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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MIRIAN ALBERT PIRES
BALANÇO SOCIAL: uma análise das empresas do estado do espírito santo
VITÓRIA
2002
MIRIAN ALBERT PIRES
BALANÇO SOCIAL: uma análise das empresas do estado do espírito santo
Monografia apresentada ao curso de graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito de avaliação da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II. Orientador: Prof. Msc. Fernando José Arrigoni.
VITÓRIA
2002
Dedico este trabalho aos
meus pais, que não só me
deram a vida, mas me
ensinaram o que é a vida.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus por essa oportunidade de aprendizado que me
foi proporcionada.
A meus pais, pela dedicação e carinho que ajudaram a gerar essa pessoa ao qual
sou hoje.
Ao querido mestre Fernando José Arrigoni, pela valiosa contribuição ao longo desse
trabalho.
As minha amigas Aucilene Vasconcelos, Lucinei Zanoni e Michelle Galon Lovato
Lessa, que sempre demonstraram apoio ao longo do curso.
A banca examinadora, composta pela mestra Luzia Zorzal e pelo doutorando
Valcemiro Nossa, que ajudaram na finalização do trabalho.
E, finalmente, a todos os que me incentivaram, não só durante esse período, mas no
decorrer de minha vida.
RESUMO
Tem como objetivo a verificação da viabilidade da análise de Balanços Sociais divulgados no estado do Espírito Santo. Análise essa das seguintes empresas entre si e com o modelo proposto pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas): Aracruz Celulose S/A, Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (ESCELSA). O estudo é baseado na pesquisa bibliográfica, como embasamento teórico, e documental, para a coleta de dados dos Balanços Sociais. Confrontando-se os demonstrativos apresentados pelas empresas, fica claro que ainda não existe um modelo totalmente aceito, o que dificulta a comparação das instituições e em alguns casos pode até impossibilitá-la de compará-los entre si dentro da própria empresa, como nos casos da Aracruz e CST. Surge, então, a necessidade da adoção de uma demonstração que possua um mínimo de padronização de modo a facilitar esse tipo de análise que seguramente será de grande utilidade para seus usuários, inclusive para a empresa que o divulga.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: IBASE - Número de empresas............... .................................................24
Figura 2: CVRD - Base de cálculo................... .......................................................32
Figura 3: CVRD - Indicadores laborais .............. ....................................................33
Figura 4: CVRD - Indicadores sociais............... .....................................................34
Figura 5: CVRD - Indicadores de corpo funcional.... ............................................35
Figura 6: ESCELSA - Base de cálculo ................ ...................................................43
Figura 7: ESCELSA - Indicadores laborais ........... ................................................43
Figura 8: ESCELSA - Indicadores sociais ............ .................................................44
Figura 9: ESCELSA - Indicadores de corpo funcional . ........................................45
Figura 10: Comparação base de cálculo.............. .................................................47
Figura 11: Comparação indicadores laborais......... ..............................................47
Figura 12: Comparação indicadores sociais .......... ..............................................48
Figura 13: Comparação indicadores de corpo funciona l.....................................49
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Balanço social - CVRD - 1998 à 2001 ...... ..............................................28
Tabela 2: Balanço social – CVRD – análise horizonta l ........................................31
Tabela 3: Balanço social– ESCELSA – 1998 à 2001 .... .........................................38
Tabela 4: Balanço social– ESCELSA – análise horizon tal...................................42
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................9
1.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................9
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................................9
1.3 JUSTIFICATIVA ...............................................................................................10
1.3.1 Contribuição esperada.............................. ...........................................11
1.4 OBJETO .........................................................................................................12
1.4.1 Problema ........................................... ....................................................12
1.5 METODOLOGIA ...............................................................................................13
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL............................................. ............................15
3 INFORMAÇÃO CONTÁBIL ........................................... .....................................18
4 BALANÇO SOCIAL............................................. ...............................................21
4.1 DEFINIÇÃO .....................................................................................................21
4.2 EVOLUÇÃO ....................................................................................................22
4.3 PADRONIZAÇÃO X COMPARABILIDADE ..............................................................24
4.4 MODELO DO IBASE .........................................................................................26
5 ANÁLISE E COMPARAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL .......................................27
5.1 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD) ..........27
5.1.1 Análise vertical ................................... ..................................................28
5.1.2 Análise horizontal................................. ................................................31
5.2 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S /A
(ESCELSA) ................................................................................................................36
5.2.1 Análise vertical ................................... ..................................................37
5.2.2 Análise horizontal................................. ................................................40
5.3 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - ARACRUZ CELULOSE S /A ...............................46
5.4 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO .........46
5.5 COMPARAÇÃO ENTRE A CVRD E A ESCELSA ......................................................47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................50
7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................52
ANEXOS ....................................................................................................................55
ANEXO A – BALANÇO SOCIAL: MODELO DO IBASE.......... .................................56
ANEXO B - BALANÇO SOCIAL: CVRD - COMPANHIA VALE DO RIO DOCE ......59
ANEXO C - BALANÇO SOCIAL: ESCELSA - ESPÍRITO SANTO CENTRAIS
ELÉTRICAS S/A ...................................... ..................................................................64
ANEXO D - BALANÇO SOCIAL: ARACRUZ CELULOSE S/A ..... ...........................67
ANEXO E - BALANÇO SOCIAL: CST - COMPANHIA SIDERÚRGI CA DE
TUBARÃO ............................................ .....................................................................81
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1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o Balanço Social de empresas que atuam no Espírito Santo,
comparando os dados qualitativos e quantitativos fornecidos por essas instituições e
a sua importância diante das novas exigências sociais. Tal análise será procedida
confrontando a referida demonstração em relação aos últimos quatro anos de
empresa para empresa e de ano para ano, quando se referir ao Balanço Social da
própria empresa.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Para atendimento do objetivo geral tem-se os seguintes objetivos específicos:
• Coletar Balanços Sociais de empresas situadas no Espírito Santo através dos
dispositivos de comunicação tais como a internet;
• Comparar as informações constantes nos demonstrativos de cada entidade
com o modelo fornecido pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas);
• Confrontar os demonstrativos entre as instituições, visando identificar a
viabilidade de uma análise comparativa;
• Proceder análise horizontal e vertical das empresas;
• Realizar uma análise progressiva entre os Balanços Sociais de cada empresa
em relação aos quatro últimos anos;
10
• Avaliar a evolução das informações do Balanço Social, em cada empresa e
nas empresas em conjunto, e seus benefícios.
1.3 JUSTIFICATIVA
Diante do mundo globalizado e das novas exigências de uma sociedade que
aparenta ser cada vez mais conscientizada, algumas empresas vêm se utilizando do
Balanço Social não só como mais um demonstrativo a ser divulgado para a
sociedade, mas também como um grande atrativo para seus clientes, sejam eles
atuais ou potenciais, e como instrumento de consulta para os seus diversos
usuários.
Essa forma de apresentação parte da filosofia de que as empresas também
precisam investir uma parcela de seus resultados alcançados na comunidade. Essa
é uma forma de reparar parte dos danos causados por elas próprias ao social e ao
meio ambiente, uma vez que a cada dia se espera das empresas uma postura
social. Isso é ainda mais infenso nos tempos atuais e com as perspectivas para o
futuro, em que os recursos aparentam ser cada vez mais escassos e a própria
natureza parece não suportar mais as agressões às quais vem sendo muitas vezes
submetida.
E como forma de apresentação de tais investimentos tem-se o Balanço
Social, que se mostra com uma dupla finalidade: a sociedade buscando visualizar o
que as empresas fazem pela comunidade e meio ambiente e estas últimas visando
transparência, comprometimento e marketing junto ao social.
Essas informações são de fundamental importância, pois, além de
apresentarem a empresa para a sociedade de maneira imparcial, identificam a sua
11
verdadeira intenção perante a preocupação com a sua política de recursos humanos
e a relação com o social e o ambiental, tendo como indicativos o passado e o
presente, como forma de estipular e prever metas para o futuro.
Tal demonstrativo agrega várias informações que não são apresentadas nas
demais demonstrações tidas como obrigatórias pela Lei 6.404/76 (Lei das S/A). No
entanto, ocorre a repetição de algumas informações já contidas em outros
demonstrativos, tal como a Receita Operacional.
Sobretudo, o Balanço Social tem como característica principal, uma clara
tentativa de identificar e tornar conhecidas as empresas que se propõem a divulgar
suas ações e incentivar a adoção dessas medidas.
1.3.1 Contribuição esperada
Na tentativa de demonstrar que esse informativo social representa uma nova
ferramenta de auxílio para a moralização da postura adotada pelas empresas, a
pesquisa se propõe a coletar informações voltadas para a área do Balanço Social,
como forma de demonstrar até que nível as empresas vêm procurando melhorar a
sua atuação junto à sociedade e o meio ambiente, tanto interna quanto externa.
Para isso, o trabalho busca realizar uma análise crítica da situação presente e
até um incentivo ao desenvolvimento e aprimoramento nessa área, tendo como
objetivo a comparação dos Balanços Sociais das empresas situadas no estado do
Espírito Santo de ano a ano, entre si e com o modelo proposto pelo IBASE (Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), órgão que incentiva a sua divulgação.
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1.4 OBJETO
1.4.1 Problema
O Balanço Social nem sempre é apresentado de forma adequada e
compreensível. Muitas vezes até deixa-se de lado o seu papel principal que é a
preocupação em estar divulgando as responsabilidades sociais da empresa e suas
realizações.
Tomando por base o estudo de diversos autores como forma de encontrar um
embasamento teórico em relação a esse tipo de demonstração, foi possível verificar
que de acordo com Taylor apud Vasconcelos (2001, p. 83):
O Balanço Social não é, nem pode ser, um meio de dar publicidade ao fato de sermos muito bons no aspecto social. É um meio para verificar, realmente, como somos, objetiva e desapaixonadamente, por meio de uma avaliação asséptica dos resultados que vamos obtendo no campo social.
Já Kroetz (2000, p. 104 e p. 153-154) menciona e incentiva a criação de
métodos de análise:
Conclusivamente, o Balanço Social apresenta um grande número de dados, os quais podem se transformar em informações precisas, de uma maneira especial, para cada usuário. Assim, a cada trabalho realizado constrói-se uma forma diferente de efetuar a análise, desenvolvendo paulatinamente uma metodologia genérica e aplicável.
Faz-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia de Auditoria para o Balanço Social, com a intenção de avaliar a conformidade das informações divulgadas, criando-se, assim, evolutivamente, princípios, normas, convenções, leis, teorias, parâmetros, enfim, para análise e avaliação do desempenho socioeconômico das entidades.
Coelho (2000, p.18) relembra a necessidade da empresa também investir no
social:
Uma empresa moderna não pode mais planejar suas atividades apenas com uma visão matemática e fria do lucro, resultante das suas receitas de vendas menos seus custos e despesas, sem considerar nestes custos e despesas os gastos com o social. Atualmente a empresa que não tem este comportamento não conseguirá manter a fidelidade do consumidor e está fadada ao fracasso.
Analisando as pesquisa de Mariano (2000, p. 31), verifica-se que:
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Ainda não existe um modelo para empresa tão diferente como da Indústria Pesada, Comércio Varejista e Atacadista e Prestadores de Serviço, capaz de tornar transparentes a atuação social de entidades que atuam em diferentes setores e regiões.
Além disso, Mariano (2000, p. 32) menciona que “somente leis não serão o
suficiente para o desenvolvimento social das empresas, pois quando a empresa
assume uma postura de ética e responsabilidade social, extrapola o simples
cumprimento de obrigações fiscais”.
Definitivamente essa pesquisa não visa encontrar a maneira ideal de análise
e muito menos esgotar o assunto, mas incentivar o aperfeiçoamento desse
demonstrativo, para que no seu devido tempo haja um aprimoramento em seu
conteúdo e forma de apresentação de modo a tornar-se efetivamente inteligível e
automaticamente agregar maior valor às decisões de seus usuários.
Assim sendo, o trabalho busca levantar a seguinte questão:
É possível extrair indicadores consistentes quando se analisa vertical,
horizontal e qualitativamente Balanços Sociais da própria empresa ou de empresas
diferentes?
1.5 METODOLOGIA
Face ao objetivo do trabalho a pesquisa será processada utilizando-se de
duas formas metodológicas: bibliográfica e documental.
De acordo com Martins (2000, p. 29), “a pesquisa bibliográfica procura
explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas
publicadas em livros, revistas, periódicos etc”.
Diante disso, será realizada tal pesquisa com o objetivo de contribuir para o
embasamento teórico do trabalho. Essa investigação tem como meta encontrar
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pontos convergentes e divergentes, de forma a viabilizar e facilitar a análise e a
comparação entre os Balanços Sociais de empresas do Estado.
Já em relação à pesquisa documental, Medeiros (1999, p. 37) cita a seguinte
definição:
A pesquisa documental compreende o levantamento de documentos que ainda não foram utilizados como base de uma pesquisa. Os documentos podem ser encontrados em arquivos públicos, ou de empresas particulares, em arquivos de entidades educacionais e/ou científica, em arquivos de instituições religiosas, ou mesmo particulares, em cartórios, museus, videotecas, filmotecas, correspondências, diários, memórias, autobiografias, ou coleções de fotografias.
Dessa forma, serão coletados Balanços Sociais das seguintes empresas
situadas no Espírito Santo: Aracruz Celulose S/A, Companhia Siderúrgica de
Tubarão, Companhia Vale do Rio Doce, Espírito Santo Centrais Elétricas S/A. O
critério de escolha foi baseado no fato de que foram tais empresas que se
propuseram a divulgar tal demonstrativo e, além disso, possuem uma grande
expressão no Estado. Essa coleta será realizada principalmente por meio de busca
na internet.
15
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL
Frente a aparente onda de crescimento da globalização, as empresas se
vêem obrigadas a acompanhar esse processo evolutivo ou serem condenadas ao
insucesso. Porém, cabe destacar que um processo de evolução não representa a
deterioração do meio ambiente.
É necessário que as organizações desenvolvam os seus ideais, sem que para
isso necessitem agir de forma agressiva com a sociedade que está ao seu redor.
Isso pode ser claramente compreendido, já que a empresa constitui um
sistema aberto, que influencia e é influenciada pelos acontecimentos que estão à
sua volta, sendo esses ocasionados ou não, direta ou indiretamente, por sua
atuação.
Arrigoni (2000, p. 15) também destaca a influência que o ambiente externo
acarreta para as empresas, ao afirmar que:
Inserida no macroambiente, a humanidade se constitui numa rede de inter-relações que une pessoas e grupos, cobrindo o planeta. As organizações, vistas sob forma de sistema, estão sujeitas às mudanças do processo global. À medida que as variáveis do macroambiente evoluem e se transformam, ocorrem alterações nos padrões comportamentais e conseqüentemente mudanças na hierarquia de valores. Nenhuma organização, por mais antiga, hermética e conservadora que seja, consegue manter-se imutável em meio a esse processo.
Isso serve para demonstrar que a postura de cada empresa não deve e nem
pode ser a exclusiva busca por resultados econômicos/financeiros. A esse respeito
Arantes (1998, p. 21) deixa claro que:
A maximização do lucro como o único objetivo não explica de forma completa os motivos e as expectativas dos empreendedores ao decidirem criar e manter os empreendimentos e nem os motivos e expectativas dos colaboradores ao participar deles.
Dessa forma, não devem agir de maneira deteriorativa e depredatória com a
sociedade que lhe fornece os recursos para que possam desempenhar as suas
16
atividades. O próprio Arantes (1998, p. 27) reforça essa idéia ao afirmar que “as
empresas válidas estão continuamente esforçando-se para preservar e renovar suas
fontes de fornecimento, para criar e adequar os recursos a suas necessidades”.
Os usuários do Balanço Social aparentam demonstrar insatisfação por parte
do descaso de algumas empresas em relação a sua atitude anti-ética para com o
meio em que vivem, surgindo várias críticas nesse sentido.
Essa visão é apresentada por Sucupira apud Silva e Freire (2001, p. 120):
Empresários esclarecidos estão percebendo paulatinamente que as pessoas já não se contentam apenas com qualidade, preço baixo, bons serviços e marca de prestígio. Os consumidores querem produtos de empresas que demonstrem preocupações sociais, que respeitem o meio ambiente, que não utilizem o trabalho infantil e que se comprometam com projetos de apoio a comunidades carentes.
Tinoco (2001, p. 116), por sua vez, defende a seguinte idéia:
Desse modo, a responsabilidade social corporativa, portanto, não está situada apenas no âmbito da caridade ou da filantropia tradicionalmente praticada pela iniciativa privada. Seu conceito está muito mais próximo das estratégias de sustentabilidade de longo prazo das empresas que, em sua lógica de performance e lucros, passam a incluir a necessária preocupação com os efeitos das atividades desenvolvidas e o objetivo de proporcionar bem-estar para a sociedade.
Diante de tais acontecimentos, torna-se cada vez mais necessário uma
postura mais voltada para o social por parte das empresas, não por único interesse
com a população em si, mas também com a sua própria sobrevivência, visto que
ações que desagradem à sociedade podem influenciar na escolha ou não de
produtos a serem consumidos e parceiros comerciais a serem formados.
Segundo Souza apud Tinoco (2001, p.118): “está cada vez mais difundida nos
vários setores da sociedade a idéia de que a atual situação do mundo requer
atenção especial das empresas para sua dimensão social”.
Para isso, as empresas vem divulgando tal demonstrativo como uma forma
não de serem bem apresentadas para a comunidade, e sim para tentar restaurar
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possíveis descasos do passado.
Sendo assim, torna-se necessário que as empresas assumam um pouco da
Responsabilidade Social que lhes cabe, ao invés de deixar tudo por conta dos
governos federal, estadual e municipal. Como diria Spinelli (2001, p. 83):
É hora de romper um ciclo histórico de velhos conceitos, hábitos de um Estado paternalista, de uma cultura de dependência, e iniciar um novo ciclo de independência, de auto-suficiência, de autodeterminação, de responsabilidade na gestão dos negócios, da administração dos recursos públicos pela demonstração da origem e aplicação de recursos, conceitos e controles contábeis.
Por sua vez, a contabilidade como instrumento gerencial, cabe atuar como
intermediadora da situação e como incentivadora desse processo de mudança. Para
que a profissão também possa obter o devido reconhecimento como conhecedora
dessa nova visão moral que a sociedade aparenta estar demonstrando.
Essa visão também é defendida por Spinelli (2001, p. 85): “Sob a ótica de
uma nova ética, a Contabilidade professa a ética da convicção e da
responsabilidade pela transparência das administrações privadas e públicas.”
Cabe agora a todos nós, tanto como indivíduos ou como sociedade, atuar de
forma consciente e preocupada com todo o sistema que compõe a esse universo ao
qual pertencemos, que é, além de seus indivíduos, todo um ecossistema que precisa
ser preservado para o nosso interesse e das futuras gerações.
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3 INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Desde os primórdios da história, o homem sempre procurou formas de deter o
controle de seu patrimônio, para isso vem se utilizando de diversas ferramentas de
gerenciamento, sendo uma delas a própria contabilidade. Tal associação foi relatada
por Iudícibus (2000, p. 30):
Não é descabido afirmar que a noção de conta e, portanto, de Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens. Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente a 4.000 anos a.C. Entretanto, antes disto, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebida, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade.
Tais informações levam a crer que a contabilidade tem como um de seus
objetivos evidenciar a variação das alterações do patrimônio objeto de análise.
A Equipe de professores da FEA/USP (1998, p. 24 e 25) agrupa em duas
categorias básicas as finalidades para que se usa a informação contábil, sendo elas
o Controle e Planejamento.
Controle pode se conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração.
Planejamento, por sua vez, é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.
E para que seja possível efetuar o controle e o planejamento utilizando-se as
informações geradas pela contabilidade, é necessário saber analisá-la para gerar um
relatório que seja utilizado para essas duas finalidades. Como pode ser confirmado
através de Matarazzo (1998, p. 19):
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando.
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Tendo como base essas premissas, cabe ao contador atuar de forma eficaz e
eficiente como divulgador das informações geradas pela contabilidade, uma vez que,
no mundo atual em que as mudanças aparentam ser a cada dia maiores, e as
pessoas aparentam estar mais exigentes. Tal opinião foi defendida também por
Peixe (2000, p. 63):
O Contador atua como profissional de integração da informação entre o mundo dos negócios e a sociedade, na busca da conscientização das necessidades e vantagens que a Contabilidade pode proporcionar na gestão dos negócios empresariais à comunidade interna e externa.
A partir de então, torna-se possível a apreciação das informações fornecidas
pela contabilidade, tornando assim viável o entendimento da postura adotada pelas
empresas. Tais informações são de grande utilidade para os seus usuários, sendo
eles divididos nos seguintes grupos pela Equipe de professores da FEA/USP (1998):
• Sócios, Acionistas e Proprietários de Quotas Societárias de Maneira Geral:
são indivíduos que tem, a princípio, como interesse maior, a lucratividade e a
segurança de seus investimentos.
• Administradores, Diretores e Executivos dos mais Variados Escalões:
buscam, principalmente, efetuar análise das informações que foram geradas
pela contabilidade, haja vista que as utilizam para a tomada de decisões.
• Bancos, Capitalistas, Empresários de Dinheiro: também possuem interesses
voltados para a lucratividade e a estabilidade, porém, dificilmente, envolvem
questões de cunho pessoal.
• Governo e Economistas Governamentais: possuem interesses tanto para uma
análise de ordem tributária, como voltada para uma avaliação setorial e
individual de diversas empresas.
• Pessoas Físicas: voltadas para o controle e planejamento de patrimônios
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individuais.
Com o desenvolvimento das pesquisas, passaram-se a relacionar esses
indivíduos com os usuários das informações geradas pelo Balanço Social, conforme
divulgado por Tinoco (2002, p. 64):
Usuário do Balanço Social e da Contabilidade
Usuários Metas Relevantes
Clientes Produtos com qualidade; recebimento de produtos em dia; produtos mais baratos.
Fornecedores e financiadores Parceria; segurança no recebimento; continuidade.
Colaboradores Geração de caixa; salários adequados; incentivos à promoção; produtividade; valor adicionado; segurança no emprego; efetivo.
Investidores potenciais Custo de oportunidade; rentabilidade; liquidez da ação.
Acionistas controladores Retorno sobre o patrimônio líquido; retorno sobre o ativo; continuidade; crescimento no mercado.
Acionistas minoritários Fluxo regular de dividendos; valorização da ação; liquidez.
Gestores Retorno sobre o patrimônio líquido; continuidade; valor patrimonial da ação; qualidade; produtividade; valor adicionado.
Governo Lucro Tributável; valor adicionado e produtividade.
Vizinhos Contribuição social; preservação do meio ambiente; segurança; qualidade.
A partir desses dados pode-se concluir que o grupo de usuários que integram
o Balanço Social possuem interesses bem semelhantes com os que foram
elencados pela Equipe de professores da FEA/USP, que é o de verificar o
desempenho das empresas de forma a atuar de maneira estável e competitiva, sem
ferir os interesses individuais de cada usuário, visto que para a continuidade de
qualquer empresa, também é do seu interesse cuidar para que a sociedade,
caracterizada por esses usuários, caminhe ao seu lado. Dessa forma, mantendo os
interesses tanto desses indivíduos como de suas futuras gerações.
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4 BALANÇO SOCIAL
4.1 DEFINIÇÃO
Pode-se inicialmente utilizar a definição de Balanço Social fornecida pelo
IBASE (2002):
O Balanço social é um instrumento publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício de responsabilidade social corporativa.
Essa definição retrata a verdadeira intenção desse demonstrativo, cujo
propósito é o de fornecer um conjunto de informações fidedignas para todo um
grupo de usuários interessados em tais informações, como forma de averiguar o
nível de preocupação social da empresa.
Porém, ao se analisar a palavra Balanço e comparar com a sua origem do
termo latim bilancis, que significa Bi= dois e Lancis= pratos de balança, surge uma
certa dúvida, pois o modelo de Balanço Social divulgado pelo IBASE não se
apresenta na forma de uma balança, tal qual o Balanço Patrimonial.
Essa questão foi levantada por Kroetz (2000, p. 77-78) através dos seguintes
dizeres:
Assim, a denominação Balanço Social parece não ser a mais indicada, pois não representa a noção de equilíbrio, sendo mais um relatório do prestação de contas da entidade para com a sociedade, do que propriamente um balanço, mesmo sabendo-se que existem algumas proposições de demonstrar tais informações utilizando-se o método das partidas dobradas.
No entanto, esse demonstrativo foi disseminado e aceito com o nome de
Balanço Social, devido traduções realizadas nos seus primórdios no Brasil, mesmo
havendo críticas a esse respeito.
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4.2 EVOLUÇÃO
De acordo com o que foi apresentado por Arrigoni (2000), desde o final do
século XIX e início do século XX, durante a Revolução Industrial, há registro de um
princípio de manifestações favoráveis a uma conduta social por parte das empresas
para com a sociedade e os seus funcionários. No entanto, foi somente a partir de
1960 nos Estados Unidos devido a Guerra do Vietnã e início de 1970 na Europa,
principalmente na França, Alemanha e Inglaterra, que algumas as empresas
passaram a adotar uma postura mais ética e social, em virtude do surgimento de
boicotes a empresas envolvidas em atitudes anti-sociais em ambos períodos.
Então, as empresas começaram a investir em tentativas para reverter a sua
imagem negativa perante a sociedade. E foi diante de tais acontecimentos que em
1972 foi publicado o primeiro Balanço Social no mundo pela empresa Singer, na
França.
A partir daí começaram a surgir estudos de modelos de Balanço Social e
empresas interessadas nesse demonstrativo em todo mundo. E foi também na
década de 70 que essa idéia começou a ser discutida no Brasil.
Fato esse comentado por Kroetz (2000, p. 57) ao afirmar que:
Foi com este cenário que, em meados de 1976, um grupo de estudiosos da responsabilidade social da empresa, ligados à ADCE-Uniapac Brasil e à Fundação Fides, formulou proposta para o desenvolvimento de um “Balanço Social” aplicável a realidade brasileira.1
Ressalta-se no entanto que o termo responsabilidade social já apresentava
discussão desde 1960 através da ADCE. Torres apud Silva e Freire (2001, p. 15)
deixa isso claro ao dizer que:
1 ADCE: Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas. Uniapac: União Internacional Cristã de Dirigentes de Empresas. Fides: Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social.
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No Brasil, os primeiros ventos de mudança de mentalidade empresarial já podem ser notados desde meados da década de 60. E, nesse sentido, a “Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas”, publicada em 1965, é um marco histórico incontestável do início da utilização explicita da expressão responsabilidade social diretamente associada às empresas e da própria relevância do tema relacionado à ação social das empresas no país; mesmo que ainda limitado ao mundo das idéias e efetivando-se apenas em discursos e textos, já fazia parte da realidade de uma pequena parcela do empresariado.
No entanto, em relação ao Brasil, existem algumas divergências entre autores
em relação àquele que foi o primeiro Balanço Social publicado no país. Segundo
Perottoni (2002, p. 53), tem-se: “O primeiro Balanço Social publicado no Brasil foi o
da FEMAQ S.A., de São Paulo – SP, 1982, seguido da Nitrofertil, de Camaçari – BA,
em 1984”. Já para Torres apud Silva e Freire (2001, p. 20):
No ano de 1984, foi publicado, de maneira completamente voluntária, o primeiro relatório de cunho social de uma empresa brasileira: o relatório de atividades sociais da Nitrofértil, empresa estatal que se situava no Estado da Bahia. Esse documento tentava dar publicidade às ações sociais realizadas e ao processo participativo desenvolvido na empresa durante aquele período. O documento recebeu o nome de Balanço Social da Nitrofértil.
Depois dessas primeiras tentativas, teve-se as empresas pioneiras a darem
larga escala de divulgação de seus Balanços Sociais, conforme relata Tinoco (2001,
p. 137):
O início deu-se com as publicações pioneiras da Telebrás e de algumas de suas controladas, no exercício de 1990, da CMTC – Cia. Municipal de Transportes Coletivos de São Paulo em 1991 e do Banespa, no exercício de 1992.
Mesmo considerando essas primeiras tentativas, o grande avanço do Balanço
Social no Brasil se deu em 1997 por meio dos incentivos do Sociólogo Herbet de
Souza, mais conhecido como Betinho. E foi graça a esses incentivos que as
empresas começaram a visualizar nesse demonstrativo uma grande ferramenta de
marketing e melhoria de sua imagem perante toda a sociedade.
24
4.3 PADRONIZAÇÃO X COMPARABILIDADE
Há algum tempo vem se discutindo a questão da padronização ou não do
Balanço Social, sendo que essa questão já foi alvo de diversas críticas. No entanto,
para que haja uma comparabilidade dos elementos entre as empresas, faz
necessário um certo grau de padronização.
É evidente que a padronização não deve ser confundida com a
obrigatoriedade. Pois esta última tira uma das características mais importantes para
que os contadores, juntamente com a classe empresarial, continuem exercendo a
sua divulgação não por força de lei, mas por enxergarem que integram um conjunto
social, e é do interesse de cada um cuidar de sua preservação. Já a padronização
facilita a análise e a comparação do Balanço Social de cada empresa.
Um fato muito importante para o Balanço Social é que a cada dia vem
aumentando o número de empresa que se demonstram interessadas em sua
divulgação. Conforme pode ser verificado no gráfico a seguir:
0
50
100
150
200
250
1997 2000
Ano
Núm
ero
de E
mpr
esas
Fonte: IBASE (2002)
Figura 1: IBASE - Número de empresas
Em 1997 eram apenas 10 empresas que publicavam tal demonstrativo em
todo o Brasil, conforme divulgado pelo IBASE, ocorrendo um salto para 250 em
25
2000. Isso porque as empresas viram que o Balanço Social também seria um grande
instrumento para a divulgação da atuação social da empresa como um todo.
Porém, vale lembrar que muitas das empresas que vêm publicando o
demonstrativo não seguem os mesmos padrões que outras. No caso de uma
comparabilidade, esse fator acaba dificultando a sua realização, e em alguns casos,
pode até mesmo impossibilitá-la.
Como exemplo, pode-se citar empresas situadas no Espírito Santo, como é o
caso da Aracruz Celulose S/A, Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST),
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e Espírito Santo Centrais Elétricas S/A
(ESCELSA). Ao observar o Balanço Social de tais empresas, foi constatado que
duas delas seguiam os padrões sugeridos pelo IBASE, e as outras duas
apresentavam os seus demonstrativos em forma de um relatório informativo.
É isso o que esse trabalho se propõe a estar discutindo, a viabilidade ou não
da análise do Balanço Social entre as empresas.
26
4.4 MODELO DO IBASE
O IBASE sugere às empresas um modelo próprio de Balanço Social. Esse
modelo pode ser conferido na íntegra no Anexo A deste trabalho.
Tal modelo teve como objetivo inicial o incentivo ao desenvolvimento de uma
política de abordagem social por parte das empresas, deixando de lado uma postura
paternalista que até então era defendida pelas empresas e aceita pela sociedade.
Nesse demonstrativo já se encontram calculados os percentuais de cada item
em relação ao Faturamento Bruto, ao Lucro Operacional e à Folha de Pagamento
Bruto.
Em relação ao Resultado Operacional, tais valores servem para relacionar o
que, de certa forma, foi gerado pela empresa com a contribuição direta e indireta da
sociedade por intermédio dos seus consumidores com o que foi reinvestido na
própria sociedade.
Os valores dos percentuais em relação à Folha de Pagamento Bruto podem
ser utilizados para identificar, comparado com cada valor aplicado na folha de
pagamento, o que foi investido em seus funcionários, já que os mesmos compõem a
sociedade que gira em torno dessa mesma empresa.
O Faturamento Bruto em si deve ser comparado com os indicadores sociais,
isso porque, como foi mencionado em relação ao Resultado Operacional, esse
faturamento foi obtido com a atuação direta e indireta da sociedade.
27
5 ANÁLISE E COMPARAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL
5.1 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD)
De acordo com pesquisa realizada no site da empresa www.cvrd.com.br, a
Companhia divulga um demonstrativo que, conforme pode ser visualizado na íntegra
no Anexo B, apresenta-se de acordo com o modelo fornecido pelo IBASE.
Um detalhe que foi observado é que a empresa apresenta os Indicadores de
Corpo Funcional de maneira bem resumida, mostrando apenas o número de
empregados no final do período e o número de admissões. No que tange aos
Indicadores Relevantes quanto ao Exercício da Cidadania Empresarial, estes não
foram divulgados pela companhia.
Foram verificados valores diferentes nos seguintes itens referente ao ano de
2000 nos demonstrativos divulgado em 2000 e em 2001: Lucro Operacional,
Previdência Privada e Impostos (excluídos encargos sociais). Essa discrepância
pode ser observada no Anexo B. Por considerar que se trata de uma possível
correção e que tal mudança não seja verdadeiramente significativa para a análise,
foram considerados os valores apresentados conjuntamente com o Balanço Social
divulgado em 2001, para compor a análise dos dados.
Neste trabalho são analisados exclusivamente o Balanço Social da
Controladora.
Aqui, para fins de análise, os dados foram tabulados:
28
Tabela 1: Balanço social - CVRD - 1998 à 2001
Exercícios findos em 31 de dezembro
Base de Cálculo
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Folha de Pagamento Bruto
Indicadores Laborais
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Alimentação 17 4 1 13 4 1 9 3,1 0,6 7 2,4 0,6
Encargos Sociais Compulsórios 147 39 8 140 46 10 138 47,4 9,8 147 49,5 13,0
Previdência Privada 45 12 3 41 13 3 46 15,8 3,3 48 16,2 4,2
Saúde 24 6 1 23 8 2 20 6,9 1,4 21 7,1 1,9
Educação 21 6 1 15 5 1 17 5,9 1,2 17 5,7 1,5
Participação nos Lucros ou Resultados 86 23 5 58 19 4 42 14,4 3,0 33 11,1 2,9
Outros Benefícios 44 12 2 30 10 2 25 8,6 1,8 10 3,3 0,9
Total - Indicadores Laborais 384 102 21 320 105 23 297 102,1 21,1 283 95,3 25
Indicadores Sociais
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Impostos (excluídos encargos sociais) 305 17 5 254 18 5 342 24,3 7,8 252 22,2 7,4
Investimentos em Cidadania 27 1 0 25 2 0 16 1,2 0,3 3 0,3 0,1
Projetos e ações sociais 20 1 0 22 2 0 15 1,1 0,3 2 0,2 0,1
Comunidades Indígenas 7 0 0 3 0 0 1 0,1 0,0 1 0,1 0,0
Investimentos em Meio Ambiente 60 3 1 60 4 1 19 1,3 0,4 17 1,5 0,5
Operacionais 56 3 1 56 4 1 17 1,2 0,4 16 1,4 0,5
Em programas/
projetos externos
Total - Indicadores Sociais 392 21 6 339 24 6 377 26,8 8,5 272 24,0 8,0
Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados no final do período
Nº de admissões durante o período
2001
13.620
2558
Em milhões de reais
Controladora
% sobre
4 0 0
2001
2001
2001
6.617
1.820
375
1999 1998
1999
4.397
1.408
291
Valor
% sobre
ValorValor
% sobre
1999 1998
Valor
% sobre
Valor
% sobre
2000
ValorValor
2 0,1 0,0 1 0,1 0,0
1998
3.382
1.133
297
% sobre
1998
10.973
1.443
1999
10.743
366
2000
5.169
1.420
304
2000
Valor
% sobre
2000
11.442
1258
% sobre
4 0 0
Fonte: CVRD (2002)
5.1.1 Análise vertical
Para esse tipo de análise já há uma certa facilidade para realizá-la, pois como
pode ser percebido no Balanço Social divulgado pela empresa, os indicadores de
análise apresentam-se em valores e em percentuais calculados a partir da Folha de
Pagamento Bruto, Faturamento Bruto e do Lucro Operacional.
29
Analisando os Indicadores Laborais de 2001, percebe-se que grande parte da
aplicação está agrupada em Encargos Sociais Compulsórios, representando este
39% sobre a Folha de Pagamento Bruto e 8% sobre o Lucro Operacional. Isso
demonstra que quase metade do que foi aplicado nesses indicadores são encargos
que a empresa está sujeita a quitá-los, identificando que a companhia, assim como
muitas outras, está vinculada mais à questão da obrigatoriedade do que da
espontaneidade.
No entanto, a companhia apresentou uma constante redução nesse
percentual em relação ao todo. Isso mostra que apesar de o Estado, representado
pela união, estados e municípios, consumir ainda grande parte desses recursos, a
empresa vem assumindo a sua parcela de contribuição para a melhoria da qualidade
de vida de seus grandes colaboradores, que são os funcionários.
Cabe aqui lembrar que, mesmo ainda estando de maneira embrionária, deve
ser reconhecida a atitude tomada pela empresa, pois são os primeiros passos para o
desenvolvimento de políticas mais significativas e atuantes.
Os demais itens também apresentam a sua devida importância, pois ao
analisar o total aplicado, percebe-se que praticamente mais de 100% do total sobre
a Folha de Pagamento foi reaplicado em benefício dos funcionários nesses últimos
anos. Tendo 2001, 2000, 1999 e 1998 os seguintes percentuais respectivamente:
102%, 105%, 102,1% e 95,3%.
Quanto aos Indicadores Sociais, o indicador de maior representabilidade são
os impostos (excluídos encargos sociais), relevância que também pode ser
explicada pelo mesmo motivo que foi retratado nos Indicadores Laborais. Tal item
absorveu mais da metade do que foi aplicado, representando 17% sobre o Lucro
Operacional e 5% sobre o total do Faturamento Bruto no ano de 2001.
30
Mas, assim como foi constatado no caso dos Indicadores de Laborais, nesses
anos mais recentes, ocorreram uma redução de percentuais dos Impostos, não por
redução no indicador, mais por um maior investimento nos outros Indicadores
Sociais, como tentativa de talvez no futuro obter um maior nivelamento.
Isso tendo em vista que em 1998 o total desses indicadores era de 272
milhões de reais e em 2001 o total estava acumulado em 392 milhões de reais. A
representatividade dos impostos sobre esse total, respectivamente, sobre o Lucro
Operacional e o Faturamento Bruto é de 22,2% e 7,4% em 1998 e 17% e 5% em
2001.
Os demais itens que compõem os Indicadores Sociais caracterizam a
crescente atuação da empresa nessa área, tendo saltos expressivos. Como é o caso
dos Investimentos em Cidadania que em 1998 totalizavam 0,3% do Lucro
Operacional e em 2001 passaram a representar 1% sobre esse mesmo item, e os
Investimentos no Meio Ambiente que em 1998 eram de 1,5% do Lucro Operacional e
em 2001 totalizavam 3%.
Já os Indicadores de Corpo Funcional, demonstram que a cada ano a
empresa vem aumentado o seu quadro de pessoal. Porém, para uma melhor
avaliação da empresa, talvez fosse sugerido um maior detalhamento como o
apresentado no modelo do IBASE.
Fica claro que, apesar de a empresa ainda estar dando os seus primeiros
sinais de uma conduta mais politicamente correta, ainda tem muito a ser
desenvolvido.
31
5.1.2 Análise horizontal
Tabela 2: Balanço social – CVRD – análise horizonta l
Exercícios findos em 31 de dezembro
Base de Cálculo 1998 AH % 1999 AH % 2000 AH % 2001 AH %
Faturamento Bruto 3.382 100 4.397 130,01 5.169 152,84 6.617 195,65
Lucro Operacional 1.133 100 1.408 124,27 1.990 175,64 1.820 160,64
Folha de Pagamento Bruto 297 100 291 97,98 304 102,36 375 126,26
Indicadores Laborais
Alimentação 7 100 9 128,57 13 185,71 17 242,86
Encargos Sociais Compulsórios 147 100 138 93,88 140 95,24 147 100,00
Previdência Privada 48 100 46 95,83 41 85,42 45 93,75
Saúde 21 100 20 95,24 23 109,52 24 114,29
Educação 17 100 17 100,00 15 88,24 21 123,53
Participação nos Lucros ou Resultados 33 100 42 127,27 58 175,76 86 260,61
Outros Benefícios 10 100 25 250,00 30 300,00 44 440,00
Total - Indicadores Laborais 283 100 297 104,95 320 113,07 384 135,69
Indicadores Sociais
Impostos (excluídos encargos sociais) 252 100 342 135,71 254 100,79 305 121,03
Investimentos em Cidadania 3 100 16 533,33 25 833,33 27 900,00
Projetos e ações sociais 2 100 15 750,00 22 1.100,00 20 1.000,00
Comunidades Indígenas 1 100 1 100,00 3 300,00 7 700,00
Investimentos em Meio Ambiente 17 100 19 111,76 60 352,94 60 352,94
Operacionais 16 100 17 106,25 56 350,00 56 350,00
Total - Indicadores Sociais 272 100 377 138,60 339 124,63 392 144,12
Indicadores do Corpo Funcional 1998 AH % 1999 AH % 2000 AH % 2001 AH %
Nº de empregados no final do período 10.973 100 10.743 97,90 11.442 104,27 13.620 124,12
Nº de admissões durante o período 1443 100 366 25,36 1258 87,18 2558 177,27
1999 2001
1998 1999 2001
2000
Valor AH %
2000
Em milhões de reais
Controladora
Valor Valor AH %ValorAH % AH %
1998
Valor Valor AH %ValorAH %AH % Valor AH %
Em programas/ projetos externos 1 2 400,004200,00100 4 400,00
Fonte: CVRD (2002)
32
Tendo como base a planilha apresentada, ao longo desses anos a
Companhia Vale do Rio Doce, que a partir desse momento será denominada de
CVRD, vem apresentando uma sensível tentativa de melhoria quanto ao
investimento em questões sociais e ambientais.
Para uma melhor visualização, serão apresentados gráficos que demonstram
esse crescimento.
A princípio, como no Balanço Social as informações apresentam-se
interligadas com três informações básicas, que são: Faturamento Bruto, Lucro
Operacional e Folha de Pagamento Bruto, faz necessária a sua avaliação. Sendo
aqui demonstrada a evolução desses três itens ao longo desse período.
Base de Cálculo
0
2.000
4.000
6.000
8.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Va
lore
s
FaturamentoBruto
LucroOperacional
Folha dePagamentoBruto
Figura 2: CVRD - Base de cálculo
Utilizando as informações acima geradas, fica visível o crescimento do Lucro
Operacional e do Faturamento Bruto, porém, a Folha de Pagamento Bruto não
acompanhou o mesmo ritmo de crescimento. Isso demonstra que apesar de grande
parte desses resultados estar sendo gerada pela atuação direta de cada funcionário,
não estão retornando para esses empregados por meio de aumentos salariais.
Seguindo o objetivo da análise, tem-se adiante os Indicadores Laborais que,
conforme visualização abaixo, houve um aumento significativo dos seguintes dados
33
em relação a 1998: alimentação (142,86% em 2001), saúde (14,29% em 2001),
educação (23,53% em 2001), participação nos lucros (160,61% em 2001) e outros
benefícios (340% em 2001), sendo este último composto por moradia, transporte,
empréstimo a custo, recreação e outros como foi detalhado nas informações sobre
preenchimento fornecidas pelo modelo sugerido pelo IBASE.
Fica evidente que o crescimento da participação nos lucros foi ocasionada
pelo crescimento do Lucro Operacional. Os outros itens também demonstram a
intenção da empresa em investir na qualidade de vida de seus funcionários, através
de investimentos em alimentação, saúde e educação dos colaboradores da
empresa.
Indicadores Laborais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Alimentação
Encargos Sociais Compulsórios
Previdência Privada
Saúde
Educação
Participação nos Lucros ouResultados
Outros Benefícios
Total - Indicadores Laborais
Figura 3: CVRD - Indicadores laborais
No próximo gráfico, os tópicos passíveis de análise serão os Indicadores
Sociais. Tais indicadores demonstram de que forma a empresa está aplicando os
seus recursos na comunidade o no meio ambiente.
34
A partir de então, fica visível a preocupação da empresa com os entes que a
cercam e a sua conduta perante as exigências de cada comunidade que com ela se
relaciona.
Indicadores Sociais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Impostos (excluídos encargossociais)
Investimentos em Cidadania
Projetos e ações sociais
Comunidades Indígenas
Investimentos em MeioAmbiente
Operacionais
Em programas/ projetosexternos
Total - Indicadores Sociais
Figura 4: CVRD - Indicadores sociais
O gráfico vem demonstrar um declínio de seu valor total no ano de 1999 para
2000, fato esse reflexo da redução do valor de impostos (excluídos encargos
sociais).
Fica aqui uma certa dúvida com relação à devida causa da redução dos
impostos, já que houve um aumento do Faturamento Bruto e do Lucro Operacional,
fato este comprovado através da análise da base de cálculo e o crescimento da
participação nos lucros por parte dos funcionários.
Os demais dados demonstraram progressos dentro desse período de análise
de informações. Que, como foi relatado anteriormente, os Investimentos em
Cidadania tiveram um significativo aumento, que foi de 800% no final de 2001 e os
Investimentos em Meio Ambiente cresceram 252,94%.
Dando continuidade, os próximos seriam os Indicadores de Corpo Funcional:
35
Indicadores de Corpo Funcional
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Nº de empregados nofinal do período
Nº de admissõesdurante o período
Figura 5: CVRD - Indicadores de corpo funcional
O gráfico demonstra um crescimento no número de funcionários da CRVD ao
longo do tempo, totalizando, em 2001, 13620 funcionários contra 10973 em 1998,
correspondendo a um incremento de 24,12%. Quanto ao número de admissões, a
análise das informações mostra que do ano de 1998 para 1999 ocorreu uma
sensível diminuição desse indicador, mas no ano de 2000 houve uma recuperação,
finalizando no ano de 2001 um crescimento de 77,27% em relação a 1998.
Em síntese, a CVRD vem procurando fazer uma aplicação crescente de
recurso em ações que demonstram a sua preocupação com as comunidades e o seu
corpo de funcionários. Não que isso represente uma filantropia por parte dessa
empresa, mais sim uma postura mais ética e responsável para com o meio em que
está inserida e necessita de seu bem estar para continuar atuando e produzindo.
36
5.2 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A (ESCELSA)
De acordo com busca realizada na internet, a empresa Espírito Santo
Centrais Elétricas S.A. (ESCELSA) apresentou um Balanço Social que também
segue os padrões sugeridos pelo IBASE, havendo apenas uma divergência. No
modelo do IBASE os Indicadores Sociais encontram-se relacionados ao
Faturamento Bruto e o Lucro Bruto, porém o demonstrativo fornecido pela empresa
apresenta os mesmos indicadores relacionados com a Folha de Pagamento Bruto e
o Lucro Bruto. Tal fato pode ser constatado no Anexo C do trabalho.
Foi encontrado também uma diferença entre os valores de três indicadores
relativos ao ano de 1999 incluso no Balanço Social concluído em 2000 em
comparação com esse valores divulgados no Balanço Social finalizado em 1999. Os
indicadores são os seguintes: Educação, Outros Benefícios e Impostos (excluídos
encargos sociais).
Também foram visualizados o mesmo tipo de divergência nos Balanços
Sociais divulgados em 2000 e 2001, em relação ao ano de 2000. Os itens que
apresentaram diferença de valores foram: Alimentação, Previdência Privada, Saúde,
Educação, Outros Benefícios e Impostos (excluídos encargos sociais).
Contudo, ficou estipulado a utilização dos dados referentes ao ano de 1999
publicados em 2000 e dos itens referentes ao ano de 2000 divulgados em 2001,
pelos mesmo motivos explicados no caso da CVRD, por deduzir que se trata de uma
possível correção e que tal alteração não seja verdadeiramente significativa para a
análise.
37
5.2.1 Análise vertical
Para um melhor aproveitamento das informações fornecidas pela empresa,
faz-se necessário um enquadramento do Balanço Social com o modelo do IBASE.
Isso tanto para uma análise progressiva da empresa quanto comparativa entre
ambas empresas, cujo objetivo fazem parte do objeto de estudo ao qual a pesquisa
encontra-se envolvida.
No entanto, os dados originais foram preservados no Anexo C que apresenta
o Balanço Social da ESCELSA.
38
Tabela 3: Balanço social– ESCELSA – 1998 à 2001
Exercícios findos em 31 de dezembro
Base de Cálculo
Faturamento Bruto
Lucro (Prejuízo) Operacional
Folha de Pagamento Bruto
Indicadores Laborais
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Folha de Pagamento
BrutoLucro
Operacional
Alimentação 2666 4,18 (6,15) 2650 4,16 24,34 2239 3,39 (1,20) 2180 3,59 2,02
Encargos Sociais Compulsórios 16054 25,16 (37,04) 16707 26,21 153,46 17738 26,88 (9,54) 15689 25,87 14,53
Previdência Privada 4569 7,16 (10,54) 3906 6,13 35,88 2386 3,62 (1,28) 2479 4,09 2,30
Saúde 2700 4,23 (6,23) 2902 4,55 26,66 3547 5,37 (1,91) 3421 5,64 3,17
Educação 3052 4,78 (7,04) 3098 4,85 28,42 2014 3,05 (1,08) 1320 2,18 1,22
Participação nos Lucros ou Resultados 6754 10,56 (15,58) 6171 9,68 56,68 6466 9,80 (3,48) 7842 12,93 7,26
Outros Benefícios 1887 2,96 (4,35) 1620 2,54 14,88 1088 1,65 (0,59) 1340 2,21 1,24
Total - Indicadores Laborais 37682 59,05 (86,93) 37050 58,12 340,32 35478 53,76 (19,08) 34271 56,51 31,74
Indicadores Sociais
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Impostos (excluídos encargos sociais) 280082 (646,21) 24,80 234414 2153,16 26,52 191187 (102,83) 26,31 163132 151,07 25,02
Contribuição p/ a Sociedade/Invest. na Cidadania 5201 (12,00) 0,46 2656 24,40 0,30 986 (0,53) 0,14 250 0,23 0,04
Investimentos em Meio Ambiente 4014 (9,26) 0,36 2413 22,16 0,27 228 (0,12) 0,03 117 0,11 0,02
Total - Indicadores Sociais 289297 (667,47) 25,62 239483 2199,72 27,09 192401 (103,48) 26,48 163499 151,41 25,08
Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados no final do período
Nº de admissões durante o período
2000 1999 1998
% sobre
Valor
% sobre
2000 1999 1998
Valor
% sobre
ValorValor
% sobre
2001
2000 1999 1998
Valor
% sobre
Valor
% sobre
Valor
% sobre
10.887 (185.923) 107.982
63.745 65.993 60.657
2000 1999 1998
883.908 726.705 651.877
2001
1.129.225
(43.342)
63.810
27 49 5658
Controladora
Em milhares de reais
1.411 1.505 1.578 1.574
2001
2001
Valor
% sobre
Fonte: ESCELSA (2002)
Observando os dados da Base de Cálculo, fica visível que a empresa vem
passando por períodos de dificuldades, demonstrando que nos anos de 1999 e 2001
apresentou prejuízos. Tal fato poderá gerar futuramente dificuldades para a
ESCELSA e, quem sabe, uma possível redução nos investimentos nos Indicadores
Laborais, Sociais, e do Corpo Funcional.
Seguindo no objetivo da pesquisa, como foi constatado com a CVRD
anteriormente, ainda a maior parte dos investimentos nos Indicadores Laborais
aplicados pela ESCELSA estão agrupados nos encargos sociais compulsórios. Isso
39
tudo também pode ser explicado pela alta carga tributária trabalhista que incide
sobre as empresas, que, neste caso, representa mais de 25% do valor da Folha de
Pagamento Bruto. Caso este que acaba desestimulando a contratação de mão-de-
obra.
Outro indicador que também apresenta-se de forma significativa é a
Participação nos Lucros ou Resultado, que no final de 2001 representava mais de
10% sobre a Folha de Pagamento Bruto. Porém, neste caso, a empresa apresentou
ligeira redução do valor da participação, ocasionado pelos prejuízos apresentados.
Observa-se que em 1998 acumulava-se 12,93% sobre a Folha.
A empresa vem demonstrando aumentar o investimento na previdência
privada, item que contribui para um bem estar futuro de seus funcionários. Já que
em 1998 investia 4,09% sobre a Folha de Pagamento Bruto, passando em 2001 a
totalizar 7,16%.
Os demais itens apresentam-se de forma distribuída. Contudo, demonstram a
preocupação da empresa com o bem estar de seu corpo funcional.
Visualizando os Indicadores Sociais, a empresa demonstra de maneira
resumida os seguintes dados, que são: Imposto (excluídos encargos sociais)
Contribuição para a Sociedade / Investimento na Cidadania e Investimentos no Meio
Ambiente.
E como no que foi apresentado pelos Indicadores Laborais, os maiores
percentuais encontram-se concentrados em impostos obrigatórios. Porém, diante
das informações, fica visível que a empresa, apesar da grande carga tributária a que
está sujeita, está demonstrando os primeiros sinais para uma atitude mais voltada a
40
uma postura mais ética para com a sociedade e o meio em que convivem e
necessitam para viver através desses indicadores destacados no Balanço Social.
Fica aqui expresso que no ano de 1998 a empresa investia apenas 0,04%
sobre o Faturamento Bruto em Contribuição para a Sociedade/Investimento na
Cidadania; passando para 0,46% em 2001.
Quanto aos Investimentos em Meio Ambiente, que em 1998 representavam
0,02% sobre o Faturamento Bruto e em 2001 passou a ser de 0,36%.
Já no caso dos indicadores de Corpo Funcional, ocorreram uma redução do
quadro de pessoal e uma significativa queda no número de admissões. Um fator que
pode ter gerado esse resultado são os prejuízos apresentados nos anos de 1999 e
2001, ou quem sabe apenas um ajuste às novas necessidades da ESCELSA.
5.2.2 Análise horizontal
A apreciação dos dados da referida empresa serve para constatar que vem
demonstrando um progresso relativamente tímido por sua parte. A atuação ainda
está mais vinculada à questão da obrigatoriedade do que a responsabilidade.
É evidente que toda essa conjuntura foi formada e influenciada por atuações
paternalista dos governos e também pela intervenção militar sofrida no Brasil nos
anos de ditadura. Essa idéia foi evidenciada por Torres apud Silva e Freire (2001, p.
17) ao afirmar que:
Se, por um lado, no campo político, a ditadura militar coibia o desenvolvimento mais orgânico de parte da sociedade, proibindo a participação e a livre organização, por outro, existia um empresariado acostumado, desde os primórdios da industrialização brasileira, com as benesses de um Estado nacional intervencionista.
No entanto, são essas as primeiras atitudes voltadas para uma maior
responsabilidade e, por que não dizer, uma ética social.
41
Em período que a atuação dos governos parece não ser mais a mesma, as
empresas necessitam estar agindo de maneira mais responsável com os seus
usuários.
42
Tabela 4: Balanço social– ESCELSA – análise horizon tal
Exercícios findos em 31 de dezembro
Base de Cálculo 1998 AH % 1999 AH % 2000 AH % 2001 AH %
Faturamento Bruto 651,9 100,00 726,7 111,47 883,9 135,59 1.129 173,19
Lucro (Prejuízo) Operacional 108,0 100,00 (185,9) (172,13) 10,9 10,09 (43) (39,81)
Folha de Pagamento Bruto 60,7 100,00 66,0 108,73 63,7 104,94 64 105,44
Indicadores Laborais
Alimentação 2,2 100,00 2,2 100,00 2,7 122,73 2,7 122,73
Encargos Sociais Compulsórios 15,7 100,00 17,7 112,74 16,7 106,37 16,1 102,55
Previdência Privada 2,5 100,00 2,4 96,00 3,9 156,00 4,6 184,00
Saúde 3,4 100,00 3,5 102,94 2,9 85,29 2,7 79,41
Educação 1,3 100,00 2,0 153,85 3,1 238,46 3,1 238,46
Participação nos Lucros ou Resultados 7,8 100,00 6,5 83,33 6,2 79,49 6,8 87,18
Outros Benefícios 1,3 100,00 1,1 84,62 1,6 123,08 1,9 146,15
Total - Indicadores Laborais 34,3 100,00 35,5 103,50 37,1 108,16 37,7 109,91
Indicadores Sociais
Impostos (excluídos encargos sociais) 163,1 100,00 191,2 117,23 234,4 143,72 280,1 171,74
Contribuição p/ a Sociedade/Invest. na Cidadania 0,3 100,00 1,0 333,33 2,7 900,00 5,2 1.733,33
Investimentos em Meio Ambiente 0,1 100,00 0,2 200,00 2,4 2.400,00 4,0 4.000,00
Total - Indicadores Sociais 163,5 100,00 192,4 117,68 239,5 146,48 289,3 176,94
Indicadores do Corpo Funcional 1998 AH % 1999 AH % 2000 AH % 2001 AH %
Nº de empregados no final do período 1.574 100,00 1.578 100,25 1.505 95,62 1.411 89,64
Nº de admissões durante o período 56 100,00 58 103,57 46 82,14 27 48,21
AH % Valor
Controladora
1998
AH %
2000
Valor AH %
Em milhões de reais
Valor Valor AH %AH %
1998 1999 20012000
Valor Valor
1999
AH %
AH %
2001
Valor Valor AH %
Fonte: ESCELSA (2002)
Essa planilha indica claramente os desempenhos da empresa na área social
que serão apresentados a seguir.
43
Base de Cálculo
-2.000
0
2.000
4.000
6.000
8.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Va
lore
s
FaturamentoBruto
Lucro(Prejuízo)Operacional
Folha dePagamentoBruto
Figura 6: ESCELSA - Base de cálculo 2
O gráfico revela que apesar a tendência de crescimento do Faturamento
Bruto, esse aumento não está sendo suficiente para configurar lucro para a
empresa, sendo talvez aconselha uma maior atenção.
Indicadores Laborais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Alimentação
Encargos Sociais Compulsórios
Previdência Privada
Saúde
Educação
Participação nos Lucros ouResultados
Outros Benefícios
Total - Indicadores Laborais
Figura 7: ESCELSA - Indicadores laborais
2 A escala de valores do gráfico foi mantida igual à da CVRD para facilitar a comparabilidade.
44
Através dos dados fornecidos, é possível observar que apesar do prejuízo
apresentado durante esses dois anos, a empresa continuou a investir nos
Indicadores Laborais, sendo que o total apresentou um crescimento de 9,91% de
2001 em relação a 1998.
Dentre esses indicadores tem-se a Previdência Privada que finalizou o ano de
2001 com 84% de aumento. Os investimentos em Educação cresceram 138,46%. A
Alimentação obteve 22,73% de crescimento. E, por sua vez, os Outros Benefícios
tiveram a sua taxa aumentada em 46,15%.
É claro que comparando com a CVRD, a empresa apresenta menor
desempenho. Isso devido ao fato de a ESCELSA, apesar de também ser uma
empresa de grande porte, possui uma estrutura menor que o da CVRD.
Por outro lado, tiveram um decréscimo os itens como Saúde (queda de
20,59%) e Participação nos Lucros (queda de 12,82%). E os Encargos Sociais
Compulsórios mantiveram-se relativamente estáveis (alta de 2,55%).
Indicadores Sociais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ore
s
Impostos (excluídos encargossociais)
Contribuição p/ aSociedade/Invest. naCidadaniaInvestimentos em MeioAmbiente
Total - Indicadores Sociais
Figura 8: ESCELSA - Indicadores sociais
45
Os Indicadores Sociais estão praticamente representados em sua totalidade
através do Impostos (excluídos encargos sociais). Aplicando uma pequena parcela
em Contribuição para a Sociedade/Investimento na Cidadania e Investimentos no
Meio Ambiente.
No entanto, mesmo com a pequena parcela voltada para esses valores, a
empresa apresentou uma alta considerável quando se analisam os percentuais.
Representando um aumento de 1633,33% em 2001 em relação a 1998 com a
Contribuição para a Sociedade/Investimento na Cidadania e um crescimento de
3900% referente aos Investimentos no Meio Ambiente.
Indicadores de Corpo Funcional
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Nº de empregados nofinal do período
Nº de admissões duranteo período
Figura 9: ESCELSA - Indicadores de corpo funcional
Nesse período analisado teve uma pequena redução no número em pessoas
que estão veiculadas à empresa, representando uma diminuição de 10,36%. Em se
tratando do número de admissões, esse indicador apresentou uma queda ainda
maior, reduzindo em 51,79%.
46
Ressalta-se que, apesar da atuação adotada pela empresa, ainda há muito
ser alcançado.
5.3 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - ARACRUZ CELULOSE S /A
Conforme pode ser observado no Anexo D deste trabalho, a referida empresa
não apresentou o relatório de acordo com o modelo fornecido pelo IBASE e os
dados apresentados estão avaliados em dólares, o que impossibilita a análise e a
comparação com as demais empresas. Também não foram apresentados dados
relativos ao ano de 1998.
Conforme destacado neste trabalho, é necessário que haja um mínimo de
padronização do demonstrativo de cunho social, para que ocorra um melhor
acompanhamento da empresa, e possa estar comparando com outras do mesmo
setor ou de setores distintos.
5.4 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS - COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO
Também como no caso que ocorreu com a Aracruz, a empresa não
apresentou Balanços Sociais no moldes fornecidos pelo IBASE, como pode ser
constatado no Anexo E, fato esse que impossibilita a sua análise tanto
progressivamente quanto comparativamente.
Outra informação a ser divulgada é que só foram divulgados pela empresa
relatórios sociais nos anos de 2000 e 2001, sendo em 1999 somente divulgado um
relatório ambiental e em 1998 um relatório de sustentabilidade empresarial.
47
5.5 COMPARAÇÃO ENTRE A CVRD E A ESCELSA
Ambas as empresas vêm ao longo dos anos investindo em benefício para
com sociedade em geral. Porém, a grande maioria desses recursos são impostos
obrigatórios pagos pela empresa, restando uma pequena parcela para investimentos
voluntários.
Em uma análise conjunta dos dados obtidos pode ser percebido que a CVRD
apresenta um resultado maior que o da ESCELSA.
CVRD ESCELSA
Base de Cálculo
0
2.000
4.000
6.000
8.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Va
lore
s
FaturamentoBruto
LucroOperacional
Folha dePagamentoBruto
Base de Cálculo
-2.000
0
2.000
4.000
6.000
8.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Va
lore
s
FaturamentoBruto
Lucro(Prejuízo)Operacional
Folha dePagamentoBruto
Figura 10: Comparação base de cálculo
Seguindo esse mesmo tipo de comparação, pode-se encontrar o seguinte:
CVRD ESCELSA
Indicadores Laborais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Alimentação
Encargos Sociais Compulsórios
Previdência Privada
Saúde
Educação
Participação nos Lucros ouResultados
Outros Benefícios
Total - Indicadores Laborais
Indicadores Laborais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Alimentação
Encargos Sociais Compulsórios
Previdência Privada
Saúde
Educação
Participação nos Lucros ouResultados
Outros Benef ícios
Total - Indicadores Laborais
Figura 11: Comparação indicadores laborais
48
Pode ser percebido que o nível de distanciamento entre os encargos
compulsórios e voluntários é menor na ESCELSA, visto que no caso dos Indicadores
Laborais os Encargos Sociais Compulsórios representam 25,16% sobre a folha de
pagamento em 2001; já no caso da CVRD, constituem 39% no mesmo ano. Isso
demonstra uma melhor distribuição dos recursos no caso da ESCELSA.
Já no caso dos Indicadores Sociais, quem apresentou uma melhor
distribuição dos recursos no último ano avaliado foi a CVRD. Fato esse ocasionado
pela redução dos Impostos (excluídos encargos sociais compulsórios) por parte da
empresa no ano de 2000.
CVRD ESCELSA
Indicadores Sociais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Impostos (excluídos encargossociais)
Investimentos em Cidadania
Projetos e ações sociais
Comunidades Indígenas
Investimentos em MeioAmbiente
Operacionais
Em programas/ projetosexternos
Total - Indicadores Sociais
Indicadores Sociais
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ore
s
Impostos (excluídos encargossociais)
Contribuição p/ aSociedade/Invest. naCidadaniaInvestimentos em MeioAmbiente
Total - Indicadores Sociais
Figura 12: Comparação indicadores sociais
Diante de tais valores, fica visível a postura adotada por cada empresa.
Enquanto que a CVRD demonstra-se mais preocupada com a política perante a
comunidade, a ESCELSA demonstra-se mais ligada a seus funcionários.
Partindo para os Indicadores de Corpo Funcional, visualiza-se os seguintes
dados das empresas:
49
CVRD ESCELSA
Indicadores de Corpo Funcional
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Nº de empregados nof inal do período
Nº de admissõesdurante o período
Indicadores de Corpo Funcional
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
1998 1999 2000 2001
Anos
Val
ores
Nº de empregados nof inal do período
Nº de admissões duranteo período
Figura 13: Comparação indicadores de corpo funciona l
A CVRD apresenta-se como uma empresa com maior número de
empregados, demonstrando apenas uma redução no quadro no ano de 1999,
retomando o crescimento no ano seguinte. Quanto a ESCELSA, o quadro vem
apresentando uma redução ao longo do período de verificação, chamando a atenção
para esse fato.
50
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como questão a possibilidade ou não de análise dos
Balanços Sociais divulgados pelas empresas. Ao longo da pesquisa ficou constatado
que em alguns casos, como a CVRD e ESCELSA, esse tipo de análise se torna
plenamente viável. Isso permitiu que fossem avaliados os Indicadores Laborais,
Sociais e de Corpo Funcional e a Base de Cálculo. Porém, como no caso da Aracruz
Celulose S/A e da Companhia Siderúrgica de Tubarão, a análise foi impossibilitada.
Cabe ressaltar que é válido todo tipo de esforço por parte das empresas, visto
que até pouco tempo atrás dificilmente estariam dispostas a estar atuando em
benefício da comunidade onde se situam.
O empresariado em si está despertado para uma atitude mais politizada, que
busca mostrar para a sociedade que também se preocupa e se relaciona com ela.
A adoção de um modelo de Balanço Social que possua um certo grau de
padronização faz-se necessário. Cabe ressaltar, entretanto, que só o fato das
empresas estarem interessadas em sua divulgação já pode ser considerado como
uma vitória significativa.
Isso serve para mostrar que o momento pede uma atitude mais
conscientizada pelas empresas, já que o próprio Estado não vem se demonstrando
totalmente capaz de dar à sociedade aquilo que lhe é garantido pela Carta
Constitucional.
As empresas também necessitam estar assumindo a parcela ao qual lhe diz
respeito, pois, para o bem de cada uma delas, é preciso que interfiram em prol da
51
sociedade, não por filantropia, mas porque elas próprias geram degradação do
ambiente que está ao seu redor.
Nos seguintes dizeres de Souza apud Silva e Freire (2001, p. 14) explica que:
Entramos no ano 2000 (afinal, a virada do século) sob o signo de estar fazendo agora tudo o que já deveríamos ter feito há muitos séculos: a eliminação da miséria, tão grave e assustadora neste país. Com isso, mostramos que já não somos indiferentes à distância cada vez maior entre os que têm e os que não têm.
Tais palavras remontam toda a atitude que já está mais do que na hora de
serem apresentadas pelas empresas. Visto que para uma sociedade que aparenta
estar demonstrando uma maior conscientização, as pessoas já não estariam mais
dispostas a aceitar o descaso por parte de empresas gananciosas que visam
exclusivamente a obtenção de resultados econômicos. Resultados esses muitas
vezes às custas de degradações que poderiam estar prejudicando a elas próprias
num futuro que talvez não esteja tão distante.
52
7 REFERÊNCIAS
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26. SPINELLI, Enory Luiz. Balanço social e responsabilidade técnica. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, n. 127, p. 83-90, jan./fev. 2001.
27. TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
28. ______. Balanço social: balanço da transparência corporativa e da concertação social. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, n. 135, p. 56-73, maio/jun. 2002.
54
29. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Biblioteca Central. Guia para normatização de referências bibliográficas: NBR 6023/2000. Vitória: A Biblioteca, 2001.
30. ______. Normatização e apresentação de trabalhos e científi cos e acadêmicos: guia para alunos, professores e pesquisadores da UFES. 5. ed. rev. e ampl. Vitória: A Biblioteca, 2001.
31. VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Melhorando a qualidade da informação no Balanço Social. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, n. 132, p. 83-95, nov./dez. 2001.
55
ANEXOS
56
ANEXO A – BALANÇO SOCIAL: MODELO DO IBASE
Balanço Social Anual – 2001
1) Base de Cálculo 2001 Valor (Mil Reais)
2000 Valor (Mil Reais)
Receita Líquida (RL) Resultado Operacional (RO) Folha de Pagamento Bruta (FPB) 2) Indicadores Sociais Internos Valor
(Mil R$) %Sobre
FPB %Sobre
RL Valor
(Mil R$) %Sobre
FPB %Sobre
RL Alimentação Encargos sociais compulsórios Previdência privada Saúde Segurança e medicina no trabalho Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total - Indicadores Sociais Internos 3) Indicadores Sociais Externos Valor
(Mil R$) %Sobre
RO %Sobre
RL Valor
(Mil R$) %Sobre
RO %Sobre
RL Educação Cultura Saúde e saneamento Habitação Esporte Lazer e diversão Creches Alimentação Outros Total das Contribuições para a Sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total – Indicadores Sociais Externos 4) Indicadores Ambientais Relacionados com a operação da empresa
Em Programas e/ou projetos externos Total dos Investimentos em Meio Ambiente 5) Indicadores do Corpo Funcional Nº de empregados ao final do período Nº de admissões durante o período Nº de empregados terceirizados Nº de empregados acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por negros Nº de empregados portadores de deficiência 6) Informações Relevantes quanto ao Exercício da Ci dadania Empresarial Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
Número total de acidentes de trabalho
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos:
( ) pela direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
( ) pela direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
57
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos:
( ) pela direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
( ) pela direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
( ) direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
A participação nos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
( ) direção
( ) direção e gerências
( ) todos os empregados
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( ) são exigidos
( ) não são considerados
( ) são sugeridos
( ) são exigidos
Quanto à participação dos empregados em programas de trabalho voluntário, a empresa:
( ) não se envolve
( ) apóia
( ) organiza e incentiva
( ) não se envolve
( ) apóia
( ) organiza e incentiva
7) Outras Informações
Apoio:
Instruções para o preenchimento Realização Este Balanço Social (BS) deve apresentar os projetos e as ações sociais
e ambientais efetivamente realizados pela empresa. Sugestão : este BS deve ser o resultado de amplo processo participativo que envolva a comunidade interna e externa.
Publicação Este BS deve ser apresentado como complemento em outros tipos de demonstrações financeiras e socioambientais; publicado isoladamente em jornais e revistas; amplamente divulgado entre funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade. Pode ser acompanhado de outros itens e de informações qualitativas (textos e fotos) que a empresa julgue necessários.
Selo "Balanço Social Ibase/Betinho" A empresa que realizar e publicar o seu balanço social, utilizando este modelo mínimo sugerido pelo Ibase, recebe o direito de utilizar o Selo Balanço Social Ibase/Betinho nos seus documentos, relatórios, papelaria, produtos, embalagens, site e etc. Mais informações: www.balancosocial.org.br Restrições: o Selo Ibase/Betinho NÃO será fornecido às empresas de cigarro/fumo, armas de fogo/munições, bebidas alcoó licas ou que estejam comprovadamente envolvidas com exploração d e trabalho infantil.
1) Base de Cálculo Itens Incluídos Receita Líquida • Receita bruta excluída dos impostos, contribuições, devoluções,
abatimentos e descontos comerciais Resultado Operacional • Lucro ou prejuízo apresentado pela empresa no período Folha de Pagamento Bruta • Valor total da folha de pagamento 2) Indicadores Sociais Internos Alimentação • Gastos com restaurante, vale-refeição, lanches, cestas básicas e outros
relacionados à alimentação dos empregados Previdência privada • Planos especiais de aposentadoria, fundações previdenciárias,
complementações de benefícios aos aposentados e seus dependentes Saúde • Plano de saúde, assistência médica, programas de medicina preventiva,
programas de qualidade de vida e outros gastos com saúde, inclusive dos aposentados
Educação • Gastos com ensino regular em todos os níveis, reembolso de educação, bolsas, assinaturas de revistas, gastos com biblioteca (excluído pessoal) e outros gastos com educação
Cultura • Gastos com eventos e manifestações artísticas e culturais (música, teatro, cinema, literatura e outras artes)
Capacitação e desenvolvimento profissional
• Recursos investidos em treinamentos, cursos, estágios (excluído os salários) e gastos voltados especificamente para capacitação relacionada
58
com a atividade desenvolvida pelos empregados Creches ou auxílio-creche • Creche no local ou auxílio-creche aos empregados Participação nos lucros ou resultados • Participações que não caracterizem complemento de salários Outros benefícios • Seguros (parcela paga pela empresa), empréstimo (só o custo), gastos
com atividades recreativas, transportes, moradia e outros benefícios oferecidos os empregados podem ser aqui enumerados
3) Indicadores Sociais Externos Total das contribuições para a sociedade • Somatório dos investimentos na comunidade que aparecem
discriminados. Não incluir os gastos/investimentos declarados nos Indicadores Sociais Internos. Os itens na tabela aparecem como indicação de setores importantes onde a empresa deve investir, porém podem aparecer aqui somente os investimentos e contribuições que a empresa realiza regularmente (ação focalizada em educação, por exemplo)
Tributos (excluídos encargos sociais) • Impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais 4) Indicadores Ambientais Relacionados com a operação da empresa
• Investimentos, monitoramento da qualidade dos resíduos/efluentes, despoluição, gastos com a introdução de métodos não-poluentes, auditorias ambientais, programas de educação ambiental para os funcionários e outros gastos com o objetivo de incrementar a qualidade ambiental na operação da empresa
Em programas/projetos externos • Despoluição, conservação de recursos ambientais, campanhas ambientais, educação ambiental para a comunidade externa e para sociedade
5) Indicadores do Corpo Funcional Nº de negros que trabalha na empresa • Considerar como trabalhadores negros o somatório de indivíduos
classificados como pretos e pardos (conforme a RAIS) 6) Informações Relevantes Relação entre a maior e a menor remuneração Número total de acidentes de trabalho
• Resultado da divisão da maior remuneração pela menor • Todos os acidentes de trabalho registrados durante o ano
7) Outras Informações • Este espaço está disponível para que a empresa agregue outras
informações importantes quanto ao exercício da responsabilidade social e da cidadania empresarial
Fonte: IBASE (2002)
59
ANEXO B - BALANÇO SOCIAL: CVRD - COMPANHIA VALE DO RIO DOCE
BALANÇO SOCIAL (em números)
Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhões de reais
Controladora Base de Cálculo 1999 1998 Faturamento Bruto 4.397 3.382 Lucro Operacional 1.408 1.133 Folha de Pagamento Bruto 291 297
Indicadores Laborais 1999 1998
% sobre % sobre
Valor Folha de
Pagamento Bruto
Lucro Operacional Valor
Folha de Pagamento
Bruto Lucro
Operacional Alimentação 9 3,1 0,6 7 2,4 0,6 Encargos Sociais Compulsórios 138 47,4 9,8 147 49,5 13,0
Previdência Privada 46 15,8 3,3 48 16,2 4,2
Saúde 20 6,9 1,4 21 7,1 1,9 Educação 17 5,9 1,2 17 5,7 1,5 Participação nos Lucros ou Resultados
42 14,4 3,0 33 11,1 2,9
Outros Benefícios 25 8,6 1,8 10 3,3 0,9 Total - Indicadores Laborais 297 102,1 21,1 283 95,3 25,0
Indicadores Sociais 1999 1998 % sobre % sobre
Valor Lucro Operacional
Faturamento Bruto Valor
Lucro Operacional
Faturamento Bruto
Impostos (excluídos 342 24,3 7,8 252 22,2 7,4
60
encargos sociais) Investimentos em Cidadania 16 1,2 0,4 3 0,3 0,1
Projetos e ações sociais 15 1,1 0,4 2 0,2 0,1
Comunidades Indígenas 1 0,1 0,0 1 0,1 0,0
Investimentos em Meio Ambiente 19 1,3 0,4 17 1,5 0,5
Operacionais 17 1,2 0,4 16 1,4 0,5 Em programas/ projetos externos 2 0,1 0,0 1 0,1 0,0
Total - Indicadores Sociais 377 26,8 8,6 272 24,0 8,0
Indicadores do Corpo Funcional 1999 1998 Nº de empregados no final do período 10.743 10.973 Nº de admissões durante o período 366 1.443
O Balanço Social acima apresentado é parte das Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 1999, divulgadas pela Companhia Vale do Rio Doce, as quais foram objeto de exame por nossos auditores PRICEWATERHOUSECOOPERS Auditores Independentes, que emitiram parecer sem ressalvas, datado de 18 de fevereiro de 2000. (Modelo CVM) Fonte: CVRD (2002)
61
B A L A N Ç O S O C I A L (EM NÚMEROS)
Exercícios findos em 31 de dezembro / Em milhões de reais
Controladora
Base de cálculo 2000 1999
Faturamento bruto 5.169 4.397
Lucro operacional 1.990 1.408
Folha de pagamento bruta 304 291
2000 1999
% sobre % sobre
Indicadores laborais
Valor Folha de
pagamento bruta
Lucro operacional
Valor Folha de
pagamento bruta
Lucro operacional
Alimentação 13 4,3 0,7 9 3,1 0,6
Encargos sociais compulsórios
140 46,0 6,9 138 47,4 9,8
Previdência privada
27 8,9 1,4 46 15,8 3,3
Saúde 23 7,6 1,1 20 6,9 1,4
Educação 15 4,9 0,8 17 5,9 1,2
Participação nos lucros ou resultados
58 19,1 2,9 42 14,4 3,0
Outros benefícios
30 9,9 1,5 25 8,6 1,8
Total - Indicadores laborais
306 100,7 15,3 297 102,1 21,1
2000 1999
% sobre % sobre
Indicadores sociais
Valor Lucro
operacional Faturamento
bruto Valor Lucro
operacional Faturamento
bruto
Impostos (excluídos encargos sociais)
105 5,3 2,0 342 24,3 7,8
62
Investimentos em cidadania
25 1,3 0,5 16 1,2 0,3
- projetos e ações sociais
22 1,1 0,4 15 1,1 0,3
- comunidades indígenas
3 0,2 0,1 1 0,1 -
Investimentos em meio ambiente
60 3,0 1,2 19 1,3 0,4
- operacionais 56 2,8 1,1 17 1,2 0,4
- em programas e/ou projetos externos
4 0,2 0,1 2 0,1 -
Total - Indicadores sociais
190 9,6 3,7 377 26,8 8,5
Indicadores do corpo funcional 2000 1999
Nº de empregados no final do ano 11.442 10.743
Nº de admissões durante o ano 1.258 366
O Balanço Social acima apresentado é parte das Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2000, divulgadas pela Companhia Vale do Rio Doce, as quais foram objeto de exame por nossos auditores PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, que emitiram parecer sem ressalvas, datado de 21 de fevereiro de 2001.
Fonte: CVRD (2002)
63
Fonte: CVRD (2002)
64
ANEXO C - BALANÇO SOCIAL: ESCELSA - ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A
BALANÇO SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO
(Em milhares de reais) 1 9 9 9 1 9 9 8 1 - BASES DE CÁLCULO 1.1 - Faturamento bruto 726.705 651.877 1.2 - Lucro (prejuízo) operacional (185.923) 107.982 1.3 - Folha de pagamento bruta 65.993 60.657 1 9 9 9 1 9 9 8 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m 1.3 1.2 1.3 1.2 2 - INDICADORES LABORAIS 2.1 - Alimentação 2.239 3,39 (1,20) 2.180 3,59 2,02 2.2 - Encargos sociais compulsórios 17.738 26,88 (9,54) 15.689 25,87 14,53 2.3 - Previdência privada 2.386 3,62 (1,28) 2.479 4,09 2,30 2.4 – Saúde 3.547 5,37 (1,91) 3.421 5,64 3,17 2.5 - Educação 1.983 3,00 (1,07) 1.320 2,18 1,22 2.6 - Participação nos lucros ou resultados 6.466 9,80 (3,48) 7.842 12,93 7,26 2.7 - Outros benefícios 1.400 2,12 (0,75) 1.340 2,21 1,24 Total - Indicadores laborais 35.759 54,18 (19,23) 34.271 56,51 31,74 1 9 9 9 1 9 9 8 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m 1.3 1.2 1.3 1.2 3 - INDICADORES SOCIAIS 3.1 - Impostos (excluídos encargos sociais) 188.474 285,60 (101,37) 163.132 268,94 151,07 3.2 - Contribuição p/ a Sociedade/Invest. na Cidadania 986 1,49 (0,53) 250 0,41 0,23 3.3 - Investimentos em meio ambiente 228 0,35 (0,12) 117 0,19 0,11 Total - Indicadores sociais 192.401 291,55 (102,02) 163.499 269,54 151,41 1 9 9 9 1 9 9 8 4 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 4.1 - Nº empregados ao final do exercício 1.578 1.574 4.2 - Nº de admissões durante o exercício 58 56 Fonte: ESCELSA (2002)
65
BALANÇO SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais)
2 0 0 0 1 9 9 9 1 - BASES DE CÁLCULO 1.1 - Faturamento bruto 883.908 726.705 1.2 - Lucro (prejuízo) operacional 10.887 (185.923) 1.3 - Folha de pagamento bruta 63.745 65.993 2 0 0 0 1 9 9 9 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m 1.3 1.2 1.3 1.2 2 - INDICADORES LABORAIS 2.1 - Alimentação 2.484 3,90 22,82 2.239 3,39 2.2 - Encargos sociais compulsórios 16.707 26,21 153,46 17.738 26,88 2.3 - Previdência privada 2.519 3,95 23,14 2.386 3,62 2.4 – Saúde 4.239 6,65 38,94 3.547 5,37 2.5 - Educação 1.958 3,07 17,98 2.014 3,05 2.6 - Participação nos lucros ou resultados 6.171 9,68 56,68 6.466 9,80 2.7 - Outros benefícios 1.520 2,38 13,96 1.088 1,65 Total - Indicadores laborais 35.598 55,84 326,98 35.478 53,76 NA 2 0 0 0 1 9 9 9 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m 1.3 1.2 1.3 1.2 3 - INDICADORES SOCIAIS 3.1 - Impostos (excluídos encargos sociais) 233.178 365,80 2.141,80 191.187 289,71 3.2 - Contribuição p/ a Sociedade/Invest. na Cidadania 2.656 4,17 24,40 986 1,49 3.3 - Investimentos em meio ambiente 2.413 3,79 22,16 228 0,35 Total - Indicadores sociais 238.247 373,76 2.188 ,36 192.401 291,55 NA 2 0 0 0 1 9 9 9 4 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 4.1 - Nº empregados ao final do exercício 1.505 1.578 4.2 - Nº de admissões durante o exercício 46 58
CONSELHO DA ADMINISTRAÇÃO
Fernando Noronha Leal – Presidente Izaltino Camozzato - Vice-Presidente Adir Pereira Keddi Carlos Bernardo Torres Rodenburg Alcir Augustinho Calliari José Luiz Alquéres Antônio Manuel Garcia Ruth Storch Damasceno Verônica Valente Dantas Rodenburg Fonte: ESCELSA (2002)
66
BALANÇO SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais)
2 0 0 1 2 0 0 0 1 - BASES DE CÁLCULO 1.1 - Faturamento bruto 1.129.225 883.908 1.2 - Lucro (prejuízo) operacional (43.342) 10.887 1.3 - Folha de pagamento bruta 63.810 63.745 2 0 0 1 2 0 0 0 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m
1.3 1.2 1.3 1.2 2 - INDICADORES LABORAIS 2.1 - Alimentação 2.666 4,18 (6,15) 2.650 4,16 24,34 2.2 - Encargos sociais compulsórios 16.054 25,16 (37,04) 16.707 26,21 153,46 2.3 - Previdência privada 4.569 7,16 (10,54) 3.906 6,13 35,88 2.4 – Saúde 2.700 4,23 (6,23) 2.902 4,55 26,66 2.5 - Educação 3.052 4,78 (7,04) 3.098 4,85 28,42 2.6 - Participação nos lucros ou resultados 6.754 10,56 (15,58) 6.171 9,68 56,68 2.7 - Outros benefícios 1.887 2,96 (4,35) 1.620 2,54 14,88 Total - Indicadores laborais 37.682 59,05 (86,93) 3 7.050 58,12 340,32 2 0 0 1 2 0 0 0 Valor % do item % do item Valor % do item % do ite m
1.3 1.2 1.3 1.2 3 - INDICADORES SOCIAIS 3.1 - Impostos (excluídos encargos sociais) 280.082 438,93 (646,21) 234.414 367,74 2.153,16 3.2 - Contribuição p/ a Sociedade/Invest. na Cidadania 5.201 8,15 (12,00) 2.656 4,17 24,40 3.3 - Investimentos em meio ambiente 4.014 6,29 (9,26) 2.413 3,79 22,16 Total - Indicadores sociais 289.297 453,37 (667,47) 239.483 375,70 2.199,72 2 0 0 1 2 0 0 0 4 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 4.1 - Nº empregados ao final do exercício 1.411 1.505 4.2 - Nº de admissões durante o exercício 27 49
CONSELHO DA ADMINISTRAÇÃO
Fernando Noronha Leal – Presidente Izaltino Camozzato - Vice-Presidente Adir Pereira Keddi Carlos Bernardo Torres Rodenburg - até 05/11/2001 Alcir Augustinho Calliari José Luiz Alquéres – até 05/11/2001 Antônio Manuel Garcia Ruth Storch Damasceno Verônica Valente Dantas Rodenburg – até 05/11/2001 Fonte: ESCELSA (2002)
67
ANEXO D - BALANÇO SOCIAL: ARACRUZ CELULOSE S/A
ANO 1999
O compromisso da Aracruz com o desenvolvimento sustentável também é refletido pelo seu empenho em manter-se como uma das melhores empregadoras do país, oferecendo salários e benefícios competitivos.
Perfil dos empregados
A Aracruz encerrou o ano de 1999 com 1.681 empregados, dos quais 80% com até o 2° grau completo e 20% com nível superior. A maioria destes empregados tem menos de 37 anos de idade (55%) e trabalha na empresa há mais de 5 anos (87%). Aproximadamente 64% são naturais do Espírito Santo.
A este pessoal próprio somam-se 2.789 terceiros que ajudam a Aracruz a desenvolver suas atividades, totalizando 4.470 empregos diretos gerados nas regiões onde a empresa atua.
O número de empregos indiretos é bem maior. Os terceiros reportados, por exemplo, são aqueles que trabalham diretamente nas atividades da companhia, e entre eles não se incluem os empregados das áreas de apoio das empresas contratadas.
Em 1999, foram investidos US$ 53,6 milhões no quadro de empregados próprios, assim distribuídos:
DESPESAS COM PESSOAL (1999) (US$ milhões) Salários 24,4 Encargos Sociais Obrigatórios 17,7 Benefícios 14,2 Participação nos Lucros e Resultados 2,9 Saúde 3,7 Alimentação 1,7 Transporte 1,3 Treinamento funcional 0,8 Previdência Privada 2,5 Outros 1,3
O total de benefícios em 1999 correspondeu a cerca de 24,5% das despesas com pessoal. Os salários pagos pela Aracruz são, de um modo geral, superiores à média paga na região e no setor de papel e celulose.
PLR - Participação nos Lucros e Resultados
68
Este programa de remuneração variável, implantado em 1995, visa reconhecer o desempenho conjunto dos empregados por sua contribuição aos objetivos e resultados da Aracruz. O programa tem por base as metas operacionais estabelecidas anualmente em negociação com os sindicatos. Este programa aplica-se somente às empresas Aracruz Celulose S.A. e Portocel.
Saúde
A Aracruz oferece aos empregados e dependentes um abrangente plano de saúde, que contempla atendimento odontológico, inclusive para serviços de ortodontia.
Além disso, por intermédio de convênio com o SESI, os empregados e dependentes até 15 anos de idade têm garantido atendimento odontológico gratuito. Este benefício aplica-se somente às empresas Aracruz Celulose S.A. e Portocel.
As crianças recém-nascidas também recebem apoio especial. Além dos 120 dias de licença maternidade garantidos pela lei, a Aracruz oferece gratuitamente uma creche na fábrica para crianças de até 6 meses, permitindo que fiquem próximas às mães. Dos 6 aos 18 meses, a empresa reembolsa parte das despesas com creches particulares. Este benefício aplica-se somente às empresas Aracruz Celulose S.A. e Portocel.
Em 1999, a população coberta mensalmente pelo plano médico-odontológico da Aracruz foi, em média, 6.345 pessoas. Foram registrados, entre outros serviços, 35.177 consultas médicas, 67.635 exames complementares e 899 internações.
Transporte
Em 1999, os empregados da Aracruz continuaram a contar com segurança e conforto no transporte até o local de trabalho. São 29 linhas de ônibus, circulando para Vitória e outras cidades próximas da unidade fabril, que atendem em média 1.100 empregados por mês, além de oferecer vale-transporte aos usuários de outros meios de transporte urbanos.
Alimentação
Na fábrica e regionais florestais foram servidas em 1999 357.000 refeições e 244.000 desjejuns. As refeições e desjejuns servidos chegam às frentes de trabalho no campo, devidamente climatizadas, dentro de alto padrão de higienização e após escolha dos próprios empregados dentro de um menu pré-selecionado.
A partir de 1997, a Aracruz passou a oferecer cesta básica para seus empregados de mais baixa renda, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de suas famílias. Este benefício aplica-se somente às empresas Aracruz Celulose S.A. e Portocel.
Treinamento
Os investimentos em treinamento e desenvolvimento da companhia levam em conta a competitividade e globalização de nosso negócio, o aumento da exigência de atualização técnica, a necessidade da gestão por resultados, do trabalho em equipe, da iniciativa, da responsabilidade profissional e da empregabilidade. Neste contexto e para o desenvolvimento destas competências, a Aracruz dedicou em torno de 78,200 horas a treinamento em 1999, tendo cada empregado cumprido em média 46
69
horas.
Previdência Privada
Com o objetivo de preservar a qualidade de vida de seus empregados e familiares na aposentadoria, invalidez ou morte, oferecendo benefícios suplementares aos da Previdência Social (INSS), a Aracruz patrocina a ARUS (Fundação Aracruz de Seguridade Social), entidade fechada de previdência privada, sem fins lucrativos.
Durante o ano, 272 empregados receberam suplementação mensal a sua aposentadoria pelo INSS, ao passo que 13 empregados cuja renda de aposentadoria é totalmente coberta pelo INSS receberam um abono no momento de seu desligamento da empresa. Este benefício aplica-se somente às empresas Aracruz Celulose S.A. e Portocel.
Gestão de Clima Organizacional
Realizou-se em agosto a primeira Pesquisa de Clima Organizacional da companhia, com um índice de participação de 85% dos empregados. A Pesquisa de Clima Organizacional é um valioso instrumento que permite à Administração conhecer a percepção coletiva dos empregados e, a partir das respostas obtidas, identificar os aspectos que possam ser aperfeiçoados para aumentar o nível de satisfação interna e eficiência.
Uma empresa com intensos investimentos de capital, como a Aracruz, tem notável capacidade de geração de recursos, qualquer que seja a sua localização. Entretanto, este efeito é ainda maior quando um projeto dessa dimensão se situa em áreas menos desenvolvidas, onde os recursos e as oportunidades de crescimento são menores.
A Aracruz tem participação ativa no desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo, da Bahia e também do país. Entre 1989 e 1999, a companhia gerou US$ 5,1 bilhões em recursos em decorrência de suas atividades operacionais (geração própria de riquezas) e US$ 1,9 bilhão por outras atividades, incluindo US$ 1,0 bilhão de receitas financeiras, US$ 0,6 bilhão de captações de capital de terceiros líquidas das amortizações e US$ 0,3 bilhão de emissão de ações (ADR's) e venda de bens do ativo permanente.
O gráfico apresenta algumas alterações com relação ao publicado no ano anterior com o objetivo de demonstrar também os recursos obtidos além das atividades operacionais, conforme descrito.
Geração de Recursos - 1989 a 1999 (milhões de dólar es)
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Os investimentos da Aracruz no próprio negócio atingiram aproximadamente US$ 2,3 bilhões, ou 32% dos recursos gerados, refletindo o compromisso dos acionistas de adicionar valor a companhia e criar novas oportunidades de desenvolvimento. A operação do empreendimento demandou a aquisição de materiais e serviços que totalizaram US$ 1,6 bilhão no período, ou 23% da riqueza gerada. Parcela significativa dos equipamentos, produtos e serviços foi adquirida nas regiões de atuação da companhia, principalmente no Espírito Santo, gerando indiretamente grande número de empregos e representando um fator adicional de desenvolvimento econômico e social.
Na remuneração do trabalho direto foi aplicado o montante de US$ 1,1 bilhão, ou 15% do total dos recursos gerados. A média anual (entre 1989 e 1999) foi de US$ 97,5 milhões.
Ao governo e às comunidades vizinhas foi destinado o montante de US$ 498 milhões, ou 7% do total dos recursos gerados, na forma de impostos, construção de infra-estrutura, apoios a programas comunitários, patrocínios e doações.
Na remuneração direta do capital foram aplicados US$ 1,2 bilhão, ou 18% do total dos recursos gerados, dos quais 5% corresponderam ao pagamento de dividendos e os 13% restantes à remuneração do capital de terceiros.
Os indicadores de 1999 estão em linha com o desempenho histórico da Companhia:
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Indicadores Sociais de 1999 Empregos Aracruz Celulose S.A. e subsidiárias internacionais 1.450 Aracruz Produtos de Madeira 122 Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho SA 109 Terceiros permanentes 2.789 Total de empregos diretos 4.470 Dispêndios (US$milhões) Remuneração (empregos diretos) 56,3 Impostos 30,1 Contratação de bens e serviços 138,0 Contribuições comunitárias 2,5 Total 226,9
Fonte: ARACRUZ (2002)
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ANO 2000
A Aracruz acredita que seu capital humano, representado pela competência de seus empregados, é o principal diferencial da empresa em sua busca de excelência no ambiente global de negócios. Dessa forma, estamos constantemente revisando nossas políticas de recursos humanos tendo em vista assegurar nossa permanência entre os melhores empregadores do Brasil, oferecendo salários e benefícios acima da média da indústria, um ambiente de trabalho desafiante e motivador, e contínuas oportunidades para o aprimoramento e crescimento profissional.
É por este motivo que encaramos com muita seriedade o treinamento de nossos empregados. Durante 2000 a Aracruz dedicou cerca de 44,4 mil horas a atividades de treinamento, tendo cada empregado cumprido em média 31 horas.
FÁBRICA C
Como parte dos preparativos para o nosso projeto de expansão, desenvolvemos programas de treinamento específicos tendo em vista a qualificação de milhares de trabalhadores para as posições que serão abertas durante as fases de implantação e operação. Tanto a Aracruz como os oito principais fornecedores do projeto comprometeram-se a contratar localmente mais de 80% da mão-de-obra necessária para a construção da nova linha de produção. Ao final de 2001, o programa de treinamento da Fábrica C espera qualificar 2.500 trabalhadores, muitos dos quais serão diplomados em mais de uma especialidade técnica.
O quadro de empregados da empresa manteve-se estável durante 2000. Ao final do ano a Aracruz tinha 1.689 empregados, incluindo os de nossas subsidiárias internacionais, da Aracruz Produtos de Madeira e da Portocel. A eles somam-se 2.954 terceiros permanentes, totalizando 4.643 empregos diretos nas regiões onde estamos presentes.
O número de empregos indiretos gerados por nossas operações é muito maior. Os terceiros reportados, por exemplo, são apenas os que trabalham diretamente nas atividades da companhia, e entre eles não se incluem os ligados às áreas administrativas e de apoio das empresas contratadas, nem seus fornecedores e sub-fornecedores.
Em 2000, foram a Aracruz destinou cerca de US$57,8 milhões aos seus empregados próprios, conforme indicado no quadro.
US$ milhões
Salários 27,5
Encargos sociais obrigatórios 16,5
Benefícios 13,8
Participação nos Lucros e Resultados 4,1
Assistência Médica 3,3
Alimentação e Cesta Básica 1,7
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Transporte 1,4
Treinamento Funcional 0,9
Previdência Privada 1,3
Outros 1,1
O valor total de benefícios em 2000 correspondeu a cerca de 24% das despesas com pessoal.
Implantado há cinco anos, o programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) continuou a ser um importante incentivo no reconhecimento da contribuição dos empregados para os objetivos e resultados da empresa. Em 2000, aproximadamente US$4,0 milhões foram distribuídos aos empregados nesse programa. A empresa também patrocina a Fundação Aracruz de Seguridade Social (Arus), entidade fechada de previdência privada, sem fins lucrativos, que visa preservar a qualidade de vida dos empregados e seus dependentes na aposentadoria, invalidez ou morte.
A Aracruz dedica especial atenção à saúde de seus empregados e familiares, oferecendo um abrangente plano de saúde e atendimento odontológico. Na fábrica, tratamento especial é dispensado aos recém-nascidos: para permitir que as mães fiquem ao lado dos filhos durante o horário de trabalho, a empresa oferece creche para crianças de até 6 meses.
A alimentação dos empregados também é cercada de cuidados. A empresa oferece refeições balanceadas em restaurantes próprios e refeitórios nas regionais florestais, tendo contabilizado cerca de 462 mil refeições em 2000.
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Geração de recursos
Por meio de investimentos consistentes ao longo dos anos a Aracruz vem prestando importante contribuição para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo e da Bahia. Entre 1989 e 2000, a empresa gerou US$7,5 bilhões em recursos econômicos.
No mesmo período, as atividades operacionais da companhia geraram US$5,9 bilhões, ou 79% do total, dos quais US$2,5 bilhões foram reinvestidos no próprio empreendimento, reafirmando o compromisso dos acionistas com o futuro da companhia e a criação denovas oportunidades de desenvolvimento. A Aracruz adquiriu US$1,6 bilhão em materiais e serviços no período. A maior parte dos equipamentos, produtos e serviços foi adquirida nas regiões onde a empresa desenvolve suas operações - Espírito Santo e Bahia - contribuindo assim para a geração de um grande número de empregos indiretos, num estímulo adicional ao progresso da região.
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FÁBRICA C
O Projeto Fábrica C representa um novo e importante agente de geração de recursos. O investimento total atinge US$ 825 milhões, sendo US$ 575 milhões na área industrial e US$ 220 milhões em atividades florestais. Outros US$26 milhões se destinam a melhorias em nosso porto privativo, Portocel, e à construção de um novo terminal para barcaças no extremo sul da Bahia, necessário para as atividades do projeto, além de US$ 4 milhões em infra-estrutura social, aí incluída a doação de 17 ambulâncias para o governo do Espírito Santoe de uma UTI móvel para a prefeitura de Aracruz, alémda informatização de hospitais da rede pública estadual.Nas fases de estabelecimento de novos plantios e da construção da nova linha de produção, o projeto Fábrica C irá gerar cerca de 11.500 empregos. A manutenção dos novos plantios e a operação da nova unidade industrial criarão aproximadamente 5.500 postos de trabalho. A construção da Fábrica C deverá gerar cerca de US$50 milhões em impostos municipais, estaduais e federais.
Indicadores Sociais de 2000
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Empregos Aracruz Celulose S.A. e subsidiárias internacionais 1.434
Aracruz Produtos de Madeira S.A. 151
Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A 104
Terceiros Permanentes 2.954
Total de empregos diretos 4.643
Dispêndios (US$ milhões) Remuneração (empregados próprios) 57,8
Impostos 28,3
Contratação de bens e serviços 175,1
Contribuições comunitárias 4,5
Total 265,7
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Fonte: ARACRUZ (2002)
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ANO 2001
Empregos - dados consolidados 2001
Aracruz Celulose S.A. e subsidiárias internacionais 1. 542
Aracruz Produtos de Madeira S.A. 146
Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. 106
Terceiros Permanentes 3.037
Total de Empregados Diretos 4.831
Remuneração do trabalho - empregados próprios (US$ milhões)
Salários 25,0
Encargos sociais obrigatórios 11,2
Benefícios 13,8
Participação nos Lucros e Resultados 4,7
Assistência Médica 3,3
Alimentação e Cesta Básica 1,4
Transporte 1,3
Treinamento Funcional 0,7
Previdência Privada 1,3
Outros Benefícios 1,1
Total Despendido 50,0
Estatísticas Selecionadas - Aracruz Celulose 2001
Admissões 146 Salário nominal médio (R$) 1.937,00 Piso salarial (R$) 441,40 Horas dedicadas a atividades de treinamento 110.000 Horas de treinamento por empregado 73 Número de beneficiários atendidos pelo plano de saúde 5.945 Número de consultas médicas realizadas no plano de saúde 39.862 Número de exames complementares no plano de saúde 78.605 Número de internações no plano de saúde 605 Número de refeições servidas 395.421
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A Aracruz respondeu pela manutenção de 4.831 empregos diretos ao final do período, aí incluídos 1.794 empregados próprios e 3.037 terceiros permanentes. Os empregados próprios têm em média 37 anos de idade; estão na empresa há 12 anos; 70% são naturais do Espírito Santo e Bahia; cerca de 91% são do sexo masculino e 68% têm no mínimo segundo grau completo. A se considerar os parâmetros aplicados internacionalmente a empresas de celulose, estima-se que a Aracruz gere cerca de 50 mil empregos indiretos.
Pela própria natureza de suas atividades florestais e industriais, a Aracruz tem um grande percentual de empregados do sexo masculino. Nossa política de seleção e promoção não admite fatores discriminatórios como sexo, raça ou religião, entre outros; são consideradas exclusivamente as qualificações técnicas e/ou comportamentais para o exercício do cargo. Estamos contribuindo para a promoção da igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ao sermos a primeira empresa no Brasil, no setor de celulose e papel, a ter mulheres no quadro operacional em nossa fábrica. No treinamento de um ano que promovemos em parceria com o Senai e a Faculdade de Aracruz tendo em vista a operação da nossa nova fábrica, 20% dos inscritos eram do sexo feminino; dos 80 novos jovens profissionais admitidos ao final do processo, 26% eram mulheres.
Atrair, desenvolver e manter profissionais talentosos e qualificados, alinhados com os valores e a cultura da empresa são cuidados permanentes de todos os gestores da Aracruz. A empresa mantém um amplo programa de benefícios e realiza investimentos constantes na formação, capacitação e desenvolvimento de toda sua equipe, visando garantir um desempenho superior em sintonia com as rápidas mudanças que acontecem no mundo. .
Em 2001 instituímos o Ande - Análise do Desenvolvimento, um programa para estimular e orientar o desempenho e desenvolvimento dos empregados do nível operacional e administrativo. O Ande introduz um processo estruturado de avaliação de competências, com ações de treinamento e aperfeiçoamento definidas e monitoradas ao longo do tempo, as quais constituem, em conjunto, o plano de treinamento da área.
No Programa de Qualificação Profissional que desenvolvemos em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e da Bahia, realizamos 32 cursos no Espírito Santo em 2001, contemplando 4.422 trabalhadores. Os cursos atenderam tanto à Fábrica C (áreas de metalmecânica, elétrica, instrumentação, fomento e operacional) como à comunidade em geral (áreas de saúde, turismo, agricultura e comércio). Na Bahia, os 28 cursos realizados objetivaram a formação de mão-de-obra local para o Terminal de Caravelas, a área de Produção e Suprimento de Madeira da Aracruz Celulose, a Aracruz Produtos de Madeira e a comunidade, alcançando 1.416 trabalhadores. Boa parte desse esforço, feita por intermédio dos Senais do Espírito Santo, Bahia e Paraná, visou assegurar a máxima participação da mão-de-obra local nas obras e posterior operação da expansão.
Durante o ano 27 alunos formaram-se no primeiro grau por meio do Programa Arcel Educar, que visa elevar a escolaridade dos empregados do nível operacional, aumentando suas oportunidades de crescimento profissional. A partir de 2002, deveremos estender o programa ao segundo grau, ampliando seus benefícios.
Também buscamos ampliar as fontes de recrutamento de pessoal,
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com o suporte de sistemas de informação. Foi colocado à disposição pela internet um novo recurso para o cadastramento de pessoas interessadas em trabalhar na Aracruz. Ao longo do ano mais de 4 mil currículos foram recebidos pela internet, confirmando a boa imagem da empresa como empregadora.
Intensificamos nosso esforço de comunicação interna, visando aumentar o nível de conhecimento dos empregados e terceiros sobre questões relacionadas às atividades da empresa. Realizamos nossa segunda Semana Interna do Eucalipto; facilitamos o comparecimento de nossos empregados e suas famílias à Feira do Verde (principal evento de cunho ambiental promovido no Espírito Santo) e distribuímos amplo material de informação sobre nossa principal matéria-prima.
Em seu sexto ano, o Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) distribuiu aproximadamente US$ 4 milhões, confirmando-se como importante incentivo à produtividade. O programa assegura aos empregados o reconhecimento financeiro dos esforços que empreenderam por melhores índices em seis fatores: produção de celulose, qualidade, segurança no trabalho, assiduidade, meio ambiente e custo de produção. Os parâmetros para cada índice são estabelecidos anualmente, em negociação com os sindicatos. Para os gestores, o programa se baseia em indicadores de desempenho da empresa e individuais.
A Arus - Fundação Aracruz de Seguridade Social encerrou o ano com 417 aposentados e pensionistas. O objetivo dessa entidade fechada de previdência privada, sem fins lucrativos, é suplementar os benefícios concedidos pela Previdência Social (INSS). Em 2001, a patrocinadora Aracruz Celulose contribuiu com cerca de US$ 1 milhão, visando reforçar a reserva de aposentadoria ao longo da vida ativa do participante e contribuir para o custeio dos benefícios de aposentadoria por invalidez e pensão por morte, oferecidos gratuitamente.
A Aracruz assegura um dos mais completos programas de assistência médica, hospitalar e odontológica do mercado. A assistência odontológica inclui tratamento ortodôntico, complementado por um convênio com o Sesi - Serviço Social da Indústria para atendimento gratuito aos empregados e dependentes com até 15 anos de idade.
A empresa oferece cardápios balanceados e de qualidade em seus restaurantes. As refeições e desjejuns servidos chegam às frentes de trabalho no campo devidamente climatizados, dentro de alto padrão de higiene e após escolha pelos próprios empregados dentro de um menu pré-selecionado.
Itens como transporte, reembolso de despesas com creche, seguro de vida em grupo, auxílio-farmácia, empréstimo-ótica, empréstimo de emergência, auxílio-funeral, complementação salarial para o afastado pelo INSS e cesta básica também integram o pacote de benefícios oferecido pela Aracruz.
Todo esse esforço foi refletido na nossa segunda pesquisa de clima organizacional, da qual participaram 88% dos empregados. O resultado apontou um significativo avanço em relação a 1999, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, posicionando a Aracruz entre as cinco empresas com melhores práticas de gestão de clima organizacional do país, segundo a classificação da Hay do Brasil, consultoria que realizou o processamento das informações. Em diversos fatores pesquisados fomos referência nacional; na grande maioria, ficamos dentro das melhores práticas de mercado; e, em quase todos, o índice de satisfação ficou acima da média de mercado.
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Geração de recursos
Ao longo de quase 35 anos de atividades, a Aracruz vem prestando consistente contribuição ao desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo e da Bahia. Entre 1989 e 2001, a empresa foi responsável pela geração de US$ 8,8 bilhões em recursos econômicos.
Desse total, US$ 2,9 bilhões, ou 33%, foram reinvestidos no próprio empreendimento, corroborando a confiança dos acionistas no futuro da companhia e seu empenho em criar novas oportunidades de desenvolvimento. As receitas de exportações corresponderam a US$ 6,2 bilhões, numa notável contribuição à balança de pagamentos brasileira.
A Aracruz adquiriu no mesmo período US$ 2,3 bilhões em materiais, produtos e serviços, a maior parte dos quais nas regiões onde desenvolve suas operações - Espírito Santo e Bahia -, proporcionando dessa forma a geração de grande número de empregos indiretos, numa contribuição adicional para o progresso da região.
O gráfico ao lado sofreu alguns ajustes em comparação ao apresentado no ano anterior, em função de mudança efetuada pela empresa na classificação de custos de frete oceânico e seguros, que passaram a ser contabilizados no resultado como componente do custo de vendas. Com isso, o frete oceânico e os seguros de 1989 a 2000, antes subtraídos do valor de recursos gerados pela empresa, foram reclassificados como compra de materiais e serviços, elevando o valor desses itens em cerca de US$ 380 milhões.
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FÁBRICA C
Um bom exemplo do efeito multiplicador das atividades da Aracruz sobre a economia regional está sendo proporcionado pela construção da Fábrica C. Do investimento total de aproximadamente US$ 575 milhões previsto na área industrial para a ampliação da capacidade de produção de celulose, quase US$ 140 milhões (ou 24% do total) haviam sido despendidos até o final de dezembro em compras locais de materiais e serviços (os fornecedores da região representam 70% dos envolvidos no projeto). As obras geraram até aqui cerca de US$ 1,4 milhão em impostos municipais e estaduais, e envolveram 8 mil trabalhadores, dos quais mais de 70% são residentes na região.
Destinação dos recursos gerados em 2001 Investimentos na fábrica, florestas e equipamentos 408,5
Compra de materiais e serviços 196,3
Remuneração do capital 149,0
Remuneração do trabalho 50,0
Impostos 51,7
Projetos comunitários, doações e outras demandas sociais 3,9
Total 859,4
Fonte: ARACRUZ (2002)
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ANEXO E - BALANÇO SOCIAL: CST - COMPANHIA SIDERÚRGI CA DE TUBARÃO
ANO 2000
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Fonte: CST (2002)
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ANO 2001
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Fonte: CST (2002)