apps.einstein.brapps.einstein.br/revista/arquivos/correcaotraducao/5236... · Web viewAs CTM...
Transcript of apps.einstein.brapps.einstein.br/revista/arquivos/correcaotraducao/5236... · Web viewAs CTM...
AO-5236 - COLOCADO NO SISTEMA – SUZANA GONTIJO
VERSAO ORIGINAL EM PORTUGUES_PREPRINT_JULIANA
Comparação da progressão da senescência em células mesenquimais de
parede de cordão umbilical humano medida por imunofluorescência e
citometria de fluxo de p16 e p21
Comparison of senescence progression in mesenchymal cells from human umbilical
cord walls measured by immunofluorescence and flow cytometry of p16 and p21
Título curto: Comparação da progressão da senescência em células
mesenquimais de parede de cordão umbilical humano
Aline da Silva1, Carla de Azevedo Piccinato2, Luiz Roberto Sardinha1, Thiago
Pinheiro Arrais Aloia1, Anna Carla Goldberg1
1 Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Hospital Israelita Albert
Einstein, São Paulo, SP, Brasil.
2 Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil.
DOI:
Como citar o artigo:
Silva A, Piccinato CA, Sardinha LR, Aloia TP, Goldberg AC. Comparação da
progressão da senescência em células mesenquimais de parede de cordão
umbilical humano medida por imunofluorescência e citometria de fluxo de p16 e
p21. einstein (São Paulo). xxxx;xx:eAO5236.
http://dx.doi.org/10.31744/einstein_journal/xxxxAO5236
Autor correspondente:
Anna Carla Goldberg
Avenida Albert Einstein, 627/701 – Morumbi
CEP: 05256-000 – São Paulo, SP, Brasil
Tel.: (11) 4169-7160
E-mail: [email protected]
Data de submissão:
28/6/2019
Data de aceite:
31/3/2020
Conflitos de interesse:
não há.
RESUMO
Objetivo: Acompanhar a expansão de células-tronco mesenquimais de cordão
umbilical por dois marcadores clássicos de senescência, p16 (INK4A) e p21
(CDKN1A), usando métodos práticos, rápidos e com custo menor do que a técnica
padrão-ouro de Western blotting, para avaliar sua aplicabilidade em laboratório.
Método: Células-tronco mesenquimais de cordão umbilical foram isoladas da geleia
de Wharton e, após controle de qualidade e caracterização morfológica e
imunofenotípica por citometria de fluxo, foram expandidas em cultura, até chegarem
próximas à parada do ciclo celular (senescência replicativa). Resultados: Foi feita a
comparação entre células jovens, na passagem 5, e células pré-senescentes, na
passagem 10, avaliando a expressão proteica dos marcadores clássicos de
senescência celular p16 e p21, comparando os resultados obtidos por Western
blotting com os obtidos por citometria de fluxo e imunofluorescência indireta.
Conclusão: O seguimento de culturas celulares, por meio da imunofluorescência
indireta de p16, permite identificar as culturas de células-tronco mesenquimais de
cordão umbilical em risco de atingirem a senescência replicativa.
Descritores: p16; Inibidor de quinase dependente de ciclina p21; Células-tronco
mesenquimais; Senescência celular; Imunofluorescência; Citometria de fluxo;
Western blotting
ABSTRACT
Objective: To follow the expansion of mesenchymal stem cells from umbilical cords
by two classic senescence markers, p16 (INK4A) and p21 (CDKN1A), using
practical, fast, and less expensive methods than the gold standard Western blotting
technique, to evaluate its applicability in the laboratory. Methods: Mesenchymal
stem cells from umbilical cords were isolated from Wharton’s jelly and, after quality
control, morphological and immunophenotypic characterization by flow cytometry,
were expanded in culture until coming close to cell cycle arrest (replicative
senescence). Results: A comparison was made between young cells, at passage
5, and pre-senescent cells, at passage 10, evaluating the protein expression of the
classic cell senescence markers p16 and p21, comparing the results obtained by
Western blotting with those obtained by flow cytometry and indirect
immunofluorescence. Conclusion: Follow-up of cell cultures, through indirect p16
immunofluorescence, allows the identification of mesenchymal stem cells from
umbilical cord cultures at risk of reaching replicative senescence.
Keywords: p16; Cyclin-dependent kinase inhibitor p21; Mesenchymal stem cells;
Cellular senescence; Immunofluorescence; Flow cytometry; Western blotting
INTRODUÇÃO
As células-tronco mesenquimais (CTM), descritas inicialmente em 1968, são
células clonogênicas, capazes de autorrenovação e de diferenciação em outros
tipos de células.(1) Essa diferenciação em adipócitos e nas linhagens osteogênica e
condrogênica pode ser reproduzida in vitro. As CTM também podem ser
expandidas em cultura e testadas em protocolos de medicina regenerativa,
tornando-se potencialmente úteis para terapia celular.(2)
Uma fonte rica em CTM é o cordão umbilical, pois o tecido conjuntivo que envolve
os vasos umbilicais, chamado de geleia de Wharton, contém células consideradas
uma alternativa ao uso de CTM de medula óssea e de outros tecidos, por sua
facilidade de isolamento, seu maior potencial de expansão em cultura (3) e sua maior
acessibilidade, com poucas restrições éticas. Além disso, por serem células de
idade muito jovem (neonatal), considera-se terem sofrido menor interferência
ambiental de infecções e produtos danosos à saúde, ou ação pelo envelhecimento.
(4)
Com o avanço da idade do organismo, as CTMs, como quaisquer outras células
adultas, podem entrar em senescência. Na senescência, ocorre a parada do ciclo
celular, interrompendo a divisão celular; entretanto as células continuam vivas, mas
disfuncionais.(5)
O termo “senescência replicativa” foi cunhado em 1960 por Hayflick quando
mostrou que fibroblastos diploides humanos tinham capacidade limitada para
proliferar in vitro, pois ocorriam a redução do comprimento dos telômeros e a
parada da divisão celular. Entretanto as células mantinham-se ainda vivas e
secretando metabólitos.(6,7) Depois, foi mostrado que células mitoticamente normais
também podem entrar em senescência pela ação de estressores, (8) como danos ao
DNA que, acompanhados do aumento de proteínas mal dobradas e do estresse
oxidativo,(9) acarretam uma perda irreversível da capacidade proliferativa. (8,10) É
consenso que esse estado de senescência protege o organismo, impedindo a
célula de ter um crescimento anormal e evitando o aparecimento de células com
potencial tumorigênico.(11) Assim, a indução da senescência decorre diretamente de
sistemas de sinalização ativados durante o ciclo celular. Para regular essa indução,
existem proteínas controladoras positivas que ativam, e outras negativas que
inibem seus alvos e contrapõem suas ações. Dentro do grupo de proteínas
positivas, estão as cinases dependentes de ciclina [N.T.] (CDK), que desencadeiam
cascatas de sinalização, as quais levam à parada de proliferação celular. Por essa
ação, são conhecidas como supressoras de tumores. É o caso das proteínas p16
(gene P16INK4 ou CDKN2, do inglês cyclin-dependent kinase inhibitor 2A) e p21
(CDKN1A, cyclin-dependent kinase inhibitor 1A). Apesar da caracterização da
senescência ainda se basear na presença ou na ausência de um grupo de
marcadores robustos,(12) o acúmulo de p16 tem sido considerado um marcador-
chave da senescência celular. A p21 também é uma proteína supressora de tumor,
sendo que seu nível de expressão pode ser utilizado como marcador de células
jovens, com alta capacidade proliferativa, contrastando com p16, expressa em nível
elevado em passagens tardias.(13)
A avaliação de marcadores de senescência celular é comumente realizada pela
técnica de Western blotting (WB), considerada padrão-ouro para avaliação de
expressão proteica. Entretanto é uma técnica trabalhosa, por demandar várias
etapas, e que necessita de um número grande de células. Por esse motivo,
usualmente, analisar um ensaio de senescência implica no término da cultura para
a obtenção da quantidade necessária de células. Assim, propusemos-nos testar
outros métodos sensíveis e com resultados confiáveis no quesito de avaliação da
senescência celular, efetuando uma análise comparativa com os resultados obtidos
por WB. Foi feita uma avaliação da senescência das culturas celulares por
imunofluorescência (IFI) indireta e citometria de fluxo, técnicas mais rápidas e que
utilizam número menor de células. Além disso, essas técnicas oferecem a
possibilidade de armazenamento das células restantes ou mesmo a continuação
dos experimentos. Finalmente, a possibilidade de armazenar mais células e mesmo
de continuar sua expansão é importante quando a meta é usá-las em terapia
celular. Nossa hipótese foi a de que uma dessas técnicas poderia ser empregada
ao invés de WB, permitindo a avaliação de senescência durante os experimentos
sem, todavia, interromper a cultura.
OBJETIVO
Comparar medidas das proteínas p16 e p21 por imunofluorescência e/ou citometria
de fluxo com Western blotting nas passagens p5 e p10, ou seja, em dois momentos
da cultura de células-tronco mesenquimais, para monitorar a progressão da
senescência em uma fase anterior à parada do ciclo celular, e determinar a
viabilidade das duas técnicas alternativas.
MÉTODOS
Obtenção do cordão
Cordões umbilicais humanos (n=4) foram coletados, após a obtenção do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, conforme critérios éticos estabelecidos pelo
Conselho Nacional de Saúde. O protocolo aprovado recebeu o CAAE:
17079113.4.0000.0071 e parecer 353.781. Foram consideradas amostras
saudáveis as que obedeceram aos critérios de avaliação do Banco Público de
Sangue de Cordão Umbilical do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE): gestantes
com idade acima de 18 anos; com tempo de gravidez igual ou superior a 35
semanas; cuja bolsa não poderia ter se rompido há mais de 18 horas; que
realizaram no mínimo duas consultas durante a gravidez; sem infecção ou febre no
momento do parto; e parto por cesárea. Antes do parto, após a coleta do sangue
da mãe, foram realizados exames sorológicos, para confirmar a ausência de vírus
da hepatite A, B e C, HIV I e II, HTLV I e II, citomegalovírus, toxoplasmose, doença
de Chagas e sífilis, além da eletroforese de hemoglobina (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária/Resolução da Diretoria Colegiada – ANVISA/RDC 153/2004).
As amostras foram coletadas a partir de 2013 e o estudo finalizado em junho de
2018.
Isolamento e cultivo das células
Após a retirada do sangue, os cordões foram processados em nosso laboratório
em até 4 horas após a coleta, de acordo com o protocolo publicado por Paladino et
al.(14) As células da parede de cordão umbilical foram semeadas em frascos de
cultura 25 ou 75cm2 (Corning, St. Louis, MO) contendo Dulbecco's Modified Eagle's
Medium (DMEM-LG) suplementado com 20% soro fetal bovino (SFB), 1%
antibiótico-antimicótico (penicilina 100 unidades/mL, estreptomicina 100μg/mL,
anfotericina 250ng/mL e L-glutamina 2mM/mL) e mantidas em incubadora
umidificada, com 5% de dióxido de carbono, a 37ºC. As células foram
armazenadas em nitrogênio líquido na passagem 3. Todos os reagentes, quando
não explicitado, foram adquiridos de Gibco® (New Grand Island, EUA). Para
obtenção das células na passagem 5 (p5) foram utilizadas duas amostras, e, para a
expansão até a passagem 10 (p10), foi utilizada uma terceira amostra, obtida do
mesmo cordão. Após o descongelamento, a cultura de todas as amostras passou a
ser feita com o mesmo meio, mas com apenas 10% de SFB adicionado. Foram
semeadas 4.000 células/cm2. O meio de cultura foi trocado a cada 48 horas. A
passagem das células foi feita na confluência de 70%, utilizando solução de
colagenase a 1% por 5 minutos. Na passagem 4, as células foram caracterizadas
como CTM segundo os critérios estabelecidos pela International Society for
Cellular Therapy (ISCT),(15) e o cultivo foi mantido até a passagem 10. Para o
controle positivo na análise de p16, foi utilizada a linhagem HEK-293 (Human
Embryonic Kidney 293), e, para o controle negativo, foi utilizada a linhagem MCF7
(Mammary Gland, Breast; Derived from Metastatic Site: Pleural Effusion), ambas
obtidas do Banco de Células do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil). As mesmas
células funcionaram como controles negativo e positivo para p21, respectivamente.
Esterilidade e detecção de micoplasma e exame microbiológico na cultura
Para a confirmação da ausência de microrganismos na cultura celular, após 48
horas, 750 µl do sobrenadante foram coletados para análise microbiológica. A
análise foi efetuada pelo Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein
utilizando os métodos de Ziehl-Neelsen para bactérias de alta resistência,
observação direta para fungos, além da análise bacterioscópica. A detecção de
Mycoplasma foi feita por Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA) usando
anticorpos anti-Mycoplasma. Depois de certificada a ausência de microrganismos,
as amostras foram congeladas ou mantidas em cultura para desenvolver os
experimentos.
Caracterização imunofenotípica de células-tronco mesenquimais na passagem
3 e/ou 4
Segundo a ISCT, as CTM devem exibir perfil específico de expressão na superfície
celular, que é positivo para CD105, CD73, CD44, CD29, CD166 e CD90, e negativo
para marcadores hematopoiéticos (CD14, CD34, CD45, CD117, CD133),
marcadores endoteliais (CD31, CD106, CD133 ) e molécula de superfície HLA-DR.
(16) São três as exigências mínimas para classificar uma população de CTM. A
primeira é sua separação com base em sua aderência seletiva, em cultura, à
superfície do plástico; a segunda é de um conjunto de marcadores positivos e
negativos analisados por citometria de fluxo; e a terceira é a capacidade de as
células se diferenciarem em osteócitos, adipócitos e condrócitos. Essa
caracterização foi feita nas células desse estudo por Paladino et al.(14)
Western blotting
As proteínas do lisado foram quantificadas pelo método de Pierce (BCA protein
Assay Kit, Thermo Fisher, EUA) e separadas por eletroforese em gel de
poliacrilamida 12%, por 1 hora 20 minutos, a 100 V, em tampão de pH neutro
contendo SDS (dodecil sulfato de sódio) a 1% (Invitrogen, EUA). Após a corrida, as
proteínas contidas no gel foram transferidas para membranas de nitrocelulose
Amersham (GE Healthcare Life Sciences, EUA) em tampão 20% metanol (Merck
KGaA, Darmstadt, Alemanha) por 1 hora, a 100 V. As membranas foram incubadas
em solução de bloqueio 5% albumina sérica bovina (BSA, Cell Signaling, EUA) por 1
hora e, em seguida, incubadas com o anticorpo primário p21 (1:1000 – Ab109520,
Abcam, EUA) ou p16 (1:1000 – Ab108349, Abcam, EUA) em solução de BSA, por
uma noite. Em seguida, a membrana foi lavada três vezes por 5 minutos com a
solução de TBS-T (Tris-HCl, 24,23g, 80,06g NaCl e 0,1% Tween® 20) e, em seguida,
incubada com o anticorpo secundário conjugado com peroxidase de rábano (HRP)
(1:2000, Cell Signaling, EUA) diluído em TBS-T + leite Molico 2% (Nestlé, Brasil), por
1 hora, em ambiente escuro, sob agitação lenta. Após nova lavagem por três vezes,
a membrana recebeu a solução reveladora ECL Prime Western Blotting System (GE
Healthcare Life Sciences, EUA). O produto quimioluminescente foi analisado no
leitor Chemidoc (Bio-Rad, Hercules, EUA), revelando presença da banda proteica
específica. A mensuração foi feita pelo programa Image Lab (Biorad, Hercules,
EUA). Cada teste foi feito em duplicata.
Imunofluorescência indireta
Células em cultura foram transferidas para lamínulas circulares de vidro contidas
em placas de 24 poços, semeadas na concentração de 4.000/cm² e cultivadas até
atingirem a confluência de 50% a 70%. Em seguida, foi retirado o meio de cultura,
e as células foram lavadas com tampão fosfato-salina (PBS), por quatro vezes e
fixadas com paraformaldeído 4%, por 10 minutos. Em seguida, as células foram
lavadas com PBS e as membranas celulares, permeabilizadas com a solução de
Triton-X 100 (detergente não iônico, Sigma-Aldrich, EUA) a 0,01%, diluído em PBS,
por 15 minutos. Após lavagem com PBS, quatro vezes, em intervalos de 5 minutos,
foi feito, nas células, o bloqueio de ligações inespecíficas com BSA a 1%, por 30
minutos. Após repetir a lavagem com PBS, as células foram incubadas por 24
horas com os anticorpos primários p16 (1:100 – Ab108349, coelho anti-humano,
Abcam, USA) ou p21 (1:100 – Ab109520, coelho anti-humano, Abcam, USA),
mantidas em ambiente escurecido e úmido a 4°C. Após 24 horas, as células foram
lavadas com PBS em intervalos de 5 minutos por três vezes e, em seguida,
incubadas com o anticorpo secundário. Para a detecção do p16, utilizamos o
anticorpo secundário diluído em BSA 1% (1:400, anti-rabbit IgG (H+L), F(ab')2
Fragment, Alexa Fluor® 555 Conjugate, Cell Signaling, EUA) e para p21 (anti-rabbit
IgG (H+L), F(ab')2 Fragment, Alexa Fluor® 488 Conjugate, Cell Signaling, EUA), por
30 minutos, mantendo a membrana sob agitação leve, em temperatura ambiente e
protegida da luz. Logo depois, as células foram lavadas com PBS, em intervalos de
5 minutos; a última lavagem das células fixadas foi feita com água destilada, e,
imediatamente, as lamínulas dos poços foram recuperadas. As lamínulas foram
mantidas protegidas da luz e em temperatura ambiente, até secarem por completo
para receber a solução do reagente DAPI (VECTASHIELD Antifade Mounting
Medium with DAPI, Vector Laboratories, USA). As lâminas foram analisadas em um
microscópio confocal de fluorescência (Zeiss confocal LSM 880, Alemanha), sendo
feita a contagem das células em dez campos, em triplicata, independentemente do
número de células. Calculou-se a média de intensidade de fluorescência corrigida
pelo número de células contadas. A fluorescência foi mensurada usando o
programa ZEN lite (Zeiss, Alemanha).
Citometria de fluxo
Células em cultura foram recuperadas, lavadas com PBS 1X contendo BSA 1% e
centrifugadas a 400 g, por 5 minutos. Para a marcação da proteína p16, utilizamos
2x105 células/tubo, fixada com paraformaldeído a 4%, por 10 minutos, em
temperatura ambiente. O teste foi realizado em triplicata, como no caso da IFI.
Após a permeabilização celular incubando as células em PBS 1X + 0,1% Tween®
20 (Merck KGaA, Darmstadt, Alemanha) por 20 minutos, a 4°C, foi feita lavagem
adicionando novamente PBS contendo 0,1% Tween® 20, em temperatura
ambiente. A suspensão de células foi, então, centrifugada a 400 g,por 5 minutos.
Para evitar ligações inespecíficas, adicionamos BSA 5% + 0,1% Tween® 20, por 15
minutos, a 4°C. As células foram lavadas novamente e centrifugadas para a
marcação intracelular com o anticorpo monoclonal rabbit anti-human
CDKN2A/p16INK4A (1:100, clone: EPR1473, Abcam, EUA). Após incubação por 30
minutos a 4°C, foram feitas a lavagem e a centrifugação, por duas vezes.
Utilizamos o anticorpo secundário policlonal anti-rabbit conjugado com PE (1:100,
clone: Poly4064, Biolegend, USA), e as células foram incubadas, com lavagem e
suspensão em PBS + 1% BSA para leitura no citômetro de fluxo BD FACSARIA
(Becton Dickinson, San Jose, CA). Para a proteína p21, utilizamos o protocolo
similar à marcação da proteína p16. A diferença residiu na fixação das células em
metanol a 80%, a 4°C, seguida de incubação por 20 minutos a 4°C. Para essa
marcação intracelular, utilizamos o anticorpo monoclonal rabbit anti-human p21
(1:100, clone: EPR 362, Abcam, EUA). Para análise dos resultados, foi utilizado o
programa FlowJo (Treestar, Ashland, Oregon), sendo considerados os valores da
intensidade média de fluorescência (MFI) após contagem de 2x105 células/tubo.
Desenho experimental
A figura 1 mostra o desenho experimental empregado nesse estudo. É importante
salientar que a comparação dos diversos métodos foi possibilitada pelo emprego
concomitante das mesmas culturas celulares nos três métodos de escolha. Assim,
em se tratando de culturas primárias, e não de linhagens já estabelecidas, esse
desenho experimental visou possibilitar diferenciar uma taxa de proliferação baixa,
mas normal, das células de uma possível cultura com células mais senescentes e,
assim, com taxa de proliferação diminuída. O experimento completo foi repetido
com quatro células diferentes, e os resultados estão descritos apenas
qualitativamente.
CTM: células-tronco mesenquimais; WB: Western blotting; IFI: imunofluorescência
indireta; CF: citometria de fluxo.
Figura 1. Desenho experimental
Resultados
Western blotting mostrou a heterogeneidade da progressão individual para
senescência replicativa
Como esperado, usando a técnica de WB, as proteínas p16 e p21 mostraram a
progressão para a senescência replicativa. A mensuração das proteínas p16 e p21
por WB mostrou aumento de p16 e a diminuição de p21 na passagem 10
comparada à passagem 5 (Figuras 2 e 3, respectivamente), condizente com a
expressão já observada em células mesenquimais senescentes de outras
origens(17) e com o perfil heterogêneo nos diferentes cordões estudados.(14) Cada
cultura de CTM apresenta alterações morfológicas típicas, com padrão de
dobramento populacional distinto (Figura suplementar 1A), mas com o aumento
citoplasmático (Figura suplementar 1B) previsto.
p: passagem; CTM: célula-tronco mesenquimal.
Figura 2. Western blotting da proteína p16 nas células-tronco mesenquimais (n=4)
em passagem 5 e passagem 10. (A) Intensidade da banda de p16 normalizada
pela intensidade da banda de beta-actina para cada amostra. A barra vertical indica
a variação nas medidas. (B) Imagem das bandas de p16 na passagem 5. (C)
Imagem das bandas de beta-actina na passagem 5. (D) Imagem das bandas de
p16 na passagem 10. (E) Imagem das bandas de beta-actina na passagem 10.
P: passagem; CTM: célula-tronco mesenquimal.
Figura 3. Western blotting da proteína p21 nas células-tronco mesenquimais (n=4)
em passagem 5 e passagem 10. (A) Intensidade da banda de p21 normalizada
pela intensidade da banda de beta-actina para cada amostra. A barra vertical indica
a variação nas medidas. (B) Imagem das bandas de p21 na passagem 5. (C)
imagem das bandas de beta-actina na passagem 5. (D) Imagem das bandas de
p21 na passagem 10. (E) Imagem das bandas de beta-actina na passagem 10.
A
B C
TM: célula-tronco mesenquimal
Figura suplementar 1. (A) Imagem por microscopia ótica de células isoladas de
cordão de célula-tronco mesenquimal 81. Imagem por microscopia ótica de célula-
tronco mesenquimal 81 em (B) passagem 5 e (C) passagem 10, mostrando células
com volume aumentado e maior refringência, indicando a progressão para a
senescência replicativa.
Monitoramento por imunofluorescência de p16, mas não de p21, mostra
padrão comparável ao Western blotting
A IFI, sendo um método semiquantitativo, foi adequado para acompanhamento de
culturas, e não para medidas quantitativas, como as obtidas por WB. No entanto, a
expressão da proteína p16 em passagem 10 analisada pela IFI estava aumentada
em todas as amostras, com perfil de variação comparável ao obtido com WB
(Figuras 4A e 4B).
Figura 4A. Intensidade de fluorescência (MFI) da proteína p16 nas células-tronco
mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10, analisadas por
imunofluorescência indireta. A barra vertical indica a variação nas medidas.
Figura 4B. Intensidade de fluorescência da proteína p16 (em vermelho) nas
células-tronco mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10, analisadas por
imunofluorescência indireta. Marcação dos núcleos com DAPI (em azul). (A)
Controle negativo usando anticorpo secundário; (B) célula-tronco mesenquimal 80
em p5; (C) célula-tronco mesenquimal 80 em p10; (D) célula-tronco mesenquimal
81 em p5; (E) célula-tronco mesenquimal 81 em p10; (F) célula-tronco
mesenquimal 83 em p5, (G) célula-tronco mesenquimal 83 em p10; (H) célula-
tronco mesenquimal 84 em p5; (I) célula-tronco mesenquimal 84 em p10
Por outro lado, a IFI da proteína p21 não demonstrou ser marcador fidedigno em
comparação ao WB. Apenas duas das quatro células mostraram o mesmo
comportamento, com a expressão da p21 maior na passagem 5 em relação à
passagem 10 (Figura suplementar 2 e 3).
p: passagem; MFI: intensidade média de fluorescência; CTM: célula-tronco
mesenquimal.
Figura suplementar 2. Intensidade média de fluorescência da proteína p21 nas
células-tronco mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10, analisadas por
imunofluorescência indireta. A barra vertical indica a variação nas medidas
Figura suplementar 3. Intensidade de fluorescência da proteína p21 (em verde)
nas células-tronco mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10,
analisadas por imunofluorescência indireta. Marcação dos núcleos com DAPI (em
azul). (A) Controle negativo usando anticorpo secundário; (B) célula-tronco
mesenquimal 80 em p5; (C) célula-tronco mesenquimal 80 em p10; (D) célula-
tronco mesenquimal 81 em p5; (E) célula-tronco mesenquimal 81 em p10; (F)
célula-tronco mesenquimal 83 em p5; (G) célula-tronco mesenquimal 83 em p10;
(H) célula-tronco mesenquimal 84 em p5; (I) célula-tronco mesenquimal 84 em p10.
Monitoramento por citometria de fluxo de p21, mas não de p16, é comparável
ao Western blotting
Comparando a técnica de citometria de fluxo com WB, foi possível observar que a
expressão da proteína p21 por citometria de fluxo apresentou comportamento
semelhante (Figura 5) à análise feita por WB. Por outro lado, a expressão de p16
não mostrou os resultados esperados (Figura suplementar 4). Além disso, como a
quantidade de células necessárias para a análise por citometria de fluxo foi maior
do que para IFI, uma quarta amostra, que apresentou taxa de proliferação na
passagem 10 já muito baixa, não permitiu que essa análise fosse feita.
p: passagem; MFI: intensidade média de fluorescência; CTM: célula-tronco
mesenquimal.
Figura 5. Intensidade média de fluorescência da proteína p21 nas células-tronco
mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10, analisadas por citometria de
fluxo. A barra vertical indica a variação nas medidas.
p: passagem; MFI: intensidade média de fluorescência; CTM: célula-tronco
mesenquimal.
Figura suplementar 4. Intensidade média de fluorescência da proteína p16 nas
células-tronco mesenquimais (n=4) em passagem 5 e passagem 10, analisadas por
citometria de fluxo. A barra vertical indica a variação nas medidas
DISCUSSÃO
Para efetuarmos uma comparação adequada das duas técnicas, IFI e citometria de
fluxo, com WB, foram utilizadas células da mesma cultura de cada um dos cordões,
e as comparações foram efetuadas simultaneamente. Apesar de ser ainda um
estudo preliminar, os resultados indicaram que fazer o acompanhamento dos níveis
de p16 em lâminas de IFI cultivadas em paralelo com cada amostra é uma
abordagem interessante de seguimento de culturas de CTM. Essas culturas são de
longa duração, com número significativo de passagens para alcançar a expansão
necessária no número de células, e a análise em paralelo da evolução da cultura
permite identificar aquelas CTM com maior risco de entrar em senescência
replicativa.
Analisamos também a proteína p21, mas os resultados mostram que, mesmo na
citometria de fluxo, o perfil dos dados seja comparável ao padrão-ouro WB, a
necessidade de maior número de células extraídas diretamente da cultura, e não de
uma lamínula cultivada em paralelo (no caso da IFI), torna a prática mais dificultada.
Além disso, já foi descrito, em outras células, que os níveis de p21 diminuem
gradualmente, à medida que os níveis de p16 aumentam. (18,19) Isso provavelmente
decorre do fato do controle funcional dessa proteína se dar primordialmente pelo
nível de fosforilação e pela compartimentalização intracelular nas diversas fases do
ciclo celular. Várias semanas após as culturas de fibroblastos humanos atingirem a
senescência, os níveis de p21 diminuem gradualmente, conforme os níveis de p16
aumentam.(18,19) Esses achados, e o fato de que o p21 não é induzido em células
senescentes, deficientes em p53, e que têm tempo de vida replicativa prolongado,
(20,21) sugerem que o p53 inicia a inibição dessa replicação celular, pelo menos em
parte, induzindo p21. O aumento subsequente em p16, então, age para manter a
parada do crescimento celular, levando à senescência. Assim, mesmo sendo o p21
um marcador de envelhecimento celular, seu monitoramento termina por ser mais
complexo e fora do escopo desse nosso estudo. Por outro lado, a observação dos
níveis de p21 por citometria de fluxo, empregando também anticorpos que medem o
grau de fosforilação da proteína, pode tornar o monitoramento da progressão da
senescência celular com p21 de utilidade para o pesquisador.
Há limitações claras em nosso estudo, pois foram testadas apenas quatro amostras
de um único tipo de tecido e seria importante compará-las com outras CTM, por
exemplo, de medula óssea e de tecido adiposo, para validar essa estratégia muito
prática de avaliar a progressão da senescência nas culturas. Tradicionalmente, as
células têm sua validação em termos de qualidade, marcadores celulares e
capacidade proliferativa feita em passagens baixas (passagens 4 ou 5), e, nas fases
finais prévias à aplicação terapêutica, são feitos apenas os controles microbiológico
e citogenético. O grau de senescência, ou seja, a capacidade de proliferação das
células não é avaliada antes da aplicação terapêutica. Assim, acreditamos ser
possível fazer o seguimento do aumento intracelular de p16 nas etapas de expansão
das culturas com vistas à terapia celular. Esse seguimento pode ser útil para avaliar
melhor a efetividade das células do doador, que, ao lado dos fatores inerentes aos
receptores, como a idade e o tipo e gravidade da doença de base, impactam no
sucesso da terapia com CTM.
CONCLUSÃO
O seguimento de culturas celulares, por meio da imunofluorescência indireta de p16,
permite identificar as culturas de células-tronco mesenquimais em risco de atingirem
a senescência replicativa.
AGRADECIMENTOS
Ao inestimável apoio das colegas Helena Malvezzi, Elisangela Farias da Silva,
Fernanda Vieira Paladino, Ana Paula Freitas do Rosário e da pesquisadora Andrea
Laurato Sertié.
Este estudo não teria sido feito sem a contribuição das doadoras de cordão umbilical
e o generoso apoio financeiro da família Ruhman.
INFORMAÇÃO DOS AUTORES
Silva A: http://orcid.org/0000-0002-6311-3243
Piccinato CA: http://orcid.org/0000-0002-2872-5957
Sardinha LR: http://orcid.org/0000-0002-1686-129X
Aloia TP: http://orcid.org/0000-0001-6913-8989
Goldberg AC: http://orcid.org/0000-0003-2600-7940
REFERÊNCIAS
1. Dominici M, Le Blanc K, Mueller I, Slaper-Cortenbach I, Marini F, Krause D, et al.
Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. The International
Society for Cellular Therapy position statement. Cytotherapy. 2006;8(4):315–7.
2. Al-Nbaheen M, Vishnubalaji R, Ali D, Bouslimi A, Al-Jassir F, Megges M, et al.
Human stromal (mesenchymal) stem cells from bone marrow, adipose tissue and
skin exhibit differences in molecular phenotype and differentiation potential. Stem
Cell Rev Rep. 2013;9(1):32–43.
3. Paladino FV. Potencial imunomodulador de células-tronco mesenquimais
humanas de geleia de Wharton submetidas à senescência replicativa [tese] São
Paulo (SP): Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2017 [citado
2019 Ago 13], Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-
10112017-122109/pt-br.php
4. Owen M. Marrow stromal stem cells. J Cell Sci Suppl. 1988;(Suppl 10):63–76.
Review.
5. Bianco P, Riminucci M, Gronthos S, Robey PG. Bone marrow stromal stem cells:
nature, biology, and potential applications. Stem Cells. 2001;19(3):180–92. Review.
6. Hayflick L. The Limited in Vitro Lifetime of Human Diploid Cell Strains. Exp Cell
Res. 1965;37(3):614–36.
7. Stenderup K, Justesen J, Clausen C, Kassem M. Aging is associated with
decreased maximal life span and accelerated senescence of bone marrow stromal
cells. Bone. 2003;33(6):919–26.
8. d’Adda di Fagagna F, Reaper PM, Clay-Farrace L, Fiegler H, Carr P, Von Zglinicki
T, et al. A DNA damage checkpoint response in telomere-initiated senescence.
Nature. 2003;426(6963):194–8.
9. Alcendor RR, Gao S, Zhai P, Zablocki D, Holle E, Yu X, et al. Sirt1 regulates aging
and resistance to oxidative stress in the heart. Circ Res. 2007;100(10):1512–21.
10. Payão SL, Segato R, Santos RR. Controle genético das células-tronco humanas
cultivadas. Rev Bras Hematol Hemoter. 2009;31 Suppl 1:15–8.
11. Dasso M. Cellular Aging and Death. Curr Protoc Cell Biol. 2005;27(1):18.0.1-
18.0.2.
12. Campisi J. Senescent cells, tumor suppression, and organismal aging: good
citizens, bad neighbors. Cell. 2005;120(4):513–22. Review.
13. Turinetto V, Vitale E, Giachino C. Senescence in human mesenchymal stem
cells: functional changes and implications in stem cell-based therapy. Int J Mol Sci.
2016;17(7):E1164. Review.
14. Paladino FV, Peixoto-Cruz JS, Santacruz-Perez C, Goldberg AC. Comparison
between isolation protocols highlights intrinsic variability of human umbilical cord
mesenchymal cells. Cell Tissue Bank. 2016;17(1):123–36.
15. Krampera M, Galipeau J, Shi Y, Tarte K, Sensebe L; MSC Committee of the
International Society for Cellular Therapy (ISCT). Immunological characterization of
multipotent mesenchymal stromal cells--The International Society for Cellular
Therapy (ISCT) working proposal. Cytotherapy. 2013;15(9):1054-61.
16. Dominici M, Le Blanc K, Mueller I, Slaper-Cortenbach I, Marini F, Krause D, et al.
Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. The International
Society for Cellular Therapy position statement. Cytotherapy. 2006;8(4):315–7.
17. Hao H, Chen G, Liu J, Ti D, Zhao Y, Xu S, et al. Culturing on Wharton’s jelly
extract delays mesenchymal stem cell senescence through p53 and p16INK4a/pRb
pathways. PLoS One. 2013;8(3):e58314.
18. Stein GH, Drullinger LF, Soulard A, Dulić V. Differential roles for cyclin-dependent
kinase inhibitors p21 and p16 in the mechanisms of senescence and differentiation in
human fibroblasts. Mol Cell Biol. 1999;19(3):2109–17.
19. Alcorta DA, Xiong Y, Phelps D, Hannon G, Beach D, Barrett JC. Involvement of
the cyclin-dependent kinase inhibitor p16 (INK4a) in replicative senescence of normal
human fibroblasts. Proc Natl Acad Sci USA. 1996;93(24):13742–7.
20. Dulić V, Beney GE, Frebourg G, Drullinger LF, Stein GH. Uncoupling between
phenotypic senescence and cell cycle arrest in aging p21-deficient fibroblasts. Mol
Cell Biol. 2000;20(18):6741–54.
21. Medcalf AS, Klein-Szanto AJ, Cristofalo VJ. Expression of p21 is not required for
senescence of human fibroblasts. Cancer Res. 1996;56(20):4582–5.
AO-5236 - TRADUÇAÕ PARA INGLÊS – SUZANA GONTIJO
PREPRINT_JULIANA
Comparação da progressão da senescência em células mesenquimais de
parede de cordão umbilical humano medida por imunofluorescência e
citometria de fluxo de p16 e p21
Comparison of senescence progression in mesenchymal cells from human umbilical
cord walls measured by immunofluorescence and flow cytometry of p16 and p21
Short title: Comparison of senescence progression in mesenchymal cells from
human umbilical cord walls
Aline da Silva1, Carla de Azevedo Piccinato2, Luiz Roberto Sardinha1, Thiago
Pinheiro Arrais Aloia1, Anna Carla Goldberg1
1 Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Hospital Israelita Albert
Einstein, São Paulo, SP, Brazil.
2 Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brazil.
DOI:
How to cite this article:
Silva A, Piccinato CA, Sardinha LR, Aloia TP, Goldberg AC. Comparação da
progressão da senescência em células mesenquimais de parede de cordão
umbilical humano medida por imunofluorescência e citometria de fluxo de p16 e
p21. einstein (São Paulo). xxxx;xx:eAO5236.
http://dx.doi.org/10.31744/einstein_journal/xxxxAO5236
Corresponding author:
Anna Carla Goldberg
Avenida Albert Einstein, 627/701 – Morumbi
Zip code: 05256-000 – São Paulo, SP, Brazil
Phone: (11) 4169-7160
E-mail: [email protected]
Submitted on:
Jun 28, 2019
Accepted on:
Mar 31, 2020
Conflicts of interest:
none.
RESUMO
Objetivo: Acompanhar a expansão de células-tronco mesenquimais de cordão
umbilical por dois marcadores clássicos de senescência, p16 (INK4A) e p21
(CDKN1A), usando métodos práticos, rápidos e com custo menor do que a técnica
padrão-ouro de Western blotting, para avaliar sua aplicabilidade em laboratório.
Método: Células-tronco mesenquimais de cordão umbilical foram isoladas da geleia
de Wharton e, após controle de qualidade e caracterização morfológica e
imunofenotípica por citometria de fluxo, foram expandidas em cultura, até chegarem
próximas à parada do ciclo celular (senescência replicativa). Resultados: Foi feita a
comparação entre células jovens, na passagem 5, e células pré-senescentes, na
passagem 10, avaliando a expressão proteica dos marcadores clássicos de
senescência celular p16 e p21, comparando os resultados obtidos por Western
blotting com os obtidos por citometria de fluxo e imunofluorescência indireta.
Conclusão: O seguimento de culturas celulares, por meio da imunofluorescência
indireta de p16, permite identificar as culturas de células-tronco mesenquimais de
cordão umbilical em risco de atingirem a senescência replicativa.
Descritores: p16; Inibidor de quinase dependente de ciclina p21; Células-tronco
mesenquimais;Senescência celular; Imunofluorescência; Citometria de fluxo;
Western blotting
ABSTRACT
Objective: To follow the expansion of mesenchymal stem cells from umbilical cords
by two classic senescence markers, p16 (INK4A) and p21 (CDKN1A), using
practical, fast, and less expensive methods than the gold standard Western blotting
technique, to evaluate its applicability in the laboratory. Methods: Mesenchymal
stem cells from umbilical cords were isolated from Wharton’s jelly and, after quality
control, morphological and immunophenotypic characterization by flow cytometry,
were expanded in culture until coming close to cell cycle arrest (replicative
senescence). Results: A comparison was made between young cells, at passage
5, and pre-senescent cells, at passage 10, evaluating the protein expression of the
classic cell senescence markers p16 and p21, comparing the results obtained by
Western blotting with those obtained by flow cytometry and indirect
immunofluorescence. Conclusion: Follow-up of cell cultures, through indirect p16
immunofluorescence, allows the identification of mesenchymal stem cells from
umbilical cord cultures at risk of reaching replicative senescence.
Keywords: p16; Cyclin-dependent kinase inhibitor p21; Mesenchymal stem cells;
Cellular senescence; Immunofluorescence; Flow cytometry; Western blotting
INTRODUCTION
Mesenchymal stem cells (MSC), initially described in 1968, are clonogenic cells
capable of self-renewal and differentiation into other types of cells. (1) This
differentiation into adipocytes and into the osteogenic and chondrogenic lineages
can be reproduced in vitro. The MSC can also be expanded in cultures and tested
in regenerative medicine protocols, potentially becoming useful for cell therapy.(2)
A rich source of MSC is the umbilical cord because the connective tissue that
involves umbilical vessels, called Wharton’s jelly, contains cells considered an
alternative to the use of MSC from bone marrow and other tissues. This is due to its
easy isolation, its greater potential to expand when in a culture, (3) and its greater
accessibility, with few ethical restrictions. Additionally, as very young (neonatal)
cells, they are considered to have undergone less environmental interference from
infections and health-damaging products or suffered the consequence of aging.(4)
With the advancement of the body’s age, the MSCs, just as any other adult cells,
can become senescent. In senescence, the cellular cycle is arrested, interrupting
cell division; however, the cells remain alive, but are dysfunctional.(5)
The term “replicative senescence” was coined by Hayflick, in 1960, when he
showed that human diploid fibroblasts had a limited capacity to proliferate in vitro,
since there was reduction in the length of telomeres and arrested cell division.
However, the cells still remained alive and secreted metabolites.(6,7) Later, it was
shown that mitotically normal cells can also enter senescence by the action of
stressors,(8) such as damage to DNA, which accompanied by the increase in poorly
folded proteins and oxidative stress(9) caused an irreversible loss of the proliferative
ability.(8,10) It is agreed that this state of senescence protects the organism, impeding
the cell from an abnormal growth, thus avoiding appearance of cells with
tumorigenic potential.(11) Therefore, induction of senescence results directly from
signaling systems activated during the cellular cycle. To regulate this induction there
are control proteins that activate and others that inhibit their targets with opposing
results. Within the group of positive control proteins are the cyclin-dependent
kinases [N.T.] (CDK), which trigger signaling cascades that lead to the arrest in cell
proliferation. Because of this action, they are known as tumor suppressors. This is
the case of p16 (P16INK4 gene or CDKN2, cyclin-dependent kinase inhibitor 2A)
and p21 (CDKN1A, cyclin-dependent kinase inhibitor 1A) proteins. Even though
characterization of senescence is still based on the presence or absence of a group
of robust markers,(12) accumulation of p16 is considered a key marker of cellular
senescence. Furthermore, p21 is also a tumor suppressor protein and its
expression can be utilized as a marker of young cells with a high proliferative
capacity, contrasting with p16, which is increasingly expressed in later passages.(13)
The evaluation of cellular senescence markers is commonly done by Western
blotting (WB), considered the gold standard for evaluation of protein expression.
However, it is a laborious technique requiring several steps and needs a large
number of cells. For this reason, measuring senescence usually implies in ending
the culture to obtain the necessary quantity of cells. Therefore, we decided to
evaluate if other reliable methods present sensitivity to measure cell senescence,
carrying out a comparative analysis with WB. An assessment of senescence in cell
cultures was done using indirect immunofluorescence (IFI) and flow cytometry,
techniques that are faster and use a smaller number of cells. Additionally, these
techniques offer the possibility of storing remaining cells or even of maintaining
ongoing experiments. Finally, the possibility of cell storage and even of further cell
expansion is important when the goal is the use in cell therapy. Our hypothesis was
that one of these techniques could be used instead of WB, allowing evaluation of
senescence during the experiments, without, however, interrupting the cell culture.
OBJECTIVE
To compare the measurements of p16 and p21 proteins by immunofluorescence
and/or flow cytometry with Western blotting, at p5 and p10 passages, that is, at two
timepoints of the mesenchymal stem cell culture, to monitor the progression of
senescence in stages prior to the cell cycle arrest and to determine the feasibility of
the two alternative techniques.
METHODS
Obtaining the cord
Human umbilical cords (n=4) were harvested after obtaining Informed Consent,
according to ethical criteria established by the National Health Council. The protocol
was approved under CAAE 17079113.4.0000.0071 and T 353.781. Healthy
samples were those that followed the evaluation criteria of the Public Umbilical Cord
Blood Bank of the Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE): pregnant women aged
over 18 years, with gestations equal to or greater than 35 weeks, in whom water did
not break more than 18 hours before, who attended to at least two appointments
during pregnancy, with no infection or fever at birth, and delivery by cesarean
section. Before delivery and after maternal blood collections, serology was
performed to confirm absence of hepatitis A, B, and C, HIV I and II, HTLV I and II,
cytomegalovirus, toxoplasmosis, Chagas´ disease, and syphilis, besides
hemoglobin electrophoresis (National Health Surveillance Agency/Resolution of the
Collegiate Board of Directors – ANVISA/RDC 153/2004). Samples were harvested
as of 2013 and the study was concluded in June 2018.
Cell isolation and culture
After blood removal, cords were processed at our laboratory within four hours of
harvesting, according to the protocol published by Paladino et al.. (14) Cells from the
umbilical cord wall were sown onto 25 or 75cm2 culture flasks (Corning, St. Louis,
MO) containing Dulbecco's Modified Eagle's Medium (DMEM-LG) supplemented
with 20% fetal bovine serum (FBS), 1% antibiotic-antifungal (penicillin 100 units/mL,
streptomycin 100 μg/mL, amphotericin 250 ng/mL, and L-glutamine 2 mM/mL)
solution and maintained in a humidified incubator, with 5% carbon dioxide, at 37ºC.
The cells were stored in liquid nitrogen at passage 3. All reagents were acquired
from Gibco® (New Grand Island, USA) except where specified. We used two
aliquots to obtain cells at passage 5 (p5) and a third sample from the same cord for
expansion until passage 10 (p10). After thawing, samples were cultured in the same
medium, but adding only 10% of SFB. A total of 4,000 cells/cm2 were sown and
culture medium was changed every 48 hours. Cell passaging was done at 70%
confluence, utilizing a 1% collagenase solution for five minutes. Cells were
characterized as MSC at passage 4 as per criteria established by the International
Society for Cellular Therapy (ISCT)(15) and maintained in culture until passage 10.
HEK-293 (Human Embryonic Kidney 293) cells were used as positive control and
MCF7 (Mammary Gland, Breast; Derived from Metastatic Site: Pleural Effusion)
cells as negative control for p16 analysis, both obtained from the Rio de Janeiro
Cell Bank (Rio de Janeiro, Brazil). The same cells worked respectively as negative
and positive controls for p21,
Sterility, mycoplasma detection, and microbiological testing of cell cultures.
After 48 hours, 750 µl of supernatant were collected for microbiological analysis to
confirm absence of microorganisms in the cell culture. This analysis was performed
by the Clinical Laboratory of the Hospital Israelita Albert Einstein using the Ziehl-
Neelsen stain for high-resistance bacteria, direct observation for fungi, in addition to
bacterioscopic analysis. Mycoplasma detection was done by Enzyme-Linked
Immunosorbent Assay (ELISA) using anti-Mycoplasma antibodies. After checking for
absence of microorganisms, samples were either frozen or maintained in culture for
future assays.
Immunophenotypic characterization of mesenchymal stem cells at passage 3
and/or 4
According to ISCT, MSC must exhibit a specific profile of cell surface markers,
positive for CD105, CD73, CD44, CD29, CD166, and CD90, and negative for
hematopoietic markers (CD14, CD34, CD45, CD117, CD133), endothelial markers
(CD31, CD106, CD133 ) and cell surface HLA-DR molecules.(16) There are three
minimum requirements for the classification of a MSC population. The first is its
isolation through selective adherence, in culture, to the plastic surface; the second is
a set of positive and negative markers analyzed by flow cytometry; and the third is
the capacity of the cells to differentiate into osteocytes, adipocytes, and
chondrocytes. The characterization of the cells in this study was carried out by
Paladino et al.(14)
Western blotting
Lysate proteins were quantified by the Pierce method (BCA protein Assay Kit,
Thermo Fisher, USA) and separated by electrophoresis in a 12% polyacrylamide gel
for 1 hour 20 minutes, at 100 V, in neutral pH buffer containing SDS (sodium dodecyl
sulfate) at 1% (Invitrogen, USA). After the run, the proteins were transferred to
Amersham nitrocellulose (GE Healthcare Life Sciences, USA) membranes using a
20% methanol buffer (Merck KGaA, Darmstadt, Germany) for 1 hour, at 100 V. The
membranes were then incubated in 5% bovine serum albumin (BSA, Cell Signaling,
USA) blocking solution for 1 hour followed by the primary p21 (1:1000 – Ab109520,
Abcam, USA) or p16 (1:1000 – Ab108349, Abcam, USA) antibodies in BSA solution,
overnight. Subsequently, membranes were washed three times for five minutes with
TBS-T (Tris-HCl, 24.23 g, NaCl 80.06 g, and 0.1% Tween® 20) solution and then,
incubated with the secondary antibody conjugated to horseradish peroxidase (HRP)
(1:2000, Cell Signaling, USA) diluted in TBS-T + 2% Molico milk (Nestlé, Brazil), for 1
hour, in a dark environment, under gentle shaking. After another three washes,
membranes received ECL Prime Western Blotting System developer solution (GE
Healthcare Life Sciences, USA). The chemiluminescent solution was analyzed in a
Chemidoc reader (Bio-Rad, Hercules, USA) revealing the presence of the specific
protein band. Analysis was done by the ImageLab program (Biorad, Hercules, USA).
Each test was done in duplicate.
Indirect immunofluorescence
Cells in culture were transferred to circular glass cover slips fitted into 24-well
plates, sown at a concentration of 4,000/cm² and cultured until reaching 50% to
70% confluence. Culture medium was then removed, cells were washed with
phosphate buffered saline (PBS) four times and fixed with 4% paraformaldehyde,
for 10 minutes. Next, cells were washed with PBS and cell membranes
permeabilized with a Triton-X 100 (non-ionic detergent, Sigma-Aldrich, USA)
solution at 0.01%, diluted in PBS, for 15 minutes. Following four washes with PBS,
at 5-minute intervals, nonspecific bonds were blocked with BSA at 1%, for 30
minutes. After repeating PBS washes, cells were incubated for 24 hours with the
primary p16 (1:100 – Ab108349, rabbit anti-human, Abcam, USA) or p21 (1:100 –
Ab109520, rabbit anti-human, Abcam, USA) antibodies, in a dark and humid
environment at 4°C. After 24 hours, cells were washed three times with PBS at 5-
minute intervals, and then, incubated with the secondary antibody. We used the
secondary antibody diluted in 1% BSA to detect p16 (1:400, anti-rabbit IgG (H+L),
F(ab')2 Fragment, Alexa Fluor® 555 Conjugate, Cell Signaling, USA) or p21, (anti-
rabbit IgG (H+L), F(ab')2 Fragment, AlexaFluor® 488 Conjugate, Cell Signaling,
USA), for 30 minutes, maintaining the membrane in room temperature under gentle
shaking and protected from light. Next, cells were washed with PBS, in 5-minute
intervals; the last wash was done with distilled water and immediately after, cover
slips were recovered from their wells. Cover slips were maintained protected from
light at room temperature until completely dry, for staining with a DAPI
(VECTASHIELD Antifade Mounting Medium with DAPI, Vector Laboratories, EUA)
reagent. Slides were analyzed on a confocal fluorescence microscope (Zeiss
confocal LSM 880, Germany), and cell count was carried out on ten fields, in
triplicate, regardless of the number of cells in each field. Mean fluorescence
intensity was calculated correcting by the number of cells counted. Fluorescence
was measured using the ZEN lite program (Zeiss, Germany).
Flow cytometry
Cultured cells were recovered, washed with PBS 1X containing 1% BSA and
centrifuged at 400 g, for five minutes. To stain for p16 we utilized 2x105 cells/tube
fixed with 4% paraformaldehyde, for 10 minutes, at room temperature. The test was
done in triplicate, as in the case of IFI. After permeabilization in PBS 1X + 0.1%
Tween® 20 (Merck KGaA, Darmstadt, Germany) for 20 minutes, at 4°C, cells were
washed with PBS containing 0.1% Tween® 20, at room temperature. The cell
suspension was then centrifuged at 400 g for five minutes. To avoid nonspecific
binding, we added BSA 5% + 0.1% Tween® 20, for 15 minutes, at 4°C. Cells were
washed once again and centrifuged for intracellular staining with rabbit anti-human
CDKN2A/p16INK4A (1:100, clone: EPR1473, Abcam, USA) monoclonal antibody.
After incubation for 30 minutes at 4°C, washing and centrifugation were repeated
twice. Cells were then incubated with an anti-rabbit polyclonal secondary antibody
conjugated with PE (1:100, clone: Poly4064, Biolegend, USA), washed and
suspended in PBS + 1% BSA for analysis in a BD FACSARIA (Becton Dickinson,
San Jose, CA) flow cytometer. A protocol similar to the one used for p21 was used
to stain for p16, except for fixing cells in 80% methanol at 4°C, followed by
incubation for 20 minutes at 4°C and rabbit anti-human p21 monoclonal antibody
(1:100, clone: EPR 362, Abcam, USA) for the intracellular staining. Results were
analyzed with FlowJo software (Treestar, Ashland, Oregon), considering mean
fluorescence intensity (MFI) values after counting 2x105 cells/tube.
Experimental design
Figure 1 shows the experimental design used in this study. It is important to point
out that the comparison between the different methods was enabled by the
concomitant use of the same cell cultures in the three methods of choice. Thus,
when dealing with primary cultures, and not with established lineages, this
experimental design sought to enable the detection of low albeit normal, levels of
proliferation of cells in a culture eventually harboring more senescent cells, and
therefore, with decreased proliferation rates. The complete experiment was
repeated with four different cells, and the results are only qualitatively described.
Human umbilical cord harvesting and MSC isolation
n=4
passage 5
young cells
passage 10
pre-senescent cells
WB for p165 and p21
IFI for p16 and p21
FC for p16 and p21
WB for p16 and p21
IFI for p16 and p21
FC for p16 and p21
MSC: mesenchymal stem cells; WB: Western blotting; IFI: indirect immunofluorescence;
FC: flow cytometry.
Figure 1. Experimental design
Results
Western blotting showed the heterogeneity of individual progression to
replicative senescence
As expected, using the WB technique, p16 and p21 levels showed the progression
towards replicative senescence. Measurement of p16 and p21 by WB displayed an
increase in p16 and a decrease in p21 at passage 10 compared to passage 5
(Figures 2 and 3, respectively), consistent with the expression previously observed
in senescent mesenchymal cells from other sources(17) and with the heterogeneous
profile observed in the different cords studied.(14) Each MSC culture showed typical
morphologic changes, with a distinct pattern of population doubling (Supplementary
Figure 1A), but with the predicted increase in cytoplasm (Supplementary Figure 1B).
p: passage; MSC: mesenchymal stem cell.
Figure 2. Western blotting of p16 in mesenchymal stem cells (n=4) at passage 5
and passage 10. (A) Intensity of the p16 band normalized by the beta-actin band for
each sample. The vertical bar indicates variation in measurements. (B) Image of
p16 bands at passage 5. (C) Image of beta-actin bands at passage 5. (D) Image of
p16 bands at passage 10. (E) Image of beta-actin bands at passage 10.
Inte
nsity
of t
he p
16 b
and
norm
alize
d by
β-a
ctin
P: passage; MSC: mesenchymal stem cell.
Figure 3. Western blotting of p16 in mesenchymal stem cells (n=4) at passage 5
and passage 10. (A) Intensity of the p21 band normalized by the beta-actin band for
each sample. The vertical bar indicates the variation in measurements. (B) Image of
p21 bands at passage 5. (C) Image of beta-actin bands at passage 5. (D) Image of
p21 bands at passage 10. (E) Image of beta-actin bands at passage 10.
Inte
nsity
of t
he p
16 b
and
norm
alize
d by
β-a
ctin
A
B C
MSC: mesenchymal stem cell
Supplementary figure 1b
Cell doubling time at passages p4 to p9
No.
of v
iabl
e ce
lls
Cell passage
MSC 80MSC 81
MSC 83MSC 84
Supplementary figure 1. (A) Optical microscopy image of mesenchymal stem cells
isolated from cord 81. Optical microscopy image of mesenchymal stem cell 81 in (B)
passage 5 and (C) passage 10, showing cells with increased volume and greater
refringence, indicating the progression to replicative senescence.
Monitoring of p16, but not of p21 by immunofluorescence shows a pattern
comparable to Western blotting
As a semiquantitative method, IFI permits follow-up of cultures, but no quantitative
measurements, such as those obtained by WB. Nevertheless, expression of p16 at
passage 10 was increased in all the samples analyzed by IFI, with a profile
comparable to the variation observed with WB (Figures 4A and 4B).
Figure 4A. Mean fluorescence intensity of p16 in mesenchymal stem cells (n=4) at
passage 5 and passage 10, analyzed by indirect immunofluorescence. The vertical
bar indicates the variation in measurements.
Figure 4B. Fluorescence intensity of p16 (in red) in the mesenchymal stem cells
(n=4) at passage 5 and passage 10, analyzed by indirect immunofluorescence.
Nuclei stained with DAPI (in blue). (A) Negative control using secondary antibody;
(B) mesenchymal stem cell 80 at p5; (C) mesenchymal stem cell 80 at p10; (D)
mesenchymal stem cell 81 at p5; (E) mesenchymal stem cell 81 at p10; (F)
mesenchymal stem cell 83 at p5, (G) mesenchymal stem cell 83 at p10; (H)
mesenchymal stem cell 84 at p5; (I) mesenchymal stem cell 84 at p10
On the other hand, IFI of p21 has not proven to be a reliable marker in comparison
to WB. Only two of the four cells showed the same behavior, with greater
expression of p21 at passage 5 relative to passage 10 (Supplementary figures 2
and 3).
p: passage; MFI: mean fluorescence intensity; MSC: mesenchymal stem cell.
Supplementary figure 2. Mean fluorescence intensity of p21 in the mesenchymal
stem cells (n=4) at passage 5 and passage 10, analyzed by indirect
immunofluorecence. The vertical bar indicates variation in measurements
Supplementary Figure 2.
MSC 80MSC 81
MSC 83MSC 84
Supplementary figure 3. Fluorescence intensity of p21 (in green) in mesenchymal
stem cells (n=4) at passage 5 and passage 10, analyzed by indirect
immunofluorescence. Nuclei stained with DAPI (in blue). (A) Negative control using
secondary antibody; (B) mesenchymal stem cell 80 at p5; (C) mesenchymal stem
cell 80 at p10; (D) mesenchymal stem cell 81 at p5; (E) mesenchymal stem cell 81
at p10; (F) mesenchymal stem cell 83 at p5; (G) mesenchymal stem cell 83 at p10;
(H) mesenchymal stem cell 84 at p5; (I) mesenchymal stem cell 84 at p10.
Monitoring p21, but not p16, by flow cytometry is comparable to Western
blotting
When we compared flow cytometry with WB, it was possible to observe that
expression of p21 by FC and WB presented a similar behavior (Figure 5). On the
other hand, the expression of p16 did not show the expected results
(Supplementary figure 4). Additionally, since the quantity of cells necessary for
analysis by flow cytometry was greater than for IFI, a fourth sample, which exhibited
a very low proliferation rate at passage 10 could not be analyzed.
p: passage; MFI: Mean fluorescence intensity; MSC: mesenchymal stem cell.
Figure 5. Mean fluorescence intensity of p21 in the mesenchymal stem cells (n=4)
at passage 5 and passage 10, analyzed by flow cytometry. The vertical bar
indicates the variation in measurements
Figure 5.
MSC 80
MSC 83
MSC 84
p: passage; MFI: Mean fluorescence intensity; MSC: mesenchymal stem cell.
Supplementary figure 4. Mean fluorescence intensity of p16 in mesenchymal stem
cells (n=4) at passage 5 and passage 10, analyzed by flow cytometry. The vertical
band indicates variation in measurements
DISCUSSION
To make a proper comparison of the two techniques, IFI and flow cytometry, with
WB cells from the same culture of each of the cords were used, and comparisons
were done simultaneously. Although still a preliminary study, results indicated that
monitoring p16 levels on IFI slides cultured in parallel with each sample are an
interesting approach to monitoring MSC cultures. These cultures are long lasting,
with a significant number of passages needed to achieve the necessary expansion
Supplementary Figure 4.
MSC 80
MSC 83
MSC 84
in cell numbers, and the concomitant analysis of the evolution of the culture helps to
identify those MSC with a higher risk of entering replicative senescence.
We also analyzed p21, but the results show that even when using flow cytometry,
with a data profile comparable to the gold standard WB, the need for more cells
extracted directly from the culture, and not from a cover slip cultured in parallel (as
in the case of IFI), makes the practice more difficult. Furthermore, it has already
been described, in other cells, that p21 levels decrease gradually while p16 levels
increase.(18,19) This is probably due to the fact that the functional control of p21
occurs primarily through phosphorylation and intracellular compartmentalization
during the different phases of the cell cycle. Several weeks after human fibroblast
cultures reach senescence, the p21 level continues to diminish gradually as the p16
level increases.(18,19) These findings, and the fact that p21 is not induced in
senescent p53-deficient cells that have a prolonged replicative life, (20,21) suggest
that p53 initiates the inhibition of this cellular replication, at least in part, by inducing
p21. The subsequent increase in p16 then acts to maintain the arrest in cell growth,
leading to senescence. Thus, even though p21 is a marker of cellular aging,
monitoring it ends up being more complex and out of the scope of our study. In
contrast, the observation of p21 levels by flow cytometry, using antibodies that also
measure the degree of protein phosphorylation, may render monitoring of
progression to cellular senescence with p21 useful for research.
There are clear limitations to our study, since only four samples were tested of a
single tissue type and it would be important to compare them to other MSC, for
example, from bone marrow and adipose tissue, to validate this very practical
strategy of assessing the progression of senescence in cultures. Traditionally, cells
have their validation in terms of quality, cell markers, and proliferative capacity made
at low passages (passages 4 or 5), and, in the final phases before therapeutic
application, only microbiological and cytogenetic controls are carried out. The degree
of senescence, that is, the cell capacity for proliferation is not evaluated before their
use. Thus, we believe that it is possible to follow the intracellular increase of p16
during cell expansion with the purpose of cell therapy. This follow-up can be useful to
improve the evaluation of the effectiveness of donor cells, which, together with the
factors inherent to recipients, such as age, and type and severity of the underlying
disease impact the success of therapy with MSC.
CONCLUSION
Follow-up of cell cultures using indirect immunofluorescence of p16, allows
identifying mesenchymal stem cell cultures at risk of reaching replicative
senescence.
ACNOWLEDGMENTS
To the invaluable support of colleagues Helena Malvezzi, Elisangela Farias da Silva,
Fernanda Vieira Paladino, Ana Paula Freitas do Rosário and researcher Andrea
Laurato Sertié.
This study could not be conducted without the contribution of umbilical cord donors
and the generous financial support by the Ruhman family.
AUTHORS´ INFORMATION
Silva A: http://orcid.org/0000-0002-6311-3243
Piccinato CA: http://orcid.org/0000-0002-2872-5957
Sardinha LR: http://orcid.org/0000-0002-1686-129X
Aloia TP: http://orcid.org/0000-0001-6913-8989
Goldberg AC: http://orcid.org/0000-0003-2600-7940
REFERENCES
1. Dominici M, Le Blanc K, Mueller I, Slaper-Cortenbach I, Marini F, Krause D, et al.
Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. The International
Society for Cellular Therapy position statement. Cytotherapy. 2006;8(4):315–7.
2. Al-Nbaheen M, Vishnubalaji R, Ali D, Bouslimi A, Al-Jassir F, Megges M, et al.
Human stromal (mesenchymal) stem cells from bone marrow, adipose tissue and
skin exhibit differences in molecular phenotype and differentiation potential.
StemCellRev Rep. 2013;9(1):32–43.
3. Paladino FV. Potencial imunomodulador de células-tronco mesenquimais
humanas de geleia de Wharton submetidas à senescência replicativa [tese] São
Paulo (SP): Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2017 [citado
2019 Ago 13], Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-
10112017-122109/pt-br.php
4. Owen M. Marrow stromal stem cells. J Cell Sci Suppl. 1988;(Suppl 10):63–
76.Review.
5. Bianco P, Riminucci M, Gronthos S, Robey PG. Bone marrow stromal stem cells:
nature, biology, and potential applications. Stem Cells. 2001;19(3):180–92.Review.
6. Hayflick L. The Limited in Vitro Lifetime of Human Diploid Cell Strains. Exp Cell
Res. 1965;37(3):614–36.
7. Stenderup K, Justesen J, Clausen C, Kassem M. Aging is associated with
decreased maximal life span and accelerated senescence of bone marrow stromal
cells. Bone. 2003;33(6):919–26.
8. d’Adda di Fagagna F, Reaper PM, Clay-Farrace L, Fiegler H, Carr P, Von Zglinicki
T, et al. A DNA damage checkpoint response in telomere-initiated senescence.
Nature. 2003;426(6963):194–8.
9. Alcendor RR, Gao S, Zhai P, Zablocki D, Holle E, Yu X, et al. Sirt1 regulates aging
and resistance to oxidative stress in the heart. Circ Res. 2007;100(10):1512–21.
10. Payão SL, Segato R, Santos RR. Controle genético das células-tronco humanas
cultivadas. Rev Bras HematolHemoter. 2009;31 Suppl 1:15–8.
11. Dasso M. Cellular Aging and Death. CurrProtoc Cell Biol. 2005;27(1):18.0.1-
18.0.2.
12. Campisi J. Senescent cells, tumor suppression, and organismal aging: good
citizens, bad neighbors. Cell. 2005;120(4):513–22.Review.
13. Turinetto V, Vitale E, Giachino C. Senescence in human mesenchymal stem
cells: functional changes and implications in stem cell-based therapy. Int J Mol Sci.
2016;17(7):E1164.Review.
14. Paladino FV, Peixoto-Cruz JS, Santacruz-Perez C, Goldberg AC. Comparison
between isolation protocols highlights intrinsic variability of human umbilical cord
mesenchymal cells. Cell Tissue Bank. 2016;17(1):123–36.
15. Krampera M, Galipeau J, Shi Y, Tarte K, Sensebe L; MSC Committee of
theInternational Society for Cellular Therapy (ISCT). Immunological
characterizationof multipotent mesenchymal stromal cells--The International Society
for Cellular Therapy (ISCT) working proposal. Cytotherapy. 2013;15(9):1054-61.
16. Dominici M, Le Blanc K, Mueller I, Slaper-Cortenbach I, Marini F, Krause D, et al.
Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. The International
Society for Cellular Therapy position statement. Cytotherapy. 2006;8(4):315–7.
17. Hao H, Chen G, Liu J, Ti D, Zhao Y, Xu S, et al. Culturing on Wharton’s jelly
extract delays mesenchymal stem cell senescence through p53 and p16INK4a/pRb
pathways. PLoS One. 2013;8(3):e58314.
18. Stein GH, Drullinger LF, Soulard A, Dulić V. Differential roles for cyclin-dependent
kinase inhibitors p21 and p16 in the mechanisms of senescence and differentiation in
human fibroblasts. Mol Cell Biol. 1999;19(3):2109–17.
19. Alcorta DA, Xiong Y, Phelps D, Hannon G, Beach D, Barrett JC. Involvement of
the cyclin-dependent kinase inhibitor p16 (INK4a) in replicative senescence of normal
human fibroblasts. Proc Natl Acad Sci USA. 1996;93(24):13742–7.
20. Dulić V, Beney GE, Frebourg G, Drullinger LF, Stein GH. Uncoupling between
phenotypic senescence and cell cycle arrest in aging p21-deficient fibroblasts. Mol
Cell Biol. 2000;20(18):6741–54.
21. Medcalf AS, Klein-Szanto AJ, Cristofalo VJ. Expression of p21 is not required for
senescence of human fibroblasts. Cancer Res. 1996;56(20):4582–5.