SESSO DE CASOS CLNICOS DO DAMED
PEDIATRIAOrientadora: Prof Cristiana Nascimento Carvalho
Alunos: Mayana LopesJan Lopes
Matheus MendonaPatrick MacDonald
Salvador BA 05/10/2005
ANAMNESE
Identificao: J.S, sexo masculino, 1 ano e 10 meses, natural e procedente de Salvador.
Informante: O pai
QP: Febre h cerca de 48 horas.
ANAMNESE
HMA: Paciente previamente hgido, h 48 horas comeou a apresentar febre alta at 39O C, associado a vmitos, inapetncia, astenia e irritao. Fez uso de dipirona no havendo melhora. Procurou ento assistncia do HGE, onde foi percebido pequenas petquias, inicialmente em regio genital e posteriormente em todo o corpo. Paciente foi encaminhado para o Hospital Couto Maia para tratamento. Aps um dia de internamento, a criana est respondendo bem ao tratamento com melhora da febre, mas ainda apresentando petquias, irritao e inapetncia.
ANAMNESEIS: Nega convulses, perda ponderal, alteraes nasais, alteraes nos ouvidos e nos olhos, alteraes gastrointestinais e urinrias.
Histria da gestao e parto: Genitor relata que durante a gestao a genitora realizou o pr-natal. Gestao sem intercorrncias. Parto normal, a termo, hospitar, sem intercorrncias. Criana nasceu com 3,450 kg, anictrica, aciantica e sem nenhum agravo.
ANAMNESE
Histria alimentar: Aleitamento materno exclusivo at os 4 meses, quando foi introduzido leite de vaca, ch, sucos e frutas. Dieta atual: Leite de vaca, mingau, sopas, frutas, iogurtes e sucos.
ANAMNESE
Crescimento e desenvolvimento: Adequado para a idade.Histria Patolgica Pregressa: Nega doenas pregressas, internamentos e alergias. Nega contato com doenas infecciosas.Vacinaes: Completa (sic). Presena da cicatriz da BCG.
ANAMNESE
Histria familiar: Nega Diabetes, HAS, discrasiassanguneas, cardiopatias congnitas, Cncer, malformaes, epilepsia, AIDS, atopias.Histria Social: Pais casados, filho nico, mora em casa de alvenaria, com saneamento e luz eltrica.
EXAME FSICO Dados Vitais: FR: 45 imp ; FC:140 bpm ;
Temperatura: 36,5OC Geral: Paciente foi encontrado irritado no
leito, ativo, eutrfico, hidratado, afebril. Mucosas normocoradas. Pele apresentando petquias por todo o corpo, principalmente nas extremidades dos membros inferiores, sendo algumas vezes coalescentes. Sem adenomegalias, musculatura normotrfica.
EXAME FSICO
Cabea e pescoo: Crnio simtrico, sem abaulamentos, olhos bem implantados, sem secrees, boca sem leses, sem otorria, epistaxe ou otorragia. Orofaringe sem alteraes. Aparelho respiratrio: Torax simtrico, taquipnico. Murmrio vesicular bem distribudo sem rudos adventcios.
EXAME FSICO
Sistema Cardiovascular: Pulsos simtricos, cheios, rtmicos. Bulhas rtmicas normofonticasem dois tempos sem sopros. Abdome: Plano, cicatriz umbilical plana. Sem visceromegalias. Sistema Nervoso: Sinais de irritao meningeapositivos: Kernig, rigidez de nuca, Brudzinski.
VOLTANDO A QUEIXA PRINCIPAL...
QP: Febre h cerca de 48 horas.
FEBRE
Responsvel por grande partes dos atendimentos em ambulatrios de pediatria.
Idade inferior a 3 anos.
Levar em conta a temperatura e o tempo de evoluo.
Tempo de evoluoda febre
AGUDA
Sugere processo infeccioso
Temperatura
Maior que 39oC aumento do risco de bacteremia.
PACIENTE COM: FEBRE+TAQUIPNIA
+TAQUICARDIA
DEFINE SRIS
SECUNDRIO A SEPSE??
FEBRE + PETQUIAS sugere:
BACTEREMIA por MENINGOCOCO,
PNEUMOCOCO, E H. INFLUENZAE TIPO B
Febre, irritabilidade, alteraes no humor e
inapetncia
Envolvimento do SNC
SINAIS DE IRRITAO MENNGEA + FEBRE SUGERE:
MENINGITE
Sinais e sintomas clnicos Sintoma ou sinal Freqncia relativa (%)
Dor de cabea 90
Febre 90
Meningismo 85
Alterao sensorial 80
Sinal de Kernig 50
Sinal de Brudzinski 50
Vmitos ~35
Achados focais 10-20
Papiledema
Leses cutneas da sepse meningoccica
Warren, H. S. et al. N Engl J Med 2003;349:2341-2349
Diagnstico diferencial
Diagnstico
HemoculturasExame do Lquido Cefalorraqueano
Diagnstico
E no caso deste paciente?
Lquor: Cor e aspecto: Turvo; Celularidade: 2000 cels/ mm3 (72% de
Neutrfilos) Glicose: 34 mg/ dl Protenas: 150 mg/ dl Gram: ???
Exame Laboratorial
Hemograma: Leucocitose (23000), neutrofilia (70%), com desvio para esquerda (13% de Bastes) e plaquetopenia (50000).
Suspeita de leso de massa(abscesso cerebral, empiema subdural)O MINISTRIO DA SADE ADVERTE:
A MENINGITE BACTERIANA UMA EMERGNCIA MDICA QUE REQUER UM DIAGNSTICO IMEDIATO E INSTITUIO RPIDA DE TERAPIA ANTIMICROBIANA!
Diagnstico Radiolgico
Meningite Assptica
Diagnstico Etiolgico
Meningites Virais
Enterovirus
Herpesvirus
Paramixovirus
Togavirus
Flavivirus
Retrovirus
Outros
Meningites por parasitas
Acanthamoeba sp.
Balamuthia sp.
Angiostrongylus cantonensis
S. stercoralis
Taenia solium (cisticercose)
Diagnstico EtiolgicoMeningite Assptica
Meningite por fungosCryptococcus neoformans
C immitis
B dermatitidis
H capsulatum
Candida sp.
Aspergillus sp.
Meningite por bactriasL monocytogenes
Brucella species
Rickettsia rickettsii
Mycoplasma pneumoniae
Treponema pallidum
Leptospira species
Mycobacterium tuberculosis
Nocardia species
Meningite Bacteriana Aguda
Diagnstico Etiolgico
Bactria 1978-1981 1986 1995
H influenzae 48% 45% 7%
Listeria monocytogenes 2% 3% 8%
N meningitidis 20% 14% 25%
Streptococcus agalactiae 3% 6% 12%
S pneumoniae 13% 18% 47%
Meningite Viral
Diagnstico Etiolgico
Quadro Clnico
Febre
Vmitos
Cefalia com fotofobia
Aumento de glndulas salivares
Sinais de irritao menngea
Letargia
Dor Abdominal
Convulses
Sintomas respiratrios altos
Anorexia
Rash
Diarria
Mialgias
Meningite Bacteriana Aguda
Diagnstico Etiolgico
Sinal ou Sintoma Freqncia Relativa (%)Cefalia 90Febre 90Sinais de irritao menngea 85Alteraes do sensrio 80Sinal de Kernig 50Sinal de Brudzinski 50Vmitos ~35
Convulso ~30
Sinais Focais 10-20
Papiledema
Agent Opening Pressure
WBC count per L
Glucose(mg/dL)
Protein (mg/dL)
Microbiology
Bacterialmeningitis 200-300
100-5000; >80% PMNs*
Diagnstico Etiolgico
Gram
CulturaPCR
Diagnstico EtiolgicoMtodo de Gram
Utilidade ClnicaIdentifica o agente etiolgico em 60-90% dos casos
Especificidade prxima de 100%
Depende do patgeno:90% em casos de pneumococos
86% em casos de H. influenzae
75% em casos de meningococos
50% em gram-negativos
Diagnstico EtiolgicoCultura do LCR
Identifica o agente etiolgico em 70-85% dos casos
Diminui bastante aps administrao de antibioticoterapia emprica
Diagnstico EtiolgicoOutros mtodos
Sensibilidade (%)Organismo Coaglutinao Aglutinao com Ltex
H. influenzae tipo B 66-100 78-100
Meningococo 50-78 50-93
Pneumococo 59-93 67-100
S. agalactiae 62-87 69-100
Diagnstico EtiolgicoMeningite por Sfilis
Anormalidades no LCR (contagem celular e protenas)10-20% dos pacientes com sfilis primria
30-70% dos pacientes com sfilis secundria
10-30% dos pacientes com sfilis latente
Pleocitose mononuclear (>10 cls./mm)
Concentraes elevadas de protenas
Diminuio moderada na concentrao de glicose (
Diagnstico EtiolgicoMeningite por Sfilis
Sorologia no LCR (VDRL)Possibilidade de contaminao durante a puno lombar
Alta especificidade
Baixa sensibilidade (testes reativos em apenas 30-70% dos pacientes)
FTA-ABS (Absoro de anticorpo anti-treponema fluorescente)Teste negativo afasta a possibilidade de sfilis
Baixa especificidade
Faltam estudos
PCR (Reao em cadeia da polimerase)
Fisiopatologia da meningite meningoccica
Rosenstein, N. E. et al. N Engl J Med 2001;344:1378-1388
Corte da membrana celular do meningocco
Rosenstein, N. E. et al. N Engl J Med 2001;344:1378-1388
Tratamento
MANEJO DA MENINGITE BACTERIANA AGUDA
Convulses: Precoces; Tardias.
Monitoramento Contnuo:TA, FC, FR, Temperatura, mese, Aspirao, Diurese e Evacuao.
Reidratao:
SSIHAD
MANEJO DA MENINGITE BACTERIANA AGUDA
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
TRATAMENTO
Tratamento Quimioterpico: Emprico Aps Gram Aps Isolamento do Agente Etiolgico
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
TRATAMENTO
Tratamento Quimioterpico: Emprico Aps Gram Aps Isolamento do Agente Etiolgico
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
TRATAMENTO
Tratamento Quimioterpico: Emprico Aps Gram Aps Isolamento do Agente Etiolgico
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
Terapia Antimicrobiana Recomendada
Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004; 38:1267-1284
IMPACTO DO USO DE ATB
Swartz, M. N. N Engl J Med 2004; 351:1826-1828,
TERAPIA ADJUVANTE
Anti-Inflamatrios: Indicao Absoluta; Indicao Relativa.
Cirurgia.
Reduo da Presso Intracraniana;
PREVENO, CONTROLE E PROGNSTICO
Quimioprofilaxia;
Vacinao;
Prognstico;
Seqelas.
QUIMIOPROFILAXIA
Rosenstein, N. E. et al. N Engl J Med 2001;344:1378-1388
Referncias1. http://www.cite-
sciences.fr/francais/ala_cite/science_actualites/sitesactu/magazine/article.php?id_mag=2&lang=fr&id_article=2062
2. http://associationaudrey.free.fr/professionnelsdroit.htm3. Rosenstein, N. E. et al. Meningococcal Disease. N Engl J Med 2001; 344:1378-13884. Swartz, M. N. Bacterial Meningitis A View of the Past 90 Years. N Engl J Med 2004; 351:1826-
18285. De Faria, S. M., Farhat, C. K. Meningites Bacterianas Diagnstico e Conduta. J Pediatr 1999;
75 (1):S46-S566. Tunkel, A. R. et al. Practice Guidelines for the Management of Bacterial Meningitis. CID 2004;
38:1267-12847. Tunkel, A. R., Scheld, W. M. Acute Meningitis. In: Mandell Principles and Practices of
Infectious Disease: Churchill Livingstone, 5th ed., 2000, p.9598. Silva, H. R. Meningites. In: De Carvalho, C. N., De Miranda, V. M. M., Fontoura, M. do S. H.,
Fonseca, S. F., Acosta, A. X. Manual de Condutas Mdicas do Departamento de Pediatria, da Faculdade de Medicina da Bahia, da Universidade Federal da Bahia, 2005, p.230
9. De Carvalho, C. N. Abordagem da Criana com Febre. In: De Carvalho, C. N., De Miranda, V. M. M., Fontoura, M. do S. H., Fonseca, S. F., Acosta, A. X. Manual de Condutas Mdicas do Departamento de Pediatria, da Faculdade de Medicina da Bahia, da Universidade Federal da Bahia, 2005, p.209
10. De Carvalho, C. N, Cruz, R. C. C. Sepse. In: De Carvalho, C. N., De Miranda, V. M. M., Fontoura, M. do S. H., Fonseca, S. F., Acosta, A. X. Manual de Condutas Mdicas do Departamento de Pediatria, da Faculdade de Medicina da Bahia, da Universidade Federal da Bahia, 2005, p.45
SESSO DE CASOS CLNICOS DO DAMEDANAMNESEHMA: Paciente previamente hgido, h 48 horas comeou a apresentar febre alta at 39O C, associado a vmitos, inapetncia, astIS: Nega convulses, perda ponderal, alteraes nasais, alteraes nos ouvidos e nos olhos, alteraes gastrointestinais e uriCrescimento e desenvolvimento: Adequado para a idade.Histria Patolgica Pregressa: Nega doenas pregressas, internamentos eEXAME FSICOSistema Cardiovascular: Pulsos simtricos, cheios, rtmicos. Bulhas rtmicas normofonticas em dois tempos sem sopros. AbdoQP: Febre h cerca de 48 horas.FEBRESugere processo infecciosoTemperaturaPACIENTE COM: FEBRE+TAQUIPNIA+TAQUICARDIAFEBRE + PETQUIAS sugere:Envolvimento do SNCSINAIS DE IRRITAO MENNGEA + FEBRE SUGERE:Sinais e sintomas clnicosDiagnstico diferencialDiagnsticoDiagnsticoE no caso deste paciente?Exame LaboratorialTratamentoMANEJO DA MENINGITE BACTERIANA AGUDAMANEJO DA MENINGITE BACTERIANA AGUDATRATAMENTOTerapia Antimicrobiana RecomendadaTRATAMENTOTerapia Antimicrobiana RecomendadaTRATAMENTOTerapia Antimicrobiana RecomendadaTerapia Antimicrobiana RecomendadaTerapia Antimicrobiana RecomendadaTerapia Antimicrobiana RecomendadaIMPACTO DO USO DE ATBTERAPIA ADJUVANTEPREVENO, CONTROLE E PROGNSTICOQUIMIOPROFILAXIAReferncias
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