/associações); e a localização da propriedade impactam diretamente na intenção do produtor em adotar tecnologias de AP. Por fim, Rezaei-Moghaddam (2017) argumentam que a capacidade inovadora também impacta na utilidade percebida, ou seja, quanto maior a disposição de um produtor em experimentar uma nova tecnologia maior será a probabilidade de adotar tecnologias de AP.
O segundo determinante do modelo TAM, grau de dificuldade ou de esforço para utilização ou compreensão de uso de uma nova tecnologia. Pelo próprio modelo, a facilidade de uso percebida pelos usuários de uma nova tecnologia influencia na utilidade percebida por eles (DAVIS, 1989; DAVIS; VENKATESH, 1996). Assim, a percepção do produtor em relação a facilidade de utilizar tecnologias de AP influencia diretamente na intenção de adotar a nova tecnologia, como também por meio da sua utilidade percebida. A capacidade de teste foi um dos determinantes identificados na revisão como impactante na facilidade de uso percebida. A capacidade de teste reflete a habilidade do usuário em usar a inovação antes de sua adoção, isto é, a probabiprodutor testar a tecnologia de AP em uma pequena parcela de sua propriedade. Os estudos sugerem que a facilidade pela qual uma tecnologia de AP pode ser testada influenciará na probabilidade de sua adoção (al., 2013; REZAI-MOGHADDAM; SALEHI, 2010).
A visibilidade é outro determinante que impacta positivamente na facilidade de uso percebida. A visibilidade refereresultados oriundos da inovação.
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potencial utilizar a nova tecnologia visando aumentar o desempenho do seu trabalho (DAVIS,
nsiderando o determinante de utilidade percebida um produtor tende a adotar tecnologias de AP quando ele percebe que a inovação pode aumentar a produtividade e/ou lucratividade em sua lavoura (AUBERT; SCHROEDER; GRIMAUDO, 2012; REZAI
2010). A atitude de confiança, também influencia na utilidade percebida, isto é, a confiança de um produtor em aprender e utilizar determinada tecnologia de AP impacta diretamente na percepção quanto a sua utilidade (AUBERT; SCHROEDER;
REZAI-MOGHADDAM, 2017; PIERPAOLI MOGHADDAM; SALEHI, 2010). Para Abdullah, Ahmad e Ismail
se a como as pessoas reagem a certas circunstâncias e como elas se comportam em geral. Portanto, a percepção de utilidade das tecnologias de AP dependerá da atitude do produtor frente a certas circunstâncias cotidianas relacionadas com as operações agrícolas.
Aubert, Schroeder e Grimaudo (2012) acrescentam que quanto maior a compatibilidade das tecnologias de AP com os equipamentos, rotinas e operações existentes na propriedade, maior será a probabilidade de o produtor percebe-la como útil. Quanto mais compatível for uma tecnologia com outras já existentes na propriedade maior será a chance de o produtor adotar a nova tecnologia. Assim, a adoção de uma nova tecnologia será realizada se o produtor possuir ou conhecer algo relacionado a ela. Estes autores ainda afirmam que a disponibilidade, qualidade e valor da informação impactam positivamente a utilidade
Kutter et al. (2011) corrobora com a importância da informação e sua relevância para investimentos em AP. Para eles, as fontes de informação (literatura profissional, dias de campo, feiras, workshops, internet, etc.); as instituições de apoio
e tecnologia agrícola, consultoria privada, serviços de extensão, institutos de pesquisa, centros educacionais, cooperativas/associações); e a localização da propriedade impactam diretamente na intenção do produtor em adotar tecnologias de AP. Por fim,
(2017) argumentam que a capacidade inovadora também impacta na utilidade percebida, ou seja, quanto maior a disposição de um produtor em experimentar uma nova tecnologia maior será a probabilidade de adotar tecnologias de AP.
determinante do modelo TAM, facilidade de uso percebidagrau de dificuldade ou de esforço para utilização ou compreensão de uso de uma nova tecnologia. Pelo próprio modelo, a facilidade de uso percebida pelos usuários de uma nova
influencia na utilidade percebida por eles (DAVIS, 1989; DAVIS; VENKATESH, 1996). Assim, a percepção do produtor em relação a facilidade de utilizar tecnologias de AP influencia diretamente na intenção de adotar a nova tecnologia, como também por meio da ua utilidade percebida. A capacidade de teste foi um dos determinantes identificados na
revisão como impactante na facilidade de uso percebida. A capacidade de teste reflete a habilidade do usuário em usar a inovação antes de sua adoção, isto é, a probabiprodutor testar a tecnologia de AP em uma pequena parcela de sua propriedade. Os estudos sugerem que a facilidade pela qual uma tecnologia de AP pode ser testada influenciará na probabilidade de sua adoção (AUBERT; SCHROEDER; GRIMAUDO, 2012;
MOGHADDAM; SALEHI, 2010).
A visibilidade é outro determinante que impacta positivamente na facilidade de uso A visibilidade refere-se a medida pela qual um potencial adotante observa os
resultados oriundos da inovação. Assim, quanto mais “visível” for a inovação, mais
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potencial utilizar a nova tecnologia visando aumentar o desempenho do seu trabalho (DAVIS,
nsiderando o determinante de utilidade percebida um produtor tende a adotar tecnologias de AP quando ele percebe que a inovação pode aumentar a produtividade e/ou
UBERT; SCHROEDER; GRIMAUDO, 2012; REZAI-2010). A atitude de confiança, também influencia na utilidade
percebida, isto é, a confiança de um produtor em aprender e utilizar determinada tecnologia UBERT; SCHROEDER;
IERPAOLI et al., 2013; Abdullah, Ahmad e Ismail (2012) atitude
se a como as pessoas reagem a certas circunstâncias e como elas se comportam em s tecnologias de AP dependerá da atitude do
produtor frente a certas circunstâncias cotidianas relacionadas com as operações agrícolas.
Aubert, Schroeder e Grimaudo (2012) acrescentam que quanto maior a ntos, rotinas e operações existentes
la como útil. Quanto mais compatível for uma tecnologia com outras já existentes na propriedade maior será a chance de
Assim, a adoção de uma nova tecnologia será realizada Estes autores ainda afirmam que a
disponibilidade, qualidade e valor da informação impactam positivamente a utilidade . (2011) corrobora com a importância da informação e
sua relevância para investimentos em AP. Para eles, as fontes de informação (literatura profissional, dias de campo, feiras, workshops, internet, etc.); as instituições de apoio
e tecnologia agrícola, consultoria privada, serviços de extensão, institutos de pesquisa, centros educacionais, cooperativas/associações); e a localização da propriedade impactam diretamente na intenção do produtor em adotar tecnologias de AP. Por fim, Far e
(2017) argumentam que a capacidade inovadora também impacta na utilidade percebida, ou seja, quanto maior a disposição de um produtor em experimentar uma
facilidade de uso percebida, refere-se ao grau de dificuldade ou de esforço para utilização ou compreensão de uso de uma nova tecnologia. Pelo próprio modelo, a facilidade de uso percebida pelos usuários de uma nova
influencia na utilidade percebida por eles (DAVIS, 1989; DAVIS; VENKATESH, 1996). Assim, a percepção do produtor em relação a facilidade de utilizar tecnologias de AP influencia diretamente na intenção de adotar a nova tecnologia, como também por meio da ua utilidade percebida. A capacidade de teste foi um dos determinantes identificados na
revisão como impactante na facilidade de uso percebida. A capacidade de teste reflete a habilidade do usuário em usar a inovação antes de sua adoção, isto é, a probabilidade do produtor testar a tecnologia de AP em uma pequena parcela de sua propriedade. Os estudos sugerem que a facilidade pela qual uma tecnologia de AP pode ser testada influenciará na
UBERT; SCHROEDER; GRIMAUDO, 2012; PIERPAOLI et
A visibilidade é outro determinante que impacta positivamente na facilidade de uso se a medida pela qual um potencial adotante observa os
Assim, quanto mais “visível” for a inovação, mais
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facilmente pessoas ao redor se sentirão estimuladas a se tornarem usuários da mesma (REZAI-MOGHADDAM; SALEHI, 2010)al. (2011) afirmam que a acessibilidade, tecnologias também impactam na facilidade de uso percebida. Estas variáveis podem ser descritas como qualidade do suporte, assim, a impressão do produtor quanto a facilidade de uso de tecnologias de AP é influencioferecido por diversas fontes (associações/cooperativas, revendas de máquinas e equipamentos, consultores privados, extensão governamental, entre outras).
Alinhado à qualidade do suporte encontrao grau de entendimento que o adotante (produtor, gestor da propriedade ou até mesmo funcionários) possui sobre as tecnologias de AP. Portanto, quanto mais conhecimento um adotante possuir sobre tecnologias de AP, mfácil uso e, consequentemente, maior será sua intenção de uso (GRIMAUDO, 2012; PIERPAOLI
Além da facilidade de uso e da utilidade percebida, foradeterminantes de caráter socioeconômico: o tamanho da propriedade; a escolaridade do produtor; a localização da propriedade; e os custos de produção. Esses determinantes, embora não estejam diretamente ligados ao modelo TAM, tprodutor em usar ou não tecnologias de AP (BAGHERI; BORDBAR, 2014).
A Figura 2 sintetiza os determinantes examinados nos artigos revisados que impactam na intenção de uso de tecnologias de AP
Figura 2 – Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto
Fonte: autores (2018)
3.2 Contexto ex post Esta seção pretende descrever os principais determinantes encontrados no conjunto de
artigos com contexto ex post
referem-se a produtores que adotam ou já adotaram alguma tecnologia de AP. Tamanho da
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facilmente pessoas ao redor se sentirão estimuladas a se tornarem usuários da mesma MOGHADDAM; SALEHI, 2010). Aubert, Schroeder e Grimaudo (2012) e Kutter
(2011) afirmam que a acessibilidade, rapidez e habilidade do suporte para novas tecnologias também impactam na facilidade de uso percebida. Estas variáveis podem ser descritas como qualidade do suporte, assim, a impressão do produtor quanto a facilidade de uso de tecnologias de AP é influenciada pela qualidade do suporte oferecido, podendo esse ser oferecido por diversas fontes (associações/cooperativas, revendas de máquinas e equipamentos, consultores privados, extensão governamental, entre outras).
Alinhado à qualidade do suporte encontra-se o conhecimento. Essa variável representa o grau de entendimento que o adotante (produtor, gestor da propriedade ou até mesmo funcionários) possui sobre as tecnologias de AP. Portanto, quanto mais conhecimento um adotante possuir sobre tecnologias de AP, mais provavelmente ele irá percebefácil uso e, consequentemente, maior será sua intenção de uso (AUBERT; SCHROEDER;
IERPAOLI et al., 2013; REZAI-MOGHADDAM; SALEHI, 2010).
Além da facilidade de uso e da utilidade percebida, foram também identificados outros determinantes de caráter socioeconômico: o tamanho da propriedade; a escolaridade do produtor; a localização da propriedade; e os custos de produção. Esses determinantes, embora não estejam diretamente ligados ao modelo TAM, também impactam na intenção de um produtor em usar ou não tecnologias de AP (ABDULLAJ; AHMAD; ISMAIL, 2012; BAGHERI; BORDBAR, 2014).
sintetiza os determinantes examinados nos artigos revisados que impactam na intenção de uso de tecnologias de AP.
Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto
Esta seção pretende descrever os principais determinantes encontrados no conjunto de post apresentados na Tabela 1. Nestes artigos, os dados coletados
se a produtores que adotam ou já adotaram alguma tecnologia de AP. Tamanho da
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facilmente pessoas ao redor se sentirão estimuladas a se tornarem usuários da mesma . Aubert, Schroeder e Grimaudo (2012) e Kutter et
rapidez e habilidade do suporte para novas tecnologias também impactam na facilidade de uso percebida. Estas variáveis podem ser descritas como qualidade do suporte, assim, a impressão do produtor quanto a facilidade de
ada pela qualidade do suporte oferecido, podendo esse ser oferecido por diversas fontes (associações/cooperativas, revendas de máquinas e equipamentos, consultores privados, extensão governamental, entre outras).
o conhecimento. Essa variável representa o grau de entendimento que o adotante (produtor, gestor da propriedade ou até mesmo funcionários) possui sobre as tecnologias de AP. Portanto, quanto mais conhecimento um
ais provavelmente ele irá percebe-la como de UBERT; SCHROEDER;
MOGHADDAM; SALEHI, 2010).
m também identificados outros determinantes de caráter socioeconômico: o tamanho da propriedade; a escolaridade do produtor; a localização da propriedade; e os custos de produção. Esses determinantes, embora
ambém impactam na intenção de um BDULLAJ; AHMAD; ISMAIL, 2012;
sintetiza os determinantes examinados nos artigos revisados que impactam
Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto ex ante
Esta seção pretende descrever os principais determinantes encontrados no conjunto de artigos, os dados coletados
se a produtores que adotam ou já adotaram alguma tecnologia de AP. Tamanho da
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propriedade foi a variável mais citada influenciando a adoção de tecnologias de AP, presente em 11 dos 14 artigos. A perspectiva é que quanto maior a propriedade, maior será a probabilidade de adoção de tecnologias de AP (DABERKOW; McBRIDE, 2003; terra maiores estão associadas facilidade de acesso ao crédito rural.
A escolaridade e a idade do produtor também foram muito citadas. No primeiro caso, a relação é positiva, isto é, quanto maior o nível de escolaridade do proele adotar tecnologias de AP (escolaridade está relacionado ao maior conhecimento e habilidade para interpretar informação e dados de AP. Porém, a idade apresenta uma relação inversamente proporcional; quanto mais jovem for o produtor, maiores são as chances de ele adotar tecnologias de AP (2004; WATCHARAANANTAPONGrisco e mais familiarizados com tecnologias da informação (TI). Algumas ferramentas de AP requerem algum conhecimento de TI para uso e tomada de decisão. Além destas variáveis, a localização da propriedade, a condição fundiária, o uso de computador para gestão da propriedade, a renda domiciliar, a produtividade por hectare, as fontes de informação e a percepção do produtor foram fatores muito citados pelos trabalhos como influenciadores na adoção de tecnologias de AP. Outros fatores foram menos citados nos artigos
Considerando a grande quantidade de fatores citados, convém agrupacategorias. No presente trabalho, o agrupamento seguirá o modelo proposto por Souza Filho et al. (2011), que identificaram quatro conjuntos de fatores condicionantes dtecnologias na agricultura: características socioeconômicas e condições do produtor; características da produção e da propriedade rural; características da tecnologia, e; fatores sistêmicos.
3.2.1 Características socioeconômicas e condições do produA utilização de computador e de aplicativos de celular para gestão da propriedade são
duas das variáveis agrupadas como características socioeconômicas e condições do produtor. Em ambas o sinal esperado é positivo, assim, o produtor que utiliza computaaplicativos de celular para gestão da propriedade possui maior probabilidade de adotar tecnologias de AP quando comparados com os que não utilizam tais equipamentos de gestão (WALTON et al., 2010; WATCHARAANANTAPONG computador e os aplicativos aumentam a eficiência dos produtores em coletar, armazenar, transmitir e interpretar a grande quantidade de dados geradas pelas práticas de AP. No mesmo sentido, a renda domiciliar apresentou impacto positivo na probabilidadtecnologias de AP (PAXTON WATHARAANANTAPONG produtores com renda elevada serem mais propensos a investir em uma nova tecnologia, bem como obterem informações sobre elas.
A experiência na atividade rural é um fator que apresenta controvérsias. Por um lado, alguns estudos mostraram haver uma relação positiva entre experiência e adoção de AP (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; PAUSTIAN; THEUVSEN, 201o que pode ser explicado pelo fato de os produtores com maior experiência terem mais “how” para avaliar os benefícios de uma inovação. Por outro lado, a experiência está
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propriedade foi a variável mais citada influenciando a adoção de tecnologias de AP, presente 14 artigos. A perspectiva é que quanto maior a propriedade, maior será a
probabilidade de adoção de tecnologias de AP (D'ANTONI; MISHRA; JOO, 2012; RIDE, 2003; WALTON et al., 2010). Há suposição de que glebas de
terra maiores estão associadas a maior flexibilidade para testar novas tecnologias e maior facilidade de acesso ao crédito rural.
A escolaridade e a idade do produtor também foram muito citadas. No primeiro caso, a relação é positiva, isto é, quanto maior o nível de escolaridade do produtor, maior a chance de
PAXTON et al., 2011; WALTON et al., 2008). O maior grau de escolaridade está relacionado ao maior conhecimento e habilidade para interpretar informação
Porém, a idade apresenta uma relação inversamente proporcional; quanto mais jovem for o produtor, maiores são as chances de ele adotar tecnologias de AP (
ATCHARAANANTAPONG et al., 2013). Os jovens tendem a ser menos avessos ao mais familiarizados com tecnologias da informação (TI). Algumas ferramentas de AP
requerem algum conhecimento de TI para uso e tomada de decisão. Além destas variáveis, a localização da propriedade, a condição fundiária, o uso de computador para gestão da propriedade, a renda domiciliar, a produtividade por hectare, as fontes de informação e a percepção do produtor foram fatores muito citados pelos trabalhos como influenciadores na adoção de tecnologias de AP. Outros fatores foram menos citados nos artigos
Considerando a grande quantidade de fatores citados, convém agrupacategorias. No presente trabalho, o agrupamento seguirá o modelo proposto por Souza Filho
(2011), que identificaram quatro conjuntos de fatores condicionantes dtecnologias na agricultura: características socioeconômicas e condições do produtor; características da produção e da propriedade rural; características da tecnologia, e; fatores
Características socioeconômicas e condições do produtor A utilização de computador e de aplicativos de celular para gestão da propriedade são
duas das variáveis agrupadas como características socioeconômicas e condições do produtor. Em ambas o sinal esperado é positivo, assim, o produtor que utiliza computaaplicativos de celular para gestão da propriedade possui maior probabilidade de adotar tecnologias de AP quando comparados com os que não utilizam tais equipamentos de gestão
2010; WATCHARAANANTAPONG et al., 2013). Em grande medidacomputador e os aplicativos aumentam a eficiência dos produtores em coletar, armazenar, transmitir e interpretar a grande quantidade de dados geradas pelas práticas de AP. No mesmo sentido, a renda domiciliar apresentou impacto positivo na probabilidadtecnologias de AP (PAXTON et al., 2011; WALTON
WATHARAANANTAPONG et al., 2013). Isto pode ser justificado pelo fato de os produtores com renda elevada serem mais propensos a investir em uma nova tecnologia, bem
ormações sobre elas.
A experiência na atividade rural é um fator que apresenta controvérsias. Por um lado, alguns estudos mostraram haver uma relação positiva entre experiência e adoção de AP (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; PAUSTIAN; THEUVSEN, 201o que pode ser explicado pelo fato de os produtores com maior experiência terem mais “
” para avaliar os benefícios de uma inovação. Por outro lado, a experiência está
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propriedade foi a variável mais citada influenciando a adoção de tecnologias de AP, presente 14 artigos. A perspectiva é que quanto maior a propriedade, maior será a
ISHRA; JOO, 2012; , 2010). Há suposição de que glebas de
a maior flexibilidade para testar novas tecnologias e maior
A escolaridade e a idade do produtor também foram muito citadas. No primeiro caso, a dutor, maior a chance de , 2008). O maior grau de
escolaridade está relacionado ao maior conhecimento e habilidade para interpretar informação Porém, a idade apresenta uma relação inversamente proporcional; quanto mais
jovem for o produtor, maiores são as chances de ele adotar tecnologias de AP (SEVIER; LEE, , 2013). Os jovens tendem a ser menos avessos ao
mais familiarizados com tecnologias da informação (TI). Algumas ferramentas de AP requerem algum conhecimento de TI para uso e tomada de decisão. Além destas variáveis, a localização da propriedade, a condição fundiária, o uso de computador para gestão da propriedade, a renda domiciliar, a produtividade por hectare, as fontes de informação e a percepção do produtor foram fatores muito citados pelos trabalhos como influenciadores na adoção de tecnologias de AP. Outros fatores foram menos citados nos artigos selecionados.
Considerando a grande quantidade de fatores citados, convém agrupa-los em categorias. No presente trabalho, o agrupamento seguirá o modelo proposto por Souza Filho
(2011), que identificaram quatro conjuntos de fatores condicionantes da adoção de tecnologias na agricultura: características socioeconômicas e condições do produtor; características da produção e da propriedade rural; características da tecnologia, e; fatores
A utilização de computador e de aplicativos de celular para gestão da propriedade são duas das variáveis agrupadas como características socioeconômicas e condições do produtor. Em ambas o sinal esperado é positivo, assim, o produtor que utiliza computador e/ou aplicativos de celular para gestão da propriedade possui maior probabilidade de adotar tecnologias de AP quando comparados com os que não utilizam tais equipamentos de gestão
, 2013). Em grande medida, o computador e os aplicativos aumentam a eficiência dos produtores em coletar, armazenar, transmitir e interpretar a grande quantidade de dados geradas pelas práticas de AP. No mesmo sentido, a renda domiciliar apresentou impacto positivo na probabilidade de adoção de
et al., 2008; , 2013). Isto pode ser justificado pelo fato de os
produtores com renda elevada serem mais propensos a investir em uma nova tecnologia, bem
A experiência na atividade rural é um fator que apresenta controvérsias. Por um lado, alguns estudos mostraram haver uma relação positiva entre experiência e adoção de AP (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016), o que pode ser explicado pelo fato de os produtores com maior experiência terem mais “know
” para avaliar os benefícios de uma inovação. Por outro lado, a experiência está
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diretamente relacionada com a idade. Assim, produtores mais jovens e com menoexperiência no manejo de culturas teriam um horizonte de planejamento mais longo e, portanto, estariam mais dispostos a correrem os riscos associados à inovação.
Um outro aspecto relacionado ao horizonte de planejamento é a sucessão na gestão da propriedade, referindo-se a segurança que o produtor tem em relação a sua sucessão para gerenciar a propriedade (por exemplo um filho predisposto a assumir os negócios da família). Neste caso, também foi observado relação positiva quanto a adoção de AP (PAUSTIAN;THEUVSEN, 2016). A suposição aqui é que o produtor terá mais incentivo em investir, pois vê na sua sucessão uma expectativa para obter retornos no longo prazo.
O grau de organização dos produtores também foi apontado nos estudos como tendo impacto positivo na adoção de práticas e tecnologias de AP (CIRANI; DIAS de MORAES; 2010; JENKINS et al., 2011). A participação do produtor em organizações do tipo cooperativa e associações tem impacto direto tanto sobre a eficiência do uso dos recursos como na capacidade de produção dos produtores. Desta forma, em muitos casos, a organização dos produtores permite alcançar escalas mínimas exigidas para viabilizar a adoção de determinadas inovações, bem como pode viabilizar a obtenção de mais e melhor qualidade de informações. Por fim, a idade e escolaridade do produtor, já mencionadas no início desta seção, também foram agrupadas como características socioeconômicas.
3.2.2 Características da produção e da propriedade ruralPara Souza Filho et al.
localização são variáveis caracterizadoras da produção e propriedade rural. Os autores complementam que a escala de operação, a modernização e as mudanças nos sistemas de produção são determinantes da adoção de novas tecnologias. Adlocalizados em regiões com agroindústria, estradas, serviços e mercados desenvolvidos possuem maior possibilidade de adotar novas tecnologias. Este fato vai ao encontro dos estudos analisados pelo presente trabalho. Assim, produtor“bem” localizados possuem maior probabilidade de adotar tecnologias de AP em suas propriedades (DABERKOW; McBRIDE, 2003; JENKINS WALTON et al., 2010).
Encontram-se agrupadas ainda nesta seçãofundiária, a variabilidade espacial do solo e a distribuição de uso do solo. No primeiro caso, a análise mais comumente encontrada e que foi significativa em vários dos artigos analisados é a questão de proprietários e aranalisados sugerem que arrendatários e parceiros possuem menor probabilidade de adoção de tecnologias de AP quando comparados com proprietários de terra (DABERKOW; McBRIDE, 2003; TORBETT et al., 2007; WATCHARAANANTAPONG aqui é que produtores que arrendam terras ou trabalham sob forma de parceria têm um horizonte de planejamento mais curto do que proprietários da terra. A expectativa de não receber dos benefícios que a ininvestirem na adoção de novas práticas ou tecnologias de produção.
O mesmo ocorre com os produtores que se dedicam à criação de gado e ao cultivo agrícola, concomitantemente. Tais produtorestecnologias de AP em suas lavouras do que os produtores que se dedicam exclusivamente ao
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diretamente relacionada com a idade. Assim, produtores mais jovens e com menoexperiência no manejo de culturas teriam um horizonte de planejamento mais longo e, portanto, estariam mais dispostos a correrem os riscos associados à inovação.
Um outro aspecto relacionado ao horizonte de planejamento é a sucessão na gestão da se a segurança que o produtor tem em relação a sua sucessão para
gerenciar a propriedade (por exemplo um filho predisposto a assumir os negócios da família). Neste caso, também foi observado relação positiva quanto a adoção de AP (PAUSTIAN;THEUVSEN, 2016). A suposição aqui é que o produtor terá mais incentivo em investir, pois vê na sua sucessão uma expectativa para obter retornos no longo prazo.
O grau de organização dos produtores também foi apontado nos estudos como tendo o na adoção de práticas e tecnologias de AP (CIRANI; DIAS de MORAES;
, 2011). A participação do produtor em organizações do tipo cooperativa e associações tem impacto direto tanto sobre a eficiência do uso dos recursos
e de produção dos produtores. Desta forma, em muitos casos, a organização dos produtores permite alcançar escalas mínimas exigidas para viabilizar a adoção de determinadas inovações, bem como pode viabilizar a obtenção de mais e melhor
ções. Por fim, a idade e escolaridade do produtor, já mencionadas no início desta seção, também foram agrupadas como características socioeconômicas.
Características da produção e da propriedade rural et al. (2011) o tamanho da propriedade, sua produtividade e
localização são variáveis caracterizadoras da produção e propriedade rural. Os autores complementam que a escala de operação, a modernização e as mudanças nos sistemas de produção são determinantes da adoção de novas tecnologias. Adicionalmente, produtores localizados em regiões com agroindústria, estradas, serviços e mercados desenvolvidos possuem maior possibilidade de adotar novas tecnologias. Este fato vai ao encontro dos estudos analisados pelo presente trabalho. Assim, produtores com maior produtividade e “bem” localizados possuem maior probabilidade de adotar tecnologias de AP em suas propriedades (DABERKOW; McBRIDE, 2003; JENKINS et al., 2011; LARSON
se agrupadas ainda nesta seção os fatores que indicam a condição fundiária, a variabilidade espacial do solo e a distribuição de uso do solo. No primeiro caso, a análise mais comumente encontrada e que foi significativa em vários dos artigos analisados é a questão de proprietários e arrendatários em relação a adoção da inovação. Os trabalhos analisados sugerem que arrendatários e parceiros possuem menor probabilidade de adoção de tecnologias de AP quando comparados com proprietários de terra (DABERKOW; McBRIDE,
7; WATCHARAANANTAPONG et al., 2013). O que se supõe aqui é que produtores que arrendam terras ou trabalham sob forma de parceria têm um horizonte de planejamento mais curto do que proprietários da terra. A expectativa de não receber dos benefícios que a inovação pode proporcionar leva os arrendatários e parceiros não investirem na adoção de novas práticas ou tecnologias de produção.
O mesmo ocorre com os produtores que se dedicam à criação de gado e ao cultivo agrícola, concomitantemente. Tais produtores possuem menor probabilidade de adotar tecnologias de AP em suas lavouras do que os produtores que se dedicam exclusivamente ao
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diretamente relacionada com a idade. Assim, produtores mais jovens e com menos experiência no manejo de culturas teriam um horizonte de planejamento mais longo e, portanto, estariam mais dispostos a correrem os riscos associados à inovação.
Um outro aspecto relacionado ao horizonte de planejamento é a sucessão na gestão da se a segurança que o produtor tem em relação a sua sucessão para
gerenciar a propriedade (por exemplo um filho predisposto a assumir os negócios da família). Neste caso, também foi observado relação positiva quanto a adoção de AP (PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016). A suposição aqui é que o produtor terá mais incentivo em investir, pois
O grau de organização dos produtores também foi apontado nos estudos como tendo o na adoção de práticas e tecnologias de AP (CIRANI; DIAS de MORAES;
, 2011). A participação do produtor em organizações do tipo cooperativa e associações tem impacto direto tanto sobre a eficiência do uso dos recursos
e de produção dos produtores. Desta forma, em muitos casos, a organização dos produtores permite alcançar escalas mínimas exigidas para viabilizar a adoção de determinadas inovações, bem como pode viabilizar a obtenção de mais e melhor
ções. Por fim, a idade e escolaridade do produtor, já mencionadas no início desta seção, também foram agrupadas como características socioeconômicas.
de, sua produtividade e localização são variáveis caracterizadoras da produção e propriedade rural. Os autores complementam que a escala de operação, a modernização e as mudanças nos sistemas de
icionalmente, produtores localizados em regiões com agroindústria, estradas, serviços e mercados desenvolvidos possuem maior possibilidade de adotar novas tecnologias. Este fato vai ao encontro dos
es com maior produtividade e “bem” localizados possuem maior probabilidade de adotar tecnologias de AP em suas
, 2011; LARSON et al., 2008;
os fatores que indicam a condição fundiária, a variabilidade espacial do solo e a distribuição de uso do solo. No primeiro caso, a análise mais comumente encontrada e que foi significativa em vários dos artigos analisados é
rendatários em relação a adoção da inovação. Os trabalhos analisados sugerem que arrendatários e parceiros possuem menor probabilidade de adoção de tecnologias de AP quando comparados com proprietários de terra (DABERKOW; McBRIDE,
, 2013). O que se supõe aqui é que produtores que arrendam terras ou trabalham sob forma de parceria têm um horizonte de planejamento mais curto do que proprietários da terra. A expectativa de não
ovação pode proporcionar leva os arrendatários e parceiros não
O mesmo ocorre com os produtores que se dedicam à criação de gado e ao cultivo possuem menor probabilidade de adotar
tecnologias de AP em suas lavouras do que os produtores que se dedicam exclusivamente ao
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cultivo agrícola (WALTON WATCHARAANANTAPONG atividades reduz o tempo e a atenção que poderiam ser empregados exclusivamente na atividade agrícola. Tal fato resulta no adiamento da adoção de novas tecnologias que seriam destinadas apenas as práticas agrícolas. Já os produtores que identificam evariabilidade espacial do solo tendem a adotar tecnologias de AP em suas propriedades, o que revela uma relação positiva entre a variável e a tecnologia (PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016; PAXTON et al., 2011).
3.2.3 Características da tecnologiaA adoção de uma inovação é em grande medida influenciada pelas incertezas que as
cercam. A tomada de decisão para adoção de uma nova prática ou tecnologia é cercada por riscos, mesmo quando os resultados são conhecidos. Nesta direção a avaliação subjetiva do produtor tende a impactar diretamente a adoção ou não de uma inovação. Essa avaliação tem sido empiricamente obtida por meio de variáveis que procuram medir a percepção do produtor quanto a aspectos da inovação, tais como lucratividade, produtividade e sustentaambiental. Cinco destes aspectos apresentaram relação positiva com a adoção de tecnologias de AP: a percepção do produtor de que a adoção de AP aumenta a lucratividade; a percepção do produtor a adoção de AP reduz danos ao ambiente; a percepção doserá uma tecnologia de extrema importância para atividade em cinco anos; a percepção do produtor de adoção de AP reduz a aplicação de insumos em sua propriedade; e a percepção do produtor de que a adoção de AP aumenta a qualidade do pde que a AP tem custo elevado apresenta relação negativa com a adoção, ou seja, quanto maior for a percepção de que a tecnologia de AP é cara, menor a probabilidade de adoção (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; PIERPWALTON et al., 2010; WATCHARAANANTAPONG
Adicionalmente, os estudos têm demostrado que o produtor que adota práticas e tecnologias de AP conta com grande quantidade de máquinas e equipamentospráticas de AP de forma particular(ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; D'ANTONI; MISHRA; JOO, 2012; JENKINS et al., 2011; LARSON al., 2010).
3.2.4 Fatores sistêmicos Souza Filho et al. (2011) sugerem que os fatores sistêmicos são influenciados pelo
contexto institucional e econômico, podendo ser representado por variáveis como políticas públicas, disponibilidade e acesso a informação, serviçorural. Desta forma, dois principais grupos de fatores foram revelados na revisão: o primeiro refere-se às fontes de informação e o segundo refereambos os casos a relação encontrada etecnologias de AP foi positiva. Como fontes de informação foram citadas as variáveis: consultores privados; extensão rural; internet; revendedores de máquinas e equipamentos agrícolas; outros produtores; feiras agropecuárias, e; jornais e revistas (LARSON PIERPAOLI et al., 2013; SEVIER; LEE, 2004; WALTON WATCHARAANANTAPONG
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cultivo agrícola (WALTON et al., 2008; WALTON WATCHARAANANTAPONG et al., 2013). A dedicação do tempo de gestão nasatividades reduz o tempo e a atenção que poderiam ser empregados exclusivamente na atividade agrícola. Tal fato resulta no adiamento da adoção de novas tecnologias que seriam destinadas apenas as práticas agrícolas. Já os produtores que identificam evariabilidade espacial do solo tendem a adotar tecnologias de AP em suas propriedades, o que revela uma relação positiva entre a variável e a tecnologia (PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016;
Características da tecnologia de uma inovação é em grande medida influenciada pelas incertezas que as
cercam. A tomada de decisão para adoção de uma nova prática ou tecnologia é cercada por riscos, mesmo quando os resultados são conhecidos. Nesta direção a avaliação subjetiva do
tor tende a impactar diretamente a adoção ou não de uma inovação. Essa avaliação tem sido empiricamente obtida por meio de variáveis que procuram medir a percepção do produtor quanto a aspectos da inovação, tais como lucratividade, produtividade e sustentaambiental. Cinco destes aspectos apresentaram relação positiva com a adoção de tecnologias de AP: a percepção do produtor de que a adoção de AP aumenta a lucratividade; a percepção do produtor a adoção de AP reduz danos ao ambiente; a percepção do produtor de que a AP será uma tecnologia de extrema importância para atividade em cinco anos; a percepção do produtor de adoção de AP reduz a aplicação de insumos em sua propriedade; e a percepção do produtor de que a adoção de AP aumenta a qualidade do produto. Já a percepção do produtor de que a AP tem custo elevado apresenta relação negativa com a adoção, ou seja, quanto maior for a percepção de que a tecnologia de AP é cara, menor a probabilidade de adoção (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; PIERPAOLI
, 2010; WATCHARAANANTAPONG et al., 2013).
Adicionalmente, os estudos têm demostrado que o produtor que adota práticas e tecnologias de AP conta com grande quantidade de máquinas e equipamentospráticas de AP de forma particular, ou seja sem a contratação de serviços terceirizados(ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; D'ANTONI; MISHRA; JOO, 2012;
, 2011; LARSON et al., 2008; PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016; WALTON
(2011) sugerem que os fatores sistêmicos são influenciados pelo contexto institucional e econômico, podendo ser representado por variáveis como políticas públicas, disponibilidade e acesso a informação, serviços de assistência técnica e extensão rural. Desta forma, dois principais grupos de fatores foram revelados na revisão: o primeiro
se às fontes de informação e o segundo refere-se à disponibilidade de recursos. Em ambos os casos a relação encontrada entre os fatores com a possibilidade do produtor adotar tecnologias de AP foi positiva. Como fontes de informação foram citadas as variáveis: consultores privados; extensão rural; internet; revendedores de máquinas e equipamentos
s; feiras agropecuárias, e; jornais e revistas (LARSON , 2013; SEVIER; LEE, 2004; WALTON
WATCHARAANANTAPONG et al., 2013). Embora a decisão de adoção de uma nova
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et al., 2010; , 2013). A dedicação do tempo de gestão nas duas
atividades reduz o tempo e a atenção que poderiam ser empregados exclusivamente na atividade agrícola. Tal fato resulta no adiamento da adoção de novas tecnologias que seriam destinadas apenas as práticas agrícolas. Já os produtores que identificam e compreendem a variabilidade espacial do solo tendem a adotar tecnologias de AP em suas propriedades, o que revela uma relação positiva entre a variável e a tecnologia (PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016;
de uma inovação é em grande medida influenciada pelas incertezas que as cercam. A tomada de decisão para adoção de uma nova prática ou tecnologia é cercada por riscos, mesmo quando os resultados são conhecidos. Nesta direção a avaliação subjetiva do
tor tende a impactar diretamente a adoção ou não de uma inovação. Essa avaliação tem sido empiricamente obtida por meio de variáveis que procuram medir a percepção do produtor quanto a aspectos da inovação, tais como lucratividade, produtividade e sustentabilidade ambiental. Cinco destes aspectos apresentaram relação positiva com a adoção de tecnologias de AP: a percepção do produtor de que a adoção de AP aumenta a lucratividade; a percepção
produtor de que a AP será uma tecnologia de extrema importância para atividade em cinco anos; a percepção do produtor de adoção de AP reduz a aplicação de insumos em sua propriedade; e a percepção do
roduto. Já a percepção do produtor de que a AP tem custo elevado apresenta relação negativa com a adoção, ou seja, quanto maior for a percepção de que a tecnologia de AP é cara, menor a probabilidade de adoção
AOLI et al., 2013;
Adicionalmente, os estudos têm demostrado que o produtor que adota práticas e tecnologias de AP conta com grande quantidade de máquinas e equipamentos; e realiza as
, ou seja sem a contratação de serviços terceirizados (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; D'ANTONI; MISHRA; JOO, 2012;
, 2008; PAUSTIAN; THEUVSEN, 2016; WALTON et
(2011) sugerem que os fatores sistêmicos são influenciados pelo contexto institucional e econômico, podendo ser representado por variáveis como políticas
s de assistência técnica e extensão rural. Desta forma, dois principais grupos de fatores foram revelados na revisão: o primeiro
se à disponibilidade de recursos. Em ntre os fatores com a possibilidade do produtor adotar
tecnologias de AP foi positiva. Como fontes de informação foram citadas as variáveis: consultores privados; extensão rural; internet; revendedores de máquinas e equipamentos
s; feiras agropecuárias, e; jornais e revistas (LARSON et al., 2008; , 2013; SEVIER; LEE, 2004; WALTON et al., 2008;
, 2013). Embora a decisão de adoção de uma nova
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tecnologia seja mediada pela disponibilidade de tenada adianta se não houver informações suficientes disponíveis. O acesso a informação permite aos produtores uma escolha que possibilita redução de esforço físico, de tempo dispendido, ao passo que permite aument
Já a disponibilidade de recursos referepodendo ser subdividido em recursos humanos e financeiros. O primeiro grupo pode ser caracterizado pelas variáveis assistência técnica; redestinados a AP; consultorias especializadas em AP e cursos e/ou eventos destinados a AP. Enquanto que a disponibilidade de recursos financeiros pode ser representada por variáveis que representam o acesso ao crédito e os MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; DABERKOW; McBRIDE, 2003; PIERPAOLI al., 2013).
A Figura 3 sintetiza as variáveis apontadas como determinantes na adoção de tecnologias de AP.
Figura 3 - Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto
Fonte: autores (2018)
4 CONCLUSÃO O propósito do presente artigo foi identificar os principais determinantes de adoção de
tecnologias de AP presentes na literatura. Para isso, utilizou– Adoption, Determinant e Precision
Web of Science e Scielo). Destacaassunto, mas sim, compreende
O resultado da busca demonstrou que crescem as discussões acerca do tema Agricultura de Precisão. Retotestaram e compararam a eficiência de máquinas e equipamentos de AP; que apresentaram
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tecnologia seja mediada pela disponibilidade de terra, crédito, capital e outros recursos, de nada adianta se não houver informações suficientes disponíveis. O acesso a informação permite aos produtores uma escolha que possibilita redução de esforço físico, de tempo dispendido, ao passo que permite aumentar a produtividade e eficiência.
Já a disponibilidade de recursos refere-se aos fatores que o produtor possui acesso, podendo ser subdividido em recursos humanos e financeiros. O primeiro grupo pode ser caracterizado pelas variáveis assistência técnica; revendas de máquinas e equipamentos destinados a AP; consultorias especializadas em AP e cursos e/ou eventos destinados a AP. Enquanto que a disponibilidade de recursos financeiros pode ser representada por variáveis que representam o acesso ao crédito e os tipos de fonte de renda. (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; DABERKOW; McBRIDE, 2003; PIERPAOLI
A Figura 3 sintetiza as variáveis apontadas como determinantes na adoção de
Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto
O propósito do presente artigo foi identificar os principais determinantes de adoção de tecnologias de AP presentes na literatura. Para isso, utilizou-se de uma combinação de termos
Precision Agriculture - nos principais portais d). Destaca-se que o objetivo não foi esgotar as discussões sobre o
assunto, mas sim, compreende-lo e analisa-lo.
O resultado da busca demonstrou que crescem as discussões acerca do tema Agricultura de Precisão. Retornaram, no primeiro filtro desta busca, diversos estudos que testaram e compararam a eficiência de máquinas e equipamentos de AP; que apresentaram
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rra, crédito, capital e outros recursos, de nada adianta se não houver informações suficientes disponíveis. O acesso a informação permite aos produtores uma escolha que possibilita redução de esforço físico, de tempo
se aos fatores que o produtor possui acesso, podendo ser subdividido em recursos humanos e financeiros. O primeiro grupo pode ser
vendas de máquinas e equipamentos destinados a AP; consultorias especializadas em AP e cursos e/ou eventos destinados a AP. Enquanto que a disponibilidade de recursos financeiros pode ser representada por variáveis
tipos de fonte de renda. (ALLAHYARI; MOHAMMADZADEH; NASTIS, 2016; DABERKOW; McBRIDE, 2003; PIERPAOLI et
A Figura 3 sintetiza as variáveis apontadas como determinantes na adoção de
Determinantes da adoção de tecnologias de AP em um contexto ex post.
O propósito do presente artigo foi identificar os principais determinantes de adoção de se de uma combinação de termos
nos principais portais de busca (Scopus, se que o objetivo não foi esgotar as discussões sobre o
O resultado da busca demonstrou que crescem as discussões acerca do tema rnaram, no primeiro filtro desta busca, diversos estudos que
testaram e compararam a eficiência de máquinas e equipamentos de AP; que apresentaram
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novas ferramentas; e que comprovaram a viabilidade econômica e ambiental destas tecnologias. No entanto, apendeterminantes da sua adoção. A leitura destes artigos permitiu identificar dois contextos de análise: ex post e ex ante à adoção AP. É evidente que as pesquisas sobre avaliação da atual adoção (ex post) são mais comuns do que as pesquisas sobre intenção de uso (primeiro caso, produtores que adotam ou adotaram tecnologias de AP são questionados sobre suas principais características e motivos que os influenciaram adotar tecnologias de AP.especialistas (consultores, pesquisadores e agrônomos), questionados em um contexto apontaram as principais razões que afetam a intenção de uso das tecnologias de AP por produtores rurais.
A facilidade de uso e a utilidade percebida são os na intenção de uso de tecnologias de AP. A capacidade de os produtores testarem as tecnologias de AP antes mesmo da sua adoção, somado ao conhecimento sobre as mesmas, tornam-nas mais fáceis de usar aumentando a probabilprodutores quanto a utilidade das tecnologias de AP é principalmente influenciada por ganhos de desempenho. Assim, a busca por maior produtividade e/ou lucratividade, bem como, a confiança do produtor em aprender e utilipercepção quanto a sua utilidade. Adicionalmente, quanto maior for a compatibilidade entre os equipamentos de AP e maior for a disponibilidade, qualidade e valor da informação sobre estes equipamentos, maior será a utilidade percebida da tecnologia.
Percebeu-se que os estudos empíricos que analisaram fatores relacionados com a facilidade de uso e a utilidade percebida alinhamBaseada em Recursos (VBR) e das Capacidades Di“expansão” da firma é determinada pelos recursos que ela já possui (Pabordagem CD, enfatiza o papel chave da gestão estratégica em adaptar, integrar e reconfigurar habilidades, recursos e competências fu(TEECE; PISANO; SHUEN, 1997). Assim, tornade tecnologias de AP, utilizando como base teórica a VBR e CD.
As características do produtor e da propriedade são os principais deteradoção ligados ao contexto ex post
extensas propriedades são mais propensos a adoção de tecnologias de AP. Somaprodutores com renda familiar elevada, que utilizam computador paratividades e possuem maior quantidade de terras próprias do que arrendadas. Contribui também a propriedade estar localizada em regiões com agroindústrias, estradas, serviços e mercados desenvolvidos. Embora menos citados, os determinantes características da tecnologia possuem sua importância e influência na adoção de tecnologias de AP. Verifica-se que os adotantes de AP acreditam na tecnologia como forma de redução da aplicação de insumos. A quantidade de máquinas e equipamebem como a adequação destas máquinas aos serviços de AP impactam positivamente sua adoção. Não menos importante a disponibilidade de recursos financeiros e as diversas fontes de informação são variáveis que influenciam a ad
Espera-se que estes resultados possam contribuir em estudos sobre adoção de tecnologias de AP, proporcionando a possibilidade de formulação de hipóteses sobre os principais determinantes apresentados pela literatura. De uma forma
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novas ferramentas; e que comprovaram a viabilidade econômica e ambiental destas tecnologias. No entanto, apenas 20 estudos tiveram como objetivo identificar os fatores determinantes da sua adoção. A leitura destes artigos permitiu identificar dois contextos de
à adoção AP. É evidente que as pesquisas sobre avaliação da atual ) são mais comuns do que as pesquisas sobre intenção de uso (
primeiro caso, produtores que adotam ou adotaram tecnologias de AP são questionados sobre suas principais características e motivos que os influenciaram adotar tecnologias de AP.especialistas (consultores, pesquisadores e agrônomos), questionados em um contexto apontaram as principais razões que afetam a intenção de uso das tecnologias de AP por
A facilidade de uso e a utilidade percebida são os principais aspectos que influenciam na intenção de uso de tecnologias de AP. A capacidade de os produtores testarem as tecnologias de AP antes mesmo da sua adoção, somado ao conhecimento sobre as mesmas,
nas mais fáceis de usar aumentando a probabilidade de adotá-las. A percepção dos produtores quanto a utilidade das tecnologias de AP é principalmente influenciada por ganhos de desempenho. Assim, a busca por maior produtividade e/ou lucratividade, bem como, a confiança do produtor em aprender e utilizar uma tecnologia de AP terá impacto direto na percepção quanto a sua utilidade. Adicionalmente, quanto maior for a compatibilidade entre os equipamentos de AP e maior for a disponibilidade, qualidade e valor da informação sobre
será a utilidade percebida da tecnologia.
se que os estudos empíricos que analisaram fatores relacionados com a facilidade de uso e a utilidade percebida alinham-se com as abordagens teóricas da Visão Baseada em Recursos (VBR) e das Capacidades Dinâmicas (CD). A VBR propõe que a “expansão” da firma é determinada pelos recursos que ela já possui (PENROSEabordagem CD, enfatiza o papel chave da gestão estratégica em adaptar, integrar e reconfigurar habilidades, recursos e competências funcionais internas e externas a firma (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997). Assim, torna-se uma pretensão futura examinar a adoção de tecnologias de AP, utilizando como base teórica a VBR e CD.
As características do produtor e da propriedade são os principais deterex post. Jovens produtores, com elevado nível educacional e
extensas propriedades são mais propensos a adoção de tecnologias de AP. Somaprodutores com renda familiar elevada, que utilizam computador paratividades e possuem maior quantidade de terras próprias do que arrendadas. Contribui também a propriedade estar localizada em regiões com agroindústrias, estradas, serviços e mercados desenvolvidos. Embora menos citados, os determinantes características da tecnologia possuem sua importância e influência na adoção de tecnologias
se que os adotantes de AP acreditam na tecnologia como forma de redução da aplicação de insumos. A quantidade de máquinas e equipamentos disponíveis na propriedade, bem como a adequação destas máquinas aos serviços de AP impactam positivamente sua adoção. Não menos importante a disponibilidade de recursos financeiros e as diversas fontes de informação são variáveis que influenciam a adoção de tecnologias de AP.
se que estes resultados possam contribuir em estudos sobre adoção de tecnologias de AP, proporcionando a possibilidade de formulação de hipóteses sobre os principais determinantes apresentados pela literatura. De uma forma mais singela contribuir
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novas ferramentas; e que comprovaram a viabilidade econômica e ambiental destas as 20 estudos tiveram como objetivo identificar os fatores
determinantes da sua adoção. A leitura destes artigos permitiu identificar dois contextos de à adoção AP. É evidente que as pesquisas sobre avaliação da atual
) são mais comuns do que as pesquisas sobre intenção de uso (ex ante). No primeiro caso, produtores que adotam ou adotaram tecnologias de AP são questionados sobre suas principais características e motivos que os influenciaram adotar tecnologias de AP. Já os especialistas (consultores, pesquisadores e agrônomos), questionados em um contexto ex ante, apontaram as principais razões que afetam a intenção de uso das tecnologias de AP por
principais aspectos que influenciam na intenção de uso de tecnologias de AP. A capacidade de os produtores testarem as tecnologias de AP antes mesmo da sua adoção, somado ao conhecimento sobre as mesmas,
las. A percepção dos produtores quanto a utilidade das tecnologias de AP é principalmente influenciada por ganhos de desempenho. Assim, a busca por maior produtividade e/ou lucratividade, bem como, a
zar uma tecnologia de AP terá impacto direto na percepção quanto a sua utilidade. Adicionalmente, quanto maior for a compatibilidade entre os equipamentos de AP e maior for a disponibilidade, qualidade e valor da informação sobre
se que os estudos empíricos que analisaram fatores relacionados com a se com as abordagens teóricas da Visão
nâmicas (CD). A VBR propõe que a ENROSE, 1959). Já a
abordagem CD, enfatiza o papel chave da gestão estratégica em adaptar, integrar e ncionais internas e externas a firma
se uma pretensão futura examinar a adoção
As características do produtor e da propriedade são os principais determinantes de . Jovens produtores, com elevado nível educacional e
extensas propriedades são mais propensos a adoção de tecnologias de AP. Soma-se a esses os produtores com renda familiar elevada, que utilizam computador para gerenciar suas atividades e possuem maior quantidade de terras próprias do que arrendadas. Contribui também a propriedade estar localizada em regiões com agroindústrias, estradas, serviços e mercados desenvolvidos. Embora menos citados, os determinantes relacionados as características da tecnologia possuem sua importância e influência na adoção de tecnologias
se que os adotantes de AP acreditam na tecnologia como forma de redução da ntos disponíveis na propriedade,
bem como a adequação destas máquinas aos serviços de AP impactam positivamente sua adoção. Não menos importante a disponibilidade de recursos financeiros e as diversas fontes
oção de tecnologias de AP.
se que estes resultados possam contribuir em estudos sobre adoção de tecnologias de AP, proporcionando a possibilidade de formulação de hipóteses sobre os
mais singela contribuir
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também ao setor privado e setor público, demonstrando as características de potenciais adotantes destas tecnologias.
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