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    Guia Cartas Geotécnicasorientações básicas aos municípios 

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    IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas2

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)  (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

      Bitar, Omar Yazbek  Guia Cartas geotécnicas [livro eletrônico] :

    orientações básicas aos municípios / autores e

    organizadores Omar Yazbek Bitar, Carlos Geraldo  Luz de Freitas, Eduardo Soares de Macedo. --

    São Paulo : IPT - Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paulo, 2015. --

     

      Bibliografia  ISBN 978-85-09001841

      1. Cartografia 2. Cartografia geoambiental3. Cartografia geológica 4. Geologia 5. Geologia

      de engenharia 6. Geotécnica 7. Planejamentoterritorial 8. Planejamento urbano I. Freitas,Carlos Geraldo Luz de. II. Macedo, Eduardo Soaresde. III. Título. IV. Série.

     15-10278 CDD-526

      Índices para catálogo sistemático:

      1. Cartografia geográfica 526

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 3

    Apresentação

    Este guia visa subsidiar os municípios no atendimento a demandas

    estabelecidas recentemente pela legislação brasileira, com a perspectivade contribuir para a compreensão e utilização de cartas geotécnicas no

    planejamento e ordenamento territorial e na proteção e defesa civil.

    A correta utilização das cartas geotécnicas pode auxiliar a prevenir e

    evitar problemas relacionados ao uso e ocupação do solo, desde os maissimples até os que tendem a gerar desastres naturais.

    O IPT busca assim oferecer respostas objetivas a questões frequente-

    mente apresentadas por prefeitos, vereadores, secretários e técnicos

    municipais às equipes técnicas do Instituto nos últimos anos, tanto noEstado de São Paulo quanto em outras unidades da Federação.

    As orientações deste Guia não devem ser consideradas respostasúnicas e denitivas, mas sim um primeiro conjunto de tópicos que

    podem ser úteis às prefeituras brasileiras na prevenção de desastres e

    no planejamento e ordenamento territorial.

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    Sobre o IPT

    O IPT é um instituto de pesquisas

    vinculado à Secretaria de Desen-volvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e Inovação do Estado

    de São Paulo e colabora há mais

    de cem anos para o desenvolvi-mento do País.

    Contando com cerca de 40 labo-ratórios capacitados e equipe de

    pesquisadores e técnicos altamen-

    te qualicados, o IPT atua nos

    mais diversos segmentos como

    geologia, recursos hídricos, sane-

    amento, habitação, meio ambien-te, energia, transportes, petróleo

    & gás, construção civil, materiais,

    saúde e segurança.

    O IPT possui ampla tradição na

    área de cartograa geotécnica,

    tendo elaborado as primeirascartas geotécnicas de áreas ur-

    banas no País. O Instituto conta

    com equipes especializadas emprojetos de pesquisa aplicada e

    serviços tecnológicos nas áreas

    de recursos hídricos superciais esubterrâneos, cartograa geo-

    técnica e geoambiental, análisee gestão de riscos geológico-ge-

    otécnicos, avaliação de impactos

    ambientais, planejamento territo-rial e geoprocessamento.

    As orientações contidas nesteguia são baseadas no conheci-

    mento acumulado pelo IPT e em

    referências técnicas conáveis.

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    Sumário

    O que é carta geotécnica?

    É obrigatório que o município tenha uma carta geotécnica?

    Quais são os tipos de cartas recomendados pela legislação?

    Para que serve uma carta geotécnica municipal?O município precisa ter os três tipos de carta geotécnica?

    Qual a abrangência territorial e grau de detalhe que as cartas devem ter?

    Como verificar se o município já possui alguma carta geotécnica?

    Se não houver, quem pode elaborar as cartas geotécnicas requeridas?

    Como elaborar as cartas geotécnicas?

    Quais são os elementos que compõem uma carta geotécnica?

    Quais são os recursos necessários para elaborar as cartas?

    Como obter os recursos financeiros necessários?

    Quem deve fiscalizar a existência das cartas e sua utilização?

    Como utilizar as cartas em instrumentos de planejamento e gestão?

    Saiba mais

    Glossário

    6

    8

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    1112

    13

    14

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    IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas6

    1O que écarta geotécnica?

    É uma ferramenta de planeja-

    mento surgida há mais de um

    século em países da Europa,integrando dados e informações

    básicas sobre as característicasgeotécnicas dos terrenos em uma

    determinada área e suas possíveis

    interações com as intervençõeshumanas relacionadas ao proces-

    so de uso e ocupação do solo.

    No século XVIII, os dados e infor-

    mações reunidos tinham por ob-

     jetivo subsidiar a construção deobras de engenharia. A partir do

    século XX, as cartas geotécnicas

    passaram a incluir também con-teúdos destinados a contribuir

    nas atividades de planejamento

    e ordenamento territorial, bemcomo na gestão de riscos e na

    prevenção de desastres naturais.

    A carta geotécnica apresenta-sena forma de um documento car-

    tográco, elaborado por meio detrabalhos de mapeamento reali-zados em campo e laboratório.

    Sintetiza o conhecimento do meio

    físico e seus processos geodinâ-micos atuantes (geo), bem como

    as recomendações sobre medidas

    estruturais e não estruturais quedevem ser adotadas (técnica)

    para que eventuais intervenções

    no ambiente sejam realizadas demaneira adequada às característi-

    cas geotécnicas dos terrenos.

    A primeira carta geotécnica deáreas urbanas publicada no Brasil

    foi elaborada pelo Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado

    de São Paulo (IPT), em 1980, na

    escala geográca aproximada de

    1:5.000, contemplando a região

    dos morros das cidades de Santos

    e São Vicente, no litoral do estadode São Paulo.

    Desde então, muitas outras

    cartas geotécnicas de interesse

    municipal foram realizadas noPaís, abrangendo áreas urbanas

    e rurais, em pequenas, médiase grandes cidades. Podem ser

    denominadas como cartas geo-ambientais, dependendo do

    enfoque adotado em sua elabora-

    ção, sobretudo quando salientamaspectos ambientais.

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    Trecho da Carta Geotécnica dos Morros deSantos e São Vicente (SP). A variabilidade

    geotécnica dos terrenos é representadapela diversidade de cores (Fonte: IPT)

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    É obrigatório que

    o município tenhauma carta geotécnica?

    2Sim, especialmente aqueles in-cluídos no cadastro nacional demunicípios com áreas suscetíveisà ocorrência de deslizamentos

    de grande impacto, inundações

    bruscas ou processos geológicos

    ou hidrológicos correlatos.

    Isso se impõe em razão da Lei Fe-

    deral 12.608/2012, que estabelecea Política Nacional de Proteção

    e Defesa Civil (PNPDEC), cuja

    edição foi motivada pelos eventos

    e desastres naturais ocorridos noinício de 2011 na região serra-

    na do estado do Rio de Janeiro,

    que zeram cerca de mil vítimasfatais.

    Entre outras mudanças regu-latórias, a PNPDEC introduziu

    alterações no Estatuto da Cidade

    (Lei Federal 10.257/2001), esta-

    belecendo a obrigatoriedade deelaboração de plano diretor nos

    municípios que possuem áreassuscetíveis a processos geológicos

    ou hidrológicos que podem gerar

    desastres naturais. A PNPDEC

    estabelece que o plano diretordesses municípios deve conter o

    mapeamento das áreas suscetíveis

    (cujo produto deve ser o mapaou carta de suscetibilidade), além

    de requerer que a identicação e

    o mapeamento de áreas de riscoleve em conta as cartas geotéc-nicas. No caso do Estado de São

    Paulo, todos os municípios estão

    obrigados a elaborar o PlanoDiretor e, para tanto, devem con-

    siderar as diretrizes das cartasgeotécnicas.

    Na conhecida Lei Lehmann (Lei

    Federal 6.766/1979), que dispõe

    sobre o parcelamento do solo ur-

    bano, a PNPDEC estabeleceu dis-

    positivo que vincula, no caso dosmunicípios com áreas suscetíveis,

    a aprovação de novos projetosde parcelamento do solo (lotea-

    mento e/ou desmembramento)

    ao atendimento dos requisitosconstantes da carta geotécnica

    de aptidão à urbanização.

    Na Lei Federal 12.340/2010, que

    dispõe sobre a transferência de re-

    cursos da União para que os esta-dos e municípios possam atuar na

    prevenção de desastres naturais

    e, assim, aumentar sua resiliênciaante as prováveis consequências

    negativas de possíveis eventos de

    alta severidade, a PNPDEC xou

    um conjunto de cinco requisitosbásicos que as prefeituras devem

    possuir para acessar esses recursos.

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    I II

    III IV

    V

    Mapeamento das áreas suscetíveis aprocessos geológicos ou hidrológicosconsubstanciado em uma carta geotécnica desuscetibilidade (dirigida a áreas ocupadas e não

    ocupadas) na qual os terrenos são classicados

    em distintos graus ou classes (ex: baixa, médiae alta) quanto à propensão a processos do meio

    físico que podem gerar desastres naturais.

    Plano de contingência deproteção e defesa civil

    estabelecendo as ações, recursos eresponsabilidades para prevenção de

    desastres naturais e gerenciamentode emergências.

    Plano de obras e serviçosgeralmente na forma de um PlanoMunicipal de Redução de Riscos

    (PMRR), que inclui necessaria-

    mente a elaboração de uma carta

    geotécnica de risco, em face dosprocessos atuantes no meio físico

    em áreas ocupadas, apontandoos setores e as moradias que se

    encontram em situação de maior

    ou menor risco (ex: baixo, médio,alto e muito alto).

    Mecanismos de controle efiscalização de áreas suscetíveispara evitar a edicação nesses locais, o

    que deve ser realizado com base na carta

    geotécnica de suscetibilidade, elaborada

    previamente (item I).

    Carta geotécnica de aptidão àurbanizaçãoque deve garantir a segurança dos novos parce-

    lamentos e o aproveitamento de agregados paraa construção civil, particularmente em áreas

    urbanas ou de expansão urbana.

    Requisitos básicos estabelecidos pela PNPDEC aos municípios

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    Carta de

    suscetibilidade(implícita no requisito I)Classica os terrenos em distin-tos graus quanto à propensão a

    processos do meio físico que po-

    dem gerar desastres naturais (ex.:baixa, média e alta suscetibilidade

    a deslizamento ou inundação).

    Carta de aptidão

    à urbanização(explícita no requisito V)Contém o resultado de umaavaliação dos perigos associados

    a processos do meio físico e as

    recomendações ao uso urbano dosolo de acordo com as limitações

    e potencialidades de cada unida-de geotécnica delimitada.

    Carta de risco

    (implícita no requisito III)Resulta da análise de riscos,

    apontando setores e edicações

    em situação de maior ou menor

    risco (ex.: baixa, média e alta

    suscetibilidade a deslizamento ouinundação). Envolve avaliação de

    perigo, vulnerabilidade e conse-quências (perdas e danos).

    Ao estabelecer que o Plano Diretor municipal deve conter o mapea-

    mento das áreas suscetíveis, e que a identicação e o mapeamento de

    áreas de risco devem levar em conta as cartas geotécnicas, a PNPDECconsidera haver uma precedência entre as cartas requeridas pela legis-

    lação, na seguinte ordem:

    1 2 3

    Quais são os tipos

    de cartas recomendadospela legislação?

    3

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    Para que serve uma cartageotécnica municipal?

    4Serve principalmente paraorientar os trabalhos de planeja-mento e ordenamento territorialconduzidos nos setores da Ad-

    ministração Municipal encarre-gados da formulação e execução

    de políticas públicas para o uso

    e ocupação do solo, bem comonas áreas de desenvolvimento

    urbano, obras de infraestrutura,habitação, meio ambiente, defesacivil e outras. A formulação ou

    atualização do Plano Diretor do

    município e da correspondenteLei de Uso e Ocupação do Solo,

    entre outros instrumentos de pla-

    nejamento territorial e ambiental,estão entre os principais contex-

    tos nos quais as cartas geotécni-

    cas podem e devem ser utilizadas.

    Também serve para que as em-presas, organizações não gover-

    namentais e cidadãos, bem comoo Legislativo, Judiciário e Minis-tério Público, possam conhecer as

    limitações, potencialidades e re-

    comendações de uso dos terrenose melhor orientar suas atuações

    no município.

    Por exemplo, ante a proposta de

    um projeto de loteamento resi-

    dencial e comercial ou conjuntohabitacional, a carta geotécni-ca de aptidão à urbanização 

    propiciará a obtenção de dados

    e informações essenciais sobreo meio físico, para que as inter-

    venções correspondentes sejam

    planejadas de modo adequado às

    características geotécnicas dos

    terrenos e, assim, evoluir semque ocorram danos ao ambiente,

    conitos de vizinhança, contra-tempos ou gastos desnecessários.

    O órgão ambiental encarregado

    de fornecer a licença ambientalpara novos empreendimentos,

    bem como os organismos de de-fesa civil encarregados de evitar a

    edicação em áreas suscetíveis a

    deslizamento, inundação e outros

    processos do meio físico, devem

    também consultar todas as cartasgeotécnicas disponíveis em rela-

    ção à área de interesse, antes dequalquer tomada de decisão.

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    O município precisa

    ter os três tipos decarta geotécnica?

    Em primeiro lugar, é necessário

    saber se o município possui ou

    não áreas naturalmente susce-tíveis a processos do meio físi-

    co que podem gerar desastresnaturais, como deslizamento,

    inundação, enxurrada, corrida de

    massa e outros. A melhor manei-ra de responder a essa questão é

    elaborar a carta geotécnica desuscetibilidade. Sob o ponto devista da prevenção de desastres

    naturais, é conveniente que esse

    tipo de carta geotécnica seja ela-borado incialmente para todos os

    municípios.

    Uma vez mapeado, o município

    tem seu território geralmente

    classicado segundo as classes

    baixa, média ou alta suscetibi-

    lidade. Nos municípios em que

    ocorrem áreas de média ou alta

    suscetibilidade, a legislação vi-

    gente exige a elaboração da carta

    geotécnica de aptidão à urbani-

    zação e da carta geotécnica derisco.

    Mesmo se o município não pos-

    suir áreas suscetíveis (ou possuirapenas áreas de baixa suscetibi-

    lidade), pode haver um histórico

    de problemas geotécnicos, emrazão de um processo de ocupa-

    ção do solo realizado por meio de

    intervenções que acabam criandosituações de risco a pessoas, a

    edicações e ao ambiente.

    Esses problemas podem sercomuns em vários municípios

    brasileiros, como os causadospela execução de cortes e aterros

    em terrenos naturalmente está-

    veis (para instalação de garagens,ampliação de lotes e outras faci-

    lidades) que se tornam danosos

    devido a obras inadequadas ou

    mal executadas. Nesses casos,

    também recomenda-se ter a cartade risco para gerenciar problemas

    acumulados no tempo e a cartageotécnica de aptidão à urbaniza-

    ção para orientar a ocupação e as

    intervenções futuras.

    Além dos três tipos de cartasexigidas pela legislação vigente,é possível elaborar outras cartas

    geotécnicas e geoambientais para

    uso municipal, inclusive com de-nominações variadas, de acordo

    com a nalidade especíca de-

    sejada pela Prefeitura. Exemplosdisso são as cartas geotécnicas

    dirigidas para a seleção de áreas

    mais favoráveis à disposição de

    resíduos sólidos, instalação de

    obras viárias, execução de obras

    costeiras, entre várias outras.

    5

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    Qual a abrangência

    territorial e grau de detalheque as cartas devem ter?

    6Os organismos federais incum-bidos da implementação daPNPDEC e do Plano Nacional de

    Gestão de Riscos e Resposta a

    Desastres Naturais (PNGRRDN,

    Carta de suscetibilidadeescala 1:25.000

    Carta de aptidãoà urbanizaçãoescala 1:10.000 ou maior

    Carta de riscoescala 1:2.000 ou maior

    Abrange a área total do

    município, incluindo zonasurbanas e rurais, bem como

    eventuais áreas de unidades

    de conservação da natureza

    incidentes no território.

    Abrange áreas desocupadas oucom urbanização incipiente situ-

    adas dentro do perímetro urbano

    legal dos municípios, bem como

    no domínio da zona de expansão

    urbana prevista no Plano Diretor

    municipal, incluindo recomenda-

    ções para o parcelamento do solo.

    Abrange as áreas urbanizadas

    do município, como os distritos,bairros ou setores residenciais em

    que se verifca alta incidência de

    assentamentos precários.

    1:25.000 1:10.000 1:2.000

    lançado em agosto de 2012), em

    especial o Ministério das Cidades,o Serviço Geológico do Brasil

    (CPRM) e o Centro Nacional de

    Gerenciamento de Riscos e Desas-

    tres (Cenad), fornecem algumas

    diretrizes sobre a abrangênciaterritorial e as respectivas esca-

    las geográfcas para cada tipo de

    carta geotécnica:

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    Como verificar se

    o município já possuialguma carta geotécnica?

    7É necessário fazer um levan-tamento da literatura técnicaespecializada e relativa às áreasde geociências aplicadas, bem

    como consultar órgãos públicos

    Ministériodas Cidadeswww.cidades.gov.br

    Disponibiliza as cartasde aptidão à urbanização

    concluídas.

    CPRMServiço Geológico do Brasilwww.cprm.gov.br

    Disponibiliza o acervo decartas de suscetibilidade e

    cartas de risco elaboradas paradiversos municípios do País.

    Veja algumas instituições que você pode consultar:

    IPTInstituto dePesquisas Tecnológicas

    www.ipt.brDisponibiliza cartasgeotécnicas elaboradas peloInstituto.

    federais, estaduais e municipais

    ligados ao assunto, como serviços

    geológicos, universidades, insti-tutos e centros de pesquisa, além

    de associações técnico-cientícas.

    Empresas privadas da área de con-

    sultoria e com atuação em estudos

    geotécnicos e geoambientais tam-bém podem auxiliar na busca.

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 15

    IGInstituto Geológicoigeologico.sp.gov.brDisponibiliza cartas geotécni-

    cas elaboradas pelo Instituto.

    ABGEAssociação Brasileira deGeologia de Engenharia

    www.abge.org.brPossui um Banco de Dadosde Cartograa Geotécnica e

    Geoambiental.

    DataGEO - SPdatageo.ambiente.sp.gov.brPropicia acesso a bases de

    dados de órgãos estaduais

    paulistas que possuem cartasgeotécnicas.

    Defesa Civil - SPwww.defesacivil.sp.gov.br

    Disponibiliza cartas geotécni-cas elaboradas no estado de

    São Paulo.

    DRMServiço Geológico - RJwww.drm.rj.gov.brDisponibiliza cartas geotéc-

    nicas elaboradas pelo órgão.

    MineroparServiço Geológico - PRwww.mineropar.

    pr.gov.brDisponibiliza cartas geotéc-nicas elaboradas pelo órgão.

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    Se não houver, quem

    pode elaborar as cartasgeotécnicas requeridas?

    8A PNPDEC prevê que a União e osestados apoiem os municípios naconsecução dos cinco requisitosbásicos exigidos para o acesso a

    recursos nanceiros destinados

    à gestão de riscos, entre os quais

    se encontra a elaboração dos três

    tipos de cartas geotécnicas reque-ridas (suscetibilidade; aptidão à

    urbanização; e risco).

    Em geral, os órgãos públicos

    responsáveis pelos serviços

    geológicos municipais, estadu-

    ais e federal (CPRM), bem como

    as unidades ligadas às áreas degeociências aplicadas de institu-

    tos de pesquisa e universidades,

    podem reunir as competênciasnecessárias e estar mais capacita-

    dos para a elaboração das cartas

    geotécnicas.

    No caso do Estado de São Paulo,

    o IPT e o Instituto Geológico da

    Secretaria do Meio Ambiente

    estão entre os órgãos públicos

    que podem elaborar as cartas

    geotécnicas.

    Nos últimos anos, empresas

    privadas de consultoria técni-ca, especializadas em estudos

    geológicos, geotécnicos e geo-

    ambientais, vêm se capacitando

    crescentemente para essa tarefa e já há algumas no País que podem

    executar de maneira satisfató-

    ria esse tipo de trabalho para osmunicípios.

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    Como elaboraras cartas geotécnicas?

    9Trata-se de uma tecnologia quevem sendo desenvolvida desdeo nal dos anos 1970 pela co-munidade geológico-geotécnica

    brasileira, em interação contínua

    com o meio técnico-cientíco

    internacional. Diversos métodos,

    técnicas e aplicações desenvolvi-

    das no contexto do planejamento

    urbano e territorial encontram-sehoje bem sistematizados e de-

    monstrados em vários trabalhos

    apresentados em eventos e revis-tas técnico-cientícas nacionais

    coleta de dados einformações sobreo meio físico

    elaboração e integraçãode mapas temáticos(geologia, geomorfologia, hidro-

    logia, uso e ocupação do solo)

    elaboração da cartasíntese preliminarcontém as unidades geotécnicas

    identicadas e delimitadas

    levantamentos de

    campo e análises delaboratório

    integração e discussão

    dos resultados

    edição e publicação da

    carta geotécnica finalcontém a carta síntese, o quadro-legenda e o texto explicativo

    1 2 3

    4 5 6

    e internacionais, bem como em

    livros e documentos técnicos pu-

    blicados (ver alguns desses títulosem Saiba mais, p. 22).

    Resumidamente, a execução deuma carta geotécnica inclui as

    seguintes atividades básicas:

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    10Quais são os elementos

    que compõem umacarta geotécnica?

    Uma carta geotécnica é composta geralmente

    por três elementos básicos:

    Carta síntese Quadro-legenda Texto explicativo

    Expressa o zoneamento e a distri-

    buição das unidades geotécnicas

    que ocorrem na área focalizada.

    A carta síntese congura o resul-tado da integração dos diversos

    mapas temáticos obtidos durantesua elaboração.

    Contém a descrição sucinta decada unidade geotécnica identi-

    cada na área mapeada, caracteri-

    zada em termos de comportamen-to homogêneo frente a distintas

    formas de uso e ocupação do solo

    esperado em seu domínio; apre-senta diretrizes para eventuais

    intervenções no ambiente.

    Apresenta os objetivos da cartageotécnica, bem como os mé-

    todos e técnicas empregados,

    mapas temáticos utilizados e osresultados obtidos em sua elabo-ração. Contém, ainda, os detalhes

    em relação às unidades geotéc-

    nicas denidas e as referências

    bibliográcas utilizadas.

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 19

    Quais são os

    recursos necessáriospara elaborar as cartas?

    11Deve-se contar com recursos humanos multidisciplinares e especiali-zados, bem como disponibilizar materiais e equipamentos apropria-dos para a elaboração das cartas geotécnicas.

    equipe técnicaO grupo de prossionais incumbido da execução de uma carta geo-

    técnica pode envolver geólogos, geógrafos, hidrólogos, engenheiros

    civis, engenheiros geotécnicos, engenheiros hidráulicos, engenheiros

    ambientais, arquitetos, urbanistas e outros.

    representantes da sociedade civil e do poder públicoO processo de elaboração deve incluir a participação de técnicosmunicipais e de representantes da comunidade local interessada, além

    de contar com o acompanhamento por membros de organizações não

    governamentais, do Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

    softwares, hardwares e ensaiosA utilização de softwares e hardwares para o geoprocessamento dosdados, por meio de sistema de informação geográca (SIG), é impres-

    cindível para que a equipe técnica possa organizar e tratar os insumos

    requeridos e produtos obtidos, bem como revisar e atualizar periodi-camente as cartas geotécnicas. Equipamentos e insumos laboratoriais

    para análise e ensaios geotécnicos também são necessários. Os trêstipos de cartas geotécnicas devem ser integrados em um mesmo SIG.

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    IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas20

    Como obter os

    recursos financeirosnecessários?

    12Em princípio, os municípios quedispõem de recursos nanceirossucientes para custear a elabora-ção das cartas geotécnicas devem

    fazê-lo, montando uma equipe

    própria e contando eventual-

    mente com apoio de consultores

    especializados e prossionais

    com comprovada experiência no

    assunto. Consórcios intermuni-cipais e comitês de bacia hidro-

    gráca constitutem alguns dos

    organismos regionais que podem

    nanciar a elaboração das cartas

    geotécnicas.

    Os municípios que encontrarem

    diculdades devem solicitar

    apoio aos órgãos públicos compe-tentes na área, tanto no âmbito da

    União quanto do Estado corres-

    pondente. Essa possibilidadeencontra-se plenamente ampa-

    rada em dispositivos contidos no

    próprio texto da PNPDEC, bem

    como em outros documentos le-gais, como o Estatuto da Cidade.

    Os municípios paulistas contamainda com o Patem - Progra-

    ma de Apoio Tecnológico aosMunicípios, por meio do qualpodem solicitar à Secretaria de

    Desenvolvimento Econômico,

    Ciência, Tecnologia e Inovaçãodo Estado de São Paulo (SDECTI)

    nanciamento parcial ou total

    para a execução ou atualizaçãodas cartas geotécnicas.

    Saiba mais sobre o Patem:

    www.desenvolvimento.sp.gov.br/ apoio-tecnologico-aos-municipios-(patem)

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 21

    Quem deve fiscalizar a

    existência das cartas esua utilização?

    13Os responsáveis pela Adminis-tração Municipal e pelos órgãospúblicos setoriais nas áreas deplanejamento urbano, obras de

    infraestrutura, habitação, meioambiente, defesa civil e outras,

    devem vericar a existência e dis-

    ponibilidade pública das cartasgeotécnicas, inclusive no site da

    prefeitura, além de scalizar se

    elas são efetivamente utilizadas

    no planejamento e ordenamen-

    to territorial e na prevenção dedesastres naturais.

    Além dos órgãos e entidades mu-nicipais, outras instâncias estadu-

    ais e federais podem atuar nessa

    vericação, inclusive o Ministério

    Público, que se destaca pelo seu

    papel primordial na defesa dos

    interesses difusos da sociedade.

    As empresas, as organizações não

    governamentais e os cidadãos

    residentes no município também

    podem e devem vericar se o seu

    município elaborou as cartas geo-

    técnicas requeridas e se elas estão

    sendo utilizadas em conformida-de com a legislação vigente.

    Administração municipale órgãos públicos

    Ministério Público Empresas, ONGs esociedade civil

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    Como utilizar as cartas

    em instrumentos deplanejamento e gestão?

    14As cartas geotécnicas devem serutilizadas na formulação e atualiza-ção do Plano Diretor do municípioe da correspondente Lei de Uso e

    Ocupação do Solo. Podem tambémser aplicadas a outros instrumen-

    tos de planejamento e gestão terri-

    torial e ambiental exigidos por lei,em âmbito local ou interface regio-

    nal. Municípios em várias regiõesdo País já fazem essa utilização.

    O Estatuto da Cidade requer atual-

    mente que o Plano Diretor conte-nha o mapeamento das áreas sus-

    cetíveis, ou seja, que inclua em seus

    dispositivos os resultados da carta

    de suscetibilidade; exige tambémque a identicação e o mapeamen-

    to de áreas de risco considerem

    as cartas geotécnicas precedentes.A carta geotécnica de aptidão à

    urbanização deve ser utilizada,

    por exemplo, na denição da zona

    de expansão urbana, evitandoseu estabelecimento sobre áreas

    de média ou alta suscetibilidade aprocessos do meio físico. Portanto,

    o mapeamento de áreas de risco

    deve considerar as suscetibilidades

    anteriormente mapeadas, contri-

    buindo na denição do conjunto

    de setores ou bairros a caracterizarpara ns de gerenciamento.

    Na análise e aprovação de novos

    projetos de parcelamento do solo(loteamento e/ou desmembra-

    mento), segundo a Lei Lehmann,

    deve-se atender as diretrizes dacarta geotécnica de aptidão à urba-

    nização, de acordo com as distintas

    suscetibilidades incidentes e asrespectivas recomendações ao uso

    e ocupação do solo.

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 23

    As cartas devem, ainda, orientar as

    intervenções associadas à insta-

    lação de obras de infraestrutura eedicações diversas para que sejam

    realizadas conforme as potencia-lidades e as limitações dos terre-

    nos onde se pretende localizá-las,

    adotando-se as recomendaçõesapontadas no quadro-legenda e

    no texto explicativo da respectivacarta geotécnica.

    Para maior efetividade dessa uti-

    lização, é recomendável que hajalegislação municipal complemen-

    tar, reforçando o caráter obrigató-

    rio das cartas e sua aplicação aos

    diferentes instrumentos de planeja-mento e gestão, incluindo o Códigode Obras. Além disso, destaca-se a

    importância da elaboração e apro-

    vação de regulamentos especícos

    para o planejamento e gestão do

    uso e ocupação do solo, bem como

    do licenciamento ambiental eavaliação de impactos, consideran-

    do as características dos terrenosapontadas nas cartas geotécnicas.

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    IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas24

    Livros e documentos básicos:

    BITAR, O. Y. (Coord.). Cartas de suscetibilidade a

    movimentos gravitacionais de massa e inunda-

    ções-1:25.000: Nota Técnica Explicativa. São Paulo:

    IPT; Brasília, DF: CPRM, 2014. 50p. (Publicação IPT3016).

    COUTINHO, R. Q. (Coord.). Parâmetros para a carto-

    graa geotécnica e diretrizes para medidas de inter-

    venção de áreas sujeitas a desastres naturais. Recife:UFPE; Brasília, DF: MCidades; 2013. 376p. (Documento

    Técnico).

    FREITAS, C. G. L. Cartograa geotécnica de planeja-

    mento e gestão territorial: proposta teórica e metodo-

    lógica. 2000. 238 f. Tese (Doutorado) – Departamento

    de Geograa, Faculdade de Filosoa, Letras e Ciências

    Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

    Saiba mais

    PRANDINI, F. L. et al. Cartograa geotécnica nos

    planos diretores regionais e municipais. In: BITAR, O.

    Y. (Coord.). Curso de Geologia Aplicada ao Meio Am-

    biente. São Paulo: ABGE, IPT, 1995. Cap. 4, p.187-202.

    MACEDO, E. S.; BRESSANI, L. A. (Org.). Diretrizespara o zoneamento da suscetibilidade, perigo e risco

    de deslizamentos para planejamento do uso do solo.

    São Paulo: ABGE, ABMS, 2013. 88p.

    MINISTÉRIO DAS CIDADES. Capacitação em mapea-mento e gerenciamento de risco. [S.l.,]. Disponível em:.

    Acesso em: 9 set. 2013.

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    Guia Cartas Geotécnicas: orientações básicas aos municípios 25

    SANTOS, A. R. dos. Manual básico para elaboração

    e uso da Carta Geotécnica. São Paulo: Rudder, 2014.

    109p.

    SOBREIRA, F. G.; SOUZA, L. A. de. Guia para elabo-

    ração de cartas geotécnicas de aptidão urbanizaçãofrente aos desastres naturais. Ouro Preto: UFOP; Brasí-

    lia, DF: MCidades, 2013. 39p. (Relatório 4).

    ZUQUETTE, L. V.; GANDOLFI, N. Cartograa geotéc-

    nica. São Paulo: Ocina de Textos, 2004. 190 p.

    ZUQUETTE, L. V.; NAKAZAWA, V. A. Cartas de Geolo-

    gia de Engenharia. In: OLIVEIRA, A. M. dos S.; BRITO,

    S. N. A. de. (Ed.). Geologia de Engenharia. São Paulo:ABGE, 1998. Cap. 17, p.283-300.

    Artigos de revistas e eventos:

    Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Am-

    biental (RBGEA – ABGE), desde 2011.

    Anais do Congresso Brasileiro de Geologia de Enge-

    nharia e Ambiental (CBGE/ABGE), desde 1969.

    Anais do Simpósio Brasileiro de Cartograa Geotécni-

    ca e Geoambiental (SBCGG/ABGE), desde 1993.

    Anais do Simpósio Brasileiro de Desastres Naturais

    (Sibraden/ABGE), desde 2004.

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    GlossárioAmeaçaFenômeno ou processo do meio físico cuja dinâmi-ca pode gerar consequências negativas (perdas e

    danos) em relação aos elementos expostos (pessoas

    e bens materiais).

    Desastre naturalRuptura abrupta da dinâmica socioeconômica localou regional, decorrente de evento associado a fenô-

    meno ou processo do meio físico ocasionado por

    agente natural (por exemplo, chuvas extremas).

    EventoAcontecimento, caso, circunstância ou episódio re-lacionado à ocorrência de um fenômeno ou proces-

    so do meio físico em determinado local ou data. 

    PerigoCondição com potencial para a geração de perdas

    e danos associada a um fenômeno ou processo domeio físico num dado período de tempo; periculo-

    sidade ou perigosidade.

    ResiliênciaCapacidade da comunidade exposta ao perigo e aorisco em se preparar e recuperar-se das consequên-

    cias de um desastre natural. Quanto maior a capaci-

    dade, maior a resiliência.

    RiscoUma medida da ameaça e das consequências emtermos de vidas, bens e nanças que esta poderá

    causar num dado intervalo de tempo.

    Severidade

    Capacidade de um evento para a geração de perdase danos; magnitude do evento.

    SuscetibilidadePropensão ao desenvolvimento de um fenômeno ou

    processo do meio físico em uma dada área.

    VulnerabilidadeGrau de perdas e danos associados aos elementosexpostos (0 a 1); quanto maior o grau, maior a vul-nerabilidade. Os elementos expostos compreendem

    pessoas e bens materiais.

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    Guia Cartas Geotécnicas:orientações básicas aos municípios

    COORDENAÇÃO

    Omar Yazbek Bitar, Guilherme Mariottoe Mariana Marchesi

    CONTEÚDO TÉCNICOOmar Yazbek Bitar, Carlos Geraldo Luz de Freitas,

    Eduardo Soares de Macedo, Agostinho Tadashi Ogura,

    Vilma Alves Campanha, Ana Candida Melo Cavani,

    Nivaldo Paulon e André Luiz Ferreira

    EDIÇÃO DE TEXTO E REVISÃOMariana Marchesi e Rita Parise

    ARTE E DIAGRAMAÇÃOMariana Marchesi e Sabrina Adorno

    Dezembro / 2015

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    IPT

    Instituto de Pesquisas Tecnológicas

    do Estado de São Paulo

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