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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS ARTUR CANCELIERE SAGAZ IAGO LOUREIRO EGNER CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE PESCA SUBMARINA Vitória 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS

ARTUR CANCELIERE SAGAZ

IAGO LOUREIRO EGNER

CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE PESCA SUBMARINA

Vitória

2018

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ARTUR CANCELIERE SAGAZ

IAGO LOUREIRO EGNER

CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE PESCA SUBMARINA

Vitória

2018

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SUMÁRIO GERAL

INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 7

OBJETIVO............................................................................................................... 10

METODOLOGIA...................................................................................................... 11

CAPÍTULO I............................................................................................................... 12

O MERGULHO

CONTEXTO HISTÓRICO........................................................................................ 12

EVOLUÇÃO DO MERGULHO...................................................................................12

EQUIPAMENTOS.................................................................................................. 14

TIPOS DE MERGULHO.......................................................................................... 18

RISCOS DO MERGULHO........................................................................................ 19

CAPÍTULO II............................................................................................................ 23

ANIMAIS MARINHOS.............................................................................................. 23

CUIDADOS........................................................................................................... 23

LEGISLAÇÃO........................................................................................................ 28

CAPÍTULO III........................................................................................................... 29

COMPETIÇÃO DE PESCA SUBMARINA

INTRODUÇÃO À COMPETIÇÃO............................................................................ 29

ESTRUTURAÇÃO.................................................................................................. 29

LEGISLAÇÃO...................................................................................................... 32

CONCLUSÃO......................................................................................................... 33

BIBLIOGRAFIA....................................................................................................... 34

ANEXOS................................................................................................................. 38

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SUMÁRIO DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Sino de mergulho .................................................................................. 12

Ilustração 2: Augustus Siebe ..................................................................................... 13

Ilustração 3: Escafandro ............................................................................................ 13

Ilustração 4: Máscara ................................................................................................ 14

Ilustração 5: Snorkel .................................................................................................. 14

Ilustração 6: Nadadeira ............................................................................................. 14

Ilustração 7: Cinto de lastro ....................................................................................... 15

Ilustração 8: Faca ...................................................................................................... 15

Ilustração 9: Luvas .................................................................................................... 15

Ilustração 10: Lanterna .............................................................................................. 15

Ilustração 11: Roupa isotérmica ................................................................................ 16

Ilustração 12: Profundímetro ..................................................................................... 16

Ilustração 13: Manômetro .......................................................................................... 16

Ilustração 14: Bandeiras ............................................................................................ 17

Ilustração 15: Scuba .................................................................................................. 17

Ilustração 16: Barracuda ........................................................................................... 23

Ilustração 17: Mangangá ........................................................................................... 24

Ilustração 18: Medusa ............................................................................................... 24

Ilustração 19: Moréia ................................................................................................. 25

Ilustração 20: Serpente Marinha ............................................................................... 25

Ilustração 21: Polvo ................................................................................................... 26

Ilustração 22: Raia .................................................................................................... 26

Ilustração 23: Ouriço-do-mar ..................................................................................... 27

Ilustração 24: Tubarão .............................................................................................. 27

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AGRADECIMENTOS

Eu Artur gostaria de agradecer primeiramente a Deus que me manteve firme

neste período em que aconteceram situações que poderiam fazer com que eu

desistisse de continuar essa pesquisa. Aos meus familiares e amigos que me

apoiaram e incentivaram. A UFES por ter dado a oportunidade de fazer uma

graduação e expandir meus horizontes e ao CEFD por ter um corpo docente muito

bom, além de excelentes profissionais que zelam pelo local. Ao Professor Dr. Edson

Castardeli por te nos orientado nos dando assistência quando necessitamos. Ao

meu parceiro de TCC e meu grande amigo Iago, pois sem o incentivo dele, esse

trabalho poderia não ter ficado pronto. Ao meu amigo Weverton, que me serviu de

exemplo para que eu concluísse a pesquisa. A minha namorada que me deu apoio

por todo tempo em que estava sendo desenvolvido este trabalho. Aos grupos e

entidades da pesca submarina do Brasil que nos ajudaram, aos atletas, praticantes

amadores, diretores, coordenadores e a todos que de alguma forma nos ajudaram

direta ou indiretamente no desenvolvimento deste trabalho, sem a ajuda de todos

com certeza não conseguiríamos.

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AGRADECIMENTOS

Eu Iago gostaria de agradecer a Deus pela força que me deu para concluir

esta etapa em minha vida, a minha família e amigos pelo apoio. Ao meu grande

amigo Artur pelo foco, sem o direcionamento dele, este trabalho poderia não ter sido

desenvolvido. Ao CEFD/UFES por nos proporcionar o aprendizado de maneira

eficaz com professores capazes e a todos os servidores pela paciência e amizade

conosco. Ao Professor Edson pelas ajudas que nos deu quando precisamos. A

todos os praticantes da pesca submarina pelo Brasil que de alguma forma nos

ajudaram, sejam com textos, artigos, relatos, saibam que cada um foi de extrema

importância para o desenvolvimento deste trabalho, sem a ajuda de vocês seria

muito difícil para nós. Ao meu grande amigo Weverton pelo exemplo demonstrado e

que, de nossa maneira, seguimos.

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INTRODUÇÃO

A prática do mergulho faz parte da própria história da humanidade. Na

antiguidade essa atividade era realizada para a retirada de alimentos das águas e a

busca de objetos para comercialização. Há relatos de Platão e Homero que, em

Kalymnos, pequena ilha do Mar Egeu, parte de Dodecaneso, um grupo de mais de

50 ilhas situadas no sudeste da Grécia, existia a profissão de mergulhador para

busca de esponjas que eram utilizadas para o banho, sendo conhecida como uma

das profissões mais antigas da ilha, essa atividade trouxe desenvolvimento social e

econômico para a ilha (HENDRIKSE; MERKS, 2009).

Atualmente, o mergulho é o principal meio de contato entre o homem e o

fundo do mar e pode ser dividido em duas categorias: livre e autônomo, cuja

diferença principal está na Self Contained Underwater Breathing Apparatus

(SCUBA), que significa o tanque de ar (FREIRE, 2005). Tanto o mergulho livre como

o autônomo permitem aos seus adeptos observar as paisagens marinhas tão bem

quanto um peixe, o que pode gerar manifestações, sensações e emoções diferentes

para cada indivíduo, proporcionando ao ser humano um contato consigo mesmo e

com o meio ambiente (FREIRE, 2005).

O mergulho em apnéia é uma atividade que exige somente as capacidades

físicas do praticante sem utilização de aparelhos. Já o mergulho autônomo ou scuba

utiliza gás pressurizado para que o indivíduo inale o ar e consiga ficar por um maior

tempo dentro da água (TORRES, 2004).

Porém, para presenciar essas manifestações que o mergulho pode

proporcionar, temos que levar em consideração a utilização de alguns

equipamentos, tais como: máscara, snorkel, nadadeira, cinto de lastro, faca, luva,

colete, lanterna, roupa isotérmica, relógio, profundímetro, bússola, manômetro,

computador, bóia, bandeira, narguile e cilindro. Além dos equipamentos já citados

acima, que o praticante de pesca submarina deve utilizar, outro equipamento

fundamental é o arpão ou arbalete (PEREGRINO, S/D).

Os primeiros registros da pesca submarina regulamentada está em Portugal

através do Centro Português de Actividades Subaquáticas (CPAS), associação sem

fins lucrativos criada em 1953 (CPAS, 2011). No Brasil, em 1947, havia a prática da

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caça submarina entre dois clubes pioneiros, o Iate Clube do Rio de Janeiro e o

Clube dos Marimbás, ambos do Rio de Janeiro.

Quando a pesca submarina saiu para além dos clubes, houve, na praia do

Arpoador, as primeiras pescas submarinas fora dos clubes. É fundada então, em

1951, a Associação Brasileira de Caça Submarina, organizando os primeiros

campeonatos que eram disputados em Angra dos Reis (COLASANTI, 2009).

A pesca submarina é regida por Leis que são utilizadas tanto no âmbito do

lazer como também na prática enquanto esporte. Assim, todo praticante de pesca

submarina devem cumprir as normas estabelecidas para a prática, além de possuir

uma licença de pesca amadora para estar legalmente autorizado a praticar a pesca

submarina, deve-se levar em consideração também as normas que regulamentam a

Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Atividade Pesqueira1¹, que

fiscalizam os períodos de defeso, as temporadas de pesca, as áreas interditadas e

de reserva, além de obedecer outras normas de captura de peixes como cita a

Instrução Normativa Interministerial Nº 9, onde se lê no artigo 14 da mesma.

No Espirito Santo – Brasil, em 01/06/1973, foi fundada a Federação Capixaba

de Pesca e lançamento (FECAPE), e manteve-se filiada à Confederação Brasileira

de Pesca de Desportos Subaquáticos (CBPDS) até fevereiro de 2012. Atualmente

encontra-se filiada à Confederação Brasileira de Pesca e lançamento (CPBL-NPB).

A FECAPE é composta por 7 clubes, Associação Esportiva e Recreativa Tubarão –

AERT, Aruanã Clube de Pesca e Desportos Subaquaticos, Clube de Natação e

regatas Alvares Cabral, Clube de Pesca Santo Antônio, Clube Ítalo-brasileiro do

Espírito Santo, Hilal Clube de pesca e Lançamento e Tormenta Clube de pesca e

lançamento, que tem em comum interesse a finalidade de: dirimir, difundir, proteger

e incentivar, no Estado do Espírito Santo, as seguintes atividades: pesca amadora,

praticada em terra firme ou embarcado, de forma costeira ou oceânica, fluviais ou

lacustres, bem como a modalidade de lançamento (FECAPE, S/D). Atualmente,

quem se mantém filiada à CBPDS é a FEPDSES (Federação Esportiva Dirigente de

toda a Pesca e Mergulho do Estado do Espírito Santo), este, possui a missão de

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BRASIL. Lei nº 11.959. Normas Gerais da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca. Brasília, 2009.

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desenvolver o esporte de alto rendimento no Espírito Santo (FEPDSES, 2014).

A fim de se aprofundar e em virtude de encontrar uma grande dificuldade em

obter material teórico para um maior estudo sobre essa prática, se vê a necessidade

de desenvolver este trabalho para poder agregar material bibliográfico para quem

busca conhecer mais sobre essa modalidade. Este trabalho traz a investigação

sobre a pesca submarina de modo geral, com foco na prática como esporte.

Ressalta a historicidade dessa modalidade de pesca e como ela sofreu alterações

ao longo dos anos, sendo uma prática que possui tantos anos de existência e

continua sem grandes conhecimentos pela maioria da população brasileira.

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OBJETIVO

Compreender a prática da Pesca Submarina e criar um manual introdutório

ao mergulho. Para que a pessoa que se interesse pela prática saiba como esta é

estruturada.

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METODOLOGIA

Tradicionalmente, o local mais privilegiado para localização de fontes

bibliográficas são as bibliotecas, porém, com a grande difusão de materiais

bibliográficos por meios eletrônicos tem-se a necessidade de pesquisar também por

meio de base de dados (Scielo, Google Acadêmico, Capes) e sistemas de busca

que também serão considerados (GIL, 2002). As fontes pesquisadas neste trabalho

serão livros, fóruns, blogs, artigos, legislação e revistas. Como critério de seleção

foram utilizadas palavras-chave como: “pesca submarina”, “mergulho”, “apneia”,

“legislação pesca”, “mergulho em apneia”. Foram considerados os trabalhos que

tinha como objetivo descrever sobre a prática do mergulho e legislações que regem

sobre a pesca.

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CAPÍTULO I

O MERGULHO

EVOLUÇÃO DO MERGULHO

O principal desenvolvimento a ser feito, era com a capacidade que o

mergulhador permanecer submerso. Nas primeiras tentativas foram utilizados

pedaços ocos de junco2² para ligar o mergulhador à superfície, aumentando assim,

sua capacidade de permanecer debaixo d’água, o que foi utilizado também para

estratégias militares (BRASIL MERGULHO, 2008).

O sino foi o primeiro equipamento prático de mergulho, que consistia em um

equipamento cônico onde o mergulhador descia com esse sino junto à cabeça e

com a pressão feita pelo ar, era feito então um compartimento onde o mergulhador

poderia utilizar o ar que ali foi vedado.

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Gênero botânico de plantas floríferas pertencentes à família das Juncaceae.

Ilustração 1: Sino de mergulho

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O primeiro traje de mergulho funcional foi desenvolvido

por Augustus Siebe. Este projetou um selo entre o

capacete e a roupa, que permitia exalar o ar por baixo

do capacete, ao mesmo tempo que impedia a entrada

de água (BRASIL MERGULHO, 2008). Após a criação

do escafandro por Augustus Siebe, a exploração do

fundo do mar ganhou mais espaço e fôlego. Por mais de

100 anos o escafandro sofreu poucas modificações e foi

a principal ferramenta de trabalho dos mergulhadores.

Apesar do peso (um traje pesava por volta de 100kg),

pouca mobilidade e visibilidade, o escafandro permitiu a

exploração submarina nunca feita antes (CUNHA, 1999).

Ilustração 2: Augustus Siebe

Ilustração 3: Escafandro

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EQUIPAMENTOS

Com o passar dos anos e com os avanços tecnológicos, os equipamentos

existentes utilizados no mergulho evoluíram além de surgirem novos equipamentos

para melhorar o mergulho, equipamentos de localização, computadores para

identificar melhores locais para mergulhar, programas ou aplicativos que informam

como está a maré em determinado local, etc.

Dentre essa variedade de equipamentos, podemos destacar:

Máscara: tem como objetivo adequar nossa visão no meio líquido, visto que nossa

visão não é adaptada para este meio. Estas podem ser de borracha

sintética ou silicone com vidro temperado.

Snorkel: é um tubo acoplado a um bocal que tem como função permitir a respiração

na superfície mesmo quando a cabeça estiver voltada para baixo.

Deve ser utilizado tanto no mergulho livre (apnéia) quanto no

autônomo.

Nadadeira: equipamento utilizado para o deslocamento no meio líquido. Quase todo

deslocamento feito pelo mergulhador, depende somente

das nadadeiras, os braços são utilizados apenas para

uma mudança brusca de direção.

Ilustração 4: Máscara

Ilustração 5: Snorkel

Ilustração 6: Nadadeira

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Cinto de Lastro: tem por finalidade deixar o mergulhador com flutuabilidade neutra.

Sua fivela deve ser de soltura rápida para quando

houver necessidade, se livrar dos pesos rapidamente.

Existem cintos de nylon, borracha ou PVC e os

chumbos podem ser fixos ou de desengate rápido

pesando em geral, 0,5kg; 1kg; 2kg ou 3kg.

Facas: equipamento de segurança indispensável em qualquer tipo de mergulho.

Para a pesca submarina geralmente são utilizadas facas pequenas

e com lâminas finas parecidas com adagas.

Luvas: as luvas têm por finalidade proteger as mãos do mergulhador contra

espinhos, além de oferecer uma proteção térmica.

Lanternas: indispensáveis para certos tipos de mergulho (noturno, caverna,

profundo). Algumas lanternas feitas para mergulho não podem

ser utilizadas fora d’água pelo aquecimento que esta gera,

porém, lâmpadas de LED estão sendo utilizadas pela

economia, durabilidade e sem perder a qualidade de foco e

luminosidade.

Ilustração 7: Cinto de lastro

Ilustração 8: Faca

Ilustração 9: Luvas

Ilustração 10: Lanterna

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Roupas Isotérmicas: fabricadas em sua maioria de espuma de neoprene, tem

como função principal a proteção térmica do mergulhador e

também de proteger o corpo contra animais marinhos e

escoriações.

Relógio: utilizado no mergulho com ar comprimido, o controle do tempo durante o

mergulho é indispensável. O relógio além de ser a prova d’água, tem de ser também

a prova de pressão.

Profundímetro: tem por finalidade controlar a profundidade onde o mergulhador se

encontra.

Bússola: com modelos a prova de pressão, são utilizados por mergulhadores que

precisem de fazer orientação subaquática.

Manômetro: serve para determinar, de forma imediata, a quantidade de ar que resta

durante o mergulho. Também existem os manômetros terrestres,

estes servem apenas para leituras fora da água.

Ilustração 11: Roupa isotérmica

Ilustração 12: Profundímetro

Ilustração 13: Manômetro

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Computadores: são pequenos computadores que tem por objetivo calcular a

saturação dos tecidos dos corpo humano baseados em padrões de modelos

biofísicos e tabelas de descompressão, fornecendo informações importantes como,

tempo de descompressão, residual de nitrogênio, intervalo de superfície, etc.

Bóias e Bandeiras: utilizados para informar que há

mergulhadores na região para o caso de outras

embarcações passarem próximos ao local onde está

sendo feito o mergulho.

SCUBA: conjunto de respiração subaquático autônomo, composto por um ou mais

cilindros de alta pressão. Porém, na pesca submarina é proibido por legislação à

utilização do cilindro de O2.

Narguile: equipamento de respiração subaquático dependente, isto é, o

equipamento de suprimento de ar está na superfície. Este tipo de equipamento é

Ilustração 14: Bandeiras

Ilustração 15: Scuba

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utilizado em trabalhos em áreas restritas, devido a sua pouca mobilidade.

TIPOS DE MERGULHO

O mergulho é classificado em dois modos, mergulho livre ou apnéia e

mergulho com respiração subaquática ou autônomo.

O mergulho livre é aquele que a pessoa só utiliza da capacidade pulmonar

para explorar o meio líquido sem auxílio de aparelhos que possam dar mais fôlego

enquanto estiver submerso. No mergulho autônomo a pessoa utiliza equipamento

para respirar debaixo d’água (PEREGRINO, S/D).

Quanto ao equipamento utilizado, no mergulho autônomo é utilizado o cilindro

com ar pressurizado. No chamado “mergulho raso” onde são realizados mergulhos

de até 40 metros de profundidade, normalmente se utiliza ar comprimido, mas a

partir dos 30 metros com os níveis de pressão maiores em cima do Nitrogênio, pode

produzir efeitos tóxicos (ADRIANO et al., 2009).

Já no “mergulho fundo”, são realizadas descidas com profundidades maiores

que 40 metros, onde não se utiliza mais ar comprimido para respirar e sim uma

mistura de gás hélio ou hidrogênio com gases inertes. Pois à medida que se

aumenta a profundidade, a pressão parcial dos gases aumenta também, podendo

tornar alguns gases tóxicos e a única maneira de se evitar esse efeito indireto da

pressão é diminuindo a porcentagem de gases na mistura (PEREGRINO, S/D).

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RISCOS DO MERGULHO

Assim como outros esportes, o mergulho também traz seus riscos, conforme

o mergulhador desce, a pressão aumenta e isso pode afetar de várias maneiras o

corpo humano.

Podemos classificar como efeitos diretos ou primários aqueles efeitos

mecânicos que são ocasionados diretamente pelo aumento de pressão. Podendo

provocar Barotraumas e a Hiperdistensão Pulmonar (Embolia Arterial Gasosa –

EAG) e são regidos pela Lei de Boyle.

Segundo Boyle, “quanto maior a pressão exercida sobre o gás no recipiente,

menor volume haverá” e vice-versa. À medida que o mergulhador for descendo e a

pressão aumentando, o trabalho mecânico do pulmão pode ser comprometido.

Como efeitos indiretos ou secundários, que são os efeitos fisiológicos,

bioquímicos e biofísicos exercidos pelos componentes de misturas gasosas sobre

determinados tecidos. Podem provocar Intoxicações e o Mal Descompressivo, sendo

regidos no primeiro caso pela Lei de Dalton e no segundo pela Lei de Henry

(PEREGRINO, S/D).

Lei de Dalton, “numa mistura gasosa, cada gás comporta-se como se ele

ocupasse sozinho o volume global de mistura; a pressão total da mistura é a soma

das pressões parciais dos diferentes gases que a compõem” (CAVALCANTE, S/D).

Lei de Henry, “numa mistura gasosa, a quantidade dissolvida de cada gás é

proporcional à pressão parcial” (AROEIRA, S/D).

Para que o mergulhador não tenha grandes chances de ter Barotrauma,

deve-se fazer a compensação do ouvido para ajustar o organismo à pressão que

está atuando. A compensação se faz engolindo a seco ou através da manobra de

Valsalva (fechar a boca e o nariz tentando assoprar para fora) (ROMANO, 2013).

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EFEITOS DIRETOS OU PRIMÁRIOS

Barotraumas

Nosso organismo apresenta cavidades de conteúdo gasoso que exigem

adaptação quando submetidos à variações de pressão. Caso a capacidade de

adaptação for ultrapassada, poderão surgir acidentes como o Barotrauma

(PEREGRINO S/D). Segundo Peregrino existem dois tipos de efeitos, os primários e

os secundários, os primários são efeitos mecânicos ocasionados diretamente pelo

aumento da pressão. Causando assim os Barotraumas e expansões de alguns

órgãos. Dentre os efeitos primários, podemos citar:

Barotrauma da Orelha Média

Ocorre quando a pressão na orelha média é maior que a pressão interna

vindo da faringe, assim, a pressão da orelha externa passa a deformar a membrana

do tímpano, podendo se romper com facilidade.

Barotrauma Sinusal

Os seios da face permitem o equilíbrio da pressão do meio ambiente com a

pressão no seu interior. A obstrução destas cavidades impede o equilíbrio da

pressão ambiente com a do interior dos seios da face causando problemas como

edemas e hemorragias.

Barotrauma de Máscara

A pressão no interior da máscara deverá ser mantida em equilíbrio com a

pressão exterior, o que é possível pela comunicação com as fossas nasais. Caso

contrário, a pressão menor do interior da máscara se transformará em uma ventosa

causando lesões ao redor do globo ocular e nos tecidos da face.

Expansão do Estômago e Intestinos

É proveniente da expansão dos gases deglutidos durante o mergulho quando

o mergulhado está subindo.

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Barotrauma Pulmonar

Causada geralmente no mergulho livre (apnéia) em profundidades a partir de

40 metros. A partir dessa profundidade, os pulmões ficam com a pressão interna

menor que a externar causando a compressão deles.

Barotrauma Pulmonar Total em Apnéia Rasa

Ocorre quando o mergulhado ao ir descendo, vai expelindo o ar, fazendo com

que a compressão dos pulmões aconteça antes dos 40 metros, pois vai diminuindo a

pressão interna e aumentando a externa.

Embolia Arterial Gasosa (EAG)

Quando o mergulhado inspira ar comprimido em uma certa profundidade e

prende o ar voltando para a superfície. Com o aumento da pressão intrapulmonar

ocorre distensão e ruptura alveolar e penetração de ar na circulação sanguínea,

interrompendo a irrigação de estruturas importantes do organismo.

EFEITOS INDIRETOS OU SECUNDÁRIOS

Peregrino também diz que, “os efeitos secundários são efeitos fisiológicos,

bioquímicos e biofísicos exercidos pelos componentes de misturas gasosas sobre

determinados tecidos”. Assim, entende-se que são efeitos ocasionados também pelo

aumento de pressão, porém, utilizando como mediador do efeito, os gases que são

inalados durante o mergulho. Dentre os efeitos secundários, podemos listar:

Intoxicação pelo Oxigênio (O2)

O Oxigênio puro se torna tóxico a partir do 9 metros de profundidade. Uma

pessoa pode respirar O2 puro, sob pressão atmosférica normal por longo tempo e

não sentir nenhum sintoma de toxicidade aguda em relação ao sistema nervoso.

Porém, a partir de 12 horas de respiração, apresentará congestão das vias aéreas

pulmonares e edemas pulmonares.

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Intoxicação pelo Dióxido de Carbono (CO2)

O impedimento de uma respiração correta, com a eliminação inadequada de

CO2, retendo ele, pode causar uma depressão do sistema nervoso central e sofrer

convulsão, diminuição da acuidade sensorial, depressão respiratória.

Intoxicação pelo gás Sulfídrico (H2S)

Esse gás é obtido pelo resultado do metabolismo de bactérias anaeróbias.

Elas se proliferam em locais fechados (caverna, navios), por isso não é

recomendado que se tire a máscara ou deixar de respirar na sua válvula nesses

locais, pois em grandes concentrações, a liberação de H2S através da respiração

dessas bactérias podem causar dor de cabeça, tonteiras, lábios, pálpebras e unhas

em tom vermelho vivo.

Doença Descompressiva

É um mal que ocorre quando se desse grandes profundidades e o Nitrogênio

(N2) é dissolvido no sangue ou nos tecidos por conta do aumento da pressão, ao

subir, a pressão diminui e as bolhas antes dissolvidas, voltam a se formar e

aumentar de tamanho causando lesões no organismo.

Hipotermia

Como o nome diz, ocorre em águas frias, a temperatura corporal dentro da

água abaixa bem mais rápido que na superfície, se divide em três fases:

Excitação: calafrios e vasoconstrição periférica. A temperatura corporal já é próxima

dos 34º C.

Adinamia: respiração acelerada (taquipnéia) e aumento do débito cardíaco em até 5

vezes os valores de repouso. A temperatura corporal está entre 34º C e 30º C.

Fase de paralisia: situação grave que pode evoluir para o coma. Músculos e

articulações ficam rígidos e a pele se apresenta muito fria. A respiração é quase

imperceptível e não se sente o pulso.

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CAPÍTULO II

ANIMAIS MARINHOS

Os seres marinhos são, em sua maioria, tímidos e inofensivos e quase

sempre fogem da presença humana. Os animais agressivos são raramente

encontrados e a maioria dos incidentes ocorre porque o animal foi provocado.

CUIDADOS

Alguns animais devem ter atenção especial dos mergulhadores quando estes

estiveram submersos, alguns animais podem se sentir ameaçados pela presença

humana e acabam atacando para se defender. Porém, algumas espécies de peixes

são grandes e velozes o suficiente para causar sérios danos ao homem

(PEREGRINO S/D). A seguir listaremos alguns animais marinhos que se deve ter

atenção especial.

Barracuda

Os dentes afiados e as poderosas mandíbulas da barracuda, ainda somado a

capacidade de avançar sobre a presa em uma velocidade alta, deram-lhe a

reputação de matadora de homens. A barracuda pode crescer até 2 metros e pesar

50kg.

Ilustração 16: Barracuda

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Mangangá

Também conhecido como peixe-escorpião ou peixe-pedra, possui uma

aparência que não é muito agradável. Os lados

e o focinho são cobertos por espinhos e dobras

de pele. Os primeiros raios de suas barbatanas

anais e dorsais possuem ferrões venenosos.

As glândulas venenosas pesam apenas alguns

gramas, mas seu veneno é perigoso, podendo

provocar desde forte dor com inchaço local até

levar a um estado de choque. O muco que lhe cobre a pele também é venenoso e

pode causar infecção com um simples arranhão.

Medusas

As medusas, também conhecidas como água-viva, é um animal marinho de

perigo para o homem devido à sua maneira de capturar suas

presas, liberando veneno através de seus tentáculos que

paralisa as suas presas. No homem, esse veneno é

perceptível quando se toca em seus tentáculos na parte

inferior da medusa, causando queimação na área tocada,

podendo se agravar dependendo do modo que ela tocou a

pessoa.

Ilustração 17: Mangangá

Ilustração 18: Medusa

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Moréia

Os peixes evitam chegar próximo a esse animal que possui dentes curvos e

pontudos. Existem 80 espécies de moréias vivendo nos mares quentes. Seu corpo

cilíndrico tem somente duas nadadeiras que percorrem como fitas ao longo das

costas e ventre.

Ela é venenosa, mas seu veneno não sai das presas como na serpente, mas

sim do céu da sua boca.

Este animal fica escondido entre as fendas das rochas à espera das suas

presas, possui um excelente olfato e seu alimento preferido são os moluscos.

Serpentes Marinhas

Algumas das mais venenosas criaturas do mar são as serpentes marinhas.

Seu veneno paralisa o sistema nervoso da

vítima, incapaz de acionar os músculos para a

respiração, logo morre sufocada. No Golfo

Pérsico, muitos mergulhadores de pérolas sem

máscara de mergulho foram mortos por

serpentes marinhas, porque não puderam vê-

las e as agarraram por acidente.

Ilustração 19: Moréia

Ilustração 20: Serpente Marinha

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Polvo

Os olhos do polvo têm pálpebras e são capazes de

distinguir as cores. Para focalizar os objetos, o cristalino do olho

se desloca ao invés de modificar sua forma como ocorre no

olho humano. É um animal inteligente, com um cérebro

comparável a dos vertebrados mais desenvolvidos.

O polvo comum existe em todos os oceanos, caça tudo o

que se move. Costuma se abrigar nas fendas das rochas onde

se torna invisível, alterando sua cor. Para escapar de

predadores, ele solta um jato de tinta escura que atordoa o

predador privando olfato e visão.

Raia

Raia é o nome genérico dos peixes da ordem dos Rajiformes. Há dois tipos:

os Torpedinidae ou raias-elétricas, e os Ragidae ou raias-verdadeiras. O último é o

mais importante e variado, nele se incluem as jamantas, as raias venenosas.

O corpo das Raias são cobertos por pequenos dentes chamados dentículos.

Parecem com pequenos ganchos e um deles é especialmente perigoso, trata-se de

um dente maior ligado à cauda, estreita e comprida, e solta veneno.

Ilustração 21: Polvo

Ilustração 22: Raia

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Ouriço-do-mar

É um animal de formato esférico, um pouco achatado e coberto por espinhos.

Na parte inferior encontra-se a boca com dentes afiados. Os pés em forma de tudo

que saem por entre os espinhos, raramente são

usados para paralisar um inimigo. Com os pés, o

ouriço-do-mar se movimenta pelo leito do mar

procurando abrigo nas cavidades das rochas.

Esse animal é responsável pela maioria dos

acidentes durante o mergulho caso um mergulhador

sem proteção se choque com ele. Seus espinhos

penetram e quebram na pele e a remoção é dolorosa.

Tubarão

O tubarão tem placas compactas no ligar de escamas, como dentes na pele,

e com a polpa revestida de marfim e recobertas de esmalte.

As inúmeras espécies de tubarões incluem algumas inofensivas como o

tubarão-zebra e o tubarão-de-pregas e outras carnívoras como o tubarão-branco, o

tubarão-azul e o tubarão-tigre. Os menores se alimentam de peixes próximos à

costa.

Ilustração 23: Ouriço-do-mar

Ilustração 24: Tubarão

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LEGISLAÇÃO

A prática da pesca submarina deve ser feita com consciência e sabedoria,

pois existem leis que regem sobre a prática da pesca. Leis como a 11.959, de 29 de

Junho de 2009, que dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento

Sustentável da Aquicultura e Pesca, nela estão descritas todos os direitos e deveres

que os praticantes da pesca, amadora ou profissional, em terra ou embarcados tem

de seguir. Fala sobre alguns termos utilizados na pesca e seus significados como, o

que é um pescador amador e profissional, períodos de defeso que devem ser

respeitados, as áreas de exercício da atividade pesqueira, etc.

Esta lei ainda nos mostra que o praticante da atividade pesqueira deve ter

uma licença emitida por uma autoridade competente (através da plataforma

SINPESQ - Sistema Nacional de Informação da Pesca e Aquicultura/SisRGP -

Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira/Pescador Amador),

além de ter que respeitar uma série de artigos que tratam da proibição da atividade

pesqueira para com algumas espécies de animais marinhos, ecossistemas

marinhos, períodos de defeso, quantidade de animais capturados, o tamanho

desses animais, uso de materiais entre outros. A legislação que rege sobre a

aplicação de penas e sanções sobre atividades consideradas lesivas aos recursos

pesqueiros, ecossistemas marinhos e etc, é a Lei 9.605, de 12 de Fevereiro de

1998.

Outra legislação que abrange as normas gerais da pesca amadora é a

Instrução Normativa Interministerial Nº 9, de 13 de Junho de 2012. Nela informa os

petrechos liberados para utilização na captura dos animais marinhos, bem como

suas medidas. Abrange também os limites da captura, como informa em seu artigo

6º e demais artigos.

Para os critérios sobre as inscrições no RGP (Registro Geral da Atividade

Pesqueira), estão disponibilizados no Decreto 8.425, de 31 de Março de 2015, quais

são os critérios para concessão de autorização, permissão, ou licença para o

exercício da atividade pesqueira.

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CAPÍTULO III

COMPETIÇÃO DE PESCA SUBMARINA

INTRODUÇÃO À COMPETIÇÃO

Vimos como o mergulho evoluiu com o passar dos anos, como foram

aparecendo novas tecnologias e técnicas de mergulho. Equipamentos que auxiliam

na prática e os riscos que existem nessa prática.

A pesca submarina, no âmbito esportivo, também é regida pelas mesmas leis

que o praticante amador, de subsistência e o industrial devem obedecer. Além de

outras legislações que tratam sobre a pesca esportiva, e regulamentações de

campeonatos que podem ser específicas para cada evento (CBPDS, 2018).

Neste capítulo abordaremos como uma competição pode ser estruturada além

das legislações que regem essa parte da pesca.

ESTRUTURAÇÃO

Quando falamos em competição, estamos falando de atletas de alto

rendimento, filiados a clubes e em constante treinamento e participação em

competições.

No Brasil temos duas confederações que incorporam a prática da pesca

submarina, a CBPDS (Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos)

que tem como objetivo a formação técnica de pescadores e mergulhadores, seja

pescador em terra ou embarcado. A CBPDS é afiliada ao COB (Comitê Olímpico

Brasileiro) e atletas que representam a entidade foram campeões mundiais

recentemente em 2017(CBPDS, S/D). Temos também a CBCS (Confederação

Brasileira de Caça Submarina), esta realiza torneios nacionais e internacionais mas

não tem filiação com o COB, em 1998, atletas que representam essa entidade foram

campões mundiais (CBCS, 2003).

Como dito anteriormente, os atletas que participam das competições devem

seguir a legislação vigente sobre a pesca, além de respeitar as regras que cada

competição possui seja ela internacional ou nacional.

A CBPDS possui um regulamento permanente que está em construção para

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ser utilizado como base para os campeonatos, enquanto nos campeonatos

nacionais que são realizados pela CBCS, a entidade disponibiliza o regulamento do

campeonato que será realizado. Provas estaduais e municipais são realizadas com

as federações dos estados em parceria com os Municípios e podem ter mais

regulamentos caso haja necessidade dependendo da fauna marítima que o local

possui. Vale lembrar que como as entidades seguem a legislação brasileira,

períodos de defeso são respeitados para que não haja desequilíbrio nos

ecossistemas marinhos.

Como exposto, a CBPDS e a CBCS são as entidades de nível nacional que

regulamentam os campeonatos no Brasil, assim cada entidade regulamenta os

campeonatos com características parecidas, tendo algumas modificações internas.

Como a CBPDS é uma entidade que está afiliada ao COB, e é a mais

atualizada em relação às competições nacionais e internacionais, iremos expor aqui

os principais pontos que rege o campeonato brasileiro de pesca sub.

Quando a CBPDS divulga o calendário de competições é divulgado junto, o

regulamento, mas como informado antes, a entidade está trabalhando para construir

um regulamento definitivo, para que não haja alterações no seu texto, facilitando

assim o entendimento.

O regulamento, disposto em artigos, traz informações iniciais como o valor da

taxa de inscrição e o local onde será a prova. No local escolhido da prova, são

identificadas áreas para a competição e essas áreas são informadas pela

localização geográfica de latitude e longitude, caso a área no dia da prova esteja em

más condições, a entidade decretará ou não o adiamento da competição. As provas

geralmente tem 5 horas de duração. Os atletas vão para as áreas de competição em

barcos mãe onde mergulharão e deverão se manter dentro dos limites estabelecidos

pelos juízes e deverão deixar seu pescado no barco mãe durante a prova. Caso

esteja longe do barco mãe, o atleta pode solicitar auxílio do barco de apoio para se

deslocar até o barco mãe de origem. O atleta pode solicitar o barco de apoio em

qualquer momento da prova, exceto na última hora de prova, aquele que solicitar o

barco de auxílio na última hora de competição não poderá retornar à água, com a

penalidade de desclassificação caso isso ocorra. Ao final da prova os atletas tem até

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10 minutos para retornar aos barcos mãe com a arma de pesca desarmada e

erguida, sob pena de desclassificação caso ocorra atrasos excedentes de 10

minutos e caso suba com a arma de pesca armada. A entidade presa o

profissionalismo dos atletas, assim, aquele que violar qualquer princípio moral ou

ético está sujeito a penas disciplinares aplicadas pela CBPDS.

DAS PEÇAS, PONTUAÇÃO E APURAÇÃO

Os peixes considerados para pontuação deverão ter mais do que 500g

respeitada a Tabela de Tamanhos Mínimos do MPA/IBAMA. Além de ter restrições

com espécies que sejam protegidos por portarias específicas, e respeitar o período

de defeso de determinadas espécies.

Cada espécie vale 500 pontos + 1 ponto por grama até 10kg. Há uma

bonificação de 1000 pontos por espécie capturada e para cada espécie, o atleta

pode capturar 5 peças. O atleta que capturar mais perderá 500 pontos por peça

excedente. Todo o pescado abatido na competição é direcionado à instituições de

caridade.

Como falado antes, cada espécie pode ser tratada de forma específica, então

para cada competição poderá ser alterada as espécies que não poderão ser

capturadas. Qualquer captura ou abatimento de espécies protegidas por legislação,

portarias ou pelo regulamento da competição, dará ao atleta a desclassificação da

competição, podendo receber, como dito antes, sanções da própria CBPDS. Para

fiscalização, podem estar presentes na competição representantes do IBAMA,

Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil.

A CBPDS não tem qualquer responsabilidade sobre acidentes ou danos que

possam ocorrer com os participantes, é de inteira responsabilidade de cada um

sobre o condicionamento físico, atitudes e bens.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

A entidade enfatiza que é obrigatório o uso de faca para segurança do atleta.

Os fiscais tem o dever de zelar pelos peixes capturados evitando que eles se

misturem e confundam os atletas na pesagem e contagem de pontos. Como dito

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anteriormente, embarcar com a arma armada é motivo para desclassificação do

atleta. Cada participante deverá levar sacos para poder transportar os peixes

capturados. O uso de camisas de empresas, organizações ou competições não

reconhecidas pela CBPDS implicará na desclassificação do atleta e se o atleta

utilizar bonés que não sejam do clube que ele representa, implica na perda de

10.000 pontos. GPS e aparelhos eletrônicos são proibidos. O atleta não poderá se

afastar da boia de marcação a mais de 25 metros (CBPDS, 2018).

LEGISLAÇÃO

Como Lei que rege o desporto brasileiro, temos a Lei de nº 9.615 de 24 de

Março de 1998, conhecida como “Lei Pelé”. Esta rege sobre todos os desportos,

individuais e coletivos, formais e não-formais. Detalhando cada seguimento.

Como princípio fundamental, ela nos destaca alguns pilares, da soberania,

caracterizado pela supremacia nacional na organização da prática desportiva, da

autonomia, definido pela liberdade de pessoas físicas e jurídicas a se organizarem

para a prática do desporto, da democratização, da liberdade, do direito social, da

diferenciação, da identidade nacional, da educação, da qualidade, da

descentralização, da segurança e da eficiência.

A legislação também informa que o Sistema Nacional do Desporto é

encarregado da organização, administração, apoio e prática do desporto, tendo

como parceiros o Comitê Olímpico Brasileiro-COB, o Comitê Paralímpico Brasileiro,

as entidades nacionais de administração do desporto, as entidades regionais de

administração do desporto, as ligas regionais e nacionais e a Confederação

Brasileira de Clubes. (BRASIL, 1998)

Também trata das penalidades que os atletas e demais envolvidos podem

sofrer, de acordo com o seu art. 48, “advertência, censura escrita, multa, suspensão,

desfiliação ou desvinculação”. As sanções somente poderão ser aplicadas após

decisão definitiva da Justiça Desportiva. Ainda sobre as penalidades, no Capítulo VI-

A, que trata sobre a dopagem do atleta, informa em seu Art. 48-A “O controle de

dopagem tem por objetivo garantir o direito de os atletas e as entidades participarem

de competições livres de dopagem, promover a conservação da saúde, preservar a

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justiça e a igualdade entre os competidores.” (BRASIL, 2016).

A organização, o funcionamento e as atribuições da Justiça Desportiva sobre

o julgamento das infrações disciplinares serão definidas em Códigos Desportivos.

CONCLUSÃO

Ao final deste trabalho, podemos concluir que o mergulho nos acompanha

desde tempos remotos, onde a técnica de apneia era utilizada para busca de

produtos para serem comercializados e com o passar do tempo, o interesse de

adentrar em águas profundas tomou conta das pessoas e cada vez mais foi-se

buscando uma melhor técnica de mergulho, equipamentos para maior permanência

debaixo d’água, auxílio para localização, captura de peixes, etc.

E mesmo com uma história tão grande, é difícil vermos praticantes dessa

modalidade, seja profissional ou amador. E muitos dos que tem interesse em

entender o que é a pesca sub, encontram dificuldade em achar materiais que

informem como é a modalidade. O que se encontra são blogs, fóruns, comunidades

de praticantes de pesca sub.

Algo que nós percebemos entre as pessoas que praticam, é a amizade entre

elas e com quem tem interesse na modalidade. Muitas pessoas se despuseram a

nos ajudar.

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ANEXO 1 - Tabela de Tamanho Mínimo de Captura

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