uefs20122_caderno1

download uefs20122_caderno1

of 17

Transcript of uefs20122_caderno1

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    1/17

    1Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Lngua Portuguesa e Literatura Brasileira

    Questes de 1 a 20Para responder a essas questes, identifique APENAS UMA NICA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas.

    Questo 1

    Port

    Questes de 1 a 6

    TEXTO:

    O amor a Deus, pelo qual o poder assegura asubmisso do homem medieval, substitudo, nassociedades capitalistas, pelo amor ptria, dever docidado. Embora se instalem essas diferenas no

    5 desenvolvimento da histria, tanto o poder religioso comoo poltico se exercem pelo amor e pela crena. Essesso o suporte da autoridade.

    Contudo no s pela violncia fsica ouverbal que se encontram os meios de se obter a

    10 submisso. H uma violncia mais insidiosa e eficaz: ado silncio. E o poder, alm de silenciar, tambm seexerce acompanhado desse silncio. Esse, por sua vez,numa sociedade como a nossa, se legitima em funodo amor ptria e da crena na responsabilidade do

    15 cidado.Tais reflexes levam Cl. Haroche (1984) a dizer que,

    com esse silncio, o Estado procura manter a distncia,ignorar, e mesmo sufocar, a questo crucial do sujeito,isto , dos modos com que o sujeito pensa, deseja,

    20 critica, resiste.

    Nos trabalhos em que procurei refletir a respeitoda questo indgena sobre educao indgena (1982),sobre discurso das lideranas indgenas (1984) e sobrea relao entre lngua e cultura dos pataxs (1985) ,

    25 pude constatar que, no caso do contato cultural entrendios e brancos, o silenciamento produzido pelo Estadono incide apenas sobre o que o ndio, enquanto sujeito,faz, mas sobre a prpria existncia do sujeito ndio. E,quando digo Estado, digo o Estado brasileiro do branco,

    30 que silencia a existncia do ndio enquanto sua partee componente da cultura brasileira.

    Nesse Estado, o negro chega a ter umaparticipao. De segunda classe, verdade, mas temuma participao, margem. O ndio totalmente

    35 excludo. No que se refere identidade cultural, o ndiono entra nem como estrangeiro, nem sequer comoantepassado.

    Esse processo de apagamento do ndio daidentidade cultural nacional tem sido escrupulosamente

    40 mantido durante sculos. E se produz pelos mecanismosmais variados, dos quais a linguagem, com a violnciasimblica que ela representa, um dos mais eficazes.

    Os portugueses descobriram o Brasil. Da seinfere que nossos antepassados so os portugueses e45 o Brasil era apenas uma extenso de terra. Havia

    Depois de ler o texto, marque V ou F, conforme sejamverdadeiras ou falsas as afirmativas abaixo.

    ( ) Uma das maiores violncias praticadas contra o elementonativo do Brasil foi o seu apagamento como sujeitohistrico.

    ( ) O elemento indgena, no Brasil-Colnia, comportou-secomo um ser passivo e negativo para a cultura nacional.

    ( ) O ndio, elemento excludo da cultura brasileira, responsabilizado pela sua interdio nesse contexto.

    ( ) O historicamente no dizvel relatado no texto constitui ummal poltico de uma cultura de tradio hegemnica.

    ( ) O negro e o ndio, do ponto de vista histrico, tiveram omesmo grau de apagamento como antepassadosnacionais.

    A alternativa que contm a sequncia correta, de cima parabaixo, a

    A) V V V V VB) V V F F VC) F V V F VD) F F V V FE) V F F V F

    Questo 2

    Sobre o texto, verdadeiro o que se afirma em

    A) O perodo Esses so o suporte da autoridade., no final

    do primeiro pargrafo, denota a ideia de que o poderreligioso e o poder poltico so foras coercitivas dasociedade.

    B) O segundo pargrafo desenvolve-se por meio dedefinies do que seja a violncia na sociedadecontempornea, questionando-a.

    C) O ponto de vista exposto no quarto pargrafo justificadocom exemplos de culturas indgenas de outros pases edo Brasil.

    D) A autora, no antepenltimo pargrafo, apresenta uma novaconstatao que pe em dvida o papel do ser africanona formao da identidade nacional.

    E) A voz autoral, no ltimo pargrafo, redimensiona osprprios pontos de vista expostos ao longo do texto,fragilizando a consistncia histrica de seus argumentos.

    selvagens arredios que faziam parte da terra e que,

    descobertos, foram o objeto da catequese. So, desdeo comeo, o alvo de um apagamento, no constituemnada em si. Esse o seu estatuto histrico transparente:

    50 no constam. H uma ruptura histrica pela qual sepassa do ndio para o brasileiro, atravs de um salto.

    ORLANDI, Eni Puccinelli: Ptria ou Terra: o ndio e a identidade nacional.Terra vista Discurso do confronto: Velho e Novo Mundo. 2. ed. SoPaulo: Editora da UNICAMP, 2008. p. 65-66. Adaptado.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    2/17

    2Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questo 4

    Port

    Quanto aos recursos lingusticos usados no texto, a alternativaverdadeira a que informa que

    A) a transio do primeiro para o segundo pargrafo se

    estabelece por meio de um articulador de valor expletivo:Contudo.

    B) a afirmativa da enunciadora Contudo no s pelaviolncia fsica ou verbal que se encontram os meios dese obter a submisso. ( l. 8-10) demonstra, nessaargumentao, a rejeio de uma tese antes explicitada.

    C) o fragmento que se encontram os meios de se obter asubmisso. (l. 9-10) equivale a que so encontrados osmeios de ser obtida a submisso.

    D) os dois-pontos empregados antes de a do silncio.( l. 10-11) servem para introduzir uma reflexo daenunciadora.

    E) a expresso por sua vez (l. 12), no contexto, tem o

    mesmo sentido que de vez em quando.Questo 5

    O perodo transcrito em que h uma relao de adio entreideias que se aproximam o correspondente alternativa

    A) E o poder, alm de si lenciar, tambm se exerceacompanhado desse silncio. (l. 11-12).

    B) E, quando digo Estado, digo o Estado brasileiro dobranco (l. 28-29).

    C) De segunda classe, verdade, mas tem uma participao, margem. (l. 33-34).

    D) Nesse Estado, o negro chega a ter uma participao.(l. 32-33).

    E) Havia selvagens arredios que faziam parte da terrae que, descobertos, foram o objeto da catequese.(l. 45-47).

    Questo 6

    Tendo em vista apenas o ltimo pargrafo do texto, corretoo que se afirma em

    A) A utilizao das aspas, em todas as ocorrncias, indicaironia em relao a conceitos duvidosos, ou, hoje,inverdicos, alm de nfase.

    B) O que, nas trs ocorrncias, exerce funo pronominale, como elemento de coeso textual, remete, respectivamente,a portugueses (l. 44) e selvagens (l. 46).

    C) Os termos de terra e da terra, em uma extenso deterra (l. 45) e faziam parte da terra (l. 46), equivalem-sesemntica e sintaticamente.

    Constitui uma afirmativa verdadeira sobre o primeiro pargrafodo texto a explicitada na alternativa

    A) Os termos O amor a Deus (l. 1) e pelo amor ptria(l. 3) constituem sujeitos formais no contexto da frase.

    B) O termo pelo qual (l. 1) pode ser substitudo por a quem,

    sem comprometimento de sentido ou correo gramatical.C) Os termos do homem medieval (l. 2) e nas sociedadescapitalistas (l. 2-3) equivalem-se sintaticamente.

    D) A palavra dever (l. 3) est substantivada na expressodever do cidado (l. 3-4).

    E) Os termos essas diferenas (l. 4) e tanto o poderreligioso como o poltico (l. 5-6) complementam o sentidode diferentes formas verbais.

    Questo 3D) A utilizao de vrgulas isolando a palavra descobertos

    (l. 47) tem como justificativa a necessidade de destacarum termo apositivo.

    E) As pa lavras apagamento ( l. 48), nada ( l. 49),transparente (l. 49) e salto ( l. 51) identificam umprocesso de mudana na condio poltico-social doelemento indgena no Brasil.

    Questes de

    7 a 10TEXTO:

    Aproveito o samba Adalgisa(1964), composio einterpretao do nosso saudoso Dorival Caymmi, paratrocar algumas ideias sobre essa Bahia que t viva ainda

    l. Vou considerar ainda l como um lugar de origem5 que torna a Bahia singular. Ele comps Adalgisano

    tempo em que a Bahia foi colocada no turbilho docapitalismo transnacional e suas derivaestecnoeconmicas. Adalgisa um aviso importante,animando-nos a acreditar, ainda, numa Bahia que insiste

    10 em se manter viva. Viva face teia dos valores quetendem a transform-la numa metrpole, extensogeopoltica e expansionista de alguns estados nacionaiscom suas supremacias tnicas e territoriais. Estamosassistindo imposio de um mercado global, que cria

    15 cenrios alegricos, forjando um novo sujeito social: oprodutor/consumidor refm das leis do capital. Na Bahiade Adalgisa, a populao vive submetida imposiode polticas institucionais que no conseguem acolhera identidade profunda da sua populao.

    20 Ainda l, no recado de Adalgisa, o lugar darecusa geografia civilizatria europocntrica, e quemantm comunidades estruturadas atravs do patrimniocivi l izatrio afr icano. So comunidades quecontinuam expandindo seus valores de civilizao,

    25 face s imposies espao-temporais de cunhomilitar-econmico que tm a pretenso de estabelecercom a natureza uma relao mediatizada pela cincia ea tcnica, interferindo nos modos de elaborao demundo caractersticos da nossa gente. Me Aninha, a

    30 Iy Oba Biyi, afirmava ser a Bahia uma Roma Negra,referindo-se metaforicamente Bahia como uma plistransatlntica, referncia de continuidade dos vnculoscomunitrios da civilizao africana.

    Que nada mudou inda l...35 A Bahia carrega um rico universo simblico

    africano-brasileiro sustentado por formas decomunicao com narrativas sobre os princpiosfundadores que marcam o alvorecer da humanidade,

    permitindo presentificar acontecimentos mticos,40 aproximar-nos de tempos imemoriais, da relao entrevida e morte, rememorar e reverenciar e cultuar a

    Adalgisa

    Adalgisa mandou dizQue a Bahia t viva ainda l

    Com a graa de Deus inda l

    Que nada mudou inda l...

    (Dorival Caymmi)

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    3/17

    3Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1 Port

    ancestralidade de famlias, linhagens, personalidadesexponenciais que contriburam para expandir e fortaleceras instituies, remeter a lugares sagrados,

    45 dramatizaes que contam a histria de afirmao dasnossas comunidades. Na Bahia, transborda a dinmicaininterrupta da ancestralidade africana, que constitui acorrente sucessiva de geraes que mantm o legado

    dos nossos antepassados.LUZ, Narcimria C. P. A Bahia t viva ainda l.... A Tarde, Salvador,15 jun. 2012. Caderno Opinio, p. A 2.

    Questo 7

    Sobre o texto, identifique com Vou com F, conforme sejam asafirmativas verdadeiras ou falsas.

    ( ) Esse artigo apresenta diferentes tipos de representaoda fala, como discurso direto, discurso indireto livre ediscurso indireto.

    ( ) O processo de aspeamento de palavras ou expressesconstitui um artifcio da autora para indicar desviosgramaticais.

    ( ) O discurso, na sua intertextualidade, nasce de um textoe amplia o seu dilogo para outro, ambos de autoriaexplicitada no contexto.

    ( ) A articulista, ao narrar fatos que envolvem a personagemAdalgisa, denuncia o contexto histrico-social do Brasil dosculo XX.

    ( ) A autora, ao se referir identidade profunda dapopulao baiana, deixa implcita a diversidade culturaldas etnicidades na Bahia.

    A alternativa que contm a sequncia correta, de cima parabaixo, a

    A) V F V V F D) V V F V F

    B) F V F F V E) V V V V VC) F F V F V

    Questo 8

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em

    A) Ao dizer que vai considerar ainda l como um lugar deorigem que torna a Bahia singular. (l. 4-5), a enunciadoracontesta o sentido que Caymmi atribui Bahia.

    B) O texto que d suporte ao artigo de Narcimria pe emevidncia um contexto histrico nacional marcado pelaestabilidade.

    C) A mensagem que a autora depreende da cano Adalgisa

    revela um julgamento negativo sobre a Bahia dadiversidade cultural.D) A enunciadora do texto, ao partilhar o saber dito por

    Adalgisa via cano de Caymmi, d-lhe um sentido delimitao cultural.

    E) A cano referida no texto sugere, no fragmento utilizado,o retrato de uma Bahia como lugar de resistncia.

    Questo 10

    No fragmento Na Bahia de Adalgisa, a populao vivesubmetida imposio de polticas institucionais que noconseguem acolher a identidade profunda da sua populao.(l. 16-19), h uma enunciao em que

    A) se fala do futuro interrelacionado com o presente.B) as formas verbais indicam um presente atemporal.C) o tempo verbal expressa um passado presentificado.D) o uso do tempo verbal no presente do indicativo restringe

    a informao Bahia contempornea.

    E) uma sequncia de tempos verbais diferentes pe opassado em oposio ao presente.

    Questo 11

    Senhor Anto de Sousa Meneses,Quem sobe a alto lugar, que no merece,Homem sobe, asno vai, burro parece,Que o subir desgraa muitas vezes.

    A fortunilha autora de entremezesTranspe em burro o heri, que indigno cresce:Desanda a roda, e logo o homem desce,Que discreta a fortuna em seus reveses.

    MATOS, Gregrio de. Soneto. Poemas escolhidos. So Paulo: Crculodo Livro, s.d. p. 93.

    Os versos de Gregrio de Matos poeta baiano do sculoXVII buscam

    A) mostrar a doutrina do bem viver seguida pelos polticos.

    B) sinalizar os vcios em que a cidade da Bahia estavamergulhada.

    C) criticar a ambio desenfreada dos homens, geradora deinjustia social.

    D) satirizar um indivduo que alcana posio social elevadasem ter mrito para isso.

    E) advertir os que querem viver na Bahia para os riscos quecorrem aqueles que desejam prestgio social.

    Questo 9

    O que se afirma sobre o fragmento transcrito est correto em

    A) Aprove ito o samba Adalgisa (1964), composio einterpretao do nosso saudoso Dorival Caymmi, paratrocar algumas ideias sobre essa Bahia (l. 1-3) Hmarcas de pessoalidade da enunciadora do discurso, aqual se incorpora ao coletivo da nao.

    B) Ele comps Adalgisa no tempo em que a Bahia foicolocada no turbilho do capitalismo transnacional e suasderivaes tecnoeconmicas. (l. 5-8) A Bahia aparececomo agente de uma ao transformadora no passado.

    C) Adalgisa um aviso importante, animando-nos aacreditar, ainda, numa Bahia que insiste em se manterviva. (l. 8-10) O termo ainda indicativo do tempo em

    que Adalgisa mandou diz.D) Me Aninha, a Iy Oba Biyi, afirmava ser a Bahia umaRoma Negra , re fe r indo-se meta for icamente Bahia como uma plis transatlntica, referncia decontinuidade dos vnculos comunitrios da civilizaoafricana. (l. 29-33) Os termos uma Roma Negra euma plis transatlntica tm relao com referentesdistintos.

    E) Na Bahia, transborda a dinmica ininterrupta daancestralidade africana, que constitui a corrente sucessivade geraes que mantm o legado dos nossosantepassados. (l. 46-49) O termo a dinmicaininterrupta da ancestralidade africana complementa osentido da forma verbal transborda.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    4/17

    4Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questes 12 e 13

    Port

    I.

    Houve tempo em que os meus olhosGostavam do sol brilhante,E do negro vu da noite,E da aurora cintilante.

    [...]Oh! Quadra to feliz! Se ouvia a brisaNas folhas sussurrando, o som das guas,Dos bosques o rugir; se os desejava,

    O bosque, a brisa, a folha, o trepidanteDas guas murmurar prestes ouvia.Se o sol doirava os cus, se a lua casta,Se as tmidas estrelas cintilavam,Se a flor desabrochava envolta em musgo,

    Era a flor que eu amava, eram estrelasMeus amores somente, o sol brilhante [...]

    DIAS, Gonalves. Quadras da minha vida. Antologias. So Paulo:Melhoramentos, 1966. p. 72-73.

    II.

    noite. A Lua, ardente e terna,Verte na solido sombriaA sua imensa, a sua eternaMelancolia...

    [...]No largo, sob os jambolanos,Procuro a sombra embalsamada.(Noite, consolo dos humanos!

    Sombra sagrada!)

    Um velho senta-se a meu lado.Medita. H no seu rosto uma nsia...Talvez se lembre aqui, coitado!

    De sua infncia.

    BANDEIRA, Manuel. O intil luar. Estrelas da vida inteira: poesiasreunidas. 2. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1970. p. 25.

    Questo 12Infere-se do texto I que a voz poticaA) cultiva a solido como mecanismo de restaurao do equilbrio interior.B) enxerga na sublimao amorosa a nica possibilidade de ser feliz.C) busca, no presente, uma relao harmoniosa com a natureza.D) deseja a morte como soluo para o seu conflito existencial.E) se revela desajustada ao momento em que vive.

    Questo 13

    O texto I (romntico) e o II (modernista) tm em comum a ideia de que aA) natureza fonte de prazer. D) integrao com a natureza confere sentido vida.B) fel icidade se encontra no passado. E) conscincia da velhice intensif ica a sensao de vazio existencial.C) recuperao do vivido provoca sofrimento.

    Questes de 14 a 16

    I.

    Cinquenta anos! No era preciso confess-lo. J se vaisentindo que o meu estilo no to lesto como nos primeirosdias. Naquela ocasio, cessado o dilogo com o oficial damarinha, que enfiou a capa e saiu, confesso que fiquei umpouco triste. Voltei sala, lembrou-me danar uma polca,embriagar-me das luzes, das flores, dos cristais, dos olhosbonitos, e do burburinho surdo e ligeiro das conversasparticulares. E no me arrependo; remocei. Mas, meia horadepois, quando me retirei do baile, s quatro da manh, oque que fui achar no fundo do carro? Os meus cinquenta

    anos. L estavam eles, os teimosos, no tolhidos de frio,nem reumticos, mas cochilando a sua fadiga, um poucocobiosos de cama e de repouso. Ento, e vejam at queponto pode ir a imaginao de um homem com sono, ento pareceu-me ouvir de um morcego encarapitado notejadilho: Senhor Brs Cubas, a rejuvenescncia estava nasala, nos cristais, nas luzes, nas sedas, enfim, nos outros.

    ASSIS, Machado de. Cinquenta anos. Memrias pstumas deBrs Cubas. 22 ed. So Paulo: tica 1997. p. 157.

    II.

    [...] Sabes que esta casa do Engenho Novo, nasdimenses, disposies e pinturas, reproduo da minhaantiga casa de Matacavalos. Outrossim, como te disse nocaptulo II, o meu fim em imitar a outra foi ligar as duas pontasda vida, o que alis no alcancei. Pois o mesmo sucedeuquele sonho do seminrio, por mais que tentasse dormir edormisse. Donde concluo que um dos ofcios do homem

    fechar e apertar muito os olhos, e ver se continua pela noitevelha o sonho truncado da noite moa.

    ASSIS, Machado de. Uma ideia e um escrpulo. D. Casmurro. 29.ed. So Paulo: tica, 1995. p. 96.

    Questo 14

    O narrador-personagem, no fragmento I, revela-se

    A) estvel. D) confiante.

    B) vaidoso. E) reflexivo.C) hipcrita.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    5/17

    5Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1 Port

    Questo 15

    No fragmento II, o narradorA) dirige-se ao leitor, aproximando-o do narrado.B) apega-se ao presente para esquecer-se do passado.C) evidencia o sentimento de aceitao dos limites impostos

    pela vida.D) tece consideraes crt icas a respeito dos sonhos

    inalcanveis.E) mostra-se capaz de romper com as foras que

    comandam o seu destino.

    Questo 16

    Os dois fragmentos apresentam em comum o narradorpreocupado comA) a relativizao do amor.B) o escoar implacvel do tempo.C) a ausncia de sentido para a vida.D) o tdio, trao marcante da existncia.E) o egosmo humano, impedimento para o sentimento

    fraterno.

    Questo 17

    A vista renasce na manh bonita.Pauliceia l embaixo epiderme speraAmbarizada pelo Sol vigoroso,Com o sangue do trabalho correndo nas veias das ruas.

    Fumaa bandeirinha.Torres.Cheiros.BarulhosE fbrica...Naquela casa mora,Mora, ponhamos: Guaraciaba...A dos cabelos fogaru!...Os bondes meus amigos ntimos

    Que diariamente me acompanham pro trabalho...[...]ANDRADE, Mrio de. Pauliceia desvairada. Poesias completas. SoPaulo: Crculo do Livro, s.d. p. 99.

    Assinale V ou F, conforme sejam as afirmaes verdadeirasou falsas.O texto revelador da poesia modernista da gerao de 22,porque apresenta( ) descrio objetiva e precisa do espao urbano.( ) valorizao da linearidade do discurso.( ) ruptura com cnones poticos.( ) compromisso com a cor local.( ) uso de imagens sensoriais.

    A alternativa que contem a sequncia correta, de cima parabaixo, aA) V V V V V C) V F V F V E) F F V V VB) F V F V F D) V V F F F

    Questo 18

    A torre de marfim, a torre alada,esguia e triste sob o cu cinzento,corredores de bruma congelada,galerias de sombras e lamentos.

    A torre de marfim fez-se esqueletoe o esqueleto desfez-se num momento,! no julgueis as coisas pelo aspecto

    que as coisas mudam como muda o vento.LIMA, Jorge de. Sonetos. Antologia potica. 2. ed. Rio de Janeiro: JosOlympio, 1974. p. 99.

    Questo 19

    [...] Quando o afox desapontou no Politeama, ouviu-seum grito unssono de saudao, um clamor de aplauso: viva,viva, vivo!

    A surpresa fazia o delrio ainda maior: o doutor FranciscoAntnio de Castro Loureiro, diretor interino da Secretaria dePolcia, no proibira por motivos tnicos e sociais, em defesadas famlias, dos costumes, da moral e do bem-estar pblico,no combate ao crime, ao deboche e desordem, a sada e odesfile dos afoxs, a partir de 1904, sob qualquer pretexto eonde quer que fosse na cidade? Quem ousara, ento?

    Ousara o Afox dos Filhos da Bahia; nunca sara antes ejamais se concebera e vira afox assim de majestade, defigurao to grande e bela, com batuque igual, maravilha decores, ordem admirvel e Zumbi em sua grandeza.

    AMADO, Jorge. Tenda dos milagres. 45. ed. Rio de Janeiro: Record,2006. p. 65.

    O fragmento em foco, pertencente obra Tenda dos Milagres,comprova um trao da prosa de Jorge Amado presente naalternativaA) Literatura de cunho fortemente poltico-ideolgico com a

    priorizao da luta de classes.B) Narrativa voltada para a apreenso do pitoresco e da

    sensualidade da Bahia.C) Crtica irnica ao processo de construo da identidade

    nacional.D) Combate ideologia da segregao tnico-social.E) Defesa da miscigenao cultural.

    Questo 20

    Ao que, digo ao senhor, pergunto: em sua vida assim?Na minha, agora que vejo, as coisas importantes, todas,em caso curto de acaso foi que se conseguiram pelo pulofino de sem ver se dar a sorte momenteira, por cabelo porum fio, um clim de clina de cavalo. Ah, e se no fosse, cadaacaso, no tivesse sido, qual ento que teria sido o meudestino seguinte? Coisa v, que no conforma respostas. svezes essa ideia me pe susto. Mas, o senhor veja: chegueiem casa do Mestre Lucas, ele me saudou, to natural. Acheitambm tudo o natural, eu estava era cansado. E, quandoMestre Lucas me perguntou se eu vinha era de passeata, oude recado da fazenda, expliquei que no: que eu tinha

    merecido licena de meu padrinho, para comear vida prpriaem Curralinho ou adiante, a fito de desenvolver mais estudose apuramento s de cidade.

    ROSA, Joo Guimares. Grande serto: veredas. 20. ed. Rio de Janeiro:

    Nova Fronteira, 1986. p. 117-118.

    O fragmento em foco faz parte de uma das mais importantesobras da literatura brasileira Grande serto: veredas.

    No texto, o narradorA) revela-se distanciado do pensamento determinista.B) considera o seu destino como fruto de eventos fortuitos.C) compreende e assume a responsabilidade do ato de escolher.D) questiona o valor de uma trajetria de vida cuja marca

    a estabilidade.E) mostra-se inconformado com a interveno de forassuperiores no rumo de sua vida.

    Est em desacordocom o texto o que se enuncia na alternativaA) Reflexo de ordem filosfica.B) Presena de imagem onrica.C) Uso de smbolos msticos, religiosos.D) Apreenso subjetiva do objeto real enfocado.E) Dilogo da voz potica com um possvel interlocutor.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    6/17

    6Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Tema da Redao

    Redao

    INSTRUES: Escreva sua Redao no espao reservado ao rascunho. Transcreva seu texto na Folha de Redao, com caneta de tinta azul ou preta, usando, no mnimo, 25(vinte e

    cinco) linhas e, no mximo, 30(trinta) linhas. Caso utilize letra de imprensa, faa distino entre maisculas e minsculas. Coloque um ttulo adequado a seu texto.Ser anulada a Redao redigida fora do tema e alheio ao comando e forma de composio de texto proposta; apresentada em forma de verso; assinada fora do campo apropriado; escrita a lpis ou de forma ilegvel; constituda apenas da transcrio ipsis litteris (total) dos textos da prova.

    Red

    Minha arma o computador

    Entre seus conterrneos, Almir Narayamoga Suru respeitado como caador habilidoso. No entanto, o lder mximo dossurus-pateres, que at os 12 anos viveu na floresta, com rarssimos contatos com o homem urbano, e no falava portugus, dizter pendurado o arco e flecha. Hoje minha arma o computador, afirma o cacique, ou labway esage, no idioma tupi-mond. Souf de tecnologia. Sei o poder que ela tem. Aos 37 anos, com um curso universitrio inacabado de biologia aplicada e outro emandamento de gesto ambiental, Almir um veterano das modernas ferramentas da comunicao. Em 2007, chamou a atenodo mundo ao buscar, e fechar, uma parceria com o Google para monitorar o desmatamento na Terra Indgena Sete de Setembro,na fronteira entre Rondnia e Mato Grosso. Hoje ele passa mais tempo na cidade de Riozinho, distrito de Cacoal, em Rondnia,do que na aldeia. Quase todo ms viaja de duas a trs vezes ao exterior para dar palestras. Virou uma estrela cobiada, no ondio folclrico atrelado imagem para exportao que se faz de um ndio. [...]

    Almir prope um caminho indito para os indgenas e outros grupos tradicionais das florestas do Brasil e do mundo. Um

    caminho que no admite o paternalismo e a paralisante tutela do estado. Apesar de at 1969 terem vivido isolados dos no ndios,sem roupas nem palavras escritas, os surus esto apresentando um plano de desenvolvimento sustentvel de cinquenta anosperfeitamente adaptado lgica econmica de um capitalismo responsvel, a tal economia verde de que tanto se fala. Nossacultura vai mudar de qualquer jeito, diz Almir. No h como nos isolar do mundo, por isso decidimos escolher para ondequeremos ir. A condio: a integrao com o mundo plugado nos avanos e ubiquidade da internet, ressalva Almir, no significaabrir mo de viver na terra de seus pais e avs. Os surus fizeram a opo clara por viver na floresta e da floresta.

    (NOGUEIRA, Tnia. Minha arma o computador. Veja, ed. 2274, ano 45, n. 25, p. 138-140, 20 jun. 2012.)

    As culturas constituem, para a humanidade, um patrimnio de diversidade e, como se sabe, a sociodiversidade to preciosaquanto a biodiversidade.

    A partir dessa ideia e das do fragmento em evidncia, produza um texto dissertativo-argumentativo em que voc avalie a

    fala do ndio Almir:Nossa cultura vai mudar de qualquer jeito. No h como nos isolar do mundo,

    por isso decidimos escolher para onde queremos ir.

    OBSERVAES:1. Fale sobre o ndio e a sua incluso digital.2. Discorra sobre a permanncia ou a mudana cultural.3. Discuta a validade da mudana de foco do ndio: isolamento x integrao.4. Comente sobre as redes sociais como espao de resistncia, denncias x perigo de perda de identidade.5. Posicione em face da seguinte questo: Deve ser o ndio sujeito de suas decises e seguir o seu prprio caminho e o

    no ndio assumir o ndio como sujeito de sua prpria histria, capaz de conduzir e negociar suas mudanas?

    Escolha, pelo menos, trs das cinco observaes indicadas para direcionar a redao de seu texto, que deve ser escrito nalngua padro.

    Mais conhecido no exterior que no Brasil, o cacique Almir Suru prova que a cultura indgena e a modernidade so compatveis.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    7/17

    7Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Rascunho da Redao

    Red

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    8/17

    8Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Lngua Estrangeira Ingls

    Questes de 21 a 40Para responder a essas questes, identifique APENAS UMA NICA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas.

    Questes de 21 a 26

    TEXTO:

    A team of scientists has shown that the glaciers inone of Asias major mountain ranges are defying thegeneral tendency towards shrinkage, and have in factexpanded slightly over the last few years. The range in

    5 question is the Karakoram, which straddles Pakistan,India and China on the north-western end of theHimalayas.

    Glacial decline and the gradual loss of polar icecaps has been a worrying trend over recent decades,

    10 but scientists have been aware of an apparently curiousanomaly with the Karakoram, which contains some ofthe worlds biggest mountains including the secondhighest, K2. It has about 20,000 square kilometers ofglaciers, accounting for three percent of the total area of

    15 ice outside the Antarctic and Greenlandice sheets.Now a team of French scientists has carried out a

    detailed survey over a large area of the range usingsophisticated remote-sensing measurements. Writing inthe scientific journal, Nature, they say they found that in

    20 the first years of this century the Karakorams glaciershad actually expanded by a small amount, while in theneighboring Himalayas theyd been shrinking.Its unclear why this is happening, but it seems that by

    a quirk in the weather pattern thats not fully understood,25 less heat is being delivered to the Karakoram and themountains are receiving heavier falls of snow.

    Thickening glaciers. Disponvel em:. Acesso em: 21 jul. 2012.

    Questo 21

    According to the team of scientists mentioned in the text,Karakorams glaciers

    A) are getting warmer.B) have become larger.C) wil l soon disappear.D) are melting faster than expected.E) have suffered a lot due to global warming.

    Questo 22

    Fill in the parentheses with T (True) or F (False).The text says:

    ( ) Lately, the slow melting of ice rivers and polar ice capshas been a general pattern.

    ( ) The Karakoram range is on the border between Pakistan,India and China.

    ( ) The Karakoram has around two thousand squarekilometers of glaciers.

    ( ) The Karakorams glaciers have showed this tendencytowards expansion since the beginning of the twentiethcentury.

    According to the text, the correct sequence, from top to bottom,is

    A) T T T T D) T T F FB) F T F T E) T T F TC) F T T F

    Questo 23

    The phenomenon with the Karakoram

    A) has already been totally clarified.B) is similar to what takes place in the Himalayas.C) is due to its receiving strong icy winds all year round.D) seems to result from the range not getting as much heat

    as it used to.E) is a consequence of the small amount of snow that falls

    in the area.

    Questo 24

    The French scientists involved in the survey mentioned in thetext are using

    A) unethical methods.B) high tech resources.C) old-fashioned devices.D) very simple equipment.E) unreliable measurement processes.

    Questo

    25The only false cognate from the text is in alternative

    A) major (l. 2). D) recent (l. 9).

    B) question (l. 5). E) including (l. 12).

    C) decline (l. 8).

    Thickening

    glaciers

    Questo 26

    Considering language use in the text, its correct to say

    A) The relative pronoun which (l. 5) refers to years (l. 4)B) The s in worlds (l. 12) is the contraction of is.C) The adjectives highest (l. 13) and heavier (l. 26) are in

    the same degree of comparison.

    D) The conjunction while (l. 21) expresses reason.E) Thed in theyd been (l. 22) is the contraction of had.

    Ing

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    9/17

    9Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questes de 27 a 31

    TEXTO:

    We always think It will never happen to me, butdisasters can strike, at any time, anywhere from hotelfires to train crashes to terrorist attacks. How would youcope if the unthinkable happened?

    5 According to experts, people caught up in disasterstend to fall into three categories. About 10% to 15%remain calm and act quickly and efficiently. Another 15%completely panic, crying and screaming and obstructingthe evacuation. But the vast majority (70%) of people do

    10 very little. They are stunned and confused, sayspsychologist John Leach.

    Why is this? Research suggests that under greatstress, our minds take much longer to processinformation. So, in a crisis, many people freeze just at

    15 the moment when they need to act quickly. It also seems

    that personality is not a good guide to how people mightreact a normally decisive person may not act quicklyenough in a crisis and vice versa. Most people go theirentire lives without a disaster, says Michael Lindell, a

    20 professor at Texas A&M University. So when somethingbad happens, they are so shocked they just think, Thiscant possibly be happening to me, instead of takingaction.

    OXENDEN, C et Latham-Koenig, C American English File 4B, p. 52 OxfordUniversity Press.

    Questo 27

    The alternative that summarizes the main idea of this text is

    A) Why disasters happen.

    B) How to avoid disasters.

    C) When disasters usually take place.

    D) What should people do in case of disasters.

    E) How humans behave when the worst happens.

    Questo 28

    Its stated in the text that, when disasters happen,

    A) less than ten percent of people cry out for help.

    B) about fifty percent of people are able to think clearly andcalmly.

    C) no more than fifteen percent of people react in an effectiveway.

    D) most people get scared and start running in panic.

    E) only a few people stand frozen to the spot, unable to move.

    Questo 29

    According to Michael Lindell,

    A) most people dont usually experience a disaster situation.

    B) human beings are natural ly prepared to overcome

    traumatic experiences.C) the great majority of people are often affected by disastersin their lifetime.

    Questo 30

    According to the research mentioned in the text, we dont actas we should when were stressed out because our minds

    A) dont fail.

    B) get clearer.

    C) react too fast.

    D) dont function properly.

    E) behave in a sensible way.

    Questo 31

    The only word or expression which is not suitably defined is

    A) strike (l. 2) happen.

    B) cope (l. 4) mean.

    C) remain (l. 7) keep.

    D) stunned (l. 10) shocked.E) instead of (l. 22) rather than.

    Questes de 32 a 39TEXTO:

    Like a black light poster come to life, a group ofbioluminescent fungi collected from Ribeira Valley TouristState Park near So Paulo, Brazil, emanates a soft green

    glow when the lights go out. The mushrooms are part of5 the genus Mycena, a group that includes about 500

    species worldwide. Of these only 33 are known to bebioluminescent capable of producing light through achemical reaction.

    Since 2002, Cassius Stevani, professor of Chemistry10 at the University of So Paulo, Dennis Desjardin,

    professor of mycology at San Francisco State Universityin California, and Marina Capelari of Brazils Institute ofBotany have discovered 10 more bioluminescent fungispecies four of which are new to science in Brazils

    15 tropical forests. The work, Stevani says, has increasedthe number of glowers known since the 1970s by 30percent.

    D) confident and decisive people react quite positively todisasters.

    E) the young react to a dangerous situation more quickly thanthe old.

    New glowing

    mushrooms

    found in Brazil

    Ing

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    10/17

    10Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    In addition to mushrooms, a variety of marineanimals, select species of bacteria, insects, and annelids

    20 (earthworms) are known to be bioluminescent.Bioluminescence creates cold light emissions withlow thermal radiation. An enzyme called luciferasetriggers a pigment called luciferin to oxidize, and thereaction emits light. But why the fungi evolved to glow

    25 this way remains a mystery, Stevani says. To get thegreen glow of the new specimens of bioluminescentmushrooms, Dr Desjardin and Dr Stevani had to go outon new moon nights and stumble around in the forest,running into trees, while keeping an eye out for poisonous

    30 snakes and prowling jaguars.Besides helping researchers decipher how and why

    mushrooms glow, Stevani is studying the bioluminescentfungis ability to signal the presence of toxins in the soil.In the lab, his team has developed a procedure that

    35 shows that fungi emit less light when exposed to several

    metals and organic pollutants. In a near future we canuse it to evaluate the toxicity of environmental samplesof soil and sediments, Stevani said in an email toNational Geographic News. The researcher also says

    40 that the fungi could serve as a tool for bioremediation(cleanup using living organisms) of contaminated soil.

    New glowing mushroomsfound in Brazil. Disponvel em: . Acesso em:

    Questo 32

    Fill in the parentheses with T (True) or F (False).

    About the new fungi discovered in Brazil, its true to say:( ) They only glow when there is no light.

    ( ) They produce a strong dark green glow.

    ( ) All of them were unknown to scientists.

    ( ) Their discovery has made the numbers of glowers go upby thirty percent.

    According to the text, the correct sequence, from top to bottom,is

    A) T F T F

    B) F T F T

    C) T T T F

    D) T F F T

    E) F F T T

    Questo 33

    The text says that the discovery of the new Brazilian glowers

    A) has disappointed the researchers expectations.

    B) has proved that most fungi are harmful to the soil.

    C) has allowed scientists to grow, in the lab, new specimens

    of fungi.

    D) hasnt aroused much interest among the scientificcommunity.

    E) may provide a clear explanation of the bioluminescence

    phenomenon.

    Questo 35the fungi could serve as a tool for bioremediation [...] ofcontaminated soil. (l. 40-41)

    This fragment of the text refers to the use of

    A) sophisticated pesticides.

    B) an eco-friendly procedure.

    C) a new generation of drugs.

    D) poisonous mushrooms crops.

    E) genetically modified substances.

    Questo 36

    ______ mushrooms______ a variety of marine animals,select species of bacteria, insects, and annelids are known to

    be bioluminescent.

    According to paragraph 3, the only alternative that does notsuitably complete the two blanks is

    A) Both and.

    B) Not only but.

    C) Both as well as.

    D) Not only but also.

    E) Besides moreover.

    Questo 37

    In a near future we can use it to evaluate the toxicity ofenvironmental samples of soil and sediments, Stevani said(l. 36-38)

    This sentence can be exactly rephrased in ReportedSpeech as

    Stevani said that, in a near future, we ______to evaluate the

    toxicity of environmental samples of soil and sediments.

    The alternative that completes the blank correctly is

    A) could use it.B) must use it.

    C) have to use it.D) are allowed to use it.E) will be forbidden to use it.

    Questo 34

    Fill in the parentheses with T (True) or F (False).

    The text has answers to the following questions:

    ( ) What does bioluminescence mean?

    ( ) How long ago did the researchers start looking forbioluminescent fungi in Brazil?

    ( ) Where did the researchers first publish their findings?( ) When was the best time to look for the bioluminescent fungi

    in Brazil?

    ( ) What did the researchers call the new specimens ofglowers found in Brazil?

    According to the text, the correct sequence, from top to bottom,is

    A) T T T T T D) F T T T F

    B) T F F F T E) F F T T T

    C) T T F T F

    Ing

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    11/17

    11Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questo 39

    The only singular word is in alternative

    A) fungi (l. 2).

    B) these (l. 6).

    C) bacteria (l. 19).

    D) this (l. 25).

    E) toxins (l. 33).

    Questo 40

    Considering the little dogs in the cartoon, Snoopy, the big dog, is

    A) trying to frighten them.B) giving them a piece of advice.

    C) warning them against wild animals.

    D) asking them to follow him all the time.

    E) instructing them in the use of hiking gear.

    Questo 38

    The expression keeping an eye out for ( l. 29) is nearest in meaning to

    A) trying to kill .

    B) longing to d ismiss.

    C) watching carefully.

    D) wanting to classify.

    E) deciding what to do with.

    SCHULZ. Disponvel em: . Acesso em: 21 jul. 2012.

    * * *

    Ing

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    12/17

    12Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Lngua Estrangeira Francs

    Questes de 21 a 40Para responder a essas questes, identifique APENAS UMA NICA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas.

    Questes de 21 a 28

    TEXTO:

    On les trouve lentre des hpitaux, sur le parvisdes mairies, proximit des glises ou dans des ruestrs frquentes. De loin, elles ressemblent de larges

    coffre-forts vitrs, souvent peints en jaune vif. lintrieur,5 un lit autochauffant, une camra, et un signal dalarmereli au centre de soins le plus proche. Sur la porte, unmode demploi rudimentaire indique comment ouvrir lecoffre, y dposer son bb, puis le refermer.

    Au moyen-ge, on les appelait les tours10 dabandon. Aujourdhui, les botes bbs. Destines

    aux parents en dtresse qui veulent abandonner leurnouveau-n dans lanonymat absolu, ces botes semultiplient en Europe, tel point que les Nations Uniestirent la sonnette dalarme.

    15 Le systme avait disparu depuis plus dun sicleen Europe. Mais la mdiatisation de faits divers glaants,comme labandon de nouveaux-ns dans des poubelles,a remis au got du jour cette pratique qui semblait dunautre temps. LAllemagne a t la premire rintroduire

    20 le mcanisme en avril 2000. Depuis, dix autres payseuropens lont adopt, comme lItalie, la Suisse ouencore la Pologne. Aujourdhui, plusieurs centaines de botes bbs sont installes sur le Vieux continent.

    Le fonctionnement est simple. Dans la plupart des25 pays qui utilisent ce systme, le parent qui abandonne

    son enfant dans une de ces botes a huit semainespour revenir sur sa dcision. Les services hospitaliersvrifient son identit grce aux empreintes digitales

    prleves sur le nouveau-n. Pass ce dlai, une30 procdure dadoption classique est enclanche, tandisque ltat devient lgalement responsable de lenfant.

    CHABAS, Charlotte. En Europe, les botes bbs se multiplient.Disponvel em: . Acesso em: 11

    jun. 2012. Adaptado.

    Lexiqueparvis (l.1): adro.mairies (l.2): prefeituras.peints (l.4): pintados.lit autochauffant (l. 5): leito autoaquecido.centre de soins (l. 6): centro de atendimento.

    en dtresse (l. 11): em desespero.poubelles (l.17): latas de lixo.

    Questo 21

    Selon le texte, les botes bbsA) refltent un phnomne social rcent.B) comptent sur lappui des Nations Unies.C) se trouvent dans tous les pays dEurope.D) noffrent aucune protection pour un nouveau-n.E) peuvent tre une solution pour les enfants abandonns

    par leurs parents.

    Questo 22

    Daprs le texte, le parent qui abandonne son enfant

    A) nest jamais identifi.

    B) rconsidre souvent sa dcision.

    C) vit, en gnral, dans la marginalit.

    D) est incapable, ce moment-l, de soccuper de lui.

    E) a le droit de rcuprer son enfant ds quil le veut.

    Questo 23

    Selon lauteur, le retour de cette pratique se doit

    A) la lgislat ion des tats sur le droit des parentsdabandonner leur bb.

    B) la dif fusion de cas dabandon denfants dans desconditions sordides.

    C) laugmentation du nombre des naissances.

    D) la criminalisation de lavortement.E) la crise conomique de lEurope.

    Questo 24

    Linformation sur les botes inexistantedans le texte est leur

    A) poids. D) matriau.

    B) couleur. E) localisation.

    C) contenu.

    Questo 25

    Les pronoms transcrits se rfrent aux expressions droite, lexception de

    A) les (l. 1) botes bbs (titre).B) y (l. 8) centre de soins (l. 6).

    C) le (l. 8) coffre (l. 8).

    D) qui (l. 18) cette pratique (l. 18).

    E) l, dans lont adopt (l. 21) le mcanisme (l. 20).

    Questo 26

    Selon le texte, lalternative sans synonyme est

    A) proximit (l. 2) tout prs.

    B) souvent (l. 4) frquemment.

    C) Aujourdhui (l. 10) Actuellement.

    D) depuis (l. 15) Il y a.

    E) simple (l. 24) rudimentaire.

    En Europe, les

    botes bbs

    se multiplient

    Fran

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    13/17

    13Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questo 27

    Toutes les informations sur les termes transcrits sontcorrectes lexception de celle de lalternativeA) signal (l. 5) a la mme dsinence de pluriel que

    hpitaux (l. 1).B) proche (l. 6) est au superlatif.C) comment (l. 7) indique une consquence.D) avait disparu (l. 15) indique une action qui se droule

    dans le pass.E) sa (l. 27) et son (l. 28) deviennent leur si le parent

    (l. 25) est remplac par les parents.

    Questo 28

    Lalternative avec le nom du pays devant lequel on utilise Au(l. 9) est

    A) Italie.B) Suisse.C) Pologne.D) Portugal.

    E) Allemagne.Questes de 29 a 36TEXTO:

    Aprs des annales, voici les apps! Les lycenspeuvent dsormais choisir entre des centaines de petitesapplications charger sur leur tlphone portable. Parmiles plus populaires, les apps qui permettent de grer

    5 leur agenda de rvisions. Ils peuvent aussi tester leursconnaissances, rviser dans les transports avec desfiches sur leurs portables.

    Ni panace ni gadget, selon Marc Prensky,le spcialiste amricain de lducation numrique et

    10 inventeur du concept de gnration Y, ces applicationssont particulirement utiles pour prparer les examensde questions choix multiple. Lordinateur peut poserde nombreuses questions proches de celles poses lexamen (et mme aux examens des annes

    15 prcdentes). Pour les preuves plus complexes, avecune large part de rdaction, certaines apps proposentdiffrentes versions et les commentent, en montrantpourquoi certaines sont meilleures. De toute faon,lentranement est bon, rsume Prensky, car en apprenant

    20 faire des choix de rponse, on cre la longue uneexpertise.

    Pour lapprentissage des langues, les apps sedveloppent toute allure, agissant comme unprcepteur. Les adolescents les utilisent de plus en

    25 plus,assure Benot Thieulin, spcialiste du Net, quisouligne: Les initiatives prives viennent moderniser

    lenseignement, l o lducation nationale freine.Avec le temps, des applications devraient plusclairement merger. Quant aux lves, ils apprcient de

    30 rviser, des classiques aux mathmatiques, sur un modeplus ludique... mme si au panthon des applicationsles plus tlcharges les jeux triomphent toujours!

    GABIZON, Ccilia. Bac : des applis pour rviser avec son smartphone.Disponvel em: . Acesso em: 11

    jun. 2012. Adaptado.

    Lexique

    Bac (= Baccalaurat) (ttre): exame que marca o trmino do Ensino Mdio.applications (= applis; apps) (l. 3): aplicativos. charger (l. 3): para carregar.panace (l. 8): panaceia, remdio para todos os males. toute allure (l. 23): muito rapidamente.

    Questo 29

    Pour les applications dont parle le texte, est incorrect affirmerquelles

    A) aident les lycens organiser leur agenda dtudes.B) sont les programmes les plus tlchargs par les lves.C) reprsentent un moyen moderne detudier un sujet en vue

    du bac.D) permettent la rvision des programmes sur les tlphones

    portables.E) prparent lexamen de questions des plus simples aux

    plus complexes.

    Questo 30

    Selon Marc Prensky, les apps

    A) sont amusantes mais peu utiles aux tudiants.B) peuvent rsoudre tous les problmes des tudiants.C) ne sont pas prvues pour lenseignement des langues

    trangres.

    D) offrent aux lves une pratique qui peut mener lexpertisedun sujet.

    E) sont utiles seulement pour la prparation de questions choix multiple.

    Questo 31

    Les applis sont utiles_____________ pour prparer les

    examens de questions choix multiple ___________ pour

    les preuves avec rdaction.

    Lalternative dont les termes, selon le texte, compltent laphrase ci-dessus est

    A) seulement encore.

    B) seulement mais pas.C) aussi bien que.D) autant que.E) ainsi que.

    Bac: des applis

    pour rviser

    avec son smartphone

    Questo 32

    on cre la longue une expertise. (l. 20-21)

    Il est possible de substituer lexpression souligne par toutesles alternatives, sans changer le sens du texte, lexceptionde

    A) lducation nationale cre.B) les lycens crent.

    C) les lves crent.D) les gens crent.E) nous crons.

    Fran

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    14/17

    14Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questo 33

    les jeux triomphent toujours! (l. 32)

    Lalternative contenant une phrase ngative qui soppose ausens de la phrase ci-dessus estA) les jeux ne triomphent pas.B) les jeux ne triomphent plus.C) les jeux ne triomphent point.

    D) les jeux ne triomphent gure.E) les jeux ne triomphent jamais.

    Questo 34

    Ce sont des informations donnes sur des lments du texte:

    I. Les formes verbales peuvent (l. 2), viennent (l. 26) etdevraient (l. 28) appartiennent des verbes rguliers.

    II. Les mots entre (l. 2) et Parmi (l. 3) sont de la mmeclasse grammaticale.

    III. Le terme celles (l. 13) devient ceux si lon remplacenombreuses questions (l. 13) par nombreux problmes.

    IV. La phrase certaines apps proposent diffrentes versions(l. 16-17) devient, la voix passive, diffrentes versions sont

    proposes par certaines apps.V. La conjonction car (l. 19) indique une finalit.

    Lalternative o toutes les informations sont correctes estA) I et II. C) II et V. E) II, III et IV.B) I et III. D) I, IV et V.

    Questo 35Toutes les alternatives sont correctes lexception deA) des centaines (l. 2) signifie groupes denviron cent units.B) multiple (l. 12) ne change pas au fminin.C) en montrant (l. 17) est le grondif du verbe montrer.D) freine (l. 27) signifie ne montre pas denthousiasme.E) mme si (l. 31) indique une opposition.

    Questo 36

    Larticle indfini se trouve dans lalternative

    A) des (l. 2). C) des (l. 14). E) au (l. 31).B) du (l. 10). D) aux (l. 29).

    Questes de 37 a 40TEXTO:

    Pour la dnicher, lquipe darchologues franaisdirige par Vincent Charpentier et Sophie Mry a ddployer des trsors de patience et de minutie. Et pourcause, elle mesure moins de 5 millimtres de diamtre.

    5 Dans une tombe du nolithique situe aux mirats arabesunis, les chercheurs ont mis la main sur la plus ancienneperle fine jamais dcouverte dans le monde, loge prsde lpaule droite de la dpouille dun individu adulte desexe masculin. Celle-ci sest rvele vieille de 7500 ans,

    10 ce qui signifie quelle aurait t pche par nos anctres5500 ans avant notre re!

    Pourtant, jusque-l, les gemmologues et lesjoaill iers remontaient les dbuts de cette pchemiraculeuse seulement 3000 ans avant notre re et

    15 situaient son berceau dans larchipel du Japon. Or, il

    Dcouverte de la plus

    ancienne perle

    fine de lhumanit

    semble que lactivit ait t pratique bien plus tt, dumoins dans la pninsule arabique.Car, outre cette perlerare, une centaine dautres joyaux datant du nolithiqueont t retrouvs ces dernires annes dans les

    20 spultures de la rgion. Les hommes plongeaient nonseulement pour rcuprer les perles, mais aussi pour lanacre des grandes hutres perlires qui leur servait fabriquer toute sorte dhameons, explique Charpentier.

    Car on sait que ces populations de la Msopotamie25 avaient dj des embarcations qui leur permettaient depratiquer la pche en haute mer, prcise-t-il.

    DURANT-PARENTI, Chlo. Dcouverte de la plus ancienne perle fine delhumanit. Disponvel em: . Acesso em:15 jun. 2012. Adaptado.

    Lexiquednicher (l. 1): descobrir.dployer (l. 3): fazer prova de, demonstrar.pche (l. 13): pesca.plongeaient (l. 20): mergulhavam.nacre (l. 22): madreprola.hutres (l. 22): ostras.

    hameons (l. 23): anzis.

    Questo 37

    Selon le texte, les joyaux trouvs dans la pninsule ibriqueindiquent que la pche miraculeuse ( l. 13-14)A) y tait pratique bien avant que ce que les archologues

    pensaient.B) visait uniquement la rcupration de la nacre des hutres

    perlires.C) a permis denrichir les populations de la Msopotamie.D) est ne dans larchipel japonais.E) date de seulement 3000 ans.

    Questo 38

    Lunique question sur la perle sans rponse dans le texte est

    A) Quel est son ge?B) Quelle est sa grandeur?C) O a-t-elle t dcouverte?D) Quand a-t-elle t pche?E) Combien est-ce quelle cote?

    Questo 39

    La population de la Msopotamie avait des embarcations

    qui ____________ permettaient de pratiquer la pche en

    haute mer.

    Lalternative dont le terme complte la phrase ci-dessus estA) le. C) les. E) leur.B) la. D) lui.

    Questo 40

    Ce sont des informations donnes sur des lements du texte:

    I. a d (l. 2) se traduit par teve de, precisou.II. tombe (l. 5), dpouille (l. 8) et spultures (l. 20) font

    partie du mme groupe smantique.III. les chercheurs (l. 6) exerce la fonction dobjet direct.IV. nos (l. 10) est le pluriel de notre ( l. 11).V. haute (l. 26) soppose petite.

    Lalternative o toutes les informations sont correctes estA) I et III. C) III et V. E) II, IV et V.B) II et III. D) I, II, et IV.

    Fran

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    15/17

    15Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1 Esp

    Lngua Estrangeira Espanhol

    Questes de 21 a 40Para responder a essas questes, identifique APENAS UMA NICA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas.

    Questes de 21 a 33

    Questo 21

    Questo 22

    Questo 23

    Questo 24

    Questo 25

    TEXTO:

    Tu desprecio ser mi fuerza

    S que me desprecias. Siempre lo he sabido. Melo decan tu mirada y tus falsas promesas. Cuandodecas que yo para ti era una prioridad y que mi trabajote importaba, saba que me estabas mintiendo. Ahora,

    5 ya es pblico tu desprecio.Creo que en realidad me tienes miedo. Sabes que

    soy quien ensear a leer a alguien para que puedaestudiar, quien ayudar a que otro aprenda un oficio yquien procurar que el padre y la madre de cualquiera

    10 se interesen por sus estudios para que no abandone elcolegio sin acabar la Secundaria. Sabes que soy elascensor y soy la puerta. Sabes que soy una amenazapara tu poder porque vengo cargado de ideas y depalabras y a ti te da miedo que se piense y que se

    15 hable.Tambin conozco tu estrategia: s que intentars

    enfrentarme con los padres y las madres de mis propiosestudiantes. Usars los lugares comunes para intentarque no me apoyen. Buscars dividirnos, segmentarnos,

    20 fragmentarnos. Pero no lo conseguirs.T quieres construir una sociedad de consumidoresobedientes y pagadores devotos mientras que yo procurouna sociedad de ciudadanos libres. T buscas dominara todos sometindome a m; yo busco liberarlos a pesar

    25 de ti. T crees que estoy solo y, sin embargo, yo s quesomos miles.

    Muy pronto saldrs a la calle a pedir mi voto. No tecreer, porque s que me desprecias, pero s te doy unconsejo: cuando vayas por la calle, mira la cara de la

    30 gente. Podrs verme en cada rostro porque dentro denosotros siempre vive la profesora o el profesor que noshizo libres.

    TRUJILLO, Fernando. Tu desprecio ser mi fuerza. Disponvel em:< http://deestranjis.blogspot.com/2011/09/tu-desprecio-sera-mi-fuerza.html>Acesso em: 7 jun.2012. Adaptado.

    El texto dice que

    A) la libertad est dentro de las personas.

    B) muchos padres y madres tienen ganas de estudiar.

    C) la sociedad quiere verse libre de los malos polticos.

    D) la gente que tiene algn oficio es porque sabe leer y

    escribir.E) el desdn de los malos polticos hacia los profesores esinocultable.

    La lectura del cuarto prrafo del texto permite afirmar que elautor

    A) se considera un buen pagador.

    B) espera que la sociedad consuma cada vez ms.

    C) se siente solo aunque est rodeado de mucha gente.

    D) muestra claramente cules son los roles de los malos

    polticos y de los profesores.

    E) tiene dificultad para entender el comportamiento de la

    sociedad contempornea.

    Segn se desprende de la lectura del texto, los malos polticos

    A) merecen confianza plena.

    B) tienen el apoyo de los estudiantes.

    C) temen que las personas aprendan a pensar.

    D) buscan mejorar el sistema educativo vigente.

    E) denuncian la falta de compromiso de los profesores.

    La lectura del texto permite afirmar que su autor es un

    A) vocero de los profesores.

    B) periodista sensacionalista.

    C) crtico del sistema educativo.

    D) candidato a cargos pblicos.

    E) estudiante que se siente perjudicado.

    porque dentro de nosotros siempre vive la profesora o elprofesor que nos hizo libres. ( l. 30-32).

    Del fragmento transcrito, se puede inferir que los profesores

    A) quieren ser l ibres.

    B) libertan a la gente.C) quieren salir del anonimato.

    D) buscan el reconocimiento de todos.

    E) tienen que transformar a las personas.

    Questo 26

    Se indica la relacin correcta entre el pronombre y su referente

    en

    A) lo (l. 2) Me (l. 1).

    B) te (l. 4) yo (l. 3).

    C) nos en dividirnos (l. 19) los padres (l. 17).

    D) los en liberarlos (l. 24) todos ( l. 24).

    E) nos (l. 31) la gente (l. 29-30).

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    16/17

    16Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1

    Questo 31

    Questo 30

    Questo 27

    Esp

    La locucin sin embargo (l. 25) equivale a

    A) luego.

    B) aunque.

    C) por cuanto.

    D) no obstante.

    E) mientras tanto.

    La forma a pesar de (l. 24-25) podra sustituirse, sin ocasionarcambios semnticos o estructurales por

    A) pese a.

    B) todava.

    C) aunque.D) mientras.

    E) por cierto.

    Tiene valor adversativo el nexo

    A) y (l. 3).B) para que (l. 7).C) mientras que (l. 22).D) que (l. 25) en ambos casos.E) porque (l. 28).

    Questo 28

    La alternativa en la que hay correspondencia entre la formaverbal transcrita y la accin expresada por ella

    A) saba (l. 4) esta en proceso.B) pueda (l. 7) ya se realiz.C) conozco (l. 16) es hipottica.D) s (l. 25) va a realizarse.E) mira (l. 29) indica una orden.

    Questo 29

    Se indica el antnimo correcto de la palabra transcrita en

    A) Ahora (l. 4) Ya.B) alguien (l. 7) nadie.C) acabar (l. 11) ultimar.D) comunes (l. 18) ordinarios.E) dominar (l. 23) sobresalir.

    Questo 32

    La expresin Muy pronto (l. 27) tiene valor

    A) modal.

    B) causal.

    C) temporal.

    D) condic ional .

    E) comparativo.

    Questo 33

    Con respecto a la lengua usada en el texto, es correcto afirmar:

    A) que (l. 4) y que (l. 31) desempean la misma funcin

    gramatical.

    B) pblico (l. 5) es, en este caso, un sustantivo.

    Questes de 34 a 36TEXTO:

    Disponvel em: Acessoem: 7 jun.2012. Adaptado.

    Questo 34

    En el texto de la foto, el vocablo maestro podra sustituirse

    sin cambiar su sentido por

    A) perito.B) mentor.

    C) profesor.

    D) informante.

    E) compositor.

    Questo 35

    Segn su uso en el texto, el trmino tambin expresa

    A) duda.

    B) adicin.

    C) negacin.D) oposicin.

    E) consecuencia.

    Questo 36

    De la lectura del texto, se puede concluir que la actividad de

    enseanza

    A) puede realizarla cualquier profesional.

    B) se destina a la gente de ms recursos.

    C) depende del apoyo de los estudiantes.

    D) es posible solo en el ambiente de la escuela.

    E) se muestra tambin con los ejemplos y las actitudes.

    C) mis (l. 17) y tus (l. 2) funcionan como pronombres.

    D) s (l. 28) y T (l. 25) reciben acento grfico porque son

    monoslabos.

    E) hizo (l. 32) forma verbal que corresponde a la 3 persona

    del verbo hacer.

  • 5/25/2018 uefs20122_caderno1

    17/17

    17Processo Seletivo 2012.2 - UEFS 1 Esp

    Questo 38

    De acuerdo con la vieta (cuadro II), se puede concluir que

    los estudiantes de hoy

    A) saben que tienen que estudiar ms.

    B) sufren humillaciones en el ambiente escolar.

    C) se sienten ms presumidos porque saben ms.

    D) tienen el apoyo y amparo de los padres para su falta de compromiso con los estudios.

    E) buscan un desempeo satisfactorio en los estudios.

    Questo 37

    De la lectura de la vieta, se puede inferir que los padres de hace cuatro dcadas

    A) eran menos exigentes con los hijos.

    B) solan humillar siempre a sus hijos.

    C) reciban total apoyo de las escuelas de sus hijos.

    D) desconfiaban de la capacidad de los profesores.

    E) saban que las notas de sus hijos reflejaban cunto estos se dedicaban a los estudios.

    Questo 39

    En relacin a la actitud del alumno y de la profesora, en el cuadro II de la vieta, es correcto afirmar que es, respectivamente,

    A) hostil y crtica.

    B) irnica y reflexiva.

    C) critica y impaciente.D) confortable y temerosa.

    E) impaciente y enfadada.

    Questo 40

    La escritura correcta de los nmeros de la vietas se indica en la alternativa

    A) mil y novecientos sesenta y nueve dos mil nueve.

    B) mil novecientos sesenta y nueve dos mil nueve.

    C) mil novecientos sesenta y nueve dos mil y nueve.

    D) mil y novecientos y sesenta y nueve dos mil nueve.

    E) mil y novecientos y sesenta y nueve dos mil y nueve.

    * * * * * *

    Questes de 37 a 40

    TEXTO:

    MUXDEMUX. Disponvel em: Acesso em: 24 out.2011.