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35 ANOS DA CRIAÇÃO DO PROÁLCOOL: DO ÁLCOOL-MOTOR AO VEÍCULO FLEX FUEL Wilian Gatti Junior FEA USP XIII SEMEAD

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35 ANOS DA CRIAÇÃO DO

PROÁLCOOL:DO ÁLCOOL-MOTOR AO VEÍCULO FLEX FUEL

Wilian Gatti Junior 

FEA USP

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Introdução

� A experiência brasileira com a cultura dacana de açúcar data do século XVI

� Criação de um programa de utilização deum combustível alternativo em largaescala: Proálcool

� Desenvolvimento do sistema flex  fuel 

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Introdução

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Gasolina Álcool (Etanol) Flex Fuel

Vendas internas no atacado (automóveis) de 1975 a 2009Fonte: ANF AVEA (2010)

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Metodologia

� Grupo de pesquisa da FEA USP

� Questão central: como se desenvolveu a

tecnologia bicombustível no Brasil?� Depoimento de 14 executivos entre

agosto de 2008 e março de 2009

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 Álcool Combustível

� Pode ser extraído de plantas ricas em: açúcar,amido ou celulose.

� Anidro e Hidratado (4% de água)

� Em relação a gasolina o álcool hidratado requer taxa de compressão mais elevada e misturamais rica (mais combustível e menos ar) = maispotência e torque e mais consumo de

combustível� Redução de 90% dos gases causadores doefeito estufa

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 A experimentação (1920 - 1974)

� Experimentações de combustíveis com diferentesmisturas, sem que se promovessem alterações nosmotores.

� Em 1931 adição de 5% de álcool anidro na gasolina.� Criação do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) em

1933.� Durante a II Guerra Mundial, diversos países

pesquisaram a utilização de álcool (derivado de milho,beterraba e outros vegetais) adicionado a gasolina.

� Em 1952, o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), sob ocomando do Professor Urbano Ernesto Stumpf, retomou

as pesquisas com o álcool, incorporando em protótiposnacionais as inovações tecnológicas desenvolvidas noexterior. Durante os anos de 1965 e 1970, o CTA testousistematicamente motores com álcool combustívelgerando contribuições inéditas nessa área doconhecimento.

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 A primeira fase do Proálcool (1975 - 1978)

� Primeiro choque do petróleo motivado pela redução daprodução imposta pela OPEP em 1973.

� O governo militar brasileiro entendia a dependênciaenergética como um problema de segurança nacional eprocurava meios de superar a crise.

� Preço pago pelo barril salta de US$ 3,86 (preço médio)para US$ 12,55 em 1974.

� Déficit em 1974 registra a marca de US$ 4,69 bilhões,ante um superávit em 1973 de US$ 7 bilhões.

� A inflação que em 1973 foi de 15,5% passou a 34,5%em 1974.

� Em 14 de novembro de 1975, o Decreto n° 76.593promulgou o Proálcool. Essa nova fase é marcada pelaimplementação da mistura do álcool anidro à gasolina a20%.

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 A segunda fase do Proálcool (1979 - 1988)

� Revolução islâmica eclodiu em novembro de 1978 no Irã.� Conversão de veículos: simplificada e convencional.� Pressão governamental, ameaçando a liberação de importações e a

concessão de incentivos a entrada de novas empresas (japonesas)= a indústria automobilística passou a investir seriamente e aproduzir em escala industrial carros movidos a álcool.

� Em 2 de junho de 1979, aF

iat anuncia o lançamento de um veículo(o modelo 147) movido a álcool.� Em 19 de setembro de 1979, foi assinado um protocolo entre a

 Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores(ANF AVEA) e o Governo criando os mecanismos para estimular avenda de carros a álcool.

� No início da guerra Irã-Iraque os consumidores de São Pauloesperavam dois meses para um automóvel ainda pagando um ágiopara as revendas. Entre setembro e outubro de 1980 as vendassubiram 38,4% e as conversões 127%.

� A partir de 1986 a participação dos veículos a álcool caiugradativamente em relação ao total produzido anualmente. O baixopreço do álcool e os preços atrativos no mercado internacional de

açúcar incentivaram a produção e exportação de açúcar.

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O fim do Proálcool (1989 - 2002)

� Mercado internacional do açúcar maisatrativo.

� Oferta do petróleo cresce ± país produz55% da sua necessidade.

� Fim do IAA em 1990.

� Interesse voltado a injeção eletrônica ecarro até 1000 cilindradas (carro popular).

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O desenvolvimento da tecnologia

bicombustível� Corporat e Av erag e F uel Ec onomy (CAFE) de 1975

motivou o desenvolvimento dos flexfuel  v ehi c les (FFV)para rodar com E85 em 1991.

� Nesta época, a Bosch brasileira dá início aodesenvolvimento de uma solução flex  nacional.

� Motivação: Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) de 1986.

� O grande desafio da injeção bicombustível, emcomparação à injeção de gasolina (E25) ou álcool puro(E100), é a rápida detecção e ajuste do motor a cadamudança de mistura gasolina-álcool.

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Funcionamento do sistema flex  fuel 

Fonte: http://www.redetec.org.br/inventabrasil/flexfuel.htm

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Conclusões

� Uma série de importantes desenvolvimentos levou opaís a consolidar competências na indústriaautomobilística, que transformaram os centros depesquisa de muitas montadoras e sistemistas emreferências mundiais para projetos envolvendo

combustíveis alternativos.� Capacitação dos fornecedores, sobretudo por exercer um papel mais relevante no desenvolvimento de novosprodutos para as montadoras.

� A trajetória ilustra a estratégia das montadoras em

cenários de incerteza.� No campo foram introduzidas importantes inovaçõesque resultaram em variedades da planta e diferentesutilizações para a cana em setores como o energético, opetroquímico e o farmacêutico, além de promover expressivo aumento na produtividade na lavoura.

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