Aspectos Químicos e Biológicos do Óleo Essencial de Cravo ...
Christian Cravo
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Transcript of Christian Cravo
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ENTE
26 SALVADOR DOMINGO 20/4/2008
O herdeiro d os CravoTexto TATIANA MENDONÇA [email protected] talento, o sobrenome e a arrogância de Christian Cravo, 33, filho do também fotógrafo Mario Cravo
Neto, que faz 61 anos hoje, e neto do escultor Mario Cravo, 85, fazem dele o terceiro nome destageração de artistas baianos. Seguindo sua trajetória, este ano expõe na Argentina, Japão e Haiti
20/4/2008 27SALVADOR DOMINGO
O herdeiro d os CravoTexto TATIANA MENDONÇA [email protected]
Mario Cravo Neto
com o filho Christian
ainda criança:
relação complicada
Oprédiotemnomedemu-
seu, Louvre. No oitavo
andar, moram o neto do
escultor baiano Mario
Cravo e o filho do fotó-
grafo Mario Cravo Neto.
Os três artistas, os três famosos. Mas o
também fotógrafo Christian Cravo, 33, se-
guiu seu próprio caminho até se tornar, co-
mo diz, um "self-made man".
Ao lado da porta de entrada, que carre-
ga a oração de proteção à família do Padre
MarceloRossi, repousamumpardeall star
vermelho, um de sandália preta de salto e
outro de sapatinho envernizado de bone-
ca. As mesinhas da sala estão cheias de li-
vros de fotografia.
O salto é de sua mulher, Adriana, com
quem é casado há cinco anos, e o sapati-
nho de boneca é da filha, Sophia, de 4. As
janelasdoapartamentoestãosendorefor-
madas. "Estavam tão velhas que, quando
ventava muito, tinha medo de que elas
caíssem lá embaixo". Um homem chega
para fazer o orçamento da rede de prote-
ção, que está rasgada. "Tô tirando foto pra
revista, mas não sou famoso não, viu, olha
lá esse orçamento", diz, brincando sério.
Dá para ver que ele estranha não estar
do outro lado da câmera. Fica tímido, força
sorriso feito criança emburrada, mas de-
pois, abusado, sugere ângulos e pergunta
se a fotógrafa não quer uma de suas lentes
emprestadas. “Sou pedante mesmo... Ca-
da dia mais".
O que só deve aumentar com as expo-
sições das quais participa este ano em Tó-
quio, Buenos Aires e Haiti. No Brasil, suas
fotos poderão ser vistas no Conjunto Cul-
tural da Caixa, de Brasília e São Paulo.
Christian está interessado em descobrir
a essência da fé para chegar à essência do
homem. Pegou o caminho das águas
quando foi fotografar a devoção seca do
nordestino. Lá se vão oito anos entre Índia,
BrasileHaiti comoprojetoWatersofHope,
Rivers of Tears (Águas da Esperança, Rios
de Lágrimas). Para tocar o trabalho, com
recursos próprios, viaja, em média, quatro
vezes por ano. Em julho, vai para o Haiti,
VICENTE SAMPAIO | DIVULGAÇÃO
28 SALVADOR DOMINGO 20/4/2008
Auto-retrato do
artista. Aos 33
anos, uma foto
sua chega a
custar R$ 5 mil
20/4/2008 29SALVADOR DOMINGO
onde deve passar dois meses. "É um pro-
jeto pessoal, não tenho pressa. Se ficar
pronto em 2010, ótimo; se não, ótimo
também. Livro de fotografia é caro de pu-
blicar, caro de comprar. Paga o condomí-
nio, no máximo. É um portfólio de luxo".
Ele já tem dois desses portfólios, Irre-
dentos, de 2000, com as já citadas fotos da
fé dos nordestinos, e Roma noire, Ville Mé-
tisse, lançado em 2005, em Paris, com fo-
tosdeSalvador.É Irredentos–obrafavorita
do avô Mario Cravo – que vai viajar para a
Argentina, em agosto, e para o Japão, em
novembro. No Brasil, exibe em junho Es-
pírito Oculto, uma compilação de fotos so-
brefé,religiãoeespírito."Ésobrequalquer
coisa que não seja muito decifrável. Tem
até foto da minha filha nascendo, saindo lá
do útero da mãe, enfim."
Apesar de investigar a fé e eternizar sua
magia em preto e branco, ele não é religio-
so. "Acredito na força do homem de mover
e sobreviver, não na fé doutrinária. Iden-
tifico-me com todas as religiões e com ne-
nhuma ao mesmo tempo".
Descendo o elevador, cumprimenta o
novo morador, dá um alô ao porteiro. Em
um relance, a revelação inesperada: "Sou
o síndico daqui, estava tudo muito bagun-
çado".
Para bancar seus projetos autorais, vira
repórter fotográficopararevistascomoVo-
gue e Trip, além de fazer fotos de publici-
dade e moda. "Sempre vi meu pai e meu
avô como duas figuras indisciplinadas no
contexto civil, em tudo, exceto no trabalho
autoral deles. Quero exercitar o oposto. Vi-
vo da venda das minhas fotografias auto-
rais, mas não nego trabalho. Não quero vi-
rar uma pessoa reclusa como eles foram a
vida inteira".
Christian cresceu sem a companhia diá-
riadopaiedoavô.Aosquatroanos,deixou
Salvador, onde nasceu, para viver em São
Paulo, Estados Unidos e, por fim, Dinamar-
ca, onde morou dos 10 aos 21, com a mãe,
Eva Christensen, dinamarquesa. Todo ano
vinha para Salvador passar férias, onde es-
quecia o frio e brincava no ateliê do avô.
A lembrança mais remota e freqüente
que Mario Cravo, 85, tem do neto é seu en-
tusiasmo com um caixão de brinquedo, do
qual pulava uma caveirinha. “Ele ficava na
ponta dos pés, hipnotizado com essa figu-
ra”, disse. “Nunca imaginei que um dos
meusnetosviesseasetornarartista.Ascoi-
sas acontecem a despeito das nossas ex-
pectativas.Naturalmente,oconvívionaat-
mosfera do ateliê estimula a confecção de
objetos. Talvez por este caminho penetre a
arte na alma do homem”.
Mesmo nas férias, Christian via pouco o
pai. "No último dia, antes de a gente voltar
para a Dinamarca, ele vinha correndo lá da
casa dele, em Castelo Branco. 'Vim pegar
vocês pra dar uma volta...'. Colocava mi-
nha irmã e eu no carro e ia pra loja de fo-
tografia negociar. Era frustrante".
Até hoje Christian e o pai não têm muito
contato. Mario Cravo Neto diz que seus
temperamentos são bastante diferentes,
mas que as brigas entre pais e filhos são
naturais. “Às vezes acontecem coisas in-
tempestuosas,momentosdeternura,con-
flito e diálogo”.
Para se aproximar do pai, Christian co-
meçou a mexer com fotografia. Era 1984,
Mario Cravo Neto foi expor na Dinamarca,
e Christian, com 10 anos, aproveitou para
pedir um laboratório de presente. Em um
papel, Mario Cravo anotou as instruções.
"Toda hora, ligava pra ele 'Ah como é que
faz isso, revelador, tal, e o papel...'. Foi um
resgatedafigurapaterna".Opaicontaque
deixou Christian livre e que não tem “mais
nem menos prazer” pelo fato de ele ter es-
colhido a fotografia. “Mas me sinto feliz
por ele ter dado continuidade a uma famí-
lia de artistas”.
Depois de se aproximar pela fotografia,
o empenho foi para se distanciar do traba-
lho do pai. "Fui educado para achar que os
Cravo estão acima do bem e do mal, que
sãoosmelhores.Escolhimeucaminho,por
acaso, a fotografia. Mas nossos trabalhos
são completamente diferentes", diz.
O crítico de fotografia Eder Chiodetto
concorda. “A influência pode ter sido o
apreço pelo rigor técnico, o foco em deter-
minadas questões e a percepção de que a
fotografia pode representar mais que o
real cotidiano, pode ser a simbologia poé-
tica de um mundo paralelo, conectar o ser
ao divino. Mas, na forma, são absoluta-
mente distintos”.
Christian optou pela fotografia docu-
«Fui educado paraachar que os Cravoestão acima do beme do mal, quesão os melhores»
O único diploma de Christian vem
do tempo do exército, na Dinamarca
ARQUIVO PESSOAL
30 SALVADOR DOMINGO 20/4/2008
mental e diz lidar com o legado paterno
sem problemas. "A maioria dos casos de
família em que um segue a carreira do ou-
tro não dá certo. O pai faz uma coisa e o
filho repete igualzinho, só faz piorar. Meu
pai é um caso totalmente anormal. Ele não
só foi tão bom quanto meu avô, mas talvez
o tenha superado. Mas dentro do mesmo
tema, que é a Bahia".
E o que também o fez virar exceção?
"Sorte e outros fatores. O fato de eu ter si-
do iluminado, de ser pedante, de só parar
quandoconsigooquequero,deterumcer-
to equilíbrio em me auto-analisar".
ARTILHARIA PESADAO único diploma de Christian vem do
tempo que passou no exército, na Dina-
marca:observadordeArtilhariaAvançada.
A experiência durou dois anos e não foi
traumatizante. Ele até agradece pelo exer-
cício da disciplina. "Hoje é fundamental.
Não tem mais isso de vir um patrono da ar-
te e descobrir o cara lá, semineardenthal,
que vive na caverna dele, alheio a tudo".
Comodinheiroqueganhounoexército,
ChristianvoltouparaSalvadorecomprouo
primeiroapartamento,aos22anos."Cres-
cer na Dinamarca foi uma coisa muito cha-
ta. Quando voltei, ah, back to paradise, pa-
ra o sol, para a praia". E, acima de tudo,
para a luz. "Na Dinamarca, não conseguia
me inspirar. E aqui essa luz tropical, as pes-
soas sem camisa... Foi um prato cheio".
Fotografia, ele foi aprendendo na prá-
tica. "Sou autodidata. Meu pai nunca me
ensinou nada diretamente". Pausa. "Não
vou ser patético em dizer que não aprendi
nada com ele, porque só a convivência já é
um grande aprendizado".
Mario Cravo Neto diz não “fiscalizar” o
trabalho do filho, mas avalia que ele está
fazendo“umbomcaminho”.“Eletemmui-
to a ganhar e muito a perder, como qual-
quer um. Precisa seguir a própria intuição,
o próprio caminho, sem ouvir conselho de
ninguém. A opinião dos que estão de fora
não importa. A arte é liberdade contínua
de exercício criativo”.
No começo, Christian pensou em arru-
mar outro emprego. "Foi muito difícil. Mas
você vai plantando, e um dia colhe". Suas
fotografiashojecustamentreR$500eR$5
mil. Das colheitas também fazem parte o
prêmio da 2000 Mother Jones Internatio-
nal Found for Documentary Photography,
que ganhou em 1999, aos 25 anos. Esse é
o segundo prêmio de fotografia mais im-
portante do mundo, e ele levou como re-
presentante da América Latina.
Em 2001, Christian virou bolsista do
prestigiado museu Guggenheim de Nova
York, quando começou Waters of Hope.
Para o crítico de fotografia Rubens Fernan-
des Filho, ele é um dos grandes novos ta-
lentos da fotografia brasileira. “Suas fotos
têm alma, emoção e exigem um mergu-
lho, um certo interesse para perceber as di-
ferentes texturas e ações”, analisa.
ChiodettoquerverChristianexplorando
temas menos comportados. “Fotodocu-
mentaristas devem ter a ambição de reve-
laraquiloqueestáocultopelopreconceito,
pelos jogos de poder. E claro, devem ser
poetas. E poesia a golpes de luz e tons de
cinza, o Christian já faz”.
Espalhando a obsessão que tem pela
fotografia, este ano ele vai dar aulas para
120 adolescentes do projeto Pracatum,
no Candeal. "Ensinar é a coisa mais hon-
rada do mundo, mas tem que querer
aprender".
AH, BAHIAMesmo morando em Salvador há 11
anos, Christian ainda não aprendeu a gos-
tardacidade."Tenhoumarelaçãodeamor
e ódio com a Bahia. Odeio o calor, odeio a
falta de infra-estrutura".
Ele conta que é brigado com muita gen-
te. “Os fornecedores não me suportam.
Meu trabalho vai para o mundo inteiro, e
eunãotenhoumfornecedordaqui.Aívocê
vai reclamar e vem o baiano... Baiano não
gosta de trabalhar, é fato. E eles ainda se
sentem ofendidos por você não aceitar a
qualidade do trabalho que te oferecem".
Por que continuar aqui, então? "No meu
momento, casado, filho, é difícil. E tem o
custo. Não sou tão famoso assim, nem te-
nho tanto dinheiro".
Low-profile, não sai muito de casa para
ver exposições ou ir a festas. "Tempo é
uma coisa muito preciosa pra mim". Chris-
tian tinha 17 anos, estava vendo televisão
quando ouviu a profecia do avô. "Quando
O fotógrafo morou com a mãe nos
EUA, onde jogava futebol americano
«Baiano nãogosta de trabalhar, éfato. E eles ainda sesentem ofendidos»
ARQUIVO PESSOAL
20/4/2008 31SALVADOR DOMINGO
você é jovem, tem tempo, mas não sabe
como gastar. Quando você é velho, sabe
como gastar, mas não tem tempo. Então
você está num bico de sinuca".
Christian nunca se esqueceu disso. E o
tempo só foi diminuindo. Desde que So-
phia nasceu, ele não põe os pés num cine-
ma. "Não tenho mais vergonha de dizer is-
so porque um grande amigo, Sérgio Ma-
chado, disse a mesma coisa".
No cinema, ficou mesmo nos bastido-
res. Fez as fotos de divulgação de Abril Des-
pedaçado, de Walter Salles, e de Cidade
Baixa, de Sérgio Machado. "Sou amigo de
diretores, eles me pedem informações téc-
nicas e sugestões de locações. Entendo tu-
do de máquina de cinema, poderia fazer
um filme a qualquer momento, mas sou
um solitário no meu trabalho”.
Sérgio Machado, primeiro, conheceu as
fotos; depois, Christian. “Tinha uma expo-
sição dele na Alexandre Robatto, e eu e
Waltinho (Walter Salles) ficamos encanta-
dos. Ele foi fazer ostill (making of) de Abril
Despedaçado e fez fotos incríveis. Nunca ti-
nha visto um still tão bem-feito”. A parceria
seguiu com Cidade Baixa e deve continuar
com o novo filme de Sérgio, Quincas Berro
D'Água. Em abril eles vão viajar por Salva-
dor e pelo Recôncavo, atrás de locações.
Durante as quase duas horas de conver-
sa, Christian respondeu tudo, sem hesitar.
Menos quando chega a hora de saber que
tipo de influência ele quer ser para a me-
ninadossapatosdeboneca,a filhaSophia.
"Quero que ela seja quem quiser ser. Mas
vou mostrar que o mundo não é essa mes-
quinhezdapropaganda,doconsumo,com
gente que gasta dinheiro em um Audi e
não dá R$ 1 para o menino do semáforo.
Olha que paradoxo maluco". Enquanto
nãoresolveodilemadoavôsobreotempo
– que ora falta, ora sobra – ele segue fo-
tografando e aprisionando o agora «
Água e fé são temas do projeto Águas da Esperança.... Nas fotos, Índia e Haiti
Abaixo, a Bahia, tema caro aos Cravo, fotografada em Roma Noire...
32 SALVADOR DOMINGO 20/4/2008
O mar em Roma
Noire.... Abaixo, com a
irmã, Lua, e o avô,
Mário, num clique dele
VICENTE SAMPAIO | DIVULGAÇÃO
20/4/2008 33SALVADOR DOMINGO
A escritora Clarice Lispector, que
entrevistou Mario Cravo Jr, em 1969
«Já vivo do meutrabalho autoral.E metade dele évendido no Brasil»
«Quero que meu trabalho fale por mim»Em 1969, a escritora Clarice Lispector entrevistou o escultor baiano Mario Cravo Jr., então com 46 anos. A convite da Muito, Christian
respondeu a algumas das perguntas feitas para o seu avô, recentemente publicadas no livro Clarice Lispector: Entrevistas. Confira:
Que é que faz de um homem um artista?
É a vontade de viver. A curiosidade e
a vontade de deixar alguma coisa,
algum legado.
Que parte do seu eu você transmite em
ligação com o mundo?
Não quero transmitir nenhuma par-
te do meu eu. Quero que meu tra-
balho fale por mim. Isso é possível?
Na fotografia é. A fotografia é um
diálogo. Eu vou pra um lugar, foto-
grafo uma pessoa. É aquela pessoa
que está falando alguma coisa, não
eu.Ofotógrafosócompõe.Nãocon-
troloquemvaipassarnaminhafren-
te e qual vai ser a reação dela. A arte
é uma expressão de duas vias. É a in-
tenção do artista e a forma como o
espectadorrecebeessaarte.Enunca
bate igual.
Você vive em contato com seus amigos,
ou prefere uma vida mais isolada?
Vou lhe confessar a pura verdade,
sou uma pessoa mais reservada,
sou mais familiar. Tenho pouquíssi-
mos amigos. Meu amigo é meu as-
sistente, pessoas próximas.
Você vende bem?
Eu vendo bem. Faço-me convencer
da minha idéia. Se meu avô disse
quesim,estámentindo...Ouestá fa-
zendo tipo.
Para sustento de vida, pode-se, no Brasil,
viver apenas da arte?
Com certeza. Agora que tipo de vida
você quer levar? Você quer ter a vida
de um starving artist, ou quer ter
uma vida que, na verdade, é um jo-
go de interesses? Aí, são vários ca-
sos.Artistasdesegundoescalãoque
se casam com o marchand banquei-
ro, e o marchand banqueiro inflacio-
na a obra da própria mulher, bota
pra vender por US$ 300 mil. Aí não.
Eu não nasci ontem. Então que tipo
de vida você quer? Mas é economi-
camente viável. Eu já vivo do meu
trabalho autoral. E metade dele é
vendido no Brasil.
Se você não fotografasse, que outra arte
serviria para você se manifestar?
Seria jornalista. Qualquer forma de
expressão é arte, e eu não acredito
em jornalismo imparcial, é uma pia-
da. Ou seria um escritor. Teria um
posicionamentoparecidocomoque
tenhocomofotógrafo:verpraescre-
ver, sentir.
Em que parte do mundo você moraria
sem ser Salvador?
São duas formas de responder a es-
sa pergunta. Christian Cravo, o ho-
mem que está in loco fotografando,
estáondetiveralgodeinteresse,po-
de ser onde for. Estou pensando em
passar um ano na Índia; seria um
crescimento muito importante. Co-
mo cidadão de uma metrópole, mo-
raria somente em Nova York. Talvez
Paris, mas a Europa sempre foi mui-
toconservadoraparaaminhaforma
de pensar. Embora o americano seja
aquele aborto de pensamento,
aquela coisa retrógrada, preconcei-
tuosa, naquela massa eles têm jóias
inigualáveis, que são cidades como
Nova York, que é um berço de cul-
tura, de intelectualidade, de vida. É
o centro urbano mais completo. O
americano de Nova York é progres-
sista. Ele não quer saber de onde vo-
cê veio, quer saber quem é você ago-
ra e para onde você quer ir. Não está
preocupado com diploma. Na Euro-
pa, ou você é diplomado ou vai ter
emprego de segundo escalão « »M
UIT
OM
AIS
FOTO
SE
MA
KIN
GO
FEM
WW
W.A
TAR
DE.
COM
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DIVULGAÇÃO