Le duc

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Villet-le-Duc foi pioneiro na questão de formalizar o restauro. Seus conceitos foram combatidos, mas seus escritos ainda merecem ser lidos pelos que atuam com patrimônio histórico e restauro.

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LE-DUC

ESSENCIAL

RESTAURAÇÃO

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc1814-1879

introdução

Obra que teve grande influência sobre o restauro

Sainte Chapelle

Iniciada em 1836

Le-Duc como adjunto de Lassus

introdução

Recomendado pelo Ministro do Interior

Igreja de Vézelay

1840

Le-Duc dirigiu

introdução

Criada a Comissão de Artese Edifícios Religiosos

1848

Le-Duc assumiu com Mérimée

introdução

Seu procedimento se caracterizava por, inicialmente, procurar entender profundamente um sistema, concebendo então um modelo ideal e impondo, a seguir, sobre a obra, o esquema idealizado.

introdução

Algumas vezes alterou partes originais que considerava “defeitusosas”, em vários exemplos não respeitou modificações posteriores, buscando a pureza de estilo e não se acanhava em fazer reconstituições de grande extensão.

introdução

A forma incisiva (e invasiva) de Viollet-Le-Duc atuar sobre um monumento, seus numerosos seguidores e as transformações por que foi passando a teoria e a a prática da restauração, acabaram por condenar a sua forma de intervenção. De certa forma ele se tornou o “vilão” da história.

introdução

Entre as questões de grande atualidade (do Dictionnaire que ele escreveu) podem ser citadas:

1- O fato de recomendar que se deva restaurar não apenas a aparência do edifício, mas também a função portante de sua estrutura.

introdução

2 – Procurar seguir a concepção de origem para resolver os problemas estruturais.

introdução

3 – A importância de se fazer levantamentos pormenorizados da situação existente.

introdução

4 – Agir somente em função das circunstâncias, pois princípios absolutos podem levar ao absurdo.

introdução

5 – A importância da reutilização Para a sobrevivência da obra, pois restaurar não é apenas uma conservação da matéria, mas de um espírito da qual ela é suporte.

Texto original

Dicitionnaire Raisonné de l’Architecture Française du XI. Au XVI. Siècle.

Paris,Libraries-Imprimeries Réunies, s. d. (1854-1868)v. 9, pp. 14-34.

Texto original

Verbete:

Restauração.

Texto original

Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo quepode não ter existido nunca em dado momento.

Texto original

Os romanos restituíam, mas não restauravam.

Texto original

Os romanos restituíam, mas não restauravam.

Texto original

Nosso tempo não se contenta em lançar um olhar perscrutdador por trás de si: esse trabalho restrospectivo apenas desenvolve os problemas colocados no futuro e facilita a sua adoção.

É a síntese que se segue à análise.

Texto original

É portanto, essencial, antes de qualquer trabalho de reparação, constatar exatamente a idade e o caráter de cada parte, compor uma espécie de relatório respaldado por documentos seguros, seja por notas escritas seja por levantamentos gráficos.

Texto originalAo substituir suas partes (Notre-Dame de Paris), destruiremos esse traço tão interessante de um projeto quenao foi inteiramente executado, mas que denota as tendências de uma escola? Não; nós os reproduziremos em sua forma modificada, pois essas modificações podem esclarecer um ponto da história da arte.

Texto original

Em Chartres (catedral), achou-se que se devia, para melhorar o escoamento, acrescentar, durante o século 15, gárgulas aos canais. Essas gárgulas estão em mau estado, é necessário substituí-las. Colocaremos em seu lugar, sob o prestexto de unidade, gárgulas do século 13? Não; pois destruiríamos assim os traços de uma disposição primitiva interessante.

Texto original

Deve-se substituir toda parte retirada somente por materiais melhores e por meios mais eficazes ou mais perfeitos. É necessário que o edifício restaurado tenha no futuro, em consequência da operação à qual foi submetido, uma fruição mais longa do que a já decorrida.

Texto original

As construções, assim como os indivíduos, adquirem maneiras de ser com as quais se deve contar. Tem seu temperamento que deve ser estudado e bem conhecido antes de se empreender um tratamento regular.

Texto original

Restaurar é uma guerra, uma sequência de manobras que é preciso modificar todo dia através da observação constatne dos efeitos que se podem produzir.

Texto original

O arquiteto, durante as restaurações, deve ter previsto tudo, até os efeitos mais inesperados, e deve ter de reserva, sem pressa e sem inquietação, os meios de prevenir as consequências desastrosas.

Texto original

Uma vez que todos os edifícios nos quais se empreende uma restaução, tem uma destinação, são designados para uma função, não se pode negligenciar esse ladoprático para se encerrar totalmente no papel de restaurador de antigas disposições fora de uso.

Texto original

Proveniente das mãos do arquiteto, o edifício não pdeve ser menos cômodo do que era antes da restauração.

Texto original

O melhor a fazer é colocar-se no lugar do arquiteto primitivo e supor aquilo que ele faria se, voltando ao mundo, fosse a ele colocado os programas que nos são propostos.

Texto original

Deve-se agir como o cirurgião habilidoso e experimentado, que somente intervém em um órgão após ter adquirido o conhecimento completo de sua função e depois de ter previsto as consequências imediatas oufuturas de sua operção. Se for aleatório, mais vale que se abstenha. Mais vale deixar morrer o doente do que o matar.

Texto original

Nada é tão perigoso quanto a hipótese em trabalhos de restauração.

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc1814-1879

S í n t e s e d o s c o n c e i t o s c h a v e s p a r a fi n s d e m e ro fi c h a m e n t o a c a d ê m i c o ,

f e i t o p o r a l u n o d e a rq u i t e t u r a .

E s t e fi c h a m e n t o n ã o t e m p re t e n s ã o c i e n t í fi c a e d e n e n h u m m o d o s u b s t i t u i a l e i t u r a d o l i v ro , a n t e s v i s a e s t i m u l a r s u a

d i v u l g a ç ã o e l e i t u r a .

Ta m p o u c o s e d e s t i n a a u s o c o m e rc i a l .

LE-DUC

ESSENCIAL

RESTAURAÇÃOIntrodução e tradução

Beatriz Mugayar Kühl3ª edição 2007

Ateliê Editorial