Anais - 5º Bioindex

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    SUMÁRIO

    TÍTULO AUTOR CO-AUTORESFORMA DE

    APRESENTAÇÃO PÁG.

    A RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DEGUILDAS TRÓFICAS EM ASSEMBLEIASDE PEIXES EM ESCALA DEMICROBACIAS RESPONDEM ADIFERENÇAS HIDROLÓGICAS,LIMNOLÓGICAS E DE USO EOCUPAÇÃO DO SOLO?

    Ana Paula Lemke Walmir B. F. Mundim Junior;Yzel Rondon Súarez Oral 06

    ANÁLISE COMPARATIVA DADISTRIBUIÇÃO SAZONAL E ESPACIALDA MACROFAUNA BENTÔNICA EM UMCÓRREGO POLUÍDO E NÃO POLUÍDO,

    DOURADOS – MS.

    Allex Sandro DurãoMartins

    Jelly Makoto Nakagaki; MônicaMungai Chacur Oral 07

    APLICAÇÃO DE ÍNDICES BIÓTICOSPARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAÁGUA EM UMA PROPRIEDADE DEPRODUÇÃO PECUÁRIA

    Maria Helena daSilva Andrade

    Lilian Pereira; Maricelma Calças;Marister Pereira; Michel Alves Pôster 08

    AS ESPÉCIES ORIGINAIS ESTÃO SENDOCONSERVADAS?

    Mozart Sávio PiresBaptista

    Vivian Almeida Assunção; Vidalde Freitas Mansano; ÂngelaLúcia Bagnatori Sartori

    Oral 09

    AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS PODEMPREDIZER A DISTRIBUIÇÃO DEAstyanax aff paranae

    (CHARACIFORMES, CHARACIDAE) EMRIACHOS DA BACIA DO RIOAMAMBAI, ALTO RIO PARANÁ?

    Deisiane Maciel

    NeivaSidnei Eduardo Lima Júnior;

    Yzel Rondon Súarez Pôster 10

    AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINARDOS AMBIENTES LÓTICOS DO PARQUE“ARNULPHO FIORAVANTE” 

    Cleide BrachtvogelElaine Ferrais da Silva; GabrielaAndrade dos Santos; EmersonMachado de Carvalho

    Pôster 11

    AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DOSFÁRMACOS IBUPROFENO EDICLOFENACO AO MICROCRUSTÁCEODAPHNIA MAGNA

    Juliane AlessandraCavalieri Soares

    Gildete de Souza Bezerra;Vanilva Pereira de Oliveira;Nyamien Yahault Sebastien;Gilmar Baumgartner

    Pôster 12

    AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE

    INSETOS CAPTURADOS COMARMADILHAS ATRATIVAS DO PPBIO,COM BASE NO MONITORAMENTO DAUHE BELO MONTE

    Hermes Fonsêca deMedeiros

    Francisco Plácido Magalhães

    Oliveira; Marcio Luiz de Oliveira;Rosângela Barreto Amador;Antônio Wesley BarrosCaçador; Igor Martins doNascimento

    Oral 13

    AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DOCÓRREGO LARANJA DOCE,DOURADOS MS

    Mariluci Pinto daCosta

    Mariana Servignini Pegoraro;Dalmo Nogueira; CristhianGomes

    Pôster 14

    BANCO DE SEMENTES COMOINDICADOR DE VEGETAÇÃOAQUÁTICA NO PANTANAL

    Vitoria Silva Fabiano Gisele Catian; Gabriel Tirintande Lima; Edna Scremin-Dias Pôster 18

    BIODIVERSIDADE E CIDADE–

     REFLEXÕES E SOLUÇÕES Vito Comar Pôster 19

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    BIOINDICADORES PARA PCHs, UMADEMANDA URGENTE: ESTUDO DECASO EM MATO GROSSO DO SUL.

    William Marcos daSilva

    Kennedy Francis Roche Oral 20

    BIOMASSA MICROBIANA EM SOLOSOB PASTAGEM DA SUB-REGIÃO DANHECOLANDIA, PANTANAL SUL

    MATO-GROSSENSE

    Hellen Elaine GomesPelissaro

    Mayara Santana Zanella; EmílioFlores Filho; Sandra AparecidaSantos; Marivaine Silva Brasil

    Pôster 21

    BIOMONITORAMENTO DE CÓRREGOSBASEADO NA TEORIA DE ROUGH SETS

    Laysson GuillenAlbuquerque

    João Onofre Pereira Pinto;Fabio de Oliveira Roque Oral 22

    BORBOLETAS DE CAMPO RUPESTREAna Carolina VieiraPires

    Marina do Vale Beirão; GeraldoWilson Fernandes Pôster 23

    CERATIUM HIRUDINELLA(O.F.MÜLLER) DUJARDIN 1841,REGISTRO EM RESERVATÓRIOS DOPARANÁ

    Joana Carneiro deCampos

    Pitágoras Augusto Piana Pôster 24

    CONDIÇÕES AMBIENTAIS: ENTRE

    FECUNDIDADE E A DESOVA DEASTYANAX ASUNCIONENSIS(CHARACIFORMES: CHARACIDAE) NOPANTANAL DE PORTO MURTINHO,BACIA DO ALTO PARAGUAI, MS.

    Lucilene FinotoViana

    Ediléia Amancio da Silva; SidneiEduardo Lima Junior; YzelRondon Súarez

    Pôster 25

    DIVERSIDADE BETA (β) DECHRYSOMELIDAE (COLEOPTERA) EMREMANESCENTES FLORESTAIS

    Thiago Silva Teles Adelita Maria Linzmeier; JosuéRaizer Oral 26

    DIVERSIDADE DE ANUROS EMAMBIENTES NATURAIS E ALTERADOS

    Vanda Lúcia FerreiraChristine Strüssmann; EllenWang; Jeffrey Himmelstein;Pedro Henrique de Jesus

    Oral 27

    DIVERSIDADE DE BORBOLETASFRUGÍVORAS EM ÁREAS NATIVAS E DEEUCALIPTO EM UMA ÁREA DOCERRADO SULMATOGROSSENSE

    Marciel ElioRodrigues

    Washington da Silva Souza;Leandra Inês Maciel Rocha;Miriam dos Santos; Giulia SilviaCanhete Rocha; Paulo RicardoBarbosa de Souza

    Pôster 28

    DIVERSIDADE DE BORBOLETASFRUGÍVORAS EM FLORESTASPLANTADAS COM DIFERENTESESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

    Leandra Inês MacielRocha

    Gabriel Gomes Lopes de Faria;Leandro Jose de Brito Silvino;Marina Ferreira Soares Pinheiro;Paulo Ricardo Barbosa deSouza; Marciel Elio Rodrigues

    Pôster 28

    DNA BARCODE DE LIBÉLULAS(INSECTA: ODONATA) PRESENTES NA

    REGIÃO DA SERRA DA BODOQUENA

    Ricardo KoroivaMarciel Elio Rodrigues; MateusPepinelli; Aline Pedroso Lorenz-

    Lemke; Fabio de Oliveira Roque

    Oral 30

    DROSOFILÍDEOS FRUGÍVOROS COMOINDICADORES DE DEGRADAÇÃO EMREMANESCENTES FLORESTAIS,AMAZÔNIA ORIENTAL

    Annícia Barata SilvaMaciel Ferreira

    Pôster 31

    ECOTOXICOLOGIA EMONITORAMENTO DE AMBIENTESAQUÁTICOS: TESTES DE TOXICIDADECOM DAPHNIA MAGNA.

    Juliane AlessandraCavalieri Soares

    Gildete de Souza Bezerra;Vanilva Pereira de Oliveira;Nyamien Yahault Sebastien;Gilmar Baumgartner

    Pôster 32

    EFEITO TOXICOLÓGICO DO FÁRMACO

    IBUPROFENO, PARA A FASE LARVALDE RHAMDIA QUELEN: TESTE AGUDOPRELIMINAR

    Vanilva Pereira deOliveira

    Gilmar Baumgartner; Poliana

    Gonçalves Costa; JulianeAlessandra Cavallieri; Gildetede Souza Bezerra

    Oral 33

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    ESPÉCIES INDICADORAS PARA OMONITORAMENTO DEINVERTEBRADOS TERRESTRES EMCAVERNAS TURÍSTICAS NO MATOGROSSO DO SUL

    Lívia MedeirosCordeiro

    Elisa Ferreira de Almeida Mello Pôster 34

    LETALIDADE DO SOLUBILIZADO DEFULIGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR EM

    PEIXES DE RIACHOS NEOTROPICAIS

    Gabriel Murilo

    Ribeiro Gonino

    Gislaine Iachstel Manetta; DiegoBarros Caparroz; Evanilde

    Benedito

    Pôster 35

    LIBÉLULAS COMO BIOINDICADORASDA QUALIDADE AMBIENTAL DE ÁREASDE VEREDAS

    Emanuelle Batista deMoura

    Larisse Costa Alves; Marciel ElioRodrigues; Fabio de OliveiraRoque

    Pôster 36

    MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOSCOMO BIOINDICADORES EM UM RIONO OESTE DO PARANÁ

    Bruna Fitarelli Loana Priscila Mangolin; PauloVanderlei Sanches Pôster 37

    MANDALA URBANA – INDICADOR DEAVALIAÇÃO URBANA RÁPIDA

    Vito Comar Pôster 38

    METABOLISMO BACTERIANO COMOINDICADOR DE AMBIENTE AQUÁTICO

    William Marcos daSilva

    Marivaine da Silva Brasil;

    Fabiana Fonseca Zanoelo;Taciana N. F. Orikassa; Jonas deSouza Correa; Febiano J. M.Rodrigues; Marcelo Campos

    Pôster 38

    METAIS PESADOS EM ESCAMAS DETILÁPIA DO NILO (Oreochromisniloticus).

    Gislaine Tristão dosSantos

    Nilton Garcia Marengoni;Anderson Rosa; Alexandre Silvados Santos; Leonardo Bidóiados Santos

    Pôster 40

    MONITORAMENTO AMBIENTAL NORIO PARAGUAI NAS ÁREAS DA RPCSA- 2014

    Wagner Tolone daSilva Ferreira

    Fernanda Gonçalves Sandimdos Santos; Wanda Faleiros;Marcelo Diamante Pereira

    Oral 41

    MONITORAMENTO DA ÁREA DE USODE JAVALIS ASSELVAJADOS NO SULDO MATO GROSSO DO SUL.

    Fernando Ibanez

    Martins

    Sabine Borges da Rocha;Guilherme de Miranda Mourão;Zilca Campos

    Pôster42

    MONITORAMENTO DE NINHOS DEGAVIÃO-REAL (Harpia harpyja) NASERRA DA BODOQUENA, MS

    Gláucia HelenaFernandes Seixas

    Nicholas Kaminski; SamuelDuleba; Victor do Nascimento;Anne Zugman; Marja ZattoniMilano; Fernando Correa Villela;Francisca Helena Aguiar-Silva;Olivier Jaudoin; Tânia M.Sanaiotti

    Pôster 43

    NUGEO-BONITO: GERANDO BASESPARA O MONITORAMENTO DEPAISAGEM E DECISÕES DECONSERVAÇÃO EM BONITO, MS

    Cristiano GarciaRodrigues

    Nicholas Kaminski; GláuciaHelena Fernandes Seixas Pôster 44

    O EFEITO DA PERTURBAÇÃO EMBORBOLETAS FRUGÍVORAS DEREMANESCENTES FLORESTAIS DAÁREA DE ENDEMISMO BELÉM

    Lêda Mayara Sousada Costa

    Marlúcia Bonifácio Martins Pôster 45

    PEIXES COMO BIONDICADORES:RELAÇÃO DOS NÍVEISPLUVIOMÉTRICOS E O FATOR DECONDIÇÃO DE ASTYANAXASUNCIONENSIS (CHARACIFORMES:CHARACIDAE) NO PANTANAL DE

    PORTO MURTINHO, BACIA DO ALTOPARAGUAI, MS.

    Lucilene FinotoViana

    Ediléia Amancio da Silva;Deisiane Maciel Neiva; SidneiEduardo Lima Junior; YzelRondon Súarez

    Pôster 46

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    PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NASELEÇÃO DE BIOINDICADORES NOÂMBITO DO ENSINO EMCONSERVAÇÃO: FORMANDOTOMADORES DE DECISÃO

    Paula Moretti Fabio de Oliveira Roque Pôster 47

    PROGRAMA DE MONITORAMENTOINTEGRADO DAS ÁGUAS DA BACIAHIDROGRÁFICA DO RIO FORMOSO,BONITO - MS

    Gláucia HelenaFernandes Seixas

    Suzana Cunha Escarpinati;Nicholas Kaminski; RodolfoPortela Souza; Cristiano GarciaRodrigues; Juliana de AndradeSantana; Vivian Ribeiro BaptistaMaria; Lívia Barbosa Giurizzatto;Daniel de Lima Souza;Fernando Jorge CorrêaMagalhães Filho; GuilhermeHenrique Cavazzana; BrunoTéllez Martínez; FranciscoValente Neto; AndersonFerreira; Juliano José Corbi;Priscila Varges da Silva; Fábiode Oliveira Roque

    Pôster 48

    PROPOSTA DE ÍNDICE PARA AVALIAR

    E MONITORAR A BIOINVASÃO EMAMBIENTES LÍMNICOS.

    Mônica LuisaKuhlmann Hélio Imbimbo Oral 49

    QUAL ESTÁGIO DE VIDA DEVEMOSUTILIZAR EM BIOMONITORAMENTOS?TESTANDO CONGRUÊNCIA ENTRELARVAS E ADULTOS DE LIBÉLULASUSANDO RESOLUÇÃO TAXONÔMICA ENUMÉRICA

    Francisco Valente-Neto

    Fabio de Oliveira Roque;Marciel Elio Rodrigues; LeandroJuen; Christopher M. Swan

    Oral 50

    QUALIDADE LIMNOLÓGICA DE UM RIOCOM INFLUENCIA AGRÍCOLA: UMA

    AVALIAÇÃO ATRAVÉS DOSINVERTERBRADOS BENTÔNICOS

    Bruna Fitarelli

    Rui Márcio Franco; BrunaCapitanio; Paulo Vanderlei

    Sanches; Gilza Maria de Souza-Franco

    Pôster 51

    RESPOSTAS DE EPHEMEROPTERAFRENTE À EXCLUSÃO DEMACROCONSUMIDORES EMCÓRREGOS CÁRSTICOS COMDIFERENTES NÍVEIS DE INTEGRIDADEAMBIENTAL

    Débora QuadrosMoreira

    Elaine Cristina Corrêa; BrunoTéllez Martinez; Fabio deOliveira Roque

    Pôster 52

    UTILIZAÇÃO DE REDES SOCIAIS PARACONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE,UMA EXPERIÊNCIA COM NIRODIA

    BELPHEGOR (LEPIDOPTERA:RIODINIDAE)

    Ana Carolina VieiraPires

    Oral 53

    VARIÁVEIS BIOMÉTRICAS EHISTOMORFOMÉTRICAS DE QUATROESPÉCIES DE ANUROS EM CAMPOGRANDE – MATO GROSSO DO SUL

    Taynara RibeiroFarias Leão

    Carlos Eurico Fernandes Pôster 54

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    A RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DE GUILDAS TRÓFICAS EM ASSEMBLEIAS DE PEIXES

    EM ESCALA DE MICROBACIAS RESPONDEM A DIFERENÇAS HIDROLÓGICAS,

    LIMNOLÓGICAS E DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO?

    Ana Paula Lemke¹; Walmir B. F. Mundim Junior²; Yzel Rondon Súarez³.¹ Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul;

    ² Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

    ³ Centro Integrado de Análise e Monitoramento Ambiental, Universidade Estadual de Mato Grosso do

    Sul.

    [email protected]

    Apesar do crescente número de estudos sobre a ictiofauna no Mato Grosso do Sul,

    ainda há poucas informações sobre a relação entre as características ambientais, em

    diferentes escalas, e a distribuição das espécies. O presente trabalho objetivou analisar a

    distribuição de peixes e a riqueza relativa em guildas tróficas em 20 microbacias nas sub-

    bacias dos rios Ivinhema e Amambai, Alto Rio Paraná. A distribuição das espécies foi

    confrontada com quatro conjuntos de variáveis ambientais: uso e ocupação do solo,

    características hidrológicas das microbacias, limnologia e conectividade dos riachos. Os

    dados de riqueza de espécie em cada microbacia e riqueza relativa por guilda trófica foram

    submetidos a partições de variância tendo a riqueza e estrutura de guildas tróficas como

    variável resposta e como variáveis explanatórias os descritores ambientais citados. Foramamostradas 140 espécies de peixes sendo que Astyanax altiparanae , Bryconamericus

    stramineus  e Hypostomus ancistroides  ocorreram em todas as microbacias. Constatamos que

    a riqueza de espécies é primariamente explicada pela conectividade entre as microbacias,

    seguida do uso e ocupação do solo e características hidrológicas, todavia, as variáveis

    limnológicas não apresentaram influência sobre a riqueza de espécies. No entanto, a

    estrutura da assembleia de peixes em guildas tróficas é determinada principalmente pela

    conectividade e características hidrológicas das microbacias analisadas. Logo, os dados

    sugerem que diferentes características das assembleias respondem de formas distintas às

    métricas utilizadas para representar as características do ambiente e o aprofundamento

    desta abordagem deve melhorar a compreensão de como utilizar estas métricas na descrição

    de padrões ecológicos, e também em avaliação e monitoramento ambiental.

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    ANÁLISE COMPARATIVA DA DISTRIBUIÇÃO SAZONAL E ESPACIAL DA

    MACROFAUNA BENTÔNICA EM UM CÓRREGO POLUÍDO E NÃO POLUÍDO,

    DOURADOS – MS.

    Allex Sandro Durão Martins1

    ; Jelly Makoto Nakagaki1

    ; Mônica Mungai Chacur1

    .1 Centro de Pesquisa em Biodiversidade – CPBio, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: A utilização de macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores pode

    ser uma importante ferramenta para avaliação da qualidade da água e realização de

    monitoramento ambiental.

    OBJETIVOS:  A presente proposta analisou a diversidade e distribuição dos

    macroinvertebrados bentônicos nos Córregos Água Boa (poluído) e Curral de Arame (nãopoluído), pertencentes à bacia do rio Dourados.

    METODOS:  Estes córregos com extensão menor que 30 km, correm em paralelos e

    deságuam no rio Dourados, sendo que o Córrego Água Boa nascente dentro da cidade e

    recebe esgoto doméstico e Curral de Arame nasce em um remanescente de mata distante do

    centro urbano, porem próximo a plantações rurais. Foram realizadas coletas mensais em três

    pontos em cada córrego utilizando-se amostrador de Surber (0,9m2) com malha de 0,5mm,

    sendo o material triado e identificado até o menor nível taxonômico possível sendo onde os

    dados foram avaliados e comparados quanto à frequência de ocorrência e sua diversidade

    (Shannon-Winer). Além disso, durante o trabalho foram monitoradas a temperatura da água,

    concentração de O2 dissolvido, o pH, a condutividade e turbidez, vazão e precipitação

    mensal dos córregos.

    RESULTADOS:  Os resultados demonstraram na comparação dos parâmetros que os níveis

    de condutividades foram mais altos no C. Água Boa, devido à presença de sais poluentes e

    os níveis de oxigênio foram mais baixos para este mesmo córrego. O C. Curral de Arame

    mostrou-se mais estável do ponto de vista ambiental com variações menores. Ao todo 8.382

    indivíduos foram capturados sendo que Diptera, Oligochaeta e Hirudinea dominaram no C.

    Água Boa de um total de 10 táxons distribuídos em 7871 indivíduos e Ephemeroptera e

    Coleoptera no C. Curral de Arame de um total de 13 táxons com 511 indivíduos.

    CONCLUSÕES:  A realização deste trabalho possibilitou conhecer a fauna aquática de

    macroinvertebrados dos córregos Água Boa e Curral de Arame. A comparação dos dados

    levantados entre os córregos demonstra evidentes diferenças entre um ambiente poluído de

    caráter urbano e num córrego alterado com características rurais, a abundância quanto à

    composição estão nitidamente alterados e é evidente a necessidade de mais estudos paraverificar a resistência destes animais aos agentes poluidores bem como entender a sua

    adaptação a estes ambientes alterados.

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    APLICAÇÃO DE ÍNDICES BIÓTICOS PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

    EM UMA PROPRIEDADE DE PRODUÇÃO PECUÁRIA

    Maria Helena da Silva Andrade1; Lilian Pereira1; Maricelma Calças1; Marister Pereira1; Michel Alves1.1 FAENG/UFMS.

    [email protected]

    Pelo fato de a maioria dos índices bióticos disponíveis na literatura serem criados em zonas

    temperadas, torna-se difícil sua aplicação e, quase sempre é necessária uma adaptação,

    levando-se em conta as características regionais. Este trabalho objetiva aplicar três diferentes

    índices bióticos para avaliação da qualidade da água com o intuito de comparar os

    resultados entre si e subsidiar a escolha de um índice para predição. A área de estudo

    localiza-se no município de Guia Lopes da Laguna, MS (21º31’55.5”S e 55º54’02.04”O). É umapropriedade cuja principal atividade é a produção bovina, com sistemas Tradicional e Voisin

    (em fase de adaptação). Trabalhos de campo foram realizados nos dias 13 e 14/04/2015.

    Amostras de sedimento foram recolhidas com surber em um açude (que abastece pilhetas

    para dessedentação), um riacho e um reservatório, construído na sede da fazenda. As

    amostras foram coletadas em tréplicas, utilizando-se protocolos classicamente estabelecidos.

    Em campo, o sedimento foi fixado com formalina a 4% e armazenado em sacos plásticos. O

    sedimento foi lavado (peneira de malha 0,5mm), corado, triado e os espécimes, conservados

    em álcool a 70 %. A identificação deu-se em nível de família sendo usadas chavesdicotômicas clássicas. Os índices bióticos escolhidos foram o BMWP (Biological Monitoring

    Working Party), o ASPT (Average Score Per Taxon) e o FBI (Family Biotic Index). Encontrou-se

    os grupos: Oligochaeta, Chironomidae, Hidracarina, Nematoda, Ceratopogonidae,

    Libellulidae, Glossiphonidae, Caenidae, Polymitarcyidae, Gomphidae, Hyalellidae,

    Ephemeridae. Dos ambientes estudados, o reservatório mostrou resultados dos índices

    bastante próximos: (BMWP=regular (51); ASPT = poluição moderada (4,25); FBI = regular

    (6,07), enquanto que o Riacho, ao contrário, apresentou as condições mais discrepantes:

    (BMWP= péssima (24); ASPT = poluição moderada (4,80); FBI = razoável (5,66)). Os resultados

    sugerem estudos mais aprofundados para que se possa inferir sobre um índice adequado e

    que melhor reflita a qualidade do ambiente a fim de gerar modelos de predição.

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    AS ESPÉCIES ORIGINAIS ESTÃO SENDO CONSERVADAS?

    Mozart Sávio Pires Baptista1; Vivian Almeida Assunção2; Vidal de Freitas Mansano2; Ângela Lúcia

    Bagnatori Sartori1.

    ¹ Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul;

    ² Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  As espécies originais são as que possuem traços únicos na comunidade e

    contribuem com o aumento da diversidade funcional. Diante de filtros ambientais, é

    esperado que espécies com traços similares sejam favorecidas e, consequentemente, que a

    originalidade esteja concentrada em poucas espécies.

    OBJETIVO:  Nosso objetivo foi testar essa predição, para avaliar se é possível incluir a

    originalidade como um critério na determinação de áreas prioritárias de conservação.

    MÉTODO:  Coletamos 75 espécies lenhosas em 97 parcelas (10 x 20 m) em duas

    fitofisionomias de Chaco brasileiro e mensuramos nove traços relacionados à eficiência no

    uso dos recursos (altura, área basal, área foliar, área foliar específica, nitrogênio e fósforo

    foliar, suculência, densidade específica dos ramos, densidade da folha).

    RESULTADOS:  Observamos que 90% da originalidade estiveram concentradas em

    aproximadamente 15% das espécies. Este resultado pode estar associado à existência de

    filtros ambientais que selecionam espécies com base em suas tolerâncias à escassez denutrientes do solo e forte sazonalidade causando redundância na comunidade e,

    consequentemente, maior resistência. As 11 espécies que apresentam traços raros são

    responsáveis pelo aumento da complementariedade, estabilidade e o uso de recursos na

    comunidade. Desta forma, a extinção de alguma delas pode resultar em perdas de traços

    únicos, o que poderia comprometer o funcionamento da comunidade.

    CONCLUSÕES:  Assim, por apresentarem importância na manutenção dos serviços

    ecossistêmicos, as espécies originais podem ser consideradas bioindicadoras de áreas

    prioritárias à conservação e consequentemente a originalidade deve ser considerada umcritério na determinação dessas áreas.

    Palavras-chave: Bioindicadoras, Chaco, Originalidade

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    AS VARIÁVEIS AMBIENTAIS PODEM PREDIZER A DISTRIBUIÇÃO DE Astyanax aff

     paranae (CHARACIFORMES, CHARACIDAE) EM RIACHOS DA BACIA DO RIO

    AMAMBAI, ALTO RIO PARANÁ?

    Deisiane Maciel Neiva1

    , Sidnei Eduardo Lima Júnior1

    , Yzel Rondon Súarez1

    1 Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Centro Integrado de Análise e Monitoramento

    Ambiental – CINAM.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: A ocorrência de espécies de peixes é determinada tanto por características

    biogeográficas, quanto por fatores abióticas e bióticas. Contudo, poucos estudos têm se

    preocupado em gerar modelos preditivos da ocorrência de espécies de peixes em riachos de

    bacias hidrográficas.OBJETIVO:  Este estudo descreve as características ambientais para investigar a influência

    desses fatores na ocorrência da espécie Astyanax aff.  paranae   em riachos da bacia do rio

    Amambai, Alto rio Paraná, Mato Grosso do Sul.

    MÉTODOS: O presente projeto utilizou um conjunto de variáveis ambientais, como altitude,

    concentração de oxigênio dissolvido, turbidez, condutividade elétrica e pH da água, além de

    valores médios de largura, profundidade e velocidade da água do trecho dos riachos

    amostrados para predizer a ocorrência de Astyanax aff. paranae em riachos da bacia do rio

    Amambai, Alto rio Paraná. Os indivíduos foram coletados através de redes de arrasto, redesde espera e telas de isca em um total de 64 pontos amostrais distribuídos ao longo de toda a

    bacia. Utilizamos a análise de regressão logística e a árvore de regressão para modelar a

    ocorrência da espécie estudada.

    RESULTADOS: Constatamos que tanto a análise de regressão logística quanto a árvore de

    regressão definiram que a largura do riacho é a principal descritora da ocorrência de A.

    paranae , seguida da concentração de oxigênio dissolvido na água.

    CONCLUSÃO: Desta forma, ambos os métodos detectaram o mesmo padrão, que a espécie

    apresenta uma preferência por trechos de riachos com menor largura e com menor

    concentração de oxigênio, o que, neste caso pode estar associado à preferência por menores

    velocidades da correnteza; no entanto, a árvore de regressão ainda demonstrou uma relação

    com a altitude dos riachos, o que não foi captado pela regressão logística.

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    AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINAR DOS AMBIENTES LÓTICOS DO PARQUE

    “ARNULPHO FIORAVANTE” 

    ¹ Cleide Brachtvogel; ¹ Elaine Ferrais da Silva; ¹ Gabriela Andrade dos Santos; ² Emerson Machado de

    Carvalho.

    ¹ Discentes Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados;

    ² Docente Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados.

    [email protected]

    A Avaliação de Impacto Ambiental revela-se como um instrumento de grande importância

    no planejamento e gestão dos recursos naturais. Tal avaliação tem contribuído com

    monitoramento e o controle ambiental, além de permitir análise continuada de parâmetros

    fundamentais que possam servir de indicadores de impacto e, consequentemente facilitar o

    processo de gestão das atividades. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto

    ambientais dos afluentes do córrego Paragem localizados na área de influência direta do

    parque municipal “Arnulpho Fioravante”. O parque abrange uma área de 73 ha, localizada na

    área central do município de Dourados, MS (latitude 22º13’53.78”S e longitude

    54º47’31.90”O, altitude 411m). Os dados foram levantados a partir de um Protocolo de

    Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats (PRA) e indicadores físicos e químicos. O

    Protocolo foi adaptado dos protocolos propostos pela Agencia de Proteção Ambiental de

    Ohio (EPA) e avalia um conjunto de 22 parâmetros em categorias descritas e pontuadas. Aspontuações finais refletem o nível de preservação das condições ecológicas dos trechos da

    bacia estudada, nas categorias: Naturais, Alterados e Impactados. Os parâmetros ambientais

    analisados foram: pH, condutividade elétrica, temperatura, oxigênio dissolvido e

    luminosidade. A aplicação do Protocolo e amostragem dos parâmetros ambientais foi

    realizada em cinco pontos dos afluentes do córrego Paragem. Os parâmetros ambientais que

    indicaram degradação dos riachos foram oxigênio dissolvido que apresentou os seguintes

    valores (Ponto 1: 3.88; P2: 3.43; P3: 4.51; P4: 5.71; P5: 3.81 mg.L-1), condutividade (P1: 263; P2

    254; P3: 158; P4: 192; P5: 117 µ s) e luminosidade (P1: 13%; P3: 7%; P5: 0%, valores em

    percentual de filtragem de incidência luminosa). O oxigênio dissolvido esteve abaixo dos

    valores indicadores para organismos aquáticos em ambientes lóticos; a condutividade inferiu

    sobre a presença de sais, provavelmente oriundos de resíduos orgânicos e inorgânicos

    presentes na água; a baixa capacidade de filtragem da incidência luminosa indica a

    supressão ou ausência da mata ciliar. Estes resultados corroboram com o Protocolo,

    indicando que os riachos encontram-se impactados pelas ações antrópicas, seja pelo

    descarte de resíduos e efluentes diretamente nos córregos ou pela falta de fiscalização e

    gestão pública destes recursos. No entanto, é necessário que haja o monitoramento do

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    parque, e que este faça parte de um plano de recuperação de áreas degradadas de forma

    participativa com os visitantes.

    AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DOS FÁRMACOS IBUPROFENO E DICLOFENACO

    AO MICROCRUSTÁCEO DAPHNIA MAGNA

    Juliane Alessandra Cavalieri Soares1; Gildete de Souza Bezerra1; Vanilva Pereira de Oliveira1; Nyamien

    Yahault Sebastien1; Gilmar Baumgartner1.1 Programa de Pós-graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca (UNIOESTE - Toledo),

    Grupo de Pesquisas em Recursos Pesqueiros e Limnologia.

     [email protected]

    INTRODUÇÃO:  Devido à crescente preocupação sobre o descarte de fármacos em

    ecossistemas aquáticos e estudos indicando que os compostos gerados por estes podem

    interferir no metabolismo e comportamento dos organismos, consequentemente resultando

    no desequilíbrio das comunidades naturais, a avaliação da toxicidade desses resíduos em

    organismos se faz cada vez mais necessária, sendo uma ferramenta útil no que se refere a

    conservação e monitoramento de ambientes aquáticos.

    OBJETIVO: Determinar a concentração efetiva média (CE50) de Daphnia magna  aos fármacosibuprofeno e diclofenaco.

    MÉTODO: Para a realização dos testes de sensibilidade e agudos com os fármacos foram

    utilizadas neonatas de 2 a 26 horas. Para os testes de sensibilidade foi utilizado como

    substância o dicromato de potássio. Foram utilizados nos testes agudos os fármacos

    ibuprofeno e diclofenaco (ambos antiinflamatórios) a qual as D. magna   eram expostas à

    concentrações de 0,5 á 10mg/L, com intervalos de 0,5mg/L. Os testes tiveram a duração de

    48horas e ao final, foram contabilizadas os organismos imóveis e calculada a CE50. O pH foi

    medido antes e após os testes.

    RESULTADOS: O valor médio da CE50 no teste de sensibilidade foi de 0,91mg/L, valor dentro

    da faixa admissível, comprovando que as dafnías estavam aptas para os testes. Os resultados

    dos testes de toxicidade aguda com os fármacos ibuprofeno e diclofenaco geraram CE50 de

    9,75mg/L e 2,26mg/L respectivamente, o que mostra que os organismos são mais sensíveis

    aos compostos do diclofenaco. O pH não apresentou diferenças significativas antes e após

    os testes (p>0,05).

    CONCLUSÃO: O diclofenaco se mostrou mais tóxico à Daphnia magna  do que o ibuprofeno,

    e os resultados sugerem uma maior atenção no que se refere às consequências do despejo

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    de fármacos em corpos hídricos, uma vez que os compostos gerados por esses produtos

    podem prejudicar os organismos que os compõe.

    AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE INSETOS CAPTURADOS COM ARMADILHAS

    ATRATIVAS DO PPBIO, COM BASE NO MONITORAMENTO DA UHE BELO MONTE

    Hermes Fonsêca de Medeiros1; Francisco Plácido Magalhães Oliveira1; Marcio Luiz de Oliveira1;

    Rosângela Barreto Amador1; Antônio Wesley Barros Caçador1; Igor Martins do Nascimento1.1 Universidade Federal do Pará, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Museu Paraense Emílio

    Goeldi.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: O Plano Básico Ambiental da Usina Hidrelétrica Belo Monte inclui 2 técnicas

    do Programa de Pesquisas em Biodiversidade direcionadas à coleta de moscas Drosophilidae

    e de abelhas Euglossini.

    OBJETIVO:  Avaliar os efeitos de alternativas de redução de esforço amostral quanto à

    eficácia para o monitoramento ambiental.

    MÉTODO: A área monitorada está na Bacia do Rio Xingu (PA). Iscas: Drosophilidae - bananas

    fermentadas; Euglossini: eugenol, salicilato de metila, cineol e vanilina. Desenho amostral: 8módulos de 5 x km; 10 parcelas de 250m por módulo; 4 armadilhas de Drosophilidae e 3 de

    Euglossini, espaçadas regularmente, por parcela. Armadilhas de Euglossini de uma mesma

    parcela contêm iscas diferentes. A isca eugenol é colocada nas trilhas do módulo, há 500m

    das parcelas. Os machos coletados são identificados até espécie ou morfoespécie. Foram

    utilizados dados de 7 campanhas, entre 02/2012 e 02/2015. Foram identificados

    bioindicadores a partir de análises de associações com variáveis ambientais. Foram testados

    os efeitos das alternativas de redução do esforço, considerando tanto os erros nas

    estimativas de parâmetros, quanto a eficiência na detecção de associações dos indicadores

    com antropização.

    RESULTADOS: Foram identificados três bioindicadores: para Drosophilidae a proporção de

    indivíduos que pertencem a espécies exóticas; para abelhas, o somatório dos indivíduos das

    espécies Eulaema cingulata   e Eul. nigrita   e o somatório dos indivíduos do subgênero

    Glossura. Foram obtidas estimativas da perda de eficiência associada a cada alternativa de

    redução do esforço amostral. A isca eugenol não contribui de forma relevante para o projeto.

    CONCLUSÕES: Os métodos permitem a identificação e utilização de bioindicadores. O

    esforço atual é suficiente, mas a maioria das alternativas de redução de esforço resultaria em

    perda relevante de eficácia.

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    AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO CÓRREGO LARANJA DOCE, DOURADOS MS

    Mariluci Pinto da Costa1; Mariana Servignini Pegoraro1; Dalmo Nogueira1; Cristhian Gomes1. 

    1 Gestão Ambiental – Universidade Federal da Grande Dourados – UFDG.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: O crescimento acelerado das cidades associado com a falta de planejamento

    é um dos processos que mais contribui para a geração de impactos e pressões no ambiente

    urbano. Como a maioria dos municípios brasileiros englobam nos seus territórios fundo de

    vales e margens dos rios, tornam-se fundamentais o planejamento e gestão, a legislação e a

    fiscalização pelos governos municipais para diminuir os riscos e danos causados por

    desastres naturais, como os decorrentes das inundações (Secretaria Nacional de Defesa Civil,

    2011 apud TAMPOROSKI et al 2012). Durante o processo de urbanização das cidades ocorreua substituição dos ecossistemas naturais por outro meio completamente adverso, que o

    homem organiza conforme suas necessidades de sobrevivência. O uso intensivo da terra e a

    ausência de planejamento das atividades urbanas têm gerado disfunções espaciais e

    ambientais, repercutindo na qualidade de vida do homem, que se dá de modo diferenciado,

    atingindo na maioria das vezes de forma mais intensa a população de baixa renda, a qual,

    muitas vezes sem acesso à moradia, passa a ocupar as Áreas de Preservação Permanente,

    como fundos de vale e topos de morros. Barcelos et al   (1995) chamam atenção para o fato

    de que as Áreas de Preservação Permanente demandam atenção especial, porque têm comofunções a preservação da qualidade das águas, vegetação e fauna, bem como a dissipação

    de energia erosiva, procurando devolver aos fundos de vale suas funções originais de

    regulamentação da dinâmica do regime hídrico superficial e subterrâneo. A legislação

    reconhece sua importância como agentes reguladoras da vazão fluvial, consequentemente

    das cheias, preservadoras das condições sanitárias para o desenvolvimento da vida humana

    nas cidades. Com isto, pode-se afirmar que as Áreas de Preservação Permanente devem ser

    mantidas em suas características originais, reconhecidas como indispensáveis para a

    manutenção das bacias hidrográficas, e por consequência, da vida humana e seu

    desenvolvimento. Esta pesquisa, de caráter exploratório, analisou a primeira ordem do

    Córrego Laranja Doce, na cidade de Dourados-MS. Limítrofe de área urbana, o Córrego

    Laranja Doce tem suas nascentes no extremo Sul-oeste na Reserva Indígena de Dourados,

    MS, pertence à bacia hidrográfica do Rio Brilhante, UPG Ivinhema (IMASUL, 2009), região

    hidrográfica do Paraná, subunidade Paraná 1, conforme o Plano Nacional de Recursos

    Hídricos (ANA, 2006). Organismos internacionais têm alertado sobre a necessidade de gerar

    mudanças paradigmáticas na gestão da água e das bacias hidrográficas, assumindo inclusive

    ações que reduzam reais ou potenciais conflitos entre povos e países (LEAL, 2012).

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    A preservação dos recursos hídricos está intimamente ligada com a preservação das matas

    ciliares, tornando-se dois sistemas totalmente dependentes. Embora existam leis que

    protejam as matas ciliares, ainda não existe fiscalização eficiente para impedir seu

    desmatamento (GUIMARÃES et al, 2013 ).

    OBJETIVO:  Desenvolver um diagnóstico socioambiental exploratório no Córrego Laranja

    Doce, para avaliar a gestão ambiental urbana e impactos ambientais decorrentes, oferecendo

    subsídios para sua gestão, e verificar situações de necessidade de ajustamento de conduta.

    MATÉRIAL E MÉTODO:  O presente trabalho foi desenvolvido como ferramenta de

    aprendizado na disciplina de Projetos Integrados em Gestão Ambiental, do Curso de Gestão

    Ambiental da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). A área de estudo foi a

    micro bacia do Córrego Laranja Doce, na sua extensão dentro da área urbana, no município

    de Dourados em Mato Grosso do Sul. O córrego Laranja Doce pertence à bacia hidrográfica

    do Rio Brilhante, UPG Ivinhema (IMASUL, 2009), tem suas nascentes no extremo Sul-oeste naReserva Indígena Bororó de Dourados, MS, segue margeando a zona urbana Norte de

    Dourados, recebe o córrego Jaguapiru e segue curso pela área rural do município até

    desaguar no Rio Brilhante. A metodologia utilizada foi de caráter exploratório descritivo para

    obter resultados mais satisfatórios, foram avaliados seis pontos ao longo do curso do

    córrego, onde elaboramos um diagnóstico ambiental, interpretando as áreas de estudo e

    verificando as interações entre os elementos físicos, biológicos e socioeconômicos para

    servir como base para outros estudos mais detalhados. Houve aplicação de dois protocolos

    sendo a aplicação de um Protocolo de Percepção/Avaliação Rápida Ambiental/RAP

    (CALLISTO et al ., 2002), sendo adaptado como 1°Protocolo de Percepção em Áreas Urbanas,

    com dados de infraestrutura e socioeconômicos. Para informações mais das condições

    ambientais e como complemento de dados desses parâmetros, foi necessária a aplicação do

    2 ° sendo o Protocolo Ecológico, foram utilizados parâmetros de observações ambientais

    como características de odor na água, grau de turbidez, presença de oleosidade, entre

    outros. Foram realizadas revisões bibliográficas, visitas a campo, com métodos observatórios

    expeditos e de levantamento de dados, entrevistas com moradores locais, incluindo

    fotografias da área de estudo.

    RESULTADOS E DISCUSSÕES:  Verificamos que a legislação não está sendo aplicada no

    Córrego Laranja Doce, pois não foram encontradas práticas de conservação ambiental.

    Encontramos a presença de resíduos domésticos e efluentes líquidos na água, em trechos do

    córrego, principalmente na região urbana, alterando e comprometendo sua qualidade.

    Ponto 1: A avaliação foi realizada na nascente do Córrego Laranja Doce, que fica localizada

    no sul-oeste da reserva indígena Bororó de Dourados, em divisa com uma propriedade

    particular. De acordo com o protocolo de Percepção em Áreas Urbanas, este local obteve 19pontos, enquanto registrou 54 pontos no Protocolo Ecológico. O local foi considerado como

    área preservada, pois não possui alterações antrópicas tão intensas como os demais pontos.

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    Sua baixa pontuação no 1° protocolo é devida a não possuir bom parâmetros

    socioeconômicos e de infraestruturas técnicas. É um ambiente que não possui presença de

    resíduos sólidos, erosões ou assoreamento, com boa cobertura vegetal, enquanto a água se

    encontra em boa qualidade, sendo um ponto que se destaca em relação aos demais

    avaliados. Ponto 2: Encontra-se próximo ao Centro Universitário da Grande Dourados

    (UNIGRAN). A avaliação da área foi feita em torno de uma ponte e próximo a algumas

    residências, que ficam dentro da Área de Preservação Permanente (APP). De acordo o

    avaliação, no 1° protocolo de Percepção em Áreas Urbanas, o local ficou com 75 pontos, por

    ser área bem urbanizada com parâmetros socioeconômicos que elevam sua pontuação,

    como no parâmetro da educação, pois, além de escolas públicas, possui uma universidade

    privada, centros tecnológicos, comércios que colaboram com oferta de emprego e serviços

    para população. No local há presença de moradias irregulares, onde famílias de baixa renda

    residem na Área de Preservação Permanente (APP), estando expostas a doenças por roedorese artrópodes afetando sua qualidade de vida. Há também a especulação imobiliária, com

    residenciais de alto valor aquisitivo próximos ao local. Está prevista a construção de mais

    condomínios residenciais e a abertura de loteamentos próximos ao córrego. Na 2a avaliação,

    usando o Protocolo Ecológico, ficou com 23 pontos, se caracterizando num local com

    alterações antrópicas, presença de resíduos sólidos próximo a suas margens, odor na água,

    entre outros. Ponto 3: Está localizado entre a Usina Filinto Müller: conhecida também como

    Usina Velha -localizada numa área de 12.222 m² -, que foi tombada como Patrimônio do

    município e colabora com a preservação do córrego, e o Tênis Clube, propriedade particular

    de recreação abandonada. Ambos locais encontram-se às margens do córrego Laranja Doce.

    O local ficou com 59 pontos no 1° protocolo o de Percepção em Áreas Urbanas devido aos

    seus parâmetros socioeconômicos, pois é uma área bem desenvolvida em taxa de ocupação

    do solo, paisagem, possui fontes de emprego, possui boa acessibilidade, entre outros. Em

    relação às condições ambientais, no 2° protocolo o ecológico, foi avaliada em17 pontos. É

    um local com impactos negativos, possui uma canalização do córrego nessa região que

    prejudica a fauna e a flora. O córrego sofre com a pressão imobiliária próxima e a falta de

    sensibilização dos moradores colabora para que estas áreas fiquem cada vez mais em

    situações críticas com lançamento de efluentes e despejo de lixo doméstico nas margens. No

    Tênis Club, por meio de observações visuais, usamos a qualidade de água como indicador

    de poluição, pela presença de efluentes domésticos e características negativas de odor,

    mesmo sem realizar avaliações químicas devido ao tempo de execução do projeto como

    Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Percebemos que a água não é própria para

    consumo, podendo contaminar o lençol freático e interferir na qualidade da água da bacia

    hidrográfica e no equilíbrio do ambiente aquático, afetando a cadeia alimentar e osorganismos bentônicos sensíveis à poluição. Ponto 4: Está localizado entre os bairros Alto

    das Paineiras e Portal, obteve 34 pontos no protocolo de Percepção em Áreas Urbanas. É

    http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Usina_Filinto_M%C3%BCller&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Usina_Filinto_M%C3%BCller&action=edit&redlink=1

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    uma área com baixa pontuação em seus parâmetros socioeconômicos, está em fase de

    expansão e crescendo. No protocolo Ecológico ficou com 26 pontos, possuindo baixa

    quantidade de mata ciliar nas margens do córrego, ocorrência de erosões, devido à falta de

    proteção no solo e baixa extensão de mata ciliar. Encontramos tubulações de águas pluviais

    em más condições operacionais, demonstrando uma falta de fiscalização por parte dos

    órgãos públicos. Ponto 5: O local é um dos pontos mais críticos e está localizado entre a rua

    Caios e a Perimetral Norte de Dourados. Foram realizadas duas visitas no período de um mês

    onde se pode fazer a avaliação mais precisa, antes e após o período de chuva. De acordo

    com avaliação, no 1° protocolo de Percepção em Áreas Urbanas o local possui 37 pontos,

    devido aos parâmetros socioeconômicos, se destacando uso e ocupação do solo. A

    acessibilidade ao local não é boa, em épocas de chuva a rua fica cheia de lama e poças

    d’água. No 2° protocolo o Ecológico a pontuação foi de 11 pontos. Há uma tubulação de

    drenagem de águas pluviais que desagua no córrego, levando junto uma grande quantidadede lixo doméstico, parte ficando nas margens do córrego e outra parte sendo levada pela

    correnteza. O lixo doméstico presente no local é um indicador da destinação inadequada

    pela população, que a dispõe dentro de bocas de lobo ou o deixa no local, além de animais

    mortos, ambos contribuindo com a poluição do solo e da água, por meio de chorumes. O

    solo do local é de material não-consolidado, como indicado pelo processo de assoreamento,

    devido à baixa quantidade de mata ciliar, que não é suficiente para a proteção do leito do

    córrego. Evidencia-se assim o desmoronamento do solo e a queda das poucas árvores

    existentes. Ponto 6: O local foi o último a ser visitado, por ser o mais distante da área de

    urbanização. No 1°protocolo ficou com 22 pontos, em parâmetros socioeconômicos, sua

    pontuação é mais baixa que os demais pontos, devido à sua localização na área rural e não

    possuir infraestruturas. No entanto, é o mais preservado, estando de acordo com a legislação

    ambiental. Mesmo sendo afastado da cidade, possui vestígios de poluição com presença de

    oleosidade na água. O trecho do córrego é mais largo que nos demais pontos, pois nesse

    trecho o córrego Jaguapiri desagua no Córrego Laranja Doce. É uma área totalmente

    preservada e de mata fechada, o único acesso ao córrego é possível através de uma ponte,

    sendo avaliada a 58 pontos pelo Protocolo Ecológico. Comparando os resultados entre os

    dois protocolos percebemos que o ponto 1 com:19 pontos e o ponto 6 com:22 pontos,

    possuem baixa pontuação em parâmetros socioeconômicos porém pelos parâmetros

    ambientais, como ambos são afastados do perímetro urbano, suas pontuações são elevadas,

    sendo de 54 e 58 pontos. No entanto, os pontos 2, 3, 4 e 5, localizados em área urbana,

    possuem pontuações elevadas em infraestruturas e estão a inadequadas do ponto de vista

    ambiental. Percebemos que essas áreas não apresentam indicações de gestão ambiental,

    precisando de restauração ambiental e enquadramento na legislação. Os pontos 2, 3 e 5 sãoos que mais sofreram alterações, assoreamento, poluição do solo, deposição de resíduos

    sólidos, revelando ausência de políticas públicas e falta de sensibilização da comunidade.

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    CONSIDERAÇÕES FINAIS:  Se relacionarmos o crescimento da cidade com a degradação

    ambiental, a expansão urbana aumentará consideravelmente a pressão sobre o córrego

    Laranja Doce, comprometendo a qualidade ambiental da área urbana na micro bacia. A

    conservação da área perpassa pela implementação de políticas públicas de saneamento

    básico. A criação de campanhas de sensibilização ambiental com os moradores, assim como

    a revisão do Plano Diretor Municipal, sob as diretrizes da lei 10.257 - Estatuto das cidades,

    são alternativas à degradação. Percebemos que o Córrego Laranja Doce precisa de mais

    atenção, tanto da dos órgãos públicos, como da comunidade entorno, pois, se continuar na

    situação atual, o córrego sofrerá impactos irreversíveis, que terão como consequências

    problemas diretos na qualidade de vida da população, podendo afetar sua saúde e bem

    estar, interferindo no micro clima da cidade, na qualidade do ar, água e solo e

    comprometendo sua utilização para as futuras gerações.

    BANCO DE SEMENTES COMO INDICADOR DE VEGETAÇÃO AQUÁTICA NO

    PANTANAL

    Vitoria Silva Fabiano1; Gisele Catian1; Gabriel Tirintan de Lima1; Edna Scremin-Dias1.1 Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  Banco de diásporos é um depósito de elevada densidade de sementes no

    solo de diversas espécies em estado de latência, influenciado pela dispersão da vegetação

    local, assim como contribuições de fontes distantes. Nas planícies alagáveis são comuns os

    ambientes de lagoas, apresentando as macrófitas aquáticas predominantemente no banco

    de sementes. A capacidade de acumular diásporos é um fator chave na dinâmica da

    vegetação aquática nestas planícies contribuindo como indicadores de resiliência. Para a

    determinação da flora que compõe um ambiente após distúrbios é necessário conhecer a

    relação entre o banco de sementes e a vegetação acima do solo, auxiliando no

    entendimento das respostas da comunidade a perturbações. Visto a bioindicação basear-se

    em organismos que têm tolerância específica a vários parâmetros ambientais e no Pantanal

    as macrófitas estarem sob constante ciclo de inundação, a permanência no banco é uma

    estratégia importante para a manutenção da flora.

    OBJETIVO:  Objetivou-se quantificar a riqueza e abundância das espécies de macrófitas

    aquáticas do banco de sementes de lagoas e relacionar esta com a flora estabelecida nalagoa. Testou-se a hipótese de que a flora e o banco são correspondentes indicando que o

    banco age na resiliência da lagoa.

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    MÉTODO: As coletas foram realizadas em 20 lagoas, com 8 amostras de 1 kg de sedimento

    cada, as quais foram lavadas em peneira de malha 0,50 mm, e conservadas em álcool 70%

    para triagem. Foi utilizado o método de contagem direta de sementes. A florística de cada

    lagoa foi realizada mensalmente durante dois anos e as espécies foram identificadas. A

    similaridade entre o banco de sementes de cada lagoa e sua respectiva flora foi analisada

    pelo Índice de Sørensen e posteriormente aplicado o Teste t One Sample entre as

    similaridades. Para observar se há relação entre o banco de sementes e a flora local utilizou-

    se NMDS (dissimilaridade de Bray-Curtis).

    RESULTADOS:  O banco de sementes apresentou 90409 sementes, 57 espécies e 24

    morfoespécies. As famílias mais abundantes foram Alismataceae (27,8%) e Nymphaeaceae

    (13,3%) e a mais rica Cyperaceae (13 espécies), com Echinodorus  sp., Ludwigia leptocarpa  e

    Nymphaea   sp. mais abundantes. A flora local apresentou 106 espécies, com famílias mais

    ricas Fabaceae (18 espécies) e Cyperaceae (14 espécies) e espécies mais frequentes Sennaaculeata , Nymphaea   sp. e Mimosa pigra . O banco de sementes apresentou 56,88% de

    dissimilaridade com as espécies da flora local. No NMDS observou-se que existe tendência

    de a flora local e o banco de sementes serem diferentes (Stress= 0,15; Eixo1 r2= 0,82; Eixo2

    r2= 0,11). Entretanto, quando se observa as lagoas individualmente existe similaridade entre

    o banco de sementes e a flora local (t= 40,48; 19 g.l.; P< 0,01). Isto mostra que a composição

    do banco de sementes pode ser considerada uma fonte de diásporos mantendo as espécies

    de macrófitas na flora local das lagoas. CONCLUSÕES: Firma-se a importância do papel do

    banco de diásporos como indicador de quais espécies poderão colonizar as lagoas quando

    as características ambientais forem favoráveis.

    BIODIVERSIDADE E CIDADE – REFLEXÕES E SOLUÇÕES

    Vito Comar1.1 UFGD/FCBA.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: A cidade reflete nossos sistemas de valores, ideologia prevalente, modelo de

    desenvolvimento, formas de associação e relação com os recursos naturais nos quais está

    inserida. O êxodo rural, uso e ocupação desordenada da terra urbana e falta crônica de

    moradia para as populações mais carentes, têm resultado em falta de infraestruturas sociais,

    sistemas viários, de abastecimento de água e energia, de esgoto, de escoamento de águas

    da chuva, de coleta de resíduos, prejudicando a biodiversidade. Somente topos de morros e

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    fundos de vale ficaram disponíveis para a ocupação destas populações, mas estas são

    também as áreas de maior importância para a biota e a biodiversidade.

    OBJETIVOS: Investir na recuperação de fundos de vale, suas funções e conexões ecológicas e

    biodiversidade urbana.

    METODO:  Zoneamento ambiental urbano, definição de áreas de vulnerabilidade urbana,

    planejamento e implantação de corredores ecológicos urbanos, atrelados a uma rede de

    corredores ecológicos municipais.

    RESULTADOS:  Propõe-se a provisão, nos Planos Diretores, de uma faixa de proteção de

    produção orgânica - de 1.200 metros, como barreira e área tampão -, ao despejo de

    agrotóxicos nas lavouras que circundam as cidades. Para proteger esta mesma produção

    seria necessária a implantação de barreiras de vegetação nativa de 120 metros de largura, no

    perímetro externo destas faixas de proteção, criando assim corredores ecológicos periféricos.

    Os fundos de vale, que partem dos seus centros, se encontrariam com estes corredoresperiféricos, criando uma rede de corredores ecológicos urbanos, vindo a reforçar a proteção

    e melhoria da biodiversidade local. É uma medida simples, mas eficaz, que precisaria de

    legislação municipal especifica. Outra legislação municipal complementar exigiria a

    implantação progressiva de uma rede de corredores ecológicos em todo território municipal,

    interligando remanescentes florestais entre si e com as matas ciliares dos rios.

    CONCLUSÕES: São soluções de baixo custo relativo, quando contabilizadas a partir de uma

    avaliação custo/benefício da melhoria do clima, precipitação, aumento da eficiência e

    resiliência dos sistemas produtivos locais, apoiados pelas múltiplas funções das novas áreas

    de florestas nativas implantadas.

    BIOINDICADORES PARA PCHs, UMA DEMANDA URGENTE: ESTUDO DE CASO EM

    MATO GROSSO DO SUL.

    William Marcos da Silva1; Kennedy Francis Roche2. 

    1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, CPAN;2 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, FAENG.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: A construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) tem aumentado de

    forma exponencial e seus pedidos de registro já ultrapassam os milhares no Brasil.

    Entretanto, os impactos destes empreendimentos não foram amplamente discutidos e nem

    estudados, e não há modelagens ecológicas específicas para PCHs. E os bioindicadores para

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    21/5421

    estes sistemas ainda não foram amplamente testados e validados para eutrofização ou

    outros tipos de impactos físicos, químicos ou biológicos.

    OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo problematizar a falta de bioindicadores para as

    PCHs e para ilustrar é apresentado um estudo de caso de uma PCH de Mato Grosso do Sul

    monitorada na sua fase operação.

    METODOLOGIA:  Sazonalmente, como determinado pelo órgão ambiental é realizado o

    monitoramento da PCH Ponte Alta no município de São Gabriel do Oeste, MS. A represa tem

    2,7 Km2  e gera 13mw e está instalada no rio Coxim, operando desde 2008. No

    monitoramento é realizada analise de qualidade de água e também analise de comunidades

    biológicas: zoobentos, fitoplâncton e zooplâncton.

    RESULTADOS:  Como é um sistema tipo fio d´água o desenvolvimento de organismos

    planctônicos geralmente é baixa, os com valores de fosforo total oscila entre 30 e 40

    microgramas. Entretanto no período agosto de 2015 houve um bloom de Chrysophycea(fitoplâncton) com um aumento de fósforo de 30 para 40 microgramas. Entretanto, este

    última oscilação foi o suficiente para alterar completamente a estrutura da população

    fitoplanctônica de um período a outro. Entre agosto de 2014 a agosto de 2015 a densidade

    aumentou de 2,70 ind/mL para 34000 ind/mL. Chrysophycea são associadas a ambientes

    heterotróficos, pobres, oligotróficos, pequenos e rasos. Entretanto, muitas destas

    características não estão presentes neste ambiente estudado, mostrando uma limitação

    deste indicador para o sistema.

    CONCLUSÃO: Os corpos de água formados por PCHs ainda carecem de modelos para

    gerenciamento e de bioindicadores que forneçam mais informações sobre as reais condições

    do sistema.

    BIOMASSA MICROBIANA EM SOLO SOB PASTAGEM DA SUB-REGIÃO DA

    NHECOLANDIA, PANTANAL SUL MATO-GROSSENSE

    Hellen Elaine Gomes Pelissaro1; Mayara Santana Zanella2; Emílio Flores Filho3; Sandra Aparecida

    Santos4; Marivaine Silva Brasil5. 

    1,2,3,5 UFMS/CPAN - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus do Pantanal;4 EMBRAPA PANTANAL.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: O manejo adequado das pastagens nativas do Pantanal consiste na

    manutenção do equilíbrio entre taxa de lotação animal e taxa de acúmulo de massa

    forrageira fundamental para conservação da qualidade dos solos. O solo sob essas pastagens

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    frequentemente removidas pelo pastejo sofre alterações assim como a comunidade

    microbiana associada. Portanto, a análise da biomassa microbiana que compõe esse solo

    pode ser um indicador das possíveis mudanças das condições físico-químicas e biológicas do

    solo.

    OBJETIVO: Avaliar a biomassa microbiana do solo de áreas de pastagens do Pantanal de

    diferentes áreas de manejo comparadas com o solo sob uma área de mata conservada

    através das estimativas do carbono (C) de sua biomassa (C-BMS).

    MÉTODO: O estudo foi feito na fazenda Nhumirim, propriedade da Embrapa Pantanal, na

    sub-região da Nhecolandia, Sul Mato-Grossense. As amostragens em solo Neossolo

    Quartzarênico foram feitas em 4 áreas com gado (A, B, C e D) e em área de mata de reserva

    sem gado (E). Foram coletados 150g de camada superficial do solo (0-10 cm), sob a

    vegetação dominante de pastagem nativa em triplicata. Para avaliar o carbono da biomassa

    microbiana foram utilizadas os métodos da fumigação-extração . A significância doscontrastes de interesse foi testada pelo teste F, a 5% de probabilidade, tendo-se levado em

    conta o quadrado médio do resíduo obtido pela análise de variância.

    RESULTADOS: Valores encontrados estão dentro de parâmetro entre 60,5 μg g-1e 124 μg g-1 

    de solo para culturas perenes para biomassa C-BMS. O C-BMS do solo das invernadas C

    (125,71 μg g-1), D (105,74 μg g-1) e E (125,12 μg g-1) não apresentaram diferenças

    significativas entre si. Já a invernada A (58,3 μg g-1) e invernada B (28,18 μg g-1) foram

    significativamente inferiores às demais, demonstrando a necessidade de rever os manejos e

    intervalo de repouso que permitam à planta acumular massa forrageira. CONCLUSÃO: De

    fato, a dinâmica da biomassa microbiana do solo no Pantanal é ainda muito pouco

    conhecida, principalmente no que se refere a pastagens. Assim sendo, requer maior estudo

    sobre bioindicadores.

    BIOMONITORAMENTO DE CÓRREGOS BASEADO NA TEORIA DE ROUGH SETS

    Laysson Guillen Albuquerque1; João Onofre Pereira Pinto1; Fabio de Oliveira Roque1.1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  A integridade de córregos pode ser inferida a partir do uso de

    bioindicadores que apresentem uma resposta frente a distúrbios ambientais. Atualmente,

    muito debate tem sido travado sobre a relação entre as mudanças das paisagens e a

    resposta de insetos aquáticos (bioindicadores). Contudo, não há um consenso sobre o poder

    de explicação utilizando métricas de paisagem para determinar bioindicadores. Parte deste

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    problema pode estar relacionado aos tipos de análises empregadas. Geralmente, a estimativa

    de bioindicadores utiliza modelos matemáticos convencionais, os quais nem sempre obtém

    respostas satisfatórias. Atualmente, a aplicação de técnicas de inteligência computacional

    tem apresentado resultados aceitáveis para inferência de bioindicadores. Entre elas, a Teoria

    de Rough  Sets   tem potencial para auxiliar na extração de padrões de dados complexos, em

    muitos casos, com respostas ocultas.

    OBJETIVO: Neste estudo aplicamos um framework  baseado na Teoria de Rough  Sets  para

    estimar a riqueza de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) em córregos da Mata

    Atlântica, buscando encontrar relações com as variáveis de paisagem e climáticas.

    MÉTODO:  Aplicamos técnicas de geoprocessamento para interpolar os pontos de coleta,

    com os dados do AMBDATA e IBGE, e encontramos os valores das variáveis de paisagem e

    climáticas. O conjunto de informações foi padronizado e discretizado, gerando um sistema

    de informações com 347 observações (córregos), 18 atributos condicionais (bioclimáticos) e1 atributo de decisão (EPT). Com base neste sistema, aplicamos a Teoria de Rough  Sets  em

    80% dos dados, utilizando o restante para validação do modelo.

    RESULTADO: Encontramos uma matriz de regras reduzidas para classificar córregos na Mata

    Atlântica, quanto à qualidade da água, utilizando EPT. Os resultados mostraram potencial de

    classificação maior que 60% em determinados experimentos.

    CONCLUSÕES:  A Teoria de Rough   Sets   tem potencial para ser usada na modelagem de

    dados biológicos usando variáveis climáticas e de paisagem. O estudo abre novas

    perspectivas para o uso desta técnica para estimar a qualidade de águas de córregos.

    BORBOLETAS DE CAMPO RUPESTRE

    Ana Carolina Vieira Pires; Marina do Vale Beirão1; Geraldo Wilson Fernandes2.1 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;

    2 Universidade Federal de Minas Gerais.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  Pela estreita relação que possuem com o habitat as borboletas são

    consideradas boas indicadoras ambientais, podendo ser utilizadas na indicação de mudanças

    ambientais. Os campos rupestres são um mosaico de áreas campestres que ocorrem acima

    de 800m de altitude. A vegetação desse peculiar ecossistema possui um alto grau de

    convergência morfológica, diversidade e endemismo, mesmo com a grande variação

    latitudinal e altitudinal, se tornando um ambiente de especial interesse no estudo da

    biodiversidade.

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    OBJETIVOS:  Listar as borboletas de campo rupestre e detectar as que possuem afinidade

    pelos habitats ocorrentes ao longo do gradiente altitudinal na Serra do Cipó, MG.

    MÉTODOS:  As borboletas foram coletadas através de puçá e armadilhas com iscas de

    bananas fermentadas durante dois anos em sete altitudes distanciadas em 100m altitudinais

    (de 800 a 1400m). As espécies indicadoras foram reveladas através da análise de espécies

    indicadoras (IndVal).

    RESULTADOS: Foram capturados 1520 indivíduos pertencentes a 172 espécies estratificadas

    verticalmente: 65 espécies a 800m de altitude, 82 a 900m, 53 a 1000m, 49 a 1100m, 47 a

    1200m, 38 a 1300 e 38 a 1400m. Entre as espécies coletadas quatro configuram na lista

    nacional de espécies ameaçadas: Nirodia belphegor (coletada a 1300m de altitude),

    Magnastigma julia   (900, 1000 e 1200m), Strymon ohausi   (900 e 1300m) e Cunizza hirlanda

    planasia  (900m). Foram identificadas 21 espécies indicadoras ao longo do gradiente: Eurema

    elathea , Hemiargus hanno , Viola viollela , Callicore sorana   e Eunica tatilla   (800m); Zopyrionevenor , Baeotis johaanae , Chalcone   sp., Memphis moruus , Paryphthimoides melobosis ,

    Paryphthimoides  sp., Taygetis laches , Yphthimoides affinis  e Yphthimoides manasses  (900m);

    Paryphthimoides phronius   (1000m); Aricoris tutana   (1200m); Cogia azila , Quasimellana

    mielkei , e Stichelia bocchoris (1300m); Conga urqua  e Vanessa braziliensis  (1400m).

    CONCLUSÕES:  Esse estudo demonstrou que há uma estratificação na composição de

    borboletas e ampliou a área de distribuição conhecida de três das quatro espécies

    ameaçadas citadas.

    CERATIUM HIRUDINELLA (O.F.MÜLLER) DUJARDIN 1841, REGISTRO EM

    RESERVATÓRIOS DO PARANÁ

    Joana Carneiro de Campos¹; Pitágoras Augusto Piana¹.

    ¹ Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus Toledo.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  O fitoplâncton compõe a base da cadeia trófica dos sistemas aquáticos,

    possui características importantes: curto período de geração, alta abundância e rápida

    respostas as alterações ambientais. Isto os torna excelentes bioindicadores de qualidade

    d’água. Ceratium hirundinella  é comumente encontrada em lagos temperados no hemisfério

    norte. Podem formar cistos e permanecerem inoculados. A capacidade destes cistos para

    sobreviver e dispersar torna está espécie importante para conhecer as condições ambientais

    vigentes à época do aparecimento. No hemisfério sul, os primeiros registros de C.

    hirundinella  ocorreram em 1990 no chile. No Brasil, no Córrego Dam, Aceguá-RS.

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    OBJETIVO: Registrar o aparecimento de C. hirundinella  em dois reservatórios, Salto Santiago

    (SS) e Salto Osório (SO), Paraná.

    METODO:  Campanhas bimestrais no período de 2009 á 2015, rede de plâncton 20µm,

    identificação segundo Bicudo (2006).

    RESULTADOS:  Em SO as primeiras células de C. hirundinella ocorreram em 2012, com

    concentrações de 0,18 cel./L, neste período os nutrientes permaneceram abaixo do limite de

    detecção, aceto N-total. Em 2015 as concentrações chegaram a 6283,3 cel./L. Em SS as

    primeiras capturas datam de março de 2013, com concentrações de 9,15 cel./L, com aumento

    a partir de 2014. Os períodos de alta concentração de nutrientes refletem a baixa

    concentração em cel./L de C. hirundinella . Esta queda pode ser devida á competição com

    demais organismos, os quais em condições ótimas de nutrientes possuem melhores

    adaptações para se sobressaírem inibindo a C. hirundinella . As temperaturas permaneceram

    amenas, com baixa variação.CONCLUSSÃO:  O desenvolvimento de C. hirundinella na região reforça a habilidade da

    espécie em se desenvolver em locais com déficit de nutrientes. A capacidade de migração

    vertical destes organismos permite a máxima exploração da luz e a retirada de nutrientes de

    camadas inferiores. Em reservatórios as concentrações de nutrientes apresentam valores

    baixos, devido á rápida sedimentação, favorecendo o desenvolvimento de organismos com

    capacidade de absorver baixas concentrações de nutrientes.

    CONDIÇÕES AMBIENTAIS: ENTRE FECUNDIDADE E A DESOVA DE ASTYANAX

    ASUNCIONENSIS (CHARACIFORMES: CHARACIDAE) NO PANTANAL DE PORTO

    MURTINHO, BACIA DO ALTO PARAGUAI, MS.

    Lucilene Finoto Viana1; Ediléia Amancio da Silva2; Sidnei Eduardo Lima Junior2; Yzel Rondon Súarez2.1 Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul;

    2 UEMS/CInAM/Laboratório de Ecologia.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  O conhecimento do ciclo reprodutivo dos peixes é fundamental, pois

    permite analisar as estratégias reprodutivas da espécie.

    OBJETIVO:  Avaliar a fecundidade e o tipo de desova de Astyanax asuncionensis , a fim de

    gerar informações sobre as suas táticas reprodutivas.

    MÉTODOS: As amostragens foram realizadas entre fevereiro/2009 e janeiro/2011 ao longodos bancos de macrófitas dos rios Paraguai e Amonguijá, Pantanal de Porto Murtinho-MS. A

    fecundidade foi estimada para 10 fêmeas com ovários considerados maduros. As correlações

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    entre fecundidade e comprimento padrão foram testadas através de correlação de

    Spearman, para quantificar a variação na fecundidade de acordo com o tamanho das fêmeas.

    A fecundidade absoluta foi estimada a partir do número total de ovócitos maduros, e a

    fecundidade relativa, pela razão entre o número de ovócitos maduros e o peso total do

    indivíduo. A avaliação do tipo de desova foi feita pela análise de histogramas com a

    distribuição de frequência dos diâmetros dos ovócitos.

    RESULTADOS: A fecundidade absoluta das fêmeas maduras variou de 334 a 4928 ovócitos,

    com média de 2436,7 (dp=1295,6), e a fecundidade relativa variou entre 0,284 a 1,111

    ovócitos/mg, com média de 0,623 (dp= 0,298). A fecundidade total e o comprimento padrão

    de fêmeas apresentaram correlação altamente significativa (Spearman r= 0,74; p=0,01).

    Dessa forma, observa-se que fêmeas maiores possuem maior fecundidade. A análise do

    diâmetro dos ovócitos de fêmeas maduras mostrou duas modas distintas de tamanhos de

    ovócitos.CONCLUSÃO: A espécie A. asuncionensis  as apresentou desova total, podendo haver melhor

    ajuste ao ambiente, tendo em vista que os riachos são ambientes instáveis, sendo que uma

    espécie pode tanto apresentar desova parcelada quanto total, dependendo das condições

    ambientais.

    DIVERSIDADE BETA (β) DE CHRYSOMELIDAE (COLEOPTERA) EM

    REMANESCENTES FLORESTAIS

    Thiago Silva Teles1; Adelita Maria Linzmeier2; Josué Raizer3.1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

    2 Universidade Federal da Fronteira Sul;3 Universidade Federal da Grande Dourados.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: Diferenças na composição de espécies entre comunidade locais (diversidade

    β) dependem de diversos fatores (e.g. ambientais e espaciais, interações biológicas e

    composição da paisagem) que refletem diferentes padrões: turnover ou aninhamento.

    OBJETIVOS: Saber se a diversidade β de Chrysomelidae é por turnover ou aninhamento e se

    está estruturada espacialmente ou dependente de fatores ambientais em escala local e de

    habitat.

    MÉTODO:  Fizemos 60 coletas com armadilhas Malaise em 16 remanescentes de floresta

    semidecidual na transição Cerrado - Mata Atlântica (Dourados, MS). Particionamos a

    diversidade β  em frações explicadas por turnover ou aninhamento utilizando dados de

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    presença e ausência. Para sabermos a influência das variáveis espaciais (PCNM das

    coordenadas geográficas das armadilhas e do centroide de cada fragmento) e das variáveis

    ambientais (heterogeneidade do sub-bosque, altura e cobertura do dossel) sobre a

    comunidade de crisomelídeos, utilizamos RDA parcial.

    RESULTADOS: Mais de 90% da diversidade β  está relacionada ao turnover de espécies em

    ambas as escalas. Em escala local apenas 3% da variação da comunidade foi explicada pelas

    variáveis ambientais, 8% pelas variáveis espaciais e nenhuma explicada pelo

    compartilhamento destas variáveis (~90% de resíduo). Na escala de habitat o padrão foi

    semelhante com uma menor fração de resíduo (73%), sendo 19% da variação explicada pelas

    variáveis ambientais e 28% pelas variáveis espaciais.

    DISCUSSÃO:  O padrão de substituição de espécies observado aqui não foi explicado por

    nenhuma das variáveis abordadas, porém, há indícios de que as variáveis espaciais sejam

    importantes na distribuição de Chrysomelidae. Padrões de turnover de espécies sugerem aexistência de barreiras ou diferenciação seletiva entre as faunas, neste caso, pode estar

    relacionado com a matriz circundante dos fragmentos e isolamento das áreas além da

    composição vegetal do habitat.

    CONCLUSÃO:  Em remanescentes florestais, tanto em escala local quanto em escala de

    habitat, há uma grande substituição espacial de espécies de Chrysomelidae.

    DIVERSIDADE DE ANUROS EM AMBIENTES NATURAIS E ALTERADOS

    Vanda Lúcia Ferreira1; Christine Strüssmann1; Ellen Wang2; Jeffrey Himmelstein3; Pedro Henrique de

    Jesus1.1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul;

    2 Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”; 3 University William Partterson.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: O Pantanal caracteristicamente abriga grandes concentrações de populações

    de vertebrados com destaque nas Américas. Embora o status local de conservação das

    espécies possa ser considerado como “bom”, a fragilidade do ecossistema como um todo e

    sua dependência de fatores externos, sejam eles de origem antrópica ou natural, também

    são amplamente reconhecidos. Nas últimas décadas, um aumento constante das áreas

    permanentemente secas na sub-região da Nhecolândia do Pantanal Sul tem sido registrado,

    em detrimento de áreas inundáveis (campos inundáveis, baías, corixos e vazantes). Tais

    modificações influenciam os padrões de riqueza e abundância das comunidades locais de

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    anfíbios uma vez que esses organismos são positivamente relacionados à heterogeneidade

    ambiental, a dispersão massiva e colonização dos corpos d’água dependem

    fundamentalmente do sistema sazonal de inundação característico desse ecossistema.

    Alterações ambientais frequentes nessa região, pautadas em ações locais, estão relacionadas

    principalmente ao manejo do gado extensivo com a supressão da vegetação autóctone e

    substituição da pastagem nativa por exótica (Urochloa  spp.).

    OBJETIVO: descrever a diversidade de anfíbios anuros em distintas fitofisionomias com e

    sem o manejo de gado em uma área da sub-região da Nhecolândia, MS.

    MÉTODO: Foram realizadas seis amostragens em 2005, envolvendo a estação úmida e seca e

    comparados através dos índices de diversidade de Shannon.

    RESULTADOS:  Diversidades mais elevadas foram observadas em áreas campestre com a

    pastagem nativa “Caronal” (Elyonurus muticus ) e ambientes florestados, sem a presença do

    gado. Os menores índices de diversidade foram observados em áreas de pastagens e“Caronal” com gado. Entretanto, ao comparar a diversidade somente entre os ambientes

    campestres, nativo e exótico (Urochloa humidicola), com  e sem o manejo de gado,

    evidenciou a mais baixa diversidade nas pastagens com braquiária. Esses organismos, devido

    as suas características biológicas, são considerados excelentes bioindicadores sensíveis a

    diversos tipos de alterações.

    CONCLUSÃO:  Tais resultados, ainda que prévios, demonstram uma associação negativa

    entre áreas campestres alteradas (substituição de pastagem nativa) com presença de gado e

    a diversidade de anfíbios anuros.

    DIVERSIDADE DE BORBOLETAS FRUGÍVORAS EM ÁREAS NATIVAS E DE EUCALIPTO EM

    UMA ÁREA DO CERRADO SULMATOGROSSENSE

    Marciel Elio Rodrigues1,3;; Washington da Silva Souza1; Leandra Inês Maciel Rocha1; Miriam dos Santos1;

    Giulia Silvia Canhete Rocha1; Paulo Ricardo Barbosa de Souza2;

    ¹Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul;2Universidade Federal da Grande Dourados;

    3Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

    [email protected]

    Considerando o grande crescimento das áreas com florestas plantadas é essencial a

    utilização de bioindicadores, como uma promessa de avaliação rápida da integridade dos

    hábitats convertidos pela ação humana. Dentre os grupos utilizados as borboletas frugívoras

    têm sido amplamente utilizadas, pois muitas espécies estão associadas a condições

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    presentes em ambientes mais conservados, enquanto outras estão mais ligadas a áreas

    perturbadas. Este trabalho teve como objetivo comparar a diversidade de borboletas

    frugívoras em áreas de florestas de eucalipto com áreas naturais. Este estudo foi realizado na

    Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Foram realizadas 4

    campanhas (junho a setembro), em 2 áreas de mata nativa e 2 áreas de eucalipto. As

    armadilhas ficara montadas durante 5 dias, com 3 armadilhas em cada área amostrada,

    totalizando 320 horas de amostragem para cada tipo de vegetação avaliada. Para analises

    dos dados comparamos a riqueza, abundancia e a composição das espécies registradas nas

    duas áreas (Nativa e Eucalipto), utilizando o teste t e um índice de similaridade (Shannon). A

    riqueza entre as duas áreas amostradas foi de 28 e 21 espécies e a abundancia foi de 101 e

    105 espécimes para as áreas nativas e de eucalipto respectivamente, não apresentando uma

    diferença significativa (p>0,05). Embora os valores de riqueza e abundancia foram similares a

    composição de espécies entre as áreas foram diferentes, áreas de mata nativa apresentaram15 espécies com ocorrência exclusiva (Shannon= 0,87) e as de eucalipto 8 espécies (Shannon

    = 0,72), e compartilharam 13 espécies. Apesar da riqueza e abundância entre as áreas serem

    similares as espécies que utilizam essas áreas como habitat são diferentes, enfatizando a

    necessidade de mantermos áreas nativas próximas a áreas de florestas plantadas, porque

    elas são essenciais para manutenção e preservação da biodiversidade.

    DIVERSIDADE DE BORBOLETAS FRUGÍVORAS EM FLORESTAS PLANTADAS COM

    DIFERENTES ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

    Leandra Inês Maciel Rocha1; Gabriel Gomes Lopes de Faria1; Leandro Jose de Brito Silvino1; Marina

    Ferreira Soares Pinheiro1; Paulo Ricardo Barbosa de Souza2; Marciel Elio Rodrigues1,3. 

    ¹Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul;2Universidade Federal da Grande Dourados;

    3Universidade Federal de Mato Grosso do [email protected]

    As florestas homogêneas visam minimizar o desmatamento e propiciar fontes energéticas,

    sendo as espécies do gênero Eucalyptus , as mais utilizadas no Brasil. Com o grande

    crescimento do setor produtivo silvicultural, existe cada vez mais a necessidade do manejo

    sustentável destas áreas visando à economia e a preservação da biodiversidade. Esse

    trabalho teve como objetivo relacionar as diferentes idades das áreas das florestas plantadas

    com a fauna de borboletas frugívoras. Esperamos que áreas de florestas plantadas com mais

    idade possa abrigar uma maior diversidade de borboletas frugívoras, devido às condições

  • 8/17/2019 Anais - 5º Bioindex

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    microclimáticas estar mais próximas a do ambiente das matas nativas. Foram realizadas 4

    campanhas (junho a setembro), em 3 áreas de eucalipto em diferentes estágios de

    desenvolvimento (12, 4 e 2 anos de cultivo) na Fazenda Experimental da Universidade

    Estadual de Mato Grosso do Sul. As armadilhas ficara montadas durante 5 dias, com 3

    armadilhas em cada área, totalizando 320 horas de amostragem para cada idade dos cultivos

    avaliados. Comparamos a riqueza, abundancia e a composição para cada área, no programa

    PAST. A riqueza foi de 12, 17 e 14 espécies e a abundancia foi de 37, 68 e 60 espécimes para

    as áreas de eucalipto com 12, 4 e 2 anos de cultivo respectivamente. O índice de similaridade

    (Shannon) entre as áreas foi de 1,84, 1,96 e 2,04. Ao contrario da nossa predição a área de

    cultivo mais antiga (12 anos), teve uma riqueza e abundancia menor quando comparada as

    outras duas áreas (4 e 2 anos), mas apresentou uma composição diferenciada com as

    espécies Taygetis tripunctata , Taygetis laches, Memphis moruus e Eryphanis reevesii  que só

    ocorreram na área de cultivo mais antigo. Essas espécies já foram registradas também emáreas nativas próximas enfatizando que áreas de florestas plantadas com mais tempo de

    cultivo pode abrigar uma diversidade diferente de cultivos mais recentes.

    DNA BARCODE DE LIBÉLULAS (INSECTA: ODONATA) PRESENTES NA REGIÃO DA SERRA

    DA BODOQUENA

    Ricardo Koroiva1; Marciel Elio Rodrigues1; Mateus Pepinelli2; Aline Pedroso Lorenz-Lemke3; Fabio de

    Oliveira Roque4.¹Programa de Pós-Graduação de Ecologia e Conservação (UFMS);

    ² Department of Ecology and Evolutionary (University of Toronto, Canadá);

    ³ Laboratório de Evolução e Biodiversidade (UFMS);4 Laboratório de Ecologia (UFMS).

    [email protected]

    INTRODUÇÃO:  DNA barcoding tem sido sugerido com uma ferramenta importante em

    biomonitoramento, pois pode transformar o conhecimento taxonômico de especialistas em

    informação amplamente acessível, apontando-o como um possível instrumento para

    identificações mais rápidas e precisas.

    OBJETIVO:  Construir um banco de dados com sequências do gene COI de espécies de

    libélulas presentes na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, para usá-lo como material

    de referência na identificação de espécies.

    MÉTODO:  Coletamos material genético de 273 indivíduos pertencentes a 71 espécies de

    libélulas para a elaboração do banco de dados. Este material estava depositado na Coleção

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    Zoológica de Referência (ZUFMS) da UFMS e representa todas as espécies coletadas entre

    2010 a 2014 pelo Grupo de Pesquisa em Coexistência (UFMS) na região de estudo. A

    extração, amplificação e o sequenciamento seguiram as normas determinadas pelo projeto

    “Brazilian DNA Barcoding Initiative for Aquatic Arthropod” do BrBOL. 

    RESULTADOS: 158 espécimes de 58 espécies de libélulas foram sequenciados com sucesso

    (81,69% do material extraído). A delimitação de espécies realizada a partir DNA Barcoding

    apresentou-se bastante similar (

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    do Maranhão, remanescente com maior porcentagem de floresta primária (94%), assim mais

    preservado não apresentou colonização por espécies exóticas. Tailândia, remanescente

    pouco degradado (cerca de 84% de floresta primária) apresentou uma abundância de

    exóticas de 5,7 %. Já Paragominas área mais degradada (apenas 3,4 % de floresta primária)

    apresentou abundância de espécies exóticas em quase 95%.

    CONCLUSÕES:  Florestas mais degradadas apresentaram maior abundância de espécies

    exóticas. Este estudo demonstra que a porcentagem de espécies exóticas na composição dos

    drosofilídeos é um índice adequado para mensurar degradação dentro de remanescentes

    florestais.

    ECOTOXICOLOGIA E MONITORAMENTO DE AMBIENTES AQUÁTICOS: TESTES DETOXICIDADE COM DAPHNIA MAGNA.

    Juliane Alessandra Cavalieri Soares1; Gildete de Souza Bezerra1; Vanilva Pereira de Oliveira1; Nyamien

    Yahault Sebastien1; Gilmar Baumgartner1.1 Programa de Pós-graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca (UNIOESTE - Toledo),

    Grupo de Pesquisas em Recursos Pesqueiros e Limnologia.

     [email protected]

    INTRODUÇÃO:  O crescimento urbano e a falta de planejamento sobre a utilização dos

    recursos hídricos tornam os ambientes aquáticos vulneráveis à ação antrópica. O sedimento

    funciona como depósito de descartes de grande variedade de contaminantes, incluindo

    metais pesados e pesticidas. Os testes toxicológicos tornam possível a verificação da

    influência de contaminantes nos organismos. E sendo assim, são fundamentais para o

    monitoramento desses ambientes.

    OBJETIVO: Avaliar espacialmente a qualidade do sedimento do Rio Toledo/PR através de

    testes de toxicidade aguda com Daphnia magna .MÉTODO: As amostras de sedimento foram coletadas em cinco pontos do rio da nascente à

    Foz no mês 06/2015. Os sedimentos foram centrífugados para obtenção do líquido

    intersticial. Para o teste de sensibilidade foi utilizado o Dicromato de Potássio e calculada a

    CE50. Para os testes de toxicidade com o líquido foram utilizadas neonatas de D. magna . Ao

    final da exposição as amostras foram classificadas como tóxicas, não-tóxicas ou com indício

    de toxicidade.

    RESULTADOS:  Os resultados de sensibilidade apontaram um valor de CE 50  = 1,09mg/L,

    dentro da faixa admissível, o que valida os testes. Para os ponto 1 (nascente), 2, 4 e 5 (foz) as

    amostras foram classificadas como não-tóxicas (imobilidade de 10% ao final do teste). Para o

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    ponto 3 a amostra foi classificada como tendo “indício de toxicidade” (imobilidade de 30%

    dos organismos).

    CONCLUSÕES: Para o ponto 3, os resultados sugerem uma maior atenção e estudos, a fim

    de identificar os possíveis determinantes dos indícios de toxicidade. As atividades

    desenvolvidas no entorno do rio podem ter influenciado na qualidade do sedimento nos

    pontos amostrados. O monitoramento desses ambientes é extremamente necessário para

    assegurar sua qualidade e os testes de toxicidade se mostram ferramentas eficientes. Os

    resultados deste trabalho podem oferecer subsídios para trabalhos futuros.

    EFEITO TOXICOLÓGICO DO FÁRMACO IBUPROFENO, PARA A FASE LARVAL DE

    Rhamdia quelen : TESTE AGUDO PRELIMINAR

    Vanilva Pereira de Oliveira1; Gilmar Baumgartner1; Poliana Gonçalves Costa1; Juliane Alessandra

    Cavallieri1; Gildete de Souza Bezerra1.1 UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Recursos

    Pesqueiros e Engenharia de Pesca.

    [email protected]

    INTRODUÇÃO: Com o constante aumento na produção e consumo de substâncias orgânicassintéticas, a contaminação do meio aquático por compostos orgânicos é um fenômeno que

    se torna cada vez mais preocupante. Dentre estas substâncias, uma comumente usada é o

    Ibuprofeno, um medicamento da classe dos AINEs (Antiinflamatórios não-esteróides),

    indicado para Febre, dores leves e moderadas. Neste contexto, os testes de toxicidade vêm

    sendo comumente aplicados para avaliar os efeitos adversos de compostos químico em um

    organismo e os impactos deste sobre a biota aquática.

    OBJETIVO: O presente trabalho visa avaliar os efeitos toxicológicos da exposição aguda do

     jundiá cinza (Rhamdia quelen ) à diferentes concentrações do fármaco Ibuprofeno, através da

    determinação da concentração letal média (CL50).

    METODOLOGIA:  A determinação da concentração letal média (CL50) foi realizada

    utilizando-se larvas de Jundiá em um delineamento experimental com seis tratamentos (0,00;

    0,10; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0mg/L de Ibuprofeno), e 4 repetições, onde cada aquário continha 6

    exemplares e capacidade de 1 litro, com duração de 48h, sendo que a mortalidade foi

    observada a cada 12h.

    RESULTADOS:  Após 48 horas foram observadas 00, 02,