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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES FERNANDES PROPOSTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO POR MEIO DE TANQUE SÉPTICO EM TUBOS DE PVC BELÉM – PA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES FERNANDES

PROPOSTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO POR MEIO DE

TANQUE SÉPTICO EM TUBOS DE PVC

BELÉM – PA

2019

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FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES FERNANDES

PROPOSTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO POR MEIO DE

TANQUE SÉPTICO EM TUBOS DE PVC

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Ciências e

Meio Ambiente – Mestrado Profissional,

PPGEP/ITEC, da Universidade Federal do Pará,

como parte dos requisitos necessários à

obtenção do título de Mestre em Ciências e

Meio Ambiente.

Área de Concentração: Ciências e Meio

Ambiente

Orientador: Prof. Dr. Waldinei Rosa Monteiro

BELÉM – PA

2019

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FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES FERNANDES

PROPOSTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO POR MEIO DE

TANQUE SÉPTICO EM TUBOS DE PVC

Dissertação submetida ao corpo docente do

Programa de Pós-graduação em Ciências e Meio

Ambiente – mestrado profissional (PPGCMA)

da Universidade Federal do Pará como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau

de mestre em ciências e meio ambiente.

Examinada por:

_______________________________________________

Prof. Waldinei Rosa Monteiro, Dr.

(PPGEP/ITEC/UFPA - Orientador)

________________________________________________

Prof. Jandecy Cabral Leite, Dr.

(Examinador interno ao Programa)

________________________________________________

Profa. Alexandra Amaro de Lima, Dra.

(Examinadora Externa ao Programa)

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicidade (CIP) de acordo com ISBD Biblioteca ICEN/UFPA-Belém-PA

F363p Fernandes, Francisco José Rodrigues

Proposta de tratamento de esgoto doméstico por meio de tanque séptico em tubos de PVC/ Francisco José Rodrigues Fernandes.-2019. Orientador : Waldinei Rosa Monteiro. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Programa de Pós- Graduação em Ciências e Meio ambiente, 2019.

1. Saneamento-Política governamental. 2. Águas residuais- Aspectos ambientais. 3. Esgoto-Tratamento. 4. Fossas sépticas. 5. Saúde ambiental. I. Título.

CDD 22. ed. – 363.72

Elaborado por Leila Maria Lima Silva – CRB-458/81

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AGRADECIMENTOS

Ao criador que me deu saúde, coragem e força para superar as dificuldades da

vida, até mesmo nos momentos de dúvidas.

À minha família que sempre esteve presente no meu objetivo e me incentivou a

colocar os estudos em primeiro lugar.

As minhas colegas do IFAM Profa. Dra. Darcilia Dias Penha e Profa. Dra. Ana

Maria Dias da Silva Lucena e o Eng. Daniel Passos de Oliveira pela colaboração e

orientações e aconselhamento para a realização deste trabalho.

Ao meu orientador Prof. Dr. Waldinei Rosa Monteiro que nunca me deixou

desistir sempre incentivando que era possível concluir este trabalho.

E a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização e concretização

deste trabalho.

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RESUMO

Na antiguidade foram desenvolvidas estruturas que permitiam o transporte de águas

residuárias para fora das cidades, mas a instalação de rede coletora de esgotos

propriamente dita ocorreu no começo do século XIX. Mesmo após anos de evolução, a

falta de esgotamento sanitário ainda é um problema em países subdesenvolvidos. A

carência por saneamento torna-se maior em áreas rurais e em pequenas comunidades da

Amazônia Legal. A falta de politicas públicas que incentivam projetos de tratamento de

esgoto, acabam por impactar na saúde da população e do meio ambiente. Dentro desta

perspectiva, pensei na necessidade de desenvolver um projeto de um tanque séptico

utilizando materiais de baixo custo com tubos de PVC, para atender famílias em

habitação unifamiliar, de baixa renda per capita, ao mesmo tempo sem causar impacto

ao meio ambiente e que fosse financeiramente viável na sua execução.

Palavras-Chave: Tanque Séptico em tubos de PVC; saneamento básico; pequenas

comunidades; politicas públicas; baixo custo; meio ambiente.

.

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ABSTRACT

Old civilizations developed a structure that allowed the transportation of sewage to

areas outside the urban perimeter. The current system, known as the Collection Network

of Sewage, started to appear at the beginning of the 19th century. Even though years

have passed by and the evolution of the processes occurred, the lack of sanitary sewage

is still an issue for developing countries. The need for sanitation grows on the rural

areas and small communities of the Legal Amazon. The lack of public policies that

promote sewage treatment, cause a huge impact on the health of the population and the

environment. Regarding this perspective, I came up with the idea of developing a

Project of a septic tank, using low cost materials with PVC tubes, that aimed to help

families that live in single family domicile, with low income, and at the same time, that

causes low impact on the environment and that is financially feasible on its execution.

Key-words: PVC Tubes Septic Tank; Sanitation; Small Communities; Public Policies;

Low Cost; Environment.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11

1.1 Marco Histórico. .................................................................................................. 11

2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 12

3. OBJETIVOS ...................................................................................................... 14

3.1 Objetivo Geral. .................................................................................................... 14

3.2 Objetivos Específicos. ......................................................................................... 14

3.3 Contribuições e Relevância da Dissertação. ..................................................... 14

3.4 Conceituações - Tanque Séptico e Composição do Esgoto. ............................. 15

4. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 21

4.1 Questões Ambientais. .......................................................................................... 21

5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 26

5.1 Materiais. ............................................................................................................. 26

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 28

6.1 Memorial de Cálculo para Dimensionamento de Tanque Séptico Prismático

em Alvenaria. ................................................................................................................ 30

6.2 Memória de Cálculo para Dimensionamento de Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC. ........................................................................................ 33

6.3 Trajetória e Incidências Empíricas do Estudo. ................................................ 34

7. RESULTADOS E DISCUSSÒES .................................................................... 35

7.1 Proposta de Projeto. ............................................................................................ 35

7.2 Projeto do Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.................. 36

7.2.1 Memorial de Cálculo Tanque Séptico Prismático Retangular em

Alvenaria...... ................................................................................................................ 37.

7.2.2 Memorial Descritivo do Tanque Séptico Prismático Retangular em

Alvenaria. ..................................................................................................................... 38.

7.2.3 Projeto Executivo do Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.46

7.2.4 Composição de Custo de Homem Hora do Tanque Séptico Prismático

Retangular em Alvenaria. ............................................................................................ 47

7.3 Proposta de Projeto de Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas em

PVC............... ................................................................................................................. 50

7.3.1 Memória de Cálculo do Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas de

em PVC......... ................................................................................................................. 51

7.3.2 Memorial Descritivo para Construção do Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC. ........................................................................................ 52

7.3.3 Projeto Executivo do Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas em

PVC.............. .................................................................................................................. 56

7.3.4 Composição de Custo de Homem Hora do Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC. ........................................................................................ 58

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8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO E CONSTATAÇÕES COMPARATIVAS. 59

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 60

9.1 Sugestões para Trabalhos Futuros. ................................................................... 61

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 61

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Representação espacial do índice de atendimento urbano por rede coletora

de esgotos dos municípios cujos prestadores de serviços são participantes do SNIS em

2017, distribuído por faixas percentuais, segundo município. ....................................... 25

Figura 3.1 - Tubo de PVC Ø100mm e Especificações. .................................................. 26

Figura 3.2 - Tubo de PVC Linha Leve e Especificações................................................ 27

Figura 3.3 - Joelho de 90º de PVC Ø100mm e Especificações. ..................................... 27

Figura 3.4 - Tê de PVC Ø100mm e Especificações. ...................................................... 27

Figura 3.5 - Corpo Caixa de Areia e Especificações. ..................................................... 27

Figura 4.1 – Planta Baixa do TS em Alvenaria. ............................................................. 46

Figura 4.2 – Corte Longitudinal do TS em Alvenaria. ................................................... 47

Figura 4.3 – Planta Baixa do TS com Tubos em PVC. .................................................. 56

Figura 4.4 – Elevação do TS com Tubos em PVC. ........................................................ 57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Contribuição Diária de Esgoto (C) e Lodo Fresco (Lf) por Tipo de Prédio e

de Ocupante. ................................................................................................................... 32

Tabela 3.2 – Período de Detenção dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária. .... 32

Tabela 3.3 – Taxa de Acumulação Total de Lodo (K), em Dias, por Intervalo entre

Limpezas e Temperatura do Mês mais Frio. .................................................................. 33

Tabela 3.4 – Profundidade Útil Mínima e Máxima, por Faixa de Volume Útil. ............ 33

Tabela 4.1 - Dados Iniciais para o Dimensionamento da TS em Alvenaria. .................. 37

Tabela 4.2 – Planilha para Dimensionamento de TS em Alvenaria. .............................. 38

Tabela 4.3 – Planilha de Composição de Custo Homem-Hora do TS em Alvenaria. .... 47

Tabela 4.4 - Dados Iniciais para o Dimensionamento do TS com Tubos em PVC. ...... 51

Tabela 4.5 – Planilha para Dimensionamento do TS com Tubos em PVC. ................... 51

Tabela 4.6 – Planilha de Composição de Custo Homem-Hora do TS com Tubos em

PVC. ............................................................................................................................... 58

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NOMENCLATURA

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ACV ÁCIDOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS

ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

DBO DEMANDA BIOQUIMICA DE OXIGÊNIO

DN DIÂMETRO NOMINAL

DQO DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO

ETE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

FA FILTRO ANAERÓBIO

FGV FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

FVS FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO ESTADO DO

AMAZONAS

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

K COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE

NBR NORMA BRASILEIRA

PH POTENCIAL HIDROGENIÔNICO

PVC POLICLORETO DE POLIVINILA

RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE

SANEAMENTO

SST SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS

TS TANQUE SÉPTICO

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Marco Histórico.

No decorrer da história da humanidade, os gregos foram os primeiros povos a

desenvolver uma estrutura que permitia o transporte de águas residuárias para fora das

cidades, por meio de drenos e canais até as áreas agrícolas, para que pudessem ser

dispostos e aplicados nas lavouras.

A instalação de rede coletora de esgotos em algumas cidades teve início na

Europa, no começo do século XIX, enquanto a implantação de sistemas de tratamento

de esgoto doméstico só ocorreu a partir do final do século XIX e início do século XX

(LEME, ONOFRE, 2008).

Nos Estados Unidos da América, com a crescente dificuldade para armazenarem

ao redor das grandes cidades e visando a disposição do esgoto bruto no solo, o resultado

foi a adoção de intensivos métodos de tratamento de esgotos e aumento das estações

para esses fins. Porém, com o passar dos tempos, essa situação foi modificada, e, em

1970, praticamente todas as cidades possuíam instalações para o tratamento de águas

residuária e quase 90% dos despejos já passavam por algum tipo de tratamento.

O Ministério de Recursos da Água foi consolidado na Inglaterra a partir do

Decreto da Água de 1945, visando a proteção e manejo da água, logo após, em 1963 foi

promulgada a Lei de Recursos da Água, por influência de uma severa seca que ocorreu

no verão de 1959.

No Brasil é destacado o documento publicado em 2002 pela fundação IBGE –

Indicadores do Desenvolvimento Sustentável, que estabelece instrumentos de

mensuração por meio de 50 (cinquenta) indicadores do desenvolvimento, organizados

em quatro dimensões: Social, Ambiental, Econômica e Institucional, abrangendo termos

como equidade, saúde, educação, população, habitação, segurança, atmosfera, terra,

oceanos, mares, áreas costeiras, biodiversidade, saneamento, estrutura econômica,

padrões de produção e consumo, estrutura e capacidade institucional.

Na Amazônia, a precariedade de sistemas de tratamento de esgoto domésticos é

um dos problemas de alta gravidade no que se refere à saúde, levando a consequências

negativas para a sociedade, assim como para o meio ambiente. A falta de uma política

de projetos sustentáveis conjugada à tipologia das habitações implantadas de formas

deficitárias, provoca muitos impactos na saúde da população, visto que apenas as

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capitais possuem sistema de tratamento de esgoto. Ao longo dos anos, este número

aumentou, mas apesar disso, o estado do Amazonas não atendeu a demanda, pois pesa o

fator geográfico, uma vez que o Amazonas é o maior estado brasileiro. O que dificulta o

esforço do poder público na construção de uma rede unificada, que atenda muitas

pessoas. Além disso, não existe um incentivo nas políticas públicas para a construção de

um sistema de esgoto, pois essa obra tem um custo elevado e não se torna muito

representativa para a imagem pessoal dos governantes.

No começo da década de XX, com financiamento do Banco Interamericano do

Desenvolvimento, aparecem as primeiras obras de saneamento com a implantação das

Unidades Habitacionais em diversos estados e municípios, para melhoria da qualidade

de vida dos habitantes das cidades onde estão sendo implantados os Programas de

Requalificação como o PROSAMIM e o Prourbis. E, por exigência do Banco, são

implantadas as redes e Estações de Tratamento de Esgoto.

Partindo do sistema atual, haverá uma grande necessidade da implantação de

sistemas individuais de tratamento de esgoto, pois as construções de habitações

localizadas em áreas de periferia de cidades, zonas rurais e em pequenas concentrações

populacionais no interior da Amazônia, onde os recursos são escassos ou quase

nenhum, pelo Estado e seus Municípios, os próprios moradores são os responsáveis pela

construção de seu sistema de tratamento individual dos resíduos.

2. JUSTIFICATIVA

Conforme dados do IBGE, Censo 2010, há no estado do Amazonas uma

população de 3.483.985 habitantes dos quais somente 728.495 habitam na zona rural.

Esse fato provoca um inchaço na população urbana e nas periferias da capital Manaus

deixando-as desprovidas de saneamento básico, provocando consequentemente a

elevação das cargas poluidoras do sistema que promove o tratamento de dejetos

residenciais, ou seja, quanto mais moradores, mais poluição do meio ambiente,

contaminando inclusive as águas e provocando os problemas ambientais cujos

resultados comprometem diretamente a saúde pública.

Constata-se, portanto, que a ausência de saneamento básico incide em

consequências negativas para o ambiente e a sociedade.

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Por isso, faz-se necessário que as instituições de ensino motivem seus estudantes

e docentes a projetarem serviços e produtos que não causem impacto ao ambiente e que

sejam viáveis financeiramente em sua execução.

Assim sendo, pela necessidade de que haja provisão de economia em todas as

fases de uma construção, fica assegurado que a opção pelo tanque com tubos de PVC

provoca a redução de custos tanto na mão de obra quanto no material a ser utilizado em

sua construção. Com referência à mão de obra da construção de um tanque em

alvenaria, requer um volume significativo de escavação. Por exemplo: Num tanque com

formato prismático para atender uma família com 04 pessoas, o volume de escavação

para sua construção é de 7,42 m³; enquanto que com o tubo de PVC com diâmetro de

300 mm, escava-se somente 4,80 m³ de solo.

Da mesma forma, tem-se a redução de custos com o material quando se usa o

tanque com tubos de PVC, uma vez que o tanque com “alvenaria de uma vez” requer

concreto na base e no teto, bem como tijolos nas paredes e argamassa no piso, nas

paredes e no teto. Além disso, ainda necessita de impermeabilização no piso, parede e

teto.

Outra excelente vantagem proporcionada pelo tanque com PVC é que sua

constituição, ficando bem revestida por conta de seu material de PVC, impede a

contaminação do solo, uma vez que a carga de esgoto fica retida no tanque sem ter

possibilidade de vazamento e consequentemente evitando a contaminação do meio

ambiente.

Dessa forma, considerando o contexto econômico do país, todos buscam por

serviços mais eficazes, duráveis e econômicos. Portanto, a proposta de opção do tanque

com tubos de PVC com relação aos tanques com alvenaria, se tornará bem mais aceita

em qualquer sociedade; sendo esta uma solução simples e econômica com materiais

usuais de construção civil, utilizando mão-de-obra da construção civil para a redução de

custos tanto de material quanto de força humana, comparados aos vários tipos e formas

de sistemas que são usados hoje. Além de atender aos requisitos específicos das normas

que regem o tratamento de esgoto.

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral.

Desenvolver um projeto de TS para atendimento de habitação unifamiliar de

baixa renda na Amazônia Legal, utilizando materiais de instalações prediais em PVC.

3.2 Objetivos Específicos.

Elaborar a minuta de cálculo próprio do desenvolvimento do sistema de

tratamento que atenda a norma brasileira NBR 7229 (ABNT, 1993).

Utilizar, no projeto, tubos e conexões de PVC da linha de instalações prediais

encontradas no mercado.

Comparar quantidade de homem hora com os TS construídos pela maioria da

população, com a proposta de TS utilizando os tubos e conexões em PVC.

Analisar o uso e aplicação de materiais entre o tanque de alvenaria e o tanque

com tubos e conexões de PVC, demonstrando sua eficiência e sua comunidade

na sua aplicação.

Propor um projeto básico de tanques em tubos e conexões da linha predial em

PVC em locais onde não haja atendimento à rede de esgoto.

3.3 Contribuições e Relevância da Dissertação.

A relevância deste trabalho está fundamentada na Lei 11.445/2007 e Decreto

7217/2010 que estabelece dentre os objetivos da Política Federal de Saneamento Básico

no país (BRASIL, 2007) que “sejam priorizados planos, programas e projetos que visem

à implantação e ampliação dos serviços e ações de saneamento básico nas áreas

ocupadas por populações de baixa renda”.

Apesar do tratamento de efluentes ser realizado por meio de ETE nos grandes

centros urbanos das regiões desenvolvidas do país, a proposta deste trabalho visa o

atendimento às comunidades carentes as quais estão localizadas em regiões longínquas,

onde o principal obstáculo é a implantação de projetos que atendam as demandas locais.

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Nessas localidades, como nas periferias das grandes cidades e principalmente nos

municípios interioranos das regiões Norte e Nordeste, faz-se necessária a implantação

de sistemas individuais que atendam às necessidades dos habitantes desses lugares.

Dessa forma, a implantação de TS utilizando tubos e conexões em PVC, além de

favorecer a população por eficiência, baixo custo e facilidades em sua construção,

oportunizará a aquisição dos referidos materiais produzidos no PIM (Polo Industrial de

Manaus), cumprindo os princípios dos arranjos produtivos locais.

Assim, a relevância deste projeto se consolida no cumprimento da possibilidade

de otimizar a melhoria da qualidade de vida dos usuários de baixa renda. Corroborando

a com (PACHECO, p.19, 2010):

“Em sua intervenção os institutos devem explorar as potencialidades de

desenvolvimento na vocação produtiva de seu local, a geração de

transferências de tecnologias e conhecimentos e a inserção, nesse espaço, da

mão de obra qualificada.”

3.4 Conceituações - Tanque Séptico e Composição do Esgoto.

Popularmente chamado de “fossas”, os autores se expressam de formas

diferentes, convergindo, porém, para as mesmas características, conceituações e

composições; justamente porque sua natureza é idêntica, tanto em seus caracteres,

quanto em seus componentes. Um desses autores é PESSÔA, (1995) que declara:

Fossas Sépticas são formadas por câmaras convenientemente construídas

para reter os despejos domésticos e/ou industriais, por um período de tempo

especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e

retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os,

bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples estáveis.

Segundo ANDRADE, (1995), “o tanque séptico se constitui num espaço fechado

idealizado para receber os esgotos da cozinha ou de outros ambientes tanto domésticos

quanto industriais”.

De acordo com algumas classificações desses TS, é dito que se trata de uma

espécie de sistema primário e físico-biológico (onde predomina a sedimentação do

material sólido). Dessa forma, pelo fato de se tratar de um sistema econômico e de fácil

aquisição e manutenção, esse tipo de sistema é muito empregado e utilizado em nosso

país, mas principalmente na região Norte.

Alguns autores definem os esgotos como sendo despejos, em geral, de origem

doméstica, comercial, industrial e de áreas agrícolas. Neste trabalho, no entanto, nos

deteremos somente no despejo doméstico de águas residuais as quais são basicamente

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compostos por urina, fezes, restos de comida, papel, sabão, detergente, água de banho e

lavagem em geral.

Sobre as características físicas do esgoto, vale ainda ressaltar que estado das

águas residuais sinaliza sua condição por meio de: sua coloração, turbidez, odor,

matéria sólida e temperatura (JORDÃO, 1995).

As características químicas do esgoto, por sua vez, podem ser classificadas em

dois grupos: matéria orgânica e matéria inorgânica. A primeira formada principalmente

por proteínas, carboidratos, gorduras e óleos. E, em menor parte, por ureia, sulfartantes

e outros. Já as características da matéria inorgânica, é formada em grande parte por areia

e demais substâncias minerais as quais estão quase sempre dissolvidas em águas de

lavagem (JORDÃO, 1995).

Vale ressaltar que a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) se torna um

parâmetro dos mais utilizados como referente no tratamento de esgoto, uma vez que

possibilita a medição da quantidade da matéria orgânica oxidável por ação da respectiva

bactéria.

Segundo MACINTYRE, (1996), a DBO se constitui como avidez de oxigênio

para atendimento e funcionamento do metabolismo das bactérias, transformando-as em

matéria orgânica. Além disso, a DBO sinaliza o grau de poluição do esgoto, ou seja,

indica a concentração de matéria orgânica por cada unidade de volume de água

residuária. O processo da DBO ocorre em duas fases: Na primeira fase, a matéria

carbonácea é oxidada; já na segunda fase, ocorre a nitrificação.

Ainda na abordagem das características químicas do esgoto, tem-se o nitrogênio,

na forma que se apresenta, possibilita o conhecimento das concentrações de matéria

orgânica existente naquela composição. Além disso, o nitrogênio cumpre uma função

essencial quando indica a carga de nutrientes lançado nos corpos d’água; bem como a

disponibilidade de nitrogênio para a manutenção das atividades biológicas no processo

de tratamento de esgoto.

VON SPERLING, (1996) por sua vez, descreve a matéria nitrogenada

dividindo-a em dois grupos: inorgânica e orgânica. Sendo o primeiro grupo composto

pela Amônia nas suas formas livre e ionizada; enquanto que a orgânica tem sua

característica semelhante à matéria carbonácea.

Outro componente essencial do esgoto está presente na Demanda Química de

Oxigênio (DQO) a qual faz a medição da quantidade de oxigênio envolvido na oxidação

pelo permanganato ou dicromato de potássio em solução ácida.

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Finalmente, dentre os componentes da parte química do esgoto, tem-se o pH o

qual está presente em todo o tratamento e cuja existência é fundamental para o processo

de tratamento de esgoto.

Estudos e aplicações dessa natureza promovem a melhoria da qualidade de vida

dos comunitários de baixo poder aquisitivo os quais conseguem adquirir rapidamente,

com baixo custo, na própria comunidade, todo o material necessário para a implantação

de um TS.

É de suma importância que se fale da composição dos efluentes cujo processo de

homogeneização da água com os demais dejetos. A água é adicionada aos demais

componentes para conduzi-los e, de certa forma, limpar a superfície por onde passam,

conduzindo toda a dinâmica da homogeneização a qual provoca a fermentação da massa

composta pelos referidos efluentes; os quais por sua vez, se fazem presentes dentro do

sistema de tubulação que reveste os TS, popularmente conhecidos como fossa.

Assim, componentes como a água de higienização dos moradores, sejam da

preparação de alimentos, bem como a água que conduz dejetos de várias origens junto

formam os afluentes que são depositados no TS.

Os estudos sobre a preservação da água potável deveriam compor os assuntos

prioritários nas linhas de pesquisa em programas dos cursos Stricto Sensu. Eis uma

questão que deveria estar incomodando muito mais toda a sociedade, pois a sua escassez

pode acarretar em resultados catastróficos, incluindo a hipótese da inexistência de vida

na Terra.

Para a sobrevivência humana, faz-se necessário o uso da água potável, cuja

composição é caracterizada por ser propícia do consumo humano vindo de fontes

naturais que não tenham contaminação nas suas nascentes ou no espaço por onde

passam.

Outra forma de deixar a água potável é fazendo seu tratamento tanto físico

quanto químico. Dentre esses processos de tratamento é possível citarmos:

A decantação que consiste num processo de separação dos componentes das

misturas heterogêneas (sólidos-líquidos, sólido-gás, líquido-líquidos e líquido-

gás);

A filtração ou filtragem cujo método é utilizado para prover a separação entre

sólido e líquido ou ainda para permeabilizar certas partículas sólidas. As

filtrações são desenvolvidas conforme a necessidade em escala de laboratório ou

em escala industrial;

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A fluoretação que se trata de uma tecnologia utilizada na saúde pública desde

1945. Nessa tecnologia, utiliza-se a água de abastecimento público como

condutor para o flúor que, por ser um elemento químico, já está presente no

ambiente.

A desinfecção é um processo que promove a eliminação ou remoção de todos os

micro-organismos, independentemente de sua natureza residual, há a

desinfecção física e a desinfecção química.

Toda a mecânica utilizada na desinfecção física envolve calor o qual entra com o

papel de purificador e é controlado por equipamentos que não provocam riscos, mas que

requerem cuidados e atenção no controle. São tipos de lavadores termo-desinfectantes e

lavadoras pasteurizadas. A desinfecção química por sua vez é bem mais complexa e por

isso exige muito cuidado e prudência, por parte dos agentes que desenvolvem o

processo. Para isso, devem ser considerados dois fatores importantes para que seja

confirmada a necessidade de uso da desinfecção pelo processo químico: Se a superfície

a ser higienizada é lisa ou porosa. Sendo lisa, será mais rápido. Sendo porosa, o

desinfetante passará mais tempo na área a ser desinfectada é quanto maior o nível de

germes presentes, maior deve ser o tempo que o desinfetante deve ficar em contato com

a área afetada.

No que se refere aos recursos hídricos, há, ao longo do tempo, esforços para

evitar a poluição via lançamento de esgoto bruto ou águas residuais, embora de forma

dispersa, temporal e espacial pelo planeta.

Os povos da antiguidade, mais particularmente os gregos, adotaram e inovaram

um sistema de condução e transporte de dejetos para área fora do perímetro das Polis ou

cidades, efetuando o tratamento desses esgotos que serviram de adubos utilizados na

agricultura, resolvendo assim o problema do esgoto doméstico.

Na era moderna, a instalação de rede coletora de esgotos em algumas cidades

teve início na Europa, no começo do século XIX, enquanto a implantação de sistemas

de tratamento de esgoto doméstico só ocorreu a partir do final do século XIX e início do

século XX.

Nos Estados Unidos da América, a disposição e o tratamento de águas residuais

não recebeu muita atenção até o final de 1800, porque o constrangimento causado pelo

lançamento de esgoto não tratado nos corpos de água não era severo e existiam glebas

de terras disponíveis para disposição sobre o solo. Com a crescente dificuldade para

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obter áreas ao redor das grandes cidades e visando à disposição do esgoto bruto no solo,

o resultado foi a adoção de intensivos métodos de tratamento de esgotos e no aumento

das estações para esses fins (SEZERIN0, PHILIPPI, 2004).

Em 1925, cerca de 80% das cidades dos Estados Unidos com população acima

de 100 (cem) mil habitantes não dispunham de instalações para tratamento de seus

esgotos. Porém, com o passar dos tempos, essa situação foi modificada, e, em 1970,

praticamente todas as cidades com aquele porte possuíam instalações para o tratamento

e quase 90% dos despejos já passavam por algum tipo de tratamento.

Ao longo dos anos, observou-se o aumento das Estações de Tratamentos de

Esgotos com tratamento secundário, terciário e sistema via solo, além da redução das

unidades com tratamento primário único e das estações menores – tratamento mais

simples, provavelmente em função de sua transformação e\ou para aquelas unidades

com melhor eficiência de remoção e geração de afluente final (esgoto tratado). Desde

1972, cerca de 96% da população americana é atendida com o tratamento de esgoto

doméstico.

Na Inglaterra, o movimento visando a proteção e o manejo da água foi

consolidado em 1945, pelo Decreto da Água, e em 1963 pela Lei de Recursos da Água,

desenvolvida após uma seca muito severa no verão de 1959, sendo então criado o

Ministério de Recursos da Água.

Em 1974, nos EUA, também foram desenvolvidas importantes ações legislativas

estabelecendo critérios e padrões para a conservação e proteção dos recursos hídricos,

como por exemplo, o Decreto do Sistema Nacional para Água Potável Segura (Lei

93.523) e o Decreto Nacional de Eliminação de Descargas Poluentes (NPDES – Lei

92.500).

No decorrer dos tempos, alguns trabalhos estão sendo desenvolvidos e aplicados

com a finalidade de se avaliar a qualidade de vida de modo mais abrangente, inclusive

com a inclusão da qualidade do meio ambiente.

Em nível mundial, destaca-se o relatório pela Comissão Mundial Sobre o Meio

Ambiente CMMA, (1987), conhecido como Comissão Brundtland; relatório

considerado básico para definição da noção e dos princípios do desenvolvimento

sustentável, definido como um processo institucional de transformação orientando a

exploração dos recursos naturais, a direção dos investimentos e a orientação do

desenvolvimento tecnológico. A ideia é atender as demandas do presente de maneira

sustentável para não comprometer as aspirações futuras.

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O TS mais conhecido como Fossa Séptica, vem sendo utilizado

aproximadamente há 100 anos. Foi a primeira unidade inventada para tratamento de

esgoto e até hoje a sua utilização é mais empregada em todos os países. No Brasil

começou a ser difundida a partir da década de 30, a sua utilização vem sendo orientada

por normas da ABNT deste 1963. A NB-41, substituída pela NBR-7229, incorporou

diretrizes básicas para o projeto e construção de TS, como unidades de pós-tratamento

dos efluentes.

No Brasil, a Lei 11.445/07 estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento

básico e para a política federal de saneamento básico, onde estes serviços serão

prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:

I. Universalização do acesso;

II. A integralidade, compreendida como conjunto de todas as atividades e

componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,

propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades

e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III. Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à

proteção do meio ambiente;

IV. Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de

manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da

vida e do patrimônio público e privado;

V. Adoção de métodos, técnicas e processos que consideram as

peculiaridades locais e regionais;

VI. Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de

habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção

ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social

voltada para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento

básico seja determinante;

VII. Eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII. Utilização de tecnologias apropriadas, considerando à capacidade de

pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

IX. Transparência das ações, baseadas em sistemas de informações e

processos decisórios institucionais;

X. Controle social;

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XI. Segurança, qualidade e regularidade;

XII. Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos

recursos hídricos;

XIII. Adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água.

A outa legislação que possuímos é a norma NBR 7229, especifica para projeto,

dimensionamento, construção e manutenção de TS.

4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1 Questões Ambientais.

O tanque séptico (TS) é um sistema que minimiza ou exclui o impacto ambiental

da atividade de tratamento de águas residuais.

Esse tipo de estrutura de construção é uma opção para demandas e necessidades

comunitárias, e quando bem elaboradas, vão gerar soluções preventivas que consolidam

a relação tríade entre o meio ambiente, desenvolvimento sustentável e o crescimento

populacional. Quanto ao meio ambiente, o TS não lhe causa nenhum impacto, pelo

contrário, em sua construção, há possibilidade de uso de materiais os quais

possivelmente ficariam desperdiçados no meio ambiente, trazendo-lhe degradação. De

acordo com a literatura, os tubos e conexões que serão utilizados na construção do TS,

não causam impacto ambiental, inclusive minimizam a quantidade de resíduos, pois

podemos reutilizá-los (MANUAL-1, FS, CETESB, 1989).

Considerando que na luta em prol do desenvolvimento sustentável, primamos

por criar alternativas que visam a prática de atividades econômicas que venham

contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos povos que habitam nas

comunidades locais. Este trabalho, em sua desenvoltura, fortalecerá as atividades dos

comunitários no que tange à capacidade que eles têm de adequarem as questões de meio

ambiente com as questões da construção civil. Quanto mais praticidades nos

instrumentos de produção, mais incentivados serão a utilizarem as ferramentas

produtivas disponíveis em seu ambiente comunitário.

Um dos grandes desafios do desenvolvimento sustentável na região Amazônica

tem sido o crescimento populacional, o que dificulta a aplicação de estratégias que

melhorem as condições de vida dos povos desta região. Estes desafios precisam ser

superados com projetos que promovam a viabilidade nas aplicações dos recursos

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naturais da região; ou até mesmo material industrializado que seja mais econômico e

que possam ser adquiridos de forma acessível nas respectivas comunidades.

Este trabalho visa desenvolver uma estrutura de TS para melhoria da qualidade

de vida das comunidades, haja vista que não existe sistema de tratamento de águas

residuais nas mesmas.

Nos princípios do Banco do Brasil e demais bancos estatais, que fomentam

programas de melhorias econômicas regionais, existe a seguinte premissa: “o

desenvolvimento sustentável promove a satisfação das demandas presentes, sem

comprometer a capacidade de atender as gerações futuras”. Na prática, podemos

considerar as ações que passem das comunidades e parceiros, provocando a melhoria da

qualidade de vida da comunidade, principalmente daquelas que ficam distantes das

regiões desenvolvidas.

Considerando a necessidade do aspecto didático estrutural do texto desta

dissertação, utilizamos a estratégia de cumprimento dos objetivos específicos para

construirmos os capítulos deste trabalho.

A minuta de cálculo foi elaborada de forma que atendesse a norma NBR-7229;

desenvolvemos neste segundo capítulo, pela minuta de cálculo, o projeto executivo do

TS, seguido pela minuta da planilha de quantitativo de homem-hora a ser utilizada na

execução do TS.

Dessa forma, apresentaremos a seguir, no projeto do TS as figuras 4.1 e 4.2,

constituídas por planta baixa e corte, os quais dão as dimensões do TS, conforme a

minuta de cálculo. A planta baixa está de acordo com as recomendações contidas na

NBR-7229, que estabelece que o TS tenha dois compartimentos: o primeiro com

capacidade para dois terços do seu volume total e o segundo com capacidade de um

terço do volume total, onde a velocidade e permanência do líquido no tanque permite a

separação da fração sólida de líquido, proporcionando digestão limitada da matéria

orgânica e acúmulo dos sólidos. Isso permite que o líquido um pouco mais clarificado

seja destinado a uma área de absorção. Sólidos sedimentáveis e lodos parcialmente

decompostos acumulam-se no fundo do tanque, onde ficam retidos pela digestão

anaeróbia e se transformam em substâncias sólidas parcialmente mineralizadas que se

liquefazem e formam gases (MANUAL-1, FS, CETESB, 1989).

A digestão anaeróbia se desenvolve mais intensamente no lodo, onde ocorre a

maior atividade de transformação da matéria orgânica. Esta ação possui como agentes

as bactérias faculáticas ou anaeróbias que atuam na ausência de oxigênio molecular,

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reduzindo as substâncias orgânicas a formas pouco oxidadas com dissolução ou

liquefação de alguns sólidos. Nesta fase, ocorre o desprendimento de gases que contêm

principalmente metano e gás carbônico, podendo haver a geração de pequenas

quantidades de gás sulfídrico. Dessa forma, o processo biológico devido à ação séptica,

que se registra na fração líquida do conteúdo do tanque, é de pouca importância.

No interior do tanque flota, existe uma escuma de material leve que ocupa a

superfície do líquido. Esse material é constituído por sólidos em mistura com gases,

gorduras e material graxo. Sempre que possível, deve-se evitar que o TS receba material

graxo e gorduras; para isso se instala uma caixa de gordura. O líquido parcialmente

clarificado flui para a saída imediatamente abaixo da câmara flotante de escuma. O

segundo compartimento protege contra o efluxo da escuma. Como se pode inferir, o

líquido efluente do tanque é altamente contaminante e, portanto, necessita de uma

disposição adequada. No entanto, essa preocupação é frequentemente relegada a plano

secundário com consequências devastadoras para saúde (MANUAL-1, FS, CETESB

1989).

Ainda se questiona a eficiência do TS na remoção de sólidos sedimentáveis,

demanda bioquímica de oxigênio e coliformes. O TS reduz a concentração dos sólidos

sedimentáveis e a demanda biológica de oxigênio, cuja percentagem de redução pode

ser ampliada pelo armazenamento do tempo de retenção; ou seja, quanto mais tempo o

material passar armazenado, provoca a melhoria da redução do DBO (MANUAL-1, FS,

CETESB 1989).

Para que o TS tenha um perfeito funcionamento, terá que ter um tempo de cinco

meses de utilização, pois necessita que se cumpram as várias fases da digestão

anaeróbia.

Para o processo da digestão anaeróbia devem ser observadas as seguintes

condições:

Fase A – Lodo Cru, formado de lipídios, glicídios e protídios que são atacados

por microrganismos facultativos produzindo ácidos orgânicos, material oriundo da

decomposição celular, produtos intermediários de quebra, gás carbônico, água,

compostos nitrogenados e gás sufídico. O valor do pH varia de 5,0 a 6,8, podendo às

vezes ser menor que 5,0. Nesta fase, a temperatura de 15 graus centígrados demora

entorno de duas semanas.

Fase B – Conhecemos como regressão ácida. Consiste no ataque aos ácidos

orgânicos e compostos nitrogenados por microrganismos anaeróbios estritos, que

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produz compostos amoniacais, CO₂ , nitrogênio e hidrogênio. A procura de gases é

menor, mas o cheiro das substâncias que estão em decomposição é altamente repulsivo.

O lodo se apresenta espumoso e com pouca densidade aumentando a camada de escuma

e sólidos flutuantes. Já o pH aproxima-se do ponto neutro e esta fase dura três meses.

Fase C – Fase final e que é a fermentação alcalina. Se traduz pela digestão dos

materiais mais resistentes, como as proteínas, aminoácidos, celulose, que produzem

principalmente gás carbônico, metano, nitrogênio, amônia e sais de ácidos orgânicos.

Pode-se afirmar que a produção de gás é intensa, principalmente metano, devido à

intervenção de sólidos flutuantes, com pH alcalino entorno de 7,1 a 7,4 os lodos que são

produzidos exercem o papel de tampão, que não permite a mudança do pH, mesmo com

adição de ácidos ou álcalis. O lodo digerido possui um aroma de alcatrão.

A digestão anaeróbia não pode ser considerada como um processo estático, pois

ocorre em três fases ao mesmo tempo. Sendo que as duas primeiras fazem parte do

período de maturação da fossa, que fica com um período de demanda de cinco meses. É

interessante que a fase dominante seja a fermentação alcalina, sendo necessário que

quando da limpeza da fossa, não seja removido do volume do TS, deve-se deixar uma

determinada quantidade do lodo digerido, rico em enzimas e microrganismos ativos que

irão assegurar a digestão rápida e eficiente das novas quantidades de lodo cru que serão

depositadas na zona de sedimentos no TS (BRITO, 2004).

Como pode ser deduzida, a principal finalidade do TS é clarificar o efluente que,

por sua vez, deve ser disposto adequadamente para não trazer risco à saúde dos seres

humanos e deve ser purificado antes que alcance as águas superficiais que

comprometem o seu uso (MANUAL-1, FS, CETESB 1989).

Esse tipo de projeto, amplamente implantado em todas as regiões do Brasil,

apresenta erros de construção como, por exemplo, não executam lastro de brita e de

concreto magro sobe a laje de fundo do tanque. Um detalhe importante que deve ser

observado é que para a execução das paredes de alvenaria, estas não poderão nascer

diretamente da laje do fundo, pois terá que ser executado um membro de 100 mm de

altura em concreto para evitar esforços que irão provocar vazamento ou a própria

contaminação do solo (NBR-7229/93).

Outro aspecto que se deve salientar é o emprego do cimento Portland CP-II, III,

IV, amplamente utilizado na construção civil e também nos TS, afirma-se que são

cimentos para o emprego em estruturas, mas que a partir de 2016 foi introduzido em sua

composição o sulfato que oferece resistência aos meios agressivos, como redes de

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esgotos de águas servidas ou industrial, água do mar e em alguns tipos de solos.

Entretanto, o cimento Portland CP-RS (Resistente a Sulfatos), oferece resistência aos

meios agressivos a sulfatos.

Uma alternativa de saneamento básico comunitário é a construção do TS, pois de

acordo com o SINIS 2017, foi elaborado o mapa da representação espacial da coleta de

esgotos de todos os municípios brasileiros.

Figura 4.1 - Representação espacial do índice de atendimento urbano por rede coletora de esgotos dos

municípios cujos prestadores de serviços são participantes do SNIS em 2017, distribuído por faixas

percentuais, segundo município.

Fonte: SNIS, (2017).

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

5.1 Materiais.

Os materiais que foram selecionados para o projeto do TS foram tubos de PVC

com DN de 100 mm (Figura 3.1) e 300 mm (Figura 3.2), da linha de esgoto, conexões

Joelho (Figura 3.3) e Tê (Figura 3.4) com DN de 100 mm e caixa de areia (Figura 3.5)

da linha de águas pluviais com DN de 300 mm da marca Tigre.

As interligações entre os reservatórios são confeccionadas com tubos DN 100

mm, Tê DN 100 mm e Cap DN 100 mm Figura (3.6).

O projeto proposto foi elaborado em três fases assim descritas:

Na primeira fase está condicionado o volume do período de detenção dos

despejos composta por quatro reservatórios confeccionados por tampas (Figura 3.7),

duas seções de tubos 300 mm, um prolongador de entrada (Figura 3.8) e uma caixa de

areia, que são interligados através da caixa de areia por tubos de 100 mm conforme

projeto executivo.

A segunda fase é constituída por três reservatórios, onde o período de

armazenamento do lodo acontece e segue o mesmo modelo do reservatório proposto na

primeira seção.

A última fase que armazena o lodo em digestão é composta apenas por um

reservatório que segue as mesmas dimensões dos anteriores.

Figura 5.1 - Tubo de PVC Ø100mm e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Esgoto, 2016.

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Figura 5.2 - Tubo de PVC Linha Leve e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Infraestrutura Esgoto, 2014.

Figura 5.3 - Joelho de 90º de PVC Ø100mm e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Esgoto, 2016.

Figura 5.4 - Tê de PVC Ø100mm e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Esgoto, 2016.

Figura 5.5 - Corpo Caixa de Areia e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Águas Pluviais e Drenagem, 2016.

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Figura 5.6 - Tampa e Porta Tampa reforçada com porta tampa Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Esgoto, 2016.

Figura 5.7 - Prolongador e Especificações.

Fonte: Catálogo Técnico TIGRE: Esgoto, 2016.

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa apresentada neste estudo fundamenta-se por um processo construtivo

de um TS de tubos em PVC durante o qual foi inspirado no sistema HD mini que era

produzido e comercializado pela empresa Sofossas Ltda., cujo produto final consistia

em dois tubos com diâmetro de 450 milímetros. Sendo o primeiro o TS e o segundo, o

filtro anaeróbio, ambos com capacidade de 300 litros.

Dessa forma, por meio deste trabalho, o conhecimento científico expresso pelos

procedimentos experimentais e pelas normas que as fundamentam, é possível a

demonstração comparativa entre os procedimentos, composição de quantitativo de

homem-hora requerido para a construção de um TS em alvenaria que é amplamente

implantado, como pode ser observado nas Figuras 4.3 e 4.6 e os procedimentos,

composição de quantitativos de homem-hora necessários à construção do TS de tubos

em PVC que está proposto e demonstrado neste trabalho.

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Figura 6.8 – Construção de Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.

Fonte: PROTEÇÃO, (2012).

A metodologia experimental está ligada à ética, uma vez que esse tipo de

pesquisa não pode infringir qualquer legislação que implique em prejuízos ou reações

negativas por seres humanos ou mesmo ao ambiente.

Dessa forma, a pesquisa experimental se caracteriza por dois fatores altamente

definidos, capazes de consolidar qualquer projeto bem planejado. Assim, temos como

primeira característica, o rigor existente para o cumprimento da legislação, além disso, a

pesquisa experimental dá apoio aos estudos cujos produtos finais passam por

experimento de laboratórios ou de outros núcleos de análises.

Neste trabalho, observa-se que apesar da norma NBR-7229 prescrever o TS no

formato prismático (retangular) ou cilíndrico; a construção do TS em tubos de PVC,

com diâmetro de 300 mm é possível.

Para isso, foi usada a seguinte metodologia:

Primeiramente foi considerada a norma antiga NB-41, cujo volume é calculado

em três fases:

Fase I formada por quatro tubos com diâmetro de 300 mm e

comprimento de 1,50 m;

Fase II formada por três tubos com diâmetro de 300 mm e comprimento

de 1,50 m;

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Fase III formada por um tubo com diâmetro de 300 mm e comprimento

de 1,50 m.

A proposta deste trabalho atende plenamente as recomendações prescritas na

norma NB-41.

6.1 Memorial de Cálculo para Dimensionamento de Tanque Séptico Prismático

em Alvenaria.

A princípio, foi elaborado memorial de cálculo em conformidade com o descrito

no item 5.7 da NBR-7229.

Nessa primeira amostragem, o projeto de TS terá lajes de fundo e teto em

concreto armado, paredes de tijolos cerâmicos com revestimento chapisco comum e

reboco impermeabilizado internamente, piso e paredes laterais com impermeabilizante

de cimento de cristalização, e no fundo da laje do teto será aplicada uma

impermeabilização a base de tinta betuminosa.

O sistema foi dimensionado de forma a receber a totalidade dos despejos,

observância à estanqueidade e distâncias, seu funcionamento; visando preservar as

águas superficiais e subterrâneas, mediante estritas observâncias relativas à

estanqueidade e agressões químicas dos despejos.

Os dados sobre a eficiência do TS são bastante variáveis e sujeitos às condições

locais de operação e da umidade. A bibliografia especializada indica as seguintes

médias de remoção:

a) DBO 40 a 60%;

b) Sólidos Suspensos 50 a 70%;

c) Óleos e Graxas 70 a 90%;

O dimensionamento do TS segue os seguintes parâmetros:

a) Número de pessoas a serem atendidas: a residência escolhida possui 2 quatros,

então adotou-se um número de 4 pessoas.

b) Contribuição de despejos: por ser uma residência social, adotou-se uma vazão de

100 litros por pessoa por dia.

c) Período de detenção de despejos: por possuir uma contribuição menor que 1500

litros, adotou-se um período de detenção de 1 dia.

d) Contribuição de lodo fresco: Foi utilizado 1 litro por pessoa por dia, conforme

recomendação da norma.

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e) Taxa de acumulação de lodo: Neste caso, decidiu-se adotar um intervalo de

limpeza de 2 anos, prevenindo gastos com excesso de manutenção do sistema. A

taxa de acumulação de lodo adotado é igual a 97 dias.

No dimensionamento são definidos todos os parâmetros acima citados, para a

elaboração do cálculo do volume útil do TS, através da expressão sugerida pela NBR

7229.

V = 1000 + N (C × T + K × Lf). Eq. 01.

Onde:

V = Volume Calculado do Tanque Séptico;

N = Número de Contribuintes;

C = Contribuição de Despejos; Tab. 3,1;

T= Período de Detenção de Despejos em dias; Tab. 3.2;

Lf= Contribuição do Lodo Fresco; Tab. 3.1;

K = Taxa de Acumulação de Lodo Digerido em dias, Equivalente ao Tempo de

Acumulação do Lodo Fresco Intervalo de Limpeza; Tab. 3.3;

l = Comprimento da Fossa;

b = Largura da Fossa;

h = Profundidade Útil mínima e máxima, por faixa de Volume Útil; Tab. 3.4;

Q = Estimativa Diária de Esgoto.

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Tabela 6.1 – Contribuição Diária de Esgoto (C) e Lodo Fresco (Lf) por Tipo de Prédio e de Ocupante.

Prédio Unidade Contribuição de esgoto (C)

e lodo fresco (Lf)

1. Ocupantes permanentes

- residência

padrão alto pessoa 160 1

padrão médio pessoa 130 1

padrão baixo pessoa 100 1

- hotel (exceto lavanderia e

cozinha) pessoa 100 1

- alojamento provisório pessoa 80 1

2. Ocupantes temporários

- fábricas em geral pessoa 70 0,3

- escritório pessoa 50 0,2

- edifícios públicos ou

comerciais pessoa 50 0,2

- escolas (externatos) e

locais de longa

permanência pessoa 50 0,2

- bares pessoa 6 0,1

- restaurantes e similares refeição 25 0,1

- cinemas, teatros e locais

de curta permanência lugar 2 0,02

- sanitários públicos(A)

bacia sanitária 480 4,0

Fonte: ABNT. NBR 7229, (1993).

Tabela 6.2 – Período de Detenção dos Despejos, por Faixa de Contribuição Diária.

Contribuição diária (L) Tempo de detenção

Dias Horas

Até 1500 1,00 24

De 1501 a 3000 0,92 22

De 3001 a 4500 0,83 20

De 4501 a 6000 0,75 18

De 6001 a 7500 0,67 16

De 7501 a 9000 0,58 14

Mais que 9000 0,50 12

Fonte: ABNT. NBR 7229, (1993).

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Tabela 6.3 – Taxa de Acumulação Total de Lodo (K), em Dias, por Intervalo entre Limpezas e

Temperatura do Mês mais Frio.

Intervalo entre

limpezas

(anos)

Valores de K por faixa de temperatura ambiente

(t), em ºC

𝑡 ≤ 10 10 ≤ 𝑡 ≤ 20 𝑡 > 20

1 94 65 57

2 134 105 97

3 174 145 137

4 214 185 177

5 254 225 217 Fonte: ABNT. NBR 7229, (1993).

Tabela 6.4 – Profundidade Útil Mínima e Máxima, por Faixa de Volume Útil.

Volume útil

(m³)

Profundidade

útil mínima (m)

Profundidade

útil máxima (m)

Até 6,0 1,20 2,20

De 6,0 a 10,0 1,50 2,50

Mais que 10,0 1,80 2,80

Fonte: ABNT. NBR 7229, (1993).

6.2 Memória de Cálculo para Dimensionamento de Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC.

Nesta segunda amostragem são apresentadas tanto as características quanto as

dimensões inerentes ao TS de tubos em PVC que corresponde à proposta demonstrada

neste trabalho. Sua composição foi baseada pela antiga NB-41 vindo demonstrar a

memória de cálculo que fundamenta as estruturas do projeto com seus respectivos

componentes, além do que é definida e demonstrada a quantificação do homem-hora.

Definidos todos os parâmetros acima apresentados, segue-se ao cálculo do

volume útil do TS, através da expressão sugerida pela NB-41.

Memória de cálculo conforme recomendações da NB-41.

a) – Volume decorrente do período de detenção dos dejetos: (V1);

V = N × C × T. Eq. 02.

b) – Volume decorrente do período de armazenamento do lodo: (V2);

V2 = R1 × N × Lf × Ta. Eq. 03.

c) – Volume correspondente ao lodo em digestão: (V3);

V3 = R2 × N × Lf × Td. Eq. 04.

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d) – Volume útil do Tanque: (V);

V = V1 + V2 + V3 Eq. 05.

Onde:

N = Número de Contribuintes;

C = Contribuição de Despejos; Tab. 3.1;

T= Período de Detenção de Despejos em dias; Tab.3.2; ;

Lf= Contribuição do Lodo Fresco; Tab. 3.1;

Ta = Período de Armazenamento do Lodo, em Dias; Período Mínimo; 300 dias;

Td = Período de Digestão; 50 dias;

R1 = Lodo Digerido;

R2 = Lodo em Digestão;

hd= Distância vertical entre a geratriz inferior interna e o nível do líquido;

Tab.3;

V = Volume Útil;

D = Diâmetro do Tubo Adotado.

6.3 Trajetória e Incidências Empíricas do Estudo.

Nesta seção, o objetivo é mostrar um panorama geral sobre o desenvolvimento

do Sistema de TS, de forma minuciosa, para aprofundar o entendimento de cada ponto

do produto final.

Nesse aspecto, foi necessária a retomada à invenção ou descoberta do TS o qual

se tornou o melhor dispositivo para tratamento parcial e disposição das águas residuais

de residências situadas nas mais diversas localidades da região Amazônica. Dessa

forma, o TS de qualquer modelo se tornou indispensável ao funcionamento do sistema

de tratamento de esgoto das edificações.

Neste contexto, buscamos apresentar um modelo que atenda essa problemática

na região Amazônica, resolveu-se esboçar um projeto de TS que fosse de fácil

instalação, com materiais acessíveis, baixo custo de aquisição e mão de obra mínima

utilizada.

A Memória de Cálculo trata do demonstrativo matemático que estabelece as

dimensões e o volume real do TS com suas respectivas medidas, a fim de que haja

coerência na elaboração do projeto executivo.

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Para construí-la usa-se uma planilha eletrônica onde são equacionados os

modelos matemáticos utilizados para a obtenção das dimensões do TS.

A eficiência do TS na remoção ou na redução de Sólidos Sedimentáveis, DBO e

Coliformes é um objeto muitas vezes de indagações técnicas. No Brasil, há pouca ou

quase nenhuma literatura que informes estes dados.

Encontramos no Manual de Fossa Séptica, publicado pela CETESB/89, uma

menção de autoria de AZEVEDO NETTO e LOTHER HESS onde afirma que o TS

bem projetado poderia apresentar bons resultados na remoção e/ou redução de DBO,

DQO, SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS, EM SUSPENSÃO, GRAXAS E GORDURAS

assim discriminados:

- DBO: 40% a 60%;

- DQO: 30% a 60%;

- SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS: 85% a 95%;

- SÓLIDOS EM SUSPENSÃO; 50% a 70%;

- GRAXAS E GORDURAS: 70% a 90%.

A NBR-13969 apresenta a Tabela 1.0 “Faixa Prováveis de Remoção dos

Poluentes, conforme o Tipo de tratamento, consideradas em conjunto com o

Tanque Séptico (em %)”, não contendo percentual exclusivo para a remoção ou

redução de DBO, DQO, SÓLIDOS (SEDIMENTÁVEIS, EM SUSPENSÃO),

GRAXAS e GORDURAS, mas sim conjugados a Filtros, Anaeróbio, Aeróbio, Areia,

Vala de Filtração, LAB e Lagoa com Plantas.

7. RESULTADOS E DISCUSSÒES

7.1 Proposta de Projeto.

O TS ainda é o melhor dispositivo para o tratamento parcial e disposição das

águas residuárias de residências situadas nas zonas urbanas, desprovidas de rede de

esgotos e zona rural. O TS atende as necessidades básicas da população mesmo

construído de alvenaria, outros materiais ou quando um simples buraco é escavado.

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A disposição adequada dos esgotos é fundamental para a saúde humana. Vários

tipos de infecções são conhecidas e que podem ser transmitidas por diferentes maneiras

envolvendo excretos humanos, fato esse que encontramos nas mais diversas partes das

regiões brasileiras simplesmente por não haver uma disposição adequada dos esgotos.

Pensando nesta problemática que acontece em nossa região, elaborou-se um

projeto de TS empregando tubos em PVC por não concordar com a construção de TS de

alvenaria, que apresentam muitos efeitos colaterais ao meio ambiente e à população, e

também por não concordar com dispositivo da NBR 7229 que introduz 1.000 litros na

fórmula de cálculo do volume do tanque, fato este oriundo de normas estrangeiras.

Este fato indica que quanto menor a vazão, maior deve ser o volume do TS e não

linearmente proporcional, como induzia a norma anterior. Outro argumento que se

discorda da norma é o diâmetro interno mínimo para tanque com formato cilíndrico, que

deverá ter 1,10 m e o mesmo tanque prismático deverá ter largura interna mínima de

0,80 m.

A recomendação do item 4.3.1 que trata das restrições ao uso do sistema,

combina com o item 4.3.2, que veda o encaminhamento ao TS de águas pluviais, pois

estes despejos são capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do

tratamento ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente, como os provenientes

de piscinas e de lavagem de reservatórios de água. (NBR 7229).

O TS deverá ser projetado de forma completa, incluindo a disposição final para

o efluente e o lodo digerido em atendimento ao item 4.4.1 da NBR 7229.

A eficiência do TS projetado está relacionada às recomendações sugeridas pela

norma.

Com o objetivo de cumprir com um efeito comparativo entre os dois projetos ou

as duas ideias para o tanque séptico Serão apresentadas as duas propostas de maneira

que ao final possamos fazer uma avaliação da viabilidade frente a efetividade das

mesmas, tanto quanto a funcionalidade e ainda quanto à relação custo/benefício.

7.2 Projeto do Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.

A sistematização de um tanque séptico de alvenaria passa pela projeção técnica a

qual é apresentada a seguir.

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7.2.1 Memorial de Cálculo Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.

Abaixo estão relacionados na Tabela 4.1 e Tabela 4.2 o Memorial de Cálculo

para o Projeto do Tanque Séptico em Alvenaria.

Tabela 7.1 - Dados Iniciais para o Dimensionamento da TS em Alvenaria.

Parâmetro Valor Unidade

N = Número de Contribuintes; 4,0 Habitante.

C = Contribuição de Despejos; 100,00 Litros/pessoa/dia.

TDH = Período de Detenção de Despejos;

T>20 1,0 Dia ou 24 horas.

Lf = Contribuição do Lodo Fresco; 1,0 Litro/pessoa/dia.

K = Intervalo de limpeza 97 Intervalo - 2,0 em 2,0 anos.

Os dados apresentados na tabela acima se referem aos componentes que

comporão os parâmetros de cálculo para o dimensionamento do TS prismático

retangular de alvenaria. O número de contribuintes está relacionado com o número de

quartos e pelos seus ocupantes que são 2,0 por quarto. A contribuição de despejos por

pessoa é determinada pela classe de ocupação que estabelecemos de baixa renda, já o

período de detenção de despejos está relacionado com o volume do tanque que no nosso

caso é de 1/ dia, já a contribuição de lodo fresco tem uma relação com a contribuição de

esgotos por habitante dia 1,0 litro/pessoa/dia, para determinarmos o intervalo de

limpeza levamos em consideração à faixa de temperatura ambiente maior de 20 graus e

determinamos em um intervalo de 2 anos. Nessa tabela estão descritas todas as variáveis

necessárias para a execução dos cálculos para a obtenção das dimensões do TS, o qual é

descrito na tabela 7.2, a seguir.

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Tabela 7.3 – Planilha para Dimensionamento de TS em Alvenaria.

Parâmetro Expressão Valor Unidade

Q = Estimativa da

contribuição diária de

esgoto:

𝑄 = 𝑁 ∙ 𝐶 400 l / por dia.

V= Volume Calculado

do Tanque Séptico

𝑉 = 1000 + 𝑁 ∙ (𝐶 ∙ 𝑇𝐷𝐻 + 𝐾

∙ 𝐿𝑓) 1628 l

h = altura útil Adotada 1,20 m

I/b = Relação entre

comprimento e largura Adotado 2,00 -

b =Largura da Fossa 𝑏 = √(𝑉

ℎ ∙𝑙𝑏

) 0,82 m

l = Comprimento da

Fossa 𝑙 = 2𝑏 1,65 m

Cálculo das Dimensões e Volumes das Câmaras em Série.

V1: Volume Calculado

da Câmara 1 𝑉1 = 2/3 ∙ 𝑉 1,09 m³

V2: Volume Calculado

da Câmara 2 𝑉1 = 1/3 ∙ 𝑉 0,54 m³

l -1: comprimento da

câmara 1 𝑙1 = 2/3 ∙ 𝑙 1,10 m

l -2: comprimento da

câmara 2 𝑙2 = 1/3 ∙ 𝑙 0,55 m

Uma vez definido o dimensionamento, será elaborado o projeto executivo do TS

em observância a NBR-7229. A sua execução será seguida conforme o memorial

descritivo de execução.

7.2.2 Memorial Descritivo do Tanque Séptico Prismático Retangular em

Alvenaria.

Concluído o resultado da planilha de cálculo do dimensionamento e o Projeto

Executivo, foi elaborado um Memorial Descritivo para construção do TS Prismático

Retangular em Alvenaria.

1. Condições Gerais: Os serviços serão executados, rigorosamente, de acordo

com normas a seguir:

Todos os materiais serão de primeira qualidade.

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A mão de obra empregada será composta por operários especializados

(encarregado, pedreiro, carpinteiro, armador), apoiados pelo servente de obra.

O serviço só será iniciado quando autorizado pelo autor ou responsável técnico

pela execução da obra.

Todos os serviços terão acabamento esmerado, quando não apresentarem

acabamento aceitável, será rejeitado e refeito.

Os serviços serão executados em estreita e total observância às indicações

constantes no Projeto Executivo.

2. Condições Preliminares: A instalação do TS no terreno: será necessário que

área esteja limpa e sem obstrução. A sua locação só iniciará após uma vistoria e

autorização do responsável pela obra.

A instalação do TS não poderá ser feita nas proximidades de fundações e fontes

de abastecimento de água potável.

2.1 Locação: Na locação de todos os elementos constantes no Projeto Executivo

TS, serão utilizados instrumentos e métodos adequados à locação, observando as

instruções contidas no Projeto Executivo.

2.2 Escavação: Para a execução das escavações, algumas medidas deverão ser

tomadas para a segurança dos operários. Serão empregados métodos de trabalhos que

evitem ocorrência de perturbações oriundas de deslocamentos, tais como: Escoamento

ou ruptura do terreno nas fundações, descompressão do terreno nas fundações e

descompressão do terreno pela água.

2.3 Apiloamento: Após a conclusão da escavação toda superfície do fundo será

apiloada manualmente ou mecanicamente. É importante deixar claro que o apiloamento

não implica no aumento da resistência do solo. O objetivo do apiloamento é uniformizar

toda a área do fundo no sentido de evitar o aparecimento de trincas.

Para a execução dos serviços de apiloamento manual será utilizado um saquete

com área de 225 cm2 e peso entre 10 e 20 kg.

2.4 Lastros: Serão executados, em toda área do fundo da cava, dois lastros

assim descritos:

2.4.1 Lastro de Brita: Serão executados após a conclusão do apiloamento onde

será lançada uma camada de brita 1 com espessura de 5 cm, devidamente nivelada e

compactada.

2.4.2 Lastro de Concreto Magro: Será aplicado uma camada de concreto magro

no traço 1:4: 5:0,60, (cimento, areia, brita e água) na espessura de 5 cm. Sua confecção

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poderá ser manual ou mecânica. Medidas deverão ser planejadas para o lançamento do

concreto que deverá ser utilizado em até uma hora depois dele estar pronto.

3. Construção de Laje de Fundo:

3.1 Fôrmas: As fôrmas devem se adaptar, exatamente, às formas e às dimensões

das peças constantes no Projeto Executivo e devem ser construídas de modo a não se

deformarem sensivelmente sob ação das cargas e das variações de temperatura e

umidade. As armações das fôrmas deverão garantir o perfeito alinhamento e

paralelismo, impedindo o aparecimento de ondulações.

A construção das fôrmas e do cimbramento deverão ser feitas de modo a facilitar

a retirada dos diversos elementos; para isso, será necessário que se faça essa retirada

sem choque. O cimbramento deverá se apoiar em cunhas, caixas de areia ou dispositivos

apropriados para esse fim. As peças de madeira de coníferas em forma de pontaletes,

sarrafos e tábuas não podem apresentar defeitos como: desvios, desbitolamentos,

arqueamentos, encurtamentos, nós ou rachaduras.

Os pregos que serão empregados são de aço temperado com cabeça.

3.2 Armação: Na execução da armadura, é necessário observar com rigor o

dobramento das barras, número de barras e suas bitolas, posição correta das barras e a

armação e recobrimento. Serão usadas telas soldadas “|Malha Pop Pesada” malha 10 x

10 bitola 4.2mm, em armação dupla, fixadas com arame recozido número 8 ou 10.

3.3 Concreto (confecção e lançamento): Será aplicado uma camada de concreto

no traço 1:2:3:0,60, (cimento, areia, brita e água) na espessura de 10 cm. Sua confecção

poderá ser manual ou mecânica. Medidas deverão ser planejadas para o lançamento do

concreto, pois o mesmo deverá ser utilizado em até uma hora depois de pronto.

3,4 Desforma: Não poderão ser usadas alavancas entre o concreto endurecido e

as fôrmas, caso necessite ser afrouxado, terão de ser usadas cunhas de madeira dura. A

retirada total do escoramento só poderá ser realizada após o concreto atingir a

resistência suficiente para o peso próprio. Para tanto, o período de cura deve ser

respeitado.

A desforma deve ser executada conforme recomendado pela NBR 6118: 3 dias

para a retirada de fôrma laterais de vigas e 7 dias para retirada de fôrmas de fundo de

laje, deixando escoras residuais. A retirada total deverá aguardar 21 dias.

4. Confecção de Paredes: Serão executadas paredes de alvenaria de tijolos

cerâmicos de 6 ou 8 furos. As paredes de elevação deverão ser erguidas sobre a laje de

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fundo pelo eixo indicado no Projeto Executivo. Para o assentamento dos tijolos

cerâmicos, a argamassa de assentamento será no traço 1:6.

As recomendações para assentamento dos tijolos devem ser observadas se eles

forem, previamente, molhados antes de sua aplicação. Cuidados especiais deverão

observados quanto às amarrações nas paredes: atenção ao alinhamento, esquadro e

plumo. As três primeiras fiadas serão levantadas com argamassa de assentamento

contendo aditivo impermeabilizante tipo sika 1.

5. Revestimentos de Paredes:

5.1 Chapisco Comum: Todas as superfícies das paredes internas e o teto da laje

serão chapiscadas com argamassa de cimento, areia e água no traço 1:8.

5.2 Reboco tipo Paulista: Todas as superfícies das paredes internas e o teto da

laje serão rebocadas com argamassa de cimento, areia, aditivo plastificante e água no

traço 1:5, com espessura mínima de 2,5 cm.

6. Laje de Teto:

6.1 Fôrmas: As fôrmas devem se adaptar, exatamente, às formas e às dimensões

das peças constantes no Projeto Executivo e devem ser construídas de modo a não se

deformarem, sensivelmente, sob ação das cargas e das variações de temperatura e

umidade. As armações das fôrmas deverão garantir o perfeito alinhamento e

paralelismo, impedindo o aparecimento de ondulações.

A construção das fôrmas e do cimbramento devem ser feitos de modo a facilitar

a retirada dos diversos elementos; Para que se faça essa retirada sem choque, o

cimbramento deverá se apoiar em cunhas, caixas de areia ou dispositivos apropriados

para esse fim. As peças de madeira de coníferas em forma de pontaletes, sarrafos e

tábuas não podem apresentar defeitos, tais como: desvios, desbitolamentos,

arqueamentos, encurtamentos, nós ou rachaduras.

Os pregos que serão utilizados são de aço temperado com cabeça.

6.2 Armações: Na execução da armadura, é necessário observar, com rigor, o

dobramento das barras, número de barras e suas bitolas, com a posição correta das

barras, armação e recobrimento. Serão usadas telas soldadas “Malha Pop Pesada” malha

10 x 10 bitola 4.2 mm, em armação dupla, fixadas com arame recozido número 8 ou 10.

6.3 Concreto (confecção e lançamento): Será aplicado uma camada de concreto

no traço 1:2:3:0,60, (cimento, areia, brita e água) na espessura de 10 cm. Sua confecção

poderá ser manual ou mecânica. Medidas deverão ser planejadas para o lançamento do

concreto, pois o mesmo deverá ser utilizado em até uma hora depois de pronto.

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6,4 Desforma: Não poderão ser usadas alavancas entre o concreto endurecido e

as fôrmas, caso necessite ser afrouxado, terão de ser usadas cunhas de madeira dura. A

retirada total do escoramento só poderá ser realizada após o concreto atingir a

resistência suficiente para o peso próprio. Para tanto, o período de cura deve ser

respeitado.

A desforma deve ser executada conforme recomendado pela NBR 6118: 3 dias

para a retirada de fôrmas laterais de vigas e 7 dias para retirada de fôrmas de fundo de

laje, deixando escoras residuais. A retirada total deverá aguardar 21 dias para ser

concluída.

7. Revestimento de Piso:

7.1 Argamassa de Regularização: Toda área da laje de fundo TS, deverá ter uma

camada de argamassa de cimento, areia, aditivo plastificante e água no traço 1:3, para

corrigir eventuais problemas que ocorrerão no lançamento do concreto.

Antes de iniciar a execução dos serviços, verifique as condições da laje de

fundo. Essa camada deve apresentar as seguintes características: Deverão estar livres de

sujeira, resíduos de construção. Não deve apresentar desníveis ou buracos de qualquer

dimensão. Não deve conter fissuras ou rachaduras. A superfície deve estar coesa (não

esfarelar), se apresentar partes soltas ou de má qualidade, a área deve ser tratada. A

superfície deve estar com as inclinações conforme o Projeto Executivo. Antes de

assentar a argamassa de regularização, faça uma ponte de aderência. Molhe o piso com

água em abundância e polvilhe cimento sobre a superfície, em quantidade aproximada

de 0,5 kg/m2. Espalhe o cimento com uma vassoura, para formar uma nata. Prepare a

argamassa de regularização com o traço 1:3 cimento e areia, acrescente a essa mistura o

mínimo de água possível, para que a argamassa tenha uma consistência seca,

semelhante a uma “farofa”, desempene o piso e aguarde o tempo de cura antes de

executar o revestimento final.

7.2 Cimento Queimado: Efetuar uma verificação geral sobre a camada

regularizadora, para verificar se está esfarelando, apresentando afundamento, manchas

de óleo ou graxa ou mesmo se apresenta fissuras significativas.

O revestimento de cimento queimado utiliza argamassa de cimento, areia e água

no traço 1:3:0,6, em volume. A mistura resultará em uma argamassa de cor cinza. Para a

queima do piso, a argamassa será desempenada ainda mole, polvilhe o cimento em pó

no natural 0,5 kg/m2, com uma peneira de arroz, até formar uma camada fina e bem

uniforme. Espere alguns minutos para a umidade do piso absorver o material. Com uma

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desempenadeira metálica alise, suavemente, a superfície fazendo movimentos sempre

no mesmo sentido para evitar bolhas de ar e manchas, sem pressionar a base. O piso

deverá ser mantido úmido e protegido do sol, deverá ser coberto com um plástico preto

ou sacos molhados de papel por um período de 48 horas.

8. Impermeabilização:

8.1 Argamassa Polimérica: Será aplicada em toda as paredes interna sobre o

reboco. Antes da realização dos serviços deverá ser verificado se as superfícies estão

firmes, coesas, homogêneas e limpas. Retire qualquer material que por ventura se

encontre fixado nas paredes. Para a aplicação da argamassa polimérica nas áreas

descritas no Projeto Executivo, as paredes devem ser ligeiramente úmidas (não

saturadas). Misture os componentes na proporção determinada pelo fabricante, de

acordo com a consistência que será o revestimento. O componente B (pó) deve ser

adicionado aos poucos ao componente A (resina) e misturados mecanicamente por 3

minutos ou manualmente por 5 minutos, tomando-se cuidado para dissolver possíveis

grumos. Utilize a argamassa até uma hora após a mistura dos componentes.

8.2 Pintura Betuminosa: Será aplicada na área inferior da laje de teto, em 3

camadas assim descritas. Aplicar a primeira demão do produto e aguarde o tempo de

secagem recomendado pelo fabricante entre demãos. Diluir na primeira demão um

percentual recomendado pelo fabricante entre 10% a 20%. Incorpore na segunda demão,

em seguida, a terceira, elas devem ser aplicadas sem diluição.

9. Assentamento de Tubulações:

9.1 Tubulação Horizontal (entrada de afluente e saída de efluente): Serão

utilizados tubos e conexões em PVC da linha esgoto, série normal de fabricação Tigre,

que estão em conformidade com a NBR-5688. Para a instalação, devem-se seguir a

NBR 8160, Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução.

9.2 Tubulação Vertical (chicanas de entrada de afluente e saída de efluente):

Serão utilizados tubos e conexões em PVC da linha esgoto série normal de fabricação

Tigre, que estão conforme a NBR-5688. Para a instalação, devem-se seguir a NBR

8160, Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução.

10. Construção de Acesso ao TS: Os dois acessos ao interior do TS serão em

concreto armado com as mesmas especificações contidas nos itens 3.0 e 6.0.

11. Reaterro Compactado:

11.1 Reaterro em Solo Cimento: Solo-cimento é uma mistura íntima compactada

e endurecida de solo, cimento e água, em proporções estabelecidas, previamente,

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através de dosagem racional e executada de acordo com as normas aplicáveis. Será

usado o reaterro em solo cimento em todo perímetro do TS conforme Projeto Executivo.

A primeira regra para produzir o solo cimento, será preciso ter consciência que seu

manuseio correto tenha condições de atender, eficientemente, as exigências para o seu

uso.

A princípio, qualquer solo pode ser estabilizado com cimento. No entanto,

ressalta-se que os solos que contenham de 50% a 90% de areia produzam um solo-

cimento, provavelmente, econômico e, certamente durável. Solos finos (argilas)

apresentam alguns inconvenientes, tais como: dificuldades na pulverização e maior

consumo de cimento.

Nesses casos, recomenda-se a mistura do solo argiloso com os solos ditos

granulares (areia ou solos arenosos), em proporções capazes de produzir uma

composição que atenda aos requisitos da economia, durabilidade e resistência mecânica.

Os solos de cor escura quase sempre contêm matéria orgânica, que pode

retardar, por longo tempo, as reações de hidratação do cimento e reduzir grandemente o

grau de estabilidade do solo-cimento resultante; Por isso, solos dessa natureza devem

ser rejeitados.

Os solos mais indicados são os arenosos, a sua granulometria (sistema usado

para medir a proporção de tamanho entre grãos e a plasticidade), para solo peneirado em

malha 5 mm, devem observar as seguintes especificações básicas: Teor de Areia 45% a

85%; Teor de Silte e Argila 20% a 55%; Teor de Argila menor que 20%; Limite de

Liquidez menor que 45%.

O cimento que será utilizado na composição será CP-II- E ou F.

A água deve ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento, tais como

sais, humos, álcalis. A água potável pode ser usada, em princípio.

É necessário cuidados na dosagem correta dos elementos constituintes: o

cimento, o solo e a água, o resto fica por conta da própria mistura que, após

acondicionada e compactada, estará em condições de cumprir as funções estruturais dela

requerida.

A dosagem do solo-cimento deve ser sempre feita em laboratório capacitado à

execução das obras de emergências ou muito pequenas, ela deve ser adotada, desde que

o solo seja granular. O traço de 1:15 (cimento, solo solto) em volume, sendo 1 (uma)

parte de cimento e as outras 15 partes distribuídas assim: 3 de argila e 12 de saibro.

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Para realizar a compactação das paredes, recomenda-se o uso de soquetes

apropriados com espessura de 2 a 3 cm menor do que a da espessura da parede. Com

peso máximo de 2 kg a 3 kg e base retangular, esta peça conta com cabo de madeira

roliça, com 3 cm de diâmetro, para assim evitar calos nas mãos.

11.2 Reaterro em Solo da Escavação: Só será autorizado a sua execução após a

conclusão dos serviços de construção dos acessos ao TS e o reaterro nas laterais das

paredes com solo cimento. Toda área sobre a laje de teto será reaterrada e compactada

com o material oriundo da escavação. A execução dos trabalhos procederá com o

espalhamento da terra em camada de no máximo 20 cm de espessura, que após ser

nivelado deverá ser molhado e fortemente apiloado de modo a evitar posteriores fendas,

trincas e desníveis por recalque das camadas aterradas. O reaterro será compactado a

pelo menos 95% do Proctor Normal.

12. Limpeza da Obra:

12.1 Limpeza Permanente: A obra deverá permanecer limpa e sem entulhos no

perímetro dos serviços em execução. Todo perímetro do local da obra será avaliado

diariamente. A obra deverá possuir um contentor metálico para o recebimento de todo o

entulho produzido na obra e removido semanalmente.

12.2 Limpeza Final: A obra será entregue em perfeito estado de limpeza e

conservação, devendo apresentar funcionamento perfeito.

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7.2.3 Projeto Executivo do Tanque Séptico Prismático Retangular em Alvenaria.

Figura 7.1 – Planta Baixa do TS em Alvenaria.

Fonte: Autor, (2019).

A planta baixa acima representa a forma e as dimensões dos compartimentos e

suas espessuras, bem como as especificações das tubulações de entrada do afluente,

tubos de limpeza, tubos de interligações entre câmaras e tubulações de saída do

efluente.

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Figura 7.2 – Corte Longitudinal do TS em Alvenaria.

Fonte: Autor, (2019).

A planta do corte A-A’ acima representa as dimensões das alturas do tanque,

bem como das tubulações de entrada do afluente, interligação e saída de efluente,

espessuras de paredes, lastros, reaterros e inclinações.

7.2.4 Composição de Custo de Homem Hora do Tanque Séptico Prismático

Retangular em Alvenaria.

Tabela 7.4 – Planilha de Composição de Custo Homem-Hora do TS em Alvenaria.

ITEM DISCRIMINAÇÃO UN. QUANT.

MÃO DE

OBRA TOTAL

(h)

1.0 LOCAÇÃO m2 6,00

MÃO DE OBRA (Encarregado, Carpinteiro, Pedreiro e

Servente). h 0,38 2,30

2.0 ESCAVAÇÃO

ENTRADA DO TANQUE m3 2,00

TANQUE SÉPTICO m3 7,42

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SAÍDA DO TANQUE m3 0,40

MÃO DE OBRA (Servente). h 4,00 39,28

3.0 APILOAMENTO DE FUNDO DE CAVA m2 3,05

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 1,80 5,49

4.0 CONFECÇÃO DE LASTROS

4.1 LASTRO DE BRITA 1 m3 3,20

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h/m³ 5,48 17,54

4.2 LASTRO DE CONCRETO NÃO ESTRUTURAL

(MAGRO) m3

CONFECÇÃO DO CONCRETO m3 0,15

MÃO DE OBRA (Servente). h 2,50 0,38

LANÇAMENTO D0 CONCRETO m3 10,00

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 8,00 80,00

5.0 CONSTRUÇÃO DE LAJE DE FUNDO

5.1 FORMA m2 1,40

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 3,20 4,48

5.2 ARMAÇÃO kg. 24,80

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,20 4,96

5.3 CONCRETO (FCK=20MPA):

CONFECÇÃO DO CONCRETO m3 0,31

MÃO DE OBRA (Servente). h 2,50 0,78

LANÇAMENTO DO CONCRETO m3 0,31

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 10,00 3,10

5.4 DESFORMA m2 1,40

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,80 1,12

6.0 CONFECÇÃO DE PAREDES:

6.1 ALVENARIA DE MEIA VEZ m2 12,52

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 2,27 28,42

7.0 REVESTIMENTOS

7.1 CHAPISCO COMUM

7.1.1 PAREDES: m2 12,41

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,40 4,96

7.1.2 TETO: m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,50 0,88

7.3 REBOCO

7.3.1 PAREDES: m2 12,41

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 7,80 96,80

7.3.2 TETO: m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 9,75 17,16

8.0 PAVIMENTAÇÃO

8.1 CAMADA REGULARIZADORA: m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 2,40 4,22

8.2 ARGAMASSA ESTANHADA m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 2,10

9.0 IMPERMEABILIZAÇÃO

9.1 ARGAMASSA DE CRISTALIZAÇÃO

9.1.1 PISO m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,50 0,88

9.1.2 PAREDE m2 12,41

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,50 6,21

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9.2 PINTURA BETUMINOSA

TETO: m2 1,76

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,70 1,23

10.0 CONSTRUÇÃO DE LAJE TETO

10..1 FORMA m2 1,40

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 3,20 4,48

10.2 ARMAÇÃO kg. 24,80

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,20 4,96

10.3 CONCRETO (FCK=20MPA):

CONFECÇÃO DO CONCRETO m3 0,31

MÃO DE OBRA (Servente). h 2,50 0,78

LANÇAMENTO D0 CONCRETO m3 0,31

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 10,00 3,10

10.4 DESFORMA m2 1,40

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,80 8,00

11.0 ASSENTAMENTO DE TUBOS E CONEXÕES

MATERIAL (TUBOS E CONEXÕES) u 8,00

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,40 3,20

12.0 CONSTRUÇÃO DE PAREDES DE VISITA

12.1 FORMA m2 3,36

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 3,20 10,75

12.2 ARMAÇÃO kg. 13,60

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,20 2,72

12.3 CONCRETO (FCK=20MPA):

CONFECÇÃO DO CONCRETO m3 0,17

MÃO DE OBRA (Servente). h 2,50 0,43

LANÇAMENTO DO CONCRETO m3 0,17

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 10,00 1,70

12.4 DESFORMA m2 3,36

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 0,80 8,00

13.0 REATERRO COMPACTADO

13.1 REATERRO COM SOLO CIEMNTO

PAREDES LATERAIS

CONFECÇÃO D0 SOLO CIMENTO m3 1,44

MÃO DE OBRA (Servente). h 1,50 2,16

LANÇAMENTO DO SOLO CIMENTO m3 0,17

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 3,00 0,51

13.2 REATERRO COM SOLO NATURAL

CONFECÇÃO DO SOLO NATURAL m3 1,25

MÃO DE OBRA (Servente). h 4,70 5,88

14.0 LIMPEZA DA OBRA

14.1 LIMPEZA PERMANENTE - ADOTADO 30 DIAS. m2 6,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 0,80 226,10

14.2 LIMPEZA FINAL - ADOTADO 02 DIAS. m2 6,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 1,20 14,40

15.0 TOTAL GERAL EM HORAS h - 617,34

16.0 TOTAL EM DIAS CORRIDOS dias - 77,17

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7.3 Proposta de Projeto de Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas em

PVC.

Considerando que a norma NBR 7229 descreve que o dimensionamento do TS

de forma prismático e ou cilíndrico apresenta coeficientes maiores dos que foram

empregados estando acima dos valores aceitáveis para um sistema de pequeno porte.

Consideraram-se para esta proposta, as recomendações da antiga norma NB-41 a qual

atende plenamente a vazão do projeto proposto.

Após a análise e escolha do material que atenda as especificações norteadoras do

projeto, têm-se a fácil aquisição dos custos e, o mais importante, a facilidade de

execução, que deverá empregar mão-de-obra da construção civil tendo pelo menos um

bombeiro hidráulico. Assim, optou-se pelo tubo DN 300 mm, assentado na caixa de

areia em PVC.

Foi elaborada a memória de cálculo atendendo as prescrições NB-41 para

encontrar o volume do tanque e assim dimensionar os reservatórios que atenderam ao

sistema.

De acordo com o projeto executivo, foi elaborada a planilha de quantidade total

de homem horas gastas para a implantação do TS (Tabela 4.6).

Segue o demonstrativo dos cálculos com as dimensões do TS contidas na planta

baixa e elevação (Figura 4.3 e 4.4), acompanhada da planilha de quantitativos de

homem hora necessária a sua execução (Tabela 4.6.).

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7.3.1 Memória de Cálculo do Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas de

em PVC.

Tabela 7.5 - Dados Iniciais para o Dimensionamento do TS com Tubos em PVC.

Parâmetro Valor Unidade

V = Volume Calculado do Tanque Séptico; 800,00 Litros.

N = Número de Contribuintes; 4,0 Habitante.

C = Contribuição de Despejos; 100,00 Litros/pessoa/dia.

T = Período de Detenção em dias; 1,0 Dia ou 24 horas.

Lf. = Contribuição do Lodo Fresco; 1,0 Litro/pessoa/dia.

Ta = Período de Armazenamento do lodo; 300 Dias.

Td = Período de Digestão; 50 Dias.

R1 = Lodo Digerido; 0,25 Adimensional.

R2 = Lodo em Digestão; 0,50 Adimensional.

Hd: Distância Vertical entre Geratriz inferior

interna e o nível do líquido 1,50 Metros.

D = Diâmetro do Tubo; 0,30 Metros.

Q = Estimativa Diária de Esgoto 400,00 Litros/dia.

Tabela 7.6 – Planilha para Dimensionamento do TS com Tubos em PVC.

Parâmetro Expressão Valor Unidade

Q = Estimativa da contribuição

diária de esgoto: 𝑄 = 𝑁 ∙ 𝐶 400 l/por dia.

V1 = Volume decorrente do

período de detenção dos

despejos

𝑉1 = 𝑁 ∙ 𝐶 ∙ 𝑇 400 l

V2 = Volume decorrente do

período de armazenamento do

lodo

𝑉2 = 𝑅1 ∙ 𝑁 ∙ 𝐿𝑓 ∙ 𝑇𝑎 300 l

V3 = Volume correspondente

ao lodo em digestão: 𝑉3 = 𝑅2 ∙ 𝑁 ∙ 𝐿𝑓 ∙ 𝑇𝑑 100 l

V=Volume útil do tanque

séptico 𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 800 l

Diâmetro do tubo Adotado 0,30 m

hd = Distância Vertical entre

Geratriz inferior interna e o

nível do líquido;

Adotado em função da tabela 1,50 m

Cálculo das Dimensões das Câmaras.

D1 = Dimensão da Câmara 1 𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜= 0,30 𝑥 1,50

4 tubos.

D2 =,Dimensão da Câmara 2 𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜= 0,30 𝑥 1,50

3 tubos.

D3 = Dimensão da Câmara 3 𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜= 0,30 𝑥 1,50

1 tubos.

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7.3.2 Memorial Descritivo para Construção do Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC.

Concluído o resultado da planilha de cálculo do dimensionamento e o Projeto

Executivo, será elaborado o Memorial Descritivo para construção do TS em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC.

1. Condições Gerais: Os serviços serão executados, rigorosamente, de acordo

com normas a seguir:

Todos os materiais serão de primeira qualidade.

A mão de obra empregada será composta por operários especializados

(encarregado, pedreiro, carpinteiro, armador), apoiados pelo servente de obra.

Os serviços só serão iniciados quando autorizados pelo autor ou responsável

técnico pela execução da obra.

Todos os serviços terão acabamento esmerado, quando não apresentarem

acabamento aceitável será rejeitado e refeito.

Os serviços serão executados em estreita e total observância às indicações

constantes no Projeto Executivo.

2. Condições Preliminares: A instalação do TS no terreno deverá estar limpa e

sem obstrução. A sua locação só será iniciada após uma vistoria e autorização do

responsável pela obra.

A instalação do TS não poderá ser feita nas proximidades de fundações e de

fontes de abastecimento de água potável.

Na locação de todos os elementos constantes no Projeto Executivo TS, serão

utilizados instrumentos e métodos adequados à locação, observando as instruções

contidas no Projeto Executivo.

Para a execução das escavações, medidas deverão ser tomadas para a segurança

dos operários. Serão empregados métodos de trabalhos que evitem ocorrência de

perturbações oriundas de deslocamentos, tais como: escoamento ou ruptura do terreno

nas fundações, descompressão do terreno nas fundações e descompressão do terreno

pela água.

Após a conclusão da escavação, toda superfície do fundo será apiloada

manualmente ou mecanicamente. É importante deixar claro que o apiloamento não

implica no aumento da resistência do solo. O objetivo do apiloamento é uniformizar

toda a área do fundo no sentido de evitar o aparecimento de fendas, trincas etc.

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Para a execução dos serviços de apiloamento manual, será utilizado um soquete com

área de 225 cm2 e peso entre 10 kg e 20 kg.

3. Construção do TS em Tubos, Conexões e Caixas em PVC: A montagem do

TS seguirá um roteiro assim descrito: Inicia-se pelo assentamento da caixa, em seguida,

é assentado o primeiro módulo de tubo com DN 300 mm, com um comprimento de 1,50

m. Para o assentamento do prolongador com a entrada, é necessário a inclusão de um

guia feito com a bolsa do tubo com DN 300 mm que terá uma espessura de 5 cm.

Concluída esta fase, pode-se efetuar o assentamento do prolongador de entrada. Sobre

ele, será assentado um tubo com DN 300 mm que atuará como prolongador do tanque

até a superfície. Seu comprimento terá uma variação em função da inclinação da

tubulação que conduz o afluente. O acesso será através porta-tampa e grelha cega.

3.1 Recomendações para a Montagem de Tubulação: A confecção e o preparo da

montagem deverão seguir, rigorosamente, o Projeto Executivo e as recomendações do

fabricante dos materiais. O traçado das tubulações tanto horizontal como vertical

precisam ter traçado mais curto possível, evitando colos altos e baixos. Preocupações

terão de ser tomadas para que não venham sofrer esforços não previstos, decorrentes de

recalques ou deformações do material e para que fique assegurada a possibilidade de

suas dilatações e contrações.

Os tubos e as conexões que serão utilizados na montagem do TS são da linha

sanitária predial e da linha leve, com sistema de acoplamento junta elástica e anel de

borracha. Os tubos são fornecidos pelo fabricante no comprimento de 6 m.

O transporte dos tubos deve ser com todo cuidado para não provocar

deformações e avarias. Também é necessário evitar particularidades como: manuseios

violentos; grandes flechas; colocação dos tubos em balanços e não ter contato dos tubos

com peças metálicas salientes durante o transporte. Para evitar avarias, os tubos têm de

ser carregados e nunca arrastados sobre o solo ou contra objetos duros.

Os tubos serão estocados o mais próximo possível do ponto de utilização. Eles e

as conexões estocadas deverão ficar protegidos do sol. É necessário evitar a formação

de pilhas altas, as quais ocasionam a ovalação nos tubos na camada inferior.

Para cortar os tubos nas medidas contidas no Projeto Executivo, é necessário

usar serra de ferro ou serrote de dentes pequenos. No caso do emprego de serra elétrica,

colocar disco com dentes pequenos. Os tubos devem ser cortados perpendicularmente

ao seu eixo longitudinal. Os tubos cortados fora de esquadros causam problemas como:

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vazamentos devido à má condição de insuficiência da área de vedação para o anel de

borracha; Deslocamentos do anel de borracha por ocasião do acoplamento.

Para cortar os tubos de grande diâmetro, utilizar uma guia confeccionada em

material adequado que possa envolver o tubo, para obter melhor esquadro. Após o corte

do tubo, aparecerão as rebarbas (formadas durante o corte) que devem ser removidas

executando-se um chanfrado com uma lima em todo perímetro do corte. Essa operação

é extremamente importante para obter melhor resultado em todos os sistemas de junta.

Ao entrar em contato com a serra, as paredes dos tubos se dilatam pelo calor gerado

pelo atrito, causando as seguintes inconveniências: dificuldades no encaixe da ponta e

da bolsa; Deslocamento do anel de borracha que está alojado no sulco.

Para execução da junta elástica, são necessárias apenas as seguintes ferramentas

e materiais: serra ou serrote, para cortar os tubos; Lima meia cana Mursa, para chanfrar

a ponta dos tubos, lixa d’água número 320, anel de borracha, pasta lubrificante e estopa

ou pano para limpeza. Para que isso ocorra, devem ser verificados alguns

procedimentos: as pontas dos tubos têm de estar em esquadro e devidamente

chanfrados; Limpe com estopa a ponta da bolsa dos tubos, especialmente, o sulco de

encaixe do anel de borracha (que precisam estar secos e isentos de óleo, areia, terra

etc.); Marque na ponta do tubo a profundidade do encaixe; Encaixe corretamente o anel

de borracha no sulco da bolsa ao Tubo; Aplique uma camada de pasta lubrificante na

ponta do tubo e na parte visível do anel de borracha; Introduza a ponta do tubo,

forçando o encaixe até o fundo da bolsa, depois recue o tubo (com movimentos

circulares), aproximadamente, 1 cm, para permitir eventuais dilatações; Nos tubos

assentados em dias de muito calor ou instalados expostos ao sol (tubos aquecidos) não

se podem deixar essa folga, pois a sua tendência é de contrair-se após a sua instalação.

Devem ser observadas algumas recomendações pertinentes ao assentamento de

tubulações, conexões e caixas em PVC: Nunca utilize graxa ou óleo para substituir a

pasta lubrificante. Na falta desta, utilize sabão neutro (que não afeta a durabilidade do

anel de borracha); Verifique bem o tipo, o diâmetro e a marca dos anéis, nunca utilize

anéis sem marca; Após a montagem, verifique se o anel está alojado corretamente no

sulco de encaixe. Se o anel estiver fora de posição, desmonte a junta imediatamente;

Verifique se o corte do tubo está em esquadro; se o chanfro da ponta do Tubo está

corretamente executado; se utilizou o anel certo; se utilizou a pasta lubrificante.

Serão usadas caixas do tipo areia para compor a base do TS, elas são produzidas

em PVC e possuem benefícios: Fácil de montar, basta unir as peças através do anel de

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borracha ou do adesivo plástico; Estanqueidade, não vaza e impede a infiltração de

esgoto ao solo; Durabilidade infinita, não sofre ataque químico do esgoto e não se

degradam ao longo do tempo.

Os prolongadores com entrada são produzidos em PVC com 20 cm de altura, é

esta conexão por onde entra o afluente ao sistema e também é efetuada as interligações

e Tubos.

3.2 Assentamento de Assessórios: Caixa de Areia, Prolongador de Entrada e

tampa reforçada com Porta Tampa para a conclusão da montagem do TS com tubos de

PVC. Os materiais são fabricados em PVC, seu processo de execução é de fácil

montagem e estanque, pois não vaza e impede infiltração para o solo.

A sua montagem se iniciará pela caixa de areia, bastando unir a caixa ao tubo

com DN 300 mm com 1,50 m de comprimento através do adesivo plástico, e em

seguida, será fixado uma guia feita da bolsa do tubo com DN 300 mm e espessura de 5

cm, que será assentada ao tubo através de adesivo plástico. Concluída esta parte, pode-

se assentar o prolongador de entrada através do adesivo plástico. A última parte da

montagem do TS com tubos de PVC se dará com o assentamento do tubo com DN 300

mm, parte que atua como prolongador de acesso, que será complementado com a

fixação com Porta Tampa e tampa reforçada, através de adesivo plástico.

3.3 Tubulação de Ventilação: Será empregada uma tubulação e conexões de

PVC da linha Soldável com DN 25 mm, assentados em conformidades com o Projeto

Executivo e as recomendações constantes no item 3.1.

4. Reaterro Compactado:

4.1 Reaterro em Solo da Escavação: Só será autorizado a sua execução após a

conclusão dos serviços de construção dos acessos ao TS e o reaterro nas laterais das

paredes com solo cimento. Toda área sobre a laje de teto será reaterrada e compactada

com o material oriundo da escavação. A execução dos trabalhos procederá com o

espalhamento da terra em camada de, no máximo, 20 cm de espessura, que após ser

nivelada deverá ser molhada e fortemente apiloada, de modo a evitar posteriores fendas,

trincas e desníveis por recalque das camadas aterradas. O reaterro será compactado a

pelo menos 95% do Proctor Normal.

5. Limpeza da Obra:

5.1 Limpeza Permanente: A obra deverá permanecer limpa e sem entulhos no

perímetro dos serviços em execução. Todo perímetro do local da obra serão avaliados

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diariamente. A obra deverá possuir um contentor metálico para o recebimento de todo o

entulho produzido na obra e removido semanalmente.

5.2 Limpeza Final: A obra será entregue em perfeito estado de limpeza e

conservação, devendo apresentar funcionamento perfeito.

7.3.3 Projeto Executivo do Tanque Séptico em Tubos, Conexões e Caixas em

PVC.

Figura 7.3 - Planta Baixa do TS com Tubos em PVC.

Fonte: Autor, (2019).

A planta baixa acima representa a forma e as dimensões dos compartimentos em

tubos de 300 mm, bem como as tubulações de entrada do afluente, tubos de limpeza,

tubulações de interligações entre câmaras e tubulações de saída do efluente.

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Figura 7.4 – Elevação do TS com Tubos em PVC.

Fonte: Autor, (2019).

A planta das elevações A e B acima representam as dimensões das alturas do

tanque em tubos de 300 mm, bem como das tubulações de entrada do afluente,

interligação com tubos de 100 mm e tubulações de saída do efluente.

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7.3.4 Composição de Custo de Homem Hora do Tanque Séptico em Tubos,

Conexões e Caixas em PVC.

Tabela 7.7 – Planilha de Composição de Custo Homem-Hora do TS com Tubos em PVC.

ITEM DISCRIMINAÇÃO UN. QUANT.

MÃO DE

OBRA TOTAL

(h)

1.0 LOCAÇÃO m2 4,50

MÃO DE OBRA (Encarregado, Carpinteiro, Pedreiro e

Servente).

h 0,38 0,55

2.0 ESCAVAÇÃO

2.1 ENTRADA DO TANQUE m3 2,00 13,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 4,00 8,00

2.2 TANQUE

TANQUE SÉPTICO V 1 m3 2,24

MÃO DE OBRA (Servente). h 6,50 14,56

TANQUE SÉPTICO V 2 m3 1,60

MÃO DE OBRA (Servente). h 6,50 10,40

TANQUE SÉPTICO V 3 m3 0,96 6,24

MÃO DE OBRA (Servente). h 6,50 16,64

2.3 SAÍDA DO TANQUE m3 0,48 0,51

MÃO DE OBRA (Servente). h 4,00 1,92

3.0 APILOAMENTO DE FUNDO DE CAVA m2 1,06

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 1,80 1,91

4.0 CONFECÇÃO DOS TANQUES SÉPTICOS

4.1 TS TRECHO - 1 u 1,00

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 49,50 49,50

4.2 TS TRECHO - 2 u 1,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 38,61 38,61

4.2 TS TRECHO - 3 u 1,00

MÃO DE OBRA (Carpinteiro, Pedreiro e Servente). h 16,81 16,81

5.0 REATERRO COMPACTADO

5.1 REATERRO COM SOLO NATURAL

CONFECÇÃO DO SOLO NATURAL m3 6,21

MÃO DE OBRA (Servente). h 3,00 18,63

6.0 LIMPEZA DA OBRA

6.1 LIMPEZA PERMANENTE - ADOTADO 30 DIAS. m2 6,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 0,80 107,22

6.2 LIMPEZA FINAL - ADOTADO 02 DIAS. m2 6,00

MÃO DE OBRA (Servente). h 1,20 14,40

7.0 TOTAL GERAL h 220,48

8.0 TOTAL GERAL EM DIAS CORRIDOS dias 27,56

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8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO E CONSTATAÇÕES COMPARATIVAS

Para atribuir um entendimento didático deste capítulo, destaca-se as proposições

registradas no item 2, Revisão da Literatura, demonstrando a seguir as referidas

propostas e as soluções que lhes são correspondentes.

Dentre essas, foi observado que o TS de tubos, conexões e caixas de PVC são

geradores de soluções que consolidam a relação tríplice entre o “meio ambiente, o

desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida” dos habitantes afetados. Esse

aspecto fica consolidado com a demonstração de que os materiais empregados, como

tubos, conexões e caixas de areia de PVC, podem ser produzidos por empresas que

atuam no PIM (Polo Industrial de Manaus), o que fortalece o processo de emprego da

mão de obra da região Amazônica.

Quanto à preservação do meio ambiente acatada pelo presente trabalho, foi

observado o fato de ser possível que os tubos e conexões em PVC possam ser

confeccionados com material reciclado e oriundo de embalagens plásticas.

O uso do TS com tubos, conexões e caixas de PVC promovem alternativas que

contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos povos que habitam as

comunidades da região. Têm-se a considerar que as condições da disposição correta dos

efluentes domésticos sendo tratados, irão contribuir de forma positiva para a saúde das

pessoas, principalmente pela falta de saneamento básico nessas comunidades, pois

atualmente, o que se percebe é a contaminação das águas superficiais dos cursos d’água

devido o lançamento dos dejetos sem nenhum tratamento.

Durante o desenvolvimento deste trabalho, foi feito um paralelo entre a tríplice

composição que norteou de forma visível os estudos demonstrados.

Não se pretende ser conclusivo nem exclusivo, outras avaliações genéricas

podem ser estudadas e, em cada caso, uma avaliação criteriosa deve ser elaborada.

Apresentou-se apenas um exercício no qual diversas variáveis importantes são

consideradas na avaliação comparativa entre os TS de alvenaria e TS de tubos de PVC,

para mostrar como se pode e deve avaliar e comparar vantagens e desvantagens, para

orientar escolha de opções.

Atualizando as planilhas 4.3 e 4.6 que relacionam as quantidades de serviços e

homem hora necessário à construção dos TS, ao final encontra-se a totalização de horas.

Após uma análise comparativa entre a quantidade de horas e serviços podem relacionar

alguns itens a seguir: No TS de alvenaria existem 14 itens de serviços com 618 homem

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hora, no TS de tubos existem apenas 6 itens de serviços e são necessários apenas 221

homem hora.

Ao comparar os processos construtivos distintos, perceba o TS de alvenaria

necessita de vários materiais que passarão por processo de produção e no TS de tubos

usarão apenas materiais industrializados.

Avaliando o exposto acima, se deduz que o TS de alvenaria exige que seja

utilizada uma quantidade bem maior de matéria-prima e uma quantidade maior de mão

de obra. A diferença chega em 398 horas, o que equivale a 180% aproximadamente e a

quantidade de serviços chega a 8 itens superior ao que equivale à 113% aproximado.

Conclui-se que o TS de tubos é mais vantajoso e econômico em relação ao TS de

alvenaria.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto de instalação do TS de tubos, caixas e conexões em PVC proposto,

deverá atingir uma alta eficiência para contemplar uma residência do tipo econômica,

com uma população de 4 habitantes, implantada em qualquer localidade da Amazônia

Legal, atendendo todas as especificações da norma NBR 7229. É possível afirmar que

se for construído conforme projetado neste trabalho, o TS terá todas as condições

técnicas para obter a eficiência recomendada pelas normas.

O resultado da qualidade do efluente deverá estar conforme a sua destinação

final pretendida, mas para descartar qualquer contaminação por vírus e bactérias que

ainda estejam no efluente, deverá o TS ser complementado por um filtro anaeróbio,

aeróbio, um tanque de sedimentação e um clorador para então ser lançado no poço

absorvente (sumidouro), nos cursos d’agua ou nas redes de água pluvial.

Na região Amazônica, especificamente em Manaus, já existe uma legislação

municipal vigente, a Lei 1192 “Cria no município de Manaus, o Programa de

Tratamento e Uso Racional das Águas nas edificações PRO-ÁGUAS” onde os efluentes

deverão ser desinfectados antes do seu lançamento. A partir da revisão bibliográfica e

da metodologia aplicada neste trabalho, é provável que o TS sugerido atenda

plenamente as normativas estabelecidas pela Lei, Decretos e Normas que regem o

tratamento de esgotos.

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Entretanto, só será possível atestar sua eficiência real se for implantado e

monitorado este TS em tubos de PVC em pelo menos um período de 5 anos para ter

uma avaliação segura de sua eficiência elevada.

9.1 Sugestões para Trabalhos Futuros.

Dando continuidade e complementando este estudo, alguns outros trabalhos

poderiam ser realizados, como os que seguem:

a) Acompanhamento e monitoramento de um sistema completo de tratamento com

TS proposto, acompanhado de filtro anaeróbio, aeróbio, tanque de sedimentação

e um clorador, todos executados com tubos de PVC para comprovação da

eficiência deste sistema.

b) Elaborar uma minuta de cálculo dos filtros anaeróbio, aeróbio, tanque de

sedimentação e clorador. O mesmo deverá ser confeccionado em tubos,

conexões e caixas de areia de PVC.

c) Efetivar um estudo comparativo de custo entre os sistemas proposto de mercado.

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