CULTIVO MANGUEIRA

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SocioeconomiaO cultivo da manga no Brasil e no semi-rido nordestinoA importncia econmica e social da mangueira na regio semi-ridaOrganizao e coordenao setorialA explorao da manga no Brasil, historicamente, foi feita em moldes extensivos, sendo comum o plantio em reas esparsas, nos quintais e fundos de vales das pequenas propriedades, formando bosques subespontneos, e tradicionalmente cultivados nas diversas localidades. No Brasil, ainda predominam as variedades locais do tipo "Bourbon, "Rosa, "Espada, "Coqueiro, "Ouro, entre vrias outras, entretanto, nos ltimos anos, esse quadro est mudando com a implantao de grandes reas com novas variedades de manga de comprovada aceitao pelo mercado externo.O cultivo da mangueira no Brasil, portanto, pode ser dividido em duas fases distintas: a primeira, teve como caracterstica principal os plantios de forma extensiva, com variedades locais e pouco ou nenhum uso de tecnologias; e a segunda, caracterizada peloelevado nvel tecnolgico, como irrigao, induo floral e variedades melhoradas. A expanso da mangicultura tem ocorrido principalmente no estado de So Paulo, de onde foram difundidas as novas variedades de manga para o restante do pas, e nos plos de agricultura irrigada do Nordeste. Nesta regio, a incorporao de plantios tecnificados, principalmente no Vale do So Francisco, que abrange os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, e em outras reas irrigadas como as dos Vales do Jaguaribe, Au-Mossor e Parnaba situadas nos estados do Cear, Rio Grande do Norte e Piau, respectivamente. Portanto, na regio semi-rida nordestina onde foram implementados vrios empreendimentos, com plantios comerciais de variedades demandadas pelo mercado externo. Em todas essas reas, o cultivo da manga chamada "tipo exportao encontra-se em fase de franca expanso, tendo como base as cultivares "Tommy Atkins e "Haden, entre outras. A mangicultura na regio semi-rida destaca-se no cenrio nacional, no apenas pela expanso da rea cultivada e do volume de produo, mas, principalmente, pelos altos rendimentos alcanados e qualidade da manga produzida. Seguindo as tendncias de consumo do mercado mundial de suprimento de frutas frescas, a regio inclina-se, atualmente, para produo de manga de acordo com as normas de controle de segurana nos sistemas de produo preconizadas pelas legislaes nacional e internacional.Cada vez esto sendo levados em considerao os novos requerimentos dos mercados que impe um novo contedo de qualidade dos alimentos, incorporando as preocupaes dos consumidores com a forma como eles so produzidos e a exigncia de critrios de certificao do produto, levando em considerao o local de produo e os aspectos da tica ambiental e social. Nesse sentido, h uma tendncia para o crescimento da produo de manga certificada, com a adoo da Produo Integrada de Frutas - PIF, entre outras formas de rastreamento e de regulao da cadeia de produo, assim como para produo de manga orgnica.O cultivo da manga no Brasil e no semi-rido nordestino O processo de expanso da cultura da manga no Brasil ocorre principalmente a partir de meados dos anos 80 e se estende por toda dcada de 90. A produo brasileira de manga (em geral), segundo os dados da Produo Agrcola Municipal (PAM), do IBGE, revela um crescimento da produo da ordem de 38,23 % no perodo de 1990 a 2000. De um total de 1.557 milhes de frutos colhidos (equivalente a 389 mil toneladas)[1] em 1990, depois de seguidos anos (1991 e 1992) de desempenho estagnacionista, observou-se uma pequena recuperao a partir de 1993, quando o volume produzido ascendeu, gradativamente, do patamar de 1.610 milhes de frutos (402 mil toneladas) para 2.153 milhes de frutos (538 mil toneladas), em 2000.No Brasil, a manga cultivada em todos as regies fisiogrficas, com destaque para o Sudeste e para o Nordeste. Os dados do Tabela 1 revelam um crescimento da rea cultivada de manga nas regies Nordeste, Sudeste e Sul, em detrimento das regies Norte e Centro-Oeste que apresentaram uma produo decrescente na dcada de 90. A regio Sudeste, que em 2000 detinha 42,42 % da rea plantada com manga no pas, revelou um crescimento 23,17 % da rea cultivada no perodo de 1990 a 2000. Nessa regio destaca-se o estado de So Paulo com uma participao 31,46 % da rea cultivada nacional. No Nordeste, a manga cultivada em todos os estados, em particular nas reas irrigadas da regio semi-rida, que apresentam excelentes condies para o desenvolvimento da cultura e obteno de elevada produtividade e qualidade de frutos. Em 2000, a rea cultivada de manga, na regio nordestina, representou 51,66% da rea cultivada total brasileira e revelou um crescimento da ordem 104,65 % no perodo compreendido entre os anos de 1990 e 2000 (Tabela 1). As principais reas cultivadas de manga esto localizadas nos estados da Bahia, Pernambuco e Cear, que participaram, respectivamente, com 38,54 %, 18,17 % e 12,14 % do total da regio nordestina. Tabela 1. Evoluo da rea plantada de manga no Brasil, por regio, perodo 1990-2000 Regio/Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000Norte 1785 1803 1902 2065 1968 2004 2027 1464 1505 1437 1572Nordeste 17122 17261 19590 21339 25252 24776 26960 29980 32366 33049 35186Sudeste 23024 25335 26485 28044 28280 28302 31098 31298 31191 26409 28893Sul 412 420 445 441 525 519 531 500 564 634 770Cento-Oeste 3202 2442 893 2377 2039 1559 1810 1890 2046 2055 1686Brasil 45545 47261 49315 54266 58064 57160 62426 65130 6767263584 68107Fonte: IBGE/Produo Agrcola MunicipalNo Censo Frutcola, realizado pela Codevasf, em 2001, foram levantados 32,3 mil hectares com mangueiras na regio Nordeste, dos quais 23,7 mil hectares, ou seja, 73,41 %, sendo cultivados com variedades melhoradas, onde a Tommy Atkins responde por uma rea de 20,2 mil hectares. Aqui vale ressaltar que essas novas reas implantadas na regio ainda no se encontram em plena produo. Quando se analisam os estgios produtivos revelados no referido Censo, verifica-se que 67,00 % de toda rea cultivada, ainda encontra-se em formao ou em fase de produo crescente. A especializao da regio na produo de manga teve seu impulso inicial na perspectiva de ocupao do mercado externo, mas o mercado nacional ainda absorve a maior parcela da produo. A existncia de um mercado interno de grande dimenso confere ao setor uma relativa autonomia na organizao do processo de produo. A complementaridade do mercado domstico tem uma grande importncia para as atividades exportadoras, seja como amortizador das instabilidades do mercado internacional, seja absorvendo os produtos que no atendem aos critrios de qualidade exigidos por este mercado.A importncia econmica e social da mangueira na regio semi-rida A cultura da manga reveste-se de especial importncia econmica e social, na medida em que envolve um grande volume anual de negcios voltados para os mercados interno e externo, e destaca-se entre as culturas irrigadas da regio como a que, embora no apresente um elevado coeficiente de gerao de empregos diretos, quando comparado com outras fruteiras, mas confere oportunidades de ocupaes que se traduzem em empregos indiretos. A produo manga voltada para o mercado de produtos de qualidade passa a exigir, cada vez mais, novas tecnologias, mo-de-obra qualificada e servios especializados, tanto no processo produtivo, quanto nas atividades ps-colheita (embalagem, empacotamento e classificao). Todo esse processo tem sido acompanhado por mudanas caracterizadas por um conjunto de inovaes, na organizao da produo e do trabalho, dando origem s diversas formas de relaes contratuais, que se manifestam sob forma de prestao de servios. Esta dinmica passou a envolver um grande contingente de trabalhadores qualificados, um nmero significativo de tcnicos e firmas, entre outros profissionais especializados, vinculados a essas empresas ou prestando servios por conta prpria. Tratam-se de novos atores sociais, que ao lado dos fruticultores, devem ser considerados como essenciais ao setor produtivo. Cabe ressaltar que a mangueira cultivada por diferentes estratos de produtores, com uma participao significativa dos pequenos, que ainda produzem de forma extensiva as variedades locais ou primitivas e, principalmente, dos pequenos fruticultores dos projetos pblicos de irrigao, que plantam as variedades do "tipo exportao. Trata-se de uma grande massa de pequenos produtores com grande capacidade de abastecimento do mercado domstico e baixo potencial de insero no mercado externo. A participao da pequena produo na cadeia produtiva da manga est intimamente relacionada ao abastecimento domstico e construo e ampliao de um circuito regional de produo-distribuio-consumo de frutas, ligado ao pequeno varejo tradicional das feiras e quitandas das cidades do Nordeste e Norte do Pas. Trata-se de um circuito regido por acordos e contratos informais, que se desenvolve paralelamente aos formados por estruturas integradas, organizados em redes de carter nacional, patrocinados pelas grandes empresas produtoras de frutas, cooperativas, atacadistas, quase sempre pautados em relaes contratuais bem definidas, entre esses distintos agentes das cadeias produtivas. Conforme pode ser observado na Tabela 2, o estrato de produtores que cultiva at trs hectares com mangueiras, representa 86,66 % dos mangicultores do Nordeste, mas s respondem por cerca de 28,08 % da rea cultivada na regio. A maior parte da produo est concentrada nos estabelecimentos dos mdios e grandes produtores instalados nos projetos pblicos ou nas propriedades privadas dos plos frutcolas situados na regio. Os produtores que cultivam acima de 10 hectares de manga, muito embora representem apenas 3,88 % do total dos produtores do Nordeste, so responsveis por cerca de 51,18 % de toda rea cultivada de manga na regio.De fato so as mdias e grandes empresas, com melhor insero no mercado internacional e maior capacidade de absoro de riscos, que se lanam nesses novos empreendimentos.Organizao e coordenao setorial CLIMA &m dos maiores problemas das regies semi-ridas a irregularidade das chuvas, aliada ocorrncia de temperaturas elevadas, ocasionando grandes taxas de deficincia hdrica. O clima da regio que compreende o plo Petrolina-PE/Juazeiro-BA do tipo BSwh, segundo a classificao de Keppen. Abaixo so apresentados os parmetros climticos considerados importantes para o cultivo comercial da cultura da mangueira.radiao solarTemperatura do arUmidade do arVelocidade do ventoPrecipitao pluviomtricaPotencial climtico da regio do submdio So Francisco

Radiao solar A radiao solar absorvida pela cultura da mangueira, interfere no seu ciclo vegetativo e no perodo de desenvolvimento do fruto, sendo de grande importncia para o crescimento, florao e frutificao, da a importncia do manejo cultural, principalmente, em plantios muito adensados. Em decorrncia do hbito de crescimento vigoroso da rvore, existe, geralmente, uma porcentagem relativamente alta de folhas sombreadas, em comparao com folhas ensolaradas. Dessa forma, grande parte das folhas localizadas no interior da copa recebe baixos nveis de luz, diminuindo a disponibilidade de carboidratos provocando, consequentemente, redues no crescimento e produo. &ma maior penetrao da luz na copa, como resultado da realizao da poda, pode provocar um aumento significativo na produo e melhoria na colorao dos frutos. &ma maior intensidade de radiao solar incidente promove maiores teores de acar e de cido ascrbico nos frutos. O aumento da quantidade desse cido tem sido observado em frutos de vrias espcies vegetais, expostos diretamente luz do Sol, durante os estgios de desenvolvimento, e em plantas que crescem sob altas intensidades de radiao solar.Temperatura do ar A temperatura do ar atua no processo de evapotranspirao, devido ao fato de que a radiao solar absorvida pela atmosfera e o calor emitido pela superfcie cultivada, elevam a temperatura do ar. O ar aquecido prximo s plantas, transfere energia para a cultura na forma de fluxo de calor sensvel, aumentando as taxas evapotranspiratrias. Alm disso, a temperatura interfere na atividade fotossinttica das plantas, por que este fenmeno envolve reaes bioqumicas, cujos catalisadores, as enzimas, so dependentes da temperatura para expressar sua atividade mxima. A faixa de temperatura considerada ideal para o cultivo da mangueira situa-se entre 24C a 30C, sendo que valores acima de 48C limitam a produo. Valores baixos tambm so limitantes e quando prximos a 0C por poucas horas, provocam danos severos ou morte das plantas. A distribuio de matria seca na mangueira tambm influenciada pela temperatura. A partio de matria seca para as razes maior sob condies de baixa temperatura, resultando na reduo do crescimento da parte area. Com o aumento da temperatura, a parte area mais favorecida, culminando em maior crescimento dos ramos e das folhas. A temperaturainfluencia de forma significativa a seqncia do desenvolvimento das gemas da mangueira. Na regio do Vale do Rio So Francisco, tem sido observado que temperaturas dia/noite de 30oC/25oC, estimulam o crescimento vegetativo, enquanto a combinao 28oC/18oC, que ocorre com mais freqncia entre os meses de maio a agosto promove intensa florao. A frutificao e o pegamento dos frutos tambm so afetados pela temperatura. Temperaturasmuito baixas ou elevadas prejudicam a formao do gro de plen, reduzindo sua viabilidade, alem de provocar,altas taxas de partenocarpia (frutos que se desenvolvem sem o embrio), originando frutos pequenos e sem valor comercial.De maneira geral, no havendo excesso de precipitao pluvial, quanto mais elevada for a temperatura da regio, dentro dos limites crticos de cultivo, maior ser a concentrao de acar e menor a acideznos frutos, favorecendo a qualidade. Umidade do ar A umidade do ar durante o ciclo da cultura da mangueira muito importante, por favorecer o surgimento de doenas fngicas. Quando altos valores de umidade relativa esto associados a temperaturas elevadas, ocorre uma maior incidncia dessas doenas, provocando danos econmicos, podendo, inclusive, inviabilizar a produo comercial de frutos. A concentrao de vapor dgua da atmosfera tambm condiciona a perda de gua pelas plantas e consequentemente, o processo de evapotranspirao. A diferena entre a presso do vapor dgua, entre a cultura e o ar vizinho, um fator determinante para esse processo. Assim, cultivos bem irrigados em regies semi-ridas, como no caso do Submdio So Francisco, consomem grandes quantidades de gua, em virtude da abundncia de energia solar e do poder dissecante da atmosfera. Em regies midas, a elevada umidade do ar reduz a demanda evapotranspiratria. Em tais circunstncias, o ar encontra-se prximo ao ponto de saturao, causando, portanto, um menor consumo hdrico da cultura do que nas regies ridas. Velocidade do vento Existem poucos estudos com relao ao efeito do vento sobre o comportamento da mangueira no Vale do Rio So Francisco, existindo divergncias quanto ao efeito sobre o crescimento das plantas, produo e da importncia da utilizao de quebra ventos. A velocidade do vento outro parmetro importante no processo de evapotranspirao. A remoo do vapor dgua depende, em grande parte, do vento e da turbulncia do ar. Nesse processo, o ar acima da cultura vai se tornando gradativamente saturado com vapor dgua e se no h reposio de ar seco, a evapotranspirao da cultura decresce. Precipitao pluviomtrica Em termos de exigncias hdricas, a mangueira muito resistente seca, graas ao seu sistema radicular que capaz de atingir grandes profundidades, sobrevivendo at 8 meses sem chuvas, nas regies onde no irrigada. As regies de cultivo incluem reas onde a ocorrncia de baixas precipitaes e alta demanda evapotranspiratria, impem o fornecimento de gua atravs da irrigao. Nessas condies, mesmo irrigada, a mangueira sofre um certo grau de estresse hdrico. O excesso de chuvas, por outro lado, combinado com temperaturas elevadas, torna a cultura muito suscetvel a doenas fngicas e pragas, sendo conveniente que no ocorram precipitaes durante todo o perodo vegetativo. A cultura porm apresenta tolerncia iinundao. &m perodo seco precedendo o florescimento favorece a produo, porm, a cultura requer umidade edficado incio da frutificao maturao, o que tambm influencia na promoo de novo crescimento vegetativo. Portanto, em regies com baixas taxas de precipitaes pluviomtricas recomendvel a irrigao com base nos requerimentos de gua da cultura.Potencial climtico da regio do submdio So Francisco Nas Figuras 1 a 5 apresentado o comportamento climtico do plo produtor de manga Petrolina-Juazeiro.Os maiores valores de radiao solar global so registrados no ms de outubro, com528 cal/cm2/dia e 495 cal/cm2/dia para Petrolina e Juazeiro, respectivamente. Os menores valores so registrados no ms de junho, com 363 cal/cm2/dia e 351 cal/cm2/dia em Petrolina e Juazeiro, respectivamente (Fig. 1).Com relao temperatura do ar, em Petrolina, as normais mensais apresentam variaes mdias de 24,2C a 28,2C e em Juazeiro de 24,5C a 28,6C. Constata-se uma pequena variabilidade interanual, devida proximidade da regio em relao ao equador terrestre,sendo julho o ms mais frio enovembro o ms mais quente do ano (Fig. 2).Os meses mais midos correspondem queles do perodo chuvoso. Nesse perodo, em Petrolina a umidade relativa do ar varia em mdia de 66% a 71,5% e em Juazeiro de 61% a 65%.Menores valores acontecem nos meses de setembro e outubro, abaixo de 55% em Petrolina e de 51,5% em Juazeiro, coincidindo com os meses mais quentes do ano. Nestes locais o ms mais mido o de abril que corresponde ao fim do perodo chuvoso e, o mais seco o de outubro, correspondendo ao final do perodo seco (Fig. 3).A Figura 4 mostra o comportamento mdio anual da velocidade do vento a 2,0 m de altura em relao superfcie do solo. Os valores mais elevados ocorrem no perodo seco, entre os meses de agosto a outubro, chegando a 256 km/dia em Petrolina e 300 km/dia em Juazeiro, no ms de setembro. Os menores valores ocorrem no perodo chuvoso apresentando valores mdios de 139 km/dia e 164,3 km/dia respectivamente em Petrolina e Juazeiro. A precipitao pluvial, apresentada na Figura 5, o elemento meteorolgico de maior variabilidade espacial e temporal. Nos ltimos 30 anos, em Petrolina, o total anual mdio da ordem de 567 mm, enquanto que em Juazeiro de 542 mm . O perodo chuvoso concentra-se entre os meses de novembro e abril, com 90% do total anual. A quadra chuvosa, de janeiro a abril, contribui com 68% do total anual, destacando-se o ms de maro e o de agosto como o mais e o menoschuvoso,com totais mdios de 136,2 mm e 4,8 mm, respectivamente, em Petrolina e de 139,6 mm e 1,7 mm em Juazeiro. Fig. 1. Radiao solar global em Bebedouro - Petrolina-PE(Rbeb) e Mandacaru - Juazeiro-BA (Rmand).

Fig. 2. Temperatura mdia do ar em Bebedouro - Petrolina-PE (Rbeb) e Mandacaru - Juazeiro-BA (Rmand).

Fig. 3. &midade relativa mdia do ar em Bebedouro - Petrolina-PE (Rbeb) (&Rbeb) e Mandacaru - Juazeiro-BA (&Rmand).

Fig. 4. Velocidade mdia do vento(2m) em Bebedouro - Petrolina-PE (Vbeb) e Mandacaru - Juazeiro-BA (Vmand) Fig. 5. Precipitao pluviomtrica em Bebedouro (Pbeb) e Mandacaru (Pmand). A organizao dos interesses privados nos complexos de frutas tropicais do Nordeste exerceu um papel importante na construo de mecanismos de governana, para solucionar alguns problemas do setor e para melhorar as condies de barganha de seus representados, frente aos principais agentes que coordenam e regulam a cadeia de frutas frescas, principalmente, no mercado internacional. Tabela 2. Nmero de produtores por estrato de rea cultivada com manga no Nordeste, ano 2001. stados0 a 3 Ha 3 a 10 Ha 10 a 50 Ha 50 a 100 HaMais de 100 Ha Produtorrea Produtorrea Produtorrea Produtorrea ProdutorreaAlagoas 2614 1607,1 21 116 6 1481 110Bahia 3452 4102 476 3297,5 132 4040 15 1202,7 9 1497,4Cear 117 138,1 8 52 4 721 165Maranho 33 37 1 8 3 100 Paraba 40 48,9 22 124,5 22 434 1 60 Pernambuco 1211 1473,9 264 1638,2 92 2394,4 7 557 5 627,4Piau 172 181,5 27 177,1 14 476,3 4 356 3 374R.G.Norte 236 247,9 56 344,2 19 523 4 261 Sergipe 755 600,4 14 116,7 16 436,31 140Total 8819 8692 962 6418,8 336 9320,1 36 2813,8 23 3708,8Fonte: Codevasf/Censo Frutcola 2001 Por sua capacidade de articular-se com o Estado, participar e manter uma rede de relaes com instituies dos setores pblicos e privados, associaes como Valexport, Profrutas, Sindifrutas, Associao dos Concessionrios do Distrito de Irrigao Plat de Nepolis, constitudas nos principais plos frutcolas da regio, passaram a ocupar espaos estratgicos nos campos polticos e negociais, exercendo um papel importante de coordenao e organizao dos interesses locais do setor.A estratgia de organizao dos interesses e de governana setorial sempre foi predominantemente voltada para exportao, envolvendo um nmero reduzido de grandes produtores e empresrios. Entretanto, recentemente, est emergindo um grande contingente de pequenos e mdios fruticultores profissionalizados que, alm de cumprirem um papel significativo no abastecimento domstico passam e a lutar por espao no mercado externo. Com esses fruticultores, surgem novas formas de organizaes, em torno das galpes de embalagem (packing house), que despontam como novas foras sociais no complexo frutcola da regio.Muito embora esses grupos nem sempre consigam desenvolver uma estrutura formal e slida de representao de interesses, eles prestam relevantes servios aos produtores associados, facilitando o acesso s inovaes tecnolgicas, s informaes de mercado e s estruturas de comercializao. Tratam-se de iniciativas que comeam a tomar corpo na regio, cumprindo de forma eficaz as funes comerciais, e, tambm, se estruturando como verdadeiras redes de cooperao scio-tcnicas. Pressionados pela necessidade de obter escala de produo em pocas bem definidas, para cumprir os contratos com os compradores, a concorrncia e competio entre os produtores associados do lugar ao esprito de cooperao e integrao, pelo intercmbio permanente de informaes tcnica e comercial. [1] Essa transformao foi feita com base na relao entre os valores expressos pelo IBGE em nmero de frutos e as quantidades catalogadas pela FAO em toneladas, proposto Leite et al. (1998). Para o perodo considerado as converses entre nmero de frutos e peso foram feitas na base de 250 gramas / fruto.Nutrio, calagem e adubao 1eito e 1unes dos nutrientes na culturaAmostragem e anlise de soloAmostragem e anlise de plantaCalagemAdubao

1eito e 1unes dos nutrientes na cultura Nitrognio -O nitrognio um dos nutrientes mais importantes para a mangueira e exerce um importante papel na produo e na qualidade dos frutos. Seus efeitos se manifestam principalmente na fase vegetativa da planta e considerando a relao existente entre surtos vegetativos/emisso de gemas florais/frutificao, sua deficincia poder afetar negativamente a produo. Mangueiras adequadamente nutridas com nitrognio podero emitir regularmente brotaes que, ao atingirem a maturidade, resultaro em panculas responsveis pela frutificao. Nitrognio em excesso pode aumentar a susceptibilidade a desordens fisiolgicas, tais como colapso interno, a doenas de ps-colheita, e se for aplicado no momento errado, pode prejudicar o florescimento.Altos teores de nitrognio podem, ainda, deixar os frutos verdes, ou manchados de verde, o que diminui o seu valor de mercado. Fs1oro - O fsforo necessrio na diviso e crescimento celular da planta. especialmente importante no desenvolvimento radicular, comprimento da inflorescncia, durao da florao, tamanho da folha e maturao do fruto. Influencia positivamente na colorao da casca, uma caracterstica de grande importncia para o mercado consumidor.Potssio - O potssio exerce um importante papel na fotossntese e produo de amido, na atividade das enzimas e na resistncia da planta a doenas. Ele est estreitamente relacionado com a qualidade dos frutos, em particular cor da casca, aroma, tamanho e brix. Influencia ainda a regulao de gua na clula, controlando as perdas de gua das folhas atravs da transpirao. o nutriente mais importante em termos de produo e qualidade de frutos. No entanto, o excesso desse nutriente pode causar desbalano nos nveis de clcio e magnsio, causando ainda, queima nas margens e pice das folhas velhas.Clcio - O clcio, juntamente com o nitrognio, um nutriente exigido em grandes quantidades pela mangueira. O clcio participa do desenvolvimento celular da planta e dos frutos. Ele influencia na firmeza e na vida de prateleira dos frutos. Baixos nveis de clcio esto associados com o colapso interno. Os perodos crticos para a absoro de clcio so durante o fluxo ps-colheita e o desenvolvimento inicial dos frutos. O clcio melhor absorvido pelo sistema radicular; aplicaes foliares de clcio no tem sido eficientes, uma vez que ele praticamente imvel na planta.Magnsio - Embora o magnsio no seja exigido em grandes quantidades, sua deficincia poder provocar reduo no desenvolvimento, prematura desfolha e, em decorrncia, diminuio da produo. Adubaes com altas doses de clcio e de potssio diminuem a absoro de magnsio, motivo pelo qual deve ser verificada, antecipadamente, a relao potssio/clcio/magnsioBoro - O boro importante para a polinizao e desenvolvimento de frutos e essencial para a absoro e uso do clcio. A deficincia de boro resulta em pobre florescimento e polinizao, alm de frutos de tamanho reduzido. Os sintomas de deficincia so mais visveis durante o florescimento, produzindo inflorescncias deformadas, brotaes de tamanho reduzido, com folhas pequenas e coriceas. Poder ocorrer ainda reduo significativa em termos de produo, uma vez que a gema terminal poder morrer ou ento, baixa germinao do gro de plen e o no desenvolvimento do tubo polnico. A morte de gemas terminais resulta na perda da dominao apical, induzindo assim a emisso de grande nmero de brotos vegetativos, originados das gemas axilares dos ramos principais. Deve-se tomar extremo cuidado com as quantidades de boro aplicadas, uma vez que o limite entre deficincia e toxicidade muito prximo. A toxidez de boro causa queima das margens e queda das folhas.inco - Plantas deficientes em zinco apresentam encurtamento dos entrens, alm do limbo foliar aumentar sua espessura e ficar quebradio. Os distrbios denominados malformao floral ou "Embonecamento e malformao vegetativa ou "Vassoura de Bruxa podem, em parte, serem confundidos com a deficincia de zinco, uma vez que as plantas emitem panculas pequenas, de forma irregular, mltiplas e deformadas.Amostragem e anlise de soloO resultado da anlise qumica do solo essencial na recomendao de adubao, no entanto, necessrio que se faa uma amostragem de solo criteriosa, de modo que represente as condies reais do campo. Inicialmente, procede-se a diviso da rea da propriedade, levando-se em conta a topografia, vegetao, cor e a textura do solo e o uso (virgem ou cultivado). Para cada subrea, coletar, ao acaso, vinte amostras simples a uma profundidade de 0 - 20 cm e outras vinte a uma profundidade de 20 - 40 cm, colocando a terra em duas vasilhas limpas. Misturar toda terra coletada de cada profundidade e, da mistura, retirar uma amostra composta com aproximadamente 0,5 kg de solo e coloc-la num saco plstico limpo ou numa caixinha de papelo. Identificar essas duas amostras e envi-las para um laboratrio. Nunca coletar amostra em locais de formigueiro, monturo, coivara ou prximos a currais. Antes da coleta, limpar a superfcie do terreno, caso tenha mato ou resto vegetal. A amostragem em pomares implantados tambm deve ser feita aleatoriamente em pelo menos 20 pontos (20 amostras simples formando uma amostra composta) por rea uniforme, na projeo da copa das rvores, evitando a coleta em faixas de terra recm adubadas. Deve-se fazer a amostragem aps a colheita e antes de efetuar a adubao de base, no local onde ser realizadas a calagem e a adubao. Normalmente se tem retirado as amostras profundidade de 0 - 20 e 20 - 40 cm.Amostragem e anlise de planta A anlise mineral de planta outra informao importante para se fazer a recomendao de adubao, mas para isso, necessria uma amostragem adequada. Deve-se separar talhes ou conjunto de talhes (no ultrapassar 10 ha) com a mesma idade, variedade e produtividade, em reas de solos homogneos. Manter o mesmo agrupamento usado na amostragem de solo. Escolher para a coleta apenas as folhas inteiras e sadias. As folhas devem ser coletadas na parte mediana da copa, nos quatro pontos cardeais, em ramos normais e recm-maduros. Coletar as folhas na parte mediana do penltimo fluxo do ramo ou do fluxo terminal, com, pelo menos, quatro meses de idade. Retirar quatro folhas por planta, em 20 plantas selecionadas ao acaso e coloc-las em saco de papel. Realizar a coleta antes da aplicao de nitratos ou outro fertilizante foliar para a quebra de dormncia das gemas florais.No amostrar plantas que tenham sido adubadas, pulverizadas ou aps perodos intensos de chuvas. Aps a coleta, deve-se acondicionar as amostras em sacos de papel, identificando-as e enviando-as, imediatamente, para um laboratrio. Se isto no for possvel armazen-las em ambiente refrigerado. Realizar amostragem de folhas anualmente, pois os teores foliares de N, condicionam as doses de fertilizantes nitrogenados a serem aplicadas.CalagemA calagem tem a finalidade de corrigir a acidez do solo, elevando o pH e neutralizando os efeitos txicos do alumnio e mangans, concorrendo assim, para que haja um melhor aproveitamento dos nutrientes pelas culturas. Alm da correo da acidez, a calagem eleva os teores de clcio e magnsio do solo, porque o calcrio, que o corretivo normalmente usado, contm teores altos desses nutrientes. A mangueira uma cultura das mais exigentes em clcio, pois possui quase sempre o dobro desse nutriente nas folhas em relao ao nitrognio, o qual o nutriente predominante nas folhas da maioria das espcies cultivadas. Tambm so freqentes no campo os sintomas de deficincia de magnsio, considerado o quarto nutriente mais importante para a mangueira. Em solos cidos os problemas de deficincia de Mg so facilmente corrigidos mediante a aplicao de calcrio dolomtico, que uma fonte eficiente e a mais econmica do nutriente. Entretanto, em solos alcalinos a deficincia de Mg s corrigida pela aplicao de sais solveis de Mg, como sulfato, cloreto ou nitrato, os quais normalmente tm custo elevado, principalmente quando comparados com o calcrio dolomtico. Em pomares corrigidos com calcrio ou naqueles em que o pH elevado no permite a utilizao de calcrio, a concentrao de clcio nas folhas pode ficar abaixo do nvel crtico, predispondo as plantas a distrbios fisiolgicos, como o colapso interno (soft nose). &ma fonte alternativa de clcio o gesso ou o fosfogesso. Nestas situaes o gesso um material que vem sendo usado para aumentar os teores de clcio, sem alterar o pH do solo. Existem tambm, os produtos quelatizados com cidos orgnicos (polihidroxicarboxlicos) como fonte de clcio.A calagem dever promover a elevao da saturao por bases (V) a 80% e/ou o teor de Ca2+ a 2 cmolc dm-3 e o de Mg2+ a 0,8 cmolc dm-3. A quantidade dos corretivos deve ser determinada pelo tcnico especialista, com base nos resultados da anlise de solo. Adubao O manejo de adubao da mangueira envolve trs fases: 1) adubao de plantio; 2) adubao de formao; e 3) adubao de produo. Adubao de plantio - Depende, essencialmente, da anlise do solo. Os fertilizantes minerais e orgnicos so colocados na cova e misturados com a terra da prpria cova, antes de se fazer o transplantio das mudas (Tabela 1). Adubao de 1ormao - As adubaes minerais devem ser iniciadas a partir de 50 a 60 dias aps o plantio, distribuindo-se os fertilizantes na rea correspondente a projeo da copa, mantendo-se uma distncia mnima de 20 cm do tronco da planta (Tabela 1). Adubao de produo - A partir de trs anos ou quando as plantas entrarem em produo, os fertilizantes devero ser aplicados em sulcos, abertos ao lado da planta. A cada ano, o lado adubado deve ser alternado. A localizao destes sulcos deve ser limitada pela projeo da copa e pelo bulbo molhado, por ser esta a regio com maior concentrao de razes (Tabela 2). Aps a colheita, se aplica 50% do nitrognio, 100% de fsforo e 25% do potssio. Antes da induo, se aplica 20% do pottssio. Na florao, se aplica15% do potssio. Aps pegamento dos frutos, se aplica 30% do nitrognio e 15% do potssio. Cinquenta dias aps o pegamento dos frutos, se aplica 20% do nitrognio e 15% do potssio. Adubao orgnica - Aplicar 20 a 30 L de esterco por cova no plantio, pelo menos uma vez por ano. Adubao com micronutrientes - As deficincias mais comuns de micronutrientes que ocorrem na mangueira so de zinco e boro. A correo dessas deficincias poder ser realizada por meio da aplicao de fertilizantes ao solo ou via foliar, em funo dos resultados de anlise foliar e de solo. Fornecimento de clcio - Considerando a elevada exigncia da mangueira em clcio, recomenda-se associar a calagem com a aplicao de gesso na superfcie, sem incorporao, aps a calagem e antes da adubao. Tabela 1. Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubao de plantio e formao da mangueira irrigada no semi-rido. Adubao1 Ng/covaP solo, mg dm-3 solo, mmolc dm-3 1010-2021-40> 401,61,6-3,03,1-4,5>4,5 P2O5, g/cova2O, g/cova Plantio -25015012080---- Formao e 0-12 meses150----80604020 e 13-24 meses21016012080401201008060 e 25-30 meses1502----80604020 1. Adicionar como fonte de P o superfosfato simples, ou como de N o sulfato de amnio, com o objetivo de se fornecer S s plantas.2. Antes de aplicar nitrognio neste perodo, realizar anlise foliar, principalmente se for fazer a induo floral entre 30 e 36 meses. Tabela 2. Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubao produo da mangueira em funo da produtividade e da disponibilidade de nutrientes Produtivi-dade esperada N nas1olhas, g kg-1P solo, mg dm-3 solo, mmolc dm-3 1212-1414-16>161010-2021-40> 401,61,6-3,03,1-4,5>4,5 t/haN, kg/haP2O5 , kg/haK2O, kg/ha 1030201002015803020100 10 - 15453015030201005030150 15 - 20604020045301508040200 20 - 307550250654520012060300 30 - 409060300856030016080450 40 - 501057035011075400200120600 > 5012080400150100500250150750 1. &sar como fonte de P o superfosfato simples no sentido de disponibilizar maior quantidade de clcio para as plantas, o que tambm poderia ser conseguido com a aplicao de nitrato de clcio na fase de quebra de dormncia das gemas florais. Manejo de solo As informaes tcnicas sobre o manejo do solo na instalao e conduo de um pomar de manga so importantes na consolidao dos conhecimentos bsicos e prticos para tcnicos e produtores envolvidos com a mangicultura no Vale do Rio So Francisco. SoloPreparo do soloManejo do solo em reas com cultura j implantada

Solo As melhores condies edficas recomendadas para o cultivo da mangueira, em geral, so solos com mdia fertilidade, de arenosos at argilosos, porm preferencialmente areno-argilosos, profundos, permeveis, bem drenados, ligeiramente cidos, mecanizveis e com faixa de pH ideal entre 5,5 a 6,8. No Vale do So Francisco, no Plo Petrolina/Juazeiro, cultivada em diferentes tipos de solos, sendo mais freqentes nas classes dos Vertissolos, Argissolos, Latossolos e Neossolos Quartzarnicos. Os Vertissolos so solos profundos, de textura argilosa, pH entre 5,5 - 6,5 e mal drenados (Fig. 1a). Os Argissolos Amarelos, antigos Podzlicos Vermelho-Amarelo, apresentam diferentes profundidades e texturas, geralmente so areno-argilosos, so moderados a mal drenados, epH oscilando entre 5,5- 6,8 (1b). Os Latossolos Vermelho-Amarelo so solos de textura mdia, profundos e moderadamente a bem drenados, com pH 5,0 - 6,5 (1c). Os Neossolos Quartzarnicos, antigas areias quartzosas, so geralmente profundos, com textura areia ou areia franca ao longo de pelo menos 2 m de profundidade, bem drenados e pH entre 4,5 - 6,5 (1d). As reas cultivadas com manga, em Neossolos Quartzarnicos, tem apresentado produtividade elevada, permitem um manejo eficiente da irrigao, requerem menor custo de implantao do pomar, por no apresentar problemas de drenagem, no entanto necessitam da adio de matria orgnica para aumentar a capacidade de reteno. Os solos com impedimento fsicos, tais como compactao, comuns na regio do Vale do So Francisco, devem ser trabalhados na poca de implantao do pomar, pois influenciam na distribuio e absoro de gua e dos nutrientes. Fotos: Embrapa Semi-rido

Fig. 1a.VertissoloFig. 1b. Os Argissolo AmareloFig. 1c.atossoloVermelho-amarelo Fig. 1d.eossoloQuartzarnico Preparo do solo As operaes de preparo do solo so feitas trs a quatro meses antes do plantio e consistem na roagem e destocamento da rea. Em seguida procede-se a coleta de amostras do solo para posterior anlise, visando avaliar a necessidade de calagem e fertilizao. As operaes de arao, gradagem leve e/ou pesada, ou qualquer outra visando o preparo do solo, devero ser definidas em funo das condies da rea a ser preparada. Em casos de solos compactados, recomendvel proceder uma subsolagem da rea, com incorporao de matria orgnica, ou pelo menos das linhas de plantio. Arao - Caso seja necessrio, fazer uma arao a uma profundidade de 30 - 40 cm, visando principalmente a incorporao dos restos culturais, romper camada de impedimento, eliminao de ervas daninhas, entre outras. Gradagem - recomendada uma gradagem leve, gradagem pesada ou subsolagem. Aps a arao no caso de haver sido aplicado calcrio, deve ser feita uma gradagem cruzada com a operao anterior (arao, gradagem pesada ou subsolagem). Manejo do solo em reas com cultura j implantada (conduo do pomar) Para as condies de clima tropical do Nordeste do Brasil, sistemas de manejo adequados conservao do solo e produtividade devem ser basicamente fundamentados na cobertura do solo por culturas ou seus resduos, objetivando proteger o solo das chuvas de alta intensidade e mal distribudas, tpicas da regio semi-rida; aumentar a infiltrao e reteno de gua; aumentar o teor de matria orgnica, com conseqente mineralizao de nutrientes e, diminuir as oscilaes de temperaturas e evaporao no solo, elevando a disponibilidade de gua para as plantas. Espcies vegetais consorciadas entre as plantas uma prtica utilizada na fruticultura da regio. Essa mistura conhecida como coquetel vegetal, (leguminosas, gramneas e oleaginosas) que depois do corte deixa-se o resduo como cobertura morta do solo. comum na regio, na conduo dos pomares de manga, roar o mato (das ruas entre as fileiras) deixando-o sobre o solo; em pomares isentos de problemas fitossanitrios, prtica tambm, depois da poda ps-colheita, deixar os restos dos galhos podados entre as linhas, que depois de secos sero roados (Fig. 2a, 2b). Esse manejo, alm dos benefcios j mencionados protege o solo dos riscos de salinizao, pois evita a ascenso dos sais no perfil do solo. Restos de outras culturas, desde que tambm isentos de problemas fitossanitrios, tm apresentado bons resultados tanto na cobertura do solo como na produo de matria orgnica, como o exemplo de colmos de bananeira (Fig. 3a, 3b). O abaciamento ao redor da planta cultivada tambm deve ser mantido com cobertura de resduos vegetais. Fotos: Embrapa Semi-rido

Fig. 2a. Cobertura do solo com galhos verdes da prpria planta. Fig. 2b. Cobertura do solo com galhos seco da prpria planta Fig. 3a. Cobertura do solocom colmos de bananeiraFig. 3b. Abaciamento com resduos vegetais (colmos de bananeira). CultivaresspadaRosaHadeneittentTommy atkinsPalmerVan dykePrincipais cultivares de manga para as condies do vale do So FranciscoA escolha da variedade de manga a ser plantada deve estar relacionada com as preferncias do mercado consumidor, o potencial produtivo da variedade para uma dada regio, as limitaes fitossanitrias e de ps-colheita da variedade, e principalmente a tendncia em mdio prazo do tipo de fruto a ser comercializado. Sendo a mangueira uma planta com longo perodo juvenil, a escolha da variedade errada poder significar enormes prejuzos em curto prazo. Assim, a escolha da variedade considerada um dos fatores econmicos mais importantes para o estabelecimento competitivo da mangicultura.As variedades mais indicadas so as que apresentam alta produtividade, colorao atraente do fruto, preferencialmente avermelhado, polpa doce, com oBrix superior a 17%, pouca ou nenhuma fibra, alm da resistncia ao manuseio e ao transporte para mercados distantes. Outras qualidades tambm desejveis so porte reduzido da copa, regularidade de produo e a resistncia a doenas como malformao floral, antracnose e lasiodiplodia, alm da baixa incidncia de colapso interno da polpa. Esse idetipo de mangueira, como os melhoristas costumam referir-se ao tipo ideal e desejado de uma variedade, com certeza no est ainda disponvel. Compete ao mangicultor procurar a variedade que associe o maior nmero de caractersticas desejadas, ou que pelo menos atenda ao maior nmero de caractersticas desejadas pelo mercado consumidor.Atualmente, a Tommy Atkins a variedade mais produzida e a que possui a maior participao no volume comercializado no mundo, devido principalmente a sua colorao intensa, produes elevadas e resistncia ao transporte a longas distncias. No Brasil, principalmente, na regio do vale do So Francisco, os plantios comerciais incorrem em srios riscos biolgicos (pragas e doenas) e econmicos devido concentrao da maior parte da produo basear-se em apenas um cultivar. Desta forma, a diversificao de cultivares comerciais de fundamental importncia para proporcionar maior sustentabilidade ao agronegcio da manga na regio. Com relao ao porta-enxerto, as caractersticas principais desejveis em uma variedade para ser usada como tal, so: vigor; elevada produo; adaptao regio onde se pretende implantar o pomar; poliembrionia; tolerncia ou resistncia s principais doenas e sistema radicular bem desenvolvido. A escolha do porta-enxerto, varia de uma regio para outra, em funo da disponibilidade de sementes, e boa compatibilidade com as variedades comerciais. Assim, a variedade mais utilizada como porta-enxerto na regio do Submdio So Francisco a `Espada.A seguir so apresentadas e descritas as principais cultivares de mangas para as condies do Vale do So Francisco com grande potencial para o mercado interno e/ou externo. spada &ma das variedades brasileiras mais antigas e comuns. A rvore muito vigorosa, porte elevado e muito produtiva. O fruto verde intenso ou amarelo esverdeado, de tamanho mdio (em torno de 300 g), com casca lisa e espessa. A polpa tem muita fibra e colorao amarelada. Possui sabor de regular para bom (em torno de 18 Brix) e tem lugar de destaque no mercado interno; responde ao manejo da induo floral com o uso de paclobutrazol. muito utilizada como porta-enxerto e a semente poliembrinica, coberta com fibras (Fig. 1). Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 1 - Espada

Rosa A exemplo da `Espada uma das variedades brasileiras mais conhecidas. A rvore possui porte mdio, de crescimento lento e copa arredondada. O fruto varia de amarelo para rosa-vermelho, peso mdio em torno de 350 g. A casca espessa e lisa; a polpa amarelo ouro e moderadamente suculenta, fibrosa e de bom sabor (21,8 Brix). A semente poliembrinica. Suscetvel a antracnose. Cultivar importante no mercado do Distrito Federal, sendo usado tanto para suco como tambm para consumo fresco. Geralmente, produz em mais de uma poca do ano e responde ao manejo da induo floral com o paclobutrazol (Fig. 2). Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 2.Rosa

Haden Origem Flrida, E&A.A rvore grande e com copa densa. Fruto variando de 350 a 680 g, ovalado, amarelo quase coberto com vermelho, sabor suave, com pouca terebintina e pouca fibra. Semente monoembrinica. Relao polpa/fruto em torno de 0,66. Apresenta baixo vingamento dos frutos, o que pode ser minimizado pela utilizao de polinizadores como a Tommy Atkins a Palmer. Precoce, suscetvel a antracnose. Como outras variedades selecionadas na Flrida, a Haden apresenta o problema do colapso interno do fruto. Devido a baixa produo e ao seu sabor alcana elevados preos no mercado interno (Fig. 3). Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 3. Haden.

eitt Porte da planta um tanto ereto e ramos de crescimento longos e finos. O fruto grande, em torno de 610 g, oval com pice ligeiramente obliquo, verde amarelado, corado de vermelho-rseo, bom sabor (19 Brix)fibra somente em volta da semente. A colorao do fruto no das mais desejveis. comercializada no mercado interno, no entanto vem sendo substituda, pelos produtores, por outras cultivares. Semente monoembrinica. Relao polpa/fruto em torno de 70%. Resistente ao mldio e suscetvel antracnose. Sua produo tardia permitindo prolongamento do perodo das safras. Possui boa vida de prateleira (Fig. 4). Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 4. Keitt

ent Origem Flrida, E&A. rvore ereta, de copa aberta e vigor mdio. O fruto oval, verde amarelado, corado de vermelho purpreo, grande, de 550 a 1000 g (com mdia de 657 g), muito saboroso (20,1 Brix) e alta qualidade de polpa (quase sem fibra), casca de espessura mdia, relao polpa/fruto de 0,62%. Semente monoembrinica. Suscetvel a antracnose e ao colapso interno do fruto e baixa vida de prateleira. Ciclo de maturao mdio a tardio (Fig. 5). Com relao a mercado apresenta boas perspectivas para exportao. Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 5. Kent.

Tommy atkins Originada na Flrida, E&A, possui fruto de tamanho mdio para grande, 460 g, com casca espessa e formato oval. Apresenta colorao do fruto atraente (laranja-amarela coberta com vermelho e prpura intensa). A polpa firme, suculenta, e teor de fibra mdio. Resistente a antracnose e a danos mecnicos e com maior perodo de conservao. Precoce, amadurece bem se colhido imaturo. Apresenta problemas do colapso interno do fruto, malformao floral e teor inferior em sabor e de brix (16 brix), quando comparado com as variedades Palmer e Haden. uma das variedades de manga mais cultivadas mundialmente para exportao. Apresenta facilidade para induo floral em poca quente, alta produtividade e boa vida de prateleira. Essa variedade representa 90% das exportaes de manga no Brasil (Fig. 6).Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 6. Tommy Atkins.

Palmer Variedade semi-an, de copa aberta, originada na Flrida, em 1945. Na Austrlia participa de 5% da rea de manga, e no Brasil experimenta pequeno aumento na rea cultivada. Os frutos possuem casca roxa quando "de vez e vermelhos quando maduros. A polpa amarelada, firme, bom sabor (21,6 Brix), com pouca ou nenhuma fibra. Relao polpa/fruto de 72%, teor mdio de fibras e casca fina. As sementes so monoembrinicas e compridas. Apresenta boa vida de prateleira e produes regulares e bem aceita no mercado interno. A produo tardia, permitindo prolongamento do perodo das safras, e responde ao manejo da induo floral com paclobutrazol (Fig. 7). Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 7. Palmer

Van dyke Arvore moderadamente vigorosa e de copa aberta. Fruto de tamanho mdio, 300 a 400 g, colorao atraente (amarela com laivos vermelhos). A polpa firme e sem fibras longas. Possui sabor agradvel e aroma superior ao da Tommy Atkins. A semente monoembrinica. Apresenta certa irregularidade na produo. Variedade de frutificao tardia (Fig. 8). Atualmente, no apresenta expresso significativa para comercializao. Foto: Embrapa Semi-rido Fig.8 Van Dyke Propagao Viveiroscolha e preparo das sementes do porta-enxerto (cavalo)Seleo das amndoasMtodos de enxertiaVariedade da copanxertia

Viveiro O viveiro deve ser localizado, de preferncia, em terreno plano ou com pouco declive e bem drenado. Deve ser, tambm,abrigadodosventosfortes,afastadodepomarespraguejados,estradaspoeirentaseprximoaum manancial de gua de boa qualidade. O processo comumente utilizado pelos produtores da regio consiste na utilizao desolos de barranco de boa fertilidade natural. Entretanto, pode ser feito com a mistura de trs partes de terra de boa qualidade, uma parte deestercocurtido,trsquilosdesuperfosfatosimplese500gdecloretodepotssiopormetrocbico,e colocados em sacos plsticos. Ossacos paraapresentarem bons resultados devemmedir entre 20 a 22 cm de boca, 30 a 34 cm dealtura e 0,20mmdeespessura,perfuradoslateralmenteenofundoparapermitiroescoamentodoexcessodegua. Sendocolocadosemfileirade4 a5,formandocanteirosdeaproximadamente80cmdelargura,com espaamento entre si de 50 a 60 cm e com comprimento mximo de 15 m. scolha e preparo das sementes do porta-enxerto (cavalo) Consiste na utilizao de plantas matrizes fornecedoras de garfos e/ou borbulhas para enxertia, tendo em vista suasqualidadessuperiorescomo:pequenoporte;tolerantesapragasedoenas,principalmentesecada mangueiraeadaptaoregio.NoNordesteosporta-enxertosmaisutilizadosso:`Espada,`Espadinha, `Carlota, `Itamarac e `Coite. Deve-secolherfrutosmaduros,sadios,deplantasvigorosaselivresdedoenasepragas.Apsaescolhados frutos, retira-sea polpa com uma faca, rente ao caroo; assementes devem ser limpas com guae colocadas para secar. A secagem das sementes dever ser feita em local sombreado e arejado, podendo ficar at 10 dias nesselocal, entretantoa eliminaodoendocarpo(testa)maisfcilquandofeita24horasdepoisda lavagem, pelo fato datestaestar mais macia paracortar. &tilizando uma tesoura de poda, a testa que envolve a amndoa (semente) deve ser removida cuidadosamente para no feri-la, prejudicando sua germinao (Fig. 1). A retirada da casca possibilita a germinao mais rpida (15a25dias),maiorpercentagemdesementesgerminadas(80a85%),eaobtenodeplantaseretas, vigorosas e em condies de serem enxertadas em menor espao de tempo. Seleo das amndoas Selecione as amndoas bem formadas, sem manchas ou ataque de pragas e doenas (Fig. 2). Asemeaduradeveserfeitaimediatamente,porqueopercentualdegerminaodassementesdiminui sensivelmente nosprimeiros5dias.Aamndoacolocadacomafaceventralvoltadaparabaixo,auma profundidadede3a5cm,ocorrendoagerminaoentre15e25diasapsasemeadura.Aquantidadede sementes utilizadas deve ser 40% a mais do que o nmero de mudas desejadas.Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 1. Remoo do endocarpo Fig. 2. Seleo de amndoasOdesbastedeveser feitoquando oporta-enxertoestiverbemdefinido,com15a20cm dealtura,visandoo desenvolvimento de uma nica planta por saco. Aos45 diasapsasemeadura,deveserfeitaumaadubaodecoberturacolocando5g/planta,daseguinte mistura: 55 g de uria, 35 g de cloreto de potssio e 55 g de superfosfato simples. Mtodos de enxertia A muda da mangueira produzida pelo mtodo de enxertia que envolve a juno do porta-enxerto (cavalo) com o enxerto (copa). Os mtodos mais comuns de enxertia so: Borbulhia em "T invertido e a borbulhia em placa ou escudo, nas quais o enxerto uma pequena parte da casca com uma nica gema; Garfagem, com suas variaes (no topo em fenda cheia, inglesa simples e lateral), em que o enxerto o segmento de um ramo, com 10 a 15 cm de comprimento mdio, contendo vrias gemas. No vale do Submdio So Francisco, o mtodo de enxertia mais utilizado o de garfagem no topo em fenda cheia. Por este processo a muda obtida em viveiro coberto, utilizando a semeadura direta em sacos plsticos individuais.Variedade da copa Asplantasdevemsersadias,vigorosas,tolerantesapragasedoenas,comfrutoscaractersticos,preferencialmentecultivadasparaestefim.Asvariedadesmaisindicadasparacomercializaoso:Tommy Atkins, Palmer, Keit, Haden, alm de outras de interesse regional: Rosa, Espada,etc. Paraaobtenodosgarfos(ponteiros)davariedadedacopa,osramosdevemserescolhidoscom aproximadamente7a8mesesdeidade,arredondados,decoloraoverdeacinza,sadios,comgemaapical bem formada. Com as mos, ou com uma tesoura, retiram-se as folhas dos ramos escolhidos, 8 a 10 dias antes dacoletadogarfo(Fig.3).Estaprticarealizadaparaforar oentumecimentodagemaapicaleacelerar o pegamento aps a enxertia. Foto: Embrapa Semi-rido Fig. 3. Coleta dos garfos. O garfo cortado deve ter aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento. Os garfos podem ser armazenados por at 5 dias, porm, necessrio mergulhar as extremidades em parafina lquida e acondicion-los em recipientes contendo serragem mida. Devem ser conservados em local fresco e sombreado. nxertia Consistenauniodogarfodavariedadecopacomo porta-enxerto,demodoaformarumanicaplanta.Na operaodeenxertia,oporta-enxertodevesercortadocomumatesouradepoda,20cmacimadocoloda planta,ecomumcanivete,desinfetadoemlcoolousoluodeguasanitriaa5%(50mldoproduto comercial em 1 litro de gua), ser feita uma fenda de 3 a 4 cm de profundidade, de cima para baixo. Ogarfodeveserpreparado,comocanivete, emformadecunha,fazendocortescom3ou4cmde comprimento. Logo em seguida, deveser encaixado no corte do porta-enxerto,demodo que, pelo menos um dosladosdaregiodoenxertoeporta-enxertocoincidacascacomcasca(Fig.4).Para fixaroenxertoe impedir a entrada de gua necessrio que seja enrolada uma fita plstica, de baixo para cima. Para formar um ambiente mido e proteger contra o ressecamento, deve-se cobrir o garfo e a regio da enxertia com saquinho plstico (Fig. 5). Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 4. Encaixe do garfo. Fig. 5. Cobertura com saquinho.Seaenxertiaforbemsucedida,asgemasiniciaroabrotaoentre2e3semanas.Quandosurgiremos primeirosparesdefolhas,cerca de30a40diasapsaenxertia,retiram-seossaquinhosdeproteo.Afita plstica s deve ser retiradacerca de 90 a 120 dias aps a enxertia. A adubao em cobertura deve ser feita em trs aplicaes: 30, 60 e 90 dias aps a enxertia. A quantidade de adubo a ser utilizado de 5g por planta, o que corresponde a 1 colher de ch bem cheia. A mistura feita com 100g de uria, 100g de superfosfato simples e 60g de cloreto de potssio. Para corrigir a deficincia de zinco e mangans, utiliza-se uma soluo composta de 55g de sulfato de zinco, 28g de sulfato de manganse 24g de cal hidratada em 20 litros de gua, em aplicao foliar.Asmudasestaroprontasparaserplantadasquandoapresentarem2a3fluxosvegetativos,comfolhas maduras de colorao verde (Fig. 6).Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 6. Muda com trs fluxos. PlantioDensidade de plantioAbertura e adubao de covaPlantio da muda e pintura do cauleCobertura morta, tutoramentoCuidados 1itossanitriosImplantao do pomar O planejamento de um pomar de manga deve ser feito utilizando estudos bsicos, que orientem um plano de explorao da propriedade, cujos procedimentos podem viabilizar o agronegcio. Os estudos bsicos compreendem o levantamento das caractersticas climticas, fsico-qumicas do solo, com definio do tipo de solo e da profundidade, alm dos recursos hdricos disponveis, no perodo mais seco do ano. Vrias so as etapas envolvidas na implantao de um pomar de manga e todas so importantes no processo produtivo. A rea onde ser instalado o pomar, deve ser selecionada considerando a topografia do terreno e as vias de acesso, que sero fatores de influncia direta nas prticas agronmicas e no escoamento da produo. Em solos de areias quartzosas da regio Semi-rida nordestina, faz-se apenas a limpeza da rea por meio do destocamento e roagem da vegetao, trs a quatro meses antes do plantio, sem o uso da arao e da gradagem. Aps a limpeza, deve-se coletar uma amostra representativa de solo, para avaliar a necessidade de calagem e adubao. A rea do pomar deve ser protegida contra os ventos fortes, os quais provocam a queda de frutos e afetam consideravelmente a produo. A instalao de quebra-ventos deve ser feita durante os dois primeiros anos de formao do pomar. No Semi-rido brasileiro, onde o vento compromete o desenvolvimento das plantas principalmente nos trs primeiros anos, comum o uso de capim elefante, que apresenta desenvolvimento rpido e atinge altura de quatro metros; tambm so utilizados diversas espcies de fruteiras como quebra-ventos, tais como bananeiras com 3 a 4 linhas de plantas instaladas entre talhes de plantio ou coqueiros nas margens laterais do plantio. Densidade de plantio Nos plantios com tecnologia de produo para exportao, como os do Semi-rido nordestino, onde a irrigao obrigatria, a densidade de plantio mais comum de 250 plantas/ha (espaamento de 8 x 5m); no entanto, maiores densidades j esto sendo usadas nessa regio, exigindo, no entanto manejos mais adequados quanto a podas, irrigao e nutrio. Aps a determinao do espaamento, faz-se o alinhamento em quadrado ou retngulo, com um piquete no local onde sero abertas as covas. Em reas com declive acentuado (> 5%), deve-se preparar curvas de nvel, a fim de evitar problemas de eroso. Abertura e adubao de cova Aps a marcao, as covas com dimenses de 60 x 60 x 60 cm so abertas com uma ferramenta conhecida como "boca-de-lobo ou com uma perfuradora mecanizada; esse implemento agiliza e diminui os custos de abertura de covas mas, dependendo do tipo de solo, h necessidade de se quebrar as paredes laterais da cova, a fim de se evitar o "espelhamento, ou seja, a compactao das mesmas. A correo e a adubao devem ser baseadas na anlise de solo e ser feitas, pelo menos, 15 dias antes do plantio da muda. No Semi-rido nordestino, recomenda-se de 20 a 30 L de esterco de curral (caprino ou bovino) por cova, 1 kg de superfosfato simples, 150g de cloreto de potssio e 200g de uma mistura demicronutrientes. Na adubao da cova com esterco, deve ser mantida a relao 1 esterco: 10 solo, para que haja uma decomposio mais equilibrada. Considerando as grandes exigncias de clcio pela cultura da mangueira, recomenda-se associar a calagem com a aplicao de gesso. Plantio da muda e pintura do caule Em geral, faz-se o plantio da muda no incio das chuvas, para facilitar um melhor estabelecimento da mesma no solo, embora sob condies irrigadas, essa operao possa ser realizada em qualquer poca do ano. Devem-se selecionar mudas enxertadas, sadias e com dois fluxos vegetativos. Para evitar rachaduras no caule, causadas pela incidncia direta da radiao solar, que favorece a entrada de fungos no caule, deve-se fazer uma pintura com tinta ltex branca, diluda em gua, na proporo de 1:1.Cobertura morta, tutoramento A utilizao da cobertura morta, que pode ser de raspa de madeira ou maravalha, palha de arroz, folhas de coqueiro ou restos da roagem feita entre as fileiras de plantio, temo objetivo de proteger o solo, ao redor da planta, das altas temperaturas, alm de evitar perdas excessivas de umidade do solo. Recomenda-se tambm o uso de um tutor (pequeno poste de madeira) que servir para conduzir o caule da planta verticalmente, evitando a ao danosa dos ventos na instalao da muda (Fig. 1 e 2). Cuidados 1itossanitrios Nos pomares em formao, as formigas cortadeiras, caros, cochonilhas e tripes podem causar danos considerveis. As medidas de controle devem ser planejadas antes mesmo do plantio. Deve-se tambm ter em mente a preservao do potencial de controle biolgico existente, bem como o favorecimento atuao de inimigos naturais, de maneira que, no campo, o controle biolgico assuma importncia cada vez maior no controle das pragas da cultura. Com alguns cuidados e a introduo de certas prticas, possvel melhorar a qualidade e o rendimento, sem alterar custos. Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 1. Vista de um pomar de mangueiras, espaamento 8 x 5 m, da cultivar Tommy Atkins Petrolina Fig. 2. Detalhe de uma muda, com 18 meses do plantio, dacultivar Tommy Atkins. Fazenda &pa Agrcola. Petrolina, PE 2002.Entre os cuidados fitossanitrios, importante mencionar que durante a implantao do pomar pode ocorrer a incidncia de Lasiodiplodia, em conseqncia de estresse hdrico planta, devido a entupimento de microaspersores ou qualquer outro problema no manejo da irrigao, assim como, podem aparecer mudas com "malformao vegetativa; nesses dois casos necessrio um replantio, pois as mudas devem ser descartadas. No perodo das chuvas, deve-se ficar atento incidncia de doenas como a antracnose, cujo controle deve ser feito com pulverizao de produtos base de cobre. IrrigaoAsinformaessobreprofundidadedeenraizamento,consumodeguaecoeficientedeculturadevemser consideradasemummanejodeirrigaocriterioso.NoValedoSoFrancisco,aculturadamangueira manejadacomaplicaodereguladoresdecrescimentoeestressehdrico.Oquepredispeasplantasao florescimentonoprimeirosemestreeacolheitanosegundosemestredecadaano.Assim,asinformaes referidas tambm podem ser teis para o manejo de irrigao como induo do florescimento. Pro1undidade de enraizamentovapotranspirao da cultura e coe1iciente de culturaManejo da 1ertirrigao

Pro1undidade de enraizamento Em Petrolina-PE, a mangueira cv. Tommy Atkins, cultivada em um Latossolo Vermelho Amarelo, textura mdia (82% areia, 6% de silte e 12% de argila), com espaamento de 8 x 5 m, aos 6anos de idade, e irrrigada por gotejamento(duaslinhasdeemissoresespaadosem1,8mevazode4,1L/h),apresentourazesata profundidadede2m,mascommaiorpresenaentre0,3me1,4mdeprofundidade.Asrazestambm estiveram presentesao longo da linha de plantas, o que indica um entrelaamento das razes devido ao hbito de crescimento da cultura e presena de emissores de gua em toda a extenso da linha de plantas. As razes de mangueira atingiram a distncia de 2 m da linha de planta (no sentido da entrelinha). Entretanto, houve uma maior presena entre 0,3 e 1,6 m de distncia do tronco. Pode-se sugerir que para o monitoramento da gua no solo,ainstalaodetensimetrosdevaserfeitanesseintervalodeprofundidadeededistnciadocaule.No entanto,ummanejomaiscriteriosodevelevaremcontatodaaprofundidadede2m,poispodehaver contribuiodecamadasdesoloabaixode1mparaaquantidadetotaldeguaabsorvidapelasplantas, principalmentenoperododemaiornecessidadehdrica(maturaodosfrutos)enosmesesmaisquentes (outubro e novembro). vapotranspirao da cultura e coe1iciente de cultura A evapotranspirao da cultura (ETc) refere-se aos processos de transpirao pelas plantas e evaporao direta dosolo,queocorremsimultaneamente.Aduraodosperodosconsideradosduranteociclodeproduo da mangueira e a Etc correspondente so apresentados na Tabela 1. O valor mximo encontrado para a ETc diria foi 7,9 mm (151,7 L/planta), na fase de maturao dos frutos, enquanto que a no perodo indicado foi de 642,9 mm (12.343,7 L/planta). A produo de frutos para essa safra foi de 48493,0 kg/ha. Como area molhada foi de 19 m2, ou seja, 48% do espaamento da cultura (8 x 5 = 40 m2),aconverso dosvalores deconsumo de guaemmilmetrosparalitrosporplantafeitamultiplicando-seovaloremmmpelareaefetivamente ocupada por uma planta, ou seja, por 8 x 5 x 0,48 = 19,2 m2. Tabela 1. Evapotranspirao da cultura (ETc) e consumo mdio dirio da mangueira cv. Tommy Atkins, aos 6 anos de idade, em Petrolina - PE, para os perodos considerados. Perodos Durao (dias) Etc mdia diria (mm/dia. planta ou L/dia.planta) Florao (10 a 30/6/99)202,3 ou 44,2 Queda de frutos (01/7 a 09/8/99)393,2 ou 61,4 Desenvolvimento de frutos (10/8 a 30/9/99) 514,0 ou 76,8 Maturao (01/10 a 09/11/99)394,6 ou 88,3 Fonte: Silva (2000), Silva et al. (2000) O coeficiente de cultura (Kc) obtido pela relao entre a ETc em condies potenciais e a evapotranspirao de referncia(ETo).Atravsdessecoeficiente,econhecendo-seaETodeumpomardemangueiras,pode-se estimar a ETc, e assim determinar a lmina de irrigao a ser irrigada. Em Petrolina, pode-se adotar os valores deKcde0,44paraaflorao,0,65paraaquedadefrutos,0,83paraaformaodofruto,e0,84paraa maturao do fruto (Silva, 2000).Manejo da 1ertirrigao Fertirrigao uma tcnica de aplicao simultnea de fertilizantes e gua, atravs de um sistema de irrigao. uma dasmaneirasmais eficienteseeconmicas de aplicar fertilizantes plantas, principalmente em regies declimasridoesemi-rido,pois aplicando-seosfertilizantesemmenorquantidadeporvez,mascom maior freqncia,possvelmanterumteoruniformedenutrientesnosoloduranteociclodacultura,oque aumentar a eficincia do uso de nutrientes pelas plantas e, conseqentemente, a sua produtividade. Quandosepreparauma soluodefertilizantesenvolvendomaisdeumtipodefontesdenutrientes,deve-se verificar se so compatveis (Tabela 2), para evitar problemas de entupimentos das tubulaes, e emissores. O clcio,porexemplo, nopodeserinjetadocomum fertilizantequecontmsulfato.Essescuidadosdevemser ainda maiores, quando a gua usada na irrigao tem pH neutro, ou seja, quando as concentraes de Ca + Mg e de bicarbonatos so maiores que 50 e 150 ppm, respectivamente. O cido fosfrico no pode serinjetado via gua de irrigao que contenha mais que 50 ppm de clcio e nitrato de clcio e em gua que contenha mais de 5,0 meq.L-1 de HCO3, pois poder formar precipitados de fosfato de clcio. O procedimentos adequados para aplicao de fertilizantes via gua de irrigao compreendem trs etapas distintas. Durante a primeira etapa, deve-se funcionar o sistema de irrigao durante um quarto do tempo de irrigao, para equilibrar hidraulicamente as unidades de rega como um todo. Na segunda etapa, faz-se a injeo dos fertilizantes no sistema de irrigao, atravs de equipamentos apropriados. Na terceira etapa, o sistema dever continuar funcionando, visando complementar o tempo total de irrigao, lavar completamente o sistema de irrigao e carrear os fertilizantes da superfcie para camadas mais profundas do solo. Tabela 2. Compatibilidade entre os fertilizantes empregados na fertirrigao. Fertilizante1&R NA SA NC NK CK SKFAMS MQ SMAFAS AN &ria (&R) CCCCCCCCCCCCC Nitrato de Amnio (NA)CCCCCCCCCCCC Sulfato de Amnio (SA) ICCSRCCCCCCC Nitrato de Clcio (NC)CCIIISRIIIC Nitrato de Potssio (NK) CCCCCCCCC Cloreto de Potssio (CK)SRCCCCCCC Sulfato de Potssio (SK) CSRCSRCSRC FosfatosdeAmnioMAPe DAP(FA) ISRICCC Fe,Zn,Cu Mn Sulfato (MS) CCICC Fe,Zn,Cu Mn Quelato (MQ)CSRCI Sulfato de Magnsio (SM) CCC cido fosfrico (AF)CC cido sulfrico (AS) C cido ntrico (AN) 1C = compatvel; SR = solubilidade reduzida; I = incompatvelFonte: Villas Bas et al., 1999. Afertirrigaodependedataxadeinjeodefertilizantes,dotempodeirrigaoporunidadederegaedos tipos e doses de fertilizantes por unidade de rega. Deve-seconsiderar tambm asvariedadesutilizadase suas respectivas fases fenolgicas. Como regra geral, dependendo da complexidade do desenho do sistema de irrigao com relao fertirrigao, recomenda-seiniciaroprocessocomfertilizantepotssico,seguidodosnitrogenados,administrando-seas quantidadesaplicadasporunidadederega,combasenotempodeirrigao.Aspropriedadesqueutilizamo cido fosfrico como fonte de fsforo, devem aplic-lo no final da fertirrigao, pois pode, tambm proporcionar alimpezadossistemadeirrigao.Casoosfertilizantessejamaplicadosnaformademistura,assolues devemserpreparadasemseparado,emisturadasnaproporodesejada,deacordocomasnecessidades nutricionais das plantas.&maalternativamais recente,nosentido deamenizaracomplexidadeda injeodefertilizantes,viagua de irrigao, a utilizao de adutoras secundrias, paralelassadutoras das unidades de rega,cuja finalidade transportar a soluo ou mistura concentrada at a entrada da unidade de rega especfica. Porm, necessrio queemcadaunidadederega,ainjeodasoluosejafeitanosdoisquartosintermediriosdotempode irrigao,poisapermannciadonitrognionatubulao,apsafertirrigao,podefavorecero desenvolvimento de microorganismos que causam a obstruo dos emissores. Sistemas de poda A poda da mangueira tem como principais objetivos orientar a forma das plantas em funo do meio, espcie, vigor da variedade e do porta-enxerto; manter um crescimento vegetativo equilibrado nas diferentes partes da planta; conservar o equilbrio entre razes e a parte area, pararegular o vigor e a produo dasplantas e facilitar a aerao e iluminao dacopa. Tipos de podaIntensidade da podaDes1olhaPodas para manejo da 1loraoPoda de renovao e rejuvenescimento

Tipos de poda Podas de 1ormao - O objetivo das podas de formao orientar o crescimento dos ramos, quanto ao nmero, distribuio e tamanho convenientes. Significa formar uma planta com uma arquitetura caracterizada por uma copa com a parte interna aberta e um nmero adequado de ramos laterais produtivos. Essas caractersticas trazem vantagens como a maior iluminao e aerao da copa, facilidade nos tratamentos fitossanitrios e obteno de plantas menos vulnerveis aos ventos fortes, principalmente durante a frutificao. A poda de formao proporciona planta uma conformao compatvel com o mtodo de explorao e, pela reduo do porte da rvore, facilita os tratos culturais, do solo, a proteo contra queimaduras do sol e a colheita dos frutos, alm de possibilitar o aumento da densidade de plantio. Para acelerar a maturao dos ramos das mangueiras, necessrio produzir uma estrutura bem ramificada; isso se faz por meio da poda de formao, despontando os brotos vegetativos no primeiro ou segundo entren. A poda de formao consiste em cinco a seis operaes para formar uma planta com esqueleto equilibrado e robusto. A primeira poda feita a uma altura de 60 a 80 cm do solo; o local deve ser abaixo do n, quando o tecido se encontrar lignificado (maduro) (Fig. 1). Aps a brotao, selecionam-se trs ramos, que formaro a base da copa (Fig. 2); os demais ramos devem ser eliminados. Os cortes devero ser tratados com uma pasta base de benomil ou oxicloreto de cobre. A partir da quarta poda, o corte dever ser feito acima do n, em tecido lignificado, com tratamento dos ramos podados com fungicida, selecionando-se de trs ramos voltados para a parte externa da copa. Essa fase atingida pela planta entre 2,5 e 3 anos de idade (Fig. 3). Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 1. Mangueira aps a 1 poda de formao Fig. 2. Mangueira aps a 2 poda de formao Fig. 3. Mangueira aps a 5 poda de formao.Podas anuais ou de produo - As podas de produo referem-se s realizadas durante a fase produtiva da planta (essas so naturalmente realizadas aps a colheita). Nesta prtica esto includas as atividades de limpeza, levantamento de copa, abertura central, equilbrio, correo da arquitetura, alm da poda lateral e de topo. a) Poda de limpeza - Consiste na remoo dos ramos secos e doentes da planta, como tambm, daqueles com frutificao tardia, e dos restos de colheita. Deve ser realizada rigorosamente uma vez ao ano e tem como objetivos, eliminar material doente ou infectado, especialmente com usarium e asiodiploidia; obter material produtivo, ou seja, gemas apicais, homogneas em idade e capacidade produtiva, para produo no ano seguinte; alm de material bem localizado em relao exposio ao sol (necessrio para o amadurecimento das gemas e para o colorido dos frutos), como tambm, dispor de rvores mais baixas e com copa mais adequada aos diversos manejos. Quando a poda ps-colheita/limpeza no feita, tem-se que esperar a brotao expontnea da planta, o que pode atrasar ou inviabilizar a produo do ano seguinte. b) Levantamento da copa da planta - Consiste na eliminao dos ramos que estiverem at 0,70m de altura. Essa operao ajuda no controle das ervas daninhas e a melhor distribuio da gua de irrigao por asperso; tambm evita que os frutos dos ramos baixos entrem em contato com o solo (Fig. 4a).

Fig. 4. Tipos de poda de produo. c) Abertura central da planta (poda central de iluminao) - A poda de abertura central da mangueira consiste em eliminar ramos que tenham um ngulo de insero com o tronco menor que 45. Com isso, consegue-se uma maior iluminao (Fig. 4b). Os ramos de maior dimetro da planta, que tenham uma parte voltada para o sol poente, devem ser pincelados com uma soluo de gua: cal (1:2) logo aps a poda, a fim de serem evitadas rachaduras provocadas pelo sol. d) Poda lateral - a poda que se efetua para manter um espaamento adequado entre as fileiras de plantas, e que vai permitir a passagem de mquinas e veculos, e facilitando o processo de pulverizaes, colheitas, etc. comum deixar que a rua entre plantas corresponda a 45% do espaamento entre fileiras. Exemplo: um espaamento de8,0m x 5,0m deve ter uma rua com largura de 3,6m (45%) (Fig. 4c). e) Poda de topo - a poda efetuada para manter a altura da planta num limite adequado conduo do pomar. Normalmente, considera-se como ideal, uma altura mxima igual a 55% do espaamento entre fileiras da planta, ou seja, num espaamento de 8,0m x 5,0m, a altura mxima da planta deve ser de 4,4m (55%) (Fig. 4d). 1) Poda de equilbrio - Esta poda se faz nas rvores que j alcanaram sua maturao fisiolgica, com a finalidade de balancear o equilbrio entre a produo de frutos e a folhagemda planta. Durante os primeiros anos da mangueira, existe uma estreita relao entre o incremento da folhagem e a produo de frutos; esta relao vai se modificando com os anos, at alcanar um ponto em que os novos incrementos da folhagem no contribuem para aumentar a produo de frutos e sim, reduzi-la. Essas perdas da eficincia produtiva da planta podem ser minimizadas por meio da poda da folhagem. No primeiro ano de execuo, a poda da folhagem limita-se ao raleio de ramos que se localizam ao redor e no centro da copa da planta, e que comprometem a adequada aerao e iluminao. O melhor momento para executar essa prtica imediatamente aps a colheita dos frutos. A vegetao dos ramos e os brotos de folhas jovens, que normalmente contm de 3 a 5 folhas, tambm devem ser raleados at ficarem com uma ou duas folhas sadias. Nos anos seguintes, a poda de equilbrio limita-se ao raleio de folhas que se localizam nos brotos novos, entre 4 e 5 meses antes da florao. Tambm devem ser eliminados os ramos que afetam o balano do desenvolvimento da copa das rvores.g) Correo da arquitetura - Com relao arquitetura, procura-se definir determinada forma para as plantas, e as mais utilizadas so as formas piramidal e vaso aberto (taa). Forma "piramidal" - &ma vez que a rvore tenha alcanado o espao disponvel, necessrio realizar uma poda de manuteno, que permita conservar o mximo da superfcie produtiva. A poda, visando a forma piramidal, recomendada principalmente para espaamentos menores e deve ser feita logo aps a colheita, seletivamente, cortando os brotos situados na parte alta da rvore at o primeiro n (abaixo) e eliminando-se todos os brotos verticais (Fig. 5). Forma em "vaso aberto" - Consiste em abrir espaos no centro da copa, eliminando os ramos que tenham um ngulo de insero menor que 45 com o tronco. Com isso, consegue-se uma melhor iluminao interna (Fig. 6 ). Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 5. Mangueira podada na forma piramidal Fig. 6. Mangueira aps a poda em vaso aberto.

Intensidade da poda A intensidade da poda no deve ser a mesma durante o ano, sendo realizada em funo da poca em que ser feita a induo floral. A poda mais severa da mangueira no deve ser praticada quando se deseja a florao da planta fora da poca normal, e que coincide com a ocorrncia dealtas temperaturas e altos ndices de precipitao pluvial. Nessa poca, so recomendadas podas menos drsticas e, ainda, aguardar a emisso de dois a trs fluxos vegetativos, antes de se aplicar o regulador de crescimento (paclobutrazol). Des1olha A desfolha na mangueira praticada com afinalidade de melhorar a capacidade produtiva da planta e a colorao dos frutos. Quanto a folhagem abundante, o sombreamento traz como conseqncia a existncia de um material vegetal que atua de forma parasitria e que reduz a possibilidade de acumular reservas para a produo de frutos. A remoo de 15% a 20% da vegetao velha, incluindo ramos, com a finalidade de melhorar a disposio e o balano da copa da rvore, produz uma melhora significativa na eficincia produtiva. Essa desfolha feita por meio da poda praticada logo aps a colheita. Aps a segunda queda de frutos, conveniente fazer uma desfolha nos ramos produtivos,deixando-se apenas os dois fluxos de folhagem mais prximos da infrutescncia. A desfolha, para melhorar a colorao dos frutos, deve ser feita prxima na fase final da maturao, eliminando as folhas que os sombreiam. Essa prtica deve ser feita com bastante cuidado, principalmente na parte da copa voltada para o poente,a fim de evitar a queima dos frutos, causada pelo sol. Podas para manejo da 1lorao liminao da brotao vegetativa - Quando h ocorrncia de brotao vegetativa,prximo poca de aplicao do nitrato para quebrar a dormncia da gema, pode-se manter o estresse hdrico paraaumentar o grau de maturao do fluxo vegetativo inferior (folhas quebradias) e, em seguida, podar a vegetao nova e iniciar as pulverizaes com nitrato (potssio ouclcio) para estimular a brotao das gemas axilares. liminao da in1lorescncia - Quando se quer eliminar a inflorescncia de um ramo sem que haja imediataemisso de novos brotos florais, deve-se cort-la, pelo menos, aos 5 cm do n terminal, no estdio de chumbinho (aps a fertilizao). Essa prtica vai estimular a emisso de brotos vegetativos vigorosos. A eliminao da florao terminal em algumas cultivares provoca uma segunda emisso deinflorescncia axilar, que deve produzir um nmero menor de frutos abortados. Essa eliminao deve ser feita acima do n terminal (na base da inflorescncia), no estdio em que a flor estiver aberta (ainda no polinizada). Essa prtica permite retardar a florao por um perodo curto, de at 30 dias (Fig. 7 e 8). Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 7. Eliminao da inflorescncia antes da polinizao. Fig. 8. Pancula polinizada, mostrando olocal da poda para evitar florao.

Poda de renovao e rejuvenescimento O objetivo das podas de renovao e rejuvenescimento revitalizar as rvores velhas ou descuidadas, que no mostram uma produo abundante, mas cujos troncos e ramos principais esto sadios. Consiste na eliminao da folhagem e ramos secundrios, deixando-se apenaso esqueleto dos ramosprincipais. Com isso, asbrotaes vegetativas que formaro a nova copa so estimuladas. Esse tipo de poda tambm se realiza quando se quer trocar a cultivar de mangueira, aproveitando o mesmo cavalo. A nova cultivar deve ser enxertada nos brotos emitidos depois da poda. Manejo da 1lorao Manejo da induo 1loralA possibilidade de produo durante o ano todo o que desperta o maior interesse na explorao da mangueira, nascondiesdosemi-ridobrasileiro,eainformaodequetodofatorquereduzovigorvegetativosem alteraraatividademetablica,favoreceaflorao,oquevemorientandoostrabalhosparaproduode manga, visando atender todos os mercados disponveis.Ofrioeoestressehdricosocondiesnaturaisqueinduzemaparalisaodocrescimentovegetativoda mangueira,nascondiesdeclimasubtropicaletropical,respectivamente.Aocorrnciadetemperaturas baixas, nas condies subtropicais, define o perodo de florao e produo da mangueira.O primeiro passo no processo de induo floral da mangueira, nas condies tropicais semi-ridas,visa cessar o crescimentovegetativo.Nestaregio,pode-seprepararaplantaparafloriratravsdomanejo dairrigao.O mtodoconsistenareduogradualda quantidadedegua,visandoumamaturaomaisrpidaeuniforme dosramos;quandobemconduzidoedependendodoestadonutricionaldaplanta,devepermitiroefeito desejado em 30 a 70 dias. O grande inconveniente deste mtodo que restringe a produo a um determinado perodo do ano. Ostrabalhostestandoopaclobutrazol(PBZ),comoreguladordocrescimentovegetativodamangueira,foram iniciados com o objetivo de desenvolver um manejo da florao da cultura, que permitisse a produo de manga em qualquer poca do ano. O PBZ regula o crescimento vegetativo da mangueira, atravs da inibio da sntese das giberelinas e a forma de aplicao mais eficiente feita atravs da diluio do produto em um ou dois litros de gua, que depois despejado, junto ao colo ou na projeo da copa (Fig. 1). importante que esta rea seja irrigada normalmente, depois daaplicao, pois agua que leva o produto atas razes, paraserabsorvido pelas plantas. O PBZ deve ser aplicado planta, depois da emisso de, pelo menos dois fluxos vegetativos, aps a poda ps-colheita (Fig. 2).Fotos: Embrapa Semi-rido Fig. 1. PBZ aplicado no colo da planta.

Fig. 2.PBZaplicadoaps aemisso defluxo vegetativo.&ma das decises mais difceis no trabalho com PBZ a determinao da dosagem a aplicar. Em trabalhos experimentais so mencionadas doses, sem especificar tamanho e condies de vigor das plantas, tipos de solo e irrigao, e determinam, de um modo geral, uma grama por metro linear de dimetro de copa. Entretanto, o que se verifica que esta recomendao embora se ajuste para plantas entre 3 e 5 m de dimetro, fica excessivo para plantas de dimetro inferior e insuficiente para plantas maiores. A dosagem de PBZ dependente de alguns fatores: o vigor, que o resultado de um conjunto de caractersticas que pode tornar a planta mais ou menos vegetativa, favorecido pelo teor de nitrognio foliar, aspecto da planta e presena de umidade no solo; o fator variedade est relacionado com a capacidade da planta de vegetar mais intensamente, como a Haden e a Kent, que requerem uma dosagem de PBZ maior que a Tommy Atkins, considerada padro. Por ltimo, o fator resduo, que pode persistir na planta oriunda de aplicaes anteriores. comum, depois da poda ps-colheita, utilizar o aspecto dos fluxos vegetativos, para serem comparadas com fluxos de plantas testemunhas, que no tiveram aplicao de PBZ. Assim, para o 2 ano de aplicao, dependendo do tipo de brotao vegetativa depois da poda ps-colheita (se normal ou compactada), pode-se usar 70% ou 50% da dosagem de PBZ, utilizado na safra anterior.EmcasosondeadosagemdePBZutilizadafoielevada,tendoprovocadoemissesdepanculasevegetao muito compactadas, deve-se ter bastante cuidado no ciclo seguinte da planta, recomendando-se:a)Evitar poda drstica da planta na ps-colheita, devendo-se quebrar apenas o rquis floral.b)Adubao com nitrognio (ps-colheita).c)Pulverizao, via foliar, com nitrato de potssio + sulfato de zinco.d)Aguardar a emisso da brotao vegetativa que, se for muito compacta, deve-se esperar a emisso do segundo fluxo, para reinicio do ciclo produtivo.Osulfatodepotssiotambmpodeserusadoparaconteraemissoderamosvegetativos,devendoser utilizado em duas ou trs aplicaes, em concentraes de 2,0 a 2,5 %.Com relao utilizao do ethephon no manejo da florao, o objetivo a liberao de etileno nas plantas, o mesmo que vai participar no processo de maturao das gemase promovera florao; um produto que no apresenta bomresultado isolado,masquetemeficinciaquandocombinadocom oestressehdricoe/ouPBZ. Deve ser aplicado por meio de pulverizaes, em dosagens entre 200 a 300ppm.O efeito dos nitratos no processo de induo floral deveser interpretado com cautela, pois eles no induzem a florao,sestimulaminiciaodocrescimento(brotao).Osnitratossoaplicadosviafoliar,pormeiode pulverizaes.Asdosagenscomumenteusadasvariamde2%a4%paraonitratodepotssio(KNO3)ede 1,5% a 2% para o nitrato de clcio, Ca(NO3)2.O nmero de pulverizaesvai depender do ndice de brotao queseforobtendo.Aspulverizaescomnitratosdevemserfeitasnoinciodanoite,quandoascondies ambientais favorecem a absoro e minimizam os danos planta.Arespostaspulverizaescomnitratovaidependerdoestadodematuraodosramos(gemas),cujo processoobtidoatravsdoestressehdricoe/ouusodereguladoresdecrescimento.Outrosfatores,como baixatemperaturanaocasiodaspulverizaescomnitratos,melhoramondicedeflorao.Emperodo chuvoso, recomendvelum intervalo maior entre as pulverizaes, em torno de 15 dias ou mais, pois chuvas intensas levam o produto das folhas para o solo prximo ao sistema radicular da planta, podendo provocar uma brotao vegetativa indesejvel.Manejo da induo 1loral Ascondiesclimticas doSemi-ridonoNordestebrasileiroestocaracterizadaspelaocorrnciade temperaturas(noturnainferiora20Cediurnainferiora30C)noperododemaioaagosto,ondetambm tem-se a menor quantidade de precipitao pluviomtrica. A florao natural da mangueira, nesta regio, ocorre com maior intensidade entre junho e agosto.O manejo artificial de florao da mangueira deve ser definido de acordo com a poca do ano. Quando a induo florao (quebra de dormncia das gemas) for feita no perodo de maio aagosto, pode-seproceder de duas formas:Modelo A-duasatrs pulverizaes,comsulfatodepotssio(2a2,5%),com intervalode 12dias,quandoasplantas estiverem no primeiro ou segundo fluxo de brotao vegetativa, depois da poda ps-colheita;- uma a duas pulverizaes com ethephon (200 a 300 ppm), com intervalo de 12 dias, devendo-se iniciaraps a ltima do sulfato de potssio;- reduo da lmina de gua, com monitoramento para que no haja amarelecimento e queda das folhas, at a maturao do primeiro fluxo foliar;-pulverizaescomnitratodepotssio(3%a4%),alternandoounocomonitratodeclcio(2%),para estimular a brotao das gemas.Modelo B- aplicao de PBZ (~0.5 g ia/ m de dimetro de copa - 1 ano de aplicao);-duasatrspulverizaes,comsulfatodepotssio,nointervalode12diaseapartirdos30a40diasda aplicao do PBZ;- reduo da lmina de gua, aos setenta dias da aplicao do PBZ;- pulverizaes com nitrato de potssio (3% a 4%), alternando ou no com o nitrato de clcio (2%).O manejo da florao de um pomar, quando a induo (quebra de dormncia das gemas) est programada para operodomaisquente,ondehaocorrnciadetemperaturasnoturnasediurnassuperiores25C/35C respectivamente, e que corresponde ao perodo de outubro a abril, pode ser conduzido da seguinte forma:Modelo C- aplicao do PBZ (0.7g ia/ m de dimetro de copa - 1 ano de aplicao);- trs pulverizaes com sulfato de potssio (intervalo de 12 dias), iniciando aos 30 dias da aplicao do PBZ;- reduo da lmina de gua, aos80 dias aps a aplicao do PBZ;- duas pulverizaes com ethephon, com intervalo de 12 dias, iniciando 12 dias aps a ltima pulverizao com sulfato de potssio;- pulverizaes com nitrato de potssio (3% a 4%), alternando ou no com o nitrato de clcio (2%).Aeficinciadosmodelosparaomanejodafloraodamangueira,vaidependerdoestadonutricionale fitossanitrio do pomar. Manejo de plantas invasoras Tratos culturais na cultura da manga As plantas invasoras constituem um fator que afeta a economia agrcola, sendo de fundamental importncia diferenciar com exatido uma planta indesejvel (planta daninha) das outras de interesse agrcola. Para tanto, importante lembrar que daninha toda e qualquer planta no cultivada, que ocorre em reas, causando perdas s exploraes agrcolas, atravs da competio por luz, gua e nutrientes e em algumas situaes servem ainda como hospedeiras de pragas e doenas. Esta e outras perdas conferem s plantas indesejveis, a responsabilidade direta ou indireta de serem causadoras de menores rendimentos do pomar de manga, bem como elevarem o custo de produo. Estas plantas indesejveis podem apresentar-se como anuais, bianuais e perenes, e esse conhecimento indispensvel para que possam ser controladas. Plantas anuais so aquelas que possuem um ciclo vegetativo, no mximo de um ano, reproduzindo-se, exclusivamente, por sementes. Todo o trabalho de erradicao destas invasoras deve estar voltado no produo de sementes.As bianuais so plantas que no primeiro ano apresentam apenas crescimento vegetativo, para no segundo ano produzirem sementes. As perenes so, na verdade, as plantas indesejveis de controle mais difcil, visto que se mantm vivas durante muito tempo, reproduzindo-se todos os anos, alm de, geralmente, multiplicarem-se vegetativamente (por rizomas, estoles, etc.), como exemplo podemos mencionar a tiririca (perus rotundus .) capim-fino, capim-angola, capim-de-planta (Brachiaria mutica Forsk) grama-seda (Cynodon dactylon L.), entre outros.Tratos culturais na cultura da manga Ao mecnicaO controle de plantas indesejveis pode ser feito atravs de equipamentos motomecanizados, manuais e a trao animal e do pastejo direto de ruminantes no pomar. Por medidas de segurana alimentar, o trfego de animais de trao ou para pastejo na rea do pomar, aps a florao, tem restries, pois constitui um risco de contaminao alimentar, devido a alguns patgenos hospedeiros desses animais, ao entrar em contato com os frutos, deixando a produo imprpria para alguns mercados importadores (principalmente Estados &nidos). O controle mecanizado de plantas indesejveis deve estar associado ao mtodo de irrigao, seja ele de superfcie (sulcos e bacias), asperso subcopa fixa ou mvel, ou localizada (gotejamento e microasperso). importante lembrar que uma movimentao excessiva de mquinas e equipamentos no pomar, causa uma compactao do solo, principalmente quando o solo est mido; assim, como nem sempre possvel evit-las, existe a recomendao de se utilizarem as roagens manuais ou mecnicas, que permitem controlar os processos de eroso, alm de melhorar as condies fsicas (estrutura e porosidade) e biolgicas do solo.O uso de equipamentos que promovem a movimentao do solo, como grades, cultivadores, enxadas rotativas, entre outros, no controle de plantas invasoras, deve ser feito de preferncia fora do perodo chuvoso, visando proteger o solo dos processos erosivos, mantendo a menor profundidade possvel (suficiente para eliminar as plantas invasoras), a fim de que os rgos ativos do implemento, no agridam o sistema radicular da mangueira. O ideal manter o solo com uma diversidade de espcies vegetais que favoream a estabilidade ecolgica e minimizem o uso de herbicidas. Nos pomares em produo deve-se manter na fileira da mangueira, uma faixa controle de ervas espontneas, por meio de "mulching, roadas ou capinadas. Ao qumica O controle qumico de plantas indesejveis permitido com algumas restries. &tilizar herbicidas preferencialmente no perodo chuvoso e mediante receiturio tcnico, conforme a legislao vigente, e minimizar seu uso para evitar resduos. No so recomendados herbicidas de princpio ativo pr-emergente na linha de plantio. O herbicida deve ser utilizado somente na entrelinhas da cultura da mangueira. No sistema de Produo Integrada de Frutas (PIF), o controle qumico de plantas indesejveis na cultura da mangueira, permitido com algumas restries,devendo ser empregado somente como complemento aos mtodos culturais e na faixa de projeo da copa das mangueiras, utilizando, no mximo, duas aplicaes anuais com produtos de ps-emergncia. As plantas indesejveis (daninhas) encontradas com mais freqncia nos pomares no Vale do So Francisco (municpio de Petrolina-PE), no perodo de inverno (21 de junho a 23 de setembro) estao seca) so: serralha roxa - Emilia sagitata e malva rasteira - Herissarithia crispa, malva flor amarela - Waltheria indica, azul rasteira - Evolvulus aff.analoides, pega-pinto - Boerhaavia diffusa, orelha de mexirra - Chamaesyce hirta, agulha - Bidens pilosa e bananinha - Indigofora sp., capim fino - Digitaria horizontalis, capim c