100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

download 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

of 11

Transcript of 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    1/11

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    2/11

    APRESENTAÇÃO

    ªBrilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.º (Mt 5, 14-16)

    Os ministérios de evangelização teatral cristãs estão se expandindo bastante em nossas ejas, tanto católicas quanto evangélicas. Um dos grandes diferenciais dos novos grupos é a `profissionalização' dos participantes através de cursos e oficinas de teatro, rndo assim um zelo e um maior cuidado com as obras de Deus. Pensando nisto, lançamos esse curso básico de teatro cristão voltado aos jovens e adultos interessados em aperfeiçoarem e aprenderem técnicas teatrais. A ideia é motivar a formação de novos grupde evangelização teatral ou a participação em grupos já existentes. É também uma oficingrupos que já atuam e desejam aperfeiçoar suas técnicas de apresentação. Neste manual eincluídos os termos, metas e algumas dicas importantes para desenvolver o trabalho teatral nas igrejas e comunidades. É um complemento de apoio às aulas práticas que serão ministradas no decorrer do curso ou oficina. PORQUE TEATRO CRISTÃO? A única diferença entre o teatro cristão e o teatro secular, está nos objetivos de cada um. Enquanto no teatro secular o objetivo é a apresentação da arte pela arte, no teatro cristão o ojetivo é a evangelização por meio das encenações teatrais. Ao entrar no palco, o ator otriz cristã deve estar consciente de seu papel de evangelização. Não é um artista, no sido popular da palavra, mas sim um evangelizador. ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES. Na formação dos membros as regras são as mesmas exigidas nos grupos de teatro seculares: disciplina, pontualidade, comprometimento, e assiduidade. Com base nestas regras o orientador do curso deverá deixar claro desde o início algumas exigências que dev

    erão ser seguidas para garantir a permanência dos estudantes de teatro no curso. O descumprimento dessas observações pode impedir o bom andamento do processo de formação ds outros membros do curso e, por esse motivo, o participante que não seguir as regras, deverá ser convidado a deixar o curso. Assim, naturalmente será feita uma seleção os membros realmente interessados no aprendizado de teatro e na evangelização teatral. Embora seja um ambiente descontraído, o curso e as equipes de evangelização teatral, não são ambientes para passar o tempo ou divertir-se, mas para aprender mais sobre si mesmo, o outro e sobre o serviço ao reino de Deus por meio das artes cênicas. Daítambém a necessidade de que o curso seja ao mesmo tempo um momento de formação catequétca e espiritual para os participantes. Cremos firmemente que todos os participantes se enriquecerão muito com esse aprendizado. A todos nossas boas vindas e parabéns por estarem participando.

    Gil Santos.

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 2

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    3/11

    Parte ITERMOS E METAS PARA ATORES O uso do vocabulário comum ao teatro e o estabelecimento de padrões para a encenação devem fazer parte dos ensaios desde o primeiro momento.Não precisam necessariamente ser memorizados todos de uma vez, mas é interessante os conhecer para familiarizar-se com os mesmo. O instrutor do curso os utilizará nos ensaios e você vai interiorizando esses termos por intermédio das próprias atividades naturalmente e pouco a pouco, mas a leitura dos termos básicos listados a seguir, irá ajudar você a se familiarizar mais rapidamente com eles e a entender melhor a linguagem falada durante os ensaios. Estão relacionados a seguir os Termos básicos de Palco, Atores, Equipe de Produção e Metas de encenação. I1. 2. 3. 4. Termos de palco-  que é dito e o que é isso Ator: a `pessoa real' no palco. Personagem, papel: pessoa, aimal ou coisa imaginária que o ator finge ser no palco. Deixa: sinal para iniciara ação ou o diálogo. Posições do ator: termos que descrevem quão diretamente o ator enc plateia, como ilustrada a seguir:  Totalmente de frente: Ator encarando diretamente a plateia;  Um quarto à direita ou esquerda ou `enganando': o ator não está nem tonte de frente, nem de perfil, mas sim num meio termo entre os dois.  Totalmente de costas: Costas voltadas para a plateia  Três quartos à direita ou à esquerda: O atornão está nem completamente de costas nem de perfil. Um meio termo entre estes dois.  Perfil à direita ou esquerda: O ator vira-se de forma que o público o possa ver somente a metade de seu rosto. 5. Diálogo: palavras ditas no palco. Monólogo: Encenação narativa de uma só personagem. Cena para uma só pessoa. Dueto ou cena em dueto: cena para duas pessoas. Exposição: informação passada durante a cena através do diálogo que ex os acontecimentos, preparando o caminho para a ação. Gesto: movimento, normalmentedo braço, que ajuda a expressar uma ideia ou sentimento. Pantomima: encenação que comu

    nica uma ideia ou ação sem o uso do diálogo. Mímica: Gênero teatral onde pensamentos e timentos são expressos apenas por meio de gestos. Acessório de mão: acessório que pode er facilmente manipulado. Os exemplos incluem giz, pratos, raquete de tênis, bíblia. Em pantomima, os acessórios de mão são normalmente imaginários. Acessório de palco: quuer item usado no palco. Improvisação: cena executada com pouco ou nenhum ensaio; geralmente inclui um diálogo. Blablação: técnica de encenação onde as palavras são substir sons vocálicos incompreensíveis. È uma expressão vocal que compõe uma ação. O objetivaior ênfase a ação e não às palavras. Cenário: peças reais de mobília, plataformas ou ons (ou a falta de) presentes no palco. Acessório de cenário: acessório grande, tal como uma peça de mobília que não pode ser movida com facilidade. Os exemplos incluem cadeira, mesas, lareira, plataformas. Em pantomima, os acessórios de cenário, como por exemplo, cadeiras, são reais; todos os outros são imaginários. Localização: a época e o  imaginários que a área do palco representa. Deixa visual: sinal visual para que os

    atores iniciem a ação ou o diálogo, ou para que o público fique em silêncio para uma enação.

    6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17.

    18. 19.

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 3

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    4/11

    20. Áreas de palco: por conveniência, a área de encenação é dividida em nove, como demodo a seguir:

    Palco SuperiorDireito

    ( Figuração ou Fundo de palco) Central Esquerdo

    Palco central (Ou centro de Palco)Direito Central Esquerdo

    Palco Inferior ou ProscênioDireito Central Esquerdo

    Divisão do palco Alguns grupos podem variar suas divisões e termos usados para designar as áreas do palco, mas em geral as encenações seguem uma divisão similar a que apreentamos aqui. Perceba que cada divisão do palco é constituída de três áreas de encenaçãita, central e à esquerda. a. Palco Superior/ou fundo de palco: Onde devem ficar os figurantes. Apropriado para atores que não tem falas, cenas curtas ou introdução decenas que irão ocorrer no centro do palco ou proscênio. b. Palco central: é um local de destaque onde o correm a maioria das encenações principais. É um local de ação, porta o ator não pode permanecer no centro por muito tempo, sem ter alguma ação. Nas laterais podem ocorrer as cenas consideradas secundárias ou paralelas. c. Palco inferior ou proscênio: Local onde se da o confronto entre os protagonistas e antagonistas

    ou entre o personagem e o público o que ocorre geralmente ao centro. As laterais são geralmente usadas para dar mais valorização a uma cena. IITermos para Atores ± Quem é uem 1. Protagonista: É o personagem cujo enredo ou história de uma narrativa, como obras literárias, cinematográficas, teatrais ou musicais, gira em torno dele. Geralmente é o herói e alguns casos podem existir mais de um. 2. Co-protagonista: é o personagem de segunda maior relevância da obra, por assim dizer. Geralmente é a pessoa queajuda o herói e alguns casos pode existir mais de um. 3. Coadjuvante: é o personagem que exerce outra função na história, podendo ser ou não relacionado com a história pripal. A importância dele pode variar dependente da obra. É a personagem secundária em um filme, novela, teatro, etc. Podem desempenhar um papel auxiliar contínuo aos personagens principais, ou surgirem apenas ocasionalmente ou irregularmente em telenonovelas, os que aparecem apenas uma vez em uma cena de filme, ou em participaçõesespeciais. 4. Antagonista: é um personagem, grupo de personagens, ou uma instituição,

    ou situação, que representa a oposição contra o que o protagonista tem de lutar. Em outas palavras, é uma pessoa, ou um grupo de pessoas que se opõem ao personagem principal, ou aos personagens principais. Não é sinônimo de vilão, pois no caso do protagonist ser um anti-herói, os antagonistas podem ser os verdadeiros heróis na trama. Página 4

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    5/11

    5. Oponente: o personagem que ajuda o antagonista. Da mesma forma que o coadjuvante em relação ao protagonista, é geralmente amigo ou parente do antagonista principal, embora às vezes trabalhe o sirva para o mesmo. 6. Figurante: é um personagem que não é fundamental para a trama principal, que tem como único objetivo ilustrar o ambiente e o espaço social que são representados durante o desenrolar de uma ação da trama. Lmbramos que embora possa haver alguma relevância para alguns papéis, a verdade é que o trabalho teatral bem feito é aquele que leva-se em conta o bom desempenho de toda a equipe. É como num time de futebol, todos os integrantes são importantes e o cumprimento do seu papel garante o bom desempenho do time. Nenhum jogador é capaz de vencer sozinho. IIIEquipe e elementos de Produção ± Quem faz o quê.

    1. Iluminação /Assistente de Iluminação: Ele é essencial numa apresentação teatral. É eai apagar e acender as luzes e criar efeitos visuais com luzes. A iluminação deve ser testada durante os ensaios. A iluminação tem que necessariamente vir do alto paranão projetar ªsombrasº na parede de fundo do palco de apresentação. 2. Sonorização/Sono É a pessoa responsável pela projeção de sons e efeitos sonoros que podem ocorrer na peteatral, como musicas trilhas sonoras, vinhetas e outros efeitos. Estes são escolhidos e utilizados de acordo com o tema ou cena a ser desenrolada na peça. 3. Figurino/Figurinista: O figurinista ou assistente de figurino é a pessoa que orienta, cria, organiza e/ou dirige a produção visual das roupas dos personagens. Se houver necessidade de recriar roupas de época, haverá a necessidade de fazer vestimentas específicas. Com criatividade e trabalho em equipe o grupo pode organizar-se e criar figurações de materiais baratos e artesanais. Campanhas na comunidade podem ser feitas para que as pessoas doem roupas e acessórios para a figuração da equipe de teatro. P

    orém, se o texto abordar tema contemporâneo,cada um pode cuidar de seu próprio figurino, usando algo que já possua. Caso haja troca de figurino de um mesmo personagem, énecessário ter um Assistente de Figurino, para orientar a pessoa a respeito dessamudança. 4. Cenário/Cenógrafo: É a pessoa, ou equipe de pessoas responsável pela criaçãtagem da ambientação da peça e do cenário. Pode ser simples, ou muito bem estruturado. sso vai depender da condição financeira do Grupo. De qualquer maneira o uso do cenário pode ser dispensável, dependendo do assunto a ser abordado. Mas a montagem de umcenário teatral produz um efeito visual muito mais atrativo, bonito e realista para a encenação que está sendo feita. Mais uma vez aqui, a criatividade e o trabalho emequipe do grupo pode contribuir para que tudo seja produzido. 5. Maquiagem/Maquiador(a): Tal como a produção do cenário, uma maquiagem adequada dará mais brilho aos pesonagens e a peça em geral. Pode ser dispensado em algumas ocasiões, mas em outras ela é indispensável. Tudo ficará a critério do diretor/produtor da peça e da equipe de p

    ução. Os membros do grupo que tem habilidades em maquiagem serão muito necessários nest trabalho. Outro ponto importante é utilizar material adequado para maquiagem. Nodecorrer deste curso, será interessante vermos algumas dicas de maquiagem cênica e efeitos especiais. IVMetas de Encenação- O que fazer e o que não fazer

    Metas de encenação são as ações, objetivos e cuidados que os atores devem ter em mente a tornar sua apresentação mais clara e impactante ao público. Essas metas ou objetivos que o ator/atriz deve ter em mente dizem respeito a sua visibilidade corporal,gestual e facial, a aplicação de energia e absorção na ação de palco e energia nas exprda cena, senso deCurso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio. Compilação e organização Gil Santos.

    Página 5

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    6/11

    duração e tempo de sua execução de cena, e capacidade de explorar a criatividade nas siuações e ideias envolvidas nas cenas. Vamos explicar um pouco cada uma delas. - Visibilidade: A não ser em alguma cena ou personagem especial que exija o contrario, os corpos e rosto dos atores devem ser visto; devem estar visíveis. Para isso alguns cuidados especiais devem ser seguidos quanto a: a. Cabelos: franjas longas e cabelos longos devem ficar longe dos olhos. b. Rosto e corpo devem ser posicionados na direção do público tanto quanto possível. Em pantomima, os acessórios imagináriosm ser posicionados entre os atores e o público; os acessórios reais podem ser colocados ao lado dos atores. c. Usar posições de um quarto ou três quartos em cena. Na vida real, por exemplo, duas pessoas se olhariam diretamente estando cada uma de umlado de uma mesa. Porém no palco, as cadeiras da mesa devem ficar em ângulo aberto na direção da plateia e o grupo formaria um semicírculo ou ficaria em linha angulada. d. Gestos: Use o braço que está do lado do fundo do palco para gestos e extensões. Ou seja, o braço que fica mais distante da plateia como na figura ao lado. e. Giros: quando se virar, volte se rosto para o público durante a virada. f. Travessia do palco: quando dois ou mais atores atravessam o palco, o ator mais próximo do publico (ator do palco inferior), deve seguir ligeiramente atrás do outro ator, a fim denão bloqueá-lo. Como na figura do lado.

    2 - Energia e absorção: significa estar envolvido e interessado na ação do palco, acompnhar os eventos imaginários e de representação de modo que as distrações extrapalco sejincapazes de atrapalhar. Você sabe como é: é aquele mesmo nível de envolvimento energét e inabalável que usamos quando estamos assistindo aquele filme, novela ou jogo que agente gosta e nem ouve os outros nos chamarem. 3 - Energia e expressão: A mesma

     energia que leva o ator absorver a si mesmos na ação do palco deve também dar energia às suas expressividades vocal e física. Na vida real, os gestos, expressões faciais e vocal são frequentemente sutis e monótonos. Mas não no palco. Há um exagero nos gestose expressões maiores do que ocorre na vida real. O corpo todo deve estar emocionalmente envolvido. a. Gestos: estes envolvem todo o braço, não somente a mão ou antebraço Os atores devem sentir como se o gesto se originasse do centro de seu corpo (linha da cintura, umbigo). Os gestos devem ter o seu início e seu término bem definidos e, por uma fração de segundos antes de sua conclusão, ser mantidos. b. Expressões facais: devem ser mais amplas e evidentes do que na vida real. Como os gestos, pode-se mantê-los por um momento. 4 - Tempo de execução de cena: é a noção de duração ou tema cena leva para ser executada. Nos exercícios serão formulados tempo para apresentação das cenas ensaiadas. O tempo de execução não pode ser algo corrido ou lento demaisrincipalmente em filmagens o tempo limite de execução é bastante rígido. Exploração de

    ividade: aplica-se à capacidade dos atores em usar a criatividade para explorar as situações ou ideias iniciais fornecidas em todos os seus possíveis resultados e desfechos. Isso é mais amplamente desenvolvido nos exercícios de improvisação.

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 6

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    7/11

    Parte IIENTENDENDO MELHOR OS TEXTOS TEATRAIS DICA É bastante útil familiarizar-se com um esquema escrito de uma peça teatral. Pesquise na internet ou bibliotecas alguns exemplos de peças prontas para você se familiarizar com a forma que elas são escritas. Outra dica útil, é assistir apresentações teatrais diversas, para se familiarizar com os moimentos, posições e interpretações dos personagens, bem como observar figurinos, caractrização das personagens e produção de palco. Assistir filmes e novelas procurando capta a atuação dos atores também é bastante interessante para ir se moldando como ator ou ariz com base no exemplo dos atores tanto do teatro quanto da televisão. PRATICAMENTE QUALQUER TEXTO NARRATIVO OU CONTO PODE TRANSFORMAR-SE NUMA PEÇA TEATRAL. Bastapara isto elaborar o texto com as divisões dos atos e cenas, falas de personagens, estabelecer figurino, localização etc. de acordo com o objetivo ou tamanho da peça. Por exemplo, sendo a dramatização de uma passagem bíblica, tipo `'O nascimento de Jesus'os necessidade de pelo menos 5 personagens numa apresentação simples: Jose, Maria (gravida), e os 3 reis magos. Numa peça mais sofisticada e de maior tempo de exibição alé desses, deveríamos ter o rei Heredos, anjo, pastores, homem da hospedaria e alguns figurantes. O cenário e o figurino também devem ser mais ou menos detalhados e amplos dependendo do tamanho do ambiente a ser apresentado e duração da peça e recursos disponíveis. DICAS PARA ESCREVER SUA PRÓPRIA PEÇA      Determine o tema: qual o tópal a ser abordado na peça? Familia, amor, esperança, um `causo'? Qual o objetivo? Diverir? Levar a reflexão? Emocionar? Educar? É voltada para que tipo de público? Adultos?Crianças? Idosos? Todos os públicos ou para um grupo específico de pessoas? Em que epóc ocorre a história? Isso serve de base para o figurino e cenografia do ambiente de palco. Familiarize-se com o formato em que são escritos as peças ou scripts. Veja a

    baixo uma descrição das partes que compõe um roteiro escrito. ENTENDENDO A E COMPOSIÇÃO ROTEIRO DE UMA PEÇA TEATRAL ESCRITA (O FAMOSO SCRIPT)  Uma peça teatral escrita é um oteiro, ou Script, de uma história ou conto que se deseja representar teatralmente. O Roteiro (ou Script, como queiram chamar a peça escrita) contém tudo o que é dito pelos atores no palco, incluindo as indicações de ações e comportamentos que devem ser fitos na representação teatral da peça. Ou seja, embora as `falas' dos personagens sejambase da peça, o roteiro contém mais que isso.  A peça de teatro é dividida em ATOS e CS.  ATOS são constituídos de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão de tem. As cenas se dividem conforme as alterações no número de personagens em ação - quando ra ou sai um ator (personagem).  Cada ATO vem descrevendo informações referentes ao cenário e ambientação que deve conter as cenas referentes a ele (se é num ambiente intero ou externo, se é dia ou noite, etc.).  Cada CENA vem descrevendo informações referenes às ações e comportamentos dos personagens em cena (quem são os personagens daquela c

    na, levanta-se na cadeira, tira chapéu,irrita-se com,etc.). Essas informações são imporantíssimas e indispensáveis uma vez que apenas as `falas' dos personagens normalmente sinsuficientes para indicar todas as ações e sentimentos a serem executados e expressos pelos atores. Visam à orientação dos atores e equipe técnica e de produção sobre cada da representação. São chamadas de Rubricas ou indicações de cena ou de regência. E poer classificadas da seguinte maneira:

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 7

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    8/11

     Macro-rubrica : A Macro-rubrica é uma Rubrica geral que interessa à peça, ou ao Ato e Cenas; é também chamada ªVistaº, e é colocada no centro da página, no alto do texto de cena, e escrita em itálico ou em maiúsculas.  Microrubrica: Esta dividi-se em Rubrica Objetiva e Rubrica Subjetiva. Ficam inseridas no diálogo e afetam apenas a ação cênic. a. A Micro-rubrica Objetiva refere-se à movimentação dos atores: descreve os movimentos, gestos, posições, ou indicam o personagem que fala, o lugar, o momento,etc. b.As Micro-rubricas Subjetivas interessam principalmente aos atores individualmente: descrevem os estados emocionais das personagens e o tom dos diálogos e falas. (As rubricas descritas pelo autor ou dramaturgo da peça no script devem limitar-sea fazer as indicações mínimas requeridas para o rumo geral que deseja dar à representaçs quais, como autor da peça, lhe cabem determinar. Desde modo evita-se interferirna direção do Diretor de cena e também evita enquadrar demais a interpretação dos atoreo que interferiria na espontaneidade de interpretação deles.)  As falas são alinhadas a margem esquerda da folha, e cada fala é antecedida pelo nome do personagem que vai proferi-la. O nome do personagem é centralizado em letras maiúsculas (caixa alta).  As Rubricas e as Indicações ficam em linhas separadas e escritas em itálico, centraizadas ou à esquerda da folha. Ou ainda, logo após o nome do personagem, quando se referindo a ação desse personagem especifico. Neste caso ficam entre parêntesis.  As paavras precisam ser impressas com nitidez e ser corretamente redigidas. Entre a fala de um e de outro personagem é deixado um espaço duplo. Os verbos estarão sempre no tempo presente, e a ordem das palavras deve corresponder à sequencia das ações indicadas. A seguir, um exemplo de um roteiro de uma peça teatral, onde descrevemos tudo o que dissemos até agora:

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.Compilação e organização Gil Santos.

    Página 8

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    9/11

    TEATRO DE CORDEL OU RIMAS Peças feitas com base em contos de cordel ou rimas aliam a graça e dinâmica do ritmo das palavras com a interpretação do ator, cativando a aten interesse do espectador no espetáculo do início ao fim. Histórias bíblicas e contos riados no formato de cordel ou poesia são sempre bem vindas. No curso veremos alguns exemplos de leitura de cordel e formas de ler e interpretar esses textos no palco. O espaço fica aberto para os criativos e poetas do grupo usar toda sua habilidade para criar ou adaptar peças, histórias, passagens bíblicas ou contos em rimas. Alémde uma bela forma de divulgar a cultura do cordel e da poesia, é um recurso excelente de fazer encenações cativantes, engraçadas e que prendem a atenção de todos. DICAS A MEMORIZAR TEXTOS LONGOS A) Procure um lugar tranquilo onde possa estar sem ser interrompido. B) . Leia todo o texto, para ter uma visão geral dele. C) Agora leia apenas a 1   frase. Em seguida repita-a sem olhar para o papel. D) Leia agora a 1   e 2   frase. Agora repita as duas sem olhar para o papel. E) Leia agora a 1  , a 2   e a3

     

    . Repita-as sem olhar o papel. F) Repita o mesmo processo, sempre acrescentandouma frase a mais. Se achar necessário repita cada frase ou grupo de frase algumasvezes até se sentir seguro, antes de passar para a próxima. G) Depois de algum tempo deste exercício, pare para relaxar um pouco antes de continuar. Procure fazer tudo com dedicação, mas muito à vontade, sem pressão. CONSTRUÇÃO DE PERSONAGEM ± Dicas práar um personagem é uma arte. Requer além das instruções do orientador, empenho do ator.Carregamos uma bagagem cultural e social influencia da pela família, amigos, ambiente, escola, igreja, música, cultura, hábitos, emoções, trabalho, moda... Tudo isso e mito mais, foram moldando a nossa forma de agir, de andar, de ser. Nossas atitudes, ações e reações estão impregnadas com a nossa história, algumas coisas refutamos outnos orgulho. Modismos e jeitinhos podem ficar tão impregnados em nosso comportamen

    to que alguns atores passam isso erroneamente para o seu personagem. Imaginemosque o nosso grupo de teatro é formado por um rapper americano, uma patricinha e um caipira brasileiro. Simplesmente entregar os figurinos e os textos, pedindo que mostrem a cena de José e Maria chegando na hospedaria, creio que viraria uma comédia(involuntária). A caracterização não faz o personagem. É preciso antes de construir o sonagem, fazer uma `desconstrução' do ator.  Quando falo em desconstrução falo em tiraga pessoal, dando um caminhar, um falar, e um respirarem mais neutro. A criação da personagem envolve o se despir de nós mesmo e se vestir da personalidade da personagem. Para isso é necessário fazer `laboratório' do personagem sempre que possível, estuua história, características físicas e emocionais, e estereótipos, observando `modelos's daquele personagem buscando entender seu universo para daí extrair e dar vida aseu personagem. Seja sempre você antes ou depois de qualquer apresentação ou teste teatral, mas na ora da apresentação ou atuação seja a personagem. Algumas perguntinhas aju

    arão nesse trabalho de investigação e criação do personagem:

    1. Quem é? 1a) Onde nasceu, como era a família? 1b) como era o relacionamento com os seus? 1c) Tamanho, peso, alguma deficiência? 2. Como ela vive? 2a) Trabalha? Estuda? Onde e como mora? 2b) Alegre ou triste? Ambicioso, esnobe ou modesto. 2c) Saúde?

    3. Qual o envolvimento dela com o tema(assunto)? 3a) É um tema pelo qual ela é apaixonada? 3b) É um tema que ela tenta evitar? 3c) Ela é indiferente ao tema 4. Como ela se posiciona? 4a)Tenta impor suas opiniões? 4b)É briguenta, barraqueira? 4c)Tranquila e persistente? 4d)Fica remoendo mas não se expõe? Estas perguntas ajudam a formar a personagem.

    Curso Básico de Teatro Cristão - Manual de apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 9

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    10/11

    Exercícios Trava Línguas Ter uma boa dicção, e saber expressar naturalmente as palavrasem cena é fundamental para uma boa interpretação teatral. Os exercícios de voz das aula práticas serão muito úteis. Os trava-línguas ajudam bastante também neste sentido. 1. pinto pia ao pé da pipa. Pia o pinto, pinga a pipa. Quanto mais o pinto pia, tanto mais a pipa pinga. 2. A pipa de pinga pinga pingos. 3. Um trapo num prato, um prato num trapo. 4. Um papo de pato num prato de prata. 5. Tire o papo do pato de dentro do prato. 6. A tia limpa o prato com o trapo, o trapo limpa o prato da tia. 7. Quem pacas cara paga, o paca cara pagará. 8. Porco preto, cepo preto. 9. Porco preto pão preto. 10. Lá vem o velho Félix com um fole velho nas costas. Tanto fede o velho Félix como o fole do velho Félix fede. 11. A ave da viúva voou na viola do vovô. 12. Ata, jaca, caju, cajá. 13. Por sua sina, o assassino toca o sino. 14. Pedrotem peito preto, o peito de Pedro e preto. Quem disser que o peito de Pedro não é preto tem o peito mais preto que o peito de Pedro. 15. Pinga a pipa dentro do prato; pia o pinto e mia o gato. 16. Velha furunfufelha e seu velho furunfunfelho, tudo desfunrunfelhado. 17. Cor, cores, corantes, barbantes. 18. Uma velha seca secou o secador numa secante, casou com umvelho passante pedante. 19. Bagre branco, branco bagre. 20. O original se desoriginalizou com a desoriginalização dos originais. 21. Uma verde verdolenga, bem desverdoleguizada. 22. Quem desverdolengar averdosa verdolenga, vergueira verga, será desverdolengador. 23. Sei o que sei, sabemos o que sabes; o que não sabes é o que sabemos. Sabemos como sabem os sábios com seus saborosos saberes. 24. O abano abana a cabana bacana em Copacabana. 25. Paca, tatu, cutia não. 26. Tio Pio pita o pipo. Pio pita o pipo do tio. 27. Tio toca trompa na trompa. 28. O tagarela tagarelador tagarelava na sua tagarelice. Se o tagarela tagarelador não tagarelasse, não seria tagarelice. 29. Se Tasso tragasse a taça

    , mas como Tasso não traga a taça, o tagarela não traga a taça. 30. Basta bater batidasbastas pro basco Bastião. 31. A aranha arranha a rã e a rã arranha a aranha, arranha a aranha a rã, ou a rã arranha a aranha. 32. O liqüidificador quadridentado liquidifica qualquer coisa liquidificável e quebra as iliquidificáveis. 33. O acróstico cravado na cruz de crisólidas da criança areana criada na creche é o credo católico. 34. A hidra a driáde, e o dragão, ladrões do dromedário de druida foram apedrejados. 35. O lavrado lavrense estudou as livrilhas e as lavrascas no livro do livreiro de Lavras. 36. O clangor dos clarins dos ciclistas do clube eclético eclodiu no clímax. 37. A flâmula flexível do florete do flibusteiro flutuava fluorescente na floresta de flandres. 38. A aglomeração na gleba glacial glosava a inglesa glamourosa que glissava como gladiador glutão. 39. O magnetismo ignorado do insignificante Gnomo Gnastodonte. 40. O atleta atravessou o Atlântico com o Atlas de atalaia.

    ***************************************************************************************************************************** ****FONTES de PESQUISA CONSULTADA PARA DESENVOLVIMENTO DESTE MANUAL LIVRO : Jogos teatrais- Maria C. Novelly. Edição 1997 www.teatrocristao.net www.dicasdeteatro.com DESENVOLVIMENTO E ORGANIZAÇÃO GIL SANTOS ± 2012. Curso Básico de Teatro Cristão - Manual apoio.

    Compilação e organização Gil Santos.

    Página 10

  • 8/17/2019 100358416 Manual Apoio Teatro Cristao

    11/11