UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA - TCC...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
RECIDIVA DE LESAO DE MENISCO MEDIAL APOS OSTEOTOMIA VALGIZANTE
TIBIAL
CURITIBA
2004
FARUK ABRAO KALIL FILHO
RECIDIVA DE LESAO DE MENISCO MEDIAL APOS OSTEOTOMIA VALGIZANTE
TIBIAL
Monografia apresentada para conclusao do
Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti
do Parana, setor de Ciencias da Salide.
Orientador: Gustavo R. Buck.
CURITIBA
2004
AGRADECIMENTOS
Agradeco a todas as pessoas que comigo
estiveram e que colaboraram com este estudo ,
principalmente ao professor Gustavo R. Buck, acoordenadora professora Renata, ao DR. Mario
Namba, a fisioterapeuta Ora. Elisa e aofisioterapeutaDR.AlessandroPanizzi.
iii
Dedico este trabalho a minha mae que sempre
acreditou na minha capacidade de superaQao, a minha
irma e a minha namorada Adriane que sempre me ajudou
e esteve comigo em todos os momentos em que precisei.
"Tudo aquilo que nao me destr6i, me fortalece."
Martin Luther King.
"Coragem e uma virtude que consiste em enfrentar os perigos e suportar os
trabalhos. "
Cicero (106-43 a.C)
Iv
SUMARIO
RESUMO ................................................................................................•...................•. 1
ABSTRACT ...............................................................................................................•.. 2
1. INTRODUCAO 3
2. REVISAO DE LITERA TURA •............................................................................•.... 4
2.1 Anatomia do Joelho 4
2.2 Estruturas que estabilizam 0 Joelho 09
2.3 Biomecanica do Joelho 10
2.4 Geno Varo 11
2.5 Tratamento do Joelho Varo 12
2.6 Osteotomia 13
2.7 Fisioterapia P6s-operat6rio 16
3. METODOLOGIA .......................................................................•........................... 19
3.1 Abordagem EpidemioI6gica 19
3.2 Material. 19
3.3 Metodo 20
3.4 Populayao 20
3.5 Analise de Estatistica 20
4. ANALISE DOS RESUL TADOS 21
5. DISCUSSAO................................•........•...............................................•.....•.........30
6. CONSIDERACOES FINAIS 32
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...............................................................•.... 33
8. ANEXOS 35
8.1 Questionario 36
8.2 Tabela do Questionario 37
8.3 Figuras '" 38
LISTA DE GRAFICOs
Grafico 01.........................................................................................•...................21
Grafico 02 21
Grafico 03..............................................•..............................................................22
Grafico 04.................................................................................................•...........22
Grafico 05....................................................................•......•••....••••••...••••....••••.....•23
Grafico 06 23
Grafico 07 24
Grifico 08 24
Grafico 09 25
Grafico 10 25
Grafico 11 26
Grifico 12 26
Grafico 13 27
Grafico 14 27
Grafico 15 28
Grafico 16....................................................••.......................................................28
Grafico 17 29
RESUMO
A osteotomia valgizante e um procedimento cirurgico que visa a alterayao
anatomica do plato tibial medial para a correyao de um geno varo acentuado
decorrente de desalinhamento postural . Acredita-se que tal procedimento altera a
biomecanica articular do joelho podendo levar a lesao de estruturas internas do
joelho. Oas estruturas acometidas pela osteotomia valgizante tibial, 0 menisco
medial e 0 mais afetado pela modificayao anatomica gerada pela correyao
cirurgica. Para tanto, 0 presente estudo do tipo observacional descritivo abordado
entre os meses de agosto e dezembro de 2004, atraves de um questionario
respondido por oito individuos do sexo masculino com idade entre 26 a 45 anos,
que se submeteram a osteotomia valgizante tibial, visa correlacionar a osteotomia
a recidiva de lesao de menisco medial. A partir da coleta dos dados, observou-se
nesta pesquisa a recidiva de lesao meniscal p6s osteotomia valgizante tibial entre
outras questoes.
Palavras-chaves: osteotomia, lesao meniscal, geno varo.
ABSTRACT
The valgus osteotomy is a chirurgic procedure that aims at the anatomic
modification of plateau tibial medial to correct an accentuated genu varus decurrent
of a postural disorder. It's been believed that this procedure changes the
biomechanics of the knee joint and can cause damage of internal structures of the
knee. Due to the structures damaged by the valgus osteotomy, the medial meniscus
is more often injured by the anatomic change caused by the chirurgic correction.
Whereas, the present study in the model observacional descriptive made between
August and December of 2004, through a questionnaire answered by eight male
subjects with age between 26 a 45 years old, who were submitted to a valgus tibial
osteotomy, aims at correlate the osteotomy to the recurrence of injury of the medial
meniscus. From the data collect, could be observed in this study the recurrence of
meniscus injury post valgus tibial osteotomy and other topics.
Key-words: osteotomy, meniscus injury, genu varus
1. INTRODUCAO
o tema deste trabalho refere-se ao estudo da recidiva de les6es de menisco
medial a partir das desordens ortopedicas observadas em pessoas que apresentam
urn mal alinhamento do joelho com deformidade em varo e que por esta razao
apresentaram les6es de menisco medial pela maior compressao no compartimento
medial e foram submetidos a correcao do geno varo.
Tal procedimento cirurgico, trata-se da osteotomia valgizante tibial que visa a
alteracao do plato tibial para a correcao do geno varo acentuado de indivfduos que
apresentam dor, perda funcional e deformidade estetica como os principais
problemas de urn mal alinhamento da articulacao do joelho.
Para compreender as alterac6es provocadas Por tal procedimento, e
importante 0 conhecimento da anatomia do joelho, suas estruturas, a biomecanica, 0
que e geno varo e como e realizada a osteotomia valgizante tibial.
Este estudo visa compreender qual a razao das recidivas de lesao de
menisco medial ap6s a correcao do geno varo, correlacionando os tipos de esportes
praticados, a frequencia do tratamento fisioterapeutico e outros itens abordados no
questionario aplicado aos pacientes e se realmente a osteotomia e urn procedimento
benefico para estes pacientes.
3
2. REVISAO DE LlTERATURA
2.1 Anatomia do Joelho
o joelho a provavelmente, a articulacao mais complicada do corpo humano.
Isto porque sua funcao esta relacionada a sua anatomia ossea, a sua atividade
muscular integrada e a sua estrutura ligamentosa restritiva e precisa. Suas
superficies articulares estao freqOentemente expostas a tensoes e esforcos. Devido
a complexidade do joelho e a freqOenciade dor nesta articulacao, um conhecimento
da sua anatomia se faz necessario para um correto exame, para uma avaliacao
adequada dos sinais e sintomas e para uma base fisiologica do
tratamento.(CAILLlET,1997).
o joelho a uma articulacao de carga de grande amplitude de movimento
situada na porcao central do membro inferior, sendo uma das mais complexas do
corpo humano. Esta complexidade resulta das numerosas estruturas que dela fazem
parte. E classificada como articulacao sinovial do tipo dobradica, entretanto, essa
'I) articulacao nao a uma dobradica perfeita, pOis alam dos movimentos de flexao e
extensao, tem um componente rotacional.( DANGELO & FATTINI, 1995).
o joelho a uma articulacao triaxial que corresponde as articulacoes
tibiofemoral, femoropatelar e tibiofibular proximal integradas como estabilizadores
passivos e ativos. Quando todos os componentes se encontram plenamente
funcionais, essa articulacao possibilita atividades que variam desde a marcha normal
ata a corrida e os esportes de agilidade.( CANAVAN, 2001).
A articulacao do joelho a envolvida por uma capsula fibrosa e tensa que vai
da parte inferior do femur a parte superior da tibia, circundando a articulacao
femorotibial. Apresenta uma depressao na parte posterior e a interrompida na frente
da patela. Os limites da capsula sao feitos superiormente pelo fundo de saco
subquadricipital e lateralmente pelos fundo de saco laterais patelar.
Os eixos da articulacao do joelho sao:
Eixo transversal- onde ocorre os movimentos de flexo-extensao.
Eixo longitudinal- onde ocorre os movimentos de rotacao axial.
No eixo transversal esta 0 principal movimento do joelho, onde a extensao
maxima a em 0°, se for alam disso, 0 joelho esta em genu recurvatum, ja na flexao
pode chegar de 140° a 160°, de forma ativa ou passiva.
4
No eixo longitudinal, esta em rotacao, podendo ser feita somente com a
articulacao em flexao de 90°. Neste caso ha urn limite de 40° a 50° na rotacao
externa, e de 30° a 35° na rotacao interna. Ha ainda a rotacao axial automatica que
ocorre associada aos movimentos de flexo-extensao, ocorre no final da extensao e
no inlcio da flexao. Estes movimentos sao considerados "movimentos fisioI6gicos". A
sua importancia esta relacionada com a posicao do pe no momenta da
lesao.(RODRIGUES, 1993}.
A arquitetura 6ssea consiste de femur, da tfbia, da patela e da ffbula proximal.
Os condilos femorais projetam-se excentricamente a partir do eixo femoral
distal.(CANAVAN, 2001}.
A parte principal do joelho, a qual 0 peso do corpo e transmitido, esta entre a
extremidade distal do femur e a extremidade proximal da tfbia. A ponta do femur
consiste em duas saliencias articulares arredondadas, os condilos, que formam uma
area 6ssea dilatada na extremidade do osso e sao mais ou menos moldados para se
ajustarem as superficies planas e elfpticas no apice da tfbia. A parte do femur
encerrada na articulacao e maior do que a superflcie receptora da tfbia. Ha uma
lacuna natural entre os dois ossos, cheia de Ilquido sinovial. Portanto, embora as
superficies articulares dos dois ossos se assemelhem, elas nao sao perfeitamente
congruentes.(CAILLlET, 1997}.
A patela e 0 femur formam uma articulacao separada, mas funcionalmente
conexa, dentro do complexo da articulacao patelar. A patela e urn osso solto,
formado na extremidade inferior do grupo muscular quadriceps. Serve como uma
especie de polia entre os volumosos musculos da coxa e 0 respectivo estreito
tendao, que corre da extremidade pontiaguda da patela ate a tuberosidade tibial. A
superflcie inferior da patela esta modelada para adaptar-se as superficies dos
condilos femorais, sobre as quais a patela corre durante os movimentos. Ha uma
lacuna cheia de Ilquido entre a patela e 0 femur, de modo que os dois ossos nao se
ajustam perfeitamente.(CAILLlET, 1997}.
Essa articulacao patelo-femoral participa automaticamente em todos os
movimentos do joelho.(CAILLlET, 1997}.
As superficies 6sseas envolvidas nas duas articulac6es do joelho estao
cobertas por cartilagem, que se encontram para formar articulac6es m6veis.
(CAILLlET,1997).
Os tend6es sao estruturas fibrosas que conectam os musculos aos ossos. 0
5
epimfsio combina-se com 0 tendao na juncao tendineomuscular eo tendao combina-
se com 0 periosteo na juncao tendineoperiosteal. Sua funcao a a transmissao de
forca produzida pelos elementos contrateis, dentro da unidade musculo-tendao. A
forca a transmitida atravas do tecido tendao para agir sobre os segmentos e produzir
torque (momento de forca) sob 0 segmento em relacao ao eixo articular.
(DIMEGLIO, 1990).
Na parte inferior dos tend6es ficam localizadas as bolsas (bursas), que
liberam Ifquido sinovial, funcionando para reduzir a friccao entre musculo e tendao,
entre tend6es ou tendao e osso. Quatro dessas bursas estao rotineiramente
envolvidas em processos inflamatorios: pra-patelar, infrapatelar, suprapatelar e a da
pata-anserina.(CAILLlET, 1997).
Os condilos articulares sao grandes e convexos nos pianos frontais e sagitais;
na regiao anterior formam a superffcie articular para a patela, posteriormente, os
condilos sao divididos pelo entalhe inter-condiliano - insercao dos ligamentos
cruzados.(CANAVAN,2001).
Os condilos sao recobertos por uma cartilagem lisa, muito condensada, para
resistir as forcas aplicadas. Adjacentes ao condilo, estao os epicondilos, que contam
superffcies convexas com forames vasculares para fixacao capsular, ligamentar e
dos tend6es. A regiao epicondilar mais proeminente a 0 tubarculo-adutor-insercao
do adutor e do ligamento colateral medial.(CANAVAN, 2001).
o condilo lateral a maior que 0 medial, este rola ata 10 a 15 graus de flexao e
depois ocorre 0 deslizamento, 0 lateral rola ata 20 graus de flexao e depois, assim
como 0 medial, desliza. 0 condilo lateral rola rnais que 0 medial devido ao caminho
que ele percorre ser mais longo, os 15 e 20 graus de rolamento fazem parte da
amplitude normal dos movimentos de flexo-extensao na marcha. (RODRIGUES,
1993).
Na regiao antero-inferior, a tuberosidade anterior tibial, que serve de fixacao
para 0 tendao infra-patelar. Neste espaco, localiza-se 0 tecido gorduroso infra -
patelar, que a altamente vascularizado. (RODRIGUES, 1993).
A articulacao femoropatelas a formada pela superffcie anterior do femur e
pelas facetas posteriores da patela. A patela a 0 rnais longo osso sesamoide do
corpo. A articulacao se divide, posteriormente, por uma espinha vertical, ata as
regi6es medial e lateral, sendo que cada lado pode ser subdividido em tres facetas:
superior, central e inferior, entrando em contato com 0 femur em seus varios pontos,
6
na ordem do movimento. As facetas patelares sao convexas, sendo a lateral mais
larga que a medial, sendo uma faceta adicional: "faceta de f1exao".
Sua cartilagem articular, na superficie posterior, e a mais grossa do corpo
humano - 5 mm. (RODRIGUES, 1993).
A articulac;aodo joelho e envolvida p~r uma capsula fibrosa e tensa que vai
da parte inferior do femur a parte superior da tibia, circundando a articulac;ao
femorotibial. Apresenta uma depressao na parte posterior e e interrompida na frente
da patela. Os limites da capsula sao feitos superiormente pelo fundo de saco
subquadricipital e lateralmente pelos fundo de saco laterais patelar. (RODRIGUES,
1993).
Em cada joelho existem dois meniscos, urn lateral e urn medial, constituidos
p~r fibrocartilagem que separa 0 femur da tibia, cuja func;ao e amortecer os
possiveis choques entre os ossos, servindo tambem de coxim, transmitindo os
esforc;osde compressao entre os ossos. Os meniscos se encontram sobre 0 plato
tibial e estao inseridos no mesmo atraves de inserc;oes, denominados cornos:
anterior e posterior. Sao portanto pouco m6veis e se deslocam quando produz
movimento, 0 que aumenta a distribuiyao do liquido sinovial. Os cornos do menisco
lateral estao muito mais aproximados que 0 medial e por isto segue-se que 0
menisco lateral forma urn anel fibroso quase completo ao passe que 0 medial e
semilunar. A mobilidade articular do joelho e formada primariamente pela estrutura
6ssea e a estabilidade e obtida pelos tecidos moles como cartilagem, ligamentos e
musculos. (KAPANDJI, 1990; LIPPERT, 1996).
Os meniscos medial e lateral melhoram 0 contato tibiofemoral nao -
congruente. A superficie congruente resultante prove urn certo grau de estabilidade
mecanica na articulac;aoe, ao aumentar a area de contato, diminui 0 estresse de
contato sobre qualquer ponto. A superficie tambem pode auxiliar na distribuiyao do
liquido sinovial p~r toda a articulac;ao.0 menisco lateral apresenta-se em forma de C
mais acentuada do que a do menisco medial, que a anteriormente deficiente.
(KAPANDJI, 1990; LIPPERT, 1996).
Posteriormente, 0 menisco lateral se insere no femur atraves do ligamento de
Humphry ou do ligamento de Wrisberg. 0 menisco medial apresenta inserc;oes
perifericas na capsula medial. (KAPANDJI, 1990; LIPPERT, 1996).
7
Posteriormente 0 menisco medial recebe extensoes do tendao do musculo
semimembraceo pela extensao capsular, fazendo com que, na flexao 0 mesmo se
movimente no senti do antero - posterior.(RODRIGUES, 1993}.
o menisco lateral s6 apresenta inser~oes capsulares anteriores nos tendoes
poplfteos. 0 menisco lateral, posterior ao hiato popllteo, apresenta inser~oes no
musculo popllteo enos ligamentos meniscos femorais. A estrutura interna e
constitufda de colageno em um padrao cincunferencial. 0 suprimento sangLifneo
provem de uma combina~ao superior e inferior, medial e lateral de arterias e
penetra perifericamente nos meniscos. (CANAVAN, 2001).
Existem no joelho quatro ligamentos principais: dois cruzados e dois
colaterais, com a propriedade de estabilizar a articula~ao. (LEHMKUHL & SMITH,
1997).
Os ligamentos constituem-se nos estabilizadores estaticos do joelho e,
portanto, podem ser facilmente identificados. 0 ligamento cruzado anterior e
considerado 0 principal ligamento do joelho, responsavel por movimentos fin~s desta
articula~ao, sendo que, bem atualmente, tem sido observadas por especialistas,
atividades importantes no ligamento cruzado anterior. (LEHMKUHL & SMITH,
1997).
o ligamento cruzado anterior origina-se na incisura intercondilar a partir do
aspecto p6stero-medial do c6ndilo do femoral lateral e apresenta uma inser~ao tibial
ampla anterior e lateral a espinha tibial. 0 ligamento cruzado anterior e limitador
primario da transla~ao anterior da tfbia no femur e da rota~ao interna, atuando como
um limitador secundario da instabilidade vara ou valga do joelho. (LEHMKUHL &
SMITH, 1997).
o ligamento cruzado posterior origina-se na incisura intercondilar a partir de
um aspecto anterior da superHcie lateral do c6ndilo femoral medial e insere-se, 1 cm
distal, na linha articular no aspecto posterior da tfbia. 0 ligamento cruzado posterior
e 0 limitador primario da transla~ao tibial posterior do femur e atua para controlar a
rota~ao tibial externa. Os ligamentos meniscofemorais de Humphry e Wrisberg
originam-se no femur anterior e posterior no ligamento cruzado posterior; acredita-se
que eles aumentem a capacidade do ligamento cruzado posterior de limitar a
transla~ao tibial posterior. 0 complexo medial consiste no ligamento colateral medial
superficial, do ligamento colateral profundo e da capsula posterior. (LEHMKUHL &
SMITH, 1997).
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o ligamento colateral medial superficial e 0 profundo originam-se no
epicondilo femoral medial. 0 ligamento colateral medial profundo insere-se na tibia,
logo distal a linha articular, ao pas so que 0 ligamento colateral medial superficial
insere-se mais distalmente, aprofundando-se nos tendoes da pata anserina. 0semimenbranoso apresenta cinco inserQoes mediais que ocorrem no ligamento
colateral medial, na tibia posterior, no ligamento oblfquo posterior, no ligamento
poplfteo oblfquo e no poplfteo. Superficial ao complexo medial estao os tendoes da
pata de ganso constitufdos pelo sartorio. Gracil e 0 semitendinoso. (LEHMKUHL &
SMITH, 1997).
o complexo lateral e constitufdo pelo ligamento colateral lateral, pelo bfceps
femoral e pela capsula postero-Iateral. 0 complexo lateral fornece limitaQao contra 0
estresse em varo e contra os estresses rotacionais postero-Iaterais e antero-Iaterais.
(CANAVAN,2001).
2.2 Estruturas que Estabilizam 0 Joelho
Estabilizadores estaticos (estabilidade passiva): a articulaQao do joelho e
mantida pelos ligamentos colaterais medial e lateral, os ligamentos cruzados
posterior e anterior e os meniscos medial e lateral. Os ligamentos colaterais
estabilizam a articulaQao do joelho nos lados medial e lateral, a estabilidade antero -
posterior e mantida pelos ligamentos cruzados anterior e posterior, respectivamente,
eles tambem contribuem na manutenQao da estabilidade lateral e juntos previnem a
hiperextensao e a hiperflexao. A hiperextensao da articulaQao tambem e limitada
pela capsula de tecido conectivo da coxa, posterior a articulaQao do
joelho(DIMEGLlO, 1990).
Segundo Dimeglio, os meniscos sao estruturas compostas de fibro-
cartilagem, existindo em numero de dois dentro de cada joelho e tern como
principais funQoes articulares:
1. EstabilizaQao articular;
2. ReduQao de impacto entre 0 femur e a tibia;
3. NutriQao das cartilagens do joelho.
Estabilizadores dinamicos (estabilidade ativa): a articulaQao do joelho e
mantida por contraQao da musculatura circundante. Os principais musculos que
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contribuem para essa estabilidade sao os extensores na parte frontal da coxa (0
musculo quadriceps) e os flexores na parte posterior da coxa (os musculos Isquios
tibiais). (DIMEGLIO, 1990).
A musculatura em torno do joelho tern urn papel importante tanto na funcao
normal do joelho quanto na protecao contra lesao. A funcao da musculatura e
diminuir a susceptibilidade do joelho as les6es direta ou indiretamente.
A musculatura anterior da coxa e representada pelo grupo muscular do quadriceps
femoral. Os musculos sartorio s e Iliopsoas tambem estao incluldos no grupo
anterior. ° grupo muscular do quadriceps femoral consiste no reto femoral, vastos
laterais, vastos mediais e vastos intermedios. (DIMEGLIO, 1990).
A musculatura posterior da coxa inclui 0 grupo de tend6es e os musculos
gastrocnemio e poplfteos. Todos os tres grupos musculares proveem suporte
posterior ao joelho, toda via os musculos -tend6es apresentam uma funcao
adicional. Estes apresentam urn efeito indireto atraves de sua acao biarticular sobre
os pares inominados. (DIMEGLIO, 1990).
2.3 Biomecanica do Joelho
A articulacao do joelho nao e apenas em dobradica. Os movimentos de flexao
e extensao, medial para lateral, anterior para posterior, 0 movimento rotacional e 0
axial fazem parte da atividade normal. Esses movimentos sao controlados pela
interacao entre as estruturas osseas, os meniscos, os ligamentos e os musculos ao
redor do joelho. Les6es em qualquer desses componentes podem, portanto, afetar a
funcao normal do joelho.(CANAVAN, 2001).
°condilo femoral medial projeta-se mais distalmente do que 0 condilo femoral
lateral e apresenta uma curvatura anterior diferente da posterior, isso faz com que a
tibia rotacione externamente a medida que 0 joelho e estendido. Essa rotacao ou
mecanismo de aparafusamento ajusta os ligamentos tensionado-os e resulta em
uma articulacao inerentemente estavel na extensao. Os meniscos proporcionam a
baixa transmissao e a congruencia da articulacao tibiofemoral. (CANAVAN, 2001).
Como trabalham em conjunto com os ligamentos cruzados os meniscos
ajudam a controlar 0 movimento antero-posterior e a rotacao. (CANAVAN, 2001).
A biomecanica do joelho e importante, pois os movimentos conjugados,
normais e anormais, do joelho determinam 0 estresse aplicado sobre a cartilagem
10
articular, os meniscos e os ligamentos. 0 joelho move-se a 6° de liberdade
apresentado flexao e extensao, translacao( de anterior para posterior, de medial
para lateral e axial), rotacao e aducao e abducao. Os ligamentos funcionam melhor
quando recebem carga na direcao de suas fibras. (CANAVAN, 2001).
A arquitetura 6ssea e os meniscos atuam em sintonia para colocar estresse
ao longo das vias ligamentares. Quando a carga ultrapassa a resistencia maxima do
ligamento, este se rompe.(CANAVAN,2001).
2.4 Geno Varo
o varismo do joelho significa um desvio do eixo longitudinal em direcao
lateral, com afastamento entre as duas articulac6es. (HEBERT et ai, 2003).
o angulo entre 0 femur e a tfbia e considerado normal entre 5 e 10 graus para
varo entre 01 e 12 graus para valgo. Essas medidas sao consideradas uma media e
apresentam variac6es que dependem da idade e da altura do indivfduo. As
anormalidades em valgo ou varo determinarao compress6es em um ou outro
compartimentos do joelho e distens6es constantes e progressivas nas estruturas
capsulo-ligamentares. Deixando-se sem correc6es tem-se a presenca de
instabilidades no joelho, bem como 0 desenvolvimento de artrose. 0 geno varo e
mais raro que 0 valgo, mas ambos merecem a mesma importancia, pois suas
seqOelassao similares e irreversfveis. (HEBERT et ai, 2003).
Segundo Hebert (2003), as causas de geno varo sao muito variadas e entre
as mais freqOentestemos:
Joe/ho varo fisio/6gico - 0 recem nascido apresenta um varismo fisiol6gico
que permanece ate a idade de um ana e meio a dois anos, ocasiao em que se
retifica e ate mesmo se inverte apresentando geno valgo. Deve-se observar ou nao
a existencia das chamadas aiterac6es rotacionais nos membros inferiores, como
rotacao interna ou externa da tfbia, anteversao femoral e pes pronados que podem
simular uma falsa alteracao no joelho como joelho valgo ou varo. Mede-se a
distancia intercondiliana. Quando 0 angulo de varismo e maior do que 10 graus
deve-se avaliar melhor atraves de radiografias para detectar ou afastar outras
causas patol6gicas.
Causas metab6licas - raquitismo e outras deficiencias de vitamina D, f6sforo
e calcio podem ocasionar arqueamento dos membros inferiores.
11
Disp/asias 6sseas - displasias epifisarias, metafisarias, exostose multipla
familiar congenita, acondroplasia encondromatose afetam 0 crescimento podendo
ocasionar alteracoes em varo.
Deformidades congenitas - tibia vara congenita pseudoartrose congenita de
tfbia e alteracoes congenitas tambem do femur podem ocasionar varismo de joelho.
Altera90es epifisarias - ocorrem secundariamente a doenca de Blount,
fraturas e lesoes epifisarias, sequela de osteomielite distal do femur ou proximal de
tfbia, bern como tumores benignos e malignos situados nestas localizacoes.
o exame radiologico e importante, pois nos fornece a medida exata do eixo
femorotibial com 0 angulo correto e mais preciso do que a medicao clfnica com 0
goniometro. A radiografia geralmente mostra se e realmente urn varo fisiologico ou
se existe alguma patologia determinante. (HEBERT et ai, 2003).
2.5 Tratamento do Joelho Varo
Segundo Hebert (2003), 0 tratamento do joelho depende dos seguintes
fatores:
• Idade do paciente
• Causa da deformidade
• Evolucao da deformidade
• Grau da deformidade
A osteotomia proximal de tfbia ou distal de femur oferece resultados imediatos
e eficazes com urn perfodo de recuperacao bastante curto devido a rapida
consolidacao. (HEBERT et ai, 2003).
Sempre que posslvel indica-se a osteotomia curva em cupula que nao
ocasiona encurtamento e e mais estavel necessitando de apenas urn ou dois fios de
Steimann para fixar. A mobilizacao gessada pos-operatoria ate consolidar a
osteotomia. A fixacao com pinos de Steimann tern a vantagem de ser de facil
remocao, principalmente se deixar a extremidade do pino exteriorizada. (HEBERT et
al,2003).
12
2.60steotomia
o termo osteotomia se refere ao corte cirurgico do osso. As osteotomias sao
executados geralmente para corrigir ou reduzir uma deformidade. Osteotomia
fechada em cunha se refere a remocao de uma cunha ossea triangular de urn lado e
aproximacao das margens de reseccao; urn exemplo e a osteotomia varizante
intertrocanteriana. Uma cunha da abertura na osteotomia e executada cortando 0
osso em urn angulo, causando abertura em urn lado. 0 defeito e enchido entao com
o graft do osso. Uma osteotomia rotatoria consiste em girar 0 fragmento distal em
sua linha central longa. Uma osteotomia de deslocamento envolve urn deslocamento
na posiCao do fragmento distal com a relacao a proximal. As osteotomias sao
usadas corrigir deformidades severas dos ossos longos, como podem ocorrer na
osteogemese imperfeita. 0 eixo e cortado dentro diversos lugares, e os fragmentos
sao enfiados em uma haste intramedular. (HEBERT et ai, 2003).
Normalmente, 60 por cento de forcas do peso-rolamento no joelho sao
transmitidos atraves do compartimento femorotibial medial e 40 por cento sao
transmitidos atraves do compartimento femorotibial lateral. Os estresses
aumentados do peso-rolamento dentro destes compartimentos relacionaram-se ao
varo ou as anormalidades do alinhamento do valgo podem resultar em osteoartrose
com a perda progressiva do cartilagem. (LIPPINCOTT, 1982).
A rotacao para osteotomia tibial proximal deve corrigir esta anguiacao
anormal e deslocar 0 estresse (em uma quantidade rnais normal) ao outro
compartimento. Os resultados da osteotomia sao geralmente melhores quando a
deformidade do varo, melhor que a deformidade do valgo, estao atuais inicialmente.
(LIPPINCOTT, 1982).
A osteotomia tibial proximal e usualmente empregada em pacientes ativos
com menos de 6.5 anos de idade com dor no joelho. A osteotomia permite que os
pacientes continuem atividades vigorosas, incluindo esportes, e pode ser usado
como urn procedimento do Interim antes que a recolocacao total do joelho esteja
necessaria. 0 joelho deve ter boa mobilidade e estabilidade e a dor deve ser
localizada radiograficamente no compartimento femorotibial estreitado. Clinicamente
os resultados sao melhores quando ha uma deformidade em varo quando for menor
do que 10 graus, que e obtido com 0 paciente ereto. (RESNICK, 1995)
13
As vistas eretas que usam as pelfculas de 36 polegadas que incluem 0 pe do
quadril ao tornozelo sao recomendadas para a avaliacao pre-operatoria. Sob
circunstancias normais, quando os pontos extrafdos sao obtidos, devem conter mais
dos eixos femoral e tibial para permitir a medida da deformidade do valgo ou do
varo que esta presente. Tais medidas facilitam a correcao cirurgica que tenta
conseguir aproximadamente 10 graus de alinhamento do valgo. (LIPPINCOTT,
1982).
A osteotomia tibial proximal de Coventry envolve 0 reseccao de uma cunha
do osso da metafise tibial entre a juncao e 0 tuberculo tibial. Geralmente, uma
cunha de fechamento da osteotomia e feita. A parte mais grossa da cunha a ser
removida fica lateral mente ( osteotomia valgizante) em urn paciente com geno varo ,
de modo que quando as margens do osso sao trazidas junto, urn alinhamento total
do valgo do joelho seja conseguido. 0 grau de correcao e da quantidade de osso a
ser removido e determinado nas radiografias pre-operatorias. Porque a gordura da
perna e produzida pela osteotomia tibial, a osteotomia do eixo fibular, com excecao
da cabeca da ffbula, ou da divisao da juncao tibiofibular proximal (que permite que a
cabeca da ffbula deslize proximalmente) e necessario. (RESNICK, 1995)
Maquet advoga urn vault do tambor osteotomia para 0 tratamento da
osteoartrose com deformidade do varo do joelho. Com este procedimento, uns
graus maiores de deformidade do varo podem ser corrigidos. A tecnica envolve uma
osteotomia proximal em curva no tuberculo tibial. Os fragmentos sao girados entao
para obter a correcao desejada, e 0 fragmento distal e deslocado anteriormente.
(LIPPINCOTT, 1982).
A osteotomia tibial proximal e urn procedimento provado para 0 tratamento do
joelho com artrose. FreqOentemente, a necessidade para a protese de joelho pode
ser atrasada por dez ou mais anos em que este procedimento e executado. A
Osteotomia tibial alta corrige 0 alinhamento do joelho, aliviando a pressao da parcela
com artrose da juncao, e transferindo uma area de uma cartilagem mais normal. Isto
conduz freqOentemente para aliviar a dor ao relevo e subseqOentemente, funcao
melhorada. A tecnologia nova e 0 conhecimento sobre 0 osso permitiram que a
osteotomia tibial proximal seja executada mais eficazmente e com urn procedimento
cirurgico menos invasivo do que no passado. (RENE, et al 2003).
A osteotomia tibial alta e urn tratamento estabelecido para a osteodistrofia
unicompartimental do joelho com mal alinhamento. 0 procedimento classico para
14
corrigir 0 deformidade do varo e a osteotomia tibial em cunha lateral fechada.
(RENE, et al 2003).
Alguns povos tern 0 seu alinhamento natural. Outros desenvolvem-no quando
urn joelho desmorona numa artrose. Degenerac;ao do compartimento medial ou
interno do joelho, com edema e a func;ao reduzida. A finalidade do procedimento:
Ha duas raz6es principais para executar osteotomia tibial proximal. Para pacientes
com artrose medial do compartimento e do joelho varo, sua finalidade e fornecer
anos de relevo antes da protese de joelho. Este e particularmente importante nos
pacientes demasiado novos a serem candidatos para a protese do joelho. A outra
razao e que deve corrigir 0 mal alinhamento nos pacientes que submetem-se a urn
outro procedimento tal como a artroscopia. Nestes pacientes a osteotomia tibial
proximal e executada para proteger a recolocac;aoda falha da cartilagem devido as
forc;ascompressivas excessivas no compartimento lesado. Notas cirurgicas: A tibia
e cortado e endireitada. Mesmo assim, 15 anos apos a cirurgia, muitos pacientes
sedentarios terao 0 aumento significativo da dor. Metodos alternativos de executar a
osteotomia tibial proximal: tambem pode ser executada cortando 0 osso de uma vez
e introduzindo uma placa. Opc;6esse 0 procedimento falhar: Se a osteotomia tibial
proximal falhar, entao sera realizada a colocac;ao da protese de joelho
unicompartimental ou a protese total do joelho pode ser necessaria. A osteotomia
tibial proximal nao e geralmente uma cura permanente para a artrose, embora possa
fornecer muitos anos sem apresentar nenhum sintoma.(FOWLER, et a12004).
A historia natural e tratamento da artrose degenerativa do joelho em pacientes
ativos e urn topico de grande interesse para os cirurgi6es ortopedicos com 0
desenvolvimento continuo de conceitos e tecnicas. A osteoartrose e urn espectro de
entidades clfnicas que variam de defeito condral focal ate a osteoartrose
estabelecida resultado da falha biologica e biomecanica da cartilagem hialina. A
avaliac;ao de urn paciente ativo com artrose de joelho deve incluir uma historia
detalhada enfatizando cirurgia previa, grau de atividade e manifestac;ao dos
sintomas. 0 exame clfnico deve incluir uma avaliac;ao do alinhamento da
extremidade, padrao de marcha, e distUrbios co- existentes da coluna e articulac;6es
adjacentes. 0 teste diagnostico e mandatario e deve incluir uma radiografia simples
em 45 graus de flexao postero-anterior com carga. As modalidades de tratamento
nao cirurgico incluem reabilitac;ao,modificac;ao do estilo de vida, ortese, aparelhos
de suporte e tratamento medicamentoso incluindo 0 uso de novos agentes
15
condroprotetores orais e injetaveis. Existem varias opc;oescirurgicas, cada uma com
indicac;oes especfficas. 0 desbridamento artroscopico pode proporcionar uma
reduc;aona gravidade dos sintomas mas de curta durac;ao. A osteotomia tibial ou
femoral pode com freqOencia manter 0 estilo de vida do paciente ativo e adiar a
necessidade de uma artroplastia. A artroplastia unicompartimental ou total pode
proporcionar urn confiavel alfvio nos sintomas, mas pode nao permitir urn retorno as
atividades que 0 paciente valoriza. A selec;ao do tratamento adequado pode
equilibrar os resultados funcionais com 0 alfvio dos sintomas para os pacientes
ativos. (COLE, et al).
2.7 Fisioterapia: Pos-operatorio
Durante este estudo, foi realizado uma pesquisa direcionada ao tratamento
fisioterapeutico pos osteotomia, onde nao foi posslvel encontrar nenhuma literatura
que abordasse especificamente este assunto, portanto foi utilizado 0 protocolo de
tratamento fisioterapeutico de fratura do plato tibial por ser muito semelhante ao
processo cirurgico da osteotomia tibial proximal.
Segundo Hoppenfeld (2001), fraturas do plato tibial envolvem 0 aspecto
proximal ou metafise da tfbia e elabora urn tratamento para as fraturas com fixac;ao
interna.
Objetivos de tratamento:
• restaurar integralmente a amplitude de movimentos do joelho 0 mais
rapidamente possIveI, para que fique limitada a incapacitac;ae funcional.
Restaurar e manter a completa amplitude de movimentos do tornozelo equadril.
• Melhorar e restaurar a forc;a dos seguintes musculos: quadriceps, rete
femoral, isquiotibiais, sartorio, gracil e gastrocnemios
• Normalizar 0 padrao de marcha e restaurar a estabilidade do joelho
durante a fase de apoio.
Segundo Hoppenfeld(2001), 0 tratamento apos a fixac;aointerna consiste em:
a) Primeiro dia ate uma semana;
Precaucoes: nao permitir estresse em varo ou valgo no joelho e nem amplitude de
movimentos passiv~s.
16
Amplitude de movimento: flexao/extensao ativa e ativa-assistida, inicialmente, sao
permitidos 40° a 60° de flexao, aumentando para 90° de flexao depois de uma
semana.
Forca: nao permitir exercfcios de fortalecimento para 0 joelho.
Atividades funcionais: transferencias de pe com giro em torno da perna boa, sem
sustentacao do peso, 0 paciente pode andar com muletas.
Sustentacao do peso: nao permitir sustentacao do peso na extremidade afetada.
b) Duas semanas;
Precaucoes: sem sobrecarga de estresse em varo ou valgo no joelho, e nem
exercfcios de amplitude de movimento passivas.
Amplitude de movimento: exercfcios de flexao/extensao ativa e ativa-assistida ate
90°.
Forca: exercfcios isometricos para 0 quadriceps.
Atividades funcionais: transferencias de pe com giro em torno da perna boa, sem
sustentacao do peso, 0 paciente anda com muletas.
Sustentacao do peso: nao permite sustentacao do peso na extremidade afetada.
c) Quatro a seis semanas;
Precaucoes: nao permite estresse em valgo ou varo do joelho e nem exerclcios de
amplitude movimentos passiv~s.
Amplitude de movimento: exercfcios de amplitude de movimentos ativo e ativo-
assitido para 0 joelho.
Forca: nao permite exerclcios de fortalecimento para 0 joelho.
Atividades funcionais: transferencias sem sustentacao do peso, 0 paciente anda com
ajuda de muletas.
nao permite sustentacao do peso na extremidade afetada.
d) Oito a doze semanas;
Precaucoes: nao permitir estresse em varo ou valgo do joelho.
Amplitude de movimento: exercfcios de amplitude de movimentos ativa, ativa-
assistida e passiva para 0 joelho.
Forca: exercfcios leve contra-resistencia para 0 quadriceps e isquiotibiais.
Atividades funcionais: transferencias com sustentacao do peso, 0 paciente anda ao
final de doze semanas.
Sustentacao do peso: sustentacao do peso parcial ou total ao final de doze
semanas.
17
e) Doze a dezesseis semanas;
Precauc6es: nenhuma.
Amplitude de movimento: integral amplitude de movimentos ativos e passivos no
joelho.
Forca: exercfcios contra-resistencia progressiva para 0 joelho.
Atividades funcionais: transferencias com sustenta~ao integral do peso, 0 paciente
anda.
Sustentacao do peso: sustenta~ao integral do peso.
Tipicamente, sera proibido ao paciente a sustenta~ao do peso durante os tres
meses subsequentes a fixa~ao, para que 0 osso metafisario, relativamente fraco, se
consolide.(HOPPENFELD,2001 ).
18
3. METODOLOGIA
3.1 Abordagem Epidemiologica
Se refere a um estudo do tipo Observacional Oescritivo.
3.2 Material
o material utilizado para este estudo e um questionario dirigido
especfficamente a pacientes que foram submetidos a osteotomia valgizante tibial.
No questionario (anexo 1) foram abordadas as seguintes quest6es:
Idade, peso e altura.
- Que tipo de geno apresenta, varo ou valgo.
- Que tipo de esporte pratica e a sua freqO€mcia.
Se 0 paciente ja teve les6es ocasionadas por este esporte.
Qual 0 tipo de lesao e em qual joelho.
Se ap6s a lesao foi realizado algum tratamento cirurgico equal tratamento.
- Ap6s 0 tratamento cirurgico se realizou fisioterapia e por quanto tempo.
Se ap6s a fisioterapia obteve retorno normal ao esporte.
- Com a reabilita9ao e 0 retorno ao esporte se sofreu novamente outra lesao e em
.qual joelho.
- A quantidade de les6es de menisco medial durante a vida.
Se 0 paciente obteve lesao condral ocasionada pelas les6es de menisco e em
que grau.
Por apresentar mal alinhamento e a hip6tese de artrose , se foi realizada
osteotomia valgizante tibial.
- Qual 0 perfodo desta cirurgia.
- 0 tipo de fixador usado na cirurgia.
Se ap6s a cirurgia realizou fisioterapia equal perfodo.
Oepois da cirurgia da osteotomia valgizante tibial, se 0 paciente conseguiu
retornar ao seu esporte.
Se ap6s a cirurgia, ocorreram novas les6es e em que joelho.
19
3.3 Metodo
o questionario foi aplicado entre os meses de agosto a dezembro de 2004 e
foi utilizado da seguinte forma; entrou-se em contato com os pacientes pelo telefone,
marcando uma entrevista para que fosse posslvel recolher os dados. Foi aplicado 0
questionario de forma oral e anotadas as respostas em suas respectivas perguntas.
3.4 Popula{:8o
Oito indivfduos do sexo masculino que residem em Curitiba com idade entre
26 e 45 anos, que foram submetidos a osteotomia valgizante tibial para corrigir urn
alinhamento e a compressao do compartimento medial.
3.5 Analise Estatistica
Os dados foram analisados com base no software Excel, com regra de tres
simples e as variaveis nominais foram analisadas com valores percentuais.
Foram construldos graficos para a verificacao de valores discrepante e para a
visualizacao das comparacoes realizadas.
20
4. ANALISE DOS RESULTADOS
o gnifico 01, dernonstra que tres pacientes tern idade entre 25 a 30 anos,
dois pacientes tern idade entre 30 a 35 anos, dois entre 35 a 40 anos e urn tern
idade entre 40 a 45 anos.
Grafico 01
IDADE
25 a 30 30 a 35 35 a 40 40 a 45Idade
o grafico 02, dernostra que 50% dos paciente estavarn entre 1.70rn a 1.80rn e
50% estavarn entre 1.81 rn a 1.90rn.
Grafico 02
ALTURA
50%
1I1.70m a 1.80m .1.81m a 1.90m
50%
21
o grafico 03, demonstra que 62% pesavam entre 60 kg a 75 kg e 38% entre
75kg a 90 kg.
Grafico 03
PESO
50% 50%
11160kga 75kg • 76kg a 90 kg
Em relaCaoao sexo, 100% dos pacientes sao do sexo masculino.
Em relaCaoao tipo de geno, 100% dos pacientes apresentavam mal alinhamento
do joelho em varo.o grafico 04, demonstra que 50% dos pacientes praticavam Futebol, 12,5%
praticavam Karate, 12,5% praticavam Capoeira, 12,5% praticavam Handebol e
12,5% praticavam Ginastica Olfmpica.
Grafico 04
ESPORTE PRATICADO12,50%
50%
12,50%III FuteboloCapoeira• Ginastica Olfmpica
• KarateDHandebol
22
o grafico 05, demonstra que 25% dos pacientes praticavam esporte 2 vezes
por semana, 37,5% dos pacientes praticavam esporte 3 vezes por semana e 37,5%
dos pacientes praticavam 0 esporte 5 vezes por semana.
Grafico 05
FREQUENCIA DO ESPORTE
37,50%
1112x/semana .3x/semana 05x/ semana
Em relac;ao as lesoes no esporte, 100% dos pacientes ja tiveram lesoes no
joelho ocasionadas no esporte.
o grafico 06, demonstra que 62,50% do pacientes sofreram lesao de menisco
medial e 37,50% sofreram lesao de menisco medial e menisco lateral.
Grafico 06
TIPO DE LESAO
III Menisco Medial e Menisco Lateral• Menisco Medial
23
o grafico 07, demonstra que 37,50% dos pacientes sofreram lesao no joelho
direito, 37,50% dos pacientes sofreram lesao no joelho esquerdo e 25% dos
pacientes sofreram lesao no joelho direito e no joelho esquerdo.
Grafico 07
I11IIIDireito .esquerdo oDireito e Esquerdo
JOELHO LESIONADO
37,50%
Em relacao ao tratamento cirurgico, 100% dos pacientes receberam tratamento
cirurgico.
Em relacao ao tipo de tratamento cirurgico, 100% dos pacientes realizaram a
meniscectomia parcial.
Em relacao ao pas operatario da meniscectomia parcial, 100% dos pacientes
realizaram tratamento fisioterapeutico.
o grafico 08, demonstra que 50% dos pacientes realizaram fisioterapia por um
mes e 50% realizaram fisioterapia por dois meses antes da osteotomia.
Grcifico 08
50% 50%
PERIODO DE FISIOTERAPIA
1101 mes .02 meses
24
Em relagao ao retorno ao esporte, 100% dos pacientes obtiveram retorno ao seu
esporte.
Em relagao a uma recidiva de lesao ap6s 0 retorno ao esporte, 100% dos
pacientes sofreram uma nova lesao no joelho.
o grafico 09 , demonstra que 50% dos pacientes lesionaram 0 joelho direito e
50% lesionaram 0 joelho esquerdo.
Grafico 09
50% 50%
JOELHO LESIONADO
II Direito • Esquerdo
Em relagao ao tratamento cirurgico, 100% dos paciente foram submetidos
novamente a uma meniscectomia parcial.
Em relagao a lesao condral, 100% dos pacientes apresentaram lesao condral.
o grafico 10, demonstra que 62,50% dos pacientes apresentaram lesao condral
grau 02, 25% apresentaram lesao condral grau 01 e 12,50% apresentaram lesao
condral grau 03.
Grafico 10
IIlIGrau 01 • Grau 02 oGrau 03
GRAU DA LESAO CONDRAL12,50%
62,50%
25
o grafico 11, demonstra que ate a realiza~ao da osteotomia 37,50% dos
pacientes sofreram 3 lesoes de menisco medial, 25% sofreram 6 lesoes, 12,50%
sofreram 2 lesoes, 12,50% sofreram 7 lesoes e 12,50% sofreram 5 lesoes.
Grafico 11
NUMERO DE LESOES EM MENISCO12,50% MEDIAL 12,50%
25%
Em rela~ao ao tratamento para corre~ao da deformidade, 100% dos pacientes
foram submetidos a osteotomia valgizante tibial.
o grafico 12, demonstra que 25% dos pacientes realizaram a osteotomia ha 4
anos, 25% realizaram ha 6 anos, 25% realizaram ha 2 anos, 12,50% realizaram ha 3
anos e 12,50% realizaram ha 5 anos.
12,50%
~2MM .3MM 05MM 06MM .7MM
Grafico 12
TEMPO DA OSTEOTOMIA
12,50%
25%~2 anos .3 an os 04 anos D5an os .6 an os
26
Em relar;ao ao tipo de fixador utilizado na osteotomia, 100% dos pacientes
utilizaram fixador interno.
Em relar;ao ao tratamento p6s osteotomia, 100% dos pacientes realizaram 0
tratamento fisioterapeutico ap6s a osteotomia.
o grafico 13, demonstra que 25% dos pacientes realizaram fisioterapia ap6s a
osteotomia por 5 meses, 25% por 6 meses, 25% por 8 meses, 12,50% por 4 meses
e 12,50% por 7 meses.
Grafico 13
PERioDO DE FISIOTERAPIA12,50%
25%
25%
\114meses .5 meses 06 meses D7 meses .8 meses
o grafico 14, demonstra que 75% dos pacientes retornaram ao seu esporte
normalmente e 25% dos pacientes nao retornaram ao esporte.
Grafico 14
RETORNO AO ESPORTE
\II Sim .Nao
27
o grafico 15, demonstra que 50% dos pacientes apresentaram nova lesao de
menisco medial e 50% nao apresentaram ap6s a osteotomia.
Grafico 15
NOVA LESAO DE MENISCO MEDIAL
50% 50%
o grafico 16, demonstra que 50% dos pacientes que obtiveram nova lesao de
menisco medial, 75% lesionaram 0 joelho direito e 25% lesionaram 0 joelho
esquerdo.
III Sim .Nao
Grafico 16
JOELHO LESIONADO
III Direito • Esquerdo
28
Em relac;ao ao tratamento cirurgico dos pacientes que obtiveram nova lesao de
menisco medial, todos foram submetidos a meniscectomia parcial.
o grafico 17, demonstra que 62,50% dos pacientes realizaram osteotomia no
joelho direito e 37,50% realizaram osteotomia no joelho esquerdo.
Grafico 17
JOELHO OSTEOTOMIZADO
III Direito • Esquerdo
29
5. DISCUssAo
Em relagao aos graficos apresentados, foi posslvel constatar que 0 esporte
que apresentou maior media de lesoes de menisco medial foi 0 futebol, pOis no
Brasil 0 futebol e 0 esporte nacional e e praticado em todo 0 pais por jovens e
adultos, por homens e mulheres; independente de raga ou cor da pele; na cidade ou
no campo; em lugares adequados ou improvisados...
Na ortopedia e traumatologia, as lesoes de meniscos geralmente sao
provocadas por traumatismos advindos do futebol e no pais onde e a preferencia
nacional nao se poderia esperar outro resultado senao 0 grande numero destas
lesoes nos centros de traumatologia ortopedica que ocorre em geral com uma
entorse sobre um joelho flexionado a 20° e pe fixado ao solo(rotagao interna femoral,
ou seja, rotagao externa da tibia).
A frequencia do esporte praticado que caracteriza a maior media de lesoes,
foi duas vezes por semana.
Os dois pacientes que realizaram a osteotomia valgizante tibial e fizeram 0
tratamento fisioterapeutico durante oito meses, apenas um nao apresHntou nova
lesao de menisco medial.
Dos dois pacientes que fizeram tratamento fisioterapeutico durante seis
meses, um nao retornou ao esporte, 0 outro retornou e apresentou nova lesao de
menisco medial ap6s a osteotomia valgizante tibial.
o paciente que realizou fisioterapia durante quatro meses nao retornou ao
esporte que praticava e nao apresentou nova lesao de menisco medial.
Dos dois pacientes que realizaram fisioterapia por cinco meses, um retornou
ao esporte normalmente e nao apresentou nova lesao de menisco medial, 0 outro
retornou ao esporte e apresentou nova lesao de menisco medial.
Dos quatro pacientes que retornaram ao esporte e tiveram nova lesao de
menisco medial, apenas um apresentou a lesao no joelho nao osteotomizado.
Com estes dados, foi posslvel analisar que 0 tratamento cirurgico descrito,
que tem a finalidade de corrigir uma deformidade que leva a perda de funcionalidade
do joelho, apesar da sua eficiencia, demonstra que mesmo corrigindo a angulagao
do geno varo, os pacientes podem continuar apresentando novas lesoes de meniscomedial.
30
Dos oito pacientes deste estudo que realizaram a osteotomia, dois nao
retornaram ao esporte. Dos seis pacientes submetidos a osteotomia valgizante tibial
que retornaram ao esporte, quatro apresentaram nova lesao de menisco medial,
sendo que urn, no joelho nao osteotomizado, possivelmente devido a alteragao
biomecanica provocada por este procedimento. Porem varias hipoteses nao podem
ser descartadas, tais como, a freqOencia do tratamento fisioterapeutico de cada
paciente, 0 tipo de tratamento fisioterapeutico realizado, 0 tipo de esporte praticado,
em relagao aos meniscos, onde 0 menisco medial apresenta-se com menor
mobilidade do que 0 menisco lateral, ou seja, 0 menisco medial e mais fixo, 0 que
Ihe confere a fungao de estabilidade e por este motivo e 0 mais lesionado segundo
Caillet(1997), e neste caso pela alteragao biomecanica ocasionada pela osteotomiavalgizante tibial.
Durante este estudo, foi realizado uma pesquisa direcionada ao tratamento
fisioterapeutico pos osteotomia, onde nao foi posslvel encontrar nenhuma literatura
que abordasse especificamente este assunto, portanto foi utilizado 0 protocolo de
tratamento fisioterapeutico de fratura do plato tibial por ser muito semelhante ao
processo cirurgico da osteotomia tibial proximal.
31
6. CONSIDERA~6ESFINAlS
A osteotomia valgizante tibial e um procedimento que tem como principal
objetivo retardar a pr6tese de joelho em pacientes com lesao condral, com infcio de
artrose ou que possam no futuro apresentar esta patologia. Porem, este estudo
demonstrou que este procedimento onde corrige-se a angulagao do geno,
diminuindo a compressao no compartimento medial e distribuindo igualmente em
ambos os compartimentos, nao permite que um paciente ativo que pratique esportes
onde haja muito impacto ou que se utilize muito a articulagao do joelho, nao
apresente nova lesao de menisco medial. Tanto que a finalidade do procedimento
nao e evitar novas les6es de menisco medial e sim a de corrigir a deformidade e
prolongar a data de uma pr6tese de joelho, mas como este procedimento altera a
biomecanica do joelho, pode causar novas les6es de menisco medial.
Como foi descrito na discussao, esportes que necessitam muito da articulagao
do joelho, tal como 0 futebol, nao permitem que um paciente que ja apresentou
les6es de menisco medial, mesmo ap6s a osteotomia, nao venha a ter outra lesao,
pois este esporte exige muito da articulagao, ainda mais de uma articulagao ja
acometida por inumeras les6es.
Outro esporte que pode exigir muito da articulagao e a capoeira, e mesmo
ap6s a osteotomia 0 paciente pode apresentar outra lesao de menisco medial , pois
o paciente pode realizar um movimento errado e lesionar, independente de ter feito
ou nao a osteotomia.
Entao como visto neste estudo, a osteotomia e benefica para estes pacientes,
pois retarda a colocagao da pr6tese, corrige a deformidade e diminui a compressaodo compartimento medial. 0 fato de ocorrerem novas les6es de menisco medial
depende em parte da osteotomia e tambem da forma que e utilizada a articulagao do
joelho em determinado esporte.
Ap6s a conclusao deste estudo, observou-se uma grande dificuldade de se
encontrar literaturas que abordassem sobre a evolugao dos pacientes ap6s a
osteotomia, 0 que tornou-se objetivo principal desta pesquisa.
Sugere-se portanto que este estudo ainda seja abordado no futuro para que
se possa saber mais sobre os beneffcios da osteotomia, suas alterag6es
biomecanicas e se realmente e uma tecnica onde pacientes com geno varo venham
ou nao apresentar recidivas de les6es meniscais.
32
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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1997.
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• LEHMKUHL, L; SMITH, L. - Cinesiologia CHnica de Brunstron. 5 ed. Sao
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1982.
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1,1995.
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Tratamento nas Les6es Ligamentares. Sao Jose do Rio Preto: Editora
Cefespar, 1993.
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wedge high tibial osteotomy for symptomatic hyperextension varus thrust -
Includes statistical tables American journal of Sports Medicine, Jan- Feb, 2004
• STERETT, Willian I; STEADMAN, J. Richard MD. -- Chondral Resurfacing and
High Tibial Osteotomy in the Varus Knee.
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Bone and Joint Surgery 83:164 (2001)
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Volume%20111%201/COVENTRY%20HIGH%20TIBIAL %
• Journal.ajsm.org/cgi/rapidpdf/0363546503259301 v1.pdf
34
8.1 Questionario
1- Idade:
2- Altura:
3- Peso:
4- Sexo:
5- Tipo de geno, varo ou valgo?
6- Que esporte pratica?
7- Com que freqOencia?
8- Ja teve alguma les80 relacionada a este esporte?
9- Que tipo de les80?
10- Em qual joelho?
11- Realizou algum tratamento cirurgico?
12- Qual tratamento?
13- Realizou tratamento fisioterapeutico?
14- Se sim, por quanto tempo?
15- Obteve retorno ao esporte?
16- Ap6s 0 retorno ao esporte, sofreu nova les80?
17- Se sim, qual 0 joelho lesionado?
18- Realizou nova cirurgia?
19- Ap6s as lesoes, foi constatado les80 condral?
20- Se sim, em qual grau?
21- Qual 0 numero de lesoes de menisco medial durante a vida?
22- Realizou osteotomia valgizante tibial?
23- Ha quanto tempo?
24- Qual 0 tipo de fixador utilizado, interno ou externo?
25- Realizou tratamento fisioterapeutico ap6s a osteotomia?
26- Por quanto tempo?
27- Ap6s a osteotomia obteve retorno ao esporte?
28- Ap6s 0 retorno ao esporte apresentou nova les80?
29- Se sim, em qual joelho?
30- Foi realizado tratamento cirurgico?
31- Qual 0 joelho osteotomizado?
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8.3 Figuras
Figura 01
NOrmal
www.zimer.com
A figura 01 , demonstra os tipos de deformidade em varo e valgo e um joelho normal.
Figura 02
Vens or==
www.allaboutarthritis.com
A figura 02, demonstra uma deformidade em varo.
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Figura 03
www.allaboutarthritis.com
A figura 03, demonstra a osteotomia com remo9ao da cunha.
Figura 04
www.skisocal.org/knee
A figura 04, demonstra as estruturas internas do joelho.
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Figura 05
www.oasiortopedia.it
A figura 05 demonstra uma osteotomia em cunha medial.
Figura 06
www.allaboutarthritis.com
A figura 06, demonstra um pre operatorio com compressao medial e umpos operatorio de osteotomia,
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Figura 07
www.cincinnatisportsmed.com
A figura 07, demonstra uma deformidade em varo.
Figura 08
www.geocities.com/ortopedia
A figura 08, demonstra uma deformidade em varo e a outra em valgo.
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