Business Connect Dezembro 2015

48
1 www.revistabusinessconnect.com MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE ELECTRICIDADE PODE VOLTAR A SUBIR ENERGY MORE EXPENSIVE AND RISING TOTAL À PROCURA DA STARTUP DO ANO TOTAL ON THE LOOKOUT FOR STARTUP OF THE YEAR BM REAGE À QUEDA DO METICAL BM REACTING TO THE FALL OF THE METICAL Pag. 18 DEZEMBRO/DECEMBER 2015 DECEMBER IS TIME TO THINK ABOUT MOZAMBIQUE DEZEMBRO É ALTURA DE PENSAR MOÇAMBIQUE Pag. 7 Pag. 13 Pag. 20 ÁFRICA DO SUL CONFRONTADA COM ‘SECA ÉPICA’ SOUTH AFRICA IN MIDST OF ‘EPIC DROUGHT’

description

Business Connect, a sua revista de negócios bilingue sobre Moçambique e países da África Austral. Business Connect, your monthly bilingual business magazine on Mozambique and Sub-Sahara Africa.

Transcript of Business Connect Dezembro 2015

Page 1: Business Connect Dezembro 2015

1www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

ELECTRICIDADE PODE VOLTAR A SUBIR

ENERGY MORE EXPENSIVE AND RISING

TOTAL À PROCURA DA STARTUP DO ANO

TOTAL ON THE LOOKOUT FOR STARTUP OF THE YEAR

BM REAGE À QUEDA DO METICAL

BM REACTING TO THE FALL OF THE METICAL

Pag. 18

DE

ZE

MB

RO

/DE

CE

MB

ER

201

5

DECEMBER IS TIME TO THINK ABOUT MOZAMBIQUE

DEZEMBRO É ALTURA DE PENSAR MOÇAMBIQUE

Pag. 7

Pag. 13

Pag. 20

ÁFRICA DO SUL CONFRONTADA COM ‘SECA ÉPICA’

SOUTH AFRICA IN MIDST OF ‘EPIC DROUGHT’

Page 2: Business Connect Dezembro 2015

2

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

O BancABC tem imenso orgulho em passar a fazer parte do Atlas Mara; uma instituição

financeira em rápida expansão na África Subsaariana.

O BancABC possui uma rede bancária, uma marca forte, património e história, bem como

conhecimento do mercado local. O Atlas Mara tem acesso a capital, liquidez, e conta

com gestores com experiência mundial e liderança maduras, tudo isso aliado a processos

e sistemas de primeira linha. Juntos, abraçamos o compromisso de redefinir a banca

africana através da melhoria do acesso ao financiamento, utilizando novas tecnologias e

fornecendo soluções inovadoras a empresas, instituições, particulares e a todos os que,

como nós, estão a redefinir a África.

Renovando a Banca Africana.Redefinindo África.

bancabc.com | atlasmara.com

Business Connect 210mm x 273mm.indd 1 2015/08/25 2:53 PM

Page 3: Business Connect Dezembro 2015

3www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

O BancABC tem imenso orgulho em passar a fazer parte do Atlas Mara; uma instituição

financeira em rápida expansão na África Subsaariana.

O BancABC possui uma rede bancária, uma marca forte, património e história, bem como

conhecimento do mercado local. O Atlas Mara tem acesso a capital, liquidez, e conta

com gestores com experiência mundial e liderança maduras, tudo isso aliado a processos

e sistemas de primeira linha. Juntos, abraçamos o compromisso de redefinir a banca

africana através da melhoria do acesso ao financiamento, utilizando novas tecnologias e

fornecendo soluções inovadoras a empresas, instituições, particulares e a todos os que,

como nós, estão a redefinir a África.

Renovando a Banca Africana.Redefinindo África.

bancabc.com | atlasmara.com

Business Connect 210mm x 273mm.indd 1 2015/08/25 2:53 PM

Page 4: Business Connect Dezembro 2015

4

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

NESTA EDIÇÃOIN THIS EDITION

MOÇAMBIQUEON MOZAMBIQUE

Dezembro acolhe o 1º Grande Fórum MOZEFO em Moçambique

December welcomes the Great MOZEFO Forum in Mozambique

Electricidade já aumentou e pode não parar por aqui Electricity price increasing. Might not stop here

24 em cada 100 moçambicanos passam fome - FAO24 out of 100 Mozambicans suffer from hunger - FAO

PAÍSES VIZINHOSNEIGHBOURING NEWS

África do Sul confrontada com ‘seca épica’South Africa in Midst of ‘Epic Drought’

AdS: “Guerra dos Frangos” põe em perigo permanência na AGOA

Chicken Dispute Imperils South Africa’s AGOA Eligibility

Zimbabué: editor e repórteres presosZimbabwe: editor, reporters Arrested

Tanzânia empossa novo presidenteTanzania Swears in New President

ECONOMIABUSINESS AS USUAL

Onde está a Startup do ano? The TOTAL startup is coming

Banco de Moçambique reage à queda do metical Bank of Mozambique reacts to the fall of the metical

Receitas do Gás para o Estado podem atingir 212 biliões

Mozambique: LNG Payments to State Could Reach U.S.$212 Billion

FMI considera sólida actividade económica mas…IMF considers the economic activity as solid, however...

Em 2050, África irá alimentar o mundoIn 2050, Africa will feed the world

ENTREVISTAINTERVIEW

Alberto da Barca: “É tempo de romper com o paradigma do emprego”

Alberto da Barca: “It’s time to break away from the paradigm of employment”

TECNOLOGIATECHNOLOGY

Nova tecnologia pode acabar com a sede no mundoNew technology may end up with thirst

Navegador “Edge” pede uma oportunidade no Windows 10

“Edge” browser «begs» for opportunity in Windows 10

FICHA TÉCNICATECHNICAL SPECIFICATIONS

Número da Edição: 23Periodicidade: MensalTiragem: 25.000 exemplaresEscritórios: Sublime Media, R. Kamba Simango, 71 Moçambique [email protected]: Ryan Cass - [email protected] Editorial Executivo: Mário Lino - [email protected]: Tunelga Manjate - [email protected], Layout e Paginação: Osório Chembene Jr. - [email protected]ção: Rogério Júnior - [email protected]

PUBLICIDADE: [email protected]ão: Pinetown Printers, Pinetown, África do Sul DISTRIBUIÇÃO: Aeroportowww.revistabusinessconect.com

01

02

03

| 6

| 7

| 11

| 13

| 14

| 15

| 17

| 18

| 20

| 22

| 29

| 31

| 36

| 41

| 42

Edition Number: 23Frequency: MonthlyCirculation: 25.000 copiesOffices: Sublime Media, R. Kamba Simango, 71 Moçambique [email protected]: Ryan Cass - [email protected] Editorial Director: Mário Lino - [email protected]: Tunelga Manjate - [email protected], Layout and Pagination: Osório Chembene Jr. - [email protected] desk : Rogério Júnior - [email protected]

PUBLICIDADE: [email protected]ão: Pinetown Printers, Pinetown, África do Sul DISTRIBUIÇÃO: Maputo Intternational Airport www.revistabusinessconect.com

A revista Business Connect é propriedade da Sublime Media.Business Connect magazine is property of Sublime Media.

05

04

Page 5: Business Connect Dezembro 2015

5www.revistabusinessconnect.com

EDITORIAL | EDITORIAL

A revista Business Connect é propriedade da Sublime Media.Business Connect magazine is property of Sublime Media.

MÁRIO LINOEDITOR

[email protected]

5www.revistabusinessconnect.com

Há uma frase que diz que para dar um passo em frente – ou dois – às vezes é preciso dar um passo atrás. Quero acreditar que será esse o caso da economia Moçambicana.

O aumento da inflacção, a depreciação do metical face à subida do dólar e a queda nos preços de commodities como o carvão não estão a ajudar muito à criação de uma energia positiva em torno da economia nacional e influenciaram negativamente tanto os ratings como as previsões de crescimento para o próximo ano. Não é bom. Sou um optimista mas também acredito que é melhor assumir em devido tempo a realidade em vez de tentar “dourar a pílula”, e viver numa ilusão.

Só se admitirmos que há problemas poderemos trabalhá-los e mesmo assim nem sempre é fácil, porque há variáveis que fogem ao nosso controlo e a maioria dos países está fortemente de factores externos.

O Banco Central está a tentar reagir, falando de aumento de exportações e de limitar as importações, incrementar as reservas, estimular o crédito bancário às empresas e particulares. Por vezes, parecendo fácil em teoria, é mais difícil na prática, especialmente quando se trata de gerir uma “máquina” tão grande como um país.

Entendo que ainda assim, em qualquer coisa negativa, raramente não há algo positivo. Pegue-se na desvalorização do metical, por exemplo. Não é boa. Mas para os estrangeiros, por exemplo Sul-Africanos, Portugueses, Americanos isto significa que a sua moeda está comparativamente mais forte. Ou seja, com a mesma quantidade de dinheiro, conseguem obter, comprar mais em Moçambique. O que se torna, de repente, interessante e pode estimular o investimento de média e pequena escala e a entrada de alguma moeda estrangeira, estimulando o investimento.

Especialmente no turismo, isto poderia ajudar a espicaçar os fluxos turísticos, atraindo mais pessoas. Os voos ficam mais acessíveis, os hotéis, a comida, o combustível (pelo menos se a inflacção não cobrir esse diferencial, algo que será difícil que aconteça na mesma escala).

De lembrar também que o potencial de Moçambique não desapareceu. Quando se tem gás natural, terras férteis, minerais, energia, água, um povo hospitaleiro e a garantia de estabilidade e paz, não se pode pedir muito mais. Se os ventos não sopram de feição, o mais que pode acontecer é precisarmos de uma pista mais longa, mas mesmo se o avião tiver ligeiramente menos potência, não deixará de ser capaz de levantar voo.

ONE STEp BACK…

There’s a saying that goes in order to move two steps forward, sometimes you need to go one step back. We can only hope this is what is happening with Mozambique’s economy at the moment.

The rising inflation, the depreciation of the metical versus the rise of the dollar and the fall in prices of commodities such as coal are not helping to create a positive energy and have negatively influenced both the ratings and the growth estimates for next year. Sure, not good. I am a natural optimist but I also strongly believe that it is better to assume if things are not as good, than to try to paint an illusion.

Only if you do that can you address the problems, when they exist and even then sometimes it is not always easy, because many things don’t depend exclusively on us.

The Central Bank is now talking about driving exports and limiting imports, increasing the cash flow in banks, driving credit. The direction seems almost obvious, but also true is that it when running a country, many times its easier said than done.

We might have to once again look at the positive side of the negative things. The depreciation of the metical for instance. It is not good. But for a foreigner, let’s say a South African, a Portuguese, an American. With the same amount of money, they will now be able to purchase more. So it becomes more interesting, or at least easier, for them to invest more.

Especially on tourism, this could help to increase the flow, the volume of incoming people. The flights suddenly become cheaper, the hotels, the food, the fuel all that become less expensive for them.

Also, the potential of Mozambique isn’t gone. If you have natural gas, a fertile land, minerals, energy, water and a friendly people, plus the assurance of stability and peace, you still have got what it takes. If the wind is not in your favour, what you need to think is that you will need a longer runway, yet with a bit less power the ‘airplane’ is still going to make it for takeoff.

UM PASSO ATRÁS…

Page 6: Business Connect Dezembro 2015

6

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

A elite moçambicana e alguns convidados estrangeiros de topo – entre eles Thabo Mbeki, ex-presidente sul-africano e o candidato presidencial português Marcelo Rebelo de Sousa (PSD) –

vão estar presentes no 1º Grande Fórum Económico de Moçambique, o MOZEFO, organizado pelo grupo SOICO.

O evento, previsto para os dias 2 a 4 de Dezembro, decorrerá sob o lema “Um Desafio ao Futuro” e conta na sua comissão de honra com 25 personalidades, entre as quais o ex-Presidente Joaquim Chissano, a ex-primeira-ministra Luísa Diogo, o bastonário da Ordem dos Advogados, Tomás Timbane, o bispo anglicano Dinis Sengulane, o empresário Salimo Abdula e o escritor Mia Couto, que também serão oradores no evento.

Do lado português, para além do ex-líder do PSD está confirmada a presença do ex-ministro das Finanças Jorge Braga de Macedo e do presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Vasco Rato.

Lançado em Agosto do ano passado pelo Grupo Soico, o maior grupo de comunicação social privado de Moçambique, o Fórum Mozefo contou até ao momento com um ciclo de cinco conferências temáticas, que, desde Novembro do ano passado foram dedicadas aos recursos energéticos, agricultura e pescas, serviços financeiros e turismo.

Num comunicado divulgado na altura do lançamento da iniciativa, o Grupo Soico referia que o Fórum vai criar “uma plataforma que fomente a sintonia entre os órgãos decisores públicos e privados na identificação dos principais desafios de Moçambique, atendendo aos instrumentos já existentes como a Agenda 2025, o Mecanismo de Revisão de Pares e a Agenda 2063”.

Do resultado dos debates vão nascer propostas de linhas de acção, que serão posteriormente acompanhadas, “estabelecendo pontos de monitorização e interação regulares e garantindo a continuidade dos temas entre os fóruns Mozefo”, referia o comunicado.

O projecto será acompanhado por um conselho científico que reúne as principais instituições académicas do país, como as universidades Eduardo Mondlane, Politécnica e Unilúrio.

DEZEMBRO ACOLHE O 1º GRANDE FóRUM MOZEFO EM MOÇAMBIQUE

DECEMBER wElCOMES THE GREAT MOZEFO FORUM IN MOZAMBIQUE

The Mozambican elite and some foreign top guests - including Thabo Mbeki, former South African president and the Portuguese presidential candidate Marcelo Rebelo de Sousa (PSD) - will be attending the 1st Great Economic Forum in Mozambique, MOZEFO, organized by SOICO group.

The event, scheduled for December 2nd to 4th, will be held under the motto “A Challenge to the Future” and has a honor committee with 25 personalities, including former President Joaquim Chissano, former Prime Minister Luisa Diogo, the president of the Lawyer Bar Association, Thomas Timbane, the Anglican Bishop Dinis Sengulane, businessman Salimo Abdula and writer Mia Couto, who will also be speaking at the event.

On the Portuguese side, apart from the PSD’s former leader, the event has confirmed the presence of former Finance Minister Jorge Braga de Macedo and the president of the Luso-American Foundation for Development (FLAD), Vasco Rato.

Launched in August last year by Soico Group, the largest group of private media of Mozambique, Mozefo Forum has had five thematic lecture series so far, since November last year, devoted to energy resources, agriculture and fisheries, financial services and tourism.

In a statement around the launching of the initiative, Soico Group noted that the Forum would create “a platform that fosters harmony between the public and private decision makers in identifying the main challenges of Mozambique in view of the existing instruments such as the 2025 Agenda, the Peer Review Mechanism and the 2063 Agenda”.

From the discussions proposals for new action lines will be born, which will later be followed, “establishing regular monitoring points and interaction and ensuring the continuity of topics among Mozefo forums,” the statement said.

The project will be accompanied by a scientific committee which brings together the leading academic institutions in the country, such as the Eduardo Mondlane Polytechnic and Unilúrio universities.

6 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Page 7: Business Connect Dezembro 2015

7www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

ElECTRICITy pRICE INCREASING. MIGHT NOT STOp HERE

Electricity of Mozambique (EDM) says that current energy prices are not sustainable and therefore it will increase the rates, “in order to avoid the deterioration of the company’s accounts and the collapse of the power system”.

“The average adjustment of tariffs is 0.7 meticais [0,014 euros] per kilowatt / hour, with an average increase of 0.54 meticais per kilowatt / hour in the category of domestic customers, where most of the customers EDM are”, the company said.

Protected from the increases are customers with consumption up to 100 kilowatt / hour per month, within the Social Rate and Agricultural Rate Low Voltage.

“The tariff adjustment also took into account the protection of clients in the domestic category of low voltage, representing the overwhelming majority of EDM customers,” the company said, quoted by the SAPO portal.

It is recalled that in October, the bread also increased, and in some cases the increase was around 40%.

The EDM says the measure will serve to “honour the financial commitments of the company, highlighting the power purchase costs and credits for investment in power generation”. The company also points out that the last rate increase took place in late 2010 and that “the non-tariff update for some years has affected the financial situation of EDM, impacting on the quality of supply, the high debt levels, as well as unsatisfactory expansion of electrical systems”.

Despite the energy supply from the hydroelectric plant of Cahora Bassa, the company says that the consumption of electricity in Mozambique has grown 12% per year and it involves the acquisition of this service from other sources of production at costs over the average selling price to the public.

According to the company website, which has a link with questions and answers on the adjustment, the rise in prices “are still not ideal, taking into account the real costs of energy supply, future investment needs and the

ELECTRICIDADE jÁ AUMENTOU E PODE NÃO PARAR POR AQUI

A Eletricidade de Moçambique (EDM) diz que os preços actuais da energia não são sustentáveis e que por isso vai aumentar as tarifas, “de forma a evitar a degradação das contas da empresa e

o colapso do sistema eléctrico”.“O ajustamento médio das tarifas é de 0,7 meticais

[0,014 euros], por cada quilovátio/hora, com incremento médio de 0,54 meticais por cada quilovátio/hora nos clientes da categoria doméstica, onde está a maior parte dos clientes da EDM”, anunciou a empresa.

De fora dos aumentos estão os clientes com um consumo até 100 quilovátios/hora por mês, os da Tarifa Social e da Tarifa Agrícola de Baixa Tensão.

“O ajustamento tarifário teve também em consideração a proteção dos clientes da categoria doméstica de baixa tensão, que representam a esmagadora maioria dos clientes da EDM”, diz a empresa, citada pelo portal SAPO.

Recorde-se que em Outubro, também o pão aumentou, sendo que nalguns casos esse aumento rondou os 40%.

A EDM diz que a medida servirá para “honrar os compromissos financeiros da empresa, com destaque para os custos de aquisição de energia e os créditos para o investimento nos sistemas eléctricos”. A empresa recorda ainda que o último aumento de tarifas aconteceu em 2010 e que, “a não actualização tarifária desde há alguns anos tem afectado a situação financeira da EDM, repercutindo-se na qualidade de fornecimento, nos elevados níveis de endividamento, bem como na insatisfatória expansão dos sistemas eléctricos”.

Apesar da energia da Hidroelétrica de Cahora Bassa, a empresa diz que o consumo de eletricidade em Moçambique tem crescido 12% ao ano e implica a aquisição deste serviço a partir de outras fontes de produção e a custos acima do preço de venda médio praticado ao público.

Segundo o site da empresa, que tem um link com perguntas e respostas sobre o ajustamento, o aumento dos preços “ainda não é o ideal, tendo em consideração os custos reais de fornecimento de energia

Cont.

Page 8: Business Connect Dezembro 2015

8

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

elétrica, as necessidades futuras de investimento e as recomendações dos estudos tarifários realizados”, além da forte depreciação do metical face ao dólar.

Segundo a elétrica, este aumento já deveria ter acontecido em 2012, após recomendações de um estudo tarifário, e não podia ser mais adiado, sob ameaça de “se degradar ainda mais a situação financeira da EDM e o risco de o sistema elétrico colapsar a qualquer momento”.

TARIFAS ALTAS qUE AFINAL SãO BAIXAS

Segundo a EDM, o aumento inadiável vem apenas ajustar o preço da energia aos padrões médios de África, e ao contrário do que a opinião pública por vezes comenta, o preço da energia em Moçambique não são dos mais altos na África Austral. “Os dados da Associação dos Reguladores da Área de Energia da África Austral (RERA-SAPP) indicam que a tarifa de energia eléctrica praticada em Moçambique se situa nos níveis intermédio, abaixo da tarifas das Maurícias, Zimbabwe, Tanzania, Swazilândia, Namíbia e Malawi”, refere a empresa.

E acrescenta: “Desde 2010, a tarifa de energia eléctrica em Moçambique foi-se degradando substancialmente, contrariamente à dos países da região que desde 2010 vinham fazendo incrementos das suas tarifas de forma regular, como é o caso da África do Sul, Namíbia, Tanzania e Botswana, em que as tarifas duplicaram. Enquanto que as tarifas na região subiram exponencialmente, em Moçambique, o nível tarifário degradou-se de tal ordem que actualmente está ao nível da tarifa aplicada em 1997.

O aumento, disse ainda a EDM, “vai permitir de imediato reduzir a deterioração da situação da tesouraria da empresa, criando bases para a melhoria gradual da qualidade de fornecimento de energia eléctrica”.

Recorde-se que Maputo e a Matola têm recentemente enfrentado restrições no fornecimento de energia devido à avaria de um transformador na subestação da Matola, isto depois de um outro transformador já estar inoperacional.

A reparação dos dois transformadores do sistema de abastecimento de energia a Maputo custa cem milhões de meticais (2,1 milhões de euros), informou a EDM, que esperava terminar os trabalhos em 45 dias, segundo o portal SAPO.

recommendations of the tariff studies, in addition to the strong depreciation of the metical against the dollar”.

According to the electric company, this increase should have happened in 2012, after recommendations from a tariff study, and could no longer be postponed, under threat of “degrading even more the financial situation of EDM and the risk of the electrical system collapse at any time”.

HIgH TARIffs THAT ULTIMATELy ARE LOw

According to EDM, the unavoidable increase serves to just adjust energy prices

to the average standards of Africa, and contrary to the public opinion the prices of energy in Mozambique are not the highest in southern Africa. “The data of the Association of Regulators of the Southern African Power Area (RERA-

SAPP) indicates that the electricity tariff practiced in Mozambique stands

at intermediate levels below the rates of Mauritius, Zimbabwe, Tanzania, Swaziland,

Namibia and Malawi”, the company said.EDM adds: “Since 2010, the electricity

tariff in Mozambique has been substantially degrading, unlike the countries of the region which since 2010 had been doing increases on their tariffs on a regular basis, such as South Africa, Namibia, Tanzania and Botswana, where the rates doubled. While rates in the region have

risen exponentially in Mozambique, the tariff level deteriorated such that they currently stood at the tariff

level of 1997”.The increase, said EDM, “will immediately allow

to reduce the deterioration of the company’s treasury situation, creating foundations for the gradual improvement of the quality of electricity supply.”

It is recalled that Maputo and Matola have recently faced restrictions in power supply due to the failure of a transformer substation in Matola, this after another transformer already had gone ruined.

The repair of the two transformers of the Maputo power supply system costs a hundred million meticais (2.1 million euros). EDM said it hoped to finish the work in 45 days, according to the SAPO portal.

SHARK CAUGHT AFTER SEvERAl

Page 9: Business Connect Dezembro 2015

9www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

Um tubarão foi capturado em Inhambane, no sul de Moçambique, após três ataques a pessoas atribuídos a este predador.

“A nossa operação culminou com a captura de um tubarão de aproximadamente dois metros e meio”, avançou Américo Sitoe, o administrador marítimo desta província no sul de Moçambique, sem precisar a espécie capturada nem estabelecer relação entre este animal e os recentes ataques.

Um pescador da baía de Inhambane ficou sem braços na sequência de um ataque de tubarão.

Foi o terceiro caso registado em menos de dez dias na região, após a morte de uma mulher e um homem ter perdido um braço, provocando a revolta da população.

Desde o primeiro ataque, as autoridades marítimas e pescadores locais iniciaram uma caça ao tubarão, cujos resultados primeiro resultaram na captura de duas pequenas crias, apresentadas como sendo tubarão-touro, embora outras opiniões as identifiquem como sendo de espécies de tubarões-de-recife, habitualmente pouco agressivos para o Homem.

As crias foram entregues ao Instituto de Investigação Pesqueira, segundo Américo Sitoe, que esperava também a chegada de técnicos do Ministério das Pescas para se encarregarem do tubarão capturado.

“É uma verdadeira festa, a população está muito satisfeita com a captura deste animal”, descreveu o administrador marítimo de Inhambane, cuja costa é um dos principais centros turísticos do país.

A ocorrência de várias espécies de tubarão, incluindo tubarão-touro, é conhecida no canal de Moçambique, embora seja raro o registo de ataques a pessoas.

ATTACKS IN INHAMBANE

A shark was captured in Inhambane in southern Mozambique, after three attacks on people assigned to this predator.

“Our operation resulted in the capture of a shark about two and a half meters,” advanced Américo Sitoe, maritime administrator of this province in southern Mozambique without specifying further details on the species of the shark or establishing a relationship between this animal and the recent attacks.

A Inhambane Bay fisherman became armless following a shark attack. It was the third recorded case in less than ten days in the region, following the death of a woman and a man having lost an arm, causing the revolt of the population.

Since the first attack, shipping and local fishing authorities began a shark hunt, that had resulted in the capture of two small cubs, presented as bull shark, although other opinions identify them as reef sharks, usually little aggressive to humans.

Pups were delivered to the Fisheries Research Institute, according to Americo Sitoe, which was also expecting the arrival of experts from the Ministry of Fisheries to take charge of the captured shark.

“It’s a real treat, the population is very pleased with the capture of this animal”, described the maritime administrator at Inhambane, whose coast is a major tourist centers of the country.

The occurrence of various shark species including bull shark is known in the Mozambique channel, but records on attacks to humans are rare.

TUBARÃO CAPTURADO APóS VÁRIOS ATAQUES EM INHAMBANE

Page 10: Business Connect Dezembro 2015

10

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

A Selecção Nacional de Moçambique voltou a cair no ranking masculino da FIFA, desta vez para a posição 125, a pior classificação dos Mambas desde 2006. O ranking mundial é liderado pela Argentina

(Novembro), seguida pela Alemanha, Bélgica e Portugal.Depois da queda de 12 posições em Outubro que

colocou os Mambas, ainda sob o comando de Hélder Muianga, Mano-Mano, fora do top 100, a Selecção Nacional voltou a descer 18 lugares devido à derrota na Zâmbia, a 19 de Outubro, e ao empate no estádio da Machava no dia 26.

Após o empate, que ditou a eliminação da fase final do Campeonato Africano para jogadores que actuam nos campeonatos internos (CHAN), a Federação Moçambicana de Futebol despromoveu Mano-Mano do comando técnico, é agora adjunto, e contratou um treinador croata para garantir o apuramento de Moçambique para o Mundial de 2018.

O lugar 125 é a pior classificação dos Mambas desde Setembro de 2006 quando ocupou a posição 128. Desde 2014 que a Selecção Nacional de Moçambique não caía do grupo das cem melhores selecções do mundo.

FOOTBAll: MOZAMBIQUE FAllING IN FIFA RANKINGS

The Mozambique National Team fell once again in the men’s FIFA rankings, this time to the position nr. 125, the worst rating of the Mambas since 2006. The world ranking is now led (November) by Argentina, followed by Germany, Belgium and Portugal.

After falling 12 positions in October, the Mambas, still under the command of Helder Muianga, Mano-Mano, left the top 100, and now the National Team declined further 18 places due to a defeat in Zambia, on 19 October, and a tie at Machava stadium on the 26th.

After the draw, which dictated the elimination of the final phase of the African Cup for players operating in Indoor Championships (CHAN), the Football Mozambican Federation Mano-Mano demoted the coach, who is now deputy, and hired a Croatian coach to ensure Mozambique qualifying for the World Cup 2018.

The place 125 is the worst for the Mambas since September 2006 when they held the position 128. Since 2014 the national team of Mozambique had not fallen from the top one hundred best teams in the world.

FUTEBOL: MOÇAMBIQUE VOLTA A CAIR NO

RANkING DA FIFA

Page 11: Business Connect Dezembro 2015

11www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

A prevalência da fome em Moçambique diminuiu de 56% para 24% da população nos últimos 25 anos, representando uma redução de 32 pontos percentuais. São dados do relatório sobre

alimentação e agricultura no mundo, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Apesar desta “significativa redução” do número de pessoas afetadas pela fome em Moçambique, a Oficial de Protecção Social da FAO, Maya Takagi, observa que o país, se comparado com os outros estados da região, ainda está num nível baixo em relação à segurança alimentar que afecta actualmente um quarto da sua população.

Existem quatro pontos, de acordo com Takagi, para o combate dos níveis de fome em Moçambique: apoio à produção agrícola, ampliação das políticas de protecção social, adopção de um plano que inclua a transferência de rendimento e de alimentos para os mais pobres e a promoção do acesso ao emprego, principalmente no meio rural, visto que quatro em cada cinco pessoas em extrema pobreza vivem nas zonas rurais e dependem da agricultura.

Em Moçambique o sector agrário contribui com 25% para o Produto Interno Bruto (PIB), embora seja, maioritariamente, de subsistência. O diretor nacional de segurança alimentar, Fernando Mavie, diz que o Governo moçambicano está a criar programas de incentivo ao sector de modo a aumentar a sua contribuição no PIB.

“Neste momento estamos a trabalhar na criação de sistemas de regadio, na medida em que a nossa agricultura ainda é de sequeiro e, tendo em conta as adversidades climatéricas, o risco é maior”, diz.

O novo relatório da FAO faz conhecer que houve avanços na redução da fome no mundo, tendo sido registada uma diminuição de 400 milhões de famintos. Actualmente 800 milhões de pessoas ainda sofrem e outros mil milhões vivem em situação de extrema pobreza.

24 OUT OF 100 MOZAMBICANS SUFFER FROM HUNGER - FAO

The prevalence of hunger in Mozambique decreased from 56% to 24% of the population over the past 25 years, representing a decrease of 32 percentage points, according to data on food and agriculture in the world from the Food and Agriculture Organization (FAO).

Despite this “significant reduction” in the number of people affected by famine in Mozambique, the Social FAO Protection Officer, Maya Takagi, notes that the country, compared to other states in the region, is still at a low level in relation to security food that currently affects a quarter of its population.

There are four key points, according to Takagi, to combat the hunger levels in Mozambique: support for agricultural production, expansion of social protection policies, adoption of a plan that includes the transfer of income and food for the poorest and promoting access to employment, especially in rural areas, as four out of five people in extreme poverty live in rural areas and are dependant on agriculture.

In Mozambique the agricultural sector contributes 25% to the Gross Domestic Product (GDP), although it is mostly subsistence. The national director of food safety, Fernando Mavie, says the Mozambican government is creating programs to encourage the sector to increase its contribution to the GDP.

“We are currently working on establishing irrigation systems, to the extent that our agriculture is still rain-fed and taking into account the climatic adversities, the risk is higher”, he says.

The new FAO report states there has been progress in reducing hunger in the world, with a decrease of less 400 million hungry people. Currently 800 million people still suffer and other billion living in extreme poverty.

24 EM CADA 100 MOÇAMBICANOS PASSAM FOME - FAO

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

Page 12: Business Connect Dezembro 2015

12

MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Compra Credelec no BCI DirectoMobile e habilita-te a ganhar10x o valor da recarga.

Basta ligares *124# e seguir:

BCI Directo Mobile | Tako Móvel | ATMUma Parceria:

Term

os e

cond

ições

apl

icáve

is.

1. Consulta2. Recarga

3. Pagamento4. Transferência

5. Donativo Cheias6. Serviços

1. Mcel2. Vodacom3. Credelec4. Teledata

5. @in6. Zap

Número do contador(apenas credelec online):

000 000 000 000 0

Valor pretendido:

000MT

OK

BCI_CREDELEC_CONNECT_210x273MM.ai 1 10/20/15 12:35 PM

Page 13: Business Connect Dezembro 2015

13www.revistabusinessconnect.com

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

A África do Sul está a enfrentar a pior seca desde 1982, com mais de 2,7 milhões de famílias a enfrentarem escassez de água em todo o país, adiantou o governo.

Lennox Mabaso, porta-voz do Departamento do governo local em KwaZulu-Natal, disse que a seca, concentrada nas províncias de Free State e KwaZulu-Natal, está a começar a ter impactos sobre os meios de subsistência e a drenar a economia.

“As barragens estão no ponto mais baixo. Esta é uma seca histórica e o governo está a fazer o melhor que pode. Como se pode imaginar, isso requer imensos recursos e tem impacto em todos, ricos e pobres”, disse Mabaso.

O ministério declarou as províncias de KwaZulu-Natal e Free State como áreas de desastre e advertiu que cerca de 6.500 comunidades rurais em quatro províncias enfrentam escassez de água. A capital da África do Sul, Pretória, já implementou restrições de água.

Wandile Sihlobo, economista da Grain SA, disse à Al Jazeera que as culturas de verão (soja, milho, cana de açúcar) e pecuária são susceptíveis de ser mais atingidas pela seca e os consumidores poderão ser confrontados com um aumento dos preços dos alimentos.

“As pessoas sempre pensaram que a África do Sul era um país seguro em termos de água. Mas todos precisam respeitar a água e usá-la com moderação. Os tempos mudaram”, afirmou Lennox Mabaso, porta-voz do departamento do governo local em KwaZulu-Natal.

SOUTH AFRICA IN MIDST OF ‘EpIC DROUGHT’

South Africa is facing its worst drought since 1982, with more than 2.7 million households facing water shortages across the country, the government has said.

Lennox Mabaso, spokesperson for the Department of local government in KwaZulu-Natal, told Al Jazeera that the drought, concentrated in provinces of Free State and KwaZulu-Natal, was beginning to impact on livelihoods and draining the economy.

“The dams are at an all-time low. This is an epic drought and government is doing the best it can do. As you can imagine, it requires a lot of resources and its impacting everyone, rich and poor,” Mabaso said.

The ministry declared the KwaZulu-Natal and Free State provinces as disaster areas and warned that some 6,500 rural communities across four provinces face water shortages. South Africa’s capital, Pretoria, has already implemented water restrictions.

Wandile Sihlobo, an economist at Grain SA, told Al Jazeera that summer crops (soybeans, maize, sugarcane) and livestock farming are likely to be hardest hit by the drought and consumers were likely to see food prices elevated for some time to come.

“People have always thought that South Africa is a water secure country. But people need to respect water and use it sparingly. The times have changed,” Lennox Mabaso, spokesperson for the department of local government in KwaZulu-Natal, said.

Compra Credelec no BCI DirectoMobile e habilita-te a ganhar10x o valor da recarga.

Basta ligares *124# e seguir:

BCI Directo Mobile | Tako Móvel | ATMUma Parceria:

Term

os e

cond

ições

apl

icáve

is.

1. Consulta2. Recarga

3. Pagamento4. Transferência

5. Donativo Cheias6. Serviços

1. Mcel2. Vodacom3. Credelec4. Teledata

5. @in6. Zap

Número do contador(apenas credelec online):

000 000 000 000 0

Valor pretendido:

000MT

OK

BCI_CREDELEC_CONNECT_210x273MM.ai 1 10/20/15 12:35 PM

ÁFRICA DO SUL CONFRONTADA COM ‘SECA ÉPICA’

Page 14: Business Connect Dezembro 2015

14

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

O presidente Barack Obama deu 60 dias à África do Sul para demonstrar que os requisitos da Lei Africana de Crescimento e Oportunidades para as exportações agrícolas estão a ser cumpridos.

As principais exportações da África do Sul para os Estados Unidos incluem laranjas, nozes de macadâmia e vinho. Mas a disputa actual gira em torno de aves, suínos e carne de frango como foco principal.

“A África do Sul não merece receber prestações ao abrigo da AGOA dado que se recusa a deixar cair as políticas comerciais injustas que têm efectivamente fechado as portas às importações americanas de frango por mais de uma década”, disse um grupo bipartidário de senadores dos estados produtores de frango num comunicado.

Enquanto isso, o governo Sul-Africano está confiante de que será capaz de resolver todas as questões pendentes e evitar a suspensão do seu estatuto de comércio agrícola livre de impostos com os EUA, disse o Departamento de Comércio e Indústria.

A África do Sul tem levantado preocupações sobre surtos de gripe aviária periodicamente vividas pelos produtores americanos, bem como o impacto sobre os produtores nacionais, mas tinha chegado a acordo durante as conversações de Paris em Junho em finalizar um protocolo de resolução dos problemas pendentes. O ministro do Comércio Rob Davies disse que espera uma solução antes do prazo de 60 dias ser atingido.

CHICKEN DISpUTE IMpERIlS SOUTH AFRICA’S AGOA ElIGIBIlITy

President Barack Obama has given South Africa 60 days to demonstrate the requirements of the African Growth and Opportunity Act for agricultural exports are being met. South Africa’s major exports to the United States include oranges, macadamia nuts and wine. But the current dispute centers around poultry, pork and beef with chicken the major focus.

“South Africa does not deserve to receive benefits under AGOA as long as they refuse to drop unfair trade policies that have effectively slammed the door on American chicken imports for over a decade,” a bipartisan group of U.S. Senators from chicken-producing states said in a statement.

Meanwhile, The South African government is confident that it would be able to resolve all outstanding issues and avoid the suspension on its duty-free farm trade status with the US, the Department of Trade and Industry said.

South Africa, which has raised concerns about avian influenza outbreaks periodically experienced by American producers, as well as the impact on domestic producers, agreed during Paris talks in June to finalize a protocol addressing outstanding issues. Trade Minister Rob Davies said he expects a resolution before the 60-day deadline is reached.

ADS: “GUERRA DOS FRANGOS” PõE EM PERIGO PERMANêNCIA NA AGOA

Page 15: Business Connect Dezembro 2015

15www.revistabusinessconnect.com

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

15www.revistabusinessconnect.com

ZIMBABUÉ: EDITOR E REPóRTERES PRESOS

A polícia prendeu o editor do Sunday Mail Mabasa Sasa, o editor de investigações Brian Chitemba e o repórter Tinashe Farawo na sequência da publicação de uma história na edição do

semanário que alegou que um sindicato composto por policias, rangers dos Parques e Gestão da Vida Selvagem e cidadãos asiáticos estão por detrás da mais recente onda de assassinatos de elefantes no Parque Nacional de Hwange.

O advogado do trio, James Muzangaza disse que os três foram presos por supostamente publicar falsidades dado que a polícia afirma ter indagado em todas as estações de polícia e não ter encontrado relatos de policias que estivessem a investigar os seus membros por suposto envolvimento em actividades de caça furtiva.

O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas do Zimbabué, Foster Dongozi, condenou a detenção, dizendo que era o direito do trio expor o escândalo de importância nacional.

“Por que é que estão a prender os mensageiros? Por que não realizar investigações para ver quais os funcionários envolvidos?” A questão da caça ilegal de elefantes é de importância nacional. Era direito deles como jornalistas expor o escândalo. Nós condenamos esses actos de assédio. A polícia não deve sequer chegar perto das redacções. Ela deve conduzir as suas próprias investigações internas”, disse.

A história, com a manchete ‘Polícia de Topo indiciado na Caça Furtiva’, alegou que um dos suspeitos sob investigação activa era um comissário assistente da polícia e que vários outros tinham sido presos em conexão com o assassinato de 22 Elefantes adultos. O Sunday Mail informou ainda que o sindicato tenha alegadamente morto cerca de 55 Jumbos pelas suas presas de marfim desde o início de 2015.

A polícia do Zimbabué terá sentido que estava sob ataque. “As mentiras têm danificado e manchado a imagem da (polícia) sem qualquer razão aparente. A história não afecta apenas a Polícia da República do Zimbabué, mas todo o aparelho de segurança”, disse a porta-voz da polícia Charity Charamba aos repórteres. Ela argumentou que os jornalistas têm o dever de identificar os culpados e não de provocar sensacionalismo o assunto.

Os três jornalistas do Zimbabué foram entretanto libertados sob fiança.

ZIMBABwE: EDITOR, REpORTERS ARRESTED

Police have arrested The Sunday Mail editor Mabasa Sasa, investigations editor Brian Chitemba and reporter Tinashe Farawo following the publication of a story in the weekly’s edition which alleged that a syndicate comprising police officers, Parks and Wildlife Management Authority rangers and Asians was behind the latest spate of elephant killings in Hwange National Park.

The trio’s lawyer Mr James Muzangaza said the three were arrested for allegedly publishing falsehoods as police claim that they have inquired at all police stations and found no reports of police investigating their members for alleged involvement in poaching activities.

Zimbabwe Union of Journalists secretary general Mr Foster Dongozi condemned the arrest saying it was the trio’s right to expose the scandal as it was of national importance.

“Why are they arresting the messengers? Why not conduct investigations to see which officials are involved? “The issue of elephant poaching is of national importance. It was their right as journalists to expose the scandal. We condemn these acts of harassment. Police should not be seen anywhere near the newsroom. They should conduct their own internal investigations,” he said.

The story, headlined ‘Top Cop fingered in poaching saga’, alleged that one of the suspects under active investigation was an assistant commissioner in the police force and that several others had been arrested in connection with the killing of 22 Jumbos. The Sunday Mail further reported that the syndicate has allegedly killed around 55 Jumbos for their ivory tusks since early 2015.

The Zimbabwean police evidently felt they were under attack. “The falsehoods have dented and tarnished the image of the (police) for no apparent reason. The story does not only affect the Zimbabwe Republic Police but the entire security apparatus,” police spokesperson Charity Charamba told reporters. She argued that journalists have the duty to identify the culprits and not sensationalize the matter.

The three Zimbabwean journalists have been released on bail.

Page 16: Business Connect Dezembro 2015

16

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

O Governo dos EUA ameaçou retirar o pacote de ajuda de remédios contra a malária em hospitais públicos, a menos que o governo do Malawi toma medidas sérias sobre o roubo do medicamento.

Virgínia Palmer, embaixadora dos EUA no Malawi soou o alarme numa entrevista colectiva em Lilongwe.

Palmer não mediu palavras e atacou directamente o governo do Malawi pela sua passividade face ao roubo de medicamentos em hospitais públicos que ela disse está a atingir níveis alarmantes. “Queremos ver os perpetradores presos, queremos ver os funcionários envolvidos despedidos, e não transferi-los apenas para outro hospital”, disse Palmer.

Se implementada, a medida poderá por em risco mais de seis milhões de malauianos, especialmente as crianças que recebem gratuitamente o medicamento contra a malária em hospitais públicos. “Eu não acho que o contribuinte americano ficaria feliz de encontrar o medicamento que está a financiar nas prateleiras das lojas para venda”, disse ela.

Os EUA fornecem 95% de todos os medicamentos contra a malária para os hospitais públicos do Malaui através do programa President Malaria Initiative e se a América interromper o fornecimento do medicamento, a situação irá piorar s débil situação das unidades de saúde, já atingidas pela má situação económica.

Uma pesquisa mostra que 25 por cento das drogas em hospitais públicos são roubadas, geralmente por membros do pessoal que são coniventes com os proprietários de hospitais privados. Palmer explicou que o seu governo vai deixar de fornecer a droga contra a malária aos hospitais onde existem mais roubos. “Queremos ver um maior controlo dos remédios”, disse ela, citada pelo Niassa Times.

Pelo menos 6.3 milhões de malauianos tiveram malária só no ano passado.

MAlAwI: US THREATENS TO pUll OUT MAlARIA DRUG AID pACKAGE

US government has threatened to pull out malaria drug aid package in public hospitals unless the Malawi government takes serious action on theft of the medicine. Virginia Palmer, US ambassador to Malawi sounded the warning at a news briefing in Lilongwe.

Palmer did not mince words but directly attacked the Malawi government for its passiveness on drug theft in public hospitals which she said is now reaching alarming levels. “We want to see perpetrators locked up, we want to see officials involved fired not transferring them to other hospital,” said Palmer.

If implemented, the move would risk over six million Malawians, especially children who get the free malaria medicine in public hospitals. “I dont think the American tax payer would be happy to see the medicine they are funding are found on shop shelves for sale,” she said.

The US provides 95 % of all malaria medicine in public hospitals in Malawi through the President Malaria Initiative and if America stops supplying the medicine, the situation would worsen the already crippled health facilities hit by the worst economic situation.

Research shows that 25 per cent of medial drugs in public hospitals are stolen, usually by members of staff who connive with owners of private hospitals. Palmer explained that her government will stop supplying the malaria drug to hospitals hit most by theft.

“We want to see better accountability of the medicine,” she said, quoted by Nyasa Times.

At least 6.3m Malawians had malaria last year alone.

MALAUI: EUA AMEAÇAM TERMINAR PACOTE DE AjUDA DE REMÉDIO CONTRA A MALÁRIA

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

Page 17: Business Connect Dezembro 2015

17www.revistabusinessconnect.com

PAÍSES VIZINHOS | NEIgHBOURINg NEws

TANZâNIA EMPOSSA NOVO PRESIDENTE

A Tanzânia já jurou o seu novo presidente John Magufuli. Enquanto isso líderes locais e internacionais ainda estão a negociar o futuro das eleições anuladas na região semiautónoma de Zanzibar.

A cerimónia de inauguração, em Dar es Salaam foi assistida por vários chefes de Estado africanos, incluindo o actual presidente da União Africana e presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, do Quénia, Uhuru Kenyatta, e o presidente sul-africano Jacob Zuma. O presidente cessante Jakaya Kikwete congratulou Magufuli e declarou que estava feliz por sair após o seu mandato de 10 anos.

Magufuli ganhou as eleições com 58 por cento. Uma das suas principais promessas é a de que lutará contra a corrupção e abordará escândalos recentes, especialmente no sector de energia da Tanzânia. Pela primeira vez em meio século, o CCM enfrentou um grande desafio, uma oposição unida e perdeu vários assentos no parlamento. O candidato da oposição Edward Lowassa boicotou a cerimónia, argumentando que a votação foi fraudulenta.

A Vice de Magufuli, Samia Suluhu Hassan de Zanzibar será a primeira vice-presidente mulher da Tanzânia. Hassan tem experiência em planeamento económico e está na política há 15 anos.

DESTINO DE ZANZIBAR

AINDA INCERTO

Em simultâneo, as eleições foram anuladas na ilha semi-autónoma de Zanzibar, província da Tanzânia. Embora Zanzibar faça parte da Tanzânia, elege o seu próprio presidente provincial. A anulação das eleições surgiu depois que o principal candidato da oposição Seif Sharif Hamad da Frente Cívica Unida (CUF) se declarou vencedor antes de os resultados serem anunciados oficialmente.

TANZANIA SwEARS IN NEw pRESIDENT

Tanzania has sworn in its new president John Magufuli. Meanwhile international and local leaders are still negotiating the future of the annulled elections in semi-autonomous Zanzibar.

The inauguration ceremony in Dar es Salaam was attended by several African heads of state including current African Union chairman and Zimbabwean president Robert Mugabe, Kenya’s Uhuru Kenyatta, and South Africa’s Jacob Zuma. Outgoing president Jakaya Kikwete welcomed Magufuli into office and declared that he was happy to step down after his 10 year term.

Magufuli won the elections with 58 percent. One of his major promises was that he would tackle corruption and address recent scandals, especially in Tanzania’s energy sector. For the first time in half a century, CCM faced a major challenge by a united opposition and lost several seats in parliament. Opposition candidate Edward Lowassa boycotted the ceremony, having previously argued that the vote was rigged.

Magufuli’s deputy, Samia Suluhu Hassan from Zanzibar will be Tanzania’s first female vice president. Hassan has a background in economic development and has been in politics for 15 years.

ZANZIBAR’s fATE sTILL UNCERTAIN

Elections were annulled in Tanzania’s semi-autonomous island province of Zanzibar. Although Zanzibar is part of Tanzania, it elects its own provincial president. The annulment of the elections came after the main opposition candidate Seif Sharif Hamad of the Civic United Front (CUF) declared himself the winner before the results were officially announced.

17www.revistabusinessconnect.com

Page 18: Business Connect Dezembro 2015

18 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Não seria óptimo se alguém tivesse uma ideia brilhante, capaz de mudar a sua vida e a dos outros e se alguém decidisse ajudá-lo a torná-la real? Bem, é exactamente isso que a TOTAL - o maior conglomerado de energia em África – se prepara para fazer.

Chama-se TOTAL Startupper do ano, uma competição que vai escolher os três melhores projectos em Moçambique, realizada em simultâneo noutros 33 países africanos, tais como a vizinha África do Sul.

A empresa está à procura de projectos inovadores que tenham o potencial de tornar a vida das pessoas melhor, e quer usar a competição para identificar e recompensar startups na fase de criação e de crescimento”.

Em entrevista exclusiva à Business Connect, Joseph Kouamé, Gerente-Geral da TOTAL Moçambique, sintetiza que você precisa para se tornar um vencedor: “O projecto precisa de ser exequível, precisa de ter interesse social e económico e precisa ser inovador”. As ideias podem vir de qualquer área, da agricultura à indústria, não necessariamente apenas focadas no sector da energia, que é o core business para TOTAL, que opera em 130 países, a quarta maior a nível mundial e a primeira em África, segundo a empresa.

A competição - para pessoas entre 0 e 35 anos de idade – implica a inscrição dos projectos online até ao dia 31 de Janeiro de 2016. Em primeiro lugar será seleccionada uma lista dos 10 melhores projectos. Todos os projectos e / ou empresas concorrentes deve ser recentes, com menos de 2 anos. O júri, composto

THE TOTAl STARTUp IS COMING

Wouldn’t it be just great if you had this idea that you think it’s awesome, that can change your life and others’ and if on top of that someone would help you to make it real? Well, that’s just about what TOTAL – the biggest energy conglomerate in Africa – is about to do.

They’ve called it TOTAL Startupper of the year, a competition that will choose the three best projects in Mozambique, but that is at the same time being held in other 33 African countries, such as next-door South Africa.

The company is seeking innovative projects that have the potential to make people’s lives better, and wants to use the contest to identify and reward startups “…in enterprise creation and development” that are just getting going.

In an exclusive interview with Business Connect, Joseph Kouamé, General-Manager of TOTAL Mozambique, synthesizes would you need to become a winner: “The project needs to be doable, it needs to have social and economic interest and needs to be innovative”. The ideas can come from any area, from agriculture to industry, not necessarily only focused on the energy sector, which is the core business for TOTAL, a company operating across 130 countries in the world and the 4th biggest worldwide.

The competition - for which people between 0 and 35 years need to apply online until the 31st of January

ONDE ESTÁ A STARTUP DO ANO?

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Joseph Kouamé DG Total Moçambique acredita que não vão faltar candidatos.Joseph Kouamé GM Total Mozambique believes there will be plenty candidates.

Cont.

Page 19: Business Connect Dezembro 2015

19www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

19www.revistabusinessconnect.com

por economistas, empresários e universidades, reduzirá então a lista às três Startups vencedoras, atribuindo 650,000 MZN para o primeiro prémio, 450.000 para o 2º prémio e 250.000 para o 3º lugar.

Além disso, os vencedores também terão apoio e coaching (treino) para transformar os seus projectos em empresas, que terão de se estabelecer no âmbito de um período de 6 meses.

Na conferência de imprensa de apresentação, a madrinha do evento, a ex-ministra da energia Esperança Bias, disse: “Moçambique está num momento crítico, não só de descoberta de novas fontes de energia, mas também de descoberta de talentos! A nossa juventude precisa de ser capaz de brilhar e de se envolver neste processo de desenvolvimento, caso contrário, isto não faz sentido!”.

Já o Director-Geral da TOTAL acrescentou: “Este concurso Startupper do Ano é mais um passo da nossa empresa no encorajamento da juventude africana. Temos estágios e outros projectos para ajudá-los a crescer, sendo certo que um dia alguns deles virão a trabalhar para nós, mas nós vêmo-los também já como futuros clientes responsáveis e educados”, disse Joseph Kouamé. “Estamos confiantes de que, se a mensagem se espalhar, não vão faltar candidatos concorrentes aqui em Moçambique”, afirmou.

A TOTAL realizará esta competição a cada dois anos, o próximo concurso será em 2017.

2016 - will firstly select a shortlist of 10 premium projects. Both the projects and/or companies competing must be less than 2 years-old. The juri, composed by economists, entrepreneurs and Universities, will then narrow it down to the three winning Startuppers, giving away 650.000 MZN for the first prize, 450.000 for 2nd prize and 250.000 for 3rd place.

On top of that, the winners will also have backup and coaching to turn their projects into businesses that they will need to establish under a 6 months period.

The godmother of the event, former energy Minister Esperança Bias, said: “Mozambique is at a critical moment, not only of discovery of new energy sources, but also of finding talents! Our youth needs to be able to shine and get involved in this process and development, otherwise there’s no point!”.

TOTAL’s GM added: “This Startupper of the Year is another step from our company in encouraging African youth. We have had internships and other projects to help them grow, so that one day some of them will work for us but we also think of them as future educated clients”, said Joseph Kouamé. “We are confident that if the message spreads about this, we will have a lot of candidates competing here in Mozambique”, he stated.

TOTAL is going to hold this competition every two years, so the next one will be in 2017.

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Page 20: Business Connect Dezembro 2015

20 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

O Banco de Moçambique garantiu que estão em curso medidas para amortecer os efeitos da queda do metical nos últimos meses e da subida da inflação no próximo

ano, assinalando que prevalece uma conjuntura internacional adversa.

“Temos que tomar algumas medidas para calibrar e amortecer os efeitos negativos da actual conjuntura económica, o Banco de Moçambique já tornou público que aumentou, ligeiramente, as suas taxas diretoras”, afirmou, em declarações à imprensa, o porta-voz do Banco de Moçambique, Waldemar de Sousa, à margem de um encontro com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

Face à queda do metical e às projecções de aumento da inflação no próximo ano, o Banco de Moçambique subiu também o coeficiente de reserva obrigatória, a porção de capitais que os bancos comerciais são obrigados a depositar no banco central.

“Estão em curso medidas visando uma maior esterilização da liquidez, visando assegurar a estabilidade macroeconómica e do sector financeiro, para 2016, tal como está a ser observado em 2015, pese embora uma conjunta internacional adversa”, enfatizou Waldemar de Sousa, citado pela agência Lusa.

Acrescentou que a redução da vulnerabilidade da economia do país depende de uma resposta mais eficaz da economia real, através da redução das importações e aumento da produção e exportações.

Segundo a análise sobre a “A Conjuntura e Perspectivas da Economia” a inflacção poderá ultrapassar os 5% em 2016 e o PIB crescerá apenas 6,3% contra as projecções iniciais de um crescimento económico de 7,5%.

O Banco Central moçambicano atribuiu o agravamento dos indicadores macroeconómicos de Moçambique ao fortalecimento do dólar, à queda dos preços das matérias-primas e abrandamento da actividade na indústria extrativa, motivado pelo facto de os projetos no setor estarem a entrar na fase de desenvolvimento, depois de um período de prospecção e pesquisa, sobretudo no gás, acrescenta o artigo da Lusa.

BANK OF MOZAMBIQUE REACTS TO THE FAll OF THE METICAl

The Bank of Mozambique has ensured that measures are in progress to cushion the effects of the fall of the metical in recent months and the rise in inflation next year, noting that an adverse international environment prevails.

“We have to take some steps to calibrate and cushion the negative effects of the current economic environment. The Bank of Mozambique has already made public that it slightly increased its director fees,” said the spokesman of the Bank of Mozambique, Waldemar de Sousa, speaking to the press, on the sidelines of a meeting with the Confederation of Economic Associations of Mozambique.

Given the metical fall and rise projections of inflation next year, the Bank of Mozambique also increased the reserve requirement ratio, the portion of capital that commercial banks are required to deposit within the central bank.

“We are enforcing ongoing measures aimed at a greater sterilization of liquidity, in order to ensure macroeconomic stability and within the financial sector in 2016, as is being done in 2015, despite an adverse international joint”, stressed Waldemar de Sousa, quoted by news agency Lusa.

He added that the reduction of the country’s economic vulnerability depends on a more effective response from the real economy by reducing imports and increasing production and exports.

According to the analysis on “The Situation and Prospects for the Economy”, inflation may exceed 5% in 2016 and GDP will grow by only 6.3% against initial projections of economic growth of 7.5%.

The Mozambican Central Bank attributed the worsening of macroeconomic indicators of Mozambique to the strengthening of the dollar, the fall in raw material prices and slowdown in in the mining industry activity, on the ground that the projects in the sector are entering the development phase, after a period of exploration and research, particularly in gas, adds the article from Lusa.

BANCO DE MOÇAMBIQUE REAGE À QUEDA DO METICAL

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

20 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Page 21: Business Connect Dezembro 2015

21www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

FITCH BAIxA RATING DE CRÉDITO DE MOÇAMBIQUE

A agência de rating internacional Fitch, com sede nos EUA, anunciou que baixou o rating de crédito de Moçambique, de ‘B +’ para ‘B’, com perspectiva estável, adiantou a Agência de

Informação de Moçambique. Ambos os ratings de longo prazo, estrangeiros e locais,

de emissão de moeda padrão (IDR) e Teto de País caíram para ‘B’. A moeda de curto prazo IDR permanece em ‘B’.

Segundo a Fitch, o perfil fiscal do país “deteriorou-se acentuadamente em relação ao ano passado, refletindo elevados défices orçamentais, um rápido aumento da dívida pública, receitas públicas voláteis e um alargamento da massa salarial”.

A Fitch admite que o governo está a fazer esforços de contenção das despesas de capital, mas adverte que a consolidação orçamental deverá ser gradual. A Fitch prevê que o défice das administrações públicas suba para em média 5,8 por cento do PIB em 2015-17, bem acima da média de 3,6 por cento em 2011-13.

A agência de rating indicou que a dívida pública aumentou em parte devido à depreciação da moeda nacional em cerca de quarenta por cento. E observou que cerca de oitenta por cento da dívida pública está emitida em moeda estrangeira, segundo a Agência de Informação de Moçambique.

Assim, a Fitch espera que a dívida pública em relação ao PIB venha a atingir um valor recorde em 10 anos, de 61,6 por cento, até ao final do ano, em comparação com 37,6 por cento em 2011.

FITCH DOwNGRADES MOZAMBIQUE CREDIT RATING

The US-based international ratings agency Fitch has announced that it is downgrading Mozambique’s credit rating from ‘B+’ to ‘B’ with a stable outlook, the Mozambican news Agency reported.

Both its long term foreign and local currency Issuer Default Ratings (IDR) and Country Ceiling fell to ‘B’. The short-term currency IDR remains at ‘B’.

According to Fitch, the country’s fiscal profile has “deteriorated sharply over the past year, reflecting high budget deficits, a rapid rise in public debt, volatile government revenue and a widening wage bill”.

Fitch accepted that the government is making efforts to rein in capital expenditure but warns that fiscal consolidation is expected to be gradual. It expects the general government deficit to average 5.8 per cent of GDP in 2015-17 which is well above the 3.6 per cent average in 2011-13.

The ratings agency pointed out that government debt has increased partly due to a forty per cent depreciation of the national currency, the metical. It noted that around eighty per cent of public debt is denominated in foreign currency.

Thus, Fitch expects the government debt to GDP ratio to reach a ten year high of 61.6 per cent by the end of the year compared to 37.6 per cent in 2011.

21www.revistabusinessconnect.com

Page 22: Business Connect Dezembro 2015

22 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

O Estado moçambicano poderá vir a receber 212 biliões de dólares norte-americanos em impostos, dividendos, bónus e outros pagamentos ao longo de toda a vida do

projecto de gás natural liquefeito (GNL) em Palma, na província nortenha de Cabo Delgado, de acordo com o presidente da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Omar Mithá.

Falando numa conferência em Maputo organizada pelo Centro de Integridade Pública (CIP), Mithá explicou que os ganhos do projecto LNG vão depender de quantas fábricas de GNL (conhecidos como “trains”) serão construídas.

Os consórcios liderados pela empresa Anadarko dos Estados Unidos e pela empresa de energia italiana ENI terão descoberto até agora reservas de gás estimadas em 170 triliões de pés cúbicos na bacia do Rovuma, nas áreas offshore um e quatro. A Anadarko pretende construir as suas instalações de liquefacção em terra, na península de Afungi no distrito de Palma, enquanto a ENI tem a intenção de construir uma instalação de GNL flutuante.

Os cálculos de Mithá são de que, se somente dois trains de GNL forem construídos, os pagamentos ao Estado serão de US $ 67 biliões em toda a vida do projeto (até 2035). Mas se forem construídos seis trains, os pagamentos subirão para US $ 212 biliões.

Com seis trains, Mithá coloca o aumento do PIB de Moçambique em 2035 em US $ 39 bilhões. O PIB per capita, acrescenta, subiria de US $ 650 em 2014 para US $ 4.500 em 2035, em termos reais.

Até 2035, o projecto poderá gerar 700.000 postos de trabalho (supondo seis trains e inexistência de atrasos na construção). Apenas 16.000 deles serão empregos na indústria de GNL, principalmente a criação de postos de trabalho no pico da construção dos trains. O resto serão empregos indiretos, gerados no resto da economia.

A ENH será obrigada a contribuir para o investimento que será feito pelos consórcios liderados pela ENI e Anadarko. A ENH detém uma quota de 15 por cento na área One e 10 por cento na área Four. Mas actualmente a ENH não tem a liquidez para pagar a sua quota nesses investimentos, e Mithá diz que esse é um desafio-chave, o de encontrar formas de financiar a ENH para que possa participar.

MOZAMBIQUE: lNG pAyMENTS TO STATE COUlD REACH U.S.$212 BIllION

The Mozambican state could gain as much as US$212 billion in taxes, dividends, bonuses and other payments over the lifetime of the liquefied natural gas (LNG) project in Palma, in the northern province of Cabo Delgado, according to the chairperson of the National Hydrocarbon Company (ENH), Omar Mithá.

Speaking at a conference in Maputo on 28 October organized by the Centre for Public Integrity (CIP), Mithá explained that the gains from the LNG project will depend on how many LNG factories (known as “trains”) are built.

Consortia headed by the United States company Anadarko and by the Italian energy firm ENI have so far discovered gas reserves estimated at 170 trillion cubic feet in Rovuma Basin offshore areas one and four. Anadarko plans to build its liquefaction plants on land, on the Afungi Peninsula in Palma district, while ENI intends to build a floating LNG facility.

Mithá’s calculations are that, if only two LNG trains are built, payments to the state will amount to US$67 billion in the project’s lifetime (up to 2035). But if six trains are built, then payments will rise to US$212 billion.

With six trains, Mithá put the increase in Mozambican GDP by 2035 at US$39 billion. Per capita GDP, he added, would rise from the 2014 figure of US$650 to US$4,500 in 2035, in real terms.

From now until 2035, the project could generate 700,000 jobs (assuming six trains and no construction delays). But only 16,000 of these will be jobs in the LNG industry, mostly building jobs at the peak of constructing the trains. The rest will be indirect jobs, generated in the rest of the economy.

ENH is required to contribute to the investment that will be made by the Anadarko and ENI-led consortia. ENH holds a 15 per cent share in Area One and 10 per cent in Area Four. Currently ENH does not have the liquidity to pay for its share in these investments, and Mithá said that it is a key challenge to find ways of financing ENH so that it can participate.

RECEITAS DO GÁS PARA O ESTADO PODEM ATINGIR 212 BILIõES

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Page 23: Business Connect Dezembro 2015

23www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

23www.revistabusinessconnect.com 23www.revistabusinessconnect.com

MOÇAMBIQUE POTENCIA “E-COMMERCE”

Já se sabe que o aparecimento da internet trouxe inúmeras vantagens: pesquisas, amizades vender e comprar produtos num mercado virtual. A passos lentos, Moçambique caminha nesta tendência. Isto porque a taxa de penetração da internet é de 5.9%, isto é, 94,1% dos Moçambicanos ainda não estão conectados ao mundo da “World Wide Web”. Numa pesquisa rápida pela Business Connect, encontram-se pelo menos nove sítios de internet em Moçambique que fazem o e-commerce tais como “Compra, OLX, Xava, IzyShop, Shopping From Home, Afribaba, Kanimambo, Lamudi e Kaymu”.

O Mercado Online Kaymu está localizado em África, Europa e na Ásia perfazendo 35 países. A empresa estabeleceu-se em Moçambique há dois anos e já conta com mais de 500 vendedores. Vende, entre vários produtos, relógios, calçado e roupas, tablets, etc. adianta Edgar du Colombier, Director Geral, em entrevista à Business Connect.

Ajudar os consumidores ou compradores a ganhar tempo no acto das compras é uma das grandes motivações da presença do Kaymu em Moçambique. “Comprar certas coisas neste país é trabalhoso. Temos de percorrer grandes distâncias, enfrentar o trânsito, ir a várias lojas, comparar os preços, etc”, sustenta o Diretor Geral que garante que um Mercado Online é mais cómodo, eficiente e prático.

Para facilitar a acessibilidade deste mercado nos telemóveis, o Kaymu lançou há sete meses uma aplicação na Google play Store, BlackBerry World e na App Store e conta agora com mais de 40 000 utilizadores. Os dados da empresa mostram que há mais solicitações de compras a partir de pessoas que usam a aplicação mobile. As modalidades de pagamento no Kaymu, de acordo com Colombier, são diferentes em função da região do comprador. “Quem está em Maputo paga em “dinheiro vivo” e para quem está fora de Maputo paga pela via de transferência bancária ou m-pesa”.

O sucesso do comércio eletrónico, sobretudo em países onde a literacia cibernética e taxa de uso de internet são reduzidas, depende da sua credibilidade. Regra geral, as empresas que se preocupam com as expectativas, desejos e necessidades do cliente e que se equipam melhor conseguem ganhar a confiança do público. Por esta razão, Edgar reconhece que o desafio do Kaymu em Moçambique consiste na educação dos vendedores que ainda não conhecem as vantagens do comércio eletrónico e os compradores a terem mais confiança neste novo modelo de negócio. “Agora estamos a trabalhar com algumas universidades locais. Lá transmitimos a ideia das vantagens de vender e comprar online”, disse.

MOZAMBIQUE pUSHES FOR E-COMMERCE

It is known that the emergence of internet has brought many advantages: doing research, doing friendships, selling and buying products in virtual marketplaces. With baby steps, Mozambique is walking the line. The Internet penetration rate is 5.9%, i.e 94.1% of the Mozambicans are still not connected to the world of the “World Wide Web”. Yet, on a quick search done by Business Connect, we found already at least nine websites in Mozambique using e-commerce such as “Buy, OLX, Xava, IzyShop, Shopping From Home, Afribaba, Kanimambo, Lamudi and Kaymu”.

Kaymu Online Market is present in Africa, Europe and Asia totaling 35 countries. The company established itself in Mozambique two years ago and has now more than 500 vendors. They sell watches, shoes and clothes, tablets, among other products, says Edgar du Colombier, Managing Director, in an interview with Business Connect.

Helping consumers or buyers saving time on purchases is one of the great motivations for Kaymu in Mozambique. “Buying things in this country is arduous. We have to travel long distances, fight traffic, go to several stores to compare prices, etc.”, says the Director-General, while ensuring that Online Trading is more convenient, efficient and practical.

To facilitate the accessibility of this market in mobile phones, seven months ago Kaymu launched an application in the Google Play Store, BlackBerry World and App Store and now has more than 40,000 users. The company’s data shows that there are more shopping requests from people who use the mobile application. The arrangements for payment, according to Colombier, are different depending on the buyer’s area. “Those in Maputo can pay “cash” while those outside Maputo can pay by bank transfer or via m-Pesa”.

The success of e-commerce, particularly in countries where cyber literacy and internet usage fee are reduced, depends on its credibility. That’s why it is important that companies care about the expectations, desires and customer’s needs, so if they equip themselves better they can win the confidence of the public. For this reason, Edgar recognizes that the challenge of Kaymu in Mozambique is the education of sellers who do not know the advantages of e-commerce and also convincing the buyers to have more confidence in this new business model. “We are now working with some local universities, where we convey the advantages of selling and buying online”, he says.

Page 24: Business Connect Dezembro 2015

24 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

É PRECISO LEGISLAR AS TRANSACÇõES ELECTRóNICAS EM MOÇAMBIQUE

Não existem, até agora, estudos feitos em torno do volume de compras e vendas electrónicas, mas empiricamente as evidências mostram que tem crescido o número de moçambicanos que compram viaturas, livros e outros bens pela via electrónica. “Este processo é feito por conta e risco de cada comprador” refere o docente Universitário e Pesquisador, Celestino Joanguete.

Moçambique conta com uma Proposta de Lei sobre Transacções Electrónicas desde 2005 e este instrumento está agora na sua décima terceira versão, tal como fez conhecer o coordenador do projecto de governação electrónica e infra-estrutura de comunicação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Lourino Chemane, no primeiro Fórum sobre a Internet havido em Maputo.

O pesquisador defende que uma lei de transações electrónicas é fundamental para o nosso país, pois muitas instituições, inclusive cidadãos moçambicanos, estão conectados ao mundo de negócio nacional e transnacional. Este segue dizendo que “As transações electrónicas actualmente ocorrem num meio onde são possíveis conflitos de interesse”, por esta razão deve existir um instrumento jurídico que regula todas as acções comerciais.

Joanguete é optimista quanto aos ganhos caso a proposta de lei das Transações Electrónicas seja aprovada. “Neste momento cidadãos nacionais têm feito compras internacionais de viaturas e outros bens via Internet. Com uma legislação adequada que regule as transações electrónicas muitos conflitos relacionados com ciberfraudes e outros crimes electrónicos não tipificados no nosso código comercial passarão a ter uma regulação” observa.

Aos proponentes da Lei de Transações Electrónica, o pesquisador Joanguete deixa uma crítica quanto ao secretismo com que ela vem sendo elaborada, pois o sucesso deste projecto será alcançado caso espelhe os interesses do cidadão e isto só é possível levando-o a debate público bem como à Assembleia da República para que receba críticas. “Até hoje nunca ninguém viu a versão preliminar para compreender o teor desta proposta de lei”, critica.

wE MUST lEGISlATE THE ElECTRONIC TRANSACTIONS IN MOZAMBIQUE

So far, no studies have been conducted on electronic sales and their purchase volume, however, empirically speaking, the evidence shows that the number of Mozambicans who buy cars, books and other goods by electronic means, has grown. “This process is done at the own risk of each buyer” says University lecturer and researcher Celestino Joanguete.

Mozambique already has a Draft Law on Electronic Transactions, since 2005, and this instrument is now in its thirteenth version, as told by the project coordinator of electronic governance and communication infrastructure of the Ministry of Science and Technology, Higher, Professional and Technical Education, Lourino Chemane, during the first Forum on The Internet held in Maputo.

The researcher defends that a law on electronic transactions is critical to our country, because many institutions, including Mozambican citizens, are connected to the world of national and transnational business. He proceeds stating that “electronic transactions currently occur in an environment where potential conflicts of interest may arise”, for this reason, there must be a legal instrument able to regulate all commercial activities.

Joanguete is optimistic about gains if the Electronic Transactions Bill is approved. “Right now, the nationals have been performing international purchases of cars and other goods via the Internet. With proper legislation governing electronic transactions, many conflicts related to cyber-frauds, and other electronic crimes typified in our commercial code, will have a proper regulation,” he notes.

To the proponents of the Electronic Transaction Law, Joanguete leaves his criticism about the secrecy under which the proposal has been designed, since the success of this project will be achieved only if it can mirror the interests of the citizens, and this will only be possible by submitting the project to public debate, as well as to the Assembly of the Republic, in order to be reviewed. “To date, no one has ever seen the preliminary version, so they can understand the content of this Bill”, he criticizes.

Page 25: Business Connect Dezembro 2015

25www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

MOÇAMBICANOS CORREM VÁRIOS RISCOS NUM MERCADO ONLINE

Os moçambicanos já começam a aderir ao mercado online, interno ou externo, para fazer variados tipos de compras. O mercado estrangeiro é o mais “atacado”, basta olhar para o número de carros de segunda mão importados. Mas, como em qualquer tipo de comércio, o eletrónico tem as suas características que implicam novos riscos ao consumidor ou comprador. Por isso mesmo, Mouzinho Nicol’s, presidente Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique (DECOM), defende a necessidade de se ter um quadro legal que actue no comércio online, justificando que na actualidade, os mercados são globais e, por via disso, virtuais. “Não há como fugir dessa realidade” diz.

A iniciativa de criação de uma lei sobre as transacções electrónicas em Moçambique já tem barbas brancas. “Existia uma comissão que estava a trabalhar no assunto, mas faz algum tempo que não se fala do projecto como há alguns anos atrás.” Lembra e aponta o receio que ainda paira em torno da sua eficácia como a provável causa deste aparente esquecimento.

A redução do nível de risco do contratante, o consumidor nesse caso, e colocação dos seus direitos acautelados são alguns benefícios da lei apontados por Mouzinho. Regra geral, com uma lei sobre as transacções electrónicas em Moçambique, o consumidor passa a conhecer quais os riscos que esse tipo de contrato

MOZAMBICANS AT RISK IN THE E-MARKET

Mozambicans start to adhere to online market, both domestic and external, for various kinds of purchases. The foreign market is the most visited, as one can see by the number of imported used cars. Just as in any other kind of commerce, the electronic one has specific features that result in new risks for the consumer or the buyer. That is why, Mouzinho Nicol’s, chairman of the Mozambican Consumers Association (DECOM - Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique), endorses the need for a legal framework applicable to e-commerce, saying that currently markets are, in fact, global, hence virtual. “There is no escape from this reality”, he says.

The initiative to draft a law on electronic transactions in Mozambique is no news. “There was a commission working on it, but for some time now the project hasn’t been as mentioned as it used to be a few years ago.” He recalls and points out the fears regarding its effectiveness as the most likely cause for this seeming neglect.

Reduction of risk level of the contracting part, the consumer in this case, and the protection of their

25www.revistabusinessconnect.com

Cont.

Page 26: Business Connect Dezembro 2015

26 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

acarreta, no caso de incumprimento do fornecedor.O consumidor Moçambicano, na opinião do

Presidente da DECOM, corre vários riscos ao fazer transacções electrónicas num mercado online. O primeiro é movido pela distância que separa as partes contratantes. O segundo tem a ver com o cumprimento do contrato, que pode não ser honrado pelo fornecedor distante. Este último é onde reside o problema da eficácia duma norma que regule esse tipo de negócio. “O maior problema é como accionar o respeito pelo desrespeito da norma, numa situação em que as partes contratantes estão distantes, além-fronteiras.” Questiona.

Para minimizar estes riscos, Mouzinho Nicol’s, deixa algumas dicas aos consumidores e aos governantes no âmbito da compra online. Os primeiros, devem contratar apenas quando têm a certeza de que o fornecedor existe de facto e de que os dados pessoais não vão ser usados para outros fins fraudulentos. Se for um comércio transfronteiriço há que haver cooperação das instituições de administração da justiça dos países parte.

Um outro apelo deixado pelo Mouzinho é para a polícia administrativa, económica e até a criminal. Estes devem estar capacitados, de instrumentos e meios de trabalho, que os habilitem a lidar com este tipo de casos, sempre que a sua intervenção for solicitada em casos concretos de conflito de consumo originados por contratos virtuais, tanto interna ou externamente.

O presidente da DECOM não conhece o número exato de moçambicanos que fazem compras online, mas reconhece que uma parte considerável usa esse meio de contratação para compra de viaturas, tanto como consumidor final, como intermediário, interna ou externamente. “Essa tendência está a ganhar terreno nas transacções, não havendo formas de a contornar.” Por esta razão, ele alerta que as instituições devem dar um passo qualitativo e quantitativo na aplicação das leis que protegem o consumidor no âmbito dos contratos de um modo geral, que ainda estão aquém das expectativas do mercado.

rights are some of the benefits of the law pointed out by Mouzinho. As a rule of thumb, with a law on e-commerce in Mozambique, the consumer will be aware of the risks involved in such a contract, in case of non-compliance by the supplier.

The Mozambican citizen, according to DECOM Chairman, is at risk in several ways when performing an online transaction. The first one is due to the physical distance between the contracting parties. The second is related to the contract compliance, which the distant supplier may not respect. The latter is the core of the effectiveness issue of regulation for this type of business. “The biggest issue is how to activate the respect for the disrespect of the regulation, in a situation where the contracting parties are distant, beyond borders.” He questions.

To minimize these risks, Mouzinho Nicol’s gives some tips to consumers and rulers on e-commerce. The first shall only enter into an agreement when they are positive the supplier is real and exists, and that their personal data will not be used to other unlawful purposes. In the event of a transaction beyond borders, there has to be cooperation between the entities in charge of administrating justice on both countries involved.

Mouzinho further appeals to administrative, economic and even criminal police. They must be equipped, with tools and work conditions, to handle this type of situations. When they are asked to intervene in specific cases of trade originated by virtual agreements, both national and internationally.

The president of DECOM is not aware of the exact number of Mozambicans purchasing online, but he acknowledges that a substantial part uses this type of commerce for buying vehicles, both as end user and intermediary, national or internationally. “This trend is gaining relevance amongst the transactions, and it is not possible to avoid it”. Therefore, he raises the alert that institutions must bring the application of the law protecting the consumer in terms of contracts in general to another level, in a quantitative and qualitative manner, as these are still far from meeting the market’s expectations.

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Page 27: Business Connect Dezembro 2015

27www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUALECONOMIA | BUsINEss As UsUALECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

ASSOCIAÇÃO DE PEBANE NOMEADA MELHOR PRODUTORA DO PAÍS

Quando aceitou presidir à Associação das Mulheres 7 de Abril de Pebane, na Zambézia, Felia Amade estaria longe de imaginar que receberia o título. Mas a verdade é que a camponesa foi à tribuna montada no distrito de Lago, no Niassa, para receber, das mãos do Chefe do Estado, Filipe Jacinto Nyusi, a faixa com dizeres de “Melhor produtor agrícola, nacional, na campanha 2014/2015”.

Criada em 2006, com 27 membros, 25 mulheres e dois homens, a associação explora cinco hectares, em dois produz hortícolas e em três produz milho, amendoim e mandioca. Agora projecta aumentar as áreas de produção.

Os resultados da produção são colocados no mercado, sendo que uma parte do valor obtido é colocada na caixa de poupança da associação e o resto distribuído pelos membros, para a satisfação das necessidades individuais, adiantou o jornal “Notícias”.

A agremiação desenvolve também um trabalho social, que consiste em apoiar doentes internados no hospital de Pebane, crianças órfãs e mulheres viúvas. Assim, uma ou duas vezes ao ano (dependendo dos resultados da produção), a associação oferece produtos alimentares ao hospital e ao infantário local. Também disponibiliza um valor monetário às crianças órfãs para a aquisição de material escolar.

ASSOCIATION OF pEBANE NOMINATED BEST pRODUCER OF THE COUNTRy

When she accepted to preside over the Pebane April 7 Women’s Association, Zambezia, Felia Amade was far from imagine that she would get the title. But the truth is that the peasant went to the stand in the Lake District, Niassa, to receive, from the hands of the Head of State Philip Jacinto Nyusi, the ribbon of “Best national agricultural producer of the 2014/2015 campaign”.

Created in 2006, with 27 members - 25 women and two men - the Association operates five hectares - two hectares of vegetables production and three hectares of corn, peanuts and cassava. Now, they intend to increase the production areas.

The results of the production are placed on the market, part of the value obtained goes to the savings of the association and the remaining amount is to be distributed among its members, in order to meet their individual needs, as stated by the newspaper “Notícias”.

The association also develops social work in supporting patients admitted to the hospital of Pebane, orphans and widows. For that purpose, once or twice a year (depending on the results of the production), the association offers food products to the hospital and to the local nursery. The association also gives a monetary value to the orphans so they can purchase school supplies.

Page 28: Business Connect Dezembro 2015

28 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

HIDROCARBONETOS: SASOL GANHA NOVAS CONCESSõES

A Sasol confirmou recentemente que duas das suas três propostas ao 5.º Concurso de Concessão de Áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos em Moçambique, foram bem sucedidas.

Citado pelo jornal “Notícias”, David Constable, presidente da Sasol Limited, adiantou: “Em conjunto com os nossos parceiros de licitação, congratulamo-nos com a oportunidade de participar ainda mais no crescimento e desenvolvimento de Moçambique, o coração das nossas operações de upstream. O país tem sido, e continua a ser, um parceiro estratégico para a Sasol “.

Neste concurso, a Sasol, operador, com 70 por cento de acções, e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com 30 por cento, foram agraciados com a Área Onshore PT5-C, com 3012 quilómetros quadrados, adjacente aos campos de Pande e Temane, em Inhambane.

A outra proposta vencedora foi para a Área A5-A, que corresponde a 5145 quilómetros quadrados, situado na bacia de Angoche offshore. Neste bloco, a ENI actuará como operadora (34 por cento), com a Sasol e Statoil assegurando 25,5 por cento cada e ENH detém uma participação de 15 por cento.

O compromisso da Sasol em Moçambique começou há mais de uma década, quando o projeto de gás natural de Pande/Temane foi desenvolvido, em parceria com a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos SA e a International Finance Corporation.

HyDROCARBONS: SASOl wINS NEw CONCESSIONS

Sasol recently confirmed that two out of their three submitted proposals, regarding the 5th Tenure for the Concession of Areas for exploration and production of hydrocarbons in Mozambique, were successful.

Quoted by the newspaper “Notícias”, David Constable, Chairman of Sasol Limited, declared: “Together with our tenure partners, we welcome the opportunity to participate even more in the growth and development of Mozambique, the heart of our upstream operations. The country has been, and still is, a strategic partner for Sasol”.

In this tenure, Sasol, operator who holds 70 percent of the total shares, and the Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), holding 30 percent, were awarded the Onshore Area PT5-C, featuring 3,012 km2, adjacent to the Pande and Temane fields, in Inhambane.

The other winning bid was for the A5-A Area, featuring 5,145 square kilometres, situated in the basin of Angoche offshore. In this block, ENI shall act as operator (34 percent), Sasol and Statoil will ensure 25.5 percent each, and ENH will hold a 15 percent stake.

Sasol’s commitment in Mozambique began more than a decade ago, when the Pande/Temane natural gas project was developed in partnership with the Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos SA and the International Finance Corporation.

28 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Page 29: Business Connect Dezembro 2015

29www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

29www.revistabusinessconnect.com

FMI CONSIDERA SóLIDA ACTIVIDADE ECONóMICA MAS…

Uma equipa de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), que recentemente visitou Moçambique, considerou que a actividade económica do país em 2015 manteve-se sólida, no entanto surgiram novos desafios que exigem medidas decisivas de política económica.

Michel Lazare, chefe da missão que esteve em Moçambique entre os dias 14 e 28 de Outubro, disse ainda que o crescimento económico atingirá os 6,3 por cento em 2015 e deverá acelerar ligeiramente para 6,5 por cento em 2016.

“A inflação continua baixa, em cerca de 2 por cento, mas é esperado um aumento para 5-6 por cento ao longo dos próximos meses, devido à recente depreciação do metical, e ajustes necessários nos preços administrados”, disse Lazare, citado num comunicado de imprensa do FMI a que tivemos acesso.

A médio prazo (2017-20), o crescimento poderá atingir em média os 8 por cento devido às perspectivas positivas dos investimentos em grande escala das indústrias extractivas, em particular da indústria de gás natural liquefeito.

“Apesar de as perspectivas de médio prazo permanecerem positivas, os desafios a curto prazo tornaram-se mais complexos. Tal como outros países da região, Moçambique está actualmente a enfrentar um choque externo associado à queda nos preços das matérias-primas, menor crescimento dos parceiros comerciais e os atrasos no investimento associado aos grandes projectos de recursos naturais”, disse, citado pelo jornal “Notícias”.

A missão, que manteve discussões com as autoridades moçambicanas com vista à conclusão da quinta avaliação no âmbito do Programa de Apoio a Políticas Económicas (PSI, Policy Support Instrument), aprovado em Junho de 2013 e com duração de três anos, realçou ainda que as políticas expansionistas excessivas em 2014 (especialmente no lado fiscal) também contribuíram para as dificuldades que o país enfrenta actualmente.

“As importações continuaram a crescer a um ritmo acelerado de 17 por cento em termos anuais, enquanto as exportações estagnaram. Os influxos de capital também diminuíram substancialmente em comparação com o ano anterior. Tal tem criado pressões no mercado cambial e causou um acentuado declínio nas reservas internacionais e a depreciação do metical”, referiu Michel Lazare.

Segundo a fonte, perante este cenário, o desempenho na implementação do programa PSI apoiado pelo FMI foi misto. Apesar de algumas das metas quantitativas do programa de finais de Junho de 2015 terem sido cumpridas, 3 critérios de avaliação e uma meta quantitativa indicativa não foram cumpridos. Os mesmos critérios e metas não foram igualmente cumpridos no final de Setembro de 2015. Ocorreram também atrasos na implementação de uma série de reformas estruturais

IMF CONSIDERS THE ECONOMIC ACTIvITy AS SOlID, BUT...

A technical team from the International Monetary Fund (IMF), who recently visited Mozambique, considered that the economic activity of the country in 2015 remained solid, however, new challenges, requiring decisive action of economic policy, have emerged.

Michel Lazare, head of the mission in Mozambique between 14 and 28 October, also said that the economic growth will reach 6.3 percent in 2015, and is expected to accelerate slightly to 6.5 percent in 2016.

“Inflation remains low, at about 2 percent, but we can expect it to increase to 5-6 percent over the next few months, due to the recent depreciation of the metical, and the required adjustments over the administrated prices,” said Lazare, quoted in an IMF press release to which we had access.

In the medium term (2017-20), growth may achieve an average of 8 percent, due to positive prospects over large-scale investments on the extractive industries and, in particular, the liquefied natural gas industry.

“Although the medium-term outlook remains positive, short-term challenges have become more complex. Like other countries in the region, Mozambique is currently facing an external shock, associated with the falling prices of raw materials, the lower growth of trading partners and the delays in investments associated to large natural resource projects,” he said, quoted by the newspaper “Notícias”.

The mission, holding discussions with the Mozambican authorities on the conclusion of the fifth assessment within the “Programa de Apoio a Políticas Económicas” (PSI, Policy Support Instrument), which was approved in June 2013 for a three years’ duration, stressed out that the excessive expansionary policies in 2014 (especially on the fiscal side) also contributed to the difficulties the country faces today.

“Imports continued to grow at an accelerated annual rate of 17 percent, while exports have stagnated. The capital inflows also decreased substantially, compared to the previous year. This situation has created pressures on the foreign exchange market and caused a sharp decline of the international reserves and the depreciation of metical,” said Michel Lazare.

According to the source, against this background, the performance of the implementation of the PSI program, supported by the IMF, was a mixed one. Although some of the end of June 2015 quantitative targets of the program were met, 3 assessment criteria and one indicative quantitative target were not. The same criteria and goals also remained to be met in late September 2015. There were also delays in the implementation of a series of structural reforms supported under the PSI.

“Subject to the approval of the General Directorate and the Board of Directors of the IMF, the team and the authorities reached an agreement on a strong package of corrective policies, in order to realign the

Cont.

Page 30: Business Connect Dezembro 2015

30 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

apoiadas no âmbito do PSI.“Sujeito à aprovação da direcção-geral e do Conselho

de Administração do FMI, a equipa e as autoridades alcançaram um acordo sobre um forte pacote de políticas correctivas para realinhar o programa e gerir os choques acima mencionados sobre a Balança de Pagamentos. Este pacote de políticas implicaria uma maior consolidação orçamental em 2016 para continuar a preservar a sustentabilidade da dívida e contribuir para o necessário ajustamento externo. É também necessária uma política monetária mais restritiva e uma moderação substancial na expansão do crédito”, disse.

A equipa elogiou o Banco de Moçambique pela sua recente decisão de restringir a política monetária e recomendou a continuação do ciclo restritivo. Adicionalmente, esforços para reduzir a actual fragmentação do mercado cambial são necessários para gerar maiores incentivos aos bancos para que possam mobilizar moeda externa dos seus depositantes.

A equipa discutiu ainda uma série de reformas estruturais para ajudar na gestão dos riscos fiscais, eliminar atrasos nos reembolsos do IVA, tornar a despesa pública mais eficiente e transparente, e apoiar mais o crescimento inclusivo, incluindo através de uma maior integração financeira.

program and manage the above mentioned shocks over the Payments Balance. This package of policies would involve greater fiscal consolidation in 2016, to keep holding the debt sustainability and to contribute to the required adjustment. It is also needed to have a more restrictive monetary policy and a substantial moderation in the expansion of credit,” he said.

The team praised the Bank of Mozambique for its recent decision to restrict the monetary policy and recommended the continuation of the restrictive cycle. In addition, efforts to reduce the present fragmentation of the foreign exchange market are required, in order to generate greater incentives to banks, so they can mobilize their foreign currency depositors.

The team discussed a series of structural reforms to help tax risk management, eliminate the delays in VAT reimbursements, make public spending more efficient and transparent, and to support a more inclusive growth, including through greater financial integration.

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Page 31: Business Connect Dezembro 2015

31www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

EM 2050, ÁFRICA IRÁ ALIMENTAR O MUNDO

África utiliza apenas 20% da sua terra arável. Ou seja, existe 80% de terra arável por utilizar, um enorme potencial para que África se alimente não só a si mesma, mas também o resto do mundo. É uma conclusão da 4.ª edição da conferência Diálogos Atlânticos, subordinada ao tema “Realizar uma revolução verde em África” realizada na cidade de Marraquexe, em Marrocos.

Para o administrador do Grupo marroquino de fosfatos (OCP), Mostafa Terrab, “a revolução verde em África deve ser diferente da de outros países: o pequeno agricultor tem de estar no centro dela”. Para que esta revolução verde seja bem-sucedida é preciso que haja regulamentação, investimento na agricultura e sobretudo união, defende Terrab. “A única forma de tornar a agricultura rentável em África é de esta se unir” conclui.

Por outro lado, o presidente do Instituto de Estratégias Pan-Africanas, Cheikh Tidiane Gadio, citado pelo Diário de Notícias vinca que “em 2050, o mundo vai precisar de África para se alimentar” e que, para responder a essa necessidade, “tem de se usar o tipo certo de tecnologia para o tipo certo de solo”.

O painel deste encontro anual foi constituído pelo ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, o Ministro das Finanças do Brasil, Joaquim Levy, o Senegalês Cheikh Tidiane Gadio, fundador e Presidente do Instituto de Estratégias Pan-Africanas, e o administrador do Grupo OCP, Mostafa Terrab.

IN 2050, AFRICA wIll FEED THE wORlD

Africa makes use of only 20% of its arable land. Meaning that there is 80% of unused arable land, a huge potential for Africa to feed, not only itself, but the rest of the world. This is one of the conclusions of the 4th edition of the Atlantic Dialogue Conference on “Performing a green revolution in Africa”, held in the city of Marrakech, Morocco.

To the administrator of the Moroccan group of phosphates (OCP), Mostafa Terrab, “the green revolution in Africa must be different from that of other countries: the small farmer must be at the centre of the same”. For this green revolution to succeed, we need regulation, investment in agriculture and, most of all, cohesion, defends Terrab. “The only way to make agriculture profitable in Africa is if Africa becomes united” concludes.

On the other hand, the President of the Institute of Pan-African Strategies, Cheikh Tidiane Gadio, quoted by the Diário de Notícias, stresses out that “by 2050, the world will need Africa to feed them” and, in order to meet this need, “you have to use the right technology for the right kind of soil”.

The panel of this annual meeting was set up by the former President of Nigeria, Olusegun Obasanjo, the Minister of Finance of Brazil, Joaquim Levy, the Senegalese Cheikh Tidiane Gadio, founder and President of the Institute of Pan-African Strategies, and the administrator of the OCP Group, Mostafa Terrab.

31www.revistabusinessconnect.com

Page 32: Business Connect Dezembro 2015

32 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

32 ABRIL 2015 | APRIL 2015

Page 33: Business Connect Dezembro 2015

33www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

PETRóLEO A $50 POR BARRIL PODERÁ FALIR O MÉDIO ORIENTE

Se o preço do pe tróleo con ti nuar a cerca de $50 por barril, a mai oria dos países na re gião do Medio Oriente fi carão sem di nheiro em cinco anos ou menos e que poderá perder $360 mil mi lhões só este ano, de acordo com um relatório o Fundo Monetário Internacional (FMI). O documento in clui a Arábia Sau dita, país que li dera a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), assim como Omã e Bah rain.

Os enormes ex ce dentes or ça men tais estão a afundar-se ra pi da mente de vido a dé fices mas sivos, à me dida que o preço do pe tróleo caiu de $100 para cerca de $45. Muitos destes países estão a ser for çados a re correr a fundos de re serva para so bre viver à tem pes tade. “A OPEP ne ces sita de ajustar as suas po lí ticas de gastos e re ceitas para as se-gurar sus ten ta bi li dade fiscal”, es creve o FMI.

As estimativas do FMI mostram que a Arábia Sau dita, o maior pro dutor de pe tróleo mun dial, so bre viverá cinco anos com o pe tróleo a $50 e para re e qui li brar o seu or-ça mento pre cisa de vender o pe tróleo a $106 por barril. Neste momento as re servas fi nan ceiras da Arábia Sau-dita são ainda enormes, cerca de $70 mil mi lhões, mas estão a di mi nuir muito de pressa.

Diferentemente da Arabia Saudita, o preço de equi lí-brio para o pe tróleo no Irão es ti ma-se em $72, e o país po derá so bre viver com pe tróleo ba rato du rante menos de 10 anos caso haja alívioo das san ções (o que ainda não acon teceu) e au mento na pro dução de pe tróleo de-cor rente do acordo nu clear com o Oci dente.

Já o Iraque não tem quais quer re cursos fis cais de sobra. O país está enfrentar lutas in ternas, e perdeu muitas terras para o Es tado Is lâ mico. “A vi o lência afeta cada vez mais civis, e tem efeitos par ti cu lar mente ad versos na con-fi ança e ex pec ta tivas, e con se quen te mente na ati vi dade eco nó mica,” avisa o FMI. Também o Bah rain está sob grande pressão fi nan ceira, podendo ficar sem op ções em menos de cinco anos dado que está muito en di vi dado, e que re gis ta dé fices du rante vá rios anos consecutivos.

Con tudo, certos países estão muito bem po si ci o-nados para re sistir aos atuais preços do pe tróleo. São eles o Kuwait, o Qatar e os Emi ratos Árabes Unidos. Isso acon tece porque estes países possuem re cursos fis cais su fi ci entes para re sistir ao pe tróleo a $50 du rante cerca de 25 a 30 anos. Por exemplo, o preço de equi lí brio para o pe tróleo no Kuwait é de apenas $49.

OIl AT $50 pER BARREl MAy BANKRUpT THE MIDDlE EAST

If oil prices remain around $50 per barrel, most countries in the region of the Middle East will be out of money in five years or less and may lose $360 billion this year alone, according to a report of the International Monetary Fund (IMF). The document includes Saudi Arabia, the leading country of the Organization of Petroleum Exporting Countries (OPEC), as well as Oman and Bahrain.

The huge budget surpluses are sinking rapidly, due to massive deficits, as the price of oil dropped from $100 to about $ 45. Many of these countries are being forced to use reserve funds to survive the storm. “OPEC needs to adjust their spending and revenue policies in order to ensure fiscal sustainability,” says the IMF.

The IMF estimates show that Saudi Arabia, the world’s largest oil producer, will survive five years with oil at $50 and to rebalance their budget they would need to sell oil at $106 a barrel. Right now, Saudi Arabia’s financial reserves are huge, about $70 billion, but these reserves are declining too fast.

Unlike Saudi Arabia, the balanced price for oil in Iran is estimated at $72, and this country can survive with cheap oil for less than 10 years, if there is a relief on sanctions (which hasn’t happened) and an increase in oil production due to the nuclear deal with the West.

Iraq already has no fiscal resources to spare. The country is facing internal struggles, and has lost a lot of land to the Islamic State. “The violence affects more and more civilians, and produces particularly adverse effects on confidence and expectations, and, consequently, on the economic activity,” warns the IMF. Bahrain is also under great financial pressure, with the possibility of running out of options in less than five years, since it is very indebted and showing deficits for several consecutive years.

Certain countries, however, are very well positioned to withstand the current oil prices. They are Kuwait, Qatar and the United Arab Emirates. This is because these countries have sufficient fiscal resources to resist oil at $50 for about 25-30 years. For instance, the balanced price for oil in Kuwait is $49 only.

Page 34: Business Connect Dezembro 2015

34 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Pronta para bater

e batê-lo com estiloqualqueR desafio

Page 35: Business Connect Dezembro 2015

35www.revistabusinessconnect.com

ECONOMIA | BUsINEss As UsUAL

Pronta para bater

e batê-lo com estiloqualqueR desafio

Page 36: Business Connect Dezembro 2015

36

ENTREVISTA

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

O mercado de trabalho em Moçambique é pequeno e a taxa de criação de postos de trabalho (tradicionais) está muito aquém da

taxa de crescimento da população activa: as estatísticas nacionais indicam que em média, mais de 400 mil jovens entram no mercado de trabalho por ano (2010-2015). “Estamos a «anos-luz» da criação de postos de trabalho que atendam às necessidades actuais”, refere o gestor de empresas, sócio-economista, educador, escritor e artista plástico, Alberto da Barca em entrevista à “Business Connect”.

Como paliativo, da Barca entende que o aumento de postos de emprego passa, em primeiro lugar, pela promoção da consciência de auto-emprego na camada jovem. Para tal, é preciso romper com a tradição, com o paradigma do emprego para toda a vida de modo que a formação profissional possa dar um grande contributo no alavancar do espírito empreendedor.

Afinal, a formação profissional é um processo permanente de capacitação e actualização dos profissionais para atender aos desafios imediatos. “Infelizmente as nossas escolas ainda não estão capacitadas para preparar os jovens para atender aos desafios actuais do nosso país”, enfatiza Alberto da Barca, apontando que o problema começa quando orientamos a formação dos jovens na perspectiva do mercado de trabalho deixando de lado a perspectiva do auto-emprego. Na opinião deste gestor e sócio-economista, é nesta última lógica (auto-emprego) que a formação profissional pode dar um grande contributo para o alavancar da economia moçambicana.

Da Barca prossegue citando as vantagens deste

AlBERTO DA BARCA: “IT’S TIME TO BREAK AwAy FROM THE pARADIGM OF EMplOyMENT”

The labour market in Mozambique is small and the rate of job creation (traditional jobs) is far below the growth rate of the working population: national statistics indicate that, on average, more than 400 thousand young people enter the labour market per year (2010-2015). “We are “light years” away from the creation of enough jobs to meet the current needs,” said the business manager, socio-economist, educator, writer and artist, Alberto da Barca, in an interview to the “Business Connect” magazine.

As a stopgap, da Barca understands that the increase in job creation depends on, first of all, the promotion of awareness

about self-employment among young people. For that purpose, it is necessary to break with tradition, with the paradigm of employment for life, so that vocational training can make a major contribution in leveraging the entrepreneurial spirit.

After all, professional training is a permanent process of training and updating professionals to meet the immediate challenges. “Our schools, unfortunately, are not yet empowered to prepare young people to meet the current challenges of our country,” emphasizes Alberto da Barca, pointing out that the problem starts

ALBERTO DA BARCA: “É TEMPO DE ROMPER COM O PARADIGMA DO EMPREGO”

Page 37: Business Connect Dezembro 2015

37www.revistabusinessconnect.com

ENTREVISTA

tipo de formação ao referir que “Os jovens têm acesso a um conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que não podem ser adquiridos no modelo que vigora na generalidade das nossas escolas.” Com esta nova abordagem do espaço escolar, é possível incutir nesta camada um conjunto de comportamentos empreendedores associados a um conjunto de técnicas de gestão de negócios de que o país necessita hoje, para impulsionar a sua ‘descolagem’ rumo ao desenvolvimento integral.

Dentre as várias características de um empreendedor de sucesso, é de destacar a Busca de Oportunidade e Iniciativa. Infelizmente, observa Alberto, a maior parte dos chamados empreendedores nacionais, iniciam o seu negócio na base da sobrevivência, porque não conseguiram arranjar uma vaga para se empregarem. Outros, em número mais limitado, fazem-no na base da sua experiência numa determinada área ou simplesmente porque querem imitar o vizinho. “Não têm o dom nato de empreendedores e não foram treinados para identificar oportunidades. Assim, de modo algum podem ser considerados empreendedores, porque não reúnem os requisitos mínimos que configuram esta figura como agente de destruição criativa, como diria Schumpeter (o pai do empreendedorismo moderno)”, afiança.

“Neste momento” - acrescenta Alberto da Barca – “o que o nosso país precisa é de criar empreendedores por oportunidade, privilegiando o céu aberto e não quatro paredes. Isto é, o melhor e maior laboratório que o país pode ter para a formação de novos empreendedores é na vida real”. Para o escritor e economista, de modo a que as novas gerações de empresários possam singrar, deverão procurar apoio na experiência de empreendedores “que se fizeram não nos bancos de uma escola mas debaixo do sol ardente, à chuva, comendo e respirando poeira”.

when we drive the training of young people towards the labour market perspective, leaving aside the prospect of self-employment. following the latter logic (self-employment) it is this socio-economist and business manager opinion that vocational training can make a major contribution to leverage the Mozambican economy.

Da Barca proceeds, citing the advantages of this type of training, to mention that “young people have access to a set of knowledge, skills and behaviours that cannot be attained with the model that exists in most of our schools.” With this new approach of school space, you can instill in this layer a number of entrepreneurial behaviours associated with a set of business management skills the country needs in order to boost its ‘take-off’ towards a comprehensive development.

Among the various characteristics of a successful entrepreneur, we should emphasize the pursuit for Opportunity and the Initiative. Unfortunately, says Alberto, most of the so-called national entrepreneurs start their businesses on a survival basis, because they couldn’t find a job vacancy. Other, a smaller number, do it based on their experience in a particular area or simply because they want to imitate the guy next door. “They are not natural born entrepreneurs and they are not trained to identify opportunities. So, in no way they can be considered entrepreneurs, because they do not meet the minimum requirements that shape this figure as an agent of creative destruction, in the words of Schumpeter (the father of modern entrepreneurship),” he states.

“At this very moment” - adds Alberto da Barca -” what our country needs is to create opportunity entrepreneurs, privileging the open sky and not four walls. That is to say, the best and largest laboratory that this country may have for training new entrepreneurs is real life.” It is this writer and economist belief that, for the new generations of entrepreneurs to succeed, they should search support on the experience of other entrepreneurs “who became entrepreneurs, not on school benches, but under the burning sun, the rain, eating and breathing dust.”

Page 38: Business Connect Dezembro 2015

38

ENTREVISTA

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

Um relatório publicado recentemente pela KPMG, “The African Debt Market”, refere que a dívida transacionável do governo de Moçambique cresceu 164% entre 2010 e 2013 e continua em direcção ascendente, o que poderá ter sido condicionado pela divida emitida pela “Mozambique EMATUM Finance 2020 BV” num montante de USD 850 milhões em Setembro de 2013.

No período de 2010 a 2013, o PIB de Moçambique aumentou na ordem de 32% apresentando a seguinte distribuição, 4,4% em 2010, de 10,7% em 2011, de 8,6% em 2012 e 8,8% em 2013. O mercado da Bolsa de Valores de Moçambique cresceu 62% no período de 2010 a 2013.

No que diz respeito à qualidade das infraestruturas em Moçambique, o país ficou na 96ª posição dos 122 países no “Inquérito Fraser 2014” tornando-se, por isso, o pior dos países da África Austral. Embora haja uma quantidade significativa de recursos naturais em Moçambique, a falta de uma infraestrutura adequada constitui impedimento para o investimento, segundo 77% dos inquiridos na pesquisa.

Os dados são publicados numa altura em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revê em baixa o crescimento económico de Moçambique para 6,3% este ano e 6,5% em 2016, alertando que existem “novos desafios que exigem medidas decisivas de política económica”.

Esta baixa corta 0,7 pontos ao crescimento previsto até agora pela “African Economic Outlook Country”- 7% para este ano e 8,2% para 2016 -, e interrompe um ciclo de cinco anos em que Moçambique sempre registou expansões económicas acima de 7%.

MOZAMBIQUE, THE wORST COUNTRy CONCERNING INFRASTRUCTURES IN SOUTHERN AFRICA

A recently published report by KPMG, “The African Debt Market”, states that the Government of Mozambique’s negotiable debt grew 164% between 2010 and 2013, and keeps following an upward direction, which may have been conditioned through the debt issued by the “Mozambique EMATUM Finance 2020 BV” of USD 850 million, in September 2013.

Within the period range from 2010 to 2013, the GDP of Mozambique increased about 32%, showing the following breakdown: 4.4% in 2010, 10.7% in 2011, 8.6% in 2012 and 8.8% in 2013. The market of the Bolsa de Valores de Mozambique grew 62% in the period range from 2010 to 2013.

As regards the quality of infrastructures in Mozambique, the country held the 96th position among the 122 countries considered by the “Fraser Inquiry 2014”, therefore becoming the worst of Southern African countries. Although there is a significant amount of natural resources in Mozambique, the lack of a proper infrastructure is deterrent to investment, according to 77% of the respondents in the survey.

The data is published at a time when the International Monetary Fund (IMF) is revising downwards the economic growth of Mozambique to 6.3% for the current year and 6.5% in 2016, and warning that there are “new challenges that require decisive action of economic policy”.

The downgrade cuts in 0.7 points the growth expected so far by the “African Economic Outlook Country” - 7% for the current year and 8.2% for 2016, interrupting a five-year cycle in which Mozambique as witnessed economic expansions always above 7%.

MOÇAMBIQUE, O PIOR PAÍS EM INFRAESTRUTURAS NA ÁFRICA AUSTRAL

ENTREVISTA

Page 39: Business Connect Dezembro 2015

39www.revistabusinessconnect.com

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

TwITTER: DE ESTRELA PARA CORAÇÃO E DE FAVORITOS PARA “LIkE”

O Twitter substituiu o ícone “Favoritos”, em forma de estrela, por um ícone em forma de coração, chamado “LIKE”. Esta inovação parte do esforço de tornar o site de “microblogging” mais próximo do utilizador de forma a aumentar o número de utilizadores, que neste momento apresenta um crescimento lento.

“Nós podemos gostar de muitas coisas, mas nem tudo pode estar nos nossos favoritos” diz o Twitter numa publicação na sua página oficial e reconhece que às vezes a estrela poderia ser confusa, especialmente para os novatos. “O coração, por outro lado, é um símbolo universal e mais expressivo”, observa a empresa.

O Twitter tem tentado reavivar o compromisso de crescimento em número de utilizadores desde que nomeou Jack Dorsey como seu chefe-executivo (CEO) em Outubro. Já há mudanças visíveis, pois desde a sua nomeação o Twitter lançou vários produtos, incluindo um botão “comprar agora” que permite aos usuários fazerem compras através do Twitter bem como o serviço de streaming de vídeos.

TwITTER: FROM STAR TO HEART AND FAvORITES TO “lIKE”

Twitter has replaced the star-shaped “Favorites” icon for a heart-shaped icon called “LIKE”. This came from an attempt to turn the “microblogging” site closer to the user while increasing the number of users, which currently presents a slow growth.

“We can like a lot of things, but not everything can be in our favorites” says Twitter in a publication in its official page. The company recognizes that sometimes the star could be confusing, especially for novices. “The heart, on the other hand, is a universal and most expressive symbol”, says the company.

Twitter has been trying to revive its growth commitment in number of users since IT named Jack Dorsey as its chief executive (CEO) in October. There are already noticeable changes because since his appointment Twitter launched various products, including a button “buy now” that enables users to make purchases through Twitter as well as a streaming video service.

Page 40: Business Connect Dezembro 2015

40

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

BLACkBERRy LANÇA “PRIV”, UM TELEFONE ANDROID

A BlackBerry levantou a bandeira branca e acaba de lançar um telefone chamado PRIV que é “alimentado pelo sistema Android”.

Ao contrário da introdução do BlackBerry 10, que se tornou num fracasso, o lançamento do PRIV pode desempenhar um papel na reafirmação da BlackBerry “motivando-a a produzir mais telefones no futuro”, garante o presidente e chefe-executivo da empresa, John Chen.

Por sua vez, Marty Beard, diretor de operações da BlackBerry, disse numa entrevista que embora o PRIV promova vantagens de segurança, ele admite que a sua introdução destina-se a vencer o maior defeito do BlackBerry 10: o seu relativamente pequeno número de aplicações e, em alguns casos, a sua qualidade.

O PRIV apresenta um ecrã táctil de 5,43 polegadas com curvas nas bordas, um teclado slide-out BlackBerry bem como uma opção para digitar textos e números. O telefone está à venda por USD 700. A “AT & T” é até agora a única operadora de telefonia móvel americana a vender o PRIV embora também esteja disponível online.

BlACKBERRy lAUNCHES “pRIv” ANDROID pHONE

BlackBerry raised the white flag and has just launched a phone called PRIV that is “powered by the Android system”.

Unlike the introduction of BlackBerry 10, which has become a failure, the launch of PRIV can play a role in BlackBerry reaffirmation “motivating it to produce more phones in the future”, says the chairman and chief executive, John Chen.

In turn, Marty Beard, the BlackBerry operations director, said in an interview that although PRIV promotes security advantages, he admits that its introduction is intended to overcome the biggest fault of the BlackBerry 10: its relatively small number of applications and in some cases their poor quality.

PRIV features a touch screen of 5.43 inches with curved edges, a BlackBerry slide-out keyboard as well as an option to enter text and numbers. The phone is on sale for USD 700. “AT & T” is so far the only American mobile operator selling PRIV although it is also available online.

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

Page 41: Business Connect Dezembro 2015

41www.revistabusinessconnect.com

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

NOVA TECNOLOGIA PODE ACABAR COM A SEDE NO MUNDO

A escassez de água potável pode ter um fim. A solução para o problema poderia ser óbvia: aproveitar a abundância da água do mar que corresponde a 97% da água do planeta, através da dessalinização.

O método tradicional de transformar água do mar em água potável é aquecê-la e depois recolher a água evaporada como um destilado puro. “É um método que exige uma grande quantidade de energia e a sua produção não é significativa” explica Nidal Hilal, da Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Graças às novas tecnologias os custos de produção foram reduzidos para metade na sequência da abertura de enormes centrais de dessalinização a nível do mundo. A maior dessalinizadora do planeta está em Telavive (Israel) e já está a ser ampliada para alcançar uma maior produção. A fábrica produz 624 milhões de litros diários de água potável e vende cada mil litros (consumo semanal médio de uma pessoa) por 0,70 dólares.

Basicamente, o novo sistema consiste em empurrar a água salgada através de uma membrana de polímero que contém furos minúsculos, do tamanho de um quinto de nanómetro. Esses orifícios são suficientemente pequenos para bloquear as moléculas de sal e para permitir a passagem das moléculas de água.

Os cientistas reconhecem que essas membranas podem facilmente entupir prejudicando em grande medida o desempenho do processo. Por isso, asseguram que com o uso desta nova tecnologia de materiais e técnicas de tratamento prévio, as membranas funcionarão com maior eficiência e por mais tempo.

NEw TECHNOlOGy MAy END Up wITH THIRST

The shortage of drinking water may have come to an end. The solution to the problem would be obvious: using plenty of sea water which corresponds to 97% of the planet’s water by desalination.

Although used, the method has not been a piece of cake. The traditional method of turning sea water into drinking water is heating it and then collecting the evaporated water as a pure distillate. “It is a method that requires a lot of energy and its production is not significant”, says Nidal Hilal, from the University of Swansea, UK.

Thanks to a new technology, though, production costs have been halved following the construction of huge desalination plants. The largest desalination plant in the world is in Tel Aviv (Israel) and is already being expanded to achieve greater production. The plant produces 624 million liters of drinking water and sells every thousand liters (average weekly consumption of a person) by $ 0.70.

Basically the procedure consists in pushing the salty water through a polymer membrane that contains tiny holes, the size of one fifth of nanometer. These holes are small enough to block the salt molecules and to allow passage of water molecules.

Scientists recognize that these membranes can easily clog damaging the process performance. Therefore the scientists will try to ensure that through the use of this new technology and with pre-treatment techniques, the membranes will operate with greater efficiency and will last longer.

41www.revistabusinessconnect.com

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

Page 42: Business Connect Dezembro 2015

42

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Os utilizadores do Windows 10 estão a ser quase que forçados a trocar de navegador, numa acção protagonizada pela Microsoft no sentido de levar os utilizadores a manter o Edge e a não optarem pelo Chrome.

Os utilizadores que tentam mudar os aplicativos padronizados – default apps– recebem uma mensagem que os incentiva a manterem as configurações originais. No caso de terem o Edge como navegador e instalarem o Chrome e o activarem para ser um navegador principal, aparece uma caixa de diálogo que pede que dêem uma oportunidade ao Edge.

A caixa de diálogo personalizado mostra algumas das vantagens do Edge, como a integração com a Cortana (assistente de voz do Windows 10) e um modo de leitura. O aviso tem duas opções, uma das quais com tamanho maior é “não mudes, experimenta agora”, que ao clicar mantém o Edge como navegador principal.

“EDGE” BROwSER «BEGS» FOR OppORTUNITy IN wINDOwS 10

Windows 10 users are being almost forced to change browser, in an action carried out by Microsoft trying to ensure users will stick to the Edge (that replaced Internet Explorer) and not opt for Chrome.

Users who try to change the standard applications - default apps – will receive a message that encourages them to keep the original settings. If you have the Edge as your browser and then install the Chrome and activate it to be your main browser, a dialog box will pop up asking you to give an opportunity to Edge.

The custom dialog box shows some of the advantages of Edge, as the integration with Cortana (voice assistant on Windows 10) and a read mode. The warning has two options, one of which with larger size is “do not change, try it now,” that when you click on it keeps the Edge as the main browser.

NAVEGADOR “EDGE” PEDE UMA OPORTUNIDADE NO wINDOwS 10

TECNOLOGIA | TECHNOLOgy

42 DEZEMBRO 2015 | DECEMBER 2015

Page 43: Business Connect Dezembro 2015

43www.revistabusinessconnect.com

INSÓLITOS | ODD sTUffINSÓLITOS | ODD sTUff

CÃO CHAMADO “GATILHO” ATINGE DONO NO PÉ

Um cão chamado gatilho atingiu a proprietária de 25 anos num pé, o que levou as autoridades do Condado de Indiana a relembrar os caçadores a terem aulas de segurança. Allie Carter, da cidade de Avilla, foi ferida durante uma caçada de aves aquáticas na reserva de Peixe e Vida Selvagem do Tri-County no norte de Indiana, Estados Unidos da América, adiantou a agência de notícias Reuters.

A caçadora colocou a espingarda de calibre 12 no chão, enquanto se reposicionava. O cão Labrador de 11 anos de idade pisou na arma, pressionando o gatilho, disse o Guarda da Natureza Jonathon Boyd, citado pela Reuters.

A segurança da espingarda não estava ligada, a arma disparou e Carter foi baleada no pé esquerdo, disse Boyd. Carter, que nunca tinha concluído um curso de educação para caçadores, foi hospitalizada. Sofreu ferimentos não-fatais dos chumbos de pássaro.

Boyd, que é Guarda de Natureza há sete anos, recorda-se de uma outra ocasião em que um cão atirou no dono - um homem que caçava coelhos foi baleado depois de ter encostado a arma a uma árvore e o seu cão Beagle ter pisado nela.

DOG NAMED TRIGGER SHOOTS OwNER IN THE FOOT

A dog named Trigger shot his 25-year-old owner in the foot in a bizarre accident that had Indiana officials reminding hunters to take safety lessons. Allie Carter of Avilla was wounded during a waterfowl hunt at the Tri-County Fish and Wildlife Area in northern Indiana, according to Indiana Department of Natural Resources, Reuters news agency reported.

She laid her 12-gauge shotgun on the ground while repositioning herself and her 11-year-old chocolate Labrador stepped on the gun, depressing the trigger, said Indiana Conservation Officer Jonathon Boyd, quoted by Reuters.

The safety of the shotgun was not on, so it went off and Carter was shot in the left foot, Boyd said. Carter, who had never completed a hunter education course, was hospitalized. She suffered non-life-threatening injuries from the bird shot pellets and was treated and released, Boyd said.

Boyd, who has been a conservation officer for seven years, remembered one other occasion when a dog shot its owner - a man hunting rabbits was shot after he leaned a gun against a tree, and his beagle stepped on it.

Page 44: Business Connect Dezembro 2015

44

INSÓLITOS | ODD sTUff

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

ZâMBIA PEDE AjUDA DIVINA PARA AjUDAR A ECONOMIA

Os zambianos participaram num dia nacional de oração em Novembro em busca de ajuda divina para os problemas económicos do país, na sequência de um colapso global nos preços do cobre. A Zâmbia, o segundo maior produtor africano de cobre, viu a sua moeda kwacha cair quase 50 por cento em relação ao dólar este ano, elevando os preços dos alimentos.

Respondendo a um apelo do Presidente Edgar Lungu, as igrejas em toda a nação africana realizaram serviços de oração. Todos os jogos de futebol de domingo foram adiados e os bares e restaurantes foram incentivados a fechar numa tentativa de incentivar mais zambianos a se juntarem nos encontros de oração.

“Eu acredito que se formos humildes e clamarmos a Deus, o Senhor ouvirá a nossa voz”, disse Lungu num comunicado. “Faço um apelo a todos para fazerem o vosso melhor e deixarem o resto para Deus”. Desde 1996 que na Constituição a Zâmbia é oficialmente designada como uma nação cristã.

Os problemas económicos também estão relacionados com a escassez de energia.

“A escassez de energia elétrica afectou-nos a todos. As empresas estão a reduzir a produção e a demitir trabalhadores,” adiantou o sacerdote católico Michael Mawelera durante uma missa na paróquia Bom Pastor Kabwata na capital Lusaka. “Os preços dos produtos essenciais subiram por causa da desvalorização do kwacha. Precisamos da ajuda da mão de Deus”, disse ele, citado pela agência de notícias Reuters.

ZAMBIA SEEKS DIvINE HElp TO TACKlE ECONOMIC wOES

Zambians took part in a national day of prayer on November seeking divine help for the country’s economic woes following a collapse in global copper prices. Zambia, Africa’s second biggest copper producer, has seen its kwacha currency tumble nearly 50 percent against the dollar this year, driving up food prices.

Responding to an appeal from President Edgar Lungu, churches across the southern African nation conducted prayer services. All Sunday soccer matches were postponed and bars and restaurants were encouraged to close in a bid to encourage more Zambians to join the prayer gatherings.

“I personally believe that since we humbled ourselves and cried out to God, the Lord has heard our cry,” Lungu said in an address. “I appeal to all of you to do your best and leave the rest to God.” Its 1996 constitution designated Zambia officially as a Christian nation.

Its economic woes have also adressed power shortages.“The shortage of electricity has affected all of us.

Companies are scaling down production and laying off workers,” Catholic priest Michael Mawelera said during a mass at Good Shepherd Kabwata parish in the capital Lusaka. “Prices of essential commodities have risen because of the depreciation of the kwacha. We need to seek God’s hand,” he said, quoted by Reuters news agency.

Page 45: Business Connect Dezembro 2015

45www.revistabusinessconnect.com

INSÓLITOS | ODD sTUff

PAI NATAL GANHA MUNICÍPIO DO PóLO NORTE… NO ALASkA

Um homem com uma barba branca e macia que se orgulha de ser um defensor das crianças foi eleito como presidente do Município de North Pole, Alaska.

O candidato de 68 anos de idade, de bochechas rosadas, que passa a ser chamado de Pai Natal, ganhou um mandato de três anos na comunidade de cerca de 2.200 habitantes a sudeste de Fairbanks, noticiou a agência Reuters.

“Os meus agradecimentos a todos os que votaram em mim ... e a todos os que apoiaram a minha campanha”, escreveu Natal no Facebook. “Darei o meu melhor para todos!” Natal, que mudou legalmente o seu nome de Thomas Patrick O’Connor para Pai Natal há cerca de uma década atrás, enquanto vivia no Nevada, disse que tem sido um defensor de legislação e serviços que beneficiam crianças em risco. Mas acabou por não referir qual o Orçamento do Município para a distribuição de presentes de Natal para todos este ano.

SANTA ClAUS ElECTED TO NORTH pOlE CITy COUNCIl, AlASKA

A man with a soft white beard who prides himself on being an advocate for young children has been elected as a city councilman in North Pole, Alaska.

The rosy-cheeked 68-year-old candidate, who happens to be named Santa Claus, won a three-year term in the community of about 2,200 residents southeast of Fairbanks, according to election results.

“My thanks to everyone who voted for me ... and all who supported my campaign,” Claus wrote on Facebook. “I’ll do my best for all!” Claus, who legally changed his name from Thomas Patrick O’Connor about a decade ago while living in Nevada, said he has been an advocate for legislation and services that benefit at-risk children. He didn’t disclose what is going to be this year’s budget to distribute Christmas presents to everyone.

Page 46: Business Connect Dezembro 2015

46

OPINIÃO | OPINION

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER

FOLLOW ME

FAÇA E LEIA A REVISTA NO

www.facebook.com/revistabusinessconnect

ÉLIO MARTINS MUDENDERPsicólogo e Consultor

[email protected]

Não basta ser, é preciso parecer. – Esta afirmação é sábia e fenomenal. É erro apenas ser e não parecer. Ou parecer e não ser. Mas ser e parecer aquilo que se é, é absolutamente bom e necessário. Qual é o mal de alguém ter dinheiro e levar uma vida na qual ele denota que usufrui do seu dinheiro? Não vejo nenhum problema. Mas vejo problema em alguém esforçar-se em viver de aparência, querendo mostrar ser ou ter aquilo que não é e ou não tem. Valorizar-se é bom. Depreciar-se injustamente não ajuda em nada! Não seja injusto consigo mesmo!

O Marketing pessoal é uma ferramenta usada para a promoção pessoal de modo a alcançar o sucesso na vida, nos relacionamentos, no emprego e noutras dimensões. É com base nela que a pessoa ‘‘vende a sua imagem’’, e influencia a forma como os outros indivíduos o encaram. Portanto, o Marketing Pessoal, enquanto modo de se expressar ou de aparecer, contribui para o alcance dos objectivos que a pessoa se propõe na sua caminhada existencial. É por isso que, pessoas que procuram emprego, homens de negócios, artistas, apresentadores de televisão, desportistas, políticos, líderes, procuram esta ferramenta, por ser uma estratégia de diferenciação. Isto é, que a pessoa usa para se diferenciar dos outros, tornando-se exclusivo, especial e mais preferível.

É importante mostrar aos outros aquilo que somos. Mas nem sempre as pessoas precisam de ver ou saber aquilo que somos. Então torna-se melhor mostrar qualidades que são agradáveis no quadro de relacionamento com os outros. Assim, no campo laboral por exemplo, é de bom senso mostrarmos características como a responsabilidade, optimismo, moral e ética, resiliência, paciência, empatia, sentido de integridade, controlo emocional, capacidade de liderança... outras qualidades como capacidade de comunicação, postura profissional adequada, cuidados com a aparência, criatividade e inovação e humildade são também muito importantes.

Dale Carnegie diz que todas as pessoas almejam ser reconhecidas e consideradas. Assim, para que seja reconhecido e valorizado, certamente que precisa de saber vender o seu peixe. A sua imagem conta. Saiba fazer Marketing Pessoal e ser reconhecido e valorizado na sua vida profissional e social. Não deixe que os outros controlem o seu destino. Seja você mesmo o dono de si!

THE pOwER OF pERSONAl MARKETING ‘Do not just be, you need to seem like it too!’(Popular proverb)

It’s noth enough just to be, you need to look like it. - This statement is wise and phenomenal. It is a mistake to just be, not to seem. Or seeming and not being. But looking like and being what we are, it is absolutely good and necessary. What’s wrong with someone having money and leading a life in which he denotes he enjoys his money? I see no problem in that. But I see a problem in someone striving to live out of appearances, wanting to prove that he his and has what he doesn’t. Valuing yourself is good. Depreciating unfairly doesn’t help! Don’t be unfair to yourself!

Personal Marketing is a tool used for personal promotion in order to achieve success in life, in relationships, employment and other spheres. It is on that basis that the person ‘’sells the image’’, and influences how others regard him. Therefore, Personal Marketing as a way to express contributes to the achievement of the objectives that the person pursues in his/hers existential walk. That’s why, job seekers, businessmen, artists, television presenters, sportsmen, politicians, leaders, use this tool as a differentiation strategy. That is, they use it to differentiate themselves from others, making them unique, special and more preferable.

It is important to show others what we are. But people do not always need to see or know what we really are. Sometimes it’s better to display qualities that are pleasing in the relationship framework with each other. Thus, in the labour field for example, it is common sense to show characteristics such as responsibility, optimism, moral and ethics, resilience, patience, empathy, sense of integrity, emotional control, leadership skills ... other qualities such as communication skills, proper professional attitude, attention to appearance, creativity and innovation and humility are also very important.

Dale Carnegie says that all people yearn to be recognized and considered. So, to be recognized and valued, certainly you need to know how to sell your fish. Your image counts. Learn to marketing yourself and to be recognized and valued in your professional and social life. Do not let others control your destiny. Be your own master!

O PODER DO MARkETING PESSOAL‘Não basta ser, é preciso parecer!’(Provérbio Popular)

Page 47: Business Connect Dezembro 2015

47www.revistabusinessconnect.com

OPINIÃO | OPINION

FOLLOW ME

FAÇA E LEIA A REVISTA NO

www.facebook.com/revistabusinessconnect

Page 48: Business Connect Dezembro 2015

48

OPINIÃO | OPINION

DEZEMBRO 2015 | DECEMBER