Ação dos flavonóides na cicatrização por segunda intenção em ...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE …formação de atitudes da criança nas dimensões...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
VITÓRIA MARIA VIEIRA FEITOSA
MARKETING IS IN THE AIR:
RESPOSTAS ATITUDINAIS DE CRIANÇAS A AROMA DE VAREJO
FORTALEZA
2018
VITÓRIA MARIA VIEIRA FEITOSA
MARKETING IS IN THE AIR:
RESPOSTAS ATITUDINAIS DE CRIANÇAS A AROMA DE VAREJO
Monografia apresentada ao Curso de
Administração do Departamento de
Administração da Faculdade de Economia,
Administração, Atuária e Contabilidade da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial para obtenção do Título de Bacharel em
Administração.
Orientador: Profª. Dra. Cláudia Buhamra
Abreu Romero
FORTALEZA
2018
VITÓRIA MARIA VIEIRA FEITOSA
MARKETING IS IN THE AIR:
RESPOSTAS ATITUDINAIS DE CRIANÇAS A AROMA DE VAREJO
Monografia apresentada ao Curso de
Administração do Departamento de
Administração da Faculdade de Economia,
Administração, Atuária e Contabilidade da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial para obtenção do Título de Bacharel em
Administração.
Aprovada em: ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Dra. Cláudia Buhamra Abreu Romero (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_____________________________________________
Prof. Dr. Hugo Osvaldo Acosta Reinaldo
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_____________________________________________
Prof. Dra. Márcia Zabdiele Moreira
Universidade Estadual do Ceará (UFC)
A Deus.
Aos meus pais, familiares e amigos.
Aos meus professores.
A todos aqueles que acreditam na magia do
marketing.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela dádiva da minha vida.
À minha mãe, Aparecida, minha tia, Tânia, e meu irmão, Daniel, pelo apoio
incondicional nessa trajetória tão importante para a minha vida e pela contribuição com a
minha formação pessoal.
A todos da minha família, por acreditarem em mim e por estarem presentes em
todos os momentos da minha vida.
Ao meu namorado, Lucas, por me acompanhar em meus desafios e ser meu porto
seguro.
Aos meus amigos, Érica, Válber, Marya, Márcia, Ingrid, Lanay, Valléria e Larissa,
por serem as “minhas pessoas” e pela companhia maravilhosa nessa trajetória.
À marca Melissa, pela receptividade e por contribuir com a aplicação deste
estudo.
Por fim, à minha orientadora, professora Cláudia Buhamra, por ser uma referência
de profissional e por fazer os meus olhos brilharem pelo marketing.
“Marketing não é mais sobre o que você faz,
mas sobre as histórias que você conta.”
(Seth Godin)
RESUMO
O que se tem observado nos grandes centros comerciais é que as crianças têm participado
mais ativamente nos processos decisórios de compra, seja de forma direta ou com o papel
influenciador dos pais. Observa-se também o esforço das organizações em buscar novas
estratégias para garantir, ainda na infância, a conquista, a preferência e a fidelização dos
consumidores. Diante desse cenário, a presente pesquisa teve como objetivo investigar de que
forma o marketing olfativo influencia a atitude de crianças consumidoras do varejo de
Fortaleza, visando analisar se essa estratégia sensorial influencia as dimensões atitudinais no
que se refere à lembrança de marca (cognitiva), sentimento pela marca (afetiva) e intenção de
compra (conativa). Para tanto, utilizou-se a abordagem de pesquisa qualitativa e realizou-se a
coleta de dados por meio de entrevistas pessoais estruturadas, aplicadas com crianças de 6 a
14 anos. Como resultados, o que se percebeu foi que o marketing olfativo influencia na
formação de atitudes da criança nas dimensões afetivas, no que se refere ao sentimento pela
marca, e conativa, em relação à intenção de compra. Porém, na dimensão cognitiva,
lembrança de marca, o que se descobriu foi que o marketing olfativo gera mais o
reconhecimento do que a lembrança espontânea da marca. Assim, conclui-se que o marketing
olfativo é bastante efetivo quando se pretende motivar a criação de laços afetivos entre
consumidor infantil e marca e incitá-los ao consumo, pois influencia a atitude no que diz
respeito às suas dimensões afetiva e conativa. Entretanto, para que os indivíduos lembrem ou
reconheçam a marca, o marketing olfativo precisa estar relacionado a outros elementos que a
constituem.
Palavras-chave: Marketing Sensorial Olfativo. Consumidor Infantil. Atitude.
ABSTRACT
What has been observed in large shopping centers is that children have been more actively
involved in purchasing decision-making, either directly or with the influential role of parents.
It is also observed the efforts of organizations to seek new strategies to guarantee, even in
childhood, the conquest, preference and loyalty of consumers. In view of this scenario, the
present research had the objective of investigating how olfactory marketing influences the
attitude of children consuming retailers in Fortaleza, in order to analyze whether this sensory
strategy influences the attitudinal dimensions with regard to brand recall (cognitive) feeling
for the brand (affective) and intention to buy (conative). For that, the qualitative research
approach was used and the data collection was carried out through structured personal
interviews, applied with children from 6 to 14 years old. As a result, what was perceived was
that olfactory marketing influences the formation of child's attitudes in the affective
dimensions, in relation to brand feeling, and conative, in relation to the intention to buy.
However, in the cognitive dimension, brand recall, what was discovered was that olfactory
marketing generates more recognition than spontaneous brand recall. Thus, it is concluded
that olfactory marketing is very effective when it is intended to motivate the creation of
affective bonds between child consumers and brand and to encourage them to consume, as it
influences the attitude with regard to its affective and conative dimensions. However, for
individuals to remember or recognize the brand, olfactory marketing must be related to other
elements that constitute it.
Keywords: Olfactory Sensory Marketing. Child Consumer. Attitude.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 A Teoria Tradicional Tricomponente da Atitude .............................................. 25
Figura 2 Visão geral do processo perceptivo .................................................................. 33
Figura 3 Dimensões da atmosfera sensorial .................................................................. 33
Figura 4 Associações dos entrevistados ao aroma sentido .............................................. 48
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Quadro de congruência ................................................................................ 35
Quadro 2 Categorias de análise ................................................................................... 38
Quadro 3 Perfil dos respondentes ................................................................................ 42
Quadro 4 Análise dos resultados: Dimensão cognitiva ............................................... 47
Quadro 5 Análise dos resultados: Dimensão afetiva ................................................... 49
Quadro 6 Análise dos resultados: Dimensão conativa ................................................. 51
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
2 MARKETING SENSORIAL OLFATIVO ...................................................... 17
3 ATITUDES DO CONSUMIDOR .................................................................... 21
3.1 Perspectiva Multidimensional da atitude ........................................................ 24
3.1.1 Dimensão Cognitiva ........................................................................................... 25
3.1.2 Dimensão Afetiva ............................................................................................... 26
3.1.3 Dimensão Conativa ............................................................................................ 27
4 MERCADO CONSUMIDOR INFANTIL ...................................................... 29
5 VAREJO E AMBIENTE DE LOJA ................................................................. 32
6 METODOLOGIA .............................................................................................. 35
6.1 Caracterização da pesquisa .............................................................................. 35
6.2 Universo, amostra e seleção dos respondentes ................................................ 38
6.3 Objeto de estudo ................................................................................................ 38
6.4 Procedimento de campo .................................................................................... 40
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................... 42
7.1 Perfil dos respondentes e resultados gerais ..................................................... 42
7.2 Lembrança de marca ........................................................................................ 43
7.3 Sentimento pela marca ...................................................................................... 47
7.4 Intenção de compra ........................................................................................... 49
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 52
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 54
APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTAS ..................................... 60
14
1 INTRODUÇÃO
Diante das mudanças comportamentais do consumidor e dos papeis de compra
desempenhados por eles, criou-se a necessidade de um novo ambiente mercadológico, pois o
cliente busca algo particular e especial, de forma que as práticas tradicionais do marketing não
conseguem alcançar (JUTKOWITZ, 2015).
Os consumidores não se conformam mais apenas com as ações promocionais
tradicionais e necessitam de experiências para se envolverem de fato com as marcas. Como
consequência, os profissionais de marketing buscam alcançar e conquistar o coração e a
mente do consumidor, tratando-os não apenas como meros clientes, mas sim como seres
humanos (KOTLER, 2010; SILVA; SOUZA, 2016).
Captar, satisfazer, conquistar e fidelizar os clientes tornou-se um processo árduo e
concorrido, fazendo-se necessária a adoção de estratégias e ferramentas que ofereçam
diferencial competitivo e que possam agregar valor às experiências do consumidor.
Visando as mudanças do mercado e as novas configurações do consumidor, no qual a
criança influencia ativamente os processos de decisões de compras próprias e da família, as
empresas passaram a investir nesse mercado em expansão, buscando conquistar esse
influenciador e fidelizá-lo como potencial consumidor do futuro.
Entender como o consumidor, sobretudo o infantil, se comporta e quais os estímulos
que o influenciam mais intimamente como usuário (antes, durante e depois da compra), é de
fato essencial para a manutenção dos negócios.
Analisar as atitudes do consumidor infantil é importante para os profissionais de
marketing e negócios, pois assim será possível antever os comportamentos de compra e pós-
compra dos pais, entender suas motivações e prever as aceitações ou rejeições dos
consumidores, além de poder modificar as atitudes desfavoráveis dos clientes e consumidores
sobre marcas e produtos, avaliar o lançamento em novos mercados e os impactos de suas
propagandas e comunicações (MATTAR, 2011).
Diante desse cenário mercadológico, o marketing sensorial tem sido utilizado como
ferramenta para estreitar as relações entre consumidor e marca por meio dos sentidos, fazendo
com que este associe a experiência aos sentimentos ou sensações provocadas no ambiente de
loja e conduzindo os comportamentos do cliente (SILVA, 2015).
O marketing sensorial, mais especificamente o marketing olfativo, visa a criação de
uma “identidade” da marca, tal qual uma logomarca visual, porém olfativa, que é capaz de
influenciar o desejo de compra através do laço emocional ou de sensações que atraem (FLÔR;
15
UMEDA, 2008).
Quando direcionado ao público infantil, o marketing sensorial olfativo tem grande
importância e alcance, pois o olfato é um dos primeiros sentidos humanos a ser desenvolvidos
e que está intimamente ligado às memórias e atitudes da criança (AROMARKETNG, 2014).
É vital para o sucesso das empresas que estas enxerguem valor na criação de vínculos
com os clientes, seja emocional ou sensitivo, já que eles não consomem apenas por
necessidade, mas sim por enxergarem valor no significado do produto. Além do mais, a
utilização de estímulos olfativos como estratégia de marketing abre um “leque” de
oportunidades e possibilidades para a marca (RAMOS; BRAGA, 2011; SILVA; SOUZA,
2016).
A prática do marketing sensorial olfativo consiste em um meio de diferenciação no
mercado e garante vantagens competitivas, pois são ações de marketing personalizadas e que
conduzem a uma experiência individual e sensitiva (SCHIMITT, 2000).
No ambiente de varejo, a percepção dos estímulos sensoriais olfativos pode provocar
nos consumidores, sobretudo os infantis, determinadas sensações que alteram a maneira de
enxergar a marca, provocam a criação de vínculo entre as partes, promovem retorno
financeiro e, principalmente, influenciam as atitudes e os comportamentos do indivíduo
(ANDRADE, 2013; MITCHELL; KAHN; KNASKO, 1995; REIS, 2012).
Para ratificar a importância do marketing sensorial empreendido no varejo, uma
pesquisa realizada pelo instituto Millward Brown, citada por Berro (2008), constatou que 75%
das percepções e conexões afetivas do ser humano advêm dos estímulos sensoriais olfativos
percebidos. Pesquisas também constataram que cerca de 70 a 80% dos consumidores do
varejo tomam suas decisões definitivas no ponto de venda, o que evidencia a importância das
estratégias no ambiente de loja (BERRO, 2008; KOTLER; KELLER, 2012).
No varejo brasileiro, é possível lembrar-se de marcas que possuem ambientes de loja
aromatizados, a exemplo da MMartam (segmento cama, mesa e banho) e Água de Coco
(moda praia e vestuário). Outro exemplo marcante dessa abordagem no cenário brasileiro é o
caso da marca Melissa, que utiliza aromas no produto e no ponto de venda e que tem
investido no mercado infantil. Dessa forma, os consumidores da Melissa, levam a marca com
o produto e a fragrância na mente, transformando-se no grande diferencial do seu negócio
(AIROMAS, 2018).
Dessa forma, esta pesquisa torna-se relevante por contribuir com uma temática ainda
pouco explorada no mercado brasileiro e por permitir compreender a maneira como os
consumidores infantis reagem aos estímulos aplicados no ambiente de loja, verificando a
16
eficácia dessa estratégia.
Para analisar os impactos do marketing olfativo nas atitudes das crianças
consumidoras de varejo, esta pesquisa parte da associação entre essa estratégia e as três
dimensões da atitude (cognitivo, afetivo e conativo).
Assim, o presente estudo surge com o seguinte problema: Como o marketing olfativo
influencia atitudes de consumidores infantis no varejo?
Para tanto, esta pesquisa visa investigar de que forma o marketing olfativo influencia
as atitudes de crianças consumidoras do varejo de Fortaleza. Definiu-se os seguintes objetivos
de pesquisa:
a) Investigar a influência do marketing olfativo na dimensão cognitiva da atitude da
criança, no que se refere à lembrança de marca.
b) Investigar a influência do marketing olfativo na dimensão afetiva da atitude da
criança, no que se refere ao sentimento pela marca.
c) Investigar a influência do marketing olfativo na dimensão conativa da atitude da
criança, no que se refere à intenção de compra.
Para alcançar os resultados pretendidos, como metodologia, este estudo utilizou como
abordagem a pesquisa qualitativa e a coleta de dados foi realizada através de pesquisa
bibliográfica, dados primários, e entrevistas pessoais estruturadas, dados secundários.
Esta monografia está estruturada em seis seções. Além desta Introdução, a segunda
seção aborda os conceitos de marketing sensorial e marketing olfativo. A terceira aborda as
atitudes do consumidor, detalhando os modelos e as dimensões cognitiva, afetiva e conativa –
foco desta pesquisa. A quarta apresenta o mercado consumidor infantil. A quinta aborda o
varejo e a influência do ambiente de loja no consumo. A sexta apresenta a metodologia
aplicada na pesquisa de campo, estando, na seção sete as análises e os resultados.
17
2 MARKETING SENSORIAL OLFATIVO
O ambiente empresarial, após a globalização, torna-se cada vez mais competitivo,
marcado por mudanças rápidas e por consumidores sempre mais exigentes. Em virtude disto,
para garantir seus espaços no mercado, as empresas passaram a buscar novas maneiras de
conquistar seu público-alvo (SILVA, 2015).
No que se refere ao consumidor, esse não mais analisa suas opções apenas pelos
benefícios ou funções oferecidas, pois seu desejo agora é a imersão em experiências e
vivenciar a marca em seu dia a dia, ou seja, os consumidores da atualidade ultrapassaram a
barreira da satisfação. Dessa forma, é necessário que o marketing envolva mais do que apenas
a venda, mas sim todos os fatores que puder, pois, para o mercado, não basta apenas satisfazê-
los, é preciso encantá-los (KOTLER, 2015; PINE; GILMORE, 1999).
Os consumidores sentem a necessidade não apenas de comprar, mas de sentir os
produtos ou serviços que desejam e, para isso, precisam imergir em um ambiente que propicie
esse aspecto multissensorial. Assim, as empresas que se ajustam a esse novo modelo de
consumo e proporcionam aos seus consumidores experiências incomuns alcançarão os
melhores resultados (OLIVEIRA; BRAGA, 2013).
Em virtude desse cenário de mudanças, o marketing sensorial ou experiencial surgiu
no campo da psicologia do consumidor a partir dos estudos de Holbrook e Hirschman (1982)
sobre consumo e prazer. Posteriormente, Pine e Gilmore (1999) intensificaram as pesquisas
nessa área e trouxeram uma nova abordagem para essa temática - a geração de valores
econômicos, a partir da criação de memórias, sensações e simbolismos (TORRES;
BUHAMRA, 2011).
A partir dos estímulos externos, os sentidos fisiológicos são responsáveis pela
percepção do ser humano, assim como sua reação, rejeição ou aprovação, perante o ambiente
externo. Após a captação dos impulsos externos, a percepção humana processa, interpreta e
gera sensações e sentimentos, sejam eles agradáveis (saudades, desejos, bem-estar) ou
desagradáveis (repugnância, raiva, estresse) (LEITÃO, 2007; SOLOMON, 2011).
Os sentidos humanos são responsáveis pela recepção e percepção dos estímulos e
experiências vivenciadas no mundo externo, as quais atraem os consumidores e diferenciam
as marcas detentoras dessas estratégias dentre as demais (TERRA, 2008).
Em virtude disso, o marketing sensorial é uma estratégia de fundamental importância,
pois é capaz de agregar valor à marca, bem como promover a diferenciação, utilizando-se e
explorando os sentidos humanos. Dessa forma, os consumidores desenvolvem suas atitudes e
18
comportam-se pelas motivações racionais e emocionais, estimuladas durante o processo de
compra (SCHIMITT, 2000).
No que se refere ao ambiente mercadológico, esse precisa e espera essa nova
abordagem sensorial, pois assim os consumidores aproximam-se das marcas, sentem as
emoções que as mesmas procuram comunicar e se identificam com suas histórias. Além do
mais há estudos que comprovam a grande interferência das percepções sensoriais no
comportamento dos consumidores, no volume de compras e na recorrência dos clientes nos
empreendimentos (OLIVEIRA; BRAGA, 2013; SEBRAE, 2014).
Dessa maneira enxerga-se a relevância do marketing sensorial quando esse busca
alcançar aspectos intangíveis do consumidor ao explorar níveis mais profundos do que
aqueles já explorados pelo marketing tradicional, pois tais estímulos sensoriais influenciam o
comportamento de compra do consumidor de forma consciente e, principalmente,
inconsciente, quando foge das práticas óbvias e tradicionais, como promoções de preço e
qualidade (SEBRAE, 2014; TIBOLA, 2013).
O marketing sensorial é uma abordagem que objetiva a criação de uma lembrança da
marca a partir da exploração dos sentidos humanos. Essa abordagem envolve emocionalmente
o consumidor à marca, através de sensações e percepções. Além do mais, essa estimulação
sensorial, ao explorar os sentidos fisiológicos humanos, tem como principal propósito a
geração de sensações como excitação, beleza, prazer e satisfação (SCHIMITT, 2004; SILVA,
2015).
Entretanto, para que o uso dessa estratégia seja eficiente, é de grande importância para
a marca reconhecer o público-alvo a ser explorado, analisá-lo e identificar a melhor
abordagem, já que, os cinco sentidos provocam diferentes resultados quanto à forma de
abordagem, percepções e sensações (BLESSA, 2011; BRAGA, 2012).
Em relação aos sentidos humanos e sua abordagem sensorial no mercado, a visão é o
sentido mais explorado, pois aspectos como cores, tamanhos, formas e iluminação são
percebidas sem a necessidade de qualquer proximidade ou esforço pelos consumidores, além
de serem responsáveis pela formação das primeiras sensações (LEITÃO, 2007).
Entretanto, dentre todos os sentidos fisiológicos, o olfato é um dos sentidos que o
corpo humano não consegue evitar a sua percepção. Além disso, suas respostas face aos
estímulos externos são automáticas e inevitáveis. No ambiente de marketing, o cheiro é capaz
de transmitir a “imagem” que se deseja passar ao consumidor, ou seja, o aroma imprime a
identidade de uma marca.
As sensações olfativas não demandam nenhum esforço cognitivo para resgatar
19
determinadas emoções e memórias, já que são processadas quimicamente próximas aos
centros de emoção e memória. Dessa maneira, pode-se entender por que os estímulos
olfativos fazem com que o cérebro humano reaja antes do pensamento sobre os estímulos
(LINDSTROM, 2009).
O aroma do ambiente é uma assinatura distinta, memorável e unificadora da marca e
que tem como objetivo conduzir os consumidores a associarem o aroma às suas marcas ou
produtos. As lembranças promovidas pelo olfato soam mais emocionais do que outros
estímulos (GOLDKUHL; STYVÉN, 2007).
Em virtude disto, as empresas que enxergam o grande potencial da exploração dos
estímulos olfativos, passam a utilizar essa estratégia para atrair consumidores, conferir-lhes
uma sensação de bem-estar e estimulá-los a permanecer mais tempo em suas lojas. Assim, o
marketing olfativo, quando aplicado no varejo, é uma excelente estratégia para a construção
de vínculos emocionais com os clientes, proporcionar uma experiência única e aumentar o
volume de vendas (FARKAS, 2013).
Os aromas podem ser utilizados para tangenciar, melhorar ou diferenciar marcas,
produtos e serviços face ao consumidor. Em conformidade, Carneiro et al. (2008), a partir de
uma pesquisa experimental sobre a temática, concluiram com base nos resultados que o aroma
induz a aproximação comportamental e influencia positivamente o consumidor (CARNEIRO
et al., 2008; GOLDKUHL; STYVÉN, 2007).
Ratificando a importância e a relevância dessa temática para os negócios, uma
pesquisa realizada pelo instituto Millward Brown constatou que 75% das percepções e
conexões afetivas do ser humano advêm dos estímulos sensoriais olfativos percebidos por
estes (BERRO, 2008).
Além da experiência agradável, o marketing sensorial olfativo cria uma identidade
olfativa da marca, caracterizada por ser única e memorável, proporcionando, inclusive, laços
afetivos entre marca e consumidor (BOTELHO; DE LUCA, 2017).
Os estímulos olfativos assumem grande importância, pois devido ao excesso de
publicidades apelativas visuais e auditivas, o consumidor chega a ignorá-las. Entretanto, o
sentido olfativo captura inconscientemente os estímulos aromáticos do ambiente, sendo difícil
a imposição de barreiras pelo consumidor, sendo este o grande atributo do marketing olfativo
(CAMARGO, 2010).
Assim, um produto pode ter maior valor a partir das experiências oferecidas na compra
no ambiente de loja e agregam valor à marca para o consumidor (BABIN; ATTAWAY 2000).
Dessa forma, investir em marketing olfativo é enxergar a criação de uma identidade
20
olfativa da marca, contribuindo para a conquista e fidelização dos clientes, bem como
expandir as oportunidades comerciais. Quando um cliente deseja levar o aroma da loja para
casa, significa dizer que a identidade olfativa da marca está consolidada (PASTORELLI,
2017).
Por conseguinte, percebe-se de forma nítida a grande importância do investimento em
experiências únicas no ambiente de loja para a busca por diferenciação no mercado e
vantagem competitiva.
As respostas biológicas e psicológicas olfativas são bastante complexas e podem
acarretar efeitos contrários, caso utilizadas de forma equivocada (BOTELHO; DE LUCA,
2017). Por esse motivo os aromas adotados pelas marcas devem ser compatíveis e adequados
aos produtos e à loja para que as sensações encadeadas em seus consumidores sejam positivas
(LINDSTROM, 2009).
Portanto, o marketing olfativo não pode ser utilizado sem analisar o público-alvo e
suas particularidades. Dessa forma, essa estratégia não deve ser banalizada, muito menos
confundida com a simples aromatização do ambiente, sem conhecimento e planejamento
prévio (SILVA; SOUZA, 2016).
O mercado especializado em estímulos olfativos estratégicos ainda carece de
profissionais e empresas especializadas, devido à especificidade mercadológica e à falta de
cursos na área (OLIVEIRA, 2017).
Tendo como base o resultado de suas pesquisas, Silva e Souza (2016) concluem que a
maioria das lojas não utiliza ou desenvolve estratégias olfativas e que, além disso, a maioria
daquelas que utilizam a aromatização de seus ambientes o executa de maneira equivocada.
Em contrapartida, na loja utilizada como base para o seu estudo, Silva e Souza (2016)
constataram que o retorno foi positivo em relação ao valor da marca percebido pelos
consumidores, além do retorno financeiro positivo atrelado à fidelidade dos clientes.
Por fim, não há dúvidas de que os estímulos olfativos fornecem aos profissionais de
marketing e às marcas em geral estratégias potencialmente poderosas, conferindo
oportunidades de vantagem competitiva. Entretanto, esse setor tem sido negligenciado
acadêmica e mercadologicamente, abrindo espaço para mais contribuições acerca dos seus
benefícios e particularidades (GOLDKUHL; STYVÉN, 2007).
Em seguida é apresentada a teoria da atitude, alvo dos estímulos sensitivos.
21
3 ATITUDES DO CONSUMIDOR
As atitudes dos consumidores possuem uma importância significativa para as marcas,
para os negócios e para os profissionais de marketing, pois estão ligadas às preferências e
aversões dos consumidores, ou melhor, surgem a partir do julgamento dos consumidores
sobre determinados produtos ou serviços (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005).
As atitudes do consumidor fazem-se importantes pelo fato de que, através delas,
podem-se compreender os julgamentos e avaliações de um indivíduo acerca dos objetos,
pessoas e situações que o envolvem – comportamento contínuo e involuntário do ser humano
(PORTO, 2010).
No contexto mercadológico, entender os processos avaliativos do consumidor e que
precedem à compra é de grande importância, pois os comportamentos posteriores são
coerentes às avaliações e decisões prévias. Nesse contexto, os consumidores mantêm atitudes
em relação a vários objetos, produtos, comportamentos específicos e comportamentos gerais
de consumo (PORTO, 2010; SOLOMON, 2011).
Analisar as atitudes, referente aos estímulos empreendidos ou aos produtos vendidos,
possui grande relevância para as marcas, pois estas desempenham o papel de indicadoras do
comportamento do consumidor. Assim, os consumidores que demonstram atitudes positivas
tendem a manifestar comportamentos de aproximação, enquanto aqueles que demonstram
atitudes negativas comportam-se com rejeição. Portanto, as atitudes e o comportamento do
consumidor relacionam-se de maneira coerente, pois os indivíduos tendem a manter
uniformidade entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Dessa forma, o
comportamento do consumidor pode ser deduzido a partir do estudo e da análise de suas
atitudes, assim como suas atitudes também podem ser percebidas após os comportamentos
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005; EAGLY; CHAIKEN, 1993; SOLOMON, 2011).
No que se refere aos comportamentos, as atitudes assumem uma função motivacional,
pois atraem ou afastam as ações do consumidor em relação a determinados produtos ou
marcas. Dessa maneira, considera-se que as atitudes possuem consistência em relação aos
comportamentos do indivíduo (GIRALDI; NETO; SANTOS, 2005).
As atitudes possuem caráter duradouro, pois tendem a perdurar por longos períodos, e
geral, pois se aplicam a infinitas situações, objetos e pessoas. Entretanto, apesar de seu
aspecto consistente, as atitudes possuem certa dinamicidade, pois podem mudar ao longo do
tempo ou a partir de novas experiências (SOLOMON, 2011; SCHIFFMAN; KANUK, 2000).
As atitudes dos compradores podem ser definidas como ligações entre memórias,
22
objetos e avaliações, assim como representam as predisposições favoráveis ou desfavoráveis
dos indivíduos em relação aos produtos, marcas, ideias e organizações, que surgem a partir
das percepções, das informações e das experiências destes (BASTA; MARCHESINI;
OLIVEIRA; SÁ, 2006; FAZIO; POWELL; WILLIAMS, 1989).
Além do mais, observar fatores que alteram as atitudes no ambiente de consumo é
entender possíveis mudanças no comportamento do consumidor, pois as atitudes formam uma
espécie de conjunto de respostas automáticas que facilitam e impactam suas escolhas e
decisões de compra, pois as experiências vividas e as informações recebidas formam a atitude
na memória do consumidor, permitindo que este não precise vivenciar uma experiência mais
de uma vez para ter conclusões sobre ela (FAZIO; POWELL; WILLIAMS, 1989; GÁRRAN;
SERRALVO, 2012).
Assael (1995, apud Giraldi, Neto e Santos, 2005) afirma que as atitudes do
consumidor são formadas, não somente pelas experiências e estímulos percebidos e
vivenciados pelos consumidores, mas também são influenciados pelos grupos sociais de
referência em que estão inseridos e pela personalidade do indivíduo.
A importância das atitudes é explicada por Blackwell, Miniard e Engel (2005) ao
afirmarem que, a partir das atitudes, os consumidores escolhem as marcas e lojas que são
melhor avaliadas por eles. Assim, explica-se por que os consumidores compram ou não
determinados produtos, serviços ou escolhem determinadas marcas. Além disso, os autores
citam que conhecer as atitudes e suas influências é de suma importância para o sucesso de
produtos que serão lançados e sua comunicação com o mercado.
Conhecer as atitudes de compra é fundamental para que os profissionais de marketing
e negócios possam mensurar o desempenho de produtos e marcas, prevendo as reações, os
comportamentos de compra e pós-compra, as aceitações ou rejeições dos consumidores e suas
motivações, e possivelmente modificar as atitudes desfavoráveis dos consumidores sobre
marcas e produtos, avaliar o lançamento de novos produtos e os impactos de suas
propagandas e comunicações (BASTA et al., 2006; MATTAR, 2011).
Em conformidade com Lima (1996), as atitudes estão correlacionadas a experiências
subjetivas do consumidor, referem-se a algo, alguém ou alguma situação e, sua importância se
dá devido ao seu caráter avaliativo.
Huertas e Urdan (2006) afirmam que as atitudes do consumidor possuem três
propriedades fundamentais:
a) São construídas a partir de percepções, vivências e conhecimentos do consumidor
adquiridos ao longo do tempo;
23
b) Costumam perdurar por longos períodos, a menos que alguns eventos possam mudar a
concepção do consumidor;
c) Precedem o comportamento, pois acarretam respostas conscientes capazes de
influenciar, positiva ou negativamente, as ações do indivíduo.
As atitudes possuem a função de simplificar e favorecer o comportamento do
indivíduo guiando-o e orientando-o para o comportamento. A função atitudinal varia de
acordo com as motivações pessoais e são descritas como (SOLOMON, 2011):
a) Função utilitária: a atitude resulta das recompensas ou punições que o indivíduo
poderá obter a partir da experiência de consumo;
b) Função ego-defensiva: a atitude visa proteger o indivíduo de suas críticas e
sentimentos internos, caso o consumo seja incongruente com sua pessoalidade e com
seus valores;
c) Função de expressão de valores: as atitudes do indivíduo expressam e refletem os seus
valores pessoais visando realização, status e estima;
d) Função de conhecimento: algumas vezes o consumidor forma atitudes visando a
organização, estruturação, ordem ou significado, principalmente nos casos em que ele
seja confrontado ou esteja em situação ambígua.
As atitudes são úteis para entender como os consumidores avaliam as pessoas, os
objetos e as marcas, e sua importância se dá porque o homem avalia permanentemente o
mundo à sua volta (PORTO, 2010).
Solomon (2011) afirma que as atitudes variam, em sua natureza, de acordo com o grau
de comprometimento do consumidor, medido a partir da observação do seu envolvimento
com a compra. O autor descreve três níveis de comprometimento:
a) Condescendência: Representa o nível mais superficial de atitudes, marcado pelo baixo
envolvimento na compra e pela volatilidade baseada na mudança de situações.
b) Identificação: Nesse nível, as atitudes representam a maneira com a qual o consumidor
deseja comunicar-se com o ambiente ou com grupos que o envolvem. Na
identificação, as propagandas influenciam demasiadamente o consumidor, quando
essas apresentam aquilo que ele deseja transmitir.
c) Internalização: Na internalização, os consumidores possuem atitudes fortes e
enraizadas em seus íntimos, fazendo parte dos seus sistemas de valores. Esse nível é
marcado pelo alto grau de envolvimento com a compra ou com a marca.
Petty, Wegener e Fabrigar (1997) definem as atitudes como sendo julgamentos
24
concisos de objetos ao longo de um espectro que varia entre positivo e negativo. Entretanto,
para esse autor, avaliar as atitudes em negativas ou positivas, apenas, é uma análise genérica e
superficial. Existe uma série de espectros entre polos extremos – negativo e positivo, e que
precisam ser considerados nas análises atitudinais.
No que se refere aos componentes da atitude e sua avaliação, existem duas
perspectivas de análise das atitudes: unidimensional e multidimensional - modelo ABC das
atitudes (HUERTAS; URDAN, 2006; SOLOMON, 2011).
Sob a concepção unidimensional, entende-se que as atitudes variam entre positivas e
negativas, portanto, os consumidores avaliam genericamente os produtos ou marcas, não
podendo ser traduzidas as motivações e os porquês (PETTY; WEGENER; FABRIGAR,
1997).
Já o aspecto multidimensional ou modelo ABC consideram as atitudes como um
fenômeno complexo, cuja formação e armazenamento estão diretamente ligados às memórias
do indivíduo. Esse modelo enfatiza as inter-relações entre o conhecimento (cognitivo),
sentimento (afetivo) e intenção (conativo) (SOLOMON, 2011).
Para este estudo, será considerado o aspecto multidimensional ou modelo ABC de
atitudes, pois os objetivos definidos e buscados nessa pesquisa se enquadram ao modelo em
evidência.
3.1 Perspectiva Multidimensional da atitude
O espectro multidimensional considera a natureza e o conteúdo das atitudes dividindo-
a em três níveis: Cognitivo, Afetivo e Conativo.
As três perspectivas são interdependes e sofrem influência mútua, assim, as atitudes de
um indivíduo são resultado da junção de dimensões mentais, emocionais e físicas, ou seja, o
que o indivíduo pensa (conhecimento) corresponde ao componente cognitivo da atitude; o que
sente (emoções) corresponde ao componente afetivo, e como intenciona se comportar
(tendências) está relacionado ao componente conativo, variando a ordem e a hierarquia das
dimensões de acordo com o envolvimento do consumidor nas etapas que antecedem a
compra, conforme o descrito na imagem abaixo (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005;
GÁRRAN; SARRAVLVO, 2012; SOLOMON, 2011).
25
Figura 1 – A Teoria Tradicional Tricomponente da Atitude
A seguir são apresentadas as dimensões da atitude e suas particularidades.
3.1.1 Dimensão Cognitiva
A dimensão cognitiva ou de conhecimento da atitude é determinada pelas informações
de um indivíduo sobre determinado produto ou marca, a ciência da existência destes, suas
características e a importância que estes representam para o consumidor (MATOS; VEIGA,
2003).
Esse componente atitudinal é a combinação do conhecimento com as percepções
individuais adquiridas a partir das experiências e informações acerca do objeto de atitude
(GIRALDI; NETO; DOS SANTOS, 2005).
A dimensão cognitiva da atitude consiste nas crenças do individuo acerca do que o
rodeia, ou seja, pensamentos do consumidor a respeito de algo e sobre o que ele espera de
retorno. No que se referem às crenças, essas são as concepções do homem formadas a partir
dos conhecimentos adquiridos. Portanto, o que o indivíduo compreende sobre um
determinado objeto define o que o mesmo espera dele (KOTLER; ARMSTRONG, 2003;
URDAN; URDAN, 2010).
As crenças, formadoras da dimensão cognitiva, são avaliações, positivas ou negativas,
de um indivíduo e que resultam da somatória da informação com as experiências anteriores,
cujo resultado consiste no posicionamento do indivíduo em face do objeto da atitude (GADE,
1998).
ATITUDE
COMPONENTE
COGNITIVO
(Beliefs)
COMPONENTE
AFETIVO
(Feelings)
COMPONENTE
CONATIVO
(Behavioral
Intentions)
Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2005).
26
A dimensão cognitiva também diz respeito ao conhecimento do consumidor sobre as
marcas e os elementos que a caracterizam dentro de uma categoria de produtos. O
conhecimento de marca é constituído de níveis: a. Desconhecimento da marca; b.
Reconhecimento da marca; c. Lembrança de marca e d. Top of mind. No nível de
desconhecimento, o indivíduo não é capaz de reconhecer a marca, ou elementos que a
constituem, pois a desconhece ou possui pouco conhecimento sobre a mesma. No
reconhecimento de marca, o consumidor precisa de estímulos, como propagandas e imagens,
para reconhecer a marca. A lembrança de marca caracteriza-se pelo fato de o cliente não
precisar de estímulos para reconhecê-la, tratando-se de uma lembrança espontânea. No nível
Top of mind, as marcas consolidadas são as primeiras a serem lembradas, sem a necessidade
de estímulos (AAKER1998).
Analisando as atitudes com ênfase em sua perspectiva cognitiva, é observado que o
consumidor aprende cognitivamente a partir de suas relações com o ambiente físico e social
que o rodeia e com o qual interage. O espectro cognitivo assume um papel de indicadores de
qualidade e desempenho. A orientação cognitiva assume importância para o consumidor, pois
diz respeito a importância dada ao produto, suas funcionalidades, benefícios, características,
atributos, comparações, bem como sua auto-expressão (MOSCHIS & CHURCHILL, 1978).
Quando há congruência entre os aromas estimulados e os produtos vendidos, há
influência cognitiva, pois há coerência entre odor e as memórias despertadas (MITCHELL;
KAHN; KNASKO, 1995).
No que se refere à relação entre cognição e comportamentos, Solomon (2011) afirma
que o comportamento possui harmonia com as crenças do consumidor, pois esse valoriza a
coerência entre pensamentos e ação. O autor, através do princípio da coerência cognitiva,
ressalta que, se necessário, o consumidor tende a mudar seu comportamento para estar em
concordância com suas crenças.
3.1.2 Dimensão Afetiva
A dimensão afetiva das atitudes é composta pelos sentimentos, estado emocional e
disposição afetiva do consumidor em relação aos produtos, marcas e serviços (URDAN;
URDAN, 2010).
O componente afetivo das atitudes é considerado uma variável importante por exercer
grande influência na avaliação do indivíduo e por ser uma resposta psicológica do mesmo em
relação ao objeto da atitude (GIRALDI; NETO; DOS SANTOS, 2005).
27
A dimensão afetiva pode ser influenciada, em grande parte, pelos atributos intangíveis
dos produtos, que fazem com que as atitudes do comprador sejam impactadas por motivações
sentimentais (SOLOMON, 2011).
Quando há vínculos afetivos entre consumidor e marca ou produto, existem mais
chances de que os argumentos emocionais se sobreponham às considerações racionais. Isso se
justifica pelo fato das ligações afetivas serem mais duradouras do que as crenças (URDAN;
URDAN, 2010).
No que se refere à relação entre afeição e crenças, as dimensões cognitivas e afetivas
sofrem, até certos níveis, forte influência mútua, pois o consumidor interpreta os seus
sentimentos e emoções através da cognição, levando-o a consumir ou evitar o consumo
(GÁRRAN; SERRALVO, 2012).
As crenças e os sentimentos relacionam-se durante o consumo e as situações de
compra, quando o consumidor “pesa” o conhecimento e o sentimento, variando conforme a
importância de cada um em cada indivíduo. A relação dessas duas dimensões e a sobreposição
de uma delas em detrimento da outra, varia de acordo com as experiências anteriores
vivenciadas pelo consumidor e que envolvem todo o processo de compra (URDAN; URDAN,
2010).
Entretanto, Derbaix e Pecheux (2002), ao desenvolver o “modelo do envolvimento
máximo”, afirma que a atitude da criança passa primeiro pela dimensão afetiva, depois segue
para a comportamental e em seguida para a cognitiva, pois a criança primeiro deseja o
produto, o adquire e só depois o analisa.
3.1.3 Dimensão Conativa
A dimensão conativa consiste em tendências de comportamento de um consumidor em
relação a um produto ou marca, referindo-se à probabilidade do indivíduo adotar ou efetivar
um comportamento em relação ao objeto de atitude (GÁRRAN; SERRALVO, 2012;
GIRALDI; NETO; DOS SANTOS, 2005).
A intenção de comportamento compreende uma sugestão de ação que um indivíduo dá
a si mesmo mentalmente para agir de uma forma, traduzindo-se, assim, no componente
conativo das atitudes. As intenções de comportamento dizem respeito às direções de
comportamento e sua intensidade (SHEERAN, 2002).
Geralmente a predisposição de comportamento resulta da junção de pensamentos e
sentimentos do consumidor. Essas intenções são as expressões das expectativas que os
28
consumidores têm sobre determinado produto, marca ou experiência, bem como são, também,
resultado das influências e estímulos externos (URDAN; URDAN, 2010).
A perspectiva conativa e o seu componente comportamental representam uma
provável tendência para determinada ação posterior. Se o consumidor desenvolve atitudes
favoráveis a um determinado produto ou marca ele tende a agir de forma favorável, mas caso
tenha atitudes desfavoráveis ele tende a se comportar de maneira negativa (GADE, 1998).
A importância de analisar e conhecer a fundo a perspectiva conativa se dá pelo fato de
que as atitudes, geralmente, são evidenciadas ou expressadas somente ou visivelmente através
dos comportamentos delas resultantes (GÁRRAN; SERRALVO, 2012).
No entanto, por diversas vezes, as atitudes podem não ser coerentes com o
comportamento que as refletem, pois a situação, especificidade e recursos do consumidor
podem não corresponder ao esperado. Assim, as atitudes devem ser analisadas em conjunto
com outras variáveis que determinam e influenciam o comportamento do consumidor
(GÁRRAN, 2006).
Em seguida é apresentado o mercado consumidor infantil, cujas atitudes são o foco do
presente trabalho.
29
4 MERCADO CONSUMIDOR INFANTIL
O público infantil, até a década de 1960, não era reconhecido como mercado
consumidor, apenas como um potencial para o futuro. Entretanto, as mudanças nas estruturas
familiares e as evoluções sociais e tecnológicas das últimas décadas, transformaram a criança
em um consumidor cada vez mais ativo e detentor de um papel determinante nas decisões de
compra de produtos infantis e, até mesmo, das compras familiares (SAUSEAN et al., 2016;
WEBER; SOUSA, 2016).
O acesso a um maior número de informações e estímulos, através da exposição à
mídia de massa, faz com que a atual geração de crianças seja, inclusive, formadora de opinião
durante o processo de compra. Além disso, ao comparar as compras familiares entre gerações,
observa-se que, atualmente, as crianças são prioridades nas compras familiares (SAUSEAN et
al., 2016; UNDERHILL, 1999).
A presença infantil no mercado de consumo também pode ser atribuída a dois fatores
sociais que mudaram a estrutura tradicional familiar nas últimas décadas: o ingresso da
mulher no mercado de trabalho, transformando a dinâmica das compras familiares, e o
divórcio, que mudou os arranjos da família, modificou as modalidades de lazer infantil e o
papel da criança no consumo (UNDERHILL, 1999).
De acordo com a pesquisa “Kids Power”, realizada pela TNS Interscience em países
latino-americanos, a partir dos três anos de idade a criança já é capaz de reconhecer marcas de
maior visibilidade e que a maioria das mães está disposta a seguir as preferências de seus
filhos, mesmo que precise pagar mais caro. Esse estudo revelou também que cerca de 80%
dos pais reconhecem que são influenciados pelos filhos na escolha de produtos diversos e que,
no cenário brasileiro, 71% das mães concordam em seguir as escolhas de compra dos filhos
(SILVA; VASCONCELOS, 2012).
Atualmente, o público infantil é considerado um mercado comprador ativo e, portanto,
as empresas passaram a investir em estratégias para conquistar e fidelizar esse consumidor.
Além do mais, as crianças representam um “peso econômico” para o mercado, pois
desempenham o papel de influenciadoras no ambiente familiar (BEULKE, 2005; SAUSEAN
et al., 2016).
Os investimentos em estratégias mercadológicas para o público infantil ocorrem pela
observação de três razões (MCNEAL, 1992):
a) Mercado primário com poder de consumo, desejos e dinheiro dado pelos pais;
b) São potenciais consumidores fiéis no futuro, pois se a lealdade à uma marca é
30
desenvolvida na infância, significa que as atitudes favoráveis à essa tendem a
perpetuar ao longo dos anos;
c) Poder de influência da criança nas compras familiares.
Ao observar a busca pela conquista do mercado consumidor infantil, Underhill (1999)
pontua que essa nova dinâmica do mercado trata-se da “democratização do mercado”.
Você não tem mais de ficar à margem do mercado global só por ter um metro de
altura, não ter renda da qual se vangloriar e não ter permissão para atravessar a rua
sem a mãe. Você é uma força econômica, agora e no futuro, e é isso que conta.
(UNDERHILL, 1999, p. 131).
Existem outros fatores que envolvem a tomada de decisão familiar e a influência da
criança nesse processo. Portanto, deve-se levar em consideração que quanto mais a criança é
familiarizada com dinheiro, maior é a intervenção dela nos processos de decisão de compra
dos pais. É importante considerar também que crianças de classes sociais mais altas,
influenciam mais no reconhecimento da necessidade e que as meninas são mais influentes que
os meninos (KARSAKLIAN, 2000).
Em relação à participação infantil no consumo, pesquisas realizadas pelo SPC Brasil
(2015) revelam que 65% das mães compram produtos não necessários, mas solicitados pelos
filhos e que 39% das mães gastam mais do que o planejado quando os filhos as acompanham
nas compras. A pesquisa também revela que o consumo infantil tem ocasionado o aumento no
endividamento das famílias – 37% das mães entrevistadas já ficaram em algum momento
endividadas pelas compras que fazem para os filhos.
O processo de desenvolvimento do consumidor infantil segue cinco estágios. O
primeiro inicia-se quando a criança acompanha os pais no local de compra e passa a observar
a dinâmica de consumo e a entrar em contato com o ambiente sensorial. Em seguida, ao
acompanhar os pais, as crianças começam a solicitar a compra de produtos ou serviços, os
quais, muitas vezes, são conhecidos a partir da publicidade na televisão. No estágio seguinte,
a criança passa a selecionar produtos com base na memória e visando a sua satisfação e
realização. Em seguida, os pais passam a dar autonomia aos seus filhos para que os mesmos
escolham seus produtos preferidos com base em suas necessidades e desejos. Esse estágio
pode variar de acordo com a idade e as práticas familiares. Por fim, no último estágio, a
criança ganha independência dos pais para a realização de suas próprias compras, sem o
auxílio de ninguém (MCNEAL, 1992).
No que se refere às atitudes do consumidor infantil, Derbaix e Pecheux (2002)
primeiros autores a pesquisarem sobre as atitudes infantis relacionando-as com as marcas,
31
enfatizam a dimensão afetiva na atitude infantil. Seus estudos resultaram na criação de um
modelo hierárquico, denominando “modelo do envolvimento máximo”. Esse modelo predica
que a atitude da criança passa primeiro pela dimensão afetiva, depois segue para a
comportamental e em seguida para a conativa, pois a criança primeiro deseja o produto, o
adquire e só depois o analisa.
Ao se tratar do público infantil e o seu relacionamento com as marcas, Derbaix e
Pecheux (2002) afirmam que as crianças, mesmo que ainda com pouca idade, são capazes de
reconhecer um produto baseado na marca ou em elementos que os associem a ela.
Para buscar esse consumidor que desempenha papeis importantes no processo de
compra e que já mantém um relacionamento com as marcas, as empresas, cada vez mais,
investem em estratégias para conquistar e fidelizar o público infantil. Dentre as estratégias
utilizadas, encontra-se o marketing sensorial olfativo. De acordo com a Aromarketing (2014),
empresa espanhola especializada em marketing olfativo, as crianças absorvem os estímulos
externos através dos seus sentidos. No que se refere aos estímulos olfativos, esses são
importantes pois o olfato é um dos primeiros sentidos a ser desenvolvido, já que desde o
primeiro trimestre da gravidez o bebê pode memorizar alguns aromas e ao nascer, o cheiro
servirá para a criação de memórias e conexões.
Em seguida são apresentados o varejo e a influência do aroma no ambiente de loja.
32
5 VAREJO E AMBIENTE DE LOJA
As mudanças acarretadas pela globalização modificaram o mercado varejista nos
últimos anos, ocasionando acirramento da concorrência. Assim, o varejo, instrumento de
construção de uma marca, tem como desafio, diante da volatilidade e transformações do
mercado e do consumidor, a busca por soluções que o adapte às mudanças ocorridas. Dessa
forma, é necessário o desenvolvimento e o investimento em estratégias visando os
acontecimentos do varejo e a conquista de mercado consumidor (LAS CASAS; GARCIA,
2007; SALEK, 2018; KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
Os consumidores são influenciados por uma série de fatores que antecedem e
precedem o consumo. Esses fatores vão além dos produtos ou serviços adquiridos e
compreendem também a embalagem, o atendimento e, até mesmo, a atmosfera da loja
(ANDRADE, 2013).
A atmosfera de loja compreende todos os esforços que buscam envolver e cativar o
consumidor, variando desde a iluminação até a estruturação das mercadorias (PARENTE,
2000).
Para o varejista, o ambiente de loja possui fundamental importância, pois é o canal e a
ferramenta mercadológica na qual suas estratégias são expostas, dentre elas, primordialmente,
a busca pela conquista do cliente. Dessa forma, observa-se que o comportamento do
consumidor, diante do ambiente de loja, é resultado da decodificação dos estímulos do
ambiente (SOLOMON, 2011).
Conforme Pastorelli (2017), para o varejo, é de fundamental relevância investir em
estratégias que objetivem a diferenciação e a superação da concorrência. Além do mais, é
importante que essas estratégias sejam diferentes daquelas adotadas pela grande maioria.
O ambiente de loja e os seus estímulos são traduzidos em características físicas que
variam desde a iluminação do ambiente até os aromas no varejo. Dessa forma, empreender
estímulos, de toda natureza, na atmosfera de loja é de fundamental relevância quando se
pretende despertar emoções no consumidor, além de cativá-lo e fidelizá-lo (CARNEIRO;
ROLIM; BARBOZA; ARRUDA, 2008; KNY, 2006).
Kotler (1973), um dos pioneiros a analisar os estímulos da atmosfera de loja e os seus
impactos no consumidor, afirma que os estímulos presentes no ambiente de consumo são
responsáveis pela formação da “imagem” da loja, variando de acordo com as características
individuais do consumidor.
No que se refere à prática de estímulos na atmosfera de loja, é possível que essa
33
influencie os estados emocionais e, por consequência, o comportamento de compra dos
consumidores (BALLANTINE; JACK; PARSONS, 2010).
Kotler e Keller (2012) citam pesquisas que constataram que cerca de 70 a 80% dos
consumidores do varejo tomam suas decisões definitivas dentro dos ambientes de loja,
evidenciando a grande importância do investimento em experiências únicas no ambiente de
loja para a busca por diferenciação no mercado e vantagem competitiva.
Nesse contexto os consumidores expostos aos estímulos (inputs) externos do
ambiente, recebem os inputs sensoriais através dos seus canais sensitivos, os sentidos
humanos, mesmo que de forma imperceptível. Assim, após a estimulação externa, dá-se início
ao processo perceptivo interno, responsável pela formação das experiências sensoriais
internas no indivíduo e pelas conexões sentimentais, como ilustra a figura 2 abaixo
(SOLOMON, 2011).
Figura 2 – Visão geral do processo perceptivo
As características sensoriais de um produto ou ambiente podem conferir a eles certa
diferenciação e destaque em relação aos concorrentes, principalmente quando os estímulos
sensoriais criam sensações e sentimentos únicos (SOLOMON, 2011).
O ambiente de loja é capaz de provocar efeitos mais influenciáveis positivamente no
momento da compra do que a soma de todos os efeitos que levaram o consumidor até a loja
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005).
Dessa forma, Kotler (1973), destaca quatro dimensões sensoriais experienciadas pelos
consumidores: dimensões visuais; dimensões auditivas; dimensões olfativas e dimensões
táteis, conforme a figura 3 a seguir.
Figura 3 – Dimensões da atmosfera sensorial
ESTÍMULOS SENSORIAIS
Imagens
Sons
Odores
Gostos
Texturas
RECEPTORES SENSORIAIS
Imagens
Sons
Odores
Gostos
Texturas
EXPOSIÇÃO ATENÇÃO INTERPRETAÇÃO
Fonte: Solomon (2011).
Fonte: Kotler (1973).
DIMENSÃO VISUAL
Cores
Brilho
Tamanho
Formas
DIMENSÃO AUDITIVA
Volume
Frequência
DIMENSÃO OLFATIVA
Aroma
Frescor
DIMENSÃO TÁTIL
Suavidade
Temperatura
34
Assim, dispor de um bom projeto arquitetônico, boa localização e um bom
atendimento são fatores essenciais para o sucesso no varejo. Entretanto, para agregar valor ao
cliente o “cheiro único da loja” é primordial, pois desperta o sentido mais primitivo do
homem e cria conexões diretas com a memória do consumidor. Além disso, o autor destaca a
importância ao afirmar que os indivíduos são capazes de memorizar cerca de 35% dos odores
que sentem (PASTORELLI, 2017).
No que se refere aos impactos do aroma no varejo, pesquisas citadas por Reis (2012)
constataram que o tempo de permanência dos consumidores na loja aumenta cerca de 16% e a
probabilidade de compra cresce cerca de 15%. Mas desde 1995, Mitchell, Kahn e Knasko já
afirmavam que, ao explorar o uso de aromas no ambiente de loja, pode alterar e conduzir o
humor dos consumidores e impactar no tempo de permanência dos mesmos em suas lojas e
potencializar as intenções de retorno.
Dessa forma, os estímulos envolvidos na atmosfera de uma loja no varejo atuam
objetivando a promoção de sensações e emoções nos consumidores ou possíveis
consumidores, provocando e otimizando os seus interesses pelos produtos e experiências da
maca, verificando, assim, a grande relevância dessa prática (ANDRADE, 2013).
Ademais, conhecer os impactos da atmosfera de loja e seus estímulos nas atitudes e
comportamentos do consumidor, pode permitir que os profissionais de marketing e varejistas
empenhem esforços em estratégias que propulsionem positivamente esses efeitos.
35
6 METODOLOGIA
Esta seção disserta acerca dos procedimentos metodológicos adotados para a
realização desse estudo, explorando o tipo e a natureza da pesquisa escolhida, os processos da
seleção amostral e seleção dos sujeitos e as técnicas de coletas e análises de dados utilizadas.
6.1 Caracterização da pesquisa
Quanto ao propósito, este estudo caracteriza-se inicialmente como exploratório, pois
busca obter mais conhecimentos teóricos acerca das temáticas em questão, a fim de formular
o problema de pesquisa com maior precisão, munindo-se das varáveis que compõem a
temática (MATTAR, 2008).
Predomina o caráter descritivo porque, a partir desta categoria de estudo, é possível
averiguar frequência de um fenômeno, suas particularidades e natureza, suas características,
relações, causas e efeitos em relação a outros fenômenos. Além do mais, a pesquisa do tipo
descritiva busca descrever características ou funções de mercado, cujas descobertas serão
utilizadas para a tomada de decisões, tal como fez este estudo ao buscar averiguar em que
perspectiva o marketing olfativo impacta as atitudes de consumidores de Fortaleza, tendo
como base um levantamento teórico bibliográfico (BARROS; LEHFELD, 2000;
RODRIGUES, 2015).
Após a definição do propósito descritivo, esta pesquisa caracteriza-se pelo caráter
transversal, pois esta classificação configura-se em uma amostra única, munindo-se de todas
as informações necessárias (MALHOTRA, 2001).
A pesquisa qualitativa foi selecionada como abordagem para este estudo, pois a
mesma é aplicada quando se pretende entender fenômenos com mais profundidade e
detalhamento. A pesquisa qualitativa é bastante comum quando se busca compreender
comportamentos (MASCARENHAS, 2012).
Quanto ao método de pesquisa, utilizou-se primeiramente um levantamento de dados,
a partir de pesquisa bibliográfica, buscando conhecimentos básicos e necessários para a
formação da pesquisa de campo (MASCARENHAS, 2012).
A pesquisa bibliográfica tem como propósito o levantamento de conhecimentos, a
partir da identificação de teorias sobre o assunto e avaliando sua contribuição para a
problemática do estudo (KÖCHE, 2002).
36
Neste primeiro momento, a partir da análise exploratória, utilizaram-se apenas dados
secundários, obtidos com a pesquisa bibliográfica. Em um segundo momento, a partir de um
levantamento por entrevistas pessoal, obteve-se dados primários.
Utilizou-se como método de coleta de dados, entrevistas pessoais estruturadas, que
consistem em um instrumento de coleta de dados primários que segue um roteiro de perguntas
estruturado previamente (MASCARENHAS, 2012).
Para a realidade deste estudo, optou-se pelo método de estudo de campo, buscando
compreender situações típicas de um fenômeno sem a necessidade de grandes amostras
representativas, ou seja, utilizam-se apenas amostras de profundidade média (MATTAR,
2011).
Para atingir os objetivos pretendidos, estruturou-se um roteiro para orientar as
entrevistas, como mostra o quadro abaixo:
Quadro 1 – Quadro de congruência
Componentes
da Atitude Teoria
Objetivos
Específicos Questões avaliadas
Cognitivo A lembrança de marca
caracteriza-se pelo fato de
o cliente não precisar de
estímulos para reconhecê-
la, tratando-se de uma
lembrança espontânea
(AAKER, 1998)
Investigar a influência
do marketing olfativo
na dimensão cognitiva
da atitude da criança,
no que se refere à
lembrança de marca.
1. Você conhece esse
aroma?
2. O que ele lhe
lembra?
3. Qual imagem você
tem dessa marca/loja?
4. Você acha que esse
cheiro combina com a
marca/loja?
5. Você usa produtos
dessa marca/loja? Por
quê?
Afetivo A dimensão afetiva pode
ser influenciada, em
grande parte, pelos
atributos intangíveis dos
produtos, que fazem com
que as atitudes do
comprador sejam
impactadas por
motivações sentimentais
Investigar a influência
do marketing olfativo
na dimensão cognitiva
da atitude da criança,
no que se refere ao
sentimento pela marca
1. Você gosta desse
aroma? Por quê?
2. O que você acha
sobre comprar numa
loja com esse cheiro?
Por quê?
3. O que esse cheiro
faz você sentir?
37
(SOLOMON, 2011).
Conativo Geralmente a
predisposição de
comportamento resulta da
junção de pensamentos e
sentimentos do
consumidor. Essas
intenções são as
expressões das
expectativas que os
consumidores têm sobre
determinado produto,
marca ou experiência,
bem como são, também,
resultado das influências e
estímulos externos
(URDAN; URDAN,
2010).
Investigar a influência
do marketing olfativo
na dimensão cognitiva
da atitude da criança,
no que se refere à
intenção de compra.
1. Você gosta/gostaria
de ter esse cheiro em
sua casa? Por quê?
2. Você tem vontade de
comprar algum produto
para ter esse cheiro em
casa? Por quê?
Fonte: Elaborado pela autora.
O questionário foi construído a partir da adaptação das escalas feitas por Torres e
Buhamra (2011).
As perguntas foram elaboradas visando compreender e responder todos os objetivos
desse estudo, de forma que foram elaboradas enquadrando-se nas três dimensões da atitude:
cognitiva, afetiva e conativa. Além disso, a entrevista também foi composta por perguntas que
viessem a descrever o perfil de cada respondente, como o sexo, idade, nível de renda e
escolaridade. Vale ressaltar que, a pergunta sobre o nível de renda seria direcionada aos
responsáveis da criança.
Para a verificação e a interpretação dos resultados da pesquisa, utilizou-se o método de
análise de conteúdo de Bardin (2016), que consiste uma investigação em três fases. Na
primeira fase, a pré-análise, os documentos são selecionados, formulam-se as hipóteses ou
objetivos e elaboram-se indicadores que fundamentam a interpretação final. Essa fase tem
como objetivo operacionalizar e sistematizar as ideias centrais e primárias, de forma a
conduzir e desenvolver a análise. Na segunda fase, a exploração do material, os documentos
38
de análise são codificados ou categorizados para facilitar e conduzir a fase final. Em relação
às categorias, para esse estudo foram definidas categorias de análise com base nos objetivos
específicos definidos, como mostra o quadro 2 a seguir.
Quadro 2 – Categorias de análise
CATEGORIAS DE ANÁLISE
Lembrança de marca Sentimento pela marca Intenção de compra
Fonte: Elaborado pela autora.
Por fim, na fase de tratamento dos resultados obtidos e interpretação, os resultados
foram condensados e expostos, destacando as informações relevantes e as interpretações feitas
(BARDIN, 2016).
6.2 Universo, amostra e seleção dos respondentes
A amostra de uma pesquisa científica consiste em pedaços da população analisada e
que são selecionadas visando a obtenção de características gerais de uma população
(MASCARENHAS, 2012).
Para este estudo, foi selecionada e utilizada a técnica de amostragem não
probabilística, pois foi usada uma seleção aleatória. Esse método de amostragem baseia-se em
um julgamento pessoal do pesquisador quanto à escolha dos participantes (MALHOTRA,
2001).
O universo deste estudo é representado por crianças residentes em Fortaleza – CE. No
Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera criança a
pessoa até 12 anos de idade incompletos. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a população infantil compreende as idades de 0 a 14 anos.
Vale ressaltar que, todas as crianças que participaram deste estudo, o fizeram com a
devida autorização dos seus responsáveis legais e com sua presença durante toda a aplicação
da pesquisa.
6.3 Objeto de estudo
As sandálias Melissa surgiram da criação de Alexandre e Pedro Grendene, donos da
empresa gaúcha Grendene, em 1979 na cidade de Farroupilha. Os irmãos que trabalhavam
39
com a fabricação de embalagens plásticas, após uma viagem pela Riviera Francesa, tiveram a
ideia de criar sandálias femininas de plástico. O primeiro modelo, a Melissa “Aranha”, foi
inspirada nas sandálias de pescadores da Riviera Francesa e, ao ser comercializado, vendeu
em um único ano cerca de 25 milhões de unidades (MUNDO DAS MARCAS, 2006).
A marca se consolidou inicialmente pelo merchandising em novelas da televisão
brasileira, pela inspiração na moda de grandes centros fashions e pela parceria e assinatura de
grandes estilistas em modelos lançados pela marca.
Em 1984 a marca Melissa lançou versões infantis dos seus modelos mais vendidos e
desde então a linha Mini Melissa tornou-se forte no mercado. Assim, a marca passou a
explorar personagens fortes no universo infantil em seus produtos, utilizando-se de apelo
emocional e lúdico para com as crianças (MUNDO DAS MARCAS, 2006). Conforme o site
da marca, atualmente existem 15 lojas no Brasil dedicadas apenas ao público infantil, as
chamadas Mini Clube Melissa.
Como diferencial, a Melissa aromatiza os seus ambientes e os seus produtos com um
aroma único, fazendo com que os seus consumidores vivencie experiências sensoriais e
despertem sensações agradáveis.
O cheiro da Melissa é um estopim de memórias. Lembra um tempo, uma fase da
vida, quem sabe até um amor. Nossa fragrância é tão adorada que é guardada assim,
em um vidro precioso, como se fosse um perfume (MELISSA,2017).
No varejo brasileiro a Melissa possui atualmente 301 lojas em todos os estados,
distribui seus produtos em 2099 lojas multimarcas do país e em 131 lojas espalhadas em todos
os continentes, conforme o site da marca.
Para a Melissa, suas lojas se tornaram muito mais do que um ponto de vendas, mas
sim um espaço onde as admiradoras podem ter contato com a moda, com a arte e com as
memórias que o cheiro desperta.
Melissa é mais do que um sapato. Clube Melissa é muito mais do que uma loja. Ele
é moda, arte e design. É onde um cheiro desperta memórias. O lugar que dá vida ao
nosso universo. Clube Melissa é um ambiente feito para quem — como a gente —
ama o plástico (MELISSA, 2018).
A marca Melissa foi selecionada como objeto de estudo, pelo fato de utilizar estímulos
olfativos em seus ambientes, por ser reconhecida por tal e por investir no mercado
consumidor infantil.
40
6.4 Procedimento de campo
Para a realização fidedigna desta pesquisa, utilizou-se uma amostra do aroma utilizado
pela Melissa na ambientação de suas lojas, fornecida pela própria marca após solicitação e
apresentação dos objetivos desse estudo. Vale ressaltar que a Melissa utiliza o aroma de duas
formas: Dentro dos produtos (partículas derretidas no plástico das sandálias) e na ambientação
do ponto de venda (aroma líquido borrifado na loja).
Para a validação do questionário utilizado na entrevista deste estudo, aplicou-se um
pré-teste. O pré-teste tem o objetivo de avaliar o instrumento de pesquisa, observar se as
perguntas são compreensíveis e completas e checar se há algum viés (MATTAR, 2011).
Durante a aplicação das duas entrevistas pré-testes foi possível verificar fatores que
atrapalharam o andamento das entrevistas, são eles:
a) A entrevistadora borrifou no momento da entrevista o aroma em um papel e, devido a
sua concentração, o cheiro ficou muito forte e, assim, irreconhecível;
b) Achou-se necessário modificar a pergunta “Você acha bom comprar numa loja com
esse cheiro?” para “O que você acha de comprar numa loja com esse cheiro? Por
quê?”, pois a palavra “bom” poderia direcionar as respostas.
A pesquisa definitiva foi aplicada e divida em três fases. Na primeira fase, os
entrevistados foram expostos à fragrância e, em seguida, foram feitas perguntas sobre suas
avaliações pessoais acerca do aroma e se eles identificavam, espontaneamente, qual loja o
utiliza. Essa fase foi intitulada como espontânea, pois deixa o entrevistado livre para
responder, sem que haja opções de escolha e interferência do entrevistador. Caso o
entrevistado reconheça o aroma de forma correta, a entrevista seria direcionada às demais
perguntas sobre as dimensões da atitude – cognitivo, afetivo e conativo. Porém, se o
entrevistador não associasse corretamente, ele seria direcionado à fase estimulada.
Na fase estimulada, o entrevistador interviu ao mostrar algumas opções de marcas
infantis que atuam em Fortaleza, dentre elas a marca Melissa e questionou ao entrevistado se
ele associa o aroma a alguma das lojas apresentadas. Os respondentes dessa fase são aqueles
que não associaram a fragrância à marca Melissa na fase espontânea.
Por fim, na fase induzida, após o entrevistado não ter conseguido fazer a correta
associação nas duas fases anteriores, o entrevistador afirmava que o aroma era da loja
Melissa, dando prosseguimento ao questionário.
Após essas fases, foram feitas perguntas sobre a imagem que o entrevistador tem da
41
loja, como o mesmo se sente ao consumir em um ambiente com tal aroma e sobre sua
intenção de obter a fragrância.
O questionário foi aplicado seguindo os seguintes processos-padrões: o tempo entre a
borrifação do aroma e a exposição ao entrevistado não poderia ser menor que 2 minutos e
maior que 20 minutos e para a aplicação de cada questionário, trabalhou-se em média 5
minutos.
As entrevistas foram aplicadas presencialmente, no período compreendido entre
11/11/2018 a 25/11/2018, alcançando um número de 12 entrevistados, divididos em 9 meninas
e 3 meninos, com idades variantes entre 6 e 14 anos.
A próxima seção apresenta a análise de dados resultante da aplicação da pesquisa de
campo.
42
7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Esta seção expõe os resultados obtidos através da aplicação das entrevistas,
evidenciando suas relações e apontando uma análise crítica a cerca delas.
7.1 Perfil dos respondentes e resultados gerais
Para alcançar e responder os objetivos desse estudo realizou-se 12 entrevistas pessoais
com crianças próximas à entrevistadora e com a devida autorização dos pais ou responsáveis.
Para a entrevista, foram selecionadas nove respondentes do sexo feminino e três do
sexo masculino. Os respondentes são: Isadora Barbosa, 8 anos; Heloísa Barbosa, 6 anos;
Letícia Gonçalves, 7 anos; Gustavo Vieira, 9 anos; Rayna Pereira, 8 anos; Pedro Roger, 8
anos; Sebastião Pereira, 11 anos; Raynara Pereira, 14 anos; Clara Barboza, 9 anos; Laura
Mendes, 8 anos; Lara Mindelo,13 anos e Thaís Ribeiro, 14 anos, conforme resume o quadro a
seguir.
Quadro 3 – Perfil dos entrevistados
Fonte: Elaborado pela Autora.
No que se refere à renda familiar dos entrevistados, observou-se que cinco dos
respondentes possuem renda entre R$ 3.817,00 e R$ 5.724,00; três enquadram-se entre R$
5.725,00 e R$ 7.632,00; dois estão entre R$ 7.633,00 e R$ 9.540,00 e dois estão acima de R$
9.541,00. Para ter conhecimento sobre o perfil financeiro familiar de cada criança, a
entrevistadora direcionou tal pergunta aos pais ou responsáveis dos respondentes.
Em relação ao perfil de consumo de sapatos, 5 entrevistados, com idades entre 9 e 14
anos (quatro meninas e um menino), afirmaram que escolhem e decidem sobre a compra de
sapatos sozinhos e independentes dos pais; 4 respondentes do sexo feminino, com idades
43
entre 6 e 8 anos, declararam que escolhem os sapatos que desejam e os responsáveis se
incubem de providenciar os tamanhos adequados e outras especificações; e 3 participantes,
com idades entre 7 e 9 anos (dois meninos e uma menina), admitiram não participar da
compra dos seus próprios sapatos e afirmam deixar o encargo para os pais ou responsáveis.
É importante ressaltar que cinco respondentes associaram o aroma que sentiram ao
shopping Iguatemi, sendo que três reconheceram a loja Melissa do Iguatemi e dois não
associaram corretamente, mas afirmaram que sentiram o cheiro também no shopping citado.
Esse é o cheiro da Melissa do Iguatemi! Eu sei por que eu já comprei lá e a Melissa
é uma das minhas marcas favoritas (CLARA, 9 ANOS).
Além do mais, dois respondentes que não associaram corretamente o cheiro à Melissa,
afirmaram que o aroma sentido seria de alguma loja de sapatos.
Esse cheiro me lembra sapato novo. Eu lembro dele quando eu compro sapatos no
Iguatemi. Tem cheiro de loja de sapato (LETÍCIA, 7ANOS).
A seguir, os resultados são apresentados e analisados em confronto com os objetivos
delimitados.
7.2 Lembrança e Reconhecimento de marca
Ao serem expostos ao aroma, os respondentes eram, em seguida, questionados sobre
quais associações faziam com o cheiro sentido. No primeiro momento, na fase espontânea da
entrevista, sem que haja influência do entrevistador, apenas três entrevistadas associaram o
aroma exposto à marca Melissa: Isadora, 8 anos; Clara, 9 anos e Laura, 8 anos. Conforme
Aaker (1998), os respondentes que associaram corretamente o aroma à Melissa na fase
espontânea, evidenciaram a Lembrança de marca, pelo fato de não precisarem de outros
estímulos para que a marca fosse lembrada.
Aos que não associaram corretamente, o entrevistador expôs três opções de marcas
infantis, incluindo a Melissa, e questionou os entrevistados se os mesmos associavam o aroma
exposto a alguma das marcas. Nessa fase estimulada, cinco respondentes associaram o aroma
à Melissa: Gustavo, 9 anos; Sebastião, 11 anos; Raynara, 14 anos; Lara, 13 anos e Thaís, 14
anos. Para Aaker (1998), o reconhecimento na fase estimulada denota a necessidade de outros
elementos que constituem a marca para que a mesma seja reconhecida, ou seja, apenas o
aroma não foi suficiente para a correta associação.
Vale ressaltar que, dos entrevistados que erraram na fase espontânea, mas acertaram na
44
fase estimulada, dois deles, Gustavo e Thaís, afirmaram na primeira fase que o cheiro era de
uma loja presente no Shopping Iguatemi e uma respondente, Raynara, reconheceu que era de
uma loja de sapatos, mas não conseguiu, a princípio, lembrar o nome.
Esse cheiro me lembra sapato novo... Quando a gente compra sapato e abre a caixa,
eu sinto esse cheiro. Já senti ele em alguma loja de calçados, eu me lembro da loja,
mas não lembro o nome agora (RAYNARA, 14 ANOS).
Para os respondentes que não associaram o aroma exposto à marca Melissa, em um
terceiro momento, na fase induzida, o entrevistador afirmava que o aroma sentido era da loja
Melissa e que havia sido disponibilizado pela marca para a realização desse estudo. Para os
respondentes que não associaram o aroma à Melissa e não reconheceram a marca após os
estímulos, Aaker (1998) afirma que o indivíduo que não lembra ou reconhece uma marca,
nem os elementos que a constitui, desconhece a existência da mesma.
Em seguida, as crianças eram questionadas acerca do que conheciam da Melissa, seus
julgamentos sobre o aroma e seus hábitos de consumo de sapatos.
Eu não conheço muito, só sei que a minha irmã tem uma sapatilha de lá. Eu queria
ter uma, mas ninguém nunca me deu (HELOÍSA, 6 ANOS)
Ainda sobre a dimensão cognitiva e a lembrança da marca, o entrevistador perguntou
aos respondentes o que os mesmos achavam da Melissa. Aqueles que associaram
corretamente o aroma à Melissa são os que mais demonstraram conhecimento sobre os
produtos da marca e que fizeram mais considerações positivas.
A Melissa é uma das minhas marcas favoritas. [...] A loja Melissa vende sapatos,
bolsas e chaveiros. Eu vi que é pra menino, menina e tem sandália de bebê também.
As sapatilhas de lá são lindas e bem confortáveis (CLARA, 9 ANOS).
É uma loja muito boa para mulheres, por que as sandálias de lá estão sempre na
moda. Todo mundo usa. É uma marca boa. Eu gosto, apesar de não comprar tanto
(RAYNARA, 14 ANOS).
Entretanto, algumas considerações negativas também foram citadas. Vale ressaltar que,
as crianças que identificaram o cheiro da Melissa na fase espontânea, foram as que mais
fizeram considerações positivas sobre a marca e seus produtos.
É uma loja de sapatos de menina que eu gosto muito. A loja é linda, só que é muito
pequena e ta sempre lotada. E os sapatos são pequenos também. Ah, lá também
vende chaveiros (LAURA, 8 ANOS).
45
É uma marca boa, mas os preços de lá são caros (SEBASTIÃO, 11 ANOS).
É uma loja de meninas, do Iguatemi, de preço alto. Minha mãe já foi lá (GUSTAVO,
9 ANOS) .
Em seguida, os respondentes foram questionados se já compraram na loja ou se usam
algum dos produtos da Melissa. Observou-se que, das três respondentes que associaram o
aroma ao qual foram expostas à Melissa na fase espontânea, todas possuem um ou mais
produtos da marca, e duas, Clara e Isadora, declararam que os usam diariamente.
Dos cinco respondentes que somente associaram o cheiro à Melissa na fase
estimulada, somente três meninas declararam que possuem algum produto da marca e duas
afirmaram que os usam sempre. Os dois meninos, Sebastião e Gustavo, não possuem produtos
da Melissa, pois acreditam que a loja é apenas para mulheres.
Em relação aos entrevistados que não reconheceram o aroma da Melissa em nenhuma
das fases, observou-se que, dos quatro respondentes, apenas uma, Letícia, possui produtos da
marca, mas revelou que não o usa mais. O restante, não possui e não usa, ou usou, qualquer
produto da Melissa.
Com base nas respostas identificadas na entrevista, pode-se concluir que, aqueles que
já compraram na loja Melissa e que usam seus produtos, são os que mais são capazes de
reconhecer a marca a partir do seu aroma característico, corroborando com a visão de Giraldi,
Neto e Dos Santos (2005), de que a dimensão cognitiva é a combinação do conhecimento com
as percepções individuais adquiridas a partir das experiências e informações acerca do objeto
de atitude.
Uma das entrevistadas, Letícia, que não conseguiu identificar o aroma corretamente,
ao chegar a fase induzida quando a entrevistadora afirma que o cheiro é da marca Melissa, a
respondente, ao ser questionada sobre a compra e o uso de produtos da marca, afirmou que já
passou por uma experiência ruim com um sapato da loja e que, por isso, não compra mais.
Coforme Solomon (2011), o comportamento possui harmonia com as crenças, portanto
experiências ruins com a marca ou produtos da mesma transformam as crenças de forma
negativa.
Eu lembrei que eu já tive uma sandália da Melissa, mas ela machucava muito o meu
pé, fez muito calo! Às vezes eu passo na frente da loja e acho linda as sapatilhas...as
vezes eu quero comprar, mas eu lembro do calo que ela me fez e não quero mais.
(LETÍCIA, 7 ANOS).
46
Quando questionados sobre a combinação entre aroma e marca, os respondentes
fizeram considerações que ligam características do cheiro a características da marca.
Esse cheiro combina com a Melissa por que é leve e bem delicado. Acho que
combina com uma loja de menina (SEBASTIÃO, 11 ANOS).
Combina sim, por que lembra infância. E esse cheiro é o cheiro dela...a gente sente e
já sabe que é o sapato é da Melissa. É a marca da loja (THAÍS, 14 ANOS).
Combina por que me lembra diversão (GUSTAVO, 9 ANOS).
Ao relacionar o perfil de compra de sapatos e a lembrança de marca, observou-se que,
na fase espontânea, as crianças Isadora, Clara e Laura, que associaram corretamente o aroma
ao qual estavam expostas à marca Melissa, participam de forma ativa no processo de decisão
para a compra de seus sapatos ou influenciam os pais durante a etapa de escolha. Na fase
estimulada, das cinco crianças que responderam corretamente a associação do aroma, quatro
decidem sozinhas sobre a compra de seus sapatos, são elas: Sebastião, Raynara, Lara e Thaís.
O respondente Gustavo, afirmou que a mãe decide sobre a escolha dos seus sapatos. Na fase
induzida, onde não houve reconhecimento da marca Melissa, nenhum dos entrevistados
afirmou que decide sozinho a compra de seus calçados; Rayna e Heloísa declaram que os
responsáveis as auxiliam e Letícia e Pedro, afirmam que os pais se responsabilizam pela
escolha dos seus sapatos. Ao longo das fases, percebe-se claramente que, à medida que as
crianças são excluídas das etapas de consumo, o reconhecimento de marca diminui.
Por fim, pode-se concluir, a partir da relação entre a participação infantil no processo
de compra de sapatos e a lembrança de marca que, à medida que a criança escolhe ou
influencia os pais na escolha de consumo dos calçados, a mesma lembra e reconhece com
mais propriedade as marcas do varejo.
O quadro 4 abaixo resume a análise dos resultados referente à dimensão cognitiva da
atitude da criança.
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Quadro 4 – Análise dos resultados: Dimensão cognitiva
DIMENSÃO COGNITIVA – LEMBRANÇA OU RECONHECIMENTO DE MARCA
Lembrança de marca X Reconhecimento de
marca
Observou-se que apenas o cheiro não é
suficiente para ocasionar a lembrança de
marca. Porém, quando associado a outros
elementos que constituem a marca, há
reconhecimento.
Lembrança de marca X Produtos da Melissa
Aqueles que já compraram na loja Melissa e
que usam seus produtos são os que mais são
capazes de reconhecer a marca a partir do seu
aroma característico.
Lembrança de marca X Participação no
processo de compra de sapatos
À medida que a criança escolhe ou influencia
os pais na compra de sapatos, a mesma
lembra e reconhece com mais propriedade as
marcas do varejo.
Fonte: Elaborado pela autora.
A seguir são apresentados os resultados e sua análise na perspectiva da dimensão
afetiva, no que se refere ao sentimento pela marca.
7.3 Sentimento pela marca
Ao serem questionados sobre gostar ou não do aroma ao qual foram expostos, onze
entrevistados, independente de reconhecerem ou não o cheiro, afirmaram gostar e
expressaram considerações positivas, como “Adoro o cheiro”, “É muito gostoso” e “Gosto
muito”. Entretanto, apenas um entrevistado, Gustavo, 9 anos, declarou gostar “mais ou
menos”, pois segundo ele o aroma é muito forte.
A figura a seguir mostra, em uma nuvem de palavras, as associações feitas pelos
entrevistados sobre o aroma ao qual foram expostos.
48
Figura 4 – Associações dos entrevistados ao aroma sentido
Fonte: Elaborada pela autora.
Para verificar se há influência do aroma nas atitudes afetivas infantis, filtrou-se apenas
aqueles que associaram, em alguma das fases, o aroma à Melissa: Isadora, 8 anos; Clara, 9
anos; Laura, 8 anos; Gustavo, 9 anos; Sebastião, 11 anos; Raynara, 14 anos; Lara, 13 anos e
Thaís, 14 anos.
Esses respondentes, quando questionados sobre o que acham de comprar em uma loja
com o cheiro ao qual foram expostos, afirmaram, em sua totalidade, que é bom comprar em
uma loja como a Melissa. Ao explicarem suas afirmativas, utilizaram expressões positivas,
como “É ótimo”, “É muito gostoso” e “É divertido”.
Quando questionados sobre o que o cheiro os faz sentir, os respondentes, que
reconheceram corretamente o aroma, responderam fazendo associações positivas de sensações
e sentimentos à Melissa.
Eu acho muito bom, agradável e dá vontade de entrar na loja e comprar
(RAYNARA, 14 ANOS).
Esse cheiro me dá uma sensação muito boa, leve e gostosa. Eu me sinto bem
(SEBASTIÃO, 11 ANOS).
Me dá vontade de ficar lá o tempo inteiro...e de comprar vários sapatos (CLARA, 9
ANOS).
49
Adoro o cheiro do sapato da Melissa (ISADORA, 8 ANOS).
Ademais, quando os entrevistados eram expostos pela primeira vez ao aroma entregue
pela entrevistadora, o que se observou é que, as reações dos respondentes eram de animação,
carinho e excitação, em sua maioria.
Observando as respostas ao longo da entrevista, percebeu-se que, ao se referirem sobre
o cheiro da Melissa, ao qual foram expostos, os respondentes fizeram várias considerações
positivas, associando o cheiro à sensações boas e agradáveis, demonstrando carinho à marca e
aos produtos por ela vendidos. Além do mais, o que se observou é que, o cheiro e as
sensações por ele emanadas estão ligados à afetividade dos respondentes para com a marca,
evidenciando assim, influência atitudinal na dimensão afetiva.
Solomon (2011), explica a influência do cheiro na atitude e sua dimensão afetiva ao
afirmar que os atributos intangíveis dos produtos fazem com que a atitude do indivíduo seja
impactada por motivações sentimentais.
O quadro abaixo resume a análise dos resultados referente à dimensão afetiva da
atitude da criança.
Quadro 4 – Análise dos resultados: Dimensão afetiva
DIMENSÃO AFETIVA – SENTIMENTO PELA MARCA
Sentimento pela marca
Os respondentes que lembraram ou
reconheceram a marca, demonstraram
sentimentos em relação ao cheiro e
associando-o à marca.
Sentimento pela marca X Sexo
Observou-se que as meninas demonstraram
mais animação e excitação em relação ao
cheiro.
Fonte: Elaborado pela autora.
A seguir são apresentados os resultados e sua análise na perspectiva da dimensão
conativa, no que se refere ao sentimento pela marca.
7.4 Intenção de compra
Em seguida, os entrevistados foram questionados se gostariam de ter esse cheiro em
suas casas e, em sua totalidade, todos responderam positivamente. Em relação a essa
50
pergunta, observando os comportamentos dos respondentes e suas afirmações, as meninas
demonstraram maior animação e excitação ao afirmar que gostariam ter esse cheiro em casa.
Eu ia amar esse cheiro no meu quarto!!! (ISADORA, 8 ANOS).
Para avaliar as atitudes e a intenção de compra, os entrevistados foram perguntados
sobre a vontade de comprar alguma coisa na loja para ter esse cheiro em casa. Dentre os
respondentes que reconheceram a marca Melissa na fase espontânea, apenas a respondente
Isadora (8 anos) afirmou que apenas o cheiro a motiva a comprar um produto, e as outras duas
entrevistadas, Clara e Laura, declararam que apenas o cheiro não acarreta o consumo. Para as
duas respondentes que não comprariam apenas pelo cheiro, os fatores preço e produto são
levados em consideração durante a escolha.
Só por causa do cheiro não, o cheiro me dá vontade de comprar, mas a sandália
também e o preço também (CLARA, 9 ANOS).
Não. Por que eu não quero comprar um sapato pequeno só pra sentir o cheiro
(LAURA, 8 ANOS).
Em relação aos respondentes que não associaram o aroma à Melissa na fase
espontânea, mas reconheceram o cheiro na fase estimulada, Raynara e Thaís afirmaram que o
cheiro às incita a entrar na loja e, em consequência, consumir; Sebastião admitiu que o cheiro
o instiga a comprar, independente do produto; Gustavo declarou que o cheiro o encoraja a
comer e Lara disse que apenas o cheiro não acarreta o consumo.
Quando eu sinto esse cheirinho no Shopping me dá vontade de entrar na loja e
comprar (THAÍS, 14 ANOS).
Eu acho muito bom, agradável e dá vontade de entrar na loja e comprar
(RAYNARA, 14 ANOS).
Parece cheiro de chiclete e dá vontade de comer (GUSTAVO, 9 ANOS).
Dá vontade de comprar, mas só por causa do cheiro não. Tem outras coisas
também... (LARA, 13 ANOS).
Em relação aos respondentes que lembraram ou reconheceram a marca e que
demonstraram afetividade em relação à Melissa e o seu aroma, mas afirmam que não
comprariam apenas por causa do cheiro, Gárran (2006), explica que, por diversas vezes, as
atitudes podem não ser coerentes com o comportamento refletido pelo consumidor, pois há
influência de outras variáveis que também influenciam o consumo.
Aqueles que não reconheceram o aroma como sendo da Melissa, em sua maioria,
51
afirmaram que o cheiro os motiva a comprar sapatos novos. Apenas Pedro, respondeu que o
cheiro não é a variável que determina o consumo e que variáveis como o preço são mais
decisórias.
Talvez, depende também do preço (PEDRO, 8ANOS).
No que se refere aos respondentes que declararam que o cheiro os motiva a entrar na
loja e a comprar, apenas 1, Sebastião, é do sexo masculino; os outros 3 respondentes são
meninas, Isadora, Raynara e Thaís.
Em vista do exposto acima, conclui-se que a maioria dos entrevistados afirmou que o
cheiro os motivam a entrar na loja e a comprar produtos para ter o aroma em casa. Essa
predisposição de comportamento é a soma dos pensamentos e sentimentos do consumidor,
conforme Urdan e Urdan (2010).
Segundo Gade (1998), se o consumidor tende a agir de maneira favorável, significa
dizer que o mesmo possui atitude favorável á marca. Ao observar as respostas dos
entrevistados e concluir que a maioria se predispôs a comprar na Melissa, percebe-se a
influência do marketing olfativo na dimensão conativa da atitude, ou seja, na intenção de
compra do indivíduo.
O quadro abaixo resume a análise dos resultados referente à dimensão conativa da
atitude da criança.
Quadro 5 – Análise dos resultados: Dimensão conativa
DIMENSÃO CONATIVA – INTENÇÃO DE COMPRA
Intenção de compra
A maioria dos entrevistados afirma que o
cheiro os incita a entrar na loja da Melissa e a
consumir.
Lembrança de marca X Afetividade X
Intenção de compra
Apesar de alguns entrevistados lembrarem-se
da marca e demonstrarem afetividade pela
mesma, observou-se que houveram
afirmações de que o cheiro apenas não os
motiva a consumir e que fatores como o
preço e a estética dos produtos são
considerados.
Fonte: Elaborado pela autora.
A seguir são apresentadas as considerações finais deste estudo e suas implicações.
52
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como objetivo geral investigar o marketing olfativo e sua
influencia nas atitudes de crianças consumidoras do varejo de Fortaleza. Para o alcance do
objetivo geral, definiram-se três objetivos específicos associados às três dimensões das
atitudes e suas implicações para a marca.
O primeiro objetivo específico visava investigar a influência do marketing olfativo na
dimensão cognitiva da atitude da criança, no que se refere à lembrança de marca. Em relação
a esse, observou-se que o reconhecimento imediato da marca Melissa foi muito pequeno,
apenas três dos doze entrevistados. Quando somado ao reconhecimento estimulado, esse
indicador aumenta, pois oito dos entrevistados associaram o cheiro à Melissa na fase
estimulada. Além do mais, percebeu-se que alguns fatores interferem no reconhecimento
olfativo da marca, tais como o uso de produtos, variável que mostrou que o reconhecimento é
maior entre as crianças que já usam produtos da Melissa, e a participação infantil na compra
de sapatos, que evidenciou que quanto maior é a participação, maior é o reconhecimento da
criança. De acordo com algumas respostas, nota-se que outros elementos que caracterizam a
marca (logomarca, por exemplo), também são capazes de ocasionar a lembrança da marca.
Portanto, apenas o cheiro não evidencia o reconhecimento da marca, entretanto, o aroma
somado a outras variáveis, permite a lembrança da marca.
Um segundo objetivo buscava investigar a influência do marketing olfativo na
dimensão afetiva da atitude da criança, no que se refere ao sentimento pela marca. Em relação
a esse objetivo, o que se verificou foi que a maioria dos respondentes demonstraram
sentimentos positivos e fortes em relação à marca. Além disso, os entrevistados, em sua
totalidade, associaram o aroma da Melissa, e a própria marca, à sensações boas e
considerações positivas. Alguns entrevistados citaram inclusive que o aroma é algo único da
marca Melissa e que atrai clientes.
Por fim, o último objetivo específico buscou investigar a influência do marketing
olfativo na dimensão conativa da atitude da criança, no que se refere à intenção de compra.
Com referência a esse objetivo constatou-se que metade dos entrevistados que reconheceram
o aroma corretamente, afirmaram que o cheiro da Melissa os motiva e induz a comprar na loja
para levá-lo para casa. Do contrário, três dos oito entrevistados que reconheceram o aroma da
Melissa, afirmaram que, apesar de gostar do cheiro, esse não é fator determinante para o
consumo. Para os mesmos, ainda que o estímulo olfativo os influencie, existem fatores que
também são importantes e precisam ser considerados, como preço e características do
53
produto.
O presente estudo buscava responder a seguinte pergunta: Como o marketing olfativo
influencia atitudes de consumidores infantis no varejo?
A partir dos resultados observados e analisados, em resumo, observou-se que o
marketing olfativo influencia as atitudes infantis no que se refere ao sentimento pela marca,
pois a grande maioria dos entrevistados demonstrou afeto para com a marca a partir do seu
aroma, e no que se refere à intenção de compra, pois a maioria dos respondentes declarou que
o cheiro os motiva a entrar na loja e a comprar produtos para levá-lo para suas residências.
Além do mais, a partir dos resultados analisados neste estudo, alguma hipóteses foram
levantadas:
a) À medida que as crianças são excluídas das etapas de consumo, o reconhecimento
de marca diminui;
b) Além do cheiro, outros elementos que constituem a marca também são capazes de
ocasionar a lembrança de marca;
c) O cheiro faz com que as crianças associem o aroma da Melissa, e a própria marca,
à sensações boas e considerações positivas.
Ao considerar as limitações para a realização desse estudo, destaco a dificuldade de se
aplicar entrevistas no público infantil, pois, devido a imaturidade, as crianças, por vezes, não
interpretam corretamente o cerne das questões e suas respostas são bem curtas e específicas.
Além do mais, para a realização dessa pesquisa, seria ideal que as entrevistas fossem
realizadas dentro do ambiente de loja, pois tal atmosfera contextualiza o que se pretende
buscar.
Portanto, sugere-se, para trabalhos futuros, a realização de pesquisas quantitativas,
buscando a identificação de ocorrências numéricas em uma amostra maior. Além disso,
poderia ser verificada a diferença da sensibilidade ao cheiro entre adultos e crianças, homens
e mulheres.
54
REFERÊNCIAS
AAKER, David. Marcas: Brand Equity Gerenciando o valor da marca. São Paulo: Negócio,
1998.
AIROMAS. Ação com marketing olfativo ganha prêmio internacional. 2018. Disponível
em: <http://www.airomas.com/blog/marketing-olfativo-premio/>. Acesso em: 26 out. 2018.
ANDRADE, Rafaela Pontes. O aroma e o comportamento do consumidor: Estratégias no
ponto de venda. 2013. Dissertação de Mestrado. Universidade de Aveiro.
AROMARKETING. Marketing olfativo para niños. 2014. Disponível em:
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60
APÊNDICE A – ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1-FASE ESPONTÂNEA (Expõe o entrevistado ao aroma
01) Você conhece esse cheiro?
02) O que ele lhe lembra?
03) Você lembra desse cheiro em alguma loja? (SIM – Segue na mesma fase / NÃO – Pula
para a fase 2)
04) Qual loja? (ACERTOU – Segue na mesma fase / ERROU – Pula para a fase 2)
05) Você frequenta ou já frequentou a loja Melissa? Se sim, quantas vezes frequentou nos
últimos 6 meses?
06) Você já comprou algum produto da Melissa?
2-FASE ESTIMULADA (Expõe o entrevistado às opções de lojas)
01) Você lembra desse cheiro em alguma dessas lojas? (SIM – Segue na mesma fase /
NÃO – Pula para a fase 3)
02) Qual dessas lojas? (Expõe o entrevistado às opções de lojas) (ACERTOU – Segue na
mesma fase / ERROU – Pula para a fase 5)
03) Você frequenta ou já frequentou a loja Melissa? Se sim, quantas vezes frequentou nos
últimos 6 meses?
04) Você já comprou algum produto da Melissa?
3-FASE INDUZIDA
01) Você conhece a loja melissa? (SIM – Segue na mesma fase / NÃO – Pula para a fase
4)
02) Você frequenta ou já frequentou a loja Melissa? Se sim, quantas vezes frequentou nos
últimos 6 meses?
03) Você já comprou algum produto da Melissa?
4-DIMENSÃO COGNITIVA
01) O que você acha da loja Melissa?
02) Você acha que esse cheiro combina com a loja Melissa?
03) Você usa algum produto da Melissa?
5-DIMENSÃO AFETIVA
01) Você gosta desse cheiro? Porque?
02) O que você acha sobre comprar numa loja com esse cheiro? Porque?
03) O que esse cheiro faz você sentir? Porque?
6-DIMENSÃO CONATIVA
01) Você gostaria de ter esse cheiro na sua casa?Porque?
02) Você tem vontade de comprar alguma coisa na loja para ter esse cheiro em casa?
Porque?
7-PERFIL DE CONSUMO
01) Quando você quer comprar sapatos, quem escolhe e decide é você ou os seus pais?
PERFIL DO ENTREVISTADO
01) Sexo: Homem/Mulher
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02) Renda Mensal Familiar: (Pergunta direcionada aos responsáveis)
1.Até R$ 1.908,00
2.Entre R$ 1.909,00 a R$ 3.816,00
3.Entre R$ 3.817,00 a R$ 5.724,00
4.Entre R$ 5.725,00 a R$ 7.632,00
5.Entre R$ 7.633,00 a R$ 9.540,00
6.Acima de R$ 9.541,00
03) Grau de Escolaridade:
04) Idade: