COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
LINHADIRETA
Integração silenciosaPÁG. 3
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Nº 3 - SETEMBRO / 2011 | COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ
Fiocruz Saudável retoma exames periódicos
Paisagismonasce nohorto
Trânsito:hora decolaborar
Programacapacitaagentescomunitários Programa
emprega168 surdosna Fiocruz
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As cartasde OswaldoCruz
O Brasil passou a sediaro Pró-Instituto Sul-America-no de Governo em Saúde(Pró-Isags), inaugurado em26 de julho, no Rio de Janei-ro. O Centro de Relações In-ternacionais em Saúde (Cris)da Fiocruz participou da fasede estruturação do instituto,que é fruto da União dasNações Sul-Americanas(Unasul). O objetivo é promo-ver o intercâmbio, a reflexãocrítica, a gestão do conheci-mento e a geração de inova-ções no campo da política egovernança da saúde, colo-cando à disposição dos minis-térios da Saúde desses paísesas melhores práticas e evi-dências para qualificar a ad-ministração no setor.
Durante a semana deinauguração, uma oficina
reuniu os ministros da Saú-de de oito dos 12 países daAmérica do Sul, que apre-sentaram os pontos fortes edebilidades dos seus respec-tivos sistemas de saúde.Fragmentação, necessidadede fortalecimento da aten-ção primária e problemasrelacionados a recursos hu-manos foram alguns pontosem comum debatidos entreos representantes. O coor-denador-executivo para ospróximos três anos será oex-ministro da Saúde JoséGomes Temporão. O grupoé formado por Argentina,Brasil, Bolívia, Chile, Co-lômbia, Equador, Guiana,Paraguai, Peru, Suriname,Uruguai e Venezuela.
Saiba mais:www.isags-unasul.org
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Foi publicada no Diário Ofi-cial da União, em 29 de julho,a autorização do Ministério doPlanejamento, Orçamento eGestão (MPOG) para nomeaçãode 447 novos servidores, den-tre os 850 aprovados no con-curso realizado em 2010.Conforme previsão inicial, es-tes cargos serão ocupados deforma escalonada, sendo 382nos próximos meses, a partir dadata de publicação, e outros 65a partir de outubro. Mediantea portaria de autorização doMPOG, contendo quantitativopor cargo, o Conselho Delibe-rativo (CD) da Fiocruz definirácritérios e prioridades institucio-
A Presidência e o Sindica-to dos Trabalhadores da Fiocruz(Asfoc-SN) assinaram docu-mento que institui o regimentointerno da Mesa de Negocia-ção Permanente (MNP-Fiocruz).As duas partes estabelecemassim um processo de debatepermanente entre os dirigentese trabalhadores para tratar deassuntos de interesse de am-bas as partes. No grupo serápossível acertar detalhes e en-contrar saídas em conjuntopara conflitos decorrentes dasrelações funcionais e de traba-lho, além de negociar a pautade reivindicações dos trabalha-dores e propor melhorias nascondições de trabalho.
As pautas serão elaboradasconsensualmente, com reuniões
Tomou posse em 1º dejulho a primeira Diretoria Co-legiada da Caixa FioSaúde. Acerimônia aconteceu durantereunião na sede da entidade,presidida pelo vice-presidentede Gestão e Desenvolvimen-to Institucional da Fiocruz, Pe-dro Ribeiro Barbosa, queassumiu a presidência do Con-selho Deliberativo da FioSaú-de. Como diretora-presidente,foi empossada Leila Mello,servidora da Fundação desde1986 e integrante da equipede apoio na transição para aimplantação da Caixa. Para ocargo de diretora-executiva,Christine Gonçalves dos San-
Com uma queda de30% no estoque, o Ban-co de Leite Humano do IFFestá à procura de doado-ras de leite humano. Omaterial é destinado a re-cém-nascidos prematuros,de baixo peso ao nascer,ou que não podem se ali-mentar diretamente doseio materno. Somenteem 2010, as mais de 200unidades que integram aRede Brasileira de Bancosde Leite Humano (RedeBLH-BR) coletaram 160 mil li-tros, beneficiando cerca de150 mil bebês em todo o país.A Rede BLH-BR é formada porcentros especializados na pro-moção, proteção e apoio ao
Inauguração do Pró-IsagsGoverno autoriza nomeação de concursados
nais. A Fundação pretende con-cluir toda essa etapa de nome-ações até o fim de 2011.
Os aprovados serão conta-tados via e-mail e telegrama,o que reforça a importância dese manterem atualizados osdados cadastrais e que sejaefetuado o preenchimento detodos os formulários na área es-pecífica do Guia de Admissãoe Integração dos Servidores(Meu Gais). À medida que or-ganiza o ingresso dos novosfuncionários, a Fiocruz seguirápleiteando a liberação das ou-tras 403 vagas. A previsão ini-cial é que sejam autorizadas noprimeiro semestre de 2012.
tos, com experiência no setorde saúde suplementar, atuan-do desde 2006 na Fiocruz.Completa a equipe o diretor-técnico João Gonçalves Barbo-sa Neto, funcionário desde2001 na gestão do FioSaúde,quando o plano ainda era ad-ministrado pela FioPrev. O Fio-Saúde tem o objetivo degarantir assistência médico-hospitalar e métodos comple-mentares de diagnósticos etratamento aos seus usuáriosinscritos. Desde o início do ano,a administração foi desvincu-lada do FioPrev, por meio dacriação da Caixa de Assistên-cia Oswaldo Cruz.
Nova diretoria no FioSaúde
Banco de leite humano convoca doadoras
aleitamento materno, coor-denada pelo Instituto.
Para se tornar uma doa-dora, a mulher que estiver emfase de amamentação, deveentrar em contato pelos tele-
Mesa Permanente de Negociaçãomensais, registradas em ata.Todos os documentos serão pú-blicos e arquivados pela Direh.As despesas com assessorias,estudos ou qualquer outro custode funcionamento da mesa se-rão partilhadas entre as partes.O documento foi assinado pelopresidente da Asfoc-SN, PauloCésar de Castro Ribeiro, e pelovice-presidente de Gestão e De-senvolvimento Institucional, Pe-dro Ribeiro Barbosa, que seráresponsável pela coordenaçãodo processo de negociação.Também foi criada uma secre-taria com a finalidade de articu-lar e encaminhar os trabalhosdesenvolvidos pelo grupo. O re-gimento segue agora para pu-blicação em Portaria Interna eno Diário Oficial da União.
fones 08000 268877 ou(21) 2554-1703, e fazersua inscrição. Os bancosde leite humano contamcom a ajuda da equipedo programa BombeiroAmigo do Peito, que vaiaté as casas das doado-ras, uma vez por sema-na, para coletar o leitedoado. No site da rede épossível encontrar maisinformações do proces-so, como o passo a pas-so no preparo do frasco
para armazenar o líquido epara retirar corretamente oleite, além dos locais paradoação em outros estadosdo país. O endereço éwww.fiocruz.br/redeblh.
COMUNICAÇÃOINTERNA DA FIOCRUZ
JORNAL LINHA DIRETANº 3 - SETEMBRO/2011
Coordenadoria deComunicação Social(CCS)
CoordenaçãoWagner de Oliveira
EdiçãoClaudia Lima eWagner de Oliveira
Redação e reportagemCarla Procópio, ClaudiaLima, Glauber Queiroz,Leonardo Azevedo, MaraFigueira e Talita Barroco
RevisãoRicardo Valverde
Projeto gráfico eedição de arteGuto Mesquita
FotografiaPeter Ilicciev eArquivo CCS
Sugestões de matéria:[email protected]
Na foto de capa, osfuncionários administrati-vos Henrique Soares(Gestec), Carina Garcia(Direh) e Milene LeComte (Nust/Direh)
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Carla Procopio
m 2012 o aterro sani-tário de Jardim Gra-macho, na Baixada
Fluminense, será fechado. Oque fazer com os mais de 4mil catadores que trabalhamno local? No fim de junho,agentes sociais apontaramuma resposta possível aoapresentar o projeto CatandoTalento, Formando Soldado-res. A proposta – que prevê acapacitação dos trabalhado-res do aterro sanitário de Jar-dim Gramacho na área desoldagem – foi desenvolvidaao longo de dois meses naOficina de Elaboração de Pro-jetos Comunitários: uma ini-ciativa que busca capacitarlíderes de pastorais, represen-
Ideias transformadas em realidade
tantes de bairro, integrantesde organizações não-governa-mentais na criação de proje-tos que atendam a demandascomunitárias.
Oferecida pelo Programade Desenvolvimento em Ges-tão Social (PDGS) da Diretoriade Administração da Fiocruz(Dirad), a oficina ocorre desde2009 e já formou 82 agentessociais de diferentes comuni-dades e instituições, o que re-sultou na apresentação de 16projetos. Seu alcance pode sermuito maior, como explica Lu-ciano Silveira, da Secretaria doMeio Ambiente da Prefeiturade Itaboraí, um dos alunosque participaram da iniciativaentre maio e junho deste ano.“Por questões financeiras, nãofoi possível a participação de
Patrocínio paravirar realidade
Desenvolvido em 2009durante a Oficina de Elabora-ção de Projetos Comunitários,o projeto Centro de Capacita-ção Profissional e Socializaçãodos Jovens em Risco Social foiuma das ações desenvolvidasno âmbito do PDGS que con-quistaram patrocínio e foramcolocadas em prática. A inici-ativa recebeu financiamentoda ONG Viver Bem, de Olaria,e passou a oferecer curso deinformática para jovens entre14 e 19 anos das comunida-des de Manguinhos e Jacare-zinho. Outros quatro projetosdesenvolvidos pela ONG Tati-ane Lima também consegui-ram financiamento. Segundoa presidente da organizaçãonão governamental, ElianeLima, a instituição não rece-bia nenhum patrocínio, mas arealidade mudou depois departicipar da oficina.
Programa capacita agentes comunitários na elaboração e gestão de projetos sociais
Etodos os líderes comunitáriosda minha cidade, mas partici-pei da oficina para atuar comomultiplicador”.
A Oficina de Elaboraçãode Projetos Comunitários é aprimeira etapa prevista peloPDGS em sua missão de pro-mover e viabilizar ações so-ciais que gerem benefíciossocioeconômicos. A Dirad,em parceria com a Coorde-nadoria de Cooperação So-cial da Presidência, ofereceainda o Curso em Gestão deProjetos Sociocomunitários.Realizado pela primeira vezem 2010 com os alunos for-mados pelas oficinas de 2009e 2010, a iniciativa tem oobjetivo de oferecer os co-nhecimentos necessáriospara a gestão de projetos co-
munitários e organizaçõesnão-governamentais.
Para tanto, são ministradasaulas sobre legislação, gestãofinanceira, contabilidade e re-cursos humanos, além de se-rem passadas noções sobretodos os princípios que nortei-am a aplicação de recursos pri-vados em fins não lucrativos.Novo curso para 30 alunos serárealizado entre setembro enovembro. Os formandos dasoficinas de 2009 e 2010 quenão participaram da primeiraturma também poderão se ins-crever. “Este curso forneceu asferramentas para que cada umdos participantes pudesse mu-dar a realidade do seu territó-rio”, explica José Leonídio,coordenador de CooperaçãoSocial da Presidência.
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O que faz a instituição hoje?
A Fiotec vem prestando nes-ses 13 anos um apoio im-portante à Fiocruz e estácrescendo muito, o que é difí-cil para qualquer organização.Em 2010, a Fiotec administrou389 projetos, 44% a mais queno ano anterior. Em 2009 fo-ram captados R$ 205,09 mi-lhões, recursos que crescerampara R$ 417,47 milhões em2010. Em julho deste ano so-mamos 459 projetos, quase100 a mais em seis meses.
Como o senhor vê o papeldas fundações de apoio?
Desde o começo as fundaçõesprivadas sem fins lucrativos noBrasil foram alvo de polêmica,vistas erradamente por órgãosde controle governamentaiscomo uma forma de burlar alegislação. Esse não é o enten-dimento correto do papel dasfundações. Muitas instituiçõespúblicas, incluindo a Fiocruz,vêm discutindo a necessidade
de novos modelos de gestãopara realizar plenamente suamissão. O papel das funda-ções de apoio é justamente ode contribuir para que as ins-tituições públicas alcancemresultados que não seriampossíveis pelas limitações im-postas pelos modelos atuais.
E qual é o papel da Fiotec?
Apesar de não haver umacompreensão muito uniformenem mesmo dentro da Fio-cruz, o papel da Fiotec é ode gerenciar com eficiência eagilidade, de apoiar os proje-tos de forma a trazer resulta-dos efetivos. O grande desafioinstitucional é não só mostrarà Fiocruz essa importância,como efetivamente prestar oapoio de uma maneira eficaze atender às expectativas doscoordenadores de projeto. Emrecente reunião, fiquei im-pressionado com a quantida-de de resultados positivospara a sociedade que alguns
projetos estão gerando. Issotem que ser mais divulgado.
Como a instituição estáexercendo suas funções?
A Fiotec melhorou sensivel-mente sua política de recursoshumanos e financia parte dosestudos dos funcionários, des-de que estejam voltados parasua área de atuação. É umaresponsabilidade social. Naparte de organização, foi cria-da uma área de gestão de pro-jetos especiais para lidar comprojetos mais estratégicos. Im-plantamos em 2009 um sof-tware de gestão empresarial(SAP– Sistemas, Aplicativos eProdutos para Processamentode Dados) que está em fasede aperfeiçoamento. Comofalado anteriormente, a Fiotecestá com uma demanda cres-cente, tem projetos com mai-or complexidade e mantémmuita interlocução com agen-tes financiadores internacio-nais. O processo de melhoria,
portanto, precisa ser contínuo.É nisso que os novos diretoresestão trabalhando.
O primeiro documento danova Diretoria Executiva en-viado aos coordenadores deprojetos tratou da concessãode bolsas. O que mudou?
Foi publicado o Decreto 7.423,de 31 de dezembro de 2010,regulamentando a relação dasfundações de apoio e as insti-tuições apoiadas, que trazmais restrições à concessão debolsas. A Fiotec contratou umaconsultoria jurídica que fez umrelatório bastante minucioso.Elaboramos uma instrução nor-mativa interna e vamos con-versar com a Presidência paraque seja discutida no CD daFiocruz. Estabelecemos umafase de transição e estamos in-teragindo com os coordenado-res para que as bolsas eprojetos não enquadrados nes-sa nova realidade não sejamparalisados. Hoje, temos maisde 3 mil bolsas concedidas.
Trabalhoem equipeDiretoria Executiva da Fiotec quer maisagilidade, divulgação dos projetos e nova sede
frente da Diretoria Executiva da Fiotec desde 22 de junho, Maurí-cio Zuma fala dos desafios de gerir a Fundação para o Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), criada há 13
anos para apoiar técnica e operacionalmente a Fiocruz. Trabalho em equi-pe, reorganização dos processos internos, aproximação com os coordena-dores dos projetos, diretores das unidades e a Presidência da Fiocruz sãoprioridades nesse começo da nova gestão, que tem entre seus projetos aconstrução de um prédio para dar suporte aos profissionais da Fiotec.Zuma é formado em administração, tem doutorado em gestão de tecno-logia e inovação pela Science and Technology Policy Research (SPRU/Universidade de Sussex) e trabalha no Instituto de Tecnologia em Imuno-biológicos (Biomanguinhos) desde maio de 1994.
Que outras mudanças estãoem curso?Acaba de ser criada umaárea interna de gestão deprocessos e documentação.Vamos mapear todos os pro-cessos internos existentes,analisar e ver que mudançassão necessárias para ter maiseficiência.Temos um proble-ma grande de limitação deespaço físico e estamos tra-balhando no planejamento daconstrução de um novo pré-dio, em parceria com a Fio-Prev, que passa por problemasemelhante. Esperamos a si-nalização da Dirac para, den-tro do Plano Diretor, saberqual área podemos utilizar.Vamos projetar e construir umprédio que seja adequado àsnecessidades da Fiotec atuale futura, para se ter condi-ções de trabalho à altura dosserviços que ela quer prestar.
Claudia Lima
ENTREVISTA MAURÍCIO ZUMA / FIOTEC
“Em 2010, a Fiotecadministrou 389
projetos, 44% a maisque no ano anterior”.
“Estamos interagindo com oscoordenadores para que as bolsas e
projetos não enquadrados nessa novarealidade não sejam paralisados”.
“O papel das fundações de apoio émesmo o de terceirização de algumas
atividades que o órgão público nãotem agilidade para manter”.“
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Glauber Queiroz
realização de examesperiódicos dos servido-res da Fiocruz, interrom-
pida desde 2008, será retomadaa partir de setembro. Essa im-portante ação em saúde do tra-balhador é parte do programaFiocruz Saudável e tem hoje umnovo formato, com caráter maispróprio de vigilância em saúde.O periódico será conduzido pelaCoordenação de Saúde do Tra-balhador da Diretoria de Recur-sos Humanos (CST/Direh), pormeio do Núcleo de Saúde doTrabalhador (Nust). A operacio-nalização do processo será via-bilizada por convênio firmadocom a Caixa de AssistênciaOswaldo Cruz (FioSaúde).
Uma das principais carac-terísticas do novo periódico éa adequação dos tipos de exa-mes solicitados aos servidores,de acordo com aspectos comogênero, faixa etária e ativida-de funcional. Isso significa queo periódico não terá o mesmorol de procedimentos para to-dos os funcionários. Além dacartela de exames comuns atodos, cada servidor será ava-liado conforme suas particula-ridades. Os atendimentos serãoagendados pelo Serviço deRecursos Humanos de cadaunidade. Todavia, os funcioná-rios poderão optar por não par-ticipar do processo, assinandoum termo de responsabilidadeno ato da convocação.
As primeiras unidades aparticiparem da ação serão oCentro de Criação de Animaisde Laboratório (Cecal), o Ins-tituto Fernandes Figueira (IFF)e Farmanguinhos, além da Di-reh, conforme cronogramaprévio elaborado pela Direh eapresentado ao Fórum de RH.Além dessas unidades, algunssetores da Ensp – o Centro de
Tempo de se cuidarRetomada dos exames periódicos marca o início de uma nova fase em saúde do trabalhador na Fiocruz
A
Saúde Escola Germano SinvalFaria (CSEGSF) e o Centro deEstudos em Saúde do Traba-lhador e Ecologia Humana(Cesteh) – também terão seuservidores atendidos no pri-meiro mês. Cabe ressaltar queno IFF e em Farmanguinhos,bem como na Fiocruz Pernam-buco, todo o processo serádesenvolvido pela área desaúde do trabalhador local.Nas demais unidades, inclu-indo as regionais, a ação seráde responsabilidade da CST,por intermédio do Nust.
Conheçao ciclo dosexamesperiódicos
A coordenadora da ação,Ana Paula Natividade, expli-ca que cada servidor, ao con-cordar com a realização dosexames periódicos, deverá
preencher um cadastro e for-necer algumas informações noportal do Sistema de Atençãoà Saúde do Servidor (Siass),quando será emitida a guiacom a solicitação de exames.Os servidores deverão realizaros procedimentos laboratoriaisem uma rede própria creden-ciada pelo FioSaúde, indepen-dentemente de serem ou nãousuários do plano de saúde.Em seguida, passarão por umaavaliação médica.
Haverá postos instaladosna Fiocruz para realização dosexames laboratoriais solicita-dos pelos médicos nas consul-tas clínicas, facilitando o acessodos usuários. Nestes locais, to-dos os servidores poderão seratendidos gratuitamente. Ou-tra possibilidade é que o servi-dor que já tenha feito osexames solicitados – desde queestejam dentro do prazo con-siderado válido, de 90 dias -apresente os resultados na con-sulta. Após a realização dos
exames, será agendada umavisita de retorno, na qual omédico checará os resultadose fornecerá o encaminhamen-to adequado ao funcionário,encerrando aquele ciclo.
Os especialistas em saúdedo trabalhador consideram arealização dos exames perió-dicos de extrema importância,pela riqueza de dados que po-dem fornecer, potencializandouma série de ações, como, porexemplo, o mapeamento deriscos e a investigação de do-enças ocupacionais. Na práti-ca, pode servir como umcheckup da saúde do própriotrabalhador, apesar de seu pa-pel ir muito além dessa sim-ples avaliação de rotina.
Um novoconceito desaúde dotrabalhador
Segundo a CST, não ha-verá interrupção dos atendi-mentos no Nust em funçãodos periódicos. Contudo, a ex-pectativa é que essa caracte-rística assistencialista doNúcleo mude à medida queas novas ações globais emsaúde do trabalhador sejamimplantadas em decorrênciados periódicos, havendo, as-sim, uma mudança de cultu-ra institucional.
“A porta de entrada de-verá se manter aberta, atéporque as consultas cotidianaspodem, inclusive, apontar ou-tros riscos e a necessidade denovas intervenções”, afirmaAna Natividade. O cronogra-ma do periódico para todaa Fiocruz foi estabelecido deacordo com as prioridadesdefinidas com as unidadese terá ampla divulgação, noperíodo em que seus servi-dores estiverem habilitadosa participarem dos exames.Participe!
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Mara Figueira
á seis anos, quandocomeçou na Fiocruz,Carina Garcia traba-
lhava na fotocopiadora. Como tempo, sua chefe na secre-taria da Diretoria de RecursosHumanos (Direh) viu que a jo-vem tinha potencial e lhe deumais atribuições. Hoje, Carinalida com arquivo, inclui proces-sos no sistema informatizado daFundação, recebe e entrega do-cumentos, entre outras funções.“Ela é uma ótima funcionária:inteligentíssima, tem muita fa-cilidade para se comunicar”,conta a secretária da direção deRecursos Humanos da Fiocruz,Fátima Regina Resende Mar-ques, que supervisiona o traba-lho da assistente administrativa.Não é à toa que Carina rece-beu uma promoção no ano pas-sado. Uma conquista e tantopara qualquer profissional, mascom sabor especial para esta tra-balhadora. “Sempre me esfor-
cei para me equiparar a umouvinte”, conta ela, que tem 31anos e nasceu surda.
A história de Carina, umadas 168 pessoas surdas queatualmente trabalham na Fio-cruz, ilustra bem os objetivosda parceria mantida pela Fun-dação com a Federação Naci-onal de Educação e Integraçãodos Surdos (Feneis) desde1994. “Uma das iniciativassociais da Fiocruz, o projetoInserção da Pessoa Surda noMercado de Trabalho via Ter-ceirização de Serviço está vol-tado para a proteção social, asocialização e a preparaçãoprofissional para o mercadode trabalho”, explica o coor-denador da iniciativa, Jorge daHora, também gestor e asses-sor jurídico de contratos daDiretoria de Recursos Huma-nos e diretor jurídico do Sindi-cato dos Trabalhadores daFiocruz (Asfoc-SN).
Os participantes do projetotêm a carteira assinada pela
Feneis, recebem de R$ 600 aR$ 1.400 por mês (dependen-do da função), além de auxílio-alimentação, plano de saúde eseguro de vida em grupo. Osprofissionais estão distribuídospor 13 pontos da Fiocruz (confi-ra quais no quadro Ao traba-lho) e se dedicam a atividadesadministrativas, laboratoriais ede manutenção.
Suami Miguez, por exem-plo, trabalha hoje como ele-tricista, mas começou, há 15anos, a prestar serviços na Fio-cruz como office boy do RHda Diretoria de Administraçãodo Campus (Dirac). Quandosurgiu uma vaga na área elé-trica, Miguez, na época pai deduas crianças, pediu umaoportunidade, mesmo semnunca ter atuado na área enem ter conhecimentos espe-cíficos. “O chefe me alertou,dizendo que, aqui, o trabalhoera duro e eu teria que ralar,mas eu disse que queria o tra-balho mesmo assim”, conta.
Já havia outros surdos traba-lhando na área e Suami apren-deu tudo o que precisava naprática. Ficou feliz porque osalário aumentou. Hoje, aten-de principalmente o InstitutoOswaldo Cruz e, para driblarqualquer problema de comu-nicação, segue em dupla comum colega para o local ondehá algo a ser resolvido. Suameta é sempre deixar tudoperfeito. “Sou um bom pro-fissional: nunca recebi qual-quer reclamação”, conta ele,com orgulho.
Comunicaçãoconstruídadia a dia
Na primeira semana detrabalho na Fiocruz, o surdo ésempre acompanhado por umintérprete da Língua Brasileirade Sinais (Libras). Depois, con-forme for necessário, o tradu-tor pode voltar à cena. “A
ideia é que os colegas de tra-balho e a chefia aprendam ase comunicar com o surdo”,explica o preposto da Feneisna Fiocruz, Renato Tadeu.
“Existe uma dificuldade nacomunicação porque a maioriadas pessoas não sabe Libras”,conta Cristiane Maria Vicente,que trabalha no Laboratório deTransmissores de Hematozoári-os do Instituto Oswaldo Cruz.“Quando tenho dúvidas, procu-ro escrever, perguntar”.
No momento, está em ne-gociação o início, em 2012, demais um curso de Libras volta-do para ouvintes na Fiocruz.Edições anteriores ocorreramem 2008 e 2009. “A experiên-cia de trabalhar com a Carinafoi tão boa que estudei Librasna Fundação, pois queria mecomunicar com ela”, conta Fá-tima Regina Resende Marques.“Libras é uma língua mesmo eaté difícil, de certa forma. Nósque falamos por vezes temosdificuldade com os gestos”.
Muito além das palavrasOs desafios de comunicação e integração dos surdos na Fundação, que mantém programa de inserção no mercado há 17 anos
Fotos Peter Ilicciev
A bolsista LilhaBarbosa recorre àcartilha de Libras parase comunicar comCristiane Vicente numlaboratório do IOC
O curso que Fátima fez ti-nha duração de dez meses,ocorria duas vezes por sema-na, em meio expediente, econtava com 20 alunos. “Ape-sar da longa duração, não eragrande a desistência”, contaRenato Tadeu. “No entanto,estamos estudando a possibi-lidade de oferecer um cursomais breve e básico, com du-ração de três meses.” Há tam-bém a previsão de lançar umdicionário digital de Libras compalavras e expressões ligadasao universo da Fiocruz.
Enquanto o curso de Librase o dicionário não se tornamrealidade, a comunicaçãopode nascer no próprio dia adia. “O melhor professor deLibras é sempre o próprio sur-do”, conta Renato Tadeu. Asecretária da Coordenação deGestão Tecnológica (Gestec),Sandra Correa, por exemplo,conta que o fato de ninguémno setor saber Libras não impe-de a comunicação com o auxili-ar administrativo HenriqueSoares. “Apesar das diferenças,nos comunicamos bem. Devagar-zinho ele ensina para a gente e,com boa vontade, se consegueencaixar tudo”, conta.
Um tipo de atitude quepode colaborar para que, na re-lação com essa parcela de tra-balhadores da Fiocruz, o mundodo ouvinte não prevaleça, comogeralmente costuma acontecer.“Ainda encontramos muitos che-fes que aceitam trabalhar comsurdos, desde que eles sejam
oralizados: saibam ler lábios. Ouseja, o surdo tem que se adap-tar ao meu mundo. Por que eunão posso me adaptar aodele?”, pergunta Jorge daHora. “A gente tem uma ten-dência de transportar para o queé mais cômodo, para o que nãovai dar trabalho”.
Fichacompleta
No momento, um levan-tamento de toda a populaçãosurda que trabalha na Fiocruzestá sendo feito. Até o fim doano, a ideia é reunir em umsoftware a ficha completa decada participante do projetomantido entre a Fundação ea Feneis: saber a escolarida-de, dados familiares, sociais,econômicos e trabalhistas,além de condições culturais epsicológicas. Por questões éti-cas, algumas das informaçõesserão de acesso exclusivo deassistente sociais e psicólogos,mas o objetivo é que os da-dos sejam usados como sub-sídios para programas deintervenção.
“A partir do mapeamen-to, queremos estabelecerações efetivas”, explica Jor-ge da Hora. “O Estado temvários benefícios para pesso-as portadoras de necessida-des especiais. Se eu sei quehá surdos na Fiocruz com con-dições de habitação precári-as, por exemplo, posso buscar
mecanismos para melhoraressa situação. Se há surdoscom escolaridade baixa, po-demos firmar um convêniocom um colégio público”,exemplifica.
Estudar, de fato, é um de-sejo comum a muitos surdos,que sentem falta sobretudo demais cursos profissionalizan-tes. “Os ouvintes estão à fren-te por conta da formação: afalta de cursos nos atrasa. Éalgo importante porque, seprecisarmos sair daqui e pro-curar outro emprego, não bas-ta ter só carteira assinada”,explica o eletricista SuamiMiguez, que já teve aulas deinformática e de atendimentoao cliente na Fiocruz, masgostaria de ter a oportunida-de de focar em sua área.
Vontade compartilhadapor Milene Le Comte, que tra-balha há 15 anos na Fiocruz eatualmente cuida do arquivodo Núcleo de Saúde do Tra-balhador (Nust). Milene, quejá fez cursos abertos a todos,como uma especialização emsaúde em 2006 na Fiocruz,quer agora se atualizar na áreaem que trabalha. A ideia éque as informações levantadassobre a comunidade de surdosda Fiocruz também possamser úteis para tornar a Funda-ção um lugar cada vez maisadequado a esse público, quetem necessidades especiaismuitas vezes esquecidas.
O auxiliar administrativoda Gestec, Henrique Soares,
ParaesclarecerDeficiente auditivo ousurdo? Qual termousar? O mais indicado éoptar por “surdo”,palavra que as própriaspessoas que não ouvemusam para se referir asi mesmas.
Assim éque se fazPequenas dicasde comunicaçãoe relacionamento
Fale devagar e defrente para o surdo
Não dê as costasao surdo
Não grite
Não chame o surdode mudo
Se estiver dirigindo,lembre-se: talvezbuzinar não seja aforma mais eficientepara alertar opedestre da suaaproximação ouvelocidade. E seele for surdo?
Ao trabalhoLocais na Fiocruz ondepessoas surdas prestamserviços
Biomanguinhos
Cecal
Dirac
Direh
Ensp
Farmanguinhos
IFF
Icict
INCQS
IOC
Ipec
Politécnica
Presidência
O projeto Inserção da Pes-soa Surda no Mercado de Tra-balho via Terceirização deServiço tem caráter permanen-te e o desafio de incluir, defato, seus participantes nomercado de trabalho. A pro-posta é habilitar os profissio-nais que sejam surdos a sedesenvolverem e se capacita-rem para que possam buscarnovas conquistas no setor pri-vado ou pleitear vagas em ór-gãos públicos.
“Essas pessoas que se aper-feiçoam aqui estarão mais pre-paradas para se inseriremprofissionalmente, inclusive com
sente falta de sinalização in-dicando que em muitos seto-res da Fundação há surdostrabalhando. Uma comunica-ção visual que precisa se es-tender pelo campus, segundoJorge da Hora. “Circulam dia-riamente pela Fiocruz 168 sur-dos, mas quantas placasalertam os motoristas para apresença dessas pessoas, paraquem não adianta buzinar?Quantos prédios contam comum sistema de alarme de in-cêndio que não seja sonoro?”,questiona.
Carina Garcia, por suavez, gostaria de contar commais intérpretes, principal-mente no Nust e no Centrode Estudos da Saúde do Tra-balhador e Ecologia Huma-na da Escola Nacional deSaúde Pública - onde os sur-dos podem fazer, de formagratuita e mediante agenda-mente, o exame de audio-metria. “Quando passamosmal, em situações que pre-cisamos de mais privacidade,a comunicação se torna maisdifícil”, explica ela.
Ações que podem tornara Fundação não só um localde trabalho ainda melhor paraos surdos, mas também umareferência quando o tema éintegração de pessoas comnecessidades especiais. “Todaa comunidade surda quer tra-balhar na Fiocruz: a instituiçãotem um nome muito forte, queabre portas”, conta RenatoTadeu, preposto da Feneis.
Um desafio a maisaprovações em concursos públi-cos”, afirma o diretor de Recur-sos Humanos da Fundação,Juliano Lima. “A Fiocruz e ou-tras instituições públicas têmaberto oportunidades, median-te vagas específicas, para quehaja portadores de necessidadesespeciais em seu quadro de fun-cionários. No concurso realiza-do pela Fundação em 2010, porexemplo, 43 vagas foram desti-nadas a candidatos portadoresde necessidades especiais”, re-lata o diretor. O quantitativo foiequivalente a 5% do total de va-gas abertas (850), em cumpri-mento à legislação em vigor. Suami Miguez trabalha hoje como eletricista
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Talita Barroco
melhor maneira deevitar a dengue émanter ações contí-
nuas de eliminação de pos-síveis de larvas de AedesAegypti. Esse trabalho é fei-to pela Fiocruz em suas uni-dades do Rio de Janeiro,
Fiocruz contra a dengueonde foram notif icados11.934 casos da doença noprimeiro trimestre de 2011.Rondas são realizadas umavez por semana durante todoo ano, no campus Mangui-nhos e na Expansão, pelaárea de Controle Ambientalda Diretoria de Administra-ção do Campus (Dirac).
Os profissionais de jardi-nagem, responsáveis pela lim-peza viária, foram orientadospara serem apoiadores dessacampanha. No Campus Fio-cruz Mata Atlântica foi feitauma sensibilização com osprofissionais para informarcomo evitar a proliferação domosquito. Atualmente, dois
operadores fixos trabalhamtambém com essa função noInstituto Fernandes Figueira eoutro em Jacarepaguá, aten-dendo as unidades da região.
A melhor maneira de evi-tar a dengue é não deixar omosquito nascer, eliminando oslocais onde pode aconteceracúmulo de água e o mosqui-to se desenvolver: garrafas, la-tas, copos descartáveis, calhasentupidas, pneus velhos, pra-tos e vasos de plantas, caixasd´água sem tampa e lixeiras.De acordo com a OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), adengue atinge de 50 a 100milhões de pessoas no mun-do anualmente e é, hoje, umdos principais problemas desaúde pública.
Os sintomas mais comunsda dengue são: cefaleias (do-res de cabeça), febre, erupçõescutâneas, náuseas e dores for-tes nas articulações, que apa-recem cerca de uma semanaapós a infecção. Em algunscasos, a dengue pode se ma-nifestar de formas graves, comsintomas como dores abdomi-nais intensas, palidez, dificul-dade respiratória, sangramentode gengivas e nariz. Esta for-ma grave ocorre mais comu-mente nos pacientes que játiveram a doença.
Mara Figueira
que você faz com oóleo depois de usá-lopara cozinhar? Em
vez de deixá-lo escorrer peloralo ou despejá-lo no lixo co-mum – duas ações que têmimpactos ambientais –, a op-ção é levá-lo para reciclagem.Quem trabalha no campus deManguinhos pode contar comesse serviço.
Todas as quintas-feiras, de8h às 11h, nas portarias dasavenidas Brasil e LeopoldoBulhões, além do prédio daDirac, o Departamento deMeio Ambiente tem funcioná-rios disponíveis para receber o
Troca-troca verdeQuinta-feira é dia de trocar óleo usado por mudas de plantas na Fiocruz
óleo usado trazido por servi-dores e outros empregados daFundação. Em troca, quemtraz o material leva para casamudas de plantas cultivadasno horto da Fiocruz. Uma ini-ciativa que também está aber-ta à participação do públicoem geral.
“A pessoa pode escolherentre quatro a cinco espéciesdiferentes, de acordo com aépoca”, conta o coordenadortécnico de manutenção deáreas verdes e viárias da Fun-dação, o engenheiro agrôno-mo Victor Zanon. É a chancede cultivar espécies conheci-das – como o lírio e a marga-rida – ou outras nem tão
famosas, mas que tambémnão perdem em beleza, comoa penta, com flores cor-de-rosaou vermelhas.
Reciclagempara quase 7 millitros de óleo
A troca de óleo por mu-das é feita desde 2008. Omaterial recolhido é encami-nhado para reciclagem e trans-formado em sabão. Até hoje,já foram coletados e destina-dos adequadamente quase 7mil litros de óleo. “Nos primei-ros quatro meses deste anoforam coletados e destinados
374 litros de óleo”, afirma ocoordenador técnico da áreade resíduos perigosos, Gusta-vo Martins.
Quando for fechada a es-tatística do primeiro semestrede 2011, o levantamento tra-rá a contribuição da pesqui-sadora do Laboratório dePesquisa e Infecção Hospita-lar do Instituto Oswaldo CruzAna Paula Assef, que apro-veitou uma manhã chuvosade julho para fazer sua troca.“Costumo usar pouco óleo,mas sempre que tenho, tra-go para a Fiocruz”, diz.
Ana Paula explica que,se não pudesse contar coma Fiocruz para destinar ade-
quadamente esse material,buscaria outro local, pois co-nhece os problemas ambien-tais que o óleo pode causar,como a impermeabilizaçãodo solo e a contaminação daágua. Um gesto repetido pormuitos outros funcionários naFiocruz e que tem grandeimpacto, na opinião da edu-cadora ambiental Kelly Leal.“É de grande importância aparticipação de todos para apreservação do meio ambi-ente. As pessoas trazendoseu óleo de cozinha usadoestarão contribuindo com omeio ambiente, não jogan-do fora de maneira inade-quada”, afirma a educadora.
O
Saiba comoevitar a dengueEvite deixar plantas em va-sos com água, substituindoa água por terra;
Troque, semanalmente, a águados vasos das plantas e lavecom uma escova ou pano ospratinhos que acumulam água;
Lave as jarras de flores paraeliminar os ovos dos mosqui-tos que ficam grudados nassuas paredes;
Para não acumular água, aslatas devem ser furadas an-tes de jogadas fora;
As garrafas vazias devem serguardadas de boca para baixo;
Lave os bebedouros dos ani-mais com escova ou buchae esvazie-os à noite, sempreque possível;
Pneus velhos devem ser man-tidos em lugares cobertos paranão acumular água da chuva;
Os poços, tambores, caixasd´água, cisternas e outrosdepósitos de água devemestar sempre tampados;
O lixo caseiro deve estar en-sacado e posto à disposiçãoda limpeza urbana nos ho-rários previstos.
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Mara Figueira
ocê consegue imagi-nar Oswaldo Cruz ano-tando o orçamento
doméstico? Chamando a mu-lher por um apelido carinhoso?Ou perguntando se o filho con-tinua malcriado? Pois esse ladohumano ainda pouco conheci-do pelo grande público é umdos que surgem a partir da pes-quisa no acervo do cientista,que até outubro termina de sermicrofilmado e digitalizadopela Fiocruz, em parceria como Ministério da Saúde.
“A estimativa é que o tra-balho renda cerca de 16 milimagens digitais”, conta a ar-quivista Maria da ConceiçãoCastro, chefe do Departamen-to de Arquivo e Documentação(DAD) da Casa de OswaldoCruz. São cartas, documentos
Gentecomo agenteConsulta ao acervo de Oswaldo Cruzpermite conhecer o homem comumque existe por trás do mito
Vpessoais, artigos científicos,recortes de jornais, entre ou-tros itens, que estarão disponí-veis, após a conclusão dotrabalho, na página do Arqui-vo da Casa de Oswaldo Cruz(http://arch.coc.fiocruz.br).
Hoje, já é possível teruma ideia do que está por vir- como a carta assinada porOswaldo Cruz durante seunoivado com Emília Fonseca.Em caligrafia caprichada, ojovem chama a noiva de “Mi-nha querida Miloca” e, emsuas próprias palavras, vem“de joelhos pedir perdão”por não ir visitá-la naqueledia, 12 de julho de 1889. Omotivo: além de estar resfri-ado, com dores de cabeça ede dentes, Oswaldo sabiaque a jovem estaria sozinhaem casa e imaginava comoseria considerada sua visita
- “parece-me que concorda-rás comigo, (...) muito incon-veniente”.
Pai dedicadoe amoroso
No acervo do cientista, ascartas dirigidas a “Minha que-rida Miloca” ou “Minha que-rida Miloquinha” não seresumem ao período do noi-vado. “Oswaldo Cruz trocoude forma muito intensa e fre-quente cartas com sua espo-sa. Nelas, fala muito com esobre os filhos”, conta a his-toriadora Ana Luce Girão,também do DAD. Ler essa cor-respondência é conhecer arelação do pai Oswaldo comsua prole: Bento, Elisa, Her-cília, Oswaldo, Zahra (quemorreu nos primeiros anos de
vida) e Walter. Uma relaçãoamorosa, que incluía chamaros filhos por diminutivos –Bentinho, Oswaldinho, Walti-nho – e por apelidos – Lize-ta, no caso de Elisa –, alémde trocar cartas com eles.
Em algumas correspon-dências, Oswaldo Cruz, aexemplo de muitos pais, sededicava a dar conselhos einstruções, que incluíam aobediência à mãe e a dedi-cação aos estudos. Em umadas cartas, dirigida ao filhoque herdou o seu nome, opesquisador escreveu: “Meuquerido Oswaldinho, estoucom muitas saudades de vocêe peço que você estude mui-to, para me ajudar quando euvoltar. Muitos beijos do pa-pai”. Como acontece em to-das as famílias, nem sempreos conselhos eram seguidos,
como é possível percebernuma carta dirigida à mulher,em que o pesquisador pergun-ta: “Como vai o Bentinho?Continua mal comportado emalcriado?”.
Além da correspondência,outros itens do acervo do pes-quisador, como os documen-tos pessoais, revelam o dia adia comum do homem queentrou para a história comoum mito. Detalhes que mos-tram preocupações cotidia-nas como pagar o aluguel eguardar os recibos ou anotaras despesas para controlar oorçamento doméstico em li-vros-caixa – um deles intitula-do Livro da verdade. Tarefas docotidiano de um homem lem-brado como cientista, mas que,como mostra o seu acervo, foitambém marido, pai e, atémesmo, um simples inquilino.
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É dia de feira na Fiocruz
Artesãoscapacitados porFarmanguinhosexpõem e vendemseus produtostodos os meses naFundação
Mara Figueira
ode um pneu usado setransformar em umasimpática cama para
cachorro? Ou em uma mistu-ra de pufe com porta-trecos?Na Feira do Talento, que men-salmente acontece em Far-manguinhos e no campussede da Fiocruz, é possível des-cobrir que sim.
riada no final de abrilna Fiocruz Brasília, aAssessoria Parlamentar
(Aspar) tem o objetivo de auxi-liar a Presidência, as vice-presi-dências e as unidades emassuntos relacionados ao Con-gresso Nacional. Apesar denova, a Aspar tem conquistadoespaço e bons resultados, nãosó para a unidade, mas paratoda a Fundação.
A assessoria responde pe-las atividades relacionadas aosassuntos de interesse da Fiocruzjunto ao Poder Legislativo.
Boas vindas à Assessoria Parlamentar
C Acompanha as matérias legis-lativas e o trabalho de comis-sões permanentes, mistas eespeciais, com destaque paraas de Saúde, Meio Ambiente,Seguridade Social, Educação,Ciência e Tecnologia.
Segundo a coordenadorada Aspar, Mônica Geovanini,o trabalho se baseia em arti-culações parlamentares, pro-movendo uma aproximaçãoentre a Fundação e o PoderLegislativo. “A representati-vidade da Fiocruz é de sumaimportância para mostrar as
ações que a instituição desen-volve”, diz.
O trabalho já tem apresen-tado resultado. A Fundação foiconvidada a participar de vári-os debates na Câmara e noSenado, como na audiênciapública da Comissão de Segu-ridade Social e Família, comapresentação das atividadesda instituição. A Aspar integraas reuniões semanais das as-sessorias parlamentares, reali-zadas no Ministério da Saúde,e que conta com a participa-ção de representantes do Con-
selho Nacional de Saúde(CNS), da Agência Nacional deSaúde Suplementar (ANS) e daAgência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa).
Outra conquista é a inclu-são no sistema de acompanha-mento parlamentar (Sistemade Informação sobre Projetose Programas – Sispro). Pormeio do instrumento, a Asses-soria pode buscar todas as notí-cias e tramitações sobre ospoderes Executivo e Legislativo.
Segundo a Assessoria,atualmente tramitam cerca
de 1.950 projetos relaciona-dos à saúde no CongressoNacional. Destes, 1.435 es-tão na Câmara e 515 estãono Senado. Do total, 32 in-teressam diretamente a Fio-cruz, pois abordam temascomo biodiversidade, patentes,nanotecnologia, reproduçãohumana, alimentos, meio am-biente, patrimônio biogenético,imunização, entre outros.
Para mais informações,entre em contato pelo telefo-ne (61) 3329-4603 ou no e-mail [email protected].
Nas mãos da artesã VeraLúcia do Nascimento, emduas horas pneus usados setransformam em um pufe es-tampado. Moradora de Niló-polis, Vera é uma das 37profissionais que fazem par-te da Feira do Talento. Con-duzido por Farmanguinhos, oprojeto capacita artesãos deJacarepaguá e da BaixadaFluminense.
“No curso de seis mesessobre comércio solidário apren-di, entre outras coisas, comoempreender, como montaruma feira de artesanato e de-finir preços para produtos”,conta a artesã Fátima Telles,que faz utilidades para o lar apartir de materiais como bis-cuit, vidro e fibra de madeira.
A coordenadora da Feirado Talento, Tânia Santos, da
Assessoria de Gestão Social deFarmanguinhos, conta que oprojeto surgiu com a ideia defortalecer a comunidade pró-xima da unidade. Com recur-sos de um edital de cooperaçãosocial lançado pela Fiocruz em2009, foram capacitados 50 ar-tesãos no ano passado.
A feira se tornou itineran-te e ultrapassou os muros daFiocruz. “A partir do curso degestão, também montamosum fórum de economia soli-dária em Nilópolis”, conta oartesão Samuel Santana. Apróxima cria da Feira do Ta-lento será uma loja virtual. “Aideia é que os profissionaispassem a vender seus produ-tos pela internet ainda esteano”, explica Tânia Santos.
Enquanto a loja virtual nãoestreia, a dica é visitar a Feirado Talento na segunda quinta-feira do mês em Farmangui-nhos e na segunda sexta-feirado mês no campus de Man-guinhos, ao lado da bibliotecado Instituto de Comunicação,Informação Científica e Tecno-lógica em Saúde (Icict), de 9hàs 15h. Além de conferir pro-dutos como bolsas de pano,acessórios para cabelo e ca-checóis, vale apreciar as telasdo pintor Severino Soares, quejá pensa em incorporar a seusquadros as paisagens do Cas-telo Mourisco. Quem sabe ainspiração já se transformou embelas pinturas?
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Mara Figueira
jatobá acabou de serplantado: ainda estápequenininho. Mas
tem cajueiro, que cresce de-pressa: em 15 dias, já estácom 20 centímetros de altu-ra. Sem falar em muitas ár-vores frutíferas: jaqueira,mangueira, goiabeira, entreoutras. Há ainda orquídeas, asflores vermelhas da plantaconhecida como alpinia, pésde arruda com seu cheiro ca-racterístico. Tudo isso e muitomais a poucos passos do Cas-telo da Fiocruz: mais precisa-mente, no horto da Fundação.
A tecnologista do InstitutoOswaldo Cruz (IOC) ÂngelaSantos aproveitou o horário dealmoço para tentar conseguirsementes de alfavaca, espécieusada em temperos e chás.“Aqui tem algumas plantas di-fíceis de encontrar”, diz ela.Mas pedidos assim, em geral,não têm como ser atendidos.Isso porque as sementes dohorto têm destino definido: darorigem às plantas que vãocompor a paisagem da Funda-ção. “O horto existe para su-prir os projetos de paisagismoe manutenção de áreas ver-des”, explica o coordenadortécnico de manutenção de áre-as verdes e viárias da Funda-ção, o engenheiro agrônomoVictor Zanon. “Aqui a genteproduz todas as mudas paramanutenção e execução dejardins da Fiocruz”.
As duas estufas avistadaslogo ao entrar no horto guar-dam as mudas de espécies pro-duzidas a partir do plantio desementes. A ideia é mantê-lasprotegidas de insetos e garan-tir temperatura e umidade maiselevadas, o que acelera o de-senvolvimento. Lá encontra-mos os cajueiros. Há plantas nohorto, como a grama-amendo-im, que não nascem de semen-tes, mas por outro processo, aestaquia – plantio de um pe-daço da planta, como um ga-lho, por exemplo.
Com mais de duzentas es-pécies, o horto tem desde plan-
Horto: onde brota o verde
tas medicinais até tóxicas,passando pelas ornamentaise por árvores frutíferas e nãofrutíferas. De todas, AdrianoConstantino, coordenador deturma da unidade, destaca azamioculca - uma planta defolhas grandes e brilhosas, quemesmo à sombra fica viçosa.“Estamos no início de um pro-cesso de valorização de espé-cies da Mata Atlântica parauso no campus”, acrescenta acoordenadora da área de pro-jetos paisagísticos do Departa-mento de Meio Ambiente daDiretoria de Administração doCampus (Dirac), a arquiteta eurbanista Guta Cabral.
Para produção das mudas,a Fiocruz não compra terra:usa como substrato para oplantio um composto feito a
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partir da mistura das folhas edos galhos caídos encontradospelo campus com o lodo detratamento de esgoto, que édegradada por bactérias. Esseprocesso, conhecido comocompostagem e que pode serreproduzido de maneira casei-ra usando resíduos como res-tos de frutas e vegetais, foi otema de uma conversa entrea bolsista do Laboratório deInovações em Terapias, Ensi-no e Bioprodutos do InstitutoOswaldo Cruz (Liteb/IOC), Su-zana de Souza Borba Cruz,com o jardineiro do horto, Olo-ídes Pellegrine, durante umatarde da Semana de MeioAmbiente. “Tenho um sítio emMaricá, Lá, não queimamosfolhas, pois sabemos que anatureza é assim: das folhas
caídas das árvores é que vemo resultado de um solo maisfértil. Sempre tive curiosidadesobre compostagem, de comofazer, e aproveitei que estouaqui para tirar dúvidas”, con-ta Suzana.
Espaço deaprendizado,pesquisa eensino
Um dos objetivos do hor-to é justamente ser um lugarde aprendizado, ensino e pes-quisa. O horto recebe a visitade funcionários da Fiocruz eestá aberto a escolas e gru-
pos. “Quando há visitação,fazemos oficinas: ensinamosa plantar, a fazer artesanatocom folha de palmeira, fala-mos um pouco sobre compos-tagem e damos explicaçõessobre insetos.Temos ainda umminhocário e levamos os es-tudantes para percorrer umapequena trilha que há no hor-to”, conta Victor Zanon.
Uma experiência e tanto,nas palavras de Gabriel de Oli-veira Modesto, de 14 anos,aluno do primeiro ano do En-sino Médio do Colégio Esta-dual Compositor Luiz Carlosda Vila. “Foi ótimo ter um diainteiro para me interessarpelo meio ambiente. Gosteimuito de plantar mudas e dever as abelhas”, conta ele, sereferindo a um outro espaçoligado ao horto: o apiário,mantido pela União AtivistaDefensora do Meio Ambien-te (Uadema), onde encon-trou abelhas sem-ferrão.
Atentos a tudo, Gabriel eseus amigos de turma não dei-xaram de notar, durante o pas-seio, a presença de pequenosvasilhames brancos espalha-dos pelo horto. Descobriram,então, que eram parte de umestudo científico em anda-mento, conduzido pelo IOC,de incidência de Aedes aegyp-ti, o mosquito transmissor dadengue. Só um exemplo deparcerias de unidades da Fio-cruz com o horto. Parceriasque incluem ainda o jardim deplantas tóxicas e medicinais(criado a partir de espéciesque originalmente pertenciamà biblioteca do Instituto de Co-municação e Informação Cien-tífica e Tecnológica em Saúde)e a elaboração do projeto pai-sagístico do borboletário, quehoje está no campus de Man-guinhos, depois de uma tem-porada no Museu da República.“Escolhemos espécies comolantana, penta, crisântemos ehelicônias porque elas produ-zem muito néctar, que serve dealimento para as borboletas”,conta Guta Cabral. Um dosmuitos trabalhos que mostramcomo, por trás de todo o verdeencontrado nos campi da Fun-dação, está o trabalho que co-meça no horto.
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Trânsito: preveniré o melhor remédio
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Leonardo Azevedo
arros e motos estacio-nados em locais proibi-dos, pedestres trocando
as calçadas pelas ruas, ciclistasna contramão. Resultado: aci-dentes, pessoas feridas, carrosdanificados e prejuízos. Esse éo cenário de grandes metrópo-les, como Rio de Janeiro, BeloHorizonte e São Paulo. Com-portamentos semelhantes po-dem ser vistos dentro docampus de Manguinhos. Bas-ta percorrer a área para encon-trar exemplos de infrações.
No Instituto Nacional deControle de Qualidade emSaúde (INCQS), carros estaci-onados em locais proibidos,muitos em cima de quebra-molas. Ciclistas ocupam o lu-gar de pedestres na calçadapróxima ao Centro de Criaçãode Animais de Laboratório(Cecal). No estacionamentopróximo à Escola Politécnicade Saúde Joaquim Venâncio(EPSJV), veículos em fila du-pla causam muita confusão etranstornos. Também é possí-vel flagrar pessoas falando aocelular enquanto dirigem,além de pedestres andandolonge das calçadas, no meioda rua, distraídos muitas ve-zes com conversas, celularesou por fones de ouvido.
Organizar o trânsito, mes-mo na Fundação, não é tarefasimples. Para se ter uma ideiado tamanho do desafio, cercade 3 mil veículos circulam di-ariamente pelo campus. Osnúmeros são superiores àquantidade de automóveis decidades fluminenses como Pa-
raty e São Francisco do Itaba-poana, ambas com cerca de40 mil habitantes.
Segundo o Serviço de Se-gurança da Fiocruz, oito coli-sões já foram registradas noprimeiro semestre de 2011.Mais de 60% aconteceramnas áreas de estacionamen-to, devido à falta de atençãodos condutores ou à pressapara estacionar ou sair maisrápido. Durante todo o ano de2010 foram 25 colisões.
Por pouco o analista desuporte do Canal Saúde OdirJoão do Nascimento Juniornão entrou na estatística. Aotentar desviar a bicicleta queusava de um carro que trafe-gava em velocidade, próximoà Escola Politécnica, mudoude faixa e quase foi atingidopor outro veículo. Por sorte omotorista conseguiu parar ocarro, evitando um acidente.“Fui imprudente, pois deve-ria ter feito o trajeto pela ro-tatória e não ter ido reto”,reconhece.
SensibilizaçãoMuitas ações de melhoria
foram implementadas no cam-pus. Desde 2006, o Projeto deIntervenções Urbanísticas crioumais 308 vagas nos estaciona-mentos, instalou 500 placas desinalização e demarcou maisde 2 mil metros de vias e esta-cionamentos. Para tentar re-duzir as ocorrências de trânsitoe conscientizar os usuários daimportância de se respeitar asinalização, a Diretoria de Ad-ministração do Campus (Dirac)promove, desde 2008, uma
campanha de sensibilização econtrole de condutas corretas.
A iniciativa é resultado daparceria entre o Departamen-to de Projetos e Obras, a Áreade Urbanismo e a Assessoriade Comunicação da Dirac. Ini-ciada em agosto do ano pas-sado, a campanha conta comcartazes e folhetos com men-sagens educativas sobre comousar as vias, voltados para mo-toristas e pedestres, agentes evítimas dos acidentes.
Para o responsável pelaÁrea de Segurança da Dirac,Jeremias Barbosa, o respeito pe-las sinalizações reduziria em cer-ca de 60% os problemas comcolisões ou acidentes no cam-pus. Segundo Barbosa, muitospreferem colocar os carros emlocais proibidos em vez de pro-curar estacionamentos com va-gas. “Nosso objetivo é produzirmeios e condições favoráveispara que os usuários tenhamcondições adequadas de loco-moção, mas é importante quecada um use o espaço deter-minado para ele”, enfatizou.
Uma pesquisa do Ministé-rio das Cidades com 2 mil pes-soas indica que a atitude maiscomum das pessoas é culpar osdemais pelas infrações. Segun-do o estudo, três em cada qua-tro brasileiros se enxergam comosolução, em vez de problemano trânsito. E consideram nãoser necessário mudar. Quandosão indagados de forma objeti-va sobre certas atitudes, comoo respeito aos limites de veloci-dade e o uso da faixa de pedes-tre, alguns reconhecem falhase passam a se ver mais comoproblema do que como solução.
Algumas atitudes são importantes no dia a dia, como:Atenção ao atravessar a rua;
Não andar de bicicleta pelas calçadas;
Respeitar a faixa de pedestres e as placas de sinalização;
Sinalizar antecipadamente as manobras a serem efetuadas;
Evitar o transporte de objetos que dificultem a condução da bicicleta ou prejudiquem a sua visibilidade;
Só usar o celular com o veículo parado.
Fotos Peter Ilicciev
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