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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA FARMÁCIA ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM IMPACTO DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA KERLLE THEVOLA FERREIRA REPOLHO Itacoatiara AM 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM IMPACTO DO

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PACIENTES

PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA

KERLLE THEVOLA FERREIRA REPOLHO

Itacoatiara – AM

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

KERLLE THEVOLA FERREIRA REPOLHO

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM IMPACTO DO

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO A PACIENTES

PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA

Monografia apresentada ao Instituto de Ciências

Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do

Amazonas como requisito parcial para obtenção do

grau de bacharel em Farmácia.

Profa Orientadora: Ana Caroline dos Santos Castro

Itacoatiara – AM

2019

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Ficha Catalográfica

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos

pelo(a) autor(a).

Repolho, Kerlle Thevola Ferreira

R425a Atuação do Farmacêutico com Impacto do Acompanhamento

Farmacoterapêutico aos pacientes portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2:

Uma Revisão Sistemática / Kerlle Thevola Ferreira Repolho. 2019

45 f.: il. color; 31 cm.

Orientadora: Ana Caroline dos Santos Castro

TCC de Graduação (Farmácia) - Universidade Federal do

Amazonas.

1. Acompanhamento Farmacoterapêutico. 2. Problemas Relacionados ao

Medicamento. 3. Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2. 4. Diabetes

Mellitus. I. Castro, Ana Caroline dos Santos II. Universidade Federal do

Amazonas III. Título

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Dedico esse trabalho aos meus pais que nunca deixaram de acreditar na

minha capacidade e a todos os pacientes que necessitam de cuidados com

qualidade amor e paciência.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por ter me dado forças sempre, pois sem Ele eu não poderia ter

chegado onde cheguei.

Aos meus pais, Carlos e Mª Helena, sempre incentivaram e me apoiaram com todo

seu amor incondicional, pela paciência, pelas suas orações que me ajudaram bastante e

pela compreensão. Vocês são a minha base e nos dias difíceis lembrava-me o quão

guerreiro vocês são, pois são a minha inspiração. Obrigado por confiarem em mim. Amo

vocês!

Aos meus irmãos Willeson, Dienice, Néuli e Michelli, pela positividade que

sempre passaram para mim e por sempre torcerem por mim. Amo vocês!

A minha tia Ângela e seu esposo Alexandre, que durante a minha jornada no

estágio me acolheram em seu lar e contribuíram para que eu finalizasse esta etapa.

A minha prima Eliane e seu esposo Marcos, por sempre estarem dispostos a me

ajudar e me recepcionarem em sua casa com muito carinho.

As minhas primas Letícia e Jhulia, que alegravam os meus dias, principalmente

nos dias cinzentos e sempre me deram palavras motivadoras. Obrigada amo vocês!

Aos meus amigos Galileu, Vitória, Késia, Larissa e Jackson, por me motivarem

quando eu já não acreditava em mim, e por sempre me ouvirem quando eu mais precisava.

Obrigada pelas suas amizades!

Ao Kleyson por me ajudar inúmeras vezes e por sempre acreditar no meu

potencial. Muito obrigada!

Aos meus parceiros de graduação Josué, Adna, Chaieny, Kelly, Sussimilena e

Luane que virou minha amiga no final do estágio. Irei guardar cada momento bons na

companhia de vocês e nos dias de estudos, obrigado aqueles que sempre me colocaram

pra cima.

A minha professora e orientadora Ana Caroline pela ajuda, ideias na construção e

correção desse trabalho.

Aos professores que contribuíram na minha formação: Aluízio Brasil, Maxwel

Abbeg, Daniel Tarciso, Paulo Maximiliano, Ana Caroline, Renata Takeara, Margarida do

Carmo, Clícia Anaíze, Tâmiza Martins, Erico Takarashi, Allan Mazzari, Rosiane Souza,

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Geone Maia, Juliana Soares, Patrícia Danielle, Elson Almeida, Ana Paula, Anderson

Cavalcante, Waldomiro Lacerda e aos demais professores que passaram no meu caminho

acadêmico no ICET, que contribuíram para minha formação como profissional e pessoal,

me ensinando a encarar às adversidades da vida. Muito obrigada a todos!

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Quem tem fé não tem medo dos desafios, porque a fé de que tudo dará

certo é bem maior que qualquer medo ou incerteza.

(Sheila F. Scisloski)

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RESUMO

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica com característica hiperglicemiante,

que desencadeia complicações na função de vários órgãos como os rins, olhos, coração,

nervos, cérebro e vasos sanguíneos. No Brasil cerca de 12,5 milhões de pessoas são

diagnosticadas de DM, chegando a ocupar o quarto lugar entre os dez países com maior

número de pessoas portadoras de DM. É registrado no Brasil mais de 2 milhões casos de

DM2 todos os anos. Essa patologia tem gerado alto custo social e financeiro ao paciente

e ao sistema de saúde, além do mais a DM2 traz severas complicações sendo elas as

principais causas de morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. O objetivo desse

estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre o Acompanhamento

Farmacoterapêutico para pacientes adultos com Diabetes Mellitus tipo 2, demonstrar o

impacto que causa na vida desses pacientes e apresentar a atuação do farmacêutico nesse

aspecto. O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática de

artigos incluídos desde o período de 2007, em três bases de dados, com os critérios de

inclusão foram as correlações com os descritores: Acompanhamento Farmacoterapêutico,

Diabetes Mellitus tipo 2. Muitos artigos demonstraram frequência alta de PRM4, falta de

atividade física e falta de alimentação adequada. Os artigos demonstraram que obtiveram

resultados positivos com o Acompanhamento Farmacoterapêutico se mostrando ser

eficiente para a terapia dos diabéticos.

Palavras-Chaves: Diabetes Mellitus Tipo 2. Acompanhamento Farmacoterapêutico.

Problemas Relacionados ao Medicamento

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ABSTRACT

Diabetes Mellitus (DM) is a metabolic disease with hyperglycaemic characteristic, which

triggers complications in the function of various organs like the kidneys, eyes, heart,

nerves, brain and blood vessels. In Brazil, about 12.5 million people are diagnosed as

having DM, and it ranks fourth among the ten countries with the highest number of people

with DM. More than 2 million cases of DM2 are registered every year in Brazil. This

pathology has generated a high social and financial cost to the patient and to the health

system, besides the DM2 brings severe complications being the main causes of morbidity

and mortality of diabetic patients. The objective of this study was to carry out a review of

the literature on Pharmacotherapeutic Accompaniment for adult patients with Type 2

Diabetes Mellitus, to demonstrate its impact on the life of these patients and to present

the pharmacist's performance in this regard. The present study is a literature review of

the systematic type of articles included since the 2007 period in three databases, with the

inclusion criteria were the correlations with the descriptors: Pharmacotherapeutic

Monitoring, Diabetes Mellitus type 2. Many articles showed high frequency of PRM4,

lack of physical activity and lack of adequate diet. The articles demonstrated that they

obtained positive results with the Pharmacotherapeutic Monitoring if it proved to be

efficient for the therapy of diabetics.

Key Words: Diabetes Mellitus Type 2. Pharmacotherapeutic Accompaniment. Drug

Related Problems

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação esquemática de aumento de glicose na DM2............................17

Figura 2 - Etapas Método Dáder.......................................................................................25

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LISTA DE QUADRO

Quadro 1 – Metas Glicêmicas Ótimas.............................................................................21

Quadro 2 - Problemas relacionados ao medicamento (PRM).........................................22

Quadro 3- Classificação de Minessota............................................................................26

Quadro 4- Caracterização dos artigos selecionados........................................................29

Quadro 5 - Fatores relevantes de acordo com o Acompanhamento

Farmacoterapêutico.........................................................................................................30

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAS – Ácido acetil salicílico

AFT – Acompanhamento Farmacoterapêutico

AtenFar- Atenção Farmacêutica

DMG - Diabetes mellitus gestacional

DM – Diabetes mellitus

DM1 – Diabetes Mellitus Tipo 1

DM2 – Diabetes Mellitus do Tipo 2

DCV - Doenças cardiovasculares

ECA - Enzima conversora de Angiotensina

GC – Grupo Controle

GI – Grupo de Intervenção

HIV -Vírus da Imunodeficiência Humana

PRM – Problemas Relacionados ao Medicamento

RNM – Resultado Negativo Relacionado a Medicação

URM – Uso Racional de Medicamento

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Sumário

1 Introdução ........................................................................................................................... 13

2 Objetivos.............................................................................................................................. 15

2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 15

2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 15

3 Referencial Bibliográfico....................................................................................................... 16

3.1 Fisiopatologia de Diabetes Mellitus Tipo 2 ..................................................................... 16

3.2 Atenção Farmacêutica ao Portador de Diabetes Mellitus Tipo 2 .................................... 19

3.3 Problemas Relacionados ao Medicamento (PRM) .......................................................... 21

3.4 A importância do Seguimento Farmacoterapêutico ....................................................... 22

3.4.1 Método Dáder ............................................................................................................ 23

3.4.2 Estudo Farmacoterapêutico (Minessota) .................................................................... 26

4 Metodologia ........................................................................................................................ 28

4.1 Tipo de estudo .............................................................................................................. 28

4.2 Coletas de dados ........................................................................................................... 28

4.3 Critérios de inclusão e exclusão ..................................................................................... 28

5 Resultados e Discussão ........................................................................................................ 28

6 Considerações Finais ............................................................................................................ 36

Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 37

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1 Introdução

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica com característica

hiperglicemiante, que desencadeia complicações na função de vários órgãos como os rins,

olhos, coração, nervos, cérebro e vasos sanguíneos. A DM se tornou um grave problema

de saúde pública. Segundo a Federação Internacional de Diabetes - IDF em 2015, cerca

de 8,8 % da população com a faixa etária de 20 - 79 anos eram portadoras de diabetes.

Estima-se que em 2040, o número de indivíduos com diabetes será maior que 642 milhões

(DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-

2018;CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006).

Mundialmente a Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), corresponde cerca de 90% de

todos os casos. No Brasil cerca de 12,5 milhões de pessoas são diagnosticadas de DM,

chegando a ocupar o quarto lugar entre os dez países com maior número de pessoas

portadoras de DM. É registrado no Brasil mais de 2 milhões de casos de DM2 todos os

anos (GEORG, et al., 2005; PERREIRA; FIGUEREDO, 2017)

A DM2 é uma doença crônica não transmissível, com resistência periférica à ação

de insulina ou incapacidade de produção de insulina pelas células beta pancreática,

dificultando a distribuição da glicose nas células para realizar a metabolização, trazendo

consequências desfavoráveis para o organismo, além de sintomas como fome exagerada,

sede constante e poliúria (GUIDO, et al., 2007)

A crescente população portadora de DM2 no mundo, está ligada a vários fatores

como a predisposição genética, envelhecimento da população com fatores

predisponentes, urbanização da população com a substituição de alimentos saudáveis por

industrializados, pela mudança através da tecnologia levando ao sedentarismo, através da

obesidade, tabagismo, entre outros (GUIDONE, et al., 2009)

Diante deste aspecto, tem gerado alto custo social e financeiro ao paciente e ao

sistema de saúde. Além do mais a DM2 traz severas complicações sendo elas as principais

causas de morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. Cerca de 52 % de

mortalidade em diabéticos são por doenças cardiovasculares. Quando não controlado os

níveis glicêmicos, a falta de adesão ao tratamento e falta de conhecimento na terapia

farmacológica, todos esses componentes favorecem para as complicações (GROSS,

1999)

Em vista deste cenário, o profissional farmacêutico é o mais adequado para a

prática no cuidado desses pacientes, uma vez que, o cuidado envolve controle glicêmico,

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uso de um esquema posológico, mudança de hábito de vida e escolha do medicamento de

acordo com a necessidade, segurança, custo e efetividade. A Atenção Farmacêutica

(AtenFar) tem o objetivo de trabalhar junto a uma equipe interdisciplinar, beneficiar o

paciente e evitar complicações ao diabético. Amenizar possíveis reações adversas, adesão

ao tratamento e contribuir na atividade multidisciplinar aperfeiçoando a prescrição

médica. Além disso, busca minimizar os problemas relacionados com medicamentos

(PRM), implantar o acompanhamento farmacoterapêutico (AFT) e avaliar os resultados,

visando terapias eficientes e segura ANGONESI e SEVALHO, 2010).

É fundamental a atuação do farmacêutico através do AFT, por meio dele é possível

identificar, prevenir e solucionar resultados negativos que estão ligados ao uso de

medicamentos. Tem intuito de melhorar a segurança da farmacoterapia e ao final

apresentar êxito no tratamento, através de acompanhamento individualizado e

sistematizado atendendo as necessidades do paciente (CANI, 2011)

Diversos estudos tem demonstrado que AFT vem trazendo grandes benefícios a

qualidade de vida do paciente, seja através da detecção de Problemas Relacionados com

Medicamento (PRM) e prevenção, e solução dos resultados negativos relacionados a

medicação (RNM). Tem demonstrado a contribuição também em ambulatório ou em

hospital através de bons resultados na elaboração do planejamento na farmacoterapia

(AMARANTE, et al., 2010).

A relevância deste estudo é trazer informações atualizadas aos farmacêuticos que

trabalham com a farmácia clínica e aos profissionais da área da saúde, realizando uma

revisão dos pontos mais relevantes no AFT dos pacientes portadores de DM2.

Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo demonstrar uma revisão da

literatura sobre a atuação do farmacêutico envolvendo a utilização o Acompanhamento

Farmacoterapêutico de forma efetivas para o tratamento de portadores de Diabetes

Mellitus Tipo 2 com intervenções que demonstram significância na saúde dos pacientes

e controle glicêmico evitando complicações crônicas

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2 Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Realizar uma revisão sistemática da literatura descrevendo as práticas no

âmbito da atuação do farmacêutico com impacto do Acompanhamento

Farmacoterapêutico a pacientes portadores de DM2.

2.2 Objetivos Específicos

Descrever os Problemas relacionados aos medicamentos, relevantes

analisados através do Acompanhamento Farmacoterapêutico

Investigar sobre os pontos positivos do Acompanhamento

Farmacoterapêutico

Descrever as frequentes intervenções farmacêuticas.

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3 Referencial Bibliográfico

3.1 Fisiopatologia de Diabetes Mellitus Tipo 2

A palavra diabetes tem como origem grega “dia” significado “através de”,

“baiten” quer dizer “ir” ou “passar” e ‘‘mellitus’’ do latim “mellis” que significa mel. Há

muitos séculos já existia o conhecimento sobre DM. O egípcio chamado Ebers, em 1500

a.C, caracterizou a diabetes com a excessiva vontade de urinar. No século II, Arataeus,

afirmou que a DM se definia como “a carne do corpo e dos membros se fundia e se

convertia em urina”, se tornando um principal marco do século (SANTOS, et al., 2014).

Depois de muitas definições, somente em 1675, Willis, nomeou de diabetes

mellitus, após observar a semelhança, doce e mel. Edward Sharpey-Schafer em 1910,

supôs que DM ocorria devido anormalidade de uma substância química chamada insulina,

definida assim, por se originar nos pâncreas pelas células das ilhotas de Langerhans. No

entanto, apenas após a Primeira Guerra Mundial Frederick Banting e Charles Best, através

de pesquisas, comprovaram o mecanismo da diabetes mellitus (SANTOS, et al., 2014)

A DM é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia que ocorre

quando o nível de glicose no sangue se encontra muito elevado. Isso pode ser resultante

de defeitos na ação e/ou secreção da insulina. A classificação atual da DM inclui quatro

classes clínicas: Diabetes mellitus tipo 1 (DM1), Diabetes mellitus tipo 2 (DM2),

Diabetes mellitus gestacional (DMG) e outros tipos específicos de DM. Também existe

duas categorias, conhecidas como pré-diabetes, sendo elas a glicemia de jejum alterada e

a tolerância à glicose diminuída. Essas categorias são fatores de risco para o

desenvolvimento de DM e doenças cardiovasculares (DCV) (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE DIABETES, 2015).

A DM1 é caracterizada por destruição das células beta que levam a uma

deficiência de insulina, sendo subdivido em tipos 1A (Autoimune) e 1B (Idiopático). O

tipo 1A é o resultado da destruição imunomediada de células beta pancreáticas com

consequente deficiência de insulina. O tipo 1B caracteriza-se pela ausência de marcadores

de autoimunidade contra as células beta e não associação a haplótipos do sistema HLA

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2015).

A DM2 apresenta de 90 a 95% dos casos de DM. É caraterizado pelo organismo

não usar de forma adequada ou não ter insulina suficiente para o controle glicêmico.

Dessa forma, ocorre o aumento da produção de glicose hepática, devido não haver uma

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ação efetiva hipoglicêmica da insulina e dificultando a distribuição da glicose nas células

para realizar a metabolização, trazendo consequências desfavoráveis para o organismo

(Figura 1), além de sintomas como fome exagerada, emagrecimento, sede constante e

poliúria (BERTONHI, 2018).

Figura 1- Representação esquemática de aumento de glicose na DM2

A insulina tem várias funções como transporte transmembrana de glicose e

aminoácido, formação de glicogênio no fígado e músculo esquelética conversão de

glicose em triglicérides, síntese de ácido nucléico, e síntese protéica. Sua principal função

metabólica é aumentar a taxa de transporte de glicose para determinadas células do corpo

(LUCENA, 2007).

No entanto a resistência a insulina contribui para o acumulo de ácidos graxos

livres (AGL) circulantes, os quais são originados do tecido adiposo e das lipoproteínas

ricas em triglicerídeos. As ações anti-lipolítica e de estímulo à lípase lipoprotéica da

insulina, a resistência a insulina é um fator determinante de lipólise e aumento de AGL.

No fígado, os AGL aumentam a produção de glicose, triglicerídeos e lipoproteínas de

baixa densidade (VLDL), associando-se redução do colesterol contido na lipoproteína de

alta densidade (HDL-c) e aumento da densidade das lipoproteínas de baixa densidade

(LDL). No músculo, os AGL diminuem a sensibilidade à insulina, inibindo a captação de

glicose insulino-mediada (MACHADO, et al., 2006)

A fisiopatologia de DM2 está associado a fenótipos como o sedentarismo e a

obesidade, e esses fenótipos interagem com alguns genes que podem ser responsáveis por

uma maior susceptibilidade a essa patologia. A resistência insulina em órgãos periféricos

Fonte: LUCENA, J. B. S. 2007

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é um grande passo para glicotoxicidade, pois esta é responsável pelo estresse oxidativo

crônico ao nível tecidual, representando umas severas complicações crônica do diabetes

(MARCONDES, 2003)

O gene da ECA ( Enzima Conversora de Angiotensina), é um candidato para

contribuir no surgimento da DM2, devido ela responder de forma diferenciada para cada

indivíduo, como acontece para a pessoa que apresenta alelo D, elevam a pressão arterial,

enquanto para os que apresentam alelo I4 , resultam em menor biodisponibilidade da

enzima bradicinina (BK), responsável por promover vasodilatação e diminuição da

resistência à insulina nas células musculares (ARSA, et al., 2009)

De acordo com Marcondes (2003, p. 19) o tratamento não farmacológico da

diabetes mellitus tipo 2 consiste nas alterações dos hábitos comportamentais que incluem

atividade física e programas de reeducação alimentar, sendo estes os pontos fundamentais

de qualquer abordagem terapêutica. Entretanto uma vez presente a hiperglicemia de jejum

e manifestações de um estado catabólico, mesmo que de leve intensidade, dieta e

exercícios falham em normalizá-la na maior parte dos casos.

Na terapia medicamentosa, os medicamentos antidiabéticos orais, são

medicamentos que reduzem a glicemia com objetivo de mantê-la em um nível adequado

para realizar a metabolização nas células insulino dependentes e regular a taxa glicêmica

no sangue, para que não possa ocorrer complicações. São indicadas ao paciente

medicamentos, de acordo com a classe e função, que se encaixe melhor para o doente

(SIMÕES, 2012)

Através do seu mecanismo de ação, são escolhidas adequadamente ao diabético,

que podem ser classificados em agentes que atuam estimulando a secreção de insulina

pela célula pancreática, insulino-secretagogos ou insulinosecretores (sulfonilureias e

glinidas), agentes que diminuem a insulinorresistência periférica, a nível do tecido

adiposo e muscular, insulinossensibilizadores (glitazonas ou tiazolidinedionas e

biguanidas), agentes que retardam a absorção intestinal dos hidratos de carbono

(inibidores das alfa-glucosidases) e ainda, fármacos que prolongam a duração de ação do

Glucagon Like Imuno Peptide (GLP-1) produzido no organismo (inibidores da dipetidil

peptidase 4, DPP-4). Em alguns casos o controle glicêmico não acontece somente com o

uso de medicamentos antidiabéticos orais, assim necessitando da administração da

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insulina (DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018;

SIMÕES, 2012)

3.2 Atenção Farmacêutica ao Portador de Diabetes Mellitus Tipo 2

A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua a AtenFar como uma

ferramenta do profissional farmacêutico, que tem como finalidade interagir com o

paciente sobre as suas necessidades em relação ao medicamento, seja na orientação,

farmacoterapia racional e na obtenção de resultados efetivos voltados para a melhoria da

qualidade de vida do paciente (FARINA e NICOLINA, 2009; LIRA, et al., 2000;

OLIVEIRA, et al., 2005)

A profissão farmacêutica como todas as outras sofreu transformação e evoluiu ao

longo dos anos. A industrialização no passado influenciou na tomada de novos caminhos

da profissão, devido os padrões da indústria farmacêutica e suas vantagens, o

farmacêutico naquela época perdeu um pouco seu papel com a industrialização, se

tornando menor a procura de medicamentos na farmácia de manipulação, e sendo visto

na drogaria como mero vendedor de medicamentos (FELDMAN, 2011; PEREIRA e

FREITAS, 2008)

No Brasil somente em 1980 houve a evolução da atividade farmacêutica, que era

envolvida na assistência farmacêutica, abrangendo desde a pesquisa, produção e

dispensação de forma cíclica. Como o conceito da AtenFar e assistência farmacêutica

havia discrepância, diferente compreensão do papel do farmacêutico e sua prática no

Brasil (CASTRO, et al., 2006; MEROLA, et al., 2005).

Em 2001 um grupo de profissionais coordenado pela Organização Pan-

Americana da Saúde (Opas), preocupados com o desenvolvimento da atenção

farmacêutica no Brasil e na uniformização dos conceitos, deram a origem do Consenso

Brasileiro de Atenção Farmacêutica, sendo esta considerada “um modelo de prática

farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende valores

éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção

de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde

(CASTRO, et al., 2006; MEROLA, et al., 2005)

Reforçando o papel do farmacêutico de acordo com a Resolução n˚ 585/2013, do

Conselho Federal de Farmácia, que aprova o regulamento das atribuições clínicas do

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farmacêutico. É de responsabilidade e dever do farmacêutico conduzir uma relação de

cuidado ao paciente, participar no planejamento da avaliação da farmacoterapia, orientar

o paciente no uso do medicamento de forma correta, via, horários a ser administrados e

doses, tornando o tratamento efetivo; desenvolver e colaborar com os demais membros

equipe de saúde, realizar intervenções farmacêuticas com o propósito de auxiliar na

seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente.

Em vários estudos há comprovação que a AtenFar traz grande benefício para os

pacientes e melhor qualidade de vida. Segundo Santos e colaboradores (2013), afirma que

para os cuidadores de pacientes com Doença de Alzheimer, a orientação farmacêutica

pode proporcionar tanto benefícios ao paciente quanto ao cuidador. À medida que os

benefícios do acompanhamento farmacoterapêutico atingem a ambos, cuidador e

paciente, reduzindo custos, melhorando as prescrições. Promovendo maior adesão do

paciente ao tratamento e controlando a possibilidade de reações adversas.

Em estudo realizado por NASCIMENTO e MARQUES (2009), demonstrou que

a implantação da AtenFar permitiu resolver a dificuldade dos pacientes visuais. A maior

dificuldade apresentada por esses pacientes foi administração da forma farmacêutica de

medicamento, sendo resolvidas pelo farmacêutico, por orientações de acordo com a

necessidade do paciente.

Entretanto nas diversas patologias como em pacientes como portadores de hepatite

C, hipertensos, portadores de HIV, demonstraram ter adesão com o auxílio do

farmacêutico na prática da AtenFar (AMARAL e PICON, 2006; CASTRO, et al., 2006;

VIELMO, et al., 2014). No grupo de idosos, devido suas múltiplas patologias, com

probabilidade de o paciente consumir mais medicamentos (polifarmácia). A AtenFar, na

farmacoterapia ao idoso deve ser planejada de forma a promover o uso racional de

medicamento (URM) e realização de ações educativas. Em diversos grupos a AtenFar

possibilita sua efetividade de modo mensurável (MENESES e SÁ, 2010)

Segundo Strand e colaboradores (2004), apud Taulois (2011, p. 43-44), em seu

estudo avaliou o impacto clínico e econômico da AtenFar, que esse profissional

farmacêutico permitia. Através desse estudo constatou cerca de 61% dos pacientes

adultos, tenham um ou mais PRM’s e logo foi identificado e resolvido. Cerca de 863

pessoas portadoras de DM2, depois do acompanhamento com AtenFar, aproximadamente

51% demonstrou melhora clínica. Houve uma diminuição de custo, a partir do momento

que a AtenFar foi praticada.

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Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para se ter um bom controle do

diabetes, os exames laboratoriais do paciente devem estar dentro dos valores

estabelecidos, uma vez que o nível de glicose sanguínea em indivíduos saudáveis varia

entre 70 a 99 mg/dL. A partir destes a SBD, estabeleceu valores de glicemia e de

Hemoglobina glicada (HbA1c), (Quadro1), para que o paciente obedeça às metas, com a

possibilidade de não ocorrer complicações (DIRETRIZES DA SOCIEDADE

BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018).

O estudo de Flores (2005), afirmou que a atuação da AtenFar, foi possível

observar um decréscimo de 23% das médias glicêmicas dos diabéticos, considerando que

a atuação do profissional com a ferramenta da AtenFar foi eficiente aos pacientes

portadores de diabetes mellitus.

Quadro 1: Metas Glicêmicas Ótimas

FONTE: DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017-2018

3.3 Problemas Relacionados ao Medicamento (PRM)

Segundo o Consenso de Atenção Farmacêutica (2002), o conceito de PRM é

problema de saúde, suspeito de estar ligado a farmacoterapia, que pode interferir na

qualidade de vida do indivíduo, trazendo resultado negativo por diversas causas, com

aparecimento ou agravamento de acordo com sua ocorrência.

Para o Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados com Medicamentos

adota as seguintes classificações expostas no quadro 2. Compreendendo-se que um

medicamento é necessário quando é prescrito ou indicado para um problema de saúde

concreto que o doente apresenta, um medicamento é inefetivo quando não alcança

suficientemente os objetivos terapêuticos esperados, um medicamento é inseguro quando

causa ou agrava algum problema de saúde , um PRM é considerado quantitativo quando

depende da magnitude de um efeito (SANTOS, et al., 2004)

Souza e colaboradores (2014), fizeram um estudo sobre a morbilidade relacionada

ao medicamento, que demonstrou que 25% dos adultos ou idosos sofreram danos

relacionado à falha terapêutica. Os principais fatores de risco foram idade, presença de

Glicemia pré-

prandial

Glicemia pós-

prandial

Glicemia ao

deitar

Glicemia da

madrugada HbA1c

Todas as

idades 90 a 145 mg/dL 90 a 180 mg/dL 120 a 180 mg/dL 80 a 162 mg/dL 7,50%

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22

comorbidades e uso de mais 5 medicamentos. Firmando o profissional farmacêutico na

intervenção para que possa reduzir o impacto da morbimortalidade relacionada a

medicamentos, seguindo corretamente a AFT para resolver PRM.

Quadro 2: Classificação de Problemas Relacionados ao medicamento (PRM)

Necessidade Efetividade Segurança

PRM 1 - O doente tem um

problema de saúde

resultante de não tomar a

medicação que necessita

PRM 3 - O doente tem um

problema de saúde

resultante de uma não

efetividade qualitativa

PRM 5 – O doente tem um

problema de saúde

resultante de uma não

segurança quantitativa

PRM 2 - O doente tem um

problema de saúde

resultante de tomar a

medicação que não

necessita

PRM 4 - O doente tem um

problema de saúde

resultante de uma não

efetividade quantitativa

PRM 6 – O doente tem um

problema de saúde

resultante de uma não

segurança qualitativa

FONTE: SANTOS, et al., 2004

3.4 A importância do Seguimento Farmacoterapêutico

A AFT é um componente da AtenFar, na qual o profissional mais adequado a

realizar e responder por essa responsabilidade é o profissional farmacêutico, pelo seu

conhecimento e formação específica em medicamentos (HERNANDÉZ, et al., 2007)

Através da AFT é possível verificar a ficha farmacoterapêutica do paciente,

relacionar seus problemas com a administração de medicamentos, diminuir os erros com

medicações e contribuir na maior eficácia do tratamento e a melhoria da qualidade de

vida. Esse método vem sendo muito utilizado como estratégia para aumentar aderência

do paciente ao tratamento nas mais diversas patologias, como hipertensão, diabetes e no

tratamento do câncer (FERREIRA,2014)

3.4.1 Intervenção Farmacêutica

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As intervenções farmacêuticas (IF) se englobam a intervenção em saúde, que são

condutas do farmacêutico estabelecidas pela atenção farmacêutica, onde são realizados

no acompanhamento farmacoterapêutico com uma enorme importância (SILVA, 2014)

É organizado através de documento onde é realizado junto ao paciente,

farmacêutico e podendo incluir outros profissionais de saúde (Médico, Nutricionista,

Enfermeiros e outros), sendo adequadamente planejado para que possa resolver ou

prevenir problemas que interferem ou podem interferir na farmacoterapia (REIS, 2005)

3.4.2 Método Dáder

É um método de acompanhamento farmacoterapêutico, simples que pode ser

usado em qualquer paciente. Através dele pode registrar, monitorar e avaliar os efeitos da

farmacoterapia que um paciente usa, detecta problemas relacionados aos medicamentos

para que sejam resolvidas, é um método de característica ajustável de acordo com o

cenário em saúde. O método Dáder é dividido em sete etapas (Figura 1), 1- oferta de

serviço, 2- primeira entrevista, 3- estado da situação, 4- fase de estudo, 5- fase de

avaliação, 6- fase de intervenção, 7- entrevistas sucessivas (HERNANDÉZ, et al., 2007).

Na primeira entrevista, acontece a coleta de todos os dados do paciente, incluindo

o histórico farmacoterapêutico do paciente, com a estrutura de 3 fases: 1- Quais os

problemas de saúde que mais preocupam; 2- Quais os medicamentos que o paciente

utiliza e se ele conhece o medicamento que utiliza; 3- Fase de Revisão: análise de todas

as informações se estão corretas, começando com a cabeça e terminando nos pés. Com a

intenção de aprofundar alguns aspectos na primeira fase ou completar algumas

informações, descobrir novos problemas de saúde ou novos medicamentos não

mencionados antes e mostrar ao paciente que se ouviu tudo com interesse (MANDELLI,

2015)

Estado da Situação é a relação entre o problema de saúde e os medicamentos do

paciente. O estado de situação é dividido em 4 fases: Problema de saúde, medicamentos,

avaliação e IF. Na Fase de estudo, estudam-se todos e cada um dos medicamentos

incluindo mecanismo de ação, farmacocinética, indicação, contra indicação entre outros

fatores que sejam necessários. São estudados no problema de saúde de problema do

paciente como a fisiopatologia, sinais e sintomas e causas. Buscando melhor evidência

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científica disponível, se tratando com relevância e foco na situação clínica do paciente

(MANDELLI, 2015)

Na fase de avaliação, se identifica os resultados negativos associado ao

medicamento. É realizado através de uma série de perguntas, que são classificados de

acordo com o princípio da farmacoterapia: Necessidade, efetividade e segurança. Em

seguida se realiza o plano de intervenção, nesse aspecto se estabelece um plano de atuação

juntamente com o paciente, com o intuito de resolver as PRM’s identificadas, por meio

das intervenções a ser realizadas. As intervenções são feitas de duas formas, sendo

farmacêutico-paciente, que neste aspecto se faz a análise da forma correta de se utilizar o

medicamento e facilitar a adesão, a forma Farmacêutico-paciente-médico, o farmacêutico

pode sugerir uma mudança na escolha e posologia do medicamento, sendo feita a IF pode

ser realizada oral ou escrita (HERNANDÉZ, et al., 2007)

Na fase de resultado da intervenção, verifica-se se o plano de atuação para

resolução dos PRM’s resolvido. Posteriormente é realizado um novo estudo da situação,

observando as alterações existentes relacionados aos PRM’s. Novas entrevistas podem

ser realizadas, se tornando cíclico o AFT. O paciente permanece sendo monitorado para

observação e análise dos resultados obtidos com as mudanças ou aparecimento de novos

PRM’s (FERREIRA, 2014).

Se durante as entrevistas sucessivas, forem detectados novos problemas de saúde

ou alguma modificação em relação ao medicamento, o estado de situação deve ser

atualizado, considerando essas alterações (SILVA, 2014).

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Figura 2: Etapas Método Dáder

Fonte: HERNANDÉZ, D. S et al. 2007

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26

3.4.3 Estudo Farmacoterapêutico (Minessota)

Foi desenvolvido 1998, o método de seguimento farmacoterapêutico, na

Universidade de Minessota por Strand, Morley e Cipolle, sendo reconhecido como

Pharmacist’s Workup of Drug Teraphya (Estudo Farmacêutico da terapia

Medicamentosa). Com algumas atualizações e inovações o método passou a ser

conhecido como Pharmacorerapy Workup, sendo também chamado de Minessota. Para

Minessota PRM é denominado de problemas farmacoterapêuticos, os PRM são

classificados até 7 problemas (tabela 3), de acordo com os critérios, necessidade,

efetividade, segurança e adesão (SILVA, 2014).

Quadro 3: Classificação de Minessota

Classificação Problema farmacoterapêutico (PF)

Necessidade PF1- Necessidade de tratamento Farmacológico

adicional

PF2- Tratamento Farmacológico Desnecessário

Efetividade PF3- Medicamento inadequado

PF4- Dose de medicamento inferior a necessitada

Segurança PF5- Dose de medicamento superior a necessitada

PF6- Reação adversa ao medicamento

Adesão PF7- Adesão Inapropriada ao tratamento

farmacológico

Fonte: SILVA, 2014

O método é dividido em três etapas principais: avaliação, desenvolvimento de um

plano de cuidado e acompanhamento da evolução do paciente. A fase de Avaliação, dá-

se por toda a coleta de dados do paciente, se analisando a necessidade, efetividade e

segurança da farmacoterapia do paciente e se o paciente aderiu ao tratamento. Ao longo

de toda a entrevista o farmacêutico buscar o histórico de vacinação, problema de saúde,

alergias, hábitos de vida, exames clínicos e dados demográficos. Esta fase é a que mais

requer tempo para a investigação e obtenções das informações completa do paciente

(SILVA, 2014).

A fase plano de cuidado, o farmacêutico elabora o plano de cuidado do paciente

havendo PRM ou não de acordo com seu tratamento, sendo esta forma registrada. Os

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planos de cuidados devem haver de acordo com o tratamento implementado ao paciente,

sendo realizado por documentação que é constituído apenas de uma página (FERREIRA,

2014).

A monitorização e acompanhamento da evolução, são anotados e acompanhados

os resultados da evolução do paciente, analisando se o plano de cuidado com suas metas

foi atingido. Verifica através do acompanhamento novas situações, se surgi novos

problemas de saúde, novos PRM para que seja resolvido (MANDELLI, 2015).

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4 Metodologia

4.1 Tipo de estudo

Estudo da revisão de literatura foi a do tipo sistemática. Esse é um estudo que tem

por finalidade compreender sobre um determinado assunto a ser pesquisado e tem como

resultado realizar uma seleção com base nos dados em literaturas, citações, identificando

o processo da geração de conhecimento, desenvolvendo e identificando a contribuição de

cada pesquisa relativa ao seu respectivo tema. Com isso pode-se evidenciar grande

contribuição para a evolução da pesquisa (SAMPAIO e MANCINE, 2007).

4.2 Coletas de dados

Utilizou-se seis bases de dados online: Pubmed, Scielo (Scientific Eletronic

Library Online), Biblioteca Virtual em Saúde, Lilacs. Utilizou-se as seguintes palavras

chaves: Acompanhamento Farmacoterapêutico a pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2

(Pharmacotherapeutic Monitoring of Patients with Type 2 Diabetes Mellitus), Diabetes

Mellitus (Diabetes Mellitus).

4.3 Critérios de inclusão e exclusão

Os artigos e dissertação incluídos foram do período que datam entre os anos de

2007 a 2019, limitou-se a artigos de língua espanhola e portuguesa, no total de 7 artigos,

dentre eles 3 em língua espanhola e 4 em língua portuguesa. Para o método de inclusão

foram utilizados estudos do tipo transversais periódico, de análise observacional e com

delineamento experimental que foram feitos em adultos acima de 18 anos de idade.

Foram excluídos os artigos que não estavam dentro do período estabelecido de

inclusão, artigos que se tratavam de diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2 em

crianças e publicações cujo acesso ao texto completo não era ofertado de forma gratuita.

5 Resultados e Discussão

Quadro 4: Caracterização dos artigos selecionado

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Referências

BALESTRE, K.C.B. et al.

(2007)

Pacientes Portadores de DM2

24 do sexo feminino

Idade predominate: 70 a 79 (41, 7 %)

58, 4 % Analfabetas

Comorbidade: Hipertensão arterial; Problemas Cardíacos; Dislipidemia.

Renda Mensal 1 a 2 salários mínimos: 54, 2 %

PLÁCIDO, V. B. de. et. al

(2009)

CORRER, C. J (2008)

ROBLEJOI, Y. L.;

DELGADOI, D. L. (2011)

TOLEDANO, J. C. et al

(2012)

Pacientes Portadores de DM2

73,3 % do sexo feminino

Idade predominante: Acima de 60 anos (53, 3 %)

31, 25 % Hipertensos

15, 6 % Obesidade

12, 5 % Dislipidemia

12,5 % Colesterol

Pacientes Portadores de DM2

60,9 % do sexo feminino

Paciente Portadores de DM2

30 pacientes

Pacientes Portadores de DM2

Idade média de 60,76 anos (± 11,43)

46,48% Hipertensão

70% acima do peso

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NUNES, L.M.N. et al

(2012)

BADESSO, R.E. et al

(2013)

Pacientes Portadores de DM2

Prevalência de idade: Acima de 30 anos

63,3 % Sedentarismo

44,78 % Problema Cardíacos

54,4 % Hipertensão

Paciente Portadores de DM2

67,6 - 66,7% do sexo feminino

A idade média de 59,1 e 58,6 anos

21 % Hipertensão

26 % Hipertensão e dislipidemia

Quadro 5: Fatores relevantes de acordo com o Acompanhamento Farmacoterapêutico

Referências

Referências

Tempo de

Seguimento

Farmacoterapêu

tico

PRM Intervenção Outros Resultados

BALESTRE,

K.C.B. et al.

(2007)

6 meses Não cita

228 Intervenção de caráter

educativo (28,5%)

orientações sobre a dieta

alimentar)

41,7% faziam uso somente do

antidiabético oral

33,3% seguiam a terapêutica mais

a dieta.

PLÁCIDO, V.

B. de. et. al

(2009)

8 meses 15 (9 PRM 7)

(Conveniência) Não cita

57 % Interação medicamentosa (Alta

frequência AAS)

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CORRER, C. J

(2008) 12 meses

68,1% PRM 4

(Inefetividade

quantitativa de

medicação)

119 (72,3% ligadas ao

diabetes).

-20,3% de HbA1 para GI

ROBLEJOI, Y.

L.;

DELGADOI, D.

L. (2011)

12 meses

52,08% PRM 4

(Inefetividade

quantitativa de

medicação

97,95% impacto de

intervenção, classificados

como altos

80 % receberam acompanhamento

farmacoterapêutico e permitiu que

alcançassem a estabilidade clínica

TOLEDANO,

C.J. et al (2012) 6 meses

(72) 47 PRM 4

(Inefetividade

quantitativa de

medicação

Intervenção ao controle

glicêmico

174,4mg / dL, (± 70,36mg / dL). A

média de glicemia de jejum após a

SFT foi 139,5mg / dL (± 47,01mg /

dL)

NUNES,

L.M.N. et al

(2012)

6 meses

98 (48% PRM 5)

(Insegurança não

quantitativa de um

medicamento)

90,3 % Total

Farmacêutico-paciente

16 % Total Farmacêutico-

médico-paciente

72 % Valores Alterados da HBC1

63,3 % Não realiza nenhum tipo de

atividade Física

BADESSO,

R.E. et al (2013) 6 meses

198 (55,5 % PRM

4) (Inefetividade

quantitativa de

medicação

118 (77,8 % se resolveram

farmacêutico- paciente;

80,7 se resolveram

Farmacêutico-médico-

paciente)

29,9% de diminuição de glicemia de

jejum no GI

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Nesse trabalho foram selecionados sete artigos que se relacionavam e continham

características referente ao assunto proposto e havia ligação do objetivo com o presente estudo.

Foram incluídos artigos publicados em português e espanhol a partir do ano de 2007. Foi

excluído 2 artigos que não se enquadravam com o estudo, se tratando somente da Atenção

Farmacêutica, sem referência ao Acompanhamento Farmacoterapêutico. As principais

características de cada artigo estão expostas no quadro 4.

De acordo com análise do quadro 4 destacaram-se 4 artigos que houve alta taxa de

participação do sexo feminino enquanto que os outros restantes não citavam os gêneros

estudados. Não há diferença significativa nos gêneros em estudos nacionais e regionais em

relação a DM no Brasil (MALERBI, 1992; TORQUARTO e MONTENEGRO, 2003). As

mulheres por serem mais preocupadas com a saúde, são diagnosticadas mais cedo quando

comparado com o sexo masculino. O estudo de Pinheiro e colaboradores (2002), em seus

resultados afirmam que o gênero feminino tem frequentado os serviços de saúde mais que o

gênero masculino colaborando assim para maior o diagnóstico de doenças no sexo feminino.

Nos referentes artigos a maioria dos pacientes apresentaram hipertensão, exceto nos

artigos de Correr, (2008) e Roblejoi e Delgadoi (2011), os quais que não transmitiram essa

informação. Estudos demonstraram que a DM2 está propicia ao risco de comorbidades, com

incidência maior a hipertensão (LEITÃO, et al., 2006). Quando comparado a população em

geral, tem maior prevalência em pacientes com DM2, cerca de 50 % dos pacientes quando

diagnosticados com DM já apresentam a hipertensão (GRILLO e GORINI, 2006; DAVIDSON,

2011)

Dos sete artigos apenas três demonstram porcentagem de sedentarismo e obesidade. No

Brasil Foram encontrados alta prevalência de sobrepeso e obesidade nos pacientes do Sudeste

e Sul, a obesidade e sobrepeso em pacientes com DM2 é três vezes maior quando comparado a

população em geral, se assemelhando ao relato em estudos europeus, mas ainda assim atrás dos

EUA (GOMES, et al., 2006). Com decorrência do sedentarismo, a obesidade se desencadeia,

esses dois fatores ambientais juntamente com a suscetibilidade genética contribuem para o

progresso de maior risco da diabetes mellitus (ORTIZ e ZANETTI, 2001)

Outras comorbidades foram apresentadas nos pacientes dos quatro artigos estudados,

como problemas cardíacos e dislipidemia. Problemas relacionados a dislipidemia na DM2

acontece devido à resistência insulina e a obesidade. A dislipidemia nos DM2 é considerada

uma morbilidade, considerada como porta de entrada para o risco de doença coronária. Através

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dessas duas patologias surgem as doenças cardiovasculares que vêm causando mortalidades em

milhares de pessoas no mundo (PEREIRA, 2011)

Observou-se que as idades médias dos participantes foi de acima de 60 anos de idade,

apenas dois artigos não demonstraram a idade dos pacientes. Outros autores afirmam que a

população vem envelhecendo em número progressivo, com prevalência do sexo feminino com

mais de 60 anos, que representa 55,1 % da população idosa. No Brasil os estudos revelaram o

perfil dos pacientes diagnosticado com DM2, com porcentagem de 17,43 % o grupo da faixa

etária acima de 60 anos de idade (GRILLO e GORINI, 2006). Pode-se observar os artigos do

quadro 4, com alta taxa do sexo feminino corroborando nas idades acima de 60 anos.

Apenas um artigo demonstrou o nível socioeconômico dos participantes, que foram

relevantes. Em outro estudo os resultados do nível de escolaridade dos DM2 foi considerado

baixo, com alta relevância (FERREIRA e FERREIRA, 2009). Nos estudos na Espanha tem sido

demonstrado que quanto menor o nível socioeconômico, pior o controle da doença e maior

frequência da doença e muitos fatores de risco do DM2 (RAMOSA, et al., 2006)

Em relação ao Acompanhamento Farmacoterapêutico, os artigos selecionados

apresentaram relevância com os componentes principais, pontos positivos e negativos, que

foram demonstrados no quadro 5 e analisados para as discussões. Artigos relacionados

contendo informações de outros países visa uma melhor conclusão do trabalho a ser analisado

(ANDRADE e LIMA, 2007).

Quatro artigos apresentaram um tempo relativamente curto, com seis meses de

Acompanhamento Farmacoterapêutico, sendo que, os outros houve variação de tempo, com

tempo mais prolongado, chegando a doze meses. Através de pesquisas não foi encontrado

artigos que definissem o tempo de duração para um bom acompanhamento farmacoterapêutico.

Entretanto o Seguimento Farmacoterapêutico foi relatado que deve ser feito com duração de

tempo até o paciente alcançar seus objetivos e qualidade de vida (CARDOSO, 2013)

Os PRM’s são muito encontradas em pacientes com DM2, estudo realizado por Pino,

(2006), no Chile demonstrou que PRM’s mais relevantes, foi PRM 4 (Inefetividade quantitativa

de medicação) e PRM 3 (Inefetividade não quantitativa da medicação), demonstrando

concordância nos resultados de quatro artigos estudados no quadro 5, que apresentaram maior

frequência de PRM 4. No quadro 5 foram apresentados os PRM’s, nas quais, a maioria utilizou

a metodologia de Dáder e os classificou de acordo com os tipos de problemas relacionados aos

medicamentos. Os problemas relacionados ao medicamento com alta taxa de porcentagem

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foram expostos no quadro 5. Plácido e colaboradores (2009) também utilizou a metodologia

Dáder, porém classificou com a PRM de Minessota, Balestre e colaboradores (2007), não

demonstrou o tipo de PRM com maior frequência.

O grau de motivação dos pacientes com o Seguimento farmacoterapêutico é

diferenciado, através da intervenção é possível observar que alguns dos pacientes após a

intervenção foi resolvido os PRM’s, enquanto outros que também obtiveram resultados

positivos, o paciente abandonou a consulta por dificuldade financeira (SILVA, 2013). As

intervenções descritas no quadro 5, são realizadas frequentemente pelos farmacêuticos e trouxe

resultados positivo nos pacientes, com problemas resolvidos.

A forma de intervenção por Nunes e colaboradores (2012), Farmacêutico-paciente foi

aceito em 50% dos pacientes, enquanto Farmacêutico-médico-paciente foi de 9,7%. A

intervenção se tratava de implantação de atividade física e alimentação, as duas formas de

intervenção Farmacêutico-paciente e Farmacêutico-médico-paciente apresentaram bom

resultado.

Enquanto que no artigo de Badesso e colaboradores (2013), a melhor intervenção foi

por Farmacêutico-médico-paciente. Em um estudo foi relatado a intervenção farmacêutico-

médico-paciente de 70,0%, demonstrando ser uma ferramenta multidisciplinar eficaz onde

permitiram a identificação de potenciais problemas relacionados aos medicamentos e a

prevenção da grande maioria deles (NUNES, et al., 2008)

Apenas um artigo não apresentou o tipo de intervenção que fez com maior frequência,

portanto obteve êxito nos PRM resolvidos, apenas com orientação e seguimento

farmacoterapêutico. Enquanto os outros artigos apresentados a intervenções que foram

realizadas e observado efeito de sua ação no quadro 5 na coluna de Outros Resultados.

Segundo Assunção e colaboradores (2002), em seu estudo verificou que dos 76 % de

pacientes diabéticos que receberam orientações dietéticas, somente metade seguiu as

orientações. Para as orientações sobre exercícios físicos apenas um terço praticou algum tipo

de atividade. Dos 377 entrevistados, 289 (77%) utilizavam algum tipo de medicamento. Esses

conjuntos de medidas, controle da dieta, administração de antidiabéticos e exercícios físicos

previne complicações da doença.

Os dados de Balestre e colaboradores (2007) não apresentaram alta taxa de tipicidade

no tratamento (antidiabéticos + exercício + dieta), porém, Nunes e colaboradores (2012),

apresentaram apenas um dos fatores que foi ausência de atividade física. Molena e

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35

colaboradores (2005), afirma que para os pacientes que tem baixa adesão à prática regular de

atividade física, recomenda-se usualmente, que o paciente diabético, exercite os grandes grupos

musculares por 3 vezes na semana, preferencialmente durante 30 minutos, com intensidade

moderada, através destes já é possível a obtenção de bons resultados.

Plácido e colaboradores (2009), com seu resultado na tabela 5, da coluna de outros

resultados demonstrou a frequência sobre interação medicamentosa. Ferreira (2014), alerta para

a importância e a necessidade do serviço de atenção farmacêutica na saúde e demonstra em seus

resultados também a queda do número de PRMs motivados pelo programa do Seguimento

Farmacoterapêutico.

A maioria dos artigos no quadro 5 que se trataram da hemoglobina glicada, o grupo de

intervenção apresentou melhoria ou dentro faixa da estabelecida para diabéticos, após a

intervenção por auxílio do Seguimento Farmacoterapêutico, comparada ao grupo de controle

que não obteve bons resultados. Foi relatado por Andrade e Péla (2005), que para glicemia em

jejum, glicemia pós-prandial e HbA1c (hemoglobina glicada), houve melhoria nos pacientes

estudados, semelhante a maioria dos artigos da tabela 5 nos quais mostraram dados da HbA1,

comprovando que o seguimento farmacoterapêutico foi eficaz.

Tais resultados são indicativos do impacto do seguimento farmacêutico, abrangendo

todos os aspectos educativos em relação à conduta do paciente perante a sua doença e em

relação à aderência ao tratamento medicamentoso, resultando em melhoria da qualidade vida.

Pesquisas demonstraram que manter o nível da HbA1c abaixo de 7% reduz o risco de

desenvolvimento das complicações da DM (SUMITA e ADRIOLO, 2008).

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6 Considerações Finais

A DM2 é uma doença crônica não transmissível, que mais prevalece em adultos,

concomitantemente traz grandes problemas se não controlado a glicemia. No entanto o controle

é fundamental para prevenir complicações crônicas da doença. A atividade física, alimentação

saudáveis para diabéticos, também contribui para o paciente ter melhor qualidade de vida. A

população diabética faz uso de muitos medicamentos que se tornam muitas vezes ineficaz o

tratamento, devido os surgimentos dos PRM’s.

O profissional Farmacêutico tem um grande impacto através do acompanhamento

farmacoterapêutico aos pacientes portadores de diabetes, com a duração de tempo de

acompanhamento, com suas habilidades e conhecimentos específicos sobre medicamentos,

através de métodos, mais conhecidos, Dáder e Minessota, detectam PRM, buscando soluciona-

los através das intervenções e orientações para o paciente, auxiliar e analisar o custo benefício

do tratamento, transmitir o seu conhecimento, horários a ser administrado, dosagem,

alimentação adequada, atividade física e monitorização da glicemia capilar,

Entretanto o presente trabalho revisou nas literaturas uma alta taxa de PRM, não controle

glicêmico, falta de atividade física, dieta inadequada e fatores relacionados que contribuem para

esta questão. Demonstrou quanto o farmacêutico com a ferramenta do Acompanhamento

Farmacoterapêutico, tem importância significativa na vida dos diabéticos, porém há uma grande

falta da presença desse profissional, falta de cultura dos pacientes e demais profissionais da área

da saúde em relação ao envolvimento do profissional farmacêutico.

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