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Page 1: Semiologia da dor

Tema:Semiologia da

dor

Marcelo Prado

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Avaliação clínica da dor “É uma experiência sensorial e

emocional desagradável que é associada a lesões reais ou potenciais ou descrita em termos de tais lesões. A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo aprende a utilizar este termo através de suas experiências”.

Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP)

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Este conceito não admite uma relação direta entre lesão tecidual e dor e enfatiza o aspecto de subjetividade na interpretação do fenômeno doloroso.

A expressão da dor varia não somente de um indivíduo para outro, mas também de acordo com as diferentes culturas”...

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EPIDEMIOLOGIA DA DOR No Brasil as afecções do aparelho locomotor

são as causas mais freqüentes de dor. Lombalgias ocorre em aproximadamente 70% dos brasileiros, cefaléias, dores abdominais e dor generalizada são também muito prevalentes em nosso meio.

Mais de 1/3 dos brasileiros julga que a dor crônica os limita para as atividades habituais e mais de ¾ para as atividades recreacionais, relações sociais e

familiares.

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Aproximadamente 10% a 50% dos indivíduos procura clínicas gerais devido a dor.

A prevalência de dor nas unidades de internação hospitalar oscila entre 45% a 80%.

EPIDEMIOLOGIA DA DOR

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A prevalência da dor varia, entre os sexos, de acordo com a prevalência natural das lesões causais.

A enxaqueca, as dores faciais, a fibromialgia, a síndrome do cólon irritável, a artrite reumatóide e a dor por lesões de esforços repetitivos são mais comuns nas mulheres.

A prevalência da dor eleva-se com o progredir da idade

Estima-se que 80% a 85% dos indivíduos com mais de 65 anos apresenta pelo menos um problema significativo de saúde que os predisponha a apresentar dor

EPIDEMIOLOGIA DA DOR

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EFEITOS DA DOR NA QUALIDADE DE VIDA

 

◦1.1-           Aspectos Físicos   -         Diminuição da capacidade funcional

-         Diminuição da força e da resistência

-         Náusea e perda de apetite -         Transtornos do sono causando irritabilidade, fadiga e dependência em medicamentos e álcool em uma tentativa de facilitar o sono.

-         Dependência Química

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◦1.2-           Aspectos psicológicos   -         Diminuição da alegria e do humor -         Aumento da ansiedade e do temor -         Depressão, sofrimento. -         Dificuldade de concentração -         Somatização -         Perda do controle -         Perdas sociais -         Diminuição das relações sociais -         Diminuição da atividade sexual e

afetiva -         Aumento da necessidade de cuidados -         Tensão financeira como resultado de

contas médicas, medicamentos e perda de renda devido ao tempo fora do trabalho

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Estruturas orgânicas e sensibilidade à dor

◦ Estruturas sensíveis à dor: pele, músculos esqueléticos, folheto parietal das serosas (pleura, pericárdio e

peritônio), cápsula de Glisson do fígado, periósteo, túnica adventícia das paredes arteriais e

venosas, foice e tenda da abóbada craniana, meninges.  

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◦Estruturas pouco ou nada sensíveis: ossos (apenas doem à compressão

intensa), tecido hepático, parênquima pulmonar, folheto visceral das serosas (peritônio,

pleura, pericárdio), parênquima cerebral.

Estruturas orgânicas e sensibilidade à dor

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Classificação quanto à origem

◦Somática: superficial profunda

◦Visceral◦Central

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◦Localizada◦Irradiada ◦Referida

Classificação quanto ao local onde é sentida

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Classificação quanto ao local onde é sentida

◦Dor Localizada É aquela dor que

ocorre no local da lesão que está gerando o estímulo doloroso

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É uma dor superficial e profunda , conseqüência da irritação direta de um nervo sensitivo ou misto.

A dor irradiada é sentida exatamente no território correspondente à raiz nervosa estimulada

Ex: ciatalgia

◦Dor Irradiada

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É a projeção na superfície de uma dor visceral.

◦Dor Referida

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Classificação quanto ao caráter

◦Dor contínua- se mantém sem interrupção. Ex: dor da pancreatite aguda

◦Dor em cólica- se acompanha de sensação de torcedura . Ex: cólica intestinal, cólica menstrual

◦Dor em pontada ou fincada- lembra a sensação desencadeada por um objeto pontiagudo Ex: dor pleurítica

◦Dor em queimação – lembra a sensação decorrente da estimulação por calor intenso. ex: dor da esofagite

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Dor Pulsátil- sua característica fundamental é ser pulsante . Ex: enxaqueca

Dor surda- dor contínua , imprecisa , sem grande intensidade. Ex:dor lombar

Dor constritiva- dá a impressão de aperto ou constrição . Ex: dor da angina

Dor provocada: só aparece se for provocada

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Classificação quanto à evolução

◦Aguda◦Crônica◦Recorrente

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DOR AGUDA - Aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e tratada

Classificação quanto à evolução

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DOR CRÔNICA - Tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos e que está quase sempre associada a um processo de doença crônica. A dor crônica pode também ser conseqüência de uma lesão já previamente tratada.Exemplos: artrite reumatóide, dor do paciente com câncer, LER, dor nas costas e outras.

Classificação quanto à evolução

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DOR RECORRENTE - Apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com freqüência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Um exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca

Classificação quanto à evolução

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Avaliação da Intensidade da Dor Alguns instrumentos de avaliação da

intensidade da dor são aplicados à crianças de 3 a 7 anos

- Modelo de Esquema Corporal - visa descrever a própria dor, sua natureza e localização. A criança é orientada a indicar em um desenho de corpo humano o local da dor sentida.

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- Escala de OUCHER - dispõe de seis fotografias de crianças chorando apresentando diferentes níveis de expressões faciais de desconforto. A criança relaciona a expressão que melhor reflete sua experiência de dor.

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- Escala de Cores - o paciente é orientado a escolher uma das três cores que considera melhor descrever a intensidade da dor Este modelo permite que, a criança utilize mais a sua intuição que a avaliação cognitiva. Uma outra variação desta escala de cores permite que a criança localize sua dor em um esquema corporal e posteriormente, colorir o local com a cor que mais expresse sua dor.

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- Escala Linear Analógica Visual - indicada por uma linha reta, com extremidades significando de um lado, ausência de dor, do lado oposto, a maior intensidade de dor já sentida pela criança, a qual localiza-a no contínuo da escala, o grau da intensidade de sua dor.

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- Escala Linear Analógica Não Visual - constitui-se em outra variante da escala apresentada anteriormente, na qual é feita a quantificação da intensidade dolorosa através de escores que variam de zero a dez, sendo essa caracterizada por dor leve, intensa, aguda ou muito intensa

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Avaliação da Intensidade da Dor

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Investigação clínica da DOR◦ "Decálogo da Dor":

localização, irradiação, intensidade, caráter, duração, evolução, relação a funções fisiológicas, sinais e sintomas concomitantes, fatores desencadeantes ou agravantes,

que aliviam e tratamentos realizados.

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Termos relacionados à dor Analgesia – ausência de dor à

estimulação nociva Anestesia dolorosa – dor em uma

área anestesiada Causalgia – dor queimante que

persiste após lesão nervorsa traumática Disestesia- sensação anormal

deságradável Hiperalgesia- sensibilidade

aumentada à estimulação nociva, limiar da dor reduzido

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Hiperestesia – sensibilidade aumentada à estimulação , excluindo os sentidos especiais, mas incluindo sensibilidade cutânea

Hiperpatia – reação dolorosa excessiva e retardada após um estímulo repetitivo

Hipoalgesia – sensibilidade diminuída à estimulação nociva

Hipoestesia - sensibilidade diminuída à estimulação nociva , excluindo as sensações especiais

Neuralgia – dor na distribuição de um ou mais nervos

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Obrigado