UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE … · PATRICIA MONTEIRO BARBOSA DE FREITAS INTERAÇÃO...
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE … · PATRICIA MONTEIRO BARBOSA DE FREITAS INTERAÇÃO...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PATRICIA MONTEIRO BARBOSA DE FREITAS
INTERAÇÃO UNIVERSIDADE–EMPRESA: ESTUDO DA MODELAGEM DE
PROCESSOS DO CENTRO DE INOVAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DA
UFPR
CURITIBA
2015
PATRICIA MONTEIRO BARBOSA DE FREITAS
INTERAÇÃO UNIVERSIDADE–EMPRESA: ESTUDO DA MODELAGEM DE
PROCESSOS DO CENTRO DE INOVAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DA
UFPR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Elétrica, Ênfase em Sistemas Eletrônicos Embarcados, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. James Alexandre Baraniuk
CURITIBA
2015
iii
TERMO DE APROVAÇÃO
PATRICIA MONTEIRO BARBOSA DE FREITAS
INTERAÇÃO UNIVERSIDADE–EMPRESA: ESTUDO DA MODELAGEM DE
PROCESSOS DO CENTRO DE INOVAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DA
UFPR
Monografia aprovada como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Elétrica, Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná, pela
seguinte banca examinadora:
Orientador:
Prof. Dr. James Alexandre Baraniuk
Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR
Prof. Ph.D. André Augusto Mariano
Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR
Prof. Dr. João Américo Vilela Junior
Departamento de Engenharia Elétrica, UFPR
Curitiba, 02 de dezembro de 2015.
iv
RESUMO
A integração Universidade e empresa possibilita as pesquisadores e alunos de pós-
graduação entrar contato com o mundo tecnológico de produção e as rotinas das
empresas. Assim, tanto docentes quanto discentes passam a estar sintonizados com
o mercado de trabalho e o empreendedorismo. Modelar os processos para a
realização de projetos de interação universidade-empresa é fundamental para que
essas parcerias sejam realizadas de maneira rápida e efetiva. Os resultados obtidos
com o mapeamento dos processos, a organização e orientação para o preenchimento
dos mesmos visam acelerar essas parcerias. Foi realizado o mapeamento do
processo de interação, utilizando-se do modelo Business Process Management
Notation (BPMN). O modelo BPMN é um padrão adotado em diversas áreas devido
sua simplicidade e facilidade, desde mapas de processo simples aos mais
sofisticados. Essa interação universidade – empresa proporciona conhecimento para
os discentes, avanços na carreira dos docentes, troca de conhecimentos, e colabora
para melhorias na sociedade em geral.
Palavras-Chave: Pesquisa, Inovação, Parcerias, Mapeamento de Processo.
v
ABSTRACT
Integrating University and now allows researchers and graduate students get in touch
with the technological world of production and the routines of the companies. Thus,
both teachers and students begin to be in tune with the job market and
entrepreneurship. Model the processes for conducting university-industry interactions
projects is key to this partnership are carried out quickly and effectively. The results
obtained with the mapping of processes, organization and guidance for completing the
same objective of accelerating these partnerships. Mapping the process of interaction
was conducted using the BPMN model. The BPMN model is a standard adopted in
many areas because of its simplicity and ease, from simple process maps to the most
sophisticated. This interaction university - company provides knowledge to students,
the career development of teachers, exchange of knowledge and contribute to the
betterment of society in general.
Keywords: Research, Innovation, Partnerships , Process Mapping.
vi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - EXEMPLO DE SERVICE BLUEPRINT PARA O PROCESSO DE ENTREGA DE REFEIÇÕES .................................................... 24
FIGURA 2 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA ........................................................................................................................ 24
FIGURA 3 - IDEF3 APLICADO NO ATENDIMENTO A CLIENTES EM UM SUPERMERCADO ............................................................ 25
FIGURA 4 - MAPEAMENTO EM UML DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE UMA CASA .............................................................. 27
FIGURA 5 - SIMBOLOGIA DO MÉTODO DFD ................................................................................................................... 27
FIGURA 6 - SIMBOLOGIA UTILIZADA PELO DFD ............................................................................................................... 28
FIGURA 7 – REPRESENTAÇÃO DE POOL (PISCINA) E LANES (RAIAS) ...................................................................................... 30
FIGURA 8 – EXEMPLO DE MAPEAMENTO DE PROCESSO .................................................................................................... 33
vii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - COMPLEMENTARIDADE UNIVERSIDADE-EMPRESA .............................................................................................. 17
TABELA 2 - REGRA ATUAL – 2005/2019 PARA A REDUÇÃO DE IPI. ..................................................................................... 20
TABELA 3 - DISTRIBUIÇÃO DE INVESTIMENTO EM P&D. ..................................................................................................... 21
TABELA 4 - SÍMBOLOS PADRÕES PARA MAPEAMENTO DE PROCESSOS. ................................................................................... 23
TABELA 5 - ELEMENTOS DO BPMN. .............................................................................................................................. 29
TABELA 6 - ARTEFATOS PADRÃO DO BPMN .................................................................................................................... 31
viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AGITEC - Agência de Inovação UFPR
ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras
BPM - Business Process Management BPMN - Business Process Modeling Notation CERTI - Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras CIEL - Centro de Inovação em Engenharia Elétrica COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Coplad - Conselho de Planejamento e Administração CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CT/UFPB - Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba D.O.U - Diário Oficial da União DFD - Data flow diagrams DPN - Diagrama de Processos de Negócio DSP’s - Digital Signal Processor ENCE - Etiqueta Nacional de Conservação de Energia EPC - Event Driven Process Chain FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico GICS - Group of Integrated Circuits and Systems GRU - Guia de Recolhimento da União GSM - Sistema Global para Comunicações Móveis IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobro Circulação de Mercadorias e Serviços ICT - Instituição Científica e Tecnológica IDEF - Integrated Computer Aided Manufacturing Definition IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados ITTI - Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura LABCON - Laboratório de Conforto Ambiental
LABMETRO - Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia Mecânica
LAME - Laboratório de Instrumentação e Medida LEP - Laboratório de Eletrônica de Potência MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OI3E - Organismo de Inspeção em Eficiência Energética de Edificações OMG - Object Management Group P&D - Pesquisa e Desenvolvimento P,D&I - Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação PDF - Adobe Acrobat Reader PIS - Programa de Integração Social Proplan - Pró-Reitoria de Planejamento,Orçamentos e Finanças SIGeA - Sistema Integrado de Gestão de Acordos SOA - Service Oriented Architeture TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação
ix
U-E - Universidade - Empresa UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina UML - Unified Modeling Language USP - Universidade de São Paulo XPDL - Process Definition Language
x
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................... iv
ABSTRACT............................................................................................................... v
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. vi
LISTA DE TABELAS................................................................................................ vii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................. viii
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 13
1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................................. 14
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................................................... 15
2 REVISÃO TEÓRICA ..................................................................................................................................17
2.1 LEGISLAÇÃO DE APOIO A INOVAÇÃO TECNÓLOGICA .................................................................................... 17
2.2 MAPEAMENTO DE PROCESSOS ..................................................................................................................... 21
2.2.1 Mapa de Processo .......................................................................................... 22
2.2.2 Service Blueprint ............................................................................................. 23
2.2.3 Fluxograma ..................................................................................................... 24
2.2.4 Mapafluxograma ............................................................................................. 24
2.2.5 Integrated Computer Aided Manufacturing Definition (IDEF) .......................... 25
2.2.6 Unified Modeling Language (UML) .................................................................. 26
2.2.7 Data flow diagrams (DFD) ............................................................................... 27
2.3 MODELAGEM E GESTÃO DE PROCESSOS ...................................................................................................... 28
2.4 ANÁLISE COMPARATIVA DAS FERRAMENTAS BPM ...................................................................................... 32
2.4.1 BizAgi .............................................................................................................. 32
2.4.2 eClarus ............................................................................................................ 33
2.4.3 Intalio ............................................................................................................... 33
2.4.4 Microsoft Visio ................................................................................................. 34
2.4.5 Smartdraw ....................................................................................................... 34
2.4.6 Conclusões Sobre as Ferramentas ................................................................. 34
3 METODOLOGIA ......................................................................................................................................36
4 RESULTADOS DO PROJETO .....................................................................................................................38
xi
4.1 CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA SER REALIZADA COM O DIRETOR DO CIEL ..................... 38
4.2 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL DO CIEL – VÍDEO INSTITUCIONAL .................................................... 38
4.3 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL DO CIEL – FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS ......... 39
4.4 UNIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA FORMALIZAÇÃO DE CONVÊNIO ..................................................... 41
4.5 CHECK LIST DOCUMENTAL PARA REALIZAÇÃO DE CONVÊNIO ...................................................................... 41
4.6 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO PLANO DE TRABALHO ............................................................... 42
4.7 RELAÇÃO DE CERTIDÕES PARA A CELEBRAÇÃO DE CONTRATO .................................................................... 44
4.8 MAPEAMENTO DE PROCESSO DO CIEL ......................................................................................................... 44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS ..................................................................................46
6 CONCLUSÕES ..........................................................................................................................................48
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................50
APÊNDICE 1 – ROTEIRO DE ENTREVISTA ..........................................................................................................55
APÊNDICE 2 – SUGESTÃO PRELIMINAR DE ROTEIRO DE VÍDEO INSTITUCIONAL ..............................................57
APÊNDICE 3 – FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS ....................................................................58
APÊNDICE 4 – CHECK LIST DOCUMENTAL ........................................................................................................60
APÊNDICE 5 – ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO PLANO DE TRABALHO ...........................................61
APÊNDICE 6 – RELAÇÃO DE CERTIDÕES E PRAZOS DE VALIDADE .....................................................................62
APÊNDICE 7 – MAPEAMENTO DE PROCESSO PROCESSUAL .............................................................................63
APÊNDICE 8 – MAPEAMENTO DE PROCESSO FINANCEIRO ..............................................................................64
ANEXO 1 – UNIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS ..................................................................................................65
ANEXO 2 – CHECK LIST PROPLAN ....................................................................................................................95
12
1 INTRODUÇÃO
O curso de engenharia elétrica da Universidade Federal do Paraná, com ênfase em
Sistemas Embarcados proporciona desde o primeiro semestre letivo a integração entre
teoria prática, através dos projetos desenvolvidos em determinada disciplina, mas que para
a sua realização necessita da integração com as demais matérias estudadas naquele
semestre e nos posteriores.
As disciplinas de projetos integrados, que são ministradas ao longo do curso,
proporcionam uma visão de desenvolvimento de metodologia de pesquisa, aplicação e
conclusão de um projeto de pesquisa tanto teórico, como teórico/prático.
Nos projetos desenvolvidos nas referidas disciplinas em algumas situações eles não
são inovadores, ou seja, apenas proporciona a reprodução e teste do mesmo. Em outros
projetos elaborados tem-se como base algo pronto e com uma certa inovação no método
ou nas funcionalidades do mesmo.
Alguns projetos inovadores são elaborados apenas na concepção e simulados, ou
em protótipos simples, mas que para sua execução seriam necessários recursos,
ferramentas e recursos financeiros adicionais.
Algumas das ideias elaboradas e executadas nas disciplinas de projeto integrado
podem ser de interesse da indústria, porém como não ocorre neste momento uma interação
com as indústrias próximas a Universidade, algumas dessas ideias acabam minguando e
não sendo colocadas em prática.
Com o propósito de melhorar a integração entre a universidade-empresa foi criado
em 2006 o Centro de Inovação em Engenharia Elétrica (CIEL) que é um órgão ligado ao
Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná através do Departamento de
Engenharia Elétrica.
O centro estava desativado até o ano de 2014, sendo reaberto em 2015 e passando
por reestruturação e adequação ao seu papel dentro da sociedade paranaense e brasileira.
O Centro tem como finalidade básica a pesquisa, desenvolvimento e extensão nas
áreas de conhecimento da Engenharia Elétrica. Um dos principais objetivos é a melhoria
da formação dos alunos e professores da UFPR envolvidos direta ou indiretamente com as
atividades do mesmo.
As atividades do CIEL estão direcionadas para proporcionar:
• A organização e execução de projetos de pesquisas científicas e tecnológicas;
13
• Prestação de serviços e consultoria a entidades públicas e privadas;
• Organização de cursos de extensão;
• Organização de conferências, seminários, simpósios, congressos e outros
eventos científicos;
• Capacitação e aprimoramento de recursos humanos, dentro de sua área de
atuação;
• Proposição e execução de acordos e convênios com entidades públicas e
privadas.
Uma possibilidade bem próxima e possível é através de parcerias com empresas da
cidade, do estado ou até fora do mesmo que tenha interesse na pesquisa e
desenvolvimento do projeto.
A Lei da Inovação Tecnológica (nº 10.973/2004), que foi promulgada em 2005, tem
como objetivo favorecer a articulação entre Universidade, Institutos de Pesquisas e
empresas privadas para o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas. Esta
lei se mostrou interessante para empresas que buscam novas oportunidades e novos
mercados.
Para a realização de parceria entre universidades públicas e instituições externas
quer sejam públicas ou privadas há uma grande quantidade de normas que devem ser
atendidas e documentos que devem ser apresentados. Neste sentido, o presente trabalho
vem a contribuir na compreensão deste processo como um todo pelo uso de técnicas de
mapeamento de processos, o BPMN que serão explicadas no decorrer do projeto. Com a
realização deste projeto pretende-se colaborar para que sejam gerados novos convênios
que possam contribuir tanto para a universidade como para as instituições externas.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
O presente trabalho é orientado pelo objetivo geral de modelar o processo para a
realização de projetos de interação universidade-empresa pelo curso de Engenharia
Elétrica da UFPR.
14
1.1.2 Objetivos Específicos
Com vistas a alcançar o objetivo geral as etapas abaixo serão seguidas:
• Realizar revisão teórica;
• Identificar os principais processos para a realização de atividades de interação entre
o curso de engenharia elétrica e a comunidade;
• Levantar os principais documentos a serem elaborados para projetos em parceria;
• Propor um conjunto de documentos com preenchimentos semiautomatizados;
• Desenhar e modelar os principais processos para os projetos em parceria;
• Propor material de apoio a comunicação para a realização de projetos.
1.2 JUSTIFICATIVA
A integração universidade – empresa possibilita aos pesquisadores, alunos da
graduação e pós-graduação a entrarem em contato com o mundo tecnológico de produção
e as rotinas das empresas. Projetos de colaboração entre universidade - empresa, onde há
o envolvimento de pesquisadores e alunos, traz o desafio da indústria para dentro das salas
de aula proporcionando assim um enriquecimento na aprendizagem das diversas
disciplinas da grade curricular. Assim, tanto docentes quanto discentes passam a estar
sintonizados com o mercado de trabalho e o empreendedorismo.
Processos de parcerias Universidade – empresa são muito complexos e com
diversas etapas, com o intuito de atrair mais pesquisadores para realizar atividades de
pesquisa, consultoria e extensão organizar esses processos se faz necessário para facilitar
a efetivação dessas atividades.
Pela visão que alguns pesquisadores há a necessidade de captação de recursos de
outras fontes que não apenas a Universidade, isto para o desenvolvimento técnico e
científico de seus departamentos, docentes e discentes.
Alguns dos equipamentos necessários para o desenvolvimento acadêmico, técnico
e científico dos pesquisadores e alunos da instituição tem custo elevado o que em muitas
situações não se justifica a sua obtenção via Universidade, porém com as parcerias seu
uso se viabiliza e aumenta a probabilidade de aquisição como recurso material para a
execução do projeto.
A área de engenharia elétrica e eletrônica são uma das mais inovadoras, portanto a
15
indústria deve estar em constante renovação. Desta forma as parcerias possibilitam aos
alunos e professores o contato com pesquisa e desenvolvimento e alavanca as pesquisas
de ponta para a indústria.
Muitas dessas pesquisas oriundas de parcerias indústria e universidade geram
patentes que com certeza ajudam na ascensão profissional de pesquisadores e da
universidade de maneira mais ampla.
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
No capítulo introdutório deste trabalho, apresenta-se a principal característica do
curso de engenharia elétrica noturno que é o desenvolvimento de projetos desde o primeiro
semestre. Ainda ressalta que estas disciplinas proporcionam uma aproximação com a
prática adotada nas indústrias o que é um diferencial se comparado com outros cursos de
engenharia. Ressalta que as parcerias universidade - empresa podem ajudar na efetivação
de algumas ideias nascidas nestes projetos. Apresenta o objetivo geral e específicos. E
finaliza com a justificativa da pesquisa para a formação dos discentes e aperfeiçoamento
de docentes.
No segundo capítulo, faz-se a revisão bibliográfica sobre as duas principais
legislações de apoio a Inovação Tecnológica. A Lei 11.196/2005, conhecida por Lei do Bem,
e posteriormente da Lei da Informática de número 11.077/2004 que ajudam na captação de
recursos para as parcerias universidade – empresa. Ainda, neste mesmo capítulo se faz
uma revisão sobre mapeamento de processos em diversas áreas e apresenta-se o padrão
Business Process Modeling Notation (BPMN) para a concepção desses mapeamentos de
processos. A importância da modelagem e gestão de processos nas diversas áreas e ramos
de conhecimento. Apresenta-se as principais ferramentas de mapeamento de processos e,
posteriormente, é realizada uma análise comparativa das ferramentas BPM.
No terceiro capítulo é apresentadas as principais técnicas de entrevistas, e justifica-
se a utilização da entrevista semiestruturada para o projeto.
No quarto capítulo, são apresentados os resultados do projeto tanto de entrevistas
para delimitar o objetivo geral da proposta de pesquisa, com a construção das fichas de
identificação dos laboratórios e do vídeo institucional, da elaboração de um arquivo único
de documentos com preenchimento semiautomatizados para a celebração de parcerias, e
finalmente o mapeamento de processos construído com o uso do software Bizagi.
O quinto capítulo trata das considerações finais que apontam alternativas e
16
orientações para facilitar a celebração de convênios universidade – empresa, bem como
indica estratégias para dinamizar os processos todos. Também são apontados dois
possíveis caminhos para a realização e trabalhos futuros que poderão ajudar no
refinamento das soluções apresentadas ao tema.
Por fim, no sexto capítulo serão apresentadas as conclusões que demonstram que
o objetivo geral do tema de pesquisa foi atendido, e da contribuição para a formação
profissional e pessoal da autora do projeto.
17
2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 LEGISLAÇÃO DE APOIO A INOVAÇÃO TECNÓLOGICA
No livro de Santos et al (2009), que foi organizado pela Agência de Inovação Inova
Unicamp com o objetivo central de constituir um material de referência no tema de
Estruturação e Gestão dos Núcleos de Inovação Tecnológica, é definido o termo de
desenvolvimento tecnológico e a sua importância para avanços científicos para o país.
Segundo Santos et al (2009), “o desenvolvimento tecnológico e a inovação são
peças-chave para o crescimento da produtividade e do emprego”. Ainda para Santos et al
(2009, p. 43), “países em desenvolvimento, a política de inovação tem por objetivo primeiro
reduzir o atraso social, econômico e tecnológico”.
Para Fujino e Stal (2005), a inovação se realiza nas empresas, através da oferta ao
mercado de novos produtos e serviços. Como as universidades têm o tríplice papel de
ensino, pesquisa e extensão, fica como sua incumbência promover o avanço da ciência.
Sabe-se que os objetivos e missões das Universidades e das empresas são
diferentes, mas as vantagens podem ser recíprocas para ambas as instituições, gerando
complementaridades importantes, como mostra a Tabela 1.
Tabela 1 - Complementaridade universidade-empresa
Universidade Empresa
• Melhoria do ensino e da pesquisa
• Desafios trazidos pela sociedade
• Influência nas ementas das disciplinas e
temas de pesquisa
• Experiência dos alunos
• Acesso ao conhecimento, metodologias e
tecnologias e ponta;
• Acesso à fontes de informação tecnológicas e de
recursos para a inovação
• Identificação de talentos
• Redução de custos de P&D
FONTE: Santos (2009, p.59)
Sabe-se que o crescimento dos países passa pelo investimento em pesquisa,
desenvolvimento e inovação. O governo federal, por meio do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), utiliza esse mecanismo para incentivar investimentos em
inovação por parte do setor privado. Com isso, busca aproximar as empresas das
universidades e institutos de pesquisa, potencializando os resultados em Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D).
18
A Lei 11.196/05 de Incentivos Fiscais para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
possibilita a dedução de imposto de renda devido dentro de certos patamares. Estas
atividades podem ser realizadas na própria empresa ou através da contratação de
universidades ou institutos de pesquisa (FUGINO, STAL,2005).
Para Regio et al (2012), como parte dos incentivos é destinado ao abatimento de
Imposto de Renda, as empresas que podem ser beneficiadas são as que optem pelo
chamado Lucro Real, definido da seguinte forma:
É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº. 28, de 1978, e demais atos legais posteriores.
Os benefícios descritos no Capítulo III da Lei do Bem são baseados em incentivos:
• Deduções de Imposto de Renda e da Contribuição sobre o Lucro Líquido
(CSLL) de dispêndios efetuados em atividades de P&D;
• A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de
máquinas e equipamentos para P&D;
• Depreciação acelerada desses bens;
• Amortização acelerada de bens intangíveis;
• Redução do Imposto de Renda retido na fonte incidente sobre remessa ao
exterior resultante de contratos de transferência de tecnologia (revogado
pela MP 497, de 27 de julho de 2010);
• Isenção do Imposto de Renda retido na fonte nas remessas efetuadas para
o exterior destinada ao registro e manutenção de marcas, patentes e
cultivares.
Sabendo dessa amplitude do conceito, o governo, ao criar a Lei do Bem, utilizou-se
dos conceitos obtidos no OCDE - Manual de Frascati para definir o que realmente faz parte
de Pesquisa e Desenvolvimento. Segundo o Manual chegou-se à definição de P&D
subdividida em três grupos:
• Pesquisa básica ou fundamental: utiliza trabalhos experimentais ou teóricos
realizados principalmente com o objetivo de adquirir novos conhecimentos,
19
porém, sem considerar um aplicativo ou um uso em particular (OCDE, 2007,
p. 43).
• Pesquisa aplicada: tem como finalidade a aquisição de novos
conhecimentos, é dirigida principalmente ao um objetivo ou um determinado
propósito prático (OCDE, 2007, p. 43).
• Desenvolvimento experimental: está baseado em conhecimentos pré-
existentes, obtidos por meio de pesquisa e/ou experiência prática, tendo em
vista a fabricação de novos materiais, produtos ou dispositivos, processos,
sistemas e serviços ou melhorar consideravelmente os já existentes (OCDE,
2007, p. 43).
Considera-se inovação tecnológica: a “concepção de novo produto ou processo de
fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto
ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou
produtividade, resultando maior competitividade no mercado” (OCDE, 2007).
O incentivo fiscal para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P, D&I),
que pode ser utilizado por qualquer setor econômico, está previsto na conhecida Lei do
Bem n.º 11.196/2005.
A Lei do Bem autoriza o governo federal a conceder incentivos fiscais, para as
empresas que realizem pesquisa tecnológica e de desenvolvimento tecnológica. Podendo
ser atividades de concepção de novos produtos ou processos de fabricação, que agreguem
novas funcionalidades ao produto, gerem ganhos de qualidade ou de produtividade,
resultando em maior competitividade no mercado.
Conforme afirmam Fujino e Stal (2005), a Lei de Informática número 11.077/04
concede isenções e reduções de impostos para empresas dos setores de microeletrônica,
telecomunicações e informática. Ainda relatam que, devido à lei, as empresas estão
obrigadas a investir 5% do faturamento em atividades em P&D, sendo que 2,3% deve
necessariamente ser aplicado em pesquisas realizadas em universidades ou institutos.
Os softwares não recebem incentivas da lei da Informática, pois sobre eles não
incidem o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para que a empresa possa utilizar
esses incentivos ele deve investir em Pesquisa e Desenvolvimento.
O programa oferece incentivos fiscais às empresas do setor tecnológico que
comprovem regularidade fiscal, e que tenham algum produto cujo NCM (Nomenclatura
Comum do Mercosul) esteja na lista de produtos incentivados pela Leis.
A lei atual, que vigorará até 2029, confere isenção ou redução do (IPI) para
20
empresas que invistam em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de
informação conforme segue abaixo:
• Para a fabricação de bens e serviços no País:
• 80% de redução no IPI (Sul e Sudeste);
• 95% de redução no IPI (Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
• Para a fabricação e desenvolvimento no País:
• 95% de redução no IPI (Sul e Sudeste);
• 100% de redução no IPI (Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
Os investimentos obrigatórios para P&D, devem seguir o que é mostrado na Tabela
2, do site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As empresas são
obrigadas a apresentar relatórios para o MCTI sobre seus investimentos e a recolher o
Fundo Setorial CT-Info, que integra o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT).
Tabela 2 - Regra Atual – 2005/2019 para a redução de IPI.
FONTE: Ministério da Ciência e Tecnologia1 (2003)
O investimento a ser realizado, até o ano de 2029, é de 4% ou 3% do faturamento
anual dos produtos incentivados, descontados os impostos de comercialização (ICMS, IPI,
1 Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/17982/Regra_Geral_Atual___20052019.html>. Acesso em
19 set. 2015.
21
PIS e COFINS).
Na Tabela 3 pode-se ver um resumo da regra geral dos investimentos a serem
realizados:
Tabela 3 - Distribuição de investimento em P&D.
FONTE: F. Iniciativas2 (2013).
2.2 MAPEAMENTO DE PROCESSOS
Para Davenport (1994), um processo seria o resultado de atividades com início e
fim. Para Johansson et al. (1995), processo é o conjunto de atividades ligadas que geram
um resultado. Segundo Rummler e Brache (1994), um processo tem várias etapas que
resultam em um produto ou serviço.
Seria uma ferramenta gerencial que têm como princípio melhorar os processos
existentes ou de implantar uma nova estrutura (Hunt, 1996).
Harrington (1997) caracteriza hierarquia do sistema da seguinte maneira:
• Macroprocesso: é um processo que geralmente envolve mais de uma função
na estrutura organizacional;
• Processo: é um conjunto de atividades sequenciais, relacionadas e lógicas;
• Subprocesso: inter-relaciona de forma lógica um subprocesso com outro
subprocesso;
• Atividades: são ações que ocorrem dentro do processo ou subprocesso;
• Tarefa: é uma parte específica do trabalho, podendo ser um único elemento
ou um subconjunto de uma atividade.
É possível propor um gerenciamento para gerar melhorias no mapeamento de
2 Disponível em: <http://leidainformatica.com/wp-content/uploads/2013/03/1509-Quadro-Investimentos-Lei-Informatica1.png>. Acesso em 19 set. 2015.
Total
2,16%
0,80%
Entidades públicas ou
privadas0,45%
Exclusivo para Entidades
públicas0,19%
0,40%
Distribuição de Inverstimentos em P&D até 2029
Realizados internamente pela Própria Empresa ou Contatos com terceiros, incluso Institutos de
Pesquisa em qualquer parte do Brasil (Máximo)
1,84%
4,00%Inverstimentos
Externos (Mínimos)
Inciso II - Convênio com institutos de
pesquisa do Norte (exceto ZFM), Nordeste
ou Centro-Oeste (credenciados pelo CATI)
Inciso I - Convênio com institutos de pesquisa de qualquer parte do
Brasil
Inciso III - FNDCT
22
processos. Segundo Barnes (1982), existem quatro possíveis soluções que geram
melhorias nos processos:
• Eliminar o trabalho desnecessário;
• Combinar operações ou elementos;
• Modificar a sequência das atividades ou tarefas;
• Simplificar as atividades ou tarefas essenciais.
Algumas técnicas de mapeamento do processo podem ser citadas, conforme
representado a seguir:
• Mapa de processo (Barnes, 1982): técnica para se registrar um processo de
maneira compacta, através de símbolos padronizados;
• Blueprint (Fitzsimmons e Fitzsimmons, 2000): mapa ou fluxograma de todas
as transações do processo de prestação de serviço;
• Fluxograma (Barnes, 1982): técnica para se registrar um processo de,
através de alguns símbolos padronizados;
• Mapofluxograma (Barnes, 1982): representação do fluxograma do processo
na própria área em que a atividade se desenvolve;
• IDEF3 (Tseng et al., 1999): diagramas que representam a rede de
“comportamentos” do cliente;
• UML (Booch et al., 2000): fluxograma que dá ênfase à atividade que ocorre
ao longo do tempo;
• DFD (Alter, 1999): fluxo de informações entre diferentes processos em um
sistema.
2.2.1 Mapa de Processo
O mapa de processo segundo Barnes, (1982 apud PINHO et.al.,2007), é uma
técnica que permite registrar um processo de uma maneira compacta.
Segundo Corrêa et. al., (2005), no mapeamento de processo utilizando a técnica
de mapa de processos são usualmente executados os seguintes passos:
1. Identificação dos produtos e serviços e seus respectivos processos;
2. Reunião de dados e preparação;
3. Transformação dos dados em representação visual.
Para documentar todas as atividades realizadas por uma pessoa, por uma
23
máquina, em uma estação de trabalho, com consumidor, ou em materiais, há uma
padronização das atividades através de símbolos que são agrupados em cincos categorias,
conforme pode ser visto na Tabela 4.
Tabela 4 - Símbolos padrões para mapeamento de processos.
Fonte: CORREIA et.al. (2002)
2.2.2 Service Blueprint
Desenvolvida para o mapeamento dos processos de serviços, diferenciando-se dos
fluxogramas por considerar o aspecto da interação com o cliente. De acordo com
Fitzsmmons e Fitzsmmons, (2000 apud MELLO & SALGADO, 2005) o service blueprint é
uma representação de todas as atividades que constituem o processo de entrega do
serviço.
Santos (2002) afirma que com o surgimento do blueprint, algumas técnicas têm
considerado o cliente nos processos de serviços.
Segundo os autores algumas das aplicações para o blueprint são:
• Identificação dos pontos de falha do processo;
• Identificação dos gargalos do processo;
• Planejamento da capacidade e tempos de execução;
• Análise de custos do processo;
• Projeto de trabalho e melhoria da produtividade;
• Identificação dos processos-chave e áreas estratégicas de decisão.
O service blueprint pode ser aplicado na identificação de pontos críticos do
processo, planejamento dos tempos de execução, análise dos custos envolvidos
(SCHMENNER, 1995 apud SANTOS 2000). Um exemplo do uso da service blueprint no
processo de entrega de refeições é mostrado na Figura 1.
24
FIGURA 1 - Exemplo de service blueprint para o processo de entrega de refeições
Fonte: MELLO & SALGADO (2005)
2.2.3 Fluxograma
Consiste em registrar um processo de maneira gráfica que representa os diversos
eventos que ocorrem durante a execução de um processo (BARNES, 1982).
O fluxograma de processo é uma descrição que destaca quais fases são
executadas antes que outras e quais podem ser feitas em paralelo (SCHMENNER, 1999
apud MELLO & SALGADO, 2005). Na Figura 2 é apresentado um exemplo do uso do
fluxograma.
FIGURA 2 - Exemplo de Fluxograma
Fonte: Pinto (2004)
2.2.4 Mapafluxograma
Barnes (1982) afirma que para visualizar melhor um processo, deve-se desenhar
25
as linhas de fluxo da área em que a atividade se desenvolve. Estas linhas mostram a
direção do processo e os símbolos do gráfico estão inseridos nas linhas para indicar o que
está sendo executado.
2.2.5 Integrated Computer Aided Manufacturing Definition (IDEF)
O IDEF foi desenvolvida na força aérea norte americana para auxiliar em seus
processos de desenvolvimento (Cheung e Bal, 1998).
O IDEF3 é uma técnica inicialmente desenvolvida para processos industriais. O
IDEF3 é um dos integrantes da família de técnicas IDEF com o objetivo de descrever,
especificar e modelar sistemas de manufatura.
As operações de serviço são divididas nas quais há contato com os clientes e
aquelas em que não há contato com o cliente. Quando existe o contato com o cliente essa
operação pode ser classificado como: o ambiente inanimado e o serviço personalizado
(Tseng et al., 1999).
O IDEF3 é uma técnica que combina diagramas e textos apresentados de uma
forma organizada (Tseng et al., 1999). A Figura 3 demonstra o IDEF3 aplicado ao processo
de atendimento em um supermercado.
FIGURA 3 - IDEF3 aplicado no atendimento a clientes em um supermercado
Fonte: Tseng et al. (1999).
26
2.2.6 Unified Modeling Language (UML)
A UML, Linguagem Unificada de Modelagem (Unified Modeling Language),
segundo Booch et al. (2000), é uma linguagem gráfica para a documentação de sistemas
complexos de software.
A UML tem sido empregada em alguns setores tais como (Booch et al., 2000):
• Sistemas de informações corporativos;
• Serviços bancários e financeiros;
• Telecomunicações;
• Transportes;
• Defesa/espaço aéreo;
• Vendas de varejo;
• Eletrônica médica;
• Científicos;
• Serviços distribuídos baseados na Web.
A estrutura da UML á baseada em três categorias: Diagramas Estruturais,
Diagramas de Comportamentos e Diagramas de Interação.
• Diagramas Estruturais: que visam representar a estrutura estática da
aplicação (DONADEL, 2007).
• Diagramas de Comportamento: que visam representar o comportamento
da aplicação (DONADEL, 2007).
• Diagrama de Interação: que visam representar diferentes aspectos de
interação da aplicação. (UML, 2003 apud DONADEL, 2007).
Um exemplo de mapeamento de processo usando o UML é mostrado na Figura 4.
27
FIGURA 4 - Mapeamento em UML do processo de construção de uma casa
Fonte: Booch et al. (2000).
2.2.7 Data flow diagrams (DFD)
O Data Flow Diagram (DFD) é um diagrama baseado apenas em quatro símbolos,
que podem ser vistos na Figura 5. Esse diagrama contem a estrutura do sistema com as
relações entre os dados, e os processos que transformam esses dados (MELLO &
SALGADO, 2005).
FIGURA 5 - Simbologia do método DFD
Fonte: GOMES (2009)
De acordo com Alter (1999), representa o fluxo de dados entre diferentes processos
em um sistema. Algumas das limitações do DFD é o foco no fluxo de informações e a não
existência de símbolo para tomada de decisões. Na Figura 6 é apresenta a simbologia
utilizada na DFD.
28
FIGURA 6 - Simbologia utilizada pelo DFD
Fonte: Alter (1999).
2.3 MODELAGEM E GESTÃO DE PROCESSOS
O Business Process Management (BPM) é um conceito que unifica gestão de
negócios e tecnologia da informação, através do uso de métodos e de ferramentas que
servem para modelar, analisar, publicar e controlar processos de negócios envolvendo os
aspectos estratégicos e organizacionais.
Uma das técnicas mais comuns é o mapeamento do processo na forma de um
fluxograma, as vantagens de se utilizar uma ferramenta gráfica é facilidade de visualização
da sequência de atividades e da forma como elas se desenvolvem (Harrington, 1996).
Muitos processos não podem ser representados por um simples fluxograma pela sua
complexidade. Lee&Dale (1998. Apud ENOKI, 2006) definem a BMP como uma série de
ferramentas e técnicas para o aperfeiçoamento de processos de negócios.
O Business Process Management (BPM) consiste na união do conceito de gestão
de negócio e tecnologia da informação, voltado à melhoria dos processos de negócio
através do uso de métodos, técnicas e ferramentas para modelar, controlar e analisar
processos (BPMI,2006).
O uso de uma notação padronizada para a confecção dos modelos visuais facilita
a leitura dos diagramas e a comunicação entre as pessoas das empresas e organizações.
Atualmente o padrão existente para este requisito é o fornecido pela OMG (Object
Management Group) e trata-se da BPMN (Business Process Modelling Notation) (OMG,
29
2006).
Segundo Braconi e Oliveira (2013, p. 78) oferece recursos para a modelagem de
variados tipos de processos, podendo ser usado na modelagem de processos de:
administração, operacionais, desenvolvimento de software, desenvolvimento de produtos
ou de serviços etc.
A escolha do BPMN deve-se a ser um padrão consistente e adotado como uma das
técnicas de fornecedores de softwares de modelagem de processos (BRACONI, OLIVEIRA,
2006, p.78). Para Braconi e Oliveira (2013) “o BPMN define e usa um único tipo de
diagrama, chamado de Diagrama de Processos de Negócio (DPN)”.
A notação possui diversos elementos, os básicos são apenas quatro: atividades,
eventos, gateways (símbolo de decisão) e conectores. Com esses quatro elementos é
possível construir modelos bastante expressivos de processos, fazendo com que o BPMN
seja relativamente fácil de entender, aprender e de usar. Conforme Tabela 5.
Tabela 5 - Elementos do BPMN.
ELEMENTO DESCRIÇÃO NOTAÇÃO
Evento Eventos são acontecimentos durante o processo,
afetando o fluxo do modelo e normalmente possuem
um disparador ou resultado representados no centro do
círculo que os simboliza
De início
Intermediário
De fim
Atividade Uma atividade é um trabalho genérico executado no
processo. Os tipos de atividade são: atividade genérica
e subprocessos (compactado ou expandido). Observa-
se que um processo não é representado por um
elemento e sim por uma associação de elementos
Atividade genérica
Subprocesso compactado
Subprocesso expandido
Gateway Gateways funcionam como filtros de decisão para o
controle do fluxo. Portanto, de acordo com suas
condições e especificações internas, o gateway irá
divergir ou convergir o fluxo
Exclusivo baseado em
dados
Exclusivo baseado em
eventos
30
Inclusivo
Paralelizador
Conectores Existem três tipos de conectores:
-Sequência de fluxo: determinam a ordem em que as
atividades serão realizadas
-Fluxo de Mensagem: é utilizado para mostrar o fluxo
de mensagens entre dois participantes do processo
que enviam e recebem mensagens
-Associação de elementos: é utilizado para associar
informações, dados e artefatos aos objetos de fluxo
Sequência de fluxo
Fluxo de mensagem
Associação de elementos
Fonte: Adaptado de Corrêa (2011), a partir de Oliveira (2006) e OMG (2011)
Para dividir e organizar as ações do processo entre seus atores, o BPMN adota o
conceito de raias de natação (lanes) dentro de uma piscina (pool), como representado na
Figura 7.
FIGURA 7 – Representação de pool (piscina) e lanes (raias)
FONTE: Braconi e Oliveira (2009)
Cada piscina representa uma entidade de negócio participante no processo. As raias
representam diferentes conjuntos de responsáveis dentro da mesma entidade de negócio.
As atividades e demais elementos são colocados nas raias em função do ator envolvido em
cada etapa do diagrama.
Outros elementos podem ser adicionados ao diagrama de forma a tornar mais clara
sua compreensão geral ou explicitar detalhes de uma parte específica. A notação padrão
BPMN propõe os artefatos presentes na Tabela 6, embora outros possam ser utilizados
pelo modelador.
31
Tabela 6 - Artefatos padrão do BPMN
ELEMENTO DESCRIÇÃO NOTAÇÃO
Dados Os objetos de dados são utilizados para mostrar as
informações requeridas e criadas pelas atividades
Grupo Um grupo serve para agrupar informalmente elementos
a um tipo de categoria, com o propósito de análise e
documentação
Anotação Anotações são utilizadas para facilitar a leitura do
diagrama Fonte: Braconi e Oliveira (2009)
32
2.4 ANÁLISE COMPARATIVA DAS FERRAMENTAS BPM
No trabalho de conclusão de curso de Junior (2011), foi realizada uma análise
comparativa das cinco principais ferramentas gratuitas para a modelagem de processos.
2.4.1 BizAgi
A BizAgi Process Modeler, é uma ferramenta própria para realizar a construção de
fluxogramas, mapas e diagramas em geral. Ela também possibilita com que os usuários,
ou seus gestores, organizem graficamente diversos processos e as relações existentes em
cada fase do negócio (JUNIOR, 2011, p. 44).
Ainda segundo Junior (2011) possui uma estruturação que é uma atitude capaz de
visualizar os processos bem como um todo, isto possibilita melhor identificação de possíveis
problemas juntamente realizando um apontamento da solução para o respectivo processo.
Ao utilizar a ferramenta BizAgi, quando os processos são automatizados, eles podem
ser facilmente modificados. De acordo com o site Bizagi (2011), esta ferramenta é um
software BPM (Business Process Management), que possibilita automatizar os processos
de negócio de forma simples em um ambiente gráfico intuitivo (JUNIOR, 2011).
Para Junior (2011, p. 46), um dos pontos fortes na modelagem de processos BPM,
é o suporte a XPDL (Process Definition Language), onde se é possível utilizar e alterar os
diagramas de processo, permitindo que uma ferramenta modele um diagrama de processo,
e outra ferramenta possa ler e editar este diagrama.
Afirma ainda, que a ferramenta possui uma abrangente documentação e também
tem a possibilidade de realizar a publicação em Web. Tem como principal uso, realizar a
documentação de processo, sendo disponível apenas em plataforma Windows.
A ferramenta BizAGi Proces Modeler, é uma excelente ferramenta para modelagem
de processos de negócio, e também possui apoio a notação BPMN (Business Process
Modeling Notation), fornece dez diferentes linguagens de leitura, dentre elas estão à língua
Portuguesa (brasileira), Inglês, Espanhol, Francês e Italiano. Onde ao efetuar a alteração
de sua linguagem, todos os textos e menus são alterados de acordo com a língua escolhida
(JUNIOR, 2011).
BizAgi Modeler é um software gratuito desenvolvido pela empresa BIZAGI para
modelagem descritiva, analítica e de execução, de processos de negócio utilizando a
notação BPMN. Ele possibilita exportar os gráficos para diversos tipos de formatos de
33
arquivo, tais como, imagem, PDF, Microsoft Visio, Word e XPDL (CARMO, 2012).
Na Figura 8 é mostrada a tela inicial do software BizAgi.
FIGURA 8 – Exemplo de mapeamento de Processo
FONTE: O autor (2015)
2.4.2 eClarus
A ferramenta eClarus desenvolveu uma nova geração de processos de negócios
que é inteiramente compatível com BPMN (Business Process Modeling Notation) e alguns
padrões SOA (Service Oriented Architeture). O software eClarus é um modelador de
processos acelera o projeto de processos de negócios e desenvolvimento orientado por
modelo e projetos de integração (JUNIOR, 2011, p.46).
Ainda para o autor a ferramenta possui ambiente em diagramas fáceis de usar para
modelar seu negócio e auxiliar a desenvolver e organizar seu processo de negócio. Uma
solução para ser a ponte entre analistas de negócios e profissionais de tecnologia da
informação.
2.4.3 Intalio
Segundo Junior (2011), nesta ferramenta existem funções para importar e exportar
projetos, mas serve apenas para adicionar ou salvar os projetos. Em sua versão mais
recente, fornece algumas melhorias significativas que apoiam tanto a área de Negócio
quanto a área de tecnologia da informação. O Intalio é um produto completamente baseado
em padrões abertos, sem tecnologias proprietárias.
34
2.4.4 Microsoft Visio
O Microsoft Visio é um aplicativo próprio para realizar a criação e concepção de
diagramas, é adequada no aspecto de modelagem de processos de negócio, esta
ferramenta também inclui suporte a outras notações como BPMN (Business Process
Modeling Notation), EPC (Event Driven Process Chain) e Fluxograma (JUNIOR, 2011, p.
50).
Segundo Junior (2011) o ponto forte do Visio são os diagramas técnicos e
profissionais, com imagens vetoriais, que podem ser ampliados e manipulados com
facilidade. Os pontos fracos consistem na fraca documentação de processo, e não permite
a realização do ciclo de vida completo do processo.
O autor afirma ainda que o Visio pode ser utilizado para gerar diagramas de
diversos tipos, como organogramas, fluxogramas, modelagem de dados usando UML
(Unified Modeling Language) ou outra notação gráfica qualquer, diagramas de redes,
plantas baixas, cartazes, etc.
2.4.5 Smartdraw
SmartDraw é um Software que permite criar organogramas, diagramas e
fluxogramas, cronogramas, calendários, diagramas de rede, mapas de organização, planos
de chão, redes imagens e apresentações, etc. É um concorrente direto e mais barato que
a ferramenta Microsoft Visio (JUNIOR, 2011, p. 52).
Afirma ainda que o programa é fácil de usar e possui tudo que você necessita para
criar desenhos de qualidade profissional rapidamente, sem investir tempo em aprender em
uma aplicação complexa.
2.4.6 Conclusões Sobre as Ferramentas
Para Junior (2011) as principais conclusões sobre as ferramentas por ele
analisadas são:
• O software Smartdraw é de todas as opções avaliadas a ferramenta que
mais disponibiliza templates e opções de diagramas, oferecendo uma
interface
35
• O Intalio é uma ferramenta para desenhos de fluxos de grande porte, para
empresas que já pensam na automatização do fluxo BPM.
• A ferramenta eClarus é extremamente complexa, com gráficos não tão
agradáveis visualmente, útil para empresas que estão buscando
automatização de processos.
• A ferramenta MS Visio é boa, porém não é direcionada para as notações
BPM.
• A ferramenta BizAgi foi considerada excelente para ser utilizada em
modelagem, sendo a melhor e mais a rápida do mercado.
36
3 METODOLOGIA
A entrevista é definida por Haguette (1997) como um processo de interação entre
duas pessoas, onde o entrevistador tem por objetivo a obter informações do entrevistado.
A entrevista é a técnica mais utilizada, pois através dela os pesquisadores obtêm
informações objetivas e subjetivas.
No artigo de Boni e Quaresma (2005), é abordada a importância da técnica de
entrevistas para a coleta de dados para os pesquisadores, e como se deve realizar uma
entrevista para atender este propósito.
Uma das etapas mais importante da pesquisa seria a preparação da entrevista,
sendo necessário alguns cuidados, entre eles: o planejamento da entrevista, a escolha do
entrevistado, que deve ser alguém que tenha conhecimento sobre o tema pesquisado.
Ainda a organização do roteiro ou formulário com as questões importantes (LAKATOS,
1996). As formas de entrevistas mais comuns são: a entrevista estruturada,
semiestruturada, e a aberta.
As entrevistas estruturadas exigem a elaboração de um questionário com as
perguntas previamente formuladas, buscando assim fugir do tema da pesquisa (LODI, 1974
apud LAKATOS, 1996). Estes questionários podem ser enviados através de meios
eletrônicos ou realizados pessoalmente.
A entrevista estruturada geralmente é utilizado nos censos, por exemplo, os do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nas pesquisas de opinião, nas
pesquisas eleitorais, nas pesquisas mercadológicas, pesquisas de audiência, etc.
Normalmente, obtêm-se respostas de maneira rápida.
A técnica de entrevistas abertas atende principalmente para o detalhamento de
questões e um detalhamento do tema pesquisado. As perguntas são respondidas
livremente pelo entrevistado com interferência mínima do pesquisador (MINAYO, 1993).
As entrevistas semiestruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, o
pesquisador deve estar atento para conduzir a discussão para o assunto que o interessa.
Podendo fazer perguntas adicionais para esclarecer pontos que não ficaram claros. A
principal vantagem da entrevista aberta e também da semiestruturada é que essas duas
técnicas, permitem a intervenção do pesquisador para elucidar questões e melhorar a
qualidade das informações, que seria impossível na técnica de perguntas fechadas. As
técnicas de entrevista aberta e semiestruturada também têm como vantagem a em relação
ao tempo de entrevista. Além disso, a interação entre o pesquisador e o entrevistado ocorre
37
de maneira mais espontânea. (SELLTIZ et al, 1987).
A metodologia adotada para o trabalho foi a técnica de entrevistas semiestruturada.
Foram utilizados dois entrevistados:
• Entrevistado A: engenheiro eletricista, doutor em engenharia, professor de
nível universitário;
• Entrevistado B: formação de nível superior, responsável pela documentação
em parcerias entre universidade e empresas, possui vasta experiência na
execução dessas parcerias.
As entrevistas realizadas tinham como principal objetivo compreender as etapas e
documentação necessária para cada uma delas, para a celebração de parceria entre
universidade – empresa.
38
4 RESULTADOS DO PROJETO
4.1 CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA SER REALIZADA COM O
DIRETOR DO CIEL
Para definir os objetivos gerais e específicos do trabalho, foi realizada uma entrevista
com o diretor do CIEL. A entrevista tinha como objetivo perceber as dificuldades e
importância do mapeamento de todo o processo para a interação Universidade – empresa.
O roteiro de entrevista foi elaborado com o objetivo de demonstrar a qualificação e
importância do entrevistado para o presente trabalho. O referido roteiro de entrevista está
disponível no Apêndice 1 do trabalho.
A entrevista ajudou na compreensão das resoluções e normas como ponto
fundamental para o sucesso das parcerias empresa - universidade.
Ainda por meio da entrevista realizada percebeu-se a necessidade do
preenchimento das fichas de caracterização dos laboratórios de engenharia elétrica. Sendo
estas utilizadas para a divulgação para futuras empresas interessadas em parcerias.
4.2 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL DO CIEL – VÍDEO INSTITUCIONAL
A construção da identidade visual do Centro foi realizada através do preenchimento
de fichas de caracterização de cada laboratório. Essas fichas foram preenchidas pelos
pesquisadores responsáveis.
Foi realizado contato inicial via e-mail com o setor de comunicação da Universidade.
Foi encaminhado uma proposta de roteiro de vídeo institucional. O roteiro sugerido parte
da apresentação do CIEL, sua localização, sua finalidade e quais são suas diretrizes.
Posteriormente, seria realizada imagens dos laboratórios que compõem o CIEL e quais são
os seus objetivos. Na sequência seriam apresentados os projetos já realizados e seus
parceiros. Para o fechamento do vídeo seriam as considerações do diretor do Centro. O
setor de comunicação respondeu ao pedido e posteriormente irá agendar a gravação do
vídeo. A sugestão preliminar do roteiro de vídeo encaminhado está disponível no Apêndice
2.
39
4.3 CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL DO CIEL – FICHA DE
CARACTERIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS
Para reestruturar as fichas de caracterização do CIEL foi analisado o catálogo da
agência de inovação da UFPR. Ele apresenta o coordenador do laboratório, posteriormente
qual o objetivo do laboratório de pesquisa. Em seguida são descritas as linhas de pesquisa
do grupo de pesquisadores que fazem parte do laboratório. São apresentados alguns dos
projetos executados pelo grupo de pesquisa.
Ainda são elencados todos os nomes dos pesquisadores do laboratório em questão,
bem como todas as linhas de pesquisa da equipe. E fechando com o endereço, telefone,
e-mail e endereço eletrônico do laboratório.
Uma segunda pesquisa realizada para procurar estabelecer um modelo para o
catálogo de laboratórios do CIEL, foi a visita no site da CERTI – Fundação Centros de
Referência em Tecnologias Inovadoras – foi criada em 31 de outubro de 1984, em
Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina. Originou-se das atividades do Labmetro
– Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC –
Universidade Federal de Santa Catarina.
O site apresenta uma linha do tempo da história do centro, mostrou as entidades
membro do início da Fundação e os atuais membros. Apresenta os tipos de
desenvolvimento de produtos, hardware, software, sistemas ou processos que eles
realizam.
Fazem prestação de serviços medições e calibrações na área dimensional e
geométrica. Oferece também serviços de inspeção na área de Eficiência Energética de
Edifícios para emissão da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) de
Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos, através do Organismo de Inspeção em
Eficiência Energética de Edificações (OI3E).
Faz uma breve apresentação das competências da Fundação, quais sejam:
Sistemas Inteligentes, Convergência Digital, Mecatrônica, Sistemas Embarcados,
Manufatura Avançada; Processos Produtivos, Planejamento, Controle e Melhoria da
Qualidade, Instrumentação de Testes, Metrologia e Avaliação da Conformidade,
Empreendedorismo Inovador, Inovação Corporativa, Análise Estratégica de Negócios,
Energia Sustentável, Economia Verde e Eficiência Energética em Edificações.
Apresenta os setores de atuação alcança desde esferas tradicionais, como
Educação e Saúde, setores estratégicos para o Brasil – Petróleo & Gás e Naval, Energia,
40
TIC e Automotivo e Aeronáutico–, até áreas que ainda despontam no país, como Economia
Verde e Economia Criativa, além de outras indústrias.
Ainda trazem no seu site casos de sucesso.
Outra agência de inovação que foi pesquisada para se obter um modelo para os
laboratórios do CIEL, foi a da USP. No site da agência é feito primeiro um breve histórico
da agência.
Depois é apresentada missão da agência. Posteriormente, são elencados os polos
de inovação: São Carlos, Capital, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Bauru e Ribeirão
Preto. E finalmente mostra a equipe de pesquisadores envolvidos na agência.
Outro site que foi pesquisado para a construção de um modelo de catalogo para os
laboratórios do CIEL foi o site do Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba
(CT/UFPB).
A página inicial mostra o nome dos cincos laboratórios do centro, e clicando em cada
link é possível conferir as fichas catalográficas (por departamento) contendo nomes dos
coordenadores, equipes, localização, telefone e e-mail para contato, equipamentos,
serviços e pesquisas.
A página do LABCON - Laboratório de Conforto Ambiental, tem um formato
interessante, e possivelmente será utilizado como modelo para a construção do catálogo
do CIEL.
A ficha de caracterização utilizada é um modelo sugerido. Para o preenchimento
dessas fichas foi disparado um processo de coleta de dados realizado pela autora do
trabalho e duas alunas bolsistas do professor orientador. O modelo de ficha de
caracterização utilizado pode ser visto no Apêndice 4.
As informações coletadas basicamente seriam as competências, o portfólio, os
recursos humanos e parcerias de cada grupo de pesquisa que compõem o CIEL. Os
laboratórios que compõem o Centro são: GICS (Group of Integrared Circuits and Systems);
LAME que é um laboratório de instrumentação e medidas; Laboratório de pesquisas em
automação industrial, robótica e gestão de processos industriais; Laboratório de Eletrônica
de Potência (LEP); Laboratório de Sistemas de Energia; Laboratório de Visão
Computacional; Laboratório de Biomédica; e o Laboratório de Telecomunicações.
Foi realizada pela autora a coleta de dados de dois laboratórios o GICS e o LEP. As
informações levantadas nas fichas são básicas, pois cada grupo ou laboratório deve ter seu
próprio site institucional. Essas fichas auxiliarão futuramente na construção do site
institucional.
41
4.4 UNIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA FORMALIZAÇÃO DE CONVÊNIO
Foi organizado um documento único com todos os documentos necessários para a
concretização das parcerias. Esse documento único foi construído com preenchimento
semi-automatizado para facilitar a parte burocrática realizada pelo pesquisador ou pessoal
administrativo do Centro.
Para a execução do preenchimento automático primeiro é necessário o
preenchimento de uma planilha eletrônica no excel. Um documento está vinculado a essa
planilha para o correto preenchimento. Esse material está disponível no Anexo 1.
4.5 CHECK LIST DOCUMENTAL PARA REALIZAÇÃO DE CONVÊNIO
Foi elaborado um check list para verificar se todos os documentos necessários para
celebrar o contrato com uma empresa e a universidade foram preenchidos, o documento
encontra-se no Apêndice 5.
Através de contato via e-mail com a Proplan, foi obtido o check list adotado por eles.
Sendo um total de 6 check list para a aprovação do projeto, estes documentos estão
disponíveis no Anexo 2.
Na Lista de verificação nº 01 da Proplan (Instrução Processual para o Convênio
SICONV) é conferido se o ajuste proposto integra um único processo administrativo,
devidamente autuado, protocolado e numerado. Se contém a justificativa para a celebração
do instrumento. Minuta do Convênio atende ao proposto do projeto, ou seja, se é de
pesquisa, estudo, especialização ou extensão. No Plano de Trabalho verifica-se se atende
ao modelo proposto pela UFPR. O Anexo I da Resolução 17/11 –COPLAD são analisados
se os itens para a aprovação dos servidores elencados no projeto estão adequados. O
Anexo II da Resolução 17/11 –COPLAD, verifica os critérios para aprovação dos alunos
envolvidos no projeto. Anexo III da Resolução 17/11 –COPLAD, são analisados os
profissionais externos necessários para a execução do projeto. A Ficha Cadastral do
Coordenador, Termo de Responsabilidade do Coordenador, Ficha de indicação do Fiscal e
Termo de Responsabilidade do Fiscal, são analisados para verificar se foram preenchidos
corretamente. Verifica-se se as atas de reunião para a Aprovação no Departamento ou
unidade equivalente, Aprovação no Setor ou unidade equivalente, Aprovação na Pró-
Reitoria ou unidade equivalente estão anexadas ao processo.
Na Lista de verificação nº 02 da Proplan (Instrução Processual para
42
Descentralização de Créditos) contém os mesmos itens da Lista de verificação nº 01 da
Proplan, porém é utilizada na celebração de contratos com empresas públicas. Este fato foi
verificado com a secretaria do ITTI, onde eles realizam este tipo de processo.
Na Lista de verificação nº 03 da Proplan (Instrução Processual para Edital e
Chamamento Público – Proposta) é utilizada para a licitação entre as duas fundações e
apoio da Universidade para administrar os recursos para a execução do projeto.
Na Lista de verificação nº 04 da Proplan (Instrução Processual para Protocolo de
Intenções), é verificado se a Minuta de Intenções foi preenchida corretamente, é utilizada
para parceria entre empresas e a Universidade para acordos específicos.
Na Lista de verificação nº 05 da Proplan (Instrução Processual - Contrato), é
verificado se a Minuta do Termo de Contrato segue o modelo da Universidade, se todas as
cláusulas estão preenchidas corretamente, se a documentação da(s) instituição(ões)
parceira(s) estão em ordem, neste item são analisadas as certidões que foram entregues e
seus prazos de validade.
Na Lista de verificação nº 05 da Proplan (Instrução Processual – Termo de Parceria),
é verificado se o tipo da Minuta do Termo de Parceria, identificando-a como: Convênio,
Cooperação, Cooperação Técnica ou Outro tipo de parceria.
4.6 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO PLANO DE TRABALHO
Sabe-se que existem pontos críticos para o preenchimento do Plano de Trabalho.
Alguns dos itens que devem ser preenchidos neste documento podem gerar dúvidas ou
preenchimentos errados, para evitar esses problemas foi inserido no próprio documento
comentários de orientação para os pesquisadores e o pessoal administrativo envolvido no
projeto.
Um dos pontos que merece um cuidado especial é o campo período de execução do
projeto o início e término, devendo ser preenchido com o mês e ano, por exemplo,
maio/2015.
No Plano de Execução/ Resultados esperados, o campo prazos devem ser escritos
numericamente e por extenso entre parênteses. O prazo é expresso em dias. O prazo
passará a contar da data de publicação do documento. Um exemplo de preenchimento
seria: prazo de entrega do produto: 120 (cento e vinte) dias, após a publicação.
No cronograma de Execução Físico-Financeira o campo início e término para se
evitar problemas com as datas devido atrasos na aprovação do projeto, preencher da
43
seguinte forma: após publicação no D.O.U adicionado a um período de atraso em dias, se
for necessário para esta etapa do projeto. Por exemplo: após publicação D.O.U + 120 dias.
No Plano de Aplicação, mais especificamente o item ressarcimento dos custos
operacionais da Fundação de Apoio “(limitado à)”, o percentual máximo é de 15% da receita
bruta. Porém, quando se tratar de Projeto de Pesquisa e Inovação Tecnológica deverá ser
observado o limite estabelecido no Decreto nº 5.563/05, no seu artigo 11, que diz poderá
ser previsto a destinação de até 5% do valor total dos recursos financeiros destinados à
execução do projeto. Esse valor para ser aprovado depende de negociações com a
Universidade, bem como com a Fundação de Apoio. Na prática usa-se 10% da receita
bruta.
No Plano de Aplicação, no que se refere ao ressarcimento da UFPR no campo Fundo
de Desenvolvimento Acadêmico – FDA, normalmente é destinado 4% da receita bruta do
projeto que seria o mínimo exigido.
No Plano de Aplicação, no item ressarcimento UFPR, campo Departamento, o seu
valor deve ser normalmente de 2% da receita bruta do projeto, sendo este o mínimo exigido.
No anexo E, para os servidores da Universidade o campo carga horária não poderá
exceder, semestralmente, o equivalente a 10 (dez) horas semanais no caso de percepção
de bolsas concedidas nos termos da Resolução nº 17/11 da COPLAD.
Ainda no anexo E o valor Total da Bolsa (R$) devem seguir os valores estabelecidos
para bolsas de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (DCR) do CNPq, a
saber:
I - Graduação – 75 % da bolsa DCR-C.
II - Especialização –bolsa DCR-C.
III - Mestrado – bolsa DCR-B.
IV - Doutorado – bolsa DCR-A.
O valor mensal a ser percebido por servidor da UFPR (resultante da soma entre os
valores de bolsas, salário-base, gratificações e adicionais), em nenhuma hipótese, poderá
exceder o teto salarial mensal do funcionalismo público federal.
No anexo E / alunos o valor Total da Bolsa (R$):
• Aluno de Graduação - bolsa de Iniciação Científica - IC/CNPQ.
• Aluno de Aperfeiçoamento/Especialização - 75% bolsa de mestrado
GM/CNPQ.
• Aluno de Mestrado –bolsa de mestrado - GM/CNPQ.
• Aluno de Doutorado –bolsa de doutorado - GD/ CNPQ.
44
As sugestões destacadas anteriormente visam ajudar na aprovação mais rápida
possível do projeto para posterior execução. Muitos projetos retornam para o pesquisador
revisar devido a pequenos erros de preenchimento. As sugestões destacadas são as que
poderiam gerar mais dúvidas e divergências no preenchimento do Plano de Trabalho.
Também, foi elaborado um documento com o check list dos principais pontos a
serem vistos com mais cuidado e atenção para preenchimento do Plano de Trabalho,
estando o mesmo disponível no Apêndice 6.
4.7 RELAÇÃO DE CERTIDÕES PARA A CELEBRAÇÃO DE CONTRATO
Para a celebração das parcerias Universidade – empresa são exigidas uma lista de
certidões que devem ser emitidas e entregues juntamente com os outros documentos.
Um dos pontos que dificultam a aceleração desse processo de convênio está ligado
ao vencimento dos prazos dessas certidões e como atualizá-las.
Para isso foi elaborado um documento com todos os links úteis para a consulta das
certidões e atualização da mesma. Neste documento também consta os prazos de validade
de cada certidão. Ainda com o intuito de minimizar problemas nesta etapa de projeto foi
anexado ao mapeamento de processo esses links. Esse material pode ser consultado no
Apêndice 7.
4.8 MAPEAMENTO DE PROCESSO DO CIEL
O mapeamento de processo construído em sua versão inicial foi realizado através
da consulta a Resolução 17/ 11 da Coplad.
Para seu refinamento foi realizada uma entrevista com o diretor do CIEL que, através
de sua prática de tramitação de processos, destacou as principais etapas a serem seguidas
para a celebração da parceria.
Posteriormente realizou-se uma entrevista com uma pessoa do Instituto Tecnológico
de Transporte e Infraestrutura (ITTI) para obter informações da montagem dos processos
e tramitação do mesmo.
O ITTI é um dos órgãos que mais convênios possui dentro da Universidade, um dos
pontos que ajudam na aprovação dos seus projetos com muito pouco de correções se deve
a eles realizarem exclusivamente estudos. Assim, as tramitações dos projetos são muito
semelhantes.
45
Uma característica dos projetos do ITTI, deve-se as suas parcerias serem
exclusivamente com empresas públicas não tendo necessidade da emissão das certidões
exigidas para as empresas privadas.
Para acelerar a execução do projeto o ITTI ao mesmo tempo que dispara o processo
para a PROPLAN, também é inicia um processo para escolher a fundação de apoio. Essa
escolha não depende do instituo, é realizada uma licitação entre as fundações. A que
oferecer menor valor para administrar os recursos do projeto será a escolhida.
O retorno do processo pode ocorrer por pequenas diferenças de valores, mesmo que
seja um centavo, portanto o cronograma de desembolsos deve estar de acordo com o
previsto na elaboração do projeto.
O mapa de processo da parte de instrução processual, considerando apenas a parte
de documentação e burocracia para a celebração do contrato. No Apêndice 8 é
apresentado o mapa de processo da instrução processual e o detalhe do subprocesso das
certidões da empresa.
No subprocesso foi anexado os links para a obtenção das mesmas e de suas
possíveis atualizações, esse recurso é disponibilizado pelo software Bizagi.
Foi construído o mapa de processo da instrução financeira por meio de entrevistas
com o diretor do CIEL e com a secretaria do ITTI, que é mostrado no Apêndice 9. Esta
etapa é realizada para se ter acesso aos valores para a execução do projeto.
46
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS
Os processos para a realização de parcerias Universidade – empresa são longos
e complexos devido ao extenso número de normas, resoluções leis a serem seguidas.
Esses processos se diferenciam pela natureza do objeto pública ou privada, pelo valor, se
envolve apenas estudo ou pesquisa com cunho inovador.
Um dos institutos considerados como referência para o projeto de conclusão de
trabalho tem por característica parcerias com empresas públicas e por realizar apenas
estudo, ou seja, não geram patentes neste processo. O fato da parceria entre Universidade
– empresa não resultar em patente para pesquisador e universidade facilita o processo
formal da celebração da parceria segundo o Entrevistado B.
Uma das necessidades percebida durante a construção do mapa de processo em
relação ao acompanhamento da tramitação do processo devido a sua demora é a de se ter
uma pessoa responsável pela parte administrativa. Esta pessoa estaria incumbida de
acompanhar a tramitação do processo pelo Sistema Integrado de Gestão de Acordos
(SIGeA), e posteriormente o contato para verificar os motivos de eventuais paradas e
demora na tramitação do projeto.
Ainda como orientação para se evitar atrasos na aprovação do processo sugere-se
evitar o uso do malote da Universidade, esta prática pode atrasar o projeto em uma semana
normalmente. Com a ajuda de uma pessoa que faça a parte administrativa essa questão
será resolvida e otimizará todo o processo.
Para o Entrevistado B, uma sugestão para facilitar a celebração de convênios para
projetos acima de R$ 300 mil, devido sua complexidade, seria a utilização das Fundações
de Apoio para a gestão dos recursos financeiros do projeto.
Para o Entrevistado A, nos projetos que não envolvem uma grande diversidade de
itens, o projeto pode ser gerenciado sem a fundação de apoio podendo ser reduzido o custo
de administração. Mas, nas situações que envolvam muitas viagens, bolsas para alunos,
diárias e serviços de terceiros, o uso da fundação mostra-se mais apropriado. De modo a
acompanhar a agilidade nas pequenas compras como componentes para montagem de
protótipos, sugere-se que estes itens sejam fornecidos pela empresa contratada.
Como o CIEL encontra-se na fase de amadurecimento, sugere-se que o CIEL
priorize a execução de projetos similares e com pouca variedade de itens a serem
adquiridos, com o objetivo de consolidar a prática de celebração de convênios.
O presente trabalho tem como resultado uma proposta inicial de processo, pois a
47
atividade de mapeamento de processo é dinâmica, devendo ser atualizado pela prática do
usuário e para atender as atualizações das normas.
O custo administrativo para gestão das parcerias é elevado, portanto os
pesquisadores devem saber deste fato, mesmo que só venham a participar da execução
do projeto. Ainda, nesta mesma linha o mapa de processo permite avaliar o trabalho exigido
para realizar as parcerias, devendo os parceiros de projeto saber disso.
Como sugestão de trabalhos futuros, tem-se o desenvolvimento de um aplicativo
para o acompanhamento dos projetos, podendo o mesmo estar integrado ao Bizagi. O
mapeamento de processos e subprocessos para dinamizar e facilitar a compreensão da
tramitação do convênio.
48
6 CONCLUSÕES
O presente trabalho realizou a revisão bibliográfica sobre as principais leis de
inovação tecnológica que podem auxiliar na realização de parcerias entre Universidade e
empresas, devido a contrapartida em incentivos ficais e da troca de conhecimento entre os
pares neste processo. Também, foi necessária para o andamento das etapas de construção
de interação universidade - empresa.
Ainda na revisão teórica foi discutido o padrão Bussiness Process Modeling
Notation (BPMN) que é utilizado para mapear desde processo genéricos até os mais
específicos. Sua nomenclatura é amplamente aceita nas diversas organizações que
realizam esse tipo de estudo para otimizar seus processos e estrutura de funcionamento.
O software adotado para a construção dos mapas de processos foram sugestão de
um dos docentes do curso de engenharia elétrica, a princípio seria utilizado o software Visio
para esta tarefa. Durante a utilização da ferramenta sugerida foi constatado a facilidade e
o respeito ao padrão BPMN, o que em algumas situações o Visio não atende a este padrão.
O mapeamento de processo para a instrução processual foi concluído, utilizando
como base de construção as resoluções e entrevistas com pessoas que já haviam
executado a tramitação de projetos de parceria universidade – empresa. O software Bizagi
possibilitou acrescentar as documentações que são usadas e também anexar os links de
interesse para o preenchimento de toda a documentação.
O subprocesso certidões foi detalhado para que o pesquisador ou pessoal
administrativo tenha clareza de como acessar os sites para gerar as certidões e saber seus
prazos de validade.
O processo instrução financeira foi construído embasado na resolução da Coplad,
e nas entrevistas com o diretor do CIEL e secretaria do ITTI. Esse processo é fundamental
para que a alocação de recursos seja realizada o mais rapidamente possível após a
aprovação do contrato entre universidade e empesa. Eventuais erros de tramitação e
documentação incompleta acabe atrasando o andamento projeto por falta de recursos
financeiros.
Os documentos necessários para a celebração dos convênios foram concentrados
em um único arquivo. Esse arquivo pode ser preenchimento de forma semiautomatizada, o
que facilita o processo para o pesquisador ou responsável administrativo para eventuais
alterações no documento.
Para a caracterização dos laboratórios envolvidos nos projetos de pesquisa
49
idealizada uma ficha que foi preenchida pelos diversos pesquisadores envolvidos, a ficha
será um suporte para a construção de um site do Centro de Inovação. Ainda na mesma
linha de divulgação do CIEL, foi realizado contato com o setor de comunicação da
universidade para a construção e adaptação do roteiro inicial desenhado pela autora do
trabalho.
O objetivo geral do projeto de modelar o processo para a realização de projetos de
interação universidade-empresa pelo curso de Engenharia Elétrica da UFPR foi concluído,
através da análise de entrevistas e da Resolução, estando o resultado disponível nos
Apêndices 8 e 9.
Os objetivos específicos desta pesquisa foram atendidos, sendo estes: realizar
revisão teórica; identificar os principais processos para a realização de atividades de
interação entre o curso de engenharia elétrica e a comunidade; levantar os principais
documentos a serem elaborados para projetos em parceria; propor um conjunto de
documentos com preenchimentos semiautomatizados; desenhar e modelar os principais
processos para os projetos em parceria e propor material de apoio a comunicação para a
realização de projetos. Foram atingidos, porém as fichas de caracterização e o vídeo
institucional estão em andamento.
O projeto contribuiu para a formação profissional do pesquisador por possibilitar
conhecer as documentações necessárias para formalizar contratos, mesmo que seja na
área acadêmica, mas faz um paralelo com as documentações e normas que devem ser
seguidas em qualquer organização. Possibilitou agregar novos conhecimentos para a área
de formação, como o mapeamento de processos que auxilia na otimização e dinamização
de instituições, com vistas a alcançar a excelência nos serviços e produtos oferecidos aos
clientes.
Como contribuição pessoal, a pesquisa ajudou a perceber que o comprometimento
e motivação dos envolvidos nos projetos afeta de maneira significativa os resultados
almejados.
50
REFERÊNCIAS
ALTER, Steven. Information system: a management perspective. Addison Wesley
Longman, 3a ed., 1999.
BARNES, R. M. Estudos de Movimentos e Tempos. São Paulo, editora Edgard Blucher,
1982.
BONI, V.; QUARESMA, S. J. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em
Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC
Vol. 2 nº 1 (3), janeiro-julho/2005, p. 68-80.
BOOCH, Grady; RUMBAUGH, James; JACOBSON, Ivar. UML – Guia do Usuário. Editora
Campus, 2000.
BRACONI, J. OLIVEIRA, S.B. Business Process Modeling Notation (BPMN). In: VALLE, R.
OLIVEIRA, S.B. (Org.). Análise e modelagem de processos de negócios: foco na
notação BPMN (Business Process Modeling Notation). 1ª edição. 6. reimpr. São Paulo:
Atlas, 2013. P. 77-93.
BRACONI, J.; OLIVEIRA, S. B. Business Process Modeling Notation (BPMN). In: VALLE,
R.; OLIVEIRA, S. B. Análise e modelagem de processos de negócio. São Paulo: Atlas,
2009.
BRASIL. Decreto nº 5.798, de 7 de junho de 2006. Regulamenta os incentivos fiscais às
atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de
que tratam os arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, 08 jun. 2006
BRASIL. Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005. Dispõe sobre incentivos fiscais para
a inovação tecnológica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 22 nov.
2005.
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
51
Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm > Acesso
em: 15 out. 2015.
CHEUNG, Yen; BAL, Jay. Process analysis techniques and tools for business
improvements. Business Process Management Journal, vol. 4, n.4, p.274-290, 1998.
CORRÊA, T. P. Gestão de processos de negócio: uma alternativa para melhorias em
uma empresa de serviços. Trabalho de Formatura - Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo. São Paulo. 2011.
CORREIA, K. S. A., LEAL, D. A. Mapeamento de Processo: Uma abordagem para
Análise de processo de Negócio. Enegep 2002.
DAVENPORT, T. Reengenharia de processos: como inovar na empresa através da
tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
DONADEL. André C. Um Método para Representação de Processos Intensivos em
Conhecimento. 2007. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, 2007
ENOKI, C. Gestão de processos de negócio: uma Contribuição para a Avaliação de
Soluções de Business Process Management (BPM) sob a ótica da Estratégia de
Operações. São Paulo: 2006.
FITZSIMMONS, J.A.; FITZSIMMONS, M.J. Administração de Serviços: operações,
estratégia e tecnologia da informação. Porto alegre: 2a ed., Bookman, RS, 2000.
FUJINO, A.; STAL, E. As Relações Universidade-Empresa no Brasil sob a Ótica da Lei
de Inovação. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 5-19, 2005.
HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na Sociologia. 5ª edição.
Petrópolis: Vozes, 1997.
52
HARRINGTON, H. J. Aperfeiçoando Processos Empresariais. Makron Books, S. Paulo,
1996.
HARRINGTON, J. Business process improvement workbook: documentation,
analysis, design and management of business process improvement. New York:
McGraw-Hill, 1997.
HUNT, V. D. Process mapping: how to reengeneer your business processes. New
York: John Wiley & Sons, Inc., 1996.
JUNIOR, M. A. F. Análise Comparativa entre Ferramentas BPM Gratuitas. 2011.
Trabalho de Conclusão de Curso de Sistemas de Informação Bacharelado - Universidade
do Planalto Catarinense, Lages. Santa Catarina.
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa. 3ª edição.
São Paulo: Editora Atlas, 1996.
LEE, R., DALE, B. Policy deployment: an examination of the theory. International
journal of Quality. Vol. 15. nº 5, 1998.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento científico: pesquisa
qualitativa em saúde. 2ª edição. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1993.
OCDE. Manual de Frascati - Proposta de Práticas Exemplares para Inquéritos sobre
Investigação e Desenvolvimento Experimental. Coimbra: F-Iniciativas, 2007.
OLIVEIRA, S. B. Gestão por processos: fundamentos, técnicas e modelos de
implementação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
OMG Business Process Notation Specification. Object Management Group, 2006.
REGIO, R. et al. Políticas de incentivo à inovação: hipóteses para não adesão
empresarial à Lei do Bem. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, IX
SEGeT, 2012.
53
RUMMLER, Geary A. BRACHE, Alan P. Melhores desempenhos das empresas. São
Paulo: Makron Books, 1994.
SANTOS, M. E. R. et al. Transferência de Tecnologia: estratégias para a estruturação
e gestão de Núcleos de Inovação Tecnológica. Campinas, SP: Komedi, 2009.
SCHMENNER, R.W. Administração de Operações em Serviços. São Paulo: Futura,
1999.
SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. Tradução de Maria
Martha Hubner de Oliveira. 2ª edição. São Paulo: EPU, 1987.
TSENG, Mitchell M.; QINHAI, Ma; SU, Chuan-Jun. Mapping Customers’ Service
Experience for Operations Improvement. Business Process Management Journal, vol.
5, n.1, p.50-64, 1999.
ANPEI. A Lei do Bem. Disponível em: <http://www.anpei.org.br/web/anpei/lei-do-bem >.
Acesso em: 19 set. 2015.
BPMN. Business Process Modeling Notation (BPMN) Information. OMG, 2006.
Disponível em: http://www.bpmn.org . Acesso em: 20 set. 2015.
CARMO, J. P. Modelagem de processos. Disponível em: <
http://www.cefetes.br/pse/disciplinas/cds/modelagem_de_processos/apostila_modelagem
_processos_joao_paulo.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015.
CPZ CONSULTORIA. Pague menos impostos é impulsionar a inovação. Disponível
em:<http://cpzconsultoria.com.br/noticias/pague-menos-impostos-e-impulsionar-a-
inovacao>. Acesso em: 20 set. 2015.
DIT - DEPARTAMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Programas de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação. Disponível em: http://dit.ufsc.br/programas-de-pesquisa-
desenvolvimento-e-inovacao/>. Acesso em 20/09/2015.
54
F. INICIATIVAS. A Lei de Informática. Disponível em: <http://leidainformatica.com/a-lei-
de-informatica/>. Acesso em: 20 set. 2015.
F. INICIATIVAS. Lei da Informática: Quadro de Investimentos da Lei da Informática.
Disponível em:<http://leidainformatica.com/wp-content/uploads/2013/03/1509-Quadro-
Investimentos-Lei-Informatica1.png>. Acesso em: 20 set. 2015.
GOMES, D.R. Mapeamento de Processos como Ferramenta de Avaliação de Processo
Produtivo. Trabalho conclusão de curso (Engenharia de Produção), Universidade Estadual
do Norte Fluminense (UENF), Campos RJ, 2009. Disponível em
<http://www.uenf.br/Uenf/Downloads/LEPROD_6958_1251232430.pdf>. Acesso em 20 de
nov. 2015.
MCTI. Regra Geral Atual - 2005/2019. Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação,
2008b.Disponível em: <
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/17982/Regra_Geral_Atual___20052019.htm
l >. Acesso em: 20 set. 2015.
MELLO, Carlos H. P.; SALGADO, Eduardo G. Mapeamento dos Processos em Serviços:
Estudo de Caso em Duas Pequenas Empresas da Área de Saúde. XXV ENEGEP –
Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Porto Alegre RS, Out. 2005. Disponível em
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep0207_0556.pdf.>. Acesso em
05 de dez. 2015.
55
APÊNDICE 1 – ROTEIRO DE ENTREVISTA
O objetivo da entrevista é a de procurar informações técnicas para a estruturação do CIEL.
Introdução
1) Poderia me dizer o seu nome e idade?
2) Poderia comentar sobre sua formação acadêmica?
3) Poderia comentar sobre sua experiência profissional e o que faz?
Questões Principais
1) O Sr. poderia comentar sobre o CIEL (Centro de Inovação em Engenharia Elétrica), qual é a missão do
CIEL?”
2) O Sr. poderia comentar sobre qual é a visão do CIEL?
3) O Sr. poderia comentar quais são os objetivos do CIEL?
4) O Sr. poderia explicar a estrutura do CIEL, do que ele é composto?
5) O Sr. poderia explicar se o CIEL é um dos Núcleos de Inovação Tecnológicas – NITs – criados pela Agência
de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Paraná (UFPR)-AGITEC?
6) O Sr. Poderia explicar como será realizada a transferência de tecnologia para a sociedade buscando a
integração Universidade/Empresa (U-E)?
7) O Sr. Poderia explicar como serão articuladas as parcerias entre os setores empresariais, governamentais
e não governamentais para atuar em projetos cooperativos de desenvolvimento científico tecnológico?
8) O Sr. Poderia explicar quais são os procedimentos para que uma empresa seja atendida pelo CIEL?
9) O Sr. poderia explicar como um pesquisador poderia executar seu projeto via CIEL?
10) O governo disponibiliza alguns incentivos fiscais, como exemplo há Lei do Bem - Lei 11.196/05 que
permite o abatimento em imposto de renda dos projetos de P&D. O Sr. poderia comentar se há uma legislação
que facilite ao CIEL a captar recursos para seus projetos? Poderia explicar?
11) O Departamento de Elétrica possui diversas competências. O Sr. poderia comentar se estão estruturadas
as competências do departamento de modo a disponibilizar estas informações para a comunidade externa?
12) Na opinião do Sr., no contexto de um trabalho de conclusão de curso de graduação, que atividades
poderiam ser realizadas para fortalecer as atividades do CIEL?
56
Finalização
1) O senhor teria algo a acrescentar?
2) Gostaria de comentar alguma questão sobre o assunto que não foi abordada nas questões anteriores?
3) Muito obrigada pela atenção e contribuição para a nossa pesquisa.
Anexos Não Disponíveis
Para solicitar os anexos, enviar e-mail com
justificativa para: