USO DE PROGESTERONA APÓS IATF EM NOVILHAS E...

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1 Universidade Camilo Castelo Branco Campus Descalvado MARCELO SEIXAS COVA USO DE PROGESTERONA APÓS IATF EM NOVILHAS E VACAS NELORE PROGESTERONE POST TAI IN NELORE HEIFERS AND CATTLE

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Universidade Camilo Castelo Branco

Campus Descalvado

MARCELO SEIXAS COVA

USO DE PROGESTERONA APÓS IATF EM NOVILHAS E VACAS NELORE

PROGESTERONE POST TAI IN NELORE HEIFERS AND CATTLE

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Descalvado - SP

2016

MARCELO SEIXAS COVA

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USO DE PROGESTERONA APÓS IATF EM NOVILHAS E VACAS NELORE

Orientadora: Profa. Dra. Cássia Maria Barroso Orlandi

Co-orientador: Prof. Dr. Vando Edésio Soares

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal

da Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus de Descalvado, como

complementação dos créditos necessários para obtenção do título de Mestre em Produção

Animal.

Descalvado - SP

2016

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FICHA CATOLOGRÁFICA

COVA, Marcelo Seixas

C913U Uso de Progesterona Após IATF em Novilhas e Vacas Nelore / Adilson Lucimar Simões - São Paulo: SP / UNICASTELO, 2016.

34f. il.

Orientadora: Profa. Dra. Cássia Maria Barroso Orlandi

Co – Orientador: Prof. Dr. Vando Edésio Soares

Dissertação de Mestrado apresentada no Programa de Pós-Graduação em Produção Animal da Universidade Camilo Castelo Branco, para complementação dos créditos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, MARCO ANTONIO COVA e TANIA SEIXAS COVA, pelos exemplos de honestidade e perseverança, pelo amor incondicional e por sempre me apoiarem na realização de meus sonhos.

A minha esposa, Silvana, meu grande amor, companheira, que me impulsionou e motivou a buscar o meu melhor desde o inicio de nossa vida juntos.

Ao meu filho, João Pedro, minha maior motivação.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar sempre comigo, me ajudando em todas as etapas de minha vida.

Aos meus pais, por terem me ensinado o valor da palavra EDUCAÇÃO e por sempre terem me dado excelentes oportunidades de estudo. E também, pela confiança depositada em todas as decisões que tomei.

A toda minha família, que sempre propiciou momentos de felicidade e conforto.

A minha esposa, Silvana, que sempre esteve comigo, sempre me incentivou e deu forças, obrigado.

A minha amiga e orientadora, Prof. C´sssia Maria Barroso Orlandi, pela amizade, pelos conselhos, pelo amadurecimento, pela rigidez, que sempre me orientou e auxiliou e sem a tua ajuda não chegaria até aqui, obrigado.

Ao Juliano R. Melo Zoetis, por ter me auxiliado na realização do experimento 01 e 02 durante o mestrado.

Aos amigos de mestrado pelos ensinamentos, convívio e momentos de distração proporcionados.

Ao Bruno Freitas, da Empresa Ouro Fino Saúde Animal, pelo auxílio na execução do experimento 03.

À Peça Rara Agropecuária, em nome do Valdenilson C. Mendes e à Fazenda Toca da Onça, em nome do Fábio Oltramares e a Fazenda Santa Maria, em nome do José Atílio S. Martins, por permitirem a realização dos experimentos.

A toda equipe de campo da Peça Rara Agropecuária, Fazenda Santa Maria e Fazenda Toca da Onça que foram essenciais para realização desses experimentos, pela amizade e vários momentos de muita risada durante os trabalhos de pesquisa nas fazendas.

Ao estagiário, Gleuton Junior Santiago Matias. pela amizade, convívio e auxílio na execução dos experimentos.

Ao nosso amigo William Sousa Teixeira, da J. P. da Assessoria Rural, pelo auxilio e apoio durante a realização deste sonho.

Ao Professor Vando Edésio Soares pelos imprescindíveis auxílios nas análises estatísticas.

À Zoetis, em nome de Juliano R. Melo e a Ouro Fino Saúde Animal, em nome de José Ricardo e Bruno Antunes, por terem cedido todos os produtos utilizados nos experimentos realizados dessa dissertação e pela confiança depositada.

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Aos Professores, Dr. Marco Antônio de Andrade Belo e Dra. Marcia Izumi Sakamoto por participarem da banca do exame geral de qualificação e pelas sugestões pertinentes ao trabalho.

Aos Professores Dr. Athos Pastore e Dr. Paulo Dian por participarem da banca da defesa de mestrado, e pelas discussões e sugestões para melhoria do trabalho.

E a todos que, de alguma forma, contribuíram para execução deste trabalho.

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“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou

sobre aquilo que todo mundo vê” (Arthur Schopenhauer).

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USO DE PROGESTERONA APÓS IATF EM NOVILHAS E VACAS

NELORE

RESUMO

O longo período de anestro, fator limitante na reprodução de fêmeas bovinas da raça Nelore,

implica em recorrer à Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) para redução desse período.

Considerando o papel da Progesterona (P4), na manutenção da gestação, o presente estudo

investigou as taxas de prenhez (TP) em fêmeas Nelore, submetidas à IATF e suplementadas

com P4 nas formas oral e injetável, durante duas Estações de Monta, entre os meses de

outubro de 2015 a janeiro de 2016, no Estado de Rondônia. A suplementação com

progesterona oral foi realizada durante o período de 13 a 19 dias após o início do protocolo de

IATF; suplementando-se vacas multíparas (Experimento 1) com Acetato de Melengestrol1

adicionado ao sal comum. Vacas primíparas e novilhas receberam o Acetato de Melengestrol1

durante o mesmo período, embora adicionado ao concentrado proteico energético

(Experimento 2). Enquanto a P4 injetável2 foi utilizada em vacas multíparas e primíparas, no

14º dia pós-IATF (Experimento 3). Após detecção do estro, vacas denominadas cíclicas e

acíclicas foram distribuídas nos respectivos tratamentos. A dispersão de gestações, segundo

sub-universos alvos (categoria e tratamentos), foi submetida ao teste qui-quadrado. A TP não

diferiu significativamente entre fêmeas tratadas com P4 oral vs fêmeas controle para as

categorias: multíparas (58,8% vs 58,3%), primíparas (59,6% vs 44,1%) e novilhas (56,9% vs

43,1%). O tratamento com P4 injetável não resultou em diferenças significativas entre vacas

tratadas vs controle quanto à TP para multíparas (76,2% vs 64,4%) ou primíparas (52,6% vs

56,1%). Fêmeas cíclicas apresentaram 70% de TP e acíclicas, 50% de TP, sem diferença

significativa entre tratadas e controle; dentro do mesmo status de ciclicidade. Acredita-se que

variáveis como escore de condição corporal, ciclicidade, categoria e manejo nutricional em

regimes de pastagem influenciem a TP após IATF e apresentem resultados relevantes quanto

ao uso de P4 injetável, no período gestacional inicial.

Palavras-chave: progestágenos, anestro, gestação e bovinos.

1 Progesterona oral, Acetato de Melengestrol, MGA®Premix, Pfizer 2 Sincrogest® (150 mg/mL de Progesterona sintética), Ouro Fino.

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PROGESTERONE POST TAI IN NELORE HEIFERS AND CATTLE

ABSTRACT

The long period of anestrus is a limiting factor for bovine reproduction, as far as Nelore cattle;

which can be reduced by Timed Artificial Insemination (TAI). Considering the role of

progesterone (P4) for maintenance of pregnancy, the present study investigated pregnancy

rates (PR) in Nelore cattle submitted to TAI, followed by supplementation of oral and injectable

forms of P4 during two breeding season, October to January, 2015/2016, in Rondonia State.

Oral progesterone supplementation was administered from 13 to 19 days after the beginning of

TAI Protocol to multiparous cows (Experiment 1), which received Melengestrol acetate1 added

to common salt. Primiparous cows and heifers received the Melengestrol acetate1 during the

same period, although added to the concentrated energy protein (Experiment 2). While

injectable progesterone 2 was administered to primiparous and multiparous cows, on the 14th

day post-TAI (Experiment 3). After heat detection, cyclic and acyclic cattle were distributed to

the respective treatments. The dispersion of pregnancies, according to targets (category and

treatments) was submitted to Qui-square test. Pregnancy rates (PR) were not significantly

different between progesterone treated females and control, respectively for the categories:

multiparous (58.8% vs. 58.3%), primiparous (59.6% vs 44.1%) and heifers (56.9% vs. 43.1%).

Treatment with injectable P4 did not result in significant differences regarding the PR for treated

versus control multiparous (76.2% versus 64.4%) and primiparous cattle (52.6% vs. 56.1%).

Cyclic females presented 70% PR, while the PR of acyclic cows was 50%, with no significant

differences, when comparing treated versus control within the same status of cyclicality.

Variables such as body condition score, corporal, category and nutritional management in

grazing systems may influence pregnancy rates afterTAI, and relevant results might be

encountered concerning the injectable P4 use during beginning of gestational period.

Keywords: progestogens, anestrus, pregnancy and bovine.

1 Progestogen, Melengestrol acetate MGA ®, Premix, Pfizer

2 Sincrogest ® (150 mg/mL of synthetic Progesterone), Ouro Fino.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema de sincronização para IATF em fêmeas bovinas da raça

Nelore.........................................................................................................................28

Figura 2 - Esquema de administração de P4 oral (Acetato de Melengestrol) MGA, após a

IATF................................................................................................................29

Figura 3 - Esquema de sincronização para IATF em vacas Nelore

(grupo controle).................................................................................................................... 32

Figura 4 - Esquema de sincronização para IATF em vacas Nelore suplementadas com

progesterona injetável P4 (150mg), no décimo quarto dia após início do protocolo para IATF32

Figura 5 - Dispositivo, adesivo (Estrotec®) para detecção das manifestações de estro nas

fêmeas Nelore. .................................................................................................................. 33

Figura 6 - Marca de bastão colorido para detecção das manifestações de estro nas fêmeas

Nelore. .............................................................................................................................. 33

Figura 7 - Taxa de prenhez em vacas que manifestaram cio e foram tratadas com P4 injetável no D14 após início do protocolo para IATF............................................39

Figura 8 - Taxa de prenhez em vacas que não manifestaram cio e foram tratadas com Progesterona injetável no D14 após início do protocolo para IATF...................39

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Composição e níveis nutricionais dos minerais utilizados como veículo para o

fornecimento do Acetato de Melengestrol Descalvado, 2016.........................28

Tabela 2 - Composição e níveis nutricionais do suplemento proteico energético utilizado como

veículo para o fornecimento do Acetato de Melengestrol. Descalvado,

2016..............................................................................................................30

Tabela 3 - Taxa de prenhez em vacas multíparas Nelore após IATF, tratadas com Acetato de Melengestrol adicionado ao sal mineral linha branca. Descalvado, 2016.

............................................................................................................................................ 35

Tabela 4 -- Taxa de prenhez em novilhas e vacas primíparas Nelore após IATF tratadas com Acetato de Melengestrol adicionado ao concentrado proteico energético. Descalvado, 2016....................................................................................37

Tabela 5 - Taxa de prenhez em vacas Nelore, multíparas e primíparas tratadas com Progesterona injetável pós IATF. Descalvado, 2016.................................................38

Tabela.6- Estimativa dos coeficientes - Análise de regressão logística. Descalvado,

2016...........................................................................................................................41

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

BE- Benzoato de Estradiol

BEM- Balanço energético negativo

CIDR- Controlled internal drug release

CL- Corpo Lúteo

D0- Dia zero: início inseminação artificial em tempo fixo

D8- Dia oito: retirada do implante e administração de hormônios

D10- Dia dez: realização da inseminação artificial

D13- Dia treze: início de suplementação com Acetato de Melengestrol

D14- Dia quatorze: aplicação de Progesterona injetável

D19- Dia dezenove: remoção da suplementação de Melengestrol

ECC- Escore de Condição Corporal

eCG- Gonadotrofina Coriônica Equina

CE- Cipionato de Estradiol

EM- Estação de Monta

E2- Estradiol

GnRH- Hormônio liberador de gonadotrofinas

IA- Inseminação Artificial

IATF- Inseminação Artificial em Tempo Fixo

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IFN-T- Interferon-Tau

LH- Hormônio Luteinizante

MGA- Acetato de Melengestrol

P4- Progesterona

PGF2α- Prostaglandina F2 Alfa

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 16

1.1. RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................... 16

1.2 FUNDAMENTAÇÃO............................................................................................ 18

1.2.1 Influência do anestro pós-parto na reprodução de fêmeas bovinas...............................18

1.2.2 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) ......................................................................20

1.2.3 Fisiologia e controle endócrino do desenvolvimento embrionário................................21

1.2.4 Perda embrionária precoce e suplementação de progesterona em fêmeas

bovinas......................................................................................................................23

1.3. HIPÓTESE............................................................................................................................................................................ 25

1.4. OBJETIVOS ......................................................................................................................................................................... 25

1.4.1 Geral ................................................................................................................ 25

1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................26

2 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 27

2.1 EXPERIMENTO 1.......................................................................................................... 27

2.1.1 Local, Animais e Tratamento.................................................................................... 27

2.1.2 Protocolo Hormonal para sincronização da ovulação e IATF................................ 28

2.1.3 Exames ultrassonográficos para diagnóstico de gestação.................................................29

2.2 EXPERIMENTO 2 ............................................................................................... 29

2.2.1 Local, Animais e Tratamento .....................................................................................................29

2.3- EXPERIMENTO 3 .............................................................................................. 31

2.3.1 Local, Animais e Tratamento .....................................................................................................31

2.3.2 Protocolo Hormonal para sincronização da ovulação e IATF................................ 32

2.3.3 Dispositivos marcadores para identificação de estro e escore da condição corporal.....................................................................................................................33

2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA......................................................................................34

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 35

3.1. EXPERIMENTO 1 .............................................................................................. 35

3.2 - EXPERIMENTO 2 ............................................................................................. 36

3.3 - EXPERIMENTO 3 ............................................................................................. 38

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 43 ANEXO 1.................................................................................................................................48

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INTRODUÇÃO

A bovinocultura de corte é uma das principais atividades produtivas do agronegócio brasileiro, proporcionando a maior renda obtida entre as cinco cadeias estudadas. Os bovinos estão presentes em cerca de 2,6 milhões de estabelecimento no Brasil, segundo o último Censo Agropecuário, totalizando algo próximo a 171 milhões de cabeças de gado (CEPEA-USP/CNA, 2009). O cenário atual tem exigido eficiência no sistema de produção de bovinos de corte devido a crescente demanda por alimentos no mundo. A lucratividade do sistema de produção de gado de corte está intimamente relacionada com a eficiência reprodutiva do rebanho. O objetivo deve ser sempre focado em obter um bezerro por vaca ano, porem o anestro pós-parto é a maior limitação para um bom desempenho reprodutivo de vacas com cria ao pé (PERES, 2008).

O desempenho reprodutivo é o principal fator limitante na produção de bovinos de corte. O longo período de anestro pós-parto é um dos principais fatores responsáveis pelo o aumento do período de serviços e pela baixa eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos. Sendo um período de transição durante o qual a função do eixo reprodutivo se recompõe após uma gestação (FERREIRA 1992; YAVAS & WALTON, 2000).

A IATF (inseminação artificial em tempo fixo) é uma tecnologia que esta no mercado para solucionar este longo período de anestro com ela podemos induzir o cio além de sincronizar

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o lote fazendo com que ocorra a inseminação artificial de todas as vacas no mesmo dia. Porem sabemos que vacas primíparas são as mais acometidas por esses fatores por se encontrar em fase de crescimento, e em lactação fazendo com que a taxa de prenhes na IATF seja menor que vacas multíparas. Devido a este fator estão sendo realizadas algumas pesquisas para que melhore este índice de prenhes.

Mann e Lamming (1995) observaram relação inversamente proporcional entre concentração de P4 e PGF2, podendo ser esta a explicação para o fato de vacas com menor concentração de P4 apresentarem menor taxa de concepção. Fonseca et al. (1983) encontraram que as concentrações de P4 pós-IA foram maiores em vacas que concebiam, enquanto Robinson et al. (1989) e Macmillan et al. (1991) observaram que implantes intravaginais de P4 pós-IA aumentavam a taxa de concepção em vacas.

Sabendo dessas grandes percas embrionária no inicio da gestação, e que o responsável em manter a gestação é a progesterona, temos como objetivo desse trabalho realizar um experimento onde vai ser testado o uso de progesterona oral e injetável de longa ação e posteriormente analisar os índices de prenhes. No mercado encontramos o progesterona oral acetato de melengestrol (MGA®Premix) e injetável de longa ação (Sincrogest injetável®; Ouro Fino) após a IA, fazendo uma análise dos resultados averiguando se tem efeito em relação aos índices de prenhes

REVISÃO DE LITERATURA

O desempenho reprodutivo é o principal fator limitante na produção de bovinos de corte. O longo período de anestro pós-parto é um dos principais fatores responsáveis pelo o aumento do período de serviços e pela baixa eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos. Sendo um período de transição durante o qual a função do eixo reprodutivo se recompõe após uma gestação. É caracterizado como um momento onde as fêmeas bovinas não ovulam, principalmente devido a uma inadequada liberação de gonadotrofinas. Um dos principais objetivos dos pecuaristas é ter um rebanho de cria onde se produz um bezerro/vaca/ano. Portanto para que isto ocorra o intervalo parto-concepção não devem ser superiores a 80 85 dias, considerando que o período de gestação seja, de aproximadamente, 280 dias (FERREIRA 1992; YAVAS & WALTON, 2000).

Embora o anestro seja observado durante certos estados fisiológicos (antes da puberdade, durante a gestação) ele é mais frequentemente um sinal clinico que evidencia a redução temporária ou permanente da atividade ovariana (anestro verdadeiro), provocada por mudanças estacionais no ambiente físico, deficiências nutricionais, estresse da lactação e envelhecimento.

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Determinadas condições patológicas dos ovários ou do útero também podem suprimir o estro (HAFFEZ, 2004).

Segundo Beam & Butler (1998), o atraso na ovulação pós-parto está diretamente associado ao estado energético da vaca, ou seja, quanto maior o BEN, maior o tempo para retorno a ciclicidade; bem como a efeitos adversos na eficiência reprodutiva subsequente da vaca, o desempenho reprodutivo também está associado ao ECC, o qual é um dos fatores que podem afetar o crescimento e persistência do folículo dominante (Rhodes et al., 1995) no período pós-parto. (Bossis et al., 2000; Williams, 1990; Baruselli et al., 2004; Sá Filho et al., 2009). Spitzer et al. (1995) observaram que melhorando a condição corporal de vacas primíparas de 4 para 5(escala de 1 a 9), ocorreu aumento na percentagem de prenhes de 56% para 80% já Bishop et al., 1994 determinaram que vacas com condição corporal no pós-parto 5(escala de 1 a 9) iniciaram a atividade luteal mais cedo, apresentando maior secreção de LH.

Vacas primíparas são as mais acometidas por esses fatores por se encontrar em fase de crescimento, e em lactação fazendo com que a taxa de prenhes seja menor que vacas multíparas. Para reduzir o anestro pós-parto, diferentes estratégias de manejo são indicadas e consistem em minimizar os efeitos negativos descritos acima como, por exemplo, realizar suplementação alimentar no período pós-parto, promover remoções temporárias estratégicas de bezerros (“shang”) ou esquemas de amamentação interrompida, ou mesmo lançar mão de tratamentos hormonais para indução de estro ou de ovulação (Williams, 1990; Baruselli et al., 2004; Sá Filho et al., 2009).

Em vacas de corte primíparas com cria ao pé recebendo dieta com alto nível de energia há um acréscimo nas concentrações de LH, além de uma maior liberação de LH em resposta a aplicação de benzoato e menor intervalo entre a aplicação e o pico máximo de LH (ECHTERNKAMP et al., 1982). Foi proposto também por (Carruthers et al., 1980) que períodos de restrição de energia afetam o desempenho reprodutivo em nível hipotalâmico ou hipofisiário, por inibir a liberação de GnRH e/ou reduzir a sensibilidade hipofisiária ao GnRH. Isto pode levar a uma menor eficiência dos protocolos de indução da ovulação, devido a uma liberação insuficiente de LH em resposta a aplicação de GnRH exógeno .

Protocolos hormonais são importantes ferramentas nesse período de anestro, os quais devem ser de fácil aplicabilidade, ter alta probabilidade de sucesso e ter relação custo/benefício favorável. Considerando, nos sistemas brasileiros de cria, que o maior desafio é o prolongado período de anestro pósparto das matrizes, tais protocolos devem ser capazes de induzir ciclicidade e minimizar a incidência de ciclos curtos após a primeira ovulação. (Sá Filho et al., 2007).

A hierarquia dos hormônios reprodutivos começa com o hormônio de liberação de gonadotrofina (GnRH, secretado pelos neurônios hipotalâmicos). O GnRH é liberado na circulação porta para a hipófise anterior onde estimula a secreção das gonadotrofinas, hormônio

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folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Estes influenciam a função ovariana pela intensificação do desenvolvimento folicular, ovulação e função do corpo lúteo (CL). Por sua vez, o ovário responde às gonadotrofinas secretando estrogênios, progesterona e inibina. Nas últimas décadas, as buscas para compreender os mecanismos de interação entre o sistema neural e endócrino trouxeram significativos progressos, com destaque para os mecanismos responsáveis pelo controle da secreção e da pulsatilidade de LH: os neurotransmissores capazes de estimular, como os aminoácidos excitatórios (glutamato, aspartato), neuropeptídeo Y, noraepinefrina, noradrenalina e ácido aspártico; e neurotransmissores inibitórios, como o GABA, dopamina, opióides endógenos e endorfinas (CARDOSO & NOGUEIRA, 2007)

O neuropeptideo Y (NPY) tem sido proposto como um mediador primário da ação da leptina no hipotálamo, por regular o LH e a somatotrofina, com uma modulação positiva ou negativa conforme o estado fisiológico do animal. A ação é via eixo reprodutivo central diretamente em seus próprios receptores e na neurotransmissão do NPY. A atividade e as concentrações circulantes de leptina, em bovinos, mudam em associação ou em resposta a estímulos nutricionais, ambientais e de maturidade sexual. Os níveis plasmáticos de leptina são proporcionais à massa de tecido adiposo e diminuem após a perda de peso corporal (Maffei et al., 1995; Williams et al., 2002).

Gordon (2004) citou que, mesmo em vacas saudáveis, 25% ou mais dos embriões morrem nas primeiras três semanas de gestação. A partir da terceira até a nona semana de gestação, outros 10 a 15% dos embriões morrem. Este autor ainda comentou que a taxa de fertilização em vacas após o acasalamento pode estar em torno de 90%, enquanto a taxa de parição, para um único serviço, pode estar abaixo de 50%, salientando que muito destas perdas ocorre entre a primeira e a terceira semana de gestação. Segundo este autor, quando o embrião morre antes dos 16-17 dias, a vaca retorna ao estro no período fisiológico do ciclo, enquanto a morte após este período retarda a manifestação do estro. Mortes entre sete semanas e a termo (morte fetal) apresentam incidência de cinco a oito por cento.

Após a fertilização o concepto deve sinalizar a própria presença no organismo materno com o objetivo de evitar a regressão do corpo lúteo (CL) e consequentemente manter a secreção de progesterona (P4), para isso o concepto libera proteínas denominadas interferon-tau bovino. A P4 é essencial para a harmonia do ambiente uterino, auxiliando o útero a proporcionar maior quantidade de nutrientes para o concepto que são importantes para que o concepto desenvolva. A principal ação da P4 é a inativação da luteólise através da redução da sensibilidade dos receptores de ocitocina (HAFEZ & HAFEZ, 2004).

Mann e Lamming (1995) observaram relação inversamente proporcional entre concentração de P4 e PGF2, podendo ser esta a explicação para o fato de vacas com menor concentração de P4 apresentarem menor taxa de concepção. Fonseca et al. (1983) encontraram que as concentrações de P4 pós-IA foram maiores em vacas que concebiam, enquanto Robinson et al. (1989) e Macmillan et al. (1991) observaram que implantes intravaginais de P4 pós-IA aumentavam a taxa de concepção em vacas./

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O MGA ® Premix é uma progesterona utilizada após IA, entre o terceiro e sexto dia visando aumenta os níveis e para vacas materem a gestação e consequentemente aumenta os índices de prenhes deve ser administrado misturado à ração ou sal mineral de fêmeas bovinas na dose de 0,50 mg de Melengestrol (acetato) por animal por dia, o que corresponde a 2,28 g de MGA ® Premix por animal por dia. (SA FILHO et al.,2007).

Em um estudo realizado por Pugliesi et al., 2014 chegaram a seguinte conclusão que, a administração de P4 de longa ação no quarto dia após a IATF aumenta a fertilidade em vacas de corte em anestro. Tal incremento pode resultar de uma melhoria no ambiente uterino menos favorável a sobrevivência embrionária em animais não-cíclicos após o parto. Assim, a suplementação com P4 no início do diestro pode atenuar a baixa fertilidade de vacas com CL pequeno e/ou em anestro.

Sabendo dessas grandes percas embrionária no inicio da gestação, e que o responsável pela manutenção da gestação é a progesterona, temos como objetivo desse trabalho realizar um experimento onde vai ser testado o uso de progesterona oral e injetável de longa ação e posteriormente analisar os índices de prenhes. No mercado encontramos o progesterona oral acetato de melengestrol (MGA®Premix) e injetável de longa ação (Sincrogest injetável®; Ouro Fino) sendo esses fármacos utilizados.

PROJETO

JUSTIFICATIVA A escolha para realização deste projeto foi devido ao índice de prenhes de vacas primíparas serem inferiores a vacas multíparas, isso como descrito por vários autores ocorre devido a vários fatores, sendo uns dos principais deles, o longo período de anestro, fazendo com que, quando nós iniciamos protocolo de IATF ela permanece em anestro ou desenvolve um folículo menor que posteriormente quando se torna um corpo lúteo não produz progesterona (P4) suficiente para que tenha o reconhecimento entre útero e embrião, ou seja, não exerce sua função de manter a gestação e acaba tendo morte embrionária, com isso foram realizados alguns experimentos para que tenha um aumento de progesterona no inicio da prenhes.

OBJETIVO GERAL Verificar o efeito da suplementação com P4 após a IATF na taxa de gestação em fêmeas

Nelore.

OBJETIVO ESPECIFICO

Verificar o efeito da suplementação com P4 em diferentes manejos sendo eles:

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1- Efeito da suplementação de P4 oral junto com sal mineral base linha

branca para vacas multíparas.

2- Efeito da suplementação de P4 oral junto com concentrado para vacas

primíparas

3- Efeito da suplementação de P4 injetável em dose única para vacas primíparas

MATERIAIS E MÉTODOS

Experimento 1

Local experimental, animais e tratamentos O experimento foi realizado em uma fazenda de Nelore PO na região de Alta Foresta D’

Oeste, RO, Brasil durante os meses de e Novembro de 2014 a Janeiro de 2015.

Foram utilizadas para sincronização da ovulação, vacas multíparas Nelores PO(ouro de origem) (n=356) em media 35 dias pós-parto e escore de condição corporal entre 1,75 a 4,0 (em escala de 1 a 5) receberam no D0 um dispositivo intravaginal de P4 e uma injeção intramuscular de benzoato de estradiol (2 mg). No D8 os dispositivos foram retirados e foram injetados por via intramuscular cipionato de estradiol (1 mg), eCG (300 UI) e cloprostenol sódico (0,530 mg). No D 10 as vacas foram inseminadas em tempo fixo (IATF).

Figura 1- Esquema de sincronização para IATF em Vacas Nelore multíparas

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Delineamento Experimental

O experimento foi dividido em dois grupos de vacas sendo um Grupo 1 lote de multíparas com Mga(n=177) e lote Controle(n=179). Durante o experimento as vacas foram mantidas a pasto de capim Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick recebendo um sal mineral linha branca junto com Acetato de Melengestrol (Mga), onde foi adicionado no cocho misturado junto com o sal mineral linha branca (tabela abaixo ) no D13 e retirado e feito a leitura do cocho no D19, tendo as vacas que consumirem 2,28 gramas/dias, após o D19 elas voltaram a consumir somente o sal mineral

Figura 2- Esquema de aplicação de P4 Mga após IATF

Exames Ultrassonográficos A ultrassonografia foi realizada 30 dias após a IA sendo o aparelho utilizado Ultrassom Honda HS-101V- transdutor HLV-155 Transdutor linear retal(5,0 mhz)50mm.

Experimento 2

Local experimental, animais e tratamentos O experimento foi realizado na mesma fazenda que o experimento 1 e foram utilizado o mesmo protocolo de IATF.

Delineamento Experimental Neste experimento foram utilizadas vacas primíparas PO onde já havia feito uma IATF e

elas estava sendo ressincronizadas (n=324) com escore corporal entre 2 a 3,25 (na escala de 1 a 5) Durante o experimento as vacas foram mantidas a pasto de Brachiaria humidicola (Rendle)

Schweick consumindo 2,28 mg/dia iniciada no D13 e retirada no D19 adicionado a um sal concentrado proteico e energético que era elaborado na própria fazenda onde consumia 0,02% do peso vivo.

Exames Ultrassonográficos A ultrassonografia foi realizada 30 dias após a IA sendo o aparelho utilizado Ultrassom Honda HS-101V- transdutor HLV-155 Transdutor linear retal(5,0 mhz)50mm.

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Experimento 3

Local experimental, animais e tratamentos O experimento foi realizado em uma fazenda comercial na região de Santa Luzia D’

Oeste, RO, Brasil durante os meses de Outubro de 2015 e Novembro de 2015.

Foram utilizado para sincronização da ovulação, vacas Nelore comerciais (n=106) em media 35 dias pós-parto respeitando o período de involução uterina, e escore com condição corporal entre 1,75 a 3,75 (em escala de 1 a 5) receberam no D0 um dispositivo intravaginal de progesterona (P4) e uma injeção intramuscular de benzoato de estradiol (2 mg). No D8 o dispositivo foram retirados e foram injetados por via intramuscular cipionato de estradiol (1 mg), eCG (300 UI) e cloprostenol sódico (0,530 mg). No D 10 as vacas foram inseminadas em tempo fixo (IATF).

Figura 3- Esquema de sincronização para IATF em Vacas Nelore primíparas

No D8 foram feita a retirada do implante e aplicação dos medicamentos, em seguida, o dispositivo Estrotect® foram fixado em 50 vacas aleatoriamente para auxiliar na detecção do estro tendo elas um escore corporal entre 2,0 e 2,25(em escala de 1 a 5) transversalmente à coluna vertebral próxima à região de transição das vértebras lombo sacral. Antes da fixação a região foi feito a limpeza com um pano para remoção de pelos soltos. Após a limpeza da área, o dispositivo foi colocado e uma pressão firme foi exercida sobre o mesmo.

No D10 após as vacas serem inseminadas era feito a leitura deste dispositivo (Estrotec®) anotando quais vacas teriam respondido aos efeitos dos fármacos aceitando monta e limpando o dispositivo e quais não teria.

No D14 as vacas foram divididas em grupos para receberem por via intramuscular 150 mg de progesterona: Grupo 1 estrotec (+) IATF n= 17 Grupo 2 estrotec (-) + IATF + P4 n= 18 Grupo 3 + IAFT+ P4 n=26 Grupo 4 + IATF NADA n= 30

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Delineamento Experimental Neste lote de vacas primíparas foram relizados dois experimento onde o primeiro foi o

uso do dispositivo Estrotec® em 50 animais como detector de cio e o uso de Sincrogest injetável® visando ter melhoras nos índice de prenhes.

O dispositivo Estrotec® foi fixado no dia da retirada de implante e este dispositivo funciona como se fosse uma ‘‘raspadinha’’ fixado transversalmente à coluna vertebral próxima à região de transição das vértebras lombo sacral onde os animais que apresentarem cio ira aceitar monta e limpar essa ‘‘raspadinha’’, e consequentemente no dia da IA foi feito a leitura do dispositivo, onde dos 50 animais 15 apresentou cio e não entrou no experimento Sincrogest injetável®.

Após quatro dia que realizou a IA, os animais foram dividido em grupos foi realizado a aplicação por via intramuscular 1 ml de Sincrogest injetavel® injetável equivalente a 150mg progesterona essa administração foi ao acaso não foram classificado os animais ficando das seguinte forma:

Grupo 1 estrotec® (+) IATF n= 17 Grupo 2 estrotec® (+) IATF + P4 n= 18 Grupo 3 + IAFT+ P4 n=26 Grupo 4 + IATF NADA n= 30

Exames Ultrassonográficos A ultrassonografia foi realizada 30 dias após a IA sendo o aparelho utilizado Ultrassom Honda HS-101 v- transdutor HLV-155 Transdutor linear retal (5,0 mhz)50mm.

RESULTADOS No experimento 1 as vacas multiparas foram tratadas com MGA ® Premix elas teriam

que ingerir 2,20 gramas/dia junto com o sal mineral, porem não teve resultado significativo como esta demostrado na tabela 1, resultado semelhante ao de PATTERSON & CORAH et al., 1992 onde não observaram aumento nos índices.(...)

Tabela 1. Índice de prenhes lotes vacas multíparas

Tratamento Nº de animais Prenhes Positiva Prenhes negativa Grupo 1 177 60,45% 39,55% Grupo 2 179 60,67% 39,33%

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No experimento 2 como mostra na tabela 2 um aumento significativo onde as vacas primiparas estava recebendo sal proteinado junto com o MGA ® Premix resultado este quando comparadado com outros autores são bem semelhante como (...)

Tabela 2. Índice de prenhes lotes vacas primíparas

Tratamento Nº de animais Prenhes Positiva Prenhes negativa Grupo 1 146 56,16% 43,84% Grupo 2 178 49,44% 50,56 %

No experimento 3, a taxa de gestação não deferiu quando comparada os grupos P4( grupo 3 da tabela 3) e o grupo controle (grupo 4 da tabele 3) considerando-se todas as vacas, porem quando comparamos o grupo 1 e 2 da tabela 3 percebemos um aumento significativo de X % isso condiz devido ao fato que nesses grupo foram utilizados um dispositivo (estrotec®) que indicaram as vacas que esta em anestro no momento da IA, logo fora feita de forma aleatória a aplicação do Sincrogest injetavel® esse resultado condiz com o trabalho de Pugliesi et al., 2014 onde foram feita a aplicação de P4 após a IA e feita avaliação dos folículos e detectaram maior taxa de prenhes nas vacas que apresentava folículos menores ou seja não teve uma boa resposta aos medicamentos hormonais consequentemente não formaria um corpo luteo capaz de produzir P4 para manter a gestação, e com a aplicação do Sincrogest injetavel® no quarto dia após a IA teve um aumento significativo nos índices de prenhes.

Tabela 3. Índice de prenhes lotes vacas primíparas experimento 3.

Tratamento Nº de animais Prenhes Positiva Prenhes negativa Grupo 1 estrotec® (+) IATF Grupo 2 estrotec® (+) IATF + P4 Grupo 3 + IAFT+ P4 Grupo 4 + IATF NADA

17 18 26 30

47,06% 61,11 57,69% 56,67%

52,94% 38,89% 42,31% 43,33%

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ANALISE ESTATÍSTICAS E DISCUSSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERENCIAS

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