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M? mK i- riBsssssss»boi'-;¦? •M ,? Exclusivo: íntegra da Acusação Declaraç&o do Espiã BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE ÊLE QUER USAR A TAL VASSOURA. . . ANO II Rio de Janeiro, semana dé.1 9 a 25 de agosto de 1960 N' 77 Reda j^M^tòMi im Jr. Diretor— Mário Alves Gerente Guttemberg Cavalcanti LIBRARY DtVISlON, OI5et*6-,960 C M hLftopy EFfMtP^WMTINO iTikiada a conferência interame- rlcana de chanceleres em São José da Costa Rica, começam a ser confirma- das integralmente as denúncias apre- sentadas pelo Governo cubano de que os Estados Unidos pretendem se utili- zar da reunião para forçar um cerco mesmo, se possível, uma agressão a Cuba. O pretexto para essa manobra reacionária é a suposta «intervenção extracontinentab, isto é, soviética, nos assuntos do «hemisfério». Segundo a proposta feita pelo Peru, esta «inter- venção» estaria pondo em perigo a chamada solidariedade continental. Em outras palavras, trata-se da tentativa dt reviver a Doutrina Monroe, que dava aos Estados Unidos o papel de policial-mor e arrendatário da Amé- rica latina. Na verdade, a tão decan- tada solidariedade continental jamais existiu a não ser como um nome bo- nito para a realidade nua e crua da exploração dos países lalino-america- nos pelos Estados Unidos. O tempo em que o imperialismo norte-americano podia considerar o imenso território «ao sul do Rio Gran- de» como seu quintal, entretanto, foi definitivamente relegado ao passa- do. A tentativa dos Estados Unidos de faier com que a OEA, e inclusive Cuba, condene e repudie a «interven- ção> soviética é apenas um esforço desesperado cie. voltar.-CLO. Jempo em que os paises latino-americanos esta- vam inteiramente desamparados e ti- nham que desistir de seus interesses nacionais em benefício dos monopólios imperialistas. A União Soviética e os demais países socialistas não possuem direitos adquiridos da América Latina, nem os desejam possuir. Seu apoio à revolução cubana reside exclusivamente no fato de que nos países socialistas o poder é exercido pela classe opera- ria, amiga de todos os povos da Terra. Os planos imperialistas de gol- pear a revolução cubana nu conferên- cia de São José, entretanto, não ti- veram a acolhida que o Departamento de Estado procurou criar por meio do suborno e da intimidação. As denún- cias cubanas, juntamente com o firme apoio de todos os povos latino-ameri- canos ao Governo revolucionário de Fidel Castro, cortaram o caminho às provocações norte-americanas. As dele- gações do México, da Venezuela e do Equador manifestaram sua disposição de resistir a qualquer medida contra- ria ao principio da não-intervenção nos assuntos internos do. povo cubano. A ir e s m a posição foi defendida pelo chanceler colombiano, Turbay Ayala. que acentuou: «Nós, os colombianos, respeitamos o direito de Cuba realizar, dentro de sua jurisdição, as reformas necessárias para superar e elevar o nível de vida de seu povo». O próprio chanceler do Peru; pais que, a «pe- dido» dos Estados Unidos, tomou a ini- ciativa de propor a discussão do «pro- blema» cubano, foi obrigado a reco- nhecer que o Governo cubano tem o inteiro apoio do seu povo e, portanto, é inconcebível intervenção na ilha. Diante dessas circunstâncias, tor- na-se claro que é inaceitável a posi- ção de dubiedade e conivência com o Departamento de Estado, assumida at* o momento pele ministro das Relaçõe» Exteriores do Brasil, que antes de li a Costa Rica passou por Washington em busca de «orientação». Tanto mais que o povo brasileiro tornou mani- festa sua solidariedade à, causa cuba- na pelo pronunciamento unânime dos mais variados círculos representativos da opinião pública democrática, como o III Congresso Sindical Nacional, o XXIII Congresso Nacional dos Estudan- tes e numerosas assembléias estaduais e municipais de todo o pais. O povo brasileiro compreende perfeita- mente que a revolução cubana não re- presenta qualquer perigo para o Bra- sil, como para qualquer outro pais. Pelo contrário, Cuba está em luta con- Ira os mesmos grupos que, dos Esta- dos Unidos, dirigem a exploração eco- nômica e a opressão política no Brasil. O Governo brasileiro tem um cami- nho a seguir, se quiser defender nossos interesses nacionais e representar os sentimentos de nosso povo: colocar-se inequivocamente ao lado de Cuba. Contra as Manobras Divisionistas no III Congresso VITORIOSO n UNIDIDE DOS TRABALHADORES , A SESSÃO solene de encerramento do III Congresso Sindical Nacional, realizada na noite do dia 14 último, no Teatro João Caetano, sob a presi- dência do ministro do Trabalho, sr. Ba- tista Ramos, constituiu o coroomento vi- torioso de uma longa jornada de lula dos trabalhadores brasileiros em defe- sa das suas reivindicações mais tspe- cificas, da emancipação econômica, política e social do P a i s. Os planos previamente articulados para dtsvir- tuar o sentido do conclave t provocar a cisão entre os trabalhadores foram rechaçados com energia strtnidadt pelos 2.50Ó delegados que so manti- veram coesos, sob a liderança dos seus autênticos dirigentes. A unidadt pre- valeceu no III Congresso Sindical. E pre- valeceu hão de maneira artificial, mas em conseqüência do espirito dominantt na atual fase do sindicalismo brasilei- ro, onde os trabalhadores têm alcan- cado grandes vitórias, graças às lutas unitárias que têm desenvolvido, em torno de objetivos comuns. O fato de alguns dirigentes da CNTI, CNTC e CNTTT haverem se retirado sozinhos do conclave atesta inequivocamente o ele- vado nível que atingiu o 'movimento sin- dical brasileiro. Reportagem na 2' pá- gina do primeiro caderno e na sexta do segundo. Deputado acusa: frigoríficos no banco dos réus Q RESPONSÁVEL fundamental pelo problema do abastecimento de carne no Brasil é o monopólio criado pelas empresas estrangeiras que con- trolam desde a criação do boi até a venda de carne à população e à ex- portação: esta é uma das conclusões a que chegou o deputado Jacob Frantz num trabalho recentemente divulgado. O vice-presidente da Comissão de Eco- nomia fêz uma verdadeira a t a de acusação ao truste estrangeiro orga- nizado pela Anglo, Armour, Swift e Wilson para explorar o mercado bra- sileiro, auferindo lucros volumosos gra- ças à espoliação dos criadores e dos consumidores. Leia matéria na 2- pá- gina do 2' caderno. UDERES SINDICAIS COM JAHSO, M ABI: Trabalhadores Asseguram em Todo o País a Vitória k Lott-Jango B_ .,„,..¦* ^..v'mmmmmmmmmmtmmmmmmmmmmmmmmmm^^'^mWÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊIÊÊÊÊÊÊÊM^^ Ih^^Wiltra +PfcVfc - ¦ mmmmWmmãMmM E3PmWMstc-ãW:' :•- W9mWlmrmmLraSr :-L *mw*. m^m^JÊmWÊM m/ÊíJÊmmMrVtom^"JÊÍ¥'[ m í:W-:Mii/i¦¦mmmk ws::" ^-^mt- ÊÊm mw^mm^MmAAkVAkssB$AksiMmV TissPr-ssssssiBtP^Bi^BissssslK^ssss^Bcite^ffM^^-^'^^.^^-"'^..^^E|fHw^'¦'¦'*: um 0BBfl¦ # ,II I èmWWViiiV' i Tt I iVissssssr^HsssBjJssssslaaM''mm.', i\mmAsvt^AlaaM -: 'mT ¦ ¦- «sHÍPIHfIs^ksIM,;^ >¦'¦¦xm1m***^. -rm ¦ ¦LUIA II m. 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Êste debate se transformou nacional- mente numa grande campanha pela legalidade do PCB, que em vários Es- tados teve a participação pública e en- tusiástica de diversos setores não co- munislas da opinião pública e de di- versos partidos políticos. (Leia na pág. 1 do 2"' caderno a reportagem comple- ta sobre o que tem sido a campanha, nos diversos Estados). III Congresso JOVER TELLES Guanabara pede devassa na Light A REALIZAÇÃO vitoriosa rio III Congresso Sindical Nacional foi um acontecimento de enorme significa- ção política. SISTEMATIZANDO as resoluções tomadas nos diversos Congressos e Conferências Sindicais ultimamente rea- lizados, os trabalhadores elaboraram uma Declaração de Princípios, de profundo conteúdo antiimperialista c democrático. OS CONGRESSISTAS elaboraram, também, uma poli. tica salarial que abrange a revisão imediata dos níveis do salário mínimo, o estabelecimento do salário profissio- nal, para estimular a máo.-de-obra qualificada, a adoção da Escala, Móvel de Salários, e outras medidas objeti- vando a contenção dos preços e o combate á inflação, assim como a participação dos empregados nos lucros das empresas conquista inserida na Carta Magna c até hoje olvidada. OS TEMAS da liberdade c da autonomia sindical de- terminaram um debate criador. Os congressistas, visando libertar os sindicatos da subordinação ao governo e da Interferência da burocracia ministerial, aprovaram projeto de lei que institui a um £• /'' ' ¦• Ss DEVERSÃO do serviço de bondes e de todo o patrimônio desse servi- ço, caducidade da concessão do for- necimenfo de energia elétrica, paga- mento de multas por violações dos con- tratos essas são algumas das me- didas pleiteadas pelo Estado da Gua- nabara, através dos seus advogados, em ação contestatória e de reconven- ção a que deu entrada na justiça des- ta Capital. Como se sabe, a 31 de de- zembro próximo encerra-se o prazo da concessão do serviço de bondes. Des- de que deferidas as solicitações do Es- lado, a Light deverá ser investigada, c fim de que fiquem apuradas todas as irregularidades praticadas pelo ttuste. <Leia na págma 4 do 1! caderno). institui a Comissão Nacional de Sindicalizaçào, organismo paritário, eleito pelos trabalha, dores e pelos patrões. A C. N. S. ficará com as atri- buiçôes hoje previstas para a Comissão de Enquadramento Sindical, a Comissão Técnica ele Orientação Sindical c a Comissão do Imposto Sindical, organismos que, por sua vez, sâo considerados extintos Foram aprovadas também resoluções objetivando a legalização das formas de orga- nizaçáo sindical de tipo horizontal existentes ou a serem criadas nos âmbitos municipal, estadual e naciona assim como resoluções visando à democratização dos Conselhos das Federações e Confederações, a legalização dos Conselhos Sindicais de empresas, a conquista de direi- tos para dirigentes sindicais, a eleição direta dos vogais junto à Justiça do Trabalho, o apressamento da trami- tação dos processos, etc. III Congresso definiu com acerto a posição do movi- mento sindical brasileiro em face do movimento operário internacional. Os trabalhadores manifestaram-se pela revogação do artigo 565 da CLT e das leis que o modificaram exigiram o direito de ter relações com o movimento operário de todos os países e a liberdade de participar e mesmo de escolher sua filiação ás entidades sindicais internacionais, partindo somente dos interesses e das deliberações democráticas dos próprios operários, e nâo cm obediência a ordens emanadas da Presidência da Republica. Simultaneamente, tendo em conta a neces- sidade de fortalecer sua unidade interna e partindo cie que nos sindicatos atuam simpatizantes das diversas organizações sindicais internacionais, os trabalhadores resolveram cm principio não manter filiação com nenhuma delas. Nesse sentido, recomendaram aos sindicatos, fede- rações e confederações, que procedam ao reexame desta importante questão., Os trabalhadores resolveram ainda empenhar-se para que seja restabelecida, no mais breve prazo, a unidade internacional dos trabalhadores, sob a égide de uma única entidade, e sugeriram a realização, no curso de 1961, de uma assembléia de todas as enti- dades sindicais internacionais, com o objetivo de examinar os problemas dos trabalhadores de todos os paises e de adotar um programa comum que possibilite fortalecer a solidariedade e a unidade de nr"'o rios trabalhadores no plano mundial. A criação da Comissão Permanente do IV Oongresso e a eleição 'J.i Comissão Executiva Nacional constituem outra iniciati\a que se reveste de grande importância para que seja assegurada a coordenação da ação, dos trabalhadores sob uma única direção nacional. ELEVADA expressão do espírito de solidariedade inter- nacional do proletariado foi" a participação, no Con- grasso, de representantes da Federação Sindical Mundial e do movimento sindical de 6 países da América Latina. Foram aprovadas diversas moções, destacando-se a. Moção de Solidariedade à Revolução Cubana. TODAS essas decisões foram unanimemente aprovadas e elas próprias estão impregnadas de um espirito I, unitário. O I Sindulfo Pequeno, Ângelo Parmigiani e Ari Campista resolveram mais uma vez dar a nota dissonante. Aban- donaram o III Congresso, com o objetivo evidente de liquidar com o mesmo c de criar as premissas para dividir o movimento operário, impedir sua unidade. A atitude desses senhores, sendo um prolongamento da po- sição adotada, por eles, no Manifesto das Confederações, no dia 1 de Maio, contraria as decisões de Inúmeros congressos, conferências e convenções sindicais, ultima- mente realizados, contrariam, ainda, a Carta de Reivin. dicações da própria CNTI e o «Decálago dos Trabalha- dores», aprovados por eles. Revela que os mesmos en- veredam pelo caminho da política exclusivista e dlscri- minatória, de querer impor seus pontos de vista a classe (CONCLUI NA 4' PAG.) . nii'Vi'«» niii i i - SsaaasK&üa;;. .' . '>lWft>^fi¥f4ftlfrfffrWhWfó^

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riBsssssss» boi '-;¦? •M ,?Exclusivo: íntegra da AcusaçãoDeclaraç&o do Espiã

BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss!

ao Aviador Powersi o Das Testemunhas

(3a. e 4a. paginas do segundo caderno)

E' PARA ISSO QUE ÊLE QUER

USAR A TAL VASSOURA. . .

ANO II Rio de Janeiro, semana dé.1 9 a 25 de agosto de 1960 N' 77

Redaj^M^tòMiim Jr. Diretor— Mário Alves Gerente — Guttemberg Cavalcanti

LIBRARY DtVISlON,OI5et*6-,960C M hLftopy

EFfMtP^WMTINO

iTikiada a conferência interame-rlcana de chanceleres em São José daCosta Rica, começam a ser confirma-das integralmente as denúncias apre-sentadas pelo Governo cubano de queos Estados Unidos pretendem se utili-zar da reunião para forçar um cerco• mesmo, se possível, uma agressão aCuba. O pretexto para essa manobrareacionária é a suposta «intervençãoextracontinentab, isto é, soviética, nosassuntos do «hemisfério». Segundo aproposta feita pelo Peru, esta «inter-venção» estaria pondo em perigo achamada solidariedade continental. Emoutras palavras, trata-se da tentativadt reviver a Doutrina Monroe, quedava aos Estados Unidos o papel depolicial-mor e arrendatário da Amé-rica latina. Na verdade, a tão decan-tada solidariedade continental jamaisexistiu a não ser como um nome bo-nito para a realidade nua e crua daexploração dos países lalino-america-nos pelos Estados Unidos.

O tempo em que o imperialismonorte-americano podia considerar oimenso território «ao sul do Rio Gran-de» como seu quintal, entretanto, jáfoi definitivamente relegado ao passa-do. A tentativa dos Estados Unidos defaier com que a OEA, e inclusiveCuba, condene e repudie a «interven-ção> soviética é apenas um esforçodesesperado cie. voltar.-CLO. Jempo em

que os paises latino-americanos esta-vam inteiramente desamparados e ti-nham que desistir de seus interessesnacionais em benefício dos monopóliosimperialistas. A União Soviética e osdemais países socialistas não possuemdireitos adquiridos da América Latina,nem os desejam possuir. Seu apoio àrevolução cubana reside exclusivamenteno fato de que nos países socialistaso poder é exercido pela classe opera-ria, amiga de todos os povos da Terra.

Os planos imperialistas de gol-pear a revolução cubana nu conferên-cia de São José, entretanto, não ti-veram a acolhida que o Departamentode Estado procurou criar por meio dosuborno e da intimidação. As denún-cias cubanas, juntamente com o firmeapoio de todos os povos latino-ameri-canos ao Governo revolucionário deFidel Castro, cortaram o caminho às

provocações norte-americanas. As dele-

gações do México, da Venezuela e doEquador manifestaram sua disposiçãode resistir a qualquer medida contra-ria ao principio da não-intervenção nosassuntos internos do. povo cubano. Air e s m a posição foi defendida pelochanceler colombiano, Turbay Ayala.

que acentuou: «Nós, os colombianos,respeitamos o direito de Cuba realizar,dentro de sua jurisdição, as reformasnecessárias para superar e elevar onível de vida de seu povo». O própriochanceler do Peru; pais que, a «pe-dido» dos Estados Unidos, tomou a ini-ciativa de propor a discussão do «pro-blema» cubano, foi obrigado a reco-nhecer que o Governo cubano tem ointeiro apoio do seu povo e, portanto,é inconcebível intervenção na ilha.

Diante dessas circunstâncias, tor-na-se claro que é inaceitável a posi-ção de dubiedade e conivência com oDepartamento de Estado, assumida at*o momento pele ministro das Relaçõe»Exteriores do Brasil, que antes de lia Costa Rica passou por Washingtonem busca de «orientação». Tanto mais

que o povo brasileiro já tornou mani-festa sua solidariedade à, causa cuba-na pelo pronunciamento unânime dosmais variados círculos representativosda opinião pública democrática, comoo III Congresso Sindical Nacional, o

XXIII Congresso Nacional dos Estudan-tes e numerosas assembléias estaduaise municipais de todo o pais. O povobrasileiro compreende perfeita-mente que a revolução cubana não re-

presenta qualquer perigo para o Bra-

sil, como para qualquer outro pais.Pelo contrário, Cuba está em luta con-

Ira os mesmos grupos que, dos Esta-

dos Unidos, dirigem a exploração eco-

nômica e a opressão política no Brasil.

O Governo brasileiro só tem um cami-

nho a seguir, se quiser defender nossos

interesses nacionais e representar os

sentimentos de nosso povo: colocar-se

inequivocamente ao lado de Cuba.

Contra as Manobras Divisionistas no III Congresso

VITORIOSOn UNIDIDE DOSTRABALHADORES

,

A SESSÃO solene de encerramento doIII Congresso Sindical Nacional,

realizada na noite do dia 14 último,no Teatro João Caetano, sob a presi-dência do ministro do Trabalho, sr. Ba-tista Ramos, constituiu o coroomento vi-torioso de uma longa jornada de lulados trabalhadores brasileiros em defe-sa das suas reivindicações mais tspe-cificas, • da emancipação econômica,

política e social do P a i s. Os planospreviamente articulados para dtsvir-tuar o sentido do conclave t provocara cisão entre os trabalhadores foramrechaçados com energia • strtnidadt

pelos 2.50Ó delegados que so manti-veram coesos, sob a liderança dos seusautênticos dirigentes. A unidadt pre-valeceu no III Congresso Sindical. E pre-valeceu hão de maneira artificial, masem conseqüência do espirito dominanttna atual fase do sindicalismo brasilei-ro, onde os trabalhadores têm alcan-cado grandes vitórias, graças às lutasunitárias que têm desenvolvido, emtorno de objetivos comuns. O fato dealguns dirigentes da CNTI, CNTC e

CNTTT haverem se retirado sozinhos do

conclave atesta inequivocamente o ele-vado nível que atingiu o 'movimento sin-dical brasileiro. Reportagem na 2' pá-gina do primeiro caderno e na sextado segundo.

Deputado acusa:

frigoríficos

no banco dos réus

Q RESPONSÁVEL fundamental peloproblema do abastecimento de

carne no Brasil é o monopólio criado

pelas empresas estrangeiras que con-trolam desde a criação do boi até avenda de carne à população e à ex-

portação: esta é uma das conclusõesa que chegou o deputado Jacob Frantznum trabalho recentemente divulgado.O vice-presidente da Comissão de Eco-nomia fêz uma verdadeira a t a deacusação ao truste estrangeiro orga-nizado pela Anglo, Armour, Swift eWilson para explorar o mercado bra-sileiro, auferindo lucros volumosos gra-ças à espoliação dos criadores e dosconsumidores. Leia matéria na 2- pá-gina do 2' caderno.

UDERES SINDICAISCOM JAHSO, M ABI:

TrabalhadoresAsseguramem Todo o Paísa Vitóriak Lott-Jango

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Legalidade

para o PCB:

comunistas reúnem-seI^ESDE a publicação das «Teses para

discussão-' e do «Projtto de Es-tatutos do PCB» em NOVOS RUMOS,os comunistas de todo o pais começa-ram a reunir-se para debater esses do-cumentos programáticos e orgânicos,com os quais será requerido o registrodo s e u Partido na Justiça Eleitoral.Êste debate se transformou nacional-mente numa grande campanha pelalegalidade do PCB, que em vários Es-tados teve a participação pública e en-tusiástica de diversos setores não co-munislas da opinião pública e de di-versos partidos políticos. (Leia na pág.1 do 2"' caderno a reportagem comple-ta sobre o que tem sido a campanha,nos diversos Estados).

III CongressoJOVER TELLES

Guanabara

pede devassa

na Light

A REALIZAÇÃO vitoriosa rio III Congresso SindicalNacional foi um acontecimento de enorme significa-

ção política.

SISTEMATIZANDO as resoluções tomadas nos diversos

Congressos e Conferências Sindicais ultimamente rea-lizados, os trabalhadores elaboraram uma Declaraçãode Princípios, de profundo conteúdo antiimperialista cdemocrático.

OS CONGRESSISTAS elaboraram, também, uma poli.

tica salarial que abrange a revisão imediata dos níveisdo salário mínimo, o estabelecimento do salário profissio-nal, para estimular a máo.-de-obra qualificada, a adoçãoda Escala, Móvel de Salários, e outras medidas objeti-vando a contenção dos preços e o combate á inflação,assim como a participação dos empregados nos lucrosdas empresas — conquista inserida na Carta Magna caté hoje olvidada.

OS TEMAS da liberdade c da autonomia sindical de-

terminaram um debate criador. Os congressistas,visando libertar os sindicatos da subordinação ao governoe da Interferência da burocracia ministerial, aprovaram

projeto de lei que institui aum

£• /'' ' ¦• Ss

DEVERSÃO do serviço de bondes ede todo o patrimônio desse servi-

ço, caducidade da concessão do for-necimenfo de energia elétrica, paga-mento de multas por violações dos con-tratos — essas são algumas das me-didas pleiteadas pelo Estado da Gua-nabara, através dos seus advogados,em ação contestatória e de reconven-ção a que deu entrada na justiça des-ta Capital. Como se sabe, a 31 de de-zembro próximo encerra-se o prazo daconcessão do serviço de bondes. Des-de que deferidas as solicitações do Es-lado, a Light deverá ser investigada, cfim de que fiquem apuradas todas asirregularidades praticadas pelo ttuste.<Leia na págma 4 do 1! caderno).

institui a Comissão Nacional deSindicalizaçào, organismo paritário, eleito pelos trabalha,dores e pelos patrões. A C. N. S. ficará com as atri-buiçôes hoje previstas para a Comissão de EnquadramentoSindical, a Comissão Técnica ele Orientação Sindical c aComissão do Imposto Sindical, organismos que, por suavez, sâo considerados extintos Foram aprovadas tambémresoluções objetivando a legalização das formas de orga-nizaçáo sindical de tipo horizontal já existentes ou aserem criadas nos âmbitos municipal, estadual e nacionaassim como resoluções visando à democratização dosConselhos das Federações e Confederações, a legalizaçãodos Conselhos Sindicais de empresas, a conquista de direi-tos para dirigentes sindicais, a eleição direta dos vogais

junto à Justiça do Trabalho, o apressamento da trami-tação dos processos, etc.

III Congresso definiu com acerto a posição do movi-mento sindical brasileiro em face do movimento

operário internacional. Os trabalhadores manifestaram-sepela revogação do artigo 565 da CLT e das leis que omodificaram exigiram o direito de ter relações com omovimento operário de todos os países e a liberdade de

participar e mesmo de escolher sua filiação ás entidadessindicais internacionais, partindo somente dos interessese das deliberações democráticas dos próprios operários,e nâo cm obediência a ordens emanadas da Presidência

da Republica. Simultaneamente, tendo em conta a neces-sidade de fortalecer sua unidade interna e partindo cieque nos sindicatos atuam simpatizantes das diversasorganizações sindicais internacionais, os trabalhadoresresolveram cm principio não manter filiação com nenhumadelas. Nesse sentido, recomendaram aos sindicatos, fede-rações e confederações, que procedam ao reexame destaimportante questão., Os trabalhadores resolveram aindaempenhar-se para que seja restabelecida, no mais breveprazo, a unidade internacional dos trabalhadores, sob aégide de uma única entidade, e sugeriram a realização,no curso de 1961, de uma assembléia de todas as enti-dades sindicais internacionais, com o objetivo de examinaros problemas dos trabalhadores de todos os paises e deadotar um programa comum que possibilite fortalecer asolidariedade e a unidade de nr"'o rios trabalhadores noplano mundial.

A criação da Comissão Permanente do IV Oongresso e

a eleição 'J.i Comissão Executiva Nacional constituemoutra iniciati\a que se reveste de grande importânciapara que seja assegurada a coordenação da ação, dostrabalhadores sob uma única direção nacional.

ELEVADA expressão do espírito de solidariedade inter-

nacional do proletariado foi" a participação, no Con-grasso, de representantes da Federação Sindical Mundiale do movimento sindical de 6 países da América Latina.Foram aprovadas diversas moções, destacando-se a. Moçãode Solidariedade à Revolução Cubana.

TODAS essas decisões foram unanimemente aprovadas

e elas próprias estão impregnadas de um espiritoI, unitário.

O

I Sindulfo Pequeno, Ângelo Parmigiani e Ari Campistaresolveram mais uma vez dar a nota dissonante. Aban-donaram o III Congresso, com o objetivo evidente deliquidar com o mesmo c de criar as premissas paradividir o movimento operário, impedir sua unidade. Aatitude desses senhores, sendo um prolongamento da po-sição adotada, por eles, no Manifesto das Confederações,no dia 1 de Maio, contraria as decisões de Inúmeroscongressos, conferências e convenções sindicais, ultima-mente realizados, contrariam, ainda, a Carta de Reivin.dicações da própria CNTI e o «Decálago dos Trabalha-dores», aprovados por eles. Revela que os mesmos en-veredam pelo caminho da política exclusivista e dlscri-minatória, de querer impor seus pontos de vista a classe

(CONCLUI NA 4' PAG.)

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VENCENDO PROVOCAÇÕES E DEFENDENDO SUA UNIDADETrabalhadoresnquistaram

no III CongressoUma Vitória Hi

NOVOS RUMOS — Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960 —-

Costó

Só mesmo quem estava nos basti-dores do Teatro João Caetano • assis-tiu ao arrebentar das emoções entr* oilideres, depois de encerrado o III Con-gresso. Sindical Nacional dos Trabalha'dores do Brasil, poderá avaliar em tô-da a sua grandeza o que significou co-mo demonstrações do força da unida-ds do movimento sindical brasileiroaquele histórico conclave, que resistiua todas as provocações, mantendo uni-dos os seus 2.500 delegados, prove-nientes de todos os Estados, a até dolongínquo Território do Amapá, envia-dos por 774 entidades sindicais.

As resoluções do III Congresso fo-ram aprovadas por unanimidade sobo eclor dt delirantes aplausos da ímen-sa massa humana qua lotava' comple-tamente as dependências do TeatroJoão Caetano, na sessão de encerra-mento, presidida pelo ministro do Tra-balho, sr. Batista Ramos, que repre-sentava também o vice-presidente daRepública, sr. João Goulart.

Quando tudo parecia terminado,quando os congressistas começaram ase retirar do recinto do conclave, c asautoridades já t haviam deixado a me-sa, foi que tiveram início cenas como-ventes inspiradas no mais profundo sen-timento de unidade do movimento ope-rário brasileiro e de apoio à luta pelaemancipação econômica e política doPaís. Dirigentes sindicais de várias cor-rentes, que permaneceram fiéis aos sen-timenfoi dos trabalhadores, abraça»vam-se emocionados, congratulando-secom a espetacular vitória alcançada sô-bre ai manobrai traiçoeiras dei preii-dentes da CNTI, CNTTT e CNTC, quetentaram cindir o conclave na véipe-ra do teu encerramento, uma vex quanão tinham comeguido impor oi teuspontos de vista.

Os liderei tindicaii Clodlimidth Ria-ni, vice-presidente da CNTI, HubertoMeneiei, preiidente da CONTEC, Oi-waldo Pacheco, preiidente da Federa-Cão Nacional doi Estivadorei, NelsonMendonça, presidente da Federação Na-cional doi Marítimos, Walter Meneses,presidente da Federação Nacional do*Portuários, Rafael Martinelll, presiden->« da Federação Nacional dot Ferrovia-rios, o preiidente da União dot Porluá-rios do Brasil, os liderei doi SindicatosNacionais doi Aeronaufai e doi Aero-viárloi, e outroí que permaneceram namesa do conclave, dando prossegui-mento aos trabalhos, superando a cri-se artificial provocada peloi desertores,foram alvo de calorosas) manifestaçõesde solidariedade doi chefei de todasas delegações, e dos velhos e maliprestigiosos dirigentes sindieaii de to-do a Fals. Riani, que assumiu a repre-lentação da CNTI no conclave, desta-cando-se como um autêntico líder dottrabalhadores da indústria, recebeu aimediata solidariedade doi teus compa-nheiros, entre as quais a do velho Eri-co Figueiredo, antigo dirigente da CNTI,e atual membro do seu Conselho Fiseal.

Presença das autoridadesO III Congresso precedido de con-

gressos e convenções regionais em lo-do o pais e que refletiu o pensamentodos trabalhadores de todas a% catego-rias profissionais, foi instalado no dia11 e encerrado no dia 14 do corrente.

A sua sessão de encerramento compa-reeeram inúmeras personalidades, en-tre as quais os srs. Batista Ramos, minis-tro do Trabalho, representando o vice-presidente da República; deputado Sér-gio Magalhães, vice-presidente da Cá-mara Federal; Lutero Vargas, SalvadorLosacco, Alyrio Salles Coelho, diretordo DNT, Elcy Araújo, Secretário do Tra-

;vbalho do R.G. do Sul e representan-te do governador Brizola, e os delega-dos fraternais da Federação SindicalMundial, da Federação Internacionaldos Metalúrgico! e da ConfederaçãoGeral dos Trabalhadores Paraguaios noexílio. A sessão de encerramento, on-de foram lidas e aprovadas resoluçõesdo conclave, foi irradiada pelas esta-ções Mayrink Veiga e Mundial, e re-transmitidas para todo o Brasil atra-vés de uma ride de mais de 90 emis-soras,

Provocadores em retiradaTodo mundo sabia que o III Con-

gresso representaria um poderoso pas-so á frente na lula pela unidade domovimento sindical brasileiro, empenha-do na conquista da liberdade e aulo-nomla lindicaii, de melhores salários,condições de vida e trabalho e, sobre-tudo, na luta pela emancipação nacio-nal. A consciência disso levou a quepequenos grupos de provocadores seartlculaisem para tumultuar oi traba-Ihoi do conclave, procurando, até mes-mo, Impedir a lua realização. O ves-pertlno «O Globo» — o mesmo quepediu a Intervenção de tropa» federais•m Cabo Frio, para arrancar a ban-delra vermelha do toviete doi traba-lhadorei, bandeira que não era do so-viete i nem dot trabalhadores, mas doDivino Espirito Santo — «O Globo»,orientado pela embaixada norte-ame-ricana • pelo teu adido trabalhista, vi-nha comandando a reação contra oCongresso. Nesio mesma linha segui-ram oi desajustados do MovimentoOrientador Sindical, do Movimento Re-novador Sindical e da Federação dosCírculos Operários. Esses grupos, desti-tuidoi de maior representação no mo-vimento operário, foram estimulados poralguns espoletai e tentaram, desde aprimeira lessão, tumultuar oi trabalhosdo Congreiso. O pretexto era a diicor-dáneia doi Item que tratavam da cria-Cão de uma organização interslndicalde caráter nacional, e das relações in-lernaeionali do movimento sindical bra-sllelro. A verdade, entretanto, é que oseu objetivo era torpedear a realizaçãodo conclave. Fruitradoi em teui obje-tivos, bateram em retirada.A unidade no Congresso

Pressionados pelo adido da embaí-

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O representante da Confederação Nado-cional dos Trabalhador»! Paraguaios noexílio foi um dos delegados fratírnaltestrangeiro» que partlolparam do IIICongresso êlndlcal Naolonal, saudandooa brasileiros

xada americana e pelos representantesda ORIT e da CIOSL, entraram em ce-na, então, abertamente, os irs. Deo-cleciano de Hollanda Cavalcante, Sin-dulfo de Azevedo Pequeno, Ângelo Par-mlgiani e Ari Campisfa. Servindo-se daação do espoleta José Veloso, que fêzum discurso insultuoso ao plenário, eque foi repelido com uma vaia maciça,esses senhores abandonaram a mesado Congresso, desertando do conclaveque eles mesmos haviam convocado,com um temário previamente debatidopor centenas de milhares de trabalha-dores.

Duvidando do espirito de unidadeque predominava no Congresso, aquê-les dirigentes sindicais pensavam arras-tar atrás de si, senão todas, pelo me-nos uma boa parte das delegações decongressistas. Ocorreu o contrário. Aunidade se consolidou. Imediatamen-te, após a reabertura dos trabalhos, oschefes das 22 delegações estaduais eda delegação do Território do Amapá,começaram a desfilar no tribuna, fa-lando em nome dos seus companheiros,condenando a atitude divisionista dosdesertores, e manifestando o seu inque-brantóvtl propósito de permanecer noconclave e de lutar pela aplicação vi-toriosa das suas resoluções. O primei-ro a falar foi o líder sindical paulista,Luís Menossi, chefe da delegação e pre-sidente do Conselho Sindical do Esta-do. A êle seguiram-se os chefes de tô-das as outras delegações, A unidadeprevaleceu.Um apelo à reconsideração

O ministro Batista Ramos, apás fa-zer uma prestação de contas de suaatividade à frente da Pasta do Traba-lho, ialienlou que sabia dos temas apai-xonantes que empolgaram e chegarama agitar o plenário e os congressistasnai comissões, mas que esses conflitosde Idéias tlm ralzei no próprio regimedemocrático, e que acontecimentoi dei-ia ordem devem ter comideradoi comoIncidentei de rotina. O mlniitro afir-mou textualmente) «Serenados oi âni-mos, haveis de convir na necessidadeque temoi de procurar lempre, atravésda discussão, o denominador comumque concilie as teses extremadas e, as-sim, as tornem exeqüíveis no campo de-

¦m wático».Mas o plenário do Congresso, mui-

to antes do discurso do ministro doTrabalho, já havia aprovado uma de-claraçâo da qual salientamos o seguin-te treehot «Nosso Congresso decorreunum ambiente de incontestável unida-de. Infelizmente, por mais uma vez oscompanhelroí Deocleciano de HollandaCavalcante, Sindulfo de Azevedo Peque-no, Ângelo Parmigiani e Ari Campista,que participavam da direção de nossoIII Congresso, conseguiram fazer-seacompanhar por alguns outros compo-nenfes da CNTI, CNTTT e CNTC, reli-rando-se do nosso meio, numa atitudeanfiunlfária, conlrapondo-se às deci-soes de todos os Congressos, Conferên-'cias e Convenções regionais, estaduaise nacionais, e negando tudo que an-tes havia sido dito na Carta Econômi-ca da CNTI e no Decálogo dos Traba-lhadores. Essa atitude, vivamente con-denada pelo plenário, serviu para com-provar de forma magnífica o profun-do sentimento unilário que domina ostrabalhadores»,

Mais adiante, apoi salientar queaquelas entidades não podem ser con-fundidas com a conduta de alguns dosseus aluais dirigentes, a declaração es-clarecei «Se os companheiros Deocle-dano Cavalcante, Sindulfo de Azeve-do Pequeno e Ângelo Parmigiani que-rem merecer o honroso título de dirigen-?es sindicais, que reconsiderem o seuato e modifiquem sua posição, retor-nando aos poslos que abandonaram».A porta está aberta para as ovelhasdesnorteadas. Elas só não voltarão

se não quiserem.A "Central Sindical"

A fomigerada central sindical, quesurgiu nas colunas de «O Globo» amea-«ando céus e terras, nâo chegou a serobjeto de discussão dos congressistas,que na verdade não tinham tal preten-soo. O que se dlsculiu e que foi apro-vado por unanimidade foi a criação daComissão Executiva do IV CongressoNacional Sindical dos Trabalhadores.Essa Comissão, que se comporá dos 1)presidentes das Confederações, Federa-Coes e Sindicatos Nacionais não Con-

íu ,d°í; nr.^ " ,u'P|e"t«V»erá umPlenário Deliberativo, composto de trêsrepresentantes de cada Estado, eleitos

pelas organizações sindicais. EJJe pi.-nano reunir-se-á de seis •„ ,eis meses.A função da Comissão • do ,.u Plena-fio Deliberativo é a de zelar pelo cum-prlmenlo das resoluções do III Con-gresso Sindical, convocar a ||| Confe-

ZTa Sv1 Nadonal para n°^'bro dt 1961. . o iv Congresso paraagosto de 1962,

ricaReportagem de NILSON AZEVEDO

As relações internacionaisOutro ponto qut agitou as colunas

dos jornais reacionários, desesperou aembaixada americana, pôs em pânicoos falsos lideres da ORIT e da CIOSL,

e assanhou os seus agentes nativos, foio ponlo que cuidava das relações in-temacionais do movimento sindical bra-sileiro. Nesse ponto também os con-gressislas decidiram com serenidade,fazendo valer o pensamento dos traba-lhadores brasileiros. Nesse sentido fi-cou decidido o seguinte: a) que o mo-vimento sindical brasileiro lute perma-nentemente para ampliar as ações co-muns.doi trabalhadores de todo o mun-do, pugnando pela reunificação de to-dos os organismos sindicais internado-nais em uma única entidade; b) quepara atingir esse objetivo se recomen-de às entidades sindicais do Brasil, fl-liadas a organismos internacionais, oreexame dessa filiação, através de umaampla consulta aos seus filiados, ten-do em vista a manutenção do sindica-lismo brasileiro numa posição autôno-ma, isto é, desfiliado de qualquer ór-gão sindical internacional, mas manten-do com todos eles relações fraternais,participando de suas reuniões, congres-sos e conferências; c) solicitar que asdelegações do Brasil nessas reuniõesempreguem todos os meios para quese estabeleçam planos de acões comunsentre todos os organismos sindicais in-temacionais, como passos preliminarespara a sua reunificação; d) que sejamrevogadas todas as medidas restritivas,ainda existentes na legislação social esindical, à livre filiação aos organismossindicais Internacionais; e) que se diri-jam apelos a todas ai entidades sindi-cais internacionais no sentido de queseja realizada, em princípios de 1961,uma Assembléia Consultiva Mundial dasEntidades Sindicais Nacionais, onde seexaminaria os problemas dos trabalha-dores de todos os países e se adotariamrecomendações e sugestões para a ela-boraçâo e execução de um programacomum para o proletariado Internado-nal. A Assembléia Consultiva Mundialnão teria nenhuma interferência nosmovimentos sindicais nacionais, e as

suas decisões seriam examinadas, pos-teriormenfe, em cada pais.

Declaração de princípiosO III Congresso Sindical Nacional,

dividido em 5 grandes comissões, exa-minou centenas de teses sobre a situa-ção econômica dos trabalhadores, custode vida, reforma e melhoria da legis-loção social, situação dos trabalhado-res do campo, problemas nacionais,ele, e tomou importantes resoluçõessobre todas elas, que serão posterior-mente divulgadas por NOVOS RUMOS.O Congresso aprovou, no final dos seustrabalhos, a seguinte declaração deprincípios:

«Os trabalhadores do Brasil, reu-nidos em seu III Congresso Sindical Na-cional, após discutirem as questões maiscandenles da situação econômica e po-litica de nossa pátria, aprova a seguin-te declaração, pela qual lutam e con-tinuarão a lutar unidos a todo o povobrasileiro:

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Muito trabalhoe pouco tempo

1) defendemos intransigentementeas liberdades expressas em nossa Cons-tiluição, sem admitir retrocessos no desenvolvimento da democracia brasilei-ra porque, por experiência própria, sa-bemos que os trabalhadores e suas or-ganlzações sindicais são os primeiros aserem atingidos pelas medidas antide-mocráticas; 2) em defesa da liberda-

e nos pleitos eleitorais somos pela re-vogação do artigo 58 da Lei Eleitoral,que fere frontalmente o texto consfitu-cional e os sagrados interesses do nos-so povo. Reclamamos o amplo direitode greve e a revogação do decreto9.070; 3) somos pela unidade de todoo povo brasileiro na luta contra os trus-tes internacionais, pelo progresso doBrasil, pelo bem-estar do povo, contraqualquer discriminação política, religio-sa, ideológica ou filosófica. Lutamospelo desenvolvimento independente daeconomia nacional e somos pelo mono-pólio estatal do petróleo, pela exten-são do monopólio à sua importação eà distribuição dos seus derivados; pelanacionalização das empresas estrangei-ras de energia elétrica e pela consti-tuição da Elefrobrós; pela Industriall-zação de nossos minerais radioativos,da produção da borracha sintética, eda compra e da venda do trigo,- somospela nacionalização dos frigoríficos estrangeiros, dos bancos de depósito econtra o retorno Indisciplinado de iu-cros do capital estrangeiro.

Lutamos por uma política naciona-lista e independente, de defesa dos in-terèsses nacionais e pugnamos pelo es-tabelecimnfo e ampliação das relaçõescomerciais, diplomáticas e culturais comtodos os países, independentemente doregime vigente dos mesmos, e levandoem conta somente o benefício mútuo,principalmente os interesses do Brasil.Somos também contrários à alienaçãode qualquer parle do território nacio-nal, pelo reforçamento d" lolidarieda-

O tempo ere pouco para discutir tintoeassunto». Por isso é que ot congresslttaecomeçavam bem cedo as sessôeg plenária*gerai», que se realizavam no Teatro JoãoCaetano. Na foto, aspecto de uma sessflomatutina

de entre os povos e os trabalhadores áaAmérica Latina, na luta contra os mo-nopólios dos Estados Unidos, e petadtfesa da soberania nacional de cadapaís; contrários à intervenção econômi-ca ou militar contra o glorioso povocubano, com cuja luta nos solidariza-mos; favoráveis à luta e à unidade Vetodos os povos do mundo pela paz epelo desarmamento universal.

Reclamamos e lutaremos pela refor-ma do atual sistema sindical de acordocom o espírito do art. 159 da Consti-tuição, pela completa existência da li-berdade e autonomia sindicais, contraqualquer interferência governamentalno movimento sindical e pela aprova-ção do sagrado direito de greve. So-mos pela completa liberdade para amanutenção de relações com as enti-dades sindicais Internacionais, cuja *ie-cisão deve ser um direito exclusivo doitrabalhadores e não do Governo oudo Parlamento Nacional. Quanto à fi-líação, somos pela autonomia em rela-çâo às organizações internacionais e fa-voráveis à luta pelo rápido restabele-cimento da unidade internacional doitrabalhadores.

Reforma agráriaManifestamo-nos também pela mo-

dificação da atual estrutura econômicae social existente no campo brasileiroe lutamos por: uma reforma agrária queliquide os latifúndios e dê terra aosque trabalham; pela extensão dos di-reilos consignados na CLT aos trabalha-dores do campo, pela defesa da pe-cuária nacional e dos consumidores domercado da carne, e somos contra acareília da vida e contra os sonegado-restos alimentos necessários à alimen-tação do povo,- somos pelo rápido re-conhecimento das associações dos as-salariados agrícolas e dos camponeses;lutaremos contra o projeto de diretri-zes e bases e pela defesa e ampliaçãoda Escola Pública».

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Paul

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listasno Congresso

Numeroro grupo de teceloes paulista» velo d, 83o Paulo, num ônlbu» e.p.cla»para a»,st,r a0 enoérramen.t.o do III Congres Sindical. O presidente da P eração dos Têxteis, o Itder Artur Avalonl, falou em nome d bancada paullit-na ses,ao final, hipotecando sua solidariedade ao conclave da unlE 'mandd todos a luta pela aplicação das suas r.so c .. ^ ' ""^

•*X.-, - ......J.¦¦,...--v;-....->--i.. ¦ .

Page 3: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

•— Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960 NOVOS RUMOS 3 —

Panorama Guanabara: Entra em Cenao «Rolo Compressor» de Sérgio

APESAR DA SABOTAGEM E DA OMISSÃO DAS CÚPULAS:

Muitos boatos e rumores foram postos em circulação, nos últimos dias,fazendo esperar uma próxima e decisiva mudança do panorama eleitoral duGuanabara, em favor do deputado Sérgio Magalhães. As renúncias espeta-culares do Marechal Mendes de Morais e, mesmo, do deputado Tenório Ca-valcanti, estariam por uma questão de dias. Também o Presidente Kiibits-cliek, c as forças situacionistas que esperam a sua palavra-ile-ordein, esta-riam saindo da posição ambígua em que se mantiveram uté agora, paraapoiarem com decisão a composição das forças populares e nacionalistas cmfôrnó da candidatura do atual vice-presidente da Câmara Federal. Assim,estaria sendo assegurada a ampla e esmagadora união do forças capa/, doImpor à candidatura antinacional e reacionária de Lacerda uma derrota propor-cional à ira «pie ela desperta na imensa maioria de nosso povo.

Tudo isso, entretanto, nãio passa até agora dc boatos. No terreno dosfatos, o que se v6 é a insistência de cúpulas partidárias, particularmente dorsi), em provocar a divisão das torças populares e nacionalistas, e assimdar possibilidades de vitória uo Corvo do 24 de agosto. E, na base desta divi-são, o que se ve é a persistência do regime de «ordens trocadas» instauradopelo Sr. kubitschek para trazer a confusão na Guanabara, sob a inspiraçãodos grupos de apaniguados de sua política «elesenvolvimentista» de privilé-gios e de conciliação com o imperialismo. Esses grupos ainda não perderama esperança de evitar, de tuna forma ou de outra, a vitória da candidaturanacionalista e patriótica do marechal Lott, na qual vêem, c com razão, umaameaça à sua própria existência como «pequena corte» de príncipes do de-senvolvinicMito, e por issa insistem na divisão dos lottistas na Guanabara-

O fato visível é que a candidatura Mendes continua de pé. Não exata-mente de pé, mas agarrada aos postes da Light, paro não cair, pois nemsequer os que a alimentam enxergam nela qualquer consistência, ou recep-tividade popular- Ela continua entretanto a exercer o papel para o qual foilançada e vem sendo sustcirtada pela Sr. Augusto do Amaral Peixoto, porinstrução direta do Sr. Kubitschek: retirar da candidatura Sérgio a elidi-tela e a máquina eleitoral pessedista e oficialista, que não basta pura real-mente concorrer às eleições, mas é suficiente para provocar uma atmosferade divisão entro as forças nacionalistas e populares.

Com o mesmo espirito c da mesma forma vem sendo mantida a can-diüatura Tenório. Esta, contudo, esla destinada a exercer a sua ação dlvisio-nista num outro campo: os setores mais ingênuos c menos conscientes dapopulação trabalhadora das favelas e dos subúrbios, cuja educação políticajá é suficiente para que identifiquem em Lacerda o inimigo jurado dos tra-balhadores e o agente da Esso e da Light, mas ainda não basta para alertá-loscontra a demagogia de supostos cangaceiros e pistoleiros, que se arvoram eminimigos da policia e dos poderosos, mas que na realidade têm nos conluios(.ain a policia e com os poderosos a explicação da imensa fortuna que acumu-larain. E' junto a estes setores populares, que de forma alguma votariamem Lacerda, mus que não conhecem a ação nacionalista e honrada do depu-tudo Sérgio Magalhães, que Tenório desempenha o seu papel divisionista,embora também êle saiba que não tem qualquer possibilidade de eleger-se.

Estes suo os fatos. Enquanto Lacerda gasta à larga o dinheiro dç>CONCLAP (leia-se, du ESSO c da Light) pura derramar u sua demagogiapela televisão e ocupar as ruas cariocas com faixas e cartazes, Mendes eTenório continuam agindo como seus ajudantes-deordem, sob a sorridentecomplacência do Sr. Kubitschek e dos que o cercam.

Mas existe uni outro fato, que surge com evidência cada dia maior, eque pode efetivamente acarretar a mudança desse quadro. E' o indiscutívelcrescimento du candidatura Sérgio nu preferência do eleitorado carioca. Aadesão maciça dos sindicatos de trabalhadores a0 candidata nacionalista, ogrande êxito dos comícios de Sérgio nos bairros operários e, mesmo, em re-dutos lanternistas — como o de Copacabana, quarta-feira passada — têm de-inonstrado que, apesar da sabotagem das cúpulas e da falta de recursos puraa propaganda, o povo carioca vui aos poucos aprendendo a identificar o can-dldato que realmente atende :ws seus interesses mais profundos e legítimos.Isso é o que está sendo reconhecido inclusive por jornais como «Última Hora»e «Jornal do Brusil», que de forma alguma se associam à candidatura Sérgio,e que têm publicado «prévias» e «etiquetes» eleitorais mostrando o ascensovertical do candidato nacionalista na escolha popular. E' conhecida a preta-riedade e, muitas vezes, u desonestidade de tais «pesquisas de opinião», quasesempre feitas «dc encomenda»; mas O fato deve .ser registrado, como uniaprova a mais da tendência para a alta, visível para todos, que empolga acandidatura Sérgio,

Êste fato novo demonstra que a união que as cúpulas não fizeram estásendo na base. E é o continuo reforçamento dessa união das massas pjpulu-res e nacionalistas em torno da candidatura Sérgio que tornará insiistentá-vel e fdesinoralizante a posição dos fomentadores da divisão, e os obrigará,senão a marchar com o povo, e por isso com Sérgio, pelo menos a recuarpara suas tocas de politiqueiros frustrados e superados pela legalidade.

JÂNIO (NO CONCLAP) MOSTRA 0 QUE É:

Boneco Dos TrustesProtetor do Latifúndio

Trabalhadores Asseguram em Todoo País a Vitória de Lott e Jango

Os que ainda duvidassem da uni-dado mantida pelo III CongressoSindical Nacional, apesar da tenta-tiva de divisão promovida sob a di-reção direta do.s enviados da ORIT,perderam a dúvida no encontroentre os delegados ao Congresso eo vice-presidente João Goulart, re-alizado na noite de segunda-feira,na ABI. Mais de mil delegados dossindicatos de todo o país compare-câràiri ao encontro, que visava pro-mover o debate entre o vice-presi-dente e os dirigentes sindicais,sôbrc os problemas e as perspecti-vás das candidaturas nacionalistasnos diversos Estados.

O ato da ABI foi, assim, não sóuma demonstração do apoio dostrabalhadores aos candidatos nacio-nalistas, mas também uma provada vitória da unidade operária, con-tra a reação do peleguismo entre-guista. Desde as 19 horas, filasenormes de delegados, ã espera delugar nos elevadores, contornavamo prédio da ABI. Os dois andaresdo anfiteatro ficaram completa-mente lotados, por uma platéia en?tusiasta e alegre. Para a mesa, pre-sidida pelo Presidente da FederaçãoNacional dos Gráficos, FigueiredoAlvares, e secretariada pelo lídersindical Roberto Morena, foramconvidadas diversas personalidades- entre as quais o senador LimaTeixeira, o deputado Lycio Hauer,o deputado José Talarico, o sr.Roland Corbisier e diversos dirigen-tes do III Congresso — além do sr.João Goulart e do candidato nacio-nalista à governança da GuanabaraSérgio Magalhães, oue foram alvode uma grande ovaeno ao chegaremà sala.

Diálogo francoAs delegações de cada Estado

escolheram um orador, para exporem seu nome aos presentes e ao sr.João Goulart a situação da campa-

«Souitv

um homem da livre em-presa!» proclamou o Sr. JânioQuadros, alto e bom som, em seuencontro público com os homens doCONCLAP, quinta-feira última. Masêle nem precisava ter dito isso. 0ambiente, de euforia e entusiasmocom que o receberam os negocistas,testas-de-ferro dc trustes ianques,agentes do Ponto IV, especuladoresda rua do Acre e todo o bando rca-cionário e entreguista de «campeõesda livre empresa» que inventou esustenta o CONCLAP, já foi maisdo que bastante para caracterizá-locomo o «nosso homem» dos gruposde negócios e dos caçadores delucros, da mesma forma como os •

diplomatas do Departamento doEstado ianque e da Standard Oil —segundo a famosa edição da «Han-son's Letter» — já o chamam fami-liármente de <«mr boy in Brazil».

0 anfiteatro da Associação dosEmpregados tio Comércio, local dc:feliz encontro, estava completamen-te, lotado, e dezenas de pessoas —muitas senhoras ricamente vestidase cobertas de jóias, e gordos e lar-tos tubarões — tiveram de ficar dc.pé, nas sacadas do prédio e entreas fileiras de poltronas. A entradade Jânio foi uma explosão de deli-rio; todos aplaudiram ruidosa mon-te, dando vivas e urras ao amigodc RpckcfcHer. Lacerda, que chagoulogo depois, recebeu outra consagra-ção. E !»í se fêz o alegre c festivoencontro em família, no qual aspromessas do candidato, de fazeriro governo :t política nriyátivista cenfregüista do CONCLAP, foramfeitas quase «nró-lornia»: êle nãoprecisava convencer ninguém disso,H'»is todos ali iá estavam convenci-dos.

Jânio, entretanto, como se te-nips.se mie alguém ainda pudessetomá-lo por uni candidato populare nacionalista — e êle chegoumesmo a advertir os presentes, tex-tiflnieiite, de que é inútil procurar!••% «;.s barbas de Fidel Castro» —l'?z todas as declarações necessáriaspira identificar-se pública e oficial-nvnf.e com os reaçioíiárips e entre-,.',\;..s ,|o CONCLAP. Condenou{•'•( (. (iiü.doiier forma de controle<. vi'i>iv'v"), por parte do Kstado, da, i.-.'ii';i.<;~o com n fome do povoevtcUla nelos grupos e monopólios<>M" (!oinip"'ii o mercado do abasteci-mento. «Ò controle de preços só

deve ser exercido cm momentos dcexceção, como durante uma guer-ra», afirmou» Quando não há guer-ra, quer dizer, por regra, êle pròmc-te punir «os (pie desrespeitam a leida oferta e da procura», ou seja, olivre roubo da população indefesapelos sindicatos dc tubarões.

Na questão da reforma agrária.Jânio quis tranqüilizar a assistên-cia, e aí fêz a sua referência a Fidelcom o qual, insistiu, nada tem aver. Sua «reforma agrária» nãopode amedrontar ninguém, «é amais elástica, plástica possível».Enfim, não é reforma alguma. «Osdonos dos latifúndios não devem so-frer desapropriações», afirmou, enão hesitou sequer em sair em de-lesa dos latifundiários: «Isto por-que, muitas vezes, o latifundiárionão explora devidamente suas ter-ras por não ter condições para isso.Antes de mais nada o governo devedar-lhes tais condições». Portanto,além de ser contra a reforma agra-ria esperada pelo povo, que exigea liquidação do latifúndio, Jânioainda tem o desplante de prometerque abrirá os cofres públicos paraos latifundiários.

Jânio fêz uma série de outrasdeclarações destinadas a patenteara sua afinidade com os agentes doPonto IV, que dirigem o CONCLAP.Disse, por exemplo, que a culpapela inflação cabe ao governo, queemite papel-moeda, o que é precisa-mente a lese difundida pelo impe-ralismo e pelo latifúndio cafeciro,para mascarar as verdadeiras eau-sas da inflação: a espoliação impe-rilista e as subvenções maciças aosprodutores e comerciantes de café.De resto, Jânio não leve unia sópalavra, ou leve referência, para aquestão das remessas de lucros docapital estrangeiro no país.

Todas essas posições de amigode Rockcfeller, no entanto, já eramconhecidas. Não há hoje um só bra-sileiro honesto que ainda tenha ilu-soes sobre o seu caráter dc bonecodo.s trustes. Há entretanto um as-peeto novo, e da maior gravidade,no projeto entreguista de Jânio, re-velado na festa do CONCLAP: aameaça, velada, mas clara e dire-ta, que fêz de entregar ;'s emnrê-sas estatais e, em particular, a Pe-trobrás, aos grupos e monopóliosparticulares.

«O Estado deve retirar-se dos

'^Tjfl KÍ>%>vim JH Pr m\W m\r: ^g% -.Ixmm^mw^Jmm mmmm^M mar' d*^

Conversa francamas otimista

Cada delegação estadual ao III Congresso Sindical escolheu um representante»,para expor aos demais delegados, e ao vice-presidente da República, na língua-gem franca dos operários, o panorama das candidaturas nacionalistas em seuKstado. Na foto, o sr. João Goulart, ladeado pelos lideres sindicais firioo Figuci-redj e Roberto Morena, na mesa que presidiu o ato da ABI.

empreendimentos feitos sempre quea iniciativa privada possa assumi-los», disse Jânio, textualmente, eainda acrescentou, como prova deque falava a sério, o exemplo daVASP, em São Paulo, que era uniaempresa do Estado c foi entreguepor êle de mão beijada a um grupode apadrinhados de seu governo. Éevidente o longo alcance dessa de-elaração de Jânio. Ela significa que,se por uma desgraça este boneco daLight e da Esso chegasse ao poder,Volta Redonda, Petrobrás, TrêsMarias e todos os grandes em pre-endimentos estatais seriam entre-gues por êle de presente àquelestrustes que lançaram e financiam asua candidatura.

O mútuo cortejamento presen-ciado na Associação dos Emprega-dos do Comércio — entre Jânio eos seus sócios do CONCLAP, quefinanciam os seus programas de te-levisão e os de Lacerda, com os dó-lares da Light e do Ponto IV — nãomostrou apenas a perfeita identida-de entre o candidato da vassouracom a.s palavras-de-ordem do impo-rialismo norte-americano e dos gru-pós reacionários e entreguistas bra-sileiros. Êle serviu também para es-labelecer um gritante contraste como Marechal Lott, que respondeu aoquestionário dos «conclapistas», na-quele mesmo local, dias atrás.

Enquanto Jânio, com Lacerdana algibeira, foi recebido por umaplatéia entusiasta, com toda a finaflor do entreguismo e da reaçãoreunida para aplaudi-lo, o marechalLott foi recebido ali por um redu-/ido grupo, que deixou vazias filasinteiras de poltronas, e se mantevefrio e distante durante toda a en-trevista. Para Lott, houve até difi-culdade para encontrar quem ficas-se à mesa; para Jânio, a mesa apa-receu toda enfeitada com flores, equase houve briga entre os bon/.osentreguistas pela distribuição doslugares nela.

O contraste, entretanto, foi maisexpressivo na atitude dos dois can-didatos. Enquanto Lott foi duro efranco, não fazendo qualquer con-cessão em suas idéias nacionalistase democráticas, e desagradandoabertamente aos perguntádores,Jânio revelou a sua perfeita identi-(iade com estes últimos, e dobrouinteiramente a espinha nos tuba-rões da rua do Acre e da Esso, pro-metendo-lhcs tudo o que desejavam,

nha Lott-Jango cm sua esfera es-tâduàl. Assim, desfilaram pela tri-buna os porta-vozes dos trabalhado-res de todos os Estados, do Amazo-nas ao Rio Grande do Sul. Falandoa linguagem rude e franca dos ope-rários, os oradores não pouparampalavras, quando se tratava de cri-licar a omissão ou, mesmo; a sabo-tagem dc cúpulas estaduais do PTBc do. PSD à campanha nacionalista.Mas a impressão quase unânime, ex-tornada por elos, foi a de que oscandidatos nacionalistas marchampara uma estupenda vitoriei, em 3de outubro.

Um episódio curioso, marcandoa franqueza com que os trabalhado-res mantiveram o sou diálogo como Presidente nacional do PTB, ocor-reu durante a exposição do repre-sentante do Maranhão, foto, o es-tivador José Ribamar Alves, eleitopelo porto de São Luis para a As-sembléia Legislativa de seu Estado,denunciou ao sr. João Goulart apassividade do PTB maranhense nacampanha eleitoral, e responsabili-zou por isso o delegado regional dotrabalho, a quem foi entregue a di-reção estadual deste partido, apesar .de tratar-se de um inimigo dos tra-balhadores. O sr. João Goulart expli-cou então que a atual direção doPTB maranhense fora nomeada por-que a anterior havia bandeado parao campo janisla, e' perguntou a JoséRibamar se, dc fato, o deputadoAbbud, que chefiava a diivção dc-posta, não se tinha revelado umtraidor. Despertando " hilaridade oo aplauso de toda a platéia, o líderdo.s portuários de São Luis respon-deu prontamente:

— Bom, eu não sei se éle traiu,porque êle sempre foi um testa-de-:-ferro do truste americano. O quesei é que não ganhamos na troca...

Outras denúncias, forain feitas,e igualmente vigorosas, sobre aomissão da cúpula petebista nacampanha eleitoral. O representan-te do Rio Grande do Norte, também,Floriano Figueiredo Araújo, depu-tado estadual, revelou que a cam-panha nacionalista cm seu Estadoestá sendo feita com os recursosric/s próprios trabalhadores, pois ascúpulas partidárias ainda não en-traram na luta. E explicou porqueisso acontece:

«As camarilhas cio negocistasnão gostam do marechal Lott, por-que éle é um homem honrado o umpatriota, que não vai permitir no-gocíatas cm sou governov disse.

O mesmo panorama foi descri-to pelo delegado baiano, ManuelJosé de Araújo, que assegurou en-tretanto apesar da rná vontade dascúpulas, uma esmagadora vitóriada chapa Lott-Jango na Bahia,«porque o povo baiano já decidiuquo quer ver no governo uma poli-tica dos listados tinidos do Brasil,e não uma política do Brasil dos Es-lados Unidos».

O representante do Minas Gorais,Luis Silvino Rodrigues, estendeu adenúncia do sabotagem a Lott aoPresidente Kubitschek. Sob a apro-vação e o aplauso tios presentes, olíder sindical mineiro disse que o 'sr. Kubitschek não está apoiandoLott e, pelo contrário, «está fazen-do o jogo da vassoura», pois opõedificuldades â satisfação das reivin-dicações dos nacionalistas c, espe-cialmente, dos trabalhadores, resis-tindo à melhoria dos niveis do sala-rio mínimo, ameaçando vetar dispo-sitivos básicos da Lei da Previdèn-cia, que já foi desfigurada pelamaioria governamental do Congrcs-so, e tomando outras atitudes im-populares. Isso, prosseguiu LuisSilvino, dá terreno fértil ã demago-gia janista, pois «a demagogia pegaquando o trabalhador está de bar-riga vazia». Contudo, o líder minei-ro também concluiu prevendo umaespetacular vitória de Lott e Jangoem Minas, graças ao empenho dosnacionalistas, que têm no cândida-lo Tancredo Neves, ao governo es-ladual, um grande combatente dosua causa.

Resumindo, do certa forma, osentimento dominante nas delega-ções de trabalhadores, o líder têxtilcarioca, Hércules Correia, quo faloucm nome: da Guanabara, afirmouque os trabalhadores estão atentosàs manobras do.s setores do cúpulaque ainda resistem à candidaturario marechal Lott, mas estão certosde que essas manobras fracassarãouma a uma, c os candidatos nacio-nalistas serão finalmente consagra-dos nas urnas pela esmagadoramaioria dc nosso ]>ovo. E, como essavitória representará um grandepasso à fronte na luta dos traba-lhadores brasileiros pela construçãode sou futuro, lembrou cio a frasepronunciada por um delegado ao THCongresso como resposta à cleban-dada dos pclcgos entreguistas — di-rigindo-se aos quo manobram con-Ira os candidatos nacionalistas:

«Sai da frente, que a classe ope-rária vai passar!»

Jango: legalidade paraos comunistas

O encontro de Jango com os do-legados sindicais alcançou entretan-to os seus momentos de maior en-fusiasmo durante a intervenção dcvice-presidente da República. O sr.João Goulart fêz incisivas e reitera-rias declarações rio apoio o solidário-dado aos delegados c dirigentes sin-dioais quo mantiveram a unidade doIII Congresso e não cederam à pro-vocação rios agentes da ORIT e doPonto IV. Apoiou as reivindicaçõesexpostas pelos trabalhadores, nosentido da intensificação da campa-nha nacionalista e da satisfação àsreivindicações urgentes da classeoperária, e manifestou-se em favorda legalidade para o Partido Comu-nista do Brasil.

A manifestação do vice-presi-denle pela legalidade do PCB ocor-reu em conseqüência de uma inter-pelação de um delegado, da platéia,que se levantara para expor a suaopinião a favor dessa reivindicaçãodos comunistas e pediu o apoio docandidato nacionalista. O sr. JoãoGoulart respondeu prontamente, de-clarando-se a favor da medida, e es-clarocendo:

«Pessoalmente, estou inteira-mente a vontade para responder àpergunta, uma vez que meu Parti-do tem posição firmada a respeitodesse assunto. Sempre defendi e de-fonrio o direito dc todos manifesta-rem as suas opiniões e lutarem porelas, Numa verdadeira democracia,so não estamos de acordo com asidéias de alguém, devemos comba-ter essas idéias com outras idéias, onão com a policia».

Sérgio: uma candidatura novaO deputado Sérgio Magalhães

também foi longa o vivamenteaplaudido pólos delegados sindicais,cm sou discurso. Discorreu sobre ocaráter novo rio sua candidatura,no Estado da Guanabara, sobrei u-do porque, disso, reconheço quo elasó foi possível como resultado rioascenço rio movimento operário, esó subsiste, o só vencera oirr 3 riooutubro graças ã elevação rio nivelpolítico o ao grande crescimento dacombatividade da classe operáriano pais o, particularmente no Riorie Janeiro, E concluiu, sob àplau-sos ri;i platéia: «Espero estar comvocês, pròximamente, mas paraprestar contas rio meu governo osubmeter-se às suas perguntas, co-mo Governador tios trabalhadoresna Guanabara!*

Fora de RumoO proletariado brasileiro mandoli

ao Rio mais tlc dois mil delegadosde suas organizações, Esses delegarios compuseram o 111 CongressoSindical Nacional, Viram, esses' tra-balhadores procedentes dos quatrocanlüs cio Brasil, o que na verda-de se passou cm seu conclave, Eestão lendo as versões da chamada¦ imprensa sadia , que descrevemcenas de unia suposta cisão do mevimento operário. K' ótimo, quan-do se pode confrontar verdades co-uliccidas com as versões de certos.tornais. • * *

Naturalmente, no festival de dolurpaçõcs dos latos ocorridos no-lofio Caetano, «O Globo» haveria (le.levar a palma, Não <• o vespertinodos irmãos Marinho o mais cate-gnrizudo porta-voz da EmbaixadaAmericana? Sendo um jornal riifo-lusamente «ocidental e crjstíko . "Aoeslrt «O Gl'obo» cem pir cento ali-mulo com u pequena orquestra dc

elementos quo nas filrirns do proletariado procuram manobrar comos sentimentos relliflosoà de tantostrabalhadores para torpedear a uni-dade d.i movimento sindical? listes,para emprogartrios unia expressãoadequada, são os fariseus moder-nos. * * *

Lemos no U Globo que (oramfraudadas as esperanças das tra-

balhadores democráticos no 111 Con-gresso Sindicai <. E n q u a n t o no

Diário de Noticias , através do pa-tecer dc pontífices do peleguismo,afirma-se que «os comunistas loma-1,1:11 de assalto o conclave e cria-ram sua central sindical' .

Os delegados ao, Congresso preclsam recortar cuidadosamente essasnoticias. Precisam exibi-las em todos os sindicatos, em todos os lo-cais de trabalho, confrontando es-*-íis obras-primas da arte de desin-formar c caluniar com a verdadedos ratos, que éle-. próprios lesle-nninliaiam, em discussões e deil-

Paulo Motto lima

berações <Ki;-participaram.

quais eles mesmos

Mus não esqueçamos a viagemde JK a Portugal'. Sobro, esse «dou-lecinieiiio escrevo Pedro Gomes, no«Diário Carioca»': > «O Presidentepode jactar-se de ter recebido umaovação Internacional' de- grandesproporções», quando assistiu ã tounula de Campo Pequeno. '

Que ninguém faça confusões¦•'Napraça dc Campo Pequeno exibem-se bons touros portugueses de VilaFranca de Xira e bolos animais daAndaluzia, mas- a ovâção interna-cional partiu dos marinheiros es-trangelros que assistiam á tonrada.Os aplausos desses marinheiros 6que constituiram a ovação interna-cional. levando o conünulsmo aoambiente das arenas, de onde JKregressou a Brasília com o perga-minho de toureiro ou gladiador *ho-noris causa», aclamado nela marl-iihagem sedenta de emoções fortes.

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- ....¦^^^i*^^».

Page 4: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

— 4

ACORDOS DE LISBOANOVOS RÜMÒS Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 19Ó0

Transformado o Brasil em AgentePolicial da Ditadura de Salazar

A opinião democrática do pais foiacintosamente afrontada pelas manifes-tações de fé salazarista do sr. Kubits-cbek em Lisboa. Não se contentando emlevar ao governo fascista de Salazar obalão de oxigênio que a sua simples

presença em Lisboa representava, pelaautoridade e o prestígio de seu cargo,o Presidente da República tudo fêz paracomprometer o seu nome e o de seu go-vêrno com a sorte do fascismo em Portu-

gal. Fêz questão de elogiar püblicamen-te o ditador Salazar, a quem descreveucomo «sábio», «inspirado», «amante dopovo português» e outras mentiras se-melhantes, e chegou ao cúmulo de afir-mar que devia o exilo de seu governoem grande parle «aos sábios conselhos»que receber» do ditador.

Pior ainda, o sr. Kubitschek com-prometeu o seu nome e o de nosso paiscom a política colonialista de Salazar.Reconheceu publicamente ao fascismoportuguês o direito de explorar os povosdas suas colônias africanas, às quaiso Presidente da República do Brasilreferiu-se como «províncias ullrama-rinas» de Portugal, usando o jargãooficial com que os colonialistas poriu-guêses procuram fazer retroceder a ro-da da história. E essa solidariedade dogoverno brasileiro para com o fascismosalazarista, contra a luta de libertaçãonacional dos povos africanos, não ficouapenas nas palavras soltas do Presiden-te: ela foi registrada na declaração for-mal e oficial dos dois governos, firmadaao fim do festival fascista de Lisboa; ne-Ia se afirma haver perfeita «identidadede vistas» entre os dois governos no quetoca ò situação internacional e à políti-ca externo

0 tratado fascista

Não bastou, entretanto, ao sr. Kubits-chek, associar o seu nome e atar, o seugoverno a orna ditadura odiada pelopovo português há mais de trinta anos,e que é um opróbio para toda a hu-manidade. Quis ainda que sua desas-tratada visita a Lisboa ficasse marcadacomo a abertura das portas de nossopaís aos tentáculos do polvo salazarista.O conjunto de tratados firmados peloseu governo em Lisboa não tem outrosentido: permitirá a Salazar e seus e»-birros estender ao território brasileiroa repressão policial aos democratas erevolucionários portugueses que aqui serefugiam. Mais do que isso, os tratadostransformam o governo brasileiro emmero agente policial do salazarismo,pois, na prática, o sr. Kubitschek secomprometeu a mandar caçar, prendere, no minimo, processar — quando nãoentregar à «PIDE» de Salazar — todoe qualquer democrata português que setenha refugiado em nosso país e cu|aextradição seja pedida pelo governo dePortugal.

Af disposições do Tratado relativo àextradição são claras. Depois de esta-belecer, em seu Art. 1°, que os doispaíses se comprometem a entregar umao outro os indivíduos condenados out cuja extradição seja requerida, o Tra-processados judicialmente em um deles,fado abre exceção para os indivíduosnacionais — naturais ou naturalizados— do país requerido, mas acrescentalosjo (Art. 2') que, neste caso, o paisque nega a extradição fica obrigado aprender o indivíduo perseguido e a«processá-lo e julgá-lo criminalmente»,pelas acusações levantadas contra êle.

As disposições do Tratado de extra-dição chegam a ser cinicas e indecoro-sas, a tal ponto que o «Correio da Ma-nhã» se sentiu na obrigação de afirmar,no título da matéria em que publicou odocumento, que «O novo tratado viola

preceitos de segurança de refugiados»O cinismo está, por exemplo, no Art.4-, letra «e» que exclui os crimes de

natureza política das infrações quepodem ser alegadas no pedido de ex-tradição e acrescenta, em seu para-grafo único, que cabe ao país reque-rido — islo é, ao Brasil, no casodos refugiados portugueses — julgar seum crime ou infração é ou não de cará-ter político; todas essas disposições, en-tretanto, não passam de um grosseiroembuste, pois logo adiante o mesmoparágrafo do Art. 4' estabelece que nãosão considerados crimes de natureza po-lífica e, portanto, obrigam à extradição,«de uma maneira geral os atos e fatosque. .. visem à destruição ou transfor-mação violenta da organização sociale dos seus órgãos e instituições funda-mentais». Para Salazar, isto é mais doque bastante; êle tem tudo à mão paraexigir do governo brasileiro a prisão ea entrega à «PIDE» de qualquer demo-crata português refugiado em nossopaís.

Violação da nacionalidadeMas tudo isso ainda não basta pa.a

Salazar e seu cúmplice Juscelino Kubits-chek. Restava aos democratas refugiadosportugueses o recurso à naturalização.O Tratado de «Dupla Nacionalidade»,assinado como complemento ao Tratadode extradição, tira-lhes essa possibilida-de de fugir às garras de Salazar. Estipu-Ia aquele Tratado, em seu Art. 1-, que ocidadão português naturalizado brasilei-ro continua a ser português, e só pode-rá alegar a sua nova nacionalidade, pa-ra livrar-se de uma acusação feita con-tra êle em Portugal, 6 meses depois danaturalização. Como o Tratado de ex-tradição já estipula (Art. 1?) que a nova

nacionalidade só poderá ser alegadapelo acusado quando a infração pelaqual êle é responsabilizado ocorreu an-tes da naturalização, ficam assim fe-chadas todas as portas do nosso paíspara os que aqui procuram salvar-se doterror salazarista; e os que aqui já seencontram ficam à. mercê da PIDE. Jánão é mais o caráter generoso e hospi-taleiro de nosso povo que é negado aosdemocratas portugueses; é a própriaproteção da bandeira nacional, e, con-seqüentemente, a própria soberania na-cional que saiu injuriada pelos acordosassinados em 'Lisboa.

Outras cláusulas do Tratado sãoainda mais indecorosas. O Art. 6°, §2\ por exemplo, dispensa o carniceiroSalazar de apresentar qualquer «provada culpabilidade do indivíduo reclama-do». Basta-lhe apresentar uma cópia daacusação e das leis que se referem aocaso, ou a sentença condenatória. O Art.13' dá a Salazar o direito de enviarao Brasil os seus agentes de polícia,para promover em nossa própria casaa perseguição e a coação dos emigran-tes e refugiados portugueses.

Pressão imperialistaAlguns democratas brasileiros mostra-

ram-se escandalizados com estes atosdo sr. Kubitschek. Não compreendem —dizem — porque o sr. JK, quase ao fimde seu mandato, resolveu deixar o seugoverno de pés e mãos atados ao regi-me fascista e odioso de Salazar, e aoscolonialistas portugueses; afinal, Sala-zar não dá prestígio e muito menos di-nheiro a ninguém...

As razões para o súbito salazarismo

do sr. Kubitschek são, no entanto, evi-dentes. Residem na mesma política detransigência e conciliação com o impe-rialismo norte-americano que caracteri-za o seu governo; e, atrás de Salazar,estão os interesses imperialistas deRockefeller e seus iguais nas colôniasportuguesas, e no próprio território por-luguês.

Já por ocasião do asilo concedidopela Embaixada brasileira em Lisboa aoGeneral Delgado chegou ao conheci-mento público a insistência com que oembaixador ianque junto a' Salazarpressionou o embaixador brasileiro, pa-ra que êste entregasse à PIDE o líderOposicionista português.

Quando se afirmava ainda a possibi-lidade do concelamento da viagem dosr. Kubitschek a Portugal, o embaixadorportuguês, Manuel Rochetta, não hesi-tou em declarar formalmente ao govêr-no brasileiro que «Salazar cairia nodia seguintes à divulgação do concela-mento, se êste se efetivasse. Imediata-mente Mr. Cabot secundou Rochetta,pressionando o sr. Kubitschek para queêle não fizesse fracassar o festival fas-cista, preparado em Lisboa com enormeestardalhaço, por Salazar.

Contudo, se a profissão de fé fascis-ta de Lisboa não fica bem ao Sr. Kubits-chek, ela muito menos acenta ao carátergeneroso e ao espírito democrático dopovo brasileiro. Isso ficará sem dúvidademonstrado no debate que inevitável-mente lei¦'• lugar no Congresso Nacio-nal, quando deverá ser negada a rati-ficação aos tratados de Lisboa, a fimde que esses vergonhosos documentosnão venham a ter validade.

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ESTADO DA GUANABARA PEDE A JUSTIÇA:

Um acaso

que fala a verdade

Kubitschek tirou o chapéu e curvou-seaté os joelhos para a ditadura fascistade Salazar. Na foto, èle aparece emLisboa, em atitude expressiva, ao ladodo fantoche de Salazar, o «Presidente.)Vnérico Thomaz

ue Declare Caducaa Concessão à Light

A 31 de dezembro próximo, eneerra-se o prazo da concesião do serviçode bondes à Light, nesta Capital. Deacordo com o contrato, g concessioná-ria deverá restituir ao Estado todo o pa-trimônio do serviço de bondes. Eis, po-rém, que, recentemente, a Light ingres-sou com uma ação na justiça pleiteandoa rescisão do contrato e uma indeniza-ção de 1 bilhão e 800 milhões d* cru-zeiros a serem pagos pelo Estado...

Esse incrível golpe de audácia dotruste imperialista acaba do merecer umaréplica ò altura. O Governo do Estadoda Guanabara vem de contestar asações propostas pela Rio-Light t compa-nhias associadas, não apenas negando--lhes o direito que elas so atribuem, co-mo ainda reclamando uma série de pro-vidências que o Interesse público de hámuito exigia.

Ao mesmo tempo, em sua I Conven-ção Nacional, os trabalhadores das em-presas de carris urbanos aprovaram umamoção pedindo o tombamento físico--contábil das empresas Rio-Light e Asso-ciadas.

A contestação do EstadoNo longo trabalho apresentado pelos

advogados do Estado da Guanabara,afirma-se que é necessário considerar naquestão, como participantes, a COBASTe a BRASCAN, empresas que, come sesabe, fazem parte do grupo Light. comatribuições definidas.

Em seguida, os advogados mostrama completa improcedlncia da ação daLight, que se baseia em alegados pre-juízos do seu serviço de bondes.

Perícia contábilProsseguindo na contestação, dizem

os advogados:«A vista do exposto, o Estado da

Guanabara, protestando pela produçãode todos os meios de prova permitidos— especialmente ampla e profunda pe-ricia contábil na escrita das autoras edas suas litisconsorles: ainda períciacontábil das demais integrantes do hol-ding da Brazilian Traction; perícia pa-ra verificação da inadimplência contra-tual, perícias técnicas em geral (enge-nharia, etc), com arbitramentos; expe-dição do ofícios às repartições federais,estaduais, municipais, autárquicas e deeconomia miste — especialmente o Ban-co do Brasil, Superintendência da Moe-

da e Crédito; requisição de proces-sos administrativos; prova testemunhai;depoimento pessoal dos representanteslegais das concessionárias e suas asso-ciadas; prova documental; cartas roga-tórias e precatórias; requisição de decla-rações às repartições do imposto de ren-da apresentadas pelas empresas, seusdiretores e responsáveis, atuais e passa-dos, pede e espera seja decretada a im-procedência da ação, condenadas asautoras no pagamento de custas, hono-rários de advogados — cabíveis .ia es-pécie, na base de 20% do valor da cau-sa, — honorários que os advogados doEstado desde já renunciam em favor doFundo Especial de Melhoria do Serviço,que se pede criado na reconvenção, edemais cominações de direito.»

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Carta do Sertão

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Favela do «Canta Galo»,meu ilustre Guvcrnadô:A verdade, apenas Isso,eu vô conta pru douto.

Vem ai, três de outubo,o dia das inleição!As criança tão morrendo,todo pobe padicendonas garra dos «tubarão»!

Douto Rumano Guilcrmequis fazé a pescaria.Os «tubarão» invistiroli quebraro às armadia.Curvô-se disiludido.. .o douta viu qui murria!

O leite subiu de preço,(ublu a carne tombérrí.Fejáo: quarenta cruzêro!O sustento qui se tem.O cardo pra minlnada...morre de pança quebradanoventa e nove de cem.

Jogaro o leite no Má,dero aos porco pra cume.Dispôs de feito o ormentofoi qui mandaro vende,

Porém, no ano slgulntevai pesei na Guanabara:(um pescado deferente)é de cano a sua vara!

Douto Serjo Magalhães!Deus li bote no pude. -Cum mecè na direção,esse péxe, o «tubarão»tem qui disaparecê.

Douta 7 qué limpa,essa cidade bunita,butando sexta pra lixoadonde o povo visita.A midida, seu douto,a sujêra não invita.

E os favelado, seu moçgente suja, gente nua,é sujêra qui não podemecô tira dessas rua.Nessa cidade tão belaInquanto Izisti favelaa sujêra cuntlnual

Discurpe sé pusitlvonessas linha qui li faço.Um morado das favela:Manezin dos Ánastaço.

Light no bancodos réus

Acostumada a assinar contratos e des-respeitá-los, a subornar autoridades etransformar êste pais numa feitorla, aLight terá que enfrentar agora, na Justi-ça, as sérias razões alegada» pelo Go-vêrno da Guanabara.

Reconvenção

Ao mesmo tempo, os advogados apre-sentaram uma reconvenção, isto é, umareivindicação de direitos do Estado jun-to à Light. Relativamente à Rio-Light eServiços de Eletricidade e Carris, pedemos advogados que a justiça reconheçae declare a condição de pessoa jurídicaestrangeira da empresa, para efeito daexploração de energia elétrica, com aconseqüência de ser decretada a caduci-dade de sua concessão nos termos dalei.

Pleiteiam, também, que a justiça re-conheça ao Estado da Guanabara o di-reito que lhe é assegurado pela Cons-tituição Federal de exercer, no seu ter-ritório, a concessão da distribuição deenergia elétrica, sua fiscalização e, con-seqüentemente, o poder de fixar tari-fas. Como decorrência disso, prosseguemos advogados, a Light deve ser obrigadaa cobrar a tarifa de energia elétrica naforma da lei, isto é, com limitação doslucros sobre o capital realmente inve',-tido (custo histórico) e condenada adevolver:

a) as quantias cobradas em exces-so, que se destinarão à consti-tuição de Fundo Especial paramelhoria e expansão do serviço;

b) com idêntica destinação, as par-celas de despesas indevidas cre-ditadas a sociedades a ela vin-culadas, ou que sobre ela exer-çam controle, notadamente aCOBAST.

Pedem, também, que seja reconheci-do o não cumprimento de contratos,por parte da Light, no que se refereao não fornecimento de energia elétricaa consumidores que dela necessitam erecorram à Light.

Multa diária de 1 milhão

Os advogados do Governo do Esta-do pleiteiam também o estabelecimentode uma multa diária de 1 milhão decruzeiros, a ser paga pela empresa im-

perialisla, enquanto não cumprir as exi-

gências contratuais no que se refere àsnecessidades da população; que a Lightseja condenada a recompor o seu pa-trimônio, no setor de carris; que sejamultada pela supressão indevida de li-nhas de bondes nos termos do contrato.

Pedem, também, que, no caso dt sera Light atendida no seu pedido de res-cisão do contrato do serviço de bondes,seja ela condenada, além das restitui-ções a serem apuradas, a depositar àordem da justiça as importâncias corres-pondentes às indenizações por tempode serviço aos seus empregados, poisque pelo contrato o Estado somente re-cebe os bens patrimoniais, nenhuma res-ponsabilidade lhe cabendo em relaçãoao pessoal por ela contratado.

Com relação à Companhia Ferro-Car-ril Jardim Botânico, pleiteia o Estadoque seja a Light obrigada a recomporísu patrimônio, na forma contratual, econdenada ao pagamento de multas,por violações do contrato, além de de-positar em juízo tudo o que auferiu ili-citamente e as importâncias referentesao pagamento das indenizações dos tra-balhadores.

Dissolução da Brascan eda Cobast

Sobre a COBAST e a BRASCAN, em-presas pertencentes ao holding, o Esta-do solicita a nulidade de suas constitui-ções, por expressa violação da Consti-

lição Federal. Mais ainda, pede queas duas mencionadas companhias devol-vam à Rio Light S. A. e à CompanhiaFerro-Carril Jardim Botânico todas asimportâncias a elas irregular e indevida-mente indicadas na contabilidade, nãoimporta a que título.

Ó Poeta Vaqueiro

lll Congresso'Cciíic/i/.s.io du

operária e, o que & mais grave, enveredam pelo caminhoda provocação. Ao invés de manterem-se fiéis às deci-soes do movimento operário brasileiro e honrar o man.dato que receberam da classe operária, preferem obedeceras ordens da ORIT e da CIOSL. A atitude desses se-nhores i incompreensível para as massas e por issoforam veementemente condenados pelo lll Congresso.Quiseram repetir 1946, mas fracassaram. Saíram iso-lados. Estamos em 1960.

OS^TRABALHAD0RES n3° conf"ndem a atitude*~ desses senhores com a CNTI, a CNTC e a CNTT.Essas organizações não pedem ser envolvidas nos ma-nejos dlvislonistas de alguns de seus dirigentes. Ostrabalhadores consideram suas aquelas organizações e porIsso decidiram, no lll Congresso, reforçá-las e lutar parademocratizá-las a fim de que ocupem, cada vez mais,um lugar destacado no conjunto do movimento operário.Simultaneamente, ao condenar a ação antiunitária dosreferidos dirigentes, os trabalhadores expressaram o de-

V página)sejo de que reflitam, reconsiderem suas posições, paraque possam incorporar-se novamente no processo emcurso no pais.

A PESAR do incidente acima referido, o clima de entu-*"* siasmo e de vibração oivica superou toda e qualquerexpectativa. A sessão solene de encerramento conlou coma presença de todos os delegados. Compareceu o minis-tro do Trabalho, representando o sr. João Goulart, etambém os srs. Sérgio Magalhães e Lutero Vargas, orepresentante do Governador Leonel Brizolla, e diversasoutras autoridades.

£>S COMUN.ISTAS, que, Juntamente com outros diri-

*^ gentes sindicai», multo contribuíram para o êxito dolll Congresso Sindical Nacional, redobrarão esforços,agora, na luta pela difusão e a aplicação das decisõestomadas. Diante da política antiunitária, os comunistasprosseguem sua atividade normal e respondem com suapolítica de unidade.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvesGerente — Giittombcrg Cavalcanti

Rodator-chéfe — OrlandoBomfim Jr.

Secretário - FrnKrnon BorgesREDATORES

Almlr Matos, Rui Facó, PauloMota Lima, Maria da Graça. LuísGhilardlni.

MATRIZRedação: Av. Rio Branco. 257 17'

andar. S/171S — Tel: 42-7344Gerencia: Av. Rio Branco. 257,

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Tel: 37-52 64Endereço telcgráfico —

«NOVOSRUMOS»

ASSINATURASAnual Cr$ 250,00Semestral » 130,00Trimestral > 70,00

Aérea anual, mais CrS 100,00;semestral, CrS 50.00; trimestral,

CrS 30,00.Número avulso Cr$ 5,00Número atrasado > 8.00

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Page 5: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

— Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960 NOVOS RUMOS 5 —BAYARD BOITEUX, DE VOLTA 00 CONGRESSO DE EDUCADO RES;

PROFESSORES DE TODO 0EM DEFESA DR CULTURA

MUNDOWt. ' ' VM$k$

«A libertação de vários povosafricanos criou um ambiente intei-ramente novo no continente. Pudeobservar que é absolutamente des-provida de sentido a acusação deque os povos africanos são poucoamistosos para com os brancos. Portoda parte onde passei, só recebiatenções e carinho. O que existe,realmente, é uma imensa vontadede progredir. E para isso devemosauxiliar os povos recém-libertadosda África, apesar da negligência dapolítica exterior do Brasil que atéhoje não mantófti contacto efetivocom a República da Guiné>. Comestas palavras, o professor BayardDemaria Boiteux, presidente doSindicato dos Professores do Rio deJaneiro, resumiu para NR suas im-pressões gerais sobre a viagem queacaba de fazer a Conacri, capital daGuiné, para participar do Congres-so Mundial de Educadores.

Além do professor Boiteux, oBrasil esteve presente no Congres-so por intermédio dos professoresJosé de Almeida Barreto, HenriqueMiranda e Levy Borborema. A de-legação brasileira apresentou 10das vinte moções estudadas peloCongresso, inclusive uma de solida-riedade aos presos políticos espa-nhóis e portugueses. Outra moção,aplaudida de pé por todos os dele-gados, lançava um apelo para que

fossem concedidas bolsas de estudopara estudantes africanos. Nessesentido, os professores brasileirosse comprometeram a envidar todosos esforços ao seu alcance paracontribuir para a formação de téc-nicos e especialistas africano., emnosso pais.

Grande atividade«Em cinco dias, de 25 a bü de

julho, discutimos os seguintes pro-blemas: 1») Problemas atuais dodesenvolvimento, da educação e cul-tura no mundo e a cooperação in-ternacional, tema que foi apresen-tado pela delegação do Chile. 2')Relaxamento da tensão internacio-nal e educação, tema proposto peladelegação japonesa. 3') Os educado-res e a assistência social, apresenta-do pela República DemocráticaAlemã.»

Acrescentou o professor Boiteuxque não seria possível ao Congres-so de Educadores descer a detalhessobre os problemas de cada pais.«Quarenta e duas nações, com cêr-ca de duzentos delegados, participa-ram dos trabalhos do Congresso,onde foram tratados os problemasfundamentais da educação. Nãopudemos, é claro, fazer com que asdemais delegações tomassem conhe-cimento de nossos problemas parti-

MISCELANEAQuando se vem assim, como eu, de uma doença longa, é como quando

se volta de uma longa viagem: encontram-se cartas náo respondida*, recadosurgentes que perderam a hora e então tem-se vontade de dar uma brutalmarcha-a-ré para recuperar o tempo perdido.

Estou agora assim mesmo. Vejo esta carta da Federação de Mu-lheres do Brasil apelando para que eu dê minha solidariedade ao escritorlibanês Farajallah Hellou que se encontra preso na Siria, pais da RAU.Terá sido solto? O que terá acontecido com esse homem de inteligênciase a carta que recebi é datada de IS de junho, já lá se vão quase doismeses? Aqui estou minhas senhoras, minhas companheiras da Federaçãode Mulheres do Brasil prestando minha solidariedade que é um dever, por-que sempre considerei de meu dever lutar em defesa da liberdade.

Quanta gente presa no mundo. Como é triste, escuro, trágico êst*mundo de hoje. O Boletim do Comitê Internacional para a Cooperação dosjornalistas no seu número de junho conta também que nossos amigosBrian Bunting e Ibrahim Amer estão presos; o primeiro por sua oposiçãoà política de discriminação racial na União Sul Africana e o segundo queíoi um dos mais ativos partidários da cooperação de jornalistas e da idéiado Encontro Mundial, preso por opiniões políticas na República Árabe Unida.

Volta-se da doença como se volta de uma longa viagem. Este tele-grama de Lisboa conta que foram ali julgados vinte e três anti-salazaristas.Sabe-se bem da trama, conhece-se bem o que significa cair nas mãos dapolicia de Salazar. Enquanto isso JK desatendendo a todos os nossos pedi-dos foi a Lisboa e é triste vê-lo sorrindo para Salazar. Para Salazar nenhumdemocrata pode sequer sorrir, quanto mais apertar a mão, ctunprimentar.

Tanta gente sofrendo pelo mundo afora e esta doença impedindo queeu tomasse parte em muita coisa, em protestas contra a tirania, contra aopressão, em ardorosos apoios às campanhas realizadas, enquanto um velhocoração queria por força fazer calar, definitivamente, minha voz.

Quando se vem de uma longa doença * como quando se volta deuma longa viagem. Tantas cartas, tantos convites, tanta coisa que não aerespondeu nem atendeu. A longa doença nãoimpediu — isso não! — que eu deixasse deolhar o mundo, o trágico mundo que es-tamos vivendo. Mas viver é tão bom que ape-sar de tudo o que há de ruim por ai viveré ainda o que hà de melhor.

Tópicos TípicosEm «Carta Aberta ao Futuro Presidente» (que ela julga ser Jânio

Quadros), Raquel de Queiroz escreve, na O CRUZEIRO de 203:«Quando o viajante deixa o Rio Doce esai em procura do veíhoSão Francisco, parece que se está penetrando em outro pais, Ascidades minguam, a cada km andado parecem mais pobres e maisatrasadas (...) E à medida que a gente caminha à procura daequador, a pobreza mais e mais se agrava — até chegar àquelezero absoluto da seiva amazônica.»

A veneranda e rústica sertaneja trocou as bolas: a pobreza seráinfinita ou «zero absoluto»?

Fernando Sabmo, por sua vez, no JORNAL DO BRASIL de 13 8,«Irtixa uma angústia»:

«Doido por doido, eu também sou: voto no Janto.»Ah- k-iioa, louca.

Na sua coluna do CORREIO DA MANHA (14-8), Jayme MaurícioInforma: Roberto Burle Marx já «restabelecida».

Que baixo, hem Maurício,-. Segundo os modernos psicanalistas, seria.te um caso típico de projeção psicológica.

De acordo com uni inteligente cronista, os correligionários de CarlosLacerda sâo «homens virginais e mulheres mal amadas». A nosso ver, Glads-tone Chaves de Melo enquadra-se na primeira categoria. No O GLOBO de11 do corrente, êle dá o seu testemunho:

«Considero Corção o homem mais inteligente e mais completo dequantos conheço(...) file é uma das últimas • melhores coisa»amáveis que tem o Brasil».

O inclitií» donzel não conhece homens.

Com sua vinda ao Brasil, Jean Paul Sartre tornou-se assunto e viti-ma da nossa imprensa. Um repórter do CORREIO DA MANHA chegou adeclarar que a obra mais importante do filósofo era a «Crítica das RazõesDiretivas:, (mutilando a «Crítica da Razão Dialética»).

Ao escrever «Carlos Lacerda e os Construtivos» (O GLOBO, 11-8),o cronista Henrique Pongetti reafirma vigorosamente ,m sua senilidade:

«10' um ôvo de Colombo, velho de quase vinte anos, mas os,construtivos s2o culpados de haverem deixado ao destruidor a pos-slbllidade de torná-lo um dos tantos ovos de Lacerda».

Por ('«tes e outros ovos _ que o Lacerda cantou e o<_n_*r4 de galinha.

culares. Estávamos reunidos alipara apreciar a educação em seuaspecto global. O problema daÁfrica negra, no entanto, a todosempolgou. Delegados das mais di-versas nacionalidades foram unâni-mes em condenar o imperialismoeuropeu, particularmente o francêse o belga, que tudo faz para impe-dir o progresso cultural dos paísesafricanos. Mesmo as delegaçõesfrancesa e belga não pouparam cri-ticas aos métodos reacionários uti-lizados por seus paises.»

Ressaltou o professor brasileiroque apesar de o Congresso, ter-seconstituído num grande sucessopelos contactos que possibilitouentre professores de todo o mundo,são numerosas as dificuldades paraque seus apelos e resoluçõescheguem a todos os pontos domundo e se transformem em reali-dade. A luta dos professores peloprogresso material e cultural deseus povos encontra numerososobstáculos pela frente, principal-mente no que diz respeito às esco-Ias e universidades particulares, es-pecialmente as religiosas, que nãopoupam recursos e esforços paraevitar o esclarecimento dos estudan-tes.

Professores estão unidos

Prosseguindo, disse o presidentedo Sindicato dos professores: «Nos-so Congresso mostrou que a classedos mestres acha-se bastante coesaem todo o mundo. Países antípodaschegaram às mesmas conclusões,todos marchando pelo caminho maisprogressista possível». Dos grandespaises, apenas a Inglaterra e os Es-tados Unidos deixaram de compa-recer ao Congresso, mas a UNES-CO, organismo cultural da ONU es-teve presente, o que, como observouo professor Boiteux, «serviu paradar ao Congresso um sentido maisamplo».

«Nas parcdos dos salões do Con-gresso havia dísticos que nos lem-bravam nossa principal função, isto

é, a luta para adquirirmos uma cul-tura própria que nos livre das con-dições cie pais de cultura periféri-ca». Entre estes dísticos, referiu-seo professor a dois que podem ser to-mados como símbolos do ambienteque reinava em Conacri: «Depois dopão, a instrução é a primeira ne-cessidade do povo» e «Argélia, tú-mulo do imperialismo francês».

América Latina e Brasil

Quanto aos problemas educacio-nais da América Latina, disse o pre-sidente do Sindicato dos Professores,foi apresentado pela professora chi-lena Olga Poblete um relatório divi-dido em três partes: política, econô-mica e cultural, científica e técnica.«Ésse Congresso, que se realiza detrês em três anos, permite aos pro-fessôres brasileiros tomar conheci-mento dos progressos realizados emoutros países. Dos contactos quemantive, pude concluir que nossoensino se capacitará a dar ao povouma ideologia adequada ao nossodesenvolvimento e conseqüente li-bertaçâo econômica, quando tiver-mos uma escola pública, gratuita,obrigatória, laica e de ideologiaprogressista. Para tanto, necessita-mos de mudanças radicais em nossoensino. É necessário que façamosaprovar uma Lei de Diretrizes eBases do Ensino, que possibilite aogoverno estabelecer as condiçõesacima mencionadas. A escola deve-ria, então, ser o reflexo da culturapopular e nela, por oulro lado, in-fluir.»

Finalizando, disse o professorBayard Boiteux: «Há alguns proje-tos educacionais no Ocidente quemerecem ser estudados i>or nossoslegisladores. A reforma apresenta-da pelos professores franceses HenriWallon e Langevin, por exemplo,deve ser objeto de nossa atenção.Quanto ao problema do livro didá-tico, uma editora nacional de livrosdidáticos poderia solucionar a quês-tão, livrando o estudante dos alto_preços que o livro brasileiro atinge.»

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Hl IEles querciT)é libertar-se

O professor Bayard Boiteux, presMen.te cki Sindicato dos ProfessAres do Riotle Janeiro, voltou da África desmentiu-do que haja preconceito dos negroscontra os brancos n0 continente emcliulição pela independência.

Escritores SoviéticosSolidários a Cuba

As pressões norte-americanassobre a ilha das Caraibas suscitamem todo o mundo os mais veemen-tes protestos. Dia a dia personali-dades e homens simples de todosos países erguem sua voz em defe-sa de Cuba, contra seus ex-opresso-res. Abaixo transcrevemos decla-rações de N. Tlkhonov e B. Polevoi,famosos escritores da URSS, quetambém vieram incorporar-se aogrande exército dos defensores dailha de Fidel Castro.

De Nikolai Tikhonov:«Todos os soviéticos saudaram

com profunda alegria a vitória dasforças democráticas de Cuba, soba direção do querido chefe do povo

cubano Fidel Castro, sobre as fôr-ças da reação e de seus amos, osimperialistas norte-americanos, do-nos dos «truste» e monopólios.

«Mas, neste momento, Cuba in-dependente e seu povo, que deraminício à transformação da amadaIlha, se sentem ameaçados por seusantigos inimigos, os reacionários eimperialistas norte-americanos, quenão querem aceitar o triunfo dopovo cubano, que já iniciaram atosde provocação e pretendem levarCuba à ruína e a fome, estrangularsua economia e restaurar seu poderneste país libertado.

«Ameaçam com a intervençãoarmada direta! Todos os cubanoscerraram fileiras em torno de senGoverno, dispostos a defender com

CONTRA 0 ATUAL«DIRETRIZES E BASES»

NORBERTOC. DA SILVEIRA

No DIÁRIO DE NOTÍCIAS de 14-8,6 J.C. Barbosa Moreira volta a considerarque capitalismo e socialismo são «.farinhasde um mesmo saco».

Observações como ..ssa é que nosdeixam de saco cheio.

v Pedro Severino

Após um período de «esfria-mento», o Projeto de Diretrizes eBases da Educação Nacional con-tinua na «fila» para ser votado peloSenado Federal, longe da pressãode entidades como a União Nacio-nal de Estudantes, União Brasileirade Escritores, União Brasileira deEstudantes Secundários, etc.

Agora, mais do que nunca, sefaz necessária a presença de enti-dades como estas e a deflagração deuma campanha naciona] contra amencionada proposição.

Acompanhamos já há bastantetempo a luta que se trava em nossopais entre duas correntes educacio-nais: a que defende a entrega daeducação da juventude a entidadesprivadas, muitas vezes incscrupulo-sas; e a que propugna por um pri-vilégio estatal neste setor.

A primeira foi bastante ousa-da. O deputado Carlos Lacerdaapresentou em 1958 um substituti-vo ao projeto originário do Executi-vo, pelo qual, pura e simplesmente,o controle educacional e de distri-buição de verbas oficiais passariatodo êle a «entidades educacionaisprivadas». Esta ofensiva constituiu-se numa das maiores já realizadaspela ala reacionária e obscurantistado pensamento brasileiro e visava,nada mais nada menos, do que ocontrole ideológico da moeidade e

a absoluta independência na dis-tribuição de fundos destinados àeducação. Foi tão ousada esta ten-tativa que não logrou a aprovaçãodos representantes do povo.

Foi, então, que, mui providen-cialmente, entrou em cena a Comis-são de Educação da Câmara Fe-deral, que decidiu apresentar umterceiro projeto, conciliando os in-térêsses das duas correntes. Bene-ficiaram-se com isto os reacionários,que viram consagrados por aquelacomissão os seus interesses no quediz respeito à distribuição de verbas.

A primeira luta que se fêz con-tra o projeto foi logo após sua saídada Câmara dos Deputados. Receo-sos, talvez, os senadores esperarama transferência da capital do paispara o planalto central onde, longedas vistas de estudantes e profes-sores, poderiam cometer impune-mente o crime contra a escola pú-blica, universal e gratuita.

Precisamos levantar nossa vozde protesto contra este ato que sepretende perpetrar contra a culturabrasileira. Que a escola seja públicae gratuita, dando oportunidade deinstrução aos milhões de analfabetosque vegetam em nosso pais; que seimpeça a comercialização do ensinoc o aviltamento da personalidade;que se garanta um futuro democrá-tico para o Brasil!

as armas na mão a liberdade e aindependência da ilha.

«Mas não se encontram sósicsta hora! Todos os povos estãoao lado de Cuba! Todos ps soviéli-cos apoiam o povo cubano em suanobre luta, e não consentirão agra-vos ao livre e orgulhoso povo cuba-no. Maus tempos correm hoje, emlôda a parte, para os colonialistase reacionários. A pequena ilha domar das Caraibas se ergue comoum baluarte inexpugnável diantedas forças do mal. I1], nas suasrochas csfacelar-se-ão todos os ateu-tados contra Cuba!»

A palavra de Boris Polevoi«Há pouco estiví' na Tchccoslo-

váquia onde me entrevistei com oministro das Forças Armadas Revo-lucionárias de Cuba, Raul Castro,que se encontrava ali de visita. Pro-vávelmcnte seja o Ministro da (Juer-ia mais jovem de todos que conheço.Conta 2G anos. Entre seus acompa-nliantes «barbudos» era o único derosto raspado. Raul Castro já per-correu uma grande trajetória naluta contra o colonialismo, cada dia(Ia qual eqüivale a um ano de vida.

«Conversando com Raul Castro,vieram a minha memória Lazo eSchors, que eram mais jovens queêle, bem como outros gloriososchefes militares da guerra civil. Aluta pelo poder dos Soviets tornou--os, já na juventude, homens deEstado.

«Raul Castro e seus acompa-nliantes se revelaram pessoas muitoagradáveis . Interessaram-se viva-mente, pelo nosso país, por tudo denovo que êle possui. Falaram daspoesias de" . layahovsl-i, tinhamânsia de ver nosso Kremlin e oGrande Teatro... A revolução na-eional fêz desses homens chefes mi-lltares na juventude. São amigosda União Soviética e do mundo so-cialista. São homens que não tinhampassado, mas diante dos quais abre--se um grande e brilhante futuro.

«Raul Castro e eu possuímosum bom amigo comum, Nicolás(«uillén, o grande poeta cuias arden-tes canções são cantadas com acom-panhamento tle violão em toda aAmerica Latina. E, depois de brin-dar, com o Ministro da União So-viética, pelo triunfo final da revo-

luçiio cubana, Raul C.istro ergueuò seguinte brinde:

— Pela poesia, insígnia da lutade libertação!

«Em sinal de respeito pela lite-r .(ura soviética, literatura de gran-de humanismo, Raul Castro entre-gou-me unia medalha com a qualsão condecorados os veteranos daluta revolucionária em Cuba. Abra-çamo-iios como irmãos. E, quandonos despedimos, disse-me RaulCastro:

«— Transmita, por obséquio,uma calorosa saudação ao seu gran-de. país, de onde voam os . putniks,e os luiiiks, símbolos da Paz e dogênio humano.

«Recordando agora aquele emo-eionante encontro com os amigoscubanos na terra tchecoslovaca, damesma forma que todos os sovié-ticos leio com viva indignação asnotícias sobre os atos agressivosdos imperialistas norte-americanoscontra a livre e ensolarada Cuba.Os colonizadores pretendem fazercom que volte o passado que ospovos odeiam.

«Mas, como é sabido, no veículodo passado ninguém pode ir muitolonge. Que vergonha para os insen-satos colonizadores norte-america-no., oue no século dos foguetes edos quebra-gelos atômicos preten-dem marchar no veículo do passado.«Povo da maravilhosa Cuba, nós tesaudámos!»

Palestrasobre problemasnacionais«0 CAFÉ E A ECONOMIANACIONAL» - PELO CORO-NEL CASTRO AFILHADO

Em prosseguimento ao segundociclo de Palestras sobre ProblemaiNacionais, realizadas pelo Centro <_•Estudos e Defesa do Petróleo e daEconomia Nacional e União dos.Ser-videres Municipais, falará na próximaterça-feira, dia 23, às 18 horas, no 7?andar da A. B. I„ o Coronel CastroAfilhado, sobre o lema: «O Café • aEconomia Nacional».

A entrada é franqueada aos inte-u-sados.

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NOVOS RUMOS2 DIAS DE PRESTES EM RECIFE

Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960

Homenagem na Assembléia"Encontro Marcado" na TVPara uma breve visita, Luiz Carlos

Prestes esteve a 9 e 10 do correnteem Recife, onde foi oficialmente rece-bido pela Assembléia Legislativa do Es-tado, falou no programa «EncontroMarcado» da Televisão Jornal do Co-mércio e participou de um comício,além de comparecer a outros atos e en-contros com destacadas personalidadesda vida política do «Leão do Norte».

À chegada de Prestes à capital per-nambucana, nos primeiros minutos deterça-feira, embora a notícia de sua vi-sila tivesse circulado à última hora, es-tova presente enorme massa popular,destacando-se numerosos parlamenta-res e dirigentes operários e nacionalis-tas, bem como o vice-governador Pelo-pidos Silveira e o prefeito recifense Mi-guel Arrais, Quando Prestes desembar-cou foi logo cercado e vivamente cum-primentado.

Recebido pela AssembléiaLegislativa

Prestes visitou a Assembléia Legisla-tiva para agradecer o seu recente pro-nunciamento pela volta do Partido Co-munista do Brasil à plena legalidade.Tendo chegado à Casa em companhiade David Capislrano e vários compa-

nheiros de luta, o deputado AntônioNeves, .presidente da Assembléia, desig-nou uma comissão integrada pelosdeputados Eudes Costa (PSD), Alman/Sampaio (PRT) e José Cardoniso paraintroduzir no recinto Luiz Carlos Pres-tes, que logo, sob intensa salva de pai-mas, tomava lugar à Mesa,

Designado para saudar Prestes, odeputado Sérgio Murilo destacou traçosda sua personalidade e exaltou o me-rito de sua luta constante em prol dafelicidade de nosso povo. Depois deassinalar diversos aspectos da alivida-de dos comunistas, notadamente nomovimento nacionalista, o líder parla-menlar renovou as suas manifestações,já conhecidas, pela volta do Partido Co-munista do Brasil à legalidade.

Falando a seguir, Prestes agradeceua homengem que acabava de receberdos representantes do povo perncimb'jcano, discorrendo depois sobre a ne-cessidade do fortalecimento e da am-pliação da frente única nacionalista edemocrática chamada hoje a encami-nhar a solução dos mais graves e ur-gentes problemas com que se defrontao país. Prestes mencionou que, paicisso, é uma exigência das próprias con-dições atuais da luta o retorno do PCBà legalidade, externando então os seusagradecimentos aos deputados presen-

tes que haviam apoiado dias atrás, emato realizado naquele mesmo, recinto,essa reivindicação do povo brasileiro.

Autografou as TesesLuiz Carlos Prestes foi em seguida

convidado a manter um contacto maisdemorado com os parlamentares no ga-binele da Mesa. Ali, onde continuoua receber cumprimentos, autografou de-zenas de exemplares das «Teses» e do«Projeto de Estatutos do PCB», que pes-soalmenle enlrcçjcu a cada represen-tanto do povo. Pouco depois, Pres.esdeixava o edifício cia Assembléia, cer-cado de grande masca popular, a fimcie manter longa co.v,'orência com o vi-cc-governacior Pcljpidas Silveira.

Debaixo de chuvaApesar da chuva que caía, uma

"lultidão se concenirou, à noite, nobairro de Santo Anlónio para ouvirPrestes, num comido de propagandados candidatos nacionalistas. Recebidoentusiàslicamente, Prestes falou duran-te quase uma hora, fundamentando as

razões do apoio dos comunistas a Lotte Jango e destacando a necessidadede uma vitória esmagadora sobre asforças que formam no campo entre-guista.

«Não somos nacionalistas de últi-ma hora — frisou — pois desde 1922,quando surgiu, o Partido Comunistaaponta à nação o domínio do imperia-lismo e o monopólio da terra como ascausas fundamentais do nosso atrasoe da infelicidade que pesa sabre mi-Ihões de brasileiros. E é precisamentepor isso que neste momento todos osesforços dos comunistas se concentramna tarefa de derrotar as forças reacio-riárias e entreguistas, elegendo os con-didatos nacionalistas». Prestes mostroumais uma vez o conteúdo retrógrado eantinacional da candidatura Jânio Qua-dros e criticou a posição do governadorCid Sampaio, eleito pelos democratas enacionalistas e agora ao lado do can-didato dos trustes.

Do comício, Prestes se dirigiu à TVJornal do Comércio, onde participou doprograma «Encontro marcado».

WÊpWÊ WÊN/BÊjl§f9ÊÊÊ(^itssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss ^Wssssssl AssVslU AaV^ÍJ" ^^jHKa^AimMaUAKsisv^^"'

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Prestes fala,a verdade apare 20

Quando Luiz Carlos Prestes desembarcoucm Recife, cerca da meia-noite do dia 9último, inúmeras pessoas o aguardavam,apesar do adiantado da hora. Na foto/oex-senador comunista quando era ouvi-do por representantes da imprensa

OTiro Saiu Pela C II

Palavras CruzadasF. Lemos

PROBLEMA N< 23HORIZONTAIS: 1 — Relativo ao na-

riz. 6 — Instrumsnto agrícola. 7 — Ataliya que escorre da boca. 9 — Antssrlí Crl.'fò. 11 — Fragrânci.i, 13 — Fi-Isira. 14. — Ach?1 grnça. 15 — Ave per-nata. 17 — Pátria de Abr.ino. 18 —Oxido de cálcio. 19 — Feitim ou ban.f|M3íe licencloso. 21 — Artigo femininoplural. 23' — Con-truçáo de pedra outiiclot, própria para vedar qualquer ter-r*no ou recmto. 24 — Referente aos rins28 — Fruto da amoreirn

VERTICAIS: 1 — Planta brassicáceahnrlenr.e. 2 — Ferro puxado à fielra.3 — Sobrenome popular. 4 — Nome pró-prio marculino. 5 — Espécie de escumi-lha, 7 — Embarcação larga e poucofunda 8 — Peça de música para umari voz (pi.) 9 — Abalar, desmoronar.10 — Repreensão dada em público auma criança. 12 — Senhor. 16 — Munirde arma 20 — Vicio de comer c beber

cm excesso 22 — Filho de Ndos povos da raça semita. 24que os antigos Egípcios davam ,i25 — Laço apertado.

troncoNome

o Sol.

, |2 3 4 5

p F WTmf fTa(\_

Ts MM* 2°tíJAüítttRESPOSTA DO PROBLEMA N' 22

HORIZONTAIS: 1 - Cadeado; 7 - Aro: 8 - Cal; 9 - Lira- 11 _ Ra.T C^S^V ^Ttaoar^

" iíTV"

"n ^ 2° ~ A*"a; 21 " "««'í."ví{:FICAIS. 1 — Calabar; 2 — Ari; 3 — Dora- 4 Ar- s n,... c «¦10 - Ata; 13 - Ornar; 15 _ tra; ,7 - Erna; 19 -^

* ~ ^ 6 ~ °lnr'as:

Um dos pontos culminantes davisita de Prestos a Recife foi assina-lado pela sua presença no programa«Encontro Marcado», na TelevisãoJornal do Comércio, inclusive por-que isso foi, sobretudo, uma vitóriaconquistada pela influência políticaque exerce e pela insopitável ton-dência democrática que se faz pre-sente, no momento, nas esferas po-liticas de Pernambuco. Explicamos:

o programa de televisão que haviaprovocado a viagem de Prestes aPernambuco não era o «Encontro-Marcado», na TV Jornal do Comer-cio, mas um outro intitulado «Estaé a Noticia», na TV Rádio Clube,que ô a segunda estação da metro-polo nordestina. Acontece, porém,que, instantes antes da hora mar-cada para o inicio do programa,seus organizadores i n f o r m a rama Prestes que «determinações su-periores» impediam a sua presen-ça diante das câmaras. Isso aconte-rat, segundo se soube, devido à in-terferência de, elementos janistas,que dessa forma demonstraram oque na verdade entendem por li-bordado de falar na Televisão, lemaque deu margem a uma de sitasmais violentas e demagógicas cam-panhas contra o próprio governo.Mas, quando Prestes discursava no

bairro de Santo Amaro, chegou aopalanque, como expressão dos pro-testos que já se levantavam contraaquela arbitrariedade, um conviteda Televisão Jornal do Comérciopara que ali comparecesse a fim deser apresentado o «Encontro Mar-cado;, numa programação extra, deúltima hora.

Foi assim que, durante umahora exatamente, respondendo acerca de vinte perguntas formula-das pelo jornalista Hélio Polito,Prestes' pôde esclarecer diversosaspectos da linha política dos comu-nistas, bem como fundamentar as.razões do apoio às candidaturasLott e João Goulart. O tiro sai",dessa forma, pela culatra.

Nacionalismo e entreguismo

Assembléia do ParáSolidária a CubaMais uma Assembléia Legislativa

Estatiual brasileira veio pronunciar suasolidariedade à revolução cubana. ACâmara do Pará, por requerimento dodeputado Stélio Mareja, aprovado porunanimidade, resolveu: «Que esta As-sembléia manifeste sua repulsa a qual-quer intervenção estrangeira em Cuba,expressando sua solidariedade e admi-ração à luta democrática do Povo cuba-no pela conquista de níveis superioresde vida social e econômica.» Êste pro-nunciamento vem se somar aos já to-mados pela Assembléia Legislativa dePernambuco- e de dezenas de Câmarasde Vereadores de todo o país, entre

as quais as de Londrina, Volta Redon-da e Valença.

Operários e camponesesO Sindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e deMaterial Elétrico de Belo Horizonte, Mi-nas Gerais, em assembléia geral rea-lizada na semana passada aprovou porunanimidade o envio de uma mensagemao primeiro-ministro Fidel Castro pelacorajosa e patriótica atitude tomada emdefesa do povo e da soberania de Cuba.«A luta de nossos irmãos cubanos per-tence a todos os povos subdesenvolvi-dos e oprimidos, que desejam sua

emancipação. F";uem certos de que nãoestão sozinhos, poderão contar com asolidariedade dos trabalhadores brasi-.?iros.»

Também em PernambucoEm Recife, foi realizado um gran-

de comício na Praça Dantas Barreto,que contou com a presença de campo-neses, estudantes, operários, intelecto-ais e homens do povo. A polícia do go-vernador Cid Sampaio tentou impedira realização de uma passeata progra-mada pelos camponeses para demons-trar sua solidariedade a Cuba, mas nãoconseguiu evitá-la.

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«O contrário de nacionalismonão é internàciònalismo e- sim en-treguisrno», disse Prestes respon-dento a uma das primeiras pergun-tas do entrevistador, aduzindo: «porisso mesmo, como patriotas, nóscomunistas, sendo internacionalis-tas, não somos incoerentes lutandopelo nacionalismo, pois o que inte-ressa ao bem-estar do povo é a li-bertação econômica do Brasil.Apoiamos Lott, apesar de sua into-lorância com relação a alguns pro-blemas, porque êle assumiu com-promissos nacionalistas, e desde o11 de Novembro, data que ficaráassinalada na história sul-america-na como Dia da Dignidade Nacio-nal, êle tem mantido posições na-cionalistíis». E explicou mais adian-te as raizes da candidatura Lott,nascida no seio do próprio povonaquela época, e. desde então, sus-tentada e consolidada ao calor deforças cada dia mais poderosas,tudo isso contrariando via de regraas manobras das cúpulas partida-rias, notadamente do PSD, cujosdirigentes não desejavam como can-didato o ex-Ministro da Guerra.«Lott é um homem pobre — acres-centou — que vive exclusivamentede seu ordenado, possuindo apenasum apartamento no Rio e uma mo-desta residência em Petrópolis.Mas o que importa, sobretudo, é quenão tem qualquer vineulação comos imperialistas, seus agentes etoda a gama de negocistas que aju-dam a empobrecer e sacrificar im-piedosamente o povo brasileiro.»Lembrou então que Dutra, tambémgeneral do Exército e ex-Ministroda Guerra, igualmente era umhomem pobre, mas inversa era aorigem de sua candidatura, ábsolu-'\ tamente estranha as grandes mas-sais e nascida no seio dos gruposmais reacionários do PSD.

0 falso nacionalismoSurge uma pergunta de Hélio

Polito sobre «as ligações da Sra.Edna Lott com comunistas e falsosnacionalistas», e Prestes responde:«Não conheço nem nada tenho aver com as ligações políticas daSva. Edna Lott, mas o CoronelNemo Canabarro, que tem mencio-nado isso, deveria ser o último afalar em falsos nacionalistas, poisêle, com suas atitudes diviaiònistase seu anticomunismo sistemático, éum deles».

Acrescentou depois Prestes que,apesar do apoio à candidatura Lott,várias são ainda as divergências depontos de vista sobre importantesproblemas de interesse nacionalque ainda perduram. «Divergimosdo Marechal Lott — disse — quah-do êle é contra a legalidade doPCB e contra o reatamento das re-lações diplomáticas com a UniãoSoviética. São dos paradoxos dapolítica, pois o outro candidato temposição diversa. O Marechal Lott,cvidcit' 'mente,, alimenta preconeci-tos e ihepmpreénsõès; tem visãofalsa de alguns problemas.- Mas

acredito que êle tem evoluído cmsentido positivo, principalmente por-que é um patriota honrado.»

Os compromissos sãocom o povo

Desfazendo, adiante, versõespropaladas por círculos reacioná-rios sobre uma falada fórmula decontra-prestação do apoio dos co-munistas a Lott. c João Goulart,Prestes afirmou: * Jamais recebe-mos pagamento algum pelo nossoapoio, e nossas exigências são decaráter político, estando já incluídasna plataforma do candidato.» Eacrescentou: «Não existe nenhumdocumento comprovante, porquenão é necessário. Lott já assumiucom o povo os compromissos quenos satisfazem, e isso basta.,

Fernando de Noronha eRoboré

Respondendo a unia perguntasobre Fernando Noronha e Roboré,Príslcs confirmou que os comunis-tas criticaram Lott e divergiramdele quand» da cessão de FernandoNoronha. «Foi uma capitulação, umerro do Marechal Lotl» — disse.Mas, quanto'a Roboré o Marechalé inteira e publicamente contrário.Como membro do Governo na épocaaceitou a assinatura do acordo,porque é um homem disciplinado 'cnão cabia a êle intervir cm proble-ma da alçada do Presidente da Re-públ;ca. i,

O jornalista Ilclio Polito per-gúnta então como se pode compre-ender que Lott, tendo rompido coma disciplina a 11 de Novembro, ir"oquisesse fazer o mesmo no caso deRoboré, e Prestes respondo expli-cando que a 11 de Novembro setratava de esmagar um golpe, quejá começava, para impedir a possedos eleitos. Não havia outra alter-nativa para defender a Constituiçãoe a vontade popular expressa nasurnas. Já no caso de Roboré a si-tuação era diferente, havendo pos-sibilidade do problema ser resolvi-do satisfatoriamente dentro decurto prazo.

asabem que essa falsa solução adota-da polo sr. Juscélino Kubitschekpara aquele problema é de cunhoprofundamente entreguista. Assim,o sr. Jânio Quadros somente com-bate a ala nacionalista do Governoo está perfeitamente de acordo comos entreguistas que ali atuam,muito particularmente no setor dapolítica externa e no Ministério daFazenda, com o sr. Paes do Almeidaâ frsiité. Depois, afirmou, basta verque os jornais mais entreguistas,como «O Globo, e O Estado deSão Paulo , são exatamente os seusbaluartes.»

A entrevista continuou com nu-morosas perguntas, esclarecendoPrestes que n presença dos comu-nistas e dos pessedistas do sr. Etel-vino Lins na mesma frente nacio-nalista apenas reflete uma mudan-ça da posição deste, náo rios comu-nistas. «Não falo com Lott há lon-gos anos, e as últimas palavras quel roçamos foi quando ainda éramosalunos do Colégio Militar», disse,esclarecendo finalmente que os co-inunistas não estão arrependidos doapoio dado pata a eleição do sr.Juscélino Kubiteschok. «Naquelaocasião, aduziu, o importante eraderrotar Juarez e só se derrota umcandidato elegendo outro».

Teatro BeatrizBANDEIRA

áí

em fâevoRta"

0s entreguistas e seucandidato

Outra questão abordada, a imnu-tação de entreguista que posa sóbre'a candidatura Jânio Quadros, foi«prontamente esclarecida por Prós-tos, que destacou as característicasda fonte onde nasceu a mesma, istoé. os círculos mais reacionários liga-dos ao imperialismo horte-americà-no: os grandes banqueiros e latifun-diários de São Paulo. «Jânio é ohomem dè confiança dos entreguis-tas c dos monopólios dos EstadosUnidos. Ii;!e, no entanto, sabe que,para a sua eleição precisa vos!irroupagens populares e nacionalis-Ias. E é por isso que tem leito pro-nunciamentos do caráter democrá-tico, que foi á URSS e u Cuba e in-clusivè se manifesta pela legalida-de do PCB. Nós, porém, não somosingênuos o estamos habituados aver políticos que comoçam como osi". Jânio Quadros pata terminarcomo Frondizi e outros. O sr. JânioQuadros, aliás, nem sequei' faz opo-sição ao Governo no seu lodo, masexatamente à ai-j nacionalista doGoverno.»

Jânio só é oposição d:antedos nacio ialisías

-Ainda há dias, falando sobre nindústria da construi "o naval, cuiasolução napicnal^ta er.igc uma fúr-mula e&taíal na base do vv < já i"--si'mv.0 ¦. êlg afitpriva n.i- o «r ' '-to---" da yjn.da da ís'I;o\v;i"ma nãocabia, ap' Governo, mas à .cie' ifiodos .

!T*?STA peça estreou no Mcsbla. Não¦** há inrlicação do nome do grupo tea-ti ai. 0 autor da peça, John Osborne,oertence á novíssima geração de intelec.tuais ingleses, apelidados de «jovens rai-vosos». Adolfo Cclli dirigiu. O elencoliderado por Jardel Filho e Maria Fer-nánila, conta ainda com Myriam Pérsia,Sady Cabral e Osvaldo Loureiro. Comose vé, começaram, também, desrespeitan-do a Lei 1565 de 3-3-1952. Jimtny Porter,o personagem principal, pertence k ge.ração de após guerra e é filho de umrevolucionário espanhol, morto em con-scnüencia dos sofrimentos infligidos pe-tos homens do ditador até hoje, infeliz-m-nte, no poder. O filho assistiu-lhe *tonta agonia, quando tinha apenas oitoanos. Nascido e criado ri"rante a guer-ra, atingido no mais fundo de sua afe.tividnde pela perda do pai. vivendo emum n-undo de insegurança e violência,oriundo do proletariado, intelectualizadarins não esclarecido, J.P. tran:formarioem pequeno negociante — tem uma bar-ráquinha de doces — desligado de suaclnr-e de origem, está perdidn e desorien-tado no mundo, como um rato num labi-rlnto. Vive cm um pequeníssimo aparta-incuto, com a mulher — poqueno-bur_que-á de família próspera — cujos con-forlos abandonou para segui-lo, despo-fàndo-o. Com èlcs reside um amigo.Mais tarde surge uma atriz, amiga docasal nue, em trânsito pela cidade, sehome:h com èle por poucos dias, masacaba ficando. Seca e puritana na apa-rència, mostra-se escandalizada' com omtr.portamento de Jimmy e sua maneirarl-i tratar a mulher. Sob pretexto de queesta nece-ita de tranqüilidade para ts-psrar o filho, cuja vinda o rapaz ignora,ron-enue convcncé-la a deixá-lo por unst-nipoi, retiiglnncio.se em cara das pais.P.'!?>vio Jimmy regressa da casa de umamirjo, cmia nine. a quem êle muita f-ep-^inoara, anonlzayá, nfio mais encontraa c-?ôja, fim :rm lugar está a «amiga»,autora de toda trama que culmina 'àirelior maneira» ri: filme americano comuma bofetada da hci-oina no rapaz e can-rcqtbnté beijo, com o que scjs propócltosficam muito claro:. Há repetifiâo dar-na inicial, o Joyfm raivoso deblateran-do contra a no"a companheira, integradann* funções domesticas, e o amigo sim-p'o;-;o e sem problomas. Há a volta da'!e";:ima> guiada pela sauda-le. .deitro-r:rh r-!,'o s.ofrlnienío causado pela p°rriado fü1^. l-!,i o entendimento entre asrína-; durante o qual a arr'ga M.rsa-"fícamitüo boa-inha, ds-cpb.v.e.^íie" procedeuo.m,"-l"to.'vrnird b mar;fl0 ria outra er- • "a

.' .-"-"--e-. riantb no ca-.->l umac" "?<W? ''" i-seor-cüi^fo. Com oV3 ••••-! o c ;-"r.;..!í. E a g„nte rái•l3;1 "'""' ?;•''¦"? ^"wm r^- hzr. iovem¦ ¦^ .• '.-:o. t'---lorl-pdo que, <-errln ex,¦ .-•,. ,,. ....,, -p,r,.c| c intej:g.p,e-'i r-riD - c--.for;, co:-o Q.^/e

|V - '-" "f|i "¦' g.ütarS;, r/io é sufi.*'i •-^:ln,c;;;:o, j:a,a en"cci.í.1,.11' i.iia ioliiiTti),

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- Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de a gosto de 1960

CONFERÊNCIA COMEÇA MAL

NOVOS RUMOS 7 —

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Il »

EUA Tramam (Costa Rica)Provocação Contra Cuba

O ambiente que cerca o inicioda conferência de chanceleres ame-ricanos na Gosta Rica é dos maistensos. Nos últimos dias, a capitaldo país, São José, começou a serInvadida por grande número decont,ra-revolucionários cubanos, quese encontravam exilados em váriospaíses, principalmente nos EstadosUnidos, agentes dos ditadores Tru-jillo e Somoza, partidários do ex--ditador Perez Jimenez, policiaisdo FBI e inúmeros outros elemen-tos poliriíjis e provocadores, dé altoe de baixo coturno. Os de alto co-turno, como por exemplo o «jorna-lista» cubano Jules Dubois que pres-ta serviços inestimáveis ao FBI, seinstalaram nos melhores hotéis, depreferência naqueles que iriam re-ceber delegações como as de Cuba,Venezuela e México.

O intuito de todas estas manobrasé um só: preparar um clima propícioà eclosão de provocações e motinsque possibilitariam a tomada demedidas contra Cuba pela conferên-cia. O governo norte-americanoconvenceu-se de que não existemcondições no momento para forçar aaprovação de sanções contra a re-volução cubana. O próprio relato-rio da comissão da OEA que prepa-rou o temário da reunião sobre as«ameaças extracontinentais à uni-dade do hemisfério*, segundo se di-vulgou antes do início da reunião,foi todo elaborado num tom conci-liador e evitou tomar qualquer po-sição sobre as acusações ianquescontra Cuba. O México, pela pala-vra de seu ministro do exterior,afirmava que sempre fora contra achamada Doutrina Monroe, deixan-do claro que o chanceler ManuelTello não Iria nas águas do sr.Herter. Posição semelhante deveser tomada pela Venezuela, como sepode julgar pelas declarações doprofessor Dionisio Lopez Oliveira,presidente da URD, partido a quepertence o chanceler venezuelanoIgnácio Luiz Arcaya, de inteira no-lidariedade à revolução cubana.

Por outro lado, outros governos,inclusive o brasileiro, preocupadoem manter a barganha da OPA,mostravam-se dispostos a adotaruma atitude conciliadora. Diante detudo isto, as esperanças norte-ame-ricanas de reeditar a agressão àGuatemala iniciada na conferênciade chanceleres de Caracas, começa-ram a se desvanecer. Era necessá-rio aos ianques mudar êste panora-ma, principalmente depois queCuba demonstrou na prática que aagressão econômica cometida como corte de sua cota de açúcar e oboicote das empresas de petróleonão dera qualquer resultado.

0 Departamento de Estadoem ação

O governo ianque pôs então emmovimento o mecanismo de chanta-gem e suborno dos países latino-

-americanos. Primeiro foi a doaçãode 53 milhões de dólares ao Peru,como recompensa por ter pedido aconvocação da conferência contraCuba. Em seguida, o sr. Eisenho-wer apresentou seu plano de esmo-Ias de 500 milhões de dólares deajuda à América Latina e de 100milhões para o Chile. Ao mesmotempo, os embaixadores latino-ame-ricanos em Washington eram cha-mados as pressas ao Departamentode Estado para receber «instru-ções». O embaixador da Bolivia,Victor Andrade, por exemplo, saiudiretamente do Departamento deEstado para seu pais, onde sereuniu durante longas horas com ogoverno para «explicar» os motivose objetivos da conferência.

Colaborando com a manobra dogoverno dos EUA, o ministro dasrelações exteriores do Brasil, sr.Horácio Lafer, que havia acompa-nhado o presidente Kubitschek emsua visita ao ditador Oliveira Sala-zar, foi a Washington especialmen-te para se entrevistar com o secre-tário de estado Christian Herter.Conforme apontaram vários jornais,como o «Jornal do Brasil»», cujafidelidade sem limites aos EstadosUnidos não é posta em dúvida porninguém, e «Ultima Hora», a entre-vista entre Lafer e Herter desmas-cara inteiramente a política oficial-mente defendida pelo Itamarati deconciliar o antagonismo cubano--norte-americano.

Embora as conversações do mi-nistro do exterior brasileiro e o sr.Herter tenham sido obviamente se-cretas, não resta a menor dúvida deque o sr. Lafer se limitou a arriscarpalpites medrosos diante das impo-sições do govêmo norte-americano.Os próprios meios diplomáticos bra-sileiros se encarregaram de divul-gar a posição que seria tomada pelosr. Lafer em São José: fazer apelose propostas Inaceitáveis ao governocubano e, diante da inevitável re-cusa, acusá-lo então de responsávelpela crise e secundar o ataque nor-te-americanc.

u«is anoa que mudaram tudoO propósito norte-americano de

repetir em São José a façanha deCaracas, entretanto, se chocam comobstáculos acima de suas forças. Osseis anos que se passaram entre asduas conferências mudaram com-pletamente a situação do mundo eda América Latina. O próprio localda reunião já complica as coisaspara os ianques. Em Caracas, em1954, existia a policia facínora doditador Perez Jimenez para assegu-rar um ambiente de «tranqüilidade»para o sr. Dulles e seus pausman-dados. O povo de São José, pelo con-trário, promoveu uma recepçãoconsagradora ao chanceler cubanoRaul Roa, tanto no aeroporto como,mais tarde, na embaixada de Cuba,

onde a polícia não conseguiu impe-dir que milhares de pessoas saúdas-sem os representantes cubanos.

Com o objetivo declarado deevitar manifestações de condenaçãoà agressão contra Cuba, o Departa-mento de Estado nâo revelou o diae a hora da chegada do sr. Herter,o que, entretanto, não impediu quea população da capital manifestas-se seus sentimentos. Nem mesmoum cego deixaria de notar a fia-grante diferença entre a acolhidahostil que esperava o secretário deestado norte-americano e a cordia-lidade com que foi recebido RaulRoa.

Por outro lado, se em Caracaso México se absteve na hora devotar a resolução dirigida contra aGuatemala, hoje a posição dessepaís não deverá ficar apenas naabstenção, no que será seguido pelaVenezuela. Se em Caracas, a má-quina de propaganda e intimidaçãoianque conseguiu abafar em partea voz do representante guatemalte-co, Guilhermo Toriello, hoje não háforça capaz de impedir que o repre-sentante cubano, como disse o pre-sidente Dorticós, transforme a con-ferência em tribuna revolucionáriae de acusação ao imperialismoianque. .

Finalmente, os próprios gover-nos submetidos ao mando norte--americano sabem que encontrarãoa resistência de seus povos, resis-tência que em certos casos poderálevar mesmo à sua queda, se endos-sarem quaisquer medidas contra arevolução cubana. Sabem tambémque os paises socialistas e afro-asiá-ticos não escondem sua disposiçãofirme de ajudar Cuba por todos osmeios necessários em caso de agres-são.

Novo Bogotá

O «Diário de Costa Rica», doex-presidente e «amigo» da UnitedFruit e dos monopólios norte-ame-ricanos Utilie Ulate, revelou hâalguns dias que se prepara um in-cidente de grandes proporções du-rante a realização da conferência.Êste incidente, segundo ainda o re-ferido jornal, poderia ser inclusiveo assassinio do ex-presidente deCosta Rica, José Figueres, inimigoda revolução cubana. A responsabi-lidade pelo atentado seria imediata-mente atribuída aos representantescubanos na conferência. Seria, dês-se modo, criado uma situação se-melhante à que ocorreu durante aconferência inter-americana de Bo-gota, em 1948, quando foi assassi-nado o líder nacional Jorge EliezerGaitán, seguindo-se uma repressãopolicial que ensangüentou as ruasda cidade.

A notícia veiculada pelo «Diáriode Costa Rica» é reforçada pelofato de que nas últimas semanas in-tensificou-se uma campanha policial

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anticomunista e antidemocrática, aomesmo tempo em que regurgita portodo o país um sem número de gru-pos e organizações reacionárias quecontam com recursos elevadíssimos.

A chegada das delegações à con-ferência aguçou ainda mais a tensão.A delegação cubana encontrou co-nhecidos elementos contra-revolu-cionârios, inclusive o «jornalista»Jules Dubois, morando no mesmoandar em que ficaria alojada, ten-do que se hospedar na própria em-baixada cubana, para evitar provo-cações. Coisa semelhante aconteceucom as delegações do México e daVenezuela, que também tiveram queir para suas embaixadas. O diretorde «Prensa Latina» foi preso porelementos do FBI em colaboraçãocom a policia costariquenha, só sen-do libertado depois de grandes pro-testos dos jornalistas. O próprio mi-nistro do exterior de Cuba, RaulRoa, foi ameaçado por policiais àsua chegada à embaixada.

Este é o ambiente criado naCosta Rica pelos norte-americanos,que sonham com os resultados que n ,, , Manifestando

sua solidariedade pela re-poderiam ser obtidos com a repeti- DOIIVIBIIOS QUCimar?1^ V0l"Ç«« «»<J«na, milhares de habitantesção de Bogotá e Caracas, Sonhos, d« L» P»*, capitai da Bolívia, realizainúteis, aliás, porque 1960 não tem 1 1 • ram comídos e pacatas, Inclusive dlan-nada a ver com 1948 ou 1954. bandeira MliqUC dehííKuSada^ FUA' ''"** """'

LUMUMBA PROTESTA:ONU SERVE AOS BELGAS

O Conselho de Segurança daONU deverá reunir-se novamenteainda esta semana para discutir odesenvolvimento da situação politi-ca e militar no Congo, depois daviagem do secretário-geral DagHammarakjold ao país. Antes desair do Congo, o secretário-geral daONU recebeu uma carta do primei-ro-ministro Patrice Lumumba de-nunciando claramente as manobrasrealizadas sob a cobertura da ONUe exigindo que sejam tomadas me-didas imediatas para pôr em práti-ca as resoluções já adotadas peloConselho de Segurança e acabarcom a intromissão direta e indiretada Bélgica no país.

Concretamcntc, as forças daONU têm servido unicamente paratentar perpetuar o statu quo cria-do pelos belgas com a «eleição» de.Moise Tchombe para presidente doconselho regional da Catanga ecriar novos focos separatistas noCasai e no Quivu. Apesar da clare-za da resolução do Conselho de Se-gurança considerando o governocentral de Lumumba como o únicorepresentativo de todo o pafs, a Ca-tanga continua servindo de basepara as manobras belgas de restau-rar o colonialismo no Congo, sob opretexto de garantir a «autodeter-

minação» da província e «não inter-vir» nos assuntos internos do Congo.Os únicos soldados enviados a Ca-tanga até o momento são suecas,ao contrário das exigências do go-vêrno do Congo de utilizar exclusi-vãmente, ou pelo menos preferen-cialmente, soldados africanos. Asarmas distribuídas pelos belgas àpopulação branca e aos negros co-Iaboracionistas não foram confisca-das e es soldados belgas, em suamaioria, continuara na província,dentro e fora de suas bases.

A situação da Catanga é de talmodo inaceitável que o governo in-dependente do Congo, Inclusive oprimeiro ministro Lumumba, estávirtualmente proibido de ir à região,cujos aeroportos estão controladospelos belgas e por soldados da poli-cia de Tchombe. O papel da ONU,que deveria ser de proteger a uni-dade do pais, foi completamentedesvirtuado pelo secretário-geralque, apesar de se declarar dispostoa «não intervir» nos assuntos inter-nos do Congo, chegou ao ponto de

se pronunciar a favor de um siste-ma federativo para a jovem repú-blica, confirmando suas inteneõe;:pró-colonialismo.

Com a cumplicidade do secreta-rio-geral da ONU, tomaram maiorcorpo as manobras tendentes asubstituir o governo central forte, oúnico capaz de se opor ao colônia-lismo e dar início às reformassociais e econômicas necessárias,por um pseudo governo federativocuja única função seria ocultar asubserviência dos governos rerjo-nais autônomos da Catanga, Casaie Quivu ao colonialismo belga e seussócios desde Rockefeller até os trus-tes ingleses e alemães-osidentais.

A manobra de Tchombe, Ka-lonji, Hammarskjold & Cia. entre-tanto se choca contra a vontadefirme do governo de Lumumba, ,'á,inteiramente apoiado por Gana,Guiné e outros países afro-asiáti-cos e pelo campo socialista, a come-çar pela União Soviética. Em outraspalavras, trata-se de uma manobrade pouco futuro.

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Laos Vai Voltarao Neutralismo

Imperialismomalhado em Bogotá

Apesar das tentativa» de repressão policial feitas pelo governo de Lleras Camargo, esf«dantes e operários colombianosvêm realizando numerosos atos de solidariedade a Cuba, tanto em BoSo(á como em outras cidades ck> pais. Na capital,depois de uma dessas manifestações, foram queimadas um» bandeira e um boneco representando o Imperialismo norte-americano, a despeito dos esforços da policia. Grande número de manlfestaçõr s tém sido feitas no pais também paraorotestar contra a política do governo de subserviência ao Departamento dc listado iaiiniic.

Uma semana depois do golpe deEstado dirigido pelo capitão KongLee, a situação do Laos parece terchegado a uma solução com a for-mação de um governo presidido pelopríncipe Souphana Phouma. Opríncipe Phouma foi primeiro-minis-tro do Laos entre 1957 e 1959,quando um golpe militar planejadopelas missões militares norte-ameri-cana e francesa colocou no poderum grupo direitista ultimamentechefiado pelo ex-primeiro-ministroSonsanith, derrubado pelo movimen-to do capitão Kong Lee, apoiadopela população laociana.

O objetivo do golpe militar quelevou ao governo o testa-de-fenoSonsanith foi acabar com a politi-ca de neutralidade positiva, adotadapor Phouma e com a políticade integração nacional determi-nada pela Conferência de Genebrade 1955, que pôs fim à guerra daIndochina. O príncipe Phouma,irmão do príncipe Souphana Vong,dirigente do partido Neo Lao Hak-sat e do movimento guerrilheiro doPaté Laos, havia incluído no seu ga-binete dois ministros comunistas re-presentantes do Neo Lao Haksat eprocedia à reconversão dos guer-rilheiros do Paté Laos ao exércitonacional 1 a o c i a n o, preservandotodos os direitos democráticos. Der-rubado o governo de Phouma, onovo governo laociano, dirigido naprática pelo Departamento de Es-tado, iniciou imediatamente umapolítica externa de aproximaçãocom o bloco militar da Organizaçãodo Tratado da Ásia e do Sul-Este(OTASE) e de provocações contrao reino neutro do Cambodgèi junrtamente com a Tailândia c o Viet-Nam do Sul..

No plano interno, o governo de

Sonsanith realizou uma política derepressão sistemática contra todasas forças democráticas e progres-sistas, inclusive a prisão do príncipeSouphana Vong e a internação emcampos de concentração dos guer-rilheiros do Paté Laos. A reaçãodos camponeses laocianos não se fêzesperar, culminando com a fuga dopríncipe Vong e a" eclosão de cho-ques armados no norte do país entrecamponeses e guerrilheiros, por umlado, e soldados do governo arma-dos pelos norte-americanos, poroutro.

Essa situação provocou grandedescontentamento entre certos cir-culos militares progressistas cioLaos. O povo laociano, que apoiavainteiramente a política externa deneutralidade de Phouma e suas me-didas sociais e econômicas, teve queser duramente esmagado para que ogoverno de Sonsanith pudesse semanter de pé. A miséria dos campo-neses aumentava, ao mesmo tempoem que êles sofriam as conseqüên-cias da guerra de repressão contrao Paté Laos.

- Exatamente por isso, uma dasprimeiras medidas tomadas pe'ocomando militar que deu o golpe deEstado foi a ordem a todas as uni-dades do exército que lutavam con-tra os guerrilheiros para nue ces--assem as hostilidades e ^ reco-hesaém aos quartéis, seguida ciaordem de retirada das missões mili-tares estrangeiras do pais e umadeclaração do política externa deneutralidade. Quando o capitãoKong Lee anunciou estas medidas ãenorme multidão oue se concentra-va diante do palácio do governo,suas palavras foram calorosamenteaplaudidas pelo povo.

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Page 8: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

JONGRESSO DE LONDRINA REVELA

Trabalho Escravono Paraná Constróio Império do Café

Reportagem de NILSON AZEVEDO

0 I Congresso dos TrabalhadoresRurais do Paraná revelou toda a exis-tência dolorosamente miserável de mi-lhares de lavradores, que vivem à mar-gem de todas as leis, arrastando-se pa-ra a lavoura famintos, doentes e quasenus, trabalhando como autênticos es-cravos, arrancando da terra, em con-dições primitivas, com o auxílio apenasda enxada e da foice, todas as rique-zas que vão para os cofres dos grandesfazendeiros e dos trustes ianques An-derson Claylon, American Coffee, San-bra e seus semelhantes.

A história de cada pé de café, ahistória de cada pé de algodão quefloresceu no Paraná, e que o transfor-mou em -um dos mais prósperos Esta-dos da União, está miseravelmente mar-

cada com o profundo sofrimento dohomem que o plantou. E a história decada homem que plantou o café, e qhistória de cada homem que plantouo algodão, é um libelo, é uma acusa-ção, é um grito e um clamor irrepri-mível contra o atual sistema de expio-ração da terra em nosso país.

Tão miserável é a situação dos la-vradores, tão contraditórias são as for-mas de produção no campo com as dacidade, tão negativas para o desenvol-vimento econômico, político e social dopaís são as atuais relações de traba-lho no campo, que o lavrador FirminoBotelho ,em seu linguajar espontâneo esimples de homem de enxada, declarouem seu discurso: «o problema da re-forma agrária não é apenas dos la-

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Ele ainda esperaum pedaço dc terra

Embora com 66 anos de idade, o velholavrador José Alexandre Ferreira aindatem esperança de realizar o sonho queacalenta desde criança: possuir um pe-daço do terra para tocar a sua próprialavoura

vradores, mas de todos os brasileirosque têm vergonha na cara».

E é mesmo. Nenhum cidadão podehoje permanecer insensível ao dramados trabalhadores rurais. Nenhum pa-Iriota, nenhum nacionalista pode dei-xar de se enfileirar nessa jornada na-cional pela reforma agrária, que teveo seu ponto saliente no Congresso doParaná. O deputado Waldemar Daros,que acompanhou do princípio ao fimo conclave dos lavradores, salientavaem seu discurso que a luta dos tra-balhadores do campo é uma luta para-leia à luta pela emancipação econô-mica e política do país.

0 drama de cada umCada um dos lavradores que par-

ticiparam do I Congresso dos Trabalha-dores Rurais do Paraná tem uma vidaa uma história que é de miséria e so-frimento. Antônio Pereira da Silva, porexemplo, é colono, trabalha na Fazen-da Oriente, situada a 25 quilômetrosde Maringá, bem na divisa com Po-linópolis. Antônio tem 37 anos, é ca-sado e possui 8 filhos menores. Ele eos dois filhos mais crescidos cuidam de9.980 pés de café, a troco de um sa-Jário de 4.438 cruzeiros mensais. Tra-balha de sol a sol. No princípio domês ainda consegue comer feijão comarroz, sem tempero. Mas o dinheiro es-casseia, não pode mais comprar arroz,come feijão cozido em água e sal. «Temdia moço — disse-me êle — que tra-balhamos o dia todo só com uma ca-neca de café.» Antônio é um mulatode pele amarelecida pela fome e pelasdoenças. Os seus olhos brilharam quan-do eu perguntei se os seus filhos es-tudavam. Parecia que ia chorar. An-tônio baixou a cabeça. Ergueu-a no-vãmente. Olhou nos meus olhos e eupude sentir todo o seu drama. «Moço— disse-me — Vendi duas galinhaspara poder chegar até aqui. Meusfilhos não estudam não. A escola ficamuito longe, e uma cartilha custa 55cruzeiros. Meus filhos nâo têm escola.Meus filhos são doentes e eu não pos-so tratar deles. Eu vim aqji com sacri-fício porque tenho esperança de me-lhorar. Eu acho que a coisa vai. Selodo mundo ajudar a gente, ainda vouler meu pedaço de terra e dar educa-ção a meus filhos».

Essa esperança de Antônio flores-cia no ambiente do Congresso onde sereuniram cerca de 300 delegados, re-presentando colonos, posseiros, porcen-teiros, meeiros, formadores e assalaria-dos agrícolas de 35 municípios do in-terior paranaense. Foi êsse clima quelevou o deputado federal TemperaniPe-reira a declarar para o repórter que ostrabalhadores do campo não permane-

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Estes homenssabem o que querem

Os lavradores paranaenses deslocaram-se dc 35 municípios do interior par,-, discutiros seus problemas nfl cidade de Londrina. Eles romperam todas as barreiras quelhes foram impostas pelos latifundiários c realizaram o seu I Congresso, clemons-tranclo o inabalável propósito dc acabar con, 0 cruel sistema dc trabalho a auuestão submetidos

cem mais na expectativa romântica, mascomeçam a lutar efetivamente pela so-lução dos seus problemas, pugnandopor uma reforma agrária que os tire daatual situação de miséria em que seencontram.

Outra históriaJoão Crispim da Silva é formador;

sua especialidada consiste em plantarcafé e cuidar da planta durante qua-tro anos, findos os quais acaba o seucontrato. O contrato djz que o fazen-deiro dá a residência para o lavradore sua família, mas o patrão de Crispim,como os demais, não são de cumprircontrato. Crispim mora num barraco im-provisado, onde a chuva ao frio pe*netram por todos os lados. Ele derruboua mata, limpou o terreno o plantou16.500 pés de café. Durante quatroanos êle cuidará dessas plantas. Quan-do elas estiverem florescendo Crispimas entregará ao fazendeiro que entãolhe pagará 2 cruzeiros em cada pé decafé. Antes disso o patrão não lheadianta nem um tostão. O lavrador po-de ficar doente, seus filhos podem es-tar morrendo de fome, nada disso co-mova o fazendeiro. O dinheiro só épago no fim dos quatro anos. Crispim,como os outros formadores, são obriga-dos a trabalhar alguns dias da semanana roça dos vizinhos, para poder com-prar feijão que lhe dará forças paracuidar do café que enriquecerá o fa-zendeiro.

Trabalho perdido— Trabalho na lavoura desde cri-

anca e até hoje nunca tive um palmode terra que fosse meu. Foi José Ale-xandre Ferreira, homem de 66 anos deidade, e pai de 17 filhos, quem nosdisse isso. José Alexandre, embora can-sado e doente, viajou cerca de 3 horasem companhia da delegação do muni-cipio de Centenário, composta de 13lavradores. Ele trabalha na Fazenda N.S. de Lourdes, na comarca de Jagua-pita. Apesar dos seus 06 anos, o velholavrador assinou um contrato de seisanos para plantar café. Desbravou aterra, levantou sua casinha, preparouum pasto, comprou arame, fêz uma cêr-ca e na outra área plantou 12 milpés de café, após um ano de trabalhoduro para limpar o terreno. Terra ruim,com dois anos o café desenvolvia-secom dificuldade. Café dá com quatroanos. Com um contrato de seis anos, agrande esperança do velho José Ale-xandre era poder dispor da safra darubiácea durante dois anos, vendê-lapara si, e depois entregar a plantaçãoao fazendeiro que a iria explorar pa-ra o resto-da vida. Mas o fazendeiromatou a esperança do lavrador, man-dando-o derrubar a plantação de cafée substituí-la pela de algodão, com apromessa de lhe dar 30^ na produ-ção. O trabalho do lavrador ficou per-dido, pois o fazendeiro não lhe inde-nizou os 12 mil pés de café derruba-dos. Agora êle vai plantar algodão,levando na alma a amargura de umdesejo que não se realizou, e a revol-ta contra a brutal exploração de queé vítima.

Uma luta de todosO I Congresso dos Trabalhadores

Rurais do Paraná realizou-se com êxito,graças à colaboração ativa dos sindi-catos operários de Curitiba, Londrina eMaringá, a participação dos estudan-tes e de intelectuais paranaenses. Ines-timável foi, ainda a contribuição dodeputado Francisco Julião e de suaequipe de colaboradores, composta de19 membros, que se deslocaram dePernambuco para ajudar a realizaçãodo conclave.

Mas o Congresso dos^Trabalhado-res Rurais não foi um conclave qual-quer, nem foi preparado entre quatropaicdes. Ao contrário, durante váriosdias os líderes sindicais operários e osdirigentes dos sindicatos e das associa-çòes de trabalhadores rurais permane-ceram na zona agrícoja, debatendo comos camponeses o temário do Congres-so, esclarecendo as finalidades do con-clave e convidando-os a elegerem osseus delegados. Centenas de assem-bléias foram realizadas com a parti-cipação de grande número de homense mulheres do campo. Em muitos luga-res a propaganda do conclave não foifácil. Os fazendeiros mobilizaram osseus capangas para impedir que os or-ganizadores do Congresso se dirigis-sem aos lavradores. Contudo, a prepa-ração e a realização do conclave dei-xaram as suas raízes em cada fazendado interior paranaense.

Preso no caminhoMuitos lavradores que foram elei-

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Um líder atentoao problema da terraderam se dirigir a Londrina porque fo-ram presos pelos capangas dos fazen-deiros e latifundiários. O lavradorFrancisco Jovenato foi. uma das vítimasdo sistema de escravidão ainda exis-tente em várias fazendas do interiorparanaense. Êle já se encontrava a ca-minho de Londrina quando foi cercadopelos capangas do patrão, e levado devolta para a Fazenda Campanário, si-luada no município de Goio Erê. Fran-cisco Jovenato, em carta dirigida a Co-nissão Organizadora do Congresso, de-

O líder camponês José Ribeiro, secreta-rio da Associação dos Trabalhadores cAssalariados Agrícolas de Campo Mou-rão, foi um dos organizadores do I Con.rjresso que reuniu os representantes doalavradores paranaenses

nunciou êsse fato, salientando textual-mente: «Vocês arranjem o que puderempor mim, porque não posso sair de for-ma nenhuma senão eles até me matamquando eu chegar.» Mas nenhum dês-ses fatos abalaram a decisão dos lavra-dores de realizar o seu Congresso e decontinuarem a luta que começam a en-frentar de maneira organizada pelaconquista de direitos sociais c traba-Ihistas, por assistência hospitalar, mé-dica, e escolar, e pela reforma agra-ria.

novos mm ascantes de Bens

Enquanto sei realizava o III Congresso Nacional Sindical, onde os tra-,bnllmdores discutiram com generosidade e «'levada consciência política nãoapenas, os seus problemas, mas os de todo o povo brasileiro sentia-mé nr«vfundamente agradecida àqueles que produzem («das as riquezas Foi sem-pre, assim quu me senti à lembrança Úo trabalho que eles realizam ao'rÍtmoda vida. "Nas roupas dos meus filhos, quando os agasalho, encontro o calor daslimos de todas as mulheres; que em todas as fábricas teceram 0 pano oue de-veria agasalbar todas as crianças d0 mundo. Na segurança de minha casa,«iiule guindo «s coisas e as criaturas que anw, encontro a essência da cont£unidade ilo trabalho que já foi escravo c que, lio.je, se liberta e se transfor.ma mini direito através das lutas que marcam as niais- importantes conouls-as da humanidade. Furam os trabalhadores que fabricaram as moldura, delodo» ,is quadros da existência e que construindo todos os prédios quiseramabrigar todas as famílias. K muitas vezes são os seus próprios filhos que niotem onde. morar, h us patrões lãp cheios, de empáfia fingem que podem viversem as mãos dos operários. .Mas sem elas não teriam as palâcetes para, morar-\ao vestiriam os tecidos caros com m quais se fantasiam para as fes<aK õò«sorii.ty». Viveriam primitivamente, como n„ começo dos tempos. Cada objetoque nos cerca, o conforto e a beleza, tudo foi tocado iiela mão do operárioh «i lus oria^Tanibém f,i tocada pelas suas mãos. Também 3tfíséndo3íIas suas nuios A lembrança mais remota que encontro dos que trabalham

litro Tr '°daS.aS- C,)Sa?' é a ,,<! um» ^Nade, lá numa êidadezinha dóinteuor onde meia du/.ia de homens, mais artesãos do que. operários fe&teia-yam„ religiosamente, .» Primeiro de Maio. Esses poucos homens êleSSmos, ,„„„ trabalho paciente e organizado, juntamente «.nv"ZSS^. ras grandes e pequenas cidades, realizaram o milagre, da mulltaSctóSdois n,I delegados operários se reúnem para falar de assuntos que os^ dôírto*íoci&.nhPtM'nl-

1>e aSSUn,OS W* «'"'•"'•ontam os doutores ou q"e SSSPor isso, mais uma viv„ pelas coisas que me deu nelas rais»* „..n «,«ensinou a compreender e a amar, agradeço à elasSopSaria?S^âd£<l«.e raz o pão para os meus filhos. A0 chofer que os leva para a Sola

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?ue-'™Pp»«nem as cisas úteis e bonitas que eles descobremnp.s vros. As teclas que lhes dão as roupas. Aos que fa*em a SSe u, Sla-l

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al0fíria ,-,aia "S trian<-'as- A U»U»< A""SS è ôrgSSoaos K; •''

"!"'li"'ia <|ue sa,),' '*»' os seus interesses páX.lares

Problemas dc nussa vida. K para agradecer-llie so encontro um meio: o de lutar para queseus lilhns tenham pão todos os dias tenhamescola sempre, tenham todas as bonecas miedesejem. 'Ana Montenegro

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Flores desenharamo símbolo da lula

Uma coroa de flores, com o desenho cia foice e do martelo, na sala ela AOI era osinal de que 05 comunistas da Guanabara se reuniam pública e legalmente. Prestesconclamou os trabalhadores a lutarem com todos os seus esforces p^l \ vitória deLott c Jar.cjo, cm 3 cie outubro, que representará um grande passo á frente nocaminho da emancipação e 'U democratização tlc nosso pais

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Comunistas do BrasiBReuniram-sePara Lutar PelaLegalidade do PC

trangeiro. Praticamente todos os comu-nistas brasileiros os discutiram. De di-versos paises estrangeiros especialmen-le cia América Latina, têm chegado pe-didos a redação de NOVOS RUMOS,solicitando a remessa de exemplares denosso jornal do dia 15 de abril, quan-do foram publicados os documentos.

Também em outras classes e cama-das sociais, além da classe operária, osdocumentos despertaram vivo interesse.Numerosos industriais, comerciantes, in-telectuais, médicos e deputados federaise estaduais não-comunistas participa-ram dos encontros e reuniões feitas pe-los comunistas, em todo o país, paradebater os projetos de programa e deestatutos do PCB, cujo registro será piei-leado junto à Justiça Eleitoral.

Primeiro no âmbito local, do bairro,da empresa ou da cidade, depois noámbilo regional, através de seus repre-senlanles, e através também da «Tribu-na de Debates» aberta em NOVOS RU-MOS, os comunistas brasileiros realiza-iam nos três últimos meses, em tornodas «Teses» e do .^Projeto de Estatu-tos , o mais amplo e mais democráti-co debale dos problemas políticos, eco-nômicos e sociais de nosso pais.

Encontro público em

São Paulo

Os comunistas deram assim a todar> opinião públict brasileira e, parti-culaimenle, a seus detratoies profissio-nais, a prova concreta cie que constróemaqui mesmo a sua linha polilica, e deuma forma tão ampla e democráticaque nenhum outro partido político podese comparar a eles em obediência e fi-delidade às mais profundas aspiraçõesde nosso povo. E, em muitos lugares,essa prova foi dada publicamente. Sem-pre que possível — pois, em alguns Es-lados, a reação antidemocrática aindapredomina e impede os comunistas deíc reunirem publicamente — as reu-niões foram abertas a Iodos, simpati-zanles, aliados e mesmo, curiosos, emlocais públicos.

Assim foi, por exemplo, cm SáoPaulo. Depois de um intenso processode discussão em todo o Estado, os co-munistas de São Paulo elegeram os seusdelegados a um encontro no ámbilo es-ladual, que se realizou na Capital pau-lista no dia 3 de agosto. A êste en-contro, que teve lugar nos amplos sa-lões do Clube da Independência, com-pareceram representantes de diversospartidos políticos, entre os quais o Sr.frota Moreira, do Diretório Regional doPTB, o Sr. Antônio Cosia Corrêa, doDiretório Regional do PSB, o S-, Ruben

aaõ superlotou o: süiõê! ao inaepsn-dência. Em nome dos comunistas doEstado falou inicialmente Ramiro Luche-si, que frisou a necessidade da frenteúnica nacional contra o imperialismonorte-americano, e criticou veemente-mente o governo Carvalho Pinto, que setransformou em cabo eleitoral do can-didalo da reação e do entreguismo, Jâ-nio Quadros. Falaram em seguida osSrs. Matos Pimenta, do PTB, e RubensAguiar, do PRT, que afirmaram a ne-cessidade da união dos comunistas comos seus respectivos partidos, na atualcampanha eleitoral pró-Lott-Jango, e

<deram integral apoio à campanha pe-Ia legalidade do PCB, exaltando aindaa atuação dos comunistas em defesados trabalhadores e do povo.

Depois de falarem, em nome dosdelegados do Interior e da Capital, Ai-lindo Lucena e Enio Sandoval Peixoto,falou o representante do PSB, Sr. Cos-ta Corrêa, que saudou os delegados co-munistas e o enorme público presente,exaltando o papel da frente única an-tiimperialista e popular na luta pelaemancipação política e econômica denosso país. O deputado Rogê Ferreira,que ocupou o microfone em seguida,também fêz uma apreciação Ja atualcampanha eleitoral, e da importânciado papel dos comunistas e nacionalis-Ias na lula pela vitória da candidaturaLott, que será unia vitória da frente úni-ca nacionalista e democrática.

Encerrando o encontro, falou LuísCarlos Prestes, que fêz uma demoradaexposição das lutas dos comunistas bra-sileiros, desde os tempos difíceis dopassado, até as novas c amplas peis-pectivas que se abrem no presente, emlodo o mundo, para a vitória do sócia-lismo e a liquidação do imperialismo.Sua intervenção foi freqüentemente in-terrompida pelos aplausos e vivas en-lusiásticos da assistência; ao final, êlefoi efusivamente cumprimentado pelosrepresentantes dos partidos e movimen-los políticos presentes.

Na Guanabara

Também os comunistas da Guana-bara realizaram democrática c pública-mente o seu debate e o encontro deseus delegados, que leve lugar na se-de da ABI, na noite de 5 de agóslo.Representantes do PSB e do PTB estive-ram presentes — D. Elza Ribeiio e Sr.Guilherme Malaquias, do PTB e 05 Srs.Jayme Wallace, Ermínio linhares eAgostinho Ritto, do PSB — bem comoo Prof. Alberto Lalorre de Faria, queocupou o microfone, falando em nomedos intelectuais não-comunistas, para agrande assistência que ocupava literal-mente o anfiteatro do 9 andar da ABI.Em nome dos comunistas, falaram Ores-

litica traçada pelas «Teses», bem co-mo o Projeto de Estatutos, ao qual apre-senta algumas emendas; conclama oscomunistas e o povo a lutar pela vitó-ria da chapa nacionalista Lolt-Jango-Sérgio nas próximas eleições, pela uni-dade e pela intensificação do movimen*to sindical, e em defesa do povo cuba-no contra a agressão do imperialismonorte-americano. A Resolução tambémassinala, como acontecimento de gran-de significação para o povo carioca, acriação do Estado da Guanabara, quevem dar satisfação.à velha aspiraçãode autonomia da população do antigoDistrito Federal,

Legalidade de fato e de direito

Outros exemplos significativos docaráter amplo e público das discussõese encontros promovidos pelos comunis-tas de todo o pais, são os de Minas,da Bahia, do Piaui, de Pernambuco edo Ceará. Em Minas, o enconlro foirealizado com a presença do líder doPTB na Assembléia Estadual, deputadoLadislaw Sales, além de outro repre-sentante petebista, o deputado ErnaniMaia. Encerrado o encontro, o lídercomunista mineiro Armando Ziller foilongamente entrevistado pela emisso-ia de TV Itacolomi, sobre os objetivose os resultados daquele debale teali-zado pelos comunistas.

Em Teresina, o enconlro dos comu-nistas foi presidido por um Juiz de Di-reito local e velho combalenle demo-ctata, o Dr. Agripino dos Santos Ma-ranhão, e teve a participação ativa decentenas de nacionalistas e democratasnão integrantes do movimento comu-nista. Em Foitaleza, os presidentes dedois grandes sindicatos de trabalhado-res locais — pescadores e têxteis —Walter Sousa e Raimundo Lopes Gon-dim, além de numerosos outros repre-senlanles das diversas camadas da po-pulação cearense, discutiram as Tesescom os comunistas e, inclusive, o Proje-to de Estatutos. Em Recife, o enconlrofoi realizado na própria Assembléia Es-ladual, com a presença de representari-tes de Iodos os partidos políticos.

Os comunistas brasileiros esláo as-sim conquistando de falo a legalidadede ação política e de leunião, a quotêm direito, pela Constituição. E es-tão abrindo caminho para completarcssa conquista, com a obtenção do le-galidade de direito paia o seu Parlido,por meio do registro pela Justiça Elei-total dos Estatulos do'PCB.

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nacionale democrática

Uma verdadeira multidão entusiástica lotou literalmente o salão da ABI, para oencontro rios comunistas da Guanabara. Diversos representantes de partidos poli-ticos estiveram presentes. O Prof. Lalorre tle Paria falou pelos intelectuais nàocomunistas, defendendo a união cie todas as forças nacionalistas o progressistas pelaemancipação 1 pe'a democracia

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Pela independência

e pelo socialismo

O encontro dos comunistas de São Paulo foi realizado no Clube da Independência,e as palavras.tlc-ordem da luta pela independência e emancipação econômica do'pais foram de fato a tônica dos debates. Prestes fêz: uma demorada exposiçãodas lutas comunistas do passado c do presente, mostrando as enormes perspectiva»que hoje sc abrem para o socialismo em todo <» mundo.

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Os principais jornais do paispublicaram recentemente uma ma-teria paga dos grandes frigoríficosque, em síntese, afirmava a neces-sidade premente de serem liberadosos preços da carne,

'uma vez quese verificara grande aumento no

Jireço do boi em pé. Para negai' amonopolizado do mercado da car-ne pelos frigorífico:;, fundamental-mente pelas quatro estrangeiros,procura-se tergiversar dois pontosimportantes: a parcela que corres-ponde a%s frigoríficos no mercadode carne c o volume de gado pró-prio dos frigoríficos.

Diz a matéria paga que a arrobado boi gordo passou de 7õ0 cruzei-ros em novembro do ano passado a1.200 cruzeiros em agosto desteano, dai a necessidade de liberar ospreços da carne. Na verdade, tíií-

.rante «ido o primeiro semestre doano, á arroba de boi variou entre

.7(10 e 8*0 cruzeiros, e foi nessa•ocasião que os frigoríficos fizeramsuas compras. A medida que se

. aproximava o chamado período deentressafra, começaram então asmanobras áltístas que todos osanos se repetem para justificar ürhatimèhto no preço da carne, Alémdisto, os frigoríficos procuram -es-fjüécer» o falo de que o boi que elescompram a 700 ou mesmo a 1,200cruzeiros a arroba não produz afie-nas carne. Pelo contrário, a carneé somente um dos produtos e não é

NôWS^RUMdSDEPUTADO JAC0B FRANTZ DEMONSTRA;

gr,

Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 19Ó0

das mais lucrativos, cm compara-ção com os subprodutos imlustriali-zados, como as vísceras, os ossos,os chifres, etc.

Carne sobe mais do que boiO que mostra, entretanto; a

completa falsidade das justificaçõesdos frigoríficos,para pedir áühién-tos é o fato de que ao invés dos pie-ços da carne sé elevarem em con-seqüência de aumentos no.preço rioboi em r\ o que se nota é que osprocu; dá carne sobem muito maisdó que ps do boi, acarretando in-çlusive elevações no preço do boicm pé. .

O deputado Jacob Franíz, vice--presidente da Comissão de Fe io-mia da Câmara dos Deputados,apresentou recentemente um longoIrabalbo sobre o assunto, em quedemonstra coricretãmènté este fàto,Cita o deputado, entre outros, os se-güintos dados:

strangeirosdo Mercado

Boi gordoCarne de

índices dos preços do boi gordo <• da cáriii'19-18 ]<).-,

1100 16310Ó 190

1954

301

374

1956 1960•171 1.286

555 2.027Como se vê, num período de 13

anos, os preços da carne forammultiplicados por mais de 20 vezes,ao passo que os preços do boi cm'pé multiplicavam-se menos de 13vezes. Revela ainda o deputadoJacob Frantz, pára deixar claroque as manobras altistas nada têma ver com o preço do boi, que entre1956 e 1957 houve uma baixa nopreço do boi em pé, enquanto opreço da carne para o consumidorcojjiihuava aumentando.

Dessa forma, não passa cie la-peação deslavada dizer que, comodiz a matéria paga dos frigoríficos,os trustes da carne estão em situa-ção difícil porque compram sua ma-téria-prima por preços cada vezmaiores o vendem seus produtos apreço de tabela. Mesmo porque oque está tabelado é a carne de se-gunda, quase completamente dosa-parecida dos açoügues, «transfor-mada» em carne de primeira, queestá liberada e sobe constanteirícn-te.

A segunda mentiraA segunda mentirá da m; teria

paga dos frigoríficos ¦!¦ rribím é des-mascarada pelo traL-Jho do denu-tado .Jacob Frantz. Diz o deputadoque «o problema mais grave no quediz respeito á industrialização, dacarne é o representado pelo fato deque a indústria de carnes está for-temente monopolizada por um pe-queno grupo de empresas de capi-tal estrangeiro organizadas em nos-so pais». Referindo-se a esta famo-sa desculpa dos frigoríficos, quealegam sua «pequena» participaçãona produção de carnes no Brasi], odeputado Jacob Frantz observa: «Épreciso que se considere que ape-nas 19,2'; da produção brasileirade carne é industrializada pelos fri-gpríficps, nacionais e estrangeiros.Ou seja, quando se examina a par-ticipação fios frigoríficos asírangei-ros no mercado de carnes, não sedeve considerar toda a produção, esim uma parcela mais de cincovezes menor, mas que se responsa-

biliza pelo grosso do abastecimentodc,3 grandes centros e pela exporia-ção.»

Em outras palavras, o que in-leressa não é saber que os jrigorí-ficos estrangeiros controlam 'aportascyrca de 13,5', da produção bra-sdoira do carnes, ou que os frigo-'ificos (nacionais e estrangeirosreunidos) controlam apenas 20'odessa produção, ençjíiárrtB o festoe fornecido por milhares de'mata-douros municipais, charquéádas eoutros cstabclecimcnícs. O que in-' teréssá é que de um lacio estão ape-ias .1 -frigoríficos (Atílio, Armour,'Swift e Wilson), controlando o

abastecimento fios grandes centroso a exportação, e tio outro ladoestão milhares de empresas peque-nas, com pouco ou nenhum poder tleconcorrência. '

!-: muito interessante observar,aliás, que os próprios frigoríficosestrangeiros acabaram por mostrarseu verdadeiro podeV. Se comparar-mos duas matérias pagas publica-tias com alguns meses de distância,veremos o seguinte: numa primeiramatéria paga, publicada em maiodeite ano, pelos quatro frigoríficosestrangeiros, dizia-se que a produ-ção desses quatro trustes represen-tava perto de 13,5-/í do total doBrasil; agora, ps mesmos frigorifi-cos dizem que 20f,i fia produção decarnes no Brasil é controlada pelosfrigoríficos festrangeiros e nacio-nais). Isto c, dos 20% que cabemaos frigoríficos, a Anglo, a Armour,a Swift e a Wilson produzem 13,5'nenquanto uma dezena de frigorifi-cos nacionais produzem os 6,5% res-tantes, menos da metade. Em ou-trás palavras, mais de dois terçostia produção dos fi ;orificbs é mo-nopolizada pelos truslcs cs,:rangei-ros.

0nr'e es!á o truste_Mas o monopólio que os frigo-

rificos estrangeiros exercem sobrea produção brasileira de carnes nãose limita ao fato de produziremmais de dois terços da produção in-dustrial, Assinala o deputado JacobFrantz vários outros pontos bastan-te significativos: «Uma pesquisa rea-lizada em 1953 em São Paulo revo-lou que os frigoríficos estrangeirosdispunham, na época, de 75'; do

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total da capacidade de frigorífica-çáo tio Estado»... «às empresasAnglo, Armour, Swift e Wilsontambém possuíam, em 1957, cercade um quinto do total da tonela-gem de vagões frigoríficos existen-tes no pais»... «os frigoríficos es-trangeiros se responsabilizaram por!'¦>[' das exportações de carne nosoito primeiros meses de 1959».Èsíeá" são alguns dos elementos quedemonstram o poder e o controlefios frigoríficos estrangeiros. Dai aconclusão do deputado JacobFrantz:

«Acreditamos que diante desteselementos já não se pode, em sãconsciência, pôr em dúvida o con-írôle exercido pelas empresas decapital estrangeiro sobre o merca-do de carnes no Brasil. A pressãodessas empresas sobre o mercado,•|ue poderia ter sido pelo menos di-ninttida se tivesse sido posto emirática o plano de construção tlenatadpuros industriais (frigorifi-

-os) elaborado em 1951 pelo Minis-ferio da Agricultura, continua seexercendo com toda a sua força atéesta data, a despeito do apareci-mento de empresas nacionais nomercado.

«Como são empresas com vas-tas vinculaçóes no' exterior e quedispõem de amplo capital de mo-vimento, os frigoríficos de capitalestrangeiro têm condições ótimaspara conservar suas posições nomercado do boi gordo e mesmo doboi magro, graças ao fato de seremtambém grandes invernistas. Omesmo ocorre no mercado da car-ne verde, por serem os maiores for-necedores e disporem de açoüguespróprios ou submetidos ao seu con-trôle; e no mercado de exportação,cm vista de suas ramificações in-ternacionais.»

O resultado claro e um dos in-dicios mais evidentes deste controleé apiesentado pelo deputado JacobFrantz no que acontece com o Ma-tadouro de Santa Cruz, de proprie-dade do Estado da Guanabara.Para garantir seu controle sobre omercado consumidor do Rio de Ja-neifo, os frigoríficos impedem naprática o funcionamento do Mata-douro da ex-prefeitura do DistritoFederal. Entre 1956 e 1958, porexemplo, o abato :io Matadouro deSanta Cruz caiu tle mais de 90 milcabeças de gado a menos de 60 mil,apesar da crise do abastecimento decarne à população, crise que pode-ria ter sido contornada se o mata-douro estivesse funcionando.

A terceira mentiraA. matéria paga dos frigoríficos

dizia que eles não têm quase nenhumgado, sendo obrigados a comprar90fé dos bois que abatem dos in-vernistas aos preços «impostos pelomercado». De inicio, é preciso ob-servar que a tapeação começaquando sè faja nos «frigoríficos» emgerâf, ¦qua'f«J6^#^r#ín1éressa, na

realidade, sâo os quatro frigoríficosestrangeiros que controlam o mer-càdo. Esses frigoríficos jamais re-velaram publicamente quantos mi-Hiares de cabeças de gado possueme fazem o possível e o impossívelpara que os órgãos oficiais tambémnão forneçam informações sobre oassunto. Parte do mistério, entre-tanto, já foi desfeita.

Baseando-se ém dados do Minis-tério da Agricultura, o deputadoAurélio Viana revelou, ém discur-so pronunciado em 1956, que naque-Ia época os quatro frigoríficos es-trangeiros possuíam, em conjunto,471.455 hectares de pastagens e216.611 cabeças de gado. Observaentão o deputado Jacob Frantz:«Como se verifica pelo quadro, amédia para todas as pastagens é de2 hectares por cabeça de gado, oque é inaceitável em vista do tipode alimentação utilizado pelos fri-goríficos. Na verdade, o número decabeças de gado devia ser bem"maior na ocasião, a não ser que odado se refira ao período em queainda não' foram renovados inteira-mente os estoques de gado para en-gorda. A fonte que forneceu osdados acima, o DNPA, advertiuque não possuía informações com-pletas sobre as pastagens é o gadode propriedade dos frigoríficos, oque os torna ainda mais deficientes.De qualquer forma, as 216.6,11 ca-béças citadas correspondem a cercade um quinto do abate de todos osfrigoríficos nacionais e estrangeirosexistentes no Brasil no ano ante-rior.»

Em outras palavras, em 1956os_ frigoríficos estrangeiros pos-suiarh cerca dê um terço do gadoque abatiam, uma vez que o abatedos frigoríficos estrangeiros repre-senta aproximadamente dois terçosdo abate geral dos frigoríficos bra-siléirós. Isto é, como os frigoríficosnacionais e estrangeiros abateramnaquele ano pouco mais de ummilhão de cabeças, devendo caberaos frigoríficos estrangeiros entre650.000 e 700.000, o gado que pos-suíam em suas pastagens era o su-ficiente para quase um terço tioabate.

Esta situação permite aos frigo-ríficos não apenas ganhar lucrosadicionais, concentrando a indus-trialização e a engorda do gadonuma só empresa, como tambémaumenta em muito seu poder decontrole sobre o mercado do boi cmpé. Como são parcialmente auto-suficientes, os frigoríficos estrangei-ros impõem à sua vontade os pre-ços que mais lhes convém, manten-do-os em nível majs baixo, quandofazem suas compras e elevando-osa seguir para forçar o aumento dacarne para o consumidor. Esta é averdadeira cara dos «anjinhos» quea matéria paga, financiada pelospróprios trustes, procurou escon-der, mas que é revelada pelo traba-lho de deputado Jacob Frantz.

DicionárioA Lei doDesenvolvimentoda Sociedade

(inniuto as niiflíriis relnr-ííes de pro-(Mu-ão IrniisliiriiiHiiisi! dc esllmiilo emobstáculo mi desenvolvimento da.s fftr-Çrfs proiljitlvás. saio substituídas, nípisitedo ou miiis (urde, por novns reiSéoesde produção qm- favorecimi nquele de-seiivolvliiicnl.i. As premissas materiaispara tal mudança ocorrem ainda d.ch-trp do anfliro modo" de produção. Pôrexemplo (|liando ns rcíaçCòs de pr.Klu-ção existentes na sociedade leud.l (fun-dameiitalmenle ris relações entro' os ser-vos e os seiiborcs feudais) passaram aconstituir um estorvo ao desenvolvi-mento das forças produtivas, 6 niodo deprodução frnílul foi substituído pelo mo.do de produção capitalista, cujas relações«le produção correspondiam ao nível tledesenvolvimento atingido' pelas forçasprodutivas. Kslas novas relações de pro.(lução abriam camiiibr» pufn o sucessivodesenvolvimento das forças produtivas.

»e tal maneira, a lei econômica dodesenvolvimciiij da sociedade c a lei dacorrespondência entre iis relações deprodução e o carãler das forcas nroiu-tivas.

Na sociedade baseada na proprie-dade privada e na exploração do honictnpelo homem, os conflitos entre as fõr-ças pr.idutivas e as relações de pro-dução manifestam-se na luta de cias-ses. Em tais condições a substituiçãodo antiíro pelo novo modo de produçãoefetua-se mediante a revolução social.

A Economia Política estuda as re-lações de pr.idução, ou seja a base dasociedade, em sua interação com acúpula, com a superesfrutura, isto êcom a ideologia, as concepções políticase as instituições.

A Keonomifi Política é uma ciêncialiistõnca. Significa que estuda a pro-duçao material em sua tarou socialhistoricamente determinada, estuda asleis econômicas Inerentes nos correspon-dentes modos de produção.

As leis do desenvolvimento econô-mico dn sociedade sào leis objetivas,iode se, p.ir exemplo, baixar nina leipro.bmdo, suponhamos, que o presidemte da República possa candidatar-se àreeleição; mas é impossível revogardlgnmps a lei da ..feria e da procura,mi a le. do valor,.. As leis econôini-eus sao ençendradas independentemen-te da vontade des homens por determi-nadas condições históricas e deixam deatuar quando cessa a existência dessascondiçfíes, Elas regem as relações so-ciais da produção e da distribuição dosbens materiais.

Os homens não podem, portanto,revogar ou criar as leis econômicas. Oque eles podem ê somente conhecerestas leis ,. sfplléli-las de acordo com osinteresses da sociedade. Entretanto, in-Unindo por sua vez sobre a economia,«te acordo com ,( conhecimento das leise com as necessidades amadurecidas doseu desenvolvimento, os homens favore-cem por êsse meio o surgimento de no-vas .relações econômicas, com Us leis

econômicas que lhes são inerentes

O conhecimento das leis do desen-volvimento econômico é uma iuestimã-vel conquista do pensamento humano.Estamos vendo eòmo a sociedade sócia-lista, conscientemente dirigida de acôr-do com as leis econômicas, desenv.ilve-se e floresce. Enquanto isto, a soeieda-de capitalista - „,„. ,.,„ M>ll t,onjmi,((opõe-se às leis do desenvolvimento eco-nômieo — vai sendo siipera'da e cami-nha rapidamente para desaparecer.

Nota 600 MilhõesQue Nunca Virão. h a

0 boimv) wm vez

O Brasil tem um rebanho bovino considerável, q„e em iirincinin br.st,,,- ,.neni,. para garantir o consumo de sua popula ão se não Z. „ **%

(«do petos quatro frigoríficos estrangeiros que lir-ntíeni ., "n""l»»''o cv«'r.

tores, desestinmtando os pecuaristas bralciíoV ' ?°" ""^ ^ ^

para ganhar lucros polpudos.e preços ai os aiis consumidores

O presidente Eisenhoíyer, cujo governo estA terminandode maneira tão desmoralizada, acaba de solicitar ao Còn-gresso a aprovaçíò de um crédito de 600 milhões de dó-lares «para que nossos amigos latino-americanos possama:elerar seus esforços destinados a fortalecer a estruturasocial tí econômica de suas nações e melhorar o «status,>do seus cidadãos».

„„,/ ,7,meira v|sía- (## cm oohta o montante da verba,parece tratar-se de grande coisa. Na realidade, porém, nilópassa de um «bluff», não vale nada. Vejamos norqu»de s„i»ln„rl^CÍ,'°,,ügar* í por (,ftm^s ~4§™m

o carátere suborno da «ajuda» proposta por Eisenhower. Só mesmouma^ diplomacia ão grossél^ e brutal, como á que é pra-ticada pelo Pépartamenfo de Estrido poderia afrontar àlipo. Os 600 milhões de dólares seriam — «a nâV. na<isas• cSd!oftff "¥S - °preço n »p#»5tt«ano aos Estados Unidos contra Cuba. Em 1954 sob omesmo governo do Partido Republicano e do general Êisenhowor, e por muito menos, a agressão armada norté-ame.ileana abafeii.se sobre a Guatemala. I!o|e, eom TifflMclesprestíglo internacional a que desceram „s Estadas ünidos com a presença da ÜBSS e com o poiLòso apoiopopular a Fidel Castro, tal intervenção armada slirnificár a«m su„Lidio_para os Estados Unidos. Resta, ènfáóflilcfSfià pressão, a atividade dc sapa contra Cuba e ,ri'esmo para

A-mérica Lafma, « que esta longe de terem conseguidoFisenCvef'nd°

'"^ "¦ <'a^á',,,' <,,(í"»rel>"o da manobra dcLisenli nver a apenas três meses das eleições presidenciais,uática no Congresso através do senador 3tánsfield é per-feitamente lógica. E para não parecer que o governo a^tie-auer)°aqtüdrn ?

*APP^° FW* <n° ^ »S

,m^rr. J ' »tt

Ai,1,,rk'a íLa<Ína' Mftn^'<'ld apresentou umaontra-propos-ta. Aproveitando para tirar partido da situriçao desmascarou o caráter de suborno da proposta d>Eis -nbovver e propôs uma série de medidas, unia das rjunisseria a criação dc um mercado comum hemisférieo (ardente

«sS(;;,l.e0S^r1<>S amer,canos) f a participação «íe ,otsos pafsès latino-americanos... na> contribuição financeira

para um programa... Como se vê, puro jogo eleitoral.

í>m.nIÜn,rS<;U "Vr°-

lA Eíononlia *»«"•» do Crescimento», oeminenfe economista norte-americano Paul A. Baran, a pro-Pósito da política dos países imperialistas em relação aossubdesenvolvidos, escreve: «O decisivo é qite o desenvolvi-mento econômico dos países sub.te.sehvolvldos é profunda-mento adverso aos interesses dominantes dos países cani-toi\íns mais avançados. Abastecendo de muitas matérias-primas importantes aos países industrializados e proporcio-iiiuulo a suas corporações grandes lucros e possibilidadesde inversão, o mundo atrasado foi sempre o hiniefianci in-dispensável dos iiaises capitalistas, altamente desenvolvidos

Í°^fnfC- "f1 q"e a dnSS0 àMéeàto dos Estados Unidose de outros palse.s ononha-se amar-amem,. Ti . •

çao fàÊMSm «países itàiÊ.F&rtrànSf^n^ias industriais Integradas nas ^efíolSt ftS

Ésifas palavras de Baran podejn ser eomn.nvi,i,c .. i

titèttsmVíiàss* 4ÜvirRoy Rubboton perguntou ooin ío i , '

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por «írié vices vão fabrica" Ipi m veisV' "á Tfl

dos Estados Unidos, teve ocasiã., ,|(/ex s) ,i| Sl '

M&lfl Sa||i >»'l"i «comentado / 1Í'JS,? ,

o dçsenvolvimentO econômico do prií"és s„h se v mTejtafb tem ficado patente na fn.firí &riòWo ÍÉ

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Page 11: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

-— Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960 —

JULGAMENTO DO PILÔTO-ESPIÃO NORTE-AMERICANO

Ata de AcuNOVOS RUMOS 3 —

SdCâO

Fa rrancis rowerspPublicamos abaixo a íntegra da

ata de acusação do processo instauradocontra Francis Gary Powers pelo delitoprevisto no artigo 2 da lei du URSS:«Sobre as responsabilidades penais porcrimes contra o Estado». O documentofoi redigido no dia 7 de julho, emMoscou, assinado por A. Shelepin,Presidente do Comitê de Segurança doEstado adjunto ao Conselho de Minis-tros da URSS, e aprovado por R. Ru-denko, Fiscal Geral da União das Re-públicas Socialistas Soviéticas, conse-lheiro estatal da Justiça, em 9 de julho.(Os títulos e entretítulos são de respon-sabilidade de NOVOS RUMOS).

«No dia 1? de maio do ano de19Ó0, às 5 horas e 36 minutos (horade Moscou), um avião desconhecidoviolou a fronteira nacional da U.R.S.S.no ponto situado a vinte quilômetrosdo sudeste da cidade de Kirovabad(R.S.S. de Tadjíquia), penetrou noespaço aéreo da União das RepúblicasSocialistas Soviéticas e, na altura de20.000 metros, interiorizou-se no terri-íório soviético.

O avião que violou a fronteirasoviética esteve sob observação cons-tonte das unidades de defesa anlicic-rea da U.R.S.S. Esta observação do-monstrou que o itinerário do avião pas-sava por grandes centros industriais eimportantes objetivos militares' de de-fesa, da União Soviética. O avião, du-fante todo o trajeto, voava a 20.000metros de altura, quer dizer, uma ai-tura em que nenhum avião civil reali-zava vôos. Os dados obtidos não dei-

• xavam dúvidas de que, neste caso, setratava de uma incursão premeditadano espaço aéreo da U.R.S.S., com ob-

jetivos hostis.Em decorrência disso, o Governo

soviético ordenou que se derrubasse oavião. Em cumprimento da ordem, umadas unidades da defesa antiaérea daU.R.S.S. abateu, às 8 horas e 55 mi-nutos (hora de Moscou), com um fo-'guete, ao primeiro disparo, o mencio-fiado,avião, a uma altitude de 20 000metros, na região de Sverdlovsk, istoé, a uma distância de mais de doismil quilômetros do cruzamento da fron-leira da União Soviética. O piloto doovião. atirou-se de pára-quedas, sendoaprisionado. Ao primeiro interrogató-rio, verificou-se que se chama FrancisGary Powers, cidadão dos Estados Uni-do* da América.

A inspeção dos destroços do opa-relho, que se conservaram, e das ins-falações especiais que se encontravamno mesmo, estabeleceu que se trata deum avião norte-americano, tipo «Loc-kheed U-2», destinado a vôos a gran-de altura .adaptado para o serviço deespionagem, e, com êsle fim, equipadodo aparelhagem para o levantamentoaerofotográfico e para realizar a es-

pionagem por rádio a partir de grandesalturas. .Entre os. restos do avião, en-<ontraram-se .bobinas, fotográficas, em

que se haviam fotografado aeródro-mos soviéticos e outros importantes ob-jetivos militares e industriais da UniãoSoviética. Além disso, encontrou-se umafita ferromagnética, com a gravaçãodos sinais de algumas estações de ra-dar soviéticas.

A diligência sumariai, realizadano presente , processo pelo Comitê deSegurança do Estado, adjunto ao Con-selho de Ministros da U.R.S.S., concluiuque o vôo de espionagem do referidoavião foi organizado, com o conheci-mento do Governo dos E.U.A., pelaseção especial de espionagem norte-americana estacionada na Turquia ecifrada com a denominação convencio-nal «10-10».

Quando, a 5 de maio de 1960,se deu a público êsle vôo de baneli-tismo, pelo informe do Presidente doConselho de Ministros da U.R.S.S., ca-marada N. S. Kruschiov, na sessão doSóviete Supremo da U.R.S.S., um repre-sentante do Departamento de Estadodos E.U.A. reconheceu, nesse mesmodia, que o fato da violação da fron-teira da U.R.S.S. por um avião norte-americano «era inteiramente possível»,mas possui um caráter casual, não

premeditado. Conforme a declaraçãodo' Departamento de Estado o aviãotipo «Lockheed U-2» realizava, no dia'V de maio, investigação melereológi-ca, • «obtinha amostras do ar/, nas ca-madas superiores da atmosfera, em

•uma região da fronteira turco-soviética,e que, devido a uma avaria no abas-tecimento de oxigênio, o piloto se des-viara da rala. Mais adiante, nessa de-claração do Departamento de Estado,dizia-se que, possivelmente, o pilotoperdeu os sentidos e o avião, gover-nado pelo autopiloto, dirigiu-se ao lei-rilório da União Soviética. Essa versãofoi confirmada naquele mesmo dia poruma declaração da Direção Nacionalde Aeronáutica e de Investigação doEspaço Cósmico dos,E.U.A. sob cuja

jurisdição se encontiava, suposlamen!e,o-indigilado avião, que, segundo suaafirmação, .ra utilizado para o estudocieis condições atmosféricas e as irrup-ções do venlo em gr. ."'es alturas. Se-

•gundo um comunicado da Direção Na-

tional de Aeronáulica e de Investigaçãodo Espaço Cósmico, foram organiza-das as buscas do avião desaparecido.Lockheed U-2» na região do lagoVan (Turquia).

Também essa mesma versão foiexposla na nota da Embaixada dosE.U.A., em Moscou, entregue ao Minis-tério de Negócios Estrangeiros da U.K.S.S., no dia 6 de maio do ano em curso.

No dia 7 do maio, o chefe doGoverno soviético, N. S. Kiuschiov, rmsua fala na se__üo do Sovicle Supremoda U.R.S.S., desmascarou a folsidci_'adessa versão e citou falos con.retos,irrefutáveis, que demonstrem ini-rcili-velmenle o caráter premodiiçif'o, pérfidoe de banditismo, da vic.cc(.o do espaçoaéreo da U.R.S.S. \:^o avião norte-americano Locl.hccd U-2: , bem comoos objetivos de espionagem de seu vôo,incompatíveis com as exigências ele-mentores ria mar.ulençup das rclarr^snormais cnlre os Estados, cm tempo depaz.

Dejvis disso, o Departamento deEslado, pôslo em apuros pelos fatos ex-postos pelo camarada Kruschiov, viu-seobrigado a reconhecer, em sua novadeclaração Ho dia 7 cie maio último,o caráter de espionagem do vôo doavião 'Lockheed U-2. , advertindo, con-tudo, que ¦'no que loca às aulorida-des de Washington, não se concer1 era

qualquer autorização para o vôo des-crito por N. S. Kruschiov-..

Se a declaração do Deparlamen-Io de Estado ainda deixava de pé aqueslão acerca da participação diretado Governo dos E.U.A. no sobreditoato insolenle de agressão à União So-viélica, todas as dúvidas a este respei-Io foram dissipadas pela declaraçãofeita a ° de maio pelo secretário deEstado dos E.U.A., Herter, em nom"!do Governo dos E.U.A

Nessa declaração, sem precedeu;,na história das relações internacionais,o secretário de Estado Herter disseque, em consonância com a Lei de 1ÇM/sobre a defesa nacional, o PresidenteEisenhower, desde o momento da for-mação de seu Governo, pusera em açãoas diretrizes sobre a realização do tra-balho de espionagem contra a UniãoSoviética. Baseando-se nessas direi ri-zes, conforme assinalou Herter, foramelaborados e postos em prática os pro-gramas que estipulavam a incursão deaviões norte-americanos de reconheci-mento no espaço aéreo da U.R.S.S.

A declaração de Herler foi con-firmada, a 11 de maio, pelo própiioPresidente dos E.U.A-, Eisenhower, quetambém reconheceu que a realização devôos de aviões norte-americanos sobreo território da União Soviética era econtinua sendo uma «política calcula-da dos E.U.A.». Igualmente, o mesmodeclarou o Governo dos E.U.A. em suanota ao Governo soviético do dia 12de maio de 1960.

Distinguiu-se, por sua especial in-solência e descaramento, a declaraçãotelevisionada do vice-presidente Nixon,no dia 15 de maio, na qual não só-mente confirmou as afirmações feitasanteriormente por Herter e Eisenhower— afirmações cínicas e que ferem asnormas do Direito Internacional — deque a realização dos vôos de aviõesnorte-americanos sobre o território daUnião Soviética é uma política preme-ditada dos E.U.A., mas ainda foi maisalém. Nixon declarou que os EstadosUnidos necessitam de um «programa

ininterrupto» de trabalho de espiona-

gem, e justificava a evidente mentira

que continha a declaração do Deporta-menio de Estado dos E.U.A., de 5 demaio, sobre as «investigações meteoro-lógicas» que realizava o avião «Loc-kheed U-2». Em outras palavras, Ni-xon de., rdeu para os Estados Unidoso *d'roilo de espionagem».

r. ¦•'-, declarações do secretárior.'. [ crio, do Presidente e do vice-r. :-'•<!.nle dos E.U.A. constituíram acc."íi.ina.ão oficial da atividade hostilr j. os Eslados Unidos <\a América vêmckr.cmpenhando durante uma série deanes em relação à União Soviética, ali-vidacle que se expressa nas reiteradasinvestidas de aviões norte-americanosno espaço aéreo da U.R.S.S., com finsde espionagem.

Porlanlo, o Governo dos E.U.A.

proclamou, em tempo de paz, oficial-mente, uma política que se pode pro-licar unicamente quando os pai. .s seacham em eslado de guerra.

Ameaça direta à pazNo período de primai1'' • de

Ei.°nhower no cargo de Pre.id^nie 'IasE.U.A., islo é, desde janeiro de 1.53.a União Soviciica tem 'apresentado aoGovêino dos E.U.A. unia série de pio-teslos contra as invasões de avie--,norte-americanos sobre os limiles ciaU.R.S.S. ...,'.

Ao tratar dessas viola^^^s, o Go-vêrno so>'iético obseivava que -dais

violações das fronteiras da Uni^o So-viélica por parle dos aviões noile-americanos estão ligadas ao cumpri-mento de missões determinadas do AltoComando militar norle-amoricano (no-ta de 8 de setembro de 1954).

Ao mesmo tempo em que proles-lava energicamente contra esses alos,o Governo da U.R.S.S. acentuava, rei-teradamenle, em-suas notas ao Govêi-no dos E.U.A., que lais irrupções «re-

piesenlam uma violação grosseira dasnormas elementares do Direito Interna-eional» (Nota do dia 8 de se.lembrode 195.1, e constituem «uma ação

premeditada, de ¦ certos, círculos dosE.U.A., calculada para agravar as re-lações entre a União Soviética e osEslados Unidos da América» (nola de10 de julho de 19561.

Em contestação a essas notas, oGoverno dos E.U.A. limitava-se a res-

postas formais.

Os repelidos casos de invasão deaviões norte-americanos sobre os limi-tes da União Soviética constituem umaviolação escandalosa do principio doDireito Internacional, aceito geralmen-te, que estabelece a soberania comple-ta e exclusiva de cada Eslado sobre oespaço aéreo que se encontra sobre oterritório do referido Estado.

O princípio, segundo o qual «ca-da Estado possui soberania completa eexclusiva em relação ao espaço aéreo

que se encontra sobre seu território»,foi referendado pela convenção mui-tilaleral de Paris, de .13 de outubrode 1919, relativa à regulamentação danavegação aérea, aprovada pela con-venção de Havana, de 1928, assinadapor uma série de Estados americanos,e reproduzido no artigo 1 da Conven-ção sôhre a aviação civil internacional,concluída em Chicago, a 7 de dezem-bro de 1944.

Ésse mesmo princípio de soberaniacompleta e exclusiva do Estado' sobre o

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--H' _-------H-------- ¦- ____! __fl 1___t- mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm\ ^__i_______! l_____i______^Q ¦ '«li

Quatro soldadosderrotam Pchtásonõc^espaço aéreo que sc encontra sóbieseti território refleliu-se, também, nalegislação nacional de diversos paísc;,inclusive a União Soviciica e os Tsla-dos Unidos da América do Norle (alado Congresso dos E.U.A., de 1926, só-bre o comércio aéreo, e ata do Con-gresso dos E.U.A., de 1938, sobre a""'".cio civil).

O ai ligo 1 c!o Cótligo Aéreo aaU.R.S.5., de lr..., também estabeleceque à União Soviciica pcilence a so-berania completa e exclusiva sobre oospa. . aéreo da U.R.S.Ç.".

E".'e princiVo da soberania é sa-prado e imuiável nas relações internacinnc is,

r'":lcis copdi;ôc., as flrclniacõesentes ciiaclas do Presidente dos E.U.A..do vkr-p/ssidente Nixon e do secreta-

¦ rio de E.tado dos Eslados Unidos daAm:ica, H-1ter, r;ue procuram juslificar as violaçò.-, da soberania da U.R.S.S. pela aviação norte-americana eque transforma tais violações em umprincipio de política estalai dos E.U.A.,não podem ser encaradas senão comoaberta manifestação de falta de deso-jo do' Governo dos Estados Unidos daAmérica de levar em conta as normasbásicas, geralmente adniiiiclas, do Di-reito Internacional, sem cuja observán-cia são impossíveis as relações normaisentre os-Estados. '

As repetidas invasões do espaçoaéreo da U.R.S.S. pela aviação norte-

: americana e, em particular, o Vôo doavião fLockheed U-2>, do dia 1? demaio último, constituem uma grosseiraviolação da soberania da U.R.S.S. eum ato de agressão que pisoteia asnormas do Direito Internacional e oselevados princípios da Carla da ONU,ao pé da qual também figura a assina-tura dos Estados Unidos da América.

' Com o nivel aluai da técnica mi-

.itar, assim como nas condições em queos Estados Unidos da América — con-forme declararam, repetidas vezes, osdirigentes militares responsáveis norte-americanos'— mantêm constantementeno ar bombardeiros de guarda, comcargas de bombas atômica e de hidro-

gênio,, os vôos de reconhecimento como'levantamento fotográfico dos possi-veis objetivos de bombardeio e odescobrimento das inr.lalações de radarsqo elementos componentes de umaagressão aérea.

Nas condições indicadas, a inva-são de um avião estrangeiro nos con-fins da U.R.S.S. sempre pode ser osinal do começo de uma agressão ar-mada. Ademais, não pode haver ga-

. rantia alguma de que qualquer aviãodos que aparecem sobre o terrilótio

. soviético não leva a bordo uma car; 6mortífera.

O ato agressivo dos Estados Uni-dos da América, manifestado na inso-lente invasão pelo avião militar norlc-americano do espaço aéreo da U.R.S.S.,corresponde às ações que colocam sobuma ameaça direta a paz universal.Nas condições em que alguns Estadosdispõem da arma nuclear e de meios

quase relâmpago de seu transporte aoobjetivo, o ato agressivo empreendido

pelos. E.U.A. contra a União Soviética,a. V, de maio de 1960, poderia M-'acarretado conseqüências falais para ahumanidade.

.Náo era avião civt

isso foi£iiii motor

Dn fábrica .Pratt and Whitney saiu esseoutrora luzi-Jio mecanismo de turbo-pro-pulsão. Hoje, espatifado contra o solodns cercanias de. Sverdlovsk, represenla

• uma da<: peças documentais do processocontra Francis Powers

Nas declarações dos dirigentes .;:.Governo .dos E.U.A., antes mencionadasbem como na nota do Governo cE.U.A., de 12 de maio último, dá-seênfase a que o avião «Lockheed U-2 ,abatido nas vizinhança; de Sverdlovsk,era um avião civil.

Os materiais da investiqcicão de-monstraram a falsidade dessas afirma-ções. . ,

No cartão de identidade N A F 1,288,068 confiscado cie Powets, figurao emblema do Ministério da Defesa dosE.U.A., com' a inscrição «Ministério daDefesa. Estados Unidos da América .

À pergunta de se q posse dessedocumento significa que ele trabalha-

O3 quatro soldados que abateram, no dia 1» tle maio de 1960, o avião U-2, numaprova da habilidade dos soviéticos no m nejo dos foguetes tcledlrlgldos, garantiana defesa da soberania .do território da U.R.S.S. contra as desvergonhadas ebélico.as investidas comandadas pelos de.encontraclos e assustadiços militares doPentágono

••a como pilôlo nas torças aéreas dosE.U.A., Powers respondeu:

«— Isto significa que eu liciba-liiava nas fôicas aéreas dos E.U.A. naquaii ede de piloto civil. •

Em seguida, à pergunta de comoconsiderar a insliiuição em que êle trci-balliava, se militar ou civil, Posv isdiiSC:

<— E''umn comblnaõo do serviçocivil e a_ -1 miíiiar; luc-o isso está dis-fr.uçc:r!o e cifrado cem o nome de ' -

. ção 10-10. •

Pov^rs declarou ,que, em abril deI9ó0, aprpy.imcdam?!! , o geniralTuom.is D. V/hife, clic,"ò do E;la_o-/.'.r.ior d^s fò^as acico. dos E.U.. .,c! sacu à bafe aérea de Ir.cirük, e;;-:--cialni-iiía paa inspecionar n serio• 10-10.

A p?rgunla de quais outros mili-tares, além do general V/hite, visita-vcini a ba:e de Incidi!;, Powers respon-deu que, durante sua permanêncianessa base aérea, nela esliveram duasvezes o general Evcresl, comandante-em-cliefe das Forceis Aéreas dos Esla-dos Unidos na Europa, e oulros gene-rais norle-americano:.

Por conseguinte, ficou estabeleci-do que o avião Lockheed U-2 , aba-lido em 1 de maio de 1960, pertenciaàs Forças Aéreas dos Eslados Unidos.

A criminosa inflação, por parledos Eslados Unidos, das normas do Di-reito Internacional universalmente te-conhecidas, é um dos elementos dalinha agressiva .que o governo none-americano aplica em política exterior.Esta política agressiva lem sido formu-lada, repetidamente, por dirigentes desEstados Unidos, em particular, pelo ex-secretário de. Estado norte-americciiioJohn Foster Dulles,.como ume. «políticade posições de força. , uma 1 politicade intimidação') e uma «politica de ba-lanço à beira da guerra».

E, não faz muito, no mês de ju-lho de 1959, o vice-presidente dosEstados Unidos, Nixon, em um artigopublicado na revista Life, voltou a fa-zer grandes elogios à chamada ¦ po-lítica de balanço à beira da guerra , cdeclarou que esta política é, alualmcn-le, um dos princípios supremos dos Es-lados Unidos.

Uma manifestação desta politicutem sido, como é notório, a conclusão,sob a égide dos Estados Unidos, de

pactos e alianças agressivos em quasetodas as partes do mundo, a corridaarmamentisla, a instalação de uma ré-de de bases militares em torno d:isfronteiras da União Soviética e de outros paises socialistas, e demais atosagressivos que põem cm perigo a pa_

e a segurança gerais. Outra manifes-lação desta polílica são as invasões si - -

l-niálicas do espaço aéieo da UniõoSoviética por aviões das Forças Aéreasnoile-omericcinas, dcnlre as quais aagrès.iva invasão de 1 de maio de1960 por um avião mililar norle-ame-licano 'Lockheed U-2».

As insensatas ações do governodos Eslados Unidos frustaram a Conte-rência de Cúpula, convocado para Pa-ris."e"complicaram a situação inlerna-eional.

O Governo dos Estados Unidos in-corporou à realização de sua polílicaagressiva vários Estado: fronteiriçoscom a União Soviética, os quais têmfacilitado seu território paia a instala-ct_o de bases militares norte-americanas, c que sòo, porlanlo, cúmplicesdos alos agressivos contra a U.R.S.S.

Conforme ficou estabelecido pc^nsdiligências sumariais, a invasão <!oovião norle-americano «Lockheed U-2 ,a 1' de maio, nào poderia ter s Joefetuada sem a utilização das bases oé-reas existentes 110 território de paitespróximos da União Soviética, cm parti-cular, da Turquia, Paquistão . Noruega,já que a longitude máxima de vôo :>oavião «Lockheed U-2- .õo lhe permiti-ria operar a partir do território desEJados Unidos.

Provou-se oue a unidade -Io ser-viço de r.conhecimenlo !0-!0 , naqual prestava serviço Powers, atuava11 ci base aérea noíie-aiiiciicano-luica da

Inciilik. O chefe desta unidade e o co-ronel das Forças Aéreas dos EsladosUnidos Shelton. O avião .LockheedU-2-, com o qual se realizou, a I demaio último, a agressiva violação doespeço aéreo da União Soviética, leilio.nsporlàdo i\a base de Incirlilt para abase aérea de Peshavar, 110 Paquistão,de onde cl?colou para a União Sovié-lien. Com é_!e vôo violou-je ainda nsoberania do Afeganistão, sobre cuiotcrrilóiio passou ilegalmente o referidoavião, sem conhe-' --nto das aulorida-des afegãs.

A peigunlcr de quais a.ropoilos deem"in'. ícia lhe foram indicados para ovôo cie 1 de maio, Powers respondeu;

«— Como aeroporlos de emergen-eu eu podia utilizar qua''usr um daNoruega, Paquistão e Irã

Ficou também provado que Powerslinha a incumbência de alerrar, depoisde seu vóo, na base aérea militar deBodoe, na Noruega, que, anleriormen-le, ja fora utilizada pela unidade doseiviço de reconhecimento «10-10».

Estas circunstâncias ficaram esta-beleeidas pelas declarações de Powers,pelo mapa da rota de seu vóo,. que foiencontrado, e por outras provas.

As ordens recebidas por Poweispreviam a possibilidade de violar tam-bém a soberania de outros Estados. Aeste lespeilo, o acusado Powers dedo-rou:

No caso cie que me faltassecombustível para voar até Múrmar\skpela rota traçada, eu podia, sem che-gar alé à cidade de Kandalaksha, do-brar à esquerda e voar para a Norue-ga, através da Finlândia, alé o aeró-dromo de Bodoe.'.

As instruções dadas a Poweis pre-viam a possibilidade, em caso necessa-rio, de aierrar em um aeródromo daFinlândia ou da Suécia. Veja-se o quedeclarou Powers sobre o assunto:

«— A palavra sodankula, que fi-gura ao longo da linha verde traçadaa lápis (linha marcada no mapa devóo) significa que eu podia aterrisarno aeródromo de Sodankula (Finlân-dia). Não obstante, o coronel Sheltonadvertiu-me que este aeroporto é ruime que somente podia utilizá-lo em ca-so de extrema necessidade, mas que, deIodos os modos, era melhor que ater-rai em território soviético. Disse-me,ainda, que seria melhor alerrar na Sué-cia ou Noruega, mas qu" era desejávelque fosse Noruega. >

Estas declarações de Powers saoconfirmadas também pelas anolaçóesfeitas por Powers no mapa de vôo.

Assim, pois, as diligências relacio-nadas com êsle sumário confirmarammais uma vez a circunstância de que nsbases militares norte-americanas insta-Iodar, no território de alguns outrospaíses constituem uma ameaça à paze a segurança dos povo;.

Preparando espiõesPara levar a cabo sua agressiva

política de espionagem contra a UniãoSoviética, o Governo e o Comandomilitar dos Estados Unidos efeiúaramduiante vários anos um liabalho de se-lec.10 e preparação dos quadros ne-ce.sanos. Com este fim foi recrutadolambem . acusado ío prcs'e"'> oro-césio, Francis Gary Powers

Durante as diligências .u"iariais,Power- docl'arou ii', em 1950, incor-porou-se :omc «olunláriú ao serviço r:oexército norte-americano, e . sti.cou -iac..o'o cias fõrca_ Aéreas cia '.idade óeGian \ ¦>c Fsiado ce Mississipi, _,depois; no oase aéreo i^aiado nos ar-redores da cidade de Fànix, no Estadoo'e Arizona. U<rr ve;- terminado o _•,-'udo na elcola,' serviu como ,oiló'o emdiferentes bases aéreas dos üstadõsUnido\ com o grau :!e prineiro-tenerite.

Fm abril de 1956, Powers foi rç-crutado pela Direção Central de Infor-mação dos Estados Unidos, a fim'dscumprir areias C.peciais de reconheci-menlo em -jviòes para vôos de grandealtura, especialmente aparelhados.

Ao ser recrutado, explicaram-se a(Conclui na pág, seguinte)

Page 12: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

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- 4

Ata dNOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960

a ae rvcusaçaoa Francis Powers

(Conclusão da pãg. anterior)IJt^jt» os tarefas que devia cumprir.Pewer» declarou a este respeito:

<— Foi-me informado de que, nofundamental, meu trabalho consistiriaem voar qo longo das fronteiras dqU.f(.S.$., a fins dt recolher informaçõessobre a» instalações de radar e as es-tetões d« rádio, bem como outros da-do». Comunicaram-me, também, quetalvei me coubessem, mais tarde, ou-t,ra.» tarefas, no caso de que tudo mar-chasst bem.»

Depois disso, Power» assinou umcontrato secreto com a Direção Central4f Informação dos Estados Unidos, di-rígida por Allan Dulles comprometen-'do-«e, com sua assinatura, a guardarsegredo dessa colaboração. Advertiu-sePewer» de que, se faltasse ao compro-misso firmado e comunicasse dados sô-bre a atividade do serviço de informa-ções norte-americano, incorreria emresponsabilidade criminal, correspon-dente a dez anos de reclusão ou pa-gamento de uma multa de 10 000dólares, ou as duas coisas simultânea-mente,

Com efeito, no capítulo 37 «Es-pionagem e repreensão» da Recopila-(ao de Leis dos Estados Unidos, encon-(ra-se o artigo 793, no qual se esta-belecem essas penas para os referidosatos.

Conforme declarou Powers, pelocumprimento de tarefas de espionagemdo serviço de informação norte-ameri-cana lhe foi consignado um soldo men-sal de 2 500 dólares, enquanto que noperíodo de serviço nas Forças Armadasdos Estados Unidos pagavam-lhe 700dólares por més.

Após iniciar sua colaboração como serviço de informação norte-america-no, Power» foi mandado para receberum preparo especial em um aeroportosituado em terrenos desérticos do Es-tado de Nevada.

Nesse aeródromo, que também fazparte de um polígono atômico, Powersestudou durante dois meses e meio oavião para vôos de grande altura tipo«Lockheed U-2», e aprendeu a mane-jar o» aparelhos destinados a captaros sinais de rádio e das estações deradar. Em aviões disse tipo, Powersrealizou vôos de treinamento a grandealtura e a grandes distâncias, sobre aCalifórnia, o Texas e a parte norte dosEstados Unidos.

Com finalidades conspirativas, ospilotos-espias que eram adestradosnesse aeródromo usavam nomes falsos.Ptwen, por sua vez usou ali o nomede Palmer.

Uma vez terminado o preparo es-P.eçial, Powers foi enviado à base aéreamilitar norte-americano-turca de Incir-Ijk, situada perto da cidade de Adana,para onde estava deslocada uma uni-dade do serviço de reconhecimento, de-nominada convencionalmente unidade«10-10».

ta região indicaram-lhe também comoaeródromos de emergência, para umapossivel aterragem, os de Meched eTeerã, no território do Irã.

O itinerário do vôo do avião dePower» $ôbre'o território da U.R.S.S, a1' de maio de 1960, foi cuidadosa-mente preparado com antecipação.Prova-o também o fato de que a rea-lização do vôo fora confiada precisa-mente a Powers, que já em 1958 haviaconhecido o aeródromo de Bodoe (No-ruega).

Conforme ficou determinado nasdiligências sumariais, a 27 de abril deT 960, Powers foi levado, em um avjãode transporte das Forças Aéreas dosEstados Unidos, da base aérea de In-cirlik para o aeródromo de Peshavar,no Paquistão. Ao mesmo tempo, a fimde preparar o seu vôo, chegou a estabase o coronel Shelton, acompanhadode vinte homens do pessoal auxiliar daunidade «10-10». Para ali mesmo foitransportado da Turquia, dirigido poroutro piloto da unidade «10-10», umavião «Lockheed U-2» especialmenteequipado.

Na madrugada de 1- de maio de19Ó0, duas horas e meia antes de em-preender o vôo, Powers recebeu, daparte de Shelton, a incumbência devoar sobre o território da U.R.S.S. dosul para o norte, à altura de 20 000metros, seguindo o itinerário Peshavar,mar de Arai, Sverdlovsk, Kirov, Ark-hanguelsk, Múrmansk e aterrar no aeró-dromo de Bodoe, na Noruega.

De acordo com as instruções re-cebidas, Powers ao voar sobre o ter-ritório da União Soviética, devia ligar,em determinados lugares, os aparelhosespeciais instalados no avião, para fo-tografar e gravar o trabalho das esta-ções de radar do sistema de defesaantiaérea da U.R.S.S. Por ordem deShelton, Powers devia prestar particulaiatenção a uma série de setores deseu itinerário e a dois pontos, em umdos quais se supunha situada uma ram-pa de lançamento de foguetes, e nooutro, um objetivo militar de grandeimportância.

Todas estas instruções foram cum-pridas exatamente por Powers. Noavião «Lockheed U-2», Powers decoloudo aeródromo de Peshavar, alcançou aaltitude de 20 000 metros, voou sobreo território do Afeganistão, invadiu oespaço aéreo da União Soviética, maisde dois mil quilômetros a partir dafronteira. No transcurso do vôo, osinstrumentos de navegação e os instru-mentos especiais funcionaram perfeita-mente. Durante todo o vôo, Powerssentiu-se normalmente e anotou no ma-pa de vôo dados de caráter informati-vo. Na região de Sverdlovsk, o aviãode Power» foi abatido pelas tropas defoguetes soviéticas.

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Pistola silenciosanão falou mesmo

um bote ^e borracha, um conjunto demapas topográficos da parte européiada U.R.S.S. e dos países limítrofes,substâncias para acender fogueiras, fu-zis assinaladores, uma lanterna elétri-ca, bússolas, uma serra, instrumentosde pesca e outros objetos, bem como7 500 rublos e objetos de valor (moe-das, anéis e relógios de pulseira deouro), que, segundo declarou Powers,lhe havia dado o coronel Shelton aosubir ao aparelho, e estavam destina-dos ao suborno de habitantes soviéti-cos, no caso de aterrissagem forçadano território da U.R.S.S.

Todo esse equipamento'foi con-fiscado de Powers ao ser detido.

As testemunhas Surin V. P., cho-fer; Cheremisin A. F„ operário; Chuz-hakin L. A., chofer; Asabin P. E., invá-lido, que observaram o instante de seralcançado o avião «Lockheed U-2»por um foguete, e que detiveramo piloto Powers, que aterrou de pára-quedas, declararam o seguinte:Surin V. P. —

A longa pistola silenciosa e as balas com que se protegeria o piloto Powers numa possível eventualidade. O espião treinadoespecialmente para missões de reconhecimento de território soviético, estava prevenido para «da» a» hipótese». Faltou-lheoportunidade de usar a agulha envenenada «no caso de torturas», falhou o dispositivo de explo.âo do aparelho em cato deacidente, e os objetos de valor que seriam usados para suborno do» russos constituíram um aspecto ridlculamente pitoreteoem mais esse grotesco e perigoso ato da política norte-americana de «balanço à beira da guerra»

Esta unidade, destinada a efetuarum trabalho de reconhecimento contraa U.R.S.S., mediante o envio de aviõesde reconhecimento ao espaço aéreo daUnigo Soviética, com o objetivo de re-colher informações sobre instalaçõesmilitares e industriais e outros impor-•ontes objetivos, aparecia camufladacomo dependente da Direção Nacionald» Aeronáutica e de Exploração doCosmos.

A propósito do cartão de identi-dade confiscado de Powers, que lhe foientregue no dia T de janeiro de 1959,declarou qu» neste cartão «se indicaque tenho direito a voar em aviões mi-litores do, Estados Unidos. Foi-me en-'regue na unidade «10-10», na baseoerea de Incirlik. Este cartão nos foientregue em nome da Direção Nacionalde Aeronáutica e de Exploração do Cos-mos».

Por ordem do comando da uni-dade «10-10», Powers realizou, siste-maticamente, desde 1956, no aviãoespecial porá vôos a grande altura«Lockheed U-2», vôos de reconhecimen-to ao longo das fronteiras da UniãoSoviética com a Turquia, o Irã e oAfeganistão.

A respeito destes vôos, Powers de-clarou:

«— Decolávamos do aeródromode Incirlik e voávamos para o esteate a cidade de Van, sobre as margensdo lago do mesmo nome. Em seguidaromavamo» o rumo de Teerã, a capital«o Ira, passávamos voando sobre ela"os dirigíamos para o este, ao suldo mar Cáspio. Depois, eu voava co-mumente ao sul da cidade de Meched«travessava a fronteira iraniano-afegã'

s^uia adiante, ao longo da frontei-ra afegano-soviética... Não longe dafronteira oriental do Paquistão, fazia-se uma curva e retornávamos pelo mes-rno itinerário ao aeródromo de Incirlik.*afs tarde, começamos a fazer a curva«rifes, depois de haver penetrado umas200 milhas no território do Afeganis-

Powers declarou mais adiante quepora seus vôos de reconhecimento nes-

Como foi abatido o aviãoÀ pergunta de em quais circu, s-

tâncias foi abatido o avião piloladopor êle, declarou Powers.

«— . . .Subitamente ouvi uma ex-plosão surda e vi um resplendoralaranjado. O avião inclinou-se imedia-tamente e, segundo me parece, arran-caram-se as asas e os lemes da cauda.E' provável que o projétil não se li-vesse chocado com o avião, mas quea explosão se tivesse produzido próxi-ximo, e a onda expansiva ou osestilhaços de metralha atingiram oavião. .. Isto ocorreu a uns 68 000 pésde altura... Abateram-me a aproxi-madamenfe 25-30 milhas ao sul ou aosudeste da cidade de Sverdlovsk. Nes-sa ocasião, voava seguindo ó rumocom bastante exatidão. . .

Na queda do avião, fui projetadocontra o painel de instrumentos indica-dores, e por isso não pude utilizar acatapulta, mas alcancei sobre minhacabeça a cobertura da cabina, desateias correias e sai do avião por cima.O pára-quedas abriu-se automática-mente.»

Os depoimentos do acusado, asprovas materiais e as conclusões dosperitos demonstraram que o avião pi-lotado por Powers estava provido deuma instalação explosiva especial pa-ra que, no caso de aterragem forçadaem território da U.R.S.S., pudesse opiloto fazê-lo explodir. Além disso, le-vava instalado também um aparelhoexplosivo no magnelofone destinado agravar os sinais das estações soviéticasde radar.

Powers achava-se provido de umaagulha especial, com um fortíssimo ve-neno do grupo curare. Essa agulha lhehavia sido entregue, segundo declarouPowers, para suicidar-se no caso de quefosse submetido a torturas.

Todas estas invenções e medidasde prevenção tomadas de antemão es-tavam calculadas para evitar o desrc-brimento da política agressiva doscírculos governantes dos Estados Uni-dos e enganar a opinião pública mun-dial. Além da agulha envenenada en-tregou-se a Powers: uma pistola silen-ciosa, com cartuchos, uma navalha,

«— Em primeiro de maio de 1960,aproximadamente por volta das onzeda manhã, hora local, encontrando-meem minha casa, ouvi um grande ruido,semelhante ao ruido de um avião areação, porém, muito mais inlenso. In-teressado, saí correndo à rua, para verde que se tratava, e, então, ouvi umaexplosão e também vi (...) uma co-luna de pó (...) nesse momento des-cobri muilo acima no céu um rede-moinho de fumaça e uma manchabranca que descia. Pus-me a observa-Ia e, quando baixou mais, distinguique descia um pára-quedas. Durante oocorrido, chegou a minha casa em umcarro (...) o chofer Chuzliakin Leo-nid, conhecido de trabalho. Quando seapeou, apontei-lhe o pára-quedisla quedescia e nos pusemos a observá-lc jun-tos para ver onde aterrava. Em poucotempo compreendemos que ia aierrar( • • .) na margem do rio, próximo de

uma linha de alta vollagem. Chuzha-kin convidou-me a subir no carro e nosdirigimos juntos para o lugar de ater-ragem do pára-quedista. A uns cm-qüenla metros do local, Çhuzhakin pa-rou o carro, e corremos até onde haviaaterrado o pára-quedista.»Çhuzhakin L. A. —

«— Quando tiramos ao p:',ia-qut.:-disla o capacete com os fones disse-nosêle algo em uma língua que não en-tendíamos. Perguntamos-lhe quem era,mas não respondeu. Compreenaemos,então, que se tratava de um estrangei-ro. Isto nos pôs de sobreaviso, e,então, Cheremisin tomou-lhe a pistolade cano longo que trazia pendente docinto em uma bainha de couro. Ime-diatamenle, perguntamos-lhe, por ges-tos, se estava só. Êle nos respondeu,também por gestos, que estava so.Vendo que o pára-quedista era e:' an-geiro, decidimos detê-lo.»Asabin P. E. —

«— Durante a aterragem, o r. ei-quedisfa caiu. Para que o pára-quedasnão o arrastasse pelo chão, eu o detivee ajudei-o a dobrar o pára-quedas,uma vez que conheço esta técnica, porhaver servido na aviação. Foi entdoque chegaram correndo meus conHea-dos Cheremisin Anatoli, Çhuzhakin Leo-nid e Surin Vladimir, e ajudaram o pá-ra-quedista a levantar-se. Ajudei-o adesembaraçar-se do pára-quedas eCheremisin, Çhuzhakin e Surin retiraram-lhe o capacete com os fones e as luvas.

Quando tiraram do pára-quedistao capacete com os fones, êle disse algoem uma língua que não entendemos.Perguntamos-lhe, por nossa vez, quemera, o que lhe ocorrera, porém, êle na-da respondia e não fazia mais do quesacudir a cabeça. Adivinhamos que eraum estrangeiro, e decidimos detê-lo.»Cheremisin A. F. —

«— Asebin e eu seguramos o pá-ra-quedista detido pelos braços e o le-vamos ao carro em que tinham vindoÇhuzhakin e Surin, e que se encontravaperto. No momento em que o pára-quedista subiu qo carro, Asabin desço-briu que êle levava uma navalha e lhatirou.»

Ao inspecionar os restos do aviãoabatido, comprovou-se que as peças eos aparelhos do avião tinham sofridodanos consideráveis em conseqüênciado impacto no ar e do choque contrao chão. As partes do avião estavamespalhadas sobre uma superficie.decerca de 20 quilômetros quadrados.

O acusado Powers, a quem foramaprescn|adqs as parles do avião derrubado, respondeu à peicjunla de queavião era esse:

«— E' um avião «Lockheed U-2.-muito danificado.'*

A pergunta de se voava nesse, nodia T de maio de 19ó0, sobre o lem-tório da União Soviética, o aruscidoPowers respondeu:

«— No meu enlender, êsle é omesmo avião em que voava, a 1 dt-maio. Para falar com mais cerlcza, pre-riso inspecionar a cabina do pilôlo, seela se tiver conservado. . ,»

Em seguida a isto, foi mostrada aoacusado Powers uma parle intacla dacabina do pilôlo. À per.gunta: «Vocêconhece esla parle do avião?-, res-pondeu:

«— Sim, conheço-a; é a cobeilurada cabina do piloto. Tenho certeza deque é a cobeilura da cabina de meuavião.. . >>

Os peritos que vistoriaram os des-troços do avião abatido concluirant quese tratava de um aparelho de reconhe-cimento, unilugar, tipo U-2, de veloci-dade próxima à do som, da fábricanorte-americana Lockheed, com um pro-pulsor turbo-realivo. O avião nâo trazsinais distintivos do Estado a que per-tence. Levava aparelhos instalados pa-ra o reconhecimento fotográfico e ra-diotécnico, inclusive uma câmara deaerofotografia com duas objelivas e umfoco de trinta e seis polegadas e ins-trumenlos de detenção das radioemis-soes com campos de ondas de três cen-tímelros, um decímelro e um meiro.

No aparelho também eslava ins-talado um bloco explosivo, com coman-do à distância, que continha 1,4 quilosde substância explosiva. Os instrumen-ros e as partes do avião trazem amarca de fábrica de diversas casasnorte-americanas, e, em particular, opropulsor turbo-realivo é da casa Pratt-Wifney, os instrumentos de marcha ede abastecimento elétrico são das ca-sas Hamilton-Standard, General Elec-tric, etc. Além disso, os instrumentostraziam selos que provam pertenceremao departamenlo militar dos EstadosUnidos. Por exemplo, os instrumentosde exploração raàiofécnica foram fa-bricados pela casa Hewlet-Packard eo laboralório Huggins e têm uma mar-

ca especial que demonstra pertenceremestes instrumentos ao departamento mi-litar dos Estados Unidos.

A ausência de sinais distintivos doEstado ao qual pertence o avião, aexistência nele de um conjunto de ins-trumentos especiais de reconhecimentofotográfico e radiotécnico, assim comode uma instalação explosiva para des-Iruir o avião, provam claramente queo mesmo se destinava ao reconhecimen-to.

A investigação técnica realizadasobre este assunto demonstrou que oavião levava um magnetofone especialde aviação ligado aos aparelhos de de-tecção dos sinais de rádio, com umareserva de fita ferromagnética paraoito horas de funcionamento ininterrup-Io. O magnetofone tem a marca defábrica MR 12570, série n' 7ó9, comum motor de corrente contínua da ca-sa norte-americana Glob Ind., Deyton,Estado de Ohio, para pôr em marcha omecanismo de transporte da fita.

A decifração dos sinais registra-dos na fita ferromagnética demonstrouque estes sinais pertencem a estaçõesterrestres de radar do sistema de radarcia defesa antiaérea da União Sovié-lica. Por eslas gravações pode deter-minar-se: o campo de ondas que em-pregam as estações de radar espiona-das, a freqüência com que se repetemos impulsos, o tempo durante o qualse encontra o avião no campo da esta-ção de radar e a região em que estase acha situada, o número e o regimedas eslações de radar em funciona-menlo.

Reconheceu a culpaO caráter de reconliecmicn.o cio

võo do avião «Lockheed U-2» sobreo território da U.R.S.S. é confirmadotambém pela investigação lécnica rea-lizada na instalação fotográfica doavião.

Conforme comprovaram os peritos,o aparelho aerofotográfico tipo 73-BN. 732400, instalado no avião «lock-heed U-2», é um aparelho fotográficoespecial de reconhecimento, calculadopara fotografar, de grande altitude,áreas de terreno de 1Ó0-200 quilôme-tios de largura.

A investigação demonstrou que,durante o vôo sobre o território daUnião Soviéli.a, Powers fotografou alocalização de objelivos de impor-tância: industriais, militares e outros.Parte considerável da película folográ-fica retirada do aparelho não fora ex-posta à luz e se pôde revelá-la.

O exame da película demonstrouque se havia fotografado, do avião, pormeio de instrumentos fotográficos defoco de longo alcance, um terreno queé o território da União Soviética com-preendido entre o oeste de Tashkent eSverdlovsk. Nesta película está fotogra-fada uma série de aeródromos militarese civis, bem como importantes objeti-vos industriais do sul dos Urais.

As conclusões dos peritos e demaisprovas materiais reunidas demonstramque as fotografias aéreas obtidas du-rante o vôo do avião «Lockheed U-2»,pilotado por Powers, contêm uma va-riada informação de reconhecimento re-lativa aos objetivos industriais e milita-res situados no território fotografado epodem ser utilizadas tanto para fins dereconhecimento como para compor ma-pas topográficos, bem como para de-

terminar as coordenadas de objetivosmilitares estratégicos.

O caráter de reconhecimento dovôo do avião «Lockheed U-2» é qon-firmado também pelos depoimentosprestados pelo acusado Powers duran-te a investigação prévia e por umadeclaração sua de próprio punho.

Interrogado sobre a essência daacusação que lhe é apresentada, Po-wers reconheceu-se culpado e dedarout

«— Reconheço-me culpado de tervoado sobre o território soviético e dehaver ligado e desligado sobre os pon-tos que me foram indicados, conformeo itinerário do võo, as alavancas dosinstrumentos especiais instalados a bor-do de meu avião. Segundo creio, istose fazia a fim de obter dados de re-conhecimento sobre a União Soviética.»E logo em seguida:

«— Segundo o contrato firmedopor mim com a Direção Central de Re-conhecimento dos Estados Unidos, euera piloto de uma unidade especial daaviação dos. Estados Unidos dedicadaa recolher dados acerca das emissorasde rádio e das instalações de radar quefuncionam na União Soviética e, tam-bém, pelo que calculo, acerca da lo-calização dos foguetes.»

A culpabilidade de Powers estáconfirmada, na acusação que se lheapresenta, por provas materiais e es-critas, pelas conclusões dos peritos eos depoimentos dos testemunhos.

A base do exposto,

Francis Gary Powers, nascido em1929, cidadão dos Estados Unidos, pro-veniente da cidade de Bourdine, Es-lado de Kentucky, com estudos supe-riores, piloto da unidade especial d»reconhecimento «10-10» da DireçãoCentral de Reconhecimento dos EstadosUnidos, é acusado de que, tendo sidorecrutado, em 195ó, pela Direção Cen-trai de Reconhecimento dos Estados'nidos, levou a cabo contra a União

Soviética uma intensa atividade de es-pionagem, que é a expressão da poli-fica agressiva aplicada pelo governodos Estados Unidos.

A primeiro de maio de 19ó0, Po-wers, com o conhecimento do Governodos Estados Unidos e em missão doserviço de reconhecimento norte-ameri-cano, que realiza na prática dita poli-tica de agressão, penetrou, cm umavião de reconhecimento «LockheedU2», especialmente equipado, no espa-ço aéreo da U.R.S.S., a fim de recolherdados de caráter estratégico sobre alocalização das bases de foguetes, osaeródromos,' a rede de radar e outrosobjetivos de defesa e industriais parti-cularmente importante da U.R.S.S., ouseja, dados que constituem um segredode estado e. militar da União Soviética,e, se tendo interiorizado mais de doismil quilômetros sobre o território daUnião Soviética, fotografou, por meiode uma instalação especial, uma sériede objetivos anteriormente citados egravou os sinais das estações de radar,reunindo também outros de caráter deespionagem,

O crime cometido pelo acusadoFrancis Gary Powers está incurso no ar-tigo 2 da Lei da União das RepúblicasSocialistas Soviéticas «sobre responsabi*lidade penais por crimes de Estado».

A ata de acusação foi redigida em7 de iulho de 19Ó0, na cidade deMoscou.

Mi

Page 13: BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! - Marxists Internet Archive · BkMiVi1 H m P I mÍM^sssss! ao Aviador Powers i o Das Testemunhas (3a. e 4a. paginas do segundo caderno) E' PARA ISSO QUE

— Rio de Janeiro, semana de 19 a 25 de agosto de 1960

UNE DECRETOU GREVE NACIONAL

NÓVQS RUMOS

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rma na usiíversíUífi

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ni oadcCumprindo determinação do XXIII

Congresso Nacional dos Estudantes aUNE desencadeou uma greve de âmbitonacional, embora se afirmasse impro-vávcl sua aprovação pelas várias fa-cuidados.

Na realidade, ocorreu o oposto,tendo aderido ao movimento todos osEstados, o que colocou 90.000 alunosdos estabelecimentos superiores em tem-poráiio movimento paredista.

Os motivos

A decisão do Congresso foi- mo-tivada funclamentalmcníe pela deficiên-cia das universidades brasileiras, quevêm sendo criticadas por estudantespaulistas, baianos, gaúchos e mineiros,obsarvctndo-se do mesmo modo uma in-satisfação latente entre os estudantesdos outros Estados,

Em São Paulo, na UniversidadeMackenzie, a Faculdade de Engenha-ria eslêve em greve durante 70 dias,recebendo a solidariedade dos eslu-dantes secundários e superiores do Es-lado. Combatiam os péssimos profes-sores e as arbitrariedades de uma ad-ministração que não é sequer brasilei-ra. Ao lado disso, propunham melhorescurrículos e um ensino vinculado à rea-lidade atual, que lhes fornecesse con-dições para atuar no processo nacionalde desenvolvimento.

Os estudantes baianos encontram-se em greve há 60 dias por razõessemelhantes, agravadas por arbitrarie-dades do tirânico reitor de sua Univer-sidade, Edgar Santos. Criticam tambémos currículos que são obrigados a cum-pri.r, porque entendem que o estudoacadêmico minislrcido em suas escolascie nada valem para os tarefas queenfrentarão.

O mesmo espetáculo é observadoem Minas onde, por falta de aparelha-gem indispensável, os cursos são quaseinúteis. No Rio Grande do Sul é maisgrave talvez a situação, já que existeuma faculdade acabada e para elanão se destina verba, impeclindo-se seufuncionamento.

Os objetivos

Fato significativo foi o irrestritoapoio prestado pelo Congresso Nacio-ri-! dos Estudantes aos movimentos jácm curso. Foi aproveda por unanimi-dado uma proposta que determinavaà nova Diretoria da UME que lentasseobter dos pode-res constituídos a solu-cão daqueles problemas. Sem o que agreve seria daílagrcda. Mas não ficoai a proposta aprovada. Seus objeti-vos vão bem móis longe.

Além Ha solidariedadedante s, principalmente os

aos eslu-baianos,

ameaçados até de serem melralhados,postula a crítica às estruturas vigentesnas faculdades do País — seu objetivoreal é a total reforma da universidadebrasileira.

Neste sentido as reivindicaçõesmais imediatas são as alterações doscurrículos, a realização de exames pa-ra preenchimento das cátedras ocupa-das graças a outros expedientes, a com-plela autonomia das faculdades e aobrigação de que os professores façamexames periódicos para conservar seuscargos.

tutam ainda por verbas mais aoe-

quadas que permitam o atendimentodas necessidades de aparelhamento di-dálico, insuficiente em todos os esta-belecimentos. A maioria das Escolas deMedicina, por exemplo, não dispõe dehospitais em que os alunos possam rea-lizar seus estágios. Nas de física e quí-mica, ramos desatendidos por umapreocupação de formar bacharéis emlínguas e advogados, típica de umaestrutura agrário-mercantil, inexistemquaisquer aparelhos. Não é, todavia,privilégio dessa faculdades esta situa-ção caótica, pois em quase todas elasse repete.

Ora, em vista disto destina-se omovimento dos universitários a uma lon-

ga batalha que ponha cobro a todosestes fatos. Seus objetivos são, na rea-lidade, o reflexo das condições atual-mente existentes no Brasil, em que o

processo de desenvolvimento nacionalganha importância e velocidade, exi-gindo técnicos e pesquisadores, profes-sores e cientistas. No entanto, condi-ção indispensável à formação destesofícios é uma universidade voltada pa-ra a realidade objetiva, ao invés deenliegue a reitores que se esforçam tão-somente em requintes e honrarias. Oque, de reslo, é reconhecido pelos po-deres públicos que procuram empreen-der a construção da Fundação da Uni-versidade Brasília, precisamente porseber falida a orientação que vem sen-do seguida.

Reforma universitária: objetivo

unitário

O êxito do movimento paredistajá denunciava seu caráter unitário des-de a aprovação unânime em Belo Ho-rizoiite. Indicava sobretudo a urgênciana solução das questões que foram le-vantadas no Congresso por estudantesfiliados à Juventude Universitária Cafó-lica, por comunistas e socialistas, alémcie receber b apoio de estudantes semfiliações.

Trala-se, portanto, da realizaçãode projetos que rião são só de unspoucos, mas que, ao contrário, intères-

sa a todos os estudantes. Pois é ine-

gável a definição nacionalista doúltimo Congresso, que se definiu cia-ramente pelas posições fundamentaisque empolgam o povo brasileiro e tor-nou sua tarefa dentro do objetivo gerala reforma universitária.

Assim é que não espanta a eclo-são de um movimenlo que devia serconclusório de uma lula. Os estudan-tes já há muito vinculados na lulacomum de nosso povo apenas vollaram-se para problemas de aspecto parti-cular, mas que em verdade são partede toda a campanha de emancipaçãonacional, conlra a espoliação imperia-lista que no terreno próprio da for-mação intelectual desempenha um pa-pel de importância ainda não avaliada,mas certamente corrosiva e ímobilizan-te.

Situação das faculdades

Em geral as faculdades brasilei-ras, conlra as quais se levantam osuniversitários, apresentam uma nítidatendência acadêmica em que os cursosditos humanistas existem em númerosempre maior do que os técnico-cientí-ficos. Nas faculdades oficiais, porexemplo, para 541 unidades escolaresapenas 101 dedicam-se a estes eslu-dos. Os estabelecimentos particulares,em número de 342, apresentam índicebem menor: 67 unidades.

E', portanto, desvinculada das ne-cessidades nacionais a universidadebrasileira. Acresce que as faculdadesparticulares recebem verbas gigantes-cas dos podêres públicos que atingem4,5 bilhões de cruzeiros, enquanto àsoficiais destinam-se apenas 2,5 bilhões.

Êsle verdadeiro saque das faculcla-des privadas associado aos investimen-tos realizados em cursos improdutivosvem agravando de forma clara as exi-

guas oportunidades de formação do

pessoal qualificado tecnicamente. Ade-mais, o número de vagas em nossas es-colas superiores é muito menor do queo número de candidatos, tendo alcan-çado 30.000 em 1959, o que obrigaa realização de vestibulares transfor-mados em arapuca, impedindo o aces-so às casas de cultura superior a pertode 100.000 jovens.

Ultimamente tem-se verificado atentativa, coroada de êxito em algunscasos, de penetração de órgãos comoo Fundação Rockefcller em nossas, facul-dades, com evidentes objetivos de des-nacionalizar nossa formação iníeleclual.

E' precisamente conlra todos ês-les desvios e carências que se levantamos estudantes universitários de todo oPaís, na certeza de encontrar forlesresistências, porém seguros de seuêxito.

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Moralizaçãodo ensino

A mocidade estudiosa de todo o Pais empenha-se num vigoroso nwvlmant» tlemoralização do, ensino universitário. Centenas de manifestações estSo Oando raa»lizadas nos centros estudantis de todos os Estados, contando com a plena Mis»dariedade dbs trabalhadores, através das suas organizações eindloais, interessada»-na vitória da causa dos estudantes

SOLIDÁRIOS COM OS PROFESSORES

Universitários Prendemeitor e V

do PR

reve emencemBelém ara

Apcs movimentada reunião extra-ordinária convocada pata examinar asituação criada em torno da regulari-zação de seu corpo docente, a Con-

gregação da Faculdade de CiênciasEconômicas, Contábeis é Atuariais daUniveisidade do Pará deliberou, no dia10 último, entrar em greve, suspenden-do todas as suas atividades. A atitudedos professores contou com imediata eirrcslrifa solidariedade dos universitá-rios, cujas entidades representativasapoiaram desde os primeiros momentoso movimento de protesto, abandonandoas aulas seus filiados, e culminou noterceiro dia, quando os estudantes, às10 horas da manhã, prenderam na sa-Ia da Reitoria o vice-reitor, em exerci-cio, da Universidade do Pará, quec:sim permaneceu até às 14 horas,

quando foi desembaraçado após haverassumido vários compromissos com os

professores em greve e com os univer-sitários em geral.

Direitos espezinhadosComo se sabe, o cepo docente

da Faculdade de Ciências EconGmicas,

^^«. ¦•- "•«sitoyakímvl*» ¦

^p':B,tW

Contábeis e Atuariais vem recebendo,

juntamente com seus colegas da Facul-dade de Filosofia, um tratamento desi-

gual e humilhante, que se prolongaindefinidamente e que se expressa in-clusive no fato de que há três anosnão recebem seus vencimentos. Por ou-tro lado, conforme pronunciamento co-nhecido do vice-reitor Afonso Rodri-

gues, o grupo dominante da Universi-dade do Pará preconiza inclusive o fe-chamento de ambas Faculdades «pordesnecessárias aos interesses da Re-

gião», agravando-se nestas condiçõesa tensão entre os seus professores éalunos e a cúpula universitária doEstado.

Extrema-se a lutaFoi nesse clima que se iniciou o

desenrolar dos acontecimentos, dia 10.Adotadas as resoluções de sua sessãoextraordinária, a Congregação da Fa-culdade de Ciências Econômicas divul-

gou uma nota oficial expondo as razõesde sua atitude e denunciando a notóriamá vontade do Conselho Universitário,

que insiste em manter sem solução pro-blemas do mais alto interesse do ensi-no e em protelar o reconhecimento dedirtitos gozados em casos iciíniicos porunidades congêneres.

Aderindo à greve dos profsssôies,os universitários, através da União Aca-dêmica Paraense e dos diretórios aca-dêmicos de Filosofa, Economia, Direilo,Enfermagem, Serviço Social, Farmácia,Medicina, Engenharia, Agronomia, Quí-mica Industrial e Odontologia, deramenvergadura total ao movimento, ga-nhando ao mrsmo tempo as ruas daCapital numa grande passeata de pro-festo. A ação impalriótica da Reiloiiae do Conselho Universitário da Univer-s:dade do Pará foi vigorosamente de-nunciada, alcançando d manifestação os:u ponto mais c!lo na concentia^ão

quo teve lugar em frente à sede da-

quele órgão.

Audácia resolve

de dirigentes universitários para entra-vislar-se com o Reitor Afome todri-gues, éste se negou peremptoriamaritaa receber os estudantes. Os estudantesresponderam de imediato com ó seu pré-testo, e, enquanto brados aram elévé-dos condenando sua atitude, grupaslançavam para o interior da Unlvónil-dade inúmeros cartazes, faixai é p*do-ços de madeira. Os estudantes fétno*ram ainda os portões do prédio, Hn>

pedindo a entrada ou salda da qOOl-quer pessoa, até que fossem recebidos.

Entrementcs, numeroso! dirigentesda manifestação que haviam pénéfrà-do nas dependências da seda da Uni-versidade fecharam a cadeado o RafforAfonso Rodrigues na sala onde té én-contrava, comunicando-lhe que sòmén-te seria solto quando adotasse nova

posição.Às 14 horas, isto é, quatro horas

depois, o Reitor capitulou, entrandoentão em contado com os grevistas,com os quais assumiu vários e impor-tantos compromissos.

Compromissos assumidosNessas condições, o Conselho Uni

versitório, que somente se reuniria emstíembro, será convocado para o dia19 próximo, devendo então apreciar,em primeiro lugar, as reivindicações dos

piofcssôros da Faculdade de CiênciasEconômicas; serão reexaminadas váriasaibitrariedades praticadas contra uni-varsitários; será assegurada a participa-çôío de um representante estudantil noConselho; a Reitoria não permitirá no-vas arbitrariedades e promete, inclusi-ve, demitir-se o Reitor caso não sejamsolucionados favoravelmente íssès pro-blemas.

A vitória conquistada pelos Oro-fsssôres da Faculdade de Ciências Éco-nómicas e pelos estudantes univèrslfa-rios paraonses encontra larga répéríús-são em todos os círculos e marca, sè'mdúvida, uma fase nova, de Intensa citi-vickide e de notável avanço nas lutas

Constituída, eníão.,. uma comissão estudantis do Pará.

Paulist Aderem em massaao ovimenío Paredista da UNE

a greve:unanimidade

Os estudantes universitários brasileiros decretaram por ' una nimidade, em seu XXIII Congresso Nacional, recentemente

reunido em Belo Horizonte, a greve de solidariedade aos colegas baianos, gaúchos, paulistas e mineiros, que deflagraram omovimento paredista visando moralizar as universidades a que pertencem, onde campeia o descalabro administrativo. Asfotos que ilustram essa página nos mostram aspectos do comi cio realizado na praça Marechal Floriano, onde Os jovens aea-dêmicos deram conta ao povo carioca de seu movimento gr evista

Comprindo resolução do último con-

gresso da U . N . E . os universitários pau-listas entraram em greve no dia 12úllimo, hipotecando irrestrilo apoio cr.reivindicações de eclegos de vários esco-Ias de todo o pais. O movimento pare-dista foi decretado ern reunião realizadaria U . E . E . no dia I I p.p., em que pie-sideníès de cenhos acadêmicos de lodoo Estado aprovaram por unanimidadeproposta de rjreve de 5 dias. Nesse sen-lido foram enviadas mensagens aos uni-vèrsifários de oulros municípios, nolifi-cándo-lhés da rcoluçao adotada.

Apoio maciçoTão logo a greve foi decretada, ns

várias agiemiacões esludontis de SãoPaulo redigiram e divulgaram comunica-cios à imprensa, aderindo ao movimen-to e informando da deliberação da UNEo o seu XXIII Congresso Nacional dosEsludanles, realizado em Belo Horizonte,refletido na qreve de advertência. Con-sideraram-na como protesto pelos cies-

calabros ryçjislrados há longo tempo emem várias Universidades do pais, nófa-damènte na Bcihid, Minas, São Paulo,(Mackensie) c Rio Grcnde do Sul. Erilre

ns emissários que logo no primeiro diade greve liouxeram sua adesão à UEE,em nome de seus centros acadêmicos,desíacaram-se os representants dá ra-culdade de Filosofia, Ciências è tetrasde Sao Paulo; Medicina, de Sorocaba;Direilo, de Sorocaba; Paulista de Medi-ema. Filosofia Seio Benlo, Ciências É.co-nómicas da Universidade Católica; Jor-nalismo Casper Libero; Engenharia In-rluslrial de São Paulo; Sociologia è Po-lítica de São Paulo,- Direito, de Santos;Filosofia, da Universidade Católica; Es-cola de Serviço Social; Faculdade dê tíi-giene da Universidade de São Paulo; Ar-quitelura, Engenharia, Politécnica, Di-reito e Economia Mackensie, diretóriocentral dos estudantes das Universida-des de São Paulo, Católica e Macken»sie.

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O ex-deputado Lutero Vargas, o deputadobergio Magalhães, vice.presidcnte da Ca-mara Federal, e o ministro do Trabalho,sr. Batista Ramos, ao lado do litler sin-d cal Huberto Menezes, foram alvo decalorosos aplausos dos congressistas-

Previdênciasem vetos

) ministro do Trabalho sr Bntísti Ramn<; ~ :^ti?'|«^^k^ra.fc>fl|

^ulart, anunciou aos congressistas que e proplito" m „ Lt 7p "i enCCrrament° c,a Con^° em nome do sr. João—. > w o,ginio» aa ü;r*;-^t*trb,ica !,Tn:r'"-n: • "ito'a°

o. o relatoc do substitutivo, vitorioso em'suas linhas aerais 1L, , .. °S'

1üe\quando "-' -o HTB na Câmara• — jk. . ::;r;s~ ::a%° *° t-?' -•» r«- -Coiilffoele a Brasília, avistar.se com

A unidade

prevaleceu.w &,r sr :;s ?\rc,ac,onadas com - ^> - —-is calorosos deb te Ss ^

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A ÉSM cjtcvc Mareei Brás, secretario dá Federação Sindical Mundial, e Jacqueline Levyrepresentante da FSM junto à UNESCO, trouxeram aos trabalhadora brasileZo abraço fraterna, de 120 milhões de operários filiados a sua entidade O e e

S nl «esto i 6 'i C,0SL' C"")0r3 CO"V'r,nd0S' "•»•'*"•¦« " P-à Xmesa, num gesto Inamistoso para com as entidades sindicais brasileiras

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Salário mínimosem demora

As «soluções do lll Congresso Sindical Nacional foram ¦,«,•,,,,„rwlizada no Teatro João Caetano, que ficou com aP'™*'P0l

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da vida. Netta proposição^ «ngi^i;^ Z^Z T^' ^^™»^

^ modo a atender as reais neissi:,l ,u»er'ram a-mcli'djs do trabalhador

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n« sita sessho serene tle encerramento,•C.na das iniporla'iil?s decisões foi a cie''3

p:'o brutal encai m'. ncjnto do custo-3 ; " a cs cr" ':s des novos sa'ãiie?,

Aplausosa Guba

A moção de solidariedade a Cuba, comotodas as resoluções do Congresso, foiaprovada sol, calorosos aplausos da imen-*a massa de trabalhadores que lotavacompletamente as dependências do Tea-tro João Caetano I