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WILL MABBITT Ilustrado por ROSS COLLINS Traduzido por PAULA MARCONI DE LIMA As IMPROVÁVEIS AVENTURAS de
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WILL MABBITT
Ilustrado por ROSS COLLINS
Traduzido porPAULA MARCONI DE LIMA
As IMPROVÁVEIS
AVENTURAS de
Mabel jones 3P miolo 7C.indd 3 3/30/16 3:08 PM
Copyright do texto © 2015 by Will MabbittCopyright das ilustrações © 2015 by Ross Collins
Edição original em inglês primeiramente publicada por Penguin Books Ltd, Londres
Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.
Título originalthe unlikely adventures of mabel jones
Preparaçãofabricio waltrick
Revisãoluciana baraldi
arlete sousa
Tratamento de imagemm gallego • studio de artes gráficas
Composiçãoyumi saneshigue
[2016]Todos os direitos desta edição reservados àeditora schwarcz s.a.Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 3204532-002 — São Paulo — sp
Telefone: (11) 3707-3500Fax: (11) 3707-3501www.companhiadasletrinhas.com.brwww.blogdacompanhia.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Mabbitt, WillAs improváveis aventuras de Mabel Jones / Will Mabbitt ;
ilustrado por Ross Collins ; traduzido por Paula Marconi de Lima. — 1a ed. — São Paulo : Companhia das Le tri nhas, 2016.
Título original: The Unlikely Adventures of Mabel Jones.isbn 978-85-7406-702-5
1. Ficção — Literatura infantojuvenil. i. Collins, Ross.ii. Título
16-00037 cdd-028.5
Índices para catálogo sistemático:1. Ficção : Literatura infantil 028.52. Ficção : Literatura infantojuvenil 028.5
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SUMÁRIO
Ma p a 10
1. O s e q u e s t r O 13
2. Os p i r a t a s 25
3. O pa u d e se b O d a MO r t e Ce r t e i r a 39
4. a l i s t a 49
5. a ta v e r n a d a la g O s t a Ca d a v é r i C a 65
6. uM a t e M p e s t a d e e u M a s e n h O r a t r a i ç ã O r e p u g n a n t e 90
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7. aq u e l a s e n s a ç ã O d e a f u n d a r 105
8. a g O t e i r a i M p l a C á v e l 110
9. Ma b e l e s C a p a d a g O t e i r a i M p l a C á v e l 111
10. ar r O t O d e b a l e i a 120
11. O M e l h O r d O s M e l h O r e s l a d r õ e s d e t O d O s O s t e M p O s 134
12. uM a M i g O e M a p u r O s 142
13. uM d e s t i n O p i O r q u e u M d e s t i n O p i O r q u e a M O r t e 148
14. pr i n C e s a Ma b e l JO n e s 157
15. uM a M ã O z i n h a 163
16. sé r i O, O M e l h O r d O s M e l h O r e s l a d r õ e s d e t O d O s O s t e M p O s 167
17. a p e r n a d O C a p i t ã O 172
18. tr u q u e d a O v e l h a 185
19. in d O p a r a O b u r a C O 192
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20. se g r e d O s d a C a t a C u M b a 202
21. pe s C a n d O 214
22. pa s s a g e M C O M p l i C a d a 230
23. Ca s a 241
24. fO r M a s f a n t a s M a g ó r i C a s 247
25. O C a M p a n á r i O d O s M O r t O s 251
26. in f e r n O e M a s C e n d ê n C i a 262
27. O t i n i d O t e r r í v e l 267
28. as C O n s e q u ê n C i a s d O t i n i d O t e r r í v e l 268
29. a balada ressOante 284
30. reperCussões da balada ressOante 285
31. a v i n g a n ça d O C O n d e 292
ep í l O g O 299
ag r a d e C i M e n t O s 302
sOb r e O au tOr 3 03
sOb r e O i lust rad Or 3 03
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1O SEQUESTRO
M abel Jones foi acordada por um silêncio
repentino!
Ela se sentou na cama.
“Que barulho não foi esse?”, pensou.
A cidade lá fora estava estranhamente calada.
Os vizinhos não ouviam a tevê.
Os carros não estavam subindo e descendo a rua
movimentada.
Até os ratos que sempre corriam debaixo do assoalho
respeitaram o misterioso silêncio. Um silêncio muito
suspeito…
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as iMprOváveis aventuras de Mabel JOnes
Mabel escutava com muito cuidado, mas, mesmo
de olhos bem fechados, ela não conseguia ouvir de
onde vinha o silêncio.
Mal sabia ela que a fonte do silêncio se esgueirava
pela portinha para gatos com um sabre entre os dentes…
… pisando na ponta dos dedos pela sala, deixando
pegadas molhadas no carpete…
… subindo as escadas sorrateiramente, pausando por
um segundo antes de se estremecer de medo diante
de uma foto da bisavó de Mabel…
… abaixando-se do lado de fora do
quarto de Mabel com um grande saco
feito sob medida para o
tamanho de uma criança
e, naquele exato momento,
abrindo a porta, pronta
para…
PARE! ESPERE!
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O sequestrO
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Antes de testemunharmos a cena aterrorizante em
que a jovem Mabel Jones é ensacada com destreza na
calada da noite, acho que já está na hora de revelar
a identidade da criatura que invadiu a casa dela de
maneira tão ensurdecedoramente silenciosa.
Vamos jogar uma luz na escuridão e revelar quem
é a furtiva fera que espreita no canto.
Quem é você, criatura? E qual é a desse saco?
Os bigodes da criatura se contraem ligeiros.
Um tufo de pelos que cresceu na direção errada no
topo da cabeça dela é ajeitado de maneira ansiosa por
uma pata recém-lambida.
Uma pausa e então ela nos encara com seus olhos
redondos enormes e pisca nervosamente, sussurrando:
— Eu? Eu ser Silencius Abominus.Ele fala!
E a qual espécie você pertence?— Eu ser um lóris silencioso.
Uma raça covarde: quieta como um amendoim
e sorrateira como uma formiga no açucareiro.
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as iMprOváveis aventuras de Mabel JOnes
O que o traz ao quarto da pobre, desafortunada Mabel Jones?
— Eu ser o ensacador a bordo do
Verme Selvagem!Ensacador?— O ensacador que ensaca crianças! Eu tenho os dedos
certos para dar os nós certos, que mantêm o almofadinha
ensacado se contorcendo aqui dentro, bem preso.
Não a jovem Mabel Jones, certamente?— Ela executou o Ato sagrado. O Ato que sela
o trato! O Ato que a obriga a prestar serviços para
o capitão para o resto da vida a bordo do Verme Selvagem.
A criatura se inclina mais para perto e sussurra:
— O Ato que mostra que há um pirata em desenvolvimento.
Ela não faria.Não o Ato...
— Ela fez! Ela fez! Nós
vimos pelo telescópio
do capitão!
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O sequestrO
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Minha nossa! O Ato foi executado!
O que foi, leitor? Você não sabe de qual Ato estamos
falando?
Claro que não, que falha da minha parte. Você
provavelmente não passou anos a bordo de um navio
pirata. Você provavelmente nem sequer se sentou em
volta de uma fogueira numa praia tropical, comendo
os últimos pedaços de um papagaio recém-assado. E
você também não ouviu, depois que o rum acabou,
a conversa se transformar em histórias sussurradas
a respeito de crianças infelizes, recrutadas para a vida
de pirata após terem executado o Ato , sem nem terem
se dado conta disso!
Então, vamos voltar uma hora no tempo, para
o convés do navio pirata
onde se encontra o capitão Idryss
Ebenezer Split.
Split é um lobo.
Verme Selvagem,
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O sequestrO
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Um lobo com chapéu de pirata e uma perna
falsa esculpida em um fêmur humano. Ele leva
um sabre enferrujado pendurado no cinto e uma
pistola carregada escondida na cueca, sem temer as
consequências! Seu olho esquerdo não existe há um
bom tempo — foi arrancado de sua cara por um fogo
de artifício desgovernado. O olho direito está colado
a um telescópio. O telescópio está apontado para um
estranho buraco na névoa pesada que envolve o Verme Selvagem. Um buraco por meio do qual é possível
observar um mundo diferente daquele que ele conhece.
Um mundo humano.
Um mundo onde a jovem Mabel Jones está prestes
a executar o Ato : uma cutucada solene no nariz de
Mabel Jones pelo dedo-cutucador-de-nariz de Mabel
Jones.
— Ela já comeu? — a tripulação pergunta, ansiosa.
— O Ato foi finalizado?
— Ainda não, rapazes. Ainda não!
A sorte de Mabel está para ser decidida de acordo
com o destino final da meleca que se encontra em seu
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as iMprOváveis aventuras de Mabel JOnes
dedo neste instante. O dedo que agora pende, meio
largado, entre a boca e a parede, enquanto Mabel decide
se vai comê-la ou esfregá-la.
Ela vai comer a meleca?
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