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    COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO-CIENTÍFICO

    Documentoscopia Básica

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    A cópia do material didático utilizado ao longo do curso é de propriedade da EscolaSuperior da Polícia Civil. Qualuer uso! reprodu"#o ou trans$er%ncia n#o autorizada destedocumento em ualuer meio ou incorpora"#o em ualuer sistema ou pu&lica"#o! s#o

    estritamente proi&idos. 'odos os direitos em rela"#o ao design deste material s#oreservados ( Escola Superior da Polícia Civil. 'odo o conte)do deste material didático é deinteira responsa&ilidade do*s+ autor*es+.

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    SUMÁRIO

    1. 

    PROGRAMA DA DISCIPLINA ..................................................................................  

    1.1. EMENTA ....................................................................................................... 4

    1.2. CARGA HORÁRIA TOTAL ................................................................................. 4

    1.3. OBJETIOS .................................................................................................... 4

    1.4. 

    CONTE!DO PROGRAMÁTICO ......................................................................... 4

    1.". 

    METODOLOGIA ............................................................................................. "

    1.#. CRITÉRIOS DE AALIAÇÃO .............................................................................. "

    1.$. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ...................................................................... "

    MINI CURRICULUM RESUMINDO DO%S& PROFESSOR%ES& CONTEUDISTA%S& ............... 6 

    2. 

    TE'TO PARA ESTUDO ........................................................................................... /

    2.1. 

    D0C12E3'0SC0P4A ...................................................................................................... /

    2.2.  E5E2E3'0S DE SE617A38A ........................................................................................ 9:

    2.3.  A3;54SE D0C12E3'0SC0SC0P4A ............................................................................................................... ?=

    3. 

    2A'E74A5 C02P5E2E3'A7 ................................................................................................ ?@

    3.1. 

    S54DES ............................................................................................................................ ?@

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    ESPC

    1. PROGRAMA DA DISCIPLINA

    1.1 EMENTA

    'ransmitir conecimento &ásico acerca da documentoscopia e demonstrar sua importncia no com&ate ao crime.A&ordar a análise $orense de documentos! com $oco em elementos de seguran"a! assinaturas e demais reuisitos legais!além da análise de suporte e impresses grá$icas.

    1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL

    oras F aula

    1.3 OBJETIOS

    >ornecer aos participantes do curso conecimentos teóricos &ásicos e práticos ue le deem capacidade para procedera análise prévia de documentos apresentados durante os encaminamentos práticos no cotidiano policial.

    1.4 CONTE!DO PROGRAMÁTICO

    UNIDADE I DOCUMENTOSCOPIA

    4ntrodu"#o

    5uz! vis#o e cores

    Estudo do papel

    Constituintes do papel G >i&ras celulósicas! cargas! adesivos ou selantes! corantes! &ranueadores ópticose antiespumantes

    0 processo de $a&rica"#o

    Características G Esta&ilidade dimensional! resist%ncia! $ace de impress#o! dire"#o das $i&ras! espessura!gramatura e cantos

    >ormato

    'ipos

    4mpress#o grá$ica

    4mpress#o por computador

    UNIDADE II ELEMENTOS DE SEGURANÇA

    Em documentos

    4ncorporados ao suporte

    4mpressos em o$sete

    4mpressos por calcogra$ia

    'intas especiais

    UNIDADE III ANÁLISE DOCUMENTOSC5PICA4dentidade e identi$ica"#o

    >alsidade material

    >alsidade ideológica

    Documentos de seguran"a

    Altera"es em documentos

    UNIDADE I GRAFOSCOPIA

    Conceito

    Princípios

    5eis

    >orma"#o do tra"o

    Elementos da escrita

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    1." METODOLOGIA

    Aulas eHpositivas

    Aulas práticasI demonstra"#o de como reconecer documentos aut%nticos e n#o aut%nticos e suascaracterísticas

    Apresenta"#o em Po-er point

    1.# CRITÉRIOS DE AALIAÇÃO

    Prova teórica o&Jetiva

    Participa"#o em sala de aula

    Participa"#o nos eHercícios propostos em sala de aula

    1.$BIBLIOGRAFIA

    2endes! 5amartine Bizarro G Documentoscopia 9. Edi"#o G Editora 2illenium K

    Al&ieri Espindula G Perícia Criminal e Cível 9. Edi"#o G Editora 2illenium @

    Baer 5orenzo P70D18L0 67;>4CA M5ivroN. G S#o Paulo I Senac! ?.

    Bann David 'OE A55 3E P743' P70D1C'403 OA3DB00 M5ivroN. G 3e- Ror I atsonG6uptill Pu&lications!:.

    >alat 5uiz 7o&erto > e 7e&elo >ilo Oidel&rando 2agno E3'E3DE3D0 0 5A1D0 PE74C4A5 67A>0'TC34C0 EA 67A>0SC0P4A M5ivroN G Curiti&a K

    >arias Priscila ttpIFF&r.geocities.comFpauloU-UdesignerFtipologia.O'2 M0nlineN V Peueno 6lossáriorelacionado a tipogra$ia.

    OeadleW 6-Wn 'OE E3CRC50PAED4A 0> >03'S M5ivroN. G 5ondon I Cassell 4llustrated! ?.

    5upton Ellen 'O43436 4'O 'RPE M5ivroN. G 3e- Ror I Princeton Arcitectural Press! .

    Sousa 2iguel 614A DE '4P0S. G Stuttugart I Ms.n.N!

    MINI CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSORP6(7,//(6 Camila Santos ;vila

    T*89:( Pós 6raduada em Perícia >orense pelo 4P06

    Papiloscopista Policial no 4nstituto de 4denti$ica"#o da Polícia Civil do Estado de 6oiás. Pós 6raduanda em Qualidade eProcessos pelo Programa >6X Corporativo. Pós 6raduada em Perícia >orense pelo 4P06 e em 6erenciamento deSeguran"a P)&lica pela 1niversidade Estadual de 6oiás. 'ecnóloga em Processamento de Dados $ormada pela >aculdadeAnanguera de Ci%ncias Oumanas.

    >oi Analista de Sistemas na empresa 5a&oratório Atalaia. >oi Coordenadora da Se"#o de Sistematiza"#o de PadresPapiloscópicos! da Se"#o de Xeri$ica"#o Biométrica e atualmente é Coordenadora do PlaneJamento Estratégico do4nstituto de 4denti$ica"#o de 6oiás.

    ;reas de atua"#oI 'ecnologia da 4n$orma"#o! Papiloscopia! Documentoscopia! Coleta de 4mpress#o Digital! Ela&ora"#ode Pareceres Papiloscópicos e 4n$orma"es 'écnicasY Con$ronto PapiloscópicoY 3o"es do Sistema A>4S! Sistema A>4SY

    PotosopY 2eloramento de 4magem. 

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    2. TE'TOS PARA ESTUDO

    UNIDADE I DOCUMENTOSCOPIA4ntrodu"#o

    A Documentoscopia ocupaGse da análise $orense de documentos. A palavra

    $orense é aui aplicada em um sentido mais amplo do ue simplesmente Judicial. T um

    empréstimo do ingl%s Forensic  usado no termo Forensic  Science! ue é a aplica"#o das

    mais diversas áreas da ci%ncia para a elucida"#o de uestes Judiciais. A

    Documentoscopia é! portanto! uma ZCi%ncia >orense[ \ ue estuda os documentos para

    veri$icar se s#o aut%nticos e! em caso contrário! determinar a sua autoria.

    A documentoscopia se distingue de outras disciplinas! ue tam&ém se

    preocupam com os documentos! porue ela tem um cuno nitidamente policialI n#o se

    satis$az com a prova da ilegalidade do documento! mas procura determinar uem $oi o

    seu autor! os meios empregados! o ue n#o ocorre com outras.

    Quanto ao o&Jeto de estudo da Documentoscopia! a primeira e mais ampla

    acep"#o encontrada no 3ovo Dicionário Aurélio para a palavra documento é ZQualuer

    &ase de conecimento $iHada materialmente e disposta de maneira ue se possa utilizar

    para consulta! estudo! prova! etc.[. Essa de$ini"#o é &astante adeuada para a

    Documentoscopia! pois permite $ugir da tend%ncia de somente se imaginar um

    documento como uma pe"a de papel.

    Con$orme registrado por *ESP43D15A! @ p. 9?+! documento é todo o&Jeto ou

    $ragmento de o&Jeto ue contena caracteres escritos! gravados ou pintados! ue seJam

    a eHpress#o de uma ideia ou de um deseJo e possam ser acatados como provadocumental G *Pro$. Antonio 3unes da Silva G 7]+.

    1m documento é composto

    Xoltando ao termo análise! o propósito de um eHame documentoscópico é

    determinar por uem! uando e de ue maneira um documento $oi criado! &em como se

    so$reu alguma altera"#o após a sua $eitura. Essas in$orma"es é ue permitir#o concluir

    se o documento é aut%ntico ou $also! e se so$reu altera"es *adultera"es+ ou n#o.

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    0 3ovo Dicionário Aurélio de$ine autêntico como auilo ZQue é do autor a uem

    se atri&ui.[ Para a Documentoscopia n#o poderia aver melor de$ini"#o Já ue! com suas

    análises podeGse determinar apenas uem $ez um documento. A veracidade! o signi$icado

    e a importncia das in$orma"es nele eHistentes geralmente est#o $ora do escopo daDocumentoscopia.

    3esse mesmo dicionário! o termo alteração é de$inido como Z$alsi$ica"#o!

    adultera"#o[! mas tam&ém como Zmudan"a! modi$ica"#o[! e ainda como Zmudan"a em

    teHto $eita na $ase de revis#o e ue pode consistir em acréscimo! supress#o ou simples

    modi$ica"#o[. Essa )ltima acep"#o é classi$icada como da área da Editoração! mas

    tam&ém é adeuada para a Documentoscopia! pois nem toda altera"#o o&servada em um

    documento pode ser decorrente de uma $raude ou adultera"#o. Ainda ue isso n#o seJa a

    principal preocupa"#o do perito documentoscópico! e ue um laudo pericial deva

    restringir se a detales técnicos *deiHandoGse os aspectos Jurídicos para o ]uiz de Direito+!

    deveGse ter em mente ue altera"es podem ser $eitas de &oa $é! ou seJa! com o

    conecimento e de comum acordo entre todas as partes envolvidas.

    Em diversos países! e notadamente nos E1A! o pro$issional em documentoscopia

    é camado Forensic Document Examiner *>DE+! enuanto ue no Brasil usaGse o termo

    Zperito em documentoscopia[. A palavra Zperito” é aui empregada em seu sentido mais

    amploI ZAuele ue é sa&edor ou especialista em determinado assuntoY eHperto.[

    Con$orme *E55R! et al.! : p. K+! um >DE deve ser muito mais do ue um

    técnicoI deve ser um cientista! pois os métodos usados por ele s#o cientí$icos! seu

    tra&alo deve ser minucioso e totalmente o&Jetivo \ sem in$lu%ncias de préGconcep"es

    ou de ideias das partes envolvidas.

    3a verdade! a $un"#o desse pro$issional é contar o&Jetivamente a real istória de

    um documentoI como! uando e por uem ele $oi produzido e ue altera"#o so$reu

    depois de pronto. Para isso! s#o necessários conecimentos em diversas áreas! como! por

    eHemploI

    Artes grá$icas! pois vários documentos o$iciais e de seguran"a s#o produzidos por

    impresses grá$icas das mais variadas naturezas. Além disso! muitos $alsários pro$issionais

    tam&ém utilizam essas técnicasY

    4n$ormática! especialmente nas áreas de impress#o e imagens grá$icas! ueatualmente permitem a realiza"#o de $alsi$ica"es de eHcelente ualidade em resid%ncias

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    ou peuenos escritórios. Além disso! um sem n)mero de documentos normais é

    produzido com esses mesmos recursosY

    6ra$oscopia *análise de manuscritos+ é talvez a área mais importante e compleHa

    da Documentoscopia! e por vezes os eHames documentoscópicos se restringem acon$rontos gra$oscópicosY

    Papel! como esse material é o mais $reuentemente utilizado na produ"#o de

    documentos! suas características devem ser conecidas. Além do papel! outros tipos de

    suporte tam&ém t%m sido muito utilizados atualmente! como por eHemplo! os polímeros

    plásticosY

    'intas n#o apenas as tintas grá$icas e de impressoras domésticas! mas tam&ém

    tintas de carim&os! canetas e outros instrumentos de escrita e de impress#o. 0s próprios

    instrumentos tam&ém devem ser estudadosY

    'ipologia o conecimento das $ontes *tipos de caracteres+ empregadas em um

    documento pode su&sidiar sua análiseY

    >otogra$ia n#o apenas porue um relatório de eHame deve conter imagens

    ilustrativas! mas tam&ém porue! por vezes! o próprio documento eHaminado é uma

    $otogra$ia.

    Este material n#o $oi produzido com a inten"#o de esgotar tais assuntos \ tare$a

    ue seria totalmente impossível. Ser#o apresentadas in$orma"es &ásicas!

    complementadas em aula! além de $ontes de consulta para pesuisas ue permitir#o

    apro$undar os conecimentos.

    5uz! vis#o e cores

    A luz é uma das várias $ormas de energia conecidas e! como tal! tem acapacidade de alterar o estado da matéria e realizar a"#o ou tra&alo.

    'ratandoGse o tema apenas super$icialmente! podeGse dizer ue a energia n#o é

    criada nem destruída! apenas trans$ormada. Ela é uma $orma de energia! e pode ser

    convertida em ou o&tida de vários outros tipos de energia.

    Assim como a energia! a matéria! em condi"es normais! tam&ém n#o é $ormada

    nem destruída! so$rendo apenas trans$orma"es. 3o entanto! distingueGse da energia por

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    apresentar massa e ocupar lugar no espa"o! Já ue é constituída de átomos! ue por sua

    vez s#o $ormados por diversas partículas elementares! entre elas os prótons e os elétrons.

    0s primeiros! mais pesados e possuidores de cargas elétricas positivas!

    concentram se no n)cleo at^mico. 0s elétrons! mais leves e com cargas negativas! giramao redor do n)cleo em uma velocidade altíssima.

    I+;,+ 1. 7epresenta"#o esuemática de um átomo. 

    Assim como a água em movimento! os elétrons tam&ém possuem uma

    uantidade de energia intrínseca! ue varia con$orme o nível em ue est#o localizadosI

    uanto mais a$astados do n)cleo mais energéticos.

    Da mesma maneira ue as outras $ormas de energia! a luz tem a capacidade de

    interagir com a matéria *o envelecimento do papel! causado pela eHposi"#o ( luz ou ao

    calor é um eHemplo disso+. 1m $óton1  de luz pode ser a&sorvido por algum desses

    elétrons! ue terá ent#o sua energia aumentada! e migrará para um nível mais eHterno.

    Por razes ue $ogem do propósito deste capítulo! essa altera"#o desesta&iliza o átomo e!

    para voltar ao seu estado normal! auele elétron precisa Zdevolver[ a energia rece&ida!

    na mesma medida *porém n#o necessariamente da mesma $orma ue rece&eu+! muitas

    vezes so& a $orma de luz.

    I+;,+ 2. 7epresenta"#o da eHcita"#o de um elétron causada por a&sor"#o de energiae a posterior elimina"#o dessa energia! ue muitas vezes se dá so& a $orma de luz. 

    K >ótonI uantidade &ásica *unitária+ de energia da luz.

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    0s olos umanos s#o sensíveis somente ( luz com comprimento de onda entre

    e / nan^metro *nm+! unidade mais prática para os presentes propósitos! e euivale

    a um &ilionésimo de metro ou um milionésimo de milímetro! raz#o por ue essa $aiHa é

    conecida como regi#o espectral visível ou luz visível. T costumeiro re$erirGse ( luz visívelcomo simplesmente luz e (s demais $aiHas como radia"es eletromagnéticas! ainda ue

    as radia"es de todas as $aiHas tenam a mesma natureza! e possam tam&ém ser

    camadas de luz.

    0 espectro eletromagnético é o conJunto de radia"es pertencentes a todas as

    $aiHas de comprimento de onda conecidas! e é representado como na imagem a seguirI

    I+;,+ 3. 0 espectro eletromagnético! representado apenas parcialmente

    A $aiHa de luz visível é representada no centro da escala para servir como

    re$er%ncia.

    _ sua direita est#o as $aiHas menos energéticas! por ordemI in$ravermelo *4.X.+!

    microondas e ondas de rádio *n#o representadas+. 'odas essas radia"es possuem

    comprimentos de onda grandes demais para serem captados pelos olos umanos.

    _ esuerda est#o as $aiHas mais energéticasI ultravioleta *1.X.+! raiosGH e raios

    gama *`+. Essas radia"es t%m comprimentos de onda muito menores ue a luz visível e

    s#o t#o energéticas ue causam danos ( sa)de.

    De todas essas $aiHas! o visível! o ultravioleta e o in$ravermelo s#o as de maior

    interesse para a Documentoscopia.

    A regi#o espectral visível! comumente representada pelas cores do arcoGíris!

    apresenta certa eterogeneidade uanto a comprimento de onda *+! variando entre

    e / nm. 4sso signi$ica ue algumas dessas radia"es s#o mais energéticas ue outras. Asradia"es com um entre :K e / nm! p. eH.! s#o perce&idas pelo sistema visual

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    umano como vermelas! enuanto ue auelas com entre e :nm! mais

    energéticas! s#o perce&idas como violeta.

    I+;,+ 4. >aiHas de comprimento de onda *em nan^metros+ e as respectivas cores ues#o reconecidas pelo sistema visual umano

    Estudo do papelA inven"#o do papel é atri&uída ao cin%s 'sbai 5un! no ano K?. Em meados do

    século X444! com a conuista dos cineses pelos ára&es! o papel $oi introduzido na Europa

    através da Península 4&érica! espalandoGse daí para o mundo inteiro.

    0 papel consiste em uma trama de $i&ras vegetais *celulósicas+ entrela"adas!

    misturada com uma vasta gama de su&stncias usadas para incrementar algumas de suas

    características! como alvura! opacidade! lisura! &rilo! resist%ncia! $leHi&ilidade!

    esta&ilidade dimensional e uni$ormidade! entre outras. Cada uma dessas propriedades

    precisa ser mantida dentro de um patamar ideal *ou! pelo menos! aceitável+ para a

    $inalidade ue terá o papel. Por eHemplo! papéis $otográ$icos precisam ser eHtremamente

    alvos e lisos! para ue a impress#o produza o máHimo contraste e as cores esteJam o mais

    próHimo possível da realidade. Papéis para a impress#o de livros eHtensos *Bí&lias e

    dicionários! p. eH.+ precisam ser $inos e altamente opacos! e papéis para Jornais devem

    ser! acima de tudo! &aratos.

    Essas características depender#o das matériasGprimas empregadas e dos

    métodos e euipamentos usados na produ"#o do papel.

    Constituintes do papel

    0s papeis s#o constituídos por $i&ras celulósicas! cargas! adesivos ou selantes!

    corantes! &ranueadores ópticos e antiespumantes.

    As >i&ras celulósicas s#o o ingrediente &ásico para a produ"#o do papel.Qualuer vegetal possui $i&ras celulósicas! mas nem todos s#o apropriados para essa

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    $inalidade. As $i&ras vegetais como as $i&ras de lino e de algod#o *usadas no papelG

    moeda de diversos países+ s#o as mais longas! e por isso produzem papéis mais

    resistentes! porém menos lisos. As $i&ras de  pinus s#o mais curtas! e con$erem menos

    resist%ncia! porém permitem a o&ten"#o de um papel mais liso. 0 eucalipto! matériaGprima mais usada no Brasil! possui $i&ras ainda mais curtas.

    Para serem usadas na produ"#o de papel! as $i&ras precisam ser separadas dos

    outros constituintes da madeira. EHistem dois processos &ásicos de separa"#oI

    0 mecnico! proporciona maior rendimento! mas menor ualidade! pois a

    moagem provoca a ue&ra das $i&ras! e muitos componentes indeseJáveis da madeira n#o

    s#o removidos \ como a lignina! a emicelulose e algumas resinas! ue so$rem

    decomposi"#o por a"#o de luz e calor! e! com o tempo! deiHam o papel mais escurecido e

    ue&radi"o. 2ais usado na produ"#o de papéis para Jornais! len"os e guardanaposY

    0 uímico consiste em colocar peuenas lascas de madeira em uma solu"#o de

    soda cáustica e sul$ato ou sul$ito. A seguir! essa mistura é agitada e auecida em alta

    temperatura e press#o. Assim! as $i&ras s#o desprendidas e separadas do material

    orgnico indeseJável! sendo depois disso lavadas e alveJadas antes de sua utiliza"#o. Esse

    processo é mais caro e poluente! mas produz um papel de melor ualidade.

    Durante a produ"#o do papel! essa massa de $i&ras so$re adi"#o de água e vários

    outros produtos.

    Cargas * fillers+

    S#o su&stncias usadas para dar volume ao papel! mas tam&ém con$erem lisura

    *pois preencem os vazios entre as $i&ras+! &rilo e opacidade. Além disso! aumentam a

    capacidade de a&sor"#o do papel *para os solventes das tintas+ e sua esta&ilidade

    dimensional *pois! ao contrário das $i&ras! n#o se dilatam com o aumento da umidade+.

    3o entanto! as cargas diminuem a resist%ncia do papel.

    Adesivos ou selantes

     0s alveJantes t%m por $inalidade ue&rar as moléculas de lignina e emicelulose remanescentes! li&erandoa celulose pura! o ue torna o papel mais claro.

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    S#o su&stncias usadas para incrementar a ader%ncia entre as $i&ras celulósicas e

    para a reten"#o das cargas * fillers+. EHemplosI amido! gelatina! gomas e polímeros

    sintéticos.

    Corantes1sados para produzir papéis coloridos.

    Branueadores ópticos

    S#o su&stncias luminescentes adicionadas aos papéis &rancos para aumentar

    sua alvura. A capacidade ue essas su&stncias t%m de emitir luz visível uando eHpostas

    ao 1X *inclusive o da luz solar+! $az com ue o papel pare"a ainda mais &ranco.

    Antiespumantes

    1sados para evitar a $orma"#o de &olas na massa do papel.

    0 processo de $a&rica"#o do papel

    1ma etapa su&seuente! ue tem por o&Jetivo melorar a ualidade do papel! é

    o re$inamento *Zrefining[ ou Zbeating[+. As $i&ras *em suspens#o+ passam pelo interior de

    uma cmara com lminas giratórias! so& press#o! so$rendo atrito e ue&ras! o ue gera

    $i&rila"es \ isto é! a li&era"#o de micro$i&rilas nas paredes das $i&ras \ ue ir#o aumentar

    sua capacidade de liga"#o com outras $i&ras e constituintes do papel.

    I+;,+ " Aspecto das $i&ras celulósicas sem re$inamento *em cima+ e com re$inamento*em&aiHo+.

    45S03 5. A. ?(@ A(* P0,6 G Se-icleW *1SA+I 6A'>Press! K@@=.

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    0s aditivos podem ser misturados (s $i&ras antes ou depois do re$inamento! e

    ent#o a pasta estará pronta para entrar na máuina ue irá trans$ormáGla em papel! ue

    pode serI

    0 processo >ourdrinier! consiste em admitir a massa por uma a&ertura laminar!caindo so&re uma tela comprida *wire mesh+ de trama muito $ina! ue se movimenta

    continuamente so&re uma esteira. 3essa $ase a massa de papel é constituída por mais de

    @@ de água! ue tende a escorrer pela tela! separandoGse dos componentes sólidos *ver

    Z>ace de impress#o[! adiante+.

    I+;,+ # Esuema de um dandy-roll . O47D . >.! O77/, L=(;60) T,)=(8(; G 'inleW

    Par *1SA+I 6oodeartGillcoH CompanW! 4nc.!

    A )ltima $ase da produ"#o do papel é a calandragem. Calandra é um cilindro de

    a"o &astante liso e auecido! ue pressiona a $ola de papel ao término do processo!

    proporcionando maior lisura! omogeneidade e &rilo! mas provocando diminui"#o de

    opacidade! rigidez! espessura e capacidade de a&sor"#o.

    I+;,+ $ CalandraBA33! DAX4D T=, A88 N,@ P6 P6(>*)( H>(( G 3e- RorI atsonG6uptill

    Pu&lications! :

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K?

    0 processo >ourdrinier convencional produz um papel com uma das $aces menos

    lisas *a in$erior! ue esteve em contato com a tela+. Por essa raz#o! $oram desenvolvidas

    máuinas capazes de produzir papéis com as duas $aces igualmente lisas! as twin-wire ou

    two-sided drainage machines! usadas para produ"es de alta ualidade. A grande maioriados papéis comerciais é produzida com esse tipo de euipamento! ue apresenta grande

    capacidade de produ"#o! altíssima velocidade de opera"#o e menor custo em rela"#o a

    outros métodos.

    E ainda o processo ue utiliza as máuinas cilíndricas! ue possuem um cilindro

    oco! com paredes tam&ém em tela! parcialmente mergulado em um cont%iner com a

    massa de papel. Ao girar! o cilindro carrega uma por"#o dessa massa! e a água é

    eliminada! tam&ém por gravidade! para o seu interior. Este método permite produzir

    papéis mais espessos! mas é mais lento ue o >ourdrinier.

    As máuinas cilíndricas permitem produzir marcasGdbágua do tipo Dandy-roll !

    mas possi&ilitam tam&ém a produ"#o de marcasGdbágua ould-made! mais ela&oradas e

    seguras ue as primeiras.

    CARACTERÍSTICAS DO PAPEL 

    Esta&ilidade dimensionalI 1ma característica do papel é sua tend%ncia a

    dilata"#o uando eHposto a umidade. 2as como elas est#o $ortemente ligadas umas (s

    outras! ualuer varia"#o individual irá se re$letir em toda a trama. Por essa raz#o! papéis

    com graus de re$inamento mais elevados apresentam menor esta&ilidade dimensional!

    pois suas $i&ras encontramGse mais $ortemente unidas.

    7esist%nciaI 1m pouco da resist%ncia do papel vem do entrela"amento $ísico de

    suas $i&ras. 2as o principal $ator s#o as liga"es ue ocorrem entre as moléculas de

    celulose \ o principal constituinte das $i&ras \ ue podem ser des$eitas por a"#o da água.

    Essa é a raz#o por ue o papel aduire resist%ncia gradativamente durante sua secagem!

    e tam&ém por ue ele se des$az uando molado.

    >ace de impress#oI Durante sua passagem por uma máuina >ourdrinier

    convencional! a massa de papel é estendida so&re uma tela muito $ina! por onde escorre

    somente a água! permanecendo todos os demais constituintes. 3essa $ase! ocorre certa

    decanta"#o dos constituintes sólidos! sendo ue os mais densos *como as $i&ras+

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K:

    depositamGse predominantemente no lado in$erior e os menos densos permanecem em

    maior uantidade próHimo ( $ace superior da $ola de papel em $orma"#o.

    Assim! a $ace in$erior conterá maior uantidade de $i&ras! e $icará um pouco mais

    áspera ue a superior! mais rica em outros componentes. Essa é a raz#o por ue ospapéis comuns t%m um lado mais liso! geralmente indicado na em&alagem como sendo o

    pre$erencial para impress#o. Além disso! as $i&ras da $ace in$erior apresentam um

    direcionamento mais pronunciado ue as da $ace superior.

    EHistem! no entanto! processos especiais ue permitem a produ"#o de papéis

    com as duas $aces igualmente lisas! &em como! papéis revestidos em um ou em am&os os

    lados.

    Dire"#o das $i&rasI 3os papéis $eitos a m#o! as $i&ras distri&uemGse

    randomicamente em todas as dire"es! sendo essa situa"#o a ideal. A grande maioria dos

    papéis comerciais! no entanto! é produzida em máuinas e! nesse caso! as $i&ras tendem

    a se orientar predominantemente no sentido em ue o papel percorreu a máuina.

    I+;,+ Esuema da $orma"#o de um padr#o direcional durante a produ"#o do papel45S03 5. A. ?(@ A(* P0,6 G Se-icleW *1SA+I 6A'>

    Press! K@@=

    Assim! esse Zdirecionamento[ longitudinal do papel! mais do ue mera

    orienta"#o de $i&ras! consiste na $orma"#o de um padr#o *grain+ de comportamento do

    papel! ue apresentará algumas de suas características *esta&ilidade dimensional! p. eH.+

    mais pronunciadas no sentido longitudinal da $ola e outras *$leHi&ilidade+ no sentido

    transversal.

    A dire"#o das $i&ras é um dado $undamental para os pro$issionais grá$icos! mas

    tam&ém tem alguma importncia para a Documentoscopia. Por eHemplo! todas as $olas

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K/

    de uma resma de papel apresentam o mesmo direcionamento de $i&ras *transversal ou!

    mais comumente! longitudinal+. Assim! esperaGse ue em um documento com várias

    $olas! todas elas apresentem o mesmo direcionamento de $i&ras. 1ma $ola com

    disposi"#o di$erente das demais é um indício de su&stitui"#o *porém! n#onecessariamente de $raude+.

    I+;,+ Direcionamento das $i&ras durante a produ"#o do papel *grain direction+ e asduas possíveis maneiras com ue o corte $inal das $olas pode ser $eito *grain long e grain short +

    EXA3S P. F(6+/ F(8>/ > S,/ G 6loucester *1SA+I 7ocport Pu&lisers!

    EHistem várias maneiras de se desco&rir a dire"#o das $i&ras do papel *a maioria

    delas! porém! é destrutiva+! todas &aseadas na menor esta&ilidade dimensional! na maior

    resist%ncia ao rasgo ou na maior rigidez ue o papel apresenta transversalmente ao

    sentido de suas $i&ras. 3as em&alagens de resmas! a dire"#o das $i&ras é a segunda

    dimens#o indicada *(s vezes é su&linada+. EH.I Kmm @/mmI as $i&ras s#o paralelas

    ao maior lado do papel.

    I+;,+ 1 1ma maneira de esta&elecer a dire"#o das $i&ras em $olas de papel. Asduas tiras t%m o mesmo tamano. A tira de &aiHo é mais $leHível devido ao direcionamento de

    suas $i&ras *transversal+45S03 5. A. ?(@ A(* P0,6 G Se-icleW *1SA+I 6A'>

    Press! K@@=

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K=

    EspessuraI é a distncia entre as duas $aces de uma $ola! medida em

    micr^metros *o mesmo nome dado ao aparelo usado para sua medi"#o+. Pode

    apresentar grandes varia"es em $olas de papéis de ualidade média ou &aiHa e! por

    isso! deve ser medida em vários pontos.6ramaturaI é a massa de um metro uadrado de papel! dada em gramas. Por

    eHemplo! um papel ue apresente gramatura /?! pesa /? gFm. A gramatura depende

    muito da espessura do papel! mas tam&ém de sua composi"#o. Alguns papéis cont%m

    micro&olas de ar em seu interior! e apresentam uma gramatura aparentemente

    peuena para a sua espessura.

    CantosI as modernas e precisas técnicas de corte industrial produzem $olas com

    cantos em ngulos retos! sendo raros os cortes $ora de esuadro. EHistem cortes

    arredondados! usados em Bí&lias! diários e peuenos dicionários! ue s#o $eitos após a

    montagem do caderno! com um euipamento ue possui uma lmina arredondada!

    parecida com um $orm#o.

    >ormatos de papel

    Durante sua $a&rica"#o! o papel é enrolado em grandes &o&inas! ue podem

    pesar até ? toneladas! mas sua comercializa"#o se dá em &o&inas menores ou em $olas.

    A $im de evitar desperdícios e otimizar o aproveitamento do papel! o tamano dessas

    &o&inas e $olas comerciais $oi padronizado! $or"ando todas as grá$icas do mundo a se

    adaptarem a alguns $ormatos préGesta&elecidos.

    I+;,+ 11 Esuema dos possíveis cortes no $ormato internacional! e as medidas para

    cada tamano de $ola

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    ESPC K@

    I+;,+ 12 Esuema dos possíveis cortes no $ormato internacional! e as medidas paracada tamano de $ola

    Tipo/ 

     !cid-freeI é um papel com pO neutro ou alcalino. Possui maior dura&ilidade ue

    os papéis ácidos! ue! com o tempo! tendem a aduirir uma tonalidade amarelada.

    Papel JornalI papel constituído totalmente *ou em sua maior parte+ por $i&ras

    mecnicas! apresentando &aiHa ualidade.

    Papéis mistosI possuem $i&ras mecnicas misturadas com $i&ras uímicas! ue

    meloram suas ualidades! sem encarecer demasiadamente o processo.

    Papéis revestidosI apresentam uma camada de caulim ou giz em um ou em

    am&os os lados. 0 revestimento proporciona uma super$ície eHtremamente lisa!

    adeuada para a impress#o de imagens.

    Papéis plásticosI podem ser totalmente $eitos de plástico ou apresentar uma

    camada plástica so&re uma &ase de papel. S#o usados em livros in$antis e em impressos (

    prova dbágua.

    Papel autocopiativo G *carbonless copying paper +I s#o produzidos em $orma detalonários de m)ltiplas vias! apresentando microcápsulas com um pigmento incolor no

    reverso e microcápsulas com uma su&stncia ue reage com esse pigmento! tornandoGo

    colorido! no anverso. A press#o de uma caneta ou máuina de escrever rompe algumas

    cápsulas li&erando am&as as su&stncias! ue ir#o reagir uimicamente e produzir cor.

    3aturalmente ue o anverso da primeira via e o reverso da )ltima n#o dever#o conter

    essas su&stncias.

    SÉRIE C - Medidas C0  917 x 1297C1  648 x 917 mm C2  458 x 648 mm C3  324 x 458 mm 

    C4  229 x 324 mm C5  162 x 229 mm C6  114 x 162 mm C7  81 x 114 mm C8  57 x 81 mm C9  40 x 57 mm C10  28 x 40 mm 

    SÉRIE B - Medidas B0  1000 x 1414B1  707 x 1000 mm B2  500 x 707mm B3  353 x 500 mm 

    B4  250 x 353 mm B5  176 x 250 mm B6  125 x 176 mm B7  88x 125 mm B8  62 x 88 mm B9  44 x 62 mm B10  31 x 44 mm 

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    ESPC

    4mpresses grá$icas

    A $un"#o de uma impressora grá$ica é &asicamente depositar tinta so&re uma

    determinada super$ície *papel! plástico! etc+! em uantidades adeuadas e em

    localiza"es eHatas. A principal di$eren"a entre os diversos métodos de impresses

    grá$icas é a $orma com ue isso é $eito.

    1m impresso consiste em uma por"#o de tinta so&re um determinado suporte

    *papel! p. eH.+! geralmente &ranco! com o ual essa tinta irá contrastar! $ormando assim a

    imagem deseJada.

    3a terminologia grá$ica! a imagem a ser impressa é camada de arte. 1ma arte

    pode ser constituída de teHtos! desenos! $otogra$ias ou $iguras diversas *inclusive uma

    mistura de tudo isso+.

    3as impresses grá$icas convencionais *n#o digitais+! essa arte precisa ser

    trans$ormada em um molde *matri"+! ue será usado para a aplica"#o da tinta! mais ou

    menos como acontece com um carim&o.

    1m impresso grá$ico pode ser constituído de tra"os contínuos \ como ocorre em

    desenos $eitos ( m#o \ ou de min)sculos pontos de tinta! indistinguíveis a olo nu. Esses

    pontos s#o distri&uídos de maneira altamente organizada e! coletivamente! s#o

    camados de ret#cula. 0s impressos ue os cont%m s#o ditos reticulados.

    0s impressos a traço *n#o reticulados+ apresentam sérias limita"es na

    reprodu"#o de imagens com varia"es tonais contínuas *$otogra$ias! p. eH.+! sendo mais

    adeuados para teHtos! desenos e grá$icos. ]á os impressos reticulados s#o os mais

    adeuados para a reprodu"#o de $otogra$ias e imagens ue apresentem varia"es

    graduais de tonalidade. Além disso! o uso de retícula permite ue se o&tena

    praticamente ualuer cor a partir de apenas uatro tintasI ciano! magenta! amarela epreta *C2RI $ian! agenta! %elow e blac& +.

    Alguns métodos grá$icos permitem imprimir tanto a tra"o uanto com retículas!

    inclusive em uma mesma $ola. T o caso do o$sete e da $leHogra$ia! por eHemplo. 0utros!

    como a tipogra$ia e a calcogra$ia! s#o mais adeuados para impresses a tra"o.

    'ipogra$ia

    T um processo de impress#o direto! $eito com matrizes metálicas em alto relevo

    *tipos ou clic%s+! ue cont%m a imagem invertida do teHto *eFou da $igura+ ue será

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K

    impresso. A matriz rece&e! por meio de rolos entintadores! uma $ina camada de tinta e

    ent#o é prensada contra o papel. A trans$er%ncia da imagem para o papel se dá por

    contato direto *por isso a matriz precisa apresentar as imagens invertidas! como em um

    carim&o+. Em outras palavras! somente a parte mais alta dos tipos rece&e tinta! ue éent#o Zcarim&ada[ no papel.

    As matrizes podem ser planas ou curvas *para máuinas rotativas! mais velozes+!

    e s#o constituídas de tipos móveis! ue possuem a $orma de um paralelepípedo!

    contendo em uma das eHtremidades a imagem invertida de um caractere em alto relevo.

    Para imprimir teHtos! os tipos móveis s#o agrupados manualmente por um

    pro$issional camado compositor tipográ$ico. Cada tipo corresponde a uma letra!

    algarismo! sím&olo ou espa"o. Após a prepara"#o de uma página inteira! esta será

    impressa em uma máuina manual ou automática.

    I+;,+ 13 'ipos móveis sendo usados para compor uma matriz tipográ$ica. 2ova&letWpe *@! 2aW K@+. 4n 'i(ipedia) *he Free Encyclopedia. 7etrieved I! 2aW ! @! $rom

    ttpIFFen.-iipedia.orgF-FindeH.pptitleV2ova&leUtWpefoldidV@@/= 

    A tinta tipográ$ica precisa ser pastosa! para aderir satis$atoriamente ( matriz

    metálica. Por esse motivo! sua secagem é lenta e se dá principalmente por penetra"#o no

    papel e por oHida"#o de seus componentes.

    As máuinas de impress#o tipográ$ica realizam alguns servi"os especiais de

    aca&amento grá$ico! como a numera"#o seuencial de talonários *seu principal uso em

    documentos de seguran"a+! impress#o em papéis grossos e em relevo seco. Porém! a

    tipogra$ia é um processo demorado! ue o$erece di$iculdades para impress#o de imagens!

    especialmente as coloridas e as ue possuem detales min)sculos! e atualmente

    apresenta um custo mais elevado ue o de outros sistemas de impress#o! tendendo a cair

    em desuso.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC

    I+;,+ 14. 7epresenta"#o esuemática do processo de impress#o tipográ$ico. De &aiHopara cima! é mostrada a matriz a ser impressa *clic%+! a tinta nela depositada! o papel e o rolo

    ue aplica a press#o. 2ais em cima está representado a $ola de papel impressa! depois deretirada da máuina

    I+;,+ 1". 7epresenta"#o esuemática de tr%s $ases da impress#o tipográ$ica. _esuerda! um tipo em alto relevo Já entintado ainda n#o tocando o papel. 3o centro *ampliado+! o

    tipo é pressionado contra o papel! ue so$re de$orma"#o nas duas $aces. 0corre ainda umespalamento da tinta pastosa nas laterais do tipo. _ direita! o a$astamento do tipo! ue podecarregar Junto um pouco da tinta! deiHando algumas imper$ei"es e so&ras *eHcessos+ de tinta na

    peri$eria da regi#o impressa *alo tipográ$ico+

    Características da impress#o tipográ$icaI

    BaiHo relevo! (s vezes com a&aulamento no reverso do papelY

    Oalo tipográ$icoY

    Co&ertura de tinta n#o uni$orme em linas longas. 

    I+;,+ 1#. Características da impress#o tipográ$icaI ( esuerda! &aiHo relevo das linase caracteres impressosY ( direita! co&ertura incompleta em linas longas *setas+

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9

    Calcogra$ia 

    A impress#o calcográ$ica *intaglio printing+ surgiu em torno do ano K9. T uma

    modalidade de impress#o direta ue consiste na trans$er%ncia de tinta de sulcos

    eHistentes em uma capa matriz metálica para o papel *encavogra$ia+. A tinta é

    depositada na super$ície de uma capa auecida! na ual a arte a ser impressa $oi

    previamente gravada em &aiHo relevo. A seguir! a tinta é removida de toda a super$ície da

    placa! permanecendo apenas nos sulcos. A trans$er%ncia da tinta remanescente para o

    papel é $eita em uma prensa calcográ$ica! com uso de alta press#o e calor! $ormando um

    deseno em alto relevo.

    I+;,+ 1$. 7epresenta"#o esuemática do processo de impress#o calcográ$ico. De&aiHo para cima! s#o mostrados o molde a ser impresso *capa escavada+! a tinta depositada nas

    cavidades! o papel e o rolo ue aplica a press#o. 3este caso! a press#o é altíssima! a ponto decausar a$undamento do papel. 2ais acima! está representada a $ola de papel depois de impressa

    e retirada da máuina! com uma impress#o em altoGrelevo

    I+;,+ 1. Corte de uma $ola de papel com impress#o calcográ$ica! mostrando o altorelevo na $ace impressa e um discreto &aiHo relevo na $ace reversaXA3 7E3ESSE 7. 5. O0)8 D()*+, S,)*6 G BostonI Artec Oouse! ?

    Características da impress#o calcográ$icaI

    Alto relevo! com um discreto &aiHo relevo no reversoY

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC

    Espalamento *s+uee"ing+ de tinta nas laterais das linas impressasY

    Capacidade de produzir linas muito $inas com nitidezY

    7iueza de varia"es tonais em regies impressas com uma )nica tinta! devido (

    capacidade de variar tanto a espessura uanto a altura das linas produzidas.

    I+;,+ 1. Características da impress#o calcográ$icaI _ esuerda! o espalamento detinta devido ( press#o aplicada so&re o papel. _ direita! a riueza de varia"es tonais e capacidade

    de produzir linas $inas e nítidas

    0$sete

    0 sistema de impress#o o$sete é uma evolu"#o da litogra$ia e! portanto! tam&ém

    se &aseia na repuls#o entre a água e a gordura. 7esumidamente! as imagens a ser

    impressas s#o gravadas! em uma capa matriz! de maneira ue repilam a água e atraiam

    a gordura. A capa é ent#o molada com uma $ina camada de água! ue vai se depositar

    somente nas regies sem imagem. A seguir! é aplicada uma tinta gordurosa ue é

    repelida pela água! depositandoGse somente nas regies secasI as regies onde as

    imagens $oram gravadas.

    A imagem entintada é trans$erida para uma &orraca especial! e desta para opapel *portanto! trataGse de um sistema de impress#o indireta+. A &orraca constitui uma

    etapa ue n#o eHiste no processo litográ$ico! e é usada para proporcionar uma super$ície

    macia! capaz de se acomodar per$eitamente ao papel \ o ue n#o seria possível se a

    impress#o ocorresse diretamente a partir da capa matriz! metálica.

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    ESPC ?

    I+;,+ 2. 7epresenta"#o esuemática do processo o$sete. De cima para &aiHoI a tintaé trans$erida! por meio de rolos entintadores! do tinteiro para as áreas de gra$ismo da capaDa capa! a tinta é trans$erida para a &orraca *cauco+ $ormando uma imagem

    invertida da arte a ser impressa. Do cauco! a imagem é gravada no papel! com auHílio de umcilindro de press#o

    EHiste uma varia"#o do processo o$sete na ual n#o é utilizada águaI o o$sete

    seco. 3este caso! a separa"#o das áreas de gra$ismo e contragra$ismo se $az com um

    peueno re&aiHamento dessas )ltimas na capa matriz. Apesar disso! a impress#o

    continua sendo plana! pois a tinta ainda é passada para o cauco antes de ser impressa

    no papel.

    A vantagem de n#o se usar água é ue n#o ocorre dilata"#o do papel durante o

    processo! evitando assim desalinamentos entre as impresses sucessivas das cores

    C2R.

    As tintas o$$set s#o transparentes! permitindo a $orma"#o de uma terceira cor

    uando impressas uma so&re a outra. Por eHemplo! o amarelo impresso so&re a tinta

    ciano resulta na cor verde.

    Características da impress#o o$seteI

    4mpress#o plana! sem relevo e de altíssima ualidadeY

    3as regies ue apresentam varia"#o tonal! s#o o&servadas retículas

    constituídas de pontos coloridos ordenados! com dimetros variáveisY

    3as regies capadas *lisas! omog%neas+! as margens s#o nítidas e a tinta

    distri&uiGse satis$atoriamente no interior.

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    ESPC :

    I+;,+ 21. Aspecto de uma impress#o o$sete colorida reticulada! em áreas comvaria"es tonais. _ esuerda! em menor aumento! a retícula aduire um aspecto de roseta. _

    direita! em maior aumento! podem ser perce&idos o alinamento regular dos pontos e asvaria"es em seus tamanos

    I+;,+ 22. Aspecto de uma regi#o capada impressa em o$sete *&ordas nítidas eco&ertura omog%nea+

    7otogravura

    3a rotogravura! a matriz é um cilindro de a"o revestido de cromo! em ue as

    imagens s#o gravadas na $orma de min)sculos pontos em &aiHo relevo *alvéolos ou

    células+. A tinta é depositada nesses alvéolos e trans$erida diretamente para o suporte.

    Portanto! uma característica desse sistema é ue tanto os originais a tra"o

    uanto os em tom contínuo precisam ser reticulados.

    A impressora rotográ$ica é sempre do tipo rotativa. 0 cilindro matriz $ica

    parcialmente su&merso em um reservatório de tinta de alta $luidez. A tinta é removida

    das regies de contragra$ismo por uma lmina \ ue $unciona como uma espécie de

    Zrodo[\! permanecendo apenas a tinta dos alvéolos! as áreas de gra$ismos.

    A secagem da tinta se dá por evapora"#o! em uma estu$a acoplada ( impressora.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC /

    I+;,+ 23. 7epresenta"#o esuemática do processo de impress#o rotográ$ico. De&aiHo para cima! s#o mostrados a super$ície do rolo matriz! a tinta depositada somente nas

    cavidades! o papel e o rolo ue aplica a press#o. 2ais em cima está representada a $ola de papel

    impressa! depois de retirada da máuina

    I+;,+ 24. Cilindro de imagem usado em rotogravura *esuerda+ e detale de umaletra gravada em sua super$ície *direita+

    4PPOA3 O. H>(( (7 P6 M,> G BerlinI Springer! K

    Características do processoI

    Cilindros matrizes de alta dura&ilidade. T o método de impress#o ue

    proporciona as mais altas tiragensY

    4mpress#o de altíssima velocidadeY

    Custo elevado dos cilindros de impress#o! tornando o método economicamente

    viável apenas para tiragens muito grandesY

    A $luidez da tinta possi&ilita imprimir em suportes plásticos! além do papelY

    A ualidade da impress#o é somente um pouco in$erior ( o$sete! mas superior (

    da $leHogra$ia.

    Características dos impressosI

    4mpress#o plana! de &oa ualidade.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC =

    7etículas em todas as regies impressas! inclusive nas &ordas dos capados

    *característica mais &em o&servada nos teHtos e tra"os $inos! ue apresentam um

    serrilado nas &ordas+.

    I+;,+ 2". Aspecto serrilado *reticulado+ encontrado mesmo nas regies capadas! aprincipal distin"#o entre as impresses rotográ$ica e o$sete

    I+;,+ 2#. 4mpress#o rotográ$ica vista em peueno aumento. Seu aspecto é uaseindistinguível do o$sete *a di$erencia"#o se $az nos teHtos e nas regies capadas+

    Serigra$ia *Sil(-screen+

    A serigra$ia é um dos processos de impress#o mais antigos. Sua matriz consiste

    em uma tela de trama &astante $ina! reco&erta por uma resina sólida e $iHada em uma

    moldura. 3as áreas ue ser#o impressas! essa su&stncia é removida *mecanicamente ou

    uimicamente+.

    0 suporte *papel! tecido! plástico! etc+ é posicionado so& a matriz. 1ma tinta

    pastosa é ent#o espalada com uma racle *espécie de rodo de &orraca+! de maneira ue

    atinJa o suporte somente nas áreas n#o reco&ertas *vazadas+.

    3este processo tam&ém é necessário usar uma matriz para cada cor de tinta a

    ser empregada.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC @

    I+;,+ 2$. Esuema do processo serigrá$ico. A+ tinta espaladaY B+ racleY c+ regi#ovazada da matrizY D+ regi#o $ecadaY E+ molduraY >+ imagem impressa no suporte ScreenGprinting.

    *@! 2aW K9+. 4n 'i(ipedia) *he Free Encyclopedia. 7etrieved IK! 2aW ! @! $romttpIFFen.-iipedia.orgF-FindeH.pptitleVScreenGprintingfoldidV=@:@9=:? 

    I+;,+ 2. Detales de matrizes serigrá$icas! mostrando áreas vazadas e áreaso&struídas.

    4PPOA3 O. H>(( (7 P6 M,> G BerlinI Springer! K

    4mpress#o por computador

    4mpressoras matriciais

    As impressoras matriciais de impacto *impact dot matrix printers+ possuem uma

    ca&e"a de impress#o móvel! composta de pinos metálicos *agulas+ ue s#o impactados

    contra uma $ita entintada e o papel. 0s caracteres s#o desenados como uma matriz de

    pontos! cada ponto produzido por um pino. Assim! essas impressoras podem produzir

    tipos de $ontes di$erentes e imprimir grá$icos *$iguras+. Como o processo de impress#o sedá por impacto! as impressoras matriciais tam&ém podem ser usadas para produzir vias

    car&onadas.

    I+;,+ 2. Aspecto de uma impress#o matricial

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9

    Cada ponto é produzido por um $ino &ast#o metálico! ou pino! ue é direcionado

    para $rente por meio de um campo eletromagnético. A ca&e"a de impress#o é constituída

    por vários pinos! e movimentaGse orizontalmente para $rente e para trás!

    acompanando a lina do documento! imprimindo uma lina de cada vez. Algumasimpressoras possuem apenas uma lina vertical de pinos! enuanto outras possuem duas

    linas intercaladas! a $im de aumentar a densidade de pontos.

    I+;,+ 3. Esuema de $uncionamento de uma ca&e"a de impress#o de @ pinos*retngulo cinza ( direita+. 0s pontos de uma mesma coluna s#o produzidos simultaneamente

    durante a passagem da ca&e"a. 0s discos pretos correspondem aos pontos ue $oram impressospara a $orma"#o dos caracteres

    Em&ora as impressoras Jato de tinta! laser e térmicas tam&ém produzem

    impressos compostos por matrizes de pontos! elas n#o s#o camadas de impressoras

    matriciais! a $im de evitar con$us#o com as impressoras matriciais de impacto.

    A uantidade de pinos na ca&e"a de impress#o pode ser ?! /! @! K=! ou /!

    sendo mais comuns as de @ e as de pinos.

    I+;,+ 31. Esuema da distri&ui"#o de pinos nas ca&e"as de impress#o

    As impressoras matriciais de impacto possuem os seguintes recursosI

    4mpress#o de teHtos em $ontes variadas. As mais antigas possuíam poucas

    op"es de $ontes! enuanto ue os )ltimos modelos apresentam um n)mero maior de

    op"es *geralmente Courier! 7oman! Seri$! e Sans Seri$ +Y

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9K

    4mpress#o de grá$icos *$iguras+! gra"as ao sistema de impress#o por pontos

    *&itmap+. Este recurso n#o era encontrado nos primeiros modelos lan"adosY

    4mpress#o em negrito! imprimindo o teHto em densidade duplaY

    4mpress#o dupla! com duas passagens do teHto selecionado. 7ecurso usado parasimular negrito nas impressoras mais &aratasY

    4mpress#o condensada. Enuanto o padr#o é imprimir K caracteres por

    polegada *cpi+! no modo condensado podem ser impressos K! K?! K/ e até mesmo cpi!

    dependendo do modelo da impressoraY

    2odo rascuno *dra$t+! usado para aumentar a velocidade de impress#o. 0s

    caracteres s#o $ormados com menor densidade de pontos *espa"os claros+Y

    4mpress#o em itálicoY

    4mpress#o colorida. Apenas para alguns modelos! e dependente de uma $ita

    especial com cores *ciano! magenta! amarelo e preto+. Era o&tida com m)ltiplas

    passagens da ca&e"a de impress#o. Devido ( &aiHa ualidade! esse recurso n#o

    prosperouY

    'eHto 35Q *3ear 5etter QualitW+. 4mpress#o com ualidade superior! mais escura

    e legível. Esta op"#o torna o tra&alo de impress#o mais demorado. *5etterG ualitWI

    impress#o com ualidade superior ( 35Q! comparável ( de uma máuina datilográ$ica

    elétrica \ na década de /! isso somente era o&tido com impressoras margarida e de

    es$era! estando além da capacidade das matriciais+Y

    >ontes com espa"amentos proporcionais! isto é! cada caractere n#o precisa

    ocupar o mesmo espa"o ue os demais! como ocorre com as máuinas datilográ$icas

    manuaisY

    >ontes dimensionáveis. 0 usuário pode controlar o tamano das $ontes

    impressas! usando de$ini"es vetoriais. 7ecurso encontrado nos modelos mais recentes

    com pinosY

    Su&scrito e so&rescritoY

    Por ser uma impress#o de impacto! uma de suas características é possuir &aiHo

    relevo! ue! aliado ao aspecto pontilado e (s características de $ormata"#o

    anteriormente citadas! normalmente permite a identi$ica"#o do processo com $acilidade.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9

    4mpressoras ]ato de 'inta

    Essa classe de impressoras Zdesena[ teHtos e imagens eJetando gotículas de

    tinta diretamente no papel! em posi"es determinadas pelo software ue gerencia o

    processo. Portanto! trataGse de um sistema de impress#o sem impacto.A ca&e"a de impress#o é constituída de dezenas de ori$ícios por onde a tinta é

    eHpelida! cada um deles operando de maneira independente.

    As impressoras Jato de tinta normalmente s#o capazes de imprimir em cores ou

    apenas em preto. Para isso! usam uatro cartucos de tintaI ciano! magenta! amarelo e

    preto *os tr%s primeiros costumam ser incorporados em um )nico cartuco colorido! mas

    $uncionam de maneira independente+.

    Algumas impressoras usadas para imprimir imagens de alta ualidade! podem

    apresentar até : ou = cartucos! com algumas cores eHtras *geralmente um ciano e um

    magenta mais claros! o verde e o vermelo+.

    Até aui Já pode ser deduzido ue os impressos a Jato de tinta s#o constituídos

    de peuenos pontos coloridos de tamano $iHo *o ual depende do dimetro dos ori$ícios

    da ca&e"a de impress#o+. 0utra característica distintiva é ue esses pontos s#o

    distri&uídos de maneira *aparentemente+ aleatória. 3a verdade eles n#o est#o alinados

    entre si! como no o$sete! mas s#o depositados em maior uantidade nas regies mais

    densamente coloridas e em menor uantidade nas menos densas.

    I+;,+ 32. Duas impresses Jato de tinta vistas com aproHimadamente K= aumentos. 3otamGseos pontos aleatoriamente distri&uídos! mais concentrados nas regies escuras e de tamanos

    constantes. A impressora ue produziu a imagem in$erior é capaz de gerar pontos menores ueos de cima e! portanto! possui melor capacidade de resolu"#o

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    ESPC 99

    I+;,+ 33. Amplia"#o da imagem anterior

    Como n#o eHiste contato entre a ca&e"a de impress#o e o papel! n#o á impacto

    e! portanto n#o á &aiHo relevo nos impressos! trataGse de uma impress#o plana. A tinta é

    a&sorvida rapidamente pelo papel! in$iltrandoGse em sua trama e! assim! tam&ém n#o

    eHiste alto relevo.

    4mpressoras 5aser

    As impressoras laser pertencem a uma classe denominada impressoras

    eletrofotogr,ficas! ue usam uma tinta sólida *t^ner+ constituída de um pigmento sólidorevestido por um material plástico transparente! em $orma de partículas microscópicas.

    0 cora"#o dessas impressoras é um cilindro $eito de material especialmente

    sensível a luz e a campos elétricos. Devido a essas características! o processo de

    impress#o ocorre em um compartimento escuro! isolado do am&iente eHterno.

    4nicialmente um campo elétrico aplica cargas negativas uni$ormemente na

    super$ície do cilindro. A seguir! um $eiHe de laser Zvarre[ a super$ície do cilindro

    desenando as imagens e teHtos ue ser#o impressos. 3os pontos em ue o laser é

    aplicado! as cargas negativas ir#o se des$azer. 3este momento! as imagens a ser

    impressas est#o gravadas na super$ície do cilindro so& a $orma de cargas elétricas.

    3a etapa seguinte! o cilindro entra em contato com as partículas de t^ner!

    negativamente carregadas! ue ir#o se $iHar somente nos pontos em ue o laser agiu

    *sem cargas negativas+. Agora! a imagem está impressa com t^ner! mas ainda na

    super$ície do cilindro.

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    Depois disso! o p

    super$ície. 1ma $orte ca

    partículas de t^ner.

    3esse momento!Porém! am&os est#o liga

    permanentemente aderid

    o material plástico ue rec

    com um cilindro auecido

    plano.

    2esmo assim! as

    relevo e por poderem ser r

    As impressoras c

    uatro cilindros de image

    mais modernas s#o capaz

    tam&ém com uatro cilind

    0s impressos co

    semelante (s do process

    de mancas de tinta! mas

    grnulos espalados ao se

    I+;,+ 34. 4mpordenados em ngulos incli

    I+;,+ 3"

    D()

     

    apel é aproHimado do cilindro! uase a p

    ga elétrica positiva é aplicada no papel!

    o t^ner está so&re a $ola de papel! com aos apenas por cargas elétricas. Para ue

    ! o papel é auecido a uma alta temperatur

    o&re o pigmento do t^ner. Esse processo n

    ue tam&ém aplica press#o ao papel! torn

    impresses com t^ner caracterizamGse p

    emovidas do suporte com alguma $acilidade

      loridas usam uatro pigmentos *C2R+. 3

    ! e o processo é repetido uma vez para ca

    es de imprimir todas as cores em uma )n

    os independentes.

    t^ner *a laser+ apresentam retículas distri

    o$sete. 3o entanto! os pontos da retícula n

    por pontos ainda menores *o t^ner+ amon

    redor.

    ress#o laser colorida *=H+. 0s pontos ue $ormaados! e s#o constituídos por pontos ainda meno

    t^ner

    . 4mpress#o com t^ner *( esuerda+ e Jato de tin

    +,(/)(0 B/)

    ESPC 9

    onto de tocar sua

    ue irá atrair as

    s imagens prontas.a impress#o $iue

    ! a ponto de $undir

    rmalmente é $eito

    ando o t^ner mais

    r apresentar altoG

      .

    esse caso! eHistem

    a cor. 4mpressoras

    ica passagem! mas

    &uídas de maneira

    #o s#o constituídos

    oados! com alguns

    m a retícula est#ores! as partículas de

    ta *( direita+

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9?

    UNIDADE II ELEMENTOS DE SEGURANÇA

    Em documentos

    Elementos de seguran"a s#o estruturas adicionadas a documentos com a

    $inalidade de di$icultar sua imita"#o ou altera"#o. 1m dos eHemplos mais conecidos s#o

    as marcasG dbágua.

    Esses elementos variam uanto a sua compleHidade! custo! grau de seguran"a

    inerente e p)&licoGalvo. Quanto a esta )ltima característica! os elementos de seguran"a

    s#o classi$icados em níveisI

    Primeiro nívelI s#o destinados ao p)&lico em geral *leigos+! e podem ser

    $acilmente reconecidos sem o auHílio de nenum euipamento. S#o eHemplos as

    marcasGdbágua! registros coincidentes e $ios de seguran"a.

    Segundo nívelI sua análise eHige euipamentos simples! como lupas ou lmpadas

    1.X.! porém n#o á necessidade de conecimentos especiais. Portanto! s#o direcionados

    para $uncionários de empresas p)&licas ou privadas *&ancos! postos de $iscaliza"#o!

    al$ndegas! casas de cm&io+. EHemplosI $i&ras luminescentes e microteHtos.

    'erceiro nívelI sua análise eHige euipamentos mais so$isticados! como

    microscópios! além de pro$undo conecimento so&re o assunto! sendo! portanto!destinados a análise pericial *o$icial ou n#o+. S#o eHemplos os nanoteHtos e as tintas

    visíveis apenas no in$ravermelo.

    3o entanto! vários elementos de seguran"a enuadramGse em mais de um

    desses níveis. A impress#o calcográ$ica! por eHemplo! atua como elemento de primeiro

    nível uando seu alto relevo é reconecido por pessoas comuns por meio do tato. Seu

    relevo pode tam&ém ser identi$icado com um euipamento apropriado *4SA7D \ intaglio

    scanning and recognition deice+! con$erindo assim seguran"a de segundo nível! menos

    suscetível a engodos. Quando sua autenticidade é con$irmada por um perito *usando um

    microscópio e conecimentos especiais+! ela constitui um dos mais importantes

    elementos de seguran"a de terceiro nível.

    0utro $ato ue deve ser $risado é ue n#o eHistem elementos de seguran"a

    per$eitos! isto é! impossíveis de serem $alsi$icados *ou! pelo menos! a&ilmente imitados+.

    Portanto! uanto mais valioso $or um documento ou! melor dizendo! uanto mais danos

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    ESPC 9:

    para o emissor sua $alsi$ica"#o puder causar! maior deverá ser a uantidade e a ualidade

    dos elementos de seguran"a empregados.

    Seria impossível relacionar todos os elementos de seguran"a em uso no mundo!

    patenteados ou n#o! tamana a sua uantidade. Porém será $eita uma apresenta"#o doselementos mais comuns eFou importantes! classi$icados por critérios t#o somente

    didáticos.

    4ncorporados ao suporte

    0 primeiro elemento de seguran"a de um documento é o próprio suporte.

    Documentos de papel s#o produzidos com pap.is de segurança! ue apresentam algumas

    di$eren"as em rela"#o aos papéis comerciais comuns.

    As di$eren"as come"am com o tipo de matériaGprima empregada. Enuanto os

    papéis comuns s#o produzidos a partir de eucalipto ou  pinus  \ ue possuem $i&ras

    celulósicas relativamente curtas! as uais proporcionam menor resist%ncia! mas maior

    lisura! e com menor custo \! os papéis de seguran"a cont%m $i&ras de lino eFou de

    algod#o \ mais longas \! daí sua maior resist%ncia e dura&ilidade! mas tam&ém sua maior

    aspereza.

    0utra di$eren"a de grande importncia e $acilmente o&servável é a aus%ncia de

    su&stncias &ranueadoras no papel de seguran"a! presentes na maioria dos papéis

    comerciais. Essas su&stncias emitem luz &rancoGazulada uando eHpostas a radia"#o

    1.X. *n#o apenas proveniente de lmpadas! mas tam&ém do próprio sol+! tornando o

    papel mais &ranco e &rilante.

    Além disso! os papéis comuns possuem vários aditivos ue n#o s#o encontrados

    nos de seguran"a! como o amido \ usado como um selante de super$ície \ ue reage como iodo! produzindo uma manca escura *esse é o princípio de $uncionamento das canetas

    de identi$ica"#o de dineiro $also+.

    S#o tam&ém elementos incorporados ao suporteI

    2arcasGdbágua

    S#o imagens ue se tornam visíveis apenas uando se o&serva o documento

    contra a luz. As imagens das marcasGdbágua s#o produzidas por di$eren"as na densidade

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    ESPC 9/

    de $i&ras no corpo do papelI regies com maior uantidade de $i&ras s#o mais opacas

    *escuras+ e auelas com menor uantidade mais transl)cidas *claras+.

    As marcasGdbágua s#o produzidas durante a $a&rica"#o do papel! controlandoGse

    a distri&ui"#o de suas $i&ras! sem uso de tintas ou outras su&stncias. EHistem doismomentos distintos em ue elas podem ser produzidas.

    0 primeiro é uando a $ola vai come"ar a ser $ormada! e o papel ainda é uma

    massa dis$orme! conduzida por uma $orma *molde+ ue irá direcionar as $i&ras durante

    sua decanta"#o! gerando di$erentes densidades de distri&ui"#o. Esse tipo de marcaG

    dbágua é o mais &em ela&orado! e o ue apresenta maior seguran"a e melor apar%ncia

    estética! porém relativamente caro. 1m eHemplo s#o as e$ígies eHistentes nas cédulas de

    real! de todos os valores.

    0 segundo momento em ue a marcaGdbágua pode ser criada é uando a $ola

    de papel Já está parcialmente $ormada! necessitando apenas de elimina"#o de água para

    sua conclus#o. 3esse processo! um molde irá deslocar as $i&ras do papel de determinadas

    regies para outras! tam&ém gerando di$eren"as de opacidade. 3o entanto! podem ser

    o&tidos no máHimo tr%s tons distintosI igual ao do papel! mais claro ou mais escuro. Sua

    produ"#o é menos dispendiosa! porém n#o proporcionam a mesma seguran"a ue as

    multitonais. 1m eHemplo é o n)mero Z[ na marcaGdbágua das cédulas de vinte reais.

    I+;,+ 3#. 2arcasGdbágua. _ esuerda! do tipo dandy-roll ! com apenas 9 tonalidades.3o centro! do tipo mould-made! multitonal e com aspecto de tridimensionalidade. _ direita!

    am&os os tipos

    >i&ras coloridas

    S#o peuenas $i&ras sintéticas! normalmente azuis! vermelas ou verdes! visíveis

    a olo nu! adicionadas ( massa do papel durante sua $a&rica"#o! o ue les proporciona

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    ESPC 9=

    uma distri&ui"#o totalmente aleatória. Podem localizarGse na super$ície do papel!

    totalmente em seu interior! ou estar apenas parcialmente imersas.

    >i&ras luminescentesDi$erenciamGse das coloridas apenas por $luorescerem so& luz 1.X.! com emiss#o

    de luz &ranca ou em cores. So& luz visível! podem ser coloridas ou incolores.

    I+;,+ 3$. _ esuerda! $i&ras coloridas so& luz visível. Ao centro e ( direita! $i&rasluminescentes! so& 1X.

    >io de seguran"a

    T uma $aiHa plástica ou metálica inserida na massa do papel! durante sua

    $a&rica"#o. 0s $ios de seguran"a podem ser magnetizados! conter teHtos e apresentar$luoresc%ncia! permitindo tam&ém codi$ica"es para posterior leitura e reconecimento

    de sua autenticidade. Podem estar inteiramente imersos no papel ou apenas

    parcialmente *$ios Janelados+.

    I+;,+ 3. _ esuerda! $io de seguran"a de uma cédula de K li&ras esterlinas! vistocom luz transmitida. 3o centro! $io luminescente! em cédula de ? dólares americanos! visto com

    luz 1X transmitida. _ direita! $io de seguran"a Janelado! em cédula e K dólares canadenses!visto com ilumina"#o normal.

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    ESPC 9@

    /i-lites 

    S#o peuenas cápsulas com uma su&stncia $luorescente em seu interior! ue

    s#o adicionadas ( massa do papel durante sua $a&rica"#o. Podem ser visíveis a olo nu!

    mudando de cor so& 1X! ou visíveis apenas so& ilumina"#o ultravioleta.Con$erem um &om índice de seguran"a! Já ue seu e$eito de $luoresc%ncia n#o

    pode ser reproduzido com $otocopiadoras! escneres! ou mesmo com tintas

    $luorescentes. A sua distri&ui"#o no papel é omog%nea! o ue di$iculta adultera"es.

    Como est#o incorporados ao papel! s#o visíveis de am&os os lados do documento.

    impressos em o$sete

    Em&ora o sistema de impress#o o$sete seco ainda tena seu uso &astante

    restrito! ele n#o é! por si só! uma impressão de segurança como a calcogra$ia. 3o entanto!

    eHistem algumas técnicas ue possi&ilitam criar elementos de seguran"a &astante

    e$icientes com esse tipo de impress#o.

    7egistro coincidente

    T o per$eito alinamento entre as impresses do anverso e do reverso do

    documento. Devido (s características do o$sete! isto só se o&tém com impress#o o$sete a

    seco! em máuinas ue permitem imprimir os dois lados simultaneamente. 3enum

    outro sistema de impress#o possi&ilita esse alinamento.

    3ormalmente esse elemento é representado por meio de $iguras parcialmente

    impressas em am&os os lados do documento! de maneira ue! uando vistas contra a luz!

    complementamGse per$eitamente *see-through+.

    0 registro coincidente é muito utilizado em papéisGmoeda! ceues e váriosoutros tipos de documentos de seguran"a.

    2icroteHtos

    'am&ém conecidos como microletras! consistem em min)sculos caracteres

    impressos em um documento! com dimenses em torno de !K? mm. 2icroteHtos s#o

    muito usados em papéisGmoeda e ceues &ancários! onde s#o impressos de maneira a

    parecerem uma lina uando vistos a olo nu.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC

    >otocopiadoras e impressoras Jato de tinta n#o s#o capazes de produzir imagens

    com esse nível de detalamento! e uma inspe"#o com lupa de peueno aumento

     Já é su$iciente para perce&er a di$eren"a. 3as $alsi$ica"es $eitas com o$sete! no entanto!

    n#o é incomum os microteHtos serem satis$atoriamente reproduzidos.EHistem teHtos menores ainda! na $aiHa de centésimos de milímetro! os

    nanoteHtos. 3o entanto! estes est#o além da capacidade do o$sete! e eHigem sistemas

    especiais de impress#o. S#o encontrados na &anda olográ$ica da cédula de reais!

    dentro dos microteHtos.

    >undos especiais

    Consistem em um padr#o de linas paralelas! retas e curvas! ue mudam

    continuamente de dire"#o. Sua $un"#o é di$icultar a reprodu"#o do documento por meios

    digitais \ com uso de escner e impressoras domésticas. Poucos sistemas de impress#o

    além do o$sete s#o capazes de imprimir detales com a resolu"#o necessária para

    produzir esses padres. 1m eHemplo s#o os $undos especiais em cédula de K reais!

    impressos em o$sete.

    E$eito íris

    Consiste em variar gradativamente a tonalidade de uma lina impressa! partindo

    de uma determinada cor! até $ormar outra cor totalmente distinta! sem ue se consiga

    identi$icar nenum limite entre elas *isto é! onde termina uma cor e come"a a outra+.

    Esse e$eito é $acilmente o&tido com reticula"#o das linas! mas neste caso o aspecto

    pontilado pode ser perce&ido com uma simples lupa *essa é uma das razes porue

    documentos de seguran"a s#o impressos a tra"o+.

    I+;,+ 3 E$eito íris na &orda in$erior de uma C3O &rasileira.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC K

    4mpressos por calcogra$ia

    A calcogra$ia em si é uma impress#o de seguran"a. 3o entanto! como elemento

    de primeiro nível *para pessoas comuns+ ela o$erece apenas o alto relevo \ reconecido

    pelo tato \ e a alta ualidade das imagens \ $ator su&Jetivo! ue tende a perder e$ici%ncia

    com o desgaste do documento. Por essa raz#o! s#o usadas algumas técnicas para

    aproveitar toda a potencialidade desse sistema de impress#o! gerando elementos de

    seguran"a de alta ualidade! especialmente para o p)&lico em geral.

    4magem latente

    T uma imagem perceptível apenas uando se o&serva o documento em um

    ngulo inclinado e contra uma luz $orte. T usado em uase todos os documentos ue

    possuem impress#o calcográ$ica. Apesar de pouco conecido! é um eHcelente elemento

    de seguran"a de primeiro nível no papelGmoeda &rasileiro.

    I+;,+ 4. 4magens latentes em cédulas de real.

    4mpress#o multicolorida em registro

    4mpressoras calcográ$icas modernas permitem imprimir em duas ou mais cores

    simultaneamente e em per$eito alinamento *registro+! podendo inclusive misturar

    parcialmente duas tintas $ormando uma terceira cor! tudo isso em linas contínuas e

    &astante $inas.

    Poucos sistemas de impress#o permitem imitar esse e$eito sem ue se $a"a

    reticula"#o das imagens. 0 o$sete é um eHemplo! mas nesse caso! a $alsi$ica"#o será

    evidenciada pela perda do registro *$alta de alinamento+ das linas nas áreas em ue as

    cores se encontram! e pela impossi&ilidade de misturar duas cores *sem reticula"#o+ para

    $ormar uma terceira.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC

    I+;,+ 41. 4mpress#o calcográ$ica em duas cores com so&reposi"#o parcial de tintas!na indica"#o principal do valor da cédula de reais. Podem ser o&servados tam&ém os

    microteHtos *ZBC[+ no interior dos n)meros.

    I+;,+ 42 7egi#o euivalente em uma cédula $alsa! impressa em o$sete.

    6uiloc%s

    Esse termo indica um padr#o geométrico $ormado por duas ou mais linas $inas

    interla"adas. Esse padr#o normalmente constitui imagens ornamentais usadas nas &ordas

    de documentos de seguran"a! de maneira t#o di$undida! ue aca&ou se tornando um

    sím&olo ue transmite a ideia de Zdocumento valioso[.

    0riginalmente os guiloc%s constituíam uma eHcelente &arreira contra a

    $alsi$ica"#o manual de documentos! seguran"a con$erida tam&ém contra $otocopiadoras

    de &aiHa resolu"#o. Atualmente! com a populariza"#o de euipamentos de captura e

    digitaliza"#o de imagens com &oa resolu"#o! sua seguran"a restringeGse apenas ao

    método de impress#o *calcogra$ia+.

    I+;,+ 43. 6uiloc%s $ormando uma moldura em cédula de identidade civil.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC 9

    5inas conc%ntricas

    Sistema empregado nas cédulas de dólar americano. Consiste em produzir linas

    curvas $inas! euidistantes e conc%ntricas! tare$a simples para uma impressora

    calcográ$ica! mas muito di$ícil para sistemas digitais de impress#o.Ao se capturar essa imagem com um escner! máuina $otográ$ica ou

    $otocopiadora! essas linas ir#o se Ztocar[ em determinados momentos! produzindo um

    e$eito oir. *mancas visíveis macroscopicamente+.

    2esmo ue isto seJa corrigido com programas de tratamento de imagens! as

    impressoras digitais *Jato de tinta! laser! etc+ di$icilmente conseguir#o evitar o

    ressurgimento do oir..

    I+;,+ 44 5inas conc%ntricas em torno da e$ígie! em cédula de dólar americano.Dependendo da capacidade de resolu"#o do monitor ou da impressora ue reproduzir estas

    imagens! averá $orma"#o de distor"es no traJeto dessas linas *especialmente na imagem (esuerda+! como se $osse uma ilus#o de ótica *e$eito moir.+.

    2arcas táteis

    S#o sinais em alto relevo ue t%m por $inalidade auHiliar pessoas com de$ici%ncia

    visual a reconecer o valor de uma cédula de dineiro.

    I+;,+ 4". EHemplos de marcas táteis usadas em cédulas de real.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC

    2icroteHtos tam&ém podem ser produzidos por calcogra$ia. A aplica"#o de tinta

    opticamente variável *0X4 \ ver adiante+ eHige impress#o em alto relevo! normalmente

    calcogra$ia *dólar+ ou serigra$ia *euro+.

    'intas especiais

    'intas luminescentes *tinta invisível+

    2uitos documentos possuem imagens impressas com tinta incolor luminescente!

    de maneira a tornaremGse visíveis apenas so& luz 1X.

    Devido ( relativa $acilidade com ue se consegue imitar esse e$eito com uso de

    &ranueadores ópticos! esse sistema $oi aper$ei"oadoI podem ser empregadas tintas de

    uma determinada cor! ue irá se alterar so& 1X! ou ainda su&stncias ue ir#o $luorescer

    com di$erentes tonalidades con$orme o comprimento de onda da radia"#o 1X

    empregada.

    I+;,+ 4#. 4mpress#o com tinta luminescente.

    'intas antiGStoes

    A grande maioria das su&stncias encontradas na natureza re$lete a luz com omesmo comprimento de onda ue incidiu so&re elas. 2uitas su&stncias t%m a

    capacidade de a&sorver radia"#o de um determinado comprimento de onda e devolv%Gla

    para o am&iente com um comprimento maior *parte da energia dessa luz é a&sorvida+.

    Esse $en^meno é camado de e$eito Stoes. Pode ser a&sorvida radia"#o 1X e emitida luz

    visível! ou a&sorvida luz visível e emitida radia"#o na $aiHa do 4X.

    1m $en^meno &em menos comum tam&ém pode acontecerI algumas

    su&stncias a&sorvem radia"#o de um determinado comprimento de onda *4X+ e a

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC ?

    devolvem com um comprimento de onda menor *luz visível! mais energética+. T o e$eito

    antiGStoes! empregado em euipamentos para vis#o noturna.

    Além da di$iculdade de se produzir uma tinta com essas características! ela pode

    ainda ser incolor e $icar Zescondida[ em um ponto do documento! de maneira ue sualocaliza"#o seJa um elemento de seguran"a a mais.

    Essas tintas tem de ser o&servadas com euipamentos especiais! ue emitem um

    $eiHe de laser in$ravermelo *geralmente @= nm+.

    'intas termocr^micas

    S#o tintas ue mudam reversivelmente a sua cor con$orme a temperatura.

    Podem ser usadas como elementos de seguran"a de primeiro nível! Já ue algumas delas

    mudam de cor na temperatura do corpo umano! voltando ao normal em temperatura

    am&iente *?C+. Essas tintas s#o! contudo! sensíveis a temperaturas muito altas! e

    apresentam pouca resist%ncia ( luz. Por essa raz#o s#o usadas apenas em documentos

    com vida relativamente curta! como ouchers e tic(ets.

    'intas metaméricas

    S#o tintas ue apresentam a mesma tonalidade so& luz normal! mas ue se

    comportam de maneira totalmente di$erente com ilumina"#o especial.

    Por eHemplo! duas tintas podem apresentar a mesma cor so& luz visível &ranca!

    mas! se uma delas a&sorver signi$icativamente na regi#o do 4X e a outra n#o! esta )ltima

    $icará invisível uando Ziluminada[ apenas com luz in$ravermela *essa o&serva"#o

    somente é possível com euipamento apropriado+! enuanto ue a primeira $icará

    escura! contrastando com o papel.

    I+;,+ 4$. 'intas metaméricas. Anverso da cédula visto so& luz visível *esuerda+ ein$ravermela9 *direita+.

    9 Para o&serva"es na $aiHa do in$ravermelo! s#o necessários $iltros e sensores ópticos especiais!geralmente agrupados em euipamentos apropriados para essa $inalidade.

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    ESPC :

    'intas $ugitivas *reativas a água! solventes! &ranueadores+

    3ormalmente as in$orma"es impressas em um documento precisam resistir ao

    tempo! ao uso e a intempéries. 3o entanto! por vezes é conveniente ue as regies

    adJacentes *bac(ground + a esses dados contenam tintas ue seJam $acilmenteremovíveis com água! solventes e &ranueadores ópticos. As tintas empregadas nos

    processos grá$icos convencionais n#o s#o a$etadas.

    Essa característica é empregada em documentos como ceues e passaportes.

    I+;,+ 4. 'inta $ugitiva.XA3 7E3ESSE 7. 5. O0)8 D()*+, S,)*6 G Boston I Artec Oouse! ?.

    'intas iridescentes 

    S#o tintas ue apresentam varia"es de cores con$orme o ngulo de o&serva"#o

     \ o mesmo $en^meno o&servado em uma &ola de sao. Essa mudan"a de cor é

    &aseada no $en^meno de inter$er%ncia da luz.

    As tintas opticamente variáveis *0X4 \ 0ptically 1ariable 2n(s+ s#o um tipo de

    tinta iridescente empregadas como elementos de seguran"a em vários papéisGmoeda!

    como o euro e o dólar americano. Essas tintas Zmudam de cor[ con$orme o ngulo de ue

    s#o o&servadas.

    I+;,+ 4. 4mpress#o 0X4 encontrada em cédula de ? euros. Sua cor se alteracon$orme o ngulo de o&serva"#o.

     4ridescenteI capaz de separar as cores do espetro visível! re$letindo assim as cores do arcoGíris a partir de

    uma luz &ranca. A super$ície da $ace in$erior de um CD é um eHemplo.uma luz &ranca. A super$ície da $acein$erior de um CD é um eHemplo.

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC /

    'intas magnéticas

    Possuem em sua composi"#o su&stncias magnetizáveis! como alguns óHidos de

    $erro. S#o detectadas por leitores apropriados! e usadas para compor códigos

    reconecidos por máuinas.

    UNIDADE III ANÁLISE DOCUMENTOSC5PICA

    A Documentoscopia ocupaGse &asicamente da veri$ica"#o da autenticidade e

    integridade de documentos. Por documento aut%ntico! entendeGse auele ue $oi de $ato

    produzido pela pessoa! órg#o ou entidade a uem ele é atri&uído. 4ntegridade aui

    implica n#o ter so$rido altera"es após sua conclus#o.

    Eventualmente a análise documentoscópica pode ter outros o&Jetivos! como a

    data"#o de um documento \ isto é! veri$icar se ele $oi de $ato produzido na época

    especi$icada \! a determina"#o da autoria de documentos an^nimos *especialmente os

    manuscritos+! ou a identi$ica"#o dos sistemas de impress#o e dos elementos de seguran"a

    eHistentes em um dado documento! para! por eHemplo! veri$icar se a grá$ica contratada

    cumpriu todas as eHig%ncias estipuladas.

    Para isso! acima de tudo! s#o necessários os conecimentos &ásicos*$undamentais+ apresentados até aui e uma &oa capacidade de o&serva"#o e dedu"#o!

    mas tam&ém eHistem métodos de análise! gerais e especí$icos.

    Como um eHemplo de método geral podeGse citar a análise comparativa de um

    documento +uestionado com outro euivalente! sa&idamente aut%ntico \ um documento

     padrão.

    Para tal! alguns procedimentos podem ser realizados para sistematizar o

    tra&alo documentoscópico! adotandoGse classi$ica"es ue! mesmo ue n#o ceguem (s

    Zespécies[! a&aruem os Zg%neros[! ou pelo menos as Z$amílias[ de documentos.

    3esse sentido! uma importante divis#o Já pode ser apresentada! a ual se &aseia

    na presen"a ou n#o de elementos de seguran"a. Assim! t%mGse os documentos ditos de

    segurança  \ aueles ue possuem um ou mais elementos de seguran"a em sua

    constitui"#o \ e os documentos sem elementos de segurança. 3a verdade! estes )ltimos

    muitas vezes s#o autenticados por meio de uma $irma *assinatura+! ue tecnicamente n#o

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    ESPC =

    é considerada um elemento de seguran"a! mas cumpre o mesmo propósitoI garantir a

    autenticidade e di$icultar a $alsi$ica"#o do documento em ue ela $oi aposta.

    Aparentemente a análise de documentos de seguran"a é uma tare$a mais $ácil

    ue a dos documentos sem elementos de seguran"a! os uais! a princípio! n#oapresentariam muitas possi&ilidades de análise além da autenticidade das assinaturas

    neles apostas.

    4sso nem sempre é verdade. Essa primeira distin"#o entre documentos serve

    apenas para ue se adotem as medidas mais adeuadas ao tipo de documento

    eHaminado. De $ato! os documentos de seguran"a geralmente apresentam mais detales

    a serem estudados! mas a análise de documentos sem elementos de seguran"a vai muito

    além da assinatura! como será visto.

    De um modo geral! a inautenticidade de um documento ou a presen"a de

    altera"es s#o detectadas pela constata"#o de inconsist%ncias em sua impress#o!

    autentica"#o *elementos de seguran"a ou assinaturas+! suporte ou conte)do.

    Além disso! in)meras outras características su&sidiam e! por vezes! por si só

    permitem detectar uma $alsi$ica"#o. Entre elas! citamGse o tipo de papel! $onte!

    instrumento de escrita e tinta usados! a ortogra$ia! a seu%ncia de produ"#o do

    documento e várias marcas ue podem ser deiHadas no suporte.

    4dentidade e identi$ica"#o

    4dentidade! segundo de$ini"#o de Aurélio >erreira em seu dicionário! éI conJunto

    de caracteres próprios e eHclusivos de uma pessoa! nome! idade! estado civil! pro$iss#o!

    seHo! de$eitos $ísicos! impresses digitais! etc.

    Segundo 2oraes! é a ualidade de ser a mesma coisa e n#o diversa. T a soma decaracteres ue individualiza uma pessoa! distinguindoGa das demais.

    4denti$ica"#o G se a identidade é a ualidade ou atri&uto! identi$ica"#o á sua

    determina"#o! ou seJa! o processo destinado a esta&elecer a identidade de uma pessoa.

    Aurélio de$ine como sendo o ato ou e$eito de identi$icarGse.

    Esse processo envolve 9 $asesI

    a+ K registro ou $icamento! em ue s#o coletados e anotados os elementos

    )teis capazes de individualizar a pessoaY

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    D()*+,(/)(0 B/)

    ESPC @

    &+ registro ou coleta de dados! ou inspe"#o dos mesmos grupos de caracteres!

    uando posteriormente se uer identi$icar o indivíduoY

    c+ ]ulgamento ou compara"#o entre os dois registros anteriores! do ual se

    conclui ou eHclui a identidade do indivíduo.

    >alsidade material

    A $alsidade material! está prevista nos artigos @/ e @= do Código Penal. Ela

    ocorre uando alguém imita ou altera documento p)&lico ou documento particular

    verdadeiro. XeJamosI

    Art. @/ G >alsi$icar! no todo ou em parte! documento p)&lico! ou alterar

    documento p)&lico verdadeiroI M...N

    Art. @= G >alsi$icar! no todo ou em parte! documento particular ou alterar

    documento particular verdadeiroI M...N

    3a $alsidade material pode ocorrerIa contra$a"#o! ue é a produ"#o integral de

    um documento $alsoY ou a altera"#o! ou seJa! a modi$ica"#o de um documento

    *inicialmente+ aut%ntico. A altera"#o su&divideGse emI Su&trativa *o&litera"#o!

    amputa"#o! rasura ou lavagem uímica+Y Aditiva *inser"#o e acréscimo+ e 2ista

    *reco&ertura e su&stitui"#o+

    >alsidade ideológica

    A $alsidade ideológica está prevista no artigo @@ do Código Penal. Ela ocorre

    uando alguém altera a verdade em documento p)&lico ou documento particular

    verdadeiro. XeJamosI

    Art. @@ G 0mitir! em documento p)&lico ou particular! declara"#o ue dele devia

    constar! ou nele inserir ou $azer inserir declara"#o $alsa ou diversa da ue devia ser

    escrita! com o $im de preJudicar direito! criar o&riga"#o ou alterar a verdade so&re $ato

     Juridicamente relevante.

    Documentos de seguran"a

    S#o considerados documentos de seguran"a aueles ue possuem um ou mais

    elementos de segurança! empregados p