Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction,"...

25

Transcript of Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction,"...

Page 1: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.
Page 2: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Um primeiro insigth:

Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The Neurosciences: a study program, Rockefeller University Press, pp. 200-205http://www.williamcalvin.com/

Page 3: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Olhando o passado da biologia, sempre que um fenômeno parecia envolver aprendizagem, uma teoria

deste tipo foi proposta inicialmente. Entretanto, em cada um dos casos, foi substituída, mais tarde, por uma teoria seletiva. Pensou-se que as espécies

aprendiam pela adaptação dos indivíduos ao ambiente, até que

Darwin mostrou a existência de um processo seletivo. Acreditou-se que

resistência bacteriana era uma adaptação adquirida, até Luria e

Delbrück mostrarem um mecanismo seletivo.

Page 4: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

As enzimas adaptáveis foram reinterpretadas, por Monod, para serem enzimas induzíveis que já

existiam por prévia seleção de genes. Finalmente, a teoria inicial da

formação dos anticorpos foi baseada na instruções dos antígenos, mas

sabemos que resulta da seleção de padrões já existentes. Permanece a

questão se o aprendizado do sistema nervoso central não poderia ser,

também, um processo seletivo; ou seja: talvez aprender não seja

aprender, tão pouco.

Page 5: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Avançando:Scaruffi, P 2000. Michael Gazzaniga: Nature's Mind (New York: Basic Books, 1992) http://www.thymos.com/mind/gazzani2.html

O pensamento darwiniano enfatiza a seleção em relação a instrução. Variações específicas são selecionadas pelo ambiente em detrimento de outras. A mente é moldada pelo ambiente, mas o ambiente apenas pode dar um “acabamento” dentro de um espectro permitido por parâmetros geneticamente determinados. Poderíamos dizer que o ambiente “seleciona” um, dentre vários futuros possíveis.

Page 6: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Darwinismo Neural:Czico, G. 2000. The things we do. Cambridge, MIT Press. Cap 9, Evolution Within the Body: The Darwinian Lesson Extended, pags. 177-198, http://faculty.ed.uiuc.edu/g-cziko/twd/pdf/index.htmlCziko G. 1995. Without Miracles, Universal Selection Theory and the Second Darwinian Revolution. Cambridge, MIT Press. http://faculty.ed.uiuc.edu/g-cziko/wm/Edelman GM. 1995(1992). Biologia da consciência - as raízes do pensamento. Lisboa, Instituto Piaget

Page 7: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

A essência do Darwinismo:

1.Há um padrão (introns, genes, conjuntos de genes, conjuntos de neurônios ou memes)

2.O Padrão é copiado

3.Ocorrem variações neste padrão durante o processo de cópia (erros, mutações ou recombinações).

Page 8: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

A essência do Darwinismo:

4.Populações do padrão e de suas variantes competem, uns com os outros pela a ocupação de um espaço de trabalho limitado.

5.O ambiente, multifacetado, promove variantes diferentes. As variantes de maior sucesso são o centro de novas variações.

6.As variantes novas ocorrem preferencialmente em torno dos mais bem sucedidos padrões pré existentes.

Page 9: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Darwinismo Neural:Seleção no desenvolvimento: repertório primárioSeleção experiencial: repertório secundárioReentrada

Page 10: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Darwinismo Neural:

Page 11: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Consciência:

Valores

Page 12: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Consciência:Edelman Dennett

(1996)Freud

Consciência primária

Sist. intencional de 1ª ordem

Processo primário

Consciência expandida

Sist. intencional de 2ª ordem

Processo secundário

Page 13: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Consciência Primária:

Primeiro nível O animal é capaz de seguir uma regra, mesmo sem ter consciência dela, como, por exemplo, pombos que distinguem, em fotos, árvores de outras plantas, ou Monet de Picasso.Segundo nível: É capaz de transferir a regra para outras situações, como, por exemplo, na associação de semelhantes versus diferentes. Terceiro nível: Obtido quando o animal é capaz de formar categorias abstratas, como cor, comestível, etc.

Page 14: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Consciência Primária:

Quarto nível: Quando é capaz de comparar categorias abstratas, como números.Quinto nível: Quando adquire o conceito de permanência de objetos, ou seja, tem um modelo mental do mundo .

Peperberg, IM & Lynn SK. 2000. Possible levels od animal consciousness with reference to grey parrots (Psitacus erithacus) Amer. Zool, 40: 893-901,

Page 15: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Materialismo eliminativista

É o modelo de consciência que decorre da doutrina do neurônio (Ramon y Cayal ). os estados psicológicos, eventos ou processo mentais são estados, eventos e processos do cérebro e são produtos específicos da arquitetura neuronal. Assim, qualquer tipo de explicação que recorra a uma dimensão mentalista para dar conta do comportamento humano é enganosa

Page 16: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Materialismo eliminativista

Kendler, K. 2001 A psychiatric dialogue on the mind-body problem. American Journal of Psychiatry, 158(7): 989-1000.Edelman GM & Tononi GA. 2000. Universe of consciousness. New York, Basic BooksPrice, K. (2004). Why Computers Will Never Be People. In Proc. Selected Papers from the Computers and Philosophy Conference Canberra, Australia. Con-ferences in Weckert, J. and Al-Saggaf, Y., Eds., Research and Practice in Information Technology, 37:45-49.

Page 17: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.
Page 18: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Gerald Edelman (2000): É um reflexo da arrogância humana, o fato de sistemas filosóficos inteiros tenham sido construídos baseados na fenomenologia subjetiva... Keit Price(2004) Indivíduos são seres com crenças, desejos e outras atitudes proposicionais. Estas posturas não são computáveis, logo computadores não são pessoas.

Materialismo eliminativista

Page 19: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Tononi, G. & Edelman, G. M. 1998 Consciousness and complexity. Science 282, 1846-1851: Ferra-mentas para medir integração ( cluster-ing funcional) e diferenciação (comple-xidade neural) que são aplicáveis a processos neurais reais. Permite for-mular critérios operacionais para determinar se a atividade de um grupo de neurônios contribui a experiência consciente.

Núcleo dinâmico

Page 20: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Duas partes do cérebro são mais importantes que as demais, para a consciência, o tálamo e o córtex cerebral. Nestas áreas, a cada momento, um conjunto diferente de neurônios gera a consciência em frações de segundo. Este processo contínuo de interação, entre neurônios nestas duas regiões do cérebro, é denominado “núcleo dinâmico”

Núcleo dinâmico

Page 21: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Está implícito nesta modelagem que todas as funções mentais são algoritmizáveis.

Se um processo pode ser algoritmizado, ele não requer mais qualquer habilidade exclusivamente humana para ocorrer. Se este processo for um processo mental, por exemplo, ele pode ser compartilhado com máquinas e, eventualmente, animais.

Note!

Flores RZ & Schüler JPS. 2005 A evolução dos algoritmos mentais. In El-Hani CH e Videira AAP. Estudos Sobre o Pensamento Evolutivo (no prelo).

Page 22: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

A diferença entre você e um fotodiodo é dada pela quantidade de informação que é gerada quando você vê a luz acender ou apagar.

Você não vê apenas luz e escuro! O cérebro pode tem milhares de estados diferentes para tal situação. O fotodiodo só tem dois.

Mas, milhares de fotodiodos não fazem consciência!

Modelo informacional

Page 23: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Porquê? Porque um não altera a situação do outro.

O que produz consciência é a capacidade de integrar informações de diferentes chips mentais, todos associados a percepção da luz.

A quantidade de consciência pode ser mensurada por uma medida da capacidade de integrar informação entre conjuntos de neurônios.

Modelo informacional

Page 24: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

Consciência visual:1.Percepção de que algo mudou.2.Percepção de que o algo é visual e

não olfativo.3.Percepção de outros elementos, como

movimento.4.Percepção de outros elementos, como

cor ou forma5.Identificação do objetoTononi, G. 2004. An information integration theory of consciousness. BMC Neuroscience, 5:42http://www.biomedcentral.com/1471-2202/5/42

Modelo informacional

Page 25: Um primeiro insigth: Niels K. Jerne. 1967. Antibodies and learning: selection versus instruction," in G. C. Quarton, T. Melnechuk, & F. O. Schmitt, The.

A consciência pode ser quantificada com medidas próprias para tal. Está presente em bebês e em animais e não ha nada que impeça a construção de artefatos concientes.

Este modelo, então, faz parte das hipóteses de Inteligencia Artifical Forte (AI Forte).

Pergunta final: Há alguma característica humana que não possa ser algoritmizada?

Conclusão