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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
HIALISON ANDRADE CAMARA
DISMENORREIA PRIMÁRIA E ETCC: EFEITOS SOBRE A PERFORMANCE
FÍSICA E ESTADO DE HUMOR, UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
CONTROLADO DUPLO CEGO
SANTA CRUZ – RN 2018
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HIALISON ANDRADE CAMARA
DISMENORREIA PRIMÁRIA E ETCC: EFEITOS SOBRE A PERFORMANCE
FÍSICA E ESTADO DE HUMOR, UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
CONTROLADO DUPLO CEGO
Projeto de Trabalho de Conclusão de
Curso, apresentado ao curso de
Fisioterapia da Faculdade de Ciências da
Saúde do Trairi da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como requisito
complementar para obtenção do título de
Graduação em Fisioterapia.
Orientador: Rodrigo Pegado De Abreu
Freitas
Co-orientadora: Grasiela Nascimento
Correia
SANTA CRUZ/RN
2018
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA
Câmara, Hialison Andrade.
Dismenorreia primária e etcc: efeitos sobre a performance física e estado de
humor, um ensaio clínico randomizado controlado duplo cego / Hialison
Andrade Câmara. - 2018.
22f.: il.
Artigo Científico (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi. Santa Cruz, RN,
2018.
Orientador: Rodrigo Pegado de Abreu Freitas.
Coorientador: Grasiela Nascimento Correia.
1. Estimulação transcraniana por corrente contínua - Artigo Científico. 2.
Depressão - Artigo Científico. 3. Dor - Artigo Científico. I. Freitas, Rodrigo
Pegado de Abreu. II. Correia, Grasiela Nascimento. III. Título.
RN/UF/FACISA CDU 616.8
Elaborado por José Gláucio Brito Tavares de Oliveira - CRB-15/321
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HIALISON ANDRADE CAMARA
DISMENORREIA PRIMÁRIA E ETCC: EFEITOS SOBRE A PERFORMANCE
FÍSICA E ESTADO DE HUMOR, UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
CONTROLADO DUPLO CEGO
Projeto de Trabalho de Conclusão de
Curso, apresentado ao curso de
Fisioterapia da Faculdade de Ciências da
Saúde do Trairi da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como requisito
complementar para obtenção do título de
Graduação em Fisioterapia.
Aprovado em: ___ de ___ de_____
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Pegado De Abreu Freitas- Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_______________________________________________
Ms. Karime Andrade Mescouto – Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_______________________________________________
Ms. Edson Meneses da Silva Filho – Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................5
2 METODOLOGIA...........................................................................................7
2.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO.................................................................7
2.2 AVALIAÇÃO FÍSICA E COMPORTAMENTAL........................................10
2.2.1Teste de caminhada de 6 minutos (TC6´) .........................................10
2.2.2 Dinamometrria.....................................................................................10
2.2.3 Escala Hamilton de Ansiedade..........................................................11
2.3.4 Avaliação da Afetividade....................................................................11
2.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA..........................................................................12
2.3.1 Análise de dados.................................................................................12
3 RESULTADOS............................................................................................13
4 DISCUSSÂO...............................................................................................14
4.1 LIMITAÇÕES............................................................................................16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................17
6 CONFLITO DE INTERESSES....................................................................17
7 REFERÊNCIAS..........................................................................................18
6
DISMENORREIA PRIMÁRIA E ETCC: EFEITOS SOBRE A PERFORMANCE
FÍSICA E ESTADO DE HUMOR, UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
CONTROLADO DUPLO CEGO
Hialison Andrade Camara
RESUMO: Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aplicação da
eletroestimulação transcraniana por corrente continua (ETCC) na performance física
e estado de humor em mulheres com DP. Método: As participantes foram alocadas
em dois grupos, ETCC-ativa e ETCC-sham, foram realizadas 5 aplicações de ETCC
ao longo de um período de 1 semana. Os desfechos foram avaliados pelo teste de
caminhada de seis minutos (TC6’), dinamometria lombar, Escala de Afeto Positivo e
Negativo (PANAS) e Escala de Ansiedade de Hamilton (HAS). Os dados iniciais foram
coletados no primeiro ciclo menstrual e no segundo ciclo menstrual e os dados pós-
intervenção foram coletados. Resultado: A análise do GEE (Generalized Estimating
Equations) não revelou o efeito da intervenção no grupo ativo quanto ao afeto positivo
(Wald x2 = 0,06; p = 0,80), afeto negativo (Wald x2 = 0,004; p =, 95) e ansiedade
(Wald x2 = 0,09; p = .76) ou pré-pós-intervenção e efeito de interação entre
modificação de variáveis (p> 0,05). A dinamometria (Wald x2 = 2,12; p = 0,54) e
desempenho aeróbio submáximo (Wald x2 = 0,72; p = 0,39) não diferiram entre os
grupos nem pré-pós-intervenção (p> 0,05). Conclusão: Os dados do presente estudo
não demonstraram diferença significativa para o grupo ETCC-ativa no afeto positivo,
afeto negativo, ansiedade, melhora da percepção do esforço e desempenho aeróbio
submáximo quando comparada ao grupo ETCC-sham.
Palavras chave: Estimulação transcraniana por corrente contínua, Depressão, Dor
1 INTRODUÇÃO
A dismenorreia primária (DP) é definida como menstruação dolorosa com
sensação de cãibra na parte inferior do abdômen podendo irradiar para a região
lombar, geralmente é acompanhada de outros sintomas, tais como sudorese, dores
de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia e tremor (LENTZ et al., 2012; ALLEN; LAM,
2012).
A dismenorreia é classificada em dois tipos, a dismenorreia primária e a
dismenorreia secundária. A DP tem como característica a ausência de anormalidade
estrutural visível ou qualquer doença pélvica ginecológica e é o tipo mais
frequentemente diagnosticado entre as adolescentes (RODRIGUES, et al. 2011).
As taxas de prevalência da DP variam amplamente e parecem estar
relacionadas à localização geográfica, apesar da variação, essas taxas se mostram
7
elevadas na maioria dos estudos (SANCTIS et al., 2015). A alta prevalência e os
diversos sintomas que a dismenorreia causa em mulheres, desde a adolescência e
podendo acompanhar até a vida adulta, evidencia o prejuízo a funcionalidade dessas
mulheres, originando limitações na atividade profissional, acadêmica, esportiva e
social (BANIKARIM, 2000).
A base do tratamento da DP baseia-se principalmente em intervenções
farmacológicas e cirúrgicas (SCHWERLA et al., 2014), sendo o tratamento
medicamentoso o mais utilizado e realizado com antiinflamatórios não-esteroides,
antiespasmóticos e tratamentos hormonais por meio de estrogênio, progesterona e
contraceptivos orais (LATTHE, 2014; ZAHRADNIK, HANJALIC-BECK, GROTH,
2010). Entretanto a maioria das mulheres com dismenorreia não procuram
atendimento médico e realizam a automedicação, por este motivo estudos já tem
demostrado que alguns antiinflamatórios não esteroidais tem apresentado um
pequeno ou nenhum efeito analgésico em determinadas mulheres (ORTIZ et al., 2015;
ORTIS, 2010).
Perante a utilização exacerbada dessas drogas sem prescrição médica foram
desenvolvidas terapias auxiliares não medicamentosas para o tratamento da DP, que
podem ser utilizados com o objetivo de diminuir a ingestão de medicamentos e /ou a
frequência de automedicação (KANNAN; CLAYDON, 2014). Dentro das opções de
tratamento não medicamentoso a fisioterapia parece contribuir para melhora dos
sintomas apresentados na DP. Recursos da fisioterapia como a termoterapia,
cinesioterapia e a neuroestimulação elétrica transcutânea podem reduzir
significativamente a dor associada a DP, existem ainda evidências moderadas para a
utilização de acupuntura e acupressão, sendo a repercussão clinica desses métodos
variável (KANNAN; CLAYDON, 2014).
Dentro dos recursos fisioterapêuticos existentes, a estimulação transcraniana
por corrente contínua (ETCC) surge como uma opção de tratamento não
farmacológico na DP. A ETCC é considerada uma intervenção neuromoduladora que
induz alterações na excitabilidade do córtex motor humano promovendo efeitos
fisiológicos que se estende a aspectos físicos e comportamentais (DAILEY et al.,
2014; OKANO et al., 2013), sendo utilizada para analgesia em pacientes com lesão
medular, melhora da memória em pacientes com acidente vascular encefálico,
8
Parkinson, Alzheimer, no tratamento da depressão e melhora do desempenho motor
(OKANO et al., 2013).
Essa condição clínica está associada a alterações no sistema nervoso central
(VINCENT et al., 2011), mulheres com DP podem apresentar uma alteração no
processamento da dor sistêmica, em que as mensagens nociceptivas periféricas
geradas pelos órgãos reprodutores no período menstrual é amplificada, causando um
aumento na excitabilidade do circuito convergente somatovisceral, ampliando a
percepção da dor (BAJAJ et al, 2002; GRANOT et al, 2001). Diante disso a ETCC
pode atuar na inibição endógena da dor, aumentando as respostas inibitórias no
sistema nervoso central e causando analgesia generalizada (FLOOD;
WADDINGTON; CATHCART, 2016). Devido à sensibilidade à dor, o desempenho
físico é afetado durante o período de fluxo menstrual em mulheres com DP (VINCENT,
K et al., 2011). As consequências negativas da dismenorréia podem incluir prejuízo
na qualidade da vida pessoal e social, absenteísmo escolar / trabalho e limitação das
atividades diárias habituais (SANCTIS, Vicenzo D. et al. 2017).
Entretanto não há na literatura estudos que analisem o efeito da ETCC sobre a
performance física e estado de humor em mulheres com DP, surgindo o
questionamento sobre os efeitos dessa terapia nesse grupo específico. Nossa
hipótese é que a ETCC promove a melhora da performance física e do estado de
humor em mulheres com DP durante a fase pré menstrual e menstrual, ápice da baixa
funcionalidade (momentânea) apresentada por essas pacientes.
Diante disso, sugere-se que a ETCC promova benefícios terapêuticos para
mulheres com DP. Sendo, portanto, uma ferramenta de fácil aplicação e baixo custo
quando comparado a outras modalidades terapêuticas, podendo com isso fazer parte
da rotina clínica da fisioterapia. Justificando a importância do presente estudo.
O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da aplicação da ETCC na
performance física e estado de humor em mulheres com DP. Investigando a melhora
da funcionalidade e a capacidade funcional aeróbica submáxima, melhora da
percepção de esforço durante a contração voluntária máxima, investigar o perfil
comportamental a partir da determinação da afetividade positiva e negativa,
depressão e ansiedade com o tratamento com a ETCC.
2 METODOLOGIA
9
2.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO
Foi realizado um ensaio clinico randomizado, controlado duplo cego. Todas as
mulheres foram informadas sobre os procedimentos do estudo, que poderiam ser
randomizadas para qualquer um dos grupos de estudo e que a participação era
voluntária, conforme a resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Este
estudo foi aprovado pelo comitê de ética institucional local (Universidade Federal do
Rio Grande do Norte) com o número: 1.530.846. Está registrado na plataforma
clinicaltrials.gov com o ID NCT03184740.
O grupo estudado foi formado por mulheres com DP diagnosticada mediante
os critérios do Primary Dysmenorrhea Consensus Guideline Nº 345- (BURNETT;
LEMYRE, 2017). Um total de 26 indivíduos foram recrutados para verificação dos
critérios de inclusão e exclusão. Dois indivíduos foram excluídos por não preencherem
os critérios de inclusão e dois se recusaram a participar. As participantes foram
recrutadas com base em anúncios no site da universidade e mídias sociais. A
pesquisa foi realizada na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí (FACISA)
localizada na cidade de Santa Cruz/RN, Brasil. Os critérios de inclusão: idade de 18 a
60 anos e ter sintomas de DP durante mais de 6 meses, com uma média de percepção
de dor de pelo menos 3 (em uma escala de 0 a 10) na Escala Visual Analógica da Dor
(EVA), possuir ciclo menstrual regular de 28 a 32 dias. Os critérios de exclusão:
história de doença geniturinária (infecciosa oncológica ou infecção), disfunção da
bexiga neurogênica, álcool ou abuso de drogas nos últimos 6 meses, depressão grave
(com uma pontuação maior que 30 no Inventário de Depressão de Beck), distúrbios
neurológicos previamente diagnosticados, implantes metálicos, histórico de convulsão
ou doença epiléptica e gestantes.
A randomização foi feita com 22 indivíduos através de uma sequência numérica
gerada por um computador usando o software apropriado (www.randomization.com)
para atribuir cada participante ao grupo ETCC-ativa ou ao grupo ETCC-sham (figura
1). Os dados faltantes foram tratados por intenção de tratar na análise, levando em
conta o método da última observação realizada. Os pacientes foram considerados
desistentes se perderam 1 dia de tratamento.
10
Fig. 1. Fluxograma do estudo de acordo com o CONSORT 2010.
A estimulação por corrente contínua foi administrada usando um estimulador
elétrico contínuo, com três baterias de energia (9 V) conectadas em paralelo. A
produção máxima de energia foi de 10 mA e foi controlada por um multímetro digital
profissional (DT832, WeiHua Electronic Co., Ltd, China) com um erro padrão de ±
1,5%. Os eletrodos foram colocados em uma esponja quadrada de 35 cm² (5 cm × 7
cm) embebida em solução salina. Faixas não condutoras com velcro foram usadas
para manter os eletrodos no lugar durante a duração da estimulação. Para a colocação
do eletrodo, foi utilizado o sistema EEG 10/20 com o eletrodo ânodo, colocado sobre
a área C3 para estimulação da área M1, correspondente ao córtex motor primário, e
o eletrodo catódico foi colocado sobre a área supraorbital contralateral (Fp2). Tanto
para estimulação simulada quanto ativa, uma sessão de 20 minutos foi realizada todos
os dias por 5 dias consecutivos. Para o ETCC-sham, os eletrodos foram colocados
nas mesmas posições que para a ETCC ativa, mas a corrente foi desligada após 30
s de estimulação. Nenhum participante descreveu diferenças entre as condições, e
Avaliadas p/ elegibilidade (n= 26)
Excluídas (n=4)
Não atenderam aos critérios (n=2)
Negaram-se a participar (n=2)
Analisadas (n=11)
Excluídas da análise (n=0)
Alocadas para intervenção ETCC- Ativa (n=11)
Receberam a intervenção alocada (n=11)
Não recebeu a intervenção alocada (n= 0)
Alocadas para intervenção ETCC-Sham (n= 11)
Receberam a intervenção (n= 9)
Não recebeu a intervenção alocada (declínio
de participantes) (n=2)
Analisadas (n=11)
Excluídas da análise (n=0)
Alocação
Análise
Randomização (n= 22)
Recrutamento
11
ambos os grupos relataram a mesma sensação durante o período de 30 s. Os
pacientes estavam em repouso em uma poltrona e as sessões ocorreram em uma
sala silenciosa e iluminada.
Foram coletados os dados sociodemográficos de todas as participantes a partir
de um questionário especifico. O desfecho primário do estudo foi avaliado pelo teste
de caminhada de 6 minutos (TC6’) e dinamometria lombar. Como desfechos
secundários foram avaliados a ansiedade através da Escala Hamilton de ANSIEDADE
e a afetividade positiva e negativa através da Escala de Afeto Positiva e Negativa
(PANAS).
As medidas dos desfechos foram avaliadas durante dois ciclos menstruais
consecutivos. Os dados iniciais foram avaliados no primeiro dia da menstruação ao
longo do primeiro ciclo menstrual. A intervenção foi realizada quando os indivíduos
informaram os pesquisadores sobre o início dos sintomas relacionados à dor pélvica
da DP durante o segundo ciclo menstrual. O pós-teste foi realizado no primeiro dia da
menstruação do segundo ciclo menstrual e todos os parâmetros físicos e de humor
foram avaliados (figura 2).
Fig. 2. Visão geral do procedimento. Os sujeitos receberam intervenção com ETCC
(ativo ou sham) durante o segundo ciclo menstrual por cinco dias consecutivos.
2.2 AVALIAÇÃO FÍSICA E COMPORTAMENTAL
2.2.1Teste de caminhada de 6 minutos (TC6´)
O desempenho aeróbico submáximo foi avaliado pelo TC6’, que permite
avaliação objetiva da condição física e funcionalidade do indivíduo. O teste foi
Pré-teste: Avaliação inicial no primeiro dia da menstruação
5 dias consecutivos de ETCC Ativa / Sham
Linha do tempo
Pós-teste: Avaliação inicial no primeiro dia da menstruação
Inicio das dores 1° ciclo menstrual
2° ciclo mestrual
12
demonstrado previamente para a participante, que em seguida o realizou para a
avaliação. Para a realização do teste, a participante foi orientado a percorrer a maior
distância possível durante seis minutos, em velocidade de caminhada máxima,
exercida pelo paciente, em um espaço de 30m de comprimento medido com uma fita
métrica. Foi preconizado o uso da frase: você está indo bem, para a motivação do
participante durante o teste, a cada minuto (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2002).
2.2.2 Dinamometria
Dinamômetro lombar ou dorsal é um aparelho que mede a capacidade de
tração da musculatura lombar avaliando a força isométrica (estática) do indivíduo.
Para a realização do teste de tração lombar, o avaliado foi posicionado em pé sobre
a plataforma do dinamômetro com os joelhos completamente estendidos. O tronco
ficou flexionado à frente formando um ângulo de aproximadamente 120º. O avaliado
posicionou a cabeça no prolongamento do tronco com o olhar fixado à frente e os
braços estendidos. O cabo do dinamômetro foi ajustado de acordo com o tamanho do
avaliado, de modo que ele segurasse a barra de apoio mantendo a posição descrita
anteriormente. A barra de apoio foi posicionada próxima à altura do joelho do avaliado.
A empunhadura de uma das mãos foi dorsal e a outra palmar, tendo uma distância
entre elas igual ao diâmetro bi trocantérico. Foram realizados 3 testes e utilizado o
maior valor (BOHANNON, R. W. , 1986).
2.2.4 Escala Hamilton de Ansiedade
O quadro de ansiedade foi mensurado com a utilização da Escala de Ansiedade
de Hamilton (HAS). A escala possui 14 itens, que pode ser avaliado de 0 a 4, com
uma pontuação total de 56. Quanto maior a pontuação direcionada pelo indivíduo,
maior será o grau de ansiedade (HAMILTON, M. , 1959).
2.3.5 Avaliação da Afetividade
A Escala de Afeto Positivo e Negativo (PANAS) elaborada por Watson, Clark e
Tellegen, (1988) consiste em um conjunto de 20 palavras que descrevem diferentes
sentimentos e emoções sentidas pelo paciente durante as últimas semanas. Esse
questionário, validado para o português, possui duas dimensões, utilizando 10
palavras para o cálculo da afetividade positiva e 10 para a afetividade negativa
13
(GALINHA; PAIS-RIBEIRO, 2005). Cada palavra é pontuada de 1 (nada) a 5
(extremamente), podendo o escores total variar de 10 a 50 para cada dimensão.
2.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA
2.3.1 Análise de dados
As análises foram realizadas com os softwares SPSS versão 20 (IBM, Armonk,
NY), Graph Pad Prism 5 e SPSS (V. 19.0, Chicago, EUA). As variáveis quantitativas
foram expressas como média e desvio padrão (DP). O teste de Shapiro-Wilk foi usado
para determinar a normalidade dos dados. O teste t não pareado foi usado para
comparar apenas características numéricas entre os grupos (idade, IMC e o número
de dias do ciclo menstrual nos dados iniciais). As diferenças nas variáveis qualitativas
entre os grupos foram calculadas usando o teste Exato de Fisher. A análise principal
consistiu de uma série de equações de estimativas generalizadas (GEE) (usando
distribuição normal, um estimador robusto como matriz de covariância e estrutura de
matriz de correlação trocável). Utilizou-se o modelo GEE para a análise do TC6´,
dinamometria, afeto positivo, afeto negativo e ansiedade como variáveis
independentes. O grupo de estimulação, pré e pós-intervenção e interação foram
considerados variáveis dependentes. A análise GEE usa uma matriz de correlação de
trabalho não estruturada e uma função de ligação para a regressão de Poisson para
estimar entre e dentro de correlações de grupo. O teste de Wald x2 foi realizado para
a variável independente de significância disponível no modelo e o teste de contraste
de Bonferroni foi utilizado para comparar os subgrupos nas variáveis independentes.
O tamanho do efeito d (d) de Cohen foi calculado para identificar o impacto da prática
clínica nas análises de subgrupos quando houve significância estatística. Significância
estatística foi estabelecida em p <0,05. O tamanho do efeito foi calculado de acordo
com estudos anteriores com ETCC e dor pélvica (FENTON et al., 2009).
Posteriormente, o efeito da prática clínica foi classificado como um efeito muito
pequeno (d = 0,1), efeito pequeno (d = 0,20), efeito médio (d = 0,50), efeito grande (d
= 0,80), muito grande (d = 1.20) e efeito enorme (d> 2.0).
3 RESULTADOS
14
Vinte e seis pacientes com DM foram inicialmente avaliadas. Quatro pacientes
foram excluídos porque não preencheram os critérios (n = 2) ou rejeitaram a
participação (n = 2). Os restantes 22 participantes foram incluídos neste estudo.
Durante o arrolamento, 2 participantes se recusaram a participar por incompatibilidade
com o período de intervenção e foram incluídos na análise estatística com intenção
de tratar. Os participantes restantes completaram o experimento e foram incluídos na
análise estatística. Não houve diferenças iniciais significativas nos parâmetros
sociodemográficos e nas características clínicas iniciais entre os grupos (Tabela 1).
Todos os pacientes toleraram bem os tratamentos de ETCC e houve eventos
adversos mínimos, como a sensação de formigamento da pele.
A análise do GEE não revelou o principal efeito da intervenção do grupo no
afeto positivo (Wald x2 = 0,06; p = 0,80), afeto negativo (Wald x2 = 0,004; p =, 95) e
ansiedade (Wald x2 = 0,09; p = .76) ou pré-pós-intervenção e efeito de interação entre
modificação de variáveis (p> 0,05).
A dinamometria (Wald x2 = 2,12; p = 0,54) e desempenho aeróbio submáximo
(Wald x2 = 0,72; p = 0,39) não diferiram entre os grupos nem pré-pós-intervenção (p>
0,05) (Tabela 2).
15
Tabela 1: Variáveis sociodemográficas e clínicas.
Características sociodemográficas
ETCC Ativa ETCC Sham p valor
Idade 21.00 ± 2.14 20.64 ± 2.33 0.7077 IMC 21.81 ± 3.53 21.32 ± 2.53 0.7118
Ciclo menstrual (dias) 28.82 ± 1.72 28.36 ± 0.8 0.4373 EVN 7.81 ± 2.16 4.54 ± 1.25 0.0003
Nullipara 10 9 -
1 gravidez 1 0 -
Estado civil(n) 0.5
Nunca casou 10 9 - Casada 1 0 -
Renda * (n) 0.32 1 salário mínimo 5 1 -
2 a 3 Salário Mínimo 4 5 - 4 salário mínimo ou mais 2 1 -
Não declarado 0 2 - Educação (n) 1.0
Nível básico 0 1 - Nível médio 10 7 -
Universidade 1 1 -
Legenda: Variáveis clínicas descritas com média e desvio padrão. A escala visual
numérica (EVN) foi avaliada no primeiro dia da menstruação ao longo do primeiro ciclo
menstrual. *Salário Mínimo Nacional, US $ 252,14 por mês.
Tabela 2. Efeitos da estimulação nos estados de humor e nos resultados funcionais Variáveis clínicas
ETCC ativa Valor de p
ETCC Sham Valor de p
Interação
Pré Pós Pré Pós
Afeto positivo 19 ± 3.5 17.8 ± 4.7 0.999 18 ± 3 18 ± 5.2 0.931 0.595
Afeto negativo 14 ± 2..8 13.2 ± 2.7 0.364 13,5 ± 2.8 14.4 ± 3.5 0.207 0.137
Ansiedade 21.9 ± 7.4 18 ± 5.9 0.800 19.4 ± 7.8 18.8 ± 8 0.783 0,338
Dinamometria 44 ± 12.2 49 ± 5 0.675 48.7 ± 8.3 48.6 ± 9.9 0.191 0.546
TC6M 523.6 ± 38.2 525 ± 51.9 0.426 529.1 ± 46 531.2 ± 56.4 0.791 0.941
TC6M: teste de caminhada de seis minutos. Variáveis clínicas descritas com média e desvio padrão.
4 DISCUSSÂO
Este estudo é a primeira investigação que descreve os efeitos da ETCC na DP.
Nós investigamos o efeito de 5 sessões consecutivas de ETCC sobre M1 no estados
de humor e capacidade funcional em mulheres com DP. Não foram observadas
alterações clínicas ou estatísticas em relação ao tratamento.
O controle da hiperalgesia em mulheres com DP tem um efeito direto sobre a
incapacidade. A dor relacionada à dismenorreia tem sido relatada como a principal
16
causa de absenteísmo escolar ou de trabalho de curta duração, recorrente entre
mulheres jovens em idade fértil (IACOVIDES; AVIDON; BAKER, 2015). Portanto, o
tratamento do DP pode ser particularmente importante e deve ser tratado prontamente
e adequadamente em todas as mulheres.
A fisiopatologia da DP ainda não está totalmente elucidada, entretanto, boa
parte dos sintomas pode ser explicada pela ação da prostaglandina, em particular a
PGF2α, presente no fluido menstrual, a qual determina uma atividade uterina anormal,
reduzindo o fluxo sanguíneo ao útero e sensibilizando os nociceptores. Entretanto
devido aos episódios dolorosos repetidos mensalmente pode ocorrer o
desenvolvimento de sensibilidade à dor no sistema nervoso central (YUNUS, 2008).
A importância das conexões entre o córtex motor e as vísceras mostradas em
modelos animais pode ser facilmente reproduzida em seres humanos, as disfunções
do córtex motor em condições de dor visceral pode resultar em uma grande variedade
de efeitos na atividade motora visceral e modulação da dor descendente (KUTCH; TU,
2016).
Acredita-se que a ETCC está associada a inibição endógena da dor,
aumentando as respostas inibitórias no sistema nervoso central e causando analgesia
generalizada (FLOOD, WADDINGTON; CATHCART, 2016). Nesse contesto a ETCC
pode ser uma ferramenta importante na modulação da dor por inibição eferente dos
estímulos dolorosos gerados durante o esforço físico (FLOOD et al. 2017). Em sua
revisão, Okano et al (2013) trazem que a ETCC aplicada sobre o cortéx temporal (CT)
esquerdo melhora o desempenho físico, promovendo homeostase sistêmica durante
atividade física e diminui a percepção subjetiva do esforço através da modulação do
CT e do Cortéx Insular (CI). No nosso estudo a área escolhida para a aplicação da
ETCC foi a área M1.
Existem ainda áreas do cérebro responsáveis pelo processamento de
informações e estímulos afetivos, essas áreas compreendem ao córtex pré-frontal
dorsolateral (CPFDL), córtex ventral (CV), hipocampo e amígdala, essas áreas estão
relacionadas a transtornos como a depressão (HAMILTON et al., 2008). Em sua
revisão de literatura Zhao et al. (2017) demonstraram um potencial efeito
antidepressivo da ETCC aplicada no córtex pré-frontal por meio da alteração da
função dos circuitos de processamento de informações relacionados à emoção. A
meta-análise realizada por Brunoni et al. (2016) trouxe evidências de que a ETCC
17
promove melhora da depressão, resposta clínica e remissão para episódio depressivo
agudo; além de apresentar eficácia similar aos antidepressivos e a estimulação
magnética transcraniana (EMT).
Um estudo preliminar com ETCC (ânodo acima de M1 com 1 mA) e dor pélvica
crônica refratária mostrou um efeito moderado na diminuição dos escores de
sintomas, incluindo a dor (FENTON et al., 2009). Em outra investigação, Simis et al.
observaram um aumento significativo nos limiares de dor após a ETCC ativa em
comparação com as condições simuladas em pacientes com dor pélvica crônica
(SIMIS et al., 2014). Nesses estudos não foram encontradas diferenças significativas
nas avaliações comportamentais e não foram investigados os resultados físicos.
Outros estudos sugerem que várias regiões do cérebro estão envolvidas na
percepção da dor em síndromes de dor pélvica (LUEDTKE et al., 2012; LIU et al.,
2017; LIU et al., 2015). De fato, outras montagens de ETCC podem ser utilizadas de
acordo com o objetivo terapêutico. Protocolos de estimulação ETCC com estimulação
anódica sobre o CPFDL (F3) tem sido proposto para o tratamento de depressão e
ansiedade e revelaram resultados promissores na melhora dos estados de humor
(LUEDTKE, Kerstin et al. 2012). Neste estudo, estado afetivo e ansiedade não
diferiram entre os grupos. Estes resultados sugerem que a estimulação anódica do
M1 é um bom alvo para melhorar a dor e a força no PDM na ausência de alterações
nos estados de humor. Portanto, a estimulação sobre CPFDL (F3) pode ser mais
apropriada para o tratamento de distúrbios psicológicos (LEFAUCHEUR, 2016).
A ETCC-ativa demonstrou aumentar a excitabilidade corticospinal e o
desempenho motor de forma aguda, o que pode melhorar este processo (DONDÉ et
al., 2017; HENDY; KIDGELL, 2014). Os achados sugerem que a ETCC-ativa aplicado
por 20 min a 2 mA no córtex motor direito aumenta a força máxima e as contrações
isométricas máximas (KIDGELL, 2014; Hazime, F., 2017). A funcionalidade poderia
ser melhorada se a ETCC promovesse redução do escore de dor (MENDONCA et al.,
2016; SHORT, 2009). Este ensaio clínico não demonstra melhora na força ou na
capacidade aeróbica submáxima.
4.1 LIMITAÇÕES
Este estudo teve várias limitações. Primeiro, o período de avaliação de dois
ciclos consecutivos foi relativamente curto. Os efeitos a longo prazo de 5 ETCC, com
18
um seguimento de 2 ou 3 ciclos menstruais, devem ser avaliados em estudos futuros.
Em segundo era difícil saber o primeiro dia de cada ciclo menstrual. Portanto, a ETCC
foi realizada quando o participante começou a mostrar os primeiros sintomas de PDM.
Investigações futuras explorando mais números de sessões de ETCC e mais
ciclos menstruais consecutivos são necessárias se quisermos determinar a eficácia
do tratamento por um período de longo prazo. Os estudos devem incluir estimulação
dorsolateral da área pré-frontal para investigar os efeitos da ETCC nos estados de
humor e na dor.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados do presente estudo não demonstraram diferença significativa para o
grupo ETCC-ativa quando comparada ao grupo ETCC-sham no afeto positivo, afeto
negativo, ansiedade, melhora da percepção do esforço e desempenho aeróbio
submáximo.
6 CONFLITO DE INTERESSES
Não há conflito de interesse a ser declarado em relação a este estudo.
Primary dismenorrhea and tdcs: effects on physical performance and humidity
status, a blind double controlled randomized clinical test
ABSTRACT: Objective: The objective of this study is to evaluate the effects of the
use of TDCS on physical performance and mood state in women with PD. Method:
Eleven active treatments and 11 placebo stimulations of 5 TDCS applications were
performed over a period of 1 week. The outcomes were evaluated by the Positive and
Negative Affect Scale (PANAS), Hamilton Anxiety Scale (SAH), lumbar dynamometry
and six-minute walk test (6MWT). Initial data were collected in the first menstrual cycle
and in the second menstrual cycle and post-intervention data were collected. Results:
The GEE analysis did not reveal the effect of the intervention in the active group on
positive affect (Wald x2 = 0.06, p = 0.80), negative affection (Wald x2 = 0.004, p = 95)
and anxiety Wald x2 = 0.09, p = .76) or pre-post intervention and interaction effect
between modification of variables (p> 0.05). The dynamometry (Wald x2 = 2.12, p =
0.54) and submaximal aerobic performance (Wald x2 = 0.72, p = 0.39) did not differ
between groups nor pre-post intervention (p> 0, 05). Conclusion: Data from the
19
present study did not show a significant difference for the TDCS-active group in the
positive affection, negative affection, anxiety, improvement of the perception of effort
and submaximal aerobic performance when compared to the TDCS-sham group.
Keywords: Transcranial direct current stimulation, Depression, Pain
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