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    TV DigitalDisciplina na modalidade a distncia

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2011

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    CrditosUniversidade do Sul de Santa Catarina |Campus UnisulVirtual | Educao Superior a Distncia

    ReitorAilton Nazareno Soares

    Vice-ReitorSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaWillian Corra Mximo

    Pr-Reitor de Ensino ePr-Reitor de Pesquisa,Ps-Graduao e InovaoMauri Luiz Heerdt

    Pr-Reitora de AdministraoAcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa

    Pr-Reitor de Desenvolvimentoe Inovao InstitucionalValter Alves Schmitz Neto

    Diretora do CampusUniversitrio de TubaroMilene Pacheco Kindermann

    Diretor do Campus Universitrioda Grande FlorianpolisHrcules Nunes de Arajo

    Secretria-Geral de EnsinoSolange Antunes de Souza

    Diretora do CampusUniversitrio UnisulVirtualJucimara Roesler

    Equipe UnisulVirtual

    Diretor AdjuntoMoacir Heerdt

    Secretari a Executiva e Ce rimonia lJackson Schuelter Wiggers (Coord.)Marcelo Fraiberg MachadoTenille Catarina

    Assessori a de AssuntosInternacionaisMurilo Matos Mendona

    Assessori a de Relao co m PoderPblico e Foras ArmadasAdenir Siqueira VianaWalter Flix Cardoso Junior

    Assessori a DAD - Discip linas aDistnciaPatrcia da Silva Meneghel (Coord.)Carlos Alberto AreiasCludia Berh V. da SilvaConceio Aparecida KindermannLuiz Fernando MeneghelRenata Souza de A. Subtil

    Assessori a de Inovao e

    Qualidade de EADDenia Falco de Bittencourt (Coord.)Andrea Ouriques BalbinotCarmen Maria Cipriani Pandini

    Assessori a de Tecnolog iaOsmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.)Felipe FernandesFelipe Jacson de FreitasJefferson Amorin OliveiraPhelipe Luiz Winter da SilvaPriscila da SilvaRodrigo Battistotti PimpoTamara Bruna Ferreira da Silva

    Coordenao Cursos

    Coordenadores de UNADiva Marlia FlemmingMarciel Evangelista CatneoRoberto Iunskovski

    Auxilia res de Coord enaoAna Denise Goularte de SouzaCamile Martinelli SilveiraFabiana Lange PatricioTnia Regina Goularte Waltemann

    Coordenadores GraduaoAlosio Jos RodriguesAna Lusa MlbertAna Paula R.PachecoArtur Beck NetoBernardino Jos da SilvaCharles Odair Cesconetto da SilvaDilsa MondardoDiva Marlia FlemmingHorcio Dutra MelloItamar Pedro BevilaquaJairo Afonso HenkesJanana Baeta NevesJorge Alexandre Nogared CardosoJos Carlos da Silva JuniorJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoJoseane Borges de MirandaLuiz G. Buchmann FigueiredoMarciel Evangelista CatneoMaria Cristina Schweitzer VeitMaria da Graa PoyerMauro Faccioni FilhoMoacir FogaaNlio HerzmannOnei Tadeu Dutra

    Patrcia FontanellaRoberto IunskovskiRose Clr Estivalete Beche

    Vice-Coordenadores GraduaoAdriana Santos RammBernardino Jos da SilvaCatia Melissa Silveira RodriguesHorcio Dutra MelloJardel Mendes VieiraJoel Irineu LohnJos Carlos Noronha de OliveiraJos Gabriel da SilvaJos Humberto Dias de ToledoLuciana ManfroiRogrio Santos da CostaRosa Beatriz Madruga PinheiroSergio SellTatiana Lee MarquesValnei Carlos DenardinSmia Mnica Fortunato (Adjunta)

    Coordenadores Ps-GraduaoAlosio Jos RodriguesAnelise Leal Vieira CubasBernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani PandiniDaniela Ernani Monteiro WillGiovani de PaulaKarla Leonora Dayse NunesLetcia Cristina Bizarro BarbosaLuiz Otvio Botelho LentoRoberto IunskovskiRodrigo Nunes LunardelliRogrio Santos da CostaThiago Coelho SoaresVera Rejane Niedersberg Schuhmacher

    Gerncia Administrao

    AcadmicaAngelita Maral Flores (Gerente)Fernanda Farias

    Secretari a de Ensino a D istnciaSamara Josten Flores (Secretria de Ensino)Giane dos Passos (Secretria Acadmica)Adenir Soares JniorAlessandro Alves da SilvaAndra Luci MandiraCristina Mara SchauffertDjeime Sammer BortolottiDouglas SilveiraEvilym Melo LivramentoFabiano Silva MichelsFabricio Botelho EspndolaFelipe Wronski HenriqueGisele Terezinha Cardoso FerreiraIndyanara Ramos

    Janaina ConceioJorge Luiz Vilhar MalaquiasJuliana Broering MartinsLuana Borges da SilvaLuana Tarsila HellmannLuza Koing ZumblickMaria Jos Rossetti

    Marilene de Ftima CapeletoPatricia A. Pereira de CarvalhoPaulo Lisboa CordeiroPaulo Mauricio Silveira BubaloRosngela Mara SiegelSimone Torres de OliveiraVanessa Pereira Santos MetzkerVanilda Liordina Heerdt

    Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoDaniel Lucas de MedeirosJaliza Thizon de BonaGuilherme Henrique KoerichJosiane LealMarlia Locks Fernandes

    Gerncia Administrativa eFinanceiraRenato Andr Luz (Gerente)Ana Luise WehrleAnderson Zandr PrudncioDaniel Contessa LisboaNaiara Jeremias da RochaRafael Bourdot BackThais Helena Bonetti

    Valmir Vencio Incio

    Gerncia de Ensino, Pesquisa eExtensoJanana Baeta Neves (Gerente)Aracelli Araldi

    Elaborao de ProjetoCarolina Hoeller da Silva BoingVanderlei BrasilFrancielle Arruda Rampelotte

    Reconhecimento de CursoMaria de Ftima Martins

    ExtensoMaria Cristina Veit (Coord.)

    PesquisaDaniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)

    Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem)Ps-GraduaoAnelise Leal Vieira Cubas(Coord.)

    BibliotecaSalete Ceclia e Souza (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaMarlia Ignacio de EspndolaRenan Felipe Cascaes

    Gesto Docente e DiscenteEnzo de Oliveira Moreira (Coord.)

    Capacitao e Assessoria aoDocenteAlessandra de Oliveira (Assessoria)Adriana SilveiraAlexandre Wagner da RochaElaine Cristiane Surian (Capacitao)

    Elizete De MarcoFabiana PereiraIris de Souza BarrosJuliana Cardoso EsmeraldinoMaria Lina Moratelli PradoSimone Zigunovas

    Tutoria e SuporteAnderson da Silveira (Ncleo Comunicao)Claudia N. Nascimento (Ncleo Norte-Nordeste)Maria Eugnia F. Celeghin (Ncleo Plos)Andreza Talles CascaisDaniela Cassol PeresDbora Cristina SilveiraEdnia Araujo Alberto (Ncleo Sudeste)Francine Cardoso da SilvaJanaina Conceio (Ncleo Sul)Joice de Castro Peres

    Karla F. Wisniewski DesengriniKelin BussLiana FerreiraLuiz Antnio PiresMaria Aparecida TeixeiraMayara de Oliveira BastosMichael Mattar

    Patrcia de Souza AmorimPoliana SimaoSchenon Souza Preto

    Gerncia de Desenho eDesenvolvimento de MateriaisDidticosMrcia Loch (Gerente)

    Desenho EducacionalCristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Ps/Ext.)Aline Cassol DagaAline PimentelCarmelita SchulzeDaniela Siqueira de MenezesDelma Cristiane MorariEliete de Oliveira CostaElosa Machado SeemannFlavia Lumi MatuzawaGeovania Japiassu MartinsIsabel Zoldan da Veiga RamboJoo Marcos de Souza AlvesLeandro Roman BambergLygia PereiraLis Air FogolariLuiz Henrique Milani Queriquelli

    Marcelo Tavares de Souza CamposMariana Aparecida dos SantosMarina Melhado Gomes da SilvaMarina Cabeda Egger MoellwaldMirian Elizabet Hahmeyer Collares ElpoPmella Rocha Flores da SilvaRafael da Cunha LaraRoberta de Ftima MartinsRoseli Aparecida Rocha MoterleSabrina BleicherVernica Ribas Crcio

    Acessib ilidadeVanessa de Andrade Manoel (Coord.)Letcia Regiane Da Silva TobalMariella Gloria RodriguesVanesa Montagna

    Avaliao da a prendiz agem

    Claudia Gabriela DreherJaqueline Cardozo PollaNgila Cristina HinckelSabrina Paula Soares ScarantoThayanny Aparecida B. da Conceio

    Gerncia de LogsticaJeferson Cassiano A. da Costa (Gerente)

    Logsitca de MateriaisCarlos Eduardo D. da Silva (Coord.)Abraao do Nascimento GermanoBruna MacielFernando Sardo da SilvaFylippy Margino dos SantosGuilherme LentzMarlon Eliseu PereiraPablo Varela da SilveiraRubens AmorimYslann David Melo Cordeiro

    Avaliae s Presencia isGraciele M. Lindenmayr (Coord.)Ana Paula de AndradeAngelica Cristina GolloCristilaine MedeirosDaiana Cristina BortolottiDelano Pinheiro GomesEdson Martins Rosa JuniorFernando SteimbachFernando Oliveira SantosLisdeise Nunes FelipeMarcelo RamosMarcio VenturaOsni Jose Seidler JuniorThais Bortolotti

    Gerncia de MarketingEliza B. Dallanhol Locks (Gerente)

    Relacionamento com o MercadoAlvaro Jos Souto

    Relacionamento com PolosPresenciaisAlex Fabiano Wehrle (Coord.)Jeferson Pandolfo

    Karine Augusta ZanoniMarcia Luz de OliveiraMayara Pereira RosaLuciana Tomado Borguetti

    Assuntos Jur dicosBruno Lucion RosoSheila Cristina Martins

    Marketing E stratgicoRafael Bavaresco Bongiolo

    Portal e ComunicaoCatia Melissa Silveira RodriguesAndreia DrewesLuiz Felipe Buchmann FigueiredoRafael Pessi

    Gerncia de ProduoArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias

    Design VisualPedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)Alberto Regis EliasAlex Sandro XavierAnne Cristyne PereiraCristiano Neri Gonalves Ribeiro

    Daiana Ferreira CassanegoDavi PieperDiogo Rafael da SilvaEdison Rodrigo ValimFernanda FernandesFrederico TrilhaJordana Paula SchulkaMarcelo Neri da SilvaNelson RosaNoemia Souza MesquitaOberdan Porto Leal Piantino

    Multimd iaSrgio Giron (Coord.)Dandara Lemos ReynaldoCleber MagriFernando Gustav Soares LimaJosu Lange

    Conferncia (e-OLA)Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)Bruno Augusto ZuninoGabriel Barbosa

    Produo IndustrialMarcelo Bittencourt (Coord.)

    Gerncia Servio de AtenoIntegral ao AcadmicoMaria Isabel Aragon (Gerente)Ana Paula Batista DetniAndr Luiz PortesCarolina Dias DamascenoCleide Incio Goulart SeemanDenise FernandesFrancielle FernandesHoldrin Milet BrandoJenniffer CamargoJessica da Silva BruchadoJonatas Collao de SouzaJuliana Cardoso da SilvaJuliana Elen TizianKamilla RosaMariana SouzaMarilene Ftima CapeletoMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMonique Napoli RibeiroPriscilla Geovana PaganiSabrina Mari Kawano GonalvesScheila Cristina MartinsTaize MullerTatiane Crestani Trentin

    Avenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected] |Site: www.unisul.br/unisulvirtual

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    TV DigitalLivro didtico

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2011

    Design instrucional

    Ana Cludia Ta

    2 edio revista e atualizada

    Ranieri Alves dos Santos

    Rodrigo Sabatini

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    Edio Livro Didtico

    Professor ConteudistaRanieri Alves dos Santos

    Rodrigo Sabatini

    Design InstrucionalAna Cludia Ta

    Assistente Acadmico

    Roberta de Ftima Martins(2aed. rev. e atual.)

    Projeto Grco e CapaEquipe UnisulVirtual

    DiagramaoAnne Cristyne Pereira

    Frederico Trilha(2aed. rev. e atual.)

    RevisoB2B

    Ficha catalogrca elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

    Copyright UnisulVir tual 2011

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

    302.2345S23 Santos, Ranieri Alves dos

    TV digital : livro didtico / Ranieri Alves dos Santos, Rodrigo Sabatini; design instrucional Ana Cludia Ta. 2. ed., rev. e atual. Palhoa :UnisulVirtual, 2011.

    163 p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliograa.

    1. Televiso digital. 2. Comunicao de massa. I. Sabatini, Rodrigo. II.Ta, Ana Cludia. III. Martins, Roberta de Ftima. IV. Ttulo.

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    Sumrio

    Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

    Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

    Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 - Televiso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    UNIDADE 2 - Caractersticas da TV digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35UNIDADE 3 - Televiso digital interativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

    UNIDADE 4 - Tecnologias para a TV digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

    UNIDADE 5 - Impactos no mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

    UNIDADE 6 - Aspectos legais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

    Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

    Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

    Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

    Respostas e comentrios das atividades de autoavaliao . . . . . . . . . . . . . 159Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

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    Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplinaTV Digital.

    O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autnomae aborda contedos especialmente selecionados e relacionados sua rea de formao. Ao adotar uma linguagem didticae dialgica, objetivamos facilitar seu estudo a distncia,

    proporcionando condies favorveis s mltiplas interaes e aum aprendizado contextualizado e ecaz.

    Lembre que sua caminhada, nesta disciplina, ser acompanhadae monitorada constantemente pelo Sistema Tutorial daUnisulVirtual, por isso, a distncia ca caracterizada somentecomo a modalidade de ensino por que voc optou para suaformao. que, na relao de aprendizagem, professores einstituio estaro sempre conectados com voc.

    Ento, sempre que sentir necessidade entre em contato; voc tem disposio diversas ferramentas e canais de acesso, tais como:telefone, e-mail e o Espao Unisul Virtual de Aprendizagem,que o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado erecebido ca registrado para seu maior controle e comodidade.Nossa equipe tcnica e pedaggica ter o maior prazer em lheatender, pois sua aprendizagem o nosso principal objetivo.

    Bom estudo e sucesso!

    Equipe UnisulVirtual

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    Palavras dos professores

    Caro(a) aluno(a),

    Seja bem-vindo(a) ao livro didtico da disciplina TV Digital.Esta disciplina compe o currculo do seu curso e visa a suafamiliarizao com um tema to importante na rea dasmdias digitais.

    A TV Digital traz sociedade no apenas mais um meio decomunicao, mas sim uma ferramenta interativa de altssimoalcance, algo prximo a um computador em sua sala. Comimagem e som de alta qualidade, com recepo mvel ecom recursos interativos, o paradigma televisivo atual sofreualteraes e o telespectador, antes a parte passiva na veiculao,torna-se, agora, o centro do processo, no limitando suasopes apenas a aumentar e diminuir canais e volumes.

    Voc j imaginou as novas possibilidades que podem surgir?Quais so as competncias necessrias para atuar nestarea? Quais as tecnologias para a produo das aplicaesinterativas? E quais so as normas e legislaes aplicveis?

    Este livro objetiva responder a essas e outras perguntas,colocando voc a par de todos os conceitos necessrios paraingressar nesta rea.

    Bons estudos!

    Professores Ranieri Alves dos Santos e Rodrigo Sabatini

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    Plano de estudo

    O plano de estudos visa a orient-lo no desenvolvimento dadisciplina. Ele possui elementos que o ajudaro a conhecer ocontexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

    O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual levaem conta instrumentos que se articulam e se complementam,

    portanto, a construo de competncias se d sobre aarticulao de metodologias e por meio das diversas formas deao/mediao.

    So elementos desse processo:

    o livro didtico;

    o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

    as atividades de avaliao (a distncia, presenciais e deautoavaliao);

    o Sistema Tutorial.

    Ementa

    A tecnologia de produo de sons e imagens para TV na eradigital. Equipamentos, processos, nalizao e exibio narea da TV.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Objetivos

    Gerais:

    Conhecer as peculiaridades de um sistema de televiso digital,compreender os impactos da convergncia digital e saberaplicar os conhecimentos obtidos na disciplina nos processosde produo de programas televisivos interativos, junto aosconhecimentos e habilidades adquiridos nas disciplinasanteriores, de acordo com o perl de um tecnlogo emmultimdia digital.

    Especcos:

    Reconhecer o histrico e a importncia da televiso nasociedade atual.

    Identicar os principais atributos da televiso digital.

    Conhecer a televiso interativa e suas aplicaes. Compreender as necessidades prossionais de um sistemade televiso digital.

    Distinguir as tecnologias necessrias para cada nvel deproduo interativa.

    Carga Horria

    A carga horria total da disciplina de 60 horas-aula.

    Contedo programtico/objetivos

    Veja, a seguir, as unidades que compem o livro didtico destadisciplina e os seus respectivos objetivos. Esses se referem aosresultados que voc dever alcanar ao nal de uma etapa de

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    TV Digital

    estudo. Os objetivos de cada unidade denem o conjunto deconhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimentode habilidades e competncias necessrias sua formao.

    Unidades de estudo: 6

    Unidade 1 - Televiso

    Nesta unidade, voc estuda a histria da televiso, o papel da TVna sociedade da informao, a convergncia digital sofrida pelasmdias e a evoluo da televiso analgica para a digital no Brasil.

    Unidade 2 Caractersticas da TV Digital

    O funcionamento da TV digital. Os atributos da televiso digitale o modo como impactaro o meio televisivo. As diferenasentre a difuso digital e analgica e como se d uma transmissodigital so os contedos que voc estuda nesta unidade.

    Unidade 3 Televiso digital interativa

    As peculiaridades do novo paradigma televisivo, denio deinteratividade, os diferentes nveis de interatividade, os aspectosda produo interativa e a execuo no linear de programastelevisivos so os contedos abordados nesta unidade.

    Unidade 4 Tecnologias para a TV digital

    Os atributos da televiso digital e o modo como impactaro omeio televisivo. As diferenas entre a difuso digital e analgica ecomo se d uma transmisso digital.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Unidade 5 Impactos no mercado

    Com o roteiro pronto, no se parte diretamente para a animao,

    antes existe uma srie de aes preparatrias. Esta unidadeapresenta as etapas de produo e detalha cada fase da etapa depr-produo ou planejamento da animao.

    Unidade 6 Aspectos legais

    Direitos autorais de programas, legislao para programasdigitais, normas para a produo de contedos sero os temas

    estudados nesta unidade

    nal.

    Agenda de atividades/ Cronograma

    Verique com ateno o EVA, organize-se para acessarperiodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seusestudos depende da priorizao do tempo para a leitura, darealizao de anlises e snteses do contedo e da interaocom os seus colegas e tutor.

    No perca os prazos das atividades. Registre no espaoa seguir as datas com base no cronograma da disciplinadisponibilizado no EVA.

    Use o quadro para agendar e programar as atividades relativasao desenvolvimento da disciplina.

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    TV Digital

    Atividades obrigatrias

    Demais atividades (registro pessoal)

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    1UNIDADE 1

    Televiso

    Objetivos de aprendizagem

    Conhecer a histria da televiso e a sua evoluo aolongo do tempo.

    Identicar o papel da TV na sociedade da informao.

    Compreender a convergncia digital sofrida pelasmdias.

    Analisar a evoluo da televiso analgica para a digitalno Brasil.

    Sees de estudo

    Seo 1 A histria da televiso

    Seo 2 A convergncia digital

    Seo 3 A TV digital no Brasil

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Para voc, o que televiso? Quanto ela est inserida na sua vida?Quanto tempo voc j dedicou a assistir aos programas que ela oferece?

    Sem dvida, boa parte de nossas vidas destinada a assistir, diretaou indiretamente, a programas de televiso e, desta forma, aindaque no tenhamos conscincia clara disso, uma grande parcela dasinformaes por ns assimiladas ou conceitos apreendidos obtidapor meio da TV.

    Mas o fenmeno televiso no foi sempre o mesmo. Ao longo dotempo, a televiso sofreu vrias mudanas que, segundo os padrestecnolgicos, podemos entender como evolues. Fato concreto que ela possui uma real importncia para a sociedade, est presentequase que na totalidade dos lares brasileiros, os quais passam, emmdia, 5 horas por dia sintonizados ou, dizendo melhor, comela. A TV considerada por muitos como um membro da famlia.Ela xa horrios, rene interesses, agrega opinies.

    A TV digital o tema desta disciplina. Como voc perceber, o

    assunto complexo e, certamente, voc ter de aprofundar leituraspara ampliar seus conhecimentos. Nesta unidade, apresentamoselementos sobre a histria da TV de forma breve. Voc estuda osimpactos da televiso na sociedade atual, aprofunda seus conceitossobre a convergncia que os meios vm sofrendo e conhece aspectossobre o incio das transmisses digitais no Brasil. Esteja atento (a)e, em caso de dvidas, faa contato com o (a) professor (a) tutor (a)por meio do EVA. Vamos leitura?

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    TV Digital

    Unidade 1

    Seo 1 A histria da televiso

    Devido miscigenao de culturas do Brasil e no mundo,

    existem variaes de vocabulrio em cada uma das regies doplaneta e, at mesmo, no pas. Ao longo do tempo, a televisotem se mostrado como um meio de disseminao de taisexpresses, inuenciando os telespectadores que, por sua vez,adotam-as. Grandes exemplos so as novelas de poca, as quaistrazem tona expresses antigas, novelas regionais e novelas comncleo internacional.

    Dessa forma, possvel pensarmos que, para alm de um simples

    eletrodomstico, mvel ou pea de decorao, a televiso um meio de comunicao global. Tal meio inuencia atitudes,valores, comportamentos e posturas, revela atualidades, ensina,entretm e at mesmo choca, gera alegrias e tambm tristezas.(PATERNOSTRO, 1999). Ela compe tendncias, propeconceitos e cria linguagens. Ela produto e, ao mesmo tempo,produtora de cultura.

    Que expresses regionais ou chaves voc se lembrade terem sido disseminadas por intermdio deprogramas de televiso?

    A televiso, como qualquer outro veculo de comunicao, submetida a um constante aperfeioamento, j passou por vriasfases e transies contudo, percebemos que hoje, a evoluo doanalgico para o digital est se conrmando a mais drsticadelas. Vamos entender o porqu de tal transformao?

    Histrico dos meios de comunicao

    Como referenciado anteriormente, a TV um meio decomunicao, fruto de uma evoluo iniciada nos primrdiosda humanidade, quando se encontram vestgios das primeirasnecessidades de comunicao, sejam eles toques de tambores,sinais de fumaa, ou mesmo as inscries registradas em

    pedras. Costuma-se pensar que a comunicao em massa foiiniciada no sculo XV, quando Johannes Gutemberg criou

    Figura 1.1 - Prensa deGutemberg.Fonte: disponvel em: . Acesso em: 05 mai. 2010.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    um mtodo de tiragem tipogrca que utilizou para a produode duzentas Bblias, em 1455, mtodo esse utilizado por cerca de350 anos e que revolucionou o mundo na medida em que tornou

    possvel o acesso ao conhecimento e sua difuso em larga escala.A partir de ento, surgiram os jornais impressos, por volta de1609, na Alemanha, porm, ainda muito incipientes, de pequenoalcance, pois circulavam apenas entre as pessoas mais abastadas.J, em meados de 1830, sobretudo na Europa, os jornaispassaram a ter uma abrangncia maior, pois atingiam o povoem geral, com preos a partir de 1 cent. Desde ento, os meiosde comunicao foram se desenvolvendo com base, entre outras,

    nas necessidades de informao e comunicao entre as pessoase as diversas sociedades, as quais, associadamente s mudanastecnolgicas, provocaram impactos signicativos.

    Histrico da televiso

    O processo tecnolgico gerador do que hoje chamamos de televisoiniciou em 1817, quando o qumico Jakob Berzelius descobriu que

    o elemento selnio era alterado, se em contato com a luz e a energiaeltrica, o que abriu diversas portas na utilizao da energia. Desdeento, diversas outras invenes do sculo XIX colaboram coma criao da televiso, como a transmisso de cdigos por linhas(Cdigo Morse, em 1838), os lamentos da lmpada eltrica(Tomas Edison, em 1879), a projeo de sucessivas imagens emvelocidade (Maurice Le Blanc, em 1880) e a descoberta das ondaseletromagnticas (Heinrich Hertz, em 1884).

    No sculo XX, acompanhamos a uma srie de invenesque estiveram direcionadas criao do aparelho televisorpropriamente dito. Em 1901, Guglielmo Marconi desenvolveuuma mquina que transmitiu sinais eltricos por ondas, e BorisRosing aprimorou o desenvolvimento do cubo de imagem.Baseado nas tecnologias, invenes e descobertas anteriores,Vladmir Zworykin construiu, em 1923, o iconoscpio,equipamento que serve como o olho da TV. Em 1926, JohnBaird, considerado como o Pai da Televiso, faz a primeira

    transmisso o

    cial de televiso para a BBC, iniciando ali umanova era -- a da telecomunicao.

    A BBC uma emissora de rdio de

    Londres desde 1922, e a primeira

    emissora de televiso da histria.

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    TV Digital

    Unidade 1

    Figura 1.2 - IconoscpioFonte: Disponvel em: . Acesso em: 9 mai. 2010.

    Com o surgimento das primeiras transmisses e das primeirasemissoras, a televiso sofreu vrias otimizaes nos processos detransmisso e recepo, porm, na segunda guerra mundial, essecrescimento de tecnologias para a televiso diminuiu, emergindonovamente apenas no comeo dos anos 50, poca em que ela seconsolidou como meio de comunicao e atingiu praticamente atodos os pases. Nesta mesma dcada, a televiso ganha o mundo:

    no Brasil, a televiso iniciou em1950;

    na Holanda, em 1951;

    na Alemanha, em 1952;

    na Blgica, Dinamarca, Polnia ena ento Tchecoslovquia, em 1953;

    na Itlia, em 1954.

    Em 1953, a televiso iniciou a transmitir imagens coloridas.Naquele momento, a televiso passou, pela primeira vez, por umadiviso em padres mundiais, fato que abordaremos nas prximasunidades. No quadro a seguir, voc acompanha a descrio de

    alguns padres adotados no mundo.

    Figura 1.3 - Famlia assistindo a uma das primeirastransmisses de TVFonte: Disponvel em: .Acesso em: mai. 2010.

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    TV Digital

    Unidade 1

    interativa d, ento, seus primeiros passos, aliando a difusotelevisiva com aes interativas e assegurando a onipresenada televiso. Como exemplos de algumas aes interativas na

    televiso, podemos pensar nas participaes ao vivo por telefone,as enquetes sobre temas pela internet e as votaes de reality-show por celular, telefone e internet.

    A Subutilizao dos Meios

    Os questionamentos sobre a durabilidade dos meios de comunicaono ocorreram apenas com a TV, com a vinda da internet. O mesmoocorreu com o rdio, assim que a televiso tomou sua forma. Porm,hoje, notvel a importncia dos meios, e, tambm, que eles no se

    subutilizam, e sim se completam, desenvolvendo abordagens hbridasentre os meios e criando aplicaes que utilizam todos os meios.

    Hoje, quem possui internet pode assistir a Web-rdios e WebTVs; quemno possui internet pode assistir televiso; e o rdio est onde ateleviso no chega.

    Todos esses meios continuam gerando audincia e fomentando omercado de contedo e publicidade.

    Geraes da televiso

    Didaticamente, objetivando a uma melhor compreenso das evoluestecnolgicas da televiso, vamos dividi-las em quatro geraes:

    1. TV preto e branco;

    2. TV por satlite;

    3. TV em cores;

    4. TV digital.

    1. TV em preto e branco:na primeira gerao da televiso,iniciada em 1926, as imagens eram transmitidas em pretoe branco. Um marco para as tecnologias da comunicaomundiais, que contavam apenas com o rdio como meiode comunicao de massa. No Brasil, esta gerao iniciou

    apenas em 1950.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    2. TV por satlite:gerao iniciada em 1962, tornou-se possvelgraas aos avanos nas cincias espaciais; a transmisso dasondas passa a ser feita via satlite, porm, ainda em preto e

    branco. Em 1969, o Brasil entrou nessa gerao.3. TV em cores:Diferentemente da TV por satlite, em que

    a nica diferena para a gerao anterior era a qualidade e aabrangncia do sinal. Com a chegada das cores, a televisopassou a ser mais atrativa e mais rica em detalhes, por exibir umaimagem mais denida. No Brasil, a novidade chegou em 1972.

    4. TV digital: Evoluo mais recente, iniciada em 1998, quandoo sinal passou a ser digital, possibilitando maior qualidade de

    som e imagem, bem como o uso dos recursos novos aliados internet. No Brasil, chegou a partir do ano de 2007.

    A televiso no Brasil

    Interessante destacar que a televiso chegou ao Brasil por umainiciativa de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de

    Melo. No dia 3 de abril de 1950, Chateaubriand promove a pr-estreia da TV no saguo do prdio do jornal Dirios Associados,em So Paulo. Alguns aparelhos instalados no local transmitirama apresentao do Frei Jos Mojica, um padre cantor mexicano.No dia 10 de setembro de 1950, a TV Tupi realiza a primeiratransmisso em fase experimental. Trata-se da transmisso de umlme em que Getlio Vargas fala de seu retorno vida poltica.Porm, a TV brasileira faz sua estreia no dia 18 de setembro de1950, com a TV Tupi de So Paulo, utilizando como razo social onome de Rdio e Televiso Difusora.

    No incio, a televiso era um objeto de luxo, poucos a possuam, etransmitia apenas em preto e branco. Com o passar do tempo, atecnologia espacial avanou consideravelmente, ensejando autilizao de satlites para a transmisso do sinal terrestre deteleviso. Em 1969, a Rede Globo de Televiso apresenta achegada do homem lua, j com sinal via satlite. A TV Tupi foia primeira emissora brasileira de televiso: a precursora de muitasoutras. Hoje, o Brasil possui diversas emissoras espalhadas por

    todo o pas, incluindo canais comerciais, repetidoras, emissoraspblicas e universitrias.

    Assis Chateaubriand Bandeira

    de Melo, mais conhecido como

    Chat, foi um empresrio do ramo

    das comunicaes no Brasil, dono

    dos Dirios Associados, fundador

    do Museu de Arte de So Paulo

    (MASP) e o precursor da televiso

    no pas, inaugurando a TV Tupi.

    Um dos homens mais inuentes do

    Brasil nas dcadas de 1940 a 1960,

    foi advogado, escritor, membro

    da Academia Brasileira de Letras esenador da repblica.

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    TV Digital

    Unidade 1

    Figura 1.4 - AssisChateaubriandFonte: Disponvel em:.Acesso em: mai.2010.

    A importncia da televiso no pas tomou enormes dimenses.Em todo lugar existe uma televiso: em salas de espera, salasde aula, nas vitrines, nos quartos e nas salas de estar. A TV no

    Brasil est em, praticamente, todos os lares, como dissemosanteriormente. No obstante o avano da Internet, hoje ateleviso ainda o veculo de informao e entretenimento commaior penetrao no pas. Sendo assim, parece-nos lgico queevolusse, apropriando-se dos recursos tecnolgicos, migrando etornando-se digital.

    Seo 2 A convergncia digital

    A digitalizao da televiso o fruto natural de um fenmenotecnolgico denominado convergncia digital, que nada mais do que a evoluo dos equipamentos eletrnicos do modoanalgico para o modo digital. Tal fenmeno possvel graasaos avanos tecnolgicos, alavancados por necessidades da

    sociedade em geral e acelerados por interesses da indstria.

    Figura 1.5 - Relao entre aplicaes e engenhariaFonte: Ferraz, 2009.

    A convergncia provida por processos de engenharia e motivadapor necessidades de aplicaes. Ferraz (2009) expe que aengenharia tem por objetivo fornecer a infraestrutura necessriapara a execuo de uma aplicao, e as aplicaes so o fator demotivao para que a engenharia se desenvolva.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Anal, o que signica analgico? E o que algo digital?

    Os equipamentos ditos como analgicos so baseados emsinais de variao constante, onde as ondas que conduzemas informaes no so sucientemente denidas. J osequipamentos digitais possuem ondas denidas, baseada nosvaloresbinrios de zero e um. Uma onda digital sempre oscilaentre zero e um; j um sinal analgico tem em sua amplitudevalores innitos entre zero e um, como exemplicado na gura aseguir:

    Sinal digital

    Sinal analgico

    1

    0

    1

    0

    Figura 1.6 - Exemplo das ondas digitais e analgicas.Fonte: . Acessado em: 18ago.2010.

    Todo tipo de sinal em que uma amplitude variacontinuamente no tempo denominado sinalanalgico.

    Em se tratando de televiso digital, as ondas digitais implicamdiretamente a qualidade de sinal, pois, nesse modo, no existemeio termo na recepo. Chuviscos, interferncias ou imagensfantasmas no existem, pois o sinal digital binrio, ento, ou himagem, ou no h.

    A convergncia digital costuma seguir alguns passos.Inicialmente surge a necessidade de convergir, aliada aosavanos tecnolgicos. Aps esse primeiro passo, ocorre oprocesso de digitalizao, em paralelo ao funcionamento da

    Valores binriosso algarismos de

    base dois, ou seja, todos os nmeros

    so representados por apenas

    dois nmeros, zero e um. Este o

    mtodo de numerao utilizado

    em sistemas digitais, onde hapenas dois nveis de sinal (ligado e

    desligado).

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    TV Digital

    Unidade 1

    mesma tecnologia at a data do apago analgico, passo onde atecnologia analgica desativada e a tecnologia digital passa aoperar.

    Um exemplo de apago analgico ocasionado pelaconvergncia digital foi quando a telefonia mvel, apsalgum tempo de transmisso digital em paralelo com aanalgica, nalizou o funcionamento analgico em 01de agosto de 2008.

    De forma geral, pertencermos a uma sociedade imediatista, eeste um dos fatores que aceleram o processo da convergnciadigital. No mundo globalizado atual, a sntese e a compreensode informaes so essenciais. Para tanto, surgem necessidadestecnolgicas nos meios de comunicao que, por sua vez, colaboramcom a convergncia dos meios. importante destacar que, aonal do sculo XX, a sociedade foi denominada de sociedade dainformao, uma sociedade globalizada, baseada na nova economia,tendo como foco a informao. Silva (2001) analisa a sociedadeda informao como uma nova abordagem socioeconmica etecnolgica, em que o foco da sociedade no est mais na mo de

    obra braal, mas sim na informao, e o capital intelectual passa aser a matria-prima principal da nova indstria.

    Que outros fatores contribuem para denir queestamos na sociedade da informao? Quais so osmeios, ferramentas ou equipamentos que colaborampara o acesso a informaes?

    Com a evoluo das telecomunicaes, os avanos das redes ea popularizao da internet, a proximidade com as fontes deinformaes, a cadeia televisiva tem por objetivo vital estar sempre frente das tecnologias da comunicao, justamente para manter opatamar informativo, trazendo, ento, a necessidade de convergir,utilizar novos padres tecnolgicos que venham contemplar seusobjetivos como meio de comunicao e informao.

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    Seo 3 A TV digital no Brasil

    Agora que voc j conhece alguns aspectos sobre a histria da

    televiso e sobre a convergncia digital, vamos destacar algunselementos sobre como a televiso digital desenvolveu-se no pas.

    Com a convergncia digital dos meios, a sociedade conheceudiversas facilidades tecnolgicas, por exemplo, as redes detelecomunicao de alta velocidade, os microcomputadores eterminais de acesso internet, meios esses que ampliaram aindamais a disseminao da informao e do conhecimento. Porm,o seu desenvolvimento acarretou tambm o processo conhecido

    como excluso digital, na medida em que separou bruscamenteos indivduos que tm acesso aos meios digitais e os que no tm.

    A realidade brasileira , ainda, bastante crtica: menos de 32%das pessoas possuem computador e 24% tem acesso internet.Mas, em contraponto, temos o fato de que 98% dos larespossuem, pelo menos, um aparelho televisor (CGI.br, 2009).Considerando este fato, o governo brasileiro resolveu investirmais nesta rea e apostar no seu desenvolvimento, provendoa incluso da TV Digital aberta nos lares brasileiros. Para tal,instituiu o Sistema Brasileiro de Televiso Digital (SBTVD),assegurado pelo art. 1 do Decreto 4.901, tendo por objetivopromover a incluso social, a diversidade cultural do pas e alngua ptria por meio ao acesso tecnologia digital, visando democratizao da informao. (BRASIL, 2003).

    Figura 1.7 - Proporo do uso dos equipamentosFonte: Disponvel em:. Acesso em: 2009.

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    TV Digital

    Unidade 1

    Por uma srie de motivos, a populao brasileira extremamenteligada televiso. Em quase todos os lares brasileiros h, aomenos, um aparelho televisor. Existem casos onde este aparelho

    prioridade, estando presente em casas que nem ao menos possuemgeladeira, ou outros eletrodomsticos. A televiso est presenteem praticamente todo o territrio nacional, s no est presenteonde no h energia eltrica. Sua importncia notvel para adisseminao da informao e sua potencialidade como agente deincluso digital no pas.

    Para tanto, os estudos sobre a adoo do padro de veiculao daTV digital no pas reuniram diversos pesquisadores de inmeras

    instituies do Brasil. O resultado foi o desenvolvimento de umpadro prprio, padro esse com grande nfase na funcionalidademais interessante deste novo modelo de televiso: a interatividade.

    As instituies da indstria e da academia formaramconsrcios e desenvolveram seus projetos para o sistemabrasileiro. O Frum do SBTVD se encarregou de escolheros consrcios que compuseram a TV digital brasileira.

    Com vistas a todas essas funcionalidades, o governo brasileiroresolveu fornecer o acesso TV digital em todos os laresbrasileiros, bastando aos telespectadores apenas adquirirem umaparelho especco para a recepo do sinal digital. Possuindoum aparelho televisor equipado com o receptor, o telespectadorter em seu lar uma espcie de computador com recursos umpouco mais limitados, mas com acesso ilimitado a uma vasta redemundial de informaes ao alcance do seu controle remoto.

    De acordo com o decreto brasileiro 4.901, em seu artigo 1(2003), a televiso digital mais do que uma mera evoluotecnolgica da televiso analgica: trata-se de uma novaplataforma de comunicao, cujos impactos dessa novaplataforma ainda esto se delineando.

    No Brasil, comeou em 1999 o processo de avaliao tcnicae econmica para a tomada de deciso sobre os padres aserem adotados para a transmisso de televiso digital. Foi

    escolhido o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento emTelecomunicaes) para a prestao destes servios, devido ao

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    elevado domnio tcnico das tecnologias de compresso digitalde udio e vdeo. Em 2002, foi fundado o comit do SBTVD,responsvel pelos estudos que deniriam o padro a ser adotado

    no pas. Aps estudos conduzidos junto s universidades e semissoras de televiso, o sistema foi apresentado, no dia 13 denovembro de 2005, pelo Ministrio das Comunicaes.

    Figura 1.8 - Reunio dos ministros brasileiros para discutir a adoo do padro japons.Fonte: Disponvel em: . Acesso em: 04 mai. 2010.

    Aps o perodo de estudos, foram desenvolvidos os padresque hoje permitem ao SBTVD a transmisso de contedo dealtssima qualidade para os telespectadores, possibilitando, aomesmo tempo, a recepo mvel e porttil dos sinais de TVdigital, nos mais diversos tipos de dispositivos, como celulares,minitelevisores, notebooks. Todos os estudos e implementaesso sem custos ao telespectador, pois a TV digital no Brasil aberta, livre e gratuita.

    O incio das transmisses do SBTVD ocorreu no dia 02 dedezembro de 2007, em So Paulo, utilizando o modelo de sistemadigital denido para o pas. Dentre os existentes no planeta,

    o comit brasileiro optou por um padro prprio, baseado nojapons. Nos prximos captulos, voc aprender sobre os padresde televiso digital.

    No Brasil, no dia 23 de junho de 2007, o pas assinouum Termo de Compromisso com autoridades doJapo sobre a escolha do padro de modulaojapons, porm, incrementando o padro japons comtecnologias desenvolvidas no Brasil.

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    TV Digital

    Unidade 1

    Entretanto, na realidade, o projeto de estruturao do SistemaBrasileiro de Televiso Digital prover o acesso televiso digitalpor transmisso terrestre gratuita. A televiso digital no pas j

    existe h algum tempo, porm, ela paga e no possui todos osrecursos que o SBTVD oferece.

    Sntese

    Nesta unidade, voc relembrou aspectos histricos da televisono Brasil e no mundo, identicou a importncia da televiso nasociedade atual, estudou a convergncia digital e seu impacto nosmeios de comunicao. Conheceu tambm a motivao brasileirapara a implantao de um sistema de televiso digital e estudouo incio desse sistema no pas, preparando-se, ento, para iniciarseus estudos sobre a televiso digital propriamente.

    Atividades de autoavaliao

    1)Ao longo de sua histria, tanto a televiso quanto a sociedade comoum todo sofreram algumas mudanas, umas associadas s outras,envolvendo alguns conceitos-chave. Relacione abaixo os conceitosenvolvidos na histria da televiso mundial.

    ( 1 ) Convergncia digital

    ( 2 ) Sociedade dainformao

    ( 3 ) Excluso digital

    ( 4 ) Apago analgico

    ( 5 ) Iconoscpio

    ( ) Acontecimento socioeconmico onde omeio digital se consolida por completo.

    ( ) Denominao atribuda para a eraonde a alta necessidade por dados econhecimento suprida por meios digitais.

    ( ) Fenmeno fruto dos avanostecnolgicos sofridos pelos meios eequipamentos eletrnicos.

    ( ) Situao ocorrida graas digitalizaodos meios e da facilidade do acesso informao.

    ( ) Componente que originou a imagem nateleviso.

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    2) O incio da televiso digital deve-se convergncia digital sofridapela televiso, que a fez evoluir da tecnologia analgica para a digital.Diferencie os paradigmas analgico e digital no mbito da televiso.

    3)A evoluo da televiso analgica para a digital fruto de diversosfatores, como a convergncia digital e a evoluo das mdias. Essaevoluo no Brasil foi impulsionada por um fator em especial. Respondanas linhas abaixo qual esse fator e comente-o.

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    TV Digital

    Unidade 1

    Saiba mais

    Se voc desejar, aprofunde os contedos estudados nesta unidadepor meio da leitura das seguintes referncias:

    BRAUNE, Bia; XAVIER, Ricardo M. G.Almanaque da TV:fatos e curiosidades sobre a mquina de fazer doido. Rio deJaneiro: Ediouro, 2007.

    - Nesta obra, Bia Braune e Rixa (Ricardo Xavier) apresentam, deuma forma bem-humorada, fatos histricos da televiso brasileira.De forma imparcial, a obra documenta fatos curiosos ocorridosnas maiores emissoras do pas.

    MONTEZ, Carlos; BECKER, Valdecir. TV digital interativa:conceitos, desaos e perspectivas para o Brasil. 2. ed. Florianpolis:Editora da UFSC, 2005.

    - Na obra de Montez e Becker, os autores apresentam uma timaintroduo aos sistemas de televiso digital e interativa. O livro

    apresenta a motivao brasileira para o incio da TV digital nopas, por meio da convergncia digital.

    MORAIS, Fernando. Chat, o rei do Brasil: a vida de AssisChateaubriand. So Paulo: Companhia das Letras, 1994.

    PATERNOSTRO, Vera ris. O texto na TV: manual detelejornalismo. So Paulo: Campus, 1999.

    - Este livro constitui uma tima referncia sobre produo decontedo televisivo. Nele, a autora Vera Paternostro apresenta umaviso geral sobre a televiso e suas tecnologias, a histria da TV eo vocabulrio do telejornalismo.

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    2UNIDADE 2

    Caractersticas da TV digital

    Objetivos de aprendizagem

    Identicar os princpios do funcionamento da televisodigital.

    Analisar o padro brasileiro e os padres mundiais deTV digital.

    Conhecer os atributos da televiso digital e o impactono meio televisivo.

    Compreender as diferenas entre a difuso digital eanalgica.

    Sees de estudo

    Seo 1 A convergncia da televiso

    Seo 2 O funcionamento da TV digital

    Seo 3 Padres mundiais de TV digital

    Seo 4 Atributos da TV digital

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    Para incio de estudo

    Nesta unidade, voc aprofunda seus conhecimentos sobre ateleviso e conhece os atributos da televiso digital e os padresde sistemas digitais utilizados no mundo.

    Em comparao com os sistemas analgicos de televiso, aTV digital apresenta algumas vantagens, como a conservaona qualidade do sinal, compactao do sinal na transmisso,ausncia de interferncia e o que ir revolucionar o nosso modode assistir a televiso: a interatividade.

    A televiso digital, comparada com a TV anterior, ser avanada,apresentar novos elementos grcos integrados com as novasqualidades de udio e vdeo, permitir o acesso internet pelaTV, possibilitar individualizar a programao ao gosto dotelespectador, os vdeos podero ser exibidos de acordo coma demanda requisitada pelo telespectador, no momento quedesejar, permitir a gravao de programas veiculados, guiasde programaes interativas e consoles de jogos eletrnicos,bastando ao telespectador, apenas, possuir um aparelho televisor

    com um receptor digital.

    Essa unidade visa a adentrar seus estudos no mundo da televisodigital. Ao estudar o histrico da evoluo digital da TV e cadaum dos atributos que tornam a TV digital um diferencial na eradas telecomunicaes, voc aprender os sistemas de televisodigital e conhecer o funcionamento de uma recepo digital.

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    TV Digital

    Unidade 2

    Seo 1 A convergncia da televiso

    Os sistemas de TV digital no mundo tiveram seus estudos

    iniciados em 1987 nos Estados Unidos, com o intuito dedesenvolver novos conceitos para o servio de televiso, criando ocomit ACATS (Advisory Commitee on Advanced Television)(FERNANDES et al., 2004). Em 1993, foram lanados osprimeiros sistemas de televiso digital, o sistema americano e oeuropeu; porm, o japons foi lanado apenas em 1999.

    O ACATS (Advisory Commitee on Advanced Television) um comit americano sem ns lucrativos, criado para

    pesquisar o desenvolvimento de solues de alta-denio para a televiso. O rgo foi responsvel peladenio do padro americano de televiso digital.

    Mas a digitalizao da televiso em carter aberto teve incioapenas no nal dos anos 1990, nos Estados Unidos e na Europa.Porm, vislumbres de aplicabilidades digitais pela televiso tmsido observados desde a dcada de 1950. Na revista PopularMechanics, de fevereiro de 1950, foi publicada uma matria

    intitulada Milagres que voc ver nos prximos 50 anos.

    A matria abordava algumas previses sobre at onde os avanostecnolgicos chegariam. Uma das previses era o uso, em temporeal, da televiso para efetuar compras, interagindo com aemissora, por exemplo.

    No nal dos anos 80, o Japo j possua um sistemade recepo televisiva com alta-denio, porm,analgico.

    Em um primeiro momento, a mudana mais visvel da televisoanalgica para a digital a alta denio de som e imagem.Porm, um sistema de televiso digital ou analgico tem receposensvel a rudos e interferncias do sinal original. (SOARES eBARBOSA, 2009). Esse fator inevitvel, contudo, tratado deum modo diferenciado nos sistemas digitais. Os sinais analgicosseguem um espectro decimal, em que as ondas oscilam entre ozero e o um. Desse modo, quanto mais prximo o sinal est do

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    um, mais qualidade h na recepo. J em um sistema digital,por ser binrio, o sinal zero ou um; ou seja, se for zero, no hrecepo, e, quando um, h recepo total. Portanto, com a TV

    digital, ou teremos recepo de alta- delidade, ou no teremosrecepo. Para tanto, existem amplicadores de transmisso erecepo com o m de garantir que a recepo ter sinal um.

    Figura 2.1 - Previso do comrcio eletrnico interativo pela T VFonte: Popular Mechanics, 1950.

    A convergncia da televiso analgica para a digital baseadana evoluo dos outros meios de comunicao em massa. Ela

    fruto da acelerada disseminao das redes de alta velocidade,das telecomunicaes via satlite e via ondas terrestres. Evoluiugraas democratizao do acesso internet, fato que possibilitoua evoluo da prpria internet.

    Um dos pontos mais fortes da internet a existncia da Web,a grande teia mundial de informaes que espalha pela redemilhes de pginas ricas em informao. No incio, a produode contedos web era algo complicado, que necessitava de

    grandes recursos computacionais para a disponibilizao doscontedos e de grandes conhecimentos para a produo deles.Essa poca foi denominada de Web 1.0.

    Com a democratizao da internet e a convergncia dosequipamentos computacionais, diminuindo os custos deinfraestrutura, e com a evoluo das tecnologias para a produode contedo web, a produo cou muito mais vivel, por meiodeblogs, CMSe Wikis. Devido a tantas facilidades, a rede cou

    ainda maior, e o contedo passou a ser altamente colaborativo,pois, agora, qualquer pessoa com poucos conhecimentos em

    Web o termo popular para World

    Wide Web (WWW). Ela nada mais

    do que a grande teia de pginas

    espalhadas pelo mundo, interligadaspor estruturas contextuais de

    navegao, os hiperlinks.

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    popularizao da prpria TV digital. Esses fatores zeram com queos sistemas evolussem para padres abertos, de livre transmisso.

    Figura 2.2 - Exemplo de aplicao interativaFonte: . Acesso em: 16 mai. 2010.

    Para esta nova gerao televisiva, denominada como TV 2.0,os autores Montez e Becker (2005) destacam algumas das novasfuncionalidades presentes neste novo meio, como por exemplo:

    TV avanada: ao contedo televisivo, somam-se texto, vdeo,elementos grcos e animaes. udio, vdeo e dados em altavelocidade e alta qualidade tornam a TV um meio ainda mais

    avanado de telecomunicao. Internet na TV:nesse modo, o aparelho televisor permite o acesso

    internet, por meio dos acessrios disponveis na televiso.

    TV individualizada: o usurio poder customizar a recepo,escolher o local determinado por meio das cmeras e microfonesdisponveis.

    Vdeo sob demanda:permite que sejam exibidos os programas nomomento em que o usurio sentir a necessidade.

    Personal vdeo recorder:o aparelho receptor permite que os

    programas exibidos sejam gravados.

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    TV Digital

    Unidade 2

    Walled Garden: canal de ndice, contendo um guia com asaplicaes, programas e contedos disponveis.

    Console de jogos:neste modo, o aparelho receptor tambm servepara rodar jogos de computador, utilizando como interface osrecursos televisivos, os quais possibilitam jogos com mais jogadorespela rede.

    Voc pode estar se perguntando o porqu de se utilizar umsistema de televiso para realizar funes que em um computadorj so totalmente possveis. Como resposta, podemos pensarque um dos motivos a penetrao da televiso na sociedade. muito mais fcil encontrar uma televiso nos lares brasileiros doque um computador. Outros motivos podem ser, ainda, os fatoresusabilidade, familiaridade, qualidade e colaborao.

    O fator usabilidade est diretamente ligado capacidade defcil utilizao e assimilao das funes. Shneiderman (2000)argumenta que, devido televiso ser um aparelho usado j hdcadas, as suas principais funes esto bem assimiladas pelapopulao, como o controle de canais, volume, ligar e desligar,diferindo um pouco do computador que, em um primeiro

    momento, pode parecer complicado quanto s operaes bsicas.

    Apesar de o computador estar associado a jogos e diverso,hoje ele possui um carter mais prossional. A esse respeito,Makarem (2001) arma que, ao contrrio do computador, o qual visto como um aparelho de trabalho, a televiso consideradacomo um eletrodomstico familiar, com ns de lazer einformao, facilitando a aceitao do aparelho como provedor deconhecimento e informao. Damsio (2003) ressalta como ponto

    importante a qualidade na transmisso de sinal. Isso porque, jque as mdias necessrias para o ensino trafegaro pela rede, necessrio alta qualidade e velocidade na transmisso dos dados,capacidade essa presente nos sistemas de televiso digital. Vos(2001) expe o fator colaborao, j que o simples fato de assistir televiso , por si s, um ato social vivenciado, geralmente, emgrupo, onde o programa de TV media a interao e a colaboraoentre os telespectadores.

    A usabilidade o nvel

    de facilidade de utilizao

    de algo e de ecincia

    com que os usurios

    podem aprender a usar

    alguma coisa, mensurado

    pela velocidade deles

    ao us-la. (NIELSEN;

    LORANGER, 2007). uma

    rea constante de estudo

    e experimentao, quando

    se refere a interfaces e

    dispositivos.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Apesar de todo o cunho inclusivo da televiso digital devido extenso alcanada, vericvel no percentual de lares com o aparelho,outro fato merece destaque: trata-se do crescimento dos ndices

    de domiclios com computador e internet, o qual pode indicar aimportncia de aplicaes integradas entre a televiso e a internet.

    Ao falarmos de TV digital, existe uma innidade de sistemas deteleviso envolvidos. Alm do modo de TV aberta terrestre, maisconhecido e foco desta disciplina, podem-se ainda destacar outrossistemas de televiso digital, como por exemplo:

    IPTV: modo televisivo em que a transmisso e receposo feitas pelo protocolo IP, o mesmo da internet. Ofuncionamento basicamente o mesmo do VOIP (vozsobre IP), porm, no utilizado para o transporte deudio para ligaes, mas para o transporte de programasde televiso especcos para IPTV.

    WebTV:meio de transporte baseado na internet, em queo canal de WebTV prov os programas, e o usurio, emseu computador com internet, recebe-os por streaming,onde as transmisses podem ser sob demanda, ou at

    mesmo ao vivo.

    PCTV:alternativa digital para a transmisso e recepode programas televisivos. Nesse modo, o computadorpessoal, equipado com uma placa receptora, recebe osprogramas televisivos por meio de softwares especcos.

    P2P-TV:meio de transmisso e difuso televisiva, ondese utiliza a arquitetura de internet P2P para o transportedos dados. Assim, vrios pontos de IP so interligadosentre si, recebendo e transmitindo os pacotes de dadospara o streaming.

    O IP(Internet Protocol) um

    protocolo de trfego de dados

    baseado em endereos. utilizado

    nas redes de computadores para

    a identicao dos terminais

    utilizados. Todos os equipamentos

    interligados em rede possuem um

    endereo IP, como computadores

    pessoais, servidores, servios de

    internet e sites.

    Streaming uma tecnologia de

    transmisso de dados digital: podeser utilizada para udio ou vdeo.

    Seu funcionamento se baseia na

    diviso dos dados em pacotes. O

    usurio recebe os dados pacote a

    pacote, possibilitando a exibio

    desses dados mesmo enquanto

    ainda realizado o download.

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    TV Digital

    Unidade 2

    Seo 2 O funcionamento da TV digital

    Agora, o momento de conhecer o funcionamento de um

    sistema de televiso digital. Uma das diferenas j destacadasanteriormente a mudana do sinal, do analgico para o digital.Mas atreladas a essa mudana, outras so visveis. A maior delas que, alm do som e da imagem, haver tambm recepo de dados,diferena essa que possibilitar a execuo de aplicaes interativas.

    Um sistema de televiso digital , na verdade, um tpicosistema do tipo cliente/servidor (SOARES; BARBOSA,2009). Nele, o contedo provido pelo servidor econsumido por um cliente, assim como na Web.

    Figura 2.3 - Esquema geral de um sistema de televiso digitalFonte: Elaborao do Autor, 2010.

    A gura 2.3 apresenta um esquema geral do funcionamentode um sistema de televiso digital. Acompanhe a seguir odetalhamento da descrio do funcionamento, como apresentadona gura 2.3.

    Transmisso e recepo

    Assim como no sistema analgico, o sistema digital de TVdigital inicia o seu uxo na emissora, com a transmisso dosinal de udio e vdeo. Por se tratar de um processo digital, oudio e vdeo so transmitidos por suas respectivas camadas detransporte, utilizando os seus codecsespeccos.

    Codecsso softwares

    capazes de comprimir

    udio e vdeo digital,

    mantendo a qualidade.

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    Figura 2.4 - Exemplo de set-top-box disponvel no mercado.Fonte: Disponvel em: . Acesso em: 16 mai. 2010.

    Camada de Transporte uma das camadas do modeloOSI, padro mundial que regulamenta uma arquiteturapadronizada de comunicao de dados. a camada

    responsvel pela diviso dos dados em pacotes, paraserem utilizados no transporte.

    Alm das camadas de transporte de udio e vdeo, existe tambma de dados, assim, inicia outro grande diferencial de um sistemade televiso digital. Essa camada de dados ir transportar osarquivos que compem as aplicaes interativas as quais seroutilizadas nos receptores dos usurios.

    Receptores digitais

    Os receptores digitais so chamados set-top-box. Esse aparelhopode estar integrado, ou no, ao aparelho televisor. Possui acapacidade de receber os sinais digitais e dividi-los entre o udioe vdeo, enviando os sinais aos seus respectivos dispositivos.

    Os set-top-boxespossuem capacidades computacionais, comoacesso rede de dados, armazenamento interno, ou, at mesmo,externo, interfaces USB, entre outros opcionais. Assim comoum computador convencional, o set-top-box composto porcomponentes de hardware e software. Na camada de hardware, soencontrados os componentes eletrnicos que realizam as operaes

    sicamente. Na camada de software, existem osprogramas, componentes lgicos que controlam ofuncionamento dos hardwares.

    Esses equipamentos possuem diversas conexes.Dependendo de cada modelo, existem receptorescom sadas RJ11 (conexo para o telefone), RJ45(conexo de rede de dados), drives de CD ouDVD para execues e gravaes, alm das maisvariadas sadas de udio e vdeo para conexo emdispositivos externos.

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    TV Digital

    Unidade 2

    Um exemplo de software encontrado no set-top-box o Sistema Operacional, programa utilizadopara gerenciar as funes de hardware, servindo de

    interface entre o usurio e os componentes lgicos(software) com os componentes fsicos (hardware).Alguns sistemas operacionais so os sistemas Windows,Linux, Mac OS.

    Carrossel de dados

    Voltando agora aos uxos de transmisso, as camadas de udio evdeo possuem um uxo contnuo; ao ligar a televiso, o usurioreceber exatamente o que est sendo transmitido. J, na camadade dados, isso no possvel, pois o usurio necessita ter todosos dados de um programa interativo para que esse seja executadoem seu servidor. Para essa camada, existe um modo de transportediferente: o carrossel de dados.

    Com o carrossel de dados, a transmisso dos dados contnua etodos os dados so transportados por repetidas vezes, de modo

    innito, possibilitando, assim, ao usurio, no momento em que, ligaro aparelho, receber todos os arquivos da aplicao.

    O carrossel de dados utiliza os arquivos da aplicao e ostransforma em um formato especco para o carrossel. Dessemodo, ele os divide em pacotes e passa a envi-los ao set-top-box do usurio que, por sua vez, recebe a aplicao, de pacoteem pacote, at que receba todos os arquivos, permitindo assim aexecuo do programa.

    Canal de interatividade

    De acordo com os processos descritos aqui, o usurio recebe, emseu aparelho o som, a imagem e os dados para as aplicaes. Nessenterim, voc deve estar se perguntando: mas, e quando necessriaalguma interao com a emissora? E quando for preciso, porexemplo, responder a uma enquete, e, ao selecionar um produto para

    compra, e ao informar meus dados bancrios para consulta?

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    Nesse caso, necessrio o uso do canal de interatividade.

    O canal da interatividade necessrio para o envio de pacotes de

    dados para a emissora.Esse envio tambm utiliza protocolos digitais, e transportadopor meios alternativos de comunicao, utilizando-se de conexescom a internet. Essas conexes podero utilizar os protocolos deinternet banda larga, internet mvel, internet de alta-velocidadee, at mesmo, a internet pela energia eltrica. Esse canal deinteratividade o meio o qual permite que a televiso quemais prxima da internet, possibilitando ao usurio aplicaesinterativas com a emissora. Essa, por sua vez, poder enviar noapenas sinais (sim ou no), mas tambm arquivos.

    Pense e registre:quais tipos de aplicaes vocimagina possveis com as tecnologias interativas?

    Middleware

    Na indstria de receptores, temos diversas tecnologias distintasque compem os diversos modelos de set-top-boxes. J, naindstria de software, existem muitas variaes de sistemasoperacionais para os receptores e uma innidade de tecnologiaspara o desenvolvimento das aplicaes. Como padronizar essasdiferenas?

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    TV Digital

    Unidade 2

    No h como. impossvel limitar quais tecnologias seroutilizadas para o desenvolvimento de aplicaes, regulamentarque estaro disponveis nos sistemas operacionais dos set-top-

    boxes e denir que esses sero os sistemas operacionais que irooperar nos receptores.

    Para tanto, aqui entra um novo componente no sistema deteleviso digital: o middleware.

    O middleware uma nova camada de software embarcada noreceptor. Esse software funciona como uma interface entreos interesses das diferentes indstrias, tornando as aplicaesindependentes da plataforma de hardware e software. Ele denequais so as tecnologias disponveis para o desenvolvimento dasaplicaes, possibilitando que funcionem em diferentes aparelhose sistemas operacionais.

    Seo 3 Padres mundiais de TV digitalUm sistema de televiso digital composto por diversos dispositivosde hardware e software, oriundos de diversas marcas e fabricantes,com acessrios e vantagens distintas, por isso, para haver umaconsonncia no sistema, necessria a adoo de padres queregulamentem as operaes do sistema de televiso digital.

    Por ser um assunto de suma importncia para a TV digital,

    diversos rgos se uniram para criar, regulamentar e especi

    carseus padres, de acordo com as suas realidades sociais eeconmicas, e de acordo com os interesses das indstrias eemissoras de sua regio. (FERNANDES et al., 2004). Nestaseo, abordamos apenas os padres mundiais de televiso digital.O padro adotado no Brasil ser abordado na prxima seo.

    Atualmente, existem trs principais padres de sistemas de televisodigital no mundo: um, predominante nos Estados Unidos; um noJapo; e um na Europa. Cada um desses padres adota especicaesdiferentes de sinal, modulao de dados, codicao e qualidade.Veja cada um deles a seguir, bem como as suas caractersticas.

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    ATSC O padro americano

    O Advanced Television Systems Committee (ATSC) um comit

    americano criado em 1982, composto por, aproximadamente, 170membros, os quais visavam a regulamentar os padres de televisodigital. utilizado desde 1998.

    O ATSC tem taxa de transmisso de 19,8 Mbps, apresentaalguns problemas na recepo por antenas internas e no permitea recepo mvel. (BECKER, 2005).

    Este padro voltado quase que exclusivamente alta-denio,tanto de som quanto de imagem. Porm, o modelo de modulaode sinal utilizado neste padro (VSB-8) apenas uma evoluodos modelos analgicos, e no um modelo prprio de modulao.

    O padro ATSC o resultado dos estudos do ACATS, ocomit citado no incio da unidade. O middleware queregulamenta o padro ATSC o DASE.

    DVB O padro europeu

    O Digital Video Broadcasting (DVB) o padro europeu, criadoem setembro de 1993 por um consrcio composto por mais de300 membros que eram fabricantes de equipamentos, operadorasde redes, desenvolvedores de software e emissoras de mais de 35pases. O objetivo foi especicar padres mundiais para sistemasde televiso digital interativa, como a transmisso de sinal e os

    servios de dados associados.Na realidade, o DVB um conjunto de documentos que denemos padres de transmisso. (MONTEZ; BECKER, 2005). Osdocumentos mais conhecidos so: o DVB-T, que regulamentaa radiodifuso; o DVB-C, responsvel pela transmisso porcabo; o DVB-S, sobre difuso via satlite; e o DVB-MHP, queregulamenta o padro de middleware.

    Para modulao dos dados, o DVB utiliza o protocolo COFDM,

    o qual fornece uma taxa de transmisso que varia entre 5 e 31,7Mbps. (FERNANDES et al., 2004).

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    TV Digital

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    Tem padro exvel com relao s customizaes de seussistemas. Dentro da Unio Europeia, existem vrias subdivisesdo DVB, voltadas a atender as necessidades de cada pas, fato

    que gera alguns problemas, j que os aparelhos utilizados pararecepo em um pas podem no funcionar em outro. O DVBfoi o padro que introduziu no meio televisivo o conceito dewide-screen. Dos padres atuais, o DVB o que possui maiorpenetrao mundial.

    ISDB O padro japons

    O ISDB foi um padro especicado em 1999 pelo grupo japonsDiBEG (Digital Broadcasting Experts Group), composto pordiversas empresas e operadoras de televiso.

    O DiBEG tinha por objetivo promover e especicar o sistema dedifuso terrestre de televiso digital no Japo. (DIBEG, 2008).

    uma evoluo do padro europeu, incorporando caractersticasinovadoras como o acesso internet, atualizao do aparelho

    receptor remotamente, e a melhora do desempenho de sinal,evitando interferncias e rudos. Seu middleware o ARIB.

    As taxas de transferncia de dados do ISDB variam entre 3,65a 23,23 Mbps. As suas grandes vantagens so a exibilidadede operao e o potencial para transmisses mveis e portteis,contudo, a transmisso mvel um servio tarifado aostelespectadores interessados em assistir TV digital commobilidade. (FERNANDES et al., 2004).

    Este sistema possui uma proteo contra cpias, ou seja, osprogramas televisivos exibidos podem ser copiados para mdias dearmazenamento (disco rgido, DVD, CD) apenas uma vez, visandoa manter a integridade dos programas e os direitos autorais deles.

    Voc pensa que realmente ecaz e necessrio omtodo de proteo contra cpias?

    Wide-screen o formatode exibio de vdeo de

    maior extenso horizontal,

    com dimenses de 16:9.

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    O ISDB considerado por muitos como o mais avanado emtermos de tecnologia e desempenho. o padro que contempla,de modo nativo, a multiprogramao, possibilitando vrias

    transmisses simultneas por canal.

    DMB O padro chins

    O Digital Modulation Broadcast o padro chins deteleviso digital. Adota vrios conceitos incorporados nospadres americano, europeu e japons. A sua implantao foiimpulsionada por uma solicitao do governo chins para odesenvolvimento do padro nacional, originando trs grupos deestudos tcnicos, os quais o desenvolvem desde 1999.

    Trata-se de um padro novo e ainda em desenvolvimento, quetem boa parte de seu foco na recepo digital, por meio deaparelhos celulares.

    SBTVD O padro brasileiro

    Como j apresentado, o Sistema Brasileiro de Televiso Digital(SBTVD) tem por objetivo promover a incluso digital no pas,teve seus estudos iniciados em 1999, e seu desenvolvimento foidividido por consrcios que criaram cada um dos componentesdo que hoje conhecemos por padro brasileiro. Voc j estudoutambm que o padro brasileiro foi baseado no japons. Este omomento de conhecer que fatores impulsionaram essas escolhas e

    estudar as peculiaridades do padro brasileiro de televiso digital.Dentre os sistemas de televiso digital disponveis no mundo,os grupos de trabalho analisaram tambm, alm de questestcnicas, qual modelo se adequaria melhor realidade brasileira,denindo, assim, a escolha do padro japons.

    Alm de utilizar as tecnologias do padro japons, o sistemabrasileiro resolveu denir novas tecnologias para o seu prpriosistema: por exemplo, o uso do codec H.264(do MPEG-4) paraa compresso de vdeo e o desenvolvimento de um middlewarenovo, utilizando tecnologias brasileiras.

    H.264 um formato do padro

    MPEG-4 que possibilita a

    compresso digital de vdeo. Por sua

    vez, a compresso digital de vdeo

    possibilita alta denio com baixa

    taxa de trfego e processamento.

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    TV Digital

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    O middleware do sistema brasileiro foi batizado de Ginga. Seudesenvolvimento cou a cargo de dois consrcios: um formadopela PUC-Rio e outro formado pela UFPB (Universidade

    Federal da Paraba). Este nome foi dado em homenagem ginga brasileira, ginga no modo de agir, de resolver problemas,e a ginga no dia a dia.

    Seo 5 Atributos da TV digital

    Com a televiso digital, uma gama de vantagens atinge a cadeiatelevisiva. Aqui abordaremos as principais e que mais impactaroo nosso modo de assistir televiso nos prximos anos: aqualidade, a mobilidade, portabilidade e a interatividade.

    Qualidade

    A televiso digital fornecer ao telespectador uma grandequalidade de imagem ao assistir televiso, pois, atualmente, atransmisso feita com resoluo de 4:3, e, com a TV digital,essa proporo aumentar para 16:9, um nmero muito prximoda resoluo utilizada nas telas de cinema. Com essa qualidade,ser possvel assistir televiso em aparelhos televisores cada vezmaiores e sem a mnima perda de qualidade de vdeo.

    Figura 2.5 - Diferena na dimenso das imagens de 4:3 para 16:9Fonte: Acervo de Ranieri, 2010.

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    Figura 2.6 - Diferena no formato das imagens de 4:3 para 16:9Fonte: Acervo de Ranieri, 2010.

    A

    gura 2.6 apresenta a diferena entre a dimenso das imagens.A imagem na proporo 4:3, representada no centro da gura,demonstra claramente cortes na imagem. A imagem em 16:9possui formato mais abrangente, fornecendo uma imagem comuma melhor vista panormica.

    A gura 2.7 a seguir demonstra a diferena entre o formatodas imagens: a resoluo da imagem em 16:9 de 1920 x 1080pixels, e o formato 4:3 possui resoluo de 720 x 480 pixels.Alm de fornecer uma imagem muito maior que a outra prpriapara televises com telas grandes, a resoluo em pixels impactadiretamente na qualidade do vdeo.

    A qualidade na transmisso no se restringe apenas imagem: osom tambm ter alta denio - aqui podero ser utilizados ossistemas de 5.1 dos home-teathers, provendo o efeito surround,possibilitado pela diviso do som em canais, com a exibio decada efeito sonoro em uma caixa de som diferente. A experinciado telespectador ao assistir programao torna-se algo incrvel

    ante os recursos de cinema proporcionados na prpria sala de casa.

    Qualidade de sinal

    A qualidade na televiso obviamente se aplica tambm ao sinal. Nateleviso analgica, quando dois canais esto alocados em frequnciasprximas, um interfere na recepo do outro, de modo que asemissoras procuram alocar seus canais o mais longe possvel umas dasoutras, deixando algumas frequncias de fora. Na TV digital isso noser necessrio, e todas as faixas de frequncia disponveis podero ser

    utilizadas sem a mnima interferncia. (MONTEZ; BECKER, 2005).

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    TV Digital

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    Mobilidade e portabilidade

    O Sistema Brasileiro de Televiso Digital terrestre possibilitar

    a recepo do sinal nos mais variados dispositivos, inclusivemveis. Ser possvel assistir aos jornais por meio de celulares,assistir aos jogos pelo notebook equipado com um receptorcom interface USB e, at mesmo, com pequenos aparelhos detelevises digitais, tudo isso sem a menor perda de qualidade,pois o sinal recebido digital.

    Figura 2.7 - Celular com receptor digitalFonte: Disponvel em: . Acesso em: 10 mai. 2009.

    Com a mobilidade provida pelo sistema digital, alm de novosprogramas televisivos, essa capacidade do sistema promover,tambm, novos modelos de negcio, como publicidadesegmentada por determinados locais e a interao dos dispositivosmveis com a televiso.

    Interatividade

    Diferindo do atual modo televisivo onde a veiculao dasinformaes feita da emissora ao telespectador, ser possveltambm a operao inversa, ocorrendo, ento, a interao.

    O modo como assistimos aos programas de televiso ir mudar,pois eles podero oferecer uma fortssima relao entre a emissora

    e o telespectador, por meio de recursos interativos proporcionadospela TV digital. (FERNANDES et al., 2004).

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    possvel, por exemplo, acessar aos dados de sua conta bancriapor meio de um canal disponibilizado pelo banco, efetuarcompras e fazer uso de educao na modalidade a distncia, por

    meio da TV digital.

    Sntese

    Nesta unidade, voc estudou aspectos gerais da televiso digital.

    Conheceu os processos de convergncia que a TV digitalsofreu at o momento e os modelos existentes. Estudou ofuncionamento de um sistema de televiso digital e as tecnologiasenvolvidas neste uxo. Conheceu os sistemas de televiso digitaldisponveis no mundo e o sistema brasileiro. Por m, vocestudou os atributos da televiso digital.

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    TV Digital

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    Atividades de autoavaliao

    1)Os padres mundiais possuem diferentes caractersticas e estopresentes em diferentes pases. Relacione abaixo os padres,preenchendo as lacunas corretamente.

    ( 1 ) DVB

    ( 2 ) ATSC

    ( 3 ) ISDB

    ( 4 ) SBTVD

    ( ) Padro que evoluiu do modelo de TV digital europeu.

    ( ) Possui o foco na alta-denio de udio e vdeo.

    ( ) Modelo baseado no padro japons.

    ( ) Padro que introduziu na televiso o conceito dewide-screen

    2)Escreva nas linhas abaixo por que o modo televisivo que surge com adigitalizao chamado de TV 2.0.

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    Saiba mais

    Se voc desejar, aprofunde os contedos estudados nesta unidadeao consultar as seguintes referncias:

    ANATEL, Agncia Nacional de Telecomunicaes.TV Digital.Braslia, 2001.

    Esta obra apresenta a anlise dos sistemas de televiso digitaldisponveis e os parmetros que deniram a escolha brasileira.

    CROCOMO, Fernando Antonio.TV digital e produointerativa: a comunidade manda notcias. Florianpolis:Ed.UFSC, 2007.

    O livro TV digital e produo interativa,do jornalista FernandoCrocomo, apresenta uma introduo sobre a televiso digital eanalisa os principais conceitos. Ao nal, traz os relatos do seuexperimento doutoral sobre a produo comunitria de contedos.

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    3UNIDADE 3

    Televiso digital interativa

    Objetivos de aprendizagem

    Aprofundar os conhecimentos sobre a interatividadetelevisiva.

    Conhecer os nveis de interatividade na televiso.

    Avaliar os processos de produo de programasinterativos.

    Conhecer a execuo contextual de aplicaesinterativas.

    Sees de estudo

    Seo 1 Denio de interatividade

    Seo 2 Nveis de interatividade

    Seo 3 Interatividade televisiva

    Seo 4 Execuo de programas interativos

    Seo 5 Produo de programas interativos

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Voc j conhece como surgiu a televiso e como ela evoluiu com odecorrer do tempo, torna-se em cores, passou a ser transmitida viasatlite e convergiu para um padro digital. Conhece, tambm, ofuncionamento da televiso digital e o padro brasileiro.

    Com sua base adquirida nas unidades anteriores sobre a televisoe sua histria, as diferenas da televiso digital para analgicae os principais atributos da televiso digital, est na hora deconhecer a fundo os aspectos interativos da TV digital.

    A televiso digital representa muito mais do que um novo modode transmisso, um novo padro de qualidade, ou uma tecnologiaque fornecer acesso mvel e interativo televiso.

    A TV digital uma nova mdia, um novo modo de comunicao,um paradigma diferenciado de televiso, uma nova forma detroca de mensagens, diferindo totalmente de outros ambientestelevisivos.

    A TV digital possibilita o uso de recursos interativos, comopor exemplo, fazer compras em supermercados, respondera perguntas em jogos interativos de TV, fazer pagamentosde pay-per-view com cartes de crdito, fazer perguntas aosentrevistados de determinado programa, acessar contas bancrias,escolher o ngulo de viso em partidas de futebol, acessar cenasde captulos anteriores, pois a televiso interativa.

    Mas, anal, o que interao? Por que TV interativa? Que

    vantagens isso nos traz?Para aprofundarmos a noo de interatividade televisiva, essase outras questes sero expostas e discutidas nesta unidade.Voc estuda, ainda, aspectos sobre os nveis de interatividadee a execuo de programas interativos, conhecendo detalhesda produo de aplicativos interativos para a televiso digital.Conhecer a fundo a interatividade televisiva e as potencialidadesda mesma nas novas mdias, estudando os modos de produo.

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    TV Digital

    Unidade 3

    Seo 1 Denio de interatividade

    Visando a uma melhor compreenso da televiso digital e

    interativa, apresentaremos, nesta seo, algumas abordagenspossveis acerca do termo interatividade e suas denies.

    Antes de denir interatividade, vamos analisar o termointerao. O dicionrio Michaelis apresenta interao comsendo uma ao recproca de dois ou mais corpos uns nos outrose como uma ao recproca entre o usurio e um equipamento.A interao se refere aos processos relacionais entre os sujeitos,abrangendo a troca de mensagens entre os envolvidos.

    Berlo (1991) expe que, com a interao, estabelecida uma relaode interdependncia, pois cada ator do processo interativo dependeum do outro para que cada mensagem seja devidamente recebida.

    A interao diferencia-se da interatividade. A interaopode ocorrer diretamente entre dois ou mais entesatuantes, ao contrrio da interatividade, que necessariamente intermediada por um meio eletrnico.

    E quanto interatividade? Muito se fala nesse termo, ele utilizadoem diversos locais, atribudo a produtos e servios, mas, ao certo, o que interatividade? Nesta seo, inicialmente vamos explorar o termo emsuas duas dimenses de uso: na comunicao e na tecnologia.

    No contexto da comunicao, a interatividade surge comoferramenta para a quebra do dilogo unidirecional, fornecendosubsdios aos envolvidos para que suas mensagens trafeguem em

    duas vias, transformando os receptores tambm em emissores. Acomunicao interativa exposta no espao aberto pelos emissoresiniciais, visando a permitir a bidirecionalidade em um discurso comseus receptores que, por sua vez, passam tambm a ser emissores.

    Um exemplo de comunicao interativa pode ser umasala de aula onde o professor (emissor inicial) instigaos alunos (receptores) a participarem ativamente do

    discurso da aula (passando a ser emissores).

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    Em um ambiente tecnolgico, a interatividade diz respeitos capacidades dinmicas de equipamentos, abordagens earquiteturas tecnolgicas que fornecem meios para seleo,

    manipulao e insero de informaes.

    Exemplos tecnolgicos interativos so os meiosbidirecionais como o telefone, que trouxe uma segundavia de comunicao aos seus antecessores como o telex,telgrafo e at mesmo o fax, onde o receptor no possuia capacidade de interagir com o emissor.

    A interatividade surge como uma evoluo da comunicaomassiva para a interativa.

    A comunicao massiva se inicia com as primeiras mdias, desdeGutemberg, e passa pela Revoluo Industrial, originando osmeios de massa. (SILVA, 2001). E, assim, por uma necessidadetanto do pblico -de colaborar e intervir -quanto dos meiosde emisso -de se tornarem mais atrativos e conhecerem o seupblico.

    O termo interatividade tem sido utilizado como um simplesatributo, empregado de modo desgovernado para indicarfuncionalidades dinmicas em equipamentos eletrnicos.

    O emprego desta nomenclatura totalmente inadequado,e coloca a interatividade como apenas uma caracterstica decomportamento simples e ecaz.

    Silva (2000) ressalta que a interatividade mais do que um termo

    famigerado, alvo de campanhas, fruto de um modismo ou apreocupao dos artistas e autores em romper a separao entre oautor, a obra e o espectador, mas sim um conceito impregnado nasociedade atual.

    Pense:a indstria apresenta brinquedos,eletrodomsticos, sistemas bancrios e comerciaiscomo sendo interativos, mas, nesses casos, onde h ainterao?

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    TV Digital

    Unidade 3

    Azambuja (2007) dene da seguinte forma a interatividade em mdias:

    Interatividade signica tambm possibilidade deencontrar respostas, de no deixar o usurio ouinterlocutor perdido, de ele poder aprender, buscar seusprprios caminhos de navegao. O nmero de previsesde interao no ilimitado, mas, para o sistema serinterativo, deve dar a sensao de que o nmero de linksou conexes base de dados parece no ter m.

    Essa citao evidencia a interatividade como um dos maioresatributos da sociedade da informao, pois expe como a sociedadese comporta em meio a processos interativos com seus meios.

    A interatividade pode tambm servir como atributo para denir oquanto uma determinada mdia permite que o seu usurio exerainuncia sobre o seu contedo ou execuo.

    Os modos de interatividade em meios tecnolgicos trafegampor infoviasque enviam e recebem as informaes, visando bidirecionalidade da comunicao.

    Tipos de interatividadeHomem-mquina: denida pelos processos deinterao entre o usurio com seus equipamentos.Homem-homem:denida pelos modos de interaoentre os sujeitos envolvidos na comunicao.

    No quadro 3.1, a seguir, apresentamos os modos de interatividadehomem-homem e homem-mquina. Eles so divididosbasicamente em direto, mediado, local e remoto. O modo direto

    trata-se de um modo de interao homem-homem, onde soestabelecidas as comunicaes diretas entre os sujeitos por meiode linguagens pessoais. J o modo mediado, apesar de tambmenvolver relao entre humanos, diz respeito a interaesintermediadas por meios tecnolgicos que permitem interaodireta bidirecional.

    Infoviasso linhasdigitais de comunicao.

    As infovias compem as

    redes de telecomunicao.

    Em analogia com o

    trnsito, uma infovia

    uma mo da estrada.

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    Modos de interatividade

    Tipo Modo Exemplos

    Homem-homem Direto

    Fala, sinais, conversas e interaes pessoais

    em geral.Mediado Internet (bate-papo, fruns), telefone,videoconferncia.

    Homem-mquinaLocal CD-Rom, DVD, videogames, aparelhos deCDs.

    Remoto Compras on-line, homebanking, uso decarto de crdito.

    Quadro 3.1 - Modos de interatividadeFonte: Ranieri, 2010.

    O modo homem-mquina local a forma de interao commdias manipuladas sem comunicao remota, onde o usuriono possui inuncia denitiva sobre as aplicaes e contedos,e possveis alteraes no so publicadas de modo nal. O modoremoto tambm do tipo homem-mquina e trata das interaesligadas em rede: o usurio utiliza dispositivos que, por sua vez,interagem com mdias. Desse modo, as interaes so enviadas epublicadas de modo denitivo remotamente.

    Independente do modo ou nvel de interatividade, cada um deles

    utiliza-se de alguma arquitetura de comunicao interativa, quepode ser um-para-um, um-para-muitos ou muitos-para-muitos.Veja o que isso signica.

    Ateno para estas denies!

    Um-para-um:a arquitetura um-para-um uma comunicao estritamenteentre dois pontos. Um dos pontos o emissor, e o outro o receptor. Em cadaum dos pontos pode haver um ou mais participantes e equipamentos dos

    mais variados para mediar a comunicao. Essa arquitetura constitudapela comunicao pessoal estritamente entre dois sujeitos.

    Um-para-muitos:no modo um-para-muitos, h uma comunicaoentre um emissor e um nmero maior de receptores. Nessa arquitetura,o receptor pode, ou no, ter capacidade prpria de emisso para com odito emissor. Exemplo de um-para-muitos uma sala de aula tradicional,onde um professor transmite informaes para muitos alunos.

    Muitos-para-muitos:esse o exemplo que ca mais prximo de umaconversa em grupo. Alm da comunicao do emissor inicial com os

    receptores, tambm h a interao dos receptores com outros receptores.

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    TV Digital

    Unidade 3

    Seo 2 Nveis de interatividade

    Aps a introduo apresentada na seo anterior sobre interatividade,

    voltamos a tratar de televiso digital. Ser apresentada, agora, umareexo sobre os nveis de interatividade na televiso que, devido aosdiferentes tipos de aplicaes (programas interativos, dispositivos etecnologias interativas, iniciativas de interatividade), apresentam umnvel de interatividade determinado. Acompanhe!

    Graus de interatividade

    Os nveis de interatividade apresentados nesta seo se baseiamem trs graus de interatividade expressos por Reisman (2002)esses foram divididos em:

    1. reativo;

    2. coativo;

    3. pr-ativo.

    Acompanhe a seguir a denio de cada um deles.

    Reativo:nesse grau a execuo totalmente dominadapelo programa, havendo pouco controle do usurio sobrea estrutura do contedo. As interaes so apenas reaesinstigadas pela programao exibida.

    Coativo:aqui possvel, ao usurio, controlar asequncia, o ritmo e o estilo da execuo, navegandoe interagindo com as informaes presente