Tratado de Virtudes Cristianas

196

Transcript of Tratado de Virtudes Cristianas

Page 1: Tratado de Virtudes Cristianas
Page 2: Tratado de Virtudes Cristianas

i . O D K I G U

t j e i c l c i i »

D E

i e r f e c c i ó ì

4

Page 3: Tratado de Virtudes Cristianas

H E M E T H E R I I V A L V E R D E TELLEZ

Episcopi Leonensis

• • • n i

Page 4: Tratado de Virtudes Cristianas

EJERCIC IO DE PERFECC ION Y

V I R T U D E S C R I S T I A N A S

Page 5: Tratado de Virtudes Cristianas

EJERCICIO DE PERFECCION -'^iih/i

VIRTUDES CRISTIANAS POR EL

V. PADRE ALONSO RODRIGUEZ, DE LA COMPAÑÍA DE JESUS, NATURAL DE VALLADOLID.

D I V I D I D O E N T R E S P A R T E S , d i r i g i d o á l o s r e l i g i o s o s d e l a m i s m a C o m p a ñ í a .

P A R T E S E G U N D A D E L E J E R C I C I O D E A L G U N A S VIRTUDES,- ...

Q U E P E R T E N E C E N Á T O D O S LOS . - Q U E T R A T A N

S E R V I R Á D I O S • s

— / • * . " ' i N U E V A E D I C I O N

AJUSTADA A LA QUE EN IÓÍ5 SALIÓ EN SEVILLA " ? REVISTA DE NUEVO POR EL MISMO AUTOR..

T O M O ^ Y \

C O N L I C E N C I A

1)»IVl > -

I f t l l a « ^ ••

1

I

W t ^

Cepilla Alfonsina B A R C E L O N A Biblioteca Vnivers

I M P R E N T A Y L I B R E R Í A D E SUBIRANA HERMANOS CALLE DE LA PUERTAFERRISA, NÚM. 14

1 8 9 6 ¿7757 r J>

Page 6: Tratado de Virtudes Cristianas

3 . X 2 3 H 9

1 2 - F E 4

f A f

ftJNOO E M E T S * » V A L V E R D E Y T E l i H

E J E R C I C I O DE

PERFECCION Ï VIRTUDES CRISTIANAS PARTE SEGUNDA

T R A T A D O C U A R T O .

D E L A S T E N T A C I O N E S . / .

C A P Í T U L O P R I M E R O * Que en esta v ida no han de fa l t a r - t en tac iones .

Fili, accedens ad servitutem Dei, sta injustitia, et ti-mitre, et prsepara animam tuam ad tentationem (1) , d i c e el Sab io : Hi jo , si q u i e r e s s e rv i r á Dios, c o n s é r v a t e e n j u s t i c i a y e n t e m o r y p r e p á r a l e p a r a la t e n t a c i ó n . El b i e n a v e n t u r a d o San J e r ó n i m o , sob re aque l lo de l Ec l e -

( t ) Eecli., il, i .

O l i s s i

Page 7: Tratado de Virtudes Cristianas

3 . X 2 3 H 9

1 2 - F E 4

f A f

ftJNOO E M E T S * » V A L V E R D E Y T E l i H

E J E R C I C I O DE

PERFECCION Ï VIRTUDES CRISTIANAS PARTE SEGUNDA

T R A T A D O C U A R T O .

D E L A S T E N T A C I O N E S . / .

C A P Í T U L O P R I M E R O * Que en esta v ida no han de fa l t a r - t en tac iones .

Fili, accedens ad servitutem Dei, sta injustitia, et ti-mitre, et prsepara animam tuam ad tentationem (1) , d i c e el Sab io : Hi jo , si q u i e r e s s e rv i r á Dios, c o n s é r v a t e e n j u s t i c i a y e n t e m o r y p r e p á r a l e p a r a la t e n t a c i ó n . El b i e n a v e n t u r a d o San J e r ó n i m o , sob re aque l lo de l Ec l e -

( t ) Eecli., il, i .

O l i s s i

Page 8: Tratado de Virtudes Cristianas

s i a s l é s : Hay tiempo de guerra y tiempo de paz (1), d ice q u e m i é n t r a s e s t a m o s en e s t e s iglo, e s t i e m p o d e g u e r r a , y c u a n d o pasemos al o t r o , s e r á t i e m p o d e p a z (2). Y de ah í t o m ó a q u e l l a n u e s t r a c i u d a d c e l e s -t ia l el n o m b r e de J e r u s a l e n , q u e q u i e r e dec i r «visión d e p a z . » Por t a n t o , d ice (3), n i n g u n o s e t e n g a a h o r a p o r s e g u r o , p o r q u e e s t i e m p o de g u e r r a ; a h o r a h a de s e r el p e l e a r , pa ra q u e sa l i endo v e n c e d o r e s , d e s c a n -s e m o s d e s p u e s e n aque l l a b i e n a v e n t u r a d a p a z . S a n A g u s t í n sob re aque l l o de San P a b l o : *No hago el bien que quiero ( 4 ) , * d ice (5) q u e a q u í la v ida d e l h o m b r e j u s t o es p e l e a y no t r i u n f o ; y así o imos a h o r a voces d e g u e r r a , cua le s son e s t a s q u e d a el Após to l , s i n t i e n -do la r e p u g n a n c i a y con t r ad i cc ión q u e la c a r n e t i e n e á l o ' b u e n o y la inc l inac ión tan g r a n d e q u e t i e n e á lo m a l o , y d e s e a n d o ve r se ya l ib re de e s o : *Porque no hago el bien que quiero, sino el mal que aborrezco. Sien-to otra ley en mis miembros, que contradice á la ley de mi espíritu y que me arrastra cautivo en seguimiento de la ley del pecado que en mis miembros tiene asiento (6) .* P e r o la voz d e t r i u n f o o i ráse d e s p u e s , c u a n d o , c o m o d ice el m i s m o Após to l , e s t e c u e r p o c o r r u p t i b l e y m o r -tal s e v i s t a d e i n c o r r u p c i ó n é i n m o r t a l i d a d . Y la voz d e t r i u n f o , q u e e n t o n c e s s e o i rá , s e rá la q u e d i c e a h í San P a b l o : ¿Dónde está, muerto, tu victoria? ¿dónde tu

(1) Tempus bel l i , e t t e m p u s pacis. Eccle»., I l l , 8.—(2) Et fac -tus es t in pace locus ejus. Ps. LXXV, 3.—(3) Nemo ergo se nunc putet esse securum in tempore belli, ubi cer tandum est , e t apos-tolica a r m a t rac tanda , ut victores quondam requiescamus in pace. Hieron. loc. sup. cit.—(4) Nonen im quod volo b o n u m , h o c facio. Ad Rom., VII, 19.—(5) Aug. serm. 45 de tempore—(6) Non enim quod vóto bonum, hoc facio; sed quod nolo malum, hoc ago. . . Video autem a l iam legem in membr is meis repugnantem legi mentis mea2, e t captivantem me in lege peccat i , quse est in membr is meis . Ad Rom., VII, 19, 23.

aguijón (1)? Todo esto di jo m u y b ien e l s an to Job e n aque l l as b reves pa l ab ras : La vida del hombre sobre la tierra es una continua guerra, y como el día del jornale-ro (2). P o r q u e así como el oficio de l j o r n a l e r o e s t r a -bajar y cansarse lodo el d í a , y d e s p u e s s e s igue el p remio y el descanso ; así t a m b i é n e n noso t ros el d ía de e s t a v ida es l leno de t r a b a j o s y t e n t a c i o n e s y d e s -pi ies s e nos da rá el p r e m i o y el d e s c a n s o , con fo rme á como h u b i é r e m o s t r a b a j a d o .

Descend iendo en p a r t i c u l a r á e x a m i n a r la c a u s a d e es ta c o n t i n u a g u e r r a , el Apósto l San t i ago la pone e n su C a n ó n i c a : *¿De dónde esa guerra? ¿de dónde sino de vuestras concupiscencias y apetitos que guerrean en vues -tros miembros (3)?;* d e n t r o de noso t ros mismos t e n e -mos la causa y la raiz , q u e e s la rebe ld ía y c o n t r a -dicción pa ra todo lo b u e n o q u e q u e d ó en n u e s t r a ca rne d e s p u e s de l pecado . Q u e d ó t a m b i é n ma ld i t a la t i e r ra de n u e s t r a c a r n e , y as í b r o t a ca rdos y esp inas q u e nos p u n z a n y a t o r m e n t a n c o n t i n u a m e n t e .

T r a e n los S a n t o s á e s t e p ropós i to la comparac ión d e la navec i l l a , q u e dice el sagrado E v a n g e l i o , q u e e n comenzando á da r á la ve l a , s e a lboro tó el m a r y se levan tó u n a t e m p e s t a d y o las t an g r a n d e s , q u e la c u -brían y q u e r í a n a n e g a r . Así n u e s t r a á n i m a va e n es t a barqui l la del c u e r p o , ro t a , a g u j e r e a d a , q u e por u n a p a r t e h a c e a g u a y por o t r a s e l e v a n t a n olas y t e m -pes tades de m u c h o s m o v i m i e n t o s y ape t i t o s d e s o r d e -nados q u e la q u i e r e n a n e g a r y h u n d i r : *Este cuerpo corruptible apesga el ánima y la lleva tras sí [&).*

(1) Absorta est mors in victoria. Ubi est mors victoria lua? ubi est mors stimulus tuus? I ad Cor., XV, 5 4 . - ( 2 ) Militia est vita ho-minis super te r ram e t s icu l dies mercena rn dies ejus. Job, v I I , 1. —(3) Unde bella, e t lites in vobis? nonne hinc? ex concupiscen-tiis vestris, qufe mil i tant in membr is vestris? Jacob, IV, 1.— Matth., c. VIII, 24 .—(3) Corpus quod corrumpitur aggravat a n i -mam. Sapient., IX, 15.

Page 9: Tratado de Virtudes Cristianas

De m a n e r a , q u e la c a u s a d e n u e s t r a s c o n t i n u a s t en-tac iones e s la c o r r u p c i ó n d e n u e s t r a n a t u r a l e z a , a q u e l fomes peccati, ¿ i n c e n t i v o de l p e c a d o , * é inc l inac ión ma la q u e nos q u e d ó d e s p u e s del p e c a d o . Q u e d ó s e n o s el m a y o r e n e m i g o d e n t r o d e casa , y ese e s el q u e nos h a c e c o n t i n u a g u e r r a . Y así no t i e n e el h o m b r e d e q u e e s p a n t a r s e , c u a n d o s e ve moles t ado d e t e n t a c i o -n e s , p o r q u e al fin es h i j o d e A d á n , conceb ido y n a c i -do e n pecado (1), y no p u e d e de j a r de t e n e r t en t ac io -n e s é inc l inac iones y a p e t i t o s malos q u e le h a g a n g u e r r a . Y así no ta San J e r ó n i m o , q u e e n la orac ion del Pater noster, q u e Cris to n u e s t r o Seño r nos e n s e ñ ó (2), no nos d i c e q u e p i d a m o s á Dios no t e n e r t e n t a c i o n e s , p o r q u e e so , d i ce , es i m p o s i b l e (3); s ino q u e no nos d e j e c a e r e n la t e n t a c i ó n . Y eso e s t a m b i é n lo q u e el m i s m o Cris to en o t r a p a r t e d i jo á s u s d i sc ípu los : Ve-lad y orad, porque no entreis en la tentación (4) . Dice San J e r ó n i m o : E n t r a r e n la t e n t a c i ó n , no es ser t e n -t a d o , s ino s e r venc ido d e la t e n t a c i ó n (5). El san to pa t r i a r ca José , t e n t a d o f u é d e a d u l t e r i o ; p e r o no f u é v e n c i d o d e la t e n t a c i ó n . L a s a n t a S u s a n a , t e n t a d a f u é t a m b i é n d e lo m i s m o ; p e r o a y u d ó l a el S e ñ o r pa ra q u e no c a y e s e e n la t e n t a c i ó n . P u e s eso es lo q u e noso t ros p e d i m o s al Seño r en l a orac ion del Pater noster, q u e nos dé g rac i a y fo r t a l e za (6) pa ra q u e no c a i g a m o s ni s e a m o s v e n c i d o s d e la t e n t a c i ó n . Y e n la epís to la á He l iodoro d ice : Y e r r a s , h e r m a n o , y e r r a s y e n g a ñ a s t e

(11 Ecce en im in i n i q u i t a t i b u s concep tus s u m ; e t in pecca t i s concepi i m e m a t e r mea . Ps. L, 7 . - ( 2 ) Matlh., XI, 13.—(3> Im-possibile e n i m est h u m a n a m an imam non t en ta r i . Hieron.— li) Vigi late , et o ra t e , u t non i n t r e t i s in t en ta t ionem. Matth., XXVI, 41 _ ( 5 ) In tenta t ionem i n t r a r e , non est t en ta r i , sed vinci . Hieron. —Idem notat Aug. de serra. Domini in monte, lib. 2, c. 14 — (6) Non ten ta t ionem p e n i t u s r e fu t an te s ; sed vires sus t inendi in ten ta t ion ibus deprecan tcs . Hieron.

DE LAS TENTACIONES 9

m u c h o si p i e n s a s q u e el c r i s t i ano h a de es ta r s in t e n -t ac iones ( 1 ) . Esa es , d ice (2), m a y o r t e n t a c i ó n , c u a n -do te pa rece q u e no t i e n e s t e n t a c i ó n . E n t o n c e s os h a c e el d e m o n i o m a y o r g u e r r a , c u a n d o a y o s os p a r e -ce q u e no hay g u e r r a . N u e s t r o a d v e r s a r i o el d e m o -nio, como d ice el Apósto l S a n P e d r o (3], a n d a b r a -m a n d o V d a n d o v u e l t a s c o m o león á ve r si hal la a q u i e n t r a g a r , ¿y t ú p i e n s a s q u e hay paz? Esta escon-dido, acechando por matar al inocente, *y fijos los ojos en el pobre acecha desde la emboscada como león desde la cueva (4),* ¿y t i é n e s t e t ú p o r seguro? Es e n g a n o e s e , p o r q u e e s t a v ida es t i e m p o de g u e r r a y d e p e l e a ; y e s p a n t a r s e de las t e n t a c i o n e s , e s c o m o si el so ldado se e s p a n t a s e de l sonido de l t i ro y de l a r c a b u z y se q u i s i e s e por eso vo lver de la g u e r r a ; o como el q u e qu i s i e se d e j a r de n a v e g a r , y sa l i r se de la n a v e , po r ve r q u e se le r e v u e l v e el e s t ó m a g o .

Dice San G r e g o r i o (5) ser e n g a ñ o de a g u n o s en t e -n i e n d o a l g u n a g r a v e t e n t a c i ó n , p a r e c e r l e s l uego q u e e s todo p e r d i d o , y q u e les ha y a o lv idado Dios, y e s t á n e n d e s g r a c i a s u y a . Muy e n g a n a d o a n d a i s ; a n t e s e s m e n e s t e r q u e e n t e n d á i s q u e el t e n e r t e n t a c i o n e s , no sólo es cosa o rd ina r i a d e h o m b r e s , s ino m u y p r o -pia de h o m b r e s e s p i r i t u a l e s y q u e t r a t an d e v i r t u d y pe r f ecc ión , como nos lo da á e n t e n d e r el Sab io en las pa l ab ra s p r o p u e s t a s . Y lo m i s m o nos e n s e n a el A p ó s -tol San Pablo (6). Los q u e q u i e r e n vivir b i en y t r a t an

(11 Er ra s , f r a t e r , e r ra s , si putas u n q u a m Chr is t ianum pe r secu-t i o n m non pat i . Hieran. loo. sup. cif - ( 2 ) Tune m a x . m e o p p u g -nar i s , si te impugnar ! nescis . / 6 . - ( 3 ) q u a m leo rug iens , a l iquem devora re q u a r e n s , c rcumi t ( / Peti., T T L paeem pu tas? Ib.-(i) Scdet in in s .dus cum d.v.Ubus in occullis, tu interficiat innocen tcm; occul . e jus >n p a u p e r e m res-niciunt ins idia tur in abscondi to quasi leo íu spe lunca s u a . Ps . IX, 29 .—(5) Greg. lib. 24, Mor. c. 13.-& , Omnes qm P . e vo lun t v ivere in Christo Jesu persecut .onem pa t ien tur . II ad Tim. III, 1¿.

Page 10: Tratado de Virtudes Cristianas

d e s u a p r o v e c h a m i e n t o y de a d e l a n t a r s e en el s e r v i -c i o de Dios , esos son los p e r s e g u i d o s y c o m b a t i d o s c o n t e n t a c i o n e s ; q u e eso t ros m u c h a s veces no s a b e n q u é cosa e s t e n t a c i ó n , ni e c h a n de v e r la rebe l ión y g u e r r a q u e la c a r n e h a c e al e sp í r i t u ; á n t e s h a c e n de e s o g o l o s i n a . No ta es to m u y bien San A g u s t í n , s o b r e a q u e l l a s p a l a b r a s d e S a n P a b l o : La carne desea y ape-tece contra el espíritu (1). E n los b u e n o s , d ice (2), q u e t r a t a n d e e s p í r i t u , de v i r t ud y pe r f ecc ión , a p e t e c e la c a r n e c o n t r a el e s p í r i t u ; pero e u los malos q u e no t r a -t a n d e e s o , no t i e n e la c a r n e c o n t r a q u i e n a p e t e c e r -y a s i e s t o s n o s i e n t e n la l u c h a d e la c a r n e con t r a el e s p í r i t u , p o r q u e no h a y e s p í r i t u q u e la c o n t r a d i g a y p e l e e c o n t r a e l l a . Y así el d e m o n i o t a m p o c o ha m e -n e s t e r g a s t a r t i e m p o en t e n t a r á e s to s t a l e s , p o r q u e s i n n a d a d e eso el los d e su vo lun t ad le s i g u e n y se le r i n d e n s in d i f i cu l t ad ui con t r ad i cc ión . No a n d a n los c a z a d o r e s á caza d e j u m e n t o s , s ino á caza d e c i e r v o s y g a m o s q u e co r r en con l igereza y se s u b e n á los m o n -t e s . A los q u e con l igereza d e c i e rvos y d e g a m o s (3) c o r r e n á lo a l t o d e la pe r fecc ión , á esos a n d a por c a -z a r el d e m o n i o con sus lazos y t e n t a c i o n e s ; q u e á e s o t r o s , q u e v i v e n como j u m e n t o s , e n c a s a s e ¡os t i e -n e ; no h a m e n e s t e r él a n d a r á caza de el los: *A m é -n o s t i e n e el i n q u i e t a r á los q u e en pacífica poses ion s e ñ o r e a , * d i c e San Gregor io (4). Y así , no sólo no nos h a b e r n o s d e e s p a n t a r de t e n e r t e n t a c i o n e s , á n t e s las h a b e r n o s d e t e n e r por b u e n a seña l , como lo adv i r t i ó San

(1) Caro c o n c u p i s c i ad versus spi r i turn. Ad Galat V 17 — (~2) In bonis concupisc i ! adversus sp i r i tum, nam in mal is non h a -bet cont ra q u e m concupiscere : ibi enim c o n c u p i s c i adversus sp i r i tum ubi es t s p i n t u s . Aug. de verbis Domini in Evanq. Joan semi. 43 .—(31 Qui pe r fec i t pedes meos t amquam se rvorum et su-pe r excelsa s t a tuens me. Psal. XVII, 3 4 . - ( 4 ) E o s enim pulsare ne -gl igi! , quos qu ie to j u r e poss idere se sent i i . Greg. 1.14 Mor c 12

J u a n Cl ímaco . No h a y , d ice (1), m á s c ie r t a señal d e q u e los d e m o n i o s han s ido venc idos de noso t ros , q u e ver q u e n o s h a c e n m u c h a g u e r r a . P o r q u e por eso os la h a c e n , p o r q u e os h a b é i s r ebe l ado con t ra ellos y os h a b é i s sal ido de su ju r i sd i cc ión : por eso os p e r s i g u e el d e m o n i o , p o r q u e t i e n e envid ia d e vos ; q u e si no , no os pe r s igu i e r a t an to .

CAPÍTULO II

Cómo unos son ten tados al pr incipio de su conversión, otros despues .

El b i e n a v e n t u r a d o San Gregor io n o t a (2) q u e u n o s c o m i e n z a n á sen t i r e s t a g u e r r a de las t e n t a c i o n e s al p r inc ip io d e su conve r s ión , en c o m e n z a n d o á r e c o g e r -se y á t r a t a r d e v i r t u d . Y t rae para e s t o el e j e m p l o de Cris to n u e s t r o R e d e n t o r , el cua l nos qu i so figurar y d i b u j a r es to e n sí m i s m o , con u n a ' a d m i r a b l e d i s p e n -sac ión , p o r q u e no p e r m i t i ó q u e el d e m o n i o le t e n t a s e , s ino c u a n d o d e s p u e s de bau t izado se recogió al des i e r -to á a y u n a r , y o ra r y h a c e r p e n i t e n c i a : e n t o n c e s d i -ce el s ag rado E v a n g e l i o (3) q u e acud ió el d e m o n i o á t e n t a r l e . Qu i so con es to , d ice San G r e g o r i o , av i sa r á los q u e hab í an d e se r m i e m b r o s é h i jo s suyos , q u e c u a n d o t ra tan de r e c o g e r s e y d a r s e á la v i r t u d , e s t é n a p e r c i b i d o s pa ra las t en t ac i ones , p o r q u e es m u y p r o -pio de l d e m o n i o a c u d i r e n t ó n c e s . Como en s a l i e n d o los h i j o s de Israel d e E g i p t o , l uégo j u n t ó F a r a ó n su e j é r c i t o y todo su pode r pa ra i r c o n t r a el los; y L a b a n ,

( I ) Nullum cer t ius a r g u m e n t u m est , quod dsemones vieti a nobis s int , q u a m si nos a c e r r i m e oppuernant. Clim.—(2) Gregor . / . 24, Mor. c. 12, 13 et I 4 . - ( 3 ) Mat th . ; IV, 1 .

Page 11: Tratado de Virtudes Cristianas

v i e n d o q u e J a c o b s e a p a r t a b a de él , le s iguió con g e n t e y con e n c e n d i d o f u r o r ; y c u a n d o salió el d e m o -nio de l o t r o h o m b r e , d ice el s ag rado E v a n g e l i o (1) q u e t o m ó o t ro s s i e t e e s p í r i t u s peores para t o r n a r á é l , c o m o q u i e n -hace g e n t e con t r a q u i e n s e le alzó y le va d e n u e v o á s u j e t a r ; así el d e m o n i o , c u a n d o ve q u e u n o s e le r e b e l a y q u i e r e sal ir d e su señor ío y s u j e -c i ó n , e n t o n c e s s e e m b r a v e c e m á s y se m u e s t r a m á s c r u e l , y le p rocura h a c e r m a y o r g u e r r a . T r a e San G r e -go r io á e s t e p ropós i to a q u e l l o q u e d ice el E v a n g e l i s t a San Márcos , c u a n d o Cr is to n u e s t r o R e d e n t o r e c h ó a q u e l d e m o n i o i n m u n d o , sordo y m u d o : *Dando gri-tos y despedazándolo mucho salió de él (2).* Dice el S a n -to : Notad q u e c u a n d o el d e m o n i o poseía a q u e l h o m -bre , no le d e s p e d a z a b a ; y c u a n d o con la v i r t u d d i v i -n a e s c o m p e l i d o á sa l i r de é l , e n t ó n c e s le d e s p e d a -za (3); p a r a q u e e n t e n d a m o s q u e e n t ó n c e s p rocura é l t u r b a r n o s y m o l e s t a r n o s m á s con t e n t a c i o n e s , c u a n d o n o s a p a r t a m o s de é l .

F u e r a de e s to , difce Sau Gregor io (4) q u e p e r m i t e y q u i e r e el S e ñ o r q u e s e a m o s t en t ados á los p r i nc ip io s d e n u e s t r a c o n v e r s i o u , p o r q u e no p i e n s e u n o q u e e s y a s a n t o po r h a b e r d e j a d o la mala v ida y l o m a d o o t r a b u e n a , q u e son p e n s a m i e n t o s q u e s u e l e n v e n i r á los t a l es ; y t a m b i é n , p o r q u e la s e g u r i d a d sue l e ser m a d r e d e la neg l igenc i a ; y pa ra q u e la s e g u r i d a d de la b u e -n a v i d a q u e ha l o m a d o no le haga n e g l i g e n t e y flojo, p e r m i t e el Señor q u e le v e n g a n t e n t a c i o n e s q u e le p o n g a n d e l a n t e de los o jos el pe l ig ro e n q u e todav ía e s t á , y le d e s p i e r t e n y a v i v e n y le h a g a n d i l i g e n t e y c u i d a d o s o .

(1) Luc. XI, 2fi.—(2) Et_exclamans, et raultura d i sce rpens eum, e x i i t a b eo. Marc., IX, 25 .—(3) Ecce eum non d i sce rpsera t cum t eneba l , ex iens discerpsi t . Greg., I. 33, Moral, c. 18.—(4) Gres . I . 24, Moral, c. 12, 13, 14.

San J u a n Cl ímaco d ice (1 ) : La n o v e d a d d e la v i d a n u e v a sue le h a c e r l a pe sada á q u i e n e s t aba a c o s t u m b r a -do á la m a l a ; y al a b r a z a r d e la v i r tud se d e c l a r a y s i e n -te la con t rad icc ión y g u e r r a de l vicio q u e le r e p u g n a ; como el ave , c u a n d o q u i e r e sal ir de l lazo, e n t ó n c e s s i e n t e q u e e s t á p r e s a . Y as í , no se h a d e e s p a n t a r ni d e s m a y a r n a d i e po r s en t i r d i f i cu l tades y t e n t a c i o n e s á los pr inc ip ios , p o r q u e e s cosa m u y o r d i n a r i a .

Añade San Gregor io q u e a l g u n a s veces el q u e ha d e j a d o el m u n d o y la mala v ida , y comienza a servi r á Dios, es t e n t a d o d e ta les t en tac iones , cua le s n u n c a á n t e s d e s u c o n v e r s i ó n h a b í a sen t ido ; pero es to , d ice , no e s p o r q u e no h u b i e s e e n él á n t e s la raíz de a q u e -llas t en t ac i ones , q u e e n sí h a b í a ; s ino p o r q u e no s e pa rec í a ni d e s c u b r í a e n t ó n c e s , y a h o r a s e d e s c u b r e . Como c u a n d o el h o m b r e es tá m u y ocupado en o t ros p e n s a m i e n t o s y cu idados m u y d i f e r e n t e s , m u c h a s v e -ces no se conoce á sí mismo ni e n t i e n d e lo q u e pasa a l lá d e n t r o ; y en c o m e n z a n d o á r e c o g e r s e y á e n t r a r d e n t r o d e s í , e n t ó n c e s e c h a d e ve r las ma la s ra ices q u e b r o t a n en su co razon . E s , d ice , como el ca rdo q u e n a c e e n el camino , q u e como le p i s a n todos los q u e p a s a n , no se e c h a d e v e r ; p e r o a u n q u e no sa lgan f u e -ra las e s p i n a s , d e n t r o q u e d a la raiz e n c u b i e r t a e n la t i e r r a ; y e n d e j á n d o l e d e p i sa r los q u e p a s a n , l uégo b r o t a n y s a l e n a f u e r a : as í , d i ce , e n los seg la re s , m u -c h a s v e c e s e s t á la raiz d e las t e n t a c i o n e s ocu l t a , q u e n o se e c h a d e ve r por d e f u e r a , p o r q u e , como ca rdo q u e e s t á e n el c a m i n o , s e pisa y t r i l la , como de cami -n a n t e s , d e la d ive r s idad d e los p e n s a m i e n t o s q u e v a n y v i e n e n , y d e los m u c h o s c u i d a d o s y o c u p a c i o n e s . q u e h a y ; pero c u a n d o u n o se a p a r t a d e todo eso y se r e -coge á se rv i r á Dios, e n t ó n c e s , como no hay q u i e n p i se

(1) Clim. cap. de discretione. UN1YIS5.' - NiT-ve i f t R

Page 12: Tratado de Virtudes Cristianas

el cardo , pa récese lo q u e h a b í a a l l á d e n t r o escondido y s i é n t e n s e las e sp inas de la t e n t a c i ó n q u e b ro t an de la m a l a ra iz . Y es ta e s t a m b i é n la c a u s a por q u e s u e -len a l g u n o s s e n t i r m á s las t e n t a c i o n e s e n t i e m p o de la o r a c i o n , q u e c u a n d o a n d a n o c u p a d o s e n oficios y cosas e x t e r i o r e s . De m a n e r a , q u e el s e n t i r u n o acá en la R e -l ig ión ta les t e n t a c i o n e s , c u a l e s n u n c a á n t e s d e su con-ve r s ión había s e n t i d o , no e s p o r q u e a h o r a sea peor q u e c u a n d o e s t aba en el s ig lo , s ino p o r q u e e n t ó n c e s no se v e í a el h o m b r e , ni se conoc ía , y a h o r a c o m i e n z a á v e r y á c o n o c e r s u s ma la s i nc l i nac iones y a p e t i t o s d e s o r -d e n a d o s ; y as í , lo q u e b a u n o d e p r o c u r a r es no t a p a r ni c u b r i r la ra iz , s ino a r r a n c a r l a .

O t ros h a y , dice San G r e g o r i o , q u e al p r inc ip io d e s u conve r s ión no son c o m b a t i d o s con t e n t a c i o n e s , á n -t e s s i e n t e n m u c h a paz , g u s t o s y conso l ac iones ; y d e s -p u e s , a n d a n d o el t i empo , los p r u e b a el Seño r con t en-t ac iones , lo cua l o r d e n a s u M a j e s t a d con d iv ino c o n s e -jo y dispos ic ión , p o r q u e no les p a r e z c a á s p e r o y d i f i -cu l toso el c a m i n o d e la v i r t u d , y d e s m a y e n , y se v u e l v a n á lo q u e poco á n t e s d e j a r o n , como hizo con s u p u e b l o c u a n d o le sacó d e E g i p t o , q u e no los l levó po r la t i e r r a de los filisteos q u e e s t a b a ce rca ; d a la razón la S a g r a d a E s c r i t u r a : P o r q u e , por v e n t u r a , v i e n -do q u e luégo s e les l e v a n t a b a n g u e r r a s , no s e a r r e -p i n t i e s e n de h a b e r salido de E g i p t o , y se vo lv iesen a l l á (1). An te s al p r inc ip io les m o s t r ó Dios m u c h o s fa-vores , h a c i e n d o por ellos g r a n d e s marav i l l a s y m i l a -gros ; p e r o d e s p u e s q u e h a b í a n y a p a s a d o el m a r B e r -m e j o , y e s t a b a n e n el des i e r to , y no p o d í a n vo lve r a t r a s , p robó los con m u c h o s t r a b a j o s y t e n t a c i o n e s á n -t e s d e e n t r a r e n la t i e r r a d e P r o m i s i o n . As í , d i c e el

(1) Ne for te pceniteret eum, si vidisset adve r sum se bel la c o n -s u r g e r e r e t r eve r t e r e tu r in . i g y p t u m . Exod., VIII, 17.

S a n t o , á los q u e d e j a n e l m u n d o , les q u i t a el S e ñ o r a l g u n a s v e c e s , á los p r inc ip ios , las g u e r r a s d e t e n t a -c iones ; p o r q u e c o m o e s t á n t i e r n o s e n la v i r t ud , n o s e e s p a n t e n con el las y se v u e l v a n al m u n d o . Llévalos po r suav idad al p r inc ip io , y da l e s consue los y gus to s , p a r a q u e h a b i e n d o g u s t a d o d e la d u l z u r a y s u a v i d a d de l c a m i n o d e Dios, p u e d a n d e s p u e s m e j o r l levar la g u e r r a y moles t i a de las t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s ; y t a n -to m á s , c u a n t o m á s h a n g u s t a d o de Dios y conoc ido c u á n t o m e r e c e se r se rv ido y a m a d o . Y asi , á ban P e -dro p r i m e r o le m o s t r ó el Seño r la h e r m o s u r a y r e s -p l a n d o r d e su g lor ia e n la T r a n s f i g u r a c i ó n y d e s p u e s pe rmi t ió q u e f u e s e t e n t a d o de la esc lava , q u e le p r e -g u n t ó si e r a d i sc ípu lo d e Cr is to , p a r a q u e h u m i l l a d o con la t e n t a c i ó n , l lo rando y a m a n d o s u p i e s e va l e r s e y a y u d a r s e de a q u e l l o q u e p r i m e r o h a b í a v i s to e n el m o n t e T a b o r , y así como el t e m o r le h a b í a d e r r o c a d o , así la d u l z u r a de la suav idad y b o n d a d d e Dios, q u e y a h a b í a e x p e r i m e n t a d o , le l e v a n t a s e .

De a q u í , d ice San G r e g o r i o , s e e n t e n d e r á u n e n g a -ño q u e sue l e h a b e r e n los q u e c o m i e n z a n á se rv i r a Dios q u e como se v e n a l g u n a s v e c e s con t a n t a p a z y q u i e t u d , y q u e les h a c e el Seño r m e r c e d d e da r l e s e n -t r a d a en la o rac ion , y ha l l an fac i l idad e n los e je rc ic ios d e la v i r t u d y d e la mor t i f i cac ión , p i e n s a n q u e y a h a n a l canzado la p e r f e c c i ó n , y no e n t i e n d e n q u e son a q u e -llos r ega los d e n i ñ o s y de p r i n c i p i a n t e s , y q u e es d a el Seño r a q u e l l a s a y u d a s d e costa p a r a a c a b a r l o s d e d e s t e t a r de las cosas del m u n d o . A l g u n a s veces , d ice el S a n t o , s e c o m u n i c a Dios m á s a b u n d a n t e m e n t e a los m é n o s p e r f e c t o s y q u e n o t i e n e n t a n t o a p r o v e c h a -m i e n t o e n la v i r t u d , no p o r q u e el los lo m e r e z c a n , s ino po r s e r m á s n e c e s i t a d o s ; á la m a n e r a q u e lo s u e l e h a -ce r acá u n p a d r e , q u e con a m a r m u c h o a todos sus h i j o s , p a r e c e q u e no h a c e caso d é l o s q u e e s t á n s a n o s ; p e r o si a l g u n o e s t á e n f e r m o , n o sólo le c u r a con m e -

Page 13: Tratado de Virtudes Cristianas

d i c i n a s , s ino t a m b i é n le da lo q u e e s d e c o n t e n t o y d e r e g a l o . Y c o m o el h o r t e l a n o , q u e las p l a n t a s m á s t i e r -n a s las r i e g a á m e n u d o y las r ega l a , p e r o d e s p u e s q u e e s t á n f u e r t e s y b ien a r r a i g a d a s , d é j a l a s s in e s e r i ego y r ega lo : as í a q u e l l a d iv ina b o n d a d t i e n e e s t a m a n e r a d e g o b i e r n o con los flacos y p e q u e ñ u e l o s , y con los q u e c o m i e n z a n .

Dicen t a m b i é n los S a n t o s q u e a l g u n a s v e c e s da e l Seño r m á s consue los á los q u e han sido m á s p e c a d o -r e s , y p a r e c e q u e les h a c e m á s p a r t i c u l a r e s r e g a l o s y favo re s , q u e á los q u e h a n s i e m p r e v iv ido b i e n , p o r -q u e aqué l lo s no d e s c o n f í e n , ni d e s e s p e r e n , y p o r q u e e s t o t r o s DO s e e n s o b e r b e z c a n . B ien se nos dec l a ra e s t o e n a q u e l l a p a r á b o l a de l Hi jo p r ó d i g o (1), y e n a q u e -lla f ies ta , mús i ca y r egoc i jo con q u e su p a d r e le reci-bió, m a t a n d o el bece r ro g r u e s o y h a c i e n d o u n g r a n c o n v i t e , no h a b i e n d o d a d o al h i j o m a y o r q u e le h a b í a s e rv ido toda s u v ida y n u n c a h a b í a sa l ido d e su m a n -d a d o , ni s i q u i e r a u n c a b r i t o con q u e s e ho lgase a l g u -n a v e z con s u s amigos ; q u e no t i e n e n n e c e s i d a d d e m é d i c o los sanos , s ino los e n f e r m o s , c o m o d i jo el mis-m o Seño r (2) .

C A P Í T U L O III P o r q u e qu ie re e l S e ñ o r que t e n g a m o s t e n t a c i o n e s , y d e la u t i l idad

y p r o v e c h o q u e d e e l las s e s i g u e .

Tentat vos Dominus Deus vester, ut palam fiat, utrum diligatis eum, an non, in toto cor de, et in tota anima vestra (3), d i c e el E s p í r i t u S a n t o e n el D e u t e r o n o m i o : T i é n t a o s el Seño r Dios v u e s t r o , p a r a q u e se vea si le a m á i s d e v e r a s y d e todo v u e s t r o corazon ó n o . El b i e n a v e n t u r a d o San A g u s t í n (4) m u e v e u n a c u e s t i ó n

(1) Luc . , XV, 23 .—(2) M a t t h . , I X , 12 .—(3) Deuter., XI I I , 3 . — (4) Aug. tract. 4 3 super Joannem, et q. 57 sup. Gen.—Idem S. Thom. 1 p. q. 114, art. 2.

sob re es tas p a l a b r a s : ¿Cómo d ice a q u í la S a g r a d a E s -c r i t u r a q u e Dios nos l i en t a , y po r o t r a p a r t e d ice el Após to l S a n t i a g o en su Canón ica : Dios no tienta á na-die (1)? R e s p o n d e q u e h a y dos m a n e r a s de t e n t a r : u n a pa ra e n g a ñ a r y h a c e r cae r en pecado , y d e es t a m a n e r a no t i en t a Dios á n a d i e , s ino el d e m o n i o , c u y o oficio e s ese , c o n f o r m e á aque l l o del Após to l San P a -blo: *No sea que os haya tentado el tentador (2).* Dice al l í la Glosa : E s t o es , el d e m o n i o , c u y o oficio e s t e n -t a r . O t r a m a n e r a d e t e n t a r h a y pa ra p roba r y t o m a r expe r i enc i a d e u n o , y d e es t a m a n e r a d i c e a q u í la d iv ina E s c r i t u r a q u e nos t i e n t a y p r u e b a Dios. Y e n el cap í tu lo v e i n t i d ó s de l Génes i s (3) d i ce : Tentó y probó Dios á Abrahan. Danos el Señor u n t i en to y m u -c h o s t i en tos , pa ra q u e conozcamos n u e s t r a s f u e r z a s y e n t e n d a m o s q u é t an to es lo q u e a m a m o s y t e m e m o s á Dios. Y así d i jo l uégo el m i s m o Dios á A b r a h a n , c u a n d o e c h ó m a n o al cuch i l lo p a r a sacr i f icar á su h i jo : * Ahora conozco que temes á Dios (4 ) ,* esto e s , como dec la ra San A g u s t í n , a h o r a he h e c h o q u e c o -nozcas q u e t e m e s á Dios (5). De m a n e r a , q u e u n a s t e n t a c i o n e s nos env ía el Seño r d e su m a n o , y o t r a s p e r m i t e q u e n o s v e n g a n po r med io de l d e m o n i o , m u n d o y c a r n e , n u e s t r o s e n e m i g o s .

Pero ¿ q u é e s la c a u s a po r q u e p e r m i t e y q u i e r e el Seño r q u e t e n g a m o s t en t ac iones? S a n G r e g o r i o , C a -s iano y o t ros (6) t r a t an m u y b ien e s t e p u n t o ; d i c e n lo p r i m e r o , q u e nos es p rovechoso el s e r t e n t a d o s y

(1) I p s e (Deus) n e m i n e m ten ta t . Jaeob, 1 , 1 3 . — ( 2 ) N e fo r t e t e n -t ave r i t vos is , qui t en t a t . I ad Thes. III , 5 . — I d est , d i abo lus , cu-j u s of f ic ium es t t e n t a r e . Glos.—(3) Ten tav i t Deus A b r a h a m . Gen., XXII, 1.—Id e s t , p rovab i t . Glo$.—(i) N u n c cognovi quod t i m e s Deum. Gen. id. 1 2 . — ( 5 ) Id es t , fec i te cognoscere . Aug. q. 58 sup. Gen.—(6) Greg . lib. 8 Moral, cap. 10; et lib. 20, cap. 2 1 . — Cas. coll. 4 abb. Danielis, cap. 6.

E J E R . RODRIG.—Tom. IV. 2

Page 14: Tratado de Virtudes Cristianas

a t r i b u l a d o s y q u e a lce el Seño r a l g u n a s v e c e s u n p o c o la m a n o de nosot ros , p o r q u e , si es to n o f u e r a as í , n o d i j e r a y p id i e ra el P ro fe t a á Dios: Non me derelinquas usquequaque (1): S e ñ o r no m e d e j e i s ni d e s a m p a r é i s del lodo . P e r o p o r q u e sab ía m u y b ien q u e a l g u n a s veces s u e l e el Seño r d e s a m p a r a r á sus s i e r v o s y a l z a r u n poco la m a n o de el los pa ra mayor b ien y p r o v e c h o s u y o , por eso no p i d e á Dios q u e no le d e s a m p a r e n u n c a , ni a lce j a m a s la m a n o de é l , s ino q u e no l e d e s a m p a r e del t odo . Y en el S a l m o v e i n t i s é i s d i c e : *No te apartes en ira de tu siervo (2) .* No p i d e á D i o s q u e no se a p a r t e de él en n i n g ú n t i e m p o y d e n i n g u -n a m a n e r a , s ino q u e no se a p a r t e de él en ira , q u e n o le d e s a m p a r e t a n t o , q u e v e n g a á cae r en p e c a d o ; p e r o q u e le p r u e b e y le env íe t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s , á n t e s lo p ide : *Pruébame, Señor, y tiéntame (3).* Y por I s a í a s d i c e el mismo S e ñ o r : *Por un momento te desamparé un poco, mas con grandes misericordias te recogeré; en el momento de mi indignación escondí por un poco mi rostro de tí, mas me compadeceré de tí con misericordia sempi-terna (4) .*

P e r o v e a m o s e n p a r t i c u l a r q u é b i e n e s y p r o v e c h o s , son los q u e se nos s i g u e n d e las t e n t a c i o n e s . Cas i ano d i c e (5) q u e se ha Dios con noso t ros como se h u b o con los h i j o s de Is rae l , q u e no qu i so de l todo d e s t r u i r los e n e m i g o s de su p u e b l o , s ino d e j ó e n la t i e r ra d e p r o m i s i o n a q u e l l a s g e n t e s de los c a n a n e o s , a m o r r e o s y j e b u s e o s , e t c . , pa ra e n s e ñ a r y e j e r c i t a r á su p u e b l o , q u e no e s t u v i e s e n con la s e g u r i d a d oc iosos , s i n o q u e

(1) Ps. CXVIII, 8.—(2) Ne decl ines in ira a servo tuo. Ps. XXVI, 9 .—(3) Proba m e , Domine , e t tonta me. Ps . XXV, 2 . — (4) Ad punc tum in modico derel iqui t e , et in mise ra t ion ibus m a g n i s congregabo te; in m o m e n t o indignat ionis abscondi f a -ciem m e a m p a r u m p e r a te , e t in miser icordia s e m p i t e r n a m i s e r -tus s u m t u i . ¡sai., LIV, 7 .—(5) Cassianus, ubi supra.

s e h i c i e s e n v a l i e n t e s y h o m b r e s d e g u e r r a (1). As í , d i c e , q u i e r e el Seño r q u e t e n g a m o s e n e m i g o s y q u e s e a m o s c o m b a t i d o s de t e n t a c i o n e s , pa ra q u e t e n i e n d o e j e r c i c i o de pe l ea r , no nos h a g a d a ñ o la ocios idad ó p r o s p e r i d a d ; p o r q u e m u c h a s v e c e s , á los q u e el e n e -m i g o n o p u d o v e n c e r con pe l ea s , con s e g u r i d a d falsa l o s e n g a ñ ó y d e r r i b ó .

S a n Gregor io d i c e (2) q u e con a l ta y s e c r e t a p r o v i -d e n c i a q u i e r e e l S e ñ o r q u e sean t e n t a d o s y a t r i b u l a -d o s e n es t a v ida los b u e n o s y escogidos : p o r q u e e s t a v i d a e s u n c a m i n o , ó po r m e j o r dec i r , u n d e s t i e r r o , p o r d o n d e a n d a m o s c a m i n a n d o y p e r e g r i n a n d o h a s t a l l e g a r á n u e s t r a pa t r i a ce l e s t i a l ; y p o r q u e s u e l e n a l -g u n o s c a m i n a n t e s , c u a n d o ven en el c a m i n o a l g u n o s p r a d o s y florestas, d e t e n e r s e y a p a r t a r s e del c a m i n o ; p o r eso qu i so el S e ñ o r q u e e s t u v i e s e e s t a v ida l l ena d e t r a b a j o s y de t e n t a c i o n e s , pa ra q u e no p o n g a m o s n u e s t r o co razon y a m o r e n e l la , ni t o m e m o s el d e s -t i e r r o p o r la p a t r i a , s ino q u e s u s p i r e m o s s i e m p r e por e l l a . San A g u s t í n da la m i s m a razón y d ice q u e a p r o -v e c h a n las t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s p a r a m o s t r a r n o s la m i s e r i a de es t a v ida pa ra q u e así d e s e e m o s m á s a r -d i e n t e m e n t e a q u e l l a v ida b i e n a v e n t u r a d a , y la b u s -q u e m o s con m a y o r c u i d a d o y f e rvo r (3). Y en o t ra p a r t e d ice : P o r q u e no a m e m o s el e s t a b l o , y nos o l v i -d e m o s d e a q u e l l o s pa l ac io s r ea l e s p a r a q u e f u i m o s c r i a d o s (4). C u a n d o el a ína q u i e r e d e s t e t a r el n iño , y q u e s e e n s e ñ e á c o m e r p a n , p o n e a c í b a r e n los p e -

( i ) Ut e rud i re t in e is I s rae lem: u t postea d i sceren t filii e o r u m c e r t a r e cum hostibus et h a b e r e consue tud inem príel iandi . Judie., I I I , 1.—(2) Greg. lib. 23, Mor. cap. 24 et seq.—(3) Ut illa ub i eri t b e a t i t u d o vera , a tque pe rpe tua , et des idere tu r a rden t ius e t ins-t a n t i u s inqu i r a tu r . Aug. lib. 12 de Trinit. c. 16.—(4) Ne viator t e n d e n s ad pa t r i am, s t abu lum amet pro domo sua. Aug. sup. Ps. 40 .

Page 15: Tratado de Virtudes Cristianas

clios: a s í Dios p o n e a m a r g u r a e n las cosas de e s t a v i d a p a r a q u e los h o m b r e s se a p a r t e n d e e l las y n o t e n g a n a c á q u e d e s e a r , s ino todo su d e s e o y co razon p o n g a n e n el c ie lo . Y así dice San G r e g o r i o : Los t r a -ba jos q u e n o s f a t i gan y a p r i e t a n e n e s t a v ida , h a c e n q u e a c u d a m o s y nos v o l v a m o s á Dios (1).

C A P Í T U L O I V

De o t ro s b i e n e s y p r o v e c h o s q u e t r a e n c o n s i g o las t en t ac iones .

Beatus vir qui suffert tentationem: quoniam cum pro-batus fuerit, accipiet coronam vitx (2): B i e n a v e n t u r a d o el v a r ó n q u e s u f r e la t e n t a c i ó n y a p r u e b a bien e n el la , p o r q u e r ec ib i r á co rona d e v ida . Dice San B e r n a r -do s o b r e e s t a s pa l ab ras : Necesa r io e s q u e h a y a t e n t a -c i o n e s ; p o r q u e , como d ice el Após to l , no s e r á co ronado s ino el q u e p e l e a r e v a r o n i l m e n t e ; y si no h a y t e n t a -c iones , ¿ q u i é n p e l e a r á no h a b i e n d o c o n t r a q u i e n p e -lear (3)? T o d o s los b i e n e s y p r o v e c h o s q u e la E s c r i -tu ra d i v i n a y los S a n t o s n o s p r e d i c a n de los t r a b a j o s y a d v e r s i d a d e s , q u e son i n n u m e r a b l e s , t odos los t r a e n cons igo las t e n t a c i o n e s ; y u n o de e l los , y m u y p r i n -c ipa l , e s el q u e nos d icen las pa l ab ra s p r o p u e s t a s . E n -v íanos l a s el Seño r pa ra q u e t e n g a m o s d e s p u e s m a y o r p r e m i o y c o r o n a en la g lo r i a : Quoniam per multas tri-bulationes oportet nos intrare in Regnum Dei ( i ) : * P o r -q u e po r m u c h a s t r i b u l a c i o n e s n o s c o n v i e n e e n t r a r e n

(1) Mala , quse nos h ic p r e m u n t , ad Deum nos i r e c o m p e l l u n t . Qreg _ ( 2 ) Jacob, I , 12 .—(3) Necesse est u t v e n i a n t t e n t a t i o n e s ; q u i s e n i m c o r o n a b i t u r , n i s i qu i l e g i t i m e c e r t a v e r i t ? (Il ad Tim., Il, 5) a u t q u o m o d o c e r t a b u n t , si d e s i t qu i i m p u g n e t ? Bernard, serm. 64 sup. Cantica.—(4) Actuum, XIV, 21.

el reino de los c i e l o s * E s e es el c a m i n o r ea l de l c i e -lo: ten tac iones , t r a b a j o s y a d v e r s i d a d e s . Y así , e n el Apocalipsi, m o s t r á n d o l e á San J u a n la g lo r ia g r a n d e de los San tos , le d i jo u n o de aque l lo s a n c i a n o s : Estos son los que vinieron de grandes trabajos y lavaron y blan-quearon sus vestiduras en la sangre del Cordero (1). De camino p r e g u n t a San B e r n a r d o : ¿cómo d i c e q u e b lan-quearon sus v e s t i d u r a s con la s a n g r e del Cordero? p o r q u e la s a n g r e no s u e l e b l a n q u e a r s ino co lorear : quedaron b lancas , d ice (2), p o r q u e con la s a n g r e de l costado salió j u n t a m e n t e a g u a q u e las b l a n q u e ó . O si no d i g a m o s , d i ce , q u e se p a r a r o n b lancas , p o r q u e la sangre d e a q u e l Cordero t i e rno y sin manc i l l a , e r a como una l eche b lanca y co lorada , c o n f o r m e á a q u e -llo de la Esposa en los C a n t a r e s : *Mi Amado es blanco y colorado, escogido entre millares (3) .*

De m a n e r a , q u e ' por saDgre y t r a b a j o s se e n t r a e n el reino de los c ie los . Desbás tanse , l á b r a n s e y piálen-se acá las p i ed ra s , p a r a a s e n t a r l a s en el t emplo d e aque l la J e r u s a l e n ce le s t i a l , p o r q u e a l lá n o s e ha de oir golpe ni mar t i l lo (4). Y c u a n t o en m e j o r y m á s pr incipal l u g a r se han d e a s e n t a r las p i e d r a s , t a n t o más las p ican y l ab ran . Y así como la p i ed ra d e la por t ada s u e l e s e r la m á s p i cada y l ab rada , pa ra q u e q u e d e más v i s tosa la e n t r a d a , así Cris to n u e s t r o S e -ño r , p o r q u e se hac ía n u e v a p u e r t a del c ie lo, q u e has -ta él e s tuvo c e r r a d o , qu iso s e r m u y g o l p e a d o y mar t i -llado; y t a m b i é n pa ra q u e noso t ro s p e c a d o r e s t u v i é -semos v e r g ü e n z a d e e n t r a r po r p u e r t a l abrada con

(1) Hi s u n t , qu i v e n e n i n t d e t r i b u l a t i o n e m a g n a , e t l a v e r u n t stolas s u a s , e t d e a l b a v e r u n t e a s in s a n g u i n e Agn i . Apoc., VII, i 4 . - ( 2 ) B e r n a r d , serm. 1 de Resuirect.—{3) Di lec tus meus; Can-d i d u s , e t r u b i c u n d u s , e l ec tus c x mi l l i bus . Cant. V, 10.— (4) Mal-l e u s , e t s e c u r i s , e t o m n e f e r r a m e n t u m n o n s u n t aud i t a i n d o m o , c u m eed i f i ca re tu r . III Regum, VI, 7 .

Page 16: Tratado de Virtudes Cristianas

t a n t o s g o l p e s d e t r i b u l a c i o n e s y t r a b a j o s , sin p r i m e r o p a d e c e r a l g u n o s p a r a q u e d a r l ab rados y pu l idos .

Las p i e d r a s q u e se h a n d e e c h a r e n el c i m i e n t o , no s e s u e l e n l ab r a r : as í los q u e se han de e c h a r a b a j o e n el p r o f u n d o de l i n l i e rno , n o e s m e n e s t e r labrar los ni m a r t i l l a r l o s : esos h u é l g u e n s e a q u í en es t a v ida , c u m -p lan s u s a n t o j o s y a p e t i t o s , h a g a n s u v o l u n t a d , d e n -se á b u e n a v ida , q u e con eso q u e d a r á n pagados ; p e r o los q u e h a n d e ir á r e p a r a r a q u e l l a s r u i n a s d e los á n -ge l e s m a l o s y l l ena r a q u e l l a s s i l las ce le s t i a l e s q u e e l los p e r d i e r o n por su s o b e r b i a , es m e n e s t e r l abra r los con t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s . Dice San Pab lo : Si somos hijos, seremos herederos; herederos de Dios y juntamente herederos con Cristo: empero siéndole acá primero com-pañeros en sus trabajos, para que así lo seamos despues en su gloria (1) . ¥ el á n g e l di jo á T o b í a s : P o r q u e e r a s a c e p t o á Dios y te q u e r í a b i en , po r eso te qu i so p r o -bar con la t e n t a c i ó n , p a r a q u e así tu p r e m i o y g a l a r -dón f u e s e m a y o r (2). Y d e A b r a h a n , d ice el Sab io (3), q u e le t e n t ó Dios y le ha l ló fiel; y p o r q u e le ha l ló fiel c o n s t a n t e y f u e r t e en la t e n t a c i ó n , l u é g o le o f r e c e el p r e m i o , y le p r o m e t e con j u r a m e n t o q u e h a b í a d e m u l t i p l i c a r su g e n e r a c i ó n como las e s t r e l l a s de l c ie lo y como las a r e n a s de la m a r . P u e s p a r a es to nos e n -vía el S e ñ o r los t r a b a j o s y t e n t a c i o n e s , pa ra d a r n o s m a y o r p r e m i o y m á s r ica c o r o n a . Y as í d icen los S a n -t o s q u e e s m a y o r m e r c e d la q u e el S e ñ o r nos h a c e e n e n v i a r n o s t e n t a c i o n e s , d á n d o n o s j u n t a m e n t e favor p a r a v e n c e r l a s , q u e si de l todo n o s las q u i t a s e : p o r -q u e de esa m a n e r a c a r e c e r í a m o s de l p r e m i o y g lor ia q u e con el las m e r e c e m o s .

( I ) Si au tem filii, e t h a j r e d e s , hceredes qu idem Dei, coheeredes a u l e m Christi: si t amen c o m p a l i m u r , ut et cong lo r ihcemur . Ad Rom., VIII, 17.—(2) Quia accep tus e ras Deo, necesse fui t , u t ten-tat io p robare t te . Tob., XII , 13.—(3) Et i n t en ta t ione inventus est fidelis. EcelL, XLIV, 21.

A ñ a d e á es t a razón San B u e n a v e n t u r a (1) q u e como nos a m a t a n t o el S e ñ o r , no se c o n t e n t a con q u e a l -c a n c e m o s la glor ia y g r a n d e g lo r i a ; s ino q u i e r e q u e g o c e m o s p r e s t o d e e l ia , y q u e no nos d e t e n g a m o s en p u r g a t o r i o . Y para eso nos e n v í a a q u í t r a b a j o s y t e n -t ac iones , q u e son mar t i l lo y f r a g u a con q u e se q u i t a el or in y escor ia de n u e s t r a á n i m a , y q u e d a p u r g a d a y pur i f i cada pa ra pode r e n t r a r l uégo á gozar d e Dios. *Quita la herrumbre de la plata, y saldrá el vaso muy puro (2).* Y no e s p e q u e ñ a m e r c e d y beneficio e s t e , f u e r a de l q u e se nos h a c e en c o n m u t a r n o s t a n t a y t an g r a v e p e n a , como e s la q u e a l lá h a b í a m o s d e p a d e -ce r , e n lo poco , ó nada q u e en su c o m p a r a c i ó n p a d e -c e m o s en es t a v ida .

Más : l lena e s t á la S a g r a d a E s c r i t u r a de q u e las p rospe r idades d e es t a v ida a p a r t a n el a l m a d e Dios, y las a d v e r s i d a d e s y t r a b a j o s son ocas ion de a t r a e r l a al m i s m o Dios. ¿ Q u i é n hizo al c o p e r o d e Fa raón o lv idar -se tan p r e s t o de su i n t é r p r e t e José , s ino la p r o s p e r i -dad (3)? ¿Qu ién hizo e n s o b e r b e c e r al r ey Oz ías , t e -n i e n d o t an b u e n o s p r inc ip ios , s ino la p r o s p e r i d a d ( i ) ? ¿Qu ién d e s v a n e c i ó á N a b u c o d o n o s o r , q u i é n á S a l o -m o n , q u i é n á David pa ra c o n t a r el pueb lo? Y los h i -jos d e I s rae l , c u a n d o s e v ie ron m u y p u j a u t e s con los f a v o r e s y m e r c e d e s g r a n d e s q u e el Señor les h a b í a h e c h o , e n t ó n c e s s e e m p e o r a r o n y se o lv ida ron m á s d e Dios ( 5 ) .

( I ) Bonav. process. 4 Relig. cap. í . — ( 2 ) Aufe r r u b i g i n e m d e a rgen to , et e g r e d i e t u r vas pu r i s s imum. Prov. XXV, 4.—(3) Lt taraen succedent ibus p rosper i s p ropos i t u s p i n c e r n a r u m obli tus est i n t e r p r e t s sui . Gen., XL. 23 .—(4) Cum robora tus esse t , l eva-t u m est cor e ju s in in ter i tum suum et neg lex i t Dommum Deum s u u m . II Paral., XXVI, 16.—(5) Incrassa tus est d i l e c t u s . e t re -calci t ravi t ; inc rassa tus , imp ingua tus , d i la ta tus , dere l iqu i t Deum factorem suum, e t recessit a Deo salutar i suo. Deuter., XXXII, l o .

Page 17: Tratado de Virtudes Cristianas

Y por el con t r a r i o , d ice el P r o f e t a , q u e con los t r a -bajos s e vo lv ían á Dios: *Cubre, Señor, sus rostros de ignominia, y luego buscarán tu protección. Clamaron al Señor en su aflicción. Cuando el Señor les enviaba la mor-tandad, entonces le buscaban y convertíanse á él y madru-gaban á él muy de mañana (1).* V u e l t o e n bes t i a N a -bucodònosor , a h o r a fuese en r ea l i dad d e v e r d a d , a h o r a e n su i m a g i n a c i ó n , e n t o n c e s c o n o c e á Dios (2). ¡Cuán to me jo r le f u é á David e n la pe r secuc ión d e S a u l . Absa lon y S e m e í , q u e con la p r o s p e r i d a d y p a -seo del co r r edo r ! Y a s í , como bien a c u c h i l l a d o , d ice d e s p u e s : *Nos h e m o s a legrado por los d ías e n q u e nos h u m i l l a s t e , por los años en q u e p a d e c i m o s t r a b a j o s : * Bonum tnihi quia humiliasti me (3). ¡Oh q u é b u e n o ha s ido , S e ñ o r , pa ra mí el h a b e r m e h u m i l l a d o y a t r i b u -lado! ¡Cuán tos han saüado de esa m a n e r a , q u e de ot ra se p e r d i e r a n ! C u a n d o p u n z a la e s p i n a de la t r i b u l a -c ión y t e n t a c i ó n , e n l ó n c e s e n t r a u n o d e n t r o de sí , y se c o n v i e r t e y v u e l v e á Dios (4). A u n allá d icen q u e el loco por la p e n a e s c u e r d o . Y es s e n t e n c i a del E s -p í r i t u S a n t o po r Isa ías : *Sólo la vejación abre los ojos del entendimiento (5).* Y m á s c l a r a m e n t e por el S a b i o : lnfirmitas gravis sobriam facit animam (6) : La e n f e r -m e d a d g r a v e , los t r a b a j o s y a d v e r s i d a d e s h a c e n a s e -sar . Anda uno con la p r o s p e r i d a d l ib re y c e r r e r o , c o m o novi l lo po r d o m a r ; é c h a l e Dios el y u g o de la t r ibu la -

(1) Imple facies eorum ignomin ia ; c t q u a s r e n t nomen tuum Do-mine . Ps. LXXX1I, 17.—Et c lamaverun t ad Dominum cum t r i b u -larentur . Ps. CVI, 6 . — C u m occideret eos, quserebant eum, et r e -ve r t eban tu r , et di luculo v e n i e b a n t ad e u m . Ps. LXXV1I, 34.— (2) Dan. IV, 31.—(3) Lietati sumus pro d i ebus , qu ibus nos h u m i -liasti; annis qu ibus v idimus mala . Ps. LXXXIX, 15. Ps. CXVIII, 71.—(4) Conversus sum in rerumna mea , d u m conf ig i tur spina. Ps. XXXI, 4.—(5) Sola vexatio in te l lec tum dabit aud i tu i . Isai., XXVIII, 19.—(6) Eccli., XXXI, 2 .—Virga a t q u e correptio tr ibuit s ap ien t i am. Prov. XXXI, 15.

cion y de la t e n t a c i ó n p a r a q u e a s i e n t e (1). Con la hiél c u r ó el Ange l á T o b í a s (2), y con el lodo dió Cris-to n u e s t r o R e d e n t o r v is ta al c i ego (3) . P u e s pa ra eso e n v í a el Seño r las t e n t a c i o n e s , q u e son d e los m a y o -res t r a b a j o s y q u e m á s s i e n t e n los h o m b r e s e s p i r i t u a -les; p o r q u e eso t ros c o r p o r a l e s d e sucesos d e h a c i e n -d a , e n f e r m e d a d e s y cosas s e m e j a n t e s , pa ra los s i e rvos d e Dios, q u e t r a t an de e s p í r i t u , son cosa m u y s o m e r a y q u e c a e m u y po r d e f u e r a : p o r q u e todo eso n o toca m á s q u e al c u e r p o , y asi no h a c e n m u c h o caso d e el lo; p e r o c u a n d o el t r a b a j o e s in te r io r y l lega al a l m a , como la t e n t a c i ó n q u e les q u i e r e a p a r t a r de Dios y p a r e c e q u e los pone en ese pe l ig ro y c o n t i n g e n c i a , eso e s lo q u e s i e n t e n m u c h o , y lo q u e les h a c e da r el gr i to t an g r a n d e como le d a b a el Apóstol San l a b i o c u a n d o sen t í a e s t a g u e r r a y c o n t r a d i c c i ó n de la c a r n e q u e que r í a l l evar t r as sí el e sp í r i t u : ¡Ay m i s e r a b l e d e m í , q u e m e l leva t ras sí lo malo ; y lo b u e n o q u e d e -seo , no lo acabo d e p o n e r por obra ! ¿ q u i é n m e l i b ra rá de e s t e c a u t i v e r i o y s e r v i d u m b r e (4)?

C A P Í T U L O V

Que las tentaciones ap rovechan mucho pa ra que nos conozcamos y humil lemos, y pa r a que acudamos m á s á Dios.

T r a e n t a m b i é n cons igo las t e n t a c i o n e s o t ro b i en y p r o v e c h o g r a n d e , q u e h a c e n q u e nos c o n o z c a m o s a noso t ro s m i s m o s . « M u c h a s veces no s a b e m o s lo q u e p o d e m o s , m a s la t e n t a c i ó n d e s c u b r e lo q u e somos .»

i l ) Castigasti me , ad erudi tus sum, quasi j uvencu lus i n d ó m i -tasI hrem., XXXI, 1 8 . - ( - 2 ) Tobioe, XI, 13.—(3) J o a n . , IX, 6 . -(4) Infel ix ego homo , quis m e l iberabi t de corpore mor t i s h u j u s . Ad Rom., VII, 24.

Page 18: Tratado de Virtudes Cristianas

Y por el con t r a r i o , d ice el P r o f e t a , q u e con los t r a -bajos s e vo lv ían á Dios: *Cubre, Señor, sus rostros de ignominia, y luego buscarán tu protección. Clamaron al Señor en su aflicción. Cuando el Señor les enviaba la mor-tandad, entonces le buscaban y convertíanse á él y madru-gaban á él muy de mañana (1).* V u e l t o e n bes t i a N a -bucodònosor , a h o r a fuese en r ea l i dad d e v e r d a d , a h o r a e n su i m a g i n a c i ó n , e n t o n c e s c o n o c e á Dios (2). ¡Cuán to me jo r le f u é á David e n la pe r secuc ión d e S a u l . Absa lon y S e m e í , q u e con la p r o s p e r i d a d y p a -seo del co r r edo r ! ¥ a s í , como bien a c u c h i l l a d o , d ice d e s p u e s : *Nos h e m o s a legrado por los d ías e n q u e nos h u m i l l a s t e , por los años en q u e p a d e c i m o s t r a b a j o s : * Bonum tnihi quia humiliasti me (3). ¡Oh q u é b u e n o ha s ido , S e ñ o r , pa ra mí el h a b e r m e h u m i l l a d o y a t r i b u -lado! ¡Cuán tos han sanado de esa m a n e r a , q u e de ot ra se p e r d i e r a n ! C u a n d o p u n z a la e s p i n a de la t r i b u l a -c ión y t e n t a c i ó n , e n l ó n c e s e n t r a u n o d e n t r o de sí , y se c o n v i e r t e y v u e l v e á Dios (4). A u n allá d icen q u e el loco por la p e n a e s c u e r d o . Y es s e n t e n c i a del E s -p í r i t u S a n t o po r Isa ías : *Sólo la vejación abre los ojos del entendimiento (5).* Y m á s c l a r a m e n t e por el S a b i o : lnfirmitas gravis sobriam facit animam (6) : La e n f e r -m e d a d g r a v e , los t r a b a j o s y a d v e r s i d a d e s h a c e n a s e -sar . Anda uno con la p r o s p e r i d a d l ib re y c e r r e r o , c o m o novi l lo po r d o m a r ; é c h a l e Dios el y u g o de la t r ibu la -

(1) Imple facies eorum ignomin ia ; e t q u i e r e n t nomen tuum Do-mine . Ps. LXXX1I, 17.—Et c lamaverun t ad Dominum cum t r i b u -larentur . Ps. CVI, 6 . — C u m occideret eos, quserebant eum, et r e -ve r t eban tu r , et di luculo v e n i e b a n t ad e u m . Ps. LXXV1I, 34.— (2) Dan. IV, 31.—(3) Lietati sumus pro d i ebus , qu ibus nos h u m i -liasti; annis qu ibus v idimus mala . Ps. LXXXIX, 15. Ps. CXVIII, 71.—(4) Conversus sum in ie rumna mea , d u m conf ig i tur spina. Ps. XXXI, 4.—(5) Sola vexatio in te l lec tum dabit aud i tu i . Isai., XXVIII, 19.—(6) Eccli., XXXI, 2 .—Virga a t q u e correptio tr ibuit s ap ien t i am. Prov. XXXI, 15.

cion y de la t e n t a c i ó n p a r a q u e a s i e n t e (1). Con la hiél c u r ó el Ange l á T o b í a s (2), y con el lodo dió Cris-to n u e s t r o R e d e n t o r v is ta al c i ego (3) . P u e s pa ra eso e n v í a el Seño r las t e n t a c i o n e s , q u e son d e los m a y o -res t r a b a j o s y q u e m á s s i e n t e n los h o m b r e s e s p i r i t u a -les; p o r q u e eso t ros c o r p o r a l e s d e sucesos d e h a c i e n -d a , e n f e r m e d a d e s y cosas s e m e j a n t e s , pa ra los s i e rvos d e Dios, q u e t r a t an de e s p í r i t u , son cosa m u y s o m e r a y q u e c a e m u y po r d e f u e r a : p o r q u e todo eso n o toca m á s q u e al c u e r p o , y asi no h a c e n m u c h o caso d e el lo; p e r o c u a n d o el t r a b a j o e s in te r io r y l lega al a l m a , como la t e n t a c i ó n q u e les q u i e r e a p a r t a r de Dios y p a r e c e q u e los pone en ese pe l ig ro y c o n t i n g e n c i a , eso e s lo q u e s i e n t e n m u c h o , y lo q u e les h a c e da r el gr i to t an g r a n d e como le d a b a el Apóstol San l a b i o c u a n d o sen t í a e s t a g u e r r a y c o n t r a d i c c i ó n de la c a r n e q u e que r í a l l evar t r as sí el e sp í r i t u : ¡Ay m i s e r a b l e d e m í , q u e m e l leva t ras sí lo malo ; y lo b u e n o q u e d e -seo , no lo acabo d e p o n e r por obra ! ¿ q u i é n m e l i b ra rá de e s t e c a u t i v e r i o y s e r v i d u m b r e (4)?

C A P Í T U L O V

Que las tentaciones ap rovechan mucho pa ra que nos conozcamos y humil lemos, y pa r a que acudamos m á s á Dios.

T r a e n t a m b i é n cons igo las t e n t a c i o n e s o t ro b i en y p r o v e c h o g r a n d e , q u e h a c e n q u e nos c o n o z c a m o s a noso t ro s m i s m o s . « M u c h a s veces no s a b e m o s lo q u e p o d e m o s , m a s la t e n t a c i ó n d e s c u b r e lo q u e somos .»

i l ) Castigasti me , ad erudi tus sum, quasi j uvencu lus i n d o m i -taI hrem., XXXI, 1 8 . - ( - 2 ) Tobioe, XI, 13.—(3) J o a n . , IX, 6 . -(4) Infel ix ego homo , quis m e l iberabi t de corpore mor t i s h u j u s . Ad Rom., VII, 24.

Page 19: Tratado de Virtudes Cristianas

d i c e a q u e l S a n t o (1). Y e s t e c o n o c i m i e n t o d e noso t ro s m i s m o s e s la p i ed ra f u n d a m e n t a l de todo el edif icio e s p i r i t u a l , sin el cua l n i n g u n a cosa q u e sea d e d u r a se ed i f i ca ; y con el cua l c rece el a l m a como e s p u m a , p o r q u e s a b e a r r i m a r s e á Dios, en q u i e n todo lo p u e -d e . P u e s las t e n t a c i o n e s d e s c u b r e n al h o m b r e su g ran -d e f laqueza é igno ranc i a , q u e h a s t a al l í á lo uno y á lo o t ro t e n í a c e r r a d o s los ojos; y as í no sab ía s e n t i r v i l m e n t e d e sí , p o r q u e no lo h a b í a e x p e r i m e n t a d o . P e r o c u a n d o u n o ve q u e u n soplico le d e r r i b a , q u e con u n a m o n a d a s e para f r ió , q u e en v i n i é n d o l e u n a t e n t a c i ó n se d e s c o n c i e r t a y se e n c o n a , y q u e luégo h u -y e de él el conse jo y el a c u e r d o , y le ce r can t i n i eb l a s , comienza á t e m p l a r los br ios , y á h u m i l l a r s e y sen t i r b a j a m e n t e de s í . Dice el b i e n a v e n t u r a d o San G r e g o -rio (2): Si no t u v i é s e m o s t e n t a c i o n e s , l u é g o nos t e n -d r í a m o s en a lgo , y p e n s a r í a m o s q u e é r a m o s m u y va-l i en te s ; p e r o c u a n d o v i e n e la t en t ac ión y se ve el h o m b r e á p i q u e d e cae r , q u e no p a r e c e q u e e s t á u n can to d e real de da r cons igo al t r a v é s , e n t ó n c e s co -noce su flaqueza y humí l l a se . Y así , d ice San Pab lo d e sí : P o r q u e el h a b e r s ido a r r e b a t a d o al t e r c e r o c ie lo y las g r a n d e s r eve l ac iones q u e h e t en ido no m e enso -b e r b e c i e s e n , p e r m i t i ó el Seño r q u e f u e s e t e n t a d o p a r a q u e conoc ie se lo q u e e r a d e mi p a r t e , y m e h u m i l l a -se (3).

De a q u í s e s i g u e o t ro b i en y p r o v e c h o g r a n d e , q u e como u n o conoce su f l aqueza , v i e n e de a h í á conoce r la neces idad q u e t i e n e del favor y a y u d a de l S e ñ o r , y d e a c u d i r á él con la orac ion , y e s t a r s i e m p r e co lga -do de él como d e su r e m e d i o , c o n f o r m e á a q u e l l o de l

(1) Thomas Kempis .—(2) Greg. lib. 23, Maral, c. 27.—(3) Et ne magni tudo revela t ionum extol la t me , datus est mih i s t imulus ca rn i s meae, ange lus Salante, qui m e eolaphizet . II ad Cor., XII, 7.

P r o f e t a : ¡Oh qué bueno es para mí allegarme á Dios y nunca jamás apartarme de él (1)/ Así como la m a d r e , c u a n d o q u i e r e á su h i jo s e v e n g a pa ra e l la , hace q u e o t ro s le p o n g a u miedo pa ra q u e la neces idad le h a g a ir á su regazo ; así el S e ñ o r p e r m i t e q u e el d e m o n i o nos e s p a n t e y nos p o n g a miedo con las t e n t a c i o n e s , pa ra q u e a c u d a m o s á su r e g a z o y a m p a r o , d ice G e r -son: * p a r a p r o v o c a r n o s c o m o p r o v o c a el águ i la á s u s po l lue los á volar , y á la m a n e r a q u e la m a d r e d e j a po r b r e v e espac io á su h i jo , p o r q u e con m á s e m p e ñ o la l l a m e , m á s d i l i g e n t e m e n t e la b u s q u e y más e s t r e c h a -m e n t e la a b r a c e , y e l la j u n t a m e n t e le aca r ic ie con m á s ca r iño (2).* San B e r n a r d o d ice (3) q u e d e j a el S e ñ o r á veces al a l m a p a r a q u e con m á s deseo y f e r -vo r le l l ame y más f u e r t e m e n t e le t e n g a : como hizo con los d i sc ípu los q u e iban á Ernaús , fingiendo q u e q u e r í a pasar a d e l a n t e é ir m á s lé jos , p a r a q u e el los le i m p o r t u n a s e n y d e t u v i e s e n : Mane nobiscum, quoniam advesperascit, et inclinata estjam dies: * Q u e d a o s , S e - _ ñ o r , con noso t ros , p o r q u e s e h a c e t a r d e y se c ie r ra y a el d í a (4) .* . , . .

De a q u í v i e n e u n o t a m b i é n á e s t i m a r e n mas el la-vor y p ro t ecc ión de l S e ñ o r , v i endo la neces idad q u e t i e n e de e l l a . Dice San G r e g o r i o q u e po r es to nos e s p r o v e c h o s o q u e a lce él a l g ú n t a n t o la m a n o d e n o s -o t ro s ; p o r q u e si s i e m p r e t u v i é s e m o s a q u e l l a p r o t e c -c ión , no la e s t i m a r í a m o s e n t a n t o , ni la t e n d r í a m o s por t a n n e c e s a r i a ; pero c u a n d o Dios nos d e j a un poco , y

(1) Adhffisit an ima mea pos t te . Ps. LXIi , 9 . - M i h i au tem a d -h i e r e Deo b o n u m es t . Ps. LXX1I, 2 8 . - ( " ) Ut provocet s .cut aqui la pullos ad volandum (Deuter. XXXII, 11); u t mate r íll .um ad ho ram rel inqui t , quo in s t an t iu s i l l e clamet , accura t ius qua j ra t , a r c t i u s s t r inga i , e t illa v ic iss im b land ia tu r suavius. Gerson, de mystica TheoLpract. consid. velindustr. 3 ) Dern. s e r a . 6 4 , super Cantica.—(i) Lue., XXIV, 29.

Page 20: Tratado de Virtudes Cristianas

parece q a e r a m o s á c a e r , y v e m o s q u e l u é g o nos da la m a n o : *Si el Señor no me ayudara, poco menos que en el infierno estuviera mi alma ( I ) ; * e n i ó n c e s e s t i m a m o s m á s s u favor y q u e d a m o s m á s a g r a d e c i d o s y con m a -yor c o n o c i m i e n t o d e su bondad y mise r i co r i a : *En cualquier día que te invoque, luégo conozco que tú eres mi Dios (2).* L l a m a u n o á Dios en la t e n t a c i ó n , y s i e n t e su a y u d a , y e x p e r i m e n t a la fidelidad de s u M a -j e s t a d e n el b u e n a c o g i m i e n t o q u e le h a c e e n el t i e m -po d e la neces idad , y r econóce l e po r p a d r e y por de -f e n s o r , y e n c i é n d e s e con eso m á s en s u a m o r , y p r o -r u m p e en a l abanzas s u y a s (3), como los h i jos d e I s r ae l , c u a n d o los eg ipc ios les iban e n los a l c a n c e s , y se v i e ron de e so t r a p a r t e de l m a r y á los o t ro s a b o g a -dos (4).

De a q a í v i e n e t a m b i é n (5) á no a t r i b u i r s e u n o á sí cosa b u e n a , s ino a t r ibu i r lo todo á Dios y da r l e á él la g lor ia de todo , q u e e s o t ro b ien y p r o v e c h o g r a n d e d e las t en tac iones y u n r e m e d i o g r a n d e c o n t r a e l l a s ,

* y p a r a a lcanzar g r a n d e s favores y m e r c e d e s de l S e -ñ o r .

C A P Í T U L O VI

Que e n las t en tac iones se p r u e b a n y pur i f ican más los jus tos y se a r r a i g a más la v i r tud .

Dicen t a m b i é n los S a n t o s q u e q u i e r e el Seño r q u e s e a m o s t en t ados pa ra p r o b a r la v i r t ud d e cada u n o . Así como con los v i e n t o s y t e m p e s t a d e s se ve si el á r -

(1) Nisi quia Dominus ad juv i t m e , pau lo m i n u s hab i tasse t i n i n f e r n o anima m e a . Ps. XCIII, 17.—(2) In q u a c u m q u e d ie invoca-vero t e , ecce cognovi q u o n i a m Deus meus es . Ps. LV, 10.— (3) Bonav. tom. 2 opuse, lib. de prof. Relia, c. 5 . — ( 4 ) Exod. , XV, 1.—(5) Trat. 3 , c . 35.

bol h a e c h a d o b u e n a s ra íces , y el valor y fo r t a l eza del caba l le ro y b u e n so ldado no se e c h a de ve r e n t i e m p o d e paz, s ino en t i e m p o de g u e r r a , en los e n -c u e n t r o s y pe l eas ; así la v i r t u d y for ta leza del s i e r -vo d e Dios no se e c h a de ve r c u a n d o hay d e v o c i o n y sos iego , s ino c u a n d o h a y t e n t a c i o n e s y t r aba jo s . S a n Ambros io , sobre a q u e l l a s p a l a b r a s : *Dispuesto es-toy, y nadie me arredrará de guardar tus mandamien-tos (1),* d ice (2) q u e así como e s me jo r p i lo to y d i g n o de m a y o r loa el q u e s a b e y t i e n e i ndus t r i a p a r a g o -b e r n a r la n a v e en t i e m p o q u e hay t e m p e s t a d e s y bor-rascas , c u a n d o la n a v e u n a s veces p a r e c e q u e s e y a á fondo , o t ras con las olas s e l e v a n t a n h a s t a el c ie lo , q u e el q u e la r i g e y g o b i e r n a e n t i e m p o de t r a n q u i -l idad y b o n a n z a ; así e s t a m b i é n d i g n o de m a y o r loa el q u e s e sabe r e g i r y g o b e r n a r en t i e m p o d e t e n t a c i o -nes , de tal m a n e r a , q u e ni con la p rospe r idad se le-v a n t a , ni e n s o b e r b e c e , ni con las a d v e r s i d a d e s y t ra -ba jos se a m i l a n a y d e s m a y a , s ino q u e p u e d e dec i r s i e m p r e con el P r o f e t a : Paratus sum et non sum turba-* tus (3) : *d i spues to y p r e p a r a d o es toy p a r a eso y eso-t ro .* P u e s p a r a es to e n v í a Dios las t en t ac iones , como hizo con los h i j o s de Is rae l , d e j á n d o l e s aque l l a s g e n t e s e n e m i g a s y c o n t r a r i a s , p a r a p roba r la cons tanc ia y fir-m e z a q u e ten ían e n s u a m o r y serv ic io (4). ¥ el Após-tol San Pablo d ice : Es menester que haya herejías para que se conozcan los buenos y los que aprueban bien (5). *Dios los tentó y hallólos dignos de s í .* Las t e n t a c i o n e s

( I ) P a r i t u s sum, et non »um t u r b a t u s , ut cus todiam m a n d a t a tua . Ps. CXV1II, 60 .—(2) Amb. ser. 8 super. Ps. CXVIII .— (3) Ps. ci i .—(4) tl t in ipsis e x p e r i r e t u r I s r ae l em, u t r u m a u d i r e n t m a n d a t a Domini , quae prascepit pa t r i bus eo rum p e r m a n u m Moy-si an non . Judit. I I I , 4 .—(5) Opor te t , et hsereses esse , ut et qui p roba t i sun t , mani fes t i fiant in vobis . I ad Cor., XI, 19 .—(6) Quo-n i a m Deus tentavi t eos, et inven i t illos d ignos se . Sapientoni, 5.

Page 21: Tratado de Virtudes Cristianas

son los g o l p e s con q u e se d e s c u b r e la f ineza de l m e t a l , y la p i ed ra d e toque con q u e p r u e b a Dios á los a m i -gos : e n t o n c e s se echa de ve r lo q u e hay en cada u n o . Así como acá los h o m b r e s se h u e l g a n de t e n e r a m i g o s p robados , así t a m b i é n Dios, y por eso los p r u e b a .

Como los vasos, d ice el S a b i o , se prueban en el horno, y la plata y oro con el fuego, así los justos se prueban con la tentación (1). Dice S a n J e r ó n i m o , c u a n d o la m a s a e s t á a r d i e n d o en el f u e g o , no s e e c h a de ve r si es oro , ó p l a t a , ú o t ro m e t a l , p o r q u e todo e s t á e n t ó n -ces de u n color , lodo p a r e c e f u e g o (2); así en t i e m p o d e conso lac ion , c u a n d o hay fe rvor y devoc ion , no se e c h a d e ver lo q u e es u n o , todo p a r e c e f u e g o ; p e r o sacad la masa del f u e g o , d e j a d l a e n f r i a r , y v e r é i s lo q u e e s . Dejad pasar aque l f e rvo r y c o n s u e l o , v e n g a el t r a b a j o y la t en t ac ión , y e n t o n c e s se e c h a r á d e ve r lo q u e es cada u n o . C u a n d o u n o en t i e m p o d e paz si-g u e la v i r t u d , no se s a b e si aque l l o es v i r t u d , ó si n a c e d e su n a t u r a l b u e n o , ó de g u s t o p a r t i c u l a r q u e

« t i e n e eu a q u e l e je rc ic io , ó d e no h a b e r o t r a cosa q u e le l l eve ; p e r o el q u e , c o m b a t i d o de la t e n t a c i ó n , p e r -s e v e r a , é se b ien m u e s t r a q u e lo h a c e po r v i r t u d y por el a m o r q u e t i ene á Dios .

S i r v e t a m b i é n la t e n t a c i ó n de pur i f ica r m á s á u n o . Así como el a r t í f i ce pur i l ica la p la ta y el oro con el f u e g o , y le q u i t a toda la e sco r i a , así el Seño r q u i e r e pur i f ica r á sus e scog idos con la t e n t a c i ó n , p a r a q u e así q u e d e n m á s a g r a d a b l e s á su d iv ina M a j e s t a d (3 ) . Quemarélos como sé quema la plata, y probarélos como es

(1) Vasa figuli probat fo rnax , e t homines jus tos tenta t io f r ibu-la t ioms; et sicut igne p roba tur a r g e n t u m , e t a u r u m camino, ita corda proba t Dominus. Eccli., XXVII, 6. —Prov. XVII, 3 — (2) Hieronym. in ep. ad Galat. I I I .—(3) Igne nos examinas t i , sicut examina tu r a rgen tuu i . Ps. LXV, 10.

probado el oro* d ice Dios por Zacar ías (1); y po r Esa í a s : *Apurarte he de tu escoria en el crisol y despojarte he de tu estaño (2).* Eso obra la t e n t a c i ó n en los j u s to s : va c o n s u m i e n d o y g a s t a n d o e n e l los el o r in de los vicios y el a m o r de las cosas del m u n d o y d e sí m i s m o s , y h a c e q u e q u e d e n m á s a c e n d r a d o s y pu r i f i c ados . V e r -dad es, d ice San A g u s t í n , q u e no todos sacan e s t e f r u t o de las t e n t a c i o n e s , s ino s o l a m e n t e los b u e n o s . Hay u n a s cosas , q u e p u e s t a s al f u e g o , l u é g o s e a b l a n -d a u y d e r r i t e n , como la c e r a ; o t r a s h a y q u e s e p a r a n m á s d u r a s , como e l ba r ro . Así los b u e n o s , con el f u e g o de la t en t ac ión y del t r a b a j o se p a r a n t i e r n o s , conoc i éndose y h u m i l l á n d o s e ; pero los ma los q u e d a n m á s d u r o s y o b s t i n a d o s . Como v e m o s , q u e d e los dos l ad rones en cruz , el u n o se conv i r t ió , y el o t ro b l a s -f e m ó ; y así dice San A g u s t í n : La t en t ac ión e s f u e g o , con el cua l el oro q u e d a m á s r e s p l a n d e c i e n t e , y la pa j a c o n s u m i d a ; el j u s t o q u e d a m á s p u r o y m á s p e r -fec to , y el malo más pe rd ido . Es u n a t e m p e s t a d , de la cua l el j u s t o e scapa y el m a l o q u e d a a n e g a d o ( 3 ) . • Los h i j o s d e Is rae l ha l la ron c a m i n o por las a g u a s , y las m i s m a s a g u a s les s e r v í a n d e m u r o á la d i e s t r a y á la s in i e s t r a ; p e r o los eg ipc ios q u e d a r o n h u n d i d o s y a n e g a d o s en las m i s m a s a g u a s ( 4 ) .

San Cipr iano t rae e s t a r azón (5) pa ra a n i m a r n o s á los t r a b a j o s y p e r s e c u c i o n e s , y p e r s u a d i r n o s q u e no las t e m a m o s ; p o r q u e la E s c r i t u r a d i v i n a nos e n s e ñ a q u e á n t e s con eso c r e c e n y se mu l t i p l i c an los s i e rvos

(1) Uram eos, s icut u r i t u r a r g e n t u m , et p robabo eos, s icut p ro -batur a u r u m . Zacli. cap. XIII, 9 — k2) Et excoquam ad p u r u m scoriam tuam, et au fe ram omne s t annum tuum. Isaice, 1 , 2 5 . — (3) Tentat io ignis es t , in quo a u r u m ru t i l a t , pa lea consumi tur , jus tus per f ic i tu r , pecealor misere peri t . Tempes tas est, ex qua h ic emergi t , i l le suffocatur . Aug.—(4) Exod. , XIV, 29.—(5) Cy-pr ian . lib. de exhorlat. Martyrii,

Page 22: Tratado de Virtudes Cristianas

de Dios como d i c e d e los h i jos d e Is rae l (1 ) , c u a n t o más e r a n o p r i m i d o s y acosados d e los eg ipc ios , t an to m á s c rec í an y se m u l t i p l i c a b a n . Y de l a r c a d e N o é d ice : Mu l t i p l i c á ronse las a g u a s de l d i luv io , y l e v a n -ta ron el a rca sob re los m o n t e s de A r m e n i a (2): así las a g u a s de las t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s l e v a n t a n y p e r -fecc ionan m u c h o u n a l m a . Y si vos no q u e d á i s m á s pur i f i cado con la t e n t a c i ó n , s e rá p o r q u e no so i s o ro , s ino p a j a , y po r eso q u e d á i s n e g r o y feo . G e r s o n d ice (3) q u e así como el m a r con las bo r ra scas y t e m -p e s t a d e s d e s e c h a de sí las i n m u n d i c i a s q u e h a reco-g ido , y q u e d a l impio y pur i f i cado ; así la m a r e s p i r i -tua l d e n u e s t r a á n i m a con las t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s q u e d a l imp ia y pur i f i cada d e l a s i n m u n d i c i a s é i m -p e r f e c c i o n e s q u e con la d e m a s i a d a paz y t r a n q u i l i d a d s u e l e r e c o g e r ; y pa ra eso las e n v í a Dios.

Más , así como el b u e n l ab rador poda la v id p a r a q u e d é m á s f r u t o ; as í , d i c e n los S a n t o s , Dios n u e s t r o S e ñ o r , q u e s e c o m p a r a e n el E v a n g e l i o al l a b r a d o r ,

.. p o d a s u s v ides , q u e son s u s escogidos , p a r a q u e f r u c -t i f i quen más (4). *A todo sarmiento que llevare fruto en m í , lo podará para que lleve más fruto*

Más , con q u e se conf i rma lo p a s a d o ; la t e n t a c i ó n h a c e q u e se a r r a i g u e m á s e n el a lma la v i r t u d c o n -t r a r i a . Dice el s a n t o a b a d Niio: Así c o m o los v i en tos , h ie los y t e m p e s t a d e s b a c e n q u e las p l a n t a s y á r b o l e s se a r r a i g u e n m á s e n la t i e r r a , así las t e n t a c i o n e s h a -cen q u e s e a r r a i g u e n m á s en el a l m a las v i r t u d e s c o n -t r a r i a s (5). Y as í d e c l a r a n los S a n t o s aque l l o d e S a n

(1) Exod. , 1 ,12 .—(2) Et multiplicatce sunt a q u » e t elevave-r u n t Arcam in subl ime. Genes. , VII, 17.—(3) Gerson, de Mijtt. llieol. praclica. eonsid. vel industria, 6 — ( 4 ) Omnem pa lmi tem. . . qu i fe r t f r u c t u m , pu rgab i t eum, u t f ruc tum plus a f fe ra t . Joan., XV, 2.—(5) P lan tas e n u t r i u n t vent i , e t tental io conf i rmât an i raœ f o r t i t u d i n e m . Nilus abbas.

Pab lo : *En la tentación se perfecciona la virtud; e s t o es, se e s t a b l e c e , s e f u n d a , se dec la ra e s t ab l e (1) .* Como c u a n d o o t ro i m p u g n a u n a v e r d a d , q u e vos d e -f ende i s , m i é n t r a s m á s r a z o n e s y m á s a r g u m e n t o s t r a e pa ra i m p u g n a r l a , m á s r a z o n e s buscá i s vos para d e f e n -der la y conf i rmar l a , y con eso y con ve r q u e r e s p o n -dé i s y sa t i s facé i s á los a r g u m e n t o s con t r a r io s , o s va i s más c o n f i r m a n d o e n el la; así t a m b i é n el s ie rvo d e Dios, m i é n t r a s m á s t e n t a c i o n e s le t r a e el d e m o n i o pa ra c o n t r a s t a r la v i r t u d , m á s mo t ivos y razones b u s -ca él pa ra c o n s e r v a r l a y res i s t i r á la t e n t a c i ó n , y e n -tónces h a c e n u e v o s p ropós i to s , y s e e j e r c i t a m á s e n ac tos de a q u e l l a v i r t u d , con lo cua l e l la s e a r r a iga y fortifica, y c rece m á s . Y así d icen m u y bien q u e la ten tac ión obra en el á n i m a lo q u e los g o l p e s en la y u n q u e , q u e la e n d u r e c e n m á s y la h a c e n m á s so l ida y f u e r t e .

f u e r a de e s to , q u e va por el c a m i n o o r d i n a r i o , d ice San B u e n a v e n t u r a (2) , q u e s u e l e Dios n u e s t r o S e ñ o r consolar y p r e m i a r e x t r a o r d i n a r i a m e n t e á los q u e h a n sido m u y t e n t a d o s d e a l g ú n vicio, y m o s t r á d o s e fieles en la t e n t a c i ó n , d á n d o l e s con v e n t a j a y e x c e l e n c i a g r a n d e la v i r t u d c o n t r a r i a . Como c u e n t a S a n Gregor io de San Ben i to q u e , p o r q u e res is t ió v a r o n i l m e n t e á una t en tac ión v e h e m e n t e d e c a r n e , e c h á n d o s e d e s n u -do e n t r e u n o s ab ro jo s y esp inas , le d ió el S e ñ o r t a n t a perfección en la c a s t i d a d , q u e d e a h í a d e l a n t e n u n c a más s in t ió t e n t a c i o n e s d e s h o n e s t a s . Lo m i s m o l e e m o s de S a n t o T o m a s de A q u i n o , c u a n d o con u n t izón d e fuego hizo h u i r á u n a m u j e r q u e le ven ía á so l i c i t a r . Env ió l e Dios l u é g o dos á n g e l e s q u e le c i ñ e r o n y a p r e -

(1) Virtus in inf i rmi ta te per f ic i tur ( / / ad Cor., XII , 9), id es t , stabil i tur, f u n d a t u r , s tabil is dec lara tur .—(2) Bonav . Procès. 4, Relig., cap. 13.

E J E R . RODRIG.—Tom. IV. 3

Page 23: Tratado de Virtudes Cristianas

taron los lomos f u e r t e m e n t e e n señal q u e le conced ía el don de p e r p e t u a c a s t i d a d . De la m i s m a m a n e r a dice San B u e n a v e n t u r a q u e á los q u e son t e n t a d o s de la fe , y con t e n t a c i o n e s de b l a s f e m i a , sue l e el S e ñ o r dar d e s p u e s u n a clar idad é i l u s t r ac ión g r a n d e en eso y u n m u y e n c e n d i d o a m o r de Dios, y as í de o t r a s t e n -t ac iones . Y t rae á es te p ropós i to aque l l o de Esa ías : Cogerán y sujetarán á los que les querían coger y suje-tar (1). Es ta es u n a cosa q u e c o n s u e l a m u c h o en las t e n t a c i o n e s . Consolaos y a n i m a o s á pe l ea r , h e r m a n o m i ó , q u e q u i e r e el Seño r a r r a i g a r en vos con eso la v i r t u d con t r a r i a , q u i e r e da ros u n a cas t idad a n g é l i c a . Sal ióle á Sansón u n león al e n c u e n t r o , y él a c o m e t i ó -le y m a t ó l e , y d e s p u e s hal ló e n él un pana l de miel (2). As í , a u n q u e la t en t ac ión al p r i n c i p i o os pa rezca l eón , no la t e m á i s , s ino a c o m e t e d l a y v e n c e d l a , y ve ré i s c ó m o hal la is d e s p u e s e n eso m i s m o u n a d u l z u r a y s u a -vidad m u y g r a n d e .

De a q u í s e e n t e n d e r á q u e t a m b i é n , al con t r a r i o , c u a n d o uno se d e j a l levar de la t en tac ión , y c o n d e s -c i e n d e con e l la , c r ece rá el v ic io con s u s propios ac tos , y j u n t a m e n t e la t e n t a c i ó n , y s e r á m á s f u e r t e de a h í a d e l a n t e , p o r q u e es tá m á s a r r a i g a d o el vicio y m á s e n s e ñ o r e a d o d e é l . Y lo n o t a S a n A g u s t í n ( 3 ) . *Pecó Jerusalen y ya no tiene estabilidad ( 4 ) , * d ice el p r o f e t a J e r e m í a s . P o r q u e pecó , q u e d ó más in s t ab l e é i n c o n s -t a n t e , y m á s tlaco pa ra t o r n a r á cae r ; q u e es lo q u e d i jo t a m b i é n el Sab io : *El pecador añadirá pecados so-bre pecados (5) .* E s t e es u n av i so m u y i m p o r t a n t e pa ra los q u e son c o m b a t i d o s d e t e n t a c i o n e s ; p o r q u e á al-

e n Et e runt cap ien tes eos, qui se c e p e r a n t , et subj ic ien t exac -tores suos . ¡sai., XIV, 2 .—(2) Jud i e . , XIV, 6 et 8 . - ( 3 ) Aug. lib. 8 Confess., cap. 5 .—(4) Pecca tum peccavit J e r u s a l e m , p rop te rea instabil is facta est. Threnorum, I , 8 . - ( 5 ) Et pecca te r ad j i c i e t ad p e c c a n d u m . Eccli., I l l , 29.

g u n o s sue l e e n g a ñ a r y c e g a r el d e m o n i o , h a c i é n d o l e s c r e e r q u e sa t i s fagan á su ten tac ión y q u e así c e s a r á . El cua l es u n e n g a ñ o m u y g r a n d e ; á n t e s si c u m p l í s con la t en tac ión se a r r a i g a r á m á s y c r e c e r á m á s la pa -s ión y a p e t i t o ; y t end rá de a h í a d e l a n t e m a y o r e s fue r -zas y m a y o r señor ío sob re vos , y os t o r n a r á á d e r r i -bar más f á c i l m e n t e o t r a y o t r a vez . Dicen m u y bien q u e es esto como la h id ropes í a , q u e m i é n t r a s m á s bebe el h id róp ico , m á s sed t i ene ; y como el a v a r i e n -to (1) , q u e m i é n t r a s m á s t i e n e , m á s c rece la codic ia de t e n e r : así e s acá , t e n e d e n t e n d i d o q u e c u a n d o os de ja i s l l evar d e la t e n t a c i ó n , y c o n d e c e n d e i s con e l la , crece el la t a n t o s q u i l a t e s , y vos p e r d e i s o t ros t a n t o s de for ta leza , y así q u e d á i s m á s s u j e t o pa ra t o r n a r á caer m á s f á c i l m e n t e . Y c u a n d o res i s t í s y os h a c é i s fue rza , no c o n d e s c e n d i e n d o con el la , c r ece la v i r t ud y for ta leza e n vos o t ros t a n t o s q u i l a t e s . Y as í , el med io para a l canza r v i c to r i a con t r a las t e n t a c i o n e s y ma la s inc l inac iones , y q u e d a r q u i e t o y sosegado , es no con-descende r con e l las , ni de j a r q u e s a lgan j a m a s con la suya ; p o r q u e d e esa m a n e r a , poco á poco , con el favor del Señor , va p e r d i e n d o la fue rza la t e n t a c i ó n y la pa -s ión , h a s t a no da r moles t ia ni p e s a d u m b r e n i n g u n a . Lo cual nos debe r í a a n i m a r m u c h o á res i s t i r con valor á las t en t ac iones .

C A P Í T U L O YII

Que las tentac iones hacen al h o m b r e d i l igente y fervoroso.

T r a e n t a m b i é n cons igo o t ro bien y p r o v e c h o m u y g r a n d e las t e n t a c i o n e s , q u e h a c e n al h o m b r e d i l i g e n -

( I ) Crescit amor n u m m i , q u a n t u m ipsa pecunia cresci t .

Page 24: Tratado de Virtudes Cristianas

t e y c u i d a d o s o , y q u e a n d e c o n f e r v o r y e s p í r i t u , c o m o q u i e n a n d a s i e m p r e á p u n t o d e p e l e a r ; as i c o m o la l a rga p a z h a c e á los h o m b r e s í lojos, d e s c u i d a d o s y p a r a poco ; y la g u e r r a y e j e r c i c i o d e a r m a s los h a c e f u e r t e s , r o b u s t o s y v a l e r o s o s ; y p o r e s o C a t ó n , e n el S e n a d o r o m a n o , d ió a q u e l p a r e c e r : C o n v i e n e á los ro -m a n o s q u e C a r t a g o e s t é en p i é , p o r q u e el ocio no los t ra iga á o t r o s m a y o r e s m a l e s . Y ¡ay , d i c e ( t ) , d e R o m a c u a n d o f a l t a r e C a r t a g o ! Lo m i s m o r e s p o n d i e r o n los l a c e d e m o n i o s , p o r q u e a f i r m a n d o su r e y q u e h a b í a d e d e s t r u i r y a s o l a r u n a c i u d a d , q u e les d a b a m u c h o e n q u e e n t e n d e r á cada p a s o , d i j e r o n los g o b e r n a d o r e s y s e n a d o r e s q u e en niDguna m a n e r a c o n s e n t i r í a n q u e se q u e b r a s e la p i e d r a d e a m o l a r en q u e se a g u z a b a n y a v i v a b a n las f u e r z a s v v i r t u d d e los m a n c e b o s l a c e d e -m o n i o s (2 ) . A la c i u d a d q u e m u c h a s v e c e s les hac í a t o c a r al a r m a , l l a m a b a n p i e d r a d e a m o l a r ; p o r q u e p o r e l l a la j u v e n t u d s e e j e r c i t a b a en las a r m a s y s e d e s -c u b r í a n los a c e r o s y va lo r d e c a d a u n o ; y el no t e n e r p e l e a s y c o n q u i s t a s j u z g a b a n po r g r a n d e t r i m e n t o . P u e s a s í , e l n o t e n e r t e n t a c i o n e s s u e l e h a c e r á los h o m b r e s r e m i s o s y d e s c u i d a d o s ; y el t e n e r l a s , d i l i -g e n t e s y f e r v o r o s o s . A n d a s e u n o m a n o s o b r e m a n o ; n o h a y q u i e n le h a g a t o m a r la d i s c i p l i n a , n i el c i l i c io ; e n la o r a c i o n , e s t á b o s t e z a n d o ; e n la o b e d i e n c i a , c o n flojedad; a n d a b u s c a n d o e n t r e t e n i m i e n t o s : v i é n e l e u n a t e n t a c i ó n v e h e m e n t e , e n q u e es m e n e s t e r Dios y a y u -d a , y con eso s e a n i m a , y c o b r a b r io y f e rvo r p a r a la m o r t i f i c a c i ó n y p a r a la o r a c i o n . A u n a l l á d i c e n : si q u e -re i s s a b e r o r a r , e n t r a d en la m a r . La n e c e s i d a d y p e -l ig ro e n s e ñ a n á o r a r y h a c e n a c u d i r á Dios d e v e r a s .

(1) C a r t h a g i n e m non de l endam, ne Romani otio et torpore l a n g u e r e n t . Vie (dixit) Roma; , si Carthago non s t e t e n t . Caton.— (2) Paulus Manut ius , in Apopht., pag . 113, g 24 .

Y as í d i c e San C r i s ò s t o m o , q u e p a r a e s t o p e r m i t e Dios las t e n t a c i o n e s p a r a n u e s t r o m a y o r b i en y p r o v e c h o e s p i r i t u a l : * C u a n d o v e , q u e v a m o s c a m i n a n d o h a c i a la t i b i eza , y q u e a p a r t á n d o n o s d e su t r a t o y f a m i l i a -r i dad , h a c e m o s poco c a s o d e las cosas e s p i r i t u a l e s , n o s d e j a un poco d e su m a n o , pa ra q u e a s í c a s t i g a d o s , v o l v a m o s á su m a j e s t a d con m á s c u i d a d o . * Y en o t r a p a r t e d i c e : * C u a u d o el d e m o n i o n o s a c o m e t e y p r o c u r a e s p a n t a r con s u s t e n t a c i o n e s , a q u e l l o nos es d e p r o -v e c h o : p o r q u e e n t o n c e s c o n o c e m o s lo q u e s o m o s , y a c u d i m o s á Dios con m a y o r c u i d a d o (1 ) .*

De m a n e r a , q u e las t e n t a c i o n e s , no só lo n o son i m -p e d i m e n t o ni e s t o r b o p a r a c a m i n a r e n e l c a m i n o d e la v i r t u d ; á n t e s son m e d i o y a y u d a pa ra e s o . Y as í e l Apósto l San P a b l o n o l l amó á la t e n t a c i ó n c u c h i l l o n i lanza , s ino e s t í m u l o y a g u i j ó n (2); p o r q u e así c o m o e l a g u i j ó n no m a t a ni d a ñ a , s i n o a v i v a y d e s p i e r t a y h a c e c a m i n a r m á s a p r i e s a , a s í la t e n t a c i ó n no h a c e d a ñ o s ino m u c h o p r o v e c h o , p o r q u e a v i v a y d e s p i e r t a p a r a m e j o r c a m i n a r . Y e s t e p r o v e c h o s u e l e se r g e n e r a l p a r a lodos , a u n q u e e s t é n m u y a p r o v e c h a d o s ; p o r q u e a s í como e l c a b a l l o , a u n q u e s ea b u e n o y f u e r t e , h a m e -n e s t e r e s p u e l a , y e n t ó n c e s c o r r e m e j o r c u a n d o la s i e n t e ; así los s i e r v o s d e Dios c o r r e n m e j o r y m á s l i -g e r a m e n t e en e l s e r v i c i o d e Dios, c u a n d o s i e n t e n e s -tos e s t í m u l o s y a g u i j o n e s d e las t e n t a c i o n e s , y e n t o n -ces a n d a n m á s h u m i l d e s y r e c a l a d o s .

Dice S a n G r e g o r i o (3): La p r e t e n s i ó n d e l d e m o n i o

(1 Cum enim nos ad to rporem dec l inan tes vider i t , et ab ipsius lamiliari tate res i l ientes , et spi r i tual ium nullam ra t ionem f ac i en -tes, paululum nos de re l inqu i t : u t i ta cast igat i ad ipsum studiosius redeamus. Chrys. hom. U ad Pop. ¿ n / . - Q u a n d o mal ignus ille perterret nos a tque p e r t u r b a t , tune f rugi e f f i c imur , tune nosme t -ípsos agnoscimus, t u n e ad Deum omni s tudio recur r imus . T. 5, etlib. 1 de Providentia.—(2) Datus est mihi s t imulus ea rn i s . II ad Cor., XII, 7 . - ( 3 ) Gregor . Hb. 2 Moral., cap. 32.

Page 25: Tratado de Virtudes Cristianas

con la t en tac ión , e s m a l a ; m a s la del S e ñ o r e s b u e n a . Como la s a u g u i j u e l a , c u a n d o c h u p a la s a n g r e del en -f e r m o , lo q u e p r e t e n d e es h a r t a r s e de e l la y bebé r se -la t oda , si p u d i e s e : p e r o el m é d i c o p r e t e n d e con ella sacar la ma la saDgre y da r s a l u d al e n f e r m o . Y c u a n -do dan u n boton de f u e g o á u n e n f e r m o , lo q u e p r e -t e n d e el f u e g o es a b r a s a r ; p e r o el c i r u j a n o no p r e t e n -d e s ino s a n a r : el f u e g o q u e r r í a pasa r á lo sano ; el c i -r u j a n o sólo á lo e n f e r m o , y n o le d e j a p a s a r a d e l a n t e . Así el demon io con la t e n t a c i ó n p r e t e n d e d e s t r u i r la v i r t u d y el m e r e c i m i e n t o y g l o r i a n u e s t r a ; pero el S e -ñor p r e t e n d e y obra m a r a v i l l o s a m e n t e todo lo c o n t r a -rio por ese mismo m e d i o . Y a s í las p i e d r a s q u e el d e -monio a r ro j a c o n t r a n o s o t r o s pa ra d e s c a l a b r a r n o s y m a t a r n o s , las t o m a él para l a b r a r n o s de el las una m u y h e r m o s a y prec ios ís ima c o r o n a , como l e e m o s de l g l o -r ioso San E s t é b a n (1), q u e e s t a b a rodeado de p e r s e -g u i d o r e s y ce rcado de p i e d r a s q u e le t i r a b a n , y ve ab i e r to s los cielos y allí á J e s u c r i s t o , como q u e e s t a -ba r ecog i endo a q u e l l a s p i e d r a s , pa ra d e el las f a b r i -car le u n a co rona d e p e d r e r í a d e g lo r i a .

Añade Gerson (2) aqu í o t r a cosa de m u c h o c o n s u e -lo, y dice q u e e s d o c t r i n a c o m ú n de los doc to re s y San tos , q u e a u n q u e uno , c u a n d o es m o l e s t a d o d e t e n -t ac iones , haga a l g u n a s f a l t a s y le parezca q u e tuvo a l g u n a n e g l i g e n c i a y d e s c u i d o y q u e s e mezcló a l g u -na c u l p a ven ia l ; con todo eso," po r o t r a p a r t e la p a -c ienc ia q u e t i e n e en a q u e l t r a b a j o y la c o n f o r m i d a d con la v o l u n t a d d e Dios, y l a res i s t enc ia q u e h a c e pe-l eando c o n t r a la t e n t a c i ó n , y las d i l igenc ias y med ios q u e p o n e para a l canza r v i c t o r i a , no s o l a m e n t e q u i t a n y p u r g a n todas esas f a l t a s y n e g l i g e n c i a s , s ino h a c e n q u e crezca y se a d e l a n t e e n m e r e c i m i e n t o de m a y o r

(1) Actuum, Vi l , 55.—(2) Gers. tract, contra pusillanimU.

grac ia y de m a y o r g lo r i a , c o n f o r m e á a q u e l l o de l Após to l : Saca Dios b ien de la t en t ac ión (1), y h a c e q u e q u e d e m o s d e e l la m e d r a d o s y a v e n t a j a d o s . El a m a ó m a d r e , p a r a q u e el n iño sepa a n d a r , a p á r t a l e u n poco de sí , y luégo l l ámale ; él t i e m b l a , y no osa i r ; el la le d e j a , a u n q u e ca iga a l g u n a s veces , t e n i e n d o aque l por m é n o s d a ñ o q u e el no s a b e r a n d a r : de e sa m a n e r a s e h a Dios con noso t ros : *Yo, como ama de Efrain (2).* No t i e n e Dios e n n a d a esas ca idas y fa l t as q u e á vos os p a r e c e q u e hacé i s , e n c o m p a r a c i ó n de l p rovecho q u e d e las t e n t a c i o n e s se s i g u e .

De la s a n t a v i r g e n G e r t r u d i s c u e n t a Blosio (3), q u e af l ig iéndose y r e p r e n d i é n d o s e ella m u c h o po r u u d e -fecto p e q u e ñ o q u e t e n í a , de seó y p id ió á Dios q u e s e le q u i t a s e del todo . Y r e s p o n d i ó l e el Seño r con m u -cha b l a n d u r a y s u a v i d a d : ¿ P a r a q u é q u i e r e s q u e yo sea p r ivado de g r a n d e h o n r a , y tú de g r a n d e p r e m i o ? P o r q u e cada vez q u e r e c o n o c i e n d o e s t e de fec to , ú otro s e m e j a n t e , p r o p o n e s de ev i t a r l e de a h í a d e l a n t e , ganas g r a n d e p r e m i o ; y cada vez q u e p rocura u n o v e n c e r sus de fec tos por mi a m o r , me h o n r a á mí t a n -to, c u a n t o u n soldado á su r e y , c u a n d o por él p e l e a v a r o n i l m e n t e e n la g u e r r a c o n t r a s u s e n e m i g o s y los procura v e n c e r .

C A P Í T U L O Y U I Que los Santos y s iervos de Dios, no so lamente no se en t r i s tec ían

con las t en tac iones , á n t e s se ho lgaban po r el provecho que con ellas sen t ían .

Por es tos b i enes y p r o v e c h o s g r a n d e s q u e se s i g u e n de las t e n t a c i o n e s , los S a n t o s y s i e rvos de Dios, n o

(1) Facie i e t iam cum tenta t ione p roven tum. / ad Cor., X, 13. —(2) Et ego quasi nu t r i t ius E p h r a i m . . . Osea, XI, 3.—(3) Blosius, cap. 4 iíonil. spirit.

Page 26: Tratado de Virtudes Cristianas

s o l a m e n t e no se e n t r i s t e c í a n con el las , á n t e s se h o l -g a b a n , c o n f o r m e á aque l l o del Apósto l S a n t i a g o : Her-manos mios, cuando os viéredes en diversas tentaciones, lenedlo por grande ganancia, y holgaos mucho con eso (1). Y el Apóstol Sau P a b l o , e s c r i b i e n d o á los r o m a n o s , d ice : No solamente llevamos las tentaciones y trabajos con paciencia, sino gloriémonos en ellas, y llevárnoslas con gozo y regocijo: porque sabemos que en ellas se mues-tra la paciencia, y en esa paciencia se prueba uno, y esa prueba da grandes esperanzas ( 2 ) . De es t a m a n e r a d e -clara t a m b i é n San Gregor io aque l l o de J o b : * S i m e echo á dormir, digo, ¿cuando me levantaré? y de nuevo esperaré la tarde (3) .* Por la t a rde , q u e e s p e r a b a , e n -t i e n d e San Gregor io la t e n t a c i ó n (4). Y n o t a q u e la d e s e a b a el s a n t o J o b como cosa b u e n a y p r o v e c h o s a : p o r q u e las cosas b u e n a s y p róspe ra s , d e c i m o s q u e las e s p e r a m o s ; y las ma la s y dañosas , q u e las t e m e -mos ( S ) . P u e s p o r q u e t en ía el s an to J o b la t e n t a c i ó n po r cosa q u e le c o n v e n í a y le e r a b u e n a y p r o v e c h o -sa , po r eso , d i ce , q u e la e s p e r a b a .

San Doroteo (6) t r a e á e s t e p ropós i to a q u e l e j e m p l o q u e se c u e n t a e n el Prado Espiritual, d e un d i s c í p u -lo de u n o de a q u e l l o s P a d r e s a n t i g u o s , el cua l e r a c o m b a t i d o del e sp í r i tu de la fo rn icac ión ; y é l , f avore -c i é n d o l e la g rac i a de l S e ñ o r , res i s t í a v a r o n i l m e n t e á s u s ma los y suc ios p e n s a m i e n t o s ; y pa ra mor t i f i ca r se , a y u n a b a , e s t a b a m u c h o t i e m p o e n orac ion , y m a l t r a -t a b a su c u e r p o con la obra de sus m a n o s . Como su

(1^ Omne gaud ium exis t imate , f r a l r e s mei , cum in t en ta t iones var ias inc ider i t i s . Jacob, I, 2 .—(2) Non solum autem, sed et glo-r i amur in t r ibu la t ion ibus ; sc ientes quod t r ibu la t io pat icnt iam o p e r a t u r ; pat ient ia autem probat ionem; probatio vero spem. Ad Rom., V, 3 .—(3) Si dormiero , d icam, quando consurgam? et rur -sum axpec tabo vesperam. Job, VII, A.—(4) Greg. lib. 8 Moral, cap. 10.—(5) Expec tamus en im p rospe ra e t f o r m i d a m u s adversa . —(6) Doroth. Doctrina 18.

san to maes t ro le vió e n t a n t o t r a b a j o , d í jo le : Si q u i e -res , hi jo mío, r o g a r é al Seño r q u e t e l ib re d e e s t e c o m b a t e . A es to r e spond ió el d i sc ípu lo : Bien veo , P a d r e , q u e es g r a n d e t r aba jo el q u e padezco : m a s con todo eso s i e n t o q u e por c a u s a d e e s t a t e n t a c i ó n m e a p r o v e c h o m á s , p o r q u e a c u d o m á s á Dios con la orac ion , y con la mort i f icac ión y p e n i t e n c i a . Y as í , lo q u e t e supl ico es , r u e g u e s á Dios m e dé pac ienc ia y for ta leza pa ra su f r i r e s t e t r a b a j o y sa l i r d e él v e n c e -dor, l impio y s in r e p r e h e n s i ó n a l g u n a . M u c h o se ho l -gó el s an to v ie jo de oir e s t a r e s p u e s t a , y d i jo : A h o r a e n t i e n d o , hi jo , q u e vas a p r o v e c h a n d o en el c a m i n o de la pe r fecc ión , p o r q u e c u a n d o uno e s c o m b a t i d o d e algún vicio y él p r o c u r a res is t i r v a r o n i l m e n t e , a n d a h u m i l l a d o , sol ici to y c o n g o j a d o , y con es tas a f l i cc io -nes y t r a b a j o s s e va poco á poco p u r g a n d o y p u r i f i -cando el a l m a , h a s t a l l egar á una pur idad y p e r f e c -ción m u y g r a n d e . De o t ro s an to m o n j e c u e n t a San Doroteo (1), q u e p o r q u e le qu i tó Dios u n a t en t ac ión q u e t en ía , se e n t r i s t e c i ó , y l lo rando dec ía a m o r o s a -m e n t e á Dios: S e ñ o r , q u e no fui yo d igno d e p a d e c e r y ser af l igido y a t r i bu l ado a l g ú n t a n t o po r vues t ro a m o r .

San J u a n Cl ímaco c u e n t a (2) d e San E f r e n , q u e v i éndose e n a l t í s imo e s t a d o d e paz y t r a n q u i l i d a d , á la cua l l l ama el cielo t e r r e n a l , é impas ib i l i dad , r o g a -ba á Dios q u e le vo lv iese y r e n o v a s e las ba ta l l a s a n -t iguas de sus t e n t a c i o n e s , por no p e r d e r la ocasion y mate r i a de m e r e c e r y labra r su corona . Y de o t ro santo m o n j e (3) c u e n t a Pa l ad io q u e v i n o u n día al abad Pas to r , y d í jo le : Ya Dios m e h a q u i t a d o las p e -leas y d á d o m e paz , p o r q u e s e lo he r o g a d o . Dijo P a s -

(1) Doroth. ubi supra.— (2) Clim. c . 29 .—(3) Del abad Juan Brev.

Page 27: Tratado de Virtudes Cristianas

t o r : V u e l v e á Dios, y p í d e l e q u e te v u e l v a t u s pe leas , p o r q u e no le hagas n e g l i g e n t e . F u é al S e ñ o r , y d í jo le lo q u e Pas to r decía . R e s p o n d i ó l e Dios q u e tenía su maes t ro razón ; y vo lv ió le sus t e n l a c i o n e s . En conf i r -mac ión de esto v e m o s q u e el Após to l S a n Pab lo , c u a n d o p id ió ser l ib re de la t en t ac ión , no f u é o ido , s i n o r e spónde le el S e ñ o r : Suflicit tibi gratia mea, narn virtus in infirmitate perpcitur: Bás ta te mi g rac i a , p o r -q u e e n la t en tac ión s e per í ic iona y e c h a d e v e r la v i r t u d (1). J

CAPÍTÜLO I X Que e n las tentaciones es uno enseñado , 110 so lamente para sí ,

sino pa ra otros .

T r a e n cons igo las t e n l a c i o n e s o t ro p r o v e c h o m u y g r a n d e y m u y i m p o r t a n t e para los q u e t r a t a n d e a y u -da r á los p ró j imos ; y es , q u e en el las e s u n a l m a m u y e n s e ñ a d a , no s o l a m e n t e pa ra s í , s ino pa ra o t ros , p o r -q u e e x p e r i m e n t a en sí lo q u e d e s p u e s ha de v e r e n los q u e ha de t r a t a r y e n d e r e z a r . Vase uno e j e r c i -t a n d o en la mil icia e sp i r i t ua l , y va a d v i r t i e n d o con a t e n c i ó n las e n t r a d a s y sa l idas de l d e m o n i o ; con lo cual se a p r e n d e el mag i s t e r i o e sp i r i t ua l pa ra g u i a r a l m a s , p o r q u e la expe r i enc i a e n s e ñ a m u c h o . Y d e a h í v i n o el p roverb io : No h a y m e j o r c i r u j a n o q u e el b i en a c u c h i l l a d o . Así como el a n d a r por el m u n d o h a c e á los h o m b r e s rasgados , p rác t i cos y e x p e r i m e n t a d o s : *Los q u e n a v e g a n la mar , c u e n t e n los pe l ig ros d e el la (2);* así t a m b i é n lo h a c e n las t e n t a c i o n e s . Y por eso d i jo el Sab io : Qui non est tentatus, quid scit (3)?:

( 1 ) / / adCor. XII , 9.-Q) Qui nav igan t m a r e , e n a r r e n t pe r í -cula e jus . Eccli., XL11I, 2 6 . - ( 3 ) Eceli., XXXIV, 9 .

El q u e no h a sido t e n t a d o , ¿qué p u e d e saber? : Ni pa ra sí , ni p a r a o t ros s a b r á . Pero el h o m b r e e j e rc i t ado y e x p e r i m e n t a d o , e s e s a b r á m u c h o y se rá h o m b r e de muchos med ios (1). El q u e e s t u v i e r e b ien c u r t i d o e n estas g u e r r a s e s p i r i t u a l e s s e r á b u e n pas to r . P u e s pa ra eso q u i e r e t a m b i é n el Seño r q u e t e n g a m o s t e n t a c i o -nes , para q u e q u e d e m o s e n s e ñ a d o s y d i e s t ro s en el magis te r io espi r i tua l d e g u i a r y e n d e r e z a r a lmas . De-clarando m á s e s to , q u i e r e t a m b i é n el Seño r q u e s e a -mos t e n t a d o s pa ra q u e c u a n d o v i é r emos á nues t ro h e r m a n o t en t ado y af l ig ido, s e p a m o s t e n e r c o m p a -sión de él . Así c o m o acá e n lo corpora l a p r o v e c h a mucho el h a b e r t e n i d o u n o e n f e r m e d a d e s y a c h a q u e s para c o m p a d e c e r s e d e s p u e s d e los q u e los t i e n e n y saber les acudi r con car idad y a m o r , así e s t a m b i é n e n lo e sp i r i tua l .

Cuenta Cas iano (2) q u e u n m o n j e m a n c e b o y m u y religioso era m u y t e n t a d o d e t e n t a c i o n e s d e s h o n e s -tas, y fuese á o t ro m o n j e v ie jo y dec la ró l e l l a n a m e n t e todas aque l l a s t e n t a c i o n e s y m o v i m i e n t o s malos q u e padecía , p e n s a n d o q u e ha l la r ía consue lo y r e m e d i o con sus o rac iones y conse jos . P e r o acon tec ió l e m u y al reves ; p o r q u e el v ie jo é ra lo sólo e n los años , y no en la p rudenc i a y d i sc rec ión ; y o y e n d o las t e n t a c i o n e s del m a n c e b o , s e c o m e n z ó á e s p a n t a r y s a n t i g u a r , y dale u n a b u e n a mano , r e p r e h e n d i é n d o l e con p a l a b r a s muy á spe ra s , l l a m á n d o l e d e s d i c h a d o y m i s e r a b l e , y diciéndole q u e e r a ind igno del n o m b r e d e m o n j e , pues ta les cosas p a s a b a n po r é l . Al fin le env ió t an desconsolado con s u s r e p r e n s i o n e s , q u e el p o b r e monje , en lugar de sal i r c u r a d o , salió m á s l lagado con tan g r a n d e t r i s t eza , desconf ianza y d e s e s p e r a c i ó n ,

(1) Vir in mult is e x p e r t u s , cogi tabi t mu l t a . . . Qui non est e x -

S:rtus, pauca recognosci t . Ibid. ÎÉ>.—(2) Cas. Collât. 2 Abbat. oytl, e. 13.

Page 28: Tratado de Virtudes Cristianas

t o r : V u e l v e á Dios, y p í d e l e q u e te v u e l v a t u s pe leas , p o r q u e no le hagas n e g l i g e n t e . F u é al S e ñ o r , y d í jo le lo q u e Pas to r decía . R e s p o n d i ó l e Dios q u e teDÍa su maes t ro razón ; y vo lv ió le sus t e n l a c i o n e s . En conf i r -mac ión de esto v e m o s q u e el Após to l S a n Pab lo , c u a n d o p id ió ser l ib re de la t en t ac ión , no f u é o ido , s i n o r e spónde le el S e ñ o r : Suflicit tibi gratia mea, nam virtus in infirmitate perpcitur: Bás ta te mi g rac i a , p o r -q u e e n la t en tac ión s e per l ic iona y e c h a d e v e r la v i r t u d (1). J

CAPÍTÜLO I X Que e n las tentaciones es uno enseñado , 110 so lamente para sí ,

sino pa ra otros .

T r a e n cons igo las t e n l a c i o n e s o t ro p r o v e c h o m u y g r a n d e y m u y i m p o r t a n t e para los q u e t r a t a n d e a y u -da r á los p ró j imos ; y es , q u e en el las e s u n a l m a m u y e n s e ñ a d a , no s o l a m e n t e pa ra s í , s ino pa ra o t ros , p o r -q u e e x p e r i m e n t a en sí lo q u e d e s p u e s ha de v e r e n los q u e ha de t r a t a r y e n d e r e z a r . Vase uno e j e r c i -t a n d o en la mil icia e sp i r i t ua l , y va a d v i r t i e n d o con a t e n c i ó n las e n t r a d a s y sa l idas de l d e m o n i o ; con lo cual se a p r e n d e el mag i s t e r i o e sp i r i t ua l pa ra g u i a r a l m a s , p o r q u e la expe r i enc i a e n s e ñ a m u c h o . Y d e a h í v i n o el p roverb io : No h a y m e j o r c i r u j a n o q u e el b i en a c u c h i l l a d o . Así como el a n d a r por el m u n d o h a c e á los h o m b r e s rasgados , p rác t i cos y e x p e r i m e n t a d o s : *Los q u e n a v e g a n la mar , c u e n t e n los pe l ig ros d e el la (2);* así t a m b i é n lo h a c e n las t e n t a c i o n e s . Y por eso d i jo el Sab io : Qui non est tentatus, quid scit (3)?:

( 1 ) / / adCor. XII , 9.-Q) Qui nav igan t m a r e , e n a r r e n t pe r i -cula e jus . Eccli., XL11I, 2 6 . - ( 3 ) Eceli., XXXIV, 9 .

El q u e no h a sido t e n t a d o , ¿qué p u e d e saber? : Ni pa ra sí , ni p a r a o t ros s a b r á . Pero el h o m b r e e j e rc i t ado y e x p e r i m e n t a d o , e s e s a b r á m u c h o y se rá h o m b r e de muchos med ios (1). El q u e e s t u v i e r e b ien c u r t i d o e n estas g u e r r a s e s p i r i t u a l e s s e r á b u e n pas to r . P u e s pa ra eso q u i e r e t a m b i é n el Seño r q u e t e n g a m o s t e n t a c i o -nes , para q u e q u e d e m o s e n s e ñ a d o s y d i e s t ro s en el magis te r io espi r i tua l d e g u i a r y e n d e r e z a r a lmas . De-clarando m á s e s to , q u i e r e t a m b i é n el Seño r q u e s e a -mos t e n t a d o s pa ra q u e c u a n d o v i é r emos á nues t ro h e r m a n o t en t ado y af l ig ido, s e p a m o s t e n e r c o m p a -sión de él . Así c o m o acá e n lo corpora l a p r o v e c h a mucho el h a b e r t e n i d o u n o e n f e r m e d a d e s y a c h a q u e s para c o m p a d e c e r s e d e s p u e s d e los q u e los t i e n e n y saber les acudi r con car idad y a m o r , así e s t a m b i é n e n lo e sp i r i tua l .

Cuenta Cas iano (2) q u e u n m o n j e m a n c e b o y m u y religioso era m u y t e n t a d o d e t e n t a c i o n e s d e s h o n e s -tas, y fuese á o t ro m o n j e v ie jo y dec la ró l e l l a n a m e n t e todas aque l l a s t e n t a c i o n e s y m o v i m i e n t o s malos q u e padecía , p e n s a n d o q u e ha l la r ía consue lo y r e m e d i o con sus o rac iones y conse jos . P e r o acon tec ió l e m u y al reves ; p o r q u e el v ie jo é ra lo sólo e n los años , y no en la p rudenc i a y d i sc rec ión ; y o y e n d o las t e n t a c i o n e s del m a n c e b o , s e c o m e n z ó á e s p a n t a r y s a n t i g u a r , y dale u n a b u e n a mano , r e p r e h e n d i é n d o l e con p a l a b r a s muy á spe ra s , l l a m á n d o l e d e s d i c h a d o y m i s e r a b l e , y diciéndole q u e e r a ind igno del n o m b r e d e m o n j e , pues ta les cosas p a s a b a n po r é l . Al fin le env ió t an desconsolado con s u s r e p r e n s i o n e s , q u e el p o b r e monje , en lugar de sal i r c u r a d o , salió m á s l lagado con tan g r a n d e t r i s t eza , desconf ianza y d e s e s p e r a c i ó n ,

(1) Vir in mult is e x p e r t u s , cogi tabi t mu l t a . . . Qui non est e x -

S:rtus, pauca recognosci t . Ibid. ÎÉ>.—(2) Cas. Collât. 2 Abbat. oytl, e. 13.

Page 29: Tratado de Virtudes Cristianas

q u e y a no p e n s a b a ni t r a t a b a de l r e m e d i o d e su t e n -tac ión , s ino de p o n e r l a por o b r a ; t a n t o q u e l o m a b a ya el c a m i n o de la c iudad con esa d e t e r m i n a c i ó n é i n t e n t o . Encon t ró l e acaso el a b a d Apolo , q u e e r a uno de los Padres más s a n t o s y m á s e x p e r i m e n t a d o s q u e al l í hab ía , y en v i éndo le , conoció en su s e m b l a n t e y disposición q u e t en ía a l g u n a g r a v e t e n t a c i ó n ; y c o -mienza con g r a n d e b l a n d u r a á p r e g u n t a r l e q u é s e n -t ía , y q u é era la causa d e la t u r b a c i ó n y t r i s teza q u e m o s t r a b a . El m a n c e b o e s t aba tan p e n s a t i v o y tan e m -bebec ido en sus i m a g i n a c i o n e s , q u e no r e spond ía p a l a b r a . El viejo, v i e n d o q u e la t r i s teza y t u r b a c i ó n e r a tan g r ande , q u e no le d e j a b a hab l a r , y q u e q u e r í a e n c u b r i r la causa de e l la , i m p o r t u n ó l e con m u c h o a m o r y suav idad q u e se la d i j e s e : al lin i m p o r t u n a d o d íce le c l a r a m e n t e q u e , p u e s no podía s e r m o n j e ni r e f r e n a r las t en tac iones y m o v i m i e n t o s d e la c a r n e , c o n f o r m e á lo q u e le h a b í a d i cho tal v ie jo , q u e h a b í a d e t e r m i n a d o de d e j a r el m o n a s t e r i o y vo lverse al m u n -do y casa r se . E n t o n c e s el s an io v ie jo Apolo c o m i é n -za le á consolar y a n i m a r , d i c i endo q u e él t a m b i é n t e -n í a cada día aque l l a s t en t ac iones , q u e no po r eso se h a b í a de e s p a n t a r ni desconf ia r ; p o r q u e e s t a s cosas no se v e n c e n ni d e s e c h a n t an to con n u e s t r o t r a b a j o , c u a n -to con la g r ac i a y mise r i co rd ia d e Dios. E i n a l m e n t e , p íde le q u e s iqu ie ra p o r u n día se d e t e n g a y se t o r n e á su ce lda , y q u e allí p ida á Dios luz y r e m e d i o d e s u n e c e s i d a d . Y como f u é tan b r e v e el plazo q u e pidió, a lcanzólo d e é l : y a l canzado , v a s e el a b a d Apolo á la e r m i t a ó ce lda del v i e j o q u e le h a b í a r e p r e n d i d o , y y a q u e l l egaba cerca , p ó n e s e en o rac ion , é h i n c a d a s las rodi l las y l evan t adas las m a n o s y con l ág r imas en sus o jos , c o m i e n z a á r o g a r á Dios: S e ñ o r , q u e sabé i s las f ue r za s y flaqueza de c a d a uno , y sois m é d i c o p iadoso de las a l m a s , pasad la t e n t a c i ó n de a q u e l m a n c e b o á

es te v ie jo , p a r a q u e s e p a s i q u i e r a en la v e j e z c o m p a -decerse de las f laquezas y t r a b a j o s de los mozos . A p é -n a s hab ía él a c a b a d o es t a orac ion , c u a n d o vió q u e u n negr i l lo m u y feo e s t aba t i r ando u n a sae ta de f u e g o á la ce lda de aque l v ie jo , con la cua l h e r i d o el v i e jo sa -lió luégo de la ce lda , y a n d a b a como loco sa l i endo y vo lv iendo á e n t r a r ; al fin, no p u d i e n d o s o s e g a r ni qu i e -tarse en la c e l d a , l o m ó el c a m i n o q u e l l evaba el o t r o mancebo pa ra la c i u d a d . El a b a d Apolo q u e e s t a b a á la mi ra , y por lo q u e h a b í a vis to e n t e n d í a su t e n t a c i ó n , l légase á él y p r e g ú n t a l e : ¿A d ó n d e vas? ¿y q u é es la causa ó t en t ac ión q u e te hace q u e o lv idado de la g r a -vedad y m a d u r e z a q u e p ide lu e d a d , a n d e s con t a n t a priesa é i n q u i e t u d ? El , c o n f u n d i d o y a v e r g o n z a d o con su mala conc ienc i a , e n t e n d i ó q u e h a b í a conoc ido s u t en tac ión , y no t u v o boca p a r a r e s p o n d e r . E n l ó n c e s toma la mano el s a n t o A b a d , y c o m i é u z a l e á da r doc-t r ina : V u é l v e t e , d i ce , á tu ce lda , y e n t i e n d e q u e h a s t a aquí ó el d e m o n i o no t e conoc ía , ó no hac ía caso d e tí, pues no p e l e a b a c o n t i g o , como él sue l e h a c e r con aquellos d e q u i e n t i e n e e n v i d i a ; en eso conoce rás t u poca v i r t ud , p u e s á c a b o de t an tos a ñ o s q u e e r e s m o n -je , no pud i s t e res i s t i r á una t e n t a c i ó n , ni á u n su f r i r l a y aguarda r s i q u i e r a u n solo d í a , s ino q u e luégo al p u n -to le de j a s t e v e n c e r , y la ibas y a á pone r po r o b r a . En t i ende q u e po r eso ha p e r m i t i d o el S e ñ o r q u e t e venga es ta t e n l a c i o n , p a r a q u e s i q u i e r a e n la v e j e z sepas c o m p a d e c e r t e d e las e n f e r m e d a d e s y t e n t a c i o -nes de los o t ros , y a p r e n d a s por e x p e r i e n c i a q u e los has de env ia r conso lados y a n i m a d o s , y no d e s e s p e -rados, como h ic i s t e con a q u e l m a n c e b o q u e v ino á t í : al cual sin d u d a el d e m o n i o a c o m e t í a con e s t a s t e n -taciones, y te d e j a b a á t í , p o r q u e t e n í a m á s e n v i d i a de su v i r t ud y de su a p r o v e c h a m i e n t o q u e del t u y o , y le parecía q u e u n a v i r t ud t an f u e r t e con f u e r t e s y

Page 30: Tratado de Virtudes Cristianas

v e h e m e n t e s t e n t a c i o n e s h a b í a de s e r c o n t r a s t a d a . P u e s ap rende de a q u í a d e l a n d e d e t í á s a b e r c o m p a -d e c e r t e de los o t ros , y á da r la m a n o al q u e va á caer , y a y u d a r l e á l e v a n t a r con p a l a b r a s b l a n d a s y a m o r o -sas , y no a y u d a r l e á cae r con p a l a b r a s á s p e r a s y desabr idas ; c o n f o r m e á aque l l o de Isa ías : Dios me ha dado prudencia y discreción para que sepa animar y sus-tentar al que ha caído (1); y c o n f o r m e al e j e m p l o de n u e s t r o Sa lvador , del cua l d ice el m i s m o I sa ías , y lo t r a e el Evange l i s t a San M a t e o : La caña cascada no la acabará de quebrar, y la torcida que está humeando, no la acabará de apagar (2). C o n c l u y ó el s a n t o v i e jo d i -c i e n d o : y p o r q u e n i n g u n o p u e d e a p a g a r , ni r e p r i m i r los m o v i m i e n t o s y e n c e n d i m i e n t o s d e la c a r n e , si no es con el fervor y g rac i a de l Señor , h a g a m o s o rac ion á Dios, p id iéndo le q u e le l ibre de es t a t e n t a c i ó n ; por -q u e él es el q u e h i e r e y el q u e sana , el q u e h u m i l l a y ensa l za , el q u e mort i f ica y vivif ica . P ó n e s e el S a n t o e n orac ion , y así como por o'racion le v ino la l e n t a c i o n , así t ambién po r el la se la q u i l ó l u é g o el S e ñ o r . Y con es to quedaron r e m e d i a d o s y e n s e ñ a d o s as í el mozo como el vie jo .

C A P Í T U L O X Comiénzase á t ra ta r de los r emed ios cont ra las tentaciones; y

pr imeramente del án imo, esfuerzo y a legr ía que habernos de t e n e r en ellas.

De cutero, fratres con/ortamini in Domino, et in po-tentia virtutis ejus. Induite vos armaturam Dei, ut possi-tis stare adversus insidias diaboli (3): H e r m a n o s mios ,

( I ) Dominus dedi t mihi l i nguam e rud i t am, u t sciara sus ten ta re eum, qui lassus est , verbo. Isai., L , 4 . — ( 2 ) A r u n d i n e m quassa tam non confringet , e t l inum fumigans non ex t ingue t . Isai., XLII, 3; et Matth., XII, 2 0 . - ( 3 ) Ad Ephes., VI, 10.

dice el Apóstol San Pab lo , con fo r t aos e n el S e ñ o r y en la potenc ia de su v i r t u d . A r m a o s d e Dios pa ra que podáis res is t i r y t e n e r f u e r t e c o n t r a las a s e c h a n -zas del d e m o n i o . El b i e n a v e n t u r a d o San A n t o n i o , v a -ron muy e j e r c i t ado y e x p e r i m e n t a d o e n es t a s g u e r r a s y batallas e sp i r i tua les , solía dec i r q u e u n o d e los p r i n -cipales medios pa ra v e n c e r á n u e s t r o e n e m i g o , e s mostrar án imo, e s fue rzo y a l eg r í a en las t e n t a c i o n e s ; porque con eso luégo él se en t r i s t e ce y d e s m a y a , y pierde la e s p e r a n z a d e p o d e r n o s d a ñ a r . Nues t ro P a d r e , en el l ibro de los E je rc i c ios E s p i r i t u a l e s pone u n a r e -gla ó d o c u m e n t o m u y b u e n o á es te p ropós i to . Dice (1) que el demon io n u e s t r o e n e m i g o s e h a con noso t ro s en las t en tac iones como se ha u n a m u j e r c u a n d o r i ñ e con a lgún h o m b r e , q u e si ve q u e el h o m b r e le r e s i s -te y m u e s t r a p e c h o , luégo ella se a m i l a n a , y v u e l v e las espaldas y h u y e ; pero si s i e n t e en el h o m b r e p u -silanimidad y cobard ía , luégo ella se e n g r í e y t o m a d e allí más a t r e v i m i e n t o y osadía y se h a c e u n t ig re . Así el demonio , c u a n d o nos t i e n t a , si noso t ros le m o s t r a -mos pecho y brío, y r e s i s t imos v a r o n i l m e n t e á s u s tentaciones, luégo d e s m a y a y se da po r venc ido ; p e r o si s iente e n nosot ros p u s i l a n i m i d a d y d e s m a y o , e n -tónces cobra mayor brio y fo r t a l eza , y se h a c e u n t i -gre y un león c o n t r a n o s o t r o s . ¥ así dice el Após to l Santiago: Resistite diabolo, et fugiet a vobis (2): H a c e d rostro al demonio , res i s t id le con á n i m o y e s fue r zo , y huirá de vosot ros . Conf i rma e s t o San Gregor io (3) con aquello de la Esc r i t u r a e n el l ibro de J o b (4) , d o n d e según los S e t e n t a , l l ama al d e m o n i o mirmicoleon, *es to es, león y h o r m i g a . * E s león de las h o r m i g a s ; p e r o

(t) Ignat. lib. Exerc. spirit., Regul. 12 ad motus animx dis-eernendos.—[2) Jacob, IV, 7.—(3) Myrmicoleon, id est , leo et for-mica. Gregor, lib. 5 Mor. c. 22.—(4) Job , IV, 11.

Page 31: Tratado de Virtudes Cristianas

si vos le mos t rá i s fo r ta leza de león , s e rá u n a hormiga para vos. Por es to nos aconse j an los S a n t o s q u e en las ten tac iones no nos en t r i s t e zcamos , p o r q u e nos h a r e -mos cobardes y p u s i l á n i m e s ; s ino q u e p e l e e m o s con a legr ía , como d ice la S a g r a d a E s c r i t u r a de J u d a s M a -cabeo y s u s h e r m a n o s y c o m p a ñ e r o s : Peleaban las ba-tallas de Israel con gran alegría (1); y así v e n c í a n .

Y h a y o t r a razón para e s t o ; q u e como los d e m o n i o s son t an envid iosos de n u e s t r o b i en , n u e s t r a a legr ía les a t o r m e n t a y d a p e n a , y n u e s t r a t r i s teza y p u s i l a -n i m i d a d los a l eg ra : y así a u n q u e no f u e s e s i n o por eso , h a b í a m o s de procura r no m o s t r a r pus i l an imidad n i t r i s teza , por no dar les ese c o n t e n t o , s ino m o s t r a r m u c h o á n i m o y a legr ía pa ra hacer los rab ia r con eso. C u e n t a n las his tor ias ec les iás t icas de los S a n t o s m á r -t i r e s q u e una de las cosas con q u e hac í an r ab i a r á los t i r anos , y con q u e ellos a t o r m e n t a b a n más á los t i r a -nos , q u e los t i ranos á ellos, e r a con el á n i m o y for ta -leza q u e mos t r aban en los t o r m e n t o s . P u e s de esa m a -n e r a nos habe rnos de h a b e r noso t ros con los d e m o n i o s en las t en t ac iones , pa ra hace r lo s r ab i a r , y q u e q u e -d e n cor r idos . Por ser e s t e med io t an pr inc ipa l pa ra v e n c e r las t e n t a c i o n e s y sa l i r con v ic tor ia y t r iun fo d e n u e s t r o s e n e m i g o s , i r e m o s d ic iendo en los c a p í t u -los s i g u i e n t e s a l g u n a s cosas q u e nos a y u d a r á n á t e -n e r e s t e á n i m o y es fuerzo e n e l las .

C A P Í T U L O X I Cuán poco es lo q u e e l d e m o n i o p u e d e c o n t r a nosotros .

A y u d a r á n o s , y no poco, p a r a t e n e r á n i m o y e s fue r -zo e n las t e n t a c i o n e s , c o n s i d e r a r la flaqueza de n u e s -

( l ) E t p r s l i a b a n t u r p r a l i u m Is rae l cum laetitìa. I Mach., I I I , 2.

tros e n e m i g o s y c u á n poco p u e d e el d e m o n i o c o n t r a nosotros, p u e s no nos p u e d e h a c e r c a e r en p e c a d o n inguno si noso t ros no q u e r e m o s . Dice m u y bien S a n Bernardo: Mirad y a d v e r t i d , h e r m a n o s mios , c u á n fla-co es n u e s t r o e n e m i g o , p u e s no p u e d e v e n c e r s i n o a l que q u i e r e s e r v e n c i d o (1). Si c u a n d o u n o v a á la guer ra á pe l ea r c o n t r a sus e n e m i g o s , e s t u v i e s e c ie r to que si él qu i s i e se vence r í a , y q u e e n su m a n o e s t a b a la vic tor ia , ¡qué c o n t e n t o l levar ía , p o r q u e ir ía c i e r to de ella, p u e s d e sí e s t á c ie r to q u e q u i e r e v e n c e r y no ser vencido! P u e s d e es t a m a n e r a p o d e m o s i r nos-otros á pe l ea r con el d e m o n i o ; p o r q u e e s t a m o s c i e r tos que no nos p u e d e v e n c e r , si noso t ros no q u e r e m o s ser vencidos . San J e r ó n i m o (2) n o t ó e s t o m u y b i e n sobre aque l l a s p a l a b r a s q u e el d e m o n i o d i jo á Cr is to nuestro R e d e n t o r , c u a n d o p u e s t o en el p i n á c u l o de l templo, le t e n t ó p e r s u a d i é n d o l e q u e s e e c h a s e de allí abajo (3). Dice San J e r ó n i m o : Esa es voz del d e m o -nio, que d e s e a q u e todos se e c h e n y c a i g a n a b a j o (4 ) . El demonio p u é d e o s pe r suad i r q u e os e c b e i s ; mas no os puede él e c h a r si vos no q u e r e i s (o); é c h a t e de a h í abajo, dice el d e m o n i o , c u a n d o os t i e n t a : é c h a t e e n el inf ierno. Decidle vos: é c h a t e t ú , q u e s a b e s y a el camino, q u e yo no m e q u i e r o e c h a r . P u e s si vos no quereis , él no os p u e d e e c h a r ; si vos no q u e r e i s ir al infierno, él no os p u e d e l levar a l l á . A n d a b a u n o m u y afligido, y ya m u y c o n s u m i d o y g a s t a d o con u n a t e n -tación del d e m o n i o q u e le decía i n t e r i o r m e n t e : «ahórcate.» Díjole un rel igioso á q u i e n s e d e c l a r ó : hermano, ¿eso n o ha de ser q u e r i e n d o vos? P u e s d e -

(1) Videte, f r a t r e s , q u a m debi l is es t hos t i s nos te r , qui non v in-ci nisi volentem. Bernard.—(2) Hieron. sup. cap. 4 Matth.— (i) Ahtte te d e o r s u m . Matth., IV, 6.—(4) Vox d iabol i es t . qui semper omnes c a d e r e deo r sum des ide ra t . Hieron. ubi supra.— W Persuadere potest , p r e c i p i t a r e n o n potes t . Ib.

E J E R . R O D R I G . — T o m . I V . 4

Page 32: Tratado de Virtudes Cristianas

c id le , «no qu ie ro :» y a v i s a d m e d e a q u í á o c h o días cómo os va . Y q u i t ó s e l e con a q u e l l o la t e n t a c i ó n , y volv ió á da r las g rac ias al confeso r q u e tal r e m e d i o le h a b í a dado . P u e s e s t e es el m e d i o q u e a h o r a vamos d a n d o .

C o n c u e r d a b i en con e s t o lo q u e d ice San A g u s t í n : H e r m a n o s mios, a n t e s d e la v e n i d a de Cr is to , el d e -m o n i o a n d a b a sue l t o : p e r o v i n i e n d o él al m u n d o , ato al d e m o n i o q u e se h a b í a h e c h o f u e r t e e n él , como d ice el sagrado E v a n g e l i o (1) , y lo vió San J u a n en el Apoca l ips i (2): *Vi descender del cielo un ángel que te-nia la llave del abismo, y una grande cadena en su mano; y prendió al dragon, serpiente antigua, que es el diablo y Satanás, y le ató por mil años; y arrojólo al abismo y le encerró, y selló sobre ¿l la puerta, para que no en-gañe más las gentes, hasta que sean cumplidos los mil años; y después de esto conviene que sea desatado por un poco de tiempo (3).* Dice San A g u s t í n , sob re e s t e l u -ga r , q u e es te a t a r al d e m o n i o , es , no le d e j a r ni p e r -m i t i r q u e h a g a t o d o el mal q u e él pod ía y q u e r í a , si l e d e j a r a n , t e n t a n d o y e n g a ñ a n d o á los h o m b r e s de mil m a n e r a s e x q u i s i t a s . C u a n d o v e n g a el A n t e c r i s t o , l e d a r á n a l g u n a m á s l i cenc ia ; m a s a h o r a e s t á m u y a t ado . , ,

P e r o d i ré i s : si e s t á a t a d o , ¿como p r e v a l e c e y h a c e t a n t o mal? Es v e r d a d , d ice San A g u s t í n , q u e p reva l e -ce y h a c e m u c h o d a ñ o ; p e r o eso e s e n los d e s c u i d a -dos y n e g l i g e n t e s ; p o r q u e el d e m o n i o e s t á a t a d o como

(1) Matth., XII, 29.—(2) August , serm. 197 de Tempore.-(3) Et vidi ange lum descendentem de ccelo, h a b e n t e m clavera abyssi , et ca tenam magna in in raanu sua. Et apprehend i t draco-nen i s e rpen tem an t iquum, qui est d iabolus .e t Satanas, e t l igavit e u m pe r annos mille: et misi t eum in abyssum, et clausit , et s i g -navi t super i l ium, ut non seduca t ampl ius gentes, donee consum-m e n t u r mille ann i . E t post heec oportet i l ium solvi modico t e m -pore . Apoc., XX, I , 2, 3.

perro con c a d e n a s , y no p u e d e m o r d e r á n a d i e , si n o es al q u e s e q u i e r e l legar á é l . Lad ra r p u e d e y p rovo-car y solici tar á ma l ; p e r o no p u e d e m o r d e r ni h a c e r mal, sino al q u e s e le q u i e r e l legar ( 1 ) . P u e s así como sería nec io , y o s r e i r í a d e s y h a r í a d e s bur la del h o m b r e que se d e j a s e m o r d e r d e u n pe r ro q u e e s t á a m a r r a d o f u e r t e m e n t e con u n a c a d e n a ; así , d i c e San A g u s t í n , merecen q u e se r i an y h a g a n b u r l a de el los , los q u e se dejan morde r y se r v e n c i d o s del d e m o n i o , p u e s e s t á atado y a m a r r a d o f u e r t e m e n t e , como pe r ro rabioso , y no puede h a c e r mal s ino á los q u e se le q u i e r e n l l ega r : vos os le qu is i s tes , p u e s os l l e g á s t e s á él pa ra q u e os mordiese; q u e él no p u e d e l l egar á vos , ni haceros c a e r en culpa a l g u n a , si vos no q u e r e i s ; y así podé i s h a c e r burla de é l . Declara San A g u s t í n á e s t e p ropós i to a q u e -llo del Sa lmo: Este dragón que criastes, Señor, para que hiñésemos burla de él (2). ¿No h a b é i s vis to cómo h a -cen burla d e un p e r r o , ó de u n oso a l a d o , y se van á jugar y pasar t i e m p o con él los m u c h a c h o s ? P u e s así podéis h a c e r b u r l a del d e m o n i o , c u a n d o os t rae las tentaciones, y l l amar le pe r ro , y dec i r l e : a n d a , m i s e r a -ble, que es tás a t ado , no p u e d e s morde r , no p u e d e s h a -cer más de l ad ra r .

Cuando al b i e n a v e n t u r a d o San A n t o n i o le a p a r e -cieron los demon ios en d i v e r s a s f o r m a s e s p a n t a b l e s , en figura de fieros a n i m a l e s , como leones , t ig res , t o -ros, se rp ien tes y e s c o r p i o n e s , c e r c á n d o l e y a m e n a z á n -dole con s u s uñas , d i e n t e s , b r a m i d o s y s i lbos t e m e -rosos, q u e parec ía le q u e r í a n y a t r aga r ; el S a n t o h a c í a burla de ellos, y dec ía l e s : si t u v i é s e d e s a l g u n a s f u e r -zas, uno solo de voso t ros b a s t a r í a para p e l e a r con u n

(I) Latrare potest, soll ici tare, potest , morde re omnino non po-test, msi volentem. Aug. lib. 20 de Civit., c. 8.-(2) Draco iste quem formasti ad i l ludendum e i . Psal, CUI, 26.

Page 33: Tratado de Virtudes Cristianas

h o m b r e : m a s p o r q u e sois flacos, p r o c u r á i s j u n t a r o s á u n a m u c h a cana l l a , p a r a p o n e r m i e d o con eso . Si el Seño r os h a d a d o p o d e r sob re mí , ve i s r ae a q u í , t r agad-me ; m a s si no le t ene i s , ¿pa ra q u é t r a b a j a i s e n balde? Así p o d e m o s h a c e r noso t ros ; p o r q u e d e s p u e s q u e Dios se hizo h o m b r e , ya no t i ene f u e r z a s el d e m o n i o , c o m o él m i s m o lo confesó á San A n t o n i o , el cua l r e s p o n d i ó : Al Seño r se d é n g rac ias por eso , q u e a u n q u e e r e s pa -d r e de m e n t i r a s , e n eso d ices v e r d a d , p o r q u e el m i s -m o Cristo nos lo d i ce : Yayo he vencido y librado al mundo de la s u j e c i ó n y poder ío d e l d e m o n i o , por eso tened ánimo y confianza (1). Gracias infinitas sean da-das al Señor, que por Cristo nos ha concedido esta vic-toria (2).

CAPÍTULO X I I

Que nos h a d e d a r g r a n d e á n i m o y e s f u e r z o p a r a pe l ea r e n las t e n t a c i o n e s c o n s i d e r a r q u e nos e s t á m i r a n d o Dios.

A y u d a r á n o s t a m b i é n m u c h o p a r a t e n e r g r a n d e á n i -mo y es fue rzo en l a s t e n t a c i o n e s , y pe l ea r va ron i l -m e n t e en el las , cons ide ra r q u e n o s e s t á m i r a n d o Dios cómo p e l e a m o s . C u a n d o un b u e n so ldado es tá e n c a m -po pe l eando c o n t r a s u s e n e m i g o s , y e c h a de ve r q u e el e m p e r a d o r ó c a p i t a n g e n e r a l le e s t á m i r a n d o y g u s -t ando de ve r el á n i m o con q u e p e l e a , cobra g r a n d e e s fue rzo y bríos p a r a p e l e a r . P u e s eso pasa en n u e s -t r a s -pe leas e s p i r i t u a l e s , en r e a l i d a d d e v e r d a d . I así c u a n d o p e l e a m o s c o n t r a las t e n t a c i o n e s , habernos d e h a c e r c u e n t a q u e e s t a m o s e n u n t e a t r o , ce rcados y

(1) Conl ìd i te , ego vici m u n d u r a . Joan., XVI, 33 .—(2) Deo att-i en i g r a t i a s , q u i d e d i t nob i s v i c t o r i a m p e r D o m i n u m n o s t r u m Je-* s u m Chr i s tum. I ad Cor., XV, 57.

rodeados de á n g e l e s y d e toda la c o r t e ce les t ia l q u e e s t á á la m i r a e s p e r a n d o el suceso ; y q u e el p r e s i d e n -t e y j u e z d e n u e s t r a lucha y pe lea es el todopoderoso Dios. Y e s cons ide rac ión e s t a de los S a u t o s , f u n d a d a e n a q u e l l a s pa labras de l s ag rado E v a n g e l i o : *He aquí que los ángeles se llegaron á él y le servían (1).* E n a q u e l l a t en t ac ión y bata l la e sp i r i tua l d e Cris to con el d e m o n i o , e s t a b a n los á n g e l e s á la m i r a , y en a c a b a n -do d e v e n c e r c o m e n z a r o n á se rv i r l e y á c a n t a r l e la gala de la v i c to r i a .

Y del b i e n a v e n t u r a d o San A n t o n i o l e e m o s q u e , s i en -do u n a vez r e c i a m e n t e azo tado y acoceado d e los d e -monios , a l z ando los o jos a r r i ba , vió ab r i r s e el t echo de su ce lda y e n t r a r p o r allí un rayo d e luz t an a d m i -rab le , q u e con su p r e s e n c i a h u y e r o n todos los d e m o -nios, y el dolor de las l lagas le f u é q u i t a d o , y con en-t r añab le s susp i ro s d i jo al S e ñ o r , q u e e n t o n c e s le apa-rec ió : ¡Dónde e s t a b a s , ó b u e n JESÚS! ¿Dónde e s t a b a s , c u a n d o yo era tan m a l t r a t a d o d e los e n e m i g o s ? ¿Por q u é no e s t u v i s t e a q u í al p r inc ip io de la pe lea , pa ra q u e la i m p i d i e r a s ó s a n a r a s t odas mis l lagas? A lo cua l el S e ñ o r , r e s p o n d i ó d i c i e n d o : A n t o n i o , aqu í e s t u v e desde el p r i n c i p i o ; mas e s t a b a mi r ando cómo t e h a -bías e n la pe l ea ; y p o r q u e v a r o n i l m e n t e p e l e a s t e , s i e m p r e te a y u d a r é y t e h a r é n o m b r a d o en la r e d o n -dez d e la t i e r r a . De m a n e r a , q u e s o m o s e s p e c t á c u l o de Dios y de los á n g e l e s , y d e toda la c o r l e ce les t i a l . P u e s ¿qu i én no se a n i m a r á á pe l ea r con e s fue rzo y va -len t ía d e l a n t e de tal t ea t ro?

Y más , p o r q u e el m i r a r de Dios e s a y u d a r n o s , h a -bernos d e pasar e n es to a d e l a n t e , y cons ide ra r q u e no s o l a m e n t e nos e s t á Dios m i r a n d o como J u e z pa ra d a r -nos p r e m i o y g a l a r d ó n si v e n c e m o s ; s ino t a m b i é n

( I ) Et ecce A n g e l i a c c e s s e r u n t , e t m i n i s t r a b a n t c i . Matth., IV, 11.

Page 34: Tratado de Virtudes Cristianas

como P a d r e y va l edo r , p a r a d a r n o s favor y a y u d a p a r a q u e s a l g a m o s v e n c e d o r e s . *Los ojos del Señor contem-plan toda la tierra y dan fortaleza á todos los que espe-ran en él. El anda siempre á mi diestra para que no res-bale ( 1 ) . * E n el c u a r t o l ib ro de los Reyes , c u e n t a la S a g r a d a E s c r i t u r a q u e e n v i ó el r e y d e Sir ia la f u e r z a de todo su e j é r c i t o de c a r r o s y cabal los s o b r e la c i u -dad d e Do ta in , d o n d e e s t a b a el p ro fe t a E l i seo , p a r a p r e n d e r l e ; y l e v a n t á n d o s e d e m a ñ a n a su c r iado Giez i , v i e n d o sob re sí t a n t a m u l t i t u d , f u é co r r i endo y d a n d o voces á El i seo d i c i é n d o l e lo q u e p a s a b a : *Ah Señor mió, ¿qué haremos?* P a r e c í a l e q u e ya e ran p e r d i -dos (2). Dícele el P r o f e t a : No temas, que más son los que nos defienden á nosotros (3). ¥ p id ió á Dios q u e le a b r i e s e los o jos para q u e lo v iese . A b r e l e Dios los o jos , y v e q u e todo el m o n t e e s t a b a l leno d e caba l l e r í a y car ros de f u e g o en su d e f e n s a , con lo cua l q u e d ó m u y es fo rzado . P u e s con e s t o lo habe rnos de q u e d a r t a m -bién n o s o t r o s : *Ponme, Señor, cabe tí, y pelee quien qui-siere contra mi* dec ía e l s an to J o b (4). Y el P ro fe t a J e r e m í a s : El Señoi' está conmigo, y como fuerte gueirero pelea por mí; no hay que temer los enemigos, porque sin duda caerán y quedarán confundidos (5).

San J e r ó n i m o , sob re a q u e l l o de l P r o f e t a : Señor, con el escudo de vuestra buena voluntad nos coronastes (6), d ice : N o t a d q u e allá e n e l m u n d o u n a cosa e s e s c u d o

(1) Oculi enim Domini c o n t e m p l a n t u r u n i v e r s a m t e r r a m et prèe-ben t fo r t i tud inem. II Parai., XVI, 9 .—Quoniam a d e x t r i s est mih i ne commovear . Ps. XV, 8 .—(2) Heu, heu , heu , Domine m i , quid faciemus? IV Reg., VI, 15 .—(3) Noli t imere , p lu res enim n o b i s -cum sunt , q u a m cum illis. Ib. 16.—(4) Pone m e jux ta t e , et cujus-vis m a n u s pngnet contra me . Job, XVII, 3.—(5) Dominus au tem mecum est , quasi bellator for t i s ; idcirco, qui persequuntur m e , cadent , et inf i rmi erunt ; c o n f u n d e n t u r v e h e m e n t e r . Jerem., XX, 11 —(6) Domine, nt scuto bonas voluntat is tuee coronast i nos. Ps. V, 13.

y ot ra la co rona ; p e r o pa ra con Dios una m i s m a cosa es el e s c u d o y la co rona , p o r q u e d e f e n d i é n d o n o s el Señor con el e scudo d e su b u e n a v o l u n t a d , e n v i á n d o -nos su p ro t ecc ión y a y u d a , e s e su e s c u d o y a m p a r o e s n u e s t r a v ic tor ia y co rona : Si Deus pro nobis, quis con-tra nos?: *Si Dios e s po r noso t ros , ¿qu i én c o n t r a no-so t ros (1)?*

C A P Í T U L O XI I I

De dos razones muy buenas pa r a pe lear con g r a n d e án imo y confianza en las t en tac iones .

El b i e n a v e n t u r a d o San Basil io d ice (2) q u e la r a b i a y e n e m i s t a d q u e el d e m o n i o t i ene con noso t ros , no sólo es e n v i d i a del h o m b r e , s ino odio q u e t i e n e c o n -t ra Dios n u e s t r o S e ñ o r , y como no p u e d e h a c e r f u e r t e en Dios, ni sa t i s face r en él su rabioso eno jo , v i e n d o q u e el h o m b r e h a b í a s ido c r iado á su i m á g e n y s e m e -j a n z a , c o n v i e r t e toda su rab ia y eno jo c o n t r a el h o m -bre por ser i m á g e n y s e m e j a n z a d e Dios, á q u i e n él t a n t o a b o r r e c e , y p r o c u r a v e n g a r s e en é l , h a c i é n d o l e todo el mal y daño q u e p u e d e ; como si u n o e s t u v i e s e m u y a i rado con el r ey y desca rgase el eno jo en s u i m á g e n , p o r q u e no p u e d e l legar al r ey . ¥ como el lo-ro, d ice San Basi l io , q u e v i é n d o s e a g a r r o c h a d o de l h o m b r e , a r r e m e t e con su e s t a t u a y figura, q u e en el coso le han p u e s t o , y en el la d e s c a r g a su f u r i a y r a -bia, hac iéndo la pedazos , v e n g á n d o s e e n el la de l h o m b r e .

De a q u í sacan los S a n t o s dos r a z o n e s m u y b u e n a s *

(1) Ad Rom., VIH, 31 .—(2) Basii, serm. 21 et 28 de varils ar-gumentls.

0 1 1 8 6 1

Page 35: Tratado de Virtudes Cristianas

para a n i m a m o s á ' pe l ea r v a r o n i l m e n t e en las t e n t a -ciones, y para q u e t e n g a m o s g r a n d e conf ianza q u e sa ld remos de ellas con v ic tor ia . La p r i m e r a es , p o r -q u e no nos va en el lo n u e s t r a b o n r a sola s ino la de Dios, á q u i e n el d e m o n i o q u i e r e i n j u r i a r y o f e n d e r en nosot ros . Lo cua l nos ha d e a n i m a r á d a r la v ida , á n -tes q u e fa l t a r , p o r q u e el d e m o n i o no sa lga con la s u y a de h a b e r t o m a d o aque l l a v e n g a n z a c o n t r a Dios en noso t ros , como e n i m a g e n s u y a , y q u e él t an to a m a y e s t i m a . De m a n e r a , q u e ya , no sólo d e f e n d e m o s n u e s -t ro p a r t i d o , s ino v o l v e m o s por el pa r t i do y causa d e Dios, y as í habe rnos de mor i r en la d e m a n d a , á n t e s q u e c o n s e n t i r q u e s e m e n o s c a b e la h o n r a d e Dios.

Lo s e g u n d o , p u e s el d e m o n i o , por r e s p e t o d e Dios, y po r el odio q u e á su d i v i n a Majes tad t i e n e , nos h a -ce g u e r r a , p o d e m o s c o n f i a d a m e n t e e s p e r a r q u e el Se -ñor sa ld rá á la c a u s a , y t o m a r á es te negoc io por s u y o , y vo lve rá po r noso t ros , pa ra q u e no s e a m o s venc idos , ni s o b r e p u j a d o s de é l , s ino q u e sa lgamos con v ic to r i a y t r i u n f o . P o r q u e á u n acá v e m o s , q u e si u n p r í n c i p e ó señor pode roso v e á o t ro p u e s t o en a l g ú n t r a b a j o ó a p r i e t o po r su c a u s a y r e s p e l o , luégo sale á la d e -m a n d a y t o m a el negoc io po r s u y o . En el l ibro d e Es -t e r c u e n t a la S a g r a d a E s c r i t u r a (J) q u e po r c a u s a de M a r d o q u e o , hab ía A m a n p u e s t o á p u n t o de m u e r t e á todo el p u e b l o d e los jud ío s , y tornó M a r d o q u e o po r s u causa de tal m a n e r a , q u e p u s o á A m a n y á los s u y o s d o n d e él q u e d a r í a poner los . M u c h o m e j o r h a r á esto el Señor . Y así o s a d a m e u t e p o d e m o s dec i r á Dios: Levantaos, Señor, y volved por vuestra causa. *Tomad Señor, armas y escudo, y levantaos en mi ayuda (2) .*

( t ) Esther, cap. 8 et 9.—(2) Exurge , Deus, jud ica causam tuam. Ps. LXXIII, 22 .—Apprehende a r m a , e t s cu tum, e t exu rge in a d -ju to r ium mihi . Ps. XXXIV, 2 .

C A P Í T U L O X I V

Que Dios no pe rmi te que nad ie sea t e n t a d o más d e lo que puede llevar, y que no debemos desmayar c u a n d o crece ó d u r a la t en tac ión .

Fidelis autem Deus est, qui non patietur vos tentari supra id quod potestis, sed faciet etiam cum lentaUone proventum. ut possitis sustinere (1): F ie l es Dios, dice el Apóstol San Pablo, q u e no p e r m i t i r á q u e seá i s t e n -tados m á s d e lo q u e p o d é i s ; y si c r ec i e r e la t e n t a c i ó n , c recerá t a m b i é n el socorro y favor pa ra v e n c e r y t r iun fa r d e v u e s t r o s e n e m i g o s , y q u e d a r con g a n a n -cia d e la t e n t a c i ó n . Esta es u n a cosa de g r a n d í s i m o consuelo y q u e p o n e g r a n d e á n i m o e n las t e n t a c i o -n e s : po r u n a p a r t e s a b e m o s q u e el d e m o n i o no p u e d e más de lo q u e Dios le d i e r e l i cenc ia , ni nos p o d r a t en t a r u n p u n t o m á s . Por o t r a p a r t e e s t a m o s c i e r tos q u e Dios no le d a r á l icencia pa ra q u e nos t i e n t e m a s de lo q u e p u d i é r e m o s l l eva r , como d ice a q u í el Após-tol. ¿Qu ién con e s t o no se conso la rá y a n i m a r a ? No h a v méd ico q u e con t a n t o cu idado m i d a y tase las onzas d e ac íba r q u e h a d e da r al e n f e r m o , c o n f o r m e á la disposic ión del s u j e t o , como a q u e l Fís ico c e l e s -tial m ide y t a sa el ac íbar d e la t e n t a c i ó n y t r ibu lac ión q u e ha d e dar ó p e r m i t i r á sus s i e rvos , c o n f o r m e a la v i r t ud y fue rza s de cada u n o . Dice m u y bien el s an to abad E f r en (2) : Si el ol lero q u e h a c e vasos d e ba r ro , y los pone en el h o r n o , s a b e b ien el t i e m p o q u e c o n -v i e n e t ene r lo s e n el f u e g o p a r a q u e s a lgan bien s a z o -nados y t e m p l a d o s , y sean p r o v e c h o s o s pa ra el uso de los h o m b r e s , y no los t i e n e m á s t i e m p o de q u e e s

(1) l ad Cor., X, 13.—(2) Ephrtem. serm. 1 de Patíentia.

Page 36: Tratado de Virtudes Cristianas

m e n e s t e r , p o r q u e no se q u e m e n y se q u i e b r e n , ni Ies t iene m é n o s t i e m p o del necesa r io , p o r q u e no sa lgan tan t i e rnos , q u e luégo se d e s h a g a n e n t r e las manos ; ¿cuán to más h a r á es to Dios con noso t ros , q u e e s de inf in i ta s a b i d u r í a y b o n d a d , y es g r a n d e el a m o r p a -te rna l q u e nos t i ene?

San Ambros io , sob re aque l l o de San M a t e o : "En-trando Jesús en una barca, le siguieron sus discípulos: y al punto se levantó en el mar tan recia tempestad, que las ondas cubrían la barca; mas él dormía (1),* d i c e (2): No tad q u e t a m b i é n los escog idos del S e ñ o r , y q u é a n d a n e n su c o m p a ñ í a , son c o m b a t i d o s de t e n t a c i o -nes , y a l g u n a s veces h a c e Dios de l q u e d u e r m e , e s -c o n d i e n d o , como buen p a d r e , el a m o r q u e t i e n e á s u s h i jos , pa ra q u e a c u d a n más á é l : pero no d u e r m e Dios ni s e ha o lv idado d e vos . Dice el p ro fe t a H a b a -c u c : Si os pareciere que tarda el Señor, esperadle, y estad, muy cierto que vendrá y no tardará (3). P a r é c e o s á vos q u e t a rda , mas e n rea l idad de ve rdad no t a r d a . Al e n f e r m o p a r é c e l e larga la n o c h e y q u e s e l a r d a el d í a ; mas no es as í , no se t a r d a , q u e á su t i e m p o v i e -n e . Asi Dios no se t a rda , a u n q u e á vos como á e n f e r -mo os parezca q u e s í . El s a b e m u y bien la ocas ion y la c o y u n t u r a , y a c u d i r á al t i e m p o d e la n e c e s i d a d .

San Agus t ín t r a e á e s t e p ropós i to aque l l o q u e r e s -p o n d i ó Cristo n u e s t r o R e d e n t o r á las h e r m a n a s de Lazaro , Mar ta y Mar ía : *Esta enfermedad no es para muerte, sino para gloria de Dios, para que el Hijo de Dios sea glorificado por ella (4) .* H a b í a n l e e n v i a d o á

( I ) Ascendente eo (Jesu) in naviculam, secuti sunt eum disc i -puli e jus , et ecce motus m a g n u s f a c t u s est in mari ,- i ta ut navicula ope r i r e tu r fluctibns: ipse vero dormiebat . Matth., VIII 23, 24 — (2) Ambr . üb. 6 super Lucam.—{3) Si m o r a m fece r i t , expec ta .Ham; quia ven.ens veniet , et non tardavi t . (Id est, ci t issime ve-n , e v ¡¡abac., II , 3 .—(4) Inf i rmi tas hcee non est ad mor tem, sed pro gloria Dei, ut g lor i l ice tur Fil ius Dei p e r earn. Joan., XI, 4

dec i r q u e e s t a b a e n f e r m o s u a m i g o Láza ro , y d e t ú -vose dos días , q u e no quiso ir a l lá , p a r a q u e el m i l a -g ro f u e s e m á s s e ñ a l a d o . Así , d ice (1), h a c e Dios m u -c h a s veces con s u s s ie rvos ; dé j a l e s por a l g ú n t i e m p o en las t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s , q u e p a r e c e s e ha o l v i -d a d o de e l los ; p e r o no se h a o lv idado , s ino háce lo p a r a sacar los d e s p u e s d e ellos con m a y o r t r i u n f o y glor ia . Como á J o s é , q u e le de jó es ta r m u c h o t i e m p o en la cárce l , pa ra saca r l e d e s p u e s de allí , como le sacó , con g r a n d e h o n r a y g lo r i a , h a c i é n d o l e g o b e r -nado r d e toda la t i e r r a de E g i p t o . Así, d ice , h a b é i s d e e n t e n d e r q u e si el Seño r s e d e t i e n e y p e r m i t e q u e d u r e la t e n t a c i ó n y el t r aba jo , e s pa ra sacaros d e s p u e s de él con mayor a p r o v e c h a m i e n t o y a c r e c e n t a m i e n t o vues t ro . San Crisòstomo no ta t a m b i é n es to sob re a q u e -llas p a l a b r a s : *Ensálzasme de las puertas de la muer-te (2).* A d v e r t i d , d ice , q u e no di jo el p r o f e t a : l i b r á r -t e m e , S e ñ o r , d e las p u e r t a s de la m u e r t e ; s ino e n s á l -zasme . P o r q u e el S e ñ o r , no s o l a m e n t e l ibra á sus siervos d e las t en t ac i ones , s i n o pasa a d e l a n t e h a c i é n -doles con es to m á s a v e n t a j a d o s y seña lados . \ a s i , por m u y a p r e t a d o q u e os veá is , a u n q u e os pa rezca q u e l legáis h a s t a las p u e r t a s del inf ie rno , h a b é i s d e tener conf ianza , q u e d e a h í os sacará Dios: El es el que mortifica y vivifica, y el que deja llegar hasta las puertas de la muerte, y el que saca y libra de ellas, c u a n d o y a p e n s á b a d e s . p e r e c e r (3). Y asi dec ía el san-to J o b : Aunque me mate, en él esperaré (4).

San J e r ó n i m o p o n d e r a a q u í m u y bien aque l lo de l p rofe ta J o n á s , q u e c u a n d o p e n s ó q u e y a e r a p e r d i d o

(1) Aug. Epist. 143 ad Demetr. virginem.—{2) Qui exal tas m e de porlis mort is . Ps. IX, 15.—(3) Dominus mortificat et vivificat; deduci t ad inferos , e t reduci t . I Reg., c. II , 6 . - ( 4 ) fctiam si oc -cideret me , in ipso sperabo. Job, X l l l , 15.

Page 37: Tratado de Virtudes Cristianas

y q u e no hab ía r e m e d i o , s ino q u e d a n con él e n la m a r ; a h í le t en ía el Seño r á p u n t o u n a ba l lena q u e le r e c i b i e s e , no pa ra d e s p e d a z a r l e , s ino pa ra s a lva r l e y e c h a r l e á t i e r ra c o m o e n un navio m u y s e g u r o (1). A d v e r t i d y c o n s i d e r a d , d ice (2), q u e lo q u e los h o m -b r e s p e n s a b a n q u e e r a su m u e r t e , eso f u é su g u a r d a y su v ida . P u e s así , d i ce , nos a c o n t e c e á noso t ros , q u e lo q u e p e n s a m o s m u c h a s v e c e s q u e e s pé rd ida , es g a n a n c i a ; y lo q u e p e n s a m o s q u e e s m u e r t e , es v i d a .

C o m o la r e d o m a de v id r io en p o d e r d e h o m b r e q u e j u e g a d e m a n o s , q u e la e c h a m u c h a s v e c e s en a l to , y p i e n s a n los o t ros q u e cada v e z s e le h a d e cae r y h a -cer pedazos ; p e r o d e s p u e s d e dos ó t res v e c e s , q u í t a -se les el miedo á los q u e lo ven y t i e n e n po r t an d i e s -t r o al j u g a d o r , q u e s e a d m i r a n de su d e s t r e z a ; as í los s i e r v o s d e Dios, q u e s a b e n m u y bien c u á n d ies t ro oficial es Dios, y conocen p r á c t i c a m e n t e y po r e x p e -r i enc i a q u e s a b e m u y bien j u g a r con noso t ros , l evan-t á n d o n o s y h u m i l l á n d o n o s , m o r t i f i c á n d o n o s y v iv i f i -c á n d o n o s , h i r i e n d o y s a n a n d o , no t e m e n y a e n las a d v e r s i d a d e s y pe l ig ros , a u n q u e s e t e n g a n por flacos y d e v id r io ; p o r q u e s a b e n q u e es tán e n b u e n a s m a -n o s , q u e no se le q u e b r a r á la r e d o m a ni la d e j a r á c a e r . En tus manos, Señor, están mis suertes (3) .

En la H i s t o r i a Ec les i á s t i ca s e re f ie re q u e dec ía el a b a d Is idoro: c u a r e n t a a ñ o s h a q u e soy c o m b a t i d o de u n vicio, y n u n c a h e c o n s e n t i d o . Y d e o t ro s m u c h o s d e aque l los saDtos m o n j e s a n t i g u o s l e e m o s s e m e j a n -t e s e j e m p l o s de t e n t a c i o n e s m u y c o n t i n u a s y la rgas , e n q u e p e l e a b a n con g r a n d e for ta leza y conf ianza :

(1) Prasparavit Dominus piscem g r a n d e m , ut deg lu t i re i Jonam. Jon., I l , 1 -—(2) An imadver t endum est quod ubi pu taba tu r inter i -tus , ibi custodia sit . Hieron.—(3) In man ibus tu is sor tes meee. Ps. XXX, 16.

*AUÍ hubo unos gigantes diestros en la guerra (1).* P u e s á es tos g i g a n t e s , q u e sab ían b ien p e l e a r , h a b e -rnos noso t ro s de i m i t a r . El g lor ioso San Cip r i ano , p a r a a n i m a r n o s á es to t r a e (2) a q u e l l o de I sa ías : No quie-ras temer, d ice Dios -(3), porque yo te redimí; tú eres mió, y bien te sé el nombre; cuando pasares por las aguas, seré contigo, y no te hundirás; cuando anduvie-res en medio del Juego no te quemarás, ni la llama te hará mal alguno; porque yo soy tu Dios, tu Señor y Salvador. T a m b i é n son para es to m u y t i e r n a s y r ega -ladas aque l l a s p a l a b r a s q u e d ice Dios por e l mismo P ro fe t a : *A mis pechos seréis llevados y sobre mis rodi-llas os asentaré y regalaré. De la manera que una ma-dre regala á su hijo chiquito, así yo os consolaré (4). Mirad con q u é a m o r y t e r n u r a r ec ibe la m a d r e al n iño , c u a n d o t e n i e n d o miedo d e a l g u n a cosa se a c o g e á el la; cómo le a b r a z a , y le da el p e c h o ; cómo j u n t a su ros t ro con el s u y o , y le acar ic ia y rega la . P u e s con mayor a m o r y rega lo s in c o m p a r a c i ó n a c o g e el Seño r á los q u e e n las t e n t a c i o n e s y pe l ig ros a c u d e n á é l . Es to dec ía el P ro fe t a q u e le consolaba y a n i m a b a m u -cho á él en s u s t e n t a c i o n e s y t r a b a j o s : kAcuerdate Señor, de la palabra que tienes dada á tu siervo, con la cual me diste esperanza. Esta me esforzó y consolo en la aflicción de mis trabajos, y tu palabra me vivifi-có (5 .* Esto nos h a d e conso la r y a n i m a r t a m b i é n a

(1) Ibi f u e r u n t g igantes scientes be l lum. Baruc, I II , 26 .— (2) Cyprian, lib. de evhortat ilarlyrii.—(2) Noli t imere , quia r e -demi t e , et voeavi te n o m i n e tuo; meus es tu ; cum t r a n s i e n s per aquas , tecum ero , et ( lumina n o n oper ient te ; cum a m b u l a v e n s in igne, non comburer i s , e t d a m m a non ardebi t in te ; quia ego Dominus Deus tuus, Senctus Israel Salvator tuus. / sa i , XLlii, i , z . —14) Ad ubera por tab imin i : et supe r genua b land ien tur voDis. Quomodo sicui mate r b l a n d i a t u r , i ta ego consolabor vos. /sai , LXVI, 12.—(5) Memor esto ve rb i tui servo tuo, in quo mini spem dedisti . Hiec me consolata est in humi l i ta te mea : quia e loqu ium tuum vivificavit m e . Ps. CXVIII, 49.

Page 38: Tratado de Virtudes Cristianas

nosotros , y hacer q u e t e n g a m o s g r a n d e á n i m o y con-fianza e n las t en t ac iones ; p o r q u e no p u e d e fa l ta r Dios á su pa labra : Impossibile est mentiri Deum, d ice el Apóstol San P a b l o ( 1 ) .

CAPÍTULO X V

Que el desconfiar de sí y poner toda su conf ianza en Dios es g r a n -de medio para vencer las t en tac iones y por qué acude Dios tanto á los que conf ían en él.

Uno d e los m á s pr inc ipa les y ef icaces m e d i o s p a r a a l canza r v ic tor ia y t r iun fo en ¡as t e n t a c i o n e s , e s d e s -conf iar de noso t ros y p o n e r toda n u e s t r a conf ianza e n Dios. Y así v e m o s q u e no da o t r a razón el m i s m o Se -ñor en m u c h o s l u g a r e s d e la s a g r a d a E s c r i t u r a p a r a a m p a r a r y l ibrar á uno en el t i e m p o de la t r i b u l a c i ó n y t en t ac ión , s ino h a b e r e s p e r a d o y conf iado e n é l : *Pues esperó en mí, yo le libraré.—Tú eres salvador de los que en tí confian.—Protector es de cuantos en él es-peran ( 2 ) . * De d o n d e tomó la Ig l e s i a aque l l a o rae ion : S e ñ o r , q u e sois p ro tec to r y a m p a r o de los q u e e s p e r a n e n Vos, e t c . (3) . ¥ en el Sa lmo c i n c u e n t a y se i s es to a l e g a el P r o f e t a y pone d e l a n t e á Dios p a r a ob l iga r l e á q u e use con él de mise r i co rd ia : Señor habed miseri-cordia de mí, porque he esperado y puesto toda mi con-fianza en Vos: *d la sombra de vuestras alas espera-ré(4).* Y lo mismo hace el p r o f e t a Dan ie l : *No que-

(1) Ad Heb. VI, 18 .—(2) Quoniam in m e sperav i t , l iberabo eum'. Ps. XC, 14.—Qui salvos facis spe r an t e s in te. Ps. XVI, 7. —Protector est omnium sperant ium in s e . Ps. XVII, 31.—(3) Pro-tec tor in te sperant ium Deus, e t c .—(4) Miserere mei , Deus, m i -sere mei : quoniam in te confidit a n i m a mea . Et in u m b r a a l a rum t u a r u m sperabo . Ps. XVI, 1.

dan confundidos, Señor, los que confían en tí (1) .* Y el Sabio d i ce : ¿Quién jamás esperó en Dios que quedase confundido (2)? ¥ toda la E s c r i t u r a e s t á l lena de es to ; de lo cua l d i j imos a r r i b a (3) l a r g a m e n t e , y así no se rá m e n e s t e r d e t e n e r n o s a q u í en el lo .

Pero v e a m o s q u é es la c a u s a de s e r e s t e m e d i o t an eficaz pa ra a l canza r el favor de l S e ñ o r ; y por q u é a c u -de Dios t an to á los q u e descon f í an d e sí y p o n e n en él toda su conf ianza . La razón d e es to h a b e r n o s t a m b i é n tocado d ive r sa s veces , y la da el m i s m o Seño r en e l Sa lmo n o v e n t a : Porque esperó en mí, le ampararé y li-braré; ¿por qué? *porque conoció mi nombre (4) .* D e -cláralo m u y b ien San B e r n a r d o : La razón es , p o r q u e ese no se a t r i b u y e n a d a á sí , s ino todo lo a t r i b u y e y ref iere á Dios, y á él le d a la h o n r a y glor ia de todo (5), y así e n t o n c e s l o m a Dios la m a n o , y h a c e s u y o el ne -gocio y se e n c a r g a d e él , y v u e l v e por su glor ia y honra . Pero c u a n d o u n o va conf iado en sí y en sus med ios y d i l igenc ias , todo a q u e l l o s e a t r i b u y e á sí y lo q u i t a á Dios, y se q u i e r e a lzar con la honra y g lo -ria q u e e s prop ia de su M a j e s t a d , y así le d e j a Dios en su flaqueza q u e no h a g a n a d a ; p o r q u e como d ice el Profe ta (6), no se a g r a d a Dios e n los q u e con f í an en la fo r ta leza d e s u s cabal los , y e n sus i ndus t r i a s y di-l igenc ias , s ino e n aque l lo s q u e desconf iados de sí y d e lodos s u s med ios , p o n e n toda su conf ianza e n Dios, y

( I ) Quoniam non est confusio conf ident ibus in te. Dan., I I I , 40.—(2) Eccli. , II, 11.—(3) Tra t . 3, capítulos 35 y 38.—(4) P r o t e -gam e u m , quon iam cognovit n o m e n m e u m . Ps. XC, 14.—(5) Si tamen cognover i t nomen meum: nc sibi t r ibuat quod l ibera tus est, sed nomini meo det gloriara. Bernard, serm. 15 super Ps. Qui habitat .—(6) Non in fo r t i t ud ine equ i voluntatem habebi t ; nec in tibiis viri benep lac i tum eri t ei: benep lac i tum est Domino super t imentes eum, et in eis qui spe ran t super misericordia e jus . Ps. CXLVI, 10.

Page 39: Tratado de Virtudes Cristianas

nosotros , y hacer q u e t e n g a m o s g r a n d e á n i m o y con-fianza e n las t en t ac iones ; p o r q u e no p u e d e fa l ta r Dios á su pa labra : Impossibile est mentiri Deum, d ice el Apóstol San P a b l o ( 1 ) .

CAPÍTULO X V

Que el desconfiar de sí y poner toda su conf ianza en Dios es g r a n -de medio para vencer las t en tac iones y por qué acude Dios tanto á los que conf ían en él.

Uno d e los m á s pr inc ipa les y ef icaces m e d i o s p a r a a l canza r v ic tor ia y t r iun fo en ¡as t e n t a c i o n e s , e s d e s -conf iar de noso t ros y p o n e r toda n u e s t r a conf ianza e n Dios. Y así v e m o s q u e no da o t r a razón el m i s m o Se -ñor en m u c h o s l u g a r e s d e la s a g r a d a E s c r i t u r a p a r a a m p a r a r y l ibrar á uno en el t i e m p o de la t r i b u l a c i ó n y t en t ac ión , s ino h a b e r e s p e r a d o y conf iado e n é l : *Pues esperó en mí, yo le libraré.—Tú eres salvador de los que en tí confian.—Protector es de cuantos en él es-peran ( 2 ) . * De d o n d e tomó la Ig l e s i a aque l l a o rae ion : S e ñ o r , q u e sois p ro tec to r y a m p a r o de los q u e e s p e r a n e n Vos, e t c . (3) . Y en el Sa lmo c i n c u e n t a y se i s es to a l e g a el P r o f e t a y pone d e l a n t e á Dios p a r a ob l iga r l e á q u e use con él de mise r i co rd ia : Señor habed miseri-cordia de mí, porque he esperado y puesto toda mi con-fianza en Vos: *d la sombra de vuestras alas espera-ré(á).* Y lo mismo hace el p r o f e t a Dan ie l : *No que-

(1) Ad Heb. VI, 18 .—(2) Quoniam in m e sperav i t , l iberabo eum'. Ps. XC, 14.—Qui salvos facis spe r an t e s in te. Ps. XVI, 7. —Protector est omnium sperant ium in s e . Ps. XVII, 31.—(3) Pro-tec tor in te sperant ium Deus, e t c .—(4) Miserere mei , Deus, m i -sere mei : quoniam in te confidit a n i m a mea . Et in u m b r a a l a rum t u a r u m sperabo . Ps. XVI, 1.

dan confundidos, Señor, los que confíun en tí (1) .* Y el Sabio d i ce : ¿Quién jamás esperó en Dios que quedase confundido (2)? Y toda la E s c r i t u r a e s t á l lena de es to ; de lo cua l d i j imos a r r i b a (3) l a r g a m e n t e , y así no se rá m e n e s t e r d e t e n e r n o s a q u í en el lo .

Pero v e a m o s q u é es la c a u s a de s e r e s t e m e d i o t an eficaz pa ra a l canza r el favor de l S e ñ o r ; y por q u é a c u -de Dios t an to á los q u e descon f í an d e sí y p o n e n en él toda su conf ianza . La razón d e es to h a b e r n o s t a m b i é n tocado d ive r sa s veces , y la da el m i s m o Seño r en e l Sa lmo n o v e n t a : Porque esperó en mí, le ampararé y li-braré; ¿por qué? *porque conoció mi nombre (4) .* D e -cláralo m u y b ien San B e r n a r d o : La razón es , p o r q u e ese no se a t r i b u y e n a d a á sí , s ino todo lo a t r i b u y e y ref iere á Dios, y á él le d a la h o n r a y glor ia de todo (5), y así e n t o n c e s l o m a Dios la m a n o , y h a c e s u y o el ne -gocio y se e n c a r g a d e él , y v u e l v e por su glor ia y honra . Pero c u a n d o u n o va conf iado en sí y en sus med ios y d i l igenc ias , todo a q u e l l o s e a t r i b u y e á sí y lo q u i t a á Dios, y se q u i e r e a lzar con la honra y g lo -ria q u e e s prop ia de su M a j e s t a d , y así le d e j a Dios en su flaqueza q u e no h a g a n a d a ; p o r q u e como d ice el Profe ta (6), no se a g r a d a Dios e n los q u e con f í an en la fo r ta leza d e s u s cabal los , y e n sus i ndus t r i a s y di-l igenc ias , s ino e n aque l lo s q u e desconf iados de sí y d e lodos s u s med ios , p o n e n toda su conf ianza e n Dios, y

( I ) Quoniam non est confusio conf ident ibus in te. Dan., I I I , 40.—(2) Eccli. , II, I I .—(3) Tra t . 3, capítulos 35 y 38.—(4) P r o t e -gam e u m , quon iam cognovit n o m e n m c u m . Ps. XC, 14.—(5) Si tamen cognoveri t nomen rneum: nc sibi t r ibuat quod l ibe ra tus est, sed nomini meo det gloriara. Bernard, serm. 15 super Ps. Qui habitat .—(6) Non in fo r t i t ud ine equ i voluntatem habebi t ; nec in tíbiis viri benep lac i tum eri t ei: benep lac i tum est Domino super t imentes eum, et in eis qui spe ran t super misericordia e jus . Ps. CXLVI, 10.

Page 40: Tratado de Virtudes Cristianas

á esos euv ía él su socorro y favor m u y copioso y a b u n -d a n t e .

San A g u s t í n d ice q u e po r es to d i l a t a Dios a l gunas v e c e s sus d o n e s y f a v o r e s , y p e r m i t e q u e d u r e n mu-cho en noso t ros los r e sab ios d e a l g u n o s vic ios y ma-las inc l inac iones q u e t e n e m o s , y q u e no las acabemos de v e n c e r y s u j e t a r del todo; no pa ra q u e nos p e r d a -m o s y c o n d e n e m o s , s ino p a r a q u e s e a m o s h u m i l d e s y pa ra e n c o m e n d a r n o s m á s sus d o n e s , y q u e los es t i -m e m o s en m á s y los r e c o n o z c a m o s por s u y o s , y no nos a t r i b u y a m o s á noso t ro s lo q u e es d e Dios; p o r q u e ese es u n e r r o r m u y g r a n d e y m u y c o n t r a r i o á la h o n -ra d e Dios y á la R e l i g i ó n y p i edad c r i s t i a n a (1). Y si a l canzásemos esas cosas con fac i l idad , no l a s ' t e n d r í a -m o s e n t a n t o , y l u é g o p e n s a r í a m o s q u e nos las t e n í a m o s e n la m a n g a , y q u e por n u e s t r a d i l i genc i a las h a b í a -m o s a lcanzado. Sau G r e g o r i o , s o b r e a q u e l l a s pa l ab ra s de J o b : *Mirad que no tengo fuerzas para váleme (2),* d ice : M u c h a s veces u s a m o s t an mal d e la v i r t u d y do-n e s d e Dios, q u e n o s f u e r a m e j o r no los t e n e r ; p o r q u e nos e n s o b e r b e c e m o s con el los y conf iamos luégo m u -cho en noso t ros m i s m o s , y a t r i b u i m o s á noso t ros y á n u e s t r a s f u e r z a s y d i l igenc ias lo q u e es p u r a g r ac i a y miser icord ia d e Dios (3). P u e s po r es to (4) nos n i e g a el Seño r m u c h a s v e c e s sus d o n e s , y p e r m i t e q u e mi-

(1) Non u t d a m n e m u r , sed ut humi l e s s i m u s . C o m m e n d a n s nob i s g ra t i am s u a m , n e fac i l i l a t em in o m n i b u s a s s e d i t i , nos t rum p u t e m u s esse quod e ju s es t ; qui e r r o r m u l t u m es t Rel ig ioni p ie -ta t ique con t ra r ius . Aug. lib. 2 de peccai, merit, et remis., cap. 19. —(2) Lece non es t a u x i l i u m m i h i in m e . Job, VI 13 —(3) p i e -r u m q u e en im vir tus hab i t a , de t e r iu s q u a m si dees se t , ' in ter f ic i t ; qu ia dum ad su i con f idcn t i am m e n t e m e r ig i t , l iane elat ionis gladio t r anshg i t , c u m q u e earn quas i r o b o r a n d o v iv i f ica i , e l evando neca t , ad m t e r i t u m vide l ice t p e r t r a h i t , q u a m p e r s p e m p r o p r i a m ab i n t e r n a fo r t i tud in i s fiducia evel l i t . Greq.-(í) D Vincent tract, de vita spirituali, cap. 3.

l l a res d e v e c e s e x p e r i m e n t e u n o su p rop i a i m p o s i b i l i -dad en m u c h a s obras b u e n a s , g r a n d e s y p e q u e ñ a s , y q u e no p u e d a obra r c u a n d o q u e r r í a ; y p e r m i t e q u e d u r e m u c h o t i e m p o esa impos ib i l i dad , p a r a q u e a p r e n -d a á h u m i l l a r s e , y á no conf iar d e sí , ni a t r i b u i r s e cosa a l g u n a , s ino q u e todo el b ien lo a t r i b u y a s á Dios, y e n t o n c e s p o d r á c a n t a r y dec i r : Las armas de los fuer-tes fueron vencidas, y los flacos han sido ceñidos de for-taleza (1).

C A P Í T U L O X V I

Del r emed io d e la o r a c i o n , y púnense a l g u n a s o rac iones j a c u l a t o -r i as , a c o m o d a d a s p a r a e l t i e m p o d e l a s t en tac iones .

El m e d i o d e la orac ion s i e m p r e s e h a d e t e n e r po r m u y e n c o m e n d a d o , p o r q u e e s u n r e m e d i o g e n e r a l í s i -mo y d e los más p r inc ipa l e s q u e la d iv ina E s c r i t u r a y los S a n t o s nos d a n pa ra es to . Y el m i s m o Cris to n o s le e n s e ñ a e n el sagrado E v a n g e l i o : Vigilate et orate, utnon intretis in tentationem (2): Ve lad y o r a d , p o r q u e no e n t r e i s en la t e n t a c i ó n . Y no sólo d e p a l a b r a s i n o con su p rop io e j e m p l o nos le qu i so e n s e ñ a r la n o c h e de su pas ión , a p e r c i b i é n d o s e p a r a a q u e l l a ba ta l l a con l a rga y prol i ja o rac ion , no p o r q u e él t u v i e s e n e c e s i d a d , s ino pa ra e n s e ñ a r n o s á noso t ros q u e lo h a g a m o s así e n todas n u e s t r a s t e n t a c i o n e s y a d v e r s i d a d e s . El a b a d J u a n d e c í a , q u e ha de ser el re l ig ioso como u n h o m -bre q u e t i e n e á la m a n o i zqu i e rda el f u e g o , y á la d e -r e c h a el a g u a , pa ra q u e en e m p r e n d i é n d o s e el f u e g o , l uégo e c h e agua y le a p a g u e . Así, e n e m p r e n d i é n d o s e el f u e g o de l p e n s a m i e n t o t o r p e y ma lo , habernos d e

( 1 ) Arcus for t ium s u p e r a t u s e s t , e t i n f i rmi acc inc t i sunt r obo re . I Reg., I I , 4 . - ( 2 ) Matth., XXVI, 41 .

E J K R . R O D R I G . — T o m . I V . 5

Page 41: Tratado de Virtudes Cristianas

t ener luégo á la mano el r e f r ige r io d e la o rac ion pa ra apagar le . Tra ía t ambién o t r a c o m p a r a c i ó n , y dec ía q u e el religioso es s e m e j a n t e á u n h o m b r e q u e e s t á a s e n -tado deba jo de un árbol g r a n d e , el cua l v i e n d o ven i r muchas s e r p i e n t e s y best ias í ieras c o n t r a s í , como no les p u e d e res is t i r , s ú b e s e e n c i m a de l á r b o l , y así se sa lva . De la m i s m a m a n e r a el re l ig ioso , c u a n d o ve ve-nir las t en t ac iones , se b a de sub i r á lo a l t o con la ora-cion y acoge r se á Dios, y así se s a l v a r á y l i b ra rá de las t e n t a c i o n e s y lazos del d e m o n i o . *En vano se tien-de la red á vista de los que tienen alas* E n b a l d e t raba-j a r á y e c h a r á él sus redes , si noso t ros s a b e m o s volar y s u b i r n o s á lo al to con las a las de la o r a c i o n . *Mis ojos traigo siempre puestos en el Señor, porque él librará mis piés de los lazos (1) .*

E n la p r i m e r a p a r t e (2) t r a tamos l a r g a m a n t e de e s t e med io de la orac ion ; ahora s o l a m e n t e r e c o g e m o s a l -g u n a s o rac iones j acu la to r i a s , d e q u e nos p o d a m o s a y u -da r e n s e m e j a n t e s t i empos . L lena t e n e m o s la Sagra -da Esc r i t u r a , e s p e c i a l m e n t e los S a l m o s , de o r a c i o -nes a c o m o d a d a s pa ra es to . Cuales s o n : Domine, vim patior, responde pro me: *Señor , v i o l e n c i a padezco , r e s p o n d e d por mí ( 3 ) . * Levantaos, Señor, ¿por qué dor-mís? * levantaos, no nos desamparéis para siempre* ¿por qué apartais vuestro rostro, y os olvidáis de nuestra pobreza y tribulación (i)? Tomad armas y escudo, y le-vantaos en nuestra ayuda; decid á mi ánima: yo soy tu salud (5). ¿Hasta cuándo, Señor, me habéis de olvidar?

( I ) Frust ra autem jac i lu r re te an te oculos p e n n a t o r u m . Prov., I, 17.—Oculi mei semper ad Dorainum; q u o n i a m i p s e evellet de laqueo pedes 'meos. Psalm. XXIV, 15.—(2)1 p . , t r a t . 5 .—(3) Isai., XXXVllI, 14 .—(4) Exurge, quare obdormis , Domine? exurge , et ne repel las in f inem. Quare fac iem tuam aver t i s , obl iv iscer is ino-pife nostras, et t r ibulat ionis nostras? Ps. XLI11,23,24.—(5) Appre-hende a rma , et s cu tum, e t exu rge in a d j u t o r i u m mi hi: die an i -mte mese: salus tua ego sum. Ps. XXXIV, 2 , 3 .

¿Hasta cuándo habéis de apartar de mí vuestro rostro? ¿Hasta cuándo se ha de gloriar mi enemigo sobre mí? Mi-radme, Señor, y oidme, y alumbrad mis ojos para que no duerma sueño de muerte, ni pueda decir mi enemigo que prevaleció contra mí (1). Vos sois, Señor, nuestro re-fugio y amparo en el tiempo de la necesidad y tribula-ción (2). *Mi esperanza, Señor, y mi gozo será verme á la sombra y al abrigo de vuestras alas (3) .* Así c o m o los pol l i tos se g u a r e c e n d e b a j o de las a las de su m a -d re , c u a n d o v i e n e el mi l ano , así noso t ros , S e ñ o r , e s -t a r émos bien g u a r e c i d o s y g u a r d a d o s d e b a j o de v u e s -t ras a las . San A g u s t í n s e a l e g r a b a m u c h o con es t a cons ide rac ión , y dec ía á Dios (á): S e ñ o r , pol l i to soy , t i e rno y flaco, y si vos no m e a m p a r a i s , a r r e b a t a d -m e el m i l a n o . Amparadme, Señor, debajo de vuestras alas (5). P a r t i c u l a r m e n t e es marav i l loso para e s t e e fec -to aque l p r inc ip io del Sa lmo s e s e n t a y s i e t e : Leván-tese Dios y sean desbaratados sus enemigos; huyan delan-te de él los que le aborrecen (6); p o r q u e c o m o les p o n e -mos d e l a n t e , no n u e s t r a v i r t ud , s ino la d e Dios, d e s -conf iando de noso t ro s é i n v o c a n d o c o n t r a ellos el favor de su M a j e s t a d , d e s f a l l e c e n y h u y e n v i e n d o q u e ha de sal ir él á la causa c o n t r a e l los e n favor n u e s t r o . San Atanas io a f i rma (7) q u e m u c h o s s i e rvos de Dios

(1) Usquequo, Domine, oblivisceris m e in f inem? Usquequo avertis fac iem tuam a me? Usquequo exa l tab i tu r in imicus mens super me? Respice, et e x a u d i m e , Domine Deus meus: i l lumina oculos meos, ne u n q u a m obdormiam in mor te : ne quando dicat inimicus meus , p r a v a l u i adversus e u m . Ps. XII, 1, 2, 3, 4, 5 .— (2) Adjutor in oppor tun i ta t ibus , in t r ibu la t ione . Ps. IX, 10.— (3) In u m b r a a l a rum tua rum sperabo . Ps. LVI, 2.—Et in ve lamen-to 'a larum t u a r u m exul tabo. Ps. LXI1, 8.—(4) Si non m e protegis , quia pullus sum, milvus m e rap ie t . Aug.— (5) Sub u m b r a a l a r u m tuarum pro tege me. Ps. XVI, 8 . — ( 6 ) E x u r g a t Deus, et d iss ipentur inimici e jus; et f ug i an t qu i ode run t eum a facie e jus . Ps. LXVII, 1.— (7) Athanas. In quxstionibus, qucest. 15.

Page 42: Tratado de Virtudes Cristianas

h a n e x p e r i m e n t a d o m u c h o p r o v e c h o e n s u s t e n t a c i o -nes , d i c i e n d o e s t e ve r so .

U n a v e c e s con es tas ú o t r a s s e m e j a n t e s pa l ab ra s de la S a g r a d a Esc r i tu ra , q u e t i e n e n p a r t i c u l a r fue rza : o t r a s veces con pa l ab ra s sa l idas d e n u e s t r a neces idad (que t a m b i é n sue len ser m u y ef icaces) , s i e m p r e habe -rnos d e t e n e r m u y á la m a n o e s t e r e m e d i o d e acud i r á Dios con la o r ac ion . Y así solía d e c i r el P a d r e Maes t ro Avi l a : La ten tac ión á vos, y vos á Dios. Levantaré mis ojos á aquellos montes soberanos, de donde me ha de venir todo el socorro y favor. *Mi socorro es del Señor, que hizo el cielo y la tierra (1).* Y habe rnos d e p rocu ra r q u e es tos c l a m o r e s y susp i ros s a lgan , no s o l a m e n t e d e la boca , s ino d e lo í n t i m o del corazon , c o n f o r m e á a q u e -llo del P r o f e t a : *De lo más profundo clamé á tí, Se-ñor (2) .* Dice San Cr i sòs tomo sob re e s t a s pa l ab ras : No d i jo , ni c l amó s o l a m e n t e con la boca , p o r q u e e s t ando e l corazon d i s t r a ído , p u e d e la l engua h a b l a r ; s ino d e lo p r o f u n d í s i m o y m á s ín t imo d e s u s e n t r a ñ a s y con g r a n d e fervor c l a m a b a á Dios (3).

C A P Í T U L O X V I I

De otros dos remedios contra las t en tac iones .

El b i e n a v e n t u r a d o San B e r n a r d o d ice (4) q u e el de-m o n i o c u a n d o q u i e r e e n g a ñ a r á u n o , p r i m e r o mi ra

(1) Levavi oculos meos in mon tes , u n d e ven ie t auxi l ium mihi. Auxilium meum a Domino qui fecit ccelum e t t e r r a m . Ps. CXX, 1, 2.—(2) De p ro fund i s clamavi ad te, Domine. Ps. CXXIX, 1 . — (3) Non dixi t so lummodo ex ore, neque solummodo ex l ingua; nani e r r an t e e t i am m e n t e , ve rba f u n d u n t u r ; sed ex corde profon-diss imo, cum magno studio, et m a g n a a n i m i a lacr i ta te , ex ipsis ment i s pene t ra l ibus . Chrysost. 1,hom. sup. Ps. CXX1X.—(4) Ber-n a r d . de interiori domo, cap. 17.

m u y bien su n a t u r a l , su cond ic ion é inc l inac ión , y á d o n d e le ve m á s inc l inado , po r al l í le a c o m e t e . Y así , á los b l andos y de s u a v e cond ic ion , les a c o m e t e con t e n t a c i o n e s d e s h o n e s t a s y de vanag lo r i a ; y á los q u e t i enen cond ic ion á s p e r a , con t e n t a c i o n e s d e i r a , d e sobe rb ia , d e ind ignac ión é i m p a c i e n c i a . Lo mismo no ta San Gregor io , y t rae u n a b u e n a c o m p a r a c i ó n . Dice q u e así como u n o d e los p r inc ipa l e s avisos de los cazadores e s s a b e r á q u é l i na j e d e cebo son más a f i -c ionadas las a v e s q u e q u i e r e n caza r , p a r a a r m a r l e s con eso , así el p r inc ipa l c u i d a d o de n u e s t r o s a d v e r s a -r ios los d e m o n i o s , e s saber á q u é g é n e r o de cosas e s -t amos m á s af ic ionados y d e q u é g u s t a m o s m á s , p a r a a r m a r n o s y e n t r a r n o s po r a h í . Y asi v e m o s q u e aco-m e t i ó y t en tó el d e m o n i o á A d á n por la m u j e r , por -q u e sab ía la afición g r a n d e q u e la t en í a ; y á S a n s ó n t a m b i é n por a h í le a c o m e t i ó y le venc ió , pa ra q u e dec la ra se el e n i g m a y pa ra q u e d i j e s e en q u é e s t aba su fo r t a leza . A n d a el d e m o n i o como d ies t ro g u e r r e r o r o d e a n d o y buscando con m u c h a d i l igenc ia la p a r t e m á s flaca de n u e s t r a a l m a , la pas ión q u e r e i n a m á s en cada uno , y aque l l o á q u e es m á s inc l inado , p a r a c o m b a t i r l e po r a l l í . Y así e s t a h a d e ser t a m b i é n la p r e v e n c i ó n y r e m e d i o q u e noso t ros habe rnos de p o n e r de n u e s t r a pa r t e c o n t r a e s t e ardid de l e n e m i g o ; reco-n o c e r la p a r t e m á s flaca d e n u e s t r a á n i m a y m á s d e s -a m p a r a d a de v i r t ud , q u e es d o n d e la incl inación na -tu ra l , ó la pas ión , ó c o s t u m b r e ma la m á s nos l leva, y pone r a h í m a y o r c u i d a d o y d e f e n s a .

O t r o r emed io m u y c o n f o r m e á e s t e nos p o n e n los San tos y m a e s t r o s d e la v ida e s p i r i t u a l . Dicen q u e habernos d e t e n e r po r reg la gene ra l , c u a n d o somos c o m b a t i d o s de a l g u n a t e n t a c i ó n , a c u d i r l uégo á lo con t r a r io de e l la , y d e f e n d e r n o s con el lo . P o r q u e de esa m a n e r a c u r a n acá los méd icos las e n f e r m e d a d e s

Page 43: Tratado de Virtudes Cristianas

del c u e r p o (1); c u a n d o la e n f e r m e d a d p rocede d e f r ío , apl ican cosas ca l i en les , y c u a n d o de s e q u e d a d , cosas h ú m e d a s : y d e esa m a n e r a los h u m o r e s se r e d u c e n á u n medio , y se p o n e n e n c o n v e n i e n t e p r o p o r c i o n . P u e s d e esa m i s m a m a n e r a habe rnos nosot ros d e c u -ra r y r e m e d i a r las e n f e r m e d a d e s y t e n t a c i o n e s del a l m a . Y eso es lo q u e n o s dice n u e s t r o P a d r e : «Dé-b e n s e p r e v e n i r las t e n t a c i o n e s con los con t r a r i o s de e l las , como es , c u a n d o u n o se e n t i e n d e s e r i nc l inado á sobe rb ia , e j e r c i t ándo le en cosas ba jas q u e s e p i ensa le a y u d a r á n para h u m i l l a r s e ; y así de o t r a s i n c l i n a -c iones s in i e s t r a s (2).»

CAPÍTULO X V I I I

De otros dos remedios muy pr incipales , que son , res is t i r á los principios, y nunca es tar ociosos.

O t r o r emed io m u y b u e n o y g e n e r a l nos d a n a q u í los San tos ; y e s , q u e p r o c u r e m o s res i s t i r á los p r i n -c ip ios . Dice San J e r ó n i m o : C u a n d o el e n e m i g o e s p e -q u e ñ o , m a t a d l e : a h o g a d l e en s u p r inc ip io , y d e s h a -ced le e n su raiz á n t e s q u e c rezca , p o r q u e d e s p u e s por v e n t u r a no podré i s (3). Es la t e n t a c i ó n como u n a cen te l l a de f u e g o , q u e si u n a vez p r e n d e , c r ece y a b r a s a (4). Y as í di jo m u y bien el o t r o : Res i s t e á los p r inc ip ios : t a r d e v i e n e el r e m e d i o , c u a n d o la l laga es m u y v ie ja (5). ¥ m u c h o m e j o r nos av i sa de es to el Esp í r i tu San to por el p r o f e t a Dav id : *Dkhoso aquel

(1) Contraria contrar i is c u r a n t u r . — (2) 3 p. Const., cap . 1 , § 13; et Reg. 14 Summarii.—{3) Dum pa rvus est host is , interf ice: nequi t ia e l ida tur in s emine . Hieron.—{4) A scintilla u n a auge tu r ignis . Eccll., XI, 34 .—(5) Pr inc ip i i s obs ta ; sero medic ina p a r a -tu r , cum mala pe r longas inva lue re moras .

que cogiere tus pequeñuelos y los desmenuzare en una piedra ( l ) . * Y por su h i jo S a l o m o n : * Caladnos las ra-posas pequeñas, que asuelan las viñas (2).* C u a n d o las raposi l las de las t e n t a c i o n e s son p e q u e ñ a s , c u a n d o c o m i e n z a n los p e n s a m i e n t o s de ju i c io s , d e s o b e r b i a , de la aficioncil la , d e la a m i s t a d y de la s i n g u l a r i d a d , e n t o n c e s los habé i s d e q u e b r a n t a r en la p i ed ra f i r m í -s ima , q u e e s Cr is to , con su e j e m p l o y cons ide rac ión , pa ra q u e no crezcan y v e n g a n á d e s t r u i r la v iña d e vues t r a a l m a . No p o d e m o s e x c u s a r q u e nos v e n g a n t en t ac iones y p e n s a m i e n t o s malos ; p e r o b i e n a v e n t u -rado aque l q u e al p r inc ip io , c u a n d o c o m i e n z a n á v e -nir , se s a b e s a c u d i r de el los . Así d e c l a r a San J e r ó -n imo (3) e s t e l uga r . I m p o r t a m u c h o res i s t i r á los pr inc ip ios , c u a n d o el e n e m i g o e s llaco y t i ene pocas fue rzas ; p o r q u e e n t o n c e s el resis t i r es fácil , y d e s -p u e s m u y d i f icu l toso .

San Cr i sòs tomo dec la ra es to con u n a c o m p a r a -ción >í). Así c o m o si á u n e n f e r m o le v i e n e a p e t i t o de comer u n a cosa dañosa , y vence a q u e l a p e t i t o , s e l ibra de l d a ñ o q u e le h a b í a d e h a c e r a q u e l l a ma la co-mida y s a n a m á s p r e s t o de la e n f e r m e d a d ; m a s si por tomar aque l poco d e g u s t o c o m e el m a n j a r dañoso , ag rávase l e la e n f e r m e d a d y v i ene á mor i r de ella ó a tener m u y g r a n d e p e n a e n la c u r a , todo lo cua l p u -diera e x c u s a r con t o m a r u n poco de t r a b a j o en r e f r e -nar al p r inc ip io a q u e l a p e t i t o de gu la de comer a q u e l m a n j a r dañoso ; así , d i c e , si c u a n d o al h o m b r e le v i e -ne el mal p e n s a m i e n t o ó el deseo d e m i r a r , s e v e n c e en eso al pr inc ip io , r e f r e n a n d o la vis ta y d e s e c h a n d o

(1) Beatus qui tenebi t , et al l idet párvulos tuos ad pe t r am. Ps. CXXXVI 9.—(2) Capite nobis vulpes parvulas , qu® demol iun tu r vineas. Cant.. II , 15. - (3) Hieron. epist. ad Eustochium.-(4) Chrys. contra concubinatos.

Page 44: Tratado de Virtudes Cristianas

luégo el mal p e n s a m i e n t o , l i b ra rá se de la moles t i a y peDa d e la t e n t a c i ó n q u e d e al l í s e le h a b í a de levan-t a r , y del daño en q u e c o n s i n t i e n d o podr ía cae r ; pe ro , si no se v e n c e y r e f r e n a al p r inc ip io , po r a q u e l pe -q u e ñ o descuido y por a q u e l poqu i t o d e g u s t o q u e r e -c ib ió m i r a n d o , ó p e n s a n d o , v i e n e d e s p u e s á mor i r en el a l m a , ó á lo m é n o s , á t e n e r g r a n t r a b a j o y p e n a r e s i s t i endo . De m a n e r a , q u e lo q u e al p r inc ip io le cos t a ra poco ó casi nada , le v i e n e d e s p u e s á cos t a r m u c h o . Y así c o n c l u y e el San to q u e i m p o r t a g r a n d e -m e n t e res is t i r á los p r inc ip io s .

E n las v idas d e los P a d r e s (1) s e c u e n t a q u e el de -m o n i o se le a p a r e c i ó u n a v e z al a b a d P a c o m i o e n fi-g u r a de u n a m u j e r m u y h e r m o s a , y r i ñ é n d o l e el S a n t o p o r q u e u s a b a d e t a n t a mal ic ia p a r a e n g a ñ a r á los h o m b r e s , le d i jo el d e m o n i o : si c o m e n z á i s á d a r a l -g u n a e n t r a d a á n u e s t r a s t i t i l ac iones , l u é g o os p o n e -m o s m a y o r e s i ncen t i vos pa ra p rovoca ros m á s á p e c a r ; e m p e r o si v e m o s q u e al p r inc ip io res i s t í s y no dais e n t r a d a á las i m a g i n a c i o n e s y p e n s a m i e n t o s q u e os t r a e m o s , como humo des f a l l e cemos .

T a m b i é n e s g r a n r e m e d i o c o n t r a las t e n t a c i o n e s , n u n c a es tar ociosos. Y así , d i c e San Cas iano q u e a q u e -llos Padres d e E g i p t o t e n í a n es to po r p r i m e r pr inc i -p io , y lo g u a r d a b a n como t r ad ic ión a n t i g u a , rec ib ida d e s u s m a y o r e s , y lo e n c o m e n d a b a n m u c h o á sus disc ípulos por s i n g u l a r r e m e d i o : H á l l e t e s i e m p r e el d e m o n i o ocupado (2). Y así se lo e n s e ñ ó Dios á San An-tonio , y le dió e s t e med io p a r a p o d e r p e r s e v e r a r e n la soledad y d e f e n d e r s e d e las t e n t a c i o n e s , y lo t r a e San A g u s t í n . Dice q u e San A n t o n i o no p o d í a s i e m p r e e s t a r en o rac ion , con ser San An ton io , y e r a c o m b a t i d o y fa-

(1) In vilis Patrum, part. 1, pag. 913.—(2) Semper le diabo-lus occupalum inveuiat .

t i gado a l g u n a s v e c e s d e d ive r sos p e n s a m i e n t o s , y p i -dió á Dios: S e ñ o r , ¿qué h a r é q u e q u e r r í a s e r b u e n o y mis p e n s a m i e n t o s no m e d e j a n ? Y o y ó u n a voz q u e le dijo- A n t o n i o , si d e s e a s a g r a d a r á Dios, o ra ; y c u a n d o no p u d i e r e s o r a r , t r a b a j a ; p r o c u r a s i e m p r e e s t a r o c u -pado en a lgo y h a c e r lo q u e es d e t u p a r t e , y no t e fa l t a rá el f a v o r ' d e l Seño r (1). O t r o s d icen q u e le a p a -reció u n ánge l en f igura de u n m a n c e b o q u e c a v a b a un poco, y o t ro poco e s t a b a p u e s t o d e rodi l las e n o r a -cion, las m a n o s p u e s t a s y l e v a n t a d a s , q u e era d e c i r l e lo m i s m o . La ocios idad e s raiz y or igen de m u c h a s t e n -tac iones , y de m u c h o s males ; y así nos i m p o r t a m u -cho q u e n u n c a el d e m o n i o n o s ha l l e ociosos, s ino s i empre o c u p a d o s .

C A P Í T U L O X I X

De las tentaciones que vienen con apariencia ¡ ^ J gran remedio contra todas las tentaciones el conoueilas 5 t e iierlas por tales.

San B u e n a v e n t u r a av i sa (2) o t r a cosa c o m ú n , p e r o m u y necesa r i a ; y es, q u e e s t e m o s adve r t i dos que( a l o s buenos , q u e t r a t an d e v i r t ud y de pe r f ecc ión , p r o c u -ra el demon io a c o m e t e r l e s s i e m p r e con a p a n e n c . a d e b ien , t r a n s f i g u r á n d o s e e n á n g e l de luz . Los v e n e n o s y ponzoña , d ice San J e r ó n i m o , no se dan s i n o c u b i e r -tos con azúcar ó con o t r a cosa g u s t o s a , pa ra q u e no s e s i en t an , y el cazador e s c o n d e el lazo con el cebo . As i lo hace el d e m o n i o : *En este camino que andaba, me

( l U n t o n i si eupis Deo placere, ora ; e t dum orare non pote-ris, manibus labora; e t semper aliquid f a c i t o : f a c > q u o h „ A e est et non def.ciet tibi auxil iun, de Saneto. Aug. serw. / ad Fi aires in Eremo.—(2) Bonav. process. 4 Reltg., cap.

Page 45: Tratado de Virtudes Cristianas

armaron lazo escondido (1)¡* p o r q u e si c l a r a m e n t e y al d e s c u b i e r t o a c o m e t i e s e con lo malo , los q u e a m a n la v i r tud y desean se rv i r á Dios h u i r í a n d e ello y no ha-r ía nada con e l ios . Y así, d i c e S a n B e r n a r d o : £1 b u e -no y v i r tuoso , n u n c a es e n g a ñ a d o , s ino con apar ienc ia de bien (2). E s el d e m o n i o m u y a s t u t o y s a b e muy b i e n por d ó n d e ha de e n t r a r á cada u n o : y así , para me jo r consegu i r su in t en to , e n t r a m u y d i s imu lado . Lo p r i m e r o , d ice San B u e n a v e n t u r a , p r o p o n e cosas de s u y o b u e n a s ; iuégo las m e z c l a con m a l a s ; de spues o i r ece falsos b i enes y v e r d a d e r o s ma le s ; y c u a n d o tie-n e ya á u n o e n el lazo, q u e con dif icul tad p u e d e salir de él , e n t ó u c e s m u e s t r a c l a r a m e n t e su p o n z o ñ a , y le h a c e cae r e n pecados m a n i f i e s t o s . E s como el e s c o r -p ión , q u e t i ene u n a cara h a l a g ü e ñ a , y e n la cola t i e -n e el v e n e n o con q u e m a t a .

¡Cuántos , d ice San B u e n a v e n t u r a , h a n t r a b a d o con-versac ión y amis t ad con a l g u n a s pe r sonas so color d e esp í r i t u , p a r e c i é n d o i e s q u e todo a q u e l t r a to e r a de Dios y e s p i r i t u a l , y q u e a p r o v e c h a b a n sus a l m a s con aque l lo ! y por v e n t u r a al p r i n c i p i o e r a a s í ; p e r o ese es el a rd id de l d e m o n i o q u e v a m o s a h o r a d e s c u b r i e n -do . Bien s a b e m o s sus c e l a d a s , sus e n t r a d a s y s a l i -das (3); por a h í comienza é l , p r i m e r o por cosas b u e -n a s ; pero Iuégo se s iguen d e a h í la rgas p lá t i cas y con-ve r sac iones ; y u n a s veces s o n d e Dios, o t r a s de l m u -cho a m o r q u e se t i e n e n ; I u é g o s e s i g u e de a h í el da r se a l g u n a s cosi l las y d o n e c i l l o s en señal de a m o r y pa ra q u e se a c u e r d e el u n o de l o t r o ; las cua le s c o -sas , como d ice San J e r ó n i m o (4), son seña l c lara de

D ( L , n , v i a h f ' 3 u a a m b u l a b a m , absconde run t l aqueum mihi . Fs. OXLI, 4 .—(2) Bonus n u n q u a m n i s i boni s imulat ione d e c e p -tus est. Bern. serm. 66 in Cantica.-^) Non enim ignoramus cogi ta t iones e ju s H ad Gor., I I , l l . - ( 4 ) Sanctus amor non h a -be t . Hieron. Epist. // ad Nepotianum., torn. 1.

a m o r no s a n t o . Va y a m e z c l a n d o el d e m o n i o ma le s con b i enes , y d e a h í s e s i g u e n fa lsos b i e n e s y v e r d a -de ros m a l e s . De es t a m a n e r a e n g a ñ a el d e m o n i o a m u c h o s en e s t e y e n o t ros m u c h o s vicios , c u b r i é n d o -los con v e l o de v i r t ud pa ra q u e no se e n t i e n d a ni co-nozca lo q u e son , como el q u e se f inge s e r a m i g o de o t ro , p a r a t e n e r e n t r a d a con él y d e s p u e s m a t a r l e á t ra ic ión , como hizo J o a b con A m a s a (1 ) y J u d a s con Cristo n u e s t r o R e d e n t o r , e n t r e g á n d o l e y v e n d i é n d o l e con beso de paz (2). Y así es m e n e s t e r q u e nos g u a r -demos m u c h o de e s t a s t e n t a c i o n e s q u e v i e n e n con apa r i enc i a de b i e n , y q u e e s t e m o s m u y sob re av iso , p o r q u e son t a n t o más pe l ig rosas , c u a n t o son m é n o s conocidas . Por lo cua l ped ía el P rofe ta al Señor q u e le l ibrase de l d e m o n i o d e med iod í a (3). A u n no se c o n -t e n t a el d e m o n i o con t r a n s f i g u r a r s e en ánge l de luz , como dice San Pablo (4), s ino q u e s e t r a n s f i g u r a e n luz de med iod ía , hac i endo q u e pa rezca m u y claro y r e s p l a n d e c i e n t e lo q u e e s oscur idad y t in ieb las ; y h a -ciendo e n t e n d e r q u e no hay q u e d u d a r , ni hay p e l i -gro n i n g u n o , s ino q u e e s c l a r a m e n t e b u e n o lo q u e es c i e r t a m e n t e malo y d e s u y o m u y pe l ig roso . Hay al-g u n o s l a d r o n e s , los c u a l e s a n d a n tan ves t i dos d e seda q u e no h a y q u i e n los conozca , ni p i e n s e p u e d a c a b e r tal ma ldad e n h o m b r e s q u e p a r e c e n t a n h o n r a d o s , has ta q u e los t o m a n con el h u r t o e n las m a n o s , h n -tónces se e s p a n t a n cómo aque l lo s e r a n l ad rones ; y dicen: ¿qu i én p e n s a r a tal? Así es la t e n t a c i ó n q u e v i e -ne con a p a r i e n c i a de b i en .

Doctr ina e s c o m ú n de los S a n t o s y m a e s t r o s d e la vida e sp i r i t ua l , q u e e s g r a n r e m e d i o c o n t r a t odas las

m II R e e XX 9.—(2) Luc., XXII, 48.—(3) A b incursu et ( t e -momo merfdi ímo! Ps . XC, « . - B e r n a r d . ser m. 33 sup. Cantica. —(4)11 ad Cor. , X I , 14.

Page 46: Tratado de Virtudes Cristianas

t en t ac iones c o n o c e r q u e e s t en t ac ión a q u e l l a q u e me c o m b a t e , como lo e s c o n o c e r á u n o po r e n e m i g o para g u a r d a r s e d e é l . Y por eso t a m b i é n d e c í a m o s a r r i -ba (1) q u e el propio c o n o c i m i e n t o es u n m e d i o efica-c í s imo pa ra v e n c e r t o d a s las t e n t a c i o n e s . Y veráse b ien la fue rza de e s t e med io por a q u í ; si c u a u d o v i e -ne la t en tac ión y el m o v i m i e n t o y a p e t i t o m a l o , vié-s e d e s de l an t e d e vos un d e m o n i o h o r r i b l e y e span to -so q u e os es t á p e r s u a d i e n d o aque l lo ; ¿ q u é ' har íades? L u é g o os s a n t i g u a r í a d e s é invoca r i ades el n o m b r e de JESÚS ; no se r í a m e n e s t e r m á s d e v e r q u e el d e m o n i o e s el q u e os p e r s u a d e á el lo , p a r a e n t e n d e r q u e es e n g a ñ o y t e n t a c i ó n , y h u i r de el lo . l»ues es to pasa al p i é de la le t ra en n u e s t r a s t e n t a c i o n e s . As í como t e -n e m o s cada u n o s u ánge l cus tod io , c o n f o r m e á a q u e -llas pa labras de Cris to: Mirad no menospreciáis uno de estos pequeñitos; porque os digo de verdad que sus ánge-les siempre ven el rostro de mi Padre que está en los cie-los (2); sobre las c u a l e s pa l ab ra s d ice S a n J e r ó n i m o (3): G r a n d e e s la d i g n i d a d de las a l m a s , y e n m u c h o las e s t ima Dios; p u e s e n n a c i e n d o el h o m b r e , l u é -go le d i p u t a y seña l a u n á n g e l q u e le g u a r d e y ten-ga cu idado d e él (4) (así como u n p a d r e p r inc ipa l da a un hi jo m u y q u e r i d o un a y o q u e le g u a r d e en lo corpora l y le e n s e ñ e e n las c o s t u m b r e s ; así Dios nos q u i s o y e s t i m ó en t a n t o , q u e d ió á cada u n o u n á n g e l por ayo) ; p u e s v o l v i e n d o á n u e s t r o p u n t o , t a m b i é n

f i ) T r a t . 1, c. 11 .—(2) Vide te n e c o n t e m n a t i s u n u m e x h is p u -s i l l a ; d ico e n i m v o b i s q u i a a n g e l i e o r u m in ccelis s e m p e r v iden t f a c i e m P a t n s m e i , qu i in ccelis es t . Malth., XVIII, 10 .—(3) M a g -n a d ign i l a s a n i m a r u m ; u t u n a q u a j q u e h a b e a t a b or tu na t iv i -t a t i s , in cus tod iam sui a n g e l u m d e p u t a t u m . Iiieron. sup. Malth. —(4) I t a sanct i e t doc to res g r a v i s s i m i , quos r e f e r u n t P . J o a n . M a l d o n . sup. locum citatum Matthet P . Gabr ie l Vazquez , super p. I . S. Thorn., torn. 2, disputai. 245, cap. 2.

t r a e m o s con t r a nosotros cada u n o u n d e m o n i o , q u e a t i e n d e v se o c u p a en so l ic i ta rnos á lo ma lo , y causar en uoso t ros malos p e n s a m i e n t o s y p e o r e s m o v i m i e n -tos y e s t á s i e m p r e a g u a r d a n d o la ocas ion y c o y u n t u -ra pa ra eso , p o r q u e n u n c a d u e r m e , y es t a m i r a n d o n u e s t r a inc l inac ión y lo q u e nos d a mas g u s t o , pa ra a c o m e t e r n o s y e n t r a r n o s por al l í , t o m a n d o po r med io n u e s t r a c a r n e y sensua l idad pa ra h a c e r n o s m a l . \ asi d i jo Dios al demon io : ¿No has consultado a mi siervo Job (1)? como á qu ien a n d a b a t ras é l . De m a n e r a , q u e s i e m p r e a n d a el d e m o n i o á n u e s t r o lado (2). \ asi, c u a n d o os v in ie re a l g ú n m o v i m i e n t o ó a l g ú n p e n s a -m i e n t o q u e os inc i te á hacer a l g ú n p e c a d o o a l g u n a impe r f ecc ión , e n t e n d e d q u e esa e s t e n t a c i ó n del d e -monio , y san t iguaos , y g u a r d a o s c o m o si v . é s e d e s ai mismo d e m o n i o q u e os es t a d i c i e n d o q u e naga i s

a t I S a n Gregor io (3) t r a e u n e j e m p l o q u e le acon tec ió al b i e n a v e n t u r a d o San Ben i to con u n m o n j e suyo , con q u e se dec l a ra bien e s to . Dice q u e u n m o n j e e ra m u y t e n t a d o d e la vocac ion; pa rec í a l e q u e no pod ía n e v a r el r igor d e la Rel igión, y q u e r í a s e vo lve r al m u n d o , acud ía m u c h a s veces con es t a t e n t a c i ó n á San « e n i i o , el San to dec ía le q u e e r a t e n t a c i ó n de l d e m o n i o y aconse jába le lo q u e le c o n v e n í a . Y como h i c i e s e e s o m u c h a s veces , y no a p r o v e c h a s e p a r a q u e el novic io d e j a s e d e h a c e r ins t anc ia p a r a i r se , el S a n t o , c ansado é i m p o r t u n a d o , di jo q u e se f u e s e e n b u e n ho ra , y m á n d a l e da r sus ves t idos . P e r o al f in , como Padre , no p u d o d e j a r d e sen t i r lo , y p ú s o s e e n o rac ión por e i , y en sa l i endo el mon je por las p u e r t a s de l m o n a s t e r i o

( 1 ) N u m q u i d cons ideras t i s e r v u m m e u m J o b ? Job, I I , » . (2 ) E t d i a b o l u s s te t a d e x t r i s e j u s . Psalm. CVIII , 6 . - ( 3 ) w e g . lib. 2 Dial., cap. 25.

Page 47: Tratado de Virtudes Cristianas

para i rse al m u n d o , v e v e n i r con t r a sí u n g r a n d e d ra -gón q u e ab ie r t a la boca le q u e r í a t r a g a r . E l , t e m b l a n -do y pa lp i t ando , c o m i e n z a á da r g r a n d e s voces : S o -c o r r e d m e ; s o c o r r e d m e , h e r m a n o s , p o r q u e es te d r agón me q u i e r e t ragar (1). A c u d i e r o n los m o n j e s á las vo-ce s , y no v ie ron al d r a g ó n ; pero h a l l a r o n al m o n j e t e m b l a n d o y casi ya a g o n i z a n d o : t r á e n l e al m o n a s t e -r io, y e n v i é n d o s e d e n t r o , hizo vo to d e n u n c a más sa l i r de é l . Y así lo c u m p l i ó , y no f u é de a h í a d e l a n -t e moles t ado de aque l la t e n t a c i ó n . No ta al l í San G r e -gorio, q u e por las orac iones de l b i e n a v e n t u r a d o San Beni to vió al d ragón q u e le q u e r í a t r aga r , al cua l án -tes no ve í a , y así le s e g u í a , p o r q u e no le t e n í a por d r a g ó n ni po r demonio ; p e r o c u a n d o le vió y conoc ió , c o m e n z ó á da r voces y á p e d i r socorro p a r a l ibrarse de é l . De m a n e r a , q u e no es e s t a imag inac ión ni con-s iderac ión i nven tada de u u e s t r a cabeza , s ino q u e p a s a así e n rea l idad de v e r d a d , q u e el d e m o n i o e s el q u e n o s a c o m e t e con la t e n t a c i ó n . Y así nos lo a v i s a t a m -bién el Apóstol San P e d r o c o m o b u e n p a s t o r , y nos lo t rae cada d ía á la m e m o r i a u u e s t r a Madre la Ig les ia como cosa de m u c h a i m p o r t a n c i a . Hermanos mios, es-tad siempre á punto y sobre aviso, porque vuestro adver-sario el demonio anda como un león bramando, buscando y rodeando á ver s i halla á quien tragar. Resistidle va-ronilmente, y no os dejeis llevar de sus engaños y persua-siones (2).

( I ) Succur r i t e , f r a t r e s ; succurr i ie , f r a t r e s . Ib.—(2) F ra t r e s , sobrii s tote, e t vigilate, quia adversa r ius vester diabolus , t an-q u a m leo rugiens circui i , quserens q u e m devoret ; cui res is t i te fortes in fide. I Petrl, V, 8.

CAPÍTULO X X Cómo nos habernos de habe r en las tentaciones de pensamientos

malos y feos, y de los remedios contra el las .

Cerca d e es to s e h a d e a d v e r t i r : lo p r i m e r o , q u e hay a l g u n o s q u e se e n t r i s t e c e n y af l igen m u c h o c u a n -do se ven c o m b a t i d o s de p e n s a m i e n t o s malos, de blas-femias , ó c o n t r a la fe , ó con p e n s a m i e n t o s t o rpes y d e s h o n e s t o s ; t a n t o , q u e a l g u n a s veces les p a r e c e q u e el Señor los ha d e s a m p a r a d o y olv idado, y q u e d e b e n de es ta r en su desg rac i a , p u e s ta les cosas pasan por el los. Es te es u n e n g a ñ o g r a n d e . C u e n t a Gerson (1) de u n m o n j e q u e hac ia v ida so l i t a r ia e n el Y e r m o , q u e era m u y t e n t a d o y afl igido de p e n s a m i e n t o s de blasfemias y de o t ros m u y feos y to rpes , y h a b í a v e i n -te años q u e padec ía e s t a t e n t a c i ó n , y no s e a t r e v í a a descubr i r l a á n a d i e , p a r e c i é n d o l e s e r a q u e l l a u n a cosa n u n c a o ida , ni v i s t a , y q u e se escanda l i za r í a el q u e la oyese . F i n a l m e n t e , á cabo d e v e i n t e años , f u é á u n Padre m u y a n t i g u o y e x p e r i m e n t a d o , y á u n no se a t rev ió á dec í r se lo d e p a l a b r a , s ino esc r íbe lo en u n papel , y dá se lo : el v ie jo leyó su p a p e l , y c o m e n z ó s e á re i r , y d ice al m o n j e : Pon tu mano sob re mi c a b e -za. Y como la p u s i e s e , di jo el v ie jo : yo t o m o todo e s t e tu pecado sob re mí, no hagas más conc ienc i a d e él d e aquí a d e l a n t e . El m o n j e q u e d ó e s p a n t a d o . P u e s ¿cómo? p a r e c í a m e á mí q u e e s t a b a y a en el in f i e rno , y d í ces -me q u e no h a g a caso de ello? Dícele el v i e j o : ¿ r e c i -bías tú por v e n t u r a c o n t e n t o e n esos p e n s a m i e n t o s malos y torpes? ¡ J E S Ú S ! d i ce , n o , s ino m u y g r a n d e p e n a y t o r m e n t o . P u e s de esa m a n e r a , d ice el s a n t o viejo, c la ro e s t á q u e no hac ía s t ú eso , s ino padec ias lo

(1) Gerson, p . III , fot. 71 .

Page 48: Tratado de Virtudes Cristianas

con t r a tu v o l u n t a d , p r o c u r á n d o l o el d e m o n i o para t r a e r t e con eso á d e s e s p e r a c i ó n . Y así , t o m a , hi jo mió, mi conse jo y si de a q u í a d e l a n t e t e t o r n a r e n á venir esos p e n s a m i e n t o s malos, d i : sob re t í sea e sa b las fe -mia, e sp í r i tu m a l i g n o , y ese p e n s a m i e n t o suc io : yo no q u i e r o t e n e r p a r t e en eso , s ino c r e o y t e n g o todo lo q u e t i e n e y c r e e la s a n t a Madre Ig l e s i a , y d a r é la vida á n t e s q u e o fende r á mi Dios. Con es to q u e d ó r e m e d i a -do el m o n j e y de al l í a d e l a n t e n u n c a m á s le vino a q u e l l a t e n t a c i ó n . Y n ó t e s e a q u í d e c a m i n o , pa ra los q u e por la di f icul tad q u e s i e n t e n , d e j a n d e man i f e s t a r s u s t en t ac iones , c ó m o e s m a y o r p e n a y t o r m e n t o el no dec l a r a r s e u n o , q u e el d e c l a r a r s e , c o m o d i remos en su lugar (1 ) . V e i n t e a ñ o s e s t u v o e s t e m o n j e en g r a n d e aflicción y t o r m e n t o po r no m a n i f e s t a r su ten-t ac ión , y en m a n i f e s t á n d o l a , q u e d ó q u i e t o y asosega-do . ¡Cuánto t r a b a j o h u b i e r a a h o r r a d o , si lo q u e hizo á c a b o d e v e i n t e años , lo h ic ie ra al p r inc ip io ! De m a n e -ra , q u e no e s n u e v a e s t a t e n t a c i ó n , ni nos habernos d e e s p a n t a r de e l l a .

Res ta deci r c ó m o nos habernos d e h a b e r en seme-j a n t e s t e n t a c i o n e s d e p e n s a m i e n t o s m a l o s y feos . Al-g u n o s no s e s a b e n va le r e n e l las , p o r q u e h a c e n m u -c h a fue rza y p o n e n m u c h o a h i n c o p a r a d e s e c h a r y re-s is t i r á estos p e n s a m i e n t o s , a p r e t a n d o las s ienes , a r r u g a n d o la f r e n t e , m e n e a n d o la cabeza , c e r r a n d o los o jos , como q u i e n d i ce : no h a b é i s d e e n t r a r acá . Y a l g u n a s veces, si n o h a b l a n y r e s p o n d e n « n o q u i e r o , » les pa rece q u e c o n s i e n t e n . Mayor e s el d a ñ o q u e se h a c e uno con e s t o á sí m i s m o , q u e el q u e le h a c e la t e n t a c i ó n . E s t a b a el o t r o c r i a d o de l r e y Saú l d a n d o voces de cerca , y r e p r e h e n d í a al q u e las d a b a d e l é -jo s , p o r q u e d e s p e r t a b a é i n q u i e t a b a al r e y (2) . Es tá i s

(1) Trat. 7, p . 3, c. 6 .—(2) Quis es tu q u i c l amas , e t inquie tas r egem? / Reg., XXVI, 14.

os vos i n q u i e t a n d o y t u r b a n d o á vos m i s m o d e c e r c a , ¿y que ja í sos de la t e n t a c i ó n q u e v i e n e de f u e r a ? A d -v i é r t a s e m u c h o esto, p o r q u e e s u n a cosa q u e s u e l e d e s t r u i r m u c h o las c a b e z a s , e s p e c i a l m e n t e á g e n t e es-c rupu losa . No es la o r a c i o n , ni los e j e rc i c ios e s p i r i -tua les , lo q u e Íes t i ene ca scadas y q u e b r a d a s las c a -bezas y gas t ada la s a lud ; s i n o s u s e s c r ú p u l o s é i n d i s -c rec iones . Y eso es lo q u e p r e t e n d e el d e m o n i o , q u e bien sabe él q u e es tá i s m u y léjos d e c o n s e n t i r . Y no es p e q u e ñ a , s ino g r a n d e g a n a n c i a pa ra él , c u a n d o e s t o saca . No es negocio e s t e q u e se h a de h a c e r á c a b e -zadas .

P u e s ¿cómo se h a n d e res i s t i r y d e s e c h a r es tas t e n -taciones? Dicen los S a n t o s y m a e s t r o s d e la vida e s -pi r i tua l q u e el modo d e res i s t i r no ha de ser pe l ea r por desecha r l a s , f a t i g á n d o s e y c a n s á n d o s e , y h a c i e n -do fue rza con la i m a g i n a c i ó n ; s ino no h a c i e n d o caso de el las. Declaran e s t o con a l g u n a s c o m p a r a c i o n e s q u e a u n q u e ba j a s , lo d e c l a r a n b i e n . Así como c u a n d o s a l e n a lgunos g o z q u e j o s á l ad ra r á u n o , si no h a c e caso d e ellos, luégo s e v a n ; y si h a c e caso , y v u e l v e á el los , v u e l v í h á ladra r ; así a c o n t e c e e n es tos p e n s a m i e n t o s : y así , el r e m e d i o e s no h a c e r caso d e e l los , y d e e sa m a n e r a nos d e j a r á n m á s p r e s t o . O ha 'bemos de h a c e r , d i cen , como el q u e va por a l g u n a calle, y el a i re t r a e con t ra él m u c h e d u m b r e d e polvo , y él no h a c e caso de eso, s ino c i e r r a los o jos y pasa a d e l a n t e . Y pa ra mayor consue lo d e los q u e son moles t ados de es ta t e n -tación, y pa ra q u e s e a c a b e n d e p e r s u a d i r á usa r d e es te remedio , a d v i e r t e n los S a n t o s q u e , po r m u y m a -los q u e sean los p e n s a m i e n t o s , no h a y q u e h a c e r caso de ellos; á n t e s , m i é n t r a s m á s ma los son , m é n o s caso habernos de h a c e r d e e l los , po r s e r m é n o s pe l i g ro sos . ¿Pueden ser p e o r e s q u e c o n t r a Dios y s u s San tos , con-t ra la fe y Re l ig ión? P u e s esos son los m é n o s pe l ig ro -sos, p o r q u e c u a n t o peo re s , t a n t o , po r la g r ac i a de l S e -

E J E R . RODRIG .—Tom. IV. 6

Page 49: Tratado de Virtudes Cristianas

ñor . e s t án más lé jos de v u e s t r a v o l u n t a d y c o n s e n t i -m i e n t o . Y así no hay q u e t e n e r p e n a de q u e os v e n -g a n , p o r q u e eso no es c u l p a n i n g u n a , ni e s t á e n v u e s t r a m a n o , ni sois vos el q u e hacé i s eso; s ino p a -deceis lo c o n t r a v u e s t r a v o l u n t a d , p r o c u r á n d o l o el d e -m o n i o para hace ros d e s m a y a r y cae r e n desespe rac ión ó en t r i s t eza y aflicción g r a n d e .

C u é n t a s e de S a n t a Cata l ina d e S e n a q u e , e s t a n d o u n a vez m u y fa t igada y af l ig ida de es tos p e n s a m i e n -tos, se le aparec ió Cristo n u e s t r o R e d e n t o r , y d e s -a p a r e c i e r o n luégo todos a q u e l l o s n u b l a d o s . El la q u e -jóse" d u l c e m e n t e á su Esposo: ¡Ay! Seño r ¿y d ó n d e e s t á b a d e s Vos, c u a n d o ta les cosas pasaban por mi co-razon? Díce le : h i ja , a h í e s t a b a yo d e n t r o de tu cora-z o n . ¡ J E S Ú S mió! ¿ e n t r e p e n s a m i e n t o s tan t o r p e s y ma los e s t ábades Vos? Dícele: di m e , h i ja , ¿ h o l g á b a s t e t ú po r v e n t u r a d e t e n e r aque l los p e n s a m i e n t o s ? ¡Oh S e ñ o r , q u e me l l egaba al a l m a , y no sé q u é m e esco-g ie ra á n t e s q u e tener los ! P u e s , ¿ q u i é n , d i ce , hac ía q u e t e pe sa se , s ino yo q u e e s t aba allí? De m a n e r a , q u e por ma los y feos p e n s a m i e n t o s q u e t e n g á i s , si vos no os ho lgá i s con el los , á n t e s rec ib ís p e n a y p e s a r , no solo no os ha d e s a m p a r a d o Dios, s ino podé i s t o m a r esa po r señal d e q u e m o r a en vos , p o r q u e él e s el q u e os d a ese a b o r r e c i m i e n t o del p e c a d o y e s e t e m o r de_perde r á Dios. Con él estoy en la tribulación, d ice el S e ñ o r (1). E n med io de la zarza y d e las esp inas y de l f u e g o e s t á Dios (2). .

Dice San B e r n a r d o : P e n o s a y m o l e s t a es e s t a p e l e a , p e r o f r u c t u o s a ; p o r q u e todo lo q u e s e le a ñ a d e de pe -n a y de t r aba jo , se le a c r e c i e n t a d e p r e m i o y d e c o -r o n a . No es t á el pecado e n el s e n t i m i e n t o , s i n o e n el

( t ) C u m ipso s u m in t r i b u l a t i o n e . Ps. X.C, 15 .—(2) E x o d . , I I I , 2 .

c o n s e n t i m i e n t o (1). Blosio e n conf i rmac ión d e e s t o d i c e : C u a l q u i e r a q u e g u s t a d e c o m p l a c e r s e á sí m i s -m o , a u n q u e sea u n a sola vez , p a r e c e más mal e n los ojos d e Dios, q u e si m u c h o s años p a d e c i e s e s e m e j a n -tes m o v i m i e n t o s , po r m u y malos q u e s e a n , como no les dé c o n s e n t i m i e n t o (2). Y así , no h a y q u e congo-ja r se , ni h a c e r m u c h o caso de e s to s s e n t i m i e n t o s y p e n s a m i e n t o s ; s ino como si pasasen por o t ro , y no por vos , así os h a b é i s d e h a b e r en ellos, y m u y b ien p o -dé is h a c e r c u e n t a q u e p a s a n f u e r a d e vos , d i c e u n S a n t o , p o r q u e e n t an to los p e n s a m i e n t o s ma los e s t á n d e n t r o d e Vos , en c u a n t o la v o l u n t a d c o n s i e n t e , y no más ; y no c o n s i n t i e n d o , á u n no han e n t r a d o e n v u e s -t r a casa , s ino l l aman y dan go lpes á la p u e r t a d e f u e r a .

Y a d v i e r t e n a q u í los m a e s t r o s d e la v ida e s p i r i t u a l , q u e el t e m e r m u c h o e s t a s cosas , y h a c e r m u c h o caso de e l las , no sólo no es b u e n o , s ino malo y dañoso ; p o r q u e h a c e c r ece r la t e n t a c i ó n ; y es t a es e x p e r i e n -c i a , y la razón de el lo e s n a t u r a l , y los m i s m o s filóso-fos la e n s e ñ a n ; p o r q u e el m i e d o d e s p i e r t a la i m a g i n a -c i ó n , ^ el p e n s a r y d a r y t o m a r m u c h o en u n a cosa, h a c e q u e se i m p r i m a más p r o f u n d a m e n t e e n la m e -m o r i a , con la cua l c r e c e y se a v i v a m á s la t e n t a c i ó n . Así c o m o v e m o s q u e pasa u n o s e g u r a m e n t e por u n m a d e r o angos to c u a n d o e s t á e n el sue lo ; p e r o c u a n d o el m a d e r o e s t á e n a l to , el t e m o r le h a c e q u e no v a y a po r al l í s e g u r o , s ino con g r a n d e pe l ig ro d e c a e r ; p o r -q u e con el t e m o r r e c ó g e s e la s a n g r e al c o r a z o n , y como q u e d a n los m i e m b r o s d e s t i t u i d o s d e v i r t ud , v a

(1) Molesta es t l u c t a , sed f r u c t u o s a , q u i a s i h a b e t pcenam, h a -b e b i t e t c o r o n a m ; n o n noce t s e n s u s , u b i n o n est c o n s e n s u s : imo q u o d r e s i s t e n t e m f a t i g a t , v i n c e n t e m c o r o n a t . Bernard, de inte-riori domo, cap. 19.—{2) L u d o v . Bios, in speculo spirti., cap. 6.

Page 50: Tratado de Virtudes Cristianas

coa g r a n p e l i g r o y v i e n e á cae r ; eso h a c e t a m b i é n el t e m o r y p u s i l a n i m i d a d e u las t e n t a c i o n e s , y así c o n -v i e n e no a n d a r con d e m a s i a d o s t e m o r e s en e s t a s co-sas, ni hacer m u c h o caso d e el las , p o r q u e así s e s u e -len o lv idar m á s p res to . P e r o no ta a q u í Ge r son y o t ros , q u e a u n q u e no e s b u e n o e n t o n c e s e s t e t emor par t i -c u l a r , p e r o q u e e s b u e n o y m u y p r o v e c h o s o el t e m o r del p e c a d o en g e n e r a l , p id i endo á Dios: Señor, no permitáis que jamas me aparte de Vos (1); y h a c i e n d o a l g u n o s ac to s d e á n t e s mor i r mil m u e r t e s , q u e hacer u n pecado m o r t a l , s in p e n s a r ni a c o r d a r s e e n pa r t i cu -lar d e a q u e l l a t e n t a c i ó n q u e e n t ó n c e s le c o m b a t e .

A ñ a d o á lo d i c h o o t ro p u n t o , q u e e n c o m i e n d a n a q u í m u c h o los S a n t o s , y se rv i r á d e m e d i o g e n e r a l con t r a todo g é n e r o de t e n t a c i o n e s i n t e r i o r e s : y es, c u a n d o nos v i e n e el p e n s a m i e n t o ma lo , p r o c u r a r d i -v e r t i r el e n t e n d i m i e n t o á a l g ú n p e n s a m i e n t o ó c o n s i -d e r a c i ó n b u e n a , c o m o d e la m u e r t e de Cr is to c ruc i -f icado ó á o t r a cosa s e m e j a n t e . Y es to no h a d e se r h a c i e n d o f u e r z a con la i m a g i n a c i ó n , ni c o n g o j á n d o s e y f a t i g á n d o s e , s i n o sólo p r o c u r a n d o h u r t a r el c u e r p o , como d i c e n , al mal p e n s a m i e n t o , y e m p l e a r h f e n el b u e n o ; como c u a n d o u n o a n d a por h a b l a r á o t ro , y el otro n u n c a s e d e s o c u p a p a r a el lo , ni le da luga r ; ó como c u a n d o l e d i c e n á u n h o m b r e c u e r d o a l g u n a s cosas i m p e r t i n e n t e s , y v u e l v e la c a b e z a á o t r a p a r t e , n o c u r a n d o d e r e s p o n d e r ni a t e n d e r á a q u e l l o . E s t e e s m u y b u e n m o d o de res i s t i r á e s t a s t e n t a c i o n e s , y m u y fácil y s e g u r o ; p o r q u e m i é n t r a s e s t u v i é r a m o s e n el p e n s a m i e n t o b u e n o , m u y lé jos e s t a r é m o s d e c o n -s e n t i r e n el m a l o .

P a r a es to a y u d a r á m u c h o e l c a v a r y a h o n d a r u n o e n la orac ion e n a l g u n a s cosas q u e le s u e l e n m o v e r

(1) Ne pe rmi t í a s m e sepa ra r i a te .

m á s , hac iéndose la s m u y fami l ia res ; p o r q u e con e s to , c u a n d o es f a t i gado y moles t ado d e a l g u n a s t e n t a c i o -n e s y ma los p e n s a m i e n t o s , . l uégo hal la allí g u a r i d a . Y as í , e s bien q u e c a d a u n o t e n g a pa ra es to a l g u n o s l u g a r e s d e r e fug io d o n d e s é p u e d a acoge r en s e m e -j a n t e s a p r i e t o s , como q u i e n s e acoge á s a g r a d o . Unos se acogen á las l l agas d e Cr i s to , e s p e c i a l m e n t e á a del cos tado , y se ha l l an al l í m u y b ien g u a r e c i d o s (1). O t r o s s e ha l l an b ien a c o r d á n d o s e d e la m u e r t e y de l ju i c io ó inf ierno (2). Cada u n o e c h e mano de lo q u e m á s le a p r o v e c h a r e y m o v i e r e , y p rocu re h a b e r a h o n -d a d o y cavado bien e n a l g u n a cosa de e s t a s , pa ra q u e as í p u e d a t e n e r fácil r ecu r so , y ha l la r l uégo e n t r a d a y g u a r i d a en el la en s e m e j a n t e t i e m p o .

C u e n t a E s m a r a d g o abad (3) u n a cosa m u y g rac iosa á e s t e p ropós i to , p e r o p r o v e c h o s a . Dice q u e un r e l i -g ioso vió q u e e s t aban u n a vez dos d e m o n i o s p l a t i c a n -do e n t r e s í : á t í , ¿cómo t e va con tu m o n j e ? d e c í a el uno ; á mí m u y b i e n , p o r q u e le p o n g o el p e n s a m i e n -to , y luégo p á r a y se p o n e á pensa r e n é l , y t o r n a á h a c t f re f lexión cómo f u é a q u e l p e n s a m i e n t o , si m e d e t u v e , si t u v e yo a l g u n a c u l p a e n e l lo , si resist í , si c o n s e n t í , de d ó n d e m e v i n o e s to , si di yo a l g u n a c a u -sa p a r a el lo , si h i c e todo lo q u e p u d e . Y con a q u e l l o le t ra igo al r e t o r t e r o y m e d i o loco. Muy b ien le va al d e m o n i o c u a n d o uno se p o n e á r a z o n e s y en d e m a n -d a s y r e s p u e s t a s con la t e n t a c i ó n , p o r q u e no le f a l t a -r án á él a r g u m e n t o ni r ép l i ca s . Dice el o t ro : á mí m e v a m u y mal con mi m o n j e ; p o r q u e en r e p r e s e n t á n d o -le el mal p e n s a m i e n t o , l u é g o a c u d e á Dios, ó á o t ro b u e n p e n s a m i e n t o , ó se l e v a n t a de la si l la y t o m a a l -

(1) In fo ramin ibus p e t r a ; in c a v e r n a m a c e r i s . Cant. II,. U — (2} Quis mihi hoc t r ibua t , u t in inferno pro tegas m e , et abscon-das me , doñee per t ransea t f u r o r tuus? Job, XIV, 13.—(3) Esma-r a g d . abbas . lib. de gemma anima.

Page 51: Tratado de Virtudes Cristianas

gima ocupacion p a r a no p e n s a r e n aque l l o ni h a c e r caso de el lo; y así no le p u e d o e n t r a r . E s t e e s m u y buen modo de res i s t i r á . e s t a s t e n t a c i o n e s y p e n s a -mien tos : no los de j a r e n t r a r ni r e s p o n d e r á e l los ; ni p o n e r s e á razoües con la t e n t a c i ó n , s ino v o l v e r la c a -beza y hu i r l e el ros t ro , y n o h a c e r caso d e e l l a . ¥ c u a n d o e s t e h u i r y no q u e r e r e s c u c h a r , e s v o l v i e n d o la cabeza á a l g ú n b u e n p e n s a m i e n t o , como h a b e r n o s d i c h o , e s m e j o r ; y c u a n d o e s o no b a s t a r e , e s b u e n o t omar a lguna ocupac ion e x t e r i o r .

CAPÍTULO X X I

Que en d i fe ren tes tentaciones, d i f e r e n t e m e n t e nos habernos de habe r en el modo de resis t i r .

San J u a n Cl ímaco , t r a t ando d e la d i s c r e c i ó n , d ice (1) q u e en d i f e r e n t e s t e n t a c i o n e s nos habe rnos de h a b e r d i f e r e n t e m e n t e en el modo d e res i s t i r ; p o r q u e h a y a l -g u n o s vicios q u e de su n a t u r a l e z a son d e s a b r i o s y penosos , como es la ira , la e n v i d i a , el r e n c o r , el odio , el de seo de v e n g a n z a , la i m p a c i e n c i a , la i n d i g n a c i ó n , la a m a r g u r a de corazon, la t r i s t e z a , la c o n t i e n d a y ot ros t a les . O t ros vicios h a y q u e t r a e n cons igo d e l e i -t e , como son los pecados c a r n a l e s , el c o m e r , el b e b e r , el j u g a r , el re i r , el pa r l a r , y o t ro s g u s t o s y c o n t e n t a -m i e n t o s s ensua l e s ; y p o r q u e es tos s e g u n d o s v ic ios , c u a n t o m á s los m i r a m o s y p o n e m o s los o jos en el los , t an to más a t r aen n u e s t r o c o r a z o n y le l l evan en pos de s í , d ice q u e habernos d e p e l e a r c o n t r a ellos h u -y e n d o , q u e es a p a r t á n d o n o s de las ocas iones y d e s -v iando la vis ta y la m e m o r i a y cons ide rac ión de el los

(1) Climacus, cap . 26.

con toda p re s t eza . Pero en los o t ros v ic ios p r i m e r o s , habernos de pe lear l u c h a n d o c o n t r a e l los , m i r a n d o a t e n t a m e n t e la na tu ra l eza , ma l i c i a y fea ldad de el los , pa ra poder me jo r vence r lo s , lo cua l s e h a c e con m e -nos pe l ig ro , po r no ser tan p e g a j o s o s , a u n q u e á la ira y deseo de v e n g a n z a , d ice , q u e es m e n e s t e r t a m b i é n h u r t a r l e el cue rpo , no p e n s a n d o cosas q u e n o s p u e -dan inc i t a r á e l la .

Es ta m i s m a doc t r ina p o n e n Cas iano y San B u e n a v e n -t u r a , y a ñ a d e n (1) q u e en los p r i m e r o s vic ios p u e d e uno d e s e a r e j e r c i t a r se y busca r l o a b l e m e n t e ocas iones de p e l e a r con t r a el los; c o m o c o n v e r s a n d o y t r a t a n d o con los q u e le p e r s i g u e n y o f e n d e n , pa ra a p r e n d e r pac ienc ia , y s u j e t á n d o s e á q u i e n en lodo le q u i e b r e la v o l u n t a d , pa ra a p r e n d e r á o b e d e c e r y á se r h u m i l -d e . P e r o en los vicios c a r n a l e s , se r í a ind iscrec ión y cosa m u y pe l igrosa desea r e s t a s t e u t a c i o n e s y p o n e r -se en ocas iones de el las . Y así Cristo nues t ro R e d e n -tor no pe rmi t ió s e r t e n t a d o de e s l e v ic io , p a r a e n s e -ñ a r n o s q u e en t en t ac ión s e m e j a n t e no nos habe rnos noso t ros de p o n e r , a u n q u e sea con e s p e r a n z a de m a -yor p remio y t r i u n f o ; p o r q u e e s l e v ic io es m u y c o n -n a t u r a l al h o m b r e , y como t r a e cons igo mezc l ada t a n -ta de l ec t ac i ón , no sólo e n la vo lun t ad s ino en el m i s -mo c u e r p o , es m á s fácil y m á s pe l i g rosa su e n t r a d a .

T r a e San B u e n a v e n t u r a u n a b u e n a comparac ión pa ra dec la ra r e s to : así como c u a n d o el e n e m i g o t i e n e d e n t r o de la c iudad q u e c o m b a t e a l g u n o s q u e le favo-r e c e n , m á s f ác i lmen te la e n t r a y la r i n d e : asi e d e -monio n u e s t r o e n e m i g o t i ene acá d e n t r o q u i e n le fa-vo rezca m u y p a r t i c u l a r m e n t e en es t a t e n t a c i ó n , q u e es n u e s t r o c u e r p o , por el de l e i t e g r a n d e q u e d e ello

(1) Cassian. coll. 19, cap. 16; el lib. 6 de instil. renunL-Bonav. de reform, mentis, cap. 3; de process, i Relig., cap. U.

Page 52: Tratado de Virtudes Cristianas

le cabe , c o n f o r m e á a q u e l l o de San Pab lo ; *Cua lqu ie r otro pecado q u e el h o m b r e c o m e t i e r e , e s t á f u e r a del c u e r p o (1) .* E n los d e m á s pecados no t i e n e t a n t a pa r -t e el c u e r p o ; p e r o en e s t e t i ene m u c h a , y po r eso c o n v i e n e m u c h o a p a r t a r n o s d e las ocas iones , y h u i r y d e s e c h a r l uego con d i l i genc i a los p e n s a m i e n t o s é ima-g i n a c i o n e s q u e nos v i e n e n d e e s t a s cosas ; y así añad ió al l í el Apósto l : Huid la fornicación ( 2 ) . H u y e n d o se ha d e res i s t i r y v e n c e r e s t a t e n t a c i ó n . De es t a m a n e r a dec la ran Cas iano y S a n t o T o m a s e s t e l u g a r .

C u é n t a s e en las Crón icas d e la O r d e n de San F ran -cisco (3) , q u e e s t a n d o u n a vez j u n t o s en p lá t i ca espi-r i tua l f r ay Gi l , f r ay Ruf ino , f r a y S i m ó n d e Asís, y f ray J u n í p e r o , d i jo f r a y Gil á los o t ros : H e r m a n o s , ¿cómo os a r rna is y res is t ís á las t e n t a c i o n e s d e la sen-sua l idad? R e s p o n d i ó f r a y S i m ó n : Yo, h e r m a n o , con-s idero la vi leza y to rpeza del p e c a d o , y c u á n a b o r r e -c ib l e es , no sólo á Dios, mas á u n á los h o m b r e s ; los cuales , por ma los q u e s e a n , s e e s c o n d e n y e n c u b r e n pa ra q u e no sean vis tos c o m e t e r u n p e c a d o s e n s u a l . Y de e s t a cons ide rac ión m e v iene un g r a n d e eno jo y a b o r r e c i m i e n t o , y así e scapo de la t e n t a c i ó n . F r a y R u -fino d i jo : Yo p ó s t r o m e e n t i e r r a , y con m u c h a s lágr i -m a s l lamo la c l e m e n c i a d e Dios y de n u e s t r a S e ñ o r a , has ta q u e me s i e n t o p e r f e c t a m e n t e l ib re . F r a y J u n í -p e r o d i jo : C u a n d o yo s i e n t o las t a les t e n t a c i o n e s d ia -bólicas, y oigo su e n t r a d a e n los s e n t i d o s de la c a r n e , luégo e n e sa hora c ierro f u e r t e m e n t e las p u e r t a s de l c o r a z o n , y pongo m u c h a g e n t e d e s a n t a s med i t ac io -n e s y b u e n o s deseos pa ra g u a r d a s e g u r a de é l . Y c u a n -do aque l l a s s u g e s t i o n e s de los e n e m i g o s l legan y c o m -b a t e n la p u e r t a , r e s p o n d o yo , como de d e n t r o , no les

(1) Omne peccatum quodcuraque fecer i t homo, ex t r a corpus es t . / ad Cor., VI, 1 8 . - ^ 2 ) Fug i t e f o m i c a t i o n e m . I ad Cor., VI, 18.—(3) P. I, l ib . 6, cap. 38, de la Crónica de S. Franc.

a b r i e n d o en n i n g u n a m a n e r a : a f u e r a , a f u e r a , q u e la posada e s t á t o m a d a y por eso no podéis e n t r a r a c á : y así n u n c a doy e n t r a d a á aque l l a g e n t e r u i n , y e l la v e n -cida y c o n f u s a , v a s e . F ray Gil , h a b i e n d o oído á todos , r e spond ió : A tí m e a t e n g o , F r a y J u n í p e r o , p o r q u e con este vicio m á s s e g u r a m e n t e pe lea el h o m b r e h u y e n d o . De m a n e r a , q u e el me jo r modo de res is t i r a e s t a t e n -tac ión , e s no d e j a r e n t r a r en el corazon los p e n s a m i e n -tos malos , ni da r e n t r a d a a l g u n a á es ta t en t ac ión , por -q u e es to e s más fácil ; pe ro si u n a vez e n t r a n los m a -los p e n s a m i e n t o s , no se rá fáci l , s ino m u y dif icul toso el de secha r lo s . La p u e r t a f á c i l m e n t e s e d e f i e n d e ; m a s ella t o m a d a , Dios n o s l i b r e . E n la t e r c e r a p a r l e , e n el t r a t a d o de la c a s t i d a d , t r a t a r e m o s más l a r g a m e n t e d e es ta t e n t a c i ó n , y d e los r e m e d i o s q u e habernos de usa r con t ra e l la , los cua le s nos pod rán a y u d a r t a m b i é n m u -cho pa ra las d e m á s t e n t a c i o n e s .

CAPÍTULO X X I I

De algunos avisos impor tan tes para el t i empo de la ten tac ión .

Hartos r e m e d i o s habe rnos d i cho pa ra las t e n t a c i o -n e s : p e r o por m u c h o s q u e s e d i g a n , no se p u e d e n de -cir todos . P o r q u e así como las e n f e r m e d a d e s c o r p o r a -les y sus r e m e d i o s son t a n t o s y t an d ive r sos , q u e no se p u e d e n esc r ib i r , n i e n s e ñ a r todos , s ino q u e s e n a d e de j a r m u c h o al a rb i t r io y p a r e c e r del m é d i c o , q u e c o n f o r m e al s u j e t o y c i r c u n s t a n c i a s p a r t i c u l a r e s a p l i -q u e el r e m e d i o q u e le p a r e c i e r e c o n v e n i r , asi es t a m -bién e n las e n f e r m e d a d e s e s p i r i t u a l e s . Por lo cua l los S a n t o s y m a e s t r o s de la v ida e sp i r i tua l p o n e n po r r e -m e d i o g e n e r a l y m u y p r inc ipa l pa ra todas las t e n t a -c iones , el d e s c u b r i r l a s y m a n i f e s t a r l a s al méd ico esp i -

Page 53: Tratado de Virtudes Cristianas

r i t u a l : pe ro p o r q u e de es to t r a t a r e m o s l a r g a m e n t e en la t e rce ra p a r t e (1) , aqu í s o l a m e n t e a v i s a r e m o s una cosa q u e a d v i e r t e Sao Basil io ce rca de e s to . Dice el San-to (2) q u e as í como las e n f e r m e d a d e s de l c u e r p o no se d e s c u b r e n á c u a l q u i e r a , s ino s o l a m e n t e á los médicos q u e las han de c u r a r ; así t a m b i é n las t e n t a c i o n e s y en-f e r m e d a d e s e s p i r i t u a l e s no se han de d e s c u b r i r á to -dos , s ino s o l a m e n t e á aque l los q u e Dios nos ha pues to po r méd icos pa ra eso , q u e son los s u p e r i o r e s ó c o n f e -so re s ; c o n f o r m e á aque l l o de San Pablo : *Los que so-mos más fuertes debemos sufrir las enfermedades de los flacos (3).* Y así n u e s t r a r eg la d ice (i) q u e s e acuda con es tas cosas al p r e f ec to de las cosas e s p i r i t u a l e s , ó al confesor , ó al s u p e r i o r .

E s t e e s un aviso de m á s impor t anc i a de lo q u e a l -g u n o s por v e n t u r a p i e n s a n . P o r q u e s u e l e acon tece r a l g u n a s veces q u e no q u i e r e u n o d e s c u b r i r sus t e n t a -c iones á q u i e n d e b e , y descúb re l a s á q u i e n no d e b i e -ra , y á q u i e n po r v e n t u r a l iará daño d e s c u b r i é n d o l a s y le rec ib i rá él t a m b i é n ; p o r q u e podrá s e r q u e el otro t e n g a la m i s m a t en t ac ión y flaqueza, y con eso q u e -de más c o n f i r m a d o en el la el u n o y el o t ro . P u e s por es to , y por o t ro s i n c o n v e n i e n t e s q u e se p o d r í a n s e -g u i r , c o n v i e n e m u c h o q u e s o l a m e n t e c o m u n i q u e uno sus t e n t a c i o n e s y e n f e r m e d a d e s e s p i r i t u a l e s con los médicos e s p i r i t u a l e s q u e las han d e c u r a r y r e m e d i a r , á q u i e n p u e d e e s t a r s e g u r o q u e no l iará daño y q u e rec ib i rá p r o v e c h o . Y así d i c e el Sab io : Non omni lio-mini cor tuum manifestes (5): No d e s c u b r á i s vues t ro corazon á c u a l q u i e r a . Y e n o t ro l u g a r : Amigos, mu-

(1) P . III, t rat . 7.—(2) Basii, in Reg. Brevior.-(3) Debemus autem nos firmiores imbecill i tates in f i rmorum sus t inere . Ad Rom., XV, I .—(4) 3 p. Const. c. 1, § 12; Regul . 41 SummariL— (5) Eceli., VIII, 22 .

chos, todos han de ser nuestros amigos; pero consejero, uno entre mil [ 1).

O t r o aviso dan t a m b i é n (2), pa ra el t i e m p o d e las t en t ac i ones , de m u c h a i m p o r t a n c i a ; q u e p r o c u r e m o s e n los ta les t i e m p o s c o n t i n u a r n u e s t r o s e je rc ic ios e s -p i r i t ua l e s y p e r s e v e r a r en el los con d i l i genc i a , y nos g u a r d e m o s m u c h o de dejarlos ó d i sminu i r lo s ; p o r q u e c u a n d o no h i c i e se o t r a cosa el d e m o n i o con la t e n t a -c ión , ̂ i n o d e s b a r a t a r n o s en eso , hab r í a h e c h o m u c h o y se dar ía por b ien p a g a d o . A n t e s e n t ó n c e s hay n e c e -sidad d e m a y o r c o n t i n u a c i ó n e n estos e je rc ic ios , y d e añadi r á n t e s q u e q u i t a r . P o r q u e si el d e m o n i o nos q u i -ta las a r m a s e sp i r i t ua l e s con q u e nos d e f e n d e m o s y le o fendemos , c la ro e s t á q u e nos l levará m á s f á c i l m e n t e á lo q u e él desea . Y así c o n v i e n e m u c h o se r he les a Dios nues t ro Seño r en el t i e m p o de la t e n t a c i ó n , y e n eso s e conocen s u s v e r d a d e r o s s i e rvos (3). No e s m u -cho p e r s e v e r a r u n o en s u s b u e n o s e je rc ic ios c u a n d o hay bonanza y d e v o c i o n : p e r o p e r s e v e r a r c u a n d o h a y t e m p e s t a d e s , t e n t a c i o n e s , s e q u e d a d e s y d e s c o n s u e l o s , eso es m u c h o de loar; p o r q u e e s g ran seña l d e ve rda -dero a m o r , y de q u e s i rve á Dios p u r a m e n t e po r q u i e n él es .

El t e r ce r av iso es q u e se d e b e g u a r d a r u n o m u c h o , en el t i e m p o d e la t e n t a c i ó n , de h a c e r m u d a n z a y to -mar n u e v a s r e so luc iones ; p o r q u e no e s a q u e l t i e m p o á propós i to para eso. E u el a g u a tu rb ia no se ve n a d a ; de jad la a s e n t a r y ac l a r a r , y e n t ó n c e s ve ré i s las g u i j i -tas y a ren i t a s q u e e s t á n a l lá e n lo h o n d o . Con la t e n -tación e s t á u n o m u y i n q u i e t o y t u r b a d o , no p u e d e ve r b ien lo q u e le c o n v i e n e (4). Y así no e s ese b u e n t i e m -

(1) Multi pacifici sint tibi, et consil iarius sii; tibi unus de mnlle. Eceli., VI 6.—(2) D. Vincenlius Fe r r e r , lib. de vita spirituali, c. 12.—(3)Vosestis, qui p e r m a n s i s i mecum in ten ta t iombus meis Lue., XXII, 28.—(4) Comprehenderun t me ìniquitates m e « , et non potui ut v iderem. Ps. XXXIX, 13.

Page 54: Tratado de Virtudes Cristianas

po p a r a d e l i b e r a r y r e s o l v e r s e y d e t e r m i n a r s e en n in-g u n a cosa d e n u e v o . D e j a d p a s a r la t e n t a c i ó n , y cuan -do e s t e i s s o s e g a d o y q u i e t o , e n t ó n c e s v e r é i s m e j o r lo q u e os c o n v i e n e . T o d o s los m a e s t r o s d e la v i d a e s p i -r i t u a l e n c o m i e n d a n m u c h o e s t e av i so . Y n u e s t r o l a -d r e n o s le p o n e e n el l i b r o d e los E j e r c i c i o s , e n las re-g l a s q u e da p a r a d i s c e r n i r los d i v e r s o s e s p í r i t u s , y da allí (1) u n a razón m u y b u e n a d e es to ; p o r q u e a s í como en el t i e m p o d e la c o n s o l a c i o n es u n o l l evado ^ m o v i -d o d e Dios á lo b u e n o ; a s í e n la t e n t a c i ó n es l levado é i n s t i g a d o de l d e m o n i o , con c u y a i n s t i g a c i ó n n u n c a s e h a c e cosa b u e n a .

Lo c u a r t o e s m e n e s t e r q u e e n el t i e m p o d e la t e n -t a c i ó n s e a m o s d i l i g e n t e s e n a p r o v e c h a r n o s d e los r e -m e d i o s a r r i b a d i c h o s , y q u e n o nos e s t e m o s m a n o so-b r e m a n o : lo c u a l s e e n t e n d e r á b ien c o n el e j e m p l o s i g u i e n t e . C u é n t a s e en l a s Vidas de los Padres, q u e un m o n j e a n d a b a m u y m o l e s t a d o de l e s p í r i t u d e la f o r n i ; cac ion , y d e s e a n d o l i b r a r s e d e ta l m o l e s t i a , s e f u é a u n a p r o b a d í s i m o P a d r e d e l Y e r m o , y con m u c h o s e n -t i m i e n t o le d i j o : P o n , P a d r e v e n e r a b l e , t u c u i d a d o y so l i c i t ud e n m í , y r u e g a á Dios q u e m e favorezca , p o r q u e p e s a d a m e n t e m e c o m b a t e el e s p í r i t u d e la f o r -n i c a c i ó n . Y c o m o e s to o y ó el s a n t o v i e j o , d e all í a d e -l a n t e s u p l i c a b a d e d í a y d e n o c h e á Dios le f a v o r e c i e -se. P a s a d o s a l g u n o s d í a s vo lv ió el m o n j e al P a d r e , y le s u p l i c ó q u e o ra se p o r él c o n m á s v e h e m e n c i a p o r -q u e no se le m i t i g a b a s u p e g a j o s a t e n t a c i ó n . El Padre d e all í a d e l a n t e s u p l i c a b a con m á s i n s t a n c i a al Señor d i e se e s f u e r z o al m o n j e , y e n v i a b a á su M a j e s t a d sus-p i ros y g e m i d o s c o n m u c h a e f i cac ia . O t r a y o t r a vez volv ió el m o n j e á é l , y le d i jo q u e n o le a p r o v e c h a -

(1) S. P. N. Ignat . lib. Exerc. spirit., Regul. 5 ad discernendum trniíos animi motus.

ban s u s o r a c i o n e s ; d e lo cual el s a n t o v i e jo q u e d ó de s -conso l ado , y se m a r a v i l l a b a c ó m o Dios no le o ía . E s -t a n d o , p u e s , f a t i g a d o c o n e s t e p e n s a m i e n t o , el S e ñ o r le r e v e l ó a q u e l l a n o c h e s i g u i e n t e , q u e la c a u s a p o r -q u e n o le oía, e r a la n e g l i g e n c i a y poco v a l o r de l m o n j e p a r a r e s i s t i r . Y la r e v e l a c i ó n f u e d e e s t a m a n e -ra- q u e v e í a e s t a r m u y ocioso y s e n t a d o a a q u e l m o n -j e v el e s p í r i t u d e la f o r n i c a c i ó n a n d a b a d e l a n t e d e é l ' t o m a n d o d i v e r s a s f o r m a s y r o s t r o s d e m u j e r e s , j u -g a n d o V h a c i é n d o l e v i s a j e s , y el m o n j e lo m i r a b a y se ho lgaba m u c h o con e l lo : v e í a t a m b i é n q u e e á n g e l del S e ñ o r e s t a b a c a b e é l , m u y i n d i g n a d o con el m o n -j e , p o r q u e no s e l e v a n t a b a d e a l l í , y a c u d í a a l S e ñ o r , y se p o s t r a b a e n t i e r r a , y h a c í a o r ac iou , y d e j a b a d e de l e i t a r s e en s u s p e n s a m i e n t o s . Por e s to . conocio, e l b u e n v i e j o q u e la c a u s a por q u e Dios n o le o í a , e r a a n e g l i g e n c i a del m o n j e . Y as í , la p r i m e r a v e z q u e le vo lv ió á v i s i t a r , le d i jo : por tu c u l p a h e r m a n o , no m e oye Dios, p o r c u a n t o te d e l e i t a s con los ma los p e n s a -mientos. I m p o s i b l e e s q u e d e t í se a p a r t e el e s p í r i t u

• f u c i o d e la f o r n i c a c i ó n a u n q u e o t r o s n i e g u e n i a o por t í , si t ú m i s m o n o t o m a s el t r a b a j o d e m u c h o s a y u n o s , o r a c i o n e s y v ig i l i a s , r o g a n d o a Dios con g -midos y l á g r i m a s q u e t e c o n c e d a su favor j m s M -cord ia , y t e d é fo r t a l eza , d e m a n e r a q u e P^das res i s -t ir á los malos p e n s a m i e n t o s : p o r q u e a u n q u e los m é -dicos a p l i q u e n á los e n f e r m o s t o d a s las m e d i c i n a s n e c e s a r i a s ? y se las d e n c o n toda d i l i g e n c i a y cu d a d o n i n g u n a c ó s a l e s a p r o v e c h a r á , si por o t r a p a r t e los e n f e r m o s c o m e n cosas d a ñ o s a s De la m i s m a m a n e r a p a s a en las e n f e r m e d a d e s de l a l m a q u e a u n q u e l o s P a d r e s v e n e r a b l e s , q u e son los m é d i c o s d e l a l m a , o e n con t o d a su i n t e n c i ó n y corazon a Dios p o r ^ e ' l o s q u e p i d e n les a y u d e n con s u s o r a c i o n e s poco a p r o v e c h a r á n los t a l e s m é d i c o s , si los q u e R e n t a d o s n o s e e j e r c i t a n e n o b r a s e s p i r i t u a l e s , r e z a n d o , a y u n a n d o y

Page 55: Tratado de Virtudes Cristianas

h a c i e n d o o t r a s cosas q u e son á Dios a g r a d a b l e s . Como es to oyó el m o n j e , a r r e p i n t i ó s e de todo su corazon , y d e allí a d e l a n t e s igu ió el conse jo del b u e n viejo, y af l ig ióse con a y u n o s , v igi l ias y o rac iones , y así mere-ció la mi se r i co rd i a del Señor , y s e le q u i t ó la t e n t a -c ión . P u e s d e es t a m a n e r a nos habernos d e h a b e r nos-o t ro s en las t en t ac iones , h a c i e n d o lo q u e es d e n u e s -t r a p a r t e , y p o n i e n d o los med ios q u e d e b e m o s , p o r -q u e d e esa m a n e r a nos q u i e r e el Seño r da r la v ic to r i a .

Y p o r q u e en es to de l res i s t i r á las t e n t a c i o n e s pue-d e h a b e r m á s y m é n o s , no nos habe rnos de c o n t e n t a r con res i s t i r d e c u a l q u i e r m a n e r a , s i n o p rocu ra r la me-j o r . E n las Crón icas de San Franc i sco se c u e n t a (1) q u e dec l a ró el Seño r á un g r a n d e s ie rvo s u y o , r e l i -gioso de a q u e l l a O r d e n , l l amado f ray J u a n de Alver -n e , el d ive r so modo con q u e se hab í an los re l ig iosos c o n t r a las t e n t a c i o n e s , e s p e c i a l m e n t e c o n t r a los p e n -s a m i e n t o s d e la c a r n e : v i ó c a s i i n n u m e r a b l e m u l t i t u d d e d e m o n i o s q u e sin cesa r a r r o j a b a n c o n t r a los s i e r -v o s d e Dios m u c h a s s a e t a s , de las c u a l e s a l g u n a s con i m p e t u o s a l ige reza vo lv ían con t r a los d e m o n i o s q u e las t i r a b a n ; y e n t o n c e s e l los con g r a n c l amor d a b a n á h u i r como a f r e n t a d o s . O t r a s de a q u e l l a s s ae t a s , a r r o -j a d a s de los d e m o n i o s , t ocaban á los re l ig iosos ; mas luégo ca ían e n el sue lo sin h a c e r l e s d a ñ o a l g u n o . O t r a s e n t r a b a n con el h i e r r o h a s t a la c a r n e , y o t r a s p a s a b a n el c u e r p o de p a r t e á p a r t e . P u e s c o n f o r m e á es to , el me jo r modo de res i s t i r , y el q u e habe rnos de p r o c u r a r , e s el p r i m e r o , h i r i e n d o al d e m o n i o con las m i s m a s t e n t a c i o n e s y s a e t a s con q u e él nos p r o c u r a h e r i r , y h a c i é n d o l e h u i r . Y es to h a r e m o s m u y b i e n , c u a n d o p e n s a n d o el d e m o n i o d a ñ a r n o s con s u s t e n t a -c iones , n o s o t r o s s acamos m a y o r p r o v e c h o d e e l las :

( i ) Par t . 2, l ib . 7, cap. 8, de la Crònica de San Francisco.

como si de la t e n t a c i ó n d e sobe rb ia y v a n i d a d , q u e e l demon io nos t r a e , s acamos más h u m i l d a d y c o n f u -sión- y de la t e n t a c i ó n d e s h o n e s t a , s a c a m o s m a y o r a b o r r e c i m i e n t o del vicio y m a y o r a m o r á la c a s t i d a d , Y a n d a r con m a y o r r eca to y f e r v o r , y a c u d i r mas a Dios Y así , d ice el b i e n a v e n t u r a d o San A g u s t í n , s o b r e aque l l a s pa l ab ras : *Este dragón que criaste para que se hdqa burla de él (1),* q u e de es t a m a n e r a los s ie rvos de Dios h a c e n b u r l a de es te d r a g ó n , p o r q u e q u e d a cocido y en l azado con el m i s m o lazo con q u e él n o s quer ía en l aza r , c o n f o r m e á aque l l o del Real P r o f e t a : *En el lazo que oculto me tendieron, quedó preso su pié. —Cójale la trampa que preparó escondida y caiga en su mismo lazo* V in i endo por lana , v u e l v e t r a squ i l ado . *El mal que deseó, se tornará sobre su cabeza, y en lo alto de ella descargará su iniquidad (2).*

f l1 Draco iste, q u e m formast i ad i l ludendum ei. Ps. GIÙ, 26. - h ) In laqueo isto, q u e m absconde run t , comprehensus est pes eorum. Ps. IX, 1 6 . - C a p t i o , q u a m abscondi t , a p p r e h e n d a t e u m : e U n t q u e u m cadat in ipsum. Ps. XXXIV, 8 . - C o n v e r t e t u r dolor ejus in caput e jus : e t i n v e r t i c e m ipsius iniqui tas e jus descende t . Ps. VII. 17.

Page 56: Tratado de Virtudes Cristianas

T R A T A D O Q U I N T O

DE LA AFICION DESORDENADA DE PARIENTES

CAPÍTULO P R I M E R O

Cuánto le impor ta al religioso hu i r visi las d e pa r i en tes y las idas á su t i e r r a .

Cerca de l a m o r y afición q u e h a b e r n o s de t e n e r á p a r i e n t e s , nos pone n u e s t r o P a d r e u n a reg la (1), q u e d i c e b i en á todos los re l ig iosos : «Cada u n o d e los q u e e n t r a n e n la Compañ ía , s i g u i e n d o el conse jo d e Cr is to n u e s t r o S e ñ o r : Qui reliquerit patrem, etc. (2), h a g a c u e n t a d e d e j a r el p a d r e y la m a d r e y h e r m a n o s y h e r m a n a s , y c u a n t o tenía en el m u n d o ; a n t e s t e n g a po r d i c h a á sí aque l l a p a l a b r a : Si quis... non odit pa-trem suum, et matrem... adhuc autem et animam suam, non potest meus esse discipulus (3): *E1 q u e no a b o r r e c e á su p a d r e , á su m a d r e , y lo q u e es m á s á su p rop i a a lma , no p u e d e ser d i sc ípu lo mío .* Y así d e b e p r o c u -ra r d e p e r d e r toda la af ic ión ca rna l y c o n v e r t i r l a en e s p i r i t u a l con los d e u d o s , a m á n d o l o s s o l a m e n t e de l

(1) Cap. IV Exam., § 7; et Regul . 8 Summaril.-(2) Mat th . , XIX, 29.—(3) Lue. , XIV, 26.

a m o r q u e la c a r i d a d o r d e n a d a r e q u i e r e , como q u i e n e s m u e r t o al m u n d o y al a m o r p rop io , y v ive á Cris to n u e s t r o S e ñ o r s o l a m e n t e , t e n i e n d o á él e n l u g a r d e p a d r e s y h e r m a n o s y d e todas las cosas .» No basta d e j a r el m u n d o con el c u e r p o , e s m e n e s t e r q u e le d e -j e m o s t a m b i é n con el c o r a z o n , p e r d i e n d o todas las af ic iones q u e t r a b a n de él y le i n c l i n a n á las cosas de l s ig lo . No es m a l o a m a r al d e u d o p o r q u e es d e u d o , án-tes por ese r e s p e t o d e b e s e r a m a d o más q u e o t ro q u e no lo es ; m a s si e s t e a m o r s e f u n d a s o l a m e n t e e n la n a t u r a l e z a , no e s a m o r p rop io de l c r i s t i ano , y m u c h o m e n o s del re l igioso, p u e s lodos los h o m b r e s , a u n q u e sean i n h u m a n o s y b á r b a r o s , q u i e r e n b ien á s u s p a -d r e s y á los q u e e s t á n c o n j u n t o s cons igo en s a n g r e .

P e r o el c r i s t i ano , y m á s el re l ig ioso , d ice San G r e -gor io (1) , h a d e s u b i r de p u n t o es te a m o r n a t u r a l , y a p u r a r l e como en crisol con el f u e g o de l a m o r d i v i n o , y a m a r á los s u y o s , no t a n t o p o r q u e la na tu ra l eza le inc l ina á a m a r l o s , c u a n t o p o r q u e Dios le m a n d a q u e los a m e , c e r c e n a n d o de l lodo lo q u e le p u e d e d a ñ a r y a p a r t a r del a m o r del s u m o b i e n , y a m á n d o l o s s o l a -m e n t e pa ra lo q u e Dios los a m a y pa ra lo q u e q u i e r e q u e noso t ros los a m e m o s . Y es to e s lo q u e d ice la r e g l a : q u e h a b e r n o s d e p e r d e r toda la afición c a r n a l y c o n v e r t i r l a e n e s p i r i t u a l , h a c i e n d o d e a m o r p rop io a m o r d e ca r idad ; y de a m o r de c a r n e a m o r de e s p í -r i t u . Y da la razón de es to , p o r q u e el re l ig ioso d e b e se r m u e r t o al m u n d o y al a m o r p rop io ; y así no h a d e vivir y a e n él el a m o r del m u n d o , s ino sólo el a m o r de C r i s t o . Y a p o y a n u e s t r o P a d r e e s t a r e g l a con a u -t o r i d a d e s d e la S a g r a d a E s c r i t u r a , q u e e s cosa q u e no s u e l e h a c e r e n o t r a s r e g l a s y c o n s t i t u c i o n e s , a u n q u e lo p u d i e r a f á c i l m e n t e h a c e r , p o r q u e la d o c t r i n a d e

(1) Greg. Hotn. 27. E J E R . RODRIG.—Tom. I V .

Page 57: Tratado de Virtudes Cristianas

n u e s t r a s Cons t i t uc iones es t o m a d a de l Evange l io ; m a s no quiso s ino d a r n o s e s t a d o c t r i n a con la llaneza y s ince r idad con q u e d e Dios la h a b í a r e c i b i d o , l e r o en l l egando á t r a t a r de p a r i e n t e s , l uégo a p o y a lo q u e d ice con a u t o r i d a d e s de la E s c r i t u r a , como v e m o s lo h a c e t a m b i é n c u a n d o t r a t a d e l d e j a r la h a c i e n d a a los p a r i e n t e s , l uégo t r a e (1) la E s c r i t u r a q u e d i ce : *Re-partió y dió á los pobres ( 2 ) , * el conse jo de Cristo: *Dalo á los pobres (3).* No d i j o dalo á t u s pa r i en tes , s ino da lo á los p o b r e s . Vió m u y bien n u e s t r o Padre q u e todo es to e r a aqu í m e n e s t e r , po r s e r e s t e afecto tan n a t u r a l , y con el cua l n a c e m o s t o d o s , y es ta tan a r r a i g a d o e n n u e s t r a s e n t r a ñ a s y tan a p o d e r a d o de noso t ros . . .

E s t a es u n a m a t e r i a d e m u c h a i m p o r t a n c i a pa ra el re l ig ioso , y así m u y t r a t a d a de los S a n t o s Basil io, G r e g o r i o , B e r n a r d o y o t r o s m u c h o s . R e c o g e r e m o s a q u í b r e v e m e n t e la s u s t a n c i a de e l l a . C u a n t o a lo p r i m e r o , San Basil io t r a t a m u y bien c u á n t o le c o n -v i e n e al re l ig ioso h u i r el t r a i o y c o n v e r s a c i ó n de p a -r i e n t e s , y e x c u s a r sus v i s i t a s y las idas á su t i e r r a , i t r a e m u c h a s r azones q u e m u e s t r a n b i e n la i m p o r t a n -c ia de esto (4). P o r q u e f u e r a d e q u e noso t ro s no h a -c e m o s f r u t o n i n g u n o con e s t o e n n u e s t r o s pa r i en t e s , r e c i b i m o s d e ello m u c h o d a ñ o e n n u e s t r a s a l m a s : p o r q u e el los nos c u e n t a n s u s c u i t a s , s u s p l e i t o s , y la p é r d i d a de la h a c i e n d a y d e la h o n r a , y todos . sus d u e l o s y l á s t imas ; y así v o l v e m o s noso t ro s á nues t r a casa c a r g a d o s de todo lo q u e á el los d a p e n a .

Y más : p o n á m o n o s con e s t o e n m u c h a s ocasiones

( U Cao. 4 Exara . , S 1 et 2 .—(2) Dispers i t , ded i t pauper ibus . Ps CXI 9 - ( 3 ) D a ' p l u p e r i b u s . M¿tth.,\IX, 21.—(4) Nam supra hoc quo'd illis nul lam ut i l i ta tem exh ibe raus , i n supe r e t nos t ram ipsorum vitara tumul t ibus e t t u r b a l i o n e rep lemus , et peccatorum occasiones a t t r ah imus . Basil. in qucest. fusius disp. 32.

d e pecados , po r m u c h a s vias y m a n e r a s ; p o r q u e de es te t r a to y conver sac ión de p a r i e n t e s s e s u e l e r e c r e -cer , lo p r i m e r o , el aco rda r se y t r a e r á la m e m o r i a las cosas d e la v i d a p a s a d a , q u e s u e l e ser no p e q u e ñ a ocasion d e p e c a d o s ; p o r q u e de a q u í sue l e p rocede r el r e n o v a r s e las l lagas v i e j a s y el r e f r e sca r se la s a n g r e , t r a y e n d o á la m e m o r i a tal ca sa , tal luga r , tal paso, y u n a s cosas van t r a y e n d o y l l amando á o t ras ; y d e lance en l ance y de t r e t a en t r e t a , nos v i e n e n á d e j a r i n q u i e t o s y h a c e r m u c h o d a ñ o . Y es u n a razón f u e r t e del d a ñ o q u e es to hace , q u e aconse j an los m a e s t r o s de la vida e sp i r i t ua l q u e no nos a c o r d e m o s de los pecados de la v ida p a s a d a e n p a r t i c u l a r , áun c u a n d o t r a t a m o s de t e n e r dolor y con t r i c ión de ellos, s ino so-l a m e n t e en g e n e r a l , hac i endo como un m a n o j i t o de ellos, p a r a q u e no nos to rnen á i n q u i e t a r . C u á n t o más se rá dañoso el t omar noso t ros esa ocasion sin n e -cesidad: no t e n e i s q u e q u e j a r o s d e s p u e s d e la i n q u i e -tud y daño q u e sen t í s , p u e s vos os lo buscas te s , v u e s -tro m e r e c i d o t e n e i s .

Más, dice San Basil io (1) q u e los q u e g u s t a n de t ra ta r y c o n v e r s a r con p a r i e n t e s , con aque l t ra to y conversac ión van e m b e b i e n d o poco á poco e n sus a l -mas las malas c o s t u m b r e s y af ic iones d e el los , y o c u -pada el a l m a con p e n s a m i e n t o s m u n d a n o s se va r e s -f r i ando en el fe rvor del e s p í r i t u , y p e r d i e n d o la e s t a -bilidad y f i rmeza de sus p r i m e r o s deseos , y se v a aseg l a r ando y v o l v i e n d o al m u n d o sin s en t i r , confor -m e á aque l l o de l P ro fe t a : *Se mezclaron con los gentiles y aprendieron sus obras; y dieron culto á sus ídolos, y fué para ellos escándalo (2).* ¿ Q u é s e les pod ía p e g a r

( I ) Basil, in const. Monast., cap. 21.—(2) Commisti sunt in te r gen tes e t d id i ce run t opera eo rum, et serv ierunt sculpti l ibus e o -rum e t fac tum est illis in scanda lum. Ps. CV, 35.

Page 58: Tratado de Virtudes Cristianas

á los h i jos d e I s rae l de m o r a r con los filisteos, sino a d o r a r sus ídolos y q n e el los les f u e s e n e s c a n d a l o y r u i n a ? Así s e os p e g a r á á vos, si t r a í a i s con pa r i en t e s , su l engua j e s e g l a r , el no a n d a r e n v e r d a d , s ino con ficciones, con f r u n c i m i e n t o s y c u m p l i m i e n t o s , como se usa en el m u n d o ; ya s u s ídolos os c o n t e n t a n , su honr i l la y r ega lo , y es tá is l leno d e p r e s u n c i ó n , y d e -seáis salir con la v u e s t r a , q u e e s otro m u n d i l l o q u e os han p e g a d o .

T r a e o t r a r azón m u y p r inc ipa l San Basil io (1), por la cual nos c o n v i e n e m u c h o h u i r el t r a to y c o n v e r s a -ción de los p a r i e n t e s , q u e e s po r el d a ñ o g r a n d e q u e causa la c o m p a s i o n y t e r n u r a n a t u r a l : p o r q u e de t r a -t a r y c o n v e r s a r u n o con s u s p a r i e n t e s , n a t u r a l m e n t e se s igue el a l e g r a r s e con sus p r o s p e r i d a d e s , y e n t r i s -t ece r se con s u s a d v e r s i d a d e s y t r aba jos , y ca rga r se de p e n s a m i e n t o s y cu idados , si t i e n e n bien lo q u e han m e n e s t e r , q u é e s lo q u e les fa l ta , si les s u c e d e r á b ien aque l e m p l e o , si s a ld rán bien de l o t ro negoc io de h o n r a ó h a c i e n d a : los cua le s p e n s a m i e n t o s y cu idados v a n d e b i l i t a n d o y a p o c a n d o la v i r t u d y f u e r z a s e s p i -r i tua les , d e tal m a n e r a , q u e c u a l q u i e r a t e n t a c i ó n le v i e n e d e s p u e s á de r roca r , p o r q u e v i e n e , d ice San Ba-sil io, á q u e d a r como u n a e s t a t u a , q u e e s t á ves t ida de hábi to de re l ig ioso , sin t e n e r la v e r d a d y e s p í r i t u de rel igioso (2 ) . No t i e n e u n o m á s q u e el c u e r p o en la Rel ig ión , y el corazon e s t á a l lá e n el m u n d o e n t r e sus p a r i e n t e s .

Casiano c u e n t a (3) d e u n m o n j e q u e hizo su a s i e n -to y morada ce rca d e s u s p a r i e n t e s , y el los le prove ían allí de todo lo necesa r io ; d e m a n e r a , q u e él no ten ia

(1) Basil. in Const. monast., cap. 21.-(2) Eoque p romovet , ut habi lum Rel ig ionis t an tum ins tar statuee c i r cun fe ramus Uli nuiio pacto v i r tu tum studio cor respondentes . Basil. ib.—[i) t a s . cou. 14, cap. 11.

q u e h a c e r s ino vacar á la orac ion y l ecc ión . Y e s t a b a él m u y c o n t e n t o con es to , p a r e c i é n d o l e s q u e e r a a q u e -lla u n a vida m u y q u i e t a y s o s e g a d a . F u é una vez á visi tar al g r a n A u t o n i o , y p r e g u n t ó l e el S a n t o d ó n d e m o r a b a . El r e s p o n d i ó q u e cerca d e sus p a r i e n t e s , y q u e el los le a c u d í a n con todo lo necesa r io , y él no t e -nía o t r a o c u p a c i o n , s ino vacar á Dios. P r e g u n t ó l e : d i m e , h i jo , c u a n d o á t u s p a r i e n t e s les v i e n e n a l g u n a s adve r s idades y t r a b a j o s ¿en t r i s t éces te? Y c u a n d o les va b ien ¿ h u é l g a s t e de sus p rospe r idades? Eso , P a d r e , por f u e r z a ; no p u e d e ser m é n o s . Confesó l l a n a m e n t e la v e r d a d , q u e de u n o y otro pa r t i c ipaba . P u e s e n -t iende , h i jo , d i c e el S a n t o , q u e en la o t r a v ida s e r á s contado t a m b i é n en el n ú m e r o d e ésos, de q u i e n e n esta v ida f u i s t e c o m p a ñ e r o en s u s gozos y t r i s t ezas . Con los s eg l a r e s se rá con t ado e n la ot ra v ida el q u e con ellos y de sus cosas t r a t a e n e s t a . P u e s por e s t a causa d ice San Basil io, q u e nos impor t a m u c h o h u i r el t ra to y conve r sac ión de p a r i e n t e s ; p o r q u e al fin, lo q u e ojos no v e n , corazon no q u i e b r a . Y así como el dejar con e f e c t o la h a c i e n d a , como la d e j a m o s por el voto d e la pobreza , d icen los S a n t o s q u e nos a y u d a a pe rde r la afición de e l l a ; así el de j a r con e fec to los pa r i en tes , y no los t r a t a r ni conve r sa r , nos liara o l v i -dar e s t a afición c a r n a l ; y así nos l i b r a r emos de los pe -ligros g r a n d e s q u e de e l la se s i g u e n . I m p o r t a m u c h o el d e s p e g a r n o s d e e l los con la ob ra , p a r a d e s p e g a r n o s de ellos con el c o r a z o n ; y si no hay lo p r i m e r o , no h a b r á lo s e g u n d o . A u n a c o n t e c e e s t a r m u y a p a r t a d o s é í rsenos el corazon a l lá : ¿qué se rá si t r a t a m o s y con-versamos con ellos?

Por es to e n n u e s t r a Re l ig ión e s t á n p roh ib ida s las idas de los n u e s t r o s á sus t i e r r a s , t an e s t r e c h a m e n t e como todos s a b e n . Pero pa ra q u e e s t a tan s a n t a y p ro-vechosa p roh ib ic ión s e p u e d a p o n e r en e j e c u c i ó n , e s m e n e s t e r q u e a y u d e m o s noso t ro s á e l lo , y q u e c u a n -

Page 59: Tratado de Virtudes Cristianas

do vuestros p a r i e n t e s p i d e n á ios s u p e r i o r e s q u e os den licencia para ir a l lá , v o s s e á i s el p r i m e r o q u e r e -sistáis y les sa t i s faga is y p e r s u a d á i s q u e en n i n g u n a mane ra os c o n v i e n e ; q u e n o o s fa l t a r án razones b a s -tan te s para el lo , si vos q u e r e i s . Y con es to s e c u m p l e con los pa r i en t e s y q u e d a n s a t i s f e c h o s po r vues t ro con ten to y a l g u n a s veces p o r e l s u y o . Y esto es lo que desean los supe r io re s ; y se e d i f i c a n m u c h o , c u a n d o vos dec is q u e no es n e c e s a r i o y q u e d e s h a r é i s eso con el los. P o r q u e los s u p e r i o r e s m u c h a s v e c e s no p u e d e n c u m p l i r de ot ra m a n e r a con q u i e n s e lo p i d e , y con los in te rcesores q u e a l g u n a s v e c e s e c h a n , si vos no sal is á esto, y as í c o n d e s c i e n d e n y dan u n a l icencia como es t ru j ada , q u e no e s o b e d i e n c i a , s ino pe rmis ión ; q u e más qu i s i e ra el supe r io r q u e no f u é r a d e s . E s t e es un aviso m u y b u e n o , as í p a r a es to como pa ra otros m u c h o s casos . C u a n d o v u e s t r o s p a r i e n t e s u o t ro s ami-gos ó devotos os p i d e n q u e h a g a i s ó e n t e n d á i s en a l -g ú n negocio q u e no e s c o n f o r m e á v u e s t r a vocacion é in s t i tu to , no eche i s toda l a ca rga al s u p e r i o r , que le obl igáis , ó á r o m p e r c o n e l l o s , ó á c o n c e d e r lo que p iden No t ra iga i s las cosas á e s o s t é r m i n o s ; d e s v i a d -Ies vos de su p r e t e n s i ó n c o n b u e n a s p a l a b r a s , d á n d o -les á e n t e n d e r q u e no e s c o s a a q u e l l a d e n u e s t r a pro-fes ión. Esto es de b u e n o s r e l i g i o s o s , y no como h a c e n a lgunos q u e por no de j a r a l o t r o d i s g u s t a d o c o n t r a s i , q u i e r e n e c h a r la ca rga s o b r e l o s s u p e r i o r e s .

Dice San J e r ó n i m o , s o b r e a q u e l l a s p a l a b r a s ; d e Cris-to'• *Sed prudentes como las serpientes (1).* P é n e s e n o s e j emp lo de la s e r p i e n t e , q u e con el c u e r p o de f i ende la cabeza, en la cua l e s t á la v i d a (2). Asi nosot ros

(1) Estote p ruden tes s icut s e r p e n t e s . Matth., X, 16 .—(2) S e r -p e n t » poni tur exemplura q u i toto c o r p o r e occultât caput ut Ulud, in quo vita est, protegat . Hieron.

s i empre habernos d e d e f e n d e r la cabeza , q u e es el su -per io r ; y no al r e v e s , q u e p o r q u e no d é el go lpe e n el cue rpo , d e s c u b r i m o s la cabeza , y por e x c u s a r n o s á nosotros, e chamos m u c h a s veces la c u l p a al s u p e r i o r . P u e s con esto se ha de t e n e r m u y p a r t i c u l a r c u e n t a en el caso de q u e v a m o s h a b l a n d o . Y c o m u n m e n t e , todo el punto de e s t e y o t ros s e m e j a n t e s negocios e s t á en nosotros. Qu ie ra u n o , q u e f á c i l m e n t e s e d e s h a r á n las d i f icul tades . Y as í , lo q u e yo aconse j a r í a e n e s t e par t icu lar á q u i e n de sea se a c e r t a r , es , lo p r i m e r o , q u e p rocure cnanto p u d i e r e e x c u s a r es tas idas y vis i tas ; y cuando no las p u d i e r e e x c u s a r , sea el hace r l a s forzado por la obediencia , y d ic iendo al supe r io r si s i en te a l -g ú n peligro e n e l lo ; y con todo eso , hay bien de q u é t e m e r , y es m e n e s t e r ir bien p r epa rados .

Del abad T e o d o r o s e c u e n t a (1) q u e v in i éndo le a ver su madre con m u c h a s ca r t a s de los obispos y p r e -lados para q u e s e le d e j a s e n ve r , y d á n d o l e l icencia el san to abad P a c o m i o , q u e e r a su s u p e r i o r , para v e r -la . él respondió: P a d r e , a s e g ú r a m e q u e no d a r é c u e n -ta á Dios el día de l ju ic io de es t a v i s i t a , y yo la l i a re . En tonces el s an to a b a d d i jo : h i jo ; si t ú e n t i e n d e s q u e no te conviene , yo no te obl igo á e l lo . No le qu i so asegurar , y él no qu i so h a c e r la vis i ta , si no lo toma-ba el super ior s o b r e su conc ienc ia ; y así se q u e d o . 1 sucedió b ien , p o r q u e su m a d r e d e t e r m i n ó de q u e d a r s e en u n monas te r io de m o n j a s , q u e e s t aba c e r c a n o , de q u e tenían c u i d a d o aque l los m o n j e s , con e spe ranza d e ver a lguna vez e n t r e e l los á su h i jo . E s t e a n d a b a b ien , que no q u e r í a h a c e r e s t a s v is i tas , s ino por p u r a obediencia , y q u e lo t o m a s e el supe r io r sob re su c o n -ciencia . De esa m a n e r a ha de ir á su t i e r r a el b u e n r e -ligioso, cuando f u e r e . Y si e n t e n d i é s e m o s b ien lo q u e

(1) Surius.

Page 60: Tratado de Virtudes Cristianas

en s e m e j a n t e s i d a s s u e l e a c o n t e c e r , t emer íamos las m á s y las p r o c u r a r í a m o s e x c u s a r y e s t o r b a r con m a -yor d i l i genc i a . L l e n a s e s t á n las h is tor ias y las vidas d e los P a d r e s de e j e m p l o s d e m o n j e s q u e ven ían p e r -d idos d e s e m e j a n t e s j o r n a d a s . Y se rá razón q u e escar-m e n t e m o s e n c a b e z a a j e n a , pa ra q u e no v e n g a m o s á e x p e r i m e n t a r el d a ñ o en la p r o p i a .

Dice San Bas i l io : Si h a b é i s m u e r t o ya al m u n d o y á v u e s t r o s p a d r e s y p a r i e n t e s , ¿pa ra q u é to rná i s á t r a -t a r y c o n v e r s a r c o n el los? Mirad q u e e s mal caso vo l -ve r á l o m a r lo q u e h a b é i s ya d e j a d o por Cris to; por eso g u a r d a o s d e d e j a r v u e s t r o p u e s t o y v u e s t r o sosie-go y r e c o g i m i e n t o , por v u e s t r o s p a r i e n t e s , p o r q u e no de je i s j u n t a m e n t e con eso el e s p í r i t u y las buenas c o s t u m b r e s , q u e e s cosa q u e s u e l e a c o n t e c e r (1). Non invenitur Jesús ínter cognotos et notos: No se h a -lla J e s ú s e n t r e p a r i e n t e s , d ice m u y b ien el g lo r io -so B e r n a r d o : ¿ C ó m o le h a l l a r é , oh b u e n J e s ú s , e n -t re mis p a r i e n t e s , p u e s e n t r e los t u y o s no t e p u d o ha-l l a r tu s a c r a t í s i m a M a d r e (2)? P u e s si q u e r e i s hal lar á J e s ú s no le b u s q u é i s e n t r e p a r i e n t e s , s ino buscadle e n el t e m p l o , en la o rac ion , e n el r e c o g i m i e n t o , y ah í le ha l l a re i s . Dei P a d r e F ranc i sco J a v i e r l e e m o s e n su vida (3) q u e c u a n d o v ino de R o m a á P o r t u g a l para de al l í ir á las Ind ias , p a s a n d o c u a t r o l e g u a s d e su t ie r ra , n u n c a qu i so l l egar á ella ni vis i tar á s u s p a r i e n t e s ni

( l ) Si mor luus es c u m Chrislo a cognat is tu is s e c u n d u m car-n e m , quid rursus i n t e r ipsos conversar i cupis? Si vero quíe de -s t ruxis t i propter Chr i s tum, r u r s u s Edi f icas propter eognatos tuos, t r ansgressorem te i p s u m constituís; ne ig i tu r ob cogna torum tuo-r u m neccessitatem secesse r i s a loco tuo, nam discedens e loco fortassis e x « q u o discedes a mor ibus tuis . Basii. Epist. ad Chl-lon.—(2) Quomodo te , bone Jesu , in te r meos cognatos inveniam, qui in te r tuos m i n i m e es inventus? Bernard.—(3) Lib. 1, c. 9, vila S. P. F. Xavier.

á su m a d r e q u e a u n v iv ía , po r m u c h o q u e s e lo i m -p o r t u n a r o n : a u n q u e sabia q u e , pasada aque l l a o c a -sion n u n c a t e n d r í a o t ra pa ra poder los v e r . i lo mismo hizo el P a d r e Maes t ro Pedro F a b r o , pa sando cinco leguas de la s u y a . Y n u e s t r o b i e n a v e n t u r a d o P a d r e Ignacio , c u a n d o po r neces idad f u é á Loyola , n u n c a quiso posar en casa de s u h e r m a n o , s ino en el hosp i t a l .

C A P Í T U L O II

Que el religioso h a de evitar t a m b i é n , cuanto pud ie re , el se r U visitado de par ientes , y la comunicac ión por cartas.

El buen re l ig ioso q u e de ve ra s d e s e a servi r á Dios v t r a t a r de su a p r o v e c h a m i e n t o y de l hn a q u e v ino á la Rel igión, no s o l a m e n t e ha de hu i r es tas v i s i t a s de pa r ien tes é idas á su t i e r r a , a u n q u e sean con b u e n Ululo, sino ha de p rocu ra r c u a n t o p u d i e r e ev i t a r t o d o el t r a to y conver sac ión d e los d e u d o s ; y no s e ha d e c o n t e n t a r con no ir les él á v i s i t a r , s ino ha de p r o c u -rar no ser v is i tado de e l los . San E f r e n d ice (1) q u e a m o n e s t e m o s y p e r s u a d a m o s á nues t ro s p a r i e n t e s q u e no nos visi ten, s ino c u a n d o m u c h o u n a o dos veces al año: pero si p u d i é s e d e s , d i c e (2), ev i ta r del todo s u conversac ión inút i l , m u c h o me jo r se r ia . Y l lamala con m u c h a razón inú t i l , y n u e s t r o Pad re t a m b i é n e n las Cons t i tuc iones (3) usa de e s t e t é r m i n o , p o r q u e lo e s ; y no sólo es sin p r o v e c h o , s ino d e m u c h o daño , como

(1) E p h r a m , tom. 2, t rac t . de vana doct., cap. 5 3 . - ( 2 Sed si inut i lem iUorum conversat ionem peu i tus p r a c i d e n s , melius ages . /&.—(3) Cap. 4, Exam., § 2 .

Page 61: Tratado de Virtudes Cristianas

habernos d icho . Y pa ra q u e e n t e n d a m o s c u á n t o ag rada á Dios es ta s e q u e d a d y este d e s p e g o y desvío de p a -r i en t e s , y el no q u e r e r ser v is i tados de ellos, lo ha q u e -r ido el Seño r m o s t r a r y conf i rmar con mi lagros .

E n el Prado Espiritual se c u e n t a de u n santo m o n -j e l l amado Cir íaco , q u e v i n i e n d o u n a vez sus padres y p a r i e n t e s á v e r l e , l l amaron á la p u e r t a de su celda; él , s ab i endo ya la g e n t e que e r a y á lo q u e ven í an , hizo p r imero oracion á nues t ro Señor p id iendo le l ibrase de ellos, y d iese o r d e n como no le v ie sen . H e c h a e s t a o rac ion , abr ió su p u e r t a y salió de su ce lda sin q u e le v iese nad ie de aque l l a g e n t e , ni e c h a s e n de ver si sa-lía a l g u n o , y a p a r t ó s e b ien , e n t r á n d o s e po r el d e s i e r -to a d e n t r o , sin q u e r e r volver h a s t a q u e supo de c ie r to q u e s e hab ían ido. Y del s an to abad Pacomio c u e n t a Su r io q u e v in i éndo le á visi tar u n a h e r m a n a s u y a , no la qu i so sal ir á ve r , ni q u e le v ie se , s ino env ió le á de -ci r con el p o r t e r o : Ya has oido q u e soy vivo y es toy b u e n o , v e t e e n paz (1). Y a p r o v e c h ó l e m u c h o la r e s -p u e s t a , como á la m a d r e de T e o d o r o , p o r q u e se q u e d ó en un monas t e r i o de mon jas q u e e s t aba allí cerca , ha -c i é n d o s e re l ig iosa .

No s o l a m e n t e las vis i tas s ino la comunicac ión por c a r t a s h a d e p rocu ra r excusar el b u e n re l ig ioso , c u a n -to p u d i e r e , p o r q u e t ambién i n q u i e t a y desasos iega ; v así como no les v i s i t ando vos , os l ibraré is d e m u -c h a s vis i tas , así no les e sc r ib i endo , os l ibrar íades de m u c h a s ca r t a s s u y a s . Dice m u y b ien a q u e l S a n t o (2): «Sí t ú sabes de j a r los h o m b r e s , e l los te d e j a r á n hacer t u s hechos .» T o d o es tá en q u e vos querá i s ; q u e si q u e r e i s , ha l l a r é i s medios pa ra t o d o lo q u e q u i s i é r e d e s . Ya d e j a m o s n u e s t r a t ie r ra , casa y p a r i e n t e s por Dios,

(1) Ecce audivisti me vivere, ab i . Surio, 14 de Mayo; et legitur in vilis Patrvm.—[2) Thomas de Kempis .

a c a b é m o s l o s d e d e j a r de l todo , y o l v i d é m o u o s de e l los , p a r a q u e as í e s t e m o s l ib res y d e s e m b a r a z a d o s pa ra acor -d a r n o s m á s de Dios y pa ra a m a r l e y se rv i r l e m á s .

C u e n t a Cas iano (1) d e u n san to m o n j e , q u e e r a m u y dado á la orac ion y c o n t e m p l a c i o u , y t en ia m u c h o c u i d a d o de g u a r d a r la p u r i d a d y l i m p i e z a d e su c o r a -zon , como pa ra ta les e j e rc i c ios s e r e q u e r í a . H a b í a q u i n c e a ñ o s q u e e s t aba e n el d e s i e r t o , y al cabo d e e l los t r a j é r o n l e u n g r a n d e mazo d e ca r t a s de su t i e r ra , d e la p rov inc ia del P o n t o , de sus pad re s , p a r i e n t e s y a m i g o s ; r ec ibe su p l iego y c o m i e n z a á pensa r y revol-ve r e n t r e s í : si yo leo e s t a s ca r t a s , ¡de c u a n t o s p e n s a -m i e n t o s m e s e r á n causa ! ¡qué d ive r s idad de o las s e l e v a n t a r á n luégo en mi co razon , d e a l eg r í a v a n a , si hal lo q u e á mis p a r i e n t e s les va b i en , ó t r i s teza inút i l Y d e s a p r o v e c h a d a , si hal lo q u e les h a s u c e d i d o mal! ¡Cuán tos días m e l l eva rá t ras sí la m e m o r i a de a q u e -llos q u e me h a n e sc r i to ; y m e a p a r t a r a n del reposo y sos iego d e mi orac ion y c o n t e m p l a c i ó n ! ¡ cuan tos d ías se m e r e p r e s e n t a r á n y p o n d r á n d e l a n t e las f iguras y facc iones de sus ros t ros , y los d i chos q u e me d i j e r o n , v las cosas de q u e m e esc r ib i e ron! ¡ cuando se m e aca-b a r á n de o lv idar y rae r d e la m e m o r i a aque l l a s e s p e -c ies! ¡con c u á n t o t r a b a j o vo lve ré yo al e s t ado de la t r anqu i l i dad y o lv ido de las cosas de l m u n d o q u e a h o r a t e n g o ! ; Q u é m e a p r o v e c h a r á h a b e r d e j a d o os p a r i e n -t e s con el c u e r p o , si con el corazon y con la m e m o r i a m e to rno á el los , y m e e s t o y c o n v e r s a n d o y e n t r e t e -n i e n d o con el los? Y d i c i e n d o y r e v o l v i e n d o e s t a s c o -sas e n su co razon , t o m a su mazo d e c a r t a s , asi c o m o v e n í a , y da con él e n el f u e g o d i c i e n d o : A p a r t a o s d e m í , p e n s a m i e n t o s d e c a r n e y s a n g r e , y q u e m a o s t o -dos a q u í j u n t a m e n t e con e s t a s ca r t a s , p o r q u e no n a -

(.1) Cassian. líb. 5 de instlt. renunt., cap. 32.

Page 62: Tratado de Virtudes Cristianas

g a i s que m e v u e l v a á lo q u e ya b e d e j a d o (1). No sólo no quiso leer c a r t a a l g u n a , pero ni d e s e n v o l v e r el p l i ego , ni ve r los n o m b r e s y firmas d e los q u e le e s -c r ib í an , ni á u n m i r a r los sobresc r i to s , p o r q u e recono-c i e n d o la l e t r a , no se le r e p r e s e n t a s e la m e m o r i a de e l los , y le i m p i d i e s e aque l lo la t r a n q u i l i d a d y paz de su corazon . De n u e s t r o b i e n a v e n t u r a d o P a d r e Ignac io l e e m o s o t ro e j e m p l o s e m e j a n t e (2). E s t o e s m u y b u e -no para los q u e á u n no s e c o n t e n t a n con l ee r una vez l a s c a r í a s , s ino q u e las t i e n e n m u y g u a r d a d a s pa ra t o rna r l a s á leer o t r a y o t r a vez , y r e l a m e r s e y sabo-r e a r s e en el las , r e f r e s c a n d o la m e m o r i a de sus d e u d o s . Ya q u e no la q u e m a s t e s á n t e s d e l e e r l a , ¿ p o r q u é no la q u e m á i s l uégo e n l e y é n d o l a , y con e l la lodos los p e n -s a m i e n t o s de c a r n e y s a n g r e , pa ra q u e no os i n q u i e -t e n más?

C A P Í T U L O I I I

Que aunque sea con titulo de p r e d i c a r , ha de hu i r el religioso el t ra to de pa r i en tes y las idas á su t i e r r a .

A a lgunos Ies v i e n e e s t a t en t ac ión d e ir á su t ier ra y visitar y t r a t a r sus p a r i e n t e s con t í t u l o de pred ica r -les y hacer f r u t o e sp i r i t ua l en sus a l m a s . Y c u a n d o las t en t ac iones v i e n e n d e e s t a m a n e r a , d i s f r a z a d a s con co lor y apa r i enc i a d e b ien , sue l en s e r m á s pe l igrosas ; p o r q u e no s e s u e l e o t e n e r po r l e n t a c i o n e s , s ino por b u e n a s r azones . S a n B e r n a r d o sob re a q u e l l a s pa l ab ras :

(1) He, cogitaliones patriae, pa r i t e r c o n c r e m a m i n i ; n e m e ul te-r ius ad illa, quae f u g i , revocare ten te t i s . Cas. ubi supra.—(2) Lib. 5, cap. 1, vita S. P. N. Ignatii.

*Cogedme las raposillas que destruyen las viñas (1),* d i c e (2) q u e es t a es u n a de las rapos i l las , q u e e n t r a n -do con e n g a ñ o y con a p a r i e n c i a de bien sue l en d e s -t r u i r y e c h a r á p e r d e r á m u c h o s . Y a l g u n o s dice el S a n t o q u e conoció él q u e se v in ie ron á p e r d e r po r a q u í ; p e n s a r o n g a n a r á o t ros , y p e r d i é r o n s e a si. E s -p e c i a l m e n t e q u e para h a c e r f r u t o e sp i r i t ua l en p a r i e n -t e s , c o m u n m e u t e no son á propós i to pa r i en t e s ; p o r -q u e c o m o a y e r los c o n o c i e r o n , q u e a n d a b a n j u g a n d o con e l los , no los t r a tan con la e s t i m a y r e spe to q u e e s n e c e s a r i o p a r a el p r e d i c a d o r e v a n g é l i c o ; y asi d i jo Cr is to n u e s t r o R e d e n t o r : Ningún profeta es acepto en su tierra (3). Y q u e r i e n d o Dios h a c e r de A b r a h a m u n gran p red icador y p a d r e d e los fieles, le m a n d ó q u e sa l iese d e su t i e r ra y de e n t r e sus p a r i e n t e s , a m i g o s V conoc idos , y se f u e s e á M e s o p o t a m i a , d o n d e de n a -d ie fuese conoc ido . Y á San Pablo ( q u e es cosa d i g n a de cons ide r ac ión ) , e s t a n d o él en J e r u s a l e n en orac ion en el t e m p l o , le di jo Dios q u e sa l iese d e al l í , y tuese á p red ica r á la g e n t i l i d a d : p o r q u e a q u í en J e r u s a l e n , d ice , no h a r á s f r u t o (4). ¡Oh S e ñ o r , q u e a q u í m e c o -n o c e n , c r iado á los p iés d e G a m a l i e l , y s a b e n q u e yo p e r s e g u í a á los q u e c r e í an e n Vos, y q u e c u a n d o os o t ros a p e d r e a b a n á San E s t é b a n , g u a r d a b a sus v e s t i -du ra s ! Anda q u e no lo e n t i e n d e s ; sal de es t a t i e r r a , d o n d e e res conoc ido , q u e t e q u i e r o h a c e r p r e d i c a d o r de las g e n t e s (5). Allá , a d o n d e no t e c o n o c e n , h a r a s m u c h o f r u t o . ¿Y pa réceos á vos q u e ha ré i s f r u t o e n v u e s t r a t i e r ra? ¿v q u é f r u t o podé i s vos hacer a h í e n -t r e p a r i e n t e s ? ¿cómo les p o d r é i s p r ed i ca r y p e r s u a d i r

(1) Capite nobis vulpes parvulas , q u a d e m o h u n t u r v m e a s Cant. II , 15.—(2) Bern . serm. 64 sup. Cantica.-{3) Amen d co vobis, quia nemo propheta accep tus est i n pa t r . a s u a l u c , IV, 14..—(4) Non recipient t e s t imonium tuum de me . Act. i f c i i , '<>• —(5) Ego in nat iones longe mi t t am te . lb.

Page 63: Tratado de Virtudes Cristianas

el desp rec io del m u n d o y del r e g a l o , v i é n d o o s ellos á vos rega lado y e n t r e t e n i d o e n el m u n d o e n t r e ca rne y s a n g r e ?

El Pad re Ped ro de R i b a d e n e i r a en u n o s Diálogos m a n u s c r i t o s c u e n t a un e j e m p l o grac ioso q u e le a c o n -tec ió á u n o de la Compañía , q u e venc ido de la t e r n u r a de su m a d r e se f u é á su t i e r r a e n M e s i n a . Dice q u e e s t a n d o un día u n sace rdo te c o n j u r a n d o e n la iglesia u n d e m o n i o , q u e tenía u n a p o b r e m u j e r , d e l a n t e de m u c h a g e n t e , e n t r ó á d e s h o r a é s t e y qu i so a y u d a r al s a c e r d o t e , y comenzó á a m e n a z a r al e sp í r i tu m a l i g n o , y m a n d a r l e e n n o m b r e de Dios q u e sa l iese d e a q u e l c u e r p o . El e sp í r i tu le r e s p o n d i ó s o l a m e n t e : mamá, mamá. Cayóles á todos m u y e n g rac i a la r e s p u e s t a , c o m o le conoc ían y sabían la c a u s a d e su v e n i d a , y él q u e d ó m u y con fuso y cor r ido . P u e s la m i s m o os p o -drán r e s p o u d e r á vos, c u a n d o e n v u e s t r a t i e r r a p r e d i -cáis á los o t ro s q u e se m o r t i f i q u e n y q u e d e j e n los re-ga los y e n t r e t e n i m i e n t o s del m u n d o .

S e v e r o Su lp ic io c u e n t a (1) o t r o e j e m p l o á e s t e p ro-pós i to , no g rac ioso , sino t e m e r o s o . Dice q u e un m a n -cebo d e Asia , m u y r ico de b i e n e s t e m p o r a l e s , y d e m u y i lus t r e l i na j e , casado y y a con u n hi jo , e r a t r i -b u n o t a m b i é n d e E g i p t o , y en v i a j e s q u e solía hacer a l g u n a s v e c e s sob re n e g o c i o s q u e p e r t e n e c í a n á su oficio, u n a de el las le f u é n e c e s a r i o pasa r por el Y e r -m o , d o n d e v iv ían los P a d r e s , á d o n d e v ió m u c h o s mo-nas t e r io s y ce ldas de m o n j e s . T u v o p lá t i ca con el a b a d J u a n , el cua l le t r a tó de las cosas de su a l m a y sa lvac ión , y d e la plát ica q u e d ó tan mov ido , q u e no volvió , más á su casa ; á n t e s , r e n u n c i a n d o el m u n d o , c o m e n z ó u n a v ida tan a d m i r a b l e en a q u e l d e s i e r t o , y t o m ó t an á p e c h o s el negoc io de la v i r t u d , q u e e n

(1) Severas Sulpicius, dial. 1 .

b r e v e t i e m p o h a c í a v e n t a j a á m u c h o s d e los v ie jos . Yendo t an v i e n t o e n popa , v íno le u n a rec ia t e n t a c i ó n , q u e ser ía mejor v o l v e r al m u n d o y sa lva r su m u j e r é h i jo , p u e s él e s t a b a ya tan d e s e n g a ñ a d o , q u e no se r p a r a sí so lo . Con es t a a p a r i e n c i a de ca r idad e n g a ñ a d o del d e m o n i o , d e s p u e s d e h a b e r e s t ado c u a t r o a ñ o s e n el d e s i e r t o , t o m a el c a m i n o pa ra su t i e r r a ; y p a s a n d o po r u n monas t e r io , como v i s i t a se á los m o n j e s y les d i j e s e su i n t e n c i ó n , todos le dec í an s e r t e n t a c i ó n del d e m o n i o , y q u e m u c h o s h a b í a n s ido bur lados de a q u e -lla m a n e r a . El no les dió c r é d i t o , á n t e s o b s t i n a d o e n su p a r e c e r , se desp id ió de los m o n j e s , y q u e r í a y a p r o s e g u i r su c a m i n o . A p é n a s h a b í a sal ido del m o n a s -t e r i o , c u a n d o p e r m i t i ó n u e s t r o Seño r q u e u n d e m o -nio e n t r a s e en su c u e r p o y le a t o r m e n t a s e f u e r t e m e n -t e , h a c i é n d o l e d e s p e d a z a r s e con los d i e n t e s y e c h a r e s p u m a r a j o s po r la boca. F u é t ra ído en brazos al m o -n a s t e r i o , y allí f u é forzoso por su f iereza e c h a r l e e n pr i s iones y a t a r l e de p i é s y m a n o s , d i g n a p e n a del f u -g i t ivo . Y a u n q u e los m o n j e s r o g a b a n á Dios por él y c o n j u r a b a n al d e m o n i o , p e r m i t i ó el S e ñ o r q u e no le d e j a s e has ta pasados dos a ñ o s ; al c a b o de los c u a l e s , s i e n d o l ib re , vo lv ió b ien e s c a r m e n t a d o á su p r i m e r l u g a r y v ida d e m o n j e , s i e n d o p a r a los o t ro s g r a n d e e s c a r m i e n t o p a r a q u e p e r s e v e r a s e n en lo c o m e n z a d o , y p a r a q u e no se d e j e n a d i e e u g a ñ a r de es tas falsas a p a r i e n c i a s d e p i e d a d . De aqu í s e v e r á c u á n lé jos d e b e es ta r el re l ig ioso de e s t a s idas á su t ier ra y v i -s i tas de p a r i e n t e s ; p o r q u e si á u n con t í t u lo de p r e d i -ca r l e s y h a c e r f ru to en s u s a l m a s , d i c e n los S a n t o s q u e es t e n t a c i ó n , y q u e h a y en ellos m u c h o s i n c o n v e -n i e n t e s y pe l ig ros , ¿qué s e r á , c u a n d o u n o va s o l a -m e n t e por conso la r los ó po r conso la r se?

Page 64: Tratado de Virtudes Cristianas

C A P Í T U L O IV

Oue p a r t i c u l a r m e n t e se h a d e g u a r d a r m u c h o e l re l igioso de o c u p a r s e e n n e g o c i o s d e p a r i e n t e s .

Sobre todo s e d e b e g u a r d a r m u c h o e l re l ig ioso de e n c a r g a r s e de negoc ios d e p a r i e n t e s y de o c u p a r s e en ellos, po r los m u c h o s y g r a n d e s " ^ v e n i e n t e s y pe-l ig ros q u e en ello h a y . Dice San G r e g o r i o : Muchos h a y , q u e , d e s p u e s de h a b e r de jado sus h a c i e n d a s y todo c u a n t o pose ían e n el s ig lo , y lo q u e es m a s a si m i s m o s , d e s p r e c i á n d o s e y t e n i é n d o s e en poco y ho-l lando con igual c o n s t a n c i a la p rospe r idad y la adver -s i d a d , s e hal lan a t a d o s con el v incu lo del a m o r de d e u d o y s a n g r e ; y q u e r i e n d o i n d i s c r e t a m e n t e cumpl i r con e s t a ob l igac ión , v u e l v e n con el a fec to de ca rne y pa ren t e sco á las cosas q u e y a t en í an d e j a d a s y olvi-dadas ; y a m a n d o m á s de lo q u e d e b e n a s u s deudos , o lv idados de su p ro fes ion , s e ocupan e n « cosas e x t e r i o r e s de el los , e n t r a n en as a u d e n e a s - j t r i b u n a l e s , y se e n r e d a n e n los p le i tos y m a a n a . d e las cosas t e r r e n a l e s ; y d e j a d a a paz y q u ' e t u d n ie r ior , s e engo l fan d e n u e v o e n los oegoc ios eg la r s con m u c h o pe l ig ro d e s u s a l m a s (1). Lo m i s m o d ice San I s idoro : d u c h o s re l ig iosos po r a r n o i s u s pa-r i e n t e s se e n g o l f a n no sólo e n negoc ios t e r r e n o s mas e n p le i tos y l i t ig ios , y po r la salud t e m p o r a l d e el los , p i e r d e n la e t e r n a de sus a l m a s ( í ) . n t A , , a ( i p r n ,

E s t e e s u n o de los m a y o r e s ba r r ancos y a to l l ade ros

m Grez lib. 7 Mor . , c. 1 4 . - ( 2 ) Multi m o n a c h o r u m a m o r e

p e r d i d e r u n t . Isidor. lib. 1 de tummo bono.

q u e h a y e n e s t a m a t e r i a , c u a n d o la af ic ión carna l s e e n s e ñ o r e a t a n t o del re l ig ioso , q u e le h a c e c u i d a r d e los negoc ios d e sus p a r i e n t e s y e n c a r g a r s e d e el los , c o m o lo v e m o s y e x p e r i m e n t a m o s m á s d e lo q u e q u i -s i é r a m o s , po r n u e s t r o s pecados . Dice San Basil io (1) q u e e s t o n a c e d e q u e el d e m o n i o , env id ioso d e v e r q u e en el m u n d o h a c e u n re l ig ioso vida ce les t i a l , y v i v i e n d o e n c a r n e v i v e sin e l la y v a g a n a n d o lo q u e é l p e r d i ó , p r o c u r a con p r e t e x t o de p i edad y á u n d e ob l igac ión e m b a r a z a r á los re l ig iosos con e s to s c u i -d a d o s , pa ra q u e así p i e r d a n la paz y q u i e t u d de s u s a l m a s , y se v a y a n r e s f r i a n d o e n el a m o r q u e t e n í a n p u e s t o e n Dios, y en el f e rvo r con q u e c a m i n a b a n á la pe r fecc ión . Y e s cosa d e v e r el a h i n c o q u e e n e s t o p o n e el d e m o n i o , t o m a n d o po r i n s t r u m e n t o á los mis-mos p a r i e n t e s , q u e p a r e c e q u e no s a b e n e n todos s u s negoc ios , t r a m p a s y d i f e r enc i a s , y e n lodos sus c a s a -m i e n t o s y e m b a r a z o s , s ino a c u d i r luégo al p a r i e n t e re l ig ioso . A q u e l h a de s e r como el ob l igado á la c a r -n i ce r í a ; p a r é c e l e s q u e a q u e l es m á s á p ropós i t o , y es tá m á s d e s o c u p a d o , y q u e no t i e n e en q u é e n t e n -de r , s ino en a c u d i r á s u s n e g o c i o s . Dice m u y b ien el Car tus iano (2), á u n h a b l a n d o de los p re l ados y c l é r i -gos seg la res : Q u i t ó Dios los h i jos á los c lér igos , y el d e m o n i o les d i ó sob r inos . Y t r a e aque l l o q u e d i jo el o t ro :

*De h i jo s á los s a c e r d o t e s Cr i s to e n s u Ig les ia p r ivó , Y e n c a m b i o el d iab lo les dió U n a t u r b a de n e p o t e s ( 3 ) . *

(1) Basi l . in constil. Monast., c. 2 1 — ( 2 ) L u d o l p h . d e S a x o n i a Car thus iens i s , in vita Christi., p. 1, c . 68 .—(3) Cum fac to r r e -r u m p r i v a r e t s e m i n e c l e r u m , Ad S a t a n ® votura success i t t u r b a n e p o t u m .

E J E R . R O D R I G . — T o m . I V . 8

Page 65: Tratado de Virtudes Cristianas

C A P Í T U L O IV

n u e p a r t i c u l a r m e n t e se h a d e g u a r d a r m u c h o e l re l igioso de o c u p a r s e e n n e g o c i o s d e p a r i e n t e s .

Sobre todo s e d e b e g u a r d a r m u c h o e l re l ig ioso de e n c a r g a r s e de negoc ios d e p a r i e n t e s y de o c u p a r s e en ellos, po r los m u c h o s y g r a n d e s i n c o n v e n i e n t e s y p e -l ig ros q u e en ello h a y . Dice San G r e g o r i o : Muchos h a y , q u e , d e s p u e s de h a b e r de jado sus h a c i e n d a s y todo c u a n t o pose ían e n el s ig lo , y lo q u e es m a s a si m i s m o s , d e s p r e c i á n d o s e y t e n i é n d o s e en poco y bo-l lando con igual c o n s t a n c i a la p rospe r idad y la adver -s i d a d , s e hal lan a t a d o s con el v incu lo del a m o r de d e u d o y s a n g r e ; y q u e r i e n d o i n d i s c r e t a m e n t e cumpl i r con e s t a ob l igac ión , v u e l v e n con el a fec to de ca rne y pa ren t e sco á las cosas q u e y a t en í an d e j a d a s y olvi-dadas ; y a m a n d o m á s de lo q u e d e b e n a s u s deudos , o lv idados de su p ro fes ion , s e ocupan e n « cosas e x t e r i o r e s de el los , e n t r a n en as a u d e n c í a s j t r i b u n a l e s , y se e n r e d a n e n los p le i tos y m a a n a . d e las cosas t e r r e n a l e s ; y d e j a d a a paz y q u ' e t u d n ie r ior , s e engo l fan d e n u e v o e n los negoc ios eg la r s con m u c h o pe l ig ro d e s u s a l m a s (1). Lo m i s m o d ice San I s idoro : d u c h o s re l ig iosos po r a m o r s o s pa-r i e n t e s se e n g o l f a n no sólo e n negoc ios t e r r e n o s mas e n p le i tos y l i t ig ios , y po r la salud t e m p o r a l d e el los , p i e r d e n la e t e r n a de sus a l m a s (2). n t A | , a ( i p r n t !

E s t e e s u n o de los m a y o r e s ba r r ancos y a to l l ade ros

m Grez lib. 7 Mor . , c. 1 4 . - ( 2 ) Multi m o n a c h o r u m a m o r e

p e r d i d e r u n t . Isidor. lib. 1 de tummo bono.

q u e h a y e n e s t a m a t e r i a , c u a n d o la af ic ión carna l s e e n s e ñ o r e a t a n t o del re l ig ioso , q u e le h a c e c u i d a r d e los negoc ios d e sus p a r i e n t e s y e n c a r g a r s e d e el los , c o m o lo v e m o s y e x p e r i m e n t a m o s m á s d e lo q u e q u i -s i é r a m o s , po r n u e s t r o s pecados . Dice San Basil io (1) q u e e s t o n a c e d e q u e el d e m o n i o , env id ioso d e v e r q u e en el m u n d o h a c e u n re l ig ioso vida ce les t i a l , y v i v i e n d o e n c a r n e v i v e sin e l la y v a g a n a n d o lo q u e é l p e r d i ó , p r o c u r a con p r e t e x t o de p i edad y á u n d e ob l igac ión e m b a r a z a r á los re l ig iosos con e s to s c u i -d a d o s , pa ra q u e así p i e r d a n la paz y q u i e t u d de s u s a l m a s , y se v a y a n r e s f r i a n d o e n el a m o r q u e t e n í a n p u e s t o e n Dios, y en el f e rvo r con q u e c a m i n a b a n á la pe r fecc ión . Y e s cosa d e v e r el a h i n c o q u e e n e s t o p o n e el d e m o n i o , t o m a n d o po r i n s t r u m e n t o á los mis-mos p a r i e n t e s , q u e p a r e c e q u e no s a b e n e n todos s u s negoc ios , t r a m p a s y d i f e r enc i a s , y e n lodos sus c a s a -m i e n t o s y e m b a r a z o s , s ino a c u d i r luégo al p a r i e n t e re l ig ioso . A q u e l h a de s e r como el ob l igado á la c a r -n i ce r í a ; p a r é c e l e s q u e a q u e l es m á s á p ropós i t o , y es tá m á s d e s o c u p a d o , y q u e no t i e n e en q u é e n t e n -de r , s ino en a c u d i r á s u s n e g o c i o s . Dice m u y b ien el Car tus iano (2), á u n h a b l a n d o de los p re l ados y c l é r i -gos seg la res : Q u i t ó Dios los h i jos á los c lér igos , y el d e m o n i o les d i ó sob r inos . Y t r a e aque l l o q u e d i jo el o t ro :

*De h i jo s á los s a c e r d o t e s Cr i s to e n s u Ig les ia p r ivó , Y e n c a m b i o el d iab lo les dió U n a t u r b a de n e p o t e s ( 3 ) . *

(1) Basi l . in constil. Monast., c. 2 1 — ( 2 ) L u d o l p h . d e S a x o n i a Car lhus iens i s , in vita Christi., p. 1, c . 68 .—(3) Cum fac to r r e -r u m p r i v a r e t s e m i n e c l e r u m , Ad S a t a n ® votura success i t t u r b a n e p o t u m .

E J E R . R O D R I G . — T o m . I V . 8

Page 66: Tratado de Virtudes Cristianas

P a r a eso p r o c u r a Sa t anás el negoc io de l sobr ino , y el p o n e r e n es t ado á la sobr ina , y me te ro s á vos en la danza , pa ra sacaros d e vues t ro p u e s t o y de v u e s t r a p ro fe s ion . Eso e s lo q u e él p r e t e n d e , no el b ien de v u e s t r o s p a r i e n t e s , s ino vues t ro mal y d a ñ o . P u e s ¡cu i tado del re l ig ioso! de jó él su hac ienda y s u h o n r a y s u s c o m o d i d a d e s y regalo , po r l ibrarse de esos c u i -d a d o s y embarazos , ¿y hase de enca rga r a cá de los a j e n o s , y se r como el ob l igado á todas las cosas q u e t o c a n á la c a r n e y s a n g r e , y p e r d e r por eso el f ru to d e su vocac ion? M u y bien r e spond ió el abad Apolo , como re f ie re Cas iano (1), el cua l , como e s t u v i e s e e n s u ce lda , v ino á él u n h e r m a n o s u y o u n a n o c h e á pe -d i r l e q u e sa l iese d e el la y le f u e s e a y u d a r á sacar u n b u e y q u e s e le h a b í a a to l lado e n un b u h e d a l ó p a n -t a n o , p o r q u e él solo no le podía sacar . Dí jole el abad Apolo : ¿por q u é no f u i s t e á l l amar al otro h e r m a n o q u e q u e d ó allá? R e s p o n d i ó él : é s e ya h a q u i n c e años que es m u e r t o . E n t ó n c e s di jo el abad Apolo : p u e s , h e r m a n o mío , yo h a ve in te años q u e soy m u e r t o , y es toy s e p u l t a d o e n es t a ce lda; y así no p u e d o sa l i r de el la á a y u d a r t e . De e s t a m a n e r a se h a de h a b e r el r e -ligioso e n s e m e j a n t e s ocas iones , y si no se s a b e sacu-d i r d e cu idados y negoc ios de pa r i en t e s , t e n g a por c ie r to q u e r e c i b i r á m u y g r a n d e d a ñ o en su á n i m a , a u n q u e sea con t í tu lo de p i edad , y c u a n t o m á s j u s t i -ficada q u i s i e r e .

C o n c u e r d a m u y bien con es to lo q u e d ice San J e -r ó n i m o : ¡Oh! c u á n t o s re l igiosos , con p r e t e x t o d e p i e -d a d y con u n a falsa compas ion d e sus p a r i e n t e s , p e r -d i e r o n s u s á n i m a s y a c a b a r o n mal (2)! La expe r i enc i a co t i d i ana nos lo m u e s t r a , y e j e m p l o s hay m u c h o s de

(1) Cassian. col. 24, 29 .—(2) Quanti monachorum, d u m patr is mat r i sque mi se ren tu r , suas animas perd idcrun t ! Hieron. m He-(jul. Monachor. quam collegit Lupus de Olívelo.

re l ig iosos q u e h a d e r r o c a d o es ta falsa c o m p a s i o n d e los p a r i e n t e s ! ¡Cuán tos h a n fa l tado en su vocac ion y d e j a d o de se r re l igiosos , por e n f r a s c a r s e en s e m e j a n -tes cu idados d e la h a c i e n d a d e los s u y o s ó de p o n e r -los en es tado! ¡Cuántos po r consolar á sus p a d r e s , los v e m o s a p ó s t a t a s po r esas ca l les , q u e d e s p u e s no s i r -v e n s ino d e c o m e r l e s las h a c i e n d a s y d a r l e s ma la v e -jez con s u mala v ida ! Y así l l ama San Basi l io á é s t a , a r m a ó s a e t a del d e m o n i o , de la cua l d e b e m o s h u i r m u c h o , p o r q u e la t o m a él por i n s t r u m e n t o y m e d i o p a r a h a c e r n o s g r a n d e m a l (1).

Y no s e e x c u s e ni a s e g u r e nad ie en es tas cosas , n i p i e n s e q u e e s t á todo san t i f i cado con dec i r q u e lo q u e h a c e e s t á y a colado y pasado por la o b e d i e n c i a ; p o r -q u e como d e c í a m o s de las v i s i tas de p a r i e n t e s é idas á s u s t i e r ras , así es en es to ; q u e m u c h a s veces los s u p e r i o r e s no q u e r r í a n q u e vos os e n t r e m e t i é s e d e s en los negoc ios de v u e s t r o s pa r i en t e s , p o r q u e eso e n -t i e n d e n q u e se r í a m e j o r ; p e r o p e r m í t e n l o , p o r q u e no ven v i r t u d e n vos pa ra o t r a cosa. No es o b e d i e n c i a e sa , s ino p e r m i s i ó n : c o n d e s c i e n d e el supe r io r con vos y con v u e s t r a flaqueza, y m á s h a c e él v u e s t r a v o l u n -tad en eso , q u e vos la s u y a . Y si el o t ro m o n j e no qu i so vis i tar á su m a d r e , p o r q u e el supe r io r uo lo t o m a b a s o b r e su conc ienc i a , ¿ c u á n t o m á s se rá r azón q u e vos no os eugo l fe i s , ni e n t r e m e t á i s en negoc ios d e vues t ro s p a r i e n t e s , si no es p u r a m e n t e por o b e -d ienc ia y q u e el s u p e r i o r d iga q u e lo t o m a sob re su conc ienc i a , h a b i e n d o t an to pe l igro en ellos?

(1) Scientes i taque in to lerabi le de l r imentu in l iujus e rga cogna-tus aüec tus , f a g i a m u s i l lorum curam, t anquam diabol icam ad i m p u g n a n d u m nos a r m a t u r a m haben t em. Basil. in const. Mo-nast., c. 21.

Page 67: Tratado de Virtudes Cristianas

C A P Í T U L O Y

En que se conf i rma lo dicho con a lgunos e j emplos .

Del s a n t o a b a d P e m é n e s c o n t a b a n (1) a q u e l l o s s a n -tos P a d r e s a n t i g u o s , q u e en u n c ie r to t i e m p o h a b í a ido á E g i p t o un j u e z , el cua l o y e n d o la f a m a y o p i -n ion de e s t e S a n t o , le deseó v e r , y pa ra e s t o le e n v i ó u n m e n s a j e r o á sup l i c a r l e q u e t u v i e s e po r b i en d e re -c ib i r l e , p o r q u e le q u e r í a ir á v is i ta r . P e m é n e s s e e n -t r i s t ec ió y desconso ló con e s t e r e c a u d o , p e n s a n d o en -t r e sí q u e si las p e r s o n a s nob les c o m e n z a b a n á i r l e á v is i t a r y á h o n r a r , l uégo a c u d i r í a n m u c h o s d e los po-p u l a r e s , y le i n q u i e t a r í a n e n su vida y e j e r c i c io s so-l i ta r ios , y p e r d e r í a y le roba r í a el d e m o n i o la g r a c i a de la h u m i l d a d q u e con t an to t r a b a j o , f a v o r e c i é n d o l e el S e ñ o r , h a b í a p r o c u r a d o a l canza r y c o n s e r v a r d e s d e su m o c e d a d h a s t a e n l ó n c e s y caer ía e n los lazos d e la vanag lo r i a ; p e n s a n d o p u e s en sí es tas cosas , s e d e t e r -m i n ó de e x c u s a r s e y no rec ib i r l e . De lo cua l el j u e z q u e d ó desconso lado y d i jo á u n su oficial; á mis peca -dos i m p u t o el no p o d e r ve r á e s t e h o m b r e d e Dios. Y de allí a d e l a n t e d e s e ó ve r l e po r c u a l q u i e r ocas ion q u e f u e s e . Y al cabo d ió e n u n a t raza , q u e le pa r ec i ó s e r b a s t a n t e p a r a forzar le á q u e le r e c i b i e s e d e b u e n a ga -n a , ó él v in i e se de l Y e r m o á v i s i t a r l e , y f u é , q u e p r e n -dió á u n su sobr ino , h i j o d e u n a h e r m a n a s u y a , y le p u s o en la cá r ce l , y s e c r e t a m e n t e d i jo á su oficial q u e , p o r q u e no se desconso la se el s a n t o v i e jo po r la p r i -s ión de l sob r ino , le e n v i a s e á dec i r q u e si v e n í a á v i -

(1) Prat. spirituale.

s i t a r al j u e z , luégo le sacar ía de la cá r ce l , a u n q u e la c a u s a e r a t an g r a v e y c r imina l q u e no pod ía pasa r s in se r á s p e r a m e n t e cas t igado . Como es to oyó la m a d r e d e l p reso , y e n t e n d i ó q u e si su h e r m a n o v e n í a á vis i -t a r al j u e z , su h i jo ser ía s u e l t o y l ibre , f u é al Y e r m o y c o m e n z ó á da r á la p u e r t a de la ce lda de su san to h e r m a n o m u c h a s voces y sol lozos, y con a b u n d a n c i a d e l ág r imas d e s d e al l í le r o g a b a q u e f u e s e á v e r al j u e z y le r o g a s e po r su h i j o . San P e m é n e s , a u n q u e la o y ó , ni le di jo n a d a , ni le qu i so a b r i r la p u e r t a para q u e e n t r a s e . V i e n d o es to la h e r m a n a , se e n o j ó y le c o m e n z ó á m a l d e c i r y á d e c i r : d u r í s i m o y c r u d e l í s i m o , q u e t i e n e s las e n t r a ñ a s d e a c e r o : ¿cómo mi g r a n d o -lor , ni mis l lan tos no te inc l inan á m i s e r i c o r d i a , e n -t e n d i e n d o q u e u n h i jo ú n i c o q u e t e n g o , e s t á p u e s t o e n pe l ig ro d e m u e r t e ? P e m é n e s q u e es to oyó , d i jo al m o n j e su c o m p a ñ e r o q u e le s e rv í a : a n d a di le e s t a s p a l a b r a s : P e m é n e s no e n g e n d r ó h i jos , y así no s e d u e -l e . Con es to s e volv ió la h e r m a n a desconso l ada , y el j u e z s u p o lo q u e h a b í a suced ido e n el des i e r to ; y v i e n -do q u e e r a e x c u s a d o irlo á v i s i t a r , di jo á c i e r tos a m i -g o s s u y o s : p e r s u a d i d l e , q u e á lo m é n o s m e esc r iba u n a ca r t a de r u e g o , pa ra q u e le p u e d a so l t a r . M u c h o s f u e r o n con e s t e r e c a u d o á P e m é n e s , y le r o g a r o n q u e esc r ib i e se al j u e z , y él m o l e s t a d o de s u s r u e g o s , le esc r ib ió d e es t a m a n e r a : M a n d e tu nobleza i n q u i r i r d i l i g e n t e m e n t e la c a u s a de ese m a n c e b o ; y si ha h e -c h o a l g u n a cosa d i g n a d e m u e r t e , m u e r a , p o r q u e p a -g u e e n e s t e p r e s e n t e s iglo la c u l p a d e su p e c a d o , y con es to s e e s c a p e d e las p e n a s e t e r n a s de l in f i e rno . Del s an to a b a d Pas to r se c u e n t a e n las Vidas de los Pa-dres o t r o e j e m p l o s e m e j a n t e : q u e no p u d i e r o n a l c a n -za r d e él q u e i n t e r c e d i e s e po r u n sobr ino s u y o , q u e e s t a b a c o n d e n a d o á m u e r t e , po r n o e m b a r a z a r s e e n cosas q u e t o c a b a n á la c a r n e y s a n g r e .

Page 68: Tratado de Virtudes Cristianas

De nues t ro b i e n a v e n t u r a d o P a d r e Ignac io l eemos (1) q u e n u n c a se qu iso e n c a r g a r del c a samien to d e su so-b r ina , q u e era h e r e d e r a y seño ra de su casa , ni á u n esc r ib i r una ca r t a pa ra ello, por m u c h o q u e se lo r o -g a r o n a l g u n o s g r a n d e s señores , como los d u q u e s de N á j e r a y A l b u r q u e r q u e , á ios c u a l e s r e spond ió q u e y a a q u e l l o s negoc ios no le tocaban á é l , ni e r a n c o n f o r m e á su profes ión , po r h a b e r ya t a n t o s años á n t e s r e n u n -c i ado estos cu idados y se r m u e r t o al m u n d o , y q u e no le e s t a b a b ien vo lver á t omar lo q u e t an to á n t e s h a -bía de j ado , y t r a t a r cosas a j e n a s de su v o c a c i o n , y ves t i r s e o t r a vez la ropa q u e ya hab ía d e s n u d a d o , y e n s u c i a r los p iés q u e con la g rac i a d iv ina , á t a n t a c o s t a s u y a , d e s d e q u e de su casa pa r t i ó , h a b í a l a v a -do (2).

De nues t ro P a d r e Franc i sco d e Bor j a l e e m o s en su v i d a (3) q u e n u n c a s e p u d o acaba r con él q u e s u p l i -c a s e á Su San t idad d i spensase con don Alva ro d e Bor-j a , su h i jo , pa ra q u e se casase con s u s o b r i n a , h i ja de su h e r m a n a doña J u a n a d e A r a g ó n , q u e h a b í a h e -r e d a d o el m a r q u e s a d o d e Alcañices , y é n d o l e t a n t o e n el lo á su h i jo , p u e s le iba h e r e d a r u n e s t a d o tan p r in -c ipa l ; y s a b i e n d o por o t ra p a r t e la v o l u n t a d g r a n d e q u e t en ía el P a p a d e f avorece r l e á él y á todas las co-sas q u e le toca sen . ¥ con el e m p e r a d o r s e d i c e allí q u e le acon tec ió en es to o t ro caso , del cua l q u e d ó el e m p e r a d o r m u y edif icado y conoció q u e era ve rdad lo q u e le h a b í a n d i cho del d e s p e g a m i e n t o de l Padre F r a n c i s c o pa ra con s u s hi jos: q u e se h a b í a con el los , c o m o si no lo f u e r a n . Cons ide r emos a q u í d e q u é n e -gocios se e x t r a ñ a b a n aque l los S a n t o s , y p u d i é n d o l o s

(1) Lib. 5, cap. 5, vita P. N. S. IgnatU.—{1) Expoliavi me tún ica m e a , quomodo indua r illa? lavi pedes meos, quomodo i n -qu inabo ¡líos? Cant. V, 3 .—(3) Lib. 4 , cap. 6, de la vida de N.P. S. Francisco de Borja.

cónclu i r tan b r e v e m e n t e ; y m i r e m o s po r o t r a p a r l e e n q u é negocios se e m b a r a z a n a h o r a a l g u n o s re l ig iosos . Si aque l lo s i l u s t r e s va rones s i endo tan s a n t o s t e m í a n t a n t o d e t r a t a r s e m e j a n t e s negoc ios , ¿cómo no t e m e -mos los q u e no somos t an s a n t o s , y así c o r r e m o s m a -yor pe l ig ro? Y á u n e sa c r e o q u e e s la c a u s a po r q u e no t e m e m o s , p o r q u e no s o m o s tan san tos ; q u e si de veras t r a t á s e m o s d e san t idad y pe r f ecc ión , t e m e r í a -mos los pe l ig ros g r a n d e s q u e hay en es tos negoc ios , y h u i r í a m o s d e el los , como v e m o s q u e lo hac í an los S a n t o s .

C A P Í T U L O VI

De otros males y daños que causa la afición á los pa r i en te s , y cómo nos enseñó Cristo nues t ro Redentor el desvío de ellos.

El b i e n a v e n t u r a d o San Basil io d ice (1) q u e e s t e a f ec to y c o m p a s i o n na tu ra l á los p a r i e n t e s s u e l e a l -g u n a s v e c e s pone r en tal e s t ado ai re l igioso, y l l ega r -le á ta les t é r m i n o s , q u e v i ene á h a c e r sac r i l eg io , h u r -t a n d o á la Re l ig ión pa ra socor re r les . Y ya q u e no t o m e u n o d e la Rel ig ión pa ra dar á s u s p a r i e n t e s , t o m a de lo q u e los d e v o t o s hab í an de da r á la R e l i -g i ó n , y de aqu í y de al l í , d e p e n i t e n t e s y amigos , bus -ca pa ra da r l e s , y a l g u n a s veces con d e t r i m e n t o de los min i s t e r i o s ; p o r q u e no p u e d e uno t e n e r t a n l a l ibe r t ad con aque l lo s q u e ha m e n e s t e r , y d e q u i e n d e esa m a -n e r a e s t á p r e n d a d o . O t r a s con a l g ú n e s c r u p u l o de conc ienc i a c o n t r a el vo to d e la p o b r e z a , si me lo dan á mí , ó se lo dan al o t ro : si lo doy y o , ó si se lo d a el o t ro . Y a ñ á d e s e á es to q u e es ta afición de p a r i e n t e s

(1) Basil, in Const. Monast., cap. 21.

Page 69: Tratado de Virtudes Cristianas

ciega de tal m a n e r a , q u e h a c e q u e no r e p a r e uno en esas cosas , y q u e le pa rezca lícito lo q u e a l g u n a s v e -ces e s i l íc i to , y q u e le pa rezca q u e no es con t r a el vo to de la p o b r e z a lo q u e en rea l idad de v e r d a d lo es. I a u n q u e no l l e g u e u n o á h u r t a r o t r a cosa á la R e l i -g i ó n , s ino el t i e m p o q u e g a s t a en los negoc ios de sus p a r i e n t e s , e n eso h u r t a y la d e f r a u d a h a r t o , p o r q u e y a , d ice San Bas i l io , no sois v u e s t r o , s ino de la R e l i -g i ó n , á la cua l o f r e c i s t e s t a m b i é n v u e s t r o c u e r p o y to-d a s v u e s t r a s ob ra s y t r a b a j o s , y po r eso el la t i ene c u i d a d o , no sólo d e v u e s t r a a l m a , s ino t a m b i é n de v u e s t r o c u e r p o , d á n d o o s lodo lo necesa r io ; y vos l o -m á i s el sus t en to d e la R e l i g i ó n , y ocupa i sos en servi r á v u e s t r o s p a r i e n t e s . T o d o eso le h u r t á i s , f u e r a d e la desedi f icac ion q u e e n es to da i s á los q u e os v e n tan p e g a d o y asido á p a r i e n t e s .

N o s in g r a n r a z ó n di jo Cristo n u e s t r o R e d e n t o r en el E v a n g e l i o : Si quis venit ad me, et non odit patrem súutn, et matrem, et uxorem, et filies, et frates, et soro-res, adhuc autem et animam suam, non potest meus esse discipultis (1): Si a l g u n o qu i s i e r e v e n i r e n pos de mí , y no a b o r r e c i e r e á s u p a d r e , m a d r e , h i jos , m u j e r , her-m a n o s , y t a m b i é n á sí m i s m o , no p u e d e se r mi discí-p u l o . A d v i e r t e a q u í m u y bien San G r e g o r i o (2) q u e de la m i s m a m a n e r a q u e m a n d a q u e nos a b o r r e z c a m o s á n o s o t r o s m i s m o s , m a n d a q u e a b o r r e z c a m o s á n u e s -t ros padres y p a r i e n t e s . De m a n e r a q u e así como h a -b é i s d e t e n e r un o d i o s a n t o c o n t r a vos m i s m o m o r t i -ficándoos y c o n t r a d i c i é n d o o s e n todo aque l l o q u e la c a r n e p id ie re c o n t r a el e sp í r i tu y c o n t r a la razón , y no c o n d e s c e n d i e n d o con ello, p o r q u e e s e e s el mayor e n e m i g o q u e t e n e i s ; así t a m b i é n h a b é i s d e t e n e r u n odio s an to á v u e s t r o s p a d r e s y p a r i e n t e s , no c o n d e s -

i l ) Luc., XIV, 26.—(2) Greg. üb. 7 Mor., cap. 14.

c e n d i e n d o con e l l o s , s ino c o n t r a d i c i é n d o l e s en todo aque l l o q u e f u e r e i m p e d i m e n t o pa ra v u e s t r a sa lvación y pa ra v u e s t r o a p r o v e c h a m i e n t o y pe r f ecc ión ; p o r q u e esos son p a r t e d e vos y son t a m b i é n v u e s t r o s e n e m i -gos : Et inimici hominis domestiá ejus (1) .

En las C r ó n i c a s de San Franc i sco se c u e n t a (2) q u e u n h o m b r e di jo a l s an to f ray Gil q u e en lodo caso de-t e r m i n a b a ser r e l i g i o s o . R e s p o n d i ó el s ie rvo de Dios: Si d e t e r m i n a s d e h a c e r eso, ve p r i m e r o y m a t a c u a n -tos p a r i e n t e s t i e n e s . Y aque l h o m b r e d i jo l e l lo rando q u e no le o b l i g a s e á h a c e r t an tos pecados . Respond ió f r a y Gi l : ¿ P o r q u é e r e s d e tan poco s a b e r y e n t e n d i m i e n -to? Yo no d igo q u e los m a t e s con la e s p a d a m a t e r i a l , s i n o con la m e n t a l . P o r q u e s e g ú n la pa l ab ra del S e ñ o r , el q u e no t i e n e od io al p a d r e y á la m a d r e y á los pa -r i e n t e s , no p u e d e ser su d isc ípulo .

Es cosa d i g n a d e cons ide rac ión v e r q u é d e veces nos r e p i t e el S a l v a d o r e s t a d o c t r i n a e n el s ag rado E v a n g e l i o . Y lo no ta m u y bien San Basilio (3) y t rae aque l lo s dos e j e m p l o s q u e en él l eemos . El p r i m e r o , de a q u e l m a n c e b o q u e q u e r í a s e g u i r á Cristo y le p i -d ió l icencia p a r a ir á d i sponer d e su h a c i e n d a y l e g í -t i m a , al cua l r e spond ió : Nemo mittens manum suam ad aratrum, et respiciens retro, aptus est Regno Dei (4 ) : El q u e e c h a m a n o al a r ado y v u e l v e a i ras , no e s a p t o p a r a el r e ino d e los cielos. De m a n e r a q u e e s volver a t r a s , h a b i e n d o c o m e n z a d o á e c h a r m a n o del a r a d o de los conse jos evangé l i co s , t o r n a r o s á e m b a r a z a r e n los negoc ios del s ig lo q u e d e j a s t e s . Por eso t e m e d la s e n -t e n c i a d e Cris to , q u e e s no se r a p t o p a r a el r e i n o de los c ie los . El s e g u n d o e j e m p l o e s del otro m a n c e b o

(1) Michaex, Vil, 6; et Matth., X, 36.—(2) Pa r t . I, cap . 20 , d e l a Cronica de S. Francisco.—(3) Basil, in Const. Monast., cap. S1.-(i)Lm.,c.. IX, 62.

Page 70: Tratado de Virtudes Cristianas

q u e que r í a t ambién s e g u i r á Cr is to , y p id ió le l icencia pa ra ir á e n t e r r a r á su p a d r e , cosa tan h o n e s t a y q u e tan en b r e v e se pod ía h a c e r , y no se la d ió , s ino r e s -pónde le : Deja á los muertos enterrar sus muertos (1). Dice Teoíi lacto sob re e s t a s pa l ab ras : Si á u n para e n -te r r a r á su p a d r e no le d i ó l icencia , ¡ay de a q u e l l o s q u e profesan Rel ig ión y t o r n a n á negoc ios m u n d a n o s y se-g la re s (8)í

Y no se c o n t e n t ó Cr i s to n u e s t r o R e d e n t o r con a v i -s a r n o s d e esto d e p a l a b r a y con e j e m p l o s a j e n o s , s ino con su propio e j e m p l o nos qu i so e n c o m e n d a r e s t e desv ío de p a r i e n t e s , c o m o se v e en m u c h o s l u g a r e s del E v a n g e l i o , q u e en lo ex t e r i o r p a r e c e q u e m u e s t r a r igor y aspereza á su s a n t í s i m a Madre ; c o m o e n aque l desv ío , al p a r e c e r , q u e l e d ió , h a b i é n d o l e ha l l ado en el t e m p l o : Quid est quod me quarebatis? nesciebatis quiainhis, qux Patris mei sunt, oportet me esse (3)? I P a r a q u é me b u s c á b a d e s ? ¿No sab í ades q u e m e c o n -v iene es ta r en las cosas d e mi P a d r e ? Y e n las bodas, c u a n d o fa l tó el v ino: ¿Qué tenemos nosotros que ver con eso ( í ) ? Pa ra e n s e ñ a r n o s á noso t ros , d i c e San B e r n a r -do (5), el modo con q u e habernos de t r a t a r á los p a -r i e n t e s q u e c u a n d o n o s q u i s i e r e n a p a r t a r del lin de nues t r a p rofes ión , les d e m o s de m a n o d i c i e n d o : C o n -v i é n e n o s a t e n d e r al n e g o c i o de Dios y de n u e s t r a Sal-vac ión (6) . Y al otro q u e le d i jo : Maes t ro , di á raí h e r m a n o q u e p a r t a c o n m i g o la h e r e n c i a , le r e spond ió s a c u d i d a m e n t e : ¿Quién me ha hecho á mí juez de parti-jas (7)? No m e e n v i a r o n á mí á a v e r i g u a r y c o m p o n e r

( l ) S i n e u t m o r t n i sepe l i an t mor tuos suos. Luc., IX, 60 .—(2) Si au tem illi ñeque patrern sepe l i re licuit, vas h i s , qui monast icem professi , ad m u n d a n a r e g r e d i u n t u r negot ia? Theoph.il.—{\) Luc., 11, 49.—(41 Quid mihi e t t ib i e s t mul ie r? Joan., II, 4 .—(o) Ber -na rd . serni. 2, dominica 1 post. octav. Epiph.—{&) In his , quffi Patr is mei sunt , opor te t m e esse. Luc. ubisup.—(7) Homo, quis m e consti tuit j u d i e e m , a u t d iv isorem super vos. Luc., XII , 14.

esas d i f e r e n c i a s . Pa ra e n s e ñ a r n o s q u e habe rnos de h u i r de s e m e j a n t e s n e g o c i o s , p o r q u e no son c o n f o r m e á n u e s t r a p ro fe s ión .

C A P Í T U L O VII

Cómo se suele d i s f razar es ta tentación con titulo no sólo de p iedad , sino de obl igación, y del r emedio para esto.

P o r q u e e s t a t e n t a c i ó n se s u e l e a l g u n a s v e c e s v a l e r y a y u d a r no sólo d e t í t u lo de p i edad , s ino de o b l i g a -c ión , q u e son las m á s pe l ig rosas t e n t a c i o n e s , n u e s t r o P a d r e , pa ra p r e v e n i r y obv ia r al d a ñ o g r a n d e q u e d e aqu í pod ía r e su l t a r e n la Compañ ía , m a n d a e n las C o n s t i t u c i o n e s (l) q u e á todos los q u e e n t r a n en el la , s e les p r e g u n t e si c u a n d o h u b i e r e d u d a si e s t á n ob l i -gados á socor re r á s u s p a d r e s ó p a r i e n t e s , se d e j a r á n r e g i r po r lo q u e la C o m p a ñ í a y supe r io r d e ella les o r d e n a r e , no d e j á n d o s e l levar de s u p rop io j u i c i o . P o r q u e en negoc io d e p a r i e n t e s como e n cosa p rop i a , la afición c iega y s u e l e s e r causa d e e r r a r ; y así no p u e d e n ser ellos b u e n o s j u e c e s en esa causa . P u e s p a r a q u e e s t é n todos qu ie tos , y no t e n g a n q u e t e n e r e s c r ú p u l o n i n g u n o , p r o v e y ó nues t ro P a d r e d e e s t e r e m e d i o . Y as í e s t á u n o ob l igado á q u i e t a r s e con lo q u e la Compañía le d i j e r e en es t a p a r t e , p u e s h a y e n e l l a t a n t a s le t ras y t an to t emor d e Dios, y lo m i r a r a b i en c o n f o r m e á c i enc ia y conc i enc i a . Y para eso se le p r o p o n e y p r e g u n t a es to al p r inc ip io al q u e q u i e r e e n t r a r en la Compañ ía , y no le r ec iben si no e s c o n : t e n t ó de p a s a r po r e s to . Y d e b e da r m u c h a s g rac ias a Dios d e q u e se p u e d a s e g u r a m e n t e d e s c u i d a r con e s to ,

(1) Cap. III , Exam., § 3 .

Page 71: Tratado de Virtudes Cristianas

para t ra ta r más de v e r a s d e su a p r o v e c h a m i e n t o y perfección.

Por es ta m i s m a razón m a n d a t a m b i é n n u e s t r o P a -d re , q u e c u a n d o la d i s t r i b u c i ó n d e la h a c i e n d a se hu-b ie re d e hacer á p a r i e n t e s por ser pobres , se d e j e á ju i c io de dos ó t res p e r s o n a s de c ienc ia y conc ienc i a , q u e cada u n o e l ig ie re con a p r o b a c i ó n del s u p e r i o r , los cua le s han d e j uzga r si son v e r d a d e r a m e n t e p o b r e s y si e s v e r d a d e r a neces idad la q u e t i e n e n , p o r q u e la afición de la c a r n e y s a n g r e no le h a g a e r r a r . De m a -n e r a , q u e pa ra dar u n o su h a c i e n d a á p o b r e s e x t r a -ños , no es m e n e s t e r e s t a c o n s u l t a ; y pa ra d a r l a á p a -r i e n t e s pobres , s í , por el p e l i g r o q u e h a y del a m o r y afición na tu r a l . Y así n o t a S a n Gregor io (1) en a q u e l e j e m p l o en q u e p r o h i b i ó Cr i s to á a q u e l m a n c e b o q u e fuese á e n t e r r a r á s u p a d r e (2) : Adve r t i d q u e lo q u e n o p roh ib i e ra h a c e r con u n e x t r a ñ o , á n t e s lo a c o n s e -j a r a y fuera obra de m i s e r i c o r d i a , lo p r o h i b e pa ra con su pad re ; pa ra q u e e n t e n d a m o s q u e lo q u e se p u e d e h a c e r con los e x t r a ñ o s , m u c h a s veces no c o n v i e n e q u e se haga con los p a r i e n t e s , pero el pe l ig ro q u e s u e -le h a b e r en ello, y p o r la desed i f i cac ion d e los q u e v e n á un rel igioso e n v u e l t o y e m b a r a z a d o e n cosas de c a r n e y s a n g r e . Claro e s t á q u e de o t r a m a n e r a h a c e u n o el negoc io del e x t r a ñ o , q u e el de sus d e u d o s y p a r i e n t e s ; p o r q u e a q u e l n o le i n q u i e t a ni desasos ie -g a , p e r o e s to t ro , bien e x p e r i m e n t a q u e le c a u s a g r a n -d e i n q u i e t u d , y le r o b a la paz de su a l m a , y le es

frande i m p e d i m e n t o p a r a los e jerc ic ios e s p i r i t u a l e s . así , c u a n d o a l g u n a v e z f u e s e necesa r io a y u d a r u n o

e n a lgo á sus p a r i e n t e s , s e r á me jo r y m á s s e g u r o pa ra é l , y de más ed i f icac ión p a r a los p ró j imos , q u e otro P a d r e se e n c a r g u e d e e s o , y no é l . Y en la Compañ ía

(1) Greg. lib. 7 Moral,, c. 1 4 . — ( 2 ) Lucse, IX, 60.

t e n e m o s o r d e n de q u e se h a g a as í , y e s d o c t r i n a de San Basil io (1 ) . F u e r a de q u e , c u a n d o él p rop io e n -t i e n d e e n esos negocios , si e n él h a y a l g u n a cosa de m u n d o y c a r n e , q u e r r í a q u e los s u y o s no f u e s e n p o -b res , ni p a d e c i e s e n , y Dios q u i e r e q u e s e a n p o b r e s y q u e p a d e z c a n n e c e s i d a d ; p o r q u e aque l lo les c o n v i e -n e más á el los p a r a s u s a l v a c i ó n , y á él pa ra su h u -mi l l ac ión . Y á u n s u e l e e n es to e n t r a r s e a l g u n a s veces o t r a v a n i d a d y locu ra , q u e a l g u n o s re l ig iosos q u i e r e n y p r o c u r a n q u e s u s p a d r e s y p a r i e n t e s sean y t e n -g a n m á s d e lo q u e f u e r a n y t u v i e r a n si e l los no f u e -r an re l ig iosos . En lo cua l dan claras m u e s t r a s de no ser lo , s ino s o l a m e n t e en el n o m b r e , p u e s h a b i e n d o d e se r m á s h u m i l d e s , t i e n e n m á s v a n i d a d y p r e s u n -

Cl°Y p o r q u e po r n u e s t r o s pecados e x p e r i m e n t a m o s m á s de lo q u e q u e r r í a m o s , q u e m u c h o s con e s t e t i -tu lo son t e n t a d o s de la vocacion y p r o c u r a n sal ir de la Rel ig ión so color d e r e m e d i a r á s u s p a d r e s o h e r -m a n a s , añado y d i g o q u e es tos t a l e s , c o m u n m e n t e h a b l a n d o , no lo han d e a h í , ni es eso lo p r inc ipa l q u e les hace flaquear e n su vocac ion , s ino o t r a s c a u s a s o c u l t a s q u e el los s e s a b e n : su poca v i r t u d y m o r t i f i -cac ión , la flaqueza q u e s i e n t e n en sí pa ra l levar el r i -gor y pe r fecc ión d e la R e l i g i ó n , ésa les hace flaquear en e l l a ; s ino q u e como no p u e d e n a l e g a r e s t e t i t u lo , a c ó g e n s e á o t ro s q u e t e n g a n a l g ú n co lo r , i q u e es to s ea as í , tocárnoslo cada d ía con las m a n o s y por el e fec to s e ve c l a r a m e n t e ; p o r q u e m u c h a s v e c e s no t i e n e n es tos pos ib i l idad p a r a r e m e d i a r a q u e l l a s nece -s i d a d e s q u e el los d i c e n , ni las r e m e d i a n s a l i e n d o , á n t e s las r e m e d i a r a n m e j o r e s t a n d o e n la Rel ig ión : l uégo no es eso lo q u e los sacó de la Re l ig ión , s ino el

(1) Basil. in qucest. fusius disp. 32.

Page 72: Tratado de Virtudes Cristianas

deseo de l i b e r t a d y de v iv i r á s u s a n c h u r a s . Non es mentitus hominibus, sed Deo (1): *No m e n t i s t e á los h o m b r e s , s i n o á Dios.* A Dios no le podré i s e n g a ñ a r . ¡Ay de a q u e l q u e comienza á co jea r y no s e qu ie ta con lo q u e s u s s u p e r i o r e s y s u s Cons t i tuc iones le d icen!

F i n a l m e n t e , el q u e q u i s i e r e a l c a n z a r el fin á q u e vino á la R e l i g i ó n , c o n v i e n e q u e se sacuda del t ra to y negocios d e p a r i e n t e s , y q u e les d é de m a n o : El q u e por m á s s e r v i r á Dios se o lv ida de sus pa r i en tes , y dice á su p a d r e , m a d r e y h e r m a n o s , no os conozco, ése g u a r d a r á b i en los iMandamien tos d e Dios, y los conse jos q u e h a p ro fe sado (2). Dice m u y bien San Berna rdo , y e s d o c t r i n a c o m ú n d e los San tos , q u e el rel igioso h a d e se r como otro Me lqu i s edec , del cual dice el Após to l San Pab lo (3) q u e no ten ía p a d r e , ni m a d r e , ni l i n a j e ; no p o r q u e c a r e c i e s e de es to , q u e s iendo como e r a v e r d a d e r o h o m b r e , no podía ca rece r de el lo; p e r o d í c e s e q u e no lo t e n í a , p o r q u e la Sagra-da E s c r i t u r a , c u a n d o h a b l a de él eu razón de sacer -do te , no h a c e m e n c i ó n d e es to , ni del pr inc ip io y fin d e sus d í a s , pa ra d a r n o s á e n t e n d e r q u e los sacerdo-tes , y m u c h o más los re l ig iosos , han de es ta r tan des -pegados de todo es to , como si no lo t u v i e s e n , y t an ded icados á las cosas e s p i r i t u a l e s y d iv inas , como si h u b i e r a n v e n i d o del c ie lo ; d e m a n e r a q u e sean en su corazon c o m o o t ro Me lqu i s edec , sin t e n e r cosa en e s t e m u n d o q u e t r a b e de el los y les imp ida y r e t a rde su a p r e s u r a d o c a m i n a r á Dios .

P u e s c o n c l u y a m o s con lo q u e c o n c l u y e San B e r -

(1) Act. , V, 4 .—(2) Qui dixit patr i suo, et mat r i susenescio vos, et f r a t r i bus suis ignoro vos, et n e s c i e r u n t filios suos, hi cus-todierunt e loquium tuum, et pac tum tuum servaverunt . Deuter., XXXIII, 9 .—(3) Ad Hebr . VII, 3 .

n a r d o : R e c o g e o s y s e n t a o s á solas , y a p a r t a o s no s o -l a m e n t e d e la d e m á s m u l t i t u d , s ino o lv idaos t a m b i é n de vues t ro p u e b l o y d e la casa de v u e s t r o p a d r e , y codic ia rá Dios v u e s t r a h e r m o s u r a (1). San J e r ó n i m o , s o b r e e s t a s p a l a b r a s de l P ro fe t a , d ice : G r a u cosa d e b e s e r el o lv idarse u n o de s u s p a d r e s y p a r i e n t e s ; p u e s t an g r a n p r e m i o s e le p r o m e t e , q u e codic ia rá Dios su h e r m o s u r a (2).

E n las Crón icas de la O r d e n de San F r a n c i s c o s e c u e n t a (3) q u e e n t r ó en Pa r i s eu la O r d e n u n m a e s t r o en t eo log ía , al c u a l hab ía s u s t e n t a d o su m a d r e con l imosnas y m u c h a p o b r e z a , h a s t a p o n e r l e e n a q u e l e s t a d o ; y o y e n d o q u e su hi jo e r a f ra i l e , v ino al c o n -v e n t o , y con m u c h a s l ág r imas é i m p o r t u n a c i o n e s p e -día á voces á su h i jo , d e s c u b r i é n d o l e los p e c h o s y d ic i éndo le los t r a b a j o s con q u e le h a b í a c r i ado , r e p r e -s e n t á n d o l e la neces idad y mise r i a en q u e la d e j a b a . Por e s t a s l á g r i m a s f u é movido el maes t ro á d e j a r su propós i to , y d e t e r m i n ó al d ía s i g u i e n t e sa l i r se d e la Re l ig ión ; y s i n t i e n d o sobre e s t e caso g r a n d e c o n t i e n d a en su co razon , a c u d i ó á la oracion c o m o lo ten ía d e c o s t u m b r e , y pos t r ado a n t e la i m á g e n d e u n c r u c i -fijo, dec ía con a n g u s t i a d o co razon : S e ñ o r , no os q u i e -ro yo d e j a r , ni Vos p e r m i t á i s tal cosa ; mas s o l a m e n t e q u i e r o r e m e d i a r á mi m a d r e q u e e s t á en g r a n d e n e -ce s idad . Y como d i c i endo e s t a s cosas l e v a n t a s e los ojos á la i m á g e n , vió q u e de l lado de l Seño r m a n a b a v e r d a d e r a s a n g r e , y luégo oyó u n a voz q u e le dec ía :

(1) Sede i taquc soli tarius sicut tu r tu r , n ih i l t ibi , et tu rb is , n ih i l cum mul t i tud ine casterorum, e t i amque ipsum obliviscere popu-lum tuum et domum patr is tui , et concupiscet r e x decorem tuum. IPs. XLIV, 11) Bern, serin. 40 in Cantica.-(2) Grande p r e m i u m est parent is obliti , qu i a concupiscet rex deco rem tuum . Hler. m Regul. Monachor. quam collegit Lupus de Uliveto.—P. 2, cap . 13, d e la Crònica de San Francisco.

Page 73: Tratado de Virtudes Cristianas

Más caro m e cos tas te á mí q u e á tu madre , p u e s t e cr ié y red imí con es t a s a n g r e ; n o m e deb ías t ú de j a r por a m o r de tu m a d r e . Con es te av iso quedó el maes -tro e s p a n t a d o , y p re f i r i endo el a m o r d e Jesuc r i s to al a m o r na tu ra l d e su m a d r e , q u e le m o v í a por su nece -s idad á de j a r a q u e l e s t a d o , p e r s e v e r ó en la O r d e n , a c a b a n d o e n el la con m u c h o loor .

A u n q u e e n e s t e t r a t a d o p a r e c e q u e habernos h a -blado s o l a m e n t e con los re l ig iosos ; p e r o si los s e g l a -res sacasen d e él , como d e s e a m o s , no i n q u i e t a r á los re l ig iosos , ni e m b a r a z a r l o s en s u s negoc ios , ni e n t r e -m e t e r s e e n el gob ie rno d e la Re l ig ión , p id i endo y p r o c u r a n d o q u e su p a r i e n t e ó a m i g o v a y a ó res ida e n tal p a r t e , no ser ía de p e q u e ñ o f r u t o , así pa ra ellos c o m o p a r a n o s o t r o s .

T R A T A D O S E X T O

DE LA T R I S T E Z A Y A L E G R Í A

C A P Í T U L O P R I M E R O

De los daños g r a n d e s q u e se s iguen de la t r is teza .

Tristiam longe repelle a te, inultos enim oecidit tris-titia, est non est utilitas in illa (1) : E c h a m u y lé jos de t í la t r i s t eza , d ice el Sab io , p o r q u e la t r i s teza h a m u e r t o á m u c h o s , y no h a y e n el la p r o v e c h o a l g u n o . Cas iano h a c e u n libro del e s p í r i t u de la t r i s t eza , p o r -q u e d ice (2) q u e pa ra c u r a r y r e m e d i a r e s t e mal y e n -f e r m e d a d , no e s m e n e s t e r m e n o r cu idado y d i l i g e n -c ia , q u e pa ra las d e m á s e n f e r m e d a d e s y t e n t a c i o n e s e sp i r i t ua l e s q u e s e nos o f r e c e n e n e s t a v ida , po r los m u c h o s y g r a n d e s daños q u e se s i g u e n de e l la , los c u a l e s va allí p o n i e n d o y f u n d á n d o l o s m u y b ien en la Esc r i t u r a S a g r a d a . Gua rdaos , d ice , de la t r i s t e z a , no la d e j e i s e n t r a r e n v u e s t r o co razon ; p o r q u e si le da i s e n t r a d a , y se comienza á e n s e ñ o r e a r d e vos , l uégo os q u i t a r á el g u s t o de la orac ion , y h a r á q u e os pa rezca

Page 74: Tratado de Virtudes Cristianas

Más caro m e cos tas te á mí q u e á tu madre , p u e s t e cr ié y red imí con es t a s a n g r e ; n o m e deb ías t ú de j a r por a m o r de tu m a d r e . Con es te av iso quedó el maes -tro e s p a n t a d o , y p re f i r i endo el a m o r d e Jesuc r i s to al a m o r na tu ra l d e su m a d r e , q u e le m o v í a por su nece -s idad á de j a r a q u e l e s t a d o , p e r s e v e r ó en la O r d e n , a c a b a n d o e n el la con m u c h o loor .

A u n q u e e n e s t e t r a t a d o p a r e c e q u e habernos h a -blado s o l a m e n t e con los re l ig iosos ; p e r o si los s e g l a -res sacasen d e él , como d e s e a m o s , no i n q u i e t a r á los re l ig iosos , ni e m b a r a z a r l o s en s u s negoc ios , ni e n t r e -m e t e r s e e n el gob ie rno d e la Re l ig ión , p id i endo y p r o c u r a n d o q u e su p a r i e n t e ó a m i g o v a y a ó res ida e n tal p a r t e , no ser ía de p e q u e ñ o f r u t o , así pa ra ellos c o m o p a r a n o s o t r o s .

T R A T A D O S E X T O

DE LA T R I S T E Z A Y A L E G R Í A

C A P Í T U L O P R I M E R O

De los daños g r a n d e s q u e se s iguen de la t r is teza .

Tristiam, longe repelle a te, inultos enim oecidit tris-titia, est non est utilitas in illa (1) : E c h a m u y lé jos de t í la t r i s t eza , d ice el Sab io , p o r q u e la t r i s teza h a m u e r t o á m u c h o s , y no h a y e n el la p r o v e c h o a l g u n o . Cas iano h a c e u n libro del e s p í r i t u de la t r i s t eza , p o r -q u e d ice (2) q u e pa ra c u r a r y r e m e d i a r e s t e mal y e n -f e r m e d a d , no e s m e n e s t e r m e n o r cu idado y d i l i g e n -c ia , q u e pa ra las d e m á s e n f e r m e d a d e s y t e n t a c i o n e s e sp i r i t ua l e s q u e s e nos o f r e c e n e n e s t a v ida , po r los m u c h o s y g r a n d e s daños q u e se s i g u e n de e l la , los c u a l e s va allí p o n i e n d o y f u n d á n d o l o s m u y b ien en la Esc r i t u r a S a g r a d a . Gua rdaos , d ice , de la t r i s t e z a , no la d e j e i s e n t r a r e n v u e s t r o co razon ; p o r q u e si le da i s e n t r a d a , y se comienza á e n s e ñ o r e a r d e vos , l uégo os q u i t a r á el g u s t o de la orac ion , y h a r á q u e os pa rezca

Page 75: Tratado de Virtudes Cristianas

la rga la h o r a , y q u e no la c u m p l á i s e n t e r a m e n t e : y á u n a lgunas v e c e s h a r á q u e os q u e d é i s del todo sin oracion y q u e d e j e i s la lección e sp i r i t ua l . Y e n todos los e jerc ic ios e s p i r i t u a l e s os p o n d r á un ted io y un has-t ío q u e no podáis a r r o s t r a r á e l los: *Adormecióse de tedio mi ánima (1).* E n e s t e ve r so , d ice Cas iano (2) , dec la -ra m u y bien el P r o f e t a e s to s d a ñ o s q u e s e s iguen de la t r i s teza . No d ice q u e se a d o r m e c i ó su c u e r p o , sino su á n i m a : p o r q u e con la t r i s teza y ac id ia esp i r i tua l cobra el á n i m a t an to t ed io y has t ío á lodos los e j e r c i -c ios e sp i r i tua les y á todas las ob ra s d e v i r t u d , q u e está como d o r m i d a , i n h á b i l , y t o r p e pa ra todo lo b u e n o . Y a l g u n a s veces e s t an g r a n d e el fas t id io q u e t i ene uno con las cosas e s p i r i t u a l e s , q u e le v i e n e n á en fada r y da r en ros t ro los q u e t r a t an d e v i r t u d y de per fecc ión ; y á u n a l g u n a s veces los p r o c u r a r e t r a e r y e s t o r b a r de s u s buenos e j e r c i c io s .

T i e n e t a m b i é n o t r a cosa la t r i s teza , d i c e Casiano, q u e hace al h o m b r e d e s a b r i d o y á s p e r o con sus h e r -m a n o s . San G r e g o r i o d i ce : La t r i s teza m u e v e á ira y e n o j o (3); y as í e x p e r i m e n t a m o s q u e c u a n d o es tamos t r i s t e s , f á c i l m e n t e nos a i r a m o s y nos e n f a d a m o s luégo d e c u a l q u i e r a cosa ; y m á s , h a c e al h o m b r e impac ien -t e e n las cosas q u e t r a t a , h á c e l e s o s p e c h o s o y mal i -cioso, y a l g u n a s v e c e s t u r b a d e tal m a n e r a al h o m b r e la t r i s t eza , q u e p a r e c e q u e le q u i t a el s e n t i d o y le sa-ca f u e r a d e sí , c o n f o r m e á aque l l o del Ecles iás t ico: Non est sensus, ubi est amaritudo (4): Donde h a y amar -g u r a y t r i s t e z a , no h a y j u i c i o . Y as í v e m o s m u c h a s v e c e s q u e c u a n d o r e i n a en u n o la t r i s t eza y melanco-l ía , t i ene u n a s a p r e h e n s i o n e s t a n f u e r a d e camino , y

(1) Dormitavit an ima m e a prse tedio. Psalm. CXVIII, 28.— (2) Cas. lib. 10, eap. 4 .—(3) Tris t is ex p rop inquo habe t i ram. Greg., lib. 31. Mor., c. 31.—(4) Eccli., XXI, 15.

u n a s s o s p e c h a s y t e m o r e s t an s in f u n d a m e n t o ; q u e los q u e e s l á n en su seso s e s u e l e n re i r y h a c e r c o n v e r s a -c ión d e e l las c o m o d e locuras . Y á o t ros habe rnos v i s -to h o m b r e s g r a v í s i m o s de g r a n d e s l e t r a s y t a l e n t o s , tan p resos de es t a pa s ión , q u e era g r a n c o m p a s i o n v e r l o s u n a s v e c e s l lorar c o m o c r i a t u r a s , y o t ro s da r u n o s susp i ros q u e no pa rec í a s ino q u e b r a m a b a n . Y así , c u a n d o e s l á n en su seso , y s i e n t e n q u e les q u i e -re v e n i r e s t a locura q u e b ien se p u e d e l l amar a s i , s e e n c i e r r a n e n su a p o s e n t o para al l í á solas l lorar y s u s -p i ra r cons igo , y no p e r d e r la a u t o r i d a d y op in ion con los q u e les v i e r e n h a c e r t a les cosas .

Si q u e r e i s s a b e r de ra iz los e fec tos y daños q u e c a u -sa la t r i s teza en el co razon , d ice Cas i ano , el Esp í r i tu S a n t o nos los dec l a ra b r e v e m e n t e po r el Sab io : Lo q u e h a c e la polil la e n la v e s t i d u r a , y el g u s a n o y ca r -c o m a e n el m a d e r o , eso h a c e la t r i s teza en el co razon de l h o m b r e (1). La v e s t i d u r a comida d e poli l la no v a l e n a d a , ni p u e d e se rv i r p a r a n a d a ; y el m a d e r o l l eno d e c a r c o m a no e s d e p r o v e c h o para el edif icio, ni s e p u e d e c a r g a r sobre él peso a l g u n o , p o r q u e luégo s e h a c e pedazos ; así el h o m b r e l leno d e me lanco l í a , tr is-t e y d e s g r a c i a d o , s e h a c e inú t i l pa ra todo lo b u e n o . Y no p á r a a q u í el ma l , s ino lo q u e peor es , la t r i s t e -za en el corazon e s c a u s a y raiz d e m u c h a s t e n t a c i o -n e s y de m u c h a s ca idas : Mullos enim occidit tristi-tia (2). A m u c h o s ha h e c h o la t r i s teza cae r en p e c a -dos . Y asi l l a m a n a l g u n o s á la t r i s t eza n ido de l a d r o -n e s y c u e v a d e los demon ios , y con m u c h a r a z ó n . Y t r a e n p a r a es to aque l l o q u e d ice el san to J o b de l d e -m o n i o : * Duerme á la sombra (3).* E n e sa s o m b r a y oscu r idad , e n esas n i e b l a s y t i n i eb l a s de esa c o n f u s i o n

(1) Sicut t inea vest imento, e t vermis l igno, i t a tristi t ia vi r i n o -cet cordi . Prov. XXV, 2 0 . - ( 2 ) Eccli., XXX, 2 3 . - ( 3 ) Sub u m b r a dormi i . Job, XL, 10.

Page 76: Tratado de Virtudes Cristianas

q u e lene is c u a n d o es tá is t r i s te , a h í d u e r m e y se e s -conde el d e m o n i o , e se e s su nido y m a d r i g u e r a , y ah í h a c e él sus m a n g a s , como d icen ; esa e s la disposición q u e él e s t á a g u a r d a n d o pa ra a c o m e t e r con todas cuan-tas t en t ac iones q u i e r e . Así como las s e r p i e n t e s y bes-t ias fieras e s t án a g u a r d a n d o la oscur idad de la noche pa ra salir de s u s c u e v a s (1), así el d e m o n i o , s e r p i e n t e a n t i g u a , e s t á e s p e r a n d o esa n o c h e y oscur idad de la t r i s t eza , y e n t ó n c e s a c o m e t e con todo g é n e r o d e t e n -t ac iones : *Tienen preparadas sus saetas dentro de la aljaba, para asaetear á escondidas á los que son de rec-to corazon (2).*

Decía el b i e n a v e n t u r a d o San F r a n c i s c o q u e s e a l e -g ra m u c h o al d e m o n i o c u a n d o el corazon d e u n o está t r i s t e ; p o r q u e f á c i l m e n t e ó le a h o g a e n la t r i s teza y d e s e s p e r a c i ó n , ó le c o n v i e r t e á los p l a c e r e s m u n d a -nos . N ó t e s e m u c h o es t a doc t r ina , p o r q u e e s d e m u c h a i m p o r t a n c i a . Al q u e a n d a t r i s t e y me lancó l i co , u n a s veces le h a c e el d e m o n i o v e n i r e n g r a n desconf ianza

d e s e s p e r a c i ó n , c o m o h izo con Cain y con J ú d a s . t r as veces , c u a n d o por ah í le p a r e c e q u e no t i e n e

b u e n j u e g o , le a c o m e t e con de l e i t e s m u n d a n o s ; o t ras con de l e i t e s c a r n a l e s y s e n s u a l e s , so color q u e con aque l l o sa ld rá de la p e n a y tr is teza q u e t i e n e . Y de a q u í es, q u e c u a n d o es t á u n o t r i s t e , le s u e l e n ven i r u n a s veces t e n t a c i o n e s de la vocac ion; p o r q u e le re-p r e s e n t a el d e m o n i o q u e a l lá en el m u n d o v iv ie ra ale-g r e y c o n t e n t o : á a l g u n o s ha sacado d e la Re l ig ión la t r i s teza y melanco l í a . O t r a s veces le s u e l e t r a e r el de-m o n i o p e n s a m i e n t o s ca rna l e s y d e s h o n e s t o s q u e dan g u s t o á la s e n s u a l i d a d , y p r o c u r a q u e se d e t e n g a e n el los , so color d e q u e con eso d e s e c h a r á la t r i s teza y

(1) Posuisti t eneb ras , et fac ta est nox : in ipsa pe r t rans ibun t omnes bestife silvie. Ps. CUI, 20.—(2) Pa rave run t sagit tas suas in phare t ra , o t sagi t ten t in obscuro rectos corde . Ps. X, 3 .

se a l iv ia rá su co razon . E s t a e s u n a cosa m u c h o d e t e -mer e n los q u e a n d a n t r i s t e s y me lancó l i cos , p o r q u e sue l ea s e r m u y o rd ina r i a s en ellos e s t a s t e n t a c i o n e s . Y lo a d v i e r t e m u y bien San G r e g o r i o . Dice q u e c o m o todo h o m b r e n a t u r a l m e n t e d e s e a a l g u n a de lec tac ión y c o n t e n t o , c u a n d o no lo hal la e n Dios ni e n las cosas e sp i r i t ua l e s , l uégo el d e m o n i o , q u e s a b e b ien n u e s t r a inc l inac ión , le r e p r e s e n t a y p o n e d e l a n t e cosas s e n -sua le s y d e s h o n e s t a s , y le o f r e c e g u s t o y c o n t e n t o e n el las , con q u e le p a r e c e q u e s e le mi t i ga y a l iv ia la t r i s teza y melanco l ía p r e s e n t e . E n t e n d e d , d i c e el S a n -to (1), q u e si no t e n e i s c o n t e n t o y g u s t o en Dios y e n las cosas e sp i r i t ua l e s , le h a b é i s de ir á buscar e n las cosas v i les y s e n s u a l e s , p o r q u e no p u e d e v iv i r el h o m -bre sin a l g ú n c o n t e n t o y e n t r e t e n i m i e n t o .

F i n a l m e n t e , son t a n t o s los ma le s y daños q u e s e si-g u e n de la t r i s t eza , q u e d ice el Sab io : Todos los males vienen con la tristeza (2) . Y e n o t ro l u g a r : La muerte viene con ella (3) , y á u n ' l a m u e r t e e t e r n a , q u e es el inf ie rno . Así d e c l a r a San A g u s t í n aque l lo q u e d i jo J a -cob á sus h i j o s : *Haréis que ele pesadumbre dé con mis canas en el infierno (4).* Dice (o) q u e t emió J a c o b n o hic iese t a n t a impres ión y c a u s a s e en él t a n t o d a ñ o la t r i s teza d e c a r e c e r de su hi jo B e n j a m í n , q u e le pus i e -se en c o n t i n g e n c i a su sa lvac ión , y d i e se con él en el inf ie rno d e los c o n d e n a d o s . Y por eso , d i ce , nos av i sa el Apóstol San Pablo q u e nos g u a r d e m o s de el la , *por -q u e qu izá con la d e m a s i a d a t r i s teza no acon tezca q u e d e m o s al t r a v é s (6).* Por ser tan g r a n d e s los daños y

(1) S iae delec ta t ione an ima n u m q u a m potest esse, nam au t i n -' fimis de lec ta tur , aut summis . Greg. lib. 18 Maral., cap.8.—Idem notat S. Bonav. lib. 2 de profeclu Religlosor., cap. 2 .—(2) Omnis plaga tr ist i t ia cordis est . Eccli., XXV, 17.—(3) A t r i s t i t ia enim fest inat mors. Eccli., XXXVIII, 19—(4) Deducetis canos meos cum dolore ad inferos . Gen.. XLII, 38.—(5) Aug. lib. 12 sup. Gen. ad lit., cap. 83.—(6) II ad Cor., 2, 7.

Page 77: Tratado de Virtudes Cristianas

pe l ig ros q u e s e s i g u e n de la t r i s t eza , nos p r e v i e n e y av i sa t a n t o la S a g r a d a E s c r i t u r a y los S a n t o s q u e nos g u a r d e m o s d e e l la . No es po r vues t ro consue lo , ni po r v u e s t r o gus to ; q u e si 110 h u b i e r a m á s q u e eso , poco i m p o r t a b a q u e e s t u v i é s e d e s t r i s t e ó a l e g r e . ¥ po r eso t a m b i é n la d e s e a y p r o c u r a t a n t o el d e m o n i o , p o r q u e s a b e q u e e s c a u s a y ra iz de m u c h o s m a l e s y pecados .

C A P Í T U L O I I

En que se dan a lgunas razones por las cua les nos conviene mucho servir á Dios con a legr ía .

Gaudete in Domino semper, iterum dico gaudete (l): Gozaos s i e m p r e e n el Seño r ; o t r a v e z os to rno á dec i r q u e os gocé i s y regoc i j é i s , d ice el Após to l S a n Pab lo . Lo m i s m o nos r e p i t e m u c h a v e c e s e n los S a l m o s el p r o f e t a Dav id : * Alegraos en el Señor y regocijaos, ó justos, y gloriaos todos hs rectos de corazon (2). Salten de gozo y alégrense en tí, Señor, todos los que te bus-can (3). Cantad á Dios con júbilo, moradores todos de la tierra, servid al Señor con alegría: llenos de alborozo llegad á su presencia (4) . Alégrese el corazon de los que buscan al Señor (5) .* Y e n o t ro s m u c h o s l u g a r e s nos e x h o r t a á m e n u d o á q u e s i r v a m o s á Dios con a l eg r í a . Y con esto sa ludó el á n g e l á T o b í a s : Dios te dé siem-pre mucho gozo y alegría (6). Solía dec i r el b i e n a v e n -t u r a d o San Franc i s co : al d e m o n i o y á s u s m i e m b r o s

(1) Ad Philip., IV, 4.—(2) Lsetamini in Domino, et exul ta te , iustii et g lor iamini , omnes recti corde. Ps. XXXI, 11 .—(3) E x u l -t en t , e t lœtentur in te , o m n e s qui q u œ r u n t te . Ps. LX1X, 5 .— (4) Jubi la te Deo, omnis t e r ra , servile Domino m laetitia, introite in conspectu e j u s in exul ta t ione. Ps. XC1X, 1.—(5) Lastetur cor quœren t i um Dominum. Ps. GIV, 3.—(6) Gaud ium t ibi sit s emper . Tobice, V, 11.

p e r t e n e c e e s t a r t r i s t e s , m a s á noso t ros a l e g r a r n o s s i e m -p r e e n e l S e ñ o r . En las moradas de los justos siempre se ha de oir voz de alegría y de salud (1). Hanos t r a í d o el Seño r á su casa , y escog ido e n t r e mi l l a res ; ¿como h a b e r n o s d e a n d a r t r i s t e s?

B a s t a b a pa ra e n t e n d e r ser e s t a cosa de m u c h a i m -p o r t a n c i a , ve r q u é d e v e c e s nos la e n c o m i e n d a y r e p i -t e la S a g r a d a E s c r i t u r a ; y el v e r po r o t r a p a r t e los da -ños g r a n d e s q u e d i j i m o s s e s i g u e n d e la t r i s t eza . P e r o pa ra m a y o r a b u n d a n c i a , y p a r a q u e v i e n d o al ojo el p r o v e c h o nos e s f o r c e m o s m á s á e l lo , d i r e m o s a l g u n a s r a z o n e s po r las c u a l e s n o s c o n v i e n e m u c h o a n d a r s i e m p r e e n el serv ic io de Dios con es t a a l e g r í a de c o -r a z o n . Y sea la p r i m e r a , p o r q u e as í lo q u i e r e el Señor : Hilarem datorem diligit Deus, d i c e San Pab lo : Q u i e r e Dios un dad ivoso a l e g r e (2), c o n f o r m e á lo q u e él d i jo po r el Sab io : *Todo lo que das, dalo con semblante ale-gre (3).* Así c o m o acá en el m u n d o v e m o s q u e c u a l -q u i e r s e ñ o r q u i e r e q u e sus c r i ados le s i rvan con a l e -gr í a , y c u a n d o v e q u e a n d a n e n c a p o t a d o s y le s i r v e n con c e ñ o y con t r i s t eza , no le e s a g r a d a b l e su s e r v i -cio, á n t e s le e n f a d a ; as í Dios n u e s t r o Señor g u s t a d e q u e le s i r v a m o s con m u c h a vo lun t ad y a l e g r í a , no con c e ñ o , ni t r i s t e z a .

N o t a la S a g r a d a Esc r i t u r a q u e o f rec io el p u e b l o d e Is rae l m u c h o o ro y p la ta y p i e d r a s p rec iosas p a r a el edif icio de l t e m p l o con g r a n d e v o l u n t a d y a l e g r í a . Y el r ey David dió g r a c i a s á Dios de v e r al p u e b l o o f r e -ce r s u s d o n e s con t an g r a n d e gozo (4). Eso es lo q u e e s t i m a m u c h o Dios. No e s t i m a t a n t o la obra q u e s e h a c e , c u a n t o la v o l u n t a d con q u e s e h a c e . A u n acá

(1) Vox exul tat ionis et salutis in t abernacul i s jus to rum. Ps. CXV1I 15 —(2) II ad Cor., IX, 7 .—(3) In omni dato h i la rem f a c vul tum t u u m . Eccli., XXXV, 11 .—(4) Cum ingent i gaudio. / Parai, XXIX, 9 et 17.

Page 78: Tratado de Virtudes Cristianas

so lemos decir : la v o l u n t a d con q u e lo h a c e vale más q u e todo, y aque l l o e s t i m a m o s e a m u c h o , a u n q u e la cosa sea en sí p e q u e ñ a . Y por el c o n t r a r i o , po r g r a n -d e q u e sea , si no f u é h e c h a con v o l u n t a d y alegría, no la e s t i m a m o s ni a g r a d e c e m o s , á n t e s nos descon-t e n t a . Dicen m u y b i e n q u e es como q u i e n s i rve un b u e n m a n j a r , p e r o con sa lsa a m a r g a , q u e lo h a c e todo d e s a b r i d o .

La s e g u n d a razón es , q u e r e d u n d a en m u c h a gloria y h o n r a de Dios el s e r v i r l e con a l eg r í a , p o r q u e de esa m a n e r a m u e s t r a u n o q u e h a c e aque l l o d e b u e n a gana y q u e le p a r e c e todo poco pa ra lo q u e desea hacer . Los q u e s i rven á Dios c o n t r i s t eza , p a r e c e q u e dan á e n t e n d e r q u e h a c e n m u c h o y q u e a n d a n r e v e n t a n d o con la c a r g a , y q u e a p é n a s la p u e d e n ya l levar por se r g r a n d e y pesada , y eso d e s a g r a d a y da en rostro. Y as í , u n a de las c a u s a s po r q u e el b i e n a v e n t u r a d o San Franc i sco no q u e r í a ve r en el ros t ro de sus f r a i -les t r i s teza , e r a , p o r q u e d a á e n t e n d e r q u e hay p e s a -d u m b r e e n la v o l u n t a d y p e r e z a e n el c u e r p o para el b i en . Pero e so t ros , s e g ú n van d e a l e g r e s y ligeros, p a r e c e q u e e s t á n d i c i e n d o q u e no es n a d a lo q u e h a -cen pa ra lo q u e d e s e a n y q u e r r í a n hacer . Como decía San B e r n a r d o : S e ñ o r , lo q u e yo h a g o por Vos, apénas es t r aba jo de u n a h o r a ; y si m á s es , con el a m o r no lo s i en to (1). Eso d a m u c h o c o n t e n t o al S e ñ o r , y así d ice él en el E v a n g e l i o : Cuando ayunáredes, ungid la cabeza y lavaos el rostro, Aporque no echen de ver los hombres que ayunais ( 2 ) : * q u i e r e dec i r : poneos de fies-ta y a n d a d a l e g r e , q u e p a r e z c a q u e no a y u n a i s ni ha-cé i s n a d a . No andéis tristes, como los hipócritas (3),

(1) Opus meum vix un ius es t horae, et si plus, pras a m o r e non sentio. Bern, serin. 14 sup. Cant.—(2) Tu au lem cum je junas , u n g e caput tuum, et f a c i e m t u a m lava, ne videaris hominibus j e j u n a n s . Matlh., VI, 17 .—(3) Noli te fieri sicut hipocritas tristes. lb. 16.

que q u i e r e n da r á e n t e n d e r á todos q u e a y u n a n Y q u e e c h e n de ve r q u e h a c e n a lgo . De c a m i n o s e h a de a d -ver t i r aquí q u e h a y a l g u n o s , q u e pa ra a n d a r con m o -des t i a y r e c o g i m i e n t o , les p a r e c e q u e e s m e n e s t e r a n d a r cab izba jos y con s e m b l a n t e t r i s t e , y e n g a n a n s e . Dice San León P a p a : La modes t i a del re l ig ioso no ha de ser t r i s t e , s ino s a n t a (1). Ha d e t r a e r s i e m p r e el r e -ligioso u n a modes t i a a l e g r e y una a l eg r í a m o d e s t a , l saber j u n t a r e s t a s dos cosas , e s g r a n decoro y g r a n d e o r n a t o del re l ig ioso.

Lo t e r c e r o , no s o l a m e n t e r e d u n d a es to e n m u c h a h o n r a d e Dios, s ino t a m b i é n e n p r o v e c h o y ed i f i ca -ción d e los p ró j imos y en a b o n o de la v i r t u d . P o r q u e los q u e d e es t a m a n e r a s i rven á Dios, p e r s u a d e n m u -cho á los h o m b r e s con su e j e m p l o que en el c a m i n o de la v i r t ud no hay la p e s a d u m b r e y di f icul tad q u e los malos i m a g i n a n ; pues Ies ven á el los c a m i n a r por él con t a n t a s u a v i d a d y a l eg r í a . Con lo cua l los h o m -bres q u e n a t u r a l m e n t e son a m i g o s de a n d a r a legres y c o n t e n t o s , se a n i m a n m u c h o á d a r s e á la v i r t u d . Por es ta razón p a r t i c u l a r m e n t e nos c o n v i e n e m u c h o á nos -otros a n d a r con a l eg r í a e n n u e s t r o s min i s te r ios , por t r a t a r t an to con p ró j imos , y s e r n u e s t r o fin é i n s t i t u -to el g a n a r a l m a s pa ra Dios. P o r q u e de esa m a n e r a se g a n a n y af ic ionan m u c h o s , no solo á la v i r t u d , s ino a ía per fecc ión y á la Re l ig ión . De a l g u n o s s a b e m o s q u e h a n d e j a d o el m u n d o y e n t r a d o en R e l i g i ó n , por ve r la a l eg r í a y c o n t e n t o con q u e a n d a n los rel igiosos. P o r q u e lo q u e desean los h o m b r e s es pasa r es ta v ida con c o n t e n t o ; y si e n t e n d i e s e n el q u e t i e n e el b u e n re l ig ioso , c reo se despob la r í a el m u n d o y se acoge r í an todos á la Re l ig ión ; s ino q u e es e s t e un m a n á e s c o n -

(1) Religiosorum modest ia , noil sit msesta, sed sancta. Leo Papa, serm: 4 quadrages.

Page 79: Tratado de Virtudes Cristianas

d ido , q u e le e s c o n d i ó y g u a r d ó Dios pa ra los q u e el qu i so escoger ; á vos os d e s c u b r i ó el Seño r e s t e tesoro escondido , y no se le d e s c u b r i ó á v u e s t r o h e r m a n o , y así él s e quedó a l lá , y á vos os t r a jo acá : po r lo cua l le d e b e i s inf ini tas g r ac i a s .

La cua r t a razón po r q u e nos c o n v i e n e a n d a r con a l e g r í a , es p o r q u e la obra c o m u n m e n t e es d e mayor m é r i t o y valor c u a n d o s e h a c e con es t a a l eg r í a y pron-t i t u d , p o r q u e eso h a c e h a c e r la obra me jo r y más per -f e c t a m e n t e . A u n al lá d i jo Ar i s tó te les : La alegr ía y g u s t o con q u e se h a c e la o b r a , e s c a u s a q u e s e haga con pe r fecc ión ; y la t r i s t eza , de q u e se h a g a mal he -c h a (1). Y así v e m o s por e x p e r i e n c i a q u e h a y m u c h a d i fe renc ia del q u e h a c e la cosa con g u s t o , al q u e la h a c e d e mala g a n a ; p o r q u e é s t e no p a r e c e q u e a t i e n -d e m á s de á pode r d e c i r q u e la hizo; p e r o a q u é l es tá -se e s m e r a n d o en h a c e r b i en lo q u e h a c e , y p rocura hace r l o lo m e j o r q u e p u e d e . A ñ á d e s e á e s t o lo q u e d i c e San Crisòstomo (2), q u e la a l eg r í a y c o n t e n t o del á n i m a da fue rza s y a l i e n t o p a r a o b r a r . ' Y as í dec ía el p r o f e t a David: Viam mandatorum tuorum cucurri, cuín dilatasti cor meum (3): La a l e g r í a d i l a ta y e n s a n c h a el c o r a z o n ; p u e s d ice el Profe ta : S e ñ o r , c u a n d o Vos me d á b a d e s aque l la a l eg r í a cou q u e s e d i l a t a b a mi cora -zon , corría yo con g r a n d e l igereza por el c a m i n o de v u e s t r o s M a n d a m i e n t o s . E n t o n c e s no s e s i e n t e el t ra-b a j o : *Correrdn y no se fatigarán; andarán y no desfalle-cerán (4).*

Y por el con t r a r i o , la t r i s teza e s t r e c h a , a p r i e t a y e n c o g e el co razon : no sólo q u i t a la g a n a d e o b r a r , s ino t ambién las f u e r z a s , y h a c e q u e s e le h a g a á u n o

(1) Delectatio perf ici t opera t ionem, t r is t i t ia co r rumpi t . Arist. lib. 10 Ethic., cap. 4 et 5.—(2) Chrysost . horn. 41 sup. Gen.— (1) Ps. CXVUI, 32.—(4) Current , et non l abo rabun t ; a m b u l a b u n t , e t n o n deficient. Isai., XL, 31.

pesado lo q u e á n t e s le e r a fáci l . Y as í confesó su fla-q u e z a el s a c e r d o t e Aaron , q u e h a b i é n d o l e Dios m u e r -to dos h i jos de un g o l p e , y s i endo r e p r e n d i d o d e su h e r m a n o Moisen por no h a b e r o f rec ido sacr if ic io al S e ñ o r , r e spond ió : ¿Cómo -podía yo agradar con el sacri-ficio al Señor con ánimo lloroso y triste (1)? Y los h i jos de Israel en el des t i e r ro d e Bab i lon ia dec í an : ¿Como cantaremos el Cántico del Señor en tierra ajena (2)? Y por expe r i enc i a v e m o s cada d í a q u e c u a n d o e s t a m o s cou t r i s t eza , no sólo s e d i s m i u u y e n las f u e r z a s e s p i r i t u a -les c o n f o r m e á aque l l o de l Sabio : In mcerore ammi deiiátur spiritus (3) : *Con la tr isteza del a n i m ó s e a b a -l e el e s p í r i t u , * s ino t a m b i é n los corpora les , q u e no p a r e c e s ino q u e cada brazo y cada p ié nos pesa u n q u i n t a l . Por esto aconse j au los S a n t o s (4) q u e e n las t e n t a c i o n e s no nos e n t r i s t e z c a m o s ; p o r q u e eso q u i t a el v igor de l co razon , y h a c e al h o m b r e c o b a r d e y p u -

O i r á razón s e p u e d e colegir d e las pasadas , po r la cual es m u c h o d e desea r q u e el s ie rvo de Uios, y e s -p e c i a l m e n t e el re l ig ioso a n d e con a l e g r í a ; y es, p o r -q u e c u a n d o s e ve q u e u n o anda con a l eg r í a e n las co-sas de la v i r t u d y de la Religión da aquel lo g r a n d e sat isfacción y e spe ranza q u e aque l p e r s e v e r a r a y l l e -vará a d e l a n t e lo comenzado : pero c u a n d o l e vernos a n d a r t r i s t e , so specha da y temor si ha d e p e r s e v e r a r . Como c u a n d o v e i s á u n o q u e lleva a g e s t a s u n a g r a n ca rga de leña y q u e va con p e s a d u m b r e , a n h e l a n d o y susp i r ando , y a q u í pá ra , y allí se le c a e u n palo y acu-llá otro, l uégo dec is : e s t e no ha de p o d e r con t a n t o creo q u e lo h a d e de ja r á med io c a m i n o ; p e r o c u a n d o le ve i s l igero con la c a r g a , y q u e v a c a n t a n d o y a ie

- ( 4 ) Véase el t ra t . 4 , cap. 10 y 11.

Page 80: Tratado de Virtudes Cristianas

gre , luégo dec ís : es te á u n m á s q u e aque l lo l l eva r ía . P u e s de la m i s m a m a n e r a , c u a n d o u n o hace con tr is-teza y p e s a d u m b r e las cosas d e la v i r tud y de la Rel i -g i o n , y p a r e c e q u e va g i m i e n d o y r e v e n t a n d o con la c a r g a , sospecha da que no h a de d u r a r ; p o r q u e ir s i em-p r e r e m a n d o y fo rce jando a g u a a r r i b a , es v ida de ga le -ra y cosa m u y violenta . Pero c u a n d o a n d a a l e g r e en los olicios h u m i l d e s y en l o s j l e m a s e jerc ic ios de la R e l i -g ion , así co rpora l e s como esp i r i t ua l e s , y todo se le hace fácil y l igero, da m u y b u e n a s e spe ranzas q u e i rá ade-l a n t e y p e r s e v e r a r á .

C A P Í T U L O I I I

Que no han de bas tar las culpas o rd ina r i as en que caemos para qu i t a rnos esta a l eg r í a .

E s t i m a n t an to los S a n t o s q u e a n d e m o s s i e m p r e con es te á n i m o y a legr ía , q u e á u n e n las ca idas d i c e n q u e no habernos d e d e s m a y a r , ni d e s a n i m a r n o s , ni a n d a r t r i s t e s y melancól icos . Con s e r el p e c a d o u n a de las cosas por q u e con razón p o d e m o s t e n e r t r i s t eza , como l u é g o d i r é m o s , con todo e so , d i c e San Pab lo q u e esa t r i s teza ha d e ser t e m p l a d a y m o d e r a d a con la e spe -r a n z a del pe rdón y mise r i co rd ia de Dios, pa ra q u e no c a u s e d e s m a y o ni d e s c o n f i a n z a : *Porque no acontezca ;por ventura que ese tal dé al través con la demasiada tristeza (1).* Y así , el b i e n a v e n t u r a d o S a n F ranc i sco q u e abor rec ía m u c h o es t a t r i s t e z a e n sus f ra i l es , r e s -p o n d i ó á u n o d e sus c o m p a ñ e r o s q u e a n d a b a t r i s t e , d i c i e n d o : No d e b e el q u e s i r v e á Dios a n d a r t r i s t e , si

(1) Ne forte abundan t io r i t r is t i t ia absorbea tu r qui e iusmodi «st. Il ad Cor., IL, 7 .

no es por h a b e r c o m e t i d o a l g ú n pecado ; si tú le has c o m e t i d o , a r r e p i é n t e t e y conf iésa te , y p i d e á Dios p e r d ó n y mise r icord ia , y sup l íca le con el Profe ta J l ) q u e te v u e l v a la a legr ía p r i m e r a . T o r n a d m e , S e ñ o r , a q u e l l a a l e g r í a v p r o n t i t u d q u e s en t í a en vues t ro se r -vicio á n t e s q u e " peca ra , y s u s t e n t a d m e , y conf i rmad-m e e n eso con el e sp í r i tu magní f i co y poderoso de v u e s t r a g r a c i a . Así dec la ra t a m b i é n San J e r ó n i m o e s t e l u g a r (2).

E l Pad re Maes t ro Avila r e p r e h e n d e (3) y con m u -c h a razón á a lgunos q u e a n d a n e n el c a m i n o de Dios l lenos de t r i s t eza d e s a p r o v e c h a d a , a h e l e a d o s los c o -razones , s in g u s t o en las cosas d e Dios, de sab r idos cons igo y con sus p ró j imos , d e s m a y a d o s y d e s a n i m a -dos; y m u c h o s , d i cen , hay de es tos q u e no c o m e t e n pecados m o r t a l e s , s ino d icen q u e por no se rv i r á Dios como d e b e n y d e s e a n , y por los pecados v e n i a l e s q u e h a c e n , e s t á n de aque l l a m a n e r a . E s t e es u n e n g a ñ o g r a n d e ; p o r q u e m u c h o m a y o r e s son los daños q u e se s iguen de esa p e n a y t r i s teza d e m a s i a d a , q u e los q u e se s i guen de la m i s m a cu lpa ; y lo q u e p u d i e r a n a t a -j a r , si t u v i e r a n p r u d e n c i a y e s f u e r z o , lo h a c e n c recer y q u e de u n mal ca igan en o t ro , y eso es lo q u e p r e -t e n d e el d e m o n i o con esa t r i s teza : q u i t a r l e s el v igor y es fuerzo pa ra obra r , y q u e no a c i e r t e n á h a c e r cosa b ien h e c h a .

Lo q u e habe rnos de sacar de n u e s t r a s fa l t as y c a i -das , ha de se r , lo p r i m e r o , q u e nos c o n f u n d a m o s y h u m i l l e m o s más , conoc iendo q u e somos m á s flacos de lo q u e p e n s á b a m o s . Lo s e g u n d o , q u e p idamos m a -yor gracia al S e ñ o r , p u e s la habe rnos m e n e s t e r . Lo

(1) Redde mihi lcetitiam salutar is tui, et spir i ta pr incipal i con-firma me. Ps. L, 14.—(2) Id est , r e d d e mihi illam exul ta t ionem, quam in Christo habui , p r ius q u a m pecca rem. Hieron.—(ß) M. Avila, c . 23 del Audi filia.

Page 81: Tratado de Virtudes Cristianas

t e r c e r o , q u e v i v a m o s d e a h í a d e l a n t e con m a y o r c a u -t e l a y r e c a t o , t o m a n d o avisos de u n a vez p a r a o t r a , p r e v i n i e n d o las ocas iones y a p a r t á n d o n o s d e el las . De es ta m a n e r a h a r e m o s m á s q u e con d e s m a y o s y t r i s t e -zas d e s a p r o v e c h a d a s . Dice m u y bien el P a d r e Maestro Avi la : Si por las c u l p a s o rd ina r i a s q u e h a c e m o s , h u -b i é s e m o s de a n d a r de sca ídos , t r i s tes y d e s a n i m a d o s , ¿qu i én de los h o m b r e s t e n d r í a descanso ni paz , p u e s todos p e c a m o s (1)? P r o c u r a d vos d e s e r v i r á Dios y de h a c e r v u e s t r a s d i l i g e n c i a s ; y si no las h i c i é redes todas , y c a y é r e d e s e n fal tas , no os e s p a n t e i s por eso , ni d e s m a y e i s , q u e así somos todos : h o m b r e sois , y no á n g e l , flaco, y no san t i f i cado . Y bien conoce Dios n u e s t r a flaqueza y m i s e r i a , y no q u i e r e q u e d e s m a -y e m o s por eso, s ino q u e nos l e v a n t e m o s l u é g o , v p i -d a m o s m a y o r f u e r z a al Señor , como el niño que"cae , q u e l u é g o s e l e v a n t a y co r r e como p r i m e r o .

Dice San Ambros io : las ca ídas de los n i ñ o s no i n -d i g n a n á su p a d r e , s ino e n t e r n é c e n l e (2). De esa m a -n e r a , d i ce , s e h a Dios con noso t ros , c o n f o r m e á a q u e -llo del P r o f e t a : Conoce Dios m u y bien n u e s t r a e n -f e r m e d a d y mise r ia , y á m a n o s como á h i jo s flacos y e n f e r m o s ; y así esas ca ídas y flaquezas n u e s t r a s á n t e s le m u e v e n á c o m p a s i o n q u e á ind ignac ión (3). Uno de los g r a n d e s consue los q u e t e n e m o s los q u e somos flacos e n el se rv ic io de Dios, e s e n t e n d e r q u e e s Dios t a n r ico e n a m o r y mi se r i co rd i a , q u e nos s u f r e y a m a a u n q u e noso t ros no le c o r r e s p o n d a m o s tan por e n t e r o como e r a r a z ó n . *Es rico en misericordia (4) ;* s o b r e -

(1) Si in iqui ta tes observaver is , Domine, Domine, quis sustinebit? Ps. CXXIX, 3.—(2) D. Ambros . lib. 2 de reparatione gentium, cap. 6 et ult.—(3) Quomodo mise re tu r pa te r filiorum, miser tus est Dominus t iment ibus se, quon iam ipse cognovit f igmen tum nos-t r u m . Recordatus est quon i am pulvis sumtts. Ps. CII, 13.—(4^ Qui dives est in miser icordia . Ad Eph., II, 4 .

p u j a su miser icord ia nues t ro s pecados . Así como se de r r i t e la ce ra d e l a n t e del f u e g o , así s e d e s h a c e n t o -das n u e s t r a s fa l tas y pecados d e l a n t e de su m i s e r i -cord ia inf in i ta . E s t o nos ha d e a n i m a r m u c h o pa ra a n d a r s i e m p r e con g r a n d e c o n t e n t o y a legr ía ; e n t e n -de r q u e Dios nos a m a y nos q u i e r e b i en , y q u e po r t odas esas fa l l as o rd ina r i a s q u e h a c e m o s , no p e r d e -mos un p u n t o de g rac i a y a m o r d e Dios.

CAPÍTULO 1Y

De las ra ices y causas de la tr isteza, y de sus remedios .

Pero v e a m o s las ra ices y causas de d o n d e sue l e na -cer la t r i s teza , pa ra q u e as í a p l i q u e m o s los r e m e d i o s necesar ios . Cas iano y San B u e n a v e n t u r a d icen (1) q u e la t r i s teza p u e d e n a c e r de m u c h a s ra ices . A lgunas veces nace d e e n f e r m e d a d na tu ra l de h u m o r m e l a n -cólico q u e p r e d o m i n a en el c u e r p o , y e n t ó n c e s el r e -med io más p e r t e n e c e á los médicos q u e á los teólogos; pero hase d e a d v e r t i r q u e ese h u m o r melancól ico s e e n g e n d r a y a u m e n t a con los p e n s a m i e n t o s m e l a n c ó -licos q u e u n o t i e n e . Y así d ice Casiano (2 ) q u e no m e n o r cu idado habernos de p o n e r en q u e no e n t r e n n i nos l l even t r a s sí es tos p e n s a m i e n t o s t r i s tes y m e -lancólicos, q u e e n los p e n s a m i e n t o s q u e nos v i e n e n con t r a la cas t idad ó con t r a la fe , po r los danos g r a n -des q u e d i j i m o s nos p u e d e n de eso v e n i r .

O t r a s v e c e s , d ice q u e s i n h a b e r p reced ido c a u s a a l -g u n a pa r t i cu l a r q u e p r o v o q u e á e l lo , d e r e p e n t e se

( I ) Cas. l ib . 9 de instit. renunt,-Bonav. tract, de reform, mentis, cap. 12.—{2) Cap. I.

Page 82: Tratado de Virtudes Cristianas

sae le hal lar uno tan t r i s te y me lancó l i co , q u e 110 gus-ta de nada , ni áun de los a m i g o s y c o n v e r s a c i o n e s q u e á n t e s solía gus t a r ; s ino todo le e n f a d a y le d a e n rostro, y no querr ía t ra ta r ni c o n v e r s a r con n a d i e : y si t r a t a y hab la , no es con a q u e l l a suav idad y a f a b i l i -dad q u e solía, sino con s a c u d i m i e n t o y d e s g r a c i a . De donde podemos colegir , d ice Cas iano, q u e n u e s t r a s impaciencias y pa labras á s p e r a s y d e s a b r i d a s no n a c e n s i empre de ocasion q u e nos den n u e s t r o s h e r m a n o s para ello, s ino de acá d e n t r o ; en noso t ros e s t á la cau-sa: el no tener mor t i f icadas n u e s t r a s pa s iones es la raiz de donde nace lodo e s o . Y así , no es el r e m e d i o para t e n e r paz, el h u i r el t r a to y c o n v e r s a c i ó n d e los h o m b r e s , ni nos m a n d a Dios eso, s ino el t e n e r p a -ciencia y mort i f icar m u y bien n u e s t r a s pa s iones ; p o r -q u e si es tas no mor t i f icamos , d o n d e q u i e r a q u e vamos y á d o n d e qu i e r a q u e h u y a m o s , l l evamos con n o s -otros la causa de las t en t ac iones y t u r b a c i o n e s .

Bien sab ido e s aquel e j e m p l o q u e c u e n t a Su r io (1), de un m o n j e , el cual po r razón de su cólera é i ra poco mor t i f icada , e ra pesado á sí y á los o t ros ; d e t e r m i n ó s e de salir del monas te r io del s an to a b a d E u t i m i o , e n el cual v iv ía , pa rec iéndo le q u e e s t ando q u i t a d o d e t r a -tar con otros y v iv iendo solo, cesa r ía la i ra , p u e s no t e n d r í a ocas iones con q u e a i r a r s e . Háce lo así , y e n -c e r r á n d o s e en una ce lda , l levó cons igo un c á n t a r o d e agua , y po r a r t e del d e m o n i o se le d e r r a m ó ; l e v a n t ó l e y volvióle á l lenar de a g u a , y s e g u n d a vez se d e r r a -mó c a y e n d o en el suelo; vo lv ió t e r ce ra vez á l l enar le y pone r l e bien, y t e r ce ra vez se le d e r r a m ó ; e n t ó n -ces , con más cólera q u e sol ía , cog e el c á n t a r o y d a con él en el suelo hac i éndo le pedazos . A c a b a n d o de h a c e r es to , cayó en la c u e n t a y e c h ó d e ve r q u e no

( t ) Sur ius , in vita Sancti Eutimlí, mente Januarii.

era la c o m p a ñ í a d e los m o n j e s y la c o m u n i c a c i ó n con ellos la c a u s a d e su ca ida e n i m p a c i e n c i a s é i ras , sino su poca mor t i f i cac ión , y al fin se volv ió á s u m o n a s -t e r io . De m a n e r a , q u e en vos e s t á la causa d e v u e s -tra i n q u i e t u d é impac ienc ia y no e n v u e s t r o s h e r m a -nos : mor t i f icad vos v u e s t r a s p a s i o n e s , y de esa m a n e -ra, d ice Cas i ano , á u n con las bes t i a s fieras t end ré i s paz, c o n f o r m e á aque l lo de J o b : *Las bestias fieras se-rán mansas para tí (1);* c u a n t o m á s con v u e s t r o s h e r -m a n o s .

O t r a s v e c e s , d i c e San B u e n a v e n t u r a , q u e sue l e n a -cer la t r i s t eza d e a l g ú n t r a b a j o q u e s o b r e v i e n e , ó de no h a b e r a l c a n z a d o a l g u n a cosa de seada . Y San G r e -gorio y San A g u s t í n y o t ros S a n t o s p o n e n t a m b i é n es ta raiz, y d icen (2) q u e la t r i s teza del m u n d o n a c e de e s t a r u n o af ic ionado á las cosas m u n d a n a s ; p o r q u e claro e s t á q u e s e ha de e n t r i s t e c e r el q u e se v i e re p r i vado d e lo q u e auia . Pero el q u e e s t u v i e r e d e s a s i -do y desaf ic ionado d e todas las cosas del m u n d o , y pus i e r e todo su d e s e o y c o n l e n t o en Dios, e s t a r á l ibre de la t r i s teza de l m u n d o . Dice m u y bien el P a d r e Maes t ro Avila: no hay d u d a s ino q u e el p e n a r v i e n e del de sea r , y así á m á s d e s e a r , m á s p e n a r ; á m é n o s de sea r , m é n o s p e n a r ; á n i n g ú n d e s e a r , descansa r . De m a n e r a , q u e n u e s t r o s d e s e o s son n u e s t r o s s a y o n e s ; esos son los v e r d u g o s q u e nos a t o r m e n t a n y dan g a -r ro t e .

Descend i endo e n es to m á s e n pa r t i cu l a r y a p l i c á n -dolo á nosot ros , d igo q u e m u c h a s veces la causa d e la t r i s teza de l re l ig ioso es no es ta r i n d i f e r e n t e pa ra todo aque l lo e n q u e le p u e d e p o n e r la obed ienc ia ; eso e s lo q u e le s u e l e t r a e r m u c h a s v e c e s t r i s te y m e l a n c ó -

( l ) Bestice t e r r a pacific® e run t t ibi . Job, V, 23.—(2) Greg. Hb. 22 Mor., eap. 14.—Aug. sup. illud Ps. 7, «concepit do lo rem, e t peperi t in iqui ta tem;» et iract. 14 super Joan.

E I E R . RODRIG.—Tom. IV. 10

Page 83: Tratado de Virtudes Cristianas

l ico, y lo q u e le h a c e q u e a n d e con p e n a y con s o -bresa l to : si m e q u i t a r á n es to , en q u e m e ha l lo b ien; si me m a n d a r á n a q u e l l o , á q u e t e n g o r e p u g n a n c i a . -Así lo d i c e San Gregor io : P o r q u e d e s e a u n o t e n e r lo q u e no t i e n e , ó t e m e p e r d e r lo q u e t i e n e , por eso a n d a con p e n a y con sobresa l to (1). P e r o el rel igioso q u e e s t á i n d i f e r e n t e pa ra c u a l q u i e r cosa q u e le o r d e -n a r e la o b e d i e n c i a , y t i e n e pues to todo su c o n t e n t o e n hacer la v o l u n t a d d e Dios, s i e m p r e a n d a c o n t e n t o y a l eg re , y n a d i e le podrá q u i t a r su c o n t e n t o ; b ien p o d r á el s u p e r i o r q u i t a r l e de e s t e olicio y d e e s t e c o -legio; pero no p o d r á q u i t a r l e el c o n t e n t o q u e en eso t i e n e ; p o r q u e no le ha él p u e s t o e n e s t a r a q u í ó allí, ni en h a c e r e s t e oficio ó a q u e l , s ino e n h a c e r la v o -l u n t a d d e Dios. Y así cons igo l leva s i e m p r e su c o n -t e n t o , d o n d e q u i e r a q u e f u e r e y e n c u a l q u i e r a cosa q u e le o c u p a r e n . P u e s si q u e r e i s a n d a r s i e m p r e a l e -g r e y c o n t e n t o , p o n e d v u e s t r o c o n t e n t o e n hacer la vo lun t ad d e Dios en todas las cosas , y no le pongáis en esto ó a q u e l l o , ni en h a c e r v u e s t r a v o l u n t a d , por-q u e ese no e s m e d i o p a r a t e n e r c o n t e n t o , s ino para t e n e r mil d e s c o n t e n t o s y s i n s a b o r e s .

Dec la rando e s t o m á s , lo q u e s u e l e s e r m u y c o m u n -m e n t e c a u s a y ra iz d e n u e s t r a s m e l a n c o l í a s y t r i s te -zas, es , no el h u m o r de m e l a n c o l í a , s ino el h u m o r de soberb ia q u e r e i n a m u c h o e n n u e s t r o c o r a z o n , como d i j imos t r a t a n d o d e la h u m i l d a d (2); y m i é n t r a s ese h u m o r r e i n a r e e n v u e s t r o c o r a z o n , t e n e d por c ie r to q u e n u n c a os f a l l a r á n t r i s t ezas y me lanco l í a s , p o r q u e n u n c a f a l t a r á n ocas iones ; y así , s i e m p r e v iv i r é i s con

( i ) Q u i a a u t non habi ta concupisc i t , u t habea t ; a u t adep ta metuit , ne ami t t a t ; et dum in advers is spera t p rospera , in prospe-r i s f o r m i d a t adversa , huc i l lucque, quasi qu ibusdam lluctibus volvitur, ac pe r modos varios r e r u m a l t e rnan t ium mutabi l i ta te versatur. Greg. lib. 22 Mor., c. 14.-(2) Tra t . 3 , c . 22.

p e n a y con t o r m e n t o . Y á es to p o d e m o s r e d u c i r lo q u e a c a b a m o s de d e c i r , d e no e s t a r u n o i n d i f e r e n t e para c u a l q u i e r cosa q u e la obed ienc ia le q u i s i e r e m a n d a r ; p o r q u e m u c h a s v e c e s no e s el t r aba jo , ni la dificultad de l oficio, lo q u e s e nos p o n e d e l a n t e , q u e mayor t r aba jo y m a y o r e s d i f i cu l t ades sue l e h a b e r e n los oficios y p u e s t o s a l tos q u e noso t ros a p e t e c e m o s y deseamos ; s ino la s o b e r b i a y el deseo de honra . Eso es lo q u e nos h a c e fácil lo t r aba joso , y pesado lo q u e es más fácil y l ige ro , y lo q u e nos t rae t r i s tes y m e -lancólicos e n el lo: y á u n sólo el p e n s a m i e n t o y t emor si nos han d e m a n d a r a q u e l l o , bas ta para eso.

El r e m e d i o pa ra e s t a t r i s teza b i en se ve q u e se rá ser u n o h u m i l d e y c o n t e n t a r s e con el l u g a r ba jo . E s e tal e s ta rá l ib re d e t odas e s t a s t r i s t ezas y desasos iegos , y gozará d e m u c h a paz y d e s c a n s o . *Aprended de mí, que soy mamo y humilde de corazon, y hallaréis des-canso para vuestras almas (1).* De es ta m a n e r a dec l a -ra San A g u s t í n es tas pa labras : d ice q u e si i m i t a m o s á Cristo en la h u m i l d a d , no s e n t i r e m o s t r a b a j o ni d i f i -cu l t ad e n el e je rc ic io d e las v i r t u d e s , s ino m u c h a fa-cil idad y s u a v i d a d (2). P o r q u e lo q u e h a c e eso difi-cul toso, e s el a m o r p rop io , la vo lun t ad y ju ic io p ro-pio, el deseo d e la h o n r a y e s t imac ión y de l de l e i t e y c o m o d i d a d ; y todos es tos i m p e d i m e n t o s q u i l a y al la-na la h u m i l d a d , p o r q u e e l la h a c e q u e el h o m b r e s e t e n g a e n poco á sí m i s m o , y n i e g u e s u v o l u n t a d y ju ic io , y d e s p r e c i e las h o n r a s y e s t i m a c i ó n , y lodos los b i enes y c o n t e n t o s t e m p o r a l e s ; y q u i t a d o es to , no se s i e n t e t r a b a j o , n i d i f icu l tad e n el e j e rc i c io d e las v i r t u d e s , s ino g r a n d e paz y d e s c a n s o .

(1) Discite a me , quia mitis sum et humi l i s corde, et i n v e n i e -tis requiem an imabus vestr is . Matth., XI, 2 9 . - ( 2 ) Aug. super Ps. 93.

Page 84: Tratado de Virtudes Cristianas

CAPÍTULO V

Que es muy g r a n remedio para desechar la t r i s teza acudi r á la oracion.

Casiano d ice (1) q u e para todo g é n e r o de t r i s t eza , por c u a l q u i e r v ia ó causa q u e v e n g a , e s m u y b u e n med io a c o g e r n o s á la oracion, y pensa r en Dios y en la e s p e r a n z a d e la vida e t e rna q u e nos e s t a p r o m e t i -d a ; con lo cua l se q u i t a n y aclaran todos los nub lados , v h u y e el esp í r i tu d e la t r is teza , como c u a n d o David t añ ía con su h a r p a y can taba , h u í a el e sp í r i tu malo d e S a ú l , y le d e j a b a . Y así el Apóstol S a n t i a g o e n su Canón ica nos p o n e es te r emed io : Trístatur ahqms ves-trumP oret:¿Estáis t r i s te? acudid á la orac ion (2 ) . I el p r o f e t a David dice q u e u s a b a de é l : C u a n d o m e s ien to t r i s t e y desconsolado , el r emed io q u e t e n g o es a c o r d a r m e de Dios, y con eso q u e d o conso lado (á) . t p e n s a r , Seño r e n vos y e n vues t ro s M a n d a m i e n t o s y en v u e s t r a s p romesas , eso e s pa ra mi c a n t a r de ale-g r í a ; eso e s lo q u e m e rec rea y consue la e n e s t e des-t i e r r o y p e r e g r i n a c i ó n , en todos mis t r a b a j o s y des-consue los (4)! Si el conversa r a ca con u n a m i g o bas ta p a r a desme lanco l i za rnos y a l eg ra rnos ¿qué s e r a el c o n v e r s a r con Dios? Y así el s ie rvo de Dios y el b u e n re l ig ioso no h a de t o m a r por medio pa ra d e secha r s u s t r i s t ezas y melanco l í a s el par la r y el d i s l r a r se y der -

(U Cassian. lib. deinstit. renunt., cap. ultimo.-(2) Jacob, V, J j / X m i t conso l ad anima mea , memor fui De., e d e l e c -

H ' p r Y V VI 4 —(4) Cantabiles mihi e ran t jus t i f i ca t io -n s " ^ ^ ^ • i ? l o c ? p e ^ e g ; i n a í i o ) n e s meee (id est, e r a n t mihi can t i ca , et solat ium). Ps. CXV11I, 54.

r a m a r sus s e n t i d o s , ni leer cosas v a n a s ó p r o f a n a s , ni ménos c a n t a r l a s , s ino el a c u d i r á Dios y el r ecoge r se á la orac ion , e s e h a d e se r su consue lo y descanso (1).

P o n d e r a u los S a n t o s aque l lo q u e c u e n t a la E s c r i -tura d iv ina , q u e d e s p u e s del d i luv io , pasados c u a r e n -ta d ías , ab r ió N o é la v e n t a n a de l a rca , y env ió el c u e r v o pa ra v e r si es taba ya seca la t i e r ra p a r a pode r d e s e m b a r c a r , y no tornó m á s (por eso dicen «el m e n -sa je ro de l c u e r v o » ) ; e n v i ó l uégo t r a s él la pa loma , la cual , d ice la S a g r a d a Esc r i tu ra , q u e no hallando donde poner los pies, se volvió al arca (2). P r e g u n t a n os San tos : p u e s el c u e r v o no volvió, c la ro e s t a q u e h a l o donde p o n e r los p iés ; ¿cómo d i c e la Esc r i t u r a q u e la pa loma no ha l ló d o n d e los pone r? La r e s p u e s t a e s q u e el c u e r v o , sob re aque l lo s lodazares y sob re aque l los c u e r p o s m u e r t o s , hizo su as i en to ; p e r o la pa loma s i m -ple , b lanca y h e r m o s a , no se ceba d e c u e r p o s m u e r -tos, no h a c e su as ien to en lodazares , y asi se volvió al arca, p o r q u e no hal ló d o n d e pone r los p iés , no h a -lló d o n d e d e s c a n s a r . P u e s así el v e r d a d e r o s i e rvo de Dios y el b u e n re l ig ioso no hal la c o n t e n t o ni r e c r e a -ción en esas cosas m u e r t a s , e n esos e n t r e t e n i m i e n t o s vanos del m u n d o , y así s e v u e l v e , como la paloroica , al a rca de su c o r a z o n , y todo su descanso y consue lo e n todos s u s t r a b a j o s y t r i s tezas e s acud i r á la o r a -c ion , a c o r d a r s e de Dios, i r se u n r a t o al san t í s imo b a -c r a m e n t o á conso la r se con Cris to , y d a r l e allí c u e n t a de sus t r a b a j o s y dec i r l e : ¿Cómo p u e d o yo , S e ñ o r , e s ta r t r i s te e s t a n d o en v u e s t a casa y c o m p a n i a r

Sobre a q u e l l a s pa l ab ra s del Real p ro fe t a : DwU ale-aría en m i corazon (3), d ice San A g u s t í n : E n s é n a n o s a q u í el s a n t o P ro fe t a q u e no se ha de buscar la a l e -

(1) Trat. 2 , cap. 13, in fine.-{2) ftu» cum non invenisset ubi requiescere t pes e jus , reversa e s t a d eum in a r cam. Gen., VIH, 9 . —(3) Dedisti laetitiam in corde meo. Ps. 1», / .

Page 85: Tratado de Virtudes Cristianas

gr í a f u e r a en las cosas e x t e r i o r e s , s ino a l lá d e n t r o , e n la c e l d a sec re t a de l co razon , d o n d e d i c e Cristo nues t ro R e d e n t o r (1); q u e h a b e r n o s d e o ra r al Pad re E t e r n o (2 ) .

Del B i e n a v e n t u r a d o S a n M a r t i n , ob i spo , c u e n t a Se-v e r o S u l p i c i o q u e el a l ivio d e s u s t r a b a j o s y c a n s a n -cios e r a la o rac ion . A. la m a u e r a d e los h e r r e r o s , q u e pa ra a l i v i a r u n poco su t r a b a j o , s u e l e n da r e n vacío a lgunos g o l p e s e n la y u n q u e , así é l , c u a n d o parecía q u e d e s c a n s a b a , o r a b a . De o t ro s i e rvo d e Dios se cuen ta (3) q u e e s t a n d o e n su ce lda l leno d e grav í s ima t r i s teza é inc re íb l e af l icción, con la cua l Dios á t i e m -pos le q u i s o e j e r c i t a r , oyó u n a voz de l c ie lo q u e en lo in te r ior d e su a l m a le d i jo : ¿ q u é haces a h í ocioso con-s u m i é n d o t e ? L e v á n t a t e y p o n t e á c o n s i d e r a r e n mi pas ión . L e v a n t ó s e l u é g o , y p ú s o s e con c u i d a d o á m e -d i ta r los m i s t e r i o s d e la pas ión d e Cr is to , y luégo se le q u i t ó la t r i s t eza , y q u e d ó conso lado y a n i m a d o ; y c o n t i n u a n d o es t a cons ide rac ión , n u n c a m á s s in t ió tal t e n t a c i ó n .

CAPÍTULO VI

De una r a i z muy ord inar ia de la t r is teza, que e s , no a n d a r uno como d e b e eñ el serv ic io de Dios; y de la a legría g r a n d e que causa la b u e n a conciencia .

Una d e las c a u s a s y ra i ces p r i n c i p a l e s d e las t r i s te -zas y m e l a n c o l í a s s u e l e s e r el no a n d a r u n o á las d e -

(1) Matth . , VI, 6.—(2) Non e rgo foris qu te renda est lffititia, sed intus, in in ter ior i homine , ub i habi ta t Christus, in ipso corde , id est, in ilio cubiculo, ub i o r a n d u m es t . Aug.—(3) Enr ic . Suso, in horologio sapientix, cap. 14.

r e c h a s con Dios ( l ) , el no h a c e r lo q u e d e b e c o n f o r m e á su es t ado y p ro fe s ión . Por expe r i enc i a v e m o s , y cada uno lo e x p e r i m e n t a en sí , que c u a n d o a n d a 4M)n fe rvor y cu idado e n su a p r o v e c h a m e n l o , a u d a t a n a l e g r e y t an c o u t e n t o q u e no cabe d e p lacer ; y por el cou t r a r io c u a n d o no h a c e lo q u e d e b e , a n d a t r i s t e y desconso lado . Cor nequam gravabitur in dolonbus d ice el S a b i o : *El corazon p e r v e r s o se c a r g a r á d e d o l o r e s , y o c a s i o n a r á t r i s t ezas (2).* Es p r o p i e d a d y c o n d i c i o n n a t u r a l del mal y del pecado causa r t r i s teza y dolor en el a l m a . Es ta p r o p i e d a d del pecado in t imó Dios a Ca in en p e c a n d o , p o r q u e luégo q u e t u v o env id i a de su h e r m a n o Abel , d i c e la Sagrada Esc r i t u r a : *Se irri-tó Cain sobremanera y decayó su semblante (ó: i ra ía cons igo u n a ira y u n a rab ia in te r ior q u e le hacia a n -da r m u y t r i s t e y cab izca ído , e c b á b a s e l e b ien d e v e r en el ros t ro la a m a r g u r a y t r i s teza in t e r io r de su a lma Y p r e g ú n t a l e Dios: ¿Qué es la c a u s a q u e andas de esa mira turbado, triste y cabizcaído (4)? Y como no r e s -p o n d i e s e Cain , r e s p o n d e el mismo Dios que> e s a q u e -lla la cond ic ion del pecado , d i c i e n d o : ¿Por ventura rw es cierto que si hicieres bien, recibiros contento yate-aña (o)? Y así d ice o t r a l e t r a : Si bien hicieres, levan-tarás el rostro (6), q u e e s a n d a r a l e g r e . P f * » J » hicieres, luégo á la puerta está tu pecada, dando golpes para entrar ¿te atormentar (7). Y t a m b i é n l u é g o s e t e e c h a r á de v e r por d e f u e r a en el s e m b l a n t e de ros t ro . A.sí como la v i r t u d , p o r q u e e s c o n f o r m e íi r a z ó n , n a t u r a l m e n t e causa g r a n d e a legr ía e n el co razon , asi el

e n Trat I c 1 0 - ( 2 ) Cor p r avum dabi t t r i s t i t iam. Eccji., HI,

srJh s — m a l e , statini in for ibus peccatimi ader i i . Gen., i>,

Page 86: Tratado de Virtudes Cristianas

vicio y el p e c a d o n a t u r a l m e n t e c a u s a g r a n d e t r i s t eza ; p o r q u e p e l e a u n o con t r a s í m i s m o y c o n t r a el d i c t a -m e n n a t u r a l d e su razón; y l u é g o el g u s a n o d e la c o n c i e n c i a le e s t á dando la t idos a l l á d e n t r o , r e m o r -d i e n d o y r o y e n d o las e n t r a ñ a s .

Dice San" B e r n a r d o : N i n g u n a p e n a h a y m a y o r ni m á s g r a v e , q u e la mala c o n c i e n c i a ; p o r q u e a u n q u e los o t ro s no v e a n v u e s t r a s fa l tas , n i las s e p a n , bas ta q u e vos las s a b é i s : ese e s el t e s t i g o q u e os e s t á s i e m -p r e a c u s a n d o y a t o r m e n t a n d o , n o os p o d é i s e s c o n d e r ni h u i r d e vos m i s m o ; por m á s q u e h a g a i s y p o r m a s e n t r e t e n i m i e n t o s y r ec reac iones q u e b u s q u é i s , n o o s . p o d r é i s l ib ra r de l r e m o r d i m i e n t o y l a t idos d e la c o n -c i enc i a (1). Y así dec ía e l o t ro filósofo (Séneca) q u e a m a y o r p e n a q u e se p u e d e dar á u n a c u l p a es habe r l a c o m e t i d o , p o r el t o r m e n t o g r a n d e con q u e la p rop i a c o n c i e n c i a e s t á a t o r m e n t a n d o al q u e h a c e el m a l . l P l u t a r c o (2) c o m p a r a es ta p e n a y t o r m e n t o al ca lo r y frió d e la c a l e n t u r a . Dice q u e as í c o m o los e n f e r m o s r e c i b e n m u c h o m a y o r p e n a con el f r ió y c a l e n t u r a q u e n a c e d e la e n f e r m e d a d , q u e los s a n o s c u a n d o acá por r azón del t i e m p o t i e n e n f r ió ó c a l o r ; a s í las t r i s -t ezas y m e l a n c o l í a s q u e v i e n e n d e n u e s t r a s p r o p i a s c u l p a s , d e q u e n o s es tá r e m o r d i e n d o la c o n c i e n c i a , c a u s a n m u c h o m a y o r p e n a y t o r m e n t o q u e las q u e v i e n e n d e casos fo r tu i to s y d e s a s t r a d o s , p e r o s in c u l -pa n u e s t r a . Y p a r t i c u l a r m e n t e t i e n e e s to m á s l u g a r e n e l q u e c o m e n z ó ya á g u s t a r d e Dios y en a l g ú n t i e m p o a n d a b a b i e n , con fe rvor y d i l i g e n c i a , y d e s -p u e s v i e n e á desdec i r y á p r o c e d e r c o n t i b i eza ; p o r -

(1) Nulla pcena gravior est prava conscient ia . Mala conscient ia prop'riis agi tur sti'mulis; si publica fama te non d a m n a t , p ropr ia conscient ia te condemnat . quoniam nemo potest se ipsum fuge re . Bern, de inter domo., c. 45.-{2) Plutarc . Epist. ad Pactum.

DE LA TRISTEZA Y ALEGRÍA 1 5 3

^ " • i A Í S i S T — Í . Í Í - S

! § Í f Ü Í i i l f l f s S p a ñ a d a d e gozo y a l e g r í a ; ta m a t t , a e P i

te a s a a ^ S ® s - E oblectamentum super coráis gaudium ^ , d i ce el s a o N o h a y a l e g r í a en a t i e r r a q u e s e le p u e d a c o m p a r Secura mens quasi ¡uge convmvM^ E s d . c e , ^ ^ un banquete pe rpe tuo^ Así m a D j a r e s y c o n v i t e s e a l e g r a con la v a r i e a a o u e j ^ con la p r e s e n c i a d e los» e n t i d a d « » . £ n

e ¿ u e s t i m o -Dios, q u e h a c e lo q u e d d > e , « J « ® » « d e | a r e s e n . n io d e la b u e n a c o n c i e n c i a y c o n e i oior v cia d i v i n a , d e la c u a l U®ne « j a i i d e s P « » d i a s y ^ t u r a s e n su a n . m a ; con formeá a q i m a ^ c a r n o s *Si nuestro corazon no nos reprenue, r

(1) Vis n u m q o a m esse ^

Page 87: Tratado de Virtudes Cristianas

á Dios con confianza (1).* £1 Apósto l S a n Pablo d ice q u e la b u e n a conc ienc i a es uu para íso y u n a g lo r ia y b i e n a v e n t u r a n z a e n la t ie r ra : Gloria nostra hcec est; testimonium conscientix nostrce (u2). San Cr i sós tomo d ice (3) q u e la b u e n a conc ienc i a , causada de la b u e n a v ida , q u i l a y d e s h a c e t odas las t in ieb las y a m a r g u r a s del co razon , como el sol c u a n d o sa le , q u i t a y d e s h a c e t odos los n u b l a d o s ; de tal m a n e r a , q u e toda a b u n d a n -c ia d e t r i s teza c a y e n d o en una b u e n a conc ienc i a , así se a p a g a como u n a cen te l l a de f u e g o c a y e n d o e n u u lago m u y p r o f u n d o de a g u a . San A g u s t í n a ñ a d e q u e así como la mie l no s o l a m e n t e es d u l c e e n sí , s i n o h a c e d u l c e s las cosas de sab r ida s con q u e s e j u n t a , así la b u e n a conc ienc i a no sóio es a l e g r e y d u l c e e n sí , s ino a l eg ra e n m e d i o de los t r aba jos , y los h a c e d u l -ces y sabrosos ; c o n f o r m e á aque l lo del P ro fe t a : Los j u i c i o s de Dios, q u e son sus s a n t o s M a n d a m i e n t o s y el c u m p l i m i e n t o de su l ey , son m á s d u l c e s q u e el pa-nal de mie l (4); no sólo es en sí d u l c e el s e rv i r á Dios, s ino hace t a m b i é n d u l c e s lodos los t r a b a j o s y m o l e s -t ias d e e s t a v ida .

L e e m o s e n las h i s to r ias ec les iás t icas (5) q u e los p e r s e g u i d o r e s de la fe h ic ie ron una cosa m u y n u e v a , q u e no h a y m e m o r i a q u e o t ros h ic iesen en t i e m p o s pasados ; y f u é , q u e á todos aque l lo s q u e p r i m e r o , s i endo l l amados ó p u e s t o s á t o r m e n t o , h a b í a n n e g a d o la fe , p u s i e r o n j u n t a m e n t e con los san tos m á r t i r e s e n la cá r ce l , y pa ra q u e su cas t igo f u e s e sin c o n s u e l o , , no ya a c u s a d o s po r c r i s t i anos , s ino por m a t a d o r e s d e

( l ) Si cor nos t rum non r e p r e h e n d e r i t nos, fiduciam h a b e m u s ad Deum. I Joan., III, 21.—(2) 11 ad Cor., I , 12 .—(3) Chrisost . hora. 25 ad populum Ant.—(4) Judic ia Domini vera jus t i f i ca ta in seraetipsa; des iderabi l ia super a u r u m , et Iapidem pre t iosum mul tum, et dulciora super niel , et f avum. Ps XVill 10 (5) Hist. Eccles. p. 1, l ib. 4, cap. 3.

h o m b r e s y m a l h e c h o r e s . Y n ó t a s e allí l a d i f e r e n c i a q u e h a b í a á u n e n lo e x t e r i o r , e n el g e s t o y e n los ojos de los u n o s á los o t ros ; p o r q u e los S a n t o s sa l ían á la a u d i e n c i a y al t o r m e n t o r e g o c i j a d o s , y e n s u s ros t ros pa rec í a no sé q u é de d i v i n i d a d , y s u s p r i s i o -n e s los h e r m o s e a b a n como co l l a res de pe r l a s , y d e la suc i edad d e la cárce l sa l í an o loros ís imos á Cr is to y á s u s á n g e l e s y á sí m i s m o s , como si no h u b i e r a n e s t a -do en cá rce l e s , m a s e n j a r d i n e s ; los o t ros s a l í an t r i s -t e s la cabeza ba j a , y e n s u s a c a t a m i e n t o s e s p a n t a b l e s , y sob re toda fea ldad d i s f o r m e s . A é s to s su p r o p i a c o n -c ienc ia les f a t igaba y a t o r m e n t a b a m á s á s p e r a m e n t e q u e los gr i l los y c a d e n a s y el h e d o r d e la cá rce l ; p e r o á los o t ros su b u e n a c o n c i e n c i a y la e s p e r a n z a de l descanso y d e la g lo r ia les a l iv iaba los d o l o r e s y los r e c r e a b a . Y así lo e x p e r i m e n t a n c o m u n m e n t e los bue-n o s ; p o r q u e e s tan g r a n d e la a l eg r í a d e la b u e n a con-c i enc i a , q u e m u c h a s veces , c u a n d o el b u e n o se hal la t r i s te y a t r i b u l a d o , y v o l v i e n d o las o jos a todas p a r -t e s no ve cosa q u e le c o n s u e l e , v o l v i é n d o l o s hac ia d e n t r o y m i r a n d o la paz de su c o n c i e n c i a y el t e s t i -m o n i o d e e l l a , s e c o n s u e l a y e s f u e r z a ; p o r q u e e n t i e n -d e b i en q u e todo lo d e m á s , c o m o q u i e r a q u e s u c e d a , ni h a c e ni d e s h a c e á su negoc io , s i n o solo es to .

De a q u í se s i g u e u n a cosa de m u c h o consue lo ; y es q u e si la b u e n a c o n c i e n c i a y el a n d a r bien con Dios e s causa de a n d a r a l e g r e , t a m b i é n e s t a a l eg r í a e s p i r i t u a l s e rá seña l é indic io m u y g r a n d e de q u e u n o t i e u e b u e n a c o n c i e n c i a y a n d a b i e n con Dios y e s t á en g rac i a y a m i s t a d s u y a ; p o r q u e po r el e f ec to s e c o n o c e la c a u s a . Y as í lo n o t a San B u e n a v e n t u r a : La a l e g r í a e s p i r i t u a l , d i c e (1), e s g r a n seña l d e q u e

(1) Maximum inhabitant".« g r a t i s Signum est s p i r i t u a l líeti-t ia . Bonav. in spec, disciplin., p. 1, cap. d.

Page 88: Tratado de Virtudes Cristianas

mora Dios en un a lma y q u e e s t á en su gracia y amor . Para los justos nació la luz; y para los rectos de corazon la alegría (1); pero las t in ieblas , la oscur idad y t r is teza , esa es pa ra los ma los : *De quebrantamiento e infelicidad sus caminos están llenos, mas el camino de la paz, ese nunca le conocieron ( 2 ) . * ¥ así. una de las causas p r inc ipa les por q u e el b ienaventurado San f r a n c i s c o d e s e a b a ve r en s u s religiosos esta a legr ía e sp i r i tua l , e ra po r es to , p o r q u e e ra indicio de q u e m o r a b a Dios en ellos, y q u e e s t a b a n en su gracia y amis t ad (3). *Fruto del espíritu es el gozo* d ice San Pablo ( i ) . Esa a legr ía e sp i r i t ua l , q u e proviene y n a c e como de f u e n t e de la l impieza de corazon y de la pu-reza d e v ida , es f r u t o del E s p í r i t u Santo; y así es señal d e q u e m o r a él allí. ¥ ho lgábase tan to San f r a n c i s c o d e ve r á s u s religiosos con esta a legr ía , q u e decía él : si a l g u n a vez me t i en t a el demonio á mí con acidia y t r i s teza de espí r i tu , póngome á mira r y cons ide ra r el a l eg r í a de mis f ra i les y compañeros , y luégo con su v i s t a q u e d o l ibre d e la tentac ión c o m o si v iese á n g e l e s . Ver la a legr ía d e los s iervos de Dios q u e e s t á n e n g rac i a y amis t ad s u y a , es como ve r á n -ge l e s en la t i e r ra , con fo rme á aque l l o de la E s c r i t u -r a : *Te he visto como un ángel de Dios: Bueno ei'es en mis ojos como un ángel de Dios (o) .*

( I ) Lux orta est j u s t o , et rectis corde laj t i t ia. Ps XCVI 11 — ( 2 ) ( I m p i i ) in tenebr is ambu lan t . Ps. LXXX1, 5 , - C o n t r i ' t i o , ' et lntel ici tas m v i i s eorum, et viam pacis non cognoverunt Ps XIII 3 . - ( 3 ) P. I, l ib. I, cap. 26, de la Cronica de San Francisco — (4) r r u c t u s a u t e m spir i tus est gaud ium. Ad Gal., V 22 —(5) Vidi te quasi Angelum Dei. Esther., XV, 16. Bonus es tu in oculis meis sicut Angelus Dei. I Reg., XXIX, 9.

CAPÍTULO V I I

Que a l g u n a tristeza hay b u e n a y san ta .

Pero d i r á a l g u n o ^ ^ ¿ ^ " ¡ S h a y gres? ¿nunca nos ^ ' r e s p o n d e S a í Í ' Z m a u e K t r t m h t y b u e n a ' y p r o v e -S ^ r u n a % o c h o ^ — a s q u e

t ambién Cas iano [ i ] , q u e e n t r i s t e c e z a ; una ^ ^ ^ ^ . ^ ^ ^ S l C c e s o s adve r sos de a lguna cosa del m u n d o , como ue y t r aba josos ; y es ta d icen que> n o l a h a n a e s ie rvos de Dios . De S w Apolosuo s e e e e

d e l 0 S P d f a u e C e f p n e " o ÍS£»n l él y s i e r vo s d e Dios q u e i . e u e u v r 0 Q V ¡ e n e q u e se e n -e spe r an e l r e i n o de l o s c i e l o s 110 ronvieo m

t r i s tezcan. E n t r i s t é z c a n s e d i c e los g e n i , e y ^ d ios y los d e m á s i n f ie les , ( L n n ? c o n fe v iva e s p e r a n

los pecadores ; p e r o los l ^ o . q u e con e v . p gozar de aque l lo s b . e n e s e t e m o s a ^ ren y ¡ ^ fense (4). P o r q u e « i b u e n s u c e s o cas y t e r r e n a s , s e a l eg ran y r e g o c i j j u de el las , ¿ c u á n t o m a y o r razón t e n e m o s n o s o t r o ^ ^ g r a m o s y r e g o c i j a r n o s e n ü i o s y e u w s q u e e spe ramos?

, ! ÍQ9 ¿f 1QÍ —(2) Matth., V, Ó.— (1) Basil, in Regul. brev. m et i » ^ . ¡ Domino, e t

Page 89: Tratado de Virtudes Cristianas

I as í e l Após to l , á u n d e l a m u e r t e d e n u e s t r o s a m i -g o s y p a r i e n t e s q u i e r e q u e n o n o s e n t r i s t e z c a m o s d e -m a s i a d o : *En orden á los difuntos, no queremos, her-manos, que esteis en ignorancia, por que no os entris-tezcáis como los otros que no tienen esperanza (1) .* No . d i ce a b s o l u t a m e n t e q u e n o n o s e n t r i s t e z c a m o s , p o r -q u e m o s t r a r a l g ú n s e n t i m i e n t o d e eso e s c o s a n a t u r a l y no es ma lo s ino b u e n o , y seña l d e a m o r . Cristo n u e s t r o R e d e n t o r lo m o s t r ó y l loró e n la m u e r t e d e s u a m i g o L á z a r o , y d i j e r o n los c i r c u n s t a n t e s : Mirad cómo le amaba (2) . P e r o lo q u e d i c e S a n P a b l o e s , q u e n o nos e n t r i s t e z c a m o s c o m o los in f ie les q u e no e s p e -r a n o t ra v i d a , s i no q u e la t r i s t e z a sea m o d e r a d a , c o n -s o l á n d o n o s c o n q u e p r e s t o n o s v e r e m o s t o d o s j u n t o s con Dios e n el c i e lo : a q u e l va d e l a n t e , l u é g o i r e m o s n o s o t r o s t r a s é l . D e m a n e r a q u e las cosas p r e s e n t e s d e es ta v ida , a u n q u e n o las p o d e m o s d e j a r d e s e n t i r como h o m b r e s , p e r o n o h a b e r n o s d e r e p a r a r m u c h o e n el las , s i no t o m a r l a s como d e paso . Los q u e l lo ran , d i ce (3), c o m o si n o l l o r a s e n ; y los q u e se g o z a n , como si n o se g o z a s e n .

O t r a t r i s t eza h a y e s p i r i t u a l y s e g ú n Dios; y e s t a es b u e n a y p r o v e c h o s a , y c o n v i e n e á los s i e r v o s d e Dios. E s t a d i c e n S a n Basi l io y Cas iano (4) q u e se e n g e n d r a d e c u a t r o m a n e r a s , ó d e c u a t r o cosas ; lo p r i m e r o , d e los pecados q u e h a b e r n o s c o m e t i d o c o n t r a Dios, c o n -f o r m e a q u e l l o de l A p ó s t o l : *Gózome, no de la triste-za que tuvisteis, sino de que vuestra tristeza os conduje-ra al arrepentimiento. Porque os entristecisteis según Dios; y la tristeza que es según Dios obra arrepenti-

(1) Nolumus au tem vos ignora re , f r a t r e s , de do rmien t ibus , u t non conl r i s temini , s icut e't cfeteri , qu i spem non h a b e n t . / ad Tlies., IV, 12 .—(2) Eece quomodo a m a b a t e u m . Joan., XI, 36.— (3) I ad Cor., VII, 3 0 . - ( 4 ) Idem Aug. serm. 11 ad fratres in eremo.

El l lorar u n o « « p e c a d « ¿ ^ ^ t r i s t e z a , p o r h a b e r o f e n d . d o a p m s e s a e s j ^

y s e g ú n Dios. Dice San CnsOsiom d e su i n g e n i o . N i n g u n a s ¡ ü 0 s o l a l a s e r e s t a u r e con el do o pes r y ^ e s m a l de l Pecado : y asi , » W J » 0 ¡ e s e n e s l a . p o r -e m p l e a d o el dolor , y ta r e m e d i a Q q u e t o d a s las d e m á s pé rd idas , no j u l u * L l lorar y es ta r t r i s tes án s e c i e n t a n con eso: pero ' L r / T a s í e s o h a b e r n o s d e d ia se con la t r is teza y dolor , y as i eso

S s s s s S g a g K S t t S S f i M S Y así v e m o s á aque l los s an tos P r o f e t a s y a m i g o s g a n d e s d e Dios, e n f l a q u e c i d o s y c o i a s u m i d o s d e es ta l t eza y do lo r , v i endo los p e c a d o s v ofen a s q u e s e o m e t í a n c o n t r a su Majes tad y q u e eUos n o t o - i g i » r e m e d i a r : *Desmayo se apodero % la

^rrBSráSk enemigos se olvidaron de tus ?«W ; J,6 U tm vah-ear y carcomíame al ver que no gua daban tus bras (2) .* P u d r i a s e l e la s a n g r e e n el c u e r p o d e v e r

( , ) Gaudeo, non quia c o n t r i s t a t i esUs s « , quia conlr is ta t i es t i s ad pceni tent iam, contr .s lat . en .m.es t i s « « n j u m enim secundum> Deam tartitotesttenuit m 0 p r o l em opera tur . / / ad Cor., \ 11, a . W Tabescere rae fecit peccatoribus dere l inquent ibus legem t u a m .

Page 90: Tratado de Virtudes Cristianas

las in jur ias y ofensas q u e se hac ían con t r a Dies. Y el profe ta J e r e m í a s es tá l leno de s e m e j a n t e s H a t o s y gemidos. Es ta t r i s t eza nos es tá m u y bien á nosotros y nos es m u y p rop i a , p o r q u e e l fia d e nuestro I n s t i -tu to es q u e el n o m b r e d e Dios sea santificado y g l o -rificado de todo el m u n d o ; y así el m a y o r de nuestros dolores ha de s e r ve r q u e es to no s e haga asi, s ino m u y al r e v e s .

Lo t e r ce ro , p u e d e n a c e r es ta t r i s t e z a del deseo de la per fecc ión , q u e es t e n e r u n a a n s i a t a n grande de ir a d e l a n t e e n la pe r fecc ión , q u e s i e m p r e andemos s u s -p i r ando y l lorando p o r q u e no s o m o s mejore? y m á s p e r f e c t o s , c o n f o r m e aque l lo q u e d ice Cris to en el E v a n -ge l io : Bienaventurados los que andan con esta hmbre y sed de la virtud y perfección, porque ellos serán hartos (1): Dios les c u m p l i r á sus deseos .

Lo cua r to , sue l e n a c e r t a m b i é n u n a t r i s teza santa en los s ie rvos de Dios de la c o n t e m p l a c i ó n de la gloria y de l deseo de aque l lo s b i enes c e l e s t i a l e s , viéndose des -t e r r ados de el los y q u e se les d i l a t a n , como l loraban los hi jos de Is rae l su des t i e r ro e n Bab i lon i a , a c o r d á n -dose de la t i e r ra d e P romis ion (2), y el Profeta l lo ra -ba el des t i e r ro de e s t a v ida : ¡Ay de mí, que se me dila-ta mi destierro (3)/ A q u e l : A tí s u s p i r a m o s los des te r ra -dos h i jos de E v a , g i m i e n d o y l l o r a n d o en es te val le de l ág r imas , susp i ros son q u e h a c e n m u y b u e n a y s u a v e m ú s i c a á los oidos de Dios.

z e l u s m e u s , qu ia obli t i s u n l v e r b a t ua i n i m i c i m e i . Vidi p r feva r i -c a n t e s , e t l a b e s c e b a m , q u i a e l o q u i a t u a n o n cus tod ie run t . Ps.

CXVIII , 5 3 , 1 3 9 , 158. (1) Bea t i qu i e s u r i u n t , e t s i t i u n t j u s t i t i a m , q u o n i a m i p s i s a t u r a -

b u n t u r . Matth., V, 6 . — ( 2 ) S u p e r ( l u m i n a Babv lon i s , i l l i c s e d i m u s e t i levimus, c u m r e c o r d a r e m u r S ion . Psàlm. CXXXVI, 1 . — (3) Heu mihi , qu ia inco la tus m e u s p r o l o n g a t u s est! Psalm. CX1X, 5 .

Casiano pone las s e ñ a l e s p a r a conocer cuál s ea t r i s -t eza b u e n a y s e g ú n Dios, y cuá l m a l a y del d e m o n i o . Dice q u e la p r i m e r a es o b e d i e n t e , afable , h u m i l d e , m a n s a , s u a v e y p a c i e n t e . Al fin, como nace d e a m o r de Dios, c o n t i e n e en sí t odos los f ru tos del Esp í r i tu S a n t o , q u e c u e n t a San P a b l o (1) q u e son, Car idad , Gozo, Paz , L o n g a n i m i d a d , B o n d a d , Fe, M a n s e d u m -bre , C o n t i n e n c i a . Pero la t r i s t eza mala y del d e m o n i o e s á s p e r a , i m p a c i e n t e , l lena d e rencor y a m a r g u r a i n f r u c t u o s a , y q u e nos incl ina á desconfianza y deses -pe rac ión , y nos r e t r a e y a p a r t a d e todo lo bueno . Y más , es ta t r i s teza ma la no t r a e consigo consue lo ni a l eg r í a n i n g u n a ; p e r o la t r i s t eza buena y s e g ú n Dios, d ice Cas iano , es e n c i e r t a m a n e r a alegre (2), y t rae cons igo un c o n s u e l o y u n c o n h o r t e y al iento g r a n d e p a r a todo lo b u e n o , como se ve discurr iendo por t o -das esas c u a t r o m a n e r a s d e t r i s teza que habernos d i -c h o . El m i s m o a n d a r u n o l lorando sus pecados, a u n -q u e po r u n a p a r t e af l ige y da p e n a , por otra c o n s u e l a g r a n d e m e n t e . Por e x p e r i e n c i a v e m o s cuán con ten tos y s a t i s f echos q u e d a m o s c u a n d o habernos llorado m u y b ien nues t ro s pecados .

Una de las cosas e n q u e s e e c h a macho de ver la d i fe renc ia y v e n t a j a g r a n d e q u e hay de la vida e s p i -r i tua l de los s i e rvos de Dios á la vida de los del mun-d o , es e n es to , en q u e s e n t i m o s mayor gozo y regoci-jo e n n u e s t r a a l m a , c u a n d o acabamos de llorar nues -t ros pecados , q u e el q u e s i e n t e n los m u n d a n o s e n todas las f iestas y p l ace re s del m u n d o . Y asi pondera es to m u y bien San A g u s t í n , d ic iendo: Si e s t a , que es la p r i m e r a d e las v e r d a d e r a s ob ra s del q u e comienza á se rv i r á Dios, si el l lorar d e los justos , si su tristeza les d a t an to c o n t e n t o , ¿ q u é s e r á la alegría y contento

(1) Ad Gal . V, 22 .—(2) Est q u o d a m r n o d o teta-

E J E R . R O D R I C - . — T o r a . I V .

Page 91: Tratado de Virtudes Cristianas

mmíWB tnrin Ips eni i i fzue v m p i e las l a g r i m a s de sus ojos. * l t j a r á f f i s J sus líos toda lágrma, y no ha rá ya 7 Z e , ni llanto, ni alarido ,ni habrams doto , porque las cosas de antes son pasadas (1). P u e s el an

s i e m p r e a n h e l a n d o y susp i r ando po r la g w f e w g j con d e s e o s de ve rnos ya en aque l l a P ^ i a ce¡esU l, m n é r o s a n u e d e h a b e r m á s s u a v e y m a s du icer u ice S a n A ^ t i n ; Q u é cosa m á s d u l c e q u e es ta r s . e m p r e

es tá el v e r d a d e r o gozo y con ten o (2) l De a q u í se v e r á t a m b i é n q u e la a l e g r i q u e p e d i m o s

e n los s i e r v o s de Dios, no es a legr ía v a n a d e risas y p a l a b r a s l iv ianas , ni d e dona i r e s j a n d e u n o pa r l ando con todos . c a n t o s e n c u e n t r a jm

(1) Abs t e rge t B e u . ornüem l a e r j m a m >b « J J .

te » B f r M S S t e mente , u b i ve r a haber i gaud .a cer t . s s imum e s t . a i 9 Meditat.—(3) Prov. XV, Id.

m i r , no sólo las c a r n e s , pero áun los h u e s o s Spiritus tristis exsiccat ossa (1) ; así la a legr ía in t e r io r de l cora-zon r e d u n d a t a m b i é n e n el c u e r p o y h a c e q u e se e c h e d e ve r e n e l ros t ro . Y así l e e m o s d e m u c h o s S a n t o s q u e p a r e c í a e n su rostro u n a a l e g r í a y se ren i -dad q u e d a b a t e s t i m o n i o de la a l e g r í a y p a z i n t e r i o r de su a l m a . E s t a e s la a l eg r í a q u e habernos noso t ro s m e n e s t e r .

(1) Prov., XII, 22.

Page 92: Tratado de Virtudes Cristianas

T R A T A D O S É P T I M O

DEL T E S O R O ¥ B I E N E S G R A N D E S Q U E T E N E M O S EN C R I S T O ,

Y DEL MODO Q U E HABEMOS D E T E N E R E N MEDITAR LOS

M I S T E R I O S DE SU SAGRADA PASION Y FRUTO Q Ü E H A B E M O S

DE SACAR D E E L L O S .

C A P Í T U L O P R I M E R O

Del tesoro y b i e n e s g r a n d e s q u e t e n e m o s e n Cris to .

Al ubi venit plenitudo lemporis, missit Deus Filium suum, factum ex muliere, factum sub lege, ut eos qui sub lege erant, redimeret, ut adoptionem filiorum recipe-remus ( l ) : C u a n d o v i n o la p l e n i t u d del t i e m p o , d ice el Apósto l San P a b l o , env iónos Dios á su HIJO , l o d o s los d e m á s t i e m p o s fue ron como v a c í o s de g rac i a ; e s t e t i e m p o e s l leno d e ella y de d o n e s e sp i r i t ua l e s , y po r eso con m u c h a razón s e l lama L e y de g rac i a , p o r q u e en él s e nos dió e s t a g r ac i a , q u e e s f u e n t e , pr inc ip io y m a n a n t i a l de todas las grac ias . E n v i ó Dios a su u n i -g é n i t o Hijo h e c h o h o m b r e , p a r a q u e nos l ibrase de l pecado , p a r a q u e nos r e d i m i e s e y r e s c a t a s e del pode r y s e r v i d u m b r e d e l d e m o n i o , e n q u e e s t á b a m o s (2) , p a r a q u e nos reconc i l i a se con Dios , p a r a q u e nos h i -

(1) Ad Galat., IV, 4 .—(2) Nunc p r i n c e p s h u j u s m u n d i e j i c i e -t u r f o r a s . Joan., XII, 31.

ciese hi jos a d o p t i v o s s u y o s , pa ra q u e nos ab r i e se la p u e r t a de l c ie lo q u e el pecado t e n í a c e r r a d a .

Despues d e a q u e l l a m i s e r a b l e ca ída de n u e s t r o s pr i -m e r o s pad re s , con la cual p e r d i e r o n pa ra sí y pa ra nosot ros el e s t a d o d ichoso d e la j u s t i c i a o r ig ina l , e n q u e Dios les h a b í a c r i ado , y q u e d a r o n s u j e t o s , y e n ellos todos s u s d e s c e n d i e n t e s , á inf in i tas mise r i as (1), un consue lo les q u e d ó e n t r e t a n t o s t r a b a j o s , y f u é , q u e luégo q u e pecó A d á n , m a l d i c i e n d o Dios á la s e r -p i e n t e , allí p r o m e t i ó de d a r en c i e r to t i e m p o á su u n i -g é n i t o Hijo, pa ra q u e h e c h o h o m b r e y p a d e c i e n d o por noso t ros , nos l ibrase de los ma le s e n q u e c a í m o s por el pecado : Pondré enemistades entre tí y la mujer, y entre tu simiente y la suya, y ella quebrantará tu cabe-za (2). Es ta p r o m e s a les consoló m u c h o , y con es to h i c i e ron p e n i t e n c i a , y e n s e ñ a b a n á sus h i j o s el e s t a d o d ichoso q u e hab í an t en ido , y como le hab í an pe rd ido por el pecado ; pero q u e h a b í a de v e n i r u n R e d e n t o r en c u y a v i r t ud se sa lva r í an . Es ta p r o m e s a la couf i rmó Dios d e s p u e s m u c h a s veces , e s p e c i a l m e n t e á a l g u n o s q u e le a g r a d a r o n m á s p a r t i c u l a r m e n t e , como á A b r a -h a n , J a c o b y Dav id , p r o m e t i é n d o l e s q u e de su l i na j e n a c e r í a ; y toda la re l ig ión d e los j u d í o s p ro fe saba eso; y los P ro fe t a s dec ían marav i l l a s de es ta v e n i d a ; e s -t á b a n l e a g u a r d a n d o con c l a m o r e s , g e m i d o s y o r a c i o -n e s : * Envía, oh Señor, el Cordero enseñoreada• de la tierra. ¡Oh! si rasgaras los délos y descendieras!* Aca-bad ya, cielos, de enviarnos ese divino roc'w. Acabad, nu-bes, de echar acá al que es por s í enteramente justo. Aca-bad ya, tierra, de abriros, y darnos al Salvador [i).

(1) Hoc i n v e n i , quod fecer i t Deus h o m i n e m r e c t u m , et ipse se inf in i t i s m i s c u e r i t ^ s t i o n i b n s Eccles., Vil , n o n a m i n t e r te , et m u l i e r e m , e t s e m e n t u u m , et s e m e n illius, Fpsa con te re t c a p u t t u u m . Gen., I l l , 15. (3) E m i t t e a g n u m , Do-

Page 93: Tratado de Virtudes Cristianas

y la Esposa d e los CaQtares d e s e a b a y d e c í a (1) : ¡Oh! si te viese.acd fuera, hecho ya hermano mío, en las pe-chos de la madre, para que allí te pudiese besar, y abra-zarme contigo, y ya nadie me menosprecie, p u e s q u e t e n g o á Dios por h e r m a n o ! Esta e r a toda la e s p e r a n z a de las gentes (2). E s t a b a n e s p e r a n d o c o m o c a u t i v o s el rescate , y es t a e s p e r a n z a los s u s t e n t a b a . Y e n v i r -t u d del q u e hab ía de v e n i r s e les p e r d o n a b a n los p e -cados ; como noso t ros c r e e m o s q u e v ino , asi e l los c r e í an q u e había d e v e n i r , y así le l l a m a b a n : El que ha de venir, y eso e s lo q u e p r e g u n t a r o n á San J u a n B a u t i s -ta- /Eres tú el que ha de venir, ó esperamos a otro [6)!

P u e s c u a n d o vino el c u m p l i m i e n t o de l t i e m p o , c u a n d o llegó la hora en q u e Dios había d e t e r m i n a d o d e hacer e s t a mise r icord ia t an g r a n d e al m u n d o , e n -v iónos á su u n i g é n i t o Hi jo . No qu i so Dios e n v i a r l e l u é g o , porque conoc ie sen más los h o m b r e s su m i s e -r ia y deseasen su r e m e d i o , y le e s t i m a s e n m a s c u a n -do s e le d i e s e n . M u c h a s veces no nos q u i e r e Dios r e -m e d i a r . ni da r el consue lo l u é g o , p a r a q u e e c h e m o s de ver vues t ra p o q u e d a d y la neces idad q u e t e n e m o s de acudir á él , y no nos a t r i b u y a m o s n a d a a noso t ros . P u e s cuando d e t e r m i n ó Dios de r e m e d i a r n o s , y llegó a q u e l t iempo d ichoso y tan d e s e a d o ; p o r q u e a q u e l l a ca ída y daño n i n g u n o la pod ía r e p a r a r d i g n a y d e b i -d a m e n t e , s ino el m i s m o Dios (no b a s t a b a n las t u e r -zas del h o m b r e pa ra l e v a n t a r s e , ni b a s t a b a n t u e r z a s

m i n e , Dominatorem terree. Isai., XVI, l . - U t m a m d i s r u m p e r e s S ei d e s c e n d e r e s . Isal., LXIV, l . - R o r a t e , cceli, d e s u p e r et n u b e s p t a a n t j u s t u m , a p e r i a t u r t é r r a , e t g e r m . n e t S a l v a t o r e m .

Í S f n O a Í m i h i de t t e f r a t r e m m e u m s u g e n t e m u b e r a ma t r i s meffi , u t i n v e n i a m t e for i s , u t d e o s c u l e r te , e t j a m m e n e m o d e s -S t " Cmt¡ VIII, I . - ( 2 ) Et ipse e r i t expec t a t io g e n t i u m . Gen X l Í x r ó . - ( 3 ) T u es , qui v e n t u r a s es , an a l ium e x p e c t a m u s ! MattL SÍ , 3.

d e á n g e l e s pa ra l e v a n t a r l e , e r a n m e n e s t e r fue rzas d i -v inas ) , y p o r q u e la r e d e n c i ó n se h a b í a de obra r con sat i s facción de la cu lpa , y es t a sa t i s facc ión había d e ser p e n o s a , y Dios en s u sus t anc i a y n a t u r a l e z a no podía p a d e c e r ; hal ló la inf in i ta s a b i d u r í a e s t e m e d i o é i n v e n c i ó n marav i l losa de hace r se el Hijo d e Dios h o m b r e , y u n i d a s a m b a s n a t u r a l e z a s d i v i n a y h u m a -na e n u n a m i s m a p e r s o n a , el la ob rase e s t e i m p o r t a n -t í s imo negoc io de la r edenc ión d e los h o m b r e s : ¡ i n -vención l l ena d e sab idu r í a y b o n d a d , m a n i f e s t a d o r a de la g r a n d e z a y p o d e r inf in i to de Dios m á s q u e n i n -g u n a de todas las o t r a s ob ra s q u e h a h e c h o en el m u n -do . Y as í p i d e el P r o f e t a : Excita potentiam tuam, et veni, ut salvos facías nos (1): D e s p e r t a d , Señor , vues t ro pode r ; m a n i f e s t a d v u e s t r a o m n i p o t e n c i a , y v e n i d a sa lvarnos . P í d e l e q u e m u e s t r e s u p o t e n c i a en es t a ve -nida , p o r q u e la obra e r a de la m a y o r f u e r z a q u e Dios podía h a c e r en el m u n d o . Así lo d ice San Agus t ín (2). G r a n d e o b r a f u é cr iar e s t e m u n d o ; cr iar tan pe r t ec as c r i a tu ras , señal f u é de su p o d e r , y asi lo c a n t a la Igle-sia: *Creo en u n Dios P a d r e t odopode roso , Cr iador de l cielo y d e la t ier ra (3);* pero c o m p a r a d a la r e d e n c i ó n del m u n d o con es ta ob ra e s c o m o c i f ra , i as David l lama á la c reac ión o b r a d e los dedos d e Dios lo contemplo tus cielos, obra de tus dedos la luna ylaies-trellas que tú criaste (4);* p e r o c u a n d o ^ h a b l a de la r e d e n c i ó n del l i na j e h u m a n o , llámase; o b r a i d e . s o b r a -zo: Hizo fuerza en su brazo (5) . La d i f e r enc i a q u e h a y del brazo al dedo , esa hay de la u n a a a o t r a .

Y no s o l a m e n t e fué e s t a ob ra m a n i f e s t a d o r a de l po-

Do , vv.v O _<a\ Auij lib. 10 de Civlt; cap. 29.—

poten t iam in b r a c h i o suo. Luc., I , »»•

Page 94: Tratado de Virtudes Cristianas

de r y g r a n d e z a de Dios, s i n o t a m b i é n d e la g r a n d e z a del n o m b r e y del cauda l q u e Dios h a c e de é l , m u c h o m á s q u e lo f u é la de la c reac iou . Y as í d i c e ja Ig les ia : *Dios, q u e a d m i r a b l e m e n t e c r i a s t e la d ign idad de la sus tanc ia h u m a n a , y m á s a d m i r a b l e m e n t e la refor-m a s t e , e t c . (1 ) .* Mucho dió Dios al h o m b r e c u a n d o le crió, pero m u c h o m á s le d ió c u a n d o le r ed imió . Dice S a n León P a p a : A a l t í s imo se r l e v a n t ó Dios al h o m -bre , hac i éndo le á su i m á g e n y s e m e j a u z a ; p e r o m u -cho más le l evan tó y e n n o b l e c i ó , h a c i é n d o s e Dios, no sólo á i m á g e u y s e m e j a n z a de l h o m b r e , s ino v e r d a d e -ro h o m b r e (2).

Son t an tos y tan g r a n d e s los b i e n e s q u e se nos han s egu ido d e h a b e r s e h e c h o Dios h o m b r e p a r a r e d i m i r -nos , q u e á t r u e q u e d e el los , h a b e r n o s de t e n e r por b u e n a pa ra el m u n d o la c u l p a d e A d á n , como la Igle-sia e n el S á b a d o S a n t o con u n e x c e s o de a m o r a r re -b a t a d a e n e s p í r i t u , e n t e r n e c i é n d o s e y r e g a l á n d o s e con su esposo Cristo, c a u t a : ¡ O h d i choso ma l , po r el cua l tan g r a n d e bien v i n o á los h o m b r e s ! ¡Oh dicho-sa e n f e r m e d a d , q u e con tal m e d i c i n a s e c u r ó (3)1 Más se nos da po r Cristo, q u e s e n o s q u i t ó po r A d á n ; m a -yor e s la g a n a n c i a de la r e d e n c i ó n q u e f u é la pé rd ida d e la cu lpa . *No fué el don como el delito* d ice el Apósto l San Pablo (4) , p o n d e r a n d o q u e m á s f u é la g ra -cia q u e Cris to c o m u n i c ó al m u n d o , q u e el d a ñ o q u e e n él causó la c u l p a de A d á n . Y S a n B e r n a r d o t r a y e n -do e s t e t e s t imon io de S a n P a b l o d i c e : M u c h o daño nos h i c i e ron u n h o m b r e y u n a m u j e r , p e r o in l in i tas

(1) Deus , qui h u m a n ® s u b s t a n t i a s d i g n i t a t e m m i r a b j l i t e r condi-dist i , e t m i r a b i l i u s r e f o r m a s t i . — ( 2 ) L e o P a p a , et Aug. serm. 9 de tempore— (3) 0 fe l ix c u l p a , quee t a l e m a c t a n t u m m e r u i t h a b e r e R e d e m p t o r e m ! 0 ce r te n e c e s s a r i u m A d t e p e c c a t u m , quod Christi i no r t e d e l e t u m est!—(4) Non s i c u t d e l i c t u m , i ta et d o n u m . Ad Rom., V, 15.

gracias seau dadas á Dios, q u e por med io de otro h o m b r e y de o t r a m u j e r , q u e son Cris to y la ^ í r g e n , se r e s t au ró todo e s t e daño , y con g l a n d e v e n t a j a q u e e x c e d e en inl ini to la g r a n d e z a del benef ic io y don q u e se nos dió, al daño q u e h a b í a m o s r ec ib ido (1). q No se p u e d e n c o n t a r ni dec i r os b ienes y t e so ros g r a n d e s q u e t e n e m o s en Cris to . El Aposto S a n Pab lo d ice ( t ) q u e le hab ía el Seño r d a d o es ta g rac ia de p r e d i c a r y dec la ra r á las g e n t e s es tas r i quezas y t e -soros i ne s t imab l e s . Es ta g r a c i a l iáb a m o s m e n e s t e noso t ros a h o r a . Dijo el mismo Cris to á la S a m a r . t a n a : Vnu er si fieles el don de Dios (3), la merced q u e ha hecho al m u n d o ! Aque l l a dád iva t a o s e n a l a d a q u e t en ía p r o m e t i d a de da r á su HIJO , ya la dio . E s t e don es m e r e c e d o r de es te vocablo don, p o r q u e en el se enc ie r ran todos los dones d iv inos : Gum dio omniano-bis Z a v i t (4). ¡Oh! ¡si conoc ié semos y e n t e n d i é s e -mos e t e d i n y los b i enes g r a n d e s q u e t e n e m o s e n é l ! O h ' si el Seño r nos ab r i e se e s t a v e n a y nos d e s c u -

h n e s e e s t a m i n a y e s t e tesoro tan e x c e l e n t e ! ¡Qué r icos q u e d a r í a m o s y q ¡ 6 d ichosos se r íamos! ¡A^San AgusUn le había hecho Dios e s t a m e r c e d , y asi dec ía é l . S e ñ o r , q u i e n no t e s i rve por el beneficio d e l a c r e a c , o b ien m e r e c e el inf ie rno: m a s el q u e no t e s i rve por el d e la r edenc ión , m e n e s t e r es n u e v o inf ie rno pa ra él

Y de l Pad e Maes t ro Avila s e d ice q u e a n d a b a tan

« ¿ i * a

r e ! Joan., IV, 10 .—(4) Ad Rom., V I H ,

Page 95: Tratado de Virtudes Cristianas

a c t u a d o e u es to , q u e c u a n d o a l g u n o se m a r a v i l l a b a d e a l g u n a m e r c e d q u e el Seño r le h a b í a h e c h o , d e c í a : No os marav i l l é i s d e eso , s ino marav i l l aos y e s p a n t a o s d e q u e os a m ó Dios t a n t o , q u e s e hizo h o m b r e po r vos : Sic Deus dilexit mundum, ut Filium suutn unigeni-tum daret (1 ) . No s u p o e l Apóstol V E v a n g e l i s t a San J u a n dec i r ni expl icar el g r a d o de la a l t e za de l a m o r q u e Dios n o s t u v o , s ino m i d i e n d o el a m o r c o n f o r m e al d o n . Por la sobe ran í a del don q u e nos d ió , por a h í v e r é i s el a m o r q u e nos t u v o : c u a n g r a n d e f u é el don , t an g r a n d e f u é el a m o r ; p u e s a m ó Dios t a n t o al m u n -d o , q u e nos d ió á su u n i g é n i t o Hi jo q u e se h i c i e se h o m b r e , pa ra q u e m u r i e n d o é l , v i v i é s e m o s n o s o t r o s . ¡Oh marav i l loso a m o r ! c a u t a la Ig les ia . ¡Oh car idad i n e s t i m a b l e , q u e e n t r e g a s t e s , S e ñ o r , á vues t ro Hi jo , p a r a r e d i m i r al esc lavo (2)! ¿ Q u i é n p u d i e r a i m a g i n a r tal cosa? ¿ q u é h o m b r e s e a t r e v i e r a e s t a n d o c a u t i v o en B e r b e r í a á ped i r á su r e y : S e ñ o r , e n v i a d acá á v u e s -tro ú n i c o h i jo q u e v e n g a á mor i r e n t r e e s to s in f ie les pa ra r e s c a t a r m e á mí? P u e s lo q u e vos no o s á r a d e s b o q u e a r , y lo q u e no p u d i é r a d e s p e n s a r ni i m a g i n a r , ni p u d i e r a cae r e n v u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , eso h a c e Dios por v o s .

Y más : no s o l a m e n t e nos sacó de l c a u t i v e r i o en q u e e s t á b a m o s , s ino l e v a n t ó n o s á d ign idad de h i jo s d e Dios: t o m ó n u e s t r a n a t u r a l e z a pa ra h a c e r n o s p a r t i c i -p a n t e s d e la s u y a , h ízose Dios h o m b r e p a r a h a c e r n o s á noso t ros h i jos de Dios. Videte qualem charitatem dedil nobis Pater, ut filii Dei nominemur et simus (3) , d ice S a n J u a n : Mirad la ca r idad y bondad de l S e ñ o r , y la m e r c e d t an g r a n d e q u e nos hizo, q u e no s o l a m e n t e

(1) Joan., III, 16.—(2j O mira circa nos tuíe pietatis dignatio! O insestimabilis dilectio charitatis! Ut servum redimeres . Filium tradidist i! In Sabbato Sando.—(S) 1 Joan., III, 1; ai Gal., IV, 5.

n o s l l a m a m o s h i jos de Dios, s ino q u e v e r d a d e r a m e n t e lo somos ; y con ve rdad l l a m a m o s á Dios p a d r e , y á J e s u c r i s t o su Hi jo h e r m a n o . Y así no se d e s d e ñ a él ,

' d i c e San Pablo (1) , d e t e n e r n o s por h e r m a n o s y l l a -m a r n o s así , á n t e s p a r e c e q u e se prec ia de el lo . Y así m u c h a s v e c e s u sa de e s t e t é r m i n o , y nos l l ama h e r -m a n o s á boca l l e n a . P u e s q u i e n t i ene á Dios por p a -d r e , y po r h e r m a n o á J e s u c r i s t o , en c u y a s m a n o s e s t á todo el pode r del c ie lo y d e la t i e r ra (2), ¿ q u é m á s t i e n e q u e desea r? C u a n d o los h e r m a n o s d e J o s é v i e -ron á su h e r m a n o e n t r o n i z a d o en Eg ip to , y q u e m a n -d a b a toda la t i e r ra , y q u e Faraón todas las cosas d e s -p a c h a b a po r su med io (3); d e s p u e s q u e J o s é les qu i tó el m i e d o po r la o fensa q u e le h a b í a n h e c h o , y les o f r e -ció todo lo necesa r io (4), ¿ q u é a l eg re s , q u é c o n t e n t o s , q u é conf iados e s t a r í a n ? A todos los l levó a l lá cons igo , d ió les ca r ros e n q u e l l e v a s e n su h a c i e n d a : Venios con-migo, y daros he todo lo bueno que hay acá (o). P u e s eso h a c e con noso t ro s Cristo n u e s t r o R e d e n t o r , q u e e s h e r m a n o n u e s t r o , y n o s a m a m á s q u e J o s é á sus he r -m a n o s : á t o d o s nos q u i e r e l levar cons igo . Dice él por San J u a n : Padre, los que me diste, quiero que donde yo estoy, estén ellos conmigo (6). Danos ca r ros p a r a q u e v a m o s al lá , q u e son t an tos S a c r a m e n t o s y t a n t a s a y u -das d e cos ta c o m o t e n e m o s pa ra e l lo .

Y si s e os p u s i e r e n d e l a n t e las o fensas y pecados q u e con t r a él h a b é i s c o m e t i d o , para h a c e r o s d e s c o n -fiar y d e s m a y a r , y a por la p e n i t e n c i a los t i e n e o l v i -

(1) Prop te r quatn causam non confundi tur f r a t r e s eos vocare, dicens: nuntiabo nomen tuum f ra t r ibus meis. Ad Hebr., II, 1 1 — m Data est mihi omnis potestas in ccelo, et ui t e r ra . Mat tk . , XXVllI 18 —;3) Ite ad Joseph. Ge«.,XLI, 55.—(4) Nolitc t imere , ego pascam vos. Gen., L, 2 1 . - ( 5 ) Venite ad me , e t ego dabo vobis omnia bona >15gypti. Gen , X L V 1 8 . - ( 6 ) Pater , quos ded.st i mihi , volo, ut ubi sum ego , et Uli sint mecum. Joan., X\ I I , ¿4.

Page 96: Tratado de Virtudes Cristianas

dados . Y 110 sólo eso , s ino él m i s m o es n u e s t r o m e -d i ane ro é i n t e r c e s o r con su Padre E t e r n o pa ra a l c a n -z a r n o s mise r icord ia y p e r d o u . Y as í nos e s fue r za con e s t o el Apóstol y E v a n g e l i s t a San J u a n : Hijos mios, ' no pequeis; pero si alguno pecare, no desconfie, porque tenemos por abogado delante del Padre á Jesucristo su Hijo ( i ) . Y el Apóstol San Pablo d ice q u e sub ió Cris-to al c ie lo pa ra h a c e r oficio de abogado y p r o c u r a d o r n u e s t r o e n la a u d i e n c i a del Pad re (2). Dice San B e r -n a r d o q u e e s t á a l lá e n el cie lo m o s t r a n d o y r e p r e s e n -t a n d o al P a d r e E t e r n o sus l lagas , d i c i éndo le q u e po r noso t ro s las recibió y por su m a n d a d o , q u e no p e r -m i t a se p ie rda q u i e n tan caro le cos tó . Así c o m o la sac r a t í s ima R e i n a de los Ange l e s m u e s t r a á su h i j o b e n d i t í s i m o los p e c h o s q u e le c r ia ron , i n t e r c e d i e n d o por noso t ros ; así el Hijo m u e s t r a al Pad re E t e r n o las h e r i d a s y l lagas q u e por nosotros rec ib ió . Y esa d i c e n los S a n t o s q u e es una de las causas por q u e q u i s o él q u e le q u e d a s e n las s e ñ a l e s y a g u j e r o s de el las d e s -p u e s d e su glor iosa R e s u r r e c c i ó n .

C u a n d o m u r i ó J a c o b , d i c e la S a g r a d a Esc r i tu ra (3), q u e f u e r o n sus h i j o s á su h e r m a n o J o s é t e m e r o s o s no quis iese v e n g a r e n t o n c e s las in jur ias q u e en v ida de l p a d r e no hab ía v e n g a d o . Y d i jé ron le : N u e s t r o p a d r e á la hora de su m u e r t e no deseó pa ra sus h i j o s o t ro m a y o r b i en , s ino q u e su h e r m a n o les p e r d o n e y se olv ide d e las i n j u r i a s pasadas ; y noso t ros t a m b i é n os s u p l i c a m o s q u e p e r d o n e i s á vues t ro pad re e s t a m a l -dad (4). E s m u c h o de n o t a r que las in ju r i a s no las

(1) Fi l iol i , iiffic scr ibo vobis, ut non peccetis; sed et si qu i s peccaver i t , advoca tum h a b e m u s apud Patrem Jesum Christum j u s t u m . I Joan., II, I .—(2) ü t apparea t nunc vullui Dei pro no-bis. Ad Hebr. IX, 24 .—(3) Gen. , L, 15.—(4) Nos quoque o r a m u s ut servo Dei patr i tuo dimit ías iniqui tatem hanc. Vulgala correc-ta legit: «ut servis Dei pa t r i s tui .» Gen., L, 17.

h a b í a h e c h o el p a d r e , m a s el a m o r p a t e r n a l los ye r ros de sus h i j o s h a c e suyos . Así Cris to n u e s t r o R e d e n t o r , por el g r a n d e a m o r q u e nos t u v o , los y e r r o s y p e c a -dos n u e s t r o s hizo suyos ; p o r q u e se cargó de ellos y salió por fiador n u e s t r o : *Cargó el Señor sobre el las iniquidades de todos nosotros; las iniquidades de todos, él las llevará,* d ice Esa ía s (1). P u e s v a m o s nosotros con e s t a m i s m a e m b a j a d a y pe t ic ión al P a d r e E t e r n o y d i ; g á m o s l e : P a d r e E t e r n o , p e r d o n a d es tos mis pecados a v u e s t r o Hijo J e s u c r i s t o , q u e no de jó él cosa más enco-m e n d a d a á la h o r a d e su m u e r t e : Pater, dimitte ilhs, non enim sáunt quid faciunt: ' P a d r e , p e r d ó n a l o s , por -q u e no s a b e n l o q u e s e h a c e n (2).* P u e s ¿qu i én con es to desconf ia rá de se r p e r d o n a d o ?

Accessistis... ad sanguinis aspersionem melius loquen-tem quam Abel (3), d ice el Apósto l San Pab lo : l e ñ e -m o s la s a n g r e de Cr is to , q u e e s t á c l amando y d a n d o voces por noso t ros m e j o r q u e la d e Abe l : p o r q u e a q u e -lla c l a m a b a p i d i e n d o v e n g a n z a ; p e r o la s a n g r e de Cris-to e s t á c l a m a n d o mise r i co rd ia p a r a a q u e l l o s po r q u i e n se d e r r a m ó , y p a r a a q u e l l o s m i s m o s q u e la d e r r a m a -r o n . P u e s c u a n d o el d e m o n i o os p u s i e r e d e l a n t e la m u c h e d u m b r e de v u e s t r o s p e c a d o s y mise r i a s pa ra h a c e r o s d e s m a y a r y descon f i a r , p o n e d vos los o jos e n J e s u c r i s t o , i m a g i n a d q u e él os t o m a luégo por la m a -no , y os l leva d e l a n t e de su P a d r e , y q u e r e s p o n d e y h a b l a po r vos, como a b o g a d o y p r o c u r a d o r v u e s t r o , y q u e c u b r e v u e s t r a c o n f u s i o n y v e r g ü e n z a con los m é -r i tos y se rv ic ios q u e á su P a d r e h izo . Y con es to c o -b r a r é i s l uégo o t r o n u e v o c o r a z o n , y v u e s t r a d e s c o n -fianza s e m u d a r á e n e s p e r a n z a , y v u e s t r a t r i s t e z a e n

(1) Posuit Dominus ¡ « e o in iqui ta tem o m n i u m nps t rum Et in iqui ta tes eo rum ipse por tabi t . Isaice LIII, 6 et 1 l . — W ^ t e r , dimit te il l is, non en im sciunt quid f ac iun t . Luc., XX1U, ó*.— (3) Ad Hebr . , XII, 24.

Page 97: Tratado de Virtudes Cristianas

a legr ía , p o r q u e él e s n u e s t r a j u s t i c i a , sant i f icación y r e d e n c i ó n , c o m o d ice el Apóstol (1).

San A m b r o s i o d ice : T o d a s las cosas t e n e m o s en Cris-to , y t o d a s e l l a s nos es Cr i s to . Si deseá i s s e r c u r a d o de v u e s t r a s l l agas , méd ico es ; si a rdé i s con c a l e n t u r a s , f u e n t e es ; si o s fa t iga la c a r g a de los pecados , j u s t i -c i a es ; si t e n e i s neces idad de ser a y u d a d o s , fo r ta leza es ; si t e m e i s la m u e r t e , v ida es ; si d e s e á i s ir al c ie lo , c a m i n o es ; si q u e r e i s h u i r las t in i eb las , luz e s ; si t e -n e i s n e c e s i d a d de m a n j a r , m a n t e n i m i e n t o e s . Todo lo q u e d e s e á r e d e s y h u b i é r e d e s m e n e s t e r , ha l l a ré i s e n él (2). Y e n o t r a p a r t e d ice : Si se l e v a n t a r e c o n t r a vos el lobo, t omad la p i ed ra , q u e e s Cris to; si a c u d í s á é l , h u i r á el lobo , y no os p o d r á n i á u n e s p a n t a r , c u á n t o m á s hacer m a l . A es ta p i e d r a a c u d i ó S a n P e d r o , cuan -do e n m e d i o d e las o las c o m e n z ó á t e m e r , y luégo ha-lló lo q u e b u s c a b a , p o r q u e le t o m ó Cr is to d e la m a n o , y le libró de l pe l i g ro (3).

San J e r ó n i m o , sob re aque l lo de San Pab lo : Herma-nos mios, de aquí adelante confortaos en el Señor y en el poder de su virtud, y vestios de las armas de Dios, para que podáis resistir á las asechanzas y tentaciones del demonio (4); d ice q u e de lo q u e luégo s e s i g u e , y

(1) Qui factus est nobis . . . j u s l i t i a . e t sanctificatio, et redempt io . I ad Cor., I , 30.—(2) Orania ig i tur h a b e m u s in Christo, e t omnia Christus est nobis . Si vu lnus cura re des ideras , raedicus est . Si fe-b r ibus a js tuas , fons est . Si gravar is in iqu i t a te , jus t i t ia est . Si au-xil io indiges , v i r tus est. Si mor tem times, vita est . Si ccelum d e -s ideras , via es t . Si t enebras fugis , lux est . Si c ibum q u s r i s , a l i -men tum est. Amb. lib. 3 de Virgin.—(3) Si in te i n su r r exe r i t l upus , pe t r am cape, et fugi t . Petra tua Christus est; si ad C h r i s -tum confugias , f u g i t lupus, nec t e r r e r e te poter i t . Hanc p e t r a m quffisivit Pe t r a s , c u m t i t u b a r e t in fluctibus, et invenit q u o d q u t e -sivit, quia d e x t e r a m amplexus est Christ i . Ambr. lib. 6 Hexcem., cap. 4T— (4) De e s t e r o , f r a t r e s , confor tamini in Domino, e t i n potent ia vir tut is e jus , indu i te vos a rma tu ram Dei, ut possitis s t a -r e adversus ins id ias d iabol i . Ad Ephes., VI, 10.

d e todo lo q u e en la S a g r a d a Esc r i t u r a ha l l amos d e Cris to n u e s t r o R e d e n t o r , se col ige c l a r a m e n t e q u e to-das las a r m a s d e Dios, d e q u e nos m a n d a ves t i r a q u í el Apósto l , son Cristo n u e s t r o R e d e n t o r . De m a n e r a , q u e es lo m i s m o d e c i r , «vest ios todas las a r m a s d e Dios,» como si d i j e r a : t v e s t í o s d e J e s u c r i s t o . » Y va p r o b a n d o cómo Cris to e s n u e s t r a lor iga , y n u e s t r a ce -lada , y n u e s t r o a r n é s , y n u e s t r o escudo , y n u e s t r a es-p a d a d e dos filos (1), y lodo lo d e m á s . Y así las a r m a s q u e n o s habernos de ves t i r y con q u e nos h e m o s de a r m a r , pa ra res is t i r á todas las t e n t a c i o n e s del d e m o -nio , y para d e f e n d e r n o s d e todos los engaños y a s e -c h a n z a s y sa l i r con v ic to r ia , son la v i r t u d d e Cris to . De m a n e r a , q u e todas las cosas nos e s Cristo y todas las t e n e m o s e n é l .

Y pa ra q u e m e j o r e n t e n d a m o s e s to , la Esc r i t u r a d iv i -na le a t r i b u y e i n n u m e r a b l e s n o m b r e s y t í tu los l l a m á n -do le : R e y , Maes t ro , Pas to r , S a c e r d o t e , Médico , A m i g o , P a d r e , H e r m a n o , Esposo , Luz , Vida, F u e n t e , y o t ros s e m e j a n t e s . Así como el Apósto l d i c e q u e en él e s t á n e n c e r r a d o s todos los tesoros d e la s a b i d u r í a y c ienc ia del P a d r e (2), así t a m b i é n e n él e s t á n e n c e r r a d o s t o -dos n u e s t r o s tesoros y r iquezas : p o r q u e e n él e s t á l i -brado todo n u e s t r o bien y r e m e d i o ; y todas n u e s t r a s obras , si t i e n e n a l g ú n m e r e c i m i e n t o , es po r él; t eñ i -das e n su s a n g r e son de va lo r , como le f u é d i c h o á San J u a n en el Apocalipsi (3) d e a q u e l l a tan g r a n d e mu l t i t ud q u e vió es ta r a n t e el t rono d e Dios, q u e no se pod ía c o n t a r , ves t idos con v e s t i d u r a s b lancas y r e s p l a n d e c i e n t e s y con p a l m a s e n s u s m a n o s : E s t o s son los q u e lavaron s u s ves t idos y las b l a n q u e a r o n

(1) ü t r a q u e par te acu tam. Apoc. I, 16; II , 12.—(2) In qflo sunt omnes thesaur i sapientiaí et scientice abscondit i , Ad Colos., II , 3.—(3) Apoc., VII, 14.

Page 98: Tratado de Virtudes Cristianas

con la s a n g r e del Cordero . Todos n u e s t r o s b ienes son U D O S como pedazos y sobras de las r i q u e z a s de Cristo; todos los b i enes y d o n e s q u e nos v i e n e n , nos v i e n e n por med io d e él y por s u s m e r e c i m i e n t o s ; por él somos li-b res de las t e n t a c i o n e s y de los pe l ig ros ; por él a lcanza-m o s todas las v i r t u d e s ; f i na lmen te , todo lo t e n e m o s e n Cristo, y todo lo h a b e r n o s de a l canza r por Cris to , y todo se lo habe rnos de a t r i b u i r á Cr i s to . Y así la Igles ia re-m a t a y c o n c l u y e t o d a s las o rac iones y pe t i c iones , d i -c i endo : Per Dominum nostrum Jesum Christum, confor-m e á aque l lo del P r o f e t a : *Mirad, oh Dios protector nues-tro, y poned los ojos en el rostro de vuestro Cristo (1):* Señor , c o n c e d e d n o s esto por Je suc r i s to vues t ro Hi jo ; p e r d o n a d n u e s t r o s p e c a d o s por el a m o r q u e le tene is , p u e s mur ió por e l l o s en u n a c ruz ; poned los o jos en aque l l a s l l agas q u e por noso t ros padec ió y t e n e d de n o s o t r o s m i se r i co rd i a .

Si los serv ic ios d e A b r a h a n , J a c o b y David, b a s t a -ban en el a c a t a m i e n t o de Dios pa ra ap lacar le y t ene r -le la mano q u e n o cas t igase á su p u e b l o ; y no sólo pa ra eso, s ino pa ra q u e por r e spe to d e ellos Ies h i c i e -se m u c h o s f avores y m e r c e d e s , como v e m o s q u e el Señor le decía á c a d a paso (2) ; ¿ c u á n t o m á s h a r á el P a d r e E t e r n o por J e s u c r i s t o su Hi jo , e n el cua l t an to se ag radó (3)? Y a s í dice el Apóstol San P a b l o : *Nos hizo agradables á si en su amado Hijo (3) .* Y el mismo Cristo d ice y nos a s e g u r a q u e c u a l q u i e r a cosa q u e pi-d i é r e m o s al P a d r e e n su n o m b r e , se ha rá , p a r a q u e el P a d r e sea g lo r i f i cado en el Hi jo : Quodcumque petie-

(1) Protector nos te r a s p i c e Deus, e t r e sp i ce in f ac i em Christi tu i . Ps. LXXXIII, 1 0 . — ( 2 ) P r o p t e r s e rvum m e u m Jacob , et Israel electurn m e u m ; et p r o p t e r David s e r v u m m e u m . Isaite, XLV, 4; IVReg., XIX, 34 .—(3) I n quomih i bene complacu i . Matth., XVII, 5 .—(4) Grat i f icavi t n o s in dilecto Filio s u o . Ad Eph. I , 6.

ritis Patrem in nomine meo, hoc faciam, ut qloriñcetur Pater in Filio (1).

jOh! con c u á n t a razón d i jo el A n g e l á los p a s t o r e s , el d ía q u e nac ió e s t e S e ñ o r , y en el los á noso t ros : T r á i g o o s u n a n u e v a de g r a n d e gozo y a l eg r í a p a r a lodo el pueb lo , q u e ha n a c i d o hoy el Sa lvado r para voso t ros , q u e e s Cris to n u e s t r o Seño r (2). Y no e s un gozo é s t e , s ino m u c h o s gozos y m u c h o s b i e n e s . P r e -g u n t a O r í g e n e s po r q u é d i c i endo Esa ía s e n s i n g u l a r : *Del que anuncia el bien (3) ,* r e f i r i endo San Pab lo e s t e l u g a r , d ice e n p l u r a l : *De los que anuncian los bie-nes (í).* Y r e s p o n d e : p o r q u e J e suc r i s t o no es sólo u n b ien , s ino todos los b i e n e s . El es n u e s t r a s a l u d , n u e s -t r a v ida , n u e s t r a r e su r r ecc ión , luz del m u n d o , v e r -dad , c a m i n o , p u e r t a del c ie lo , s a b i d u r í a , p o d e r , y t e -soro de todos los b i e n e s ; p a r a noso t ros nac ió y m u r i ó , p a r a q u e noso t ros v i v a m o s ; para noso t ros r e suc i tó , p a r a q u e noso t ros r e s u c i t e m o s ; para noso t ro s sub ió á los c ie los: Voy á prepararos el lugar, d i jo él , y conviéneos á vosotros que vaya (3). De allí nos e n v i ó el E s p í r i t u S a n t o . Y allí d o n d e es tá s e n t a d o á la d i e s t r a del P a d r e , nos e s t á hac i endo c o n t i n u o s f avores y m e r c e d e s (6).

Dice San Cipr iano q u e pa ra eso t a m b i é n le q u e d a -ron ab i e r to s los a g u j e r o s d e las l lagas , pa ra m o s t r a r q u e los caños q u e d a r o n como f u e n t e s , m a n a n d o teso-ros y grac ias , y s i e m p r e e s t á n m a n a n d o con g rand í s i -m a l ibe ra l idad , y no se p u e d e n a g o t a r . T i e n e m a n o s d e oro y l l enas de p i e d r a s p rec iosas (7), y como e s

(1) Joan., XIV, 13.—(2) Ecce e n i m evange l izo vobis g a u d i u m ' m a g n u m quod e r i t omni populo , q u i a n a t u s est vobis hodie S a l -vator , qui est Chr i s tus Dominus . LUCIE, I I , 10 .—(3) A n n u n t i a n t i s b o n u m Isaiœ, LH, 7 . — , 4 ) Evange l i zan t ium bona . Ad Rom., X, 15.—(5) Vado p a r a r e vobis l o c u m . Joan., XIV, 2 . — Exped i t Vobis, ut ego vadan i . Joan., XVI, 7.—(6) Dedit d o n a h o m i n i b u s . Ad Eph., I V , , 8 . — ( 7 ) Manus i l l ius t o rná t i l e s a u r e œ , plenas h v a -c m t h i s . Cant. V, 14.

E J E R . RODRIG.—Tom. IV. 12

Page 99: Tratado de Virtudes Cristianas

m a n i r o t o , c u é l a n s e l e po r aque l los a g u j e r o s los d o n e s . P u e s c o n c l u y a m o s con lo q u e c o n c l u y e el Apósto l San P a b l o : Teniendo un Pontífice y un medianero é interce-sor tan grande como á Jesucristo, Hijo de Dios, que pe-netró los cielos y está sentado á la diestra del Padre, y es igual con él, acudamos al trono de su grada con gran-de confianza, que alcanzaremos misericordia y favor en todas nuestras necesidades (1).

Del b i e n a v e n t u r a d o San B e r n a r d o s e lee en su his-to r i a q u e en una e n f e r m e d a d g r a v e q u e t u v o , s e ar-robó , y e s t a n d o c o m o en éx ta s i s , l e pa rec ió q u e le l l e v a b a n d e l a n t e del t r i buna l de D i o s , y q u e el demo-n i o le a c u s a b a al l í , y le hac ía s u s c a r g o s , d ic iendo q u e no e ra m e r e c e d o r de la g lo r i a . R e s p o n d i ó el San-to : yo conf ieso q u e no soy d igno d e la g lo r ia e t e r n a ; m a s á mi Seño r .Jesucristo se le d e b e , y posee el c ie-lo por dos t í tu los : lo u n o , po r s e r U n i g é n i t o del E t e r -n o P a d r e , y h e r e d e r o de l r e ino c e l e s t i a l ; y lo o t ro , po r habe r l e c o m p r a d o con su s a n g r e , o b e d e c i e n d o á su P a d r e b a s t a la m u e r t e : él s e c o n t e n t a con el pr i -m e r o de es tos dos t í tu los , y ese s o l o le ba s t a ; y del s e g u n d o m e h a c e á m í d o n a c i o n , y e n v i r t u d de ella t e n g o yo d e r e c h o al cielo; y así en e s o t e n g o conf ian-za. Con es to q u e d ó el p e r v e r s o a c u s a d o r confuso , y aque l l a f o r m a d e ju i c io y t r i b u n a l d e s a p a r e c i ó , y el S a n t o volvió en s í . P u e s e n eso h a b e r n o s d e confiar noso t ros , y esa ha de se r toda n u e s t r a e s p e r a n z a . J a -cob ve s t i do de las v e s t i d u r a s d e su h e r m a n o mayor a l canzó la bend ic ión d e su p a d r e : v i s t á m o n o s noso-t ros de Je suc r i s t o n u e s t r o h e r m a n o m a y o r ; c u b r á m o -n o s con las p i e l e s de es te Corde ro s i n manc i l l a ; val-

(1) Habentes ergo Pontificem magnum, q u i penetravi t ccelos, Jesura Filium Dei... Adeamus cura fiducia ad thronum gratiíe; ut misericordiam consequamur, et gratiam inveniarpus 'in auxilio opportuno. Ad Hebr., IV, 14 et 16.

g á m o n o s de s u s mé r i t o s y p a s i ó n , y d e es t a m a n e r a a l c a n z a r e m o s la bend ic ión de l P a d r e E t e r n o .

C A P Í T U L O II Cuán provechosa y agradable sea á Dios la meditación de la

pasión de Cristo nuestro Redentor .

El b i e n a v e n t u r a d o San A g u s t í n d ice : No h a y cosa q u e tan s a l u d a b l e y p r o v e c h o s a nos s ea , como p e n s a r y cons ide ra r cada día lo q u e padec ió po r noso t ros el Hijo d e Dios (1). I San Be rna rdo dice: No hay cosa tan eficaz pa ra c u r a r las l lagas d e n u e s t r a conc ienc i a y p u r g a r y p e r f e c c i o n a r n u e s t r a a l m a , como la f r e -c u e n t e y c o n t i n u a m e d i t a c i ó n de las l lagas d e Cris to y de su m u e r t e y pas ión (2). Y p a r a todas las t e n t a -c iones y e s p e c i a l m e n t e con t r a las d e s h o n e s t a s d i c e n los S a n t o s q u e e s s i n g u l a r í s i m o r e m e d i o el a c o g e r n o s á p e n s a r en la pas ión d e Cris to y e s c o n d e r n o s en s u s l l agas . F i n a l m e n t e , pa ra todo h a l l a r e m o s r e m e d i o y a y u d a e n la pas ión de Cris to . Dice San A g u s t í n : En n i n g u n a cosa ha l lé tan eficaz r e m e d i o como en es to (3). Y San B u e n a v e n t u r a d ice : El q u e s e e j e r c i t a con d e -voción en la vida y pas ión s a n t í s i m a de l S e ñ o r , allí hal la a b u n d a n t e m e n t e todo lo q u e ha m e n e s t e r , y f u e -ra de J E S O S no h a y q u e busca r (4). Y así v e m o s q u e los S a n t o s y s i e rvos de Dios h a n usado m u y c o n t i n u a -

(1) Nihil tam salut iferum nobis est, quam quotidie cogitare quanta pro nobis pertuli t Deus et homo. August, serm. 32 ad fratres in eremo.—(2) Quid en im tam efficax ad cu randa con-scientiie vulnera, nec non ad purgandam mentis aciem, quam Christi vulnerum sedula meditatio? Bernard, serm. 62 super Can-tica.—(3) In omnibus non inveni tam eficax remedium quam vulnera Christi. Aug. in manuali, c. 32.—(4) Qui se intente et devote in s a n t i s s i m a vita et Passione Domini exercet , omnia uti-lia e t necessaria sibi abundan te r ibi invenit , nec opus est, u t ex-t r a Jesum aliquid quserat. Bonav. Collat. 7.

Page 100: Tratado de Virtudes Cristianas

m e n t e e s t e e j e rc ic io ; y por e s t e med io v i n i e r o n á a l -c a n z a r g r a n d e s a n t i d a d y p e r f e c c i ó n .

A u n q u e n o h u b i e s e en e s t e e je rc ic io o t r a cosa, s ino aco rda rnos d e Dios y t r a e r á la m e m o r i a los benef ic ios q u e d e su m a n o h a b e r n o s r e c i b i d o , y e s t a r p e n s a n d o e n el los , se r í a de m u c h a e s t ima y va lor d e l a n t e del S e ñ o r . P o r q u e cond ic ion e s de l a m o r h a c e r al q u e a m a , q u e d e s e e y e s t i m e en m u c h o q u e la pe r sona e n q u i e n t i e n e pues to su a m o r se a c u e r d e m u c h o de él y p i e n s e m u y á m e n u d o en las b u e n a s o b r a s q u e de él h a r ec ib ido , y q u e m u c h a s veces t r a t e y h a b l e de e s -tas cosas; y el q u e d e ve ra s a m a , se a g r a d a y g u s t a d e es to m u c h o m á s q u e si la p e r s o n a a m a d a le e n v i a -se m u c h o s p r e s e n t e s y d o n e s d e su h a c i e n d a . Lo cua l v e m o s e n una m a d r e , s e ñ o r a p r inc ipa l y r i ca , q u e a m a m u c h o á su h i jo a u s e n t e , q u e si le d icen q u e el h i jo s e a c u e r d a y t r a t a m u c h o de el la , y q u e s i e m p r e le ha l l an h a b l a n d o d e los r ega los con q u e le c r i aba , y d e los benef ic ios y b u e n a s obras q u e s i e m p r e le h a h e c h o y de los t r a b a j o s q u e por él ha p a d e c i d o , más lo p rec ia , y m á s c o n t e n t o y gus to r e c i b e e n oir es to de s u h i jo , q u e si le e n v i a s e m u c h a s p i ezas d e s e d a y j o y a s d e oro, s in t e n e r tal m e m o r i a d e e l l a . P u e s de la m i s m a m a n e r a , Dios n u e s t r o S e ñ o r , q u e e n todas las d e m á s cosas g u a r d ó las p r o p i e d a d e s y l eyes del a m o r , t a m b i é n la g u a r d a en es to , q u e e s p r o p i e d a d d e los q u e m u c h o a m a n ; y así d e s e a y e s t i m a e n m u c h o q u e s i e m p r e n o s a c o r d e m o s de él , y p e n s e m o s en él y en los benef ic ios y marav i l l a s q u e por noso t ro s h a o b r a d o . E s p e c i a l m e n t e q u e si nos e j e r c i t a m o s en la m e m o r i a d e e s to s bene f i c ios , no se p a s a r á m u c h o t i e m p o s in q u e s e d e s p i e r t e e n noso t ro s el d e s e o d e serv i r d e v e r a s al S e ñ o r por el los.

Blosio re l ie re (1) d e la s a n t a v i r g e n G e r t r u d i s q u e

( ! ) Blos. cap . 2 Monil. spir.

e n t e n d i ó del Seño r q u e c u a n t a s v e c e s u n o mi ra con devoc ion la i m á g e n de J e s u c r i s t o c ruc i f i cado , "tantas e s m i r a d o a m o r o s a m e n t e d e la b e n i g n í s i m a m i s e r i -co rd i a d e Dios. P u e s s a q u e m o s s iqu ie ra de a q u í , q u e p u e s á él no se le h izo d e mal el p a d e c e r por n u e s t r o a m o r , q u e no s e nos h a g a á nosot ros de mal el a c o r -d a r n o s de lo q u e padec ió po r noso t ros . De San F r a n -cisco s e c u e n t a (1) q u e u n a vez a n d a n d o él j u n t o á N u e s t r a S e ñ o r a de la P o r c i ú n c u l a , l lo rando y l a m e n -t ándose en a l t a s voces , a c e r t ó á pasa r por allí u n h o n -rado , s i e rvo d e Dios, q u e le conoc ía ; el cua l , v i e n d o al S a n t o tan t r i s te y l loroso, p e n s a n d o h a b e r l e s u c e -d i d o a l g u n a desg rac i a y t r a b a j o , s e l legó á él y le p r e g u n t ó q u é t en ía ó q u é le d a b a p e n a . R e s p o n d i ó el S a n t o con m u c h a s l á g r i m a s y sollozos: Dué lome m u -cho y lloro por los g r a n d e s t o r m e n t o s y p e n a s q u e d i e ron á mi Seño r J e s u c r i s t o tan sin c u l p a , y d e ve r cuá,n o lv idados e s t a m o s los h o m b r e s d e tan s u m o be-nef ic io , h a b i e n d o noso t ros s ido la c a u s a d e su p a s i ó n .

C A P Í T U L O III Del modo qué habernos de tener en medi ta r la pasión de Cristo

nues t ro Redentor , y del afec to de compasion que habernos de sacar de ello.

El modo q u e habe rnos d e t e n e r e n la med i t ac ión de la pas ión d e Cristo n u e s t r o R e d e n t o r e s el q u e los m a e s t r o s d e la v ida e sp i r i tua l e n s e ñ a n c o m u n m e n t e q u e habe rnos d e t e n e r en la o rac ion . E n la cua l a d -v i e r t e n q u e no se nos ha d e ir todo en m e d i t a r y d i s -c u r r i r por la h i s to r ia , s ino q u e lo pr inc ipa l h a de s e r m o v e r n u e s t r a vo lun t ad con a fec tos y deseos , los c u a -

( I ) Par t . VI, l ib . 1, cap. 86, de la Crónica de S. Francisco.

Page 101: Tratado de Virtudes Cristianas

m e n t e e s t e e j e rc ic io ; y por e s t e med io v i n i e r o n á a l -c a n z a r g r a n d e s a n t i d a d y p e r f e c c i ó n .

A u n q u e n o h u b i e s e en e s t e e je rc ic io o t r a cosa, s ino aco rda rnos d e Dios y t r a e r á la m e m o r i a los benef ic ios q u e d e su m a n o h a b e r n o s r e c i b i d o , y e s t a r p e n s a n d o e n el los , se r í a de m u c h a e s t ima y va lor d e l a n t e del S e ñ o r . P o r q u e cond ic ion e s de l a m o r h a c e r al q u e a m a , q u e d e s e e y e s t i m e en m u c h o q u e la pe r sona e n q u i e n t i e n e pues to su a m o r se a c u e r d e m u c h o de él y p i e n s e m u y á m e n u d o en las b u e n a s o b r a s q u e de él h a r ec ib ido , y q u e m u c h a s veces t r a t e y h a b l e de e s -tas cosas; y el q u e d e ve ra s a m a , se a g r a d a y g u s t a d e es to m u c h o m á s q u e si la p e r s o n a a m a d a le e n v i a -se m u c h o s p r e s e n t e s y d o n e s d e su h a c i e n d a . Lo cua l v e m o s e n una m a d r e , s e ñ o r a p r inc ipa l y r i ca , q u e a m a m u c h o á su h i jo a u s e n t e , q u e si le d icen q u e el h i jo s e a c u e r d a y t r a t a m u c h o de el la , y q u e s i e m p r e le ha l l an h a b l a n d o d e los r ega los con q u e le c r i aba , y d e los benef ic ios y b u e n a s obras q u e s i e m p r e le h a h e c h o y de los t r a b a j o s q u e por él ha p a d e c i d o , más lo p rec ia , y m á s c o n t e n t o y gus to r e c i b e e n oir es to de s u h i jo , q u e si le e n v i a s e m u c h a s p i ezas d e s e d a y j o y a s d e oro, s in t e n e r tal m e m o r i a d e e l l a . P u e s de la m i s m a m a n e r a , Dios n u e s t r o S e ñ o r , q u e e n todas las d e m á s cosas g u a r d ó las p r o p i e d a d e s y l eyes del a m o r , t a m b i é n la g u a r d a en es to , q u e e s p r o p i e d a d d e los q u e m u c h o a m a n ; y así d e s e a y e s t i m a e n m u c h o q u e s i e m p r e n o s a c o r d e m o s de él , y p e n s e m o s en él y en los benef ic ios y marav i l l a s q u e por noso t ro s h a o b r a d o . E s p e c i a l m e n t e q u e si nos e j e r c i t a m o s en la m e m o r i a d e e s to s bene f i c ios , no se p a s a r á m u c h o t i e m p o s in q u e s e d e s p i e r t e e n noso t ro s el d e s e o d e serv i r d e v e r a s al S e ñ o r por el los.

Blosio re l ie re (1) d e la s a n t a v i r g e n G e r t r u d i s q u e

(1) Blos. cap . 2 Monil. spir.

e n t e n d i ó del Seño r q u e c u a n t a s v e c e s u n o mi ra con devoc ion la i m á g e n de J e s u c r i s t o c ruc i f i cado , "tantas e s m i r a d o a m o r o s a m e n t e d e la b e n i g n í s i m a m i s e r i -co rd i a d e Dios. P u e s s a q u e m o s s iqu ie ra de a q u í , q u e p u e s á él no se le h izo d e mal el p a d e c e r por n u e s t r o a m o r , q u e no s e nos h a g a á nosot ros de mal el a c o r -d a r n o s de lo q u e padec ió po r noso t ros . De San F r a n -cisco s e c u e n t a (1) q u e u n a vez a n d a n d o él j u n t o á N u e s t r a S e ñ o r a de la P o r c i ú n c u l a , l lo rando y l a m e n -t ándose en a l t a s voces , a c e r t ó á pasa r por allí u n h o n -rado , s i e rvo d e Dios, q u e le conoc ía ; el cua l , v i e n d o al S a n t o tan t r i s te y l loroso, p e n s a n d o h a b e r l e s u c e -d i d o a l g u n a desg rac i a y t r a b a j o , s e l legó á él y le p r e g u n t ó q u é t en ía ó q u é le d a b a p e n a . R e s p o n d i ó el S a n t o con m u c h a s l á g r i m a s y sollozos: Dué lome m u -cho y lloro por los g r a n d e s t o r m e n t o s y p e n a s q u e d i e ron á mi Seño r J e s u c r i s t o tan sin c u l p a , y d e ve r cuá,n o lv idados e s t a m o s los h o m b r e s d e tan s u m o be-nef ic io , h a b i e n d o noso t ros s ido la c a u s a d e su p a s i ó n .

C A P Í T U L O III Del modo qué habernos de tener en medi ta r la pasión de Cristo

nues t ro Redentor , y del afec to de compasion que habernos de sacar de ello.

El modo q u e habe rnos d e t e n e r e n la med i t ac ión de la pas ión d e Cristo n u e s t r o R e d e n t o r e s el q u e los m a e s t r o s d e la v ida e sp i r i tua l e n s e ñ a n c o m u n m e n t e q u e habe rnos d e t e n e r en la o rac ion . E n la cua l a d -v i e r t e n q u e no se nos ha d e ir todo en m e d i t a r y d i s -c u r r i r por la h i s to r ia , s ino q u e lo pr inc ipa l h a de s e r m o v e r n u e s t r a vo lun t ad con a fec tos y deseos , los c u a -

( I ) Par t . VI, l ib . 1, cap. 86, de la Crónica de S. Francisco.

Page 102: Tratado de Virtudes Cristianas

les se f o r m a n p r i m e r o e n el corazon , p a r a q u e d e s p u e s á su t i e m p o sa lgan e n o b r a , y eso h a de se r e n lo q u e h a b e r n o s de ins is t i r y d e t e n e r n o s m á s e n la o rac ion . Así como el q u e cava y a h o n d a pa ra s a c a r a g u a ó pa ra d e s c u b r i r a l g ú n t e soro , en h a l l a n d o lo q u e b u s c a pá ra y no d a m á s a z a d o n a d a s ; así en d e s c u b r i e n d o con la med i t ac ión y c o n s i d e r a c i ó n de l e n t e n d i m i e n t o el oro y tesoro d e la v e r d a d y afec to q u e buscá i s , e n e n c o n -t r a n d o con el a g u a viva de q u e es t á deseosa y s e d i e n -ta v u e s t r a á n i m a , no h a b é i s de c a v a r ni a h o n d a r más con el e n t e n d i m i e n t o , s ino d e t e n e r o s e n esos a fec tos y d e s e o s de la vo lun t ad h a s t a h a r t a r o s d e e sa a g u a , y m a t a r vues t r a s ed , y q u e d a r s a t i s f e c h o : p o r q u e ese e s el fin q u e se p r e t e n d e e n la o rac ion , y el f r u t o q u e h a b e r n o s d e sacar d e e l la , y á eso s e h a n de o r d e n a r y e n d e r e z a r t odas las m e d i t a c i o n e s y c o n s i d e r a c i o n e s y d i scu r sos del e n t e n d i m i e n t o . P u e s e s t e m i s m o modo h a b e r n o s de g u a r d a r e n la m e d i t a c i ó n de la pas ión d e Cristo n u e s t r o R e d e n t o r . Y así i r e m o s d i c i e n d o los a fec tos q u e habe rnos d e sacar d e es t a m e d i t a c i ó n , y e n q u e habe rnos d e ins i s t i r , a p u n t a n d o j u n t a m e n t e a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s q u e nos d e s p i e r t e n á e l los .

M u c h o s son los a fec tos en q u e p o d e m o s a q u í o c u -p a r n o s y d e t e n e r n o s con m u c h o f r u t o : pero c o m u n -m e n t e los r e d u c e n los q u e t r a t a n d e es to , á s ie te g é -n e r o s ó m a n e r a s d e a fec tos . El p r i m e r o e s c o m p a s i o n . C o m p a d e c e r s e u n o de o t ro es r ec ib i r p e n a de su p e n a , y do lor de su dolor , a c o m p a ñ á n d o l e e n sus t r a b a j o s con s e n t i m i e n t o y l ág r imas d e co razon , con lo cua l p a r e c e q u e se r e p a r t e el t r a b a j o y dolor , y con el q u e yo t o m o c o m p a d e c i é n d o m e , q u e d a el o t ro m á s a l iv iado y con m e n o r dolor y a f l i cc ión ; como por el con t r a r i o , c u a n d o uno m u e s t r a h o l g a r s e d e s u mal y t r aba jo , y se r i e y hace b u r l a de é l , h a c e q u e su t r a -b a j o y do lor s ea m a y o r y q u e lo s i en t a m á s . Y aun—

q u e e s v e r d a d q u e no p o d e m o s noso t ros d e e s t a m a -n e r a h a c e r q u é los do lo res y t r a b a j o s d e Cristo le s e a n m á s l i ge ros , p o r q u e y a son pasados ; p e r o con lodo eso , le es á él m u y a g r a d a b l e e s t a n u e s t r a c o m p a s i o n p o r q u e po r e l la en c i e r t a m a n e r a h a c e m o s n u e s t r o s s u s dolores y t r a b a j o s . Y as í d ice el Apósto l San P a -blo: Si autem filii, et hxredes: hxredes quidem Dei, co-heredes autem Christi, s i tamen compatimur, ut et con-glorificemur: *Si somos b i j o s , t a m b i é n h e r e d e r o s : h e -r e d e r o s d e Dios, y c o h e r e d e r o s con Cris to ; con ta l e m p e r o q u e p a d e z c a m o s con é l , p a r a q u e j u n t a m e n t e con él s e a m o s g lor i f icados (1):* Si t o m a m o s y t r a s p a -s a m o s e n noso t ro s los do lo res d e Cristo c o m p a d e c i é n -donos d e el los , s e r e m o s h e r e d e r o s d e la g lo r ia j u n t a -m e n t e con é l .

Pa ra d e s p e r t a r en noso t ros e s t e a f ec to de c o m p a -s ion , nos a y u d a r á c o n s i d e r a r la g r a n d e z a d e los do lo-r e s , p e n a s y t o r m e n t o s q u e Cris to n u e s t r o R e d e n t o r p a d e c i ó : p o r q u e , c o m o d icen los Teó logos y los S a n -tos , f u e r o n los m a y o r e s q u e se h a n padec ido y se p u e -d e n p a d e c e r e n es ta v ida ; c o n f o r m e á aque l lo del p ro-fe ta J e r e m í a s : *¡0h vosotros todos, los que pasais por el camino, atended y considerad si hay dolor como mi do-lor [i]! Lo p r i m e r o , en su c u e r p o no -hubo p a r t e q u e no p a d e c i e s e g r a v í s i m o s do lo res y t o r m e n t o s : *Des-de la planta del pié hasta la coronilla de la cabeza no hay en él parte sana (3) ,* d ice Esa ías . Los p iés y las m a n o s e n c l a v a d a s ; la cabeza t r aspasada con la c o r o -n a d e e s p i n a s ; el ros t ro a f e a d o con sa l ivas y h e r i d o con b o f e t a d a s ; todo el c u e r p o a c a r d e n a l a d o con azo te s

(1) Ad Rom., VIII, 17.—(2) 0 vos omnes, qui t ransi t is p e r v iam, a t t eud i te e t v idete , si est doior , sicut dolor meus . Thren.,

" I , 12.—(3) A planta pedis u s q u e ad ve r t i cem non est in eo s a n i -tas. Isaix, I, 6.

Page 103: Tratado de Virtudes Cristianas

y d e s c o y u n t a d o con el t o r m e n t o d e la c r u z . *Han con-t a d o todos mis huesos u n o por u n o (1).*

Y no s o l a m e n t e f u é su dolor e n el c u e r p o , s ino t am-b ién e n el á n i m a ; p o r q u e , a u n q u e la n a t u r a l e z a hu -m a n a e s t a b a u n i d a con la P e r s o n a Divina , e m p e r o así s in t ió la a c e r b i d a d de la pas ión , como si no h u b i e r a a q u e l l a u n i ó n . A ñ á d e s e á esto q u e pa ra q u e e s t e d o -lor f u e s e m a y o r , qu iso él ca rece r de todo consue lo . Y eso e s lo q u e d i jo e s t a n d o en la c ruz : *Dios mió, Dios mió; ¿por qué me has desamparado (2)?* Los san tos m á r t i r e s e n s u s t o r m e n t o s e ran r ec reados con u n con-sue lo ce l e s t i a l y d iv ino q u e les hac ía su f r i r los , no sólo con á n i m o , s ino con a l eg r í a ; y Cris to n u e s t r o R e d e n -to r , p a r a p a d e c e r m á s por n u e s t r o a m o r , c e r r ó las p u e r t a s po r todas p a r t e s á todo g é n e r o d e alivio y conso l ac ion , así del c ie lo como de la t i e r r a , c u a n t o á la p o r c i o n in fe r io r ; y así f u é d e s a m p a r a d o , no sólo d e s u s a m i g o s y d i sc ípu los , s ino t a m b i é n d e su propio P a d r e . Fui hecho como hombre sin favor y ayuda, s i e n -do yo so lo el q u e e n t r e los m u e r t o s e s t a b a l ib re del p e c a d o y de m e r e c e r m u e r t e ni p e n a (3).

B a s t a pa ra e n t e n d e r la g r a n d e z a de los do lo res de Cris to q u e de sólo imag ina r lo s y p e n s a r e n el los , sudó e n el h u e r t o sudo r de s a n g r e con t an ta cop ia y a b u n -d a n c i a , q u e corr ía en t i e r ra : p u e s ¿qué se r í a el p a d e -ce r lo s , si sólo el pensa r los causó t an ta p e n a y agon ía e n é l? F i n a l m e n t e , f u e r o n t a l e s y tan r i g u r o s o s sus t r a b a j o s y do lores , q u e d icen los S a n t o s q u e n i n g u n o p u d i e r a vivir con el los s in mi lagro q u e le c o n s e r v a s e . la v i d a , y así f u é necesar io va le r se Cr is to d e su divi-

(1) D i n u m e r a v e r u n t omnia ossa m e a . Ps. XXI, 18.—(2) Deus m e u s , Deus meus , ut quid derel iquist i me? Matth., XXVII, 46.— (3) F a c t u s sum sicut homo s ine ad iu tor io inter mor tuos l iber . Ps. LXXXVII, 5.

n i d a d pa ra no mor i r en e l los . P e r o lo q u e la d i v i n i -dad al l í o b r a b a , no e r a n o sen t i r los t r a b a j o s , s ino q u e el exces ivo dolor y s e n t i m i e n t o no le acabase la v ida , p a r a así pode r p a d e c e r m á s . Donde p o d e m o s t a m b i é n c o n s i d e r a r y p o n d e r a r la mise r icord ia y l ibe-ra l idad de l S e ñ o r , q u e p a r a q u e los s a n t o s m á r t i r e s no s in t i e sen ios t o r m e n t o s , hac ía mi l ag ros , y en si los h a c e pa ra p a d e c e r y s e u t i r l o s m á s por n u e s t r o a m o r .

F u e r a de es tos dolores e x t e r i o r e s , q u e a t o r m e n -t ando su c u e r p o , a t o r m e n t a b a n j u n t a m e n t e su á n i m a , c o m o habernos d i c h o , t u v o Cris to n u e s t r o R e d e n t o r o t ros do lo res i n t e r io re s , q u e i n m e d i a t a m e n t e a t o r -m e n t a b a n s u á n i m a s a n t í s i m a , q u e f u e r o n m u c h o m a y o r e s q u e e so t ro s : p o r q u e d e s d e el i n s t a n t e d e s u c o n c e p c i ó n h a s t a el p u n t o e n q u e m u r i ó , t u v o s i e m -p r e p r e s e n t e s todos los pecados d e los h o m b r e s h e -c h o s d e s d e el p r inc ip io del m u n d o , y todos los q u e se h a b í a n d e h a c e r has ta el íin d e é l ; y c o m o por u n a p a r t e a m a b a t a n t o á Dios y v e í a q u e e r a n i n j u r i a s y ofensas s u y a s , y po r o t r a p a r l e a m a b a t an to las a l -mas , y veía q u e e ran d a ñ o y pe rd i c ión d e el las , y q u e con o f r e c e r él su pas ión y m u e r t e pa ra su r e m e -dio , con todo eso , t a n t a in l in idad de a l m a s no se h a -bían de q u e r e r a p r o v e c h a r d e e l la , s ino q u e hab í an d e q u e r e r m á s la m u e r t e q u e la v ida , é r a l e es to u n a e spada de dos filos q u e le h e r í a por a m b a s p a r l e s ; la u n a , po r la o f ensa d e Dios; y la o t r a , por el d a ñ o y condenac ión de las a l m a s . Y así no se p u e d e n d e c i r ni p e n s a r los do lo res i n c o m p a r a b l e s q u e de esto r e c i -bía aque l l a á n i m a s a n t í s i m a . P u e s todo esto j u n t o con los t o r m e n t o s , do lo res y a f r e n t a s q u e r e p r e s e n -t á n d o s e l e en la orac ion de l h u e r t o le h ic i e ron s u d a r s a n g r e e n t a n t a a b u n d a n c i a , q u e cor r ía e n t i e r r a , y todo lo d e m á s q u e e n su v ida s a n t í s i m a padec ió , t u v o s i e m p r e d e l a n t e de s u s o jos , d e s d e el i n s t a n t e de su

Page 104: Tratado de Virtudes Cristianas

• '

c o n c e p c i ó n h a s t a q u e esp i ró e n la c ruz , c o n f o r m e á aque l l o del P r o f e t a : *Mi dolor está siempre delante de mis ojos [ 1).* De d o n d e p o d e m o s e n t e n d e r q u e toda su v ida lué como el d í a d e su pas ión ; y á u n a l g u n a s veces sue l e d a r m a y o r p e n a y t o r m e n t o el e s t a r e spe -r a n d o la a d v e r s i d a d y t r a b a j o , q u e el p a d e c e r l o . De m a n e r a , q u e toda su vida f u é un m a r de i n m e n s o s do lores , q u e sin cesa r , de n o c h e y de d ía , s in m e d i d a a t o r m e n t a b a n aque l l a a l m a s a c r a t í s i m a .

P u e s qu ien , po r m e n u d o c o n s i d e r a r e y p o n d e r a r e t odas e s t a s cosas , y q u e el q u e las p a d e c e e s el m i s -mo Hijo d e Dios, y q u e las p a d e c e po r noso t ro s y po r p u r o a m o r n u e s t r o , corazon más q u e d e p i e d r a h a d e t e n e r , si no se .nueve á c o m p a s i o n . Y as í d ice San B e r n a r d o : P u e s la t ie r ra t i e m b l a , y las p i e d r a s s e q u i e b r a n , y los m o n u m e n t o s s e a b r e n , y el ve lo de l l e m p l o s e r o m p e , y el sol y la luna se o s c u r e c e n , razón se ra q u e noso t ros nos c o m p a d e z c a m o s d e lo q u e el b e n o r padeció por noso t ros (2). No e s razón q u e s e a m o s m á s d u r o s q u e las p ied ras y m á s i n s e n s i -b les q u e l a s c r i a t u r a s i r r ac iona le s : p á r t a s e n o s el c o -razón de do lo r , r ó m p a n s e n o s las e n t r a ñ a s . Hijo mió Absalon, Absalon hjo mió, ¿quién me diese que yo mu-riese por ti (3)? Si esto dec ía el r ey David! s i n t i e n d o a m u e r t e del h i jo q u e m u r i ó po r p e r s e g u i r l e y q u i -

t a r l e el r e i n o , ¿ c u á n t o mayor razón será q u e lo d i ñ a -rnos nosot ros , s i n t i e n d o la m u e r t e del Hijo d e Dios, q u e m u ñ o por l i b ra rnos del c au t i ve r i o del d e m o n i o v d a r n o s el r e ino de su P a d r e E t e r n o ? *

ílv 5 d o I o ' ' m e u s ¡n conspccíu meo semper . Ps. XXX.VII 18 i«*«. 4 Heidorn. Smctce.-(BFili n i i b -

salom, Absalon fi m i , quis mihi t r ibua l , ut ego nioriar p ro te Absolom fil, mi, fi], m i Absolom? II Rey. XVIII® 33 P '

C A P Í T U L O IV

Del afecto del dolor y contr ición de nues t ros pecados, que h a b e -rnos de sacar de la medi tac ión de la pasión de Cristo nuestro Señor.

El s e g u n d o a fec to e n q u e nos habernos de e j e r c i t a r y p rocu ra r sacar d e la med i t ac ión de la pas ión del S e ñ o r , es dolor y con t r i c ión de n u e s t r o s pecados . E s t e es u n o de los f r u t o s m á s propios q u e podemos sacar d e el la , por d e s c u b r í r s e n o s en ella t a n t o la g r a -v e d a d y mal ic ia del p e c a d o ; la cons ide rac ión del r e -med io nos ha de a b r i r los o jos y h a c e r q u e e c h e m o s de ve r la g r avedad de la e n f e r m e d a d . Dice San B e r -n a r d o : ¡Oh h o m b r e , conoce y e n t i e n d e cuán g r a n d e es la l laga q u e t u v o n e c e s i d a d de t an cos tosa m e d i -c ina (1)1 No hay cosa q u e t a n t o dec la re la g r a v e d a d del pecado , a u n q u e é u t r e e n el lo el in f ie rno q u e se j e d e b e pa ra s i e m p r e j a m a s , como es q u e e s t an g r a n d e mal el pecado , q u e f u é m e n e s t e r q u e Dios se hiciese h o m b r e pa ra p a g a r e s t a d e u d a ; p o r q u e d e o t r a m a n e r a no se p u d i e r a p a g a r ni s a t i s f ace r d e todo r igor d e j u s -t ic ia , y q u e d a r a m e n o s c a b a d a la ju s t i c i a d e Dios. Por-q u e la ofensa hab ía sido en c ie r t a m a n e r a in f in i t a , por -q u e h a b í a s ido con t r a Dios inf in i to , y así h o m b r e puro no p o d í a sa t i s facer po r e l la po r la d i s t anc i a g r a n d e q u e h a y e n t r e Dios y h o m b r e puro ; e ra m e n e s t e r q u e el q u e sat isf ic iese f u e s e p e r s o n a de inf in i ta d i g n i d a d ,

(1) Agnosce, o homo, q u a m gravia sunt vu lnera , p ro quibus necesse est Dominum Christum vu lnera r i . Bernard, serra. 3 de Nativitate.

Page 105: Tratado de Virtudes Cristianas

igua l al i n j u r i a d o y o fend ido , y t an b u e n o c o m o é l . Declaran es to los Teó logos con un e j e m p l o : Da un

pas to r ó l ab rador , h o m b r e c o m ú n y ba jo , d e pa los ó u n bofe ton al r ey ; c laro e s t á q u e no q u e d a r á el r ey sa t i s fecho con h a c e r da r de pa los ú o t ro bofe ton á a q u e l , ni a u n q u e le h a g a da r d o c i e n t o s azo tes , ni a u n q u e le a h o r q u e n ; p o r q u e hay m u c h a d i s t anc i a de él al r e y : ¿ q u é t i e n e q u e ver bofe ton é i n j u r i a del rey con bofe ton ó m u e r t e d e un pas to r? P u e s ¿cómo se podr ía sa t i s face r aque l r e y ? ¿Sabéis c ó m o ? ' Si aque l f u e r a ó le h i c i e r a n r ey tan g r a n d e como él , y e n t o n -ces le o f rec ie ra sa t i s facción igua l , con eso q u e d a r á s a t i s f echo . P u e s as í es acá ; h a b í a el h o m b r e vi l , ba jo y apocado , po lvo y ceniza , o fend ido é i n j u r i a d o al r ey del c ie lo y d e la g lo r i a ; h a b í a , como si d i j é s e m o s , d a d o u n bofe ton á Dios; p o r q u e eso h a c e uno , c u a n t o e s d e su p a r t e , c u a n d o h a c e un pecado mor t a l : a u n -q u e m u e r a e s e h o m b r e vil y ba jo , no q u e d a r á s a t i s f e -c h a la i n j u r i a . P u e s ¿cómo se sa t i s fa rá? Si ese h o m b r e Juera Dios, i gua l con el i n j u r i a d o , p a d e c i e n d o e s e h o m b r e , q u e d a r á sa t i s fecha la i n j u r i a . P u e s ¿ q u é r e -m e d i o , q u e n o hay o t ro Dios, p o r q u e no hay m á s q u e u n solo Dios v e r d a d e r o ? Esa f u é la mise r i co rd ia in f in i t a de Dios, y la i n v e n c i ó n y art if icio marav i l loso q u e ha -llo p a r a p o d e r p e r d o n a r al h o m b r e s in m e n o s c a b o d e su j u s t i c i a : q u e h a b i e n d o s ido él el o f e n d i d o , y no ha-b i e n d o o t ro Dios q u e p u d i e s e sa t i s f ace r , se h a c e Dios n o m b r e pa ra q u e así padec ie se y m u r i e s e el h o m b r e , p u e s el h o m b r e hab ía o f e n d i d o é i n j u r i a d o á Dios; y pa ra q u e el p a d e c e r sea de inf in i to valor , p u e s la o f e n -sa y c u l p a h a b í a sido en cier ta m a n e r a inf in i ta , s ea el q u e p a d e c e t a m b i é n Dios, c u y a s obras son d e valor

í ' R ° . r ( l u e s o n o b r a s d e Dios inf in i to . Es ta f u é la n e c e s i d a d d e la e n c a r n a c i ó n y pas ión de Cristo n u e s -t ro K e d e n t o r q u e dec l a ra bien la g r a v e d a d y ma l i c i a

del pecado . Y así d i c e San J u a n D a m a s c e n o (1) q u e si por el pecado e c h a r a Dios e n el inf ierno p a r a s i e m p r e j a m a s á todos c u a n t o s h o m b r e s h a t en ido el m u n d o y t e n d r á has ta q u e s e a c a b e , no q u e d a r a tan s a t i s f e c h a ni t an p a g a d a la jus t i c i a d i v i n a , como e n c a r n a n d o Dios y m u r i e n d o . Y no es es t a h i p é r b o l e ó e x a g e r a -c ión , s ino u n a v e r d a d m u y l l ana ; p o r q u e todo el i n -f ierno y sus t o r m e n t o s p e r d u r a b l e s no es p a g a igua l á la v ida y m u e r t e d e Cris to; con la cua l , como e r a Dios el q u e p a g a b a , se hizo á la j u s t i c i a e n t e r a s a t i s -facción d e todo lo q u e se le deb ía , y á u n más ; p e r o e n el in f ie rno j a m a s s e a c a b a d e p a g a r u n solo p e -cado .

P u e s c o n f o r m e á e s to , d i g o q u e u n o de los p r i n c i -pa l e s f r u t o s q u e habe rnos d e sacar d e la m e d i t a c i ó n d e la Pas ión , h a de se r l lorar y abo r r ece r m u c h o n u e s -t ros pecados q u e t a n t o cos t a ron á J e suc r i s t o . Esas e s -p inas y azo tes , S e ñ o r , mis pecados los c a u s a r o n ; j o , S e ñ o r , os p u s e e n esos t r a b a j o s (2). Esa c ruz , S e ñ o r , yo la m e r e c í a ; y o soy el q u e hab ía d e ser e s c u p i d o , azo tado y e s c a r n e c i d o .

San B e r n a r d o p o n e u n a cons ide rac ión m u y b u e n a á es te propós i to (3). E s t á b a m e yo j u g a n d o en la p laza con mis c o m p a ñ e r o s , y a l l á en la r e c á m a r a rea l se e s -taba d a n d o s e n t e n c i a d e m u e r t e con t r a m í ; oyó e s t o el h i jo u n i g é n i t o de l r e y , y qu í t a se la co rona d e la cabeza , y d e s n ú d a s e d e s u s v e s t i d u r a s r ea les , y sa le ve s t i do d e u n saco , c u b i e r t a la cabeza de cen iza , y los p iés descalzos , l lo rando y l a m e n t a n d o p o r q u e h a -bían c o n d e n a d o á m u e r t e á su s i e r v o ; véo le s ú b i t a -

(1) Joan. Damascenus , l ib. 1, cap. 5 .—(2) Ego sum, qui pec-cavi, ego in ique eg i . . . ver ta tur , obsecro, m a n u s tua cont ra ine . Il Reg., XXIV, 17.—Tolti le me , e t mitt i te in m a r e . . . , scio en im ego quoniam propter me tempes tas h £ c g rand i s veni t . Jon., 1 ,12 . —(3) Bern . s e rm. 3 de Nativit. Domini.

Page 106: Tratado de Virtudes Cristianas

m e n t e sa l i r de e s t a m a n e r a ; q u e d é a t ó n i t o d e la n o -v e d a d , p r e g u n t é la c a u s a , oigo d e c i r q u e va á morir por mí . ¿ Q u é se rá bien q u e h a g a e n e s t e caso? ¿Qu ién será t an loco, ó t an d e s c o m e d i d o , q u e se v u e l v a al j u e g o , y no v a y a s i q u i e r a a c o m p a ñ á n d o l e y l lo rando j u n t a m e n t e con él? P u e s de e s t a m a n e r a , con e s t a s ú o t ras s e m e j a n t e s cons ide rac iones n o s habe rnos d e de -t e n e r e n la orac ion , l lorando y d o l i é n d o n o s de n u e s -t ros pecados , q u e fue ron c a u s a d e la pas ión de Cris to . Y así n u e s t r o P a d r e e n los e j e r c i c i o s d e la Pasión (1) p o n e es to por pe t i c ión : Dolor , s e n t i m i e n t o y c o n f u -sión, p o r q u e por mis pecados p a d e c i ó t a n t o ¿1 S e ñ o r . Y la pe t ic ión q u e n u e s t r o P a d r e p o n e e n los e je rc ic ios po r p r e á m b u l o , s i e m p r e es lo q u e q u i e r e q u e p r o c u -r e m o s sacar de el los .

E s t e e je rc ic io es m u y e n c o m e n d a d o d e los San tos , y es razón q u e no nos o l v i d e m o s d e é l , s i n o q u e le u s e m o s y e j e r c i t e m o s m u c h o , as í los q u e c o m i e n z a n como los q u e van a d e l a n t e , p o r q u e h a y g r a n d e s p r o -vechos en é l . Lo p r i m e r o , e s u n e j e r c i c i o con q u e se c o n s e r v a u n o m u c h o e n h u m i l d a d y t e m o r d e Dios. Una de las más f u e r t e s y ef icaces c o n s i d e r a c i o n e s q u e p o d e m o s t rae r pa ra a n d a r s i e m p r e h u m i l l a d o s y c o n -f u n d i d o s , e s la cons iderac ión d e l o s pecados y el d o -lor y el s e n t i m i e n t o de ellos. Q u i e n o f e n d i ó á su Cr ia -dor y Señor , y m e r e c í a es tar e n los inf ie rnos para s i e m p r e j a m a s , ¿ q u é deshonra s , q u é i n j u r i a s , q u é d e s -prec ios no rec ib i rá d e b u e n a v o l u n t a d e n r e c o m p e n s a y sa t i s facción de las ofensas q u e h a c o m e t i d o con t r a la m a j e s t a d de Dios?

Lo s e g u n d o , e s e s t e un e j e r c i c i o q u e a s e g u r a m u -cho el pe rdón . Una d e las cosas q u e m á s sa t i s facción p u e d e da r á uno de q u e le ha D i o s y a p e r d o n a d o sus

( ! ) S. P . N. Igna t ius , lib. Exercit. spiritualium.

pecados , e s h a b e r s e dol ido y a r r e p e n t i d o m u c h o d e e l los : si vos t r aé i s d e l a n t e de los ojos v u e s t r o s p e c a -dos , do l iéndoos y c o n f u n d i é n d o o s de el los , no los mi -r a r á Dios, s ino o lv idar los ha . Por eso se a c o r d a b a n t a n -to los San tos de s u s p e c a d o s , y los t r a ían s i e m p r e d e -l an t e de sus o jos : * Porque yo reconozco mi maldad, y delante de mis ojos traigo siempre mi pecado* dec ía el P r o f e t a (1), p a r a q u e Dios los o lv idase y a p a r t a s e s u s o jos de e l los : Averie faciem tuam a peccatis meis, et om-nes iniquitates meas dele: *Apar t a tu ros t ro d e mis p e -cados , y bor ra todas mis i n i q u i d a d e s (2).* Y as í lo n o t a San J e r ó n i m o sob re e s t a s p a l a b r a s : *Si t ú pones tu pe -cado d e l a n t e de t í , Dios-no lo p o n d r á d e l a n t e de sí (3) .* No hay cosa q u e así haga a p a r t a r á Dios los ojos d e n u e s t r o s pecados , como mirar los noso t ros y c o n f u n d i r -nos y a v e r g o n z a r n o s de el los . Y así , esa es u n a d e las cosas q u e m á s nos a s e g u r a r á y más c o n t e n t o nos d a r á á la hora d e la m u e r t e , y po r eso es m e n e s t e r t e n e r l o p r e v e n i d o de a i r a s .

Lo t e r c e r o , no s o l a m e n t e e s r e m e d i o é s t e pa ra los pecados pasados , s ino es u n a med ic ina m u y p r e s e r v a -t iva pa ra no cae r d e a h í a d e l a n t e en p e c a d o ; p o r q u e el q u e a n d a c o n t i n u a m e n t e c o n f u n d i é n d o s e y d o l i é n -dose de h a b e r o f end ido á Dios, m u y léjos e s t á d e p e -ca r de n u e v o . Lo c u a r t o , e s g r a n r e m e d i o p a r a pode r consolar y a s e g u r a r á u n o q u e no cons in t ió e n las t e n -t a c i o n e s y e s c r ú p u l o s d e q u e es m o l e s t a d o ; p o r q u e el q u e se a n d a e j e r c i t a n d o en ac tos de con t r i c ión , a b o r -r e c i e n d o m u c h o el pecado , y hac i endo p ropós i tos f i r -m e s de da r la v ida á n t e s d e h a c e r u n p e c a d o m o r t a l ,

( I ) Quoniam in iqui ta tem m e a m ego cognosco, et peccatum m e u m contra m e est sempcr ; id ext. coram me. Ps. L, 5 .—(2) Ib. 11.—(3) Quia si tu ponis iUud' an te te , Deus i l lad non pon i t a n t e se. Hieron.

Page 107: Tratado de Virtudes Cristianas

seguro p u e d e e s t a r q u e no c o n s i n t i ó e n las t e n t a c i o -n e s y e s c r ú p u l o s q u e le v i e n e n , p o r q u e no c o n s i e n t e u n o tan f á c i l m e n t e en lo q u e t a n t o a b o r r e c e . I más : el a n d a r en e s t e e jerc ic io , e s a n d a r e n u n e je rc ic io de a m o r d e Dios; p o r q u e la v e r d a d e r a c o n t r i c i ó n n a c e d e a m o r d e Dios, po r h a b e r o f e n d i d o á o n Seño r tan b u e -no y t an d i g n o d e ser a m a d o y s e r v i d o . Y as í c u a n t o u n o m á s conoce y a m a á Dios, t a n t o m á s le pesa de h a b e r l e o f end ido .

Del glor ioso Apósto l San P e d r o c u e n t a San C l e m e n -t e (1) q u e a c o r d á n d o s e q u e h a b í a u e g a d o á Cr is to , llo-r a b a t a n t o , q u e las l ág r imas le q u e m a b a n el ros t ro y t e n í a n h e c h a s cana les en sus - m e j i l l a s . Y dice q u e al p r i m e r can to del gal lo se l e v a n t a b a c a d a n o c h e á o ra -c ion , y no d o r m í a m á s en toda la n o c h e , y q u e por toda su vida g u a r d ó e s t a c o s t u m b r e . P u e s eso es lo q u e nosot ros habernos de i m i t a r . Y u n o d e los m á s p rovechosos e je rc ic ios q u e u n o p u e d e t e n e r e n la ora-c ion y f u e r a d e e l la , es e j e r c i t a r s e en ac tos de c o n -t r i c ión , a b o r r e c i e n d o m u c h o el p e c a d o , y h a c i e n d o pro-pósi tos f i rmes de dar la vida y m i l v i d a s , á n t e s q u e h a c e r un pecado mor t a l , y p i d i e n d o c o n m u c h a i n s t a n -cia al Señor , q u e á n t e s le l l eve , q u e tal p e r m i t a . No p e r m i t á i s , S e ñ o r , q u e m e a p a r t e j a m a s d e vos (2). ¿Para q u é q u i e r o y o , Señor , la v i d a , s ino pa ra s e r v i -ros? Si no os t e n g o d e s e rv i r , no la q u i e r o : l l e v a d m e , S e ñ o r , á n t e s q u e os ofenda (*).

( t ) C lemens , lib. Recognltionum.—[Z) N e p e r m i t a s me separa -r i a te.

(*) V. al fin de este tomo el acto d e c o n t r i c i ó n y en dec la ra -c ión q u e compuso el Autor . (N. E.)

C A P Í T U L O V

Del afecto d e a m o r d e Dios.

El t e rce ro a f ec to e n q u e nos habe rnos de e j e r c i t a r y s a c a r de la med i t ac ión d e los mis t e r io s de la Pas ión , e s a m o r d e Dios. No h a y cosa q u e m á s m u e v a á u n o á a m a r q u é v e r s e a m a d o ; ni h a y gr i l los , n i cadenas q u e así le a t e n de p iés y m a n o s . P u e s c o n s i d e r a n d o el a l m a y p o n d e r a n d o m u y despac io y con a t e n c i ó n el s u m o a m o r d e Cr is to , q u e a q u í t a n t o r e s p l a n d e c e , h a s e d e ir i n f l a m a n d o y e n c e n d i e n d o en a m o r de q u i e n t an to le a m ó . Dice el Após to l y E v a n g e l i s t a San J u a n : In hoc apparuit charitas Dei in nobis, quoniam Filium suum unigenitum misit Deus in mundum, ut vivamus per eum: E n e s t o se m a n i f e s t ó el a m o r g r a n d e de Dios p a r a con noso t ros , q u e e n v i ó á su u n i g é n i t o Hi jo al m u n -do p a r a q u e por él v i v a m o s (1). Y el E v a n g e l i s t a San L ú e a s , por s e r t an g r a n d e e s t e a m o r , le l l a m a exceso d e a m o r . C u a n d o s e t r ans f i gu ró el Seño r d e l a n t e d e s u s t res d i sc ípu los , d ice (2) q u e a p a r e c i e r o n allí E l i a s y Moisen , y q u e h a b l a b a n de l exceso q u e h a b í a d e c u m p l i r en J e r u s a l e n , q u e e r a d e su pas ión y m u e r t e . Con m u c h a razón le l l amó exceso de a m o r . Lo u n o , p o r q u e m u r i ó por s u s e n e m i g o s . G r a n d e a m o r es el q u e l lega á dar la v ida p o r los a m i g o s ; t a n t o , q u e dice el Sa lvado r del m u n d o , q u e e s el m a y o r a m o r q u e uno les p u e d e m o s t r a r : *Nadie tiene amor más grande, que el que da la vida por sus amigos (3) .* P u e s

(1) / Joan., IV, 9 .—(2) E t . . . l o q u e b a n t u r c u m i l lo ; . . . e t d i c e -b a n t excessum e j u s , q u e m c o m p l e t u r u s e r a t i n J e r u s a l e m . Luc., IX, 3 0 . — ( 3 ) Ma jo rem h a c d i lec t ionem n e m o h a b e t , ut a n i m a m s u a m p o n a t quis pro amic i s suis . Joan., XV, 13 .

E J E R . R O D R I G . — T o r a . I V . 1 3

Page 108: Tratado de Virtudes Cristianas

á oiás q u e eso l l e g ó el a m o r de l Hi jo de Dios, p o r q u e llegó á da r la po r s u s e n e m i g o s . Y as í d i c e el Apósto l San P a b l o , q u e e n esto nos descubr ió Dios m u c h o su a m o r : *Lo que más encarece la caridad de Dios para con nosotros, es que cuando éramos aún pecadores, murió Cristo por nosotros (1).*

Lo s e g u n d o , l l á m a s e exceso de a m o r , p o r q u e u n a sola g o t a de s a n g r e de las q u e d e r r a m ó e n su c i r c u n -cis ión, y de su s u d o r en el h u e r t o , y la m e n o r obra q u e h i c i e r a p a r a r e d i m i r n o s , bas t aba y e r a j u s t í s i m a sa t i s facc ión d e t o d o r igor de j u s t i c i a , po r todo el m u n -do y por mil m u n d o s , como dicen los S a n t o s , p o r q u e e r a o b r a de in f i n i t o va lo r , por s e r de Dios inf in i to ; y no se c o n t e n t ó c o n eso aque l l a bondad y mise r i co rd ia i n f in i t a , s ino q u i s o d a r por nosot ros t o d a su s a n g r e y s u v i d a . E l Após to l San Pab lo le l lama a m o r n i -m i o (2), p o r q u e e x c e d e i n f i n i t a m e n t e e s t e a m o r todo c u a n t o se p u e d e dec i r y p e n s a r . El p r o f e t a Zaca r í a s , p a d r e del g lo r io so B a u t i s t a , t r a t a n d o d e e s t e bene -ficio, no se c o n t e n i ó con dec i r q u e sa l í a d e la m i s e r i -cord ia d e n u e s t r o Dios, s ino añad ió q u e sal ía d e las e n t r a ñ a s y d e lo m á s í n t i m o y r e t i r ado d e el las (3).

P u e s ¿ q u i é n n o a m a r á á q u i e n t a n t o le a m ó ? Y así d ice el a m a d o d i s c í p u l o : Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos (&): H e r m a n o s míos , a m é m o s l e n o s o t r o s á é l , p u e s él n o s a m ó p r imero á noso t ros : c o r r e s p o n d a m o s s i q u i e r a con el r e t o r n o , y p r o c u r e m o s m o s t r a r l e el a m o r d e la m a n e r a q u e él nos le m o s t r ó á noso t ro s ; él n o s le m o s t r ó con obras ,

(1) C o m m e n d a i a u t e m char i ta tem suam Deus in nobis , quo-n iam cum a d h u c p e c c a t o r e s e s semus , . . . Christus p ro nobis m o r -tuus es t . Ad Rom., V, 8 .—(2) P rop te r n imiam char i t a t em suam, qua di lexi t nos . Ad Ephes., II, 4 .—(3) Pe r viscera misericordise Dei nostri , in q u i b u s visitavit nos, Oriens ex al to. Luc,., I, 78.— (4) I Joan., IV, 19.

y con ob ra s m u y cos tosas , q u e es en lo q u e m á s se d e s c u b r e y e c h a de ver el a m o r . Y así dice San A m -brosio: Más os debo , S e ñ o r , por lo q u e h ic i s les po r m í en r e d i m i r m e , q u e po r lo q u e h ic i s l e s en c r i a r m e (1). G r a n benef ic io f u é el c r i a rnos ; pero al fin eso no os costó t r a b a j o n i n g u n o , no f u é m e n e s t e r más de dec i r -lo, y luégo f u é h e c h o : *Porque él dijo, y todo fué he-cho; él lo mandó, y todo fué ci-iado (2) .* Pero el r e d i -mi rnos , más os costó q u e decir lo , p o r q u e os cos tó la s a n g r e y la v i d a . — P u e s m o s t r e m o s noso t ros el a m o r q u e le t e n e m o s , no con pa lab ras , s ino con obras : Fi-lioli mei, non diligamus verbo ñeque lingua, sed opere et veritate, d ice San J u a n (3). El Hi jo de Dios nos mos-tró el a m o r q u e nos t i e n e , en se r desp rec i ado y a b a t i -do por noso t ros : m o s t r é m o s l e noso t ros á él el a m o r q u e le t e n e m o s , e n d e s e a r s e r d e s p r e c i a d o s y t e n i d o s en poco por él , y e u h o l g a m o s c u a n d o s e of rece la ocasion d e la humi l l a c ión y de la mor t i f icac ión . El nos mos t ró el a m o r q u e nos t e n í a , e n o f r ece r s e á sí m i s m o e n t e r a m e n t e e n sacrif icio al P a d r e E t e r n o e n la c ruz , en t a n t o , q u e no le q u e d a b a cosa q u e no lo o f r ec i e se todo po r n u e s t r o a m o r : m o s t r e m o s t a m b i é n noso t ros el a m o r q u e le t e n e m o s , o f r e c i é n d o n o s y e n -t r e g á n d o n o s e n t e r a m e n t e á é l , y d á n d o l e todo n u e s -t ro corazou d e s e a n d o q u e s e h a g a su v o l u n t a d e n n o -so t ros en todo y no la n u e s t r a . E n eso s e echa de v e r el a m o r , no e n pa l ab ra s ni e n dec i r con la boca : « S e -ñor, m u c h o os a m o . » Y así d e c l a r a n los S a n t o s a q u e -llo de l Apósto l S a n t i a g o: Patientia autem opus perfec-tum habet (í): La pac ienc ia t i e n e obra p e r f e c t a ; p o r -

(1) P lus igi tur , Domine Jesu , in ju r i i s tuis debeo, quod r e d e m p -tus sura, q u a m oper ibus quod c rea tus sum. Ambr. lib. 2 super Luc.—(2) Ipse dixit , e t fac ta sun t ; ipse mandavi t , et c r ea t a sun t . Ps. XXXII, 9; CXLVlll, 5.—(3) I Joan., I l l , 1 8 . - ( 4 ) Jacob, 1 ,4 .

Page 109: Tratado de Virtudes Cristianas

q u e el q u e ab raza y l leva b i en el t r a b a j o , la mor t i f ica-c ión y h u m i l l a c i ó n , d a t e s t i m o n i o q u e el a m o r q u e t i e n e no e s p a l a b r e r o , s ino o b r a d o r y v e r d a d e r o , p u e s n o fa l ta en el t i e m p o d e la t r i b u l a c i ó n y t e n t a c i ó n , q u e e s el t i e m p o d o n d e s e p r u e b a n los v e r d a d e r o s a m i g o s .

E s t e e s u n o de los m á s p r i n c i p a l e s f r u t o s q u e h a -bernos de p r o c u r a r sacar d e la m e d i t a c i ó n de la P a -s ión , y así habe rnos d e p r o c u r a r e j e r c i t a r n o s m u c h o e n e s t o en la orac ion , y p a r t i c u l a r m e n t e e n o f r e c e r -nos e n t e r a m e n t e y d e t o d o corazon á Dios p a r a q u e h a g a de noso t ros lo q u e q u i s i e r e , como q u i s i e r e , c u a n -do q u i s i e r e , y de la m a n e r a q u e q u i s i e r e , d e s c e n d i e n -do en es to á casos p a r t i c u l a r e s y d i f i cu l tosos q u e se n o s podr ían o f r e c e r , no d e j a n d o l u g a r , ni oficio, ni g r a d o , por b a j o é ín f imo q u e s ea , á q u e n o nos o f rez -c a m o s po r su a m o r ; p o r q u e e s t e e s u n e je rc ic io d e g r a n d í s i m o p r o v e c h o , y de m u y g r a n d e p e r f e c c i ó n , y e n q u e s e m u e s t r a m u c h o el v e r d a d e r o a m o r .

C A P Í T U L O VI

Del afecto de g r a t i t u d y hac imien to de g rac i a s .

El c u a r t o a f e c t o , en q u e nos habe rnos d e e j e r c i t a r e n la orac ion y m e d i t a c i ó n d e la Pas ión , e s en h a c i -m i e n t o d e g r ac i a s . Dice San A g u s t í n : ¿ Q u é cosa m e j o r p o d e m o s t r a e r e n el corazon , p r o n u n c i a r con la boca , escr ib i r con la p l u m a , q u e es t a p a l a b r a : Gracias á Dios? No h a y cosa q u e se p u e d a d e c i r con m á s b r e v e -d a d , ni oi r con más a l eg r í a , ni s en t i r con m a y o r a l t e -za , n i h a c e r con m a y o r u t i l idad (1). E s t i m a Dios t a n -

(1) Quid melius el an imo geranios , e t ore p r o m a m u s , e t caía-nlo expr imamus , quam Deo Grafías? Hoe nec dici brevius , nec

to e s t e a g r a d e c i m i e n t o y h a c i m i e n t o d e g rac ias , q u e e n h a c i e n d o él a l g ú n seña lado benef ic io á su p u e b l o , l uégo q u e r í a q u e le c a n t a s e n u n c á n t i c o d e a l a b a n z a s : humóla Deo samficium laudis (1) : *Sacr i f ica á Dios s a -crificio de a l a b a n z a * Y t e n e m o s l l e n a la E s c r i t u r a d e cán t i cos q u e hac í an los S a n t o s y los h i jos de Israel e n h a c i m i e n t o de g r a c i a s por los benef ic ios q u e r ec ib ían de la m a n o de l S e ñ o r . San J e r ó n i m o d ice (2) q u e e r a t r a d i c i ó n de los h e b r e o s q u e a q u e l l a e n f e r m e d a d (3) q u e t u v o el r ey E z e q u í a s , q u e le p u s o á p u n t o de m u e r -te , f u é p o r q u e d e s p u e s d e a q u e l l a t an i n s i g n e y mi la -g r o s a v ic tor ia q u e Dios le h a b í a dado c o n t r a los as i r los , m a t a n d o el A n g e l de l Seño r en u n a n o c h e c i e n t o y o c h e n t a mil de ellos, no h a b í a c a n t a d o á Dios c á n t i c o de a l abanzas , como so l í an h a c e r los d e m á s e n s e m e -j a n t e s benef ic ios .

San A g u s t í n t r a t a n d o d e aque l lo s d iez leprosos , q u e Cr is to s a n ó , p o n d e r a m u y bien q u e a l abó el R e d e n -tor de l m u n d o al q u e vo lv ió á d a r l e g rac ias po r el be -nef ic io r ec ib ido , y r e p r e h e n d i ó á los d e m á s q u e ha -bían sido ingratos" y d e s a g r a d e c i d o s : *¿Pues qué, no son diez los que fueron limpios? ¿y los nueve dónde están? No se ha hallado quien volviese á dar la gloña d Dios, sino este extranjero (á) .* P u e s no s e a m o s nosot ros i n g r a t o s á los benef ic ios q u e habe rnos r ec ib ido de la m a n o de Dios, y e s p e c i a l m e n t e al m a y o r d e los benef ic ios , q u e e s h a b e r s e h e c h o h o m b r e y pues to en u n a cruz po r noso t ros . *No te olvides de la merced que te hizo tu fia-

audir i lsetius, n e c intel l igi g r and ius , nec agi f ruc tuos ius potest . August. Epist. 77.

(1) Ps. XLIX, 14.—(2) S. Hieron. lib. 11 super Isai., cap. 39. —(3) ./Egrotavit Ezechias u sque ad m o r t e m . IV Beg., XX, 1 . — IsaL, XXXVIII, 1 .-IV Reg., XIX, 3 5 . - I I Paral, XXXII, 2 1 . -(4) ISonne decern munda t i sunt? e t novem ubi sunt? non est i n -ven tus , qui r ed i re t , et d a r e t g lor iam Deo, nisi h i e a l i en igena . Luc., XVII, 1 7 , 1 8 . — A u g . serm. 10 de verbis Apostoli.

Page 110: Tratado de Virtudes Cristianas

que el q u e abraza y lleva bien el t r aba jo , la mortifica-ción y humil lac ión , da tes t imonio que el amor q u e t i ene no es palabrero , sino obrador y verdadero , p u e s no falta en el t iempo de la t r ibulación y t en tac ión , que es el t iempo donde se p rueban los verdaderos amigos .

Este es uno de los más pr incipales f rutos que h a -bernos de procurar sacar de la meditación de la P a -sión, y así habernos de procurar e jerc i tarnos mucho en es to en la oracion, y pa r t i cu la rmen te en o f r e c e r -nos e n t e r a m e n t e y de todo corazon á Dios para q u e haga de nosotros lo que quis iere , como quis iere , c u a n -do quis iere , y de la manera que quis iere , descend ien-do en esto á casos par t iculares y dificultosos q u e se nos podrían ofrecer , no de jando lugar , ni oficio, ni grado , por bajo é ínfimo que sea, á que no nos ofrez-camos por su amor ; p o r q u e es te es un ejercicio de grandís imo provecho, y de m u y g r a n d e perfecc ión , y en que se mues t ra mucho el verdadero amor .

CAPÍTULO VI Del afecto de gra t i tud y hacimiento de grac ias .

El cuar to afecto , en q u e nos habernos de e jerc i tar en la oracion y meditación de la Pasión, es en h a c i -mien to de gracias . Dice San Agus t ín : ¿Qué cosa mejor podemos t raer en el corazon, p ronunc ia r con la boca, escribir con la p luma , q u e esta palabra: Gracias á Dios? No hay cosa q u e se pueda decir con más b reve -dad , ni oir con más alegría , ni sent i r con mayor alte-za, ni hacer con mayor util idad (1). Es t ima Dios t a n -

(1) Quid melius el animo geranios, e t ore promamus, e t caía-nlo cxprimamus, quam Deo Grafías? Hoc nec dici brevius, nec

to es te ag radec imien to y hac imien to de gracias, q u e eu haciendo él a lgún señalado beneficio á su pueblo , luégo quer ía que le cantasen un cánt ico de a labanzas: humóla Deo samficium laudis ( 1 ) : * S a c r i f i c a á Dios s a -crificio de a l a b a n z a * Y t enemos l lena la Esc r i tu ra de cánt icos que hacían los Santos y los hijos de Israel en hac imien to de gracias por los beneficios que recibían de la mano del Señor . San Je rón imo dice (2) que era t radic ión de los hebreos que aquel la enfermedad (3) q u e tuvo el rey Ezequías , q u e le puso á pun to de muer -te, f ué porque despues de aquel la tan ins igne y mila-grosa victoria que Dios le había dado contra los asirlos, ma tando el Angel del Señor en una noche c ien to y o c h e n t a mil de ellos, no había can tado á Dios cánt ico de alabanzas, como solían hacer los demás en s e m e -jan tes beneficios.

San Agust ín t r a t ando de aquel los diez leprosos, q u e Cristo sanó, pondera m u y bien que alabó el R e d e n -tor del m u n d o al que volvió á dar le gracias por el be-neficio recibido, y rep rehend ió á los demás que ha-bían sido ingratos" y desagradecidos: *¿Pues qué, no son diez los que fueron limpios? ¿y los nueve dónde están? No se ha hallado quien volviese á dar la gloria d Dios, sino este extranjero (á).* Pues no seamos nosotros ingra tos á los beneficios que habernos recibido de la mano de Dios, y espec ia lmente al mayor de los beneficios, que es haberse hecho h o m b r e y puesto en una cruz por n o s o t r o s . *No te olvides de la merced que te hizo tu fia-

audiri lsetius, n e e intelligi grandius , nec agi fructuosius potest. August. Epist. 77.

(1) Ps. XLIX, 14.—(2) S. Hieron. lib. 11 super Isai., cap. 39. —(3) .¿Egrotavit Ezechias usque ad mor tem. IV Beg., XX, 1 . — IsaL, XXXVIII, 1 .-IV Reg., XIX, 3 5 . - I I P a v a l , XXXII, 2 1 . -(4) f ionne decern mundat i sunt? et novem ubi sunt? non est in -ventus, qui redire t , et da re t gloriam Deo, nisi h ie a l ienigena. Luc., XVII, 1 7 , 1 8 . — A u g . serm. 10 de verbis Apostoli.

Page 111: Tratado de Virtudes Cristianas

dor; porque dio por tí su vida* d ice el Sabio (1). Salió Cristo por nues t ro fiador y pagó por nosotros, dando su saogre y su vida: razón es q u e no nos olvidemos de tan g rande merced y beneficio, sino q u e seamos agradecidos .

Santo Tomas t ra tando de la gra t i tud dice (2) que de t res maneras puede ser el hac imiento de gracias; la pr imera , in te r io rmente con el corazon, reconocien-do y es t imando la grandeza del beneficio, y t e n i é n -dose por muy obligado á tal b ienhechor . La segunda , a labándole y dándole gracias con palabras. La t e r c e -r a , recompensando con obras el beneficio, conforme á la facultad del que lo recibe . Pues de todas estas t r e s maneras nos habernos de procurar e jerc i tar en es te hac imien to de gracias, en cualquier misterio de la Pa-s ión . Lo pr imero , reconociendo con el corazon la gran-d e z a de tales y tantos beneficios, como en cada mis-t e r io se encierran, y es t imándolos en mucho ; p o n d e -r a n d o muy. por meuudo todas las ci rcunstancias de el los y todos los bienes q u e por ellos nos han venido y vend rán para s iempre , y es tarnos conociendo y con-fesando por obligados á servirles p e r p e t u a m e n t e por el los cou todas nues t ras fuerzas . Lo segundo , a l a b a n -do y glorificando también con nuest ros labios á Dios, y deseando que todo lo criado nos ayude á alabarle y d a r l e gracias por ellos, conforme aquel lo de San Pablo: *Ofrezcamos pues i Dios sin cesar por medio de él sacrifi-cio de alabanza, es á saber, el fruto de labios que bendi-gan su santo nombre (3).* Lo tercero, p rocurando de co-r r e sponde r con obras á tantos beneficios, ofreciéndole

(1) Gratiam fidejussoris tui ne obliviscaris , dedi t en im pro te a n i m a m suam. EcclL, XXIX, 20.—(2) S. Thorn. 2-2, q. 107, ar t . 2 . — ( 3 ) Per i p s u m ergo offeramus hostiara l aud i s s e m p e r Deo, id est , f ructum lab iorum eonf i ten t ium nomini e jus . Ad Hebr., XIII , 15.

y en t regándole todo nues t ro corazon, como decíamos en el capítulo pasado .

Dice San Bernardo que en cualquier misterio q u e consideremos, habernos de hacer cuen ta q u e nos dice Cristo nues t ro Reden tor aquel las palabras que di jo á sus discípulos despues de haberles lavado los p iés : ¿Sabéis lo que he hecho con vosotros (1)? ¿ e n t e n d e i s e s e misterio? ¿entendeis ese beneficio de la creación, de la redención, de la vocacion? ¡Oh! q u e no conoce-mos ni e n t e n d e m o s lo q u e Dios ha hecho por n o s -otros; que si yo conociese y ponderase bien que Yos, Señor , s iendo Dios, os hicis tes hombre por mí , y os pusistes en una cruz por mí , no habr ía menes te r ot ro motivo para de r re t i rme e n vues t ro amor y en t rega-ros todo mi corazon, y ese sería el verdadero agrade-c imien to .

Nota aquí San Crisòstomo una cosa de mucho pro-vecho . Dice (2) q u e es afecto y sen t imiento de s iervo fiel es t imar los beneficios de su Señor , que son comu-nes á todos, y agradecerlos como si á él solo se h i -cieran, y él solo fuera el deudor y es tuviera obligado á sat isfacer por todos ellos, como lo hacía el Apóstol San Pablo cuando decía: Qui dilexit me, et tradidit se-metipsum pro me (3): Q u e me amó á mí, y se en t r egó á la muer te por mí. Con mucha razón decía esto, y lo podemos decir nosotros, dice San Crisòstomo, p u e s tanto me aprovecha el beneficio á raí, como si á raí solo se hubiera hecho. Como la lumbre del sol t an to me a lumbra á mí, como si á mí solo a lumbrase , y el a lumbrar á otros no d i sminuye el don, án tes le acre-c ienta , porque a lumbrando á otros rae da compañeros q u e me ayuden y consuelen y m e hagan bien; así el

(1) Scitis quid fece r im vobis? Joan., XIII, 12.—(2) Chrysost. lib. 2 de compunti, cordis.—[S) Ad Galat., 11, 20.

Page 112: Tratado de Virtudes Cristianas

habe r se becho Dios hombre y padecido m u e r t e de cruz, tan to me aprovecha á mí , como si por mí solo se obra-ra, y el aprovechar á otros no d i sminuye mi provecho, án tes le a u m e n t a mucho , porque me da compañeros q u e m e amen y a legren y ayuden á merecer y á acre-centar la gloria.

Y más : que fué tan grande el amor de Dios para con cada uno , como si á él solo y no á otro amara ; y cuan to fué de par te de la voluntad y amor de Cristo, tan d ispues to es taba á padecer y obrar estos misterios por cada uno, si fue ra menes t e r , como por todos. Y de hecho, dice San Crisòstomo (1), f ué tan to el amor de Cristo, que no rehusa ra hacer por uno solo lo que hizo por todo el m u n d o . Y más: que es verdad que se acordó Dios de mí en par t icu lar , y me tuvo presente de lan te de sus ojos cuando se hizo h o m b r e y cuando m u r i ó e n la c r u z : In charitale perpetua dilexi te ( 2 ) : *Yo t e he amado con caridad perpe tua ;* y dió por bien em-pleada su m u e r t e , por da rme á mi vida. De manera , q u e cada uno ha de considerar los misterios y benefi-cios del Señor , como si por él solo se hub ie ran obra-do. Y también el amor , de donde nace el beneficio, le ha de considerar cada uno, como si á él solo hub ie ra Dios amado; y decir con San Pablo: que me amó ámíy se entregó á la muerte por mi. Considerados de esta ma-nera los beneficios y el amor de donde procedieron , despe r t a rán en n u e s t r a a lma g rande agradec imien to y g r a n d e amor á aque l que s i empre y con caridad pe r -pe tua nos a m ó .

Añaden los Santos (3) que el pedirnos Dios que le hagamos gracias por sus beneficios, no es porque él haya menes t e r que se lo agradezcamos; sino todo es

(1) Chrys. ad Ga la t—(2) Jerem., XXXI, 3 . - ( 3 ) Chrvs. hom. 2o in Gen.

para mayor bien y provecho nues t ro , para que de esa m a n e r a nos hagamos d ignos de nuevos beneficios. Dice San Berna rdo que así como la ingra t i tud y o lv i -do de los beneficios recibidos es causa de que Dios vaya despo jando al hombre de ellos: La ingra t i tud es un viento abrasador q u e lodo lo seca y consume, y de t i ene y c ier ra la fuen te de la divina misericordia (1); así la g ra t i t ud , el dar grac ias á Dios por los beneficios, es causa q u e Dios los vaya conservando y a c r e c e n -tando. Como los rios corren á la mar , que es como f u e n t e de ellos, para volver á salir de ella; así cuando volvemos á Dios los beneficios recibidos con h a c i -mien to de gracias , vue lven á manar en nosotros n u e -vos dones y beneficios.

CAPÍTULO VII

De los afec tos de admi rac ión y esperanza .

El qu in to afec to en que nos podemos ejerci tar en la oracion y meditación de la Pas ión, es admirac ión , de t en i éndonos y admi rándonos de que padezca y m u e r a Dios, que es impasible é inmorta l ; admi rándo-nos de q u e padezca y muera por aquel los mismos q u e le dan la m u e r t e , y tan indignos eran de todo bien; admi rándonos que padezca tan tos y ta les dolores y to rmen tos , cua les n ingún hombre mortal j amás pade-ció; a d m i r á n d o n o s de la inmensa caridad y piedad de Dios, y de su infinita sabidur ía , y del consejo alt ísimo q u e de el la salió, escogiendo un remedio tan c o n v e -

(1) Ingra t i tudo est ven tus u rens fontem pietat is , exsicans ro-r e m miser icordias e t g ra t i® fluenta non rec ip iens . Bernard, serm. contra ingratit., et serm. 1 in cap.jejunii.

Page 113: Tratado de Virtudes Cristianas

n ien t í s imo para salvar al hombre , con el cual c u m -pliese j u n t a m e n t e con su misericordia y con su j u s -ticia. E s t a r s e uno considerando estas cosas y otras s e m e j a n t e s , que aquí resplandecen, muy despacio, p o n d e r á n d o l a s y admirándose de ellas y de la bondad infinita d e l Señor que por cr ia turas tan viles y tan in-d ignas é ingratas las obró, es muy buena oracion. Y áun esa t i enen por muy alia contemplación, estarse uno e m b e b e c i d o y absorto considerando y ponderando las o b r a s maravillosas de Dios. Y cuanto uno tuviere mayor l u z y conocimiento de estos mis ter ios , y más los p o n d e r a r e , más se admira rá , y en aquel la admira-ción e s t á encerrado un amor g r a n d e de Dios y un re-c o n o c i m i e n t o y agradecimiento g rande de sus benefi-cios, y u a a confusion g rande nues t r a . Y así habernos de p r o c u r a r e jerci tarnos muchas veces en es te santo afecto, p o r q u e sacaremos de ello g randes provechos . E n los Sa mos pone muchas veces la Sagrada Escri tura, en el h e b r e o , al fin de los versos, aque l la palabra Selá, q u e deno ;a pausa, ponderación y admiración de aquel mister io , para enseñarnos q u e nos habernos de d e t e -ner en e s l e afecto en los misterios que medi tamos .

Lo s e x t o que podemos sacar de la medi tac ión de la Pasión e s una esperanza y confianza g r a n d e en Dios, porque cons ide rando el alma lo mucho q u e Dios ha hecho p o r ella, sin haberlo merecido, á n t e s hab ién -dolo d e s m e r e c i d o , y considerando la voluntad y gana tan g r a n d e que mues t ra Cristo nues t ro Redentor de mi sa lvac ión , pues esa e s la sed q u e en la cruz dijo q u e t e n í a ; levántase con esto á esperar de tal bondad y mise r i co rd ia que le dará todas las cosas necesar ias y c o n v e n i e n t e s para su salvación. Qui etiam proprio Filio suo m011 pepercit, sed pro nobis ómnibus tradidit illum, qucmodo non etiam cum illo omnia nobis donavit? dice el A p ó s t o l San Pablo: El que nos dió á su u n i -

géni to Hijo y le en t regó por nosotros á m u e r t e de cruz , todo nos lo dió con él (1). Y si esto hizo Dios por nosotros, áun s iendo enemigos , ¿qué hará cuando procuramos ser amigos? Nótese mucho esta razón, que es del Apóstol , y es de grandís imo consuelo: *Porque si cuando éramos enemigos de Dios, nos recon-cilió con él su Hijo muriendo, mucho más estando recon-ciliados, nos salvará viviendo en la gloria (2) :* Si s i e n d o enemigos y andando nosotros ofendiendo á Dios, nos miró él con ojos de misericordia y nos reconcilió tan á costa suya , ahora que somos amigos y que no le ha de costar la sangre y la vida como en tonces , sino q u e está ya hecha toda la costa, ¿con q u é ojos nos mirará? El que nos amó es tando afeados por nues t ros pecados, hac iéudonos tanto bien, ¿cómo no nos a m a -rá ahora que nos ha l impiado y emblanquec ido con su sangre preciosa? Si cuando nosotros hu íamos de él y resist íamos á sus inspiraciones, todavía nos b u s -caba y nos convidaba , y no nos de jó hasta t raernos á su casa, ¿cómo nos dejará y olvidará despues de t r a í -dos?

Ayudaráaos t ambién mucho para sacar es te a fec to de confianza, cavar y ahondar en la misericordia g rande de Dios, q u e para eso nos can ta la Iglesia que es propio de Dios tener misericordia y perdonar (3). Es verdad q u e Dios t amb ién es jus t ic ie ro , y tan gran-de es en él su just icia como su misericordia, porque en Dios lodo es una misma cosa; pero la obra más propia de Dios, y lo que él hace de suyo y más de voluntad, y la vir tud que más usa, es la misericordia , como lo can ta el Profeta Real: Para todos es bueno y

(1) Ad Rom., Vi l i , 32.—(2) Si e n i m , cum inimici essemus , r e -conciliati sumus Ueo pe r m o r t e m Filii e jus , multo magis recon-ciliati salvi e r imus in vi ta ipsius. Ad Rom., V, 10.—(3) Deus, cui propr ium est miserer i s e m p e r , et pa r ce r e .

Page 114: Tratado de Virtudes Cristianas

2 0 4 TRATADO SÉPTIMO, CAP. V i l

suave el Señor; pero sobre todas sus obras la misericordia es la que campea y resplandece más ( 1 ) . E s a e s ia o b r a que se dice más suya : tanto, q u e por a n t o n o m a s i a y excelencia se l lama obra de Dios. Y e l Apostol San Pablo llama á Dios rico en miser icordia (2). A u n q u e es rico en todo, dice pa r t i cu la rmen te q u e es rico en misericordia. Es manera de hablar p a r a significar e x -celencia en aquel lo . Como dec imos a c á : Fulano es rico en ganado , así Dios en lo que es a i á s rico, en lo q u e t iene excelencia y eminencia g r a n . d e su r iqueza, es en misericordia. *Dios, que p r i n c i p a l m e n t e en per-donar y tener misericordia mani f ies tas l u omnipo ten-cia (3) ,* le cauta la Iglesia. Eso es e s lo que se ma-nifiesta más la omnipotencia y g r a n d e z a de Dios, en perdonar y tener misericordia, y de e s o se precia el más . Como vemos que suele t a m b i é n acá un c a b a -llero, que t iene muchas gracias, p r e c ia rse más de la una , uno de jus ta r , otro de l iberal , a s : Dios se precia más de ser misericordioso.

Y así , dice San Bernardo (4), el t e a e r misericordia es obra propia de Dios y lo que él h a c e de suyo; por-q u e de su natura leza está manando mise r i co rd ias y beneficios. Y no ha menes ter n u e s t r o s merec imien tos , ni d e p e n d e de eso para usar con n o s o t r o s de mise r i -cordia; pero el cast igar , es como a j e n o de Dios, p o r -que para eso es menes te r que n o s o t r o s le p r o v o q u e -mos y compelamos á ello con n u e s t r o s pecados . Como la abe ja , que su condicion y p r o p i e d a d es hacer miel , pero el punzar , eso no lo hace ella s i n o cuando la mo-lestan y provocan á ello; como por f u e r z a y provocada

(1) Suavis Dominus univers is , et m i s e r a t i c i es e jus supe r o m -nia opera e jus . Ps. CXLIV, 9.—(2) Deus a u t e m , qui d ives est in miser icordia . Ad Eph., II, 4 . - ( 3 ) Deus, q u i o -mnipoten t iam tuam pa rcendo , et miserendo max ime m a n i f e s t a s . — ( 4 ) Bern , senti, ö de Nativit. Domini.

. . .

con injur ia v iene á hacer eso; así Dios, cuando viene á cast igar y condenar , es como por fuerza , provocado y como compel ido de nues t ros pecados. Y a u n en tón-ces, cuando muy provocado y como compelido viene á cast igar , declara bien su misericordia en el dolor y sent imiento que mues t r a , como se ve en muchos l u -gares de la Escr i tura . Cuando creciendo la maldad en los hombres , quiso Dios env ia r él di luvio, dice el tex-t o : *Tocado en lo interior de su corazon con grande do-lor, dijo: Destruir tengo al hombre que crié y raerlo de sobre la haz de la tierra (1).* Parece que le llegaba al corazon haber de asolar el mundo . Y cuando anunc ió la ruina de Je rusa l en , dice el sagrado Evangel io q u e lloró Cristo nues t ro Redentor : *Yiendo la c iudad, llo-ró sobre ella (2).* Y por Isaías dice: ¡Ay! que doma-ré satisfacción de mis contrarios y* me tengo de vengar de mis enemigos (3) , como el juez , q u e no puede d e -ja r de firmar la sentenc ia de muer te ; pero fírmala con lágr imas .

Y no sólo en esto, sino en el mismo castigo y j u i -cio con que Dios nos amenaza y nos qu ie re poner t e -mor , se echa b ien de ver su amor y misericordia i n -finita, y el deseo g rande q u e t iene de nues t ra salva-ción. San Crisòstomo nota esto muy bien sobre aquel lo d e l P r o f e t a : *Si no os convirtiérades, vibrará su espada; entesado tiene ya el arco y asestado; y en él aparejados están instrumentos de muerte, saetas de fuego (4 ) . C l e -mencia y piedad grande es del Señor , dice el Santo ,

(1) Et t ac tus dolore cordis in t r insecus , delebo, inqui t homi-n e m , q u e m creavi , a facie terras. Gen., VI, 6.—(2) Videns civita-tem l i e v i t s u p e r i l lam. Luc., XIX, 41.—(3) Heu! consolabor super hos t ibus meis , et v indicabor de inimicis meis . Isai., 1, 24 .— (4) Nisi convers i fuer i t i s , a r c u m suum te tendi t , et paravi t i l ium. Et in eo paravi t vasa mort is , sagi t tas suas a rden t ibus elfecit . Ps. VII , 13.

Page 115: Tratado de Virtudes Cristianas

2 0 6 TRATADO SÉPTIMO, CAP. VIL

amenazarnos con arco y espanta rnos , y exagerar con palabras el cast igo para que no vengamos a caer en él . Hase Dios con nosotros á la manera q u e se suelen habe r acá los padres que aman mucho á sus hi jos, q u e muest ran su enojo con palabras encarecidas, y dicen que harán y acontecerán para que el hijo t ema , y se enmiende con aquel lo , y no sea menes t e r veni r al castigo. Y más, que la espada h iere de cerca; pero el arco y la ballesta hieren de léjos; y para her i r con la espada, no es menes ter sino echa r mano y dar el go lpe ; pero para her i r con el arco, es menes t e r a r -m a r l e p r imero , y sacar las saetas de la a l jaba , y po-ner las en él , y al a r m a r y desarmar hace ruido, y por e s o nos amenaza el Señor con arco, para que t e n g a -m o s t iempo de huir el castigo y l ibrarnos de é l , c o n -f o r m e á aquel lo del Profe ta : *Diste señal á los que te temen, para que huyan del arco y se libren tus ama-dos (1) .* Y para des t ru i r el mundo con el di luvio, dió el pregón cien años án tes para que se recogiesen los hombres , como qu ien qu ie re soltar el toro. Todo es a m o r y deseo de no cast igar , si pudiese ser.

Y en la homilía diez y siete sobre el Génes is , t r a -t a n d o de cómo Dios cast igó á la serp ien te , porque ha-b í a engañado á Eva, dice el mismo santo: Mirad la misericordia g rande de Dios, que así como acá un pa-d r e que ama mucho á su hijo, no se con ten ta con cas-t i ga r al que le mató, sino toma la espada ó lanza con q u e le mató, y hácela mil pedazos; así hace Dios nues t ro Señor con la se rp ien te , que fué como la espa-d a y el ins t rumento de la malicia del demonio , c o n -denándola á pena pe rpe tua . Q u e no qu ie re Dios la m u e r t e del pecador , ni se hue lga con la perdición de

(1) Dedisti me tuen t ibus te s igni f lca l ionem, u t f ug i an t a facie a r cus , nt l i be r en tu r dilecli tu i . Ps. LIX, 6.

DE LA MEDITACION DE LA PASION DE CRISTO NTRO. R. 2 0 7

los hombres , que si eso fuera , har ta ocasion habé i s dado; porque si os hubié rades muer to cuando vos s a -béis, ya es luviérades en el infierno muchos años ha , y no quiso aquel la bondad y misericordia infinita dar licencia á la muer te ni al demonio para eso. *¿Quiero yo por ventura la muerte del pecador, y no más bien que se aparte de sus caminos (1)?* dice Dios por el profe ta Ezequie l : que no quiere él que os condeneis , que le costás tes muy caro; su sangre y vida le costastes, y así no quer r ía que se perdiese tan caro precio, sino que todos se convir t iesen y salvasen, como dice el A p ó s t o l S a n P a b l o : Qui omves homines vult salvos fieri et ad agnitionem veritatis venire (2): * Q u i e r e Dios q u e todos los hombres se salven y vengan en conocimien-to de la verdad.* De estas y otras semejan tes conside-raciones, de q u e tenemos llena la Sagrada Escr i tura y los Santos, nos habernos de ayuda r para confiar mucho en la misericordia de Dios, y espec ia lmente de lo que ahora t ra tamos q u e es acogernos á la pasión y méri tos de Jesucr i s to .

CAPÍTULO Y i l l De la imitación de Cristo que habernos de sacar de la medi tación

d e sus mis ter ios .

Lo sépt imo q u e habernos de sacar de la meditación y oracion de la Pasión y en que nos habernos de ejer-ci tar en ella, es imitación de las v i r tudes q u e allí res-plandecen en Cristo. Dos son las causas principales, dicen los Santos (3), para q u e el Hijo de Dios vino al

(1) Numquid voluntat is meas est mors impii , dicit Dominus Deus, et non u t conver ta tu r a viis suis et vivat? Ezech., XVI11 2 3 . - ( 2 ) 1 ad Tim., II , 4 . - ( 3 ) Bas., inconstit. Monast., cap. 2.

Page 116: Tratado de Virtudes Cristianas

mundo , haciéndose hombre y obrando estos s a c r a t í -s imos mister ios . La pr imera y principal f ué para r e -dimir al h o m b r e con su m u e r t e y pasión. La s e g u n d a para dar á los hombres e jemplo perfect ís imo de todas las v i r tudes y persuadir les con él que le imi tasen y siguiesen en ellas. Y por eso, habiendo hecho en la úl t ima cena aquel la obra de tan profundís ima humi l -dad , como fué hincarse de rodillas de lan te de sus dis-cípulos y lavarles los piés con sus divinas manos , les d i j o l u é g o : Exemplum dedi vobis, ut quemadmodum ego feci vobis, ita et vos facialis: Heos dado e jemplo , pa ra q u e hagais de la manera q u e yo he hecho (1). Y lo que entonces avisó de aquel la obra , quiso que e n -tendiésemos de todas las demás , como lo significó el Apóstol San Pedro en su pr imera canónica , donde ha-blando de la pasión del Señor , dice: Cristo padeció por nosotros, dejándoos ejemplo para que sigáis sus pisa-das (2). Y así dice el b i enaven tu rado San Agus t ín : La cruz, no sólo es cama en que m u e r e Cristo, sino es t ambién cátedra de la cual nos es tá enseñando con su e jemplo lo que habernos de hacer é imitar (3).

Y a u n q u e toda la vida de Cristo f u é un pe r fec t í s i -mo e jemplo y dechado de v i r tud ; p e r o en su pasión parece que quiso recopilar lo que en toda su vida por pa labra y e jemplo nos había enseñado, haciendo que resplandeciesen en ella en sumo grado todas las v i r -tudes . Y así habernos de procurar sacar de la conside-ración de estos misterios afectos de imitación de las v i r tudes de Cristo, cons iderando y ponderando d e s -pacio y con a tención cada v i r tud de por sí , y sacando de allí en la voluntad u n a afición y deseo g rande de

(1) Joan. , XII I , 15.—(2) Christus passns est pro nobis, vobis re l inquens exemplum, ut sequamini vestigia ejus. IPetri., I I , 21. —(3) Crux Christi non solum est leetulum morient is , sed et ca-thedra docentis. Aug. tract. 119 in Joan.

ella y una de te rminac ión y propósito eficaz de e j e r -ci tar y poner por obra sus actos y operaciones , y un odio y aborrec imiento g r a n d e del vicio contrar io: co-mo considerando la humi ldad de Cristo, q u e siendo Dios se aba jó tan to y se ofreció de voluntad á los des-precios y a f ren tas de los hombres , y á tales a f ren tas ; hase de estar el h o m b r e allí desprec iando á sí mismo, ten iéndose por cosa pequeña y vil, y estar deseando de corazon que no le honren , ni le es t imen , ni le den ven ta j a sobre los otros, y estar proponiendo que sí le sucediesen a lgunas a f ren tas y desprecios de los h o m -bres, los suf r i r ía de buena gana , y se holgar ía que se le ofreciesen, por imi tar y parecer en algo á Cristo nues t ro Señor ; y de la misma manera , cons iderando la paciencia de Cristo, ha de estar allí proponiendo con la voluntad de sufr i r y aceptar de buena gana cualesquier cosas adversas q u e le suced ie ren , y d e -sear q u e se le ofrezcan, y que Dios le envíe t rabajos y penas en es ta vida, por imi tar á Cristo nues t ro S é -ñor . Decía San Buenaven tu ra : No quiero , Señor , vivir sin l lagas y dolores, pues os veo á Vos tan lleno de ellas (1). De esta manera habernos de ir discurr iendo por todas las demás v i r tudes , por la obediencia , por la car idad, por la m a n s e d u m b r e , por la cast idad, por la pobreza, por la abs t inenc ia , pues todas r e s p l a n d e -cen allí, e j e rc i t ándonos en deseo de imitar á Cristo en todas el las .

Y hase de adver t i r aqu í , y lo tocamos t ambién a r -r iba (2), que en cada v i r tud habernos de d e s c e n d e r á casos par t iculares que se nos pueden of recer , a c e p -tándolos y holgándonos con ellos por amor de Dios, porque eso es lo q u e ap rovecha más q u e las g e n e r a -

(1) Nolo, Domine, s ine vulnere vivere, quia te video vulnera-tum. Bonav.—(2) Trat . 3, cap. 27.

E J E R . RODRIG.—Tom. I V . U

Page 117: Tratado de Virtudes Cristianas

l idades , y lo q u e habernos más menes t e r . Como si t r a t á i s dé la vir tud de la humi ldad , habéis de descen-der á imaginar los casos par t icu la res q u e se suelen ó p u e d e n ofrecer de vuestro desprecio y deses t ima; pri-m e r o los más fáciles, y despues otros más dificulto-sos q u e os parece que sent i r iades más si se os ofre-c iesen; y habeisos de es tar allí ac tuando y holgando e n ellos como si los tuv iésedes p resen tes . Y de la m i s m a manera , cuando tratais de la indiferencia , pa-c ienc ia , mortificación ó conformidad con la voluntad d e Dios, porque de esa manera se va poco á poco em-b e b i e n d o la v i r tud en el a lma, y remi t iendo y mi t i -g a n d o la pasión y vicio contrar io; y de esa manera se os h a r á más fácil la obra despues cuando se os ofrezca la ocasion, como á quien estaba ya p reven ido y aper-c ibido para ella, y para eso son los deseos y propósi-tos d e la oracion.

Con esto habernos dado muy copiosa y a b u n d a n t e ma te r i a , y muy rica y provechosa, para de tenernos en la oracion y meditación de la pasión de Cristo n u e s t r o Señor , y también en los misterios de su vida san t í s ima . Y no podrá decir nadie con razón que no s a b e qué hacer ni en q u é en t r e t ene r se en ella; pues habernos dicho tantos afectos en que en cada punto nos podemos de tene r . A lo cual se añade que en cada mis te r io y en cada afecto de esos, para movernos más á é l , podemos considerar y ponderar las cosas s i -g u i e n t e s : lo pr imero , qu ién es el q u e padece; lo se -g u n d o , q u é es lo que padece ; lo tercero , el modo con q u e lo padece; conviene á saber , la paciencia , humil-d a d , mansedumbre y amor con que su f re y abraza aque l los t rabajos y a f ren tas ; lo cuar to , por qu ién |o p a d e c e ; lo qu in to , de qu ién ; lo sexto , el lin por que lo padece : q u e son unos puntos q u e c o m u n m e n t e po-n e n y ponderan aquí los Santos , en que nos podemos d e t e n e r con mucho provecho.

Y aunque no hub ie ra otra cosa, en solo el postrero afecto de la imitación t enemos mater ia para toda la vida, lo cual se verá c l a ramen te por dos vias. Lo pr i -mero , porque podemos discurr i r por todas las v i r t u -des, pues de todas t enemos necesidad y todas las h a -l laremos allí en Cristo. Lo segundo , porque si en cada v i r tud vamos discurr iendo por los casos p a r t i c u -lares q u e se suelen y pueden ofrecer , y los habernos de de ja r lodos al lanados, y tan al lanados, que no s o -l a m e n t e los l levemos con paciencia , sino con gozo y alegría, conforme á lo q u e decíamos ar r iba (1), t e n e -mos bien en que en t ende r loda la v ida , áun en u n a sola v i r tud , cuánto más en tan tas . Y así digo que aun-que ios demás afectos son muy pr incipales , pero es le de la imitación es más principal y más necesar io que todos, p o r q u e con t iene el a fec to del amor de Dios y los otros que habernos dicho, y abraza todos los actos de las v i r tudes . De manera , que la imitación no es un afecto solo, sino un compendio y s u m a de todos los afectos santos en que consiste la vida crist iana y la perfección de el la. Y así es te ha de ser nues t ro en t re -ten imien to ordinario en la oracion de la pasión de Cristo y de su vida sant ís ima, y el f ru to principal q u e habernos de procurar sacar de ella, ins is t iendo cada uno en la imitación de aquel la v i r tud de q u e t iene más necesidad, de ten iéndose y cavando y a h o n d a n d o y ac tuándose en ella, has ta que se le vaya e m b e -biendo y ar ra igando y en t rañando en el corazon, y se vaya mit igando y apac iguando la pasión y vicio contrar io , y despues pasar á otra v i r tud , y despues á otra. Y esto es mejor y de más provecho que picar en la oracion e n muchas cosas y pasar l igeramente por e l las .

(1) Trat . I l l , cap. 27.

Page 118: Tratado de Virtudes Cristianas

CAPÍTULO IX

En que se conf i rma con a lgunos e jemplos cuán provechosa y agradable sea á Dios la medi tac ión de la pasión de Cristo nues t ro Reden tor .

Silvestro refiere de Santa María Magdalena (1) que habiéndose ret i rado despues de la Ascensión de Cristo nues t ro Reden tor á un áspero des ier to , donde perse-veró por espacio de t re in ta y dos años, quiso nuestro Señor enseñar le en qué ejercicio se había de ocupar en aquel la soledad con q u e más le agradase y le f u e -se más acepta . Y para es to le envió al principio al arcángel San Miguel , con una hermos í s ima cruz en las manos , la cua l 'puso á la puer ta de sü cueva , para q u e teniéndola de lan te la Santa á todas horas sin po-der la perder de vista , tampoco pudiese perder de vis-ta los sagrados misterios q u e ella r ep resen taba y en ella se habían obrado. Y así, todo el t iempo q u e e s -tuvo en la soledad, medi taba con t inuamen te en estos misterios de la pasión y m u e r t e de su Redentor y Maestro. Esto reveló la Santa á un siervo de Dios de la Orden de Santo Domingo, como más l a rgamente lo refiere el mismo Si lves t ro .

Ludolfo Cartusiano cuen ta de un siervo de Dios (2) q u e vivía en soledad con vida muy per fec ta y santa, q u e deseaba mucho servi r á nues t ro Señor y saber en par t icu lar qué obras y servicios le e ran más agrada-bles para hacerlos por su amor ; pedía al Señor con mucho fervor é instancia sé lo manifes tase; y estando u n a vez en oracion pidiendo lo q u e solía, se le apare-

c í ) Silvester , in Rosa Aurea, serm. de sancta Maria Magdale-ne—(i) Vita Christi, in procemio Pass ionis .

ció -Cristo todo llagado, desnudo y temblando, con una pesada cruz sobre sus hombros , y le dijo: Una de las cosas q u e más me agradan , y en que mis s i e r -vos m e harán mayor servicio, es en ayuda rme á l l e -var esta cruz; lo cual harán acompañándome con la consideración en todas mis penas y trabajos, y s i n -t iéndolos t i e rnamen te en su corazon. Y dichas estas palabras desapareció . ^ Yincencio, San Antonino y Surio , en la vida de San

E t m u n d o , arzobispo de Conlurbel en Ingla terra , c u e n -tan (1) que siendo este San to niño de poca edad y es-tudiando en la univers idad de Oxonia los principios de g ramát ica , yendo un día solo por el campo o c u p a -do en san tas medi taciones , r epen t inamen te se le apa-reció el niño J E S Ü S blanco y colorado, como le pinta la Esposa (2), y dándosele á conocer, y trabando con él a lgunas suavís imas plát icas, e n t r e otras cosas le aconsejó y encomendó mucho que de allí ade lan te pensase lodos los días en a lgún mister io de su vida, pasión y m u e r t e sacrat ís ima; asegurándole que esto le sería de g rande a y u d a y socorro contra el demonio y sus asechanzas, y eficacísimo remedio para alcanzar y conservarse en toda v i r tud , y para despues tener una buena y dichosa m u e r t e . Y dicho es te tan s a l u -dable consejo desapareció, de jando al niño E t m u n d o con gran consuelo en su corazon. Y desde en tónces puso dil igencia en medi tar todos los días á las noches algún mister io de la vida ó pasión de Cristo nues t ro Señor; y de esta meditación sacaba gran devocion, y no ménos provecho y remedio para todas sus cosas.

En la historia de San to Domingo (3) se escr ibe de

(1) Vincentius, in Speculo historlali, Antonin . 3 part. histor., quos refer t S u r i u s , t o m . 6 .—(2) Cant .V, 10.—(3) l 'ar t . 1, lib. I , cap. 61, de la Historia de la orden de los Predicadores.

Page 119: Tratado de Virtudes Cristianas

un religioso de aquel la sagrada OrdeD, a leman de na-ción, y de m u c h a vir tud y sant idad, que desde muy mozo tuvo par t icular ís ima devocion á la pasión de Cristo, en la cual solía pensar muy á menudo con gran sen t imiento y lágr imas, y reverenciar sus sacra-t ísimas l lagas, d ic iendo á cada una de ellas aquel las palabras de la ig les ia (1): Adorárnoste, Cristo, y b e n -decírnoste, p o r q u e por tu santa cruz r ed imis te el m u n d o . ¥ diciéndo.las, h incaba cinco veces las rod i -llas en el suelo, rezando cada vez la oracion del Pa-ter noster, y supl icando á Dios le diese su santo temor y amor . Y cuán acep ta y agradab le le fuese es ta d e -vocion, lo mostró b ien en u n a s ingular merced y r e -galo que le hizo, es tando en oracion, apareciéndosele Cristo nues t ro Reden tor m u y benigno y h u m a n o , y convidándole á q u e l legase sin miedo á gozar de sus llagas: lo cual él hizo con profunda reverenc ia y h u -mildad, l legando la boca á ellas, y de ello f ué t an t a la suavidad y dulzura q u e sint ió en su án ima , que de all í ade lan te todo lo que no era Dios, le era a m a r g u r a y to rmento incre íb le .

Lipomano y Sur io cuen t an (2) del santo Abad Pale-món , maestro de San Pacomio, que habiéndole un día de Pascua de Resurrecc ión aderezado Pacomio para la comida las horta l izas ordinar ias con un poco de acei te y sal por ser el día q u e e ra , sol iendo los demás días comer solas yerbas con un poco de sal; v iéndolas el santo viejo guisadas con acei te , comenzó á llorar y der ramar muchas lágr imas acordándose de la pasión del Señor , y diciendo: Mi Señor f ué puesto en una cruz , y ¿había yo de a t r e v e r m e á comer acei te? nunca

(1) Adoramus t e , Christe , et benedic imus tibi, quia pe r Crucero sanc tam íuam redemis t i rnundum.— (2) Lipom. et Sur ius , in vita S. Pacomii, mensejunii.

Dios tal qu i e r a (1). Replicóle su discípulo Pacomio q u e era Pascua y que por serlo se podía permi t i r aque l regalo; pero por m u c h a instancia que le hizo á que las probase , no lo pudo acabar con é l .

Cuéntase de u n caut ivo crist iano (2) q u e era m u y devoto de la pas ión de Cristo, y por la con t inua m e -moria q u e de ella t raía , andaba s i empre triste y lloro-so: viéndole así el t irano, á quien servía , p r e g u n t á -bale a lgunas veces por q u é andaba t r is te y no se a legraba con los demás compañeros : él s iempre le respondía q u e no podía más, porque traía en su cora-zon impresa la pasión del Señor . Oyendo esta r e s -pues ta el t i rano, quiso ver si decía verdad; y h a c i é n -dole abr i r el pecho y sacar el corazon, hallaron den t ro de él una imágen de Cristo crucificado, pe r f ec t í s ima-men te fo rmada , la cual maravil la fué par te para q u e el t i rano se convir t iese á la fe.

Semejan te es á esto lo q u e se cuen ta de la santa v i rgen Clara de Monte Falco (3), q u e habiendo sido en su vida m u y devota de la pasión de Cristo, des -pues de muer t a f ué hal lado en su corazon, á la una pa r t e de él , tin Cristo crucificado con tres clavos, lan-za, esponja y caña, todo hecho de la misma ca rne de la Santa pe r fec t í s imámente ; y á la otra pa r t e es taban los azotes de cinco ramales, la co lumna y corona de espinas, la cual maravil la hasta hoy día se mues t r a en Monte Fa lco , lugar de I ta l ia .

(1) Domiuus meus. crucif ixus est , et e g o n u n c oleum coraedam? — ( 2 ) Fr . Thom. Can t impra t . lib. 1 deapibus,cap. ultim— (3) Par . 2, l ib . 4, cap . 22 , de la Crónica de San Francisco.

Page 120: Tratado de Virtudes Cristianas

T R A T A D O O C T A V O

DE LA SAGRADA COMUNION Y SANTO SACRIFICIO DE LA MISA

CAPÍTULO PRIMERO

Del beneficio inest imable y amor grande que el Señor nos mostró en inst i tuir este divino Sacramento.

Dos obras nos ha mos t r ado Dios las más ins igues y que más pasman y a t a j an los juicios de los hombres , que todas cuaDtas ha hecho, y tan artificiosas, que hablando de ellas el profe ta Isaías las l lama inven-c i o n e s d e Dios: Notas facite in populis adinventiones ejus (1): *Anunciad á las gen te s sus invenciones:* obras que parece se puso á pensar en que mostrarse comunicador y d e r r a m a d o r de sí mismo. La primera obra fué su Enca rnac ión , en la cual el Verbo del Pa-dre se j u n t ó y unió con n u e s t r a na tura leza con una trabazón tan t rabada y con un nudo t an apre tado y tan jun io , que en u n a persona quedó Dios y el h o m -bre . Nudo ciego á toda la razón del m u n d o , y á solo él claro; á todos t in ieb las y oscur idad, y á solo él luz y clar idad: nudo inso lub le , q u e lo que u n a vez jun tó ,

(1) hai., SII, 4.

nunca j amas se desa tará ni desa tó : Quodsemel assump-sit, numquam dimisit.

Dice San Dionisio (l) que el amor es v i r tud u n i t i -va , q u e t ransforma al aman te en el amado y hace de los dos uno . Pues lo que j amas pudo hacer amor a l -guno que hubiese en la t ie r ra , eso hizo el amor de Dios por el hombre . J amas se vió de los cielos aba jo que el amor hiciese ve rdade ramen te uno al q u e a m a -ba y al amado: de los cielos a r r iba bien se ve; la mis-ma natura leza del Padre es la del Hijo, y son uno; pero de los cielos abajo tal unión j a m a s se hizo. Pues fué tan g rande el amor que Dios tuvo al hombre , q u e se j u n t ó y unió con el hombre , de tal suer te , q u e de Dios y del h o m b r e quedó sola una persona; y tan una , que el hombre es verdadero Dios, y Dios es verdade-ro hombre : y iodo lo que es propio de Dios, con ver-dad y con propiedad se dice del hombre . Y por el contrar io , lo q u e es propio del hombre , se dice t a m -bién de Dios. De manera , q u e el que veían los h o m -bres, era Dios; el q u e veían hablar con ins t rumen to de boca corporal , era Dios; el q u e veían comer , anda r y a fanar , e ra Dios. Tenía na tura leza h u m a n a rea lmen-te y operaciones humanas , el que las hacía era Dios, dice el profe ta Isaías: ¿Quién jamas vió ni oyó tal cosa (2)? ¡Dios niño. Dios envuel to en pañales, Dios llorar, Dios t ene r flaqueza, y cansarse y sufr i r dolores y tormentos! Allá dice el Real Profeta que pusis tes , Señor , vues t ro asiento muy alto, y que no llegaría á Vos azote ni t rabajo (3); pero ahora , Señor , vemos que han l legado á Vos los azotes, los clavos, las es -pinas, y que os han pues to en una cruz; cosa tan a je -

(1) Dionys. Areop. cap. 4 de div. nom.—(2) Quis audivit u n -quam tale," et quis vidit huic simile? ¡sai., LXVI, 8.—(3) Altissi-mnm posuisti re fugium tuum, non accedei ad te malum, et fiage-llum non appropinquabit tabernaculo tuo. Ps. XC, 9.

Page 121: Tratado de Virtudes Cristianas

na (le Dios, dice Isaías (1 ) , cosa peregr ina , obra que pasma y ataja los ju ic ios d e los hombres y de los án-geles .

Otra obra hizo Dios ( invenc ión propia de su infini-to amor) , que fué la i n s t i t u c i ó n del sant ís imo Sacra-men to . En la pr imera c u b r i ó su Ser divino con una cort ina de carne para q u e le pudiésemos ver; en esta cubre no sólo lo div ino, s i n o también lo h u m a n o , con la cort ina de los a c c i d e n t e s de pan y vino, para que le podamos comer . E n la pr imera en t r añó Dios al hombre , uniendo la n a t u r a l e z a h u m a n a con el Yerbo divino; entróle en las e n t r a ñ a s de Dios; en esta se -g u n d a quiere que vos l e ent rañeis á él en las vues -tras. Antes estaba el h o m b r e unido con Dios; ahora qu ie re Dios y h o m b r e u n i r s e con vos. E n la pr imera la comunicación y u n i ó n f u é con sola una natura leza s ingular , que es la s a c r a t í s i m a humanidad de Cristo nues t ro Señor , q u e p e r s o n a l m e n t e está unida con el Verbo divino; en es ta s e g u n d a únese con cada uno que le recibe s i n g u l a r m e n t e , y hácese una cosa con él , ya que no por u n i ó n hipostát ica ó personal , que eso no convenía, por la un ión más ín t ima y más es-trecha que se pudo i m a g i n a r fuera de aque l l a . El que come mi carne y bebe mi sangre, está en' mí y yo en él, dice el mismo Señor (¡2). ¡Obra maravillosa! No sólo es la mayor de sus m a r a v i l l a s , como dice Santo To-mas (3), sino es u n a c i f r a y recopilación de todas ellas (4).

Del rey Asuero c u e n t a la Sagrada Escr i tura que hizo un grande y so lemne c o n v i t e , que duró c iento y

(1) Peregr in imi est o p u s e j u s a b eo . ¡sai., XXVIII, 21.— (2) J o a n . , VI, 57.—(3) M i r a c u l o r u m ab ipso f ac to rum m a x i m u m . S. Thom. serm. festi Corporis Christi.—(i) Memoriam feci t m i -rab i l ium suorum mi se r i co r s e t miserator Dominus, escam dedit t iment ibus se . Ps. CX, 4 .

ochen ta días, para mos t ra r sus g randes r iquezas y la gloria de su poder (1): así es te gran rey Asuero, Cris-to nues t ro Redentor , quiso hacer un convi te real, en el cual mostrase la grandeza de sus tesoros y r iquezas y el poder y majes tad de su glor ia : porque el manja r que nos da en este convi te es el mismo Dios, obra que admira y espanta t ambién al mundo , no ménos que la pr imera . Y á u n en sola la sombra de este admirab le misterio, que f u é el maná , se admiraron: Manhu? quid, est hoc? *;.qué es esto (2)?* Y despues decían: Quomo-do potest kic nolis carnem suam daré ad manducandum? ¿Que es posible que habernos de comer su carne (3)? Y no dura es te convi te c iento y ochen ta días, como duró el del Rey Asuero, siuo mil y seiscientos años, y dura rá hasta el fin del mundo , y s i empre comemos y s iempre du ra . Con razón se admira y exclama el P r o f e t a : Venid y ved las obras del Señor, los prodigios que ha hecho sobre la tierra (4) . P a s m a el a r t i f i c io y s a -biduría de los consejos de Dios que tomó para la salud de los hombres . De esta s egunda obra habernos de tra-tar ahora : dénos el Señor su gracia para ello, que bien la habernos menes te r .

El glorioso Apóstol y Evangel i s ta San J u a n en su sagrado Evangel io t ra tando de la inst i tución de es te sant ís imo Sacramento dice: Cum dilexisset suos, qui erant in mundo, in finem dilexit eos: C o m o a m a s e C r i s -to nues t ro Redentor á los suyos, que tenía en el m u n -do, en el fin seña ladamente los amó (5): porque en-tonces les hizo mayores beneficios y les dejó mayores p rendas de amor , en t re las cuales una de las p r i nc i -pales ó la más principal f ué es te sant ís imo Sacramen-

t o Ut os tendere t divitias gloriai Regni su i . Esther., I , 4 . - ( 2 ) Exod., XVI. 15.—(3) Joan . , VI, 5 3 . - ( 4 ) Venite, e t R i d e t e opera Domini , q u a posui t prodigia super t e r r a m . Ps. X L \ , 9.— (5) Joan . , XIII, 1.

Page 122: Tratado de Virtudes Cristianas

t o , quedándose en él su Majes tad ve rdade ra y r ea l -m e n t e ; én lo cual nos declaró bien el amor g rande q u e nos ten ía ; p o r q u e la condicion del amor v e r d a -de ro es que re r tener s i empre p r e s e n t e al q u e ama , y goza r s i empre d e su compañía . Y así , hab iéndose de p a r t i r Cristo nues t ro Reden to r d e es te m u n d o á su P a d r e , quiso d e tal mane ra par t i r se , q u e del lodo no se pa r t i e se ; y de tal mane ra i rse, q u e t a m b i é n se que-d a s e . Así como salió del cielo sin de jar el cielo, así sa le aho ra de la t ie r ra sin de j a r la t ie r ra ; y así como salió del P a d r e sin de ja r le , así sale aho ra d e sus hi jos sin de ja r los (1) .

Más: es t a m b i é n condicion del amor desear vivir en la m e m o r i a del amado y que re r q u e s i empre se a c u e r -d e d e é l . y pa ra eso se dan los q u e se a m a n , cuando se a p a r t a n , a lgunos memor ia le s y p rendas q u e des-p i e r t e n es ta m e m o r i a . P u e s para q u e no nos olvidáse-m o s de él , nos de jó por memoria l es te san t í s imo Sa-c r a m e n t o , en q u e se q u e d a él mi smo en persona , no q u e r i e n d o q u e e n t r e él y nosotros h a y a ot ra menor p r e n d a q u e desp i e r t e es ta memor ia q u e él mismo. Yasí , en acabando d e ins t i tu i r es te san t í s imo Sac ramen to , d i jo : Cada vez q u e ce leb rá redes es te mis ter io , cele-brad lo en m e m o r i a d e mí (2), acordándoos d e lo mu-cho q u e os a m é , de lo m u c h o q u e os qu i se , y de lo m u c h o q u e po r vues t ra causa padec í .

E n g r a n d e c í a mucho Moisen al pueblo de I s rae l , q u e no hab ía nación tan g r a n d e q u e tuv iese á Dios tan ce r cano á sí como ellos: *No hay otra nación tan gran-de, que tenga los dioses tan cercanos, *como tenemos nosotros á nuestro Dios, atento siempre á todas nuestras

( i ) Exivi a Pa t r e , et veni in m u n d u m : i t e rum rel inquo m u n -d u m , e t vado ad P a t r e m . Joan., XVI, 28.—(2) Hoc faeile in meam c o m m e m o r a t i o n e m . Luc., XXII, 1 9 . — / ad Cor., XF, 24 et 26.

súplicas (1).* Y Salomon hab iendo edificado el t e m -plo, se e span t aba y decía : ¿Es pos ib le q u e more Dios con los h o m b r e s en la t ierra? Si el cielo y los cielos de los cielos con toda su a n c h u r a no bas tan , Señor , para daros lugar , ¿cuánto ménos bas tará e s t a p e q u e -ña casa q u e yo h e edificado (2)? ¿Con cuán t a mayor razón podemos nosot ros dec i r es to , pues ya no la som-bra y la figura, s ino al mismo Dios t enemos en n u e s -t r a c o m p a ñ í a ? Ecce ego vobiscum sum ómnibus diebus usque ad consummationem sasculi'(3): * M i r a d q u e y o estoy con vosotros todos los días has ta la c o n s u m a -ción de los siglos.* Gran consuelo y favor fué q u e r e r q u e d a r s e Cristo nues t ro R e d e n t o r e n nues t r a c o m p a -ñía para consue lo y alivio d e nues t ra pe reg r inac ión . Si acá la compañía d e un amigo nos es consue lo en nues t ros t r aba jo s y afl icciones, ¿qué será t e n e r en nues t r a compañía al mi smo Jesucr i s to , y ver q u e é n -t r e Dios por nues t r a s p u e r t a s , y se pasee por n u e s -t ros barrios y cal les, y se d e j e l levar y sea portá t i l y q u e le t engamos d e as ien to en nues t ros t emplos , y 3ue le podamos visi tar m u c h a s veces y á todas ho ras ,

e día y d e n o c h e , y t ra ta r allí con él nues t ros n e g o -cios cara á ca ra , dándole cuen t a d e nues t ros t r aba jos , y comunicándo le nues t r a s ten tac iones , y p id iéndo le remedio y favor pa ra todas nues t r a s neces idades , con-fiados q u e qu ien nos a m ó tan to , q u e quiso e s t a r t a n cerca de nosotros , no es ta rá léjos para r emed ia rnos? A n d a r é y p o n d r é mi as ien to en medio d e vosotros; i ré donde me qu i s i é redes l levar ; pasea rme h e por vues t ras calle«, honraros h e (4). ¿Qué corazon hay q u e no se en te rnezca é inf lame v iendo á Dios tan casero?

( ! ) Nec est alia natio t am grandis , qure habea t déos app rop in -quantes sibi, sicut Deus noster ades t cunc t i sobsecra t ion ibus nos-tris. Deut., IV, 7 .—(2) 111 Reg . , VIH, 57.—(.3) Matth., XXVIII, 20.—(4) Ponam t abe rnacu lum m e a m in medio ves t r i ; . . . a m b u l a -bo inter vos, e t ero Deus ves ter . Levit., XXVI, 11.

Page 123: Tratado de Virtudes Cristianas

No se contentó el Señor con que le tuv iésemos e n nuest ros templos y casas, s ino quiso que le t uv i é semos den t ro de nosotros mismos: quiso en t rañarse en nues -tro corazon; quiso que vos mismo fuésedes el t e m p l o y el cáliz, la custodia y relicario donde es tuv iese y se deposi tase es te sant ís imo Sac ramen to (1). No nos le dan aquí á besar como á los pas tores y reyes , s ino pa ra recibirle en nues t ras en t r añas . ¡Oh amor inefab le ! ¡Oh largueza nunca oida! ¡Que reciba yo en mi pecho y en mis en t rañas al mismo Dios en persona! ¡Al mis -mo Jesucr is to , verdadero Dios y verdadero h o m b r e ! ¡Al mismo que recibió y t r a j o ^"sac ra t í s ima Re ina de los Angeles nueve meses en sus en t rañas pu r í s imas ! Si Santa Isabel madre del glorioso Baut i s ta , por e n -t rar en su casa la Virgen vues t ra Madre en c u y a s e n -t rañas , íbades Vos, marav i l l ada y l lena de E s p í r i t u Santo dió voces diciendo: El unde hoc mihi, ut venial MaterDomini mei ad me (2)? ¿De dónde á mí , q u e v e n -ga la Madre de Dios á mí? ¿ Q u é diré vo viendo q u e no por las puer tas de mi casa mate r ia l , s ino de mi c u e r -po y alma, dent ro de mí mismo ent rá i s Vos, S e ñ o r , Hijo de Dios vivo? Con c u á n t o mayor razón d i ré : ¿De dónde á mi (3)? ¿á mí, que t an to t iempo he sido m o -rada del demonio? ¿á mí, q u e tan tas veces os he o f e n -dido? ¿á mí, tan desconocido é ingra to? ¿De dónde á mi , sino de la grandeza de vues t ra miser icordia , de ser Vos quien sois, tan bueno , tan amador de los h o m -bres? ¿De dónde , sino de ese infinito amor vues t ro?

Anaden y ponderan aqu í los San tos , y con m u c h a razón, que si este beneficio concediera el Señor á so-los inocentes y limpios, á u n fue ra dád iva i nes t imab le : mas ¿qué di remos que por el mismo caso q u e se q u i -

(1) Inter u b e r a mea c o m m o r a b i t u r . Cant., I, 12.—(2) Lúe., I , 43.— (3) Et u n d e hoc mihi?

so comunicar á estos, se obligó á pasar por las manos de muchos malos minis t ros ; y así como permi t ió ser crucificado por manos de aquel los perversos sayones por nues t ro amor , así pe rmi t e ahora ser t ra tado con manos de malos y perversos sacerdotes , y en t ra r en las bocas v ' c u e r p o s sucios y hediondos de muchos ma-los y pecadores por visitar y consolar á sus amigos? A todo esto se pone el Señor , y quiere ser otra y otras m u c h a s veces vendido, y escarnecido, y crucif icado, y pues to en t re ladrones: al modo q u e dice San Pablo que ios q u e pecan , tornan á crucif icar á Jesucr is to , cuan to es de su par te (1); todo por comunicárseos á vos . Mirad si t enemos bien que ag radece r l e , y buen porqué para servi r le . Canta la Iglesia , y espántase que no tuviese horror es te g ran Señor de ent rar en el v ien t re de una doncella (2); pues co te jad la pureza de aquella doncel la y la impur idad nues t r a , y veré is cuán to mayor razón tenemos para espan ta rnos q u e no tenga horror de en t ra r en el pecho de un pecador .

CAPÍTULO II

De las excelencias y cosas maravi l losas que la fe nos enseña que habernos de creer en este divino S a c r a m e n t o .

Muchas cosas maravi l losas nos enseña la fe católica que obran aquí las palabras de la consagrac ión. La pr imera es, q u e habernos de creer que , en acabando de pronunciar el sacerdote las palabras de la consa -gración s o b r e j a t^ostia, es tá allí el verdadero cue rpo de Cristo nues t ro Reden to r , el mismo q u e nació de las en t rañas v i rg inales de la sacra t ís ima Virgen, y el

(1) Grucifigentes s ibimet ipsis Fi l ium Dei. Ad Hebr. VI, 6.— (2) Non hor ru i s t i Virginis u t e r u m .

Page 124: Tratado de Virtudes Cristianas

mismo que es tuvo en la cruz y resuci tó , y el mismo que ahora e s t á sentado á la diestra de Dios Padre . Y en acabando de pronunciar el sacerdote las palabras de la consagración sobre el cáliz, es tá allí su verdade-ra y preciosa sangre . Y diciéndose e n u n a misma hora cien mil misas en toda la Iglesia, en el p u n t o que aca-ba el sacerdote de pronunciar las palabras de la con-sagración, ob ra Dios esta convers ión maravi l losa; y en todas ellas está real y ve rdade ramen te el cuerpo y sangre de nues t ro Reden to r , y aquí le es tán consu-miendo, y allí le están consagrando, y en todas par-tes es uno.

La segunda cosa maravil losa que aqu í habernos de creer , es que despues de las palabras de la consagra-ción no q u e d a allí pan ni vino; a u n q u e á nuest ros ojos, tac to , g u s t o y olfato parezca que sí, pero la fe nos dice que n o . Dijo el patr iarca Isaac á su hijo J a -cob, cuando p a r a alcanzar la bendición y mayorazgo cubr ió sus m a n o s con unos pellejos de cabri to para parecer á su h e r m a n o Esaú: La voz es de Jacob; pero las manos son de Esaú (1). Así aquí , lo q u e palpamos con las manos y tocamos con nues t ros sent idos , p a -rece pan y p a r e c e vino; pero la voz, q u e es la fe (2), otra cosa nos d i ce . La fe suple aquí la fal la de los sent idos (3). Y allá en el maná , sombra y figura de este Sac ramento , hubo también esto que sabía el ma-ná á todas las cosas: sabía á perdiz y no e ra perdiz; sabía á t r ucha y no era t r ucha : así es te divino maná sabe á pan y no es pan; sabe á vino y no es vino.

En los d e m á s sacramentos no se muda la materia en otra, sino el agua en el baut ismo se q u e d a agua, y el olio olio e n el sacramento de la confirmación y

(1) Vox q u i d e m ; vox Jacob est ; sed manus , m a n u s sunt Esau. Gen., XXVII, 22 .—(2) Ergo fides ex aud i tu . Ad Rom., X, 1 7 . -(3) Prasslet fides s u p p l e m e n t u m sensuum defec tu i .

ext rema-unción; pero en este Sacramento múdase la mater ia , ü e manera , que aquello que parece pan , no es pan , y aquello q u e parece vino, no es vino; sino la sus tancia del pan se muda y convier te en el verdade-ro cuerpo de Cristo nues t ro Salvador , y la sustancia del vino en su sangre preciosa. Dice muy bien San Ambrosio: Quien pudo hacer algo de nada, criando los cielos y la t ierra , mucho más podrá hacer una co-sa de otra y mudar una sustancia en otra (1). Y más ; vemos que el pan que cada día comemos, por vir tud del calor na tura! en breve espacio se muda en n u e s -tra carne ; mucho mejor podrá la vir tud omnipo ten te de Dios hacer en un ins tan te esta conversión maravi -llosa. Y para que con un espan to se nos qu i t e otro, mucho más es que Dios se haya hecho hombre sin dejar de ser Dios, q u e no q u e el pan de jando de ser pan se vuelva en carne . Pues con aquella virtud divi-na , con la cual el Hijo de Dios se hizo hombre , con esa misma el pan y el vino se convier ten en la carne y s a n g r e d e C r i s t o : Quia non erit impossibile apud Deum omne verbum (2 ) : A Dios n inguna cosa le es imposible , como dijo el Angel á n u e s t r a Señora .

Lo tercero , hay otra cosa par t icular en esta conver-SÍOD, que no es al modo de las demás convers iones na tura les , en las cuales , cuando una cosa se conv ie r -te en otra , queda algo de la sustancia de la cosa q u e se muda , porque la mater ia se es la misma, y so la-men te se muda la forma, como cuando la t ierra se convier te en pla ta , y el agua en cr is ta l : es como cuan-do de un poco de barro ó cerca hacéis u n a vez un ca-ballo, otra un leoti. Pero en esta admirab le c o n v e r -sión despues de la consagración en la hostia no q u e -

(1) Ambros. lib. de his qui initiantur minist., cap. 9 .—(2) Luc., I, 37.

EJER. RODWG.—Tom. I V , 15

Page 125: Tratado de Virtudes Cristianas

da nada de la sus tanc ia de l pan, y en el cáliz no queda nada de la s u s t a n c i a del vino, ni de la forma ni de la mater ia , sino q u e toda la sustancia de! pan se convier te y muda en l o d o el cuerpo de Cristo; y toda la sustancia del v ino e n toda su sangre preciosa. Y así la Iglesia con m u c h a convenienc ia y propiedad, como dice el Concilio T r i d e n t i n o ( I ) , para s ignif icar-nos esta total convers ión , la l lama t ransustanciacion, que quiere decir m u d a n z a do una sus tancia en otra. Porque así como la g e n e r a c i ó n na tura l , po rque en ella se muda la forma, se p u e d e l lamar propiamente trans-formación; así en este S a c r a m e n t o , porque toda la sustancia del pan y del v i n o se convier te en toda la sustancia del cuerpo y s a n g r e de Cristo, se llama con m u c h a razón t r a n s u s t a n c i a c i o n .

De manera , que no q u e d a en este Sacramento cosa a lguna de la sustancia d e l p a n ni de la sustancia del vino, sino solamente q u e d a allí el color, olor, sabor y los demás accidentes del p a n y del vino, q u e l laman especies sacramenta les . Y es t a e s o t r a maravil la gran-de que resplandece e n e s t e santísimo Sacramento, que es tán allí eslos a c c i d e n t e s sin estar en sustancia y su je to a lguno, s iendo p r o p i o de los accidentes estar j un tos y pegados con la sus t anc ia , como lo enseña toda la filosofía; p o r q u e la blancura , claro está que n a t u r a l m e n t e no puede e s t a r por sí, sino j uu t a y p e -gada con a lguna s u s t a n c i a ; y el sabor y el olor t a m -bién. Pero aquí , sobre t o d o órden de natura leza , se quedan los mismos a c c i d e n t e s del pan y del vino sien-do sobrena tu ra lmen te s u s t e n t a d o s ^or sí solos, como en el aire*, porque la s u s t a n c i a del pan y del vino ya no es tá allí, como h a b e r n o s dicho; y en el cuerpo y

( i ) Concil. Trident. $es». 13, de SancUssime Eucharist. Sacra-mento, cap. 4.

sangre de Cristo, que sucede en su lugar , no pueden es tar aquel los acc identes , y así los t iene y sus t en ta Dios de por sí con un perpe tuo milagro.

Más: habernos de creer que en es te sant ís imo S a -cramento deba jo de aquel las especies y acc identes de pan está no solo el cuerpo de Cristo, sino todo Cr is -to, verdadero Dios y verdadero hombre , así como es tá en el cielo. De manera que en la hostia j u n t a m e n t e con el cuerpo es tá también la sangre de Cristo n u e s -tro Redentor , y su án ima sacrat ís ima, y su sant í s ima divinidad. De la misma manera en el cáliz debajo de las especies de vino está no so lamente la sangre de Cristo, sino t ambién el cuerpo, y el án ima y la d iv i -nidad. Pero advier ten los Teólogos q u e no es lán aqu í todas estas cosas por una misma razón y manera ; sino unas están en este Sacramento por vir tud y eficacia de las palabras de la consagración, y otras por via de concomitancia ó compañía . Aquello se dice es tar en este Sacramento por v i r tud y eficacia de las palabras , que se significa y explica por las mismas palabras de la forma de la consagración. Y de es ta manera no es tá en la host ia más q u e el cuerpo de Cristo, ni e n el cáliz más q u e la sangre , porque las palabras hacen lo que significan, y eso solo es lo q u e signif ican: «Este es mi cuerpo:» «Esta es mi sangre .» Aquellas cosas se dicen estar por via de concomitancia ó compañía , que están j u n t a s y en compañía de aquel lo que se ex-plica y declara por las palabras; y porque el cuerpo de Cristo no es tá ahora solo, sino j u n t a m e n t e con la sangre , y con el án ima , y con la divinidad, por eso están allí lambien en la hostia todas estas- cosas; y porque la sangre tampoco es tá ahora sola, sino j u n t a -men te con el cuerpo, y con el án ima , y con la divini-dad; por eso es tán también en él cáliz todas estas co-sas. En tenderse ha esto bien por aquí . Dicen los Teó-

Page 126: Tratado de Virtudes Cristianas

logos q u e si en aquellos tres días que Cristo estuvo en el sepu lc ro consagrara San Pedro ú otro de los Apóstoles , q u e no es tuviera en el sant ís imo Sacra-mento el á n i m a de Cristo, porque en tónces no estaba el án ima j u n t a con el cuerpo , sino so lamente e s tuv ie -ra allí el cue rpo muer to , como estaba en el sepulcro, a u n q u e j u n t o con la divinidad, porque esa nunca la de jó . De la misma manera , cuando consagró Cristo el j u e v e s de la Cena, estaba allí en el Sacramento Cristo nues t ro Redentor , verdadero Dios y verdadero hom-bre; pero pasible y morta l , como en tónces lo era; mas ahora es tá en el Sacramento , vivo, glorioso y resuc i -tado, inmortal é impasible , como está en el cielo.

Empero , a u n q u e esto es así , q u e en la hostia está la sangre y en el cáliz el cuerpo de Cristo nuestro Reden to r ; con lodo eso convino q u e se hiciesen estas dos consagraciones dis t intas cada una de por sí, para que así, se represen tase más al vivo la pasión y muer-t e de Cristo, en la cual la sangre se apar tó del c u e r -po; y así se hace mención de esto en ' l a misma c o n -sagración de la sangre ( I ) . Y también , pues se ins t i -tu ía es te Sacramento para a l imenta r y sus ten ta r nues -t r a s án imas , convino que se ins t i tuyese , no sólo en manja r , sino t ambién en bebida, porque el perfecto a l imento del cue rpo de eslas dos cosas consta ; pero una cosa podemos sacar de aquí para consuelo de los que no son sacerdotes , y es, que a u n q u e no c o m u l -gan debajo de ambas especies, como los q u é dicen misa, sino so lamente debajo de especies de pan por

. m u c h a s y muy graves razones que para esto luvo la Iglesia; pero recibiendo en la host ia el cuerpo de Cristo nues t ro Reden to r , reciben j u n t a m e n t e su san-gre , y su ánima, y su divinidad, porque todo entero

(1) Qui pro vobis, et pro mult is e f lunde tur .

y per fec tamente está deba jo de cua lquie ra de las dos especies. Y dicen los Teólogos y los Santos q u e r ec i -ben tanta gracia como los sacerdotes que comulgan debajo de ambas especies, l legando con igual d i spo -sición. San Hilario.dice que así como en el maná , q u e fué figura de este sant ís imo Sacramento , ni el que cogía más, hal laba por eso más, ni el q u e cogía m é -nos, hallaba por eso ménos , como dice la E s c r i t u -ra (1); así también en es te divino Sac ramen to ni el que le recibe debajo de especies de pan y vino, rec i -be por eso más, ni el que le recibe so lamente deba jo de especies de pan, recibe por eso ménos. Todos son iguales en esto.

Más: hay otra maravil la g rande en este al t ís imo Sacramento, y es, que no so lamente es tá Cristo todo en te ro en toda la hostia, y todo en te ro en el cáliz, sino en cada par t ícula de la hostia y en cada p a r t e -cica de las especies del vino está también lodo Cristo, tan entero como es tá en toda la host ia , y tan en te ro como está en el cielo, por mínima que sea la pa r t í -cula, como se colige c l a ramen te del mismo Evangel io ; porque Cristo nues t ro Señor no consagró de por sí cada bocado de aquel los con que comulgó á sus Após-toles, sino consagró de una vez tanta cant idad de pan, que dividida bastase para comulgar los á todos. Y así del cáliz dice exp re samen te el sagrado Evangel io q u e le dió Cristo á sus Apóstoles diciendo: Tomad y divi-didle entre vosotros (2). Y no sólo cuando se par te y divide la hostia ó el sánguis , sino también án tes que se parta, está el cuerpo de Cristo lodo en te ro en toda la hostia y todo en te ro en cualquier pa r t e de ella, y todo en te ro en todas las especies del vino y todo en-tero en cua lqu ie r par t ícula de ellas.

(1) Exod. XVI, 18 .—(2) Accipite, e t dividile ¡nier vos. Lue., XXII, 17.

Page 127: Tratado de Virtudes Cristianas

Algunos e jemplos y comparac iones hay acá en lo natural , que nos pueden d a r a lguna luz en esto . Por-que nuestra ánima está t a m b i é n toda en todo el cuer-po y toda en cualquier p a r t e de é l ; y la voz que yo hablo, que es e jemplo q a è t rae San Agus t ín , está toda en vuestros oidos y toda en los de todos los oyen-tes; y si tomáis un espejo , ve ré i s en él vues t ra figura toda entera , aunque el e s p e j o sea pequeño y mucho menor que vos: y si d iv id ís el espejo en m u c h a s pa r -tes , en cada pa r t e veréis t a m b i é n vues t ra f igura, ni más ni ménos como la v í a d e s e n todo el espe jo . Estos y otros semejan tes e j e m p l o s y comparac iones traen los Doctores y los Santos p a r a declararnos estos mis-terios, aunque n inguna h a y q u e del todo t enga seme-janza; pero todavía a y u d a n y dan a lguna luz.

Y hay aquí otro mis te r io , q u e cuando se parte y divide la hostia ó el s á n g u i s , los accidentes del pan y del vino son los que allí s e par ten y d iv iden ; pero Cristo no se parte ni d i v i d e , s ino en te ro se q u e d a en cualquier par t ícula por p e q u e ñ a q u e sea. Y de la misma manera , cuando masca i s la hostia, no mascais ni desmenuzáis á Cristo. Dice San Jerónimo: ¡Oh e n -gaño é ilusión de nues t ros sent idos! parece que os part imos y mascamos como al pan mater ia l que co-memos; mas la verdad es q u e no par t imos ni masca-mos. sino aquellos a c c i d e n t e s que vemos; pero Vos, Señor , entero y perfecto os quedá i s en cualquier par-t ícula , sin corrupción ni d iv i s ion a lguna , y en te ro os recibimos (1). Y así lo c a n t a la Iglesia:

(1) Oh humanorum illusio s e n s u u m ! f r a n g u n t u r illa qu® h u -manis sensibus in te videnlur acc iden t i a , et t amen nec corrum-per i s , nec f ranger is : te dentes v i d e n t u r masticare, velnt materia-lem panem, et tamen n u n q u a m masticaris: perfectus e t integer sub qualibet , quan tumcumque m i n i m a , contineris part ícula. Hieron. torn. 4, pag, 358, apud Eusebium.

*No lo par le el que comulga . No lo quiebra , ni divide, Todo entero lo rec ibe . Quebrántase el Sacramento; Mas no Cristo, que está dentro (1).*

Acontécenos en este convi te al r eves que en los convites de acá, en los cuales cortáis un manja r , mas no cortáis los platos ni vasija; pero en esta d iv ina mesa no es así , pár tese el plato y la vasija, que son los accidentes , y quédase el man ja r y la sustancia en te ra . Más: en las otras mesas coméis la vianda y el manjar , pero no coméis las vasi jas ni los platos; pero en esta mesa soberana comemos el man ja r , y es tan sabroso, que nos comemos el plato tras él.

Todas estas cosas que la fe nos enseña, nos h a b e -rnos de con ten ta r por ahora con creerlas y venerar las sin querer las escudr iñar cur iosamente , yendo s i e m -pre en aquel f u n d a m e n t o de San Agust in: Este ha de ser como pr imer principio, q u e puede Dios más de lo que nosotros podemos alcanzar (2); po rque , como dicen muy bien los Santos, no fueran g randes las c o -sas de Dios, si nues t ro e n t e n d i m i e n t o y razón las p u -diera comprehende r . Y así, ese es el méri to de la fe. creer lo que no vemos . Y á u n en los misterios d e este sant ís imo Sacramento hay una cosa especia l , q u e no hay en los demás misterios de la fe; porque en los demás creemos lo que no vemos , que es mucho de l oa r : Beati, qui non viderunt, et crediderunt (3) ; m a s

(1) A súmente non concisus, Non confractus , non divisus, Integer accipi tur .

Nulla rei fit scisura, Signi tan tum fit f rac tura .

(2) Demus aliquid Deum posse, quod nos fa teamur illud inves-t igare non posse. Aug. tract. 12 super Joan.—(3) Joan. XX, 29.

Page 128: Tratado de Virtudes Cristianas

aqu í no sólo habernos de creer lo que no vemos , sino contra lo que nos p a r e c e que vemos, porque según nues t ros sent idos , pa récenos que hay allí pan y vino, y habernos de c reer q u e no lo hay .

Es semejan te la fe q u e t enemos de este misterio á la que tuvo A b r a h a n , q u e tanto encarece San Pablo: Qui contra spem in spem credidit (1) : * E s p e r ó c o n t r a toda esperanza :* venció la esperanza sobrenatural á la desconfianza n a t u r a l , que los ojos ve ían , porque c reyó y esperó q u e tendr í a hijo, cont ra todo lo que le promet ía la e spe ranza na tu ra l , p u e s na tu ra lmente no se podía t ene r por ser él y su m u j e r ya muy vie-jos . ¥ despues , q u e r i e n d o sacrificar ese hi jo, como Dios se lo habia m a n d a d o , con lodo eso creyó que le había el Señor de cumpl i r la promesa que le había hecho de mul t ip l i ca r en él su generac ión . Así en este divino Sacramento c r e e m o s contra lo que n a t u r a l -mente nos dicen todos nues t ro s sent idos ; y así es de gran méri to lo que aquí c reemos . Dijo Dios á su pue-blo: A la mañana c o m e r é i s pan , y á la tarde os daré carne (3). La m a ñ a n a e s es ta vida p re sen te . Dásenos Dios en especie de pan y vino; pero cuando asome la ta rde , por la cual e s signif icada la glor ia , veréis la carne de Cristo y e n t e n d e r é i s c l a ramen te cómo y de q u é manera está all í ; romperáse en tónces el velo, cor reránse las cor t inas , y veremos todas estas cosas c l a ramen te cara á c a r a .

Muchos milagros y m u y autén t icos pudiéramos aquí t raer en confi rmación de lo q u e habernos dicho, por-que es tán los Santos y las historias l lenas de ellos; pero sólo quiero dec i r uno , q u e se ref iere en la Cró-nica de la Orden d e San Jerón imo (3). Un religioso

(1) Ad Rom., ÍV, 18.—(2) Exod . , XVI, 12.—(3) Lib. 1, cap. 9, de la Crónica de San Jerónimo.

llamado f ray Pedro de Cavañuelas , que despues fué prior de Guadalupe , fué muy combat ido de t e n t a c i o -nes de fe, y espec ia lmente cerca del santísimo S a -cramento del al tar , diciéndole el pensamien to cómo podía ser que hubiese sangre en la host ia; quiso el Señor l ibrarle del todo de esta tentación con un modo maravil loso, y fué , que diciendo él un sábado misa de nues t ra Señora, despues que hubo consagrado, inc l i -nándose á decir la oracion que comienza: Supplices le rogamus, vió una nube q u e descendió de lo alto y c u -brió todo el a l tar donde él decía misa; de manera , q u e con la oscuridad de la uube él no podía ver la host ia ni el cáliz. Y como se espantase mucho de es te a c a e -c imiento y fuese lleno de grandísimo temor en ver lo q u e veía, rogó á nues t ro Señor con muchas lágr imas que le quisiese l ibrar de es te peligro y manifestar por qué causa aquel lo había acaecido. Y estando así l lo-rando y con gran temor , poco á poco se fué qui tando la n u b e , y esclareciendo el al tar del todo; y mirando al al tar , vió que le fal laba la hostia consagrada, y que el cáliz es taba descubier to y vacío, porque también le había sido de él tomada la sangre . Y fué tan g r a n d e el espanto y temor que recibió cuando esto vió, q u e quedó como muer to : y tornando en sí, comenzó con gran dolor de su corazon, y der ramando muchas l á -gr imas de sus ojos, á rogar de nuevo á nuestro Señor y á su santísima Madre, cuya misa decía, que le p e r -donasen, si lo que había acaecido era por su culpa, y le l ibrasen y sacasen de aquel tan g rande pel igro. Y es tando en esta congoja , vió venir por el a i re la h o s -tia, pues ta en una pa tena muy resplandeciente , y púsose enc ima de la boca del cáliz, y comenzaron luégo á dest i lar y salir de ella gotas de sangre den t ro

, del cáliz, y salió en t an t a cant idad como án tes es taba . Y acabada de salir la sangre , tornóse Ja hi juela de los

Page 129: Tratado de Virtudes Cristianas

corporales á poner sobre el cá l i z , y la host ia á su lu-gar sobre el ara, donde es taba p r i m e r o . El sacerdote estando muy espantado en v e r t a n g randes misterios, y no sabiendo qué se hacer, o y ó u n a voz que le dijo: Acaba lu oficio, y séa te en s e c r e t o todo esto que has visto. Y de ahí adelante nunca m á s s in t ió aquel la ten-tación. El acólito ó ministro q u e se rv ía á la misa, no víó ninguna cosa de estas, ni o y ó la voz; mas sintió las lágrimas del sacerdote, y como se tardó mucho más en la misa, que solía. T o d o lo susodicho se halló despues de su m u e r t e escr i to en u n a cédula de su mano, puesto ent re su confes ion genera l , lo cual él hizo en señal del secreto que le f u é mandado guardar .

CAPÍTULO I I I

Comiénzase á Iralar de la p r e p a r a c i ó n que p ide la excelencia y d ignidad de esle d i v i n o S a c r a m e n t o .

Esta ventaja t iene es te d i v i n o S a c r a m e n t o sobre todos los demás, que está aqu í r e a l y ve rdaderamente el mismo Jesucristo, v e r d a d e r o Dios y verdadero hombre. Y por esto es el más e x c e l e n t e de los Sacra-mentos, y el que mayores g r a c i a s y efectos obra en nuestras almas: porque en los o t r o s sacramentos par-ticipamos la gracia que se nos c o m u n i c a all í , pero en es le participamos la misma f u e n t e de la gracia; en los oíros sacramentos bebemos c o m o de arroyo que mana de la fuente , pero en es te b e b e m o s en la misma fuen te , porque recibimos al m i s m o Cristo, verdadero Dios y hombre. Y así se llama e s t e S a c r a m e n t o Euca-ristía, que quiere decir buena gracia; po rque todo el bien y el principio de la g r a c i a a q u í es tá . Y porque aquí se nos da el mismo Hijo d e Dios, que con verdad

se l lama gracia y don hecho al l inaje h u m a n o por el misterio de la Encarnación: por esto t ambién se llama por antonomasia Gomunion, conforme á aquel lo de San Lúeas, que dice de los fieles en los Actos de los A p ó s t o l e s : *Perseveraban en la comunicación de la frac-ción del pan (1) .* Porque recibiendo es te san t í s imo Sacramento , par t ic ipamos del sumo y mayor bien q u e hay , que es Dios, y con él de todos los bienes y g r a -cias espir i tuales . Dándonos su ca rne y sangre , nos hace par t ic ipantes de todos aquel los tesoros que con esa sagrada ca rne y saugre nos adqui r ió . A u n q u e también se dice comunion porque une los fieles en t re s í . porque recibiendo todos u n man ja r y á una mesa , nos comunicamos y j u n t a m o s y nos hacemos una mis-ma cosa, á lo ménos en la fe y Religión, y somos todos u n cuerpo, conforme á aquel lo que dice San Pablo: Todos somos un pan y un cuerpo aquellos que participa-mos de un mismo pan (2) . Y por eso dice San Agust ín que ins t i tuyó Cristo es te Sac ramento debajo de espe-cies de pan y de vino, para deno ta r que como el pan se hace de muchos granos de tr igo que se u n e n en uno, y el vino de muchos granos de uvas, así de mu-chos fieles que comunican y part icipan de este Sacra-mento , se hace un cuerpo míst ico.

San J u a n Damasceno compara es te sant ís imo S a -cramento á aquel carbón ó brasa encendida con q u e uno de los serafines purificó los labios del profeta Esaías y qui tó todas sus imperfecc iones (3). Así, dice, esle manja r celestial , por es tar unido con la d iv in i -dad que es fuego consumidor (4), consume y purifica

(1) Erant pe r severan tes . . . in communica t ione f ract ionis pañis . Act II 42.—(21 Unus pañ i s , u n u m corpus nmlti sumus , omnes , qui de uno pone 'pa r l i c ipamus . I ad Cor. X, 1 7 . - < » ) I « a i . , \ 1, b . —{i) Deus nos ter ign is consumens est . Deut., Iv , 14, ña near., XII, 29.

Page 130: Tratado de Virtudes Cristianas

corporales á poner sobre el cá l i z , y la host ia á su lu-gar sobre el ara, donde es taba p r i m e r o . El sacerdote estando muy espantado en v e r t a n g randes misterios, y no sabiendo qué se hacer, o y ó u n a voz que le dijo: Acaba tu oficio, y séa te en s e c r e t o todo esto que has visto. Y de ahí adelante nunca m á s s in t ió aquel la ten-tación. El acólito ó ministro q u e se rv ía á la misa, no vió ninguna cosa de estas, ni o y ó la voz; mas sintió las lágrimas del sacerdote, y como se tardó mucho más en la misa, que solía. T o d o lo susodicho se halló despues de su m u e r t e escr i to en u n a cédula de su mano, puesto ent re su confes ion genera l , lo cual él hizo en señal del secreto que le f u é mandado guardar .

CAPÍTULO I I I

Comiénzase á Iralar de la p r e p a r a c i ó n que p ide la excelencia y d ignidad de este d i v i n o S a c r a m e n t o .

Esta ventaja t iene es te d i v i n o S a c r a m e n t o sobre todos los demás, que está aqu í r e a l y ve rdaderamente el mismo Jesucristo, v e r d a d e r o Dios y verdadero hombre. Y por esto es el más e x c e l e n t e de los Sacra-mentos, y el que mayores g r a c i a s y efectos obra en nuestras almas: porque en los o t r o s sacramentos par-ticipamos la gracia que se nos c o m u n i c a a l l í , pero en es te participamos la misma f u e n t e de la gracia; en los otros sacramentos bebemos c o m o de arroyo que mana de la fuente , pero en es te b e b e m o s en la misma fuen te , porque recibimos al m i s m o Cristo, verdadero Dios y hombre. Y así se llama e s t e S a c r a m e n t o Euca-ristía, que quiere decir buena gracia; po rque todo el bien y el principio de la g r a c i a a q u í es tá . Y porque aquí se nos da el mismo Hijo d e Dios, que con verdad

se l lama gracia y don hecho al l inaje h u m a n o por el misterio de la Encarnación; por esto t ambién se llama por antonomasia Gomunion, conforme á aquel lo de San Lúeas, que dice de los fieles en los Actos de los A p ó s t o l e s : *Perseveraban en la comunicación de la frac-ción del pan (1) .* Porque recibiendo es te san t í s imo Sacramento , par t ic ipamos del sumo y mayor bien q u e hay , que es Dios, y con él de todos los bienes y g r a -cias espir i tuales . Dándonos su ca rne y sangre , nos hace par t ic ipantes de todos aquel los tesoros que con esa sagrada ca rne y saugre nos adqui r ió . A u n q u e también se dice comunion porque une los fieles en t re s í . porque recibiendo todos u n man ja r y á una mesa , nos comunicamos y j u n t a m o s y nos hacemos una mis-ma cosa, á lo ménos en la fe y Religión, y somos todos u n cuerpo, conforme á aquel lo que dice San Pablo: Todos somos un pan y un cuerpo aquellos que participa-mos de un mismo pan (2) . Y por eso dice San Agust ín que ins t i tuyó Cristo es te Sac ramento debajo de espe-cies de pan y de vino, para deno ta r que como el pan se hace de muchos granos de tr igo que se u n e n en uno, y el vino de muchos granos de uvas, así de mu-chos fieles que comunican y part icipan de este Sacra-mento , se hace un cuerpo míst ico.

San J u a n Damasceno compara es te sant ís imo S a -cramento á aquel carbón ó brasa encendida con q u e uno de los serafines purificó los labios del profeta Esaías y qui tó todas sus imperfecc iones (3). Así, dice, este manja r celestial , por es tar unido con la d iv in i -dad que es fuego consumidor (4), consume y purifica

(1) Erant pe r severan tes . . . in communica t ione f ract ionis pañis . Act II 42.—(21 Unus pañ i s , u n u m corpus nmlti sumus , omnes , qui de uno pone 'pa r t i c ipamus . I ad Cor. X, 1 7 . - { © I » a i . , J 1 : b -—(4) Deus nos ter ign is consumens est . Deut., Iv , 24, ña near., XII, 29.

Page 131: Tratado de Virtudes Cristianas

todas nues t ras imper fecc iones y maldades, y nos llena de dones y b i e n e s espir i tuales . F i n a l m e n t e , este es aquel convite del Evangel io en el cual manda Dios decir á los convidados : *Ya he preparado mi convite; mis temeros y aves están muertas, y á punto todo (1).* Diciendo q u e t o d a s las cosas es tán á pun to y prepa-radas, da á e n t e n d e r q u e aquí en este sagrado con-vite tenemos t o d a s las cosas que se pueden desear. Y así dijo el p ro fe t a David de este m a n j a r : *Preparaste, Dios, con tu dulzura al pobre (2 ) .* N o d i c e q u é e s lo que nos p reparó , p o r q u e es tan g r a n d e el bien que allí se encierra , q u e no se puede con palabras e x -plicar .

Con m u c h a r azón exclama la Iglesia: ¡Oh sagrado convite en el c u a l recibimos á Dios (3}! El mismo nombre de c o n v i t e nos dice el alegría y contento y la abundanc ia y h a r t u r a q u e hay en él . ¡Oh sagrado convi te , en el c u a l se nos refresca la memoria de su pasión: de aquel e x c e s o de amor con q u e Dios nos amó , e n t r e g á n d o s e por nosotros á la muer t e , y muer-te de cruz! ¡Oh s a g r a d o convi te , en el cual nuestra a lma se har ta y q u e d a l lena de gracia! ¡Oh sagrado convite , en el c u a i se nos da una prenda de la gloria, y-tal, que no es cosa dis t in ta de lo q u e nos han de dar despues , c o m o lo suelen ser acá las prendas ; sino el mismo Dios, q u e ha de ser nues t ro premio y ga-lardón, se nos da p o r prenda en este soberano con-vi te : salvo, que a q u í nos sirven á plato cubier to , y en aquel convi te y cena de la gloria nos servirán á plato descub ie r to !

(1) Ecce p r a n d i u i n m e u m paravi : laur i mei , et al t i l ia occisa sunt , et omnia p a r a t a . Matth., XXII, 4 .—(2) Paras t i in dulcedine tua p a u p e n , Deus. P s . LXVII, 11.—(3) 0 sacrum convivium. in quo Christus s u m i t u r . recol i tur m e m o r i a Passionis e j u s , mens impletur gra t ia , et f u t u r a glori® nobis p ignus da tur .

Pues la excelencia de tan alto Sacramento y la m a -jestad g rande del Señor q u e habernos de recibir , p i d e que la disposición y preparación para eso sea m u y g ran-de . Tra tando el Real Profeta de edificar el templo de J e r u s a l e n , d e c í a : Opus namque grande est; ñeque enim homini prceparalur habitatio, sed Deo ( 1 ) : G r a n d e c o s a es esta , porque no t ra tamos de preparar morada para hombres , sino para Dios. Y habiendo preparado gran cant idad de oro, plata, vasos y piedras preciosas, todo le parecía nada . Y todo es to era para el templo , d o n -de se había de poner el a rca , y en ella el maná , f igu-ra de es te divino Sacramento . ¿Pues qué será de la preparación del templo y morada en que habernos de recibir al mismo Dios en persona , q u e tan to había de ser mayor , cuanto excede lo figurado á la figura y lo vivo á lo pintado?

Y fuera de lo que se debe á la majestad de tan gran Señor, á nosotros nos impor ta mucho ir muy pre-parados para recibir este sant ís imo Sacramento; p o r -q u e cual fuere la preparación y disposición que l le -váremos , tal será la gracia q u e recibiremos: como el que va á coger agua de la fuen te , tanta coge, cuan g rande vaso l leva. Y para q u e se en t i enda mejor lo q u e queremos decir en es to , notan aquí los Teólogos que no solamente recibe uno mayor gracia por el ma-yor méri to de los actos y buenas obras con q u e se llega á recibir el Sacramento , q u e llaman ex opere ope-rantis, sino la gracia sacramental que fuera de esto da de suyo el Sacramento por privilegio é inst i tución divina, que llaman ex opere opéralo, (y e s modo de hab la r del Concilio Tr ident ino) (2), será mayor , cuan-to mayor fuere la disposición con que nos l legáremos á é l . Porque obra Dios las obras de gracia conforme á

(1) I Paralip., XXIX, 1.—(2) Concil. Trident , sets. 7, can. 8 .

Page 132: Tratado de Virtudes Cristianas

las de naturaleza; y en lo natural v e m o s q u e todas las cosas obran conforme á la disposición q u e hallan en los sujetos: y así el fuego luégo se e n c i e n d e en la leña seca; mas si no lo está , más t a rde s e encenderá ; de modo que según fueren los grados de la sequedad , así será la operacion del fuego. Pues á ese modo es también eu este divino Sacramento . Y así por todas partes nos importa mucho l legarnos á él muy bien preparados.

CAPÍTULO IV

De la limpieza y puridad, no solo de pecados m o r t a l e s , sino tam-bién de veniales é imper fecc iones , con que n o s habernos de lle-ga r á la sagrada comunion .

Tres cosas principales t ra ta remos a q u í : la primera, de la disposición y preparación que se r equ i e r e para llegar á recibir es te divino S a c r a m e n t o ; la segunda, de lo qué habernos de hacer despues d e habe r l e rec i -bido y cuál ha de ser el hac imiento d e grac ias ; la ter-cera, que es el fruto y provecho q u e habe rnos de sa -car de la sagrada comunion . Y c o m e n z a n d o de lo pri-mero: la disposición y preparación q u e pa ra esto se requiere , es mucho mayor que para los d e m á s sacra -mentos ; porque cuanto son más e x c e l e n t e s los sacra-mentos , tanto piden mayor p repa rac ión y pureza para haberlos de recibir . Y así, a lgunos s a c r a m e n t o s hay que para recibirse d ignamen te , b a s t a t ene r dolor y ar repen t imien to verdadero de los p e c a d o s , sin ser ne-cesaria la confesion; más este d iv ino s a c r a m e n t o es de tan ta dignidad y excelencia, por e s t a r e n él ence r r a -do el mismo Dios, que demás de lo d i c h o pide otro sacramento por disposición, que es el d e la confesion, cuando precedió a lgún pecado mor t a l . De manera , que

no basta l legarse con dolor y contr ición, sino es m e -nes ter que preceda la confesion, como lo de t e rminó el Concilio Tr iden t ino (1), conforme á aquel lo del Após-tol S a n P a b l o : Probet autem se ipsum homo, et sic de pane illo edat, et de cálice bibat (2) : * P r u é b e s e y e x a -mínese el hombre á sí mismo, y así coma de aque l pan y beba de aquel cáliz.* Las cuales palabras d e -clara el Concilio de esta manera : que es menes te r que vaya uno probado y examinado con el e x á m e n y juicio de la confesion. Esta disposición y preparación es necesaria á todos los cr is t ianos, so pena de pecado mortal , y basta ella para recibir gracia en el s ac ra -men to .

Más: a u n q u e sea verdad que por los pecados venia-les y por otras fallas é imperfecciones q u e no l legan á pecado morta l , no p ie rde el hombre del lodo el f ru to de este santísimo Sacramento , sino q u e recibe a u m e n -to de gracia, como dicen los Teólogos; pero p ie rde aquel f ru to copioso y a b u n d a n t e de gracias y v i r tudes , y otros efectos admirab les q u e suele él obrar en las al-mas más l impias y devotas; porque a u n q u e los p e c a -dos veniales no qu i tan la car idad, amor t iguan su f e r -vor y d i sminuyen la devocion , que es la más propia disposición q u e para es te divino Sacramento se requ ie -re . Y así, si q u e r e m o s part icipar del copioso f ru to de que suelen gozar los que se llegan á comulgar como deben , es menes ter ir limpios, no sólo de pecados m o r -tales, sino también de los venia les . Y así, el mismo Je-sucristo nos enseñó esta disposición con aquel e jemplo de lavar los piés á sus discípulos án tes de c o m u l g a r -los, dándonos á en tender como dice San Bernardo (3), la l impieza y puridad con que nos habernos de llegar

( t ) Concil. T r iden t . sess. XIII , cap. 7 . — [1) I ad Cor., XI, 28. —(3) Bern . serm. de Ccena Domini.

Page 133: Tratado de Virtudes Cristianas

á es le santísimo Sacramento , no sólo de pecados mor-tales , sino también de veniales , que es el polvo que se nos suele pegar á los piés.

San Dionisio Areopagita dice (1) que no sólo de los pecados veniales , sino también de las demás faltas e imperfecciones pide el Señor l impieza con es te e jem-plo: Exigit, dice, extremam munditiam. Y t rae á este propósito aquel la ce remonia santa que usa la Iglesia en la misa, de lavarse el sacerdote las manos antes de of recer aquel sacrosanto sacrificio. Y pondera muy bien q u e no se lava todas las manos , sino so lamente las ex-t r emidades de los dedos, para significar q u e no sola-m e n t e babemos de ir l impios de los pecados graves, s ino t ambién de los l igeros y de las fallas é imperfec-ciones . Si allá Nobucodonosor mandó que escogiesen n i ñ o s , in qidbus nulla esset macula ( 2 ) : p u r o s , l i m p i o s y he rmosos , para dar les y mantener les de los manjares d e su mesa ; ¡cuánto mayor razón será q u e para lle-g a r n o s á esta mesa real y divina, varaos con gran lim-pieza y puridad! Al fin es pan de ángeles , y asi nos ha-bernos de llegar á él con pureza de ánge les .

Pedro Cluniacense cuen ta (3) de un sacerdote, en u n a par te de Alemania que l laman de los Teutones, q u e habiendo pr imero sido de buena y santa vida, despues vino á caer mi se rab lemen te en cierto peca-do deshonesto , y añadiendo pecados á pecados, se a t r e v í a á llegar al al tar y decir misa sin haberse en-m e n d a d o ni confesado, q u e es te suele ser engano de a l g u n o s que han vivido b ien , q u e cuando les aconte-ce a lguna cosa vergonzosa , no se a t reven á confesar-la ni á de j a r de comulgar , por no perder la opimon y

(1) D. Dionys, cap. 3 de Ecclts. hierar.; e t S . Thom. 3 p . , q. 8 3 , art. 5, ad 1 .—(2) Dan., I , 4 . - ( 3 ) Pet rus Cluniacensis, lib. 1 de miracul., cap. 2 .

crédi to que an tes t en ían : c iégales la soberbia . Quiso Dios cast igarle p iadosamente como padre con u n a cosa que le hizo abrir los ojos, y fué , q u e al t iempo de consumir , t en iendo á Cristo en sus manos , se le desapareció de ellas: y de la misma manera el s á n -gu is se desapareció del cáliz, quedando aque l día s in comulgar y no poco espan tado . Esto mismo le acaeció otras dos veces en que quiso volver á decir misa, por ver si Dios nues t ro Señor mostraba la misma señal de indignación con él, que la pr imera . Y con es to c o n o -ció cuán grandes eran sus pecados y con cuán ta razón tenía provocada contra sí la ira de Dios, y lleno de muchas lágrimas se fué á los piés de su obispo, y con g ran sen t imiento y dolor le contó lo que le había acaecido, confesó con él y recibió de su mano la p e -ni tencia que merecía de ayunos , disciplinas y o t ras asperezas, en las cuales se ejerci tó mucho t iempo sin a t reverse á llegar á celebrar , hasta q u e su prelado y pastor se lo vino á mandar ó dar l icencia, cuando le pareció que ya había bas t an temen te sat isfecho á Dios por sus pecados . Y fué cosa maravillosa la que le acaeció en la pr imera misa que di jo: q u e despues d e haber dicho la mayor p a r t e de ella con grandís imo sent imiento y lágr imas, quer iendo consumi r , s ú b i t a -mente se le aparecieron de l an t e las tres hostias q u e ántes por su indignidad se le habían desaparecido, y en el cáliz halló toda aquel la cant idad del sángu i s . quer iendo con esta tan ev iden te señal mostrar le el Señor como ya sus pecados eran perdonados . Quedó muy agradecido á es ta misericordia del Señor, y con m u c h a alegría recibió t ambién las otras t res host ias , y de allí ade lan te perseveró en muy perfecta vida. Este caso, dice Pedro Cluniacense , que se le contó el obispo de Claramonte de lan te de m u c h a s personas .

EJER. RODRIG.—Tom. IV. 16

Page 134: Tratado de Virtudes Cristianas

Cesario en su s Diálogos c u e n t a ot ro e j e m p l o s e m e -j a n t e (1).

C A P Í T U L O V

De o t ra disposición y p r epa rac ión m á s par t icu lar con que nos habernos de l legar á e s t e d iv ino Sacramento .

P a r a gozar c u m p l i d a m e n t e d e los f r u t o s admirables q u e t r a e consigo es te d i v i n o S a c r a m e n t o , d icen los San tos y maes t ros de la v i d a esp i r i tua l q u e nos habe-rnos d e p rocura r p r e p a r a r c o n ot ra disposición más pa r t i cu l a r , q u e es con a c t u a l devoc ion . Y así declara-r e m o s aquí q u é devocion h a de ser es ta y cómo la d e s p e r t a r e m o s en nosot ros . P a r a es to d icen q u e nos habernos d e l legar á la s a g r a d a c o m u n i o n : lo p r imero con g rand í s ima h u m i l d a d y r e v e r e n c i a ; lo segundo con g rand í s imo amor y c o n f i a n z a ; lo t e rce ro con gran-de h a m b r e y deseo de e s t e P a n ce les t ia l . A estas t res cosas se p u e d e n reduci r t o d a s las m a n e r a s de afectos con q u e podemos d e s p e r t a r la ac tua l devoc ion , así á n t e s de recibir e s t e s a n t í s i m o S a c r a m e n t o , como al t i e m p o de comulga r y t a m b i é n d e s p u e s de la c o m u -n ion . Y es tán l lenos los l i b r o s d e cons iderac iones á es te propós i to , m u y b u e n a s y m u y bien d i la tadas ; y así so l amen te tocaremos a l g u n a s de las más o rd ina -r ias q u e sue len ser las m á s provechosas , ab r i endo el c a m i n o para q u e sobre e s e f u n d a m e n t o p u e d a cada uno d iscurr i r por sí; p o r q u e eso le m o v e r á más y le se rá de más p rovecho , c o n f o r m e á la doc t r ina que d e es to t e n e m o s en el l i b ro d e los Ejerc ic ios e sp i r i -tua l e s (2).

(1) C s s a r i u s , lib. 2 dialoy., cap. 5.—(2) S. P . N. Ignat ius , l ib. Exercit. spirit., annotat. 2.

P u e s lo p r imero , habernos de l legar á es te s a n t í s i -m o S a c r a m e n t o con g r a n d í s i m a h u m i l d a d y r e v e r e n -cia , la cual se d e s p e r t a r á en n u e s t r a á n i m a , cons ide-rando por u n a pa r t e aque l l a s o b e r a n a ma je s t ad y g r a n d e z a de Dios q u e v e r d a d e r a y r e a l m e n t e es tá en aque l san t í s imo S a c r a m e n t o , y es el mismo Señor q u e con sola su vo lun tad cr ió , conse rva y g o b i e r n a los cielos y la t i e r ra , y con sola ella lo p u e d e todo an i -qu i la r ; en c u y a p r e senc i a , los á n g e l e s y más a l tos se-rafines encogen las alas , t i emblan y se e s t r e m e c e n con p r o f u n d í s i m a r eve renc i a (1); y por otra pa r t e vol-v iendo luégo los ojos á nosotros mismos , m i r a n d o n u e s t r a ba jeza y miser ia . Y así u n a s veces nos pode -mos llegar con el corazon de aque l pub l icano del Evange l io , q u e no osaba ace rca r se al a l t a r ni alzar los ojos al cielo, s ino d e léjos con m u c h a h u m i l d a d h e r í a s u s p e c h o s d i c i e n d o : Deus, propitius esto mihi peccatori (2); Señor , habed miser icordia de mí q u e soy gran pecador . O t r a s veces nos podemos l legar con aque l las pa labras del h i jo pródigo: Seño r , p e q u é con-t ra el cielo y con t r a vos, ya no merezco l l a m a r m e h i jo v u e s t r o : r e c i b i d m e como á uno d e los j o r n a l e r o s de v u e s t r a casa (3). O t r a s , con a q u e l l a s pa labras de S a n t a I s abe l : *¿De dónde á mi (4)?* como d i j imos a r r i -ba (5). S e r á t a m b i é n m u y b u e n o cons ide ra r con a t e n -ción aque l l a s pa labras q u e t i e n e ins t i tu idas la Ig les ia pa ra el t i e m p o del c o m u l g a r , t omadas del sag rado E v a n g e l i o : *<Señor, no soy digno que entreis en mi mo-rada, mas decid con vuestra palabra y quedará sana mi alma (6):* Señor , no soy d igno; pe ro por eso m e l lego,

( I ) Columnas cceli cont remiscunt , et paven t ad notum e jus . Job, XXVI, 11.—(2) Lúe., XVIII, 13 .—(3) Luc., XV, 18.—(4) Et u n d e hoc mihi? Luc., I , 43 .—(5) Cap. 1 .—(6) Domine, non sum dignus , ut intres sub t ec tum m e u m , sed t an tum dic ve rbo , et sa-nab i tu r an ima m e a . ilatth., VIII, 8 .

Page 135: Tratado de Virtudes Cristianas

para que Vos m e hagais d igno . Señor, flaco soy y en-fermo; pero por eso me llego, para que me sanéis y me esforceis; porque , como Vos dijistes (1), no t ienen los sanos necesidad de médico , sino los enfermos, y para esos seña ladamen te venis tes \ o s .

Ensebio escribiendo la m u e r t e de San Jeronimo, que se hal ló á ella y fué su discípulo, dice que estan-do para recibi r es te sant ís imo Sacramento , admirado por u n a p a r l e de la majes tad y bondad inmensa del Señor , y volv iendo por otra pa r t e los ojos á sí, decía: ¿Cómo, Señor , os humil lá is ahora tanto , q u e quereis veni r y descende r á u n hombre publicano y pecador, y no sólo q u e r e i s comer con él , sino q u e mandais que él os coma á Vos (2)? E n el segundo libro de Jos Re-yes cueu ta la Sagrada Escri tura que dijo David a Mi-iiboset, h i jo de Jona tas : Tú comerás siempre a mi me-sa (3) . R e s p o n d i ó é l : ¿quién soy yo, para poner los ojos en mí, sino como un perro muerto (4)? Si d i c e e s t o Mi-íibosel, por verse convidado á la mesa de un rey, ¿qué será bien q u e diga un hombre convidado á la mesa de Dios? Ya q u e no podemos llegar á es te divino Sacra-men to con la disposición que él merece , suplámoslo con h u m i l d a d y reverenc ia , y digamos con el Real P r o f e t a y c o n e l s a n t o J o b : Quién es, Señor, el hombre para que os acordéis de él, ó el hijo del hombre para que le visitéis y magnifiquéis y engrandezcáis tanto (5)? Con razón se a d m i r a y canta la Iglesia: ¡Oh cosa admira-

(1) Mat th . , IX, 12.—(2) Cur nunc tautum te humilias, ut patia-ris ad h o m i n e m descendere publ icanum, et peccatorem: et n o n solum c u m illo manducare vis, sed te ipsum manducan ab îllo jubés? Hleron.—(3) Tu comedes panem in mensa mea semper. Il Reg., IX, 7 . — ( 4 ) Quis ego sum servus tuus, quoniam respexisti super c a n e m mortuum similem mei? lb.— (5) Quid est homo, quod memor es e j u s ; aut filius hominis, quoniam visitas eum. Ps. v i n , 5.—Quid e s t homo, quia magnif icas eum? Job, VU, 17.

ble, q u e el siervo pobre y bajo reciba en su boca y en su pecho á su Dios y Señor (1)!

Lo segundo , habernos de llegar á es le sant ís imo Sacramento con grandís imo amor y confianza; y para avivar este afecto en nosotros, habernos de cons ide -rar la bondad y misericordia y amor infinito del S e -ñor, q u e tan to aquí resp landece , de lo cual di j imos en el capítulo pr imero . Pues ¿quién no amará á qu ien tanlo bien nos hizo? El que nos dió á si mismo, ¿qué no nos dará? Dice muy bien San Crisòstomo: ¿Qué pastor hubo q u e apacentase sus ovejas con su propia sangre? ¿Y q u é digo pastor? Muchas madres hay que despues de los dolores de l parto en t r egan á sus p r o -pios hijos á otras muje res que les den leche y ios críen; mas esto no lo sufrió su amor , sino con su pro-pia sangre nos man t i ene , y uniéndonos consigo nos realza y ennoblece y hace crecer en todo (2).

La tercera cosa que pide es le sant ís imo S a c r a m e n -to, es que no l leguemos á él con grande h a m b r e y deseo. *Este Pan , dice San Agusl in (3), requiere ham-bre del hombre inter ior .* Así como el man ja r corpo-ral en tónces parece que en t r a en provecho, cuando se come con h a m b r e , asi t ambién es le divino man ja r nos en t ra rá en grande provecho, si va el a lma á él con grande hambre , ansiosa de un i r se con Dios y de a lcan-zar a lgún don y merced part icular : Animam esurientem satiavit bonis (á) : Al án ima hambr ien ta liarla Dios de bienes. Y lo mismo dijo la sacra t ís ima Reina de los

(1) 0 res mirabilis, manducai Dominum pauper servus, et hu -milis.—(2) Quis pastor oves proprio pascit cruore? Et quid dico pastor? Matres multai sunt , quœ post par tus dolores, filios ali is t radunt nutricibus; hoc autem ipse non est passus; sed ipse nos proprio sanguine pascit, et per omnia nos sibi coaugmentat . Chrys. hom. 60 ad populum, et hom. 83 in Matth.—(3) Panis iste esuriem quœrit hominis interioris. Aug.—(4) Ps. CV1, 9.

Page 136: Tratado de Virtudes Cristianas

A n g e l e s e n s u c á n t i c o : Esurientes implevit bonis ( I ) : *A los hambr ien tos colmó de b i e n e s * Pa ra desper ta r esta hambre y deseo en nues t r a s a lmas , nos ayuda rá considerar por UDa pa r t e n u e s t r a g r a n d e neces idad , y por otra los efectos admi rab les q u e obra es te s a n t í s i -mo Sacramento . Así como cuando Cristo nues t ro R e -dentor andaba acá en el m u n d o , á todos los que l le -gaban á él los sanaba de todas sus e n f e r m e d a d e s , y no se lee que a lguno ie pidiese salud y se la negase : l legó á él aque l la m u j e r q u e padecía flujo de sangre , tocó el ruedo de su ves t idu ra , y luégo q u e d ó sana ; l legó á sus p iés aquel la pecadora del Evange l io , y quedó perdonada: l legaban á él los leprosos, y q u e -daban l impios; l legaban á él los endemon iados , los ciegos, los paralí t icos, y todos quedaban b u e n o s y sa-n o s ; porque salía de él virtud que los sanaba (2 ) ; a s í hará también en este san t í s imo S a c r a m e n t o , si l lega-mos con esta h a m b r e y deseo, p u e s es el mismo que en tonces , y no ha mudado de condicion.

CAPÍTULO YI

En que se ponen otras cons ide rac iones y modos de p r e p a r a r s e para la sagrada c o m u n i o n m u y p rovechosas .

E n t r e otras consideraciones con que nos podemos p repa ra r para la sagrada comunion , es m u y propia la memoria de la Pasión, cons iderando aquel la i n m e n s i -dad de amor con que el Hijo de Dios se ofrec ió por nosotros en la cruz; p o r q u e u n a de las razones p r i n -cipales p o r q u e Cristo nues t ro Reden to r i n s t i t uyó este

( i ) Luc., I, 53.—(2) Quia v i r tus de ille ex iba t , e t s a n a b a t o m -nes. Luc., VI, 19.

divino Sac ramento , f ué para q u e tuv i é semos s i empre p resen te y viva en la memor ia su Pas ión , y asi nos mandó que cada vez q u e le ce lebrásemos , nos a c o r -d á s e m o s d e e l l a : *Haced esto en mi memoria (1 ) . i nos lo repi te el glorioso Apóstol San Pablo: *Todas las veces que comiéredes este pan, y bebiéredes este cáliz, anunciaréis la muerte del Señor ( 2 ) . Y as í S a n B u e n a -ven tu ra aconseja mucho esta devocion , que cada vez que vamos á comulgar , cons ideremos u n paso de la Pasión. Y él dice que usaba hacer lo así y que con esto su án ima se der re t í a en amor de Dios (3).

El b ienaven turado San Crisòstomo dice que el que se llega á comulgar , ha de hacer c u e n t a que todas las veces q u e comulga , pone la boca en aquel la preciosa llaga del costado de Cristo y c h u p a su s a n g r e , p a r t i -cipando de todo lo q u e él nos ganó con e l la . Santa Catalina de Sena cada vez q u e comulgaba hacía cuen-ta que iba , como cuando era n iña , al pecho de su madre . Otros, como este soberano Sacramento es me-moria de la pasión de Cristo, imaginan á Cristo cruci -ficado, y hacen calvario de . su corazon, y fijan allí la cruz del Señor , y abrazándose con el la , recogen en si las gotas de sangre q u e por el la caen . Otros hacen cuen ta que se hallan en aquel la cena q u e cenó Cristo nues t ro Reden tor con sus discípulos la noche de su pas ión, como si es tuv ie ran allí sen tados en t re los Apóstoles y que reciben de su mano su sagrado cuer -po y sangre . Y esta no es so lamente consideración y represen tac ión de aquel la cena , sino en real idad de verdad es aquel la misma cena y el mismo convi te ; y

(1) Hoc fac i te in meam c o m m e m o r a t i o n e m . Luc., XXII, 19.— (V) Ouot iescumque manducabi l i s p a n e m h u n e , et ca l i cem bibe t i s , mor tem Domini annunt iab i t i s . / ad Cor., XI, 2 6 . - ( 3 ) L .qnef le-ba t a n i m a e jus . Bonav. de prœpar. ad missam, c. 6, et in faccu-larlo, c. 8, Cant., V, 6.

Page 137: Tratado de Virtudes Cristianas

el mismo S e ñ o r , q u e dió e n l ó n c e s su c u e r p o y sangre á sus Após to les , él mismo nos le da a h o r a á nosotros por m in i s t e r i o d e los sace rdo tes y con el mismo amor que e n l ó n c e s lo dió.

T a m b i é n e s m u y b u e n a p r epa rac ión e jerc i ta rse en la cons ide rac ión d e ios p u n t o s s i g u i e n t e s : lo primero, q u i é n e s el Seño r q u e v iene , q u e es el Criador de to-das las c o s a s , Rey y Señor d e ios c ie los y t ie r ra , Dios de in f in i ta m a j e s t a d y pe r fecc ión . Lo s e g u n d o , á quién v i e n e , q u e e s á mí q u e soy polvo y ceniza y que mu-c h a s veces l e he ofendido . Lo te rce ro , á q u é viene, q u e es á c o m u n i c a r m e el f r u t o d e su pasión y los do-nes p rec ios ín ios de su grac ia . Lo c u a r t o , q u é le mue-v e á ven i r , q u e es , no su Ín te res , po rque es Señor de todas las c o s a s y no t i ene neces idad de nadie, sino p u r o a m o r y deseo d e q u e mi á n i m a se salve y esté s i e m p r e a c o m p a ñ a d a de su grac ia . Lo q u i n t o , e je rc i -ta r se en los ac to s d e las t r e s v i r t u d e s teologales, fe, e s p e r a n z a y c a r i d a d .

Y p o r q u e noso t ros no p o d e m o s d i g n a m e n t e prepa-r a r n o s p a r a rec ib i r es te Señor si él no nos lo da, h a -bérnosle d e p e d i r q u e él d i sponga y a tav íe nuestra a lma con l a humi ldad , l impieza , amor y reverencia q u e c o n v i e n e , a l egándo le para ello aque l l a razón co-m ú n : S e ñ o r , si un rey poderoso y rico se hubiese de h o s p e d a r e n casa de u n a v i u d a pob re , no esperaría q u e e l la l e a d e r e z a s e el pa lac io d o n d e había de repo-sar , s ino e n v i a r í a d e l a n t e su r e c á m a r a y criados que lo a d e r e z a s e n . P u e s hacedlo Vos as í con mi alma po -bre , p u e s v e n í s á hospedaros en el la : env iad , Señor, v u e s t r a r e c á m a r a d e l a n t e y vues t ros ánge l e s que la a d o r n e n y a d e r e c e n como c o n v i e n e pa ra recibir á tal s eño r y á t a l esposo, con fo rme á aque l lo del Apoca-h p s i : *Y yo Juan vi la santa ciudad, la nueva Jerusalen que bajaba del cielo adornada por Dios, como esposa ata-

iliada para su esposo ( ! ) . * ! vo lv iéndonos á la sobe rana Vi rgen y á los S a n t o s , nues t ros devo tos , p idámos les con h u m i l d a d nos a lcancen el c u m p l i m i e n t o de es ta pe t i c ión .

F u e r a de es tas p repa rac iones , añad i r emos a q u í u n a m u y fácil y m u y p rovechosa y d e m u c h o consue lo pa ra todos. Cuando no l legáredes á t ener aquel fervor y aque l los deseos encend idos q u e que r r í ade s y e ra razón t e n e r para recibi r tan g ran Seño r , e je rc i taos en tener g r a n vo lun tad y deseo d e t e n e r esos deseos , y con eso supl i ré i s lo q u e os fa l la ; po rque Dios mira el corazon, y rec ib i rá y a c e p t a r á lo q u e deseáis t e n e r como si lo t u v i é s e d e s , con fo rme á aque l lo del P r o f e -t a : Desiderium pauperum exaudivit Dominus: prxpara-tionem cordis eorum audivit auris tua (2 ) : *EI d e s e o d e los pobres ois te , Señor ; al apa re jo de su corazon a t e n -dió tu oido.* Es ta devocion y preparac ión d ice B l o -sio (3) q u e e n s e ñ ó Dios á San ta Mat i lde . Díjole u n a vez el Señor : Cuando has d e recibi r la sagrada c o m u -n ion , desea á glor ia d e mi n o m b r e t e n e r todo el d e -seo y a m o r con q u e ardió a lgún t i empo pa ra c o n m i g o el más encend ido corazon , y de es ta m a n e r a t e p u e -des l legar á mí , p o r q u e p o n d r é yo los ojos en aque l a m o r , y lo rec ib i ré con fo rme á como deseas t ene r lo . Lo mismo se lee de S a n t a Ger t rud i s . Es t ando es ta San-ta un día para rec ib i r el san t í s imo S a c r a m e n t o , como rec ib iese m u c h a pena por no es tar t an p r e p a r a d a , rogó á la glor iosa Virgen M A R Í A y á todos los San tos q u e o f rec iesen á Dios por ella toda la preparac ión y merec imien to s con q u e cada u n o de ellos se hab ía

(1) Et ego Joannes vidi sanc tam civitatera Je rusa l em novam descenden tem de crelo a Deo, p a r a t a m , s icut sponsam o rna tam viro suo. Apoc. XXI, 2.—(2) Ps. IX, 38.—(3) Lud. Bios. c. 6 Mo-nilit spirit.

Page 138: Tratado de Virtudes Cristianas

preparado a lgún día para recibir le; por lo cual la dijo el Señor: V e r d a d e r a m e n t e que delante de los cor te-sanos del cielo pa reces con aquel aderezo que pedis-te (1). De m a n e r a , q u e será muy bueua disposición y preparación desea r l legar á recibir es te santísimo S a -c ramen to con aque l fervor y amor cou que los g r a n -des Santos se l l egaban á él , y desear y pedir al Señor q u e lo que á nosot ros nos falta, lo supla de los m e r e -c imientos y v i r t udes de Jesucr is to y de sus Santos . Y de es to mismo nos podemos ayuda r para el hac imien-to de gracias , como luégo dirémos; y t ra tando de la oracion dimos t a m b i é n es le medio para suplir nuest ras fa l las (2).

Con estas ú o t ras s e m e j a n t e s consideraciones habe-rnos de despe r t a r en nosotros la actual devocion con que los Santos dicen que nos habernos de llegar á la sagrada c o m u n i o n , unas veces con unas y otras con oirás, como cada uno mejor se hal lare; pero hase de adver t i r que para p repa ra rnos de esta manera y hacer en esta par te lo q u e debemos , es menes ter q u e tome-mos algún t iempo para gas tar en ello.

Nuest ro P a d r e Francisco de Borja , en el t ra tado que hace de la preparac ión para la sagrada comunion, pone t res días án tes para prepararse y t r e s días des -pues para hac imien to de gracias , y da m u c h a s cons i -deraciones y e jerc ic ios en que se ocupen estos días; y sería ese un medio m u y bueno para andar toda la semana y toda la vida devotos y recogidos, pa r l e con la esperanza de recibir tan g ran Señor , par te con la memor ia del beneficio recibido. Po rque sólo pensar ; mañana tengo de comulga r , ó acordarme q u e hoy ó ayer comulgué , basta para t raer recogido el corazon;

(1) Jam vere ómnibus creli c ivibus a p p a r e s in eo o rna tu , q u e m tibí petisl i . Blos. ubi supra.—(2) 1, p . , t r a t . 5, cap. 19.

pero si no f u e r e t a n t o como eso el t iempo que t o m á -r e m o s para es ta preparac ión , á lo ménos es razón q u e aquel la mañana que uno ha de comulgar , gas te la ora-cion ó par te de ella en a lguna ó a lgunas de las cons i -de rac iones d ichas . Y ayuda rá mucho que la noche á n t e s de la comunion , cuando nos vamos á acostar, sea con aquel cuidado y pensamien to que tengo de comulga r mañana ; y cuan ta s veces desper tá remos sea con el mismo pensamien to . Y á la mañana apénas ha-bernos de habe r abier to los ojos, cuando ya es temos abrazados con el mismo p e n s a m i e n t o . Porque si para la oracion de cada día p ide es to nues t ro Padre en las adver tenc ias q u e para ella da (1), ¿cuánto mayor r a -zón será que se haga el día q u e habernos de recibir t an alto Sacramento?

CAPÍTULO VII

Délo que habernos de hace r despues de h a b e r recibido este divino Sacramento , y cuál ha de se r el hac imiento de g rac ias .

Así como án tes de comer sue le ser provechoso a l -g ú n e jerc ic io corporal q u e avive el calor na tu ra l , asi lo es an tes de la comunion tener a lgún ejercicio de la medi tac ión y consideración que avive el calor del a lma , q u e e s la devocion y amor , de lo cual habernos ya di-cho. De la misma manera , sobre comida tener un rato de b u e n a conversación es cosa muy saludable , y lo será t ambién despues de esta d iv ina comida; y d e e s t o t r a t a r emos ahora . Esle es el mejor t iempo para nego-ciar con Dios y para abrazar le dent ro de nues t ro c o -razon . Y así es razón que nos sepamos aprovechar de él y que no de jemos p a s a r e n balde ni una partecica

(1) Igna t . lib. Exercit. spirít. in Addition. primee hebdom.

Page 139: Tratado de Virtudes Cristianas

preparado a lgún día para recibir le; por lo cual la dijo el Señor: V e r d a d e r a m e n t e que delante de los cor te-sanos del cielo pa reces con aquel aderezo que pedis-te (1). De m a n e r a , q u e será muy bueua disposición y preparación desea r l legar á recibir es te santísimo S a -c ramen to con aque l fervor y amor cou que los g r a n -des Santos se l l egaban á él , y desear y pedir al Señor q u e lo que á nosot ros nos falta, lo supla de los m e r e -c imientos y v i r t udes de Jesucr is to y de sus Santos . Y de es to mismo nos podemos ayuda r para el hac imien-to de gracias , como luégo dirémos; y t ra tando de la oracion dimos t a m b i é n es le medio para suplir nuest ras fa l las (2).

Con estas ú o t ras s e m e j a n t e s consideraciones habe-rnos de despe r t a r en nosotros la actual devocion con que los Santos dicen que nos habernos de llegar á la sagrada c o m u n i o n , unas veces con unas y otras con oirás, como cada uno mejor se hal lare; pero hase de adver t i r que para p repa ra rnos de esta manera y hacer en esta par te lo q u e debemos , es menes ter q u e tome-mos algún t iempo para gas tar en ello.

Nuest ro P a d r e Francisco de Borja , en el t ra tado que hace de la preparac ión para la sagrada comunion, pone t res días án tes para prepararse y t r e s días des -pues para hac imien to de gracias , y da m u c h a s cons i -deraciones y e jerc ic ios en que se ocupen estos días; y sería ese un medio m u y bueno para andar toda la semana y toda la vida devotos y recogidos, pa r l e con la esperanza de recibir tan gran Señor , par te con la memor ia del beneficio recibido. Po rque sólo pensar ; mañana tengo de comulga r , ó acordarme q u e hoy ó ayer comulgué , basta para t raer recogido el corazon;

(1) Jam vere ómnibus creli c ivibus a p p a r e s in eo o rna tu , q u e m tibí petisl i . Blos. ubi supra.—(2) 1, p . , t r a t . 5, cap. 19.

pero si no f u e r e t a n t o como eso el t iempo que t o m á -r e m o s para es ta preparac ión , á lo ménos es razón q u e aquel la mañana que uno ha de comulgar , gas te la ora-cion ó par te de ella en a lguna ó a lgunas de las cons i -de rac iones d ichas . Y ayuda rá mucho que la noche á n t e s de la comunion , cuando nos vamos á acostar, sea con aquel cuidado y pensamien to que tengo de comulga r mañana ; y cuan ta s veces desper tá remos sea con el mismo pensamien to . Y á la mañana apénas ha-bernos de habe r abier to los ojos, cuando ya es temos abrazados con el mismo p e n s a m i e n t o . Porque si para la oracion de cada día p ide es to nues t ro Padre en las adver tenc ias q u e para ella da (1), ¿cuánto mayor r a -zón será que se haga el día q u e habernos de recibir t an alto Sacramento?

CAPÍTULO VII

Délo que habernos de hace r despues de h a b e r recibido este divino Sacramento , y cuál ha de se r el hac imiento de g rac ias .

Así como án tes de comer sue le ser provechoso a l -g ú n e jerc ic io corporal q u e avive el calor na tu ra l , asi lo es an tes de la comunion tener a lgún ejercicio de la medi tac ión y consideración que avive el calor del a lma , q u e e s la devocion y amor , de lo cual habernos ya di-cho. De la misma manera , sobre comida tener un rato de b u e n a conversación es cosa muy saludable , y lo será t ambién despues de esta d iv ina comida; y d e e s t o t r a t a r emos ahora . Esle es el mejor t iempo para nego-ciar con Dios y para abrazar le dent ro de nues t ro c o -razon . Y así es razón que nos sepamos aprovechar de él y que no de jemos p a s a r e n balde ni una partecica

(1) Igna t . lib. Exercit. spirít. in Addition. primee hebdom.

Page 140: Tratado de Virtudes Cristianas

de é l , conforme á aquello del Sabio: Non defraudeñs a die bono; et partícula boni doninon te prcetereat (1) : *No desap roveches el buen día: ni par tec ica del buen don te de jes pasar .* En lo que se ha de gas tar es te t iem-po , ha de ser en a lgunas consideraciones y afectos se -m e j a n t e s á los que di j imos que habían de preceder á la sagrada comunion .

Y pa r t i cu la rmen te nos habernos de ocupar , lo pr i -mero , en alabanzas y hacimiento de gracias por todos los beneficios recibidos, y seña ladamente por el bene-ficio ines t imable de nuest ra redención , y por este que a q u í nos hace el Señor, dándosenos á sí mismo y e n -t r a n d o en nues t ras en t rañas . Y porque nosotros no sa-b e m o s ni podemos dar las debidas gracias por tan alto benef ic io , para supl i r nuest ra insuficencia habernos de o f r ece r al Señor todas las gracias y alabanzas que le d i e r o n y dan todos los serafines y coros de los ángeles d e s d e el principio del mundo , y todos los Santos bien-a v e n t u r a d o s miént ras vivieron en el mundo , y más p r i n c i p a l m e n t e las que ahora le dan en la gloria y las q u e le han de dar por toda la e te rn idad , y jun t a r nues-t r a s voces con las suyas , deseando a labar le con los co-r a z o n e s y lenguas de todos (2); y convidar á todas las c r i a t u r a s que nos ayuden á lo mismo: *Engrandeced conmigo al Señor, y todos á una ensalcemos su nombre (3) .* Y p o r q u e ni áun todo eso llega á lo q u e se debe á Dios, p o r q u e es mayor que toda a labanza (4), habernos de q u e r e r y es ta rnos holgando y regoci jando de que él se a m e y a labe á sí mismo, que solo se puede amar y a l a b a r bas t an temen te .

Lo segundo , habernos de ocupar es te t iempo en ac-

(1) Eccli. , XIV, 14.—(2) Cum quibus et nostras voces ut ad-mi t t i jubeas , deprecamur . Prcef. 3Iis.—(3) Magnificate Dominum m e c u m , et exal temus nomen ejus in id ipsum. Ps. XXXIII, 4.— ( i ) Quia major omni laude, nec laudere sufficis.

tos de amor de Dios; porque aquel las san tas a sp i r a -ciones, que no son o t ra cosa q u e unos ac tos amorosos y unos deseos en t rañab les de aquel sumo bien , cuales eran los del Profe ta , cuando dec ía : Diligam te, Domi-ne, fortitudo mea (1): Amete yo, Señor , fortaleza mía . Así como el ciervo, herido de los cazadores, desea las fuentes de las aguas, así mi ánima, herida de amor, de-sea á tí, Dios mió (2 ) .

Lo tercero, habernos de ocupar es te t iempo en p e -ticiones: p o r q u e es muy propio t iempo para d e s p a -char nues t ros negocios y alcanzar mercedes de Dios. De la re ina Es te r cuen ta la Sagrada Escr i tura (3) q u e no quiso declarar al rey Asuero su petición, sino p í -dele que sea su convidado y que allí se la dec la ra rá . Rácese as í , y allí alcanzó todo lo q u e pidió: así aquí en es te convi te , donde el Rey de los reyes es nues t ro convidado, ó por mejor deci r , nosotros suyos, a l c a n -zaremos todo lo q u e pidiéremos, porque l legamos en buen día (4) y en buena c o y u n t u r a . Y podemos decir lo que Jacob luchando con Dios di jo: Non dimittam te, nixi benedixeris mihi (5) : N o o s d e j a r é , S e ñ o r , si pr imero no me dais vues t ra bendic ión . Cuando-en -trastes en casa de Zaqueo dij istes: Hoy ha venido la salud á esta casa (6); decid ahora , Señor , otro tan to de esta casa donde habéis en t rado . Dic animae mea, salus tua ego sum (7): *Decid á mi a lma, yo soy tu sa-lud .* Sea hecha hoy salud en mi á n i m a .

Aquí habernos de pedir á Dios perdón de nues t ros pecados, fortaleza para vencer nues t ras pasiones y re-sistir á las ten tac iones , gracia para alcanzar las v i r t u -

(1) Ps. XVII, 2.—(2) Quemadmodum desiderai ccrvus ad fontes aquarum, ita desiderai an ima mea ad te. Deus. Ps. XLI, 2.— (3) Esther , V, 8: VII. 3 . - ( 4 ) In die en im bona venimus . I Reg XXV, 8 —(5) Gen., XXXII, 26.—(6) Hodie salus domui huic facta est. Lue., XIX, 9.—(7) Ps. XXXIV, 3.

Page 141: Tratado de Virtudes Cristianas

des, la humi ldad , la obed ienc ia , la pac ienc ia , la p e r -severancia . Y no so l amen te h a de pedir uno para sí, sino ha de rogar á Dios p o r las neces idades de la Iglesia, genera les y pa r t i cu l a r e s , por el papa , por el rey y por todos los que g o b i e r n a n la repúbl ica cristia-na , en lo espir i tual y t e m p o r a l , y por otras personas par t iculares , á quien t i ene obligación ó devocion, á la manera q u e lo hacemos e n el momen to de la misa, y d i remos despues (1) .

CAPÍTULO YIII

De otras maneras d e acción de gracias .

Algunos dan gracias d e s p u e s de la sagrada comu-nión, de la manera s i g u i e n t e : imaginan y consideran á Cristo nues t ro Señor d e n t r o en sus en t rañas como en un estrado ó sitial, y l l a m a n á todas sus potencias y sent idos para que le r econozcan y reverencien por su señor y rey , á ia m a n e r a q u e acá, cuando uno hos-peda en su casa a lguna p e r s o n a pr incipal , sue le l la -mar á todos sus hi jos y a l l e g a d o s para que le r e v e -rencien y reconozcan. Y c o n cada uno de sus sentidos y potencias hacen t res c o s a s : la p r imera , darle gra-cias porque les dió a q u e l l a po tenc ia ó sent ido; la se -g u n d a , acúsanse y d u é l e n s e de no habe r l e empleado en aquel lo para que el S e ñ o r se le dió; la tercera , p i -den favor y gracia para e n m e n d a r s e de ahí adelante; y es muy buena y p r o v e c h o s a manera de dar gracias. Y en efecto es el pr imer m o d o de orar de los tres que nues t ro Padre pone en el l i b ro de los Ejercicios espi-r i tua les (2).

(1) Cap. XV.—(2) S. P. N. I g a a t i u s , lib. Exercit. spirti.

Otros imaginándose enfe rmos en todos sus sent idos y potencias, como Cristo es médico que sana todas las enfe rmedades (1), le l levan por todas ellas, como al médico por las en fe rmer í a s , p id iéndole : Domine, veni et vide (2): Señor , mirad estos mis ojos enfermos , esta lengua, e t c . , y compadeceos de mí, y sanadme: Mise-rere mei, Domine, quoniam infirmus sum. Sana anirnam meam, quia peccavi tibi ( 3 ) : * S e ñ o r , a p i a d a o s d e m í , que estoy en fe rmo. Sanad mi a lma , porque pequé contra Vos.*

Adviértase aquí que para e jerci tarnos en estos e jer-cicios y en otros semejan tes en este t i empo, no es menes ter fingir la composicion de lugar ni buscar la fuera de nosotros, pues tenemos presente y dent ro de nues t ro pecho al mismo Jesucr is to verdadero Dios y verdadero hombre , el cual está r ea lmente en nues t ras en t rañas por todo el t iempo que duran las especies sacramentales , que es por todo el t iempo que dura ra la substancia del pan si allí e s tuv ie ra . Pues si el m i -rar una imágen de Cristo nos recoge para t ene r o ra -cion, ¿qué será mirar al mismo Cristo, que está aquí p resen te , no en d ibu jo como én el Crucifi jo, sino en su propia persona? Y así cada uno se ha de conver t i r á sí mismo, considerando den t ro de sí á Cristo, como lo hacía la sacrat ís ima Reina de los Angeles cuando le traía en sus en t rañas , y t ra tar allí con su Amado, dic ieudo con la Esposa: Inveni quem diligit anima mea; tenui eum, nec dimitían (4): Hallado he al q u e ama mi án ima: téngole , no le de ja ré .

Para que nos an imemos á de tenernos y gas tar mas t iempo en el hacimiento de gracias, nos podrá ayudar una cosa q u e dicen aquí a lgunos Teólogos (5), y es,

(1) Qui sanat omnes infirmitates luas. Ps. CU, 3.—(2) Joan., Xf, 3 4 . - ( 3 ) Ps. VI, 3 .—Ps . XL, 5.—(4) Cani. I l i , 4 . - ( 5 ) Cajet. Cab. Major., Paludanus, et alii quos refer t P. Fr . Suarez, tom. S, in 3 partdisput. 63, sect. 7, dicens esse valde probabile .

Page 142: Tratado de Virtudes Cristianas

q u e por todo el t iempo q u e duran las especies sacra-menta les y la real presencia de Cristo en nues t ro pe-cho , miéo t ras más uno se e je rc i ta re en semejantes actos, recibirá mayor gracia , no so lamente por el mayor méri to de los actos q u e llaman ex opere operan-tis, sino ex opere operato, por la vir tud del Sac ramen-to, de la manera q u e decíamos t ra tando de la dispo-sición (1).

De lo dicho se verá cuán mal hacen los q u e dejan perder es te t iempo en q u e tanto podían ganar ; y en acabando de recibir tal huésped en su casa, luégo le vue lven las espaldas , y apénas ha ent rado él por una pue r t a , cuando ellos se salen por o t ra , dejándole, como dicen, con la palabra en la boca. Si acá tendría-mos por m u y mala crianza recibir en casa un hués -ped de respeto , y despues de recibido, no le hablar ni ofrecer servicio n inguno , ¿qué será á un tal hués -ped como este?

De la gloriosa virgen Margar i ta , hi ja del rey de Hungr ía , cuen ta Surio q u e cuando había de comul-gar , el dia án t e s no comía más de pan y agua en r e -verencia de aquel la comida y manja r celestial que es-peraba , y luégo toda la noche en te ra pasaba en ora-cion; despues d e comulgar gas taba todo aquel dia en rezar y orar , hasta la noche, q u e tomaba a lguna poca de comida .

CA.PÍTULO IX

Del f r u t o q u e habernos d e saca r de la s a g r a d a comunion .

Las v i r tudes y efectos admirables q u e los Santos declaran de es te divino Sac ramento , uo solamente son

(1) Cap. I I I .

para descubr i rnos su excelencia, y el amor y caridad inmensa que nos tuvo el Señor , s ino también para que pongamos los ojos y el corazon en ellos, para s a -car ese f ru to de la sagrada comunion; y así iremos di-ciendo algunos de ellos para este fin. És te divino S a -cramento , así como todos los otros, t iene un efecto común con todos los demás sacramentos , que es dar gracia al que d ignamen te le recibe; y t iene otro efec-to propio, con q u e se diferencia de los demás sac ra -mentos , el cual llaman los Teólogos refección espiri-tual, que es ser man ten imien to del a lma , con el cual ella se rehace , res taura y toma fuerzas para resistir á sus apet i tos y abrazarse cou la v i r tud ; y así, sobre aquel las palabras q u e dijo Cristo nues t ro Señor: Mi carne es verdadero manjar, y mi sangre verdadera bebi-da ( t ) , dicen c o m u n m e n t e los Santos , y dícelo t a m -bién el Concilio Florent ino, q u e lodos los efectos que obra el man ten imien to corporal en los cuerpos , obra espi r i tua lmente es te divino man ja r en las a lmas . Y por esto dicen q u e quiso Cristo nues t ro Señor i n s t i -tuir este sant ís imo Sacramento en especie de m a n t e -nimiento , para q u e en la misma especie en q u e le ins-t i tuía, nos declarase los efectos q u e obraba y la nece-sidad q u e nues t ras a lmas tenían de él . Pues conforme á esto, así como el man ten imien to corporal su s t en t a la vida del cuerpo y renueva las fuerzas y en cier ta edad hace crecer , así t ambién es te sant ís imo S a c r a -mento sus ten ta la vida espir i tual , rehace , las fuerzas del a lma, repara la v i r tud enflaquecida, for ta lece al hombre contra las ten tac iones del enemigo y háce le crecer hasta su debida perfección. Es te es el pan q u e conforta y esfuerza el corazon del hombre (2), y con el cual esforzados, como Elias, habernos de caminar hasta llegar al monte de Dios, Horeb (3).

(1) J o a n . , VI, 56 .—(2) Ps. CI1I, 1 5 . - ( 3 ) 111 Reg . , XIX, 8.

EJER. RODRIG.—Tom. IV. 1 7

Page 143: Tratado de Virtudes Cristianas

Más: t iene otra p rop i edad el man ja r corporal , que es dar gusto y sabor al q u e come, y tanto mayor, cuanto es mejor y más p r e c i o s o el man ja r , y el pa la-dar es tá más bien d i s p u e s t o ; así t ambién es te divino manja r , no solamente nos sus t en t a , conserva y es -fuerza, sino también causa u n gusto y suavidad esp i -r i tual , conforme á aque l lo q u e dijo el patr iarca Jacob en aquel las bendiciones p r o f é t i c a s que a la hora de su m u e r t e echó á sus hijos, a n u n c i a n d o lo que había de ser en la ley Evangél ica; c u a n d o llegó á su hijo Aser, d i c e : *Aser, pingüe y sabroso es su pan; sera delicias de los reyes (1).* Cristo es p a n fért i l ís imo, suavísimo y gustosísimo. Dice Santo T o m a s (2) que es tan grande el gus to y delei te que c a u s a es te pan celestial en aquel los q u e t ienen p u r g a d o el paladar de su ánima, que con n ingunas p a l a b r a s se puede explicar , por gustarse aquí la dulzura e s p i r i t u a l en su misma fuen-te , que es Cristo nues t ro S a l v a d o r , f u e n t e de toda sua-vidad y vida de todas las c o s a s ; el cual , por medio de es te Sacramento , en t ra e n el ánima del que comulga. Y muchas veces es tan ta e s t a suavidad, que no sólo recrea el espír i tu , sino r e d u n d a t ambién en la misma carne, conforme á aque l lo de l Profeta: Mi corazonymi carne se alegraron en Dios vivo (3).

De ahí nace lo que d i c e San B u e n a v e n t u r a (4), que muchas veces acaece l l e g a r u n a persona muy debil i -tada y flaca á la sagrada c o m u n i o n , y se r tan grande la alegría y consolacion q u e recibe con la virtud de este manja r , q u e se l e v a n t a de ahí tan esforzada como si n inguna flaqueza t u v i e r a . Guimando Adversano, obispo, autor an t iguo , e s c r i b e de aquellos monjes an-

f 11 Aser, p inguis pañis e i u s . e t prasbebit delicias regibus. Gen., XLIX, 20.—(2) S. Thom. o p u s e . 57.—(3) Cor meum el caro mea exultáverunt in Deum vivum. Ps. LXXX1II, 3 . - ( 4 ) Bonav. llb. de perfect. ad sororem suam.

t iguos que era tanto el consuelo y fortaleza que s e n -tían con la sagrada comunion . que algunos con solo es te sus ten to se pasaban sin n inguna otra comida , s iéndoles es te todo su consuelo y sus tento , así para el alma como para el cue rpo ; y el día que no c o m u l g a -ban, sent ían en sí una flaqueza y desmayo g rande , y les parecía desfallecían y que no podían vivir . Y dice que á a lgunos les l levaba un ángel la comunion á su celda. En las Crónicas de la Orden Cisterciense se cuen ta de un monje que s iempre que comulgaba le parecía recibir un panal de miel, cuya suavidad le du-raba tres días.

Pues conforme á esto, el f ru to que nosotros h a b e -rnos de sacar de la sagrada comunion ha de ser un ánimo varonil para caminar é ir ade lan te en el c a m i -no de Dios, una fortaleza muy grande para mortificar nues t ras pasiones y resist ir y vencer las ten tac iones : *Preparaste, Señor, una mesa delante de mí contra mis perseguidores (1).* Para esto nos preparó el Señor esta mesa . En las demás mesas, qu ien t iene enemigos , t eme y no osa es tar ; pero en esta recibe el hombre esfuerzo y fortaleza para vencer á lodos sus enemigos . Y así dice San Crisòstomo q u e nos habernos de levan-tar de esta sagrada mesa como unos leones, echando fuego por la boca con que espantemos y nos. hagamos terr ibles á los demonios (2). Y este efecto nos s i g n i -ficó Cristo nues t ro Redentor , cuando acabando de c o -mulgar á sus discípulos, les d i jo : *Levantos, y vamos de aquí (3).-* como quien dice: ya habéis comulgado, levantaos y vamos á padecer . Y así vemos que en la

( I ) Parasti in conspectu meo mensam, adversus eos, qui t r ibu-lant me. Ps. XXII, 5.—(2) Tanquam leones ignem spirantes, ab hac mensa recedamus, facti diabolo terribiles. Chrys. hom. 61 ad populum, et 4 5 in Joan.—(3) Surgi te , eamus h inc . Joan., XIV, 31.

Page 144: Tratado de Virtudes Cristianas

pr imi t iva Iglesia, cuando se f recuen taba tan to este d vino Sacramento , no sólo tenían los crist ianos.fuer-zas para guardar la ley de Dios, S IDO p a r a r e s * ir a la fuerza y Fabia de los t i ranos , y dar la sangre y la vida por Cristo.

CAPÍTULO X n „ „ p l f r e c u e n t a r l a s ag rada Comunion es g r a n remedio contra Q t o d l las tentaciones0, y pa r t i cu la rmen te para conservar la

cast idad.

C o n t r a todas las ten tac iones dicen los Santos que es aran remedio f r ecuen ta r es te divino Sacramento; porque, fuera de dar g r a n d e fortaleza, enf laquece las nas iones v los hábi tos é incl inaciones malas, dismi-n u y e el fuego de la concupiscencia , q u e es raíz de todos los males , y hácenos prontos para cumplir la voluntad de Dios. , „„„

Santo Tomas dice (1) que una de las razones por que es te sant ís imo Sacramento nos defiende y libra de las ten tac iones y de las caidas, es porque como es memoria l de la pasión de Cristo, por la cual los de-monios fueron venc idos , en viendo en nosotros e cuerpo y sangre de Cristo, ellos echan a hui r , y los santos ánge les nos acompañan y a y u d a n . San Ignac o y San Cirilo aconse jan (2) por esta razón la frecuencia de este sant ís imo Sac ramen to para que huyan os de-monios de nosotros. Y San Crisòstomo dice: Si lasan-e r e del cordero, figura de este Sac ramento , puesta en los umbra l e s de las pue r t a s de las casas l ibraba a sas moradores del cas t igo y matanza que iba haciendo ei ángel des t ru idor (3), ¿cuánto mas lo ha ra este divino Sac ramen to (4)?

rt\ S Tliom 3 o a 69. art. 7 .—(2) Ignat . epist. ad Ephts.-C j í m . ^ é s T « J o a n . f c íp . ' l 7 . - ( 3 ) Exod®, XII, 2 2 . - ( i ) Crysost. lioin. 61 ad popul. antíochen.

Pero par t i cu la rmente dicen los Santos q u e es és te eficacísimo remedio para vencer las tentac iones d e s -honestas y conservar la cast idad; porque pacifíca los movimientos de la carue, mit iga el jomes peccati, y como San Cirilo dice, apaga el ardor y apet i to de la sensualidad, como el agua al fuego. De esta manera declarau San Jerónimo y Santo Tomas (1) y otros San-tos aquello del profeta Zacarías: *¿qué es lo bueno de Dios, ¡¡ qué es lo hermoso del Señor, sino el pan de los escogidos y el vino que engendra vírgenes ( 2 ) ? :* d i c e n que es v i r tud y efecto par t icular de este manja r c e -lestial engendra r v í rgenes . Así como el man ten imien -to corporal , cuando es bueno, cria buena sangre y buenos h u m o r e s , así es te divino manja r cria en noso-tros castidad y pureza de afectos. De donde vino a decir San Cirilo q u e es te divino Sacramento no sólo santifica el án ima , sino también el cue rpo , c u m p l i é n -dose aquel lo que la Iglesia pide en el sacrificio de la misa (3). Es la harina de Eliseo, q u e qui ta la ponzona de la olla y la da sazón (4). Y como locando aquel la m u j e r del Evangel io el ruedo de la vest idura del S a l -vador , cesó en ella el flujo de sangre (5), y en t rando el Arca del Tes t amen to en el Jordán , las aguas se d e -tuvieron hacia arr iba y dejaron de correr (6); asi e n -t rando Cristo en nues t ro cuerpo , se de t ienen las t e n -taciones, y cesa el ardor y fuego de la concupiscencia . Con razón esc laman los Santos : ¡Oh dichoso f ru to de es te divino Sacramento , pues engendra cast idad y hace v í rgenes (7)! Un doctor grave dice (8) q u e no

(1) S. Thorn, opusc. 58, cap. 36 .—(2) Quid en im b o n u m ejus est , et quid pu l ch rum ejus , nisi f m m e n t u m e lec torum, et v inum ge rminans vi rgines? Zach., IX, 1 7 . - ( 3 ) Fiat nob.s ad sa lu lem ment is , et c o r p o r i s . - ^ ) IV Reg. , IV, 41 .—(5) Luc. VIII, 4 4 . -(6) Josue , III, 16.—(7) 0 fel ix f ruc tus uber ta l i s , ex quo v i r^ in i tas germinatur !—(8) Viguer ius , in Institut. theologtcis, c. 16, 5 J.

Page 145: Tratado de Virtudes Cristianas

hay medio tan eficaz pa ra se r u n o casto, como el f re-cuentar devotamente la s a g r a d a comunion .

Cuenta Nicéforo Calixto, G r e g o r i o Turonense , Mau-clero y otros graves a u t o r e s (1), una cosa maravillosa que aconteció en la c i u d a d de Constant inopla . Y fué, que habiendo cos tumbre m u y ant igua en la iglesia gr iega de consagrar el c u e r p o sant ís imo de nuestro Señor Jesucristo en p a n e s c o m o los que se hacen para comer , de aquellos panes consagrados comulgaban al pueblo; y si algunas r e l iqu ia s sobraban en la custodia, l lamaban los sacerdotes a l g u n o s niños de los más vir-tuosos que andaban á la e s c u e l a y de cuya sinceridad se pudiese tener mayor sa t i s facc ión , y estando a y u -nos, les daban aquellas s a n t í s i m a s rel iquias para que las recibiesen. Y esto d i c e el mismo Nicéforo que pasó con él muchas veces, s i e n d o niño y de poca edad y criándose en la Iglesia. A c a e c i ó , pues, que yendo una vez los niños que para e s t o es taban l lamados, fuese en t re ellos un hijo de u n j u d í o , oficial de hacer v i -drio, y comulgó j u n t a m e n t e con ellos. Con eso tardó el niño de acudir á casa á la hora acos tumbrada , y preguntándole su padre d e dónde venía, dijo que de ia iglesia de los c r i s t i a n o s , y que había comido del otro pan que daban á los m u c h a c h o s . Tomóle al judío t an grande ira contra su h i j o , que sin esperar más ra-zones, le tomó y le e c h ó en el horno de vidrio que estaba encendido, y c e r r ó la puer ta del horno. La madre hallando ménos á s u hi jo y viendo que pasaba mucho tiempo y no p a r e c í a , salió á buscarle por toda la ciudad con grandes a n s i a s y dil igencias; y como no le pudiese descubrir ni h a l l a r raslro de él, volvióse á su casa muy las t imada, d o n d e al cabo de tres días,

(1) Nicephor. Calixtus, iti sua kistor. Eeel. llb. Í7, cap. 55.— Gregor. Turonensis , lib. de Martyr., cap:8,'

estando jun to al horno renovando sus lágrimas y g e -midos, mesando sus cabellos, comenzó á llamar á su hijo por su n o m b r e : el cual oyendo y conociendo la voz de la madre , le respondió de deut ro del horno donde es taba. En tónces ella quebrando la puer ta del horno , vió á su hijo es tar en medio del fuego tan sano y sin lesión, que ni á un cabello solo le había tocado el fuego. Sale el niño, y p regun tándo le qu ién le había guardado, respondió que una Señora vestida de g r a -na había venido allí muchas veces , y con agua q u e echaba, apagaba el fuego ; y demás de esto, le traía de comer todas las veces que lo había menes te r . Supo esta maravil la el emperador Jus t in iano , y mando lué-go bautizar al niño y á la madre que quis ieron ser cristianos, y al desven tu rado del padre que no se quiso convert i r , como á parricida le hizo colgar en un árbol , y así murió ahorcado. Pues lo que obró es te sant ís imo Sacramento en el cuerpo de es te niño, que le había recibido, conservándole sin lesión a lguna en medio del fuego, eso obra e sp i r i tua lmente en las almas de los que d i g n a m e n t e le reciben, d e f e n d i é n d o o s y c o n -servándolas sin lesión a lguna en medio del fuego de las tentaciones .

CAPÍTULO XI

D e olro fruto p r inc ipa l que habernos de saca r de la sagrada comunion , que es uni rnos y t r ans fo rmarnos e n Cristo.

• Uno de los más principales efectos y fines para q u e ins t i tuyó Cristo nues t ro Redentor es te divino Sac ra -mento, ó el más pr incipal , d icen los Santos que fué para unirnos é incorporarnos y hacernos una cosa con-s ieo. Así como cuando se consagra es te divino Sacra-mento , por vir tud de las palabras de la consagración,

Page 146: Tratado de Virtudes Cristianas

lo q u e era pau se convier te en sustancia de Cristo; a s í por v i r tud de esta sagrada comunion, el que era h o m b r e se viene por u n a maravil losa manera á trans-f o r m a r esp i r i tua lmeute en Dios. Y eso es lo que dice el mismo Cristo en el sagrado Evangelio: Mi carne verdaderamente es comida; y mi sangre verdaderamente es bebida. El que come mi carne y bebe mi sangre, está en mí , y yo en él (1). De manera , que así como el man-j a r por vir tud del calor na tura l se convier te en la sus-t a n c i a del que le come y se hace una misma cosa con é l . así el que come este pan de ángeles se une y jun-t a y hace una cosa con Cristo, no convirt iéndose Cris-t o e n el manten ido , sino convir t iendo y transforman-d o él en sí al que le recibe, como el mismo Señor d i j o á S a u Agust ín : Manjar soy de grandes , crece, y c o m e r m e has . Pero hágote saber que no me mudarás t ú á mí en tu sustancia y naturaleza , como á los de-m a s man ja r e s ; sino tú te mudarás y transformarás en m í (2). Y así dice San to Tomas (3) que el efecto pro-p i o de este Sac ramento es t ransformar el hombre en D ios hac iéndole s e m e j a n t e á sí. Porque si el fuego, p o r ser e l e m e n t o t an noble, convierte en sí todas las c o s a s que se j u n t a n con él , gastando primero todo lo q u e en ellas le es contrar io , y comunicándoles des-p u e s su forma y perfección, ¿cuánto más aquel abis-m o de infinita bondad y nobleza gastará todo lo.malo q u e ha l la re en nues t ras almas y las hará semejantes á s í?

Pe ro de jando apa r t e la unión real y verdadera de

(1 ) Caro mea vere est cibus, et sanguis meus vere est potus. Q u ¡ manducat meam carnem, et bibit meum sanguinem, in me raanet, et ego ¡n illo. Joan., VI, 56.—(2) Cibus sum grandium, e r e s c e , e t manducabis me: nec tu me mutabis in te sicut cibum e a r n i s tufe, sed tu mutaber is in me. Aug. lib. 10 confess., cap. 10.—(3) S. Thom. 4 sent., dlst. 2, q. 2, art. 1.

Cristo con el que le recibe, q u e él nos quiso s ignif i -car por aquel las palabras: él está en mí, y yo en él, la cual declaran los Santos con a lgunas comparaciones muy encarec idas ; descendiendo más en par t icular á la práctica, el fruto q u e nosotros habernos de p r o c u -rar sacar de la sagrada comunion, es unirnos y m u -darnos y t ransformarnos e n Cristo esp i r i tua lmente : esto es, que nos hagamos semejan tes á él en la vida y cos tumbres , humildes como Cristo, pac ientes como Cristo, obedientes como Cristo, castos y pobres como Cristo. Y esto es lo que el Apóstol dice por o t ras p a -labras, que nos vis tamos de Jesucristo: Induimini Do-minum Jesum Christum (1). E n la c o n s a g r a c i ó n c o n -viér tese la sustancia del pan en la sustancia del c u e r -po de Cristo, quedándose enteros los accidentes . En la comunion es al contrar io , que se queda la sus tancia del hombre , y se mudan los acc identes : porque el hombre , de soberbio se hace humi lde ; de i n c o n t i -nen te casto; de a i rado pac ien te . Y de esa manera se transforma en Cristo.

San Cipriano, sobre aquel las palabras del Profeta: *Mi cáliz q u e embr iaga , ¡oh qué excelente que es (2)!* las cuales en t i ende de es te sant ís imo Sacramento , dice (3) que así como la embr iaguez e n a j e n a á u n hombre de sí y le hace otro, así e s te divino Sac ra -mento eua jena á uno de sí y le hace otro, haciéndole olvidar las cosas del mundo , y que de allí ade lan te todo su trato sea de las cosas del cielo. ¡Qué otros salieron los discípulos de E m a ú s despues de habe r recibido es te divino Sacramento (4)! De dudosos, fie-les; de medrosos , esforzados. Pues así nosotros habe-

(1) Ad Rom. XIII, 14.—Et induite novum hominem. Ad Eph., IV, 24.—(2) Et cal is meus inebriaos, quam prfficlarus est! Ps. XXII, 5.—(3) Cyprian. lib. 2. Epist., 3, ad Csc i l ium.—(4) Cogno-verunt eum in fracl ione pañis. Luc., XXIV, 35.

Page 147: Tratado de Virtudes Cristianas

mos de salir de la sagrada c o m u n i o n , t rocados y mu-dados en otros hombres (1). Lo mismo d ice San Basi-lio (J2), y trae para esto aquel lo de San Pablo: Para que el que vive, ya no viva para sí, sino todo para Dios (31.

Dice una Santa (4) una cosa m u y sus tanc ia l y muy espiritual á es te propósito. Va t r a t a n d o de las condi-ciones y señales en que se conoce s e r el án ima trans-formada en Dios; y una de ellas, d i c e , es cuando d e -sea el hombre ser menospreciado, a b a t i d o y deshon-rado de toda cr iatura, y desea y q u i e r e que todos crean que él es digno de deshonras , y q u e ninguno se compadezca de él; y no qu ie re v i v i r en el corazon de a lguna criatura sino de solo Dios. Y n o solamente no quiere ser reputado ser cosa a l g u n a en ninguna manera , sino t iene por g rande h o n r a se r despreciado, por conformarse con Cristo nues t ro S e ñ o r , al cual se-guir es g rande honra; y dice con S a n Pab lo : Mihi au-tem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Jesu Chri-sti (o): No piega á Dios, que yo m e h o n r e ni gloríe, sino en la cruz de Jesucristo n u e s t r o S e ñ o r . Pues de esta manera nos habernos de t r a n s f o r m a r en Cristo; y esto es lo que habernos de sacar de la sagrada Comu-n ion .

San Crisòstomo declarando la ob l igac ión que para esto nos pone el recibir tan al to S a c r a m e n t o , dice: Cuando nos viéremos acosados de la i ra ú otro vicio ó tentación, consideremos de cuán g r a n d e bien h a b e -rnos sido dignos, y sírvanos eso d e f r e n o para g u a r -darnos de todo pecado y de toda imperfecc ión (6).

(1) Mulaberis in virum a l ium. I Reg., X, 6 . — I n virum per fee -tum. Ad Eph., IV, l 3 . - ( 2 ) Basil. in qucest. breviorib., num. 172. —(3) Ut et qui vivunt , j am nou s ibi v i v a n t , sed ei qui pro ipsis m o r t u u s e s t , et resurrexit . U ad Cor., V 15 .—(4) Sta. Angela de Fulg ino , c. 66.—(5) Ad Gal., VI, 14 .—(6) C u m n o s a b ¡ra corripi v ider imus, vel ab alio vitio, cogi temus, q u i b u s f a c t i sumus digni;

Lengua que ha tocado á Cristo, razón es que quede santificada, y que no hable ya l iviandades, ni se pro-fane más. Pecho y corazon q u e h a recibido al mismo Dios, y sido cus todia y relicario del sant ís imo Sacra-mento , no es razón que se eche en el estiércol de va-nos deseos, ni q u e trate ni p iense ya de otra cosa sino de Dios. Acá come uno u n alcorza, y todo el día aspira olor. Habéis comido esta alcorza divina que tiene el á m b a r celestial , olor de toda vir tud y deidad; ¿qué olor será razón q u e aspiréis?

De una santa v i rgen se lee que decía : Cuando c o -mulgo, todo aquel día guardo con más dil igencia mi corazon, imaginando al Señor en él , como si e s t u -viera reposando en su casa. Por lo cual procuro de guardar toda la modest ia posible, así en el hablar , mirar y andar , como en toda la conversación exter ior ; como quien pone el dedo sobre la boca, p idiendo s i -lencio y que no hagan ruido, porque no despier ten al que d u e r m e .

CAPÍTULO XI I

De otro f ru to muy principal que habernos d e saca r de la s ag rada comunion , que es o f r ece rnos y res ignarnos e n t e r a m e n t e en las manos de Dios, y de la preparac ión y hac imiento de g r a -cias que conforme á esto habernos de hacer .

Una de las pr incipales cosas que habernos de sacar de la sagrada comunion , ha de ser res ignarnos y p o -nernos del todo en las manos de Dios, como un poco de barro en manos del art í f ice, para que haga de nos-otros lo que quisiere y como quis iere y cuando qui-siere y de la manera que quis iere , sin excep tuar ni

et sit i r ra t ionabi l ium nobis motuum correct io , talis cogi ta t io . Chrys. homil. 61 ad popul. Antioch.

Page 148: Tratado de Virtudes Cristianas

mos de salir de la sagrada c o m u n i o n , t rocados y mu-dados en otros hombres (1). Lo mismo d ice San Basi-lio (J2), y trae para esto aquel lo de San Pablo: Para que el que vive, ya no viva para sí, sino todo para Dios (31.

Dice una Santa (4) una cosa m u y sus tanc ia l y muy espiritual á es te propósito. Va t r a t a n d o de las condi-ciones y señales en que se conoce s e r el án ima trans-formada en Dios; y una de ellas, d i c e , es cuando d e -sea el hombre ser menospreciado, a b a t i d o y deshon-rado de toda cr iatura, y desea y q u i e r e que todos crean que él es digno de deshonras , y q u e ninguno se compadezca de él; y no qu ie re v i v i r en el corazon de a lguna criatura sino de solo Dios. Y n o solamente no quiere ser reputado ser cosa a l g u n a en ninguna manera , sino t iene por g rande h o n r a se r despreciado, por conformarse con Cristo nues t ro S e ñ o r , al cual se-guir es g rande honra; y dice con S a n Pab lo : Mihi au-tem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Jesu Chri-sti (o): No piega á Dios, que yo m e h o n r e ni gloríe, sino en la cruz de Jesucristo n u e s t r o S e ñ o r . Pues de esta manera nos habernos de t r a n s f o r m a r en Cristo; y esto es lo que habernos de sacar de la sagrada Comu-n ion .

San Crisòstomo declarando la ob l igac ión que para esto nos pone el recibir tan al to S a c r a m e n t o , dice: Cuando nos viéremos acosados de la i ra ú otro vicio ó tentación, consideremos de cuán g r a n d e bien h a b e -rnos sido dignos, y sírvanos eso d e f r e n o para g u a r -darnos de todo pecado y de toda imperfecc ión (6).

( t ) Mulaberis in virum a l ium. I Reg., X, 6 . — I n virum per fee -tum. Ad Eph., IV, l 3 . - ( 2 ) Basil. in qucest. brevíorib., num. 172. —(3) Ut et qui vivunt , j am nou s ibi v i v a n t , sed ei qui pro ipsis m o r t u u s e s t , et resurrexit . 11 ad Cor., V 15".—(4) Sta. Angela de Fulg ino , c. 66.—(5) Ad Gal., VI, 14 .—(6) C u m n o s a b ¡ra corripi v ider imus, vel ab alio vitio, cogi temus, q u i b u s f a c t i sumus digni;

Lengua que ha tocado á Cristo, razón es que quede santificada, y que no hable ya l iviandades, ni se pro-fane más. Pecho y corazon q u e h a recibido al mismo Dios, y sido cus todia y relicario del sant ís imo Sacra-mento , no es razón que se eche en el estiércol de va-nos deseos, ni q u e trate ni p iense ya de otra cosa sino de Dios. Acá come uno u n alcorza, y todo el día aspira olor. Habéis comido esta alcorza divina que tiene el á m b a r celestial , olor de toda vir tud y deidad; ¿qué olor será razón q u e aspiréis?

De una santa v i rgen se lee que decía : Cuando c o -mulgo, todo aquel día guardo con más dil igencia mi corazon, imaginando al Señor en él , como si e s t u -viera reposando en su casa. Por lo cual procuro de guardar toda la modest ia posible, así en el hablar , mirar y andar , como en toda la conversación exter ior ; como quien pone el dedo sobre la boca, p idiendo s i -lencio y que no hagan ruido, porque no despier ten al que d u e r m e .

CAPÍTULO XI I

De otro f ru to muy principal que habernos d e saca r de la s ag rada comunion , que es o f r ece rnos y res ignarnos e n t e r a m e n t e en las manos de Dios, y de la preparac ión y hac imiento de g r a -cias que conforme á esto habernos de hacer .

Una de las pr incipales cosas que habernos de sacar de la sagrada comunion , ha de ser res ignarnos y p o -nernos del todo en las manos de Dios, como un poco de barro en manos del art í f ice, para que haga de nos-otros lo que quisiere y como quis iere y cuando qui-siere y de la manera que quis iere , sin excep tuar ni

et sit i r ra t ionabi l ium nobis motuum correct io , talis cogi ta t io . Chrys. homil. 61 ad popul. Antioch.

Page 149: Tratado de Virtudes Cristianas

reservar cosa a lguna . El Hijo de Dios se ofreció á sí mismo e n t e r a m e n t e en sacrificio al Padre Eterno en la cruz, dando por nosotros toda su saDgre y su vida; y cada día se nos da en manja r en es te sant ís imo Sa-cramento en te ramen te , su cuerpo , sangre , alma y di-v in idad ; razón será que nosotros t ambién nos ofrezca-mos y e n t r e g u e m o s e n t e r a m e n t e y del todo á él . Eso d icen a lgunos q u e es p rop i amen te comulgar , commu-nkare, comunicarse , hacer con Dios lo q u e él hace con vos: él os da y comunica cuan to t ieue; dadle vos cuan to teue is .

Es te ha de ser t ambién el hac imieu to de gracias despues de la sagrada comunion: Quid retribuam Do-mino pro ómnibus, quce retribuit mihi ( 1 ) ? : ¿ Q u é o f r e -ceré al Señor por t an tas mercedes y beneficios, y es-pec ia lmen te por es te que ahora he recibido? ¿Sabéis q u é qu ie re él que le ofrezcáis? lo que vamos dicien-d o : Pruebe, jili mi, cor tuum mihi (1) : H i j o , d a m e tu corazon. Decláralo muy bien aque l San to (2) : ¿Qué otra cosa m á s quiero de tí, sino que es tudies de re-nunc ia r t e del todo en mí? Cualquiera cosa que me das sin tí, no m e curo de ella; porque no quiero tu don, sino á tí. Así como no t e bastarían á tí todas las cosas sin mí, así no puede agradar á mí cuan to me ofreces sin t í . Of réce t e á mí y da te todo por mí , y será muy acepto tu sacrificio. San Agust ín dice q u e en lo que Cain desagradó á Dios cuando le ofrecía sacrificio (3), y la causa por que no miró ni aceptó su sacrificio como el d e su he rmano Abel, f ué porque no repartía bien con Dios, porque daba á Dios a lguna cosa suya, y no le d a b a ni en t r egaba á sí mismo (4). Y esto mis-mo dice q u e hacen los q u e ofrecen á Dios a lguna cosa

(1) Ps. CXV, 12.—¡2) Prov. XXIII , 2 6 . - ( 3 ) Tomas de Kempis. —(4) Gen. , IV, 4 .—(5) Dans Deo aliquid s u u m , sibi auteni se ip-sum. Autj. lib. 15 de Civitate Dei, cap. 7.

y no le ofrecen su vo lun tad . El reino del cielo no t ie-ne otro precio sino á tí m i s m o ; tanto vale cuanto eres tú . Date y ofrécete á tí, y alcanzarlo has (1).

Pues en este o f rec imien to y res ignación entera en las manos de Dios nos habernos de ocupar y de t ene r despues de la sagrada comun ion . Y esto no ha de ser so lamente en genera l , s ino desmenuzándolo y des-cendiendo á casos par t icu la res , res ignándonos y c o n -formándonos con la voluntad de Dios, así en la enfe r -medad como en la salud, as í en la m u e r t e como en la vida, así en la ten tac ión como en la consolacion, es-pecificando aquello en q u e á cada uno le parec ie re que sent i r ía más r e p u g n a n c i a y dif icul tad, of rec ién-doselo al Señor en b a t i m i e n t o de gracias , no de jando lugar , ni oficio, ni grado , por bajo é ínfimo q u e sea, hasta que no se nos ponga cosa de l an t e en que no sintamos nuest ra vo luntad muy conforme y unida con la de Dios. Y es muy b u e n a y muy devota para es to aquel la oracion que nues t ro Padre pone en el libro de los Ejercicios espir i tuales: «Tomad, Señor , y recibid toda mi libertad, mi memor ia , mi e n t e n d i m i e n t o , y toda mi voluntad, todo mi haber y mi poseer: vos me lo distes, á vos Señor, lo torno, todo es nues t ro , d is -poned á toda vuest ra vo lun tad . Dadme vues t ro amor y gracia , que esta m e basta (2) (*).»

(1) Regnum ccelorum al iud non quíeri t p r a t i u m , quam t e i p -sum. Tantum valet q u a n t u m es tu. Te da , et habeb i s íllud Aug. serm. 2 de ómnibus Sanctis, et in Manuali, cap. 16.—{t) busci-pe. Domine, universam m e a m l iber ta tem; acc ipe m e m o r i a m , í n -tel lectum, a tque voluntatem o m n e m ; quidquid habeo , vel poss i -deo , mihi largi tus es : id tibi to tum rest i tuo, ad tu® pro r sus vo-luntat i trado g u b e r n a n d u m ; a m o r e m tu i solum cum gra t i a tua mihi dones , e t dives sum satis , nec al iud q u i d q u a m ultra poseo. S. Ignacio, Ejercic . esp i r i t . , con templac ión pa ra a lcanzar a m o r ,

PU(*)°T¡ene 300 dias de indulgencia , una vez al día. (León XIII).

Page 150: Tratado de Virtudes Cristianas

Aquí nos habernos t a m b i é n de e jerc i tar y actuar en los actos de a lgunas v i r t u d e s , espec ia lmente en aque-llas de que cada uno t i e n e más necesidad; porque á todo lo que uno qu i s i e r e y hub ie re menes te r , le sa -b r a e s t e d i v i n o m a n á , *que tiene la suavidad de todos los sabores (1).* Todos los sabores de las vir tudes t ie-ne : y así, una vez os h a b é i s de actuar y ejerci tar en una vir tud, otra en o t r a , t en iendo s iempre la mira en vuest ra mayor n e c e s i d a d . Si os sent ís necesitado de humi ldad , procurad q u e os sepa á humi ldad , que buen dechado y sabor ha l l a ré i s aquí de ella, pues está ves-tido el Hijo de Dios d e unos accidentes de pan, que por ser accidentes son más pobres y bajos, que los pañales y fajas con q u e le envolvió su sacrat ís ima Ma-dre en Belen. ¿Y qué m a y o r humi ldad , ni qué cosa más baja se puede i m a g i n a r , que ponerse Dios como man ja r común para q u e le comamos? Q u e ex t enda -mos allí en aquel la m e s a del a l tar los man te les , y co-mo servil leta los co rpo ra l e s , como plato la patena, como vaso el cáliz; q u e l e t r a temos con nues t ras ma-nos, y le recibamos en n u e s t r a boca y en nues t ro es -tómago: ¿qué mayor b a j a de Dios, y qué mayor subi-da del hombre? En c i e r t a manera resplandece aquí más la humildad q u e e n la obra de la Encarnación. Pues ejerci taos y a c t u a o s en ella hasta tan to que sin-táis que se os va e m b e b i e n d o y en t rañando en vues-t ra ánima. Ofreced al S e ñ o r el desprecio de toda la honra y estimación del m u n d o en hac imien lo de gra-cias, abrazando el ser menosp rec i ado y tenido en poco por su amor .

También es muy b u e n o descender á a lgunas cosas más part iculares y m e n u d a s , y of recer las aquí al Se-ñor en hacimiento de g r a c i a s . Ya ent iende cado uno,

(1) Habentem omnis sapor i s suavi ta te ra . Sapient. XVI, 20.

poco más ó ménos , sus faltas, y sabe lo que le i m p i -de su aprovechamien to y en lo que suele t ropezar or-d ina r i amente ; p u e s procurad eu cada comuuion s a -crificar y ofrecer á Dios a lguna cosa de esas en h a c i -miento de gracias. Sois amigo del regalo y de vues t ras comodidades y de que no os fal te nada; ofreced al Se-ñor el mortificaros en eso, hoy en una cosa y otro día eu otra . Sois amigo de parlar y de perder t i empo; mortificaos eu eso, y ofrecedlo al Señor en otra c o -munion. Sois tan amigo de vues t ra vo lun tad , q u e por no recibir vos un poco de mortificación y t rabajo , no sabéis dar gus to ni contento á vuest ros he rmanos , y algunas veces los habíais sacudida y desabr idamente ; procurad venceros en eso y ofrecerlo al Señor en otra comunion . Y" como decíamos t ra tando de la oracion (1) que es muy bueno proponer allí algo q u e hacer aquel mismo día, así t ambién en la comunion será muy bueno sacar propósito de venceros y mortificaros en algo aquel mismo día , y ofrecer esa mortificación al Señor en hac imien to de gracias. Haced cuen ta q u e eso es lo que os está pidiendo el Señor por la m e r -ced y beneficios q u e habé is recibido: q u e no quiere Dios de nosotros o t ra cosa, ni otra recompensa , sino que nos mejoremos en la vida, y nos vamos e n m e n -dando en aquel lo que sabemos que desagrada á su d i -vina Majes tad; y así ese es el mejor hac imien to de gracias que podemos hacer despues de la Comunion , y el servicio más agradable que le podemos ofrecer . De tres maneras decíamos arr iba (2) que puede ser el hacimiento de gracias : la p r imera , reconociendo los beneficios in t e r io rmen te con el corazon; la segunda , alabando y dando gracias con palabras al b ienhechor ; la tercera, con obras; y es te es el mejor hac imiento de

(1) Part . I, t ra t . 5, cap . 16.—(2) T ra t . 7, cap. 6.

Page 151: Tratado de Virtudes Cristianas

gracias. Pues eso es lo que ahora decimos: no se nos vaya todo en consideraciones, que a u n q u e buenas, mejores son las obras, y para eso han de ser las con-sideraciones, para que vengamos á las obras.

De la misma manera digo de la preparación para comulgar ; a u n q u e es muy buena aquel la particular preparación q u e se acos tumbra hace r antes de la sa-grada comunion con a lgunas consideraciones , y nin-guno la debe d e j a r , porque la reverenc ia de tan alto Sacramento p i d e que cada uno haga también en eso lo más que p u d i e r e ; pero la mejor y más principal disposición ha de ser la buena y santa vida, y el irnos cada dia me jo rando y perfeccionando en las cosas que hacemos , para así llegar con mayor l impieza y puri-dad á es te d iv ino Sacramento , conforme á aquello de los gloriosos P a d r e s y Doctores de la Iglesia Ambrosio y Agus t ino : Vivid de tal m a n e r a , que merezcáis re-cibir cada día e s t e santísimo Sac ramen to ( l ) . Y a s í , el Padre Maestro Avila en una car ta que desto escri-be á un devo to le dice: La preparac ión para la sagra-da comunion h a de ser el buen orden q u e tenga en toda su vida y en toda la s e m a n a (2); y trae para esto el e jemplo d e un siervo de Dios, q u e decía que él nunca hacía par t i cu la r preparación para comulgar: porque cada d í a , dice, hago todo lo que puedo. Esa es muy buena preparación, har to mejor q u e recogerse uno so l amen te un cuar to de hora á n t e s y otro despues, y quedarse t an tibio y tan inmorti í icado é imperfecto como de á n t e s .

De m a n e r a , que esta es la pr incipal disposición y este es el pr inc ipal hac imiento de gracias , y este ha

(1) Sic vive, u t quot idie raerearis acc ipe re . Ambros. lib. 5 de Sacram., cap. 4 .—Augus t , de verbis Dom. in Evany, sec. Luc., Serm. 28.—[-2) M. Avila, torn. 2eplst., fol. 187.

de ser t ambién el principal f ru to q u e habernos de s a -car de la sagrada comunion; y así como decimos de la oracion (1) que la disposición principal para ella ha de ser la mortificación de nues t ras pasiones, el r e c o -gimiento de los sent idos y la guarda del corazon, y decimos q u e ese ha de ser t ambién el f ruto que habe-rnos de sacar de ella, y que lo uno ha de ayudar á lo otro; así también aquí la buena y san ta vida, el hacer uno todas las cosas lo mejor que puede para agradar á Dios, ha de ser la principal disposición para recibir la sagrada comunion; y eso mismo ha de ser el p r i n -cipal f ru to que ha de sacar de ella, y lo uno ha de ayudar á lo otro, y una comunion ha de ser d isposi -ción para otra. Y así como decimos q u e el t ener b u e -na oracion y el ir aprovechando en ella no está en te-ner consuelos y sent imientos , ni en tener muchas consideraciones ni grandes contemplaciones , sino e n que salga uno de allí muy humi lde , pac ien te , i n d i f e -ren te y mortificado; así t ambién la buena comunion y

! el f ru to de ella no está ni se ha de medir por las m u -chas consideraciones que uno t iene , por muy b u e n a s y santas que sean , ni por los gustos y consolaciones, sino por la mortificación de las pasiones y por la m a -yor resignación y conformidad con la voluntad de

I Dios que de allí saca. De aquí se s igue una cosa de grandís imo consuelo,

I y es, que s iempre está en nuestra mano comulgar bien y sacar mucho f ru to de la comunion, porque el ofrecernos y res ignamos en las manos de Dios, el mortificarnos y enmendarnos en aquel lo que sabemos desagrada á su divina Majes tad , s iempre está en nues-tra mano con la gracia del Señor . Pues haced vos eso, y sacaréis mucho f ru to de la comunion : idos cada día

(1) Tra t . I, cap. 1.

EJER. RODRIG.—Tom. I V .

Page 152: Tratado de Virtudes Cristianas

venciendo y mortificando y e n m e n d a n d o en alguna cosa: caiga el ídolo de Dagon (1) en presencia del Ar-ca del Tes tamento ; ese ídolo de la lioura, ese ídolo del regalo y de buscar vues t r a s comodidades , ese ídolo de la propia voluntad, q u e d e todo por t ierra en reve -rencia de es te Señor. ¡Oh! ¡si comulgásemos de esla manera , mortificándonos y e n m e n d á n d o n o s cada vez en a lguna cosa por p e q u e ñ a q u e fuese , cómo medra-ría nues t ra a lma!

San Jeróuimo declara á e s t e propósi to aquel lo que dice el Sabio de la muje r f u e r t e : Consideró los rinco-nes y escondrijos de su casa, q u e e s e l e x á m e n y p r e -paración que se requiere p a r a l legar á esla mesa di-v i n a , y no comió ociosa su pan, no comió el pan de bal-de (2). Dice San Jerónimo: C u a n d o uno saca fruto de la sagrada comunion de la m a n e r a que habernos dicho, no come el pan d e ba lde , p u e s le aprovecha bien lo que come. Pero ¡ay d e aque l q u e ha comido es te Pan de balde muchos a n o s , s in haberse vencido, ui mortificado en una p a s i ó n , ni en un siniestro ma-lo! ¡Grave enfermedad d e b e d e t ene r , p u e s no le apro-vecha nada lo que come! P u e s é n t r e cada uno dentro de sí, y considere los r i n c o n e s de su alma, mire la pasión ó siniestro é i nc l i nac ión q u e más daño y es -torbo le hace, y procure i r la q u i t a n d o y mortificando, hasta que pueda decir con e l Apóstol : Viva yo,-ya no yo, sino Cristo es el que vive en mí (3 ) . Dice S a n J e r ó -nimo sobre estas pa labras : Vivo yo, ya no yo, ya no vive aquel que vivía a n t i g u a m e n t e en la ley, aquel que perseguía la Iglesia s i n o vive en él la sabiduría, la fortaleza, la paz. el gozo y las demás vir tudes , las

O l I Ree , V, 3 .—(2) C o n s i d e r a v i t semi tas domus suffi, et pa-nem otiosa non comedit . Prov. X X X I , 27 .—(3) Vivo autera, jam non ego; vivit vero in nie C h r i s t u s . Ad Gal., II , 20.

cuales el que no las t iene , no puede decir , vive en mí Cristo (1).

CAPÍTULO XII I

Qué es la causa que obrando este divino Sacramento tan m a r a -villosos efectos, a lgunos que le f recuen tan no los s ien ten en sí.

Pregun ta rá a lguno: p u e s este santísimo S a c r a m e n -to da tan ta gracia , y obra tantos y tan maravil losos efectos, ¿qué es la causa que muchas personas q u e celebran y comulgan á menudo , no s ienten en sus al-mas, no solo aquel gus to y suavidad espir i lual q u e decíamos (2), pero ni áun parece que aprovechan en la vir tud, sino que se están s iempre casi de una m i s -ma manera? Algunos suelen responder á esto con aquel proverbio común , que la m u c h a conversación es causa de menosprecio , pareciéndoles que la m u c h a frecuencia es causa que no se l leguen con lauta reve-rencia y disposición, y así que no saquen tan to f ruto; pero no t ienen razón, porque esto no ha lugar en las cosas espi r i tua les y t rato con Dios. Áun con los h o m -bres sabios y p ruden t e s dicen que no ha esto lugar , sino que ánies la m u c h a conversación y familiaridad con ellos causa mayor es t ima y reverencia ; porque cuanto uno más los t ra ía , tanto más conoce su p r u -dencia y vir tud, y así t an to más los es t ima.

Pero demos q u e t enga lugar ese proverbio en los sabios del mundo , porque , al fin, como e n esta vida

(1) Id est , non vivit ilte, qui quondam vivebat in lege; qu ippe qui persequeba tur Ecclesiam; vivit au t em in eo Christus: id est , sapient ia , for t i tudo, sermo, p a x , g a u d i u m , cfeterffique vir tutes , quas qui non habet , non potest d icere , vivit au t em in me Chr is -tus. Hieron. sup. htxc verba.—(%) Cap. IX.

Page 153: Tratado de Virtudes Cristianas

miserable no p u e d e haber n inguno tan perfecto que no tenga a lgunas faltas, y esas se descubran tratando mucho y muy fami l i a rmente con él , puede la mucha famil iar idad ser causa que se d i sminuya su opinion y es t ima . E m p e r o en el trato y familiaridad con Dios no puede haber es to lugar , porque como este Señor sea de iniinita perfección y sabiduría , cuanto más uno t ra ta con él y m á s le conoce, t an to más le reverencia y es t ima: como lo vemos en los san tos ánge les y bien-aven tu rados , q u e conocen pe r fec t í s imamente á Dios en el cielo y conver san con él fami l ia rmente , y lo ex-p e r i m e n t a m o s t ambién acá en la t ierra , porque cuan-to uno más t r a t a con Dios en la oracion, tan to más le reve renc ia y e s t i m a .

Y dec la rásenos esto bien en lo que el sagrado Evan-gelio c u e n t a d e aquel la m u j e r samar i t ana , que al pr incipio t ra tó à Cristo como á uno del pueblo: *¿Cómo tú, siendo judío, me pides de beber á mí, que soy mujer de Samaria (1)?* Llamóle el nombre común de la na-ción; p e r o p roced iendo un p o c o más ade lan te en la conversac ión , l lámale Señor: Domine, da mihi /tane aquam (2): *Señor , d a m e de esta a g u a * Y procedien-do un poco m á s ade lan te , l lámale Profe ta : *Veo que eres profeta (2) .* Y prosiguiendo más ade lan te , reco-nócele por Cr i s to y por el Mesías. De la misma mane-ra es e n la f r e c u e n c i a de los sacramentos ; án tes una c o m u n i o n d i s p o n e para o t ra . Y es engaño g rande pen-sar q u e por l l egarse uno de t a r d e en tarde á recibir e s te s an t í s imo Sac ramento , i rá con mayor preparación y r eve renc i a . Y así dijo muy bien San Agust iu y San Ambros io q u e el que no le merece recibir cada día, no m e r e c e rec ib i r l e una vez al año (4).

(1) Q u o m o d o lu iudseus cum sis, b ibere a me poséis, qu® sum mul ier s a m a r i t a n a ? Joan., IV. 9 . - ( 2 ) Ib. 1 5 . - ( 3 ) . \ i d e o , quia P rophe ta es tu. Ib. 19—(4) Qui non mere tu r quotidie accipeie,

Pues respondiendo á la duda , digo: lo pr imero, que el no sent i r tanto f ru to con la f recuencia de es te s a n -tísimo Sacramento , unas veces v iene por culpa nues -tra, porque no nos preparamos y disponemos para re -cibirle como debemos, sino llegamos á él por una ma-nera de cos tumbre ó cumpl imiento que es como si di jésemos: comulgo, porque otros comulgan y porque ya lo tengo de cos tumbre ; l legámonos como por vía de ceremonia , sin haber precedido consideración ni sen t imiento de lo que vamos á hacer; esa es la causa de sent i r poco f ru to . Y así , cuando uno s iente en sí que no medra ni aprovecha con la f recuencia d e es te santo Sacramento, debe mirar y examinar m u y bien si es por falta de disposición; y si halla serlo, ha de procurar remediar lo .

Otras veces suele provenir esto de dejarse uno caer adver t idamente en culpas venia les . Dos maneras hay de culpas veniales (1): unas que se hacen por i n a d -ver tenc ia , aunque con a lgún descuido y negl igencia ; otras hay que se hacen adve r t i damen te y de propós i -to . Las culpas veniales , en q u e por no adver t i r caen las personas temerosas de Dios y dil igentes en su ser-vicio, no hacen es te daño; mas las que con de l ibe ra -ción, de propósito y adver t idamente hacen las pe r so -nas t ibias y remisas en el servicio de Dios, impiden en gran par te los efectos divinos de es te sant ís imo Sa-c ramen to . Y lo mismo podemos decir de las faltas q u e de l ibe radamente y de propósito hace uno en la o b -servancia de sus reglas é ins t i tu to . Así como un p a -dre suele mostrar á su hi jo el rostro torcido", cuando ha hecho a lguna falta, para reprehender le con a q u e -

non mer e t u r p o s t a n n u m accipere. Aug. de verbis Dom. Evang. sec. Luc., serm. 28; et epist. 118 ad Januar.—Ambr. lib. 5 de Sacram. cap. 4.

(1) Ludov. Blos. in speculo spirltuali, c. 6.

Page 154: Tratado de Virtudes Cristianas

lio Y avisarle que ande c o n más cuidado de ahí a d e -lante; así lo suele hacer Dios con nosotros en la co-munion y en la oracion. Y así si que remos part icipar del copioso f ru to de q u e s u e l e n gozar los q u e se l le -gan á este divino S a c r a m e n t o como deben , es menes-ter que procuremos no h a c e r faltas adver t idamente y de propósi to. Y noten m u c h o esto las personas t eme-rosas, porque es de m u c h a impor tancia para recibir g randes mercedes de Dios. .

Lo tercero , digo que el no sent i r uno con este divi-no Sacramento aquel los e f ec to s que habernos dicho, muchas veces no es por c u l p a a lguna , ni por eso deja de recibir en su alma g r a n d e f ru to , a u n q u e a él le pa-rezca que no lo siente, c o m o solemos decir de la ora-cion. de la cual suelen t e n e r muchos la misma queja , que a u n q u e uno no s i e n t a en ella el gus to y c o n s u e -lo q u e desea y otras v e c e s por ven tu ra suele sentir no por eso deja de ser d e m u c h o provecho. Lomo el man ja r al en fe rmo, a u n q u e no le dé gus to , no por eso le deja de sus tentar y s e r provechoso. Son ésas cosas que per tenecen á la p rov idenc i a al t ís ima de Dios, et cual suele de esa m a n e r a probar á sus s iervos, y ejer-citarlos, y humillar los, y sacar otros bienes que él se sabe . Añádese á esto q u e a l g u n a s veces obra es te sa -c ramento tan s e c r e t a m e n t e , q u e apénas lo puede el hombre en tender ; p o r q u e la gracia c o m u n m e n t e obra como la naturaleza , poco á poco, como parece en una plauta que sin echarse d e ver cuando crece , vemos despues que ha crecido. Y así dice San Laurencio Jus -t iniano que así como el m a n j a r corporal sus tenta al hombre y hace que c r e z c a , a u n q u e no lo advir tamos; así es te divino Sac ramen to confor ta y for ta lece al alma con aumen to de gracias , a u n q u e no lo s in tamos .

Lo cuar to , digo que n o sólo se cuen ta por aprove-chamien to el ir ade l an t e , sino t ambién el no caer y

volver a i ras . Y no es ménos de es t imar la medic ina que nos preserva de la en fe rmedad , que la que nos acrecienta la salud. Y adviér tase mucho esto, porque es cosa de gran consuelo para aquel los que no ven tan pa lpablemente en sí el f ru to de es te Sacramento . Venios c o m u n m e n t e que los que reciben á menudo este divino man ja r v iven en lemor de Dios, y se les pasa todo el año y á muchos toda la vida sin hacer pecado mortal : p u e s ese es uno de los principales fru-tos y efectos de es te Sacramento , conservar á uno q u e no caiga en pecados, como lo es del manja r conservar la vida corporal . Y lo notó muy bien el Concilio T r i -dent ino, d ic iendo que es remedio y medicina que nos libra de las culpas cotidianas y nos preserva de las mortales (1). Y así , a u n q u e uuo no sienta en sí aquel fervor y devocion, ni aquel la ha r tu ra y consuelo espi-r i tual , ni despues de habe r comulgado s ienta aquel al íenlo y ligereza para las buenas obras que otros sue-len sent i r , sino án tes sequedad y t ibieza, no por eso deja de recibir f ru to . Y si comulgando cae en a lgunas faltas, no comulgando cayera en otras mayores . H a -gamos nosotros b u e n a m e n t e lo q u e es de nues t ra par-te para l legarnos con la disposición y reverencia que habernos dicho, q u e sin duda será g rande el provecho que recibirá nues t ra a lma con la frecuencia de este divino Sacramento .

Cuenta Ti lman Bredembraquio (2) de un duque de Sajonia l lamado W e d e q u i n d o , que era infiel, y víno-le curiosidad de ver lo q u e pasaba en los reales ca tó-licos de Cario xMagno; y por hacerlo más á su placer , vistióse en hábi to de peregr ino , y vase allá: era t iem-

(1) Antidotum, quo l ibe ramur a culpis quo t id i ana , et a peccalis mortalibus pr®servamur. Conc. Trident. sess., XIII, deSanctiss. Euck. Sacram., cap. 2.—(2)Tilm. Bredembrach. lib. 1 Collatio-num. cap. 2ex Hislor. Eccles. Alberti Crantii, Itb. 1, cap. 9.

Page 155: Tratado de Virtudes Cristianas

po de Semana Santa y Pascua, cuando toda la gente comulgaba . El andaba con atención mirándolo todo; y e n t r e otras cosas que vió, fué que cuando el sacerdo-te comulgaba al pueblo , veía un niño muy hermoso y muy resp landec ien te en cada forma; y dice que en las bocas de unos en t r aba el niño tan a legre , tan regoci-jado y tan de b u e n a gana , que parecía que él mismo se iba y daba p r i esa á en t r a r ; en otros, dice que pa-recía q n e e n t r a b a de muy mala gana y como forzado, p o r q u e volvía el rostro y las manos a t ras y meneaba los piés, como haciendo resis tencia pa ra no entrar en su boca. Y con este milagro se convir t ió y se hizo cr is t iano es te p r ínc ipe y toda su t ier ra .

Otro e j e m p l o s eme jan t e , y que dec la ra más el pa-sado, se c u e n t a (1) de un sacerdote seglar , que di-ciendo misa, u n siervo de Dios q u e la oía, al tiempo del consumir , v ió en la pa tena , no las especies de pan, s ino un niño; y cuando el sacerdote le levantó para tomar le , volvió ef niño el rostro, y como quien porfia-ba , con t rad ic iendo con los piés y manos , á que no le recibiese. Y e s t o vió aquel s iervo de Dios, no una, s ino a lgunas v e c e s . Y hablando una vez aquel sacer-do te con él , v ínole á decir q u e no sabía q u é era, que cada vez q u e tomaba el cuerpo del Señor , lo tomaba con m u c h a d i f icul tad . En tónces el siervo de Dios le contó lo q u e hab ía visto, y aconsejóle que mirase por sí, y se e n m e n d a s e . El sacerdote tomó muy bien el aviso, y c o m p u n g i d o , enmendó su v ida . Y despees oyendo su misa el mismo siervo de Dios, vió al niño cómo de á n t e s ; mas que al t iempo de consumir , con los piés y m a n o s j u n t a s se le en t raba por la boca con m u c h a ve loc idad .

(1) Henr ique G r a n , a legado por Santoro, l ib . i d e su Prado, eap . 100.

CAPÍTULO XIV Del santo sacrificio de la Misa.

Ya habernos t ra tado de es te divino Sacramento y de sus afectos y v i r tudes admirable?, en cuanto es sacra-mento: resta ahora tratar de él en cuanto es sacr i f i -cio, que es una cosa que el sagrado Concilio Tridenti-no (1) manda á los predicadores y pastores de las a l -mas que declaren á sus ovejas , para q u e todos en t iendan el tesoro g rande q u e dejó Cristo nues t ro Redentor á su Iglesia en de jarnos es te sacrificio, y se sepan apro-vechar de él. Desde el principio del mundo , á lo m é -nos después del pecado, á u n en la ley na tu ra l , s i e m -pre hubo y fueron necesarios sacrificios para aplacar á Dios y para reverenciar le y honrar le , en reconoc i -miento de su infinita excelencia y majes tad . Y así en la vieja ley ins t i tuyó Dios sacerdotes y sacrificios mu-chos; empero , como la ley era imperfec ta , los sacrif i -cios también lo e r an ; sacrificaban y mataban muchos animales ; no les podía aquel lo llevar á perfección, no bastaba el sacerdocio de Aaron ni sus sacrificios para santificar á los hombres y qui ta i les los pecados: Impos-sibile enim est sanguine taurorum et hircorum auferri pec-cata (2): *Porque es imposible que con sangre de toros y de machos de cabrío se qui ten los pecados,* dice el Apóstol San Pablo. Era menes te r que viniese otro sa-cerdote según la órden de Melquisedec, que es J e s u -cristo, y que ofreciese otro sacrificio, que es á si m i s -mo, que fuese bas tan te para aplacar á Dios, y santificar á los hombres y llevarlos á perfección. .

Y así dice San Agust ín (3) que todos los sacrificios

(1) Conci 1. Tr id . sess . 2 2 . - ( 2 ) Ad Hebr., X, 3) August, lib. 1 contra adversarlum legis et prophetarum, cap. lo.

Page 156: Tratado de Virtudes Cristianas

po de Semana Santa y Pascua, cuando toda la gente comulgaba . El andaba con atención mirándolo todo; y e n t r e otras cosas que vió, fué que cuando el sacerdo-te comulgaba al pueblo , veía un niño muy hermoso y muy resp landec ien te en cada forma; y dice que en las bocas de unos en t r aba el niño tan a legre , tan regoci-jado y tan de b u e n a gana , que parecía que él mismo se iba y daba p r i esa á en t r a r ; en otros, dice que pa-recía q n e e n t r a b a de muy mala gana y como forzado, p o r q u e volvía el rostro y las manos a t ras y meneaba los piés, como haciendo resis tencia pa ra no entrar en su boca. Y con este milagro se convir t ió y se hizo cr is t iano es te p r ínc ipe y toda su t ier ra .

Otro e j e m p l o s eme jan t e , y que dec la ra más el pa-sado, se c u e n t a (1) de un sacerdote seglar , que di-ciendo misa, u n siervo de Dios q u e la oía, al tiempo del consumir , v ió en la pa tena , no las especies de pan, s ino un niño; y cuando el sacerdote le levantó para tomar le , volvió ef niño el rostro, y como quien porfia-ba , con t rad ic iendo con los piés y manos , á que no le recibiese. Y e s t o vió aquel s iervo de Dios, no una, s ino a lgunas v e c e s . Y hablando una vez aquel sacer-do te con él , v ínole á decir q u e no sabía q u é era, que cada vez q u e tomaba el cuerpo del Señor , lo tomaba con m u c h a d i f icul tad . En tónces el siervo de Dios le contó lo q u e hab ía visto, y aconsejóle que mirase por sí, y se e n m e n d a s e . El sacerdote tomó muy bien el aviso, y c o m p u n g i d o , enmendó su v ida . Y despees oyendo su misa el mismo siervo de Dios, vió al niño cómo de á n t e s ; mas que al t iempo de consumir , con los piés y m a n o s j u n t a s se le en t raba por la boca con m u c h a ve loc idad .

(1) Henr ique G r a n , a legado por Santoro, l ib . i d e su Prado, eap . 100.

CAPÍTULO XIV Del santo sacrificio de la Misa.

Ya habernos t ra tado de es te divino Sacramento y de sus afectos y v i r tudes admirable?, en cuanto es sacra-mento: resta ahora tratar de él en cuanto es sacr i f i -cio, que es una cosa que el sagrado Concilio Tridenti-no (1) manda á los predicadores y pastores de las a l -mas que declaren á sus ovejas , para q u e todos en t iendan el tesoro g rande q u e dejó Cristo nues t ro Redentor á su Iglesia en de jarnos es te sacrificio, y se sepan apro-vechar de él. Desde el principio del mundo , á lo m é -nos después del pecado, á u n en la ley na tu ra l , s i e m -pre hubo y fueron necesarios sacrificios para aplacar á Dios y para reverenciar le y honrar le , en reconoc i -miento de su infinita excelencia y majes tad . Y así en la vieja ley ins t i tuyó Dios sacerdotes y sacrificios mu-chos; empero , como la ley era imperfec ta , los sacrif i -cios también lo e r an ; sacrificaban y mataban muchos animales ; no les podía aquel lo llevar á perfección, no bastaba el sacerdocio de Aaron ni sus sacrificios para santificar á los hombres y qui ta i les los pecados: Impos-sibile enim est sanguine taurorum et hircorum auferri pec-cata (2): *Porque es imposible que con sangre de toros y de machos de cabrío se qui ten los pecados,* dice el Apóstol San Pablo. Era menes te r que viniese otro sa-cerdote según la órden de Melquisedec, que es J e s u -cristo, y que ofreciese otro sacrificio, que es á si m i s -mo, que fuese bas tan te para aplacar á Dios, y santificar á los hombres y llevarlos á perfección. .

Y así dice San Agust ín (3) que todos los sacrificios

(1) Conci 1. Tr id . sess . 2 2 . - ( 2 ) Ad Hebr., X, 3) August, lib. 1 contra adversarlum legis et proplietarum, cap. lo.

Page 157: Tratado de Virtudes Cristianas

de la vieja ley s igni f icaban y eran f igura de es te sa-crificio, y que así como u n a misma cosa se puede sig-nificar y dar á en tender con diversas palabras y en di-versas lenguas, así es te ú n i c o y verdadero sacrificio fué significado y figurado m u c h o an tes con toda aquella mult i tud de sacrificios, p a r a , por una par te , encomen-dárnosle mucho y m u c h a s veces , y por otra , con la diversidad y var iedad q u i t a r n o s el fastidio que suele causar el repet i r m u c h a s veces una misma cosa. Y por eso, dice, mandaba Dios q u e le ofreciesen sacrificios de animales limpios, p a r a que en tend iésemos que asi como aquellos a n i m a l e s , q u e se habían de sacrificar, carecían de los vicios y d e f e c t o s del cuerpo y no tenían mácula , así el que h a b í a de venir á ofrecerse en sa-crificio por nosotros no hab ía de t ene r mácula de pe-cado. Y si aquel los sacr i f ic ios agradaban á Dios (como es cier to que por e n t o n c e s le agradaban) , era en cuan-to por ellos confesaban y profesaban los hombres que había de venir un S a l v a d o r y Redentor que había de ser el verdadero sacr i f ic io ; y en vir tud de este tenisn aquel los entonces a l g ú n valor. Pero en viendo que vino es te Salvador y R e d e n t o r al mundo , desagradaron á Dios aquel los sacr i f ic ios , como lo dice el Apóstol: *Entranclo en el mundo dice á s u e t e r n o P a d r e : Sacrifi-cio ni ofrenda no quisiste; mas me diste á mí cuerpo: los holocaustos por el pecado no te agradaron; por tanto dije: Vésme aquí, Señor, que conforme á lo que está de mí es-crito en la suma del libro, vengo á cumplir tu voluntad (1) .* Dió Dios cuerpo á su u n i g é n i t o Hijo para que hiciese la voluntad de su P a d r e , of rec iéndose por nosotros en la

(1) Ideo ingrèdiens m u n d u m dlcit : Hostiam, et ablat ionem no-luis t i ; corpus autem a p t a s t i m ih i ; holocautomata prò peccato non tibi p l acue run t . Tunc d i x i : e s s e venio: in capite l ibri scriptum est de me: Ut faciem D e u s , vo lun ta t em t u a m . (Ps. XXXIX, 7). Ad Hebr., X, 5.

cruz Y así, v in iendo al mundo lo figurado, cesó la sombra y la figura, y de jaron de agradar a Dios aque-llos an t iguos sacrificios.

Pues este es el sacrificio que tenemos en la ley de gracia v el que cada día ofrecemos en la misa. El mis-rao Jesucr is to , verdadero Hijo de Dios, es nues t ro sacr i f i c io : Tradidit semetipsum pro nobis oblationem et hostiam Deo in odorem suavitatis (1):• * S e e n t r e -gó á sí mismo por nosotros á Dios en oblacion y s a -crificio de suavís imo olor.* Y estas no son cons i -deraciones devotas , sino cosas q u e nos ensena la fe La misa, es verdad que es memor ia y r e p r e -sentación de la pasión y m u e r t e de Cristo; y asi dijo él cuando ins t i tuyó es te soberano sacrificio: *Haced esto en memoria mia (2);* pero es menes ter que e n -tendamos que no so lamente es memoria y representa-ción de aquel sacrificio, en que Cristo se ofrecio en la cruz al Padre Eterno por nues t ros pecados, sino es^ei mismo sacrificio que enlóoces se ofreció, y del mismo valor v eficacia. Y más: no sólo es el m i s m o sacrificio sino también el q u e ofrece ahora es te sacn icio de la misa, es el mismo que el que ofreció aquel sacnnc io CD leí cruz i

De manera , que así como enlónces en t iempo de la pasión, el mismo Cristo fué el sacerdote y el sacr -«icio: asi también ahora en la misa. e l m i s m o Cr sto es no so lamente el sacrificio, sino también el sacerdo-te y el pontífice que se ofrece á si mismo cada día en la misa al Padre Eterno por minis ter io de los s ace r -dotes. Y así el sacerdote que dice la misa rep esen a la persona de Cristo, y como m.n.stro é i ns t rumento suyo y en su nombre of rece este sacrificio. Lo cual

( I ) Ad Eph., V, 2 .—(2) Hoc fac i le in meara coramemorat io-

n e m . Lue., XXII, 19.

Page 158: Tratado de Virtudes Cristianas

declaran b ien las palabras de la consagración; porque no dice el sacerdote este es el cuerpo de Cristo (1); sino este es mi cuerpo (2); como quien habla en persona de Cristo, q u e es el sacerdote y pontíf ice principal que ofrece es te sacrificio. Y por esta razón el profeta Da-vid (3) y el Apóstol San Pablo (4) le l laman sacerdote e te rno s e g ú n la orden de Melquisedec, y no se dijera bien sacerdote perpe tuo , si una sola vez hubiera ofre-cido sacrificio; pero dícese sacerdote eterno, porque s i empre o f rece sacrificio por medio de los sacerdotes, y nunca cesa , ni cesará de ofrecer le hasta el fin del m u n d o . T a l sacerdote y tal pontíf ice habíamos nosotros m e n e s t e r , dice el Apóstol (o), q u e no fuese como los otros sacerdotes , que pr imero han menes te r rogará Dios por s u s pecados, y despues por los del pueblo; s ino tal, q u e por su dignidad y reverenc ia fuese oido; ta l , que n o con sangre a j ena , sino con la suya propia aplacase á Dios.

Pues p o n d e r e m o s aquí las invenciones de Dios y el art if icio y sabidur ía de sus consejos que tomó para la sa lud d e ' l o s hombres , y lo que hizo para que este sa-crificio f u e s e por todas par tes acep to , agradable y efi-caz, como lo pondera muy bien San Agust ín (6). Por-q u e h a b i e n d o en un sacrificio cuatro cosas que consi-de ra r : la p r i m e r a , á quien se ofrece; la segunda, quién le o f rece ; la tercera , q u é es lo q u e se ofrece; la cuar-

(1) Hoc e s t corpus Christi.—(2) Hoc est corpus meum.—(3) Ps. CIX, 4.—(4) Ad Heb., VII, 17, 2 ! .—(5)Tal i s enim decebat, ut no-bis esset Pont i fex , sanctus, innocens, impollutus, segregates a pecca to r i bus , e t excelsior crelis factus, qu i non habet necessila-t em quot id ie , quemadmodum sacerdotes, prius pro suis delictis host ias o f f e r r e , deinde pro populi. Ad Heb., VII, 56 —Qui in die-bus carn is suae, preces, supplicationesque ad eum, qui possit i l lum sa lvum facere a morte , cum clamore valido et lacrymis offerens, e x a u d i t u s est pro sua reverent ia . Ad. Heb., V, 7.— (6) Aug. lib. 4 de Trinlt.

ta . por quién se ofrece: la sabidur ía de Dios ordenó de tal manera este sacrificio y con tal artificio, que el mismo que ofrece es te sacrificio para reconcil iarnos con Dios, es uno con aque l á quien le o f rece , y se hizo uno con aquellos por q u i e n le ofrecía , y él mismo era lo que ofrecía. Y así f ué de tanto valor y eficacia, que bastó para satisfacer y aplacar á Dios, no sólo por nuestros pecados, sino por los de todo el mundo , y de cien mil mundos que hub ie r a : *El mismo es la víctima de propiciación por nuestros pecados, y no tan sólo por Us nuestros, sino también por los de todo el mundo,* dice el Apóstol y Evange l i s ta San J o a n (1). Y así d i -cen los Teólogos y Santos q u e es te sacrificio no sólo fué suficiente satisfacción y recompensa por nuest ras deudas y pecados, sino m u y supe rabundan t e ; porque mucho más es lo que se da y of rece aquí , q u e la deu-da que debíamos; y mucho más agradó al Padre Eter -no es te sacrificio, que le había desagradado la ofensa cometida. De aquí es t ambién que , a u n q u e el s a c e r -dote sea malo y pecador , no por eso deja de aprove-char y valer es te sacrificio á aquel los por quien se ofrece, ni se d i sminuye nada de su valor y eficacia; porque Cristo es no sólo el sacrificio, sino el s ace rdo -te y pontífice que le o f rece . Como la limosna q u e vos hacéis, a u n q u e la envie is por medio de un criado que sea malo y pecador , no por eso pierde nada de su vir-tud y mér i to . .,. .

Dice el Concilio Tr iden t ino : El mismo sacrificio es este que el que en tonces s e ofreció en la cruz, y el mismo es el que ahora le ofrece por minis ter io de los saderdotes (2). So lamente está la di ferencia , dice el

(1) Ipse est propitiatio pro peccatis nostris, non pro n o s t r u autem tan tum, sed etiam pro totius mundi . / Jo<an., u , (2) Una enim, eademque est liostia, idemque nunc oflerens sa-cerdotuin ministerio, qui se ipsum lune in cruce obtulit sola offerendi rat iona diversa. Goneii. Trident. sess. XX. l l , eap.

Page 159: Tratado de Virtudes Cristianas

C O D C Í I Í O , en que aquel q u e s e ofreció en la cruz fué sacrificio cruento, que q u i e r e decir sangriento, con der ramamien to de sangre , p o r q u e Cristo era entonces pasible y mortal ; y es te d e la misa es sacrificio in-cruento, q u e q u i e r e d e c i r sin derramamiento de sangre, porque ya Cristo está g lo r io so y resuci tado, y así no puede morir ni padecer (1) .

Dice el Concilio y dicen l o s Evangel i s tas que habien-do el Redentor del mundo d e ser sacrificado, y morir en la cruz para redimirnos , n o quiso q u e se acabase allí el sacrificio, porque era s a c e r d o t e para s iempre (2); quiso que la Iglesia t uv i e se y le quedase su sacrificio. Y porque era sacerdote s e g ú n la orden de Melquise-dec , el cual ofreció sacr i f ic io de pan y vino, convenía q u e se nos quedase en sac r i f i c io deba jo de especies de pan y vino. Y así en la ú l t i m a cena , *en la noche en que había de ser t r a i d o r a m e n t e en t regado , tomó el pan , y haciendo gracias , lo p a r t i ó y diósele á sus dis-cípulos (3).* Entonces , c u a n d o los hombres trataban de darle la muer te , t ra taba é l de darles á ellos la vida. Quiso dar á su esposa la I g l e s i a visible un sacrificio visible, como lo pide la n a t u r a l e z a de los hombres, q u e no sólo represen tase y t r a j e s e á la memoria aquel sacrificio sangriento de la c ruz , sino que tuviese la misma vir tud y eficacia q u e aque l para perdonar pe-cados y aplacar á Dios y reconc i l i a rnos con él, y que fuese en efecto el m i s m o sacr i f ic io ; y así consagró su cue rpo y sangre san t í s ima d e b a j o de especies de pan y vino, convirt iendo el p a n e n su cuerpo y el vino en su sangre ; y debajo de a q u e l l a s especies se ofreció al

(1) Christus r e su rgens e x m o r t u i s , j a m non mor i tu r , mors illi u l t r a non dominabi tur . Ad Iiom., VI, 9.—(2) Quia erat Sacerdos in fe te rnum.—(3) In qua n o c t e t r a d e b a t u r , accepi t panem, et gra t ias agens f reg i t , ded i tque Disc ipu l i s suis . Matth., XXVI, 26; Marc., XIV, 22; Luc., XXII, 17 ; I Cor., XI, 23.

Padre E te rno . Aquella dicen los doctores q u e fué la primera misa q u e se celebró en el m u n d o . Y en tonces ordenó á sus discípulos sacerdotes del Nuevo T e s t a -mento , y les mandó á ellos y á sus sucesores en el sa-cerdocio, que ofreciesen es te sacrificio, dic iendo: *Ha-ced esto en memoria mia (1).*

Por esta razón dicen a lgunos q u e la fiesta del s a n -tísimo Sacramento es la mayor de cuantas la Iglesia celebra de Cristo nues t ro Reden to r , p o r q u e las demás solamente son memor ia y representac ión, como la de la Encarnación, Nat ividad, Resurrección y Ascensión; no se hace en tonces el Hijo de Dios hombre , ni nace , ni resucita, ni sube á los cielos: pero esta fiesta no es solamente la memoria y representac ión , sino que de nuevo viene y está Cristo deba jo de aquel las especies sacramentales , cada vez q u e el sacerdote dice las pa-labras de la consagración; y de nuevo se ofrece cada día en la misa el mismo sacrificio que se ofreció cuau-do Cristo nues t ro Reden tor mur ió por nosotros en la cruz.

Consideremos aquí el amor g rande de Cristo para con los hombres y lo mucho que le debemos; que no se contentó con ofrecerse una vez en l a ^ r u z por nues-tros pecados, sino quiso quedarse acá en sacrificio, para que tengamos , no sólo una vez, sino muchas y cada día hasta el fiu del mundo u n sacrificio a g r a d a -ble que ofrecer al Padre E te rno , y un presente tan grande y tan precioso q u e te presentar por nuestros pecados para aplacar le , que no puede ser mayor ni más precioso y agradable . ¿Qué fuera del pueblo cris-t iano, si no tuviéramos es te sacrificio con que aplacar á Dios? Ya es tuv ié ramos como otra Sodoma y G o m o -

( I ) Hoc facile in meara commemora t ionem. Luc., XXll, 19.

Page 160: Tratado de Virtudes Cristianas

rra (1), nos hubiera Dios asolado y destruido como nuestros pecados merecían . Es te dice San to Tomas (2) que es el efecto propio del sacrificio, aplacar á Dios con él , conforme á aquel lo de San Pablo: *Se ofreció á si mismo por nosotros á Dios en ofrenda y hostia de suavísimo olor (3).* Como cuando acá un hombre se aplaca y perdona la in jur ia que le han hecho, por al-guna ofer ta ó presente que le hacen ; así es tan acep-to y tan agradable á Dios es te sacrificio y presente que le hacemos, que basta para aplacar le , y para que podamos parecer de lante de él y q u e nos mire con ojos de piedad.

Si el Yiérnes Santo , cuando fué crucificado el Re-den to r del mundo , os hal lárades al p ié de la cruz, y cayeran sobre vos aquel las gotas de su preciosa san-gre , ¡qué consolacion s int iera vues t ra a lma! ¡qué es-fuerzo tomárades! ¡qué esperanza tan cier ta cobrára-des d e vues t ra salvación! El ladrón, q u e en toda sa vida no había sabido sino hu r l a r , cobró tau grande án imo, q u e de ladrón se tornó san to , y de la cruz hizo para íso . Pues el mismo Hijo de Dios, que entonces se ofreció en la cruz, el mismo se ofrece ahora en la mi-sa por vos, y ¿le tan to valor y eficacia es es te sacrifi-cio como aquel ; y así dice la Iglesia: *Cuantas veces se c e l e b r a la memoria de es te sacrificio, se ejecuta la obra d e nues t ra redención (4).* Aquellos frutos gran-des d e aque l sacrificio sangr ien to manan y se nos co-m u n i c a n á nosotros por és te sin sangre .

Es t an alto y tan soberano es te sacrificio, que á solo

(1) Quasi Sodoma fuissemus, et quasi Gomorrha similes esse-mus. Isai., 1, 9.—(2) S. Thorn. 3 p., q. 49, art. 4.—(3) Tradidil semet ipsum pro nobis oblationem et hostiam Deo in odorem sua-vitatis. Ad Epk., V, 2.—(4) Quoties hu jus hostile commemoratio ce lebra tu r , opus nostrae redemptionis exerce tur . Dominica IX post Pent., in secreta.

Dios se puede ofrecer . Y lo nota el Concilio Tr ident i -no. Dice. (1) que a u n q u e la Iglesia acostumbra decir misa en reverenc ia y memoria de los Santos; pero que no se ofrece es le sacrificio de la misa á los Santos. Y así no dice el sacerdote : Ofrézcole á San Pedro ó á San Pablo (2); sino ofrécese á solo Dios, dándole g r a -cias por las victorias y coronas que dió á los Santos , é implorando su patrocinio, para que ellos intercedan por nosotros en el cielo, pues nosotros los honramos y reverenciamos en la t ierra (3).

De manera , que es te divino misterio, no so lamente es sacramento como los demás , sino j u n t a m e n t e es sacrificio; y hay m u c h a diferencia e n l r e estas dos r a -zones, de sacramento y de sacrificio; porque el ser sa-crificio consiste en que se ofrezca por medio del s a -cerdote en la misa. Sentencia es muy recibida de los Teólogos que la esenc ia de es te sacrificio consiste en la consagración de en t rambas especies y que e n t o n -ces se ofrece, cuando se acaban de consagrar . Así c o -mo en el pun to que Cristo espiró, se acabó de hacer aquel sacrificio c ruen to , en que se ofreció al Padre Eterno por nosotros en la cruz, así en la misa es te sa-crificio, que es verdadera r e p r e s e n t a d ^ de aquel y es el mismo que aquel , se acaba esencia lmente y se ofrece en el punto en q u e se acaban de decir las p a -labras de la consagración sobre el pan y sobre el v i -no, porque en tonces está allí por v i r tud y fuerza de las palabras el cuerpo en la hostia y la sangre en el cáliz; y en aquella consagración de la sangre , q u e se hace en acabando de consagrar el cuerpo, se repre -senta al vivo el de r ramamien to de la sangre de Cr is -

(1) Concil. Trident. sess. 22, e. 3 .—(2) Offero tibi, Sancte P e -tre, vel Sancte Pau le—(3) Ut ipsi prò nobis intercedere d i g n e n -tur in ccelis, quorum memoriam agimus in terr is .

EJER. RODRIG.—Tom. IV. 19

Page 161: Tratado de Virtudes Cristianas

to, y cons igu ien temen te el a p a r t a m i e n t o del ánima del cuerpo, que de ese d e r r a m a m i e n t o y apar tamien-to de la sangre del cuerpo se s iguió . De m a n e r a , que por las palabras de la consagración se produce el sa -crificio que se ofrece, y por ellas mismas se hace la oblacion. Pero el ser sac ramen to , eslo s i empre , des-pues de consagrado, mién t ras du ran las especies de pan; cuando está reservado en la cus todia , cuando le llevan á los enfermos , y cuando uno comulga ; y no t iene en tonces razón ni fuerza de sacrificio.

Y hay o t ra d i ferencia , q u e en cuan to e s s ac ramen-to, aprovecha al q u e lo rec ibe como los demás sacra-mentos, dándole gracia y los d e m á s efectos propios suyos . Pero en cuanto es sacrificio, ap rovecha no so-lamente al q u e lo rec ibe , s ino t ambién á otros por qu ien se ofrece. Y así no ta el Concilio T r iden t i no que para estas dos cosas y por e s t a s dos causas inst i tuyó Cristo es te divino mis ter io : la u n a , pa ra q u e como sa-c ramen to fuese m a n t e n i m i e n t o del a lma , con el cual se pudiese conservar , r e s t au ra r y r enova r la vida es-pir i tual ; la otra , para q u e la Igles ia tuv iese un sacr i -ficio perpe tuo que ofrecer á Dios para perdón y satis-facción de nues t ros pecados, pa ra r emed io de nuest ras necesidades, en recompensa y agradec imien to de los beneficios recibidos, y para impe t r a r y a lcanzar n u e -vas gracias y mercedes de l Señor . Y no so lamente para remedio y alivio de los vivos , sino t ambién de los d i funtos que m u e r e n e n grac ia y es tán en p u r g a -torio: á todos aprovecha e s t e sacrificio.

Y hay aquí una cosa de g ran consuelo, q u e así c o -m o el sacerdote, cuando d ice misa, of rece es te s a -crificio por sí y por ot ros , así t a m b i é n todos los que la es tán oyendo ofrecen j u n t a m e n t e con él e s te sacr i -ficio por sí y por otros. Así como cuando un pueblo ofrece un presente á su señor , v i enen t res ó cuatro

hombres , y habla el uno solo con é l , pe ro todos t raen el p resen te y todos le ofrecen; así acá, a u n q u e solo el sacerdote habla y con sus manos o f rece es te sacrificio, pero por manos del sacerdote o f recen todos. Verdad es q u e hay d i ferencia , porque en el e j e m p l o que t rae-mos, a u n q u e escogen uno que hab le , pero cualquiera de los otros podía hacer aquel lo ; y en la misa no: porque solo el sacerdote , que es tá escogido de Dios para ello, puede consagrar y hacer lo q u e se. hace en la misa ; pero todos los demás q u e s i rven ó asisten á ella, of recen t ambién aquel sacrif icio. Y así lo dice el mismo sacerdote en la misa: Rogad , he rmanos , á Dios, que mi sacrificio y vues t ro sea acep to y agradable á Dios todopoderoso ( I ) ; y en el Cánon dice: *Por los cuales te lo of recemos , ó ellos te lo ofrecen (2).* Lo cual deber ía poner m u c h a codicia á todos de oir y a y u d a r las misas: y lo dec la ra remos en el capí tulo s i -g u i e n t e .

CAPÍTULO XV

De qué m a n e r a se ha de oir l a mi$a.

Lo q u e habernos d icho parece q u e nos obliga á tra-tar cómo se debe oir misa, y lo q u e habernos de hacer en el la. Y así d i remos cerca de esto t res cosas, q u e serán t res devociones que podemos t e n e r en la misa, y cada una de ellas es muy pr inc ipa l , y todas tres se p u e d e n tener j u n t a m e n t e . Y no se r án de nues t ra cabe-za, s ino de nues t ra madre la Igles ia , pa ra que se t e n -

(1) Ora te , f r a t r e s , ut m e u m , ac v e s t r u m sacr i f ic ium acceptab í -le fiat apud Deum Pat rem o m n i p o t e n t e . — ( 2 ) P ro qu ibus t ib iof fe -r i m u s , vel qu i t ibi o f fe run t .

Page 162: Tratado de Virtudes Cristianas

to, y cons igu ien temen te el a p a r t a m i e n t o del ánima del cuerpo, que de ese d e r r a m a m i e n t o y apar tamien-to de la sangre del cuerpo se s iguió . De m a n e r a , que por las palabras de la consagración se produce el sa -crificio que se ofrece, y por ellas mismas se hace la oblacion. Pero el ser sac ramen to , eslo s i empre , des-pues de consagrado, mién t ras du ran las especies de pan; cuando está reservado en la cus todia , cuando le llevan á los enfermos , y cuando uno comulga ; y no t iene en tonces razón ni fuerza de sacrificio.

Y hay o t ra d i ferencia , q u e en cuan to e s s ac ramen-to, aprovecha al q u e lo rec ibe como los demás sacra-mentos, dándole gracia y los d e m á s efectos propios suyos . Pero en cuanto es sacrificio, ap rovecha no so-lamente al q u e lo rec ibe , s ino t ambién á otros por qu ien se ofrece. Y así no ta el Concilio T r iden t i no que para estas dos cosas y por e s t a s dos causas inst i tuyó Cristo es te divino mis ter io : la u n a , pa ra q u e como sa-c ramen to fuese m a n t e n i m i e n t o del a lma , con el cual se pudiese conservar , r e s t au ra r y r enova r la vida es-pir i tual ; la otra , para q u e la Igles ia tuv iese un sacr i -ficio perpe tuo que ofrecer á Dios para perdón y satis-facción de nues t ros pecados, pa ra r emed io de nuest ras necesidades, en recompensa y agradec imien to de los beneficios recibidos, y para impe t r a r y a lcanzar n u e -vas gracias y mercedes de l Señor . Y no so lamente para remedio y alivio de los vivos , sino t ambién de los d i funtos que m u e r e n e n grac ia y es tán en p u r g a -torio: á todos aprovecha e s t e sacrificio.

Y hay aquí una cosa de g ran consuelo, q u e así c o -m o el sacerdote, cuando d ice misa, of rece es te s a -crificio por sí y por ot ros , así t a m b i é n todos los que la es tán oyendo ofrecen j u n t a m e n t e con él e s te sacr i -ficio por sí y por otros. Así como cuando un pueblo ofrece un presente á su señor , v i enen t res ó cuatro

hombres , y habla el uno solo con é l , pe ro todos t raen el p resen te y todos le ofrecen; así acá, a u n q u e solo el sacerdote habla y con sus manos o f rece es te sacrificio, pero por manos del sacerdote o f recen todos. Verdad es q u e hay d i ferencia , porque en el e j e m p l o que t rae-mos, a u n q u e escogen uno que hab le , pero cualquiera de los otros podía hacer aquel lo ; y en la misa no: porque solo el sacerdote , que es tá escogido de Dios para ello, puede consagrar y hacer lo q u e se. hace en la misa ; pero todos los demás q u e s i rven ó asisten á ella, of recen t ambién aquel sacrif icio. Y así lo dice el mismo sacerdote en la misa: Rogad , he rmanos , á Dios, que mi sacrificio y vues t ro sea acep to y agradable á Dios todopoderoso ( I ) ; y en el Cánon dice: *Por los cuales te lo of recemos , ó ellos te lo ofrecen (2).* Lo cual deber ía poner m u c h a codicia á todos de oir y a y u d a r las misas: y lo dec la ra remos en el capí tulo s i -g u i e n t e .

CAPÍTULO XV

De qué m a n e r a se ha de oir l a mi$a.

Lo q u e habernos d icho parece q u e nos obliga á tra-tar cómo se debe oir misa, y lo q u e habernos de hacer en el la. Y así d i remos cerca de esto t res cosas, q u e serán t res devociones que podemos t e n e r en la misa, y cada una de ellas es muy pr inc ipa l , y todas tres se p u e d e n tener j u n t a m e n t e . Y no se r án de nues t ra cabe-za, s ino de nues t ra madre la Igles ia , pa ra que se t e n -

(1) Ora te , f r a t r e s , ut m e u m , ac v e s t r u m sacr i f ic ium acceptab í -le fiat apud Deum Pat rem o m n i p o t e n t e . — ( 2 ) P ro qu ibus t ib iof fe -r i m u s , vel qu i t ibi o f fe run t .

Page 163: Tratado de Virtudes Cristianas

gan y e s t i m e n en lo que es razón. Cnanto á lo prime-ro, habernos de p resuponer q u e la misa es una memo-ria y r e p r e s e n t a c i ó n de la pasión y muer te de Cristo, como q u e d a d icho . Quiso el Reden tor del mundo que es te s a n t o sacrilicio fuese memoria de su pasión y del amor q u e n o s t u v o , porque en tend ió que acordándo-nos de lo q u e p o r nosotros padeció, nos seria esta con t i nua m e m o r i a u n desper tador grande para amarle y se rv i r l e , v q u e no ser íamos como el otro pueblo, que se olvidó "del Señor que les salvó y sacó de Egipto (1). Y así , u n a de las b u e n a s devociones que podemos te-n e r en la misa , c o n f o r m e á esto, es ir considerando ios m i s t e r i o s d e la Pasión q u e en e l l a se nos represen-tan , s a c a n d o de al l í actos de amor y propósito de ser-vir m u c h o al S e ñ o r .

Pa ra eso a y u d a r á mucho saber las significaciones de lo q u e s e hace y dice en la misa, para que así va-mos e n t e n d i e n d o y gus tando más de los misterios g r a n d e s q u e all í s e nos r ep resen tan ; porque no hay pa labra , n i s i g n o , ni ceremonia q u e no tenga grandes s ign i f i cac iones y mis ter ios : y todas las vestiduras y o r n a m e n t o s con q u e se vis te el sacerdote para decir misa, nos r e p r e s e n t a n t ambién eso mismo. El amito d icen los san tos q u e r ep re sen t a el velo con que cu-br ieron el ro s t ro á Cristo nues t ro Redentor, cuando le dec ían , h i r i é n d o l e en el rostro: «Profetiza quién te dió.» El a l b a , l a ves t idura blanca con que Herodes, hac i endo b u r l a y esca rn io de él con su ejército, le env ió v e s t i d o á P i l a to . El c íngulo representa, ó las p r i m e r a s a t a d u r a s y sogas con que fué atado, cuando le p r e n d i e r o n , ó los azotes con q u e fué azotado por m a n d a d o d e P i l a t o . El manípu lo significa las segun-das a t a d u r a s , c o n que a ta ron á Cristo las manos a la

(1) Qui ob l i t i s u n t D e u m , qui salvavi t eos. Ps. CV, 21.

columna, cuando le azotaron . Pónese en el brazo iz-quierdo, que está más cercano al corazon, para d e n o -tar el amor grande con q u e recibió aquel los crueles azotes por nuest ros pecados , y el amor con que es ra-zón que nosotros co r respondamos á tan g rande amor Y beneficio. La estola represen ta las terceras a t a d u -ras, que fué aquel la soga que le echaron al cuel lo cuando llevaba la cruz á cues tas para ser crucificado. La casulla represen ta la ves t idura de grana q u e le vistieron para hacer burla y escarnio de él; ó según otros, representa aquel la túnica inconsúti l que le des-nudaron para crucificarle. .

El entrar el sacerdote en la sacristía a vestirse de estas vest iduras sacerdotales , represen ta la en t rada de Cristo en este m u n d o , en el sagrario sacrat ís imo del vientre virginal de la Virgen MARÍA, madre suya , donde se vistió de las ves t iduras de nues t ra h u m a n i -dad para ir á celebrar es te sacrificio en la cruz. Y al salir el sacerdote de la sacristía can ta el coro el i n -troito de la misa, el cual significa los g randes deseos Y suspiros con que aquel los santos Padres esperaban la Encarnación del Hijo de Dios: * Envía, Señor el Cordero enseñoreador de la tierra. ¡Oh si rasgaras los cielos y descendieras (1)/* Y tórnase á repet ir otra vez el intròito, para significar la f recuencia de estos c l a -mores y deseos q u e tenían aquel los santos I adres de ver á Cristo en el mundo , vestido de nues t ra ca rne . El decir el sacerdote la confesion, como hombre pe-cador. significa q u e Cristo tomó sobre si lodos u u e s -tros pecados para pagar por ellos, y quiso parecer pe-cador, y ser tenido por tal , como dice el profe ta Isaías (2). para q u e nosotros fuésemos jus tos y s a n -

(1) Erait te a g n u m , Domine, domina to rem t e r n e hai., XVI, 1. U t i n a m d i r u m p e r e s érelos, c t d e s c e n d e r e s . Isai. LXIV, 1 . - , - ; i rai . L i l i , 4 et 11.

Page 164: Tratado de Virtudes Cristianas

tos. Los kyries, que quiere dec i r : «Señor, miser icor-dia,» significan la grande mise r i a en q u e estábamos todos ántes de la venida de Cr is to . Sería cosa muy larga discurrir por todos los mis te r ios en part icular . Basta en t ende r que no hay cosa en la misa que no esté llena de misterios; y todos aquel los signos y cru-ces q u e hace el sacerdote s o b r e la hostia y el cáliz, es para representarnos y t r a e r n o s á la memoria los muchos y varios tormentos y do lores que Cristo p a -deció por nosotros en la cruz; y el levantar en alto la hostia y el cáliz en acabando d e consagrar (fuera de q u e se hace para que el p u e b l o lo adore) , nos repre -senta cuando levantaron la c r u z en alto para que to-dos le viesen crucificado. Cada uno puede entretener-se en la consideración de un mis t e r i o ó dos, que más devocion le diere , sacando d e ellos f ru to para sí, y procurando corresponder á t a n g rande amor y bene-ficio; y eso será más p rovechoso q u e el pasar de cor-r ida muchos misterios por la m e m o r i a . Es ta es la pri-mera devocion que podemos t e n e r en la misa.

La segunda devocion y m o d o d e oir la misa, es muy pr incipal y muy propio de e l l a , y le apuntamos en el capi tulo pasado, para cuya i n t e l i g e n c i a es menester presuponer dos cosas que allí dec l a ramos . La primera, que la misa no solamente es m e m o r i a y representa-ción de la pasión de Cristo y d e aquel sacrificio en que él se ofreció en la cruz al P a d r e Eterno por nues-tros pecados; sino es el mismo sacrificio que entonces se ofreció, y del mismo va lor y eficacia. La segunda, q u e a u n q u e solo ei sacerdote habla y con sus manos ofrece es te sacrificio, pero t o d o s los circunstantes le ofrecen también j u n t a m e n t e con él. Supues to esto, digo que el mejor modo d e oir la misa es ir j un t a -m e n t e con el sacerdote o f r e c i e n d o es te sacrificio, y haciendo en cuanto p u d i é r e m o s lo que él hace, ha-

ciendo cuen ta que nos j u n t a m o s todos allí, no sólo á oir la misa, sino" á ofrecer este sac r i f i co j u n amen te con el sace dote , pues en realidad de verdad es asi, y no! eso es tá o denado que los sacerdotes digan con voz c a ra y m o d e r a d a m e n t e al ta las cosas de la misa aue conviene q u e el pueblo oiga, para que vayan e u s t a n d o y preparándose j u n t a m e n t e con el sacerdo-t e p a r a o f ^ e r ' e s t e sacrificio con la preparación q u e a Iglesia con tan g rande consejo y a c u e r d o h a orde-

nadS para eso, porque todo lo que allí se dice y hace es un preparar y disponer , así al sacerdote como á los que asesten, p a r í que con más devocion y reverenc ia nfrp7can este al t ís imo sacrificio.

P a qS mejor podamos poner es to en ejecución « / h a de notar q u e t res par tes pr incipales t iene la m i s a la pr imera es desde la confesion hasta el o f e r -E ; que ¡oda ella es un preparar al p u e b o para q u e d guarnente pueda ofrecer es te s a c r i h c i o al pr inc .p .o rnn la confesion v aquellos versos de salmos, aun an-tes de Hegar al a l tar ; luégo los k y r i e s , que fuera de

nificar como dijimos., latíamos ántes de la venida de Cristo, nos dan l a m m e n á en t ende r q u e el que ha de t ra ta r negocios con Dios, no ío ha deq t ra ta r por just icia sino por ^ r j c o r d J .

el nedir nara ello a asistencia del Espíritu samo,

ÉísZSSSS j U Pde s à a 7 a a n Baut is ta , q n p r e c e d i i como p repa -

Page 165: Tratado de Virtudes Cristianas

ración y catecismo para la doctr ina del Evangelio. El g r a d u a l , que se dice despues de la epístola, signi-fica la p e n i t e n c i a q u e hacía el pueblo con la predica-ción de San J u a n Baut is ta . Y el Alleluya que se sigue despues del gradual , significa el alegría que tiene el a lma d e s p u e s de haber alcanzado el perdón de los pe-cados p o r medio de la pen i tenc ia . El evangel io signi-fica la doc t r ina que Cristo predicó en el mundo. Y hace el sace rdo te la señal de la cruz sobre el libro que ha d e leer, porque nos ha de predicar á Cristo cruci f icado; y despues hace la señal de la cruz en la f ren te , boca y pecho, y el pueblo t ambién , en lo cual p ro fe samos que t enemos á Cristo crucificado en nues-t ro co razon , y que le confesaremos con nuest ras len-guas y c o n nuest ros rostros descubier tos , y viviremos y mor i r emos en esta confes ion . Enc iéndense nuevas l u m b r e s pa ra decir el evangel io , porque esta doctrina es la q u e a lumbra nues t ras a lmas y la luz que trajo el Hijo d e Dios al mundo (1). Oyese el evangelio en pié, p a r a darnos á en t ende r la pront i tud que habernos de t e n e r para obedecer le , y pa ra defender le , cuando f u e r e m e n e s t e r . Oyese descubie r ta la cabeza, para dar á e n t e n d e r la reverenc ia q u e habernos de tener á la p a l a b r a de Dios. Luégo se s igue el Credo, que es el f r u t o q u e se saca de la doctr ina del Evangelio, p o r q u e e n él confesamos los ar t ículos y principales m i s t e r i o s de nues t ra fe . Es ta es la pr imera parte de la misa , la cual l laman misa de los catecúmenos, porqae bas t a a q u í se permi t ían es ta r en la misa los catecú-m e n o s q u e no e s t aban bautizados, y los infieles, así j ud íos c o m o gent i les , pa ra que oyesen la palabra de Dios y f u e s e n instruidos en ella.

(1) L u m e n ad reve ia t ionem g e n t i u m , et glor iam plebis tu® Is-r ae l . Luc., I I , 32.

La segunda parte de la misa es desde el ofertorio hasta el Pa te r noster, q u e l laman misa del sacrificio, á la cual solos los cr is t ianos pueden estar . Y así solía el diácono desde el púlpi to mandar ir á los ca tecúme-nos; y entónces se decía a n t i g u a m e n t e , el Ite, mista est: Idos, porque la misa, es to es, el sacrificio se c o -mienza ya , al cual no es lícito á vosotros asistir. Es ta es la principal parte de la misa , donde se hace la con-sagración y se ofrece lo consagrado. Y así el sace rdo-te comienza á tener si lencio y á decir las oraciones en secreto que no sean oidas d e los c i rcuns tan tes , como quien se acerca ya al sacrificio; como cuando se acer-caba la pasión, "dice el sagrado Evangel io (1) que Cristo nues t ro Redentor se retiró jun to al desier to á la ciudad de Efreu, y q u e ya no andaba en público. Pues acercándose ya el sacerdote á ofrecer el sacrif i -cio lávase las manos para darnos á en tender la l im-pieza y puridad con que nos habernos de llegar á es te sacrificio. Y vuélvese al pueblo diciendo que hagan oracion j u n t a m e n t e con él para que aquel sacrificio sea acepto y agradable á la Majestad de Dios. Y despues de haber orado un poco sec re t amen te , torna á i n t e r -rumpi r el silencio cou el Prefacio, que es un a p e r c i -bimiento más part icular con que el sacerdote se d i s -pone á sí y al pueblo para este santo sacrificio, exhor-tándoles á q u e levanten los corazones al cielo y á q u e den gracias al Señor por haber bajado del cielo á t o -mar nuest ra carne y morir por nosotros: *Bendilo el que viene en nombre del Señor, sálvanos en las alturas,* que son aquel los loores con que le recibieron en J e -rusalen el Domingo de Ramos (2): *Santo, Santo, San-to, el Señor Dios de los ejércitos* son a q u e l l a s v o c e s

(1) Joan . , XI, 54.—(2) Benedictus qui venit ¡n nomine Domini: hosanna in al t issimis. Malth., XXI, 9 .

Page 166: Tratado de Virtudes Cristianas

con q u e le e s t án p e r p e t u a m e n t e a labando los corte-sanos del c ie lo , c o m o dice Esaías y San Juan en su Apocalipsi (1). Luégo comienza el Cánon de la misa, donde p r imero r u e g a el sacerdote al Padre Eterno que por los mér i to s d e Jesucr i s to su único Hijo y Señor nues t ro acep te e s t e sacrificio por la Iglesia , por el papa, por el pre lado , por el rey . Y luégo en secreto ruega á Dios por otras pe r sonas par t icu lares , ofreciendo tam-bién el sacrificio por el las , hac iendo el primer me-men to q u e l l a m a m o s de los vivos; y part icularmente ofrece es te sacrificio por los que es tán presentes (2). Y así es cosa m u y provechosa asist ir á la misa; por-q u e los q u e as is ten á ella part icipan más de los dones de Dios, como los q u e asis ten á la mesa del rey, y como los q u e le salen á recibir cuando entra en la c iudad; y como los q u e es tuv ie ron al pié de la cruz, San J u a n y n u e s t r a Señora , la Magdalena y el buen Ladrón . R u p e r t o abad dice que hal larse presente á la misa es ha l la rse p r e s e n t e á las exequias de Cristo nues t ro R e d e n t o r . Luégo se s igue la consagración, en que , como d i j imos en el cap í tu lo pasado, consiste y se of rece el sacrificio d e la misa por todos aquellos de qu ien en el m e m e n t o se h a hecho mención .

Pues digo q u e la mejor devocion que uno puede tener en la misa, es ir a t end i endo á lo que el sacerdo-te dice y hace , é ir j u n t a m e n t e con él ofreciendo este sacrificio, y hac iendo , en cuan to p u e d e , lo que él hace , como quien es pa r t e en tan grande negocio como allí se t ra ta y ce lebra . Y cuando el sacerdote hace el memen to de los vivos , es bueno hacer t am-bién cada uno su m e m e n t o , rogando á Dios por los vivos ; y despues el de los d i fun tos , también con el sacerdote .

(1) Sanctus , Sanctus, Sanc tus , Dominus Deus Sabaoth, hai., VI, 2; Apoc., IV, 8 .—(1) Et o m n i u m c i r c u m s t a n t i u m .

N u e s t r o Padre Francisco de Borja hacía el m e m e n -to de es t a manera : p resupues ta la consideración d i -cha , q u e e s t e sacrificio r ep resen ta y es el mismo q u e se of rec ió en la cruz por nosotros, iba haciendo su m e m e n t o por las cinco llagas de Cristo. E n la llaga de la m a n o d e r e c h a , encomendaba á Dios el papa y los ca rdena le s , y todos los obispos y prelados, clérigos y curas , y todo el es tado eclesiást ico. En la llaga de la mano izqu ie rda , encomendaba á Dios el rey y todas las j u s t i c i a s y cabezas del brazo seglar . En la llaga del pié de recho , todas las re l ig iones , y en part icular la Compañía . E n la llaga del p ié izquierdo, todos sus deudos , pa r i en te s , amigos , b ienhechores , y todos los que s e hab ían encomendado en sus oraciones. La llaga del costado, reservaba para sí, y allí se en t raba y acogía él (1), p idiendo á Dios perdón de sus p e c a -dos y r e m e d i o de sus neces idades y miserias . Y así ofrecía e s t e sacrificio por todas estas cosas, y por cada una de ellas', como si por sola ella le ofreciera; o f r e -c iéndole s i empre en par t i cu la r por aquel la persona ó personas por qu ien decía la misa por obligación ó de-vocion, con voluntad de q u e se le apl icase de aque l santo sacrificio toda la pa r t e q u e se le debía , sin q u e fuese d e f r a u d a d o en nada por los demás á quien lo apl icaba .

De la m i s m a manera hac ía el memen to de los d i -fun tos ; o f rec iendo aquel sacrificio, lo pr imero , por la persona ó personas por quien pa r t i cu la rmente decía la m i s a ; lo segundo, por las án imas de sus padres y pa r i en t e s ; lo tercero, por los d i funtos de su Religión; lo c u a r t o , por sus amigos , b ienhechores , encomenda-dos, y por todos aquel los á quien tenía a lguna obl iga-ción; lo q u i n t o , por las án imas que están más d e s -

(1) I n f o r a m i n i b u s p e t n e , in caverna maceriee. Cant. II , 14.

Page 167: Tratado de Virtudes Cristianas

amparadas , que no t ienen quien h a g a bien por ellas, y por las que es tán en más g raves p e n a s y en mayor neces idad , y por las que están más cerca de salir del purga to r io , y por las que sería m a y o r car idad y servi-cio de Dios of recer le . Así habernos de hacer uosotros de esta ú otra manera , como cada uno mejor se ha-llare.

Y par t i cu la rmente habernos de of rece r es te sacrifi-cio por tres cosas, que ent re o t ras m u c h a s nos tienen muy obligados y cercados por todas pa r t e s : la prime-ra, en hacimiento de gracias por los beneficios gran-des que habernos recibido de la mano de Dios, así ge-nera les como par t iculares ; la s e g u n d a , en satisfacción y recompensa de nues t ros pecados ; la te rcera , para pedir remedio de nuest ras neces idades y flaquezas, y alcanzar nuevas mercedes del Señor . Y es muy bueno ofrecer cada uno á Dios es te sacrificio por estas tres cosas, no sólo por sí mismo, sino t ambién por los pró-j imos; ofreciéndole , no sólo por los benef ic ios que él ha recibido, sino t ambién por las mercedes tan gran-des que ha hecho y cada día hace á todos los hom-bres. Y no sólo en satisfacción y r e c o m p e n s a de sus pecados, sino de todos los pecados del m u n d o , pues basta y sobra para sat isfacer y aplacar por todos ellos al Padre E t e rno . Y no sólo para pedi r r e m e d i o de las miserias y necesidades propias y par t icu la res , sino de todas las de la Iglesia. Y en esto se conforma uno más con el sacerdote q u e lo hace así; fuera de q u e la cari-dad y zelo de las a lmas p ide q u e no sólo t enga uno cuenta con su par t icu lar , sino con el b ien común de la Iglesia. Y g e n e r a l m e n t e es bueno o f rece r es te sa -crificio por todo aquel lo q u e Cristo le ofreció estando en la cruz, y por lo que él quiso q u e se ofrec iese cuan-do le ins t i tuyó. Y será bueno o f rece rnos también á nosotros mismos, j u n t a m e n t e con Cristo, en sacrificio

al Padre Eterno cada día en la misa por es tas mi smas cosas, sin quedar nada en nosotros que no se lo o f r e z -camos . Porque a u n q u e es verdad q u e son de muy poco valor nues t ra s obras de suyo; pero t eñ idas en la s a n -gre de Cristo y en unión de sus mér i tos y pasión se rán de m u c h o valor y agradarán mucho á Dios.

San Crisóstomo dice (1) que la hora e n q u e se of re-ce es te divino sacrificio es el t iempo más opor tuno que hay pa ra negociar con Dios, y q u e los ánge les t ienen esta por una suavís ima c o y u n t u r a pa ra pedir le mercedes en favor del géne ro h u m a n o , y q u e c laman allí con g rande ahinco por nosotros á Dios por ser el t iempo tan acomodado. Y así dice que es tán allí e s -cuadrones celest iales de ángeles , de q u e r u b i n e s y se-rafines, arrodil lados con g r a n d e r eve renc i a a n t e la Majestad de Dios; y q u e luégo en of rec iéndose es te sacrificio, van volando estos correos ce les t ia les pa ra que las cárceles del purga tor io se a b r a n y se e j e c u t e lo q u e allí se ha despachado. Y así es razón que n o s -otros sepamos es t imar es ta coyun tu r a y ap rovecha r^ nos de tan b u e n a ocasion, y q u e v a m o s á la misa a ofrecer es te divino sacrificio con g r a n d e conf ian-za, que por medio de él aplacaremos la i ra del Padre E te rno , y pagaremos las deudas de n u e s t r o s pecados, y a lcanzaremos los dones y mercedes q u e le p i d i é -r emos . ,

La te rcera devocion pe r t enece p a r t i c u l a r m e n t e a la te rcera par te de la misa, q u e es desde el Pater noster has ta el fin, donde el sacerdote c o n s u m e , y las o r a -ciones q u e se dicen despues de la c o m u n m n , todas son un hacimiento de grac ias por el benef ic io r e c i b i -do. Pues lo q u e han de hacer e n t ó n c e s los q u e oyen la misa , es ir t ambién e n esto con el sace rdo te en

(1) Chrys. hom. 3 de incomprehensibílt Dei natura.

Page 168: Tratado de Virtudes Cristianas

cnanto pudieren . No p o d e m o s comulgar en cada misa sac rameuta lmente , p e r o e sp i r i t ua lmen te sí. Pues esla sea la tercera devocion d e la misa, que es muy bue-na y m u y provechosa , q u e cuando comulga el sacer-dote s ac ramen ta lmen te , comulguen también espiri-tua lmente los que se h a l l a n presen tes . Comulgar es-p i r i tua lmente es t ene r u n deseo g rande de recibir este santísimo Sacramento , con fo rme á aquel las palabras d e J o b : * ¿Quién nos diera que pudiésemos hartarnos de su carne (1)?* Así c o m o al goloso se le van los ojos t ras la golosina, así al s i e r v o de Dios se le han de ir los ojos y el corazon t r a s es te divino manja r , y cuan-do el sacerdote abre l a boca para consumir , ha de abr i r él la boca de su á n i m a con un deseo grande de recibir aquel divino m a n j a r , y estarse saboreando en aquello. De esta m a n e r a Dios sat isfará el deseo del corazon con aumen to d e gracia y de caridad, confor-me á aquello que él p r o m e t e por el Profeta: Dilata os tuum, et implebo illud: *Abre tu boca y henchírtela he (2).*

Pero nota aquí el Conc i l i o Tr iden t ino (3) que para q u e el deseo de recibir e s t e sant ís imo Sacramento sea comunion espir i tual , e s m e n e s t e r q u e nazca de fe viva, informada d é l a c a r i d a d . Quie re decir , que es me-nes ter que el que t i e n e es te deseo esté en caridad y gracia de Dios, p o r q u e en tónces consigue este fruto espir i tual , un iéndose m á s con Cristo; pero en el que es tuviese en pecado m o r t a l , es te deseo no sería co-munion espiri tual; á n t e s , si desease comulgar, están-dose en pecado, p e c a r í a mor ta lmen te , y si lo desease, sal iendo pr imero de é l , a u n q u e sería buen deseo, no

( t ) Si non d ixerun t vi r i t a b e r n a c u l i mei (id est , boni christia-n i , et t imorat i ) : quis de t d e c a r n i b u s e j u s , u t saturemur? Job, XXXI, 31 .—(2) Ps . LXXX, 1 ! . — ( 3 ) Conc. Tr ident . sess. XIII. c . 8.

seria comunion espir i tual ; porque como no es tá en gracia no puede recibir el f ru to de el la. De manera , que es menes ter es tar en gracia de Dios, y tener e n -tónces este deseo es comulgar esp i r i tua lmente , p o r -que por ese deseo de recibir este santísimo Sacramen-to, participa de los bienes y gracias espir i tuales que suelen part icipar los que le reciben sacramenta l -mente . . .

Y áun puede se r que el que comulga espi r i tua lmen-te reciba mayor gracia que el que comulga sacramen-ta lmente , aunque comulgue en estado de gracia , por-que aunque es verdad que la comunion sacramenta l de suyo es de mayor provecho y de mayor gracia q u e la espiritual, porque , al fin, es Sacramento y t iene pri-vilegio de dar gracia ex opere opéralo, lo cual no t iene la comunion espir i tual ; pero con tan ta devocion, re-verencia y humildad puede uno desear recibir es te santísimo Sac ramento , q u e reciba con eso mayor gra-cia que el que le recibe sac ramen ta lmen te , no con tan-ta disposición. . .

Y más: hay otra cosa en esta comunion espir i tual , que como es secre ta , y no la ven los demás , no hay ningún peligro de vanagloria de los c i rcunstantes , co-mo le hay en la comunion sacramenta l , que es publi-ca. Y más: t iene otro privilegio p a r t i c u l a r que no t iene la sacramental , y es que se puede hacer más veces. Porque la sacramenta l hácese una vez en la semana , ó cuando mucho , u n a vez cada día; pero la espir i tual puédese hacer , no so lamente cada día, sino muchas ve-ces al día. Y así t ienen muchos esta loable devocion de comulgar esp i r i tua lmente , no sólo cuando oyen misa, sino cada vez que visitan el sant ís imo Sacramen-to, y otras veces . . .

Y es bueno el modo de comulgar espi r i tua lmente que usan a lgunos siervos de Dios; el cual pondremos aquí para que se p u e d a aprovechar de él el que q u i -

Page 169: Tratado de Virtudes Cristianas

siere. Cuando oís misa ó c u a n d o visitáis el saniísimo Sacramento, ó cada y c u a n d o que quis iéredes comul-gar esp i r i tua lmenle , d e s p e r t a d vuestro corazou con afectos y deseos de recibir e s t e santísimo Sacramen-to, y decid: ¡Oh Señor , q u i é n tuviera la limpieza y puridad que es menes te r p a r a recibir d ignamen te tan gran huésped! ¡Obi quién f u e r a digno de recibiros ca-da día y teneros s iempre e n s u s entrañas! ¡Oh Señor, qué rico es tuviera yo si os m e r e c i e r a recibir y traer á mi casa! ¡qué dichosa fuera mi suer te! Pero no es ne-cesario, Señor , venir V o s á m í sac ramen ta lman te para en r iquecerme , quered lo , Dios mió, que eso bastará; mandadlo Vos, Señor , y q u e d a r é jusli l icado. Y en tes-t imonio de esto, decid a q u e l l a s palabras que usa la Igles ia : Señor mió J e s u c r i s t o , yo no soy digno que Vos en t re i s en mi morada; m a s decidlo Vos, que con vues t ra sola pa labra mi á n i m a será sana y salva (1). Si mirar la se rp ien te de m e t a l bastaba para sanar los her idos (2), t ambién b a s t a r á el miraros á Vos con fe v iva y con a rd ien te deseo d e recibiros. Y será bueno añadir la Ant í fona: O Sacrum convivium, etc., y el ver-so: Panem de Ccelo, etc., c o n la oracion del santísimo Sac ramen to .

CAPÍTULO XVI Algunos e j e m p l o s ce rca d e la d e v o c i o n - d e o i r misa y decir la cada

d ía , y la r e v e r e n c i a con q u e h a b e r n o s d e e s t a r en el la.

El Papa Pió I I (3) y Sabél ico cuen t an que en la provincia de Is t r ia , que conf ina con Panonia y Áus-

(1) D o m i n e , n o n s u m d i g ü u s , u t i n t r e s sub tectumi m e u m , sed t a n t u m dic v e r b o , e t s a n a b i t u r a n i m a m e a . Mattn., YIII, o. (2) Num. XXI, 9 .—(3) P i u s II, in sua Cosmocjraphta, m (tescrip-tione Europ<e.

t r i a , v ivía un devoto cabal lero, el cual e ra molestado de una g rave tentación de ahorcarse , y a lgunas veces es tuvo en p u n t o s de hacerlo. Andando con es ta p e -nosa ten tac ión , descubr ióse á un religioso letrado y temeroso de Dios pidiéndole consejo , el cual despues de haber le confortado y consolado mucho , le dijo q u e tuviese en su compañía un capel lan que cada día le di jese misa. Parecióle bien es te r emed io , y así se concer tó con u n sacerdote , y los dos se fue ron á vivir á una buena fortaleza q u e tenía en el campo, donde habiendo un año que por medio de es ta sant í s ima de-vocion vivía en sosiego, acaeció que un día le pidió licencia su capel lan para ir á ce lebrar u n a fiesta á u n pueblo allí vecino con un clérigo amigo s u y o : el c a -ballero dió la licencia con intención de ir allá á oir misa y hal larse en la fiesta; pero por c ie r ta ocasion s e detuvo, de modo que era ya medio día cuando vino á salir de su fortaleza muy congojado, pensando no ha-llar misa , y molestado de su an t igua ten tac ión ; yendo así fat igado encont róse con un labrador q u e venía del lugar , el cual le certificó que e ran ya acabados los oficios divinos. Recibió de esto el cabal lero t an ta pena, que comenzó á maldecir su ven tu ra y á decir que pues aque l día no había oido misa, se tenía ya por perdido. El labrador le dijo que no s e fa t igase , que él le vender ía la misa y lo que de lan t e de Dios había merecido con ella: al caballero le agradó esto, y así se concer taron en q u e le diese una ropa q u e traía vest i -da, la cual él dió de buena vo luntad , y con esto se part ió el uno del ot ro . Con todo eso, quiso el caballero l legar al pueblo á hacer oracion en la iglesia; hízolo así, y poco despues volviéndose á su casa , l legando al lugar de la s imonía vió que el labrador se había ahor -cado de un árbol , permit iéndolo así Dios en castigo de su pecado: quedó atóni to y dió grac ias al Señor

EJF .R . RODRIG.—Tom. I V . 2 0

Page 170: Tratado de Virtudes Cristianas

p o r q u e le hab ía á él l ibrado; y confirmóse más en su d e v o c i o n , y desde en tonces quedó libre de la tenta-c ión , a u n q u e vivió muchos años.

L é e s e en las Crónicas de San Francisco (1), de San-ta I s a b e l r e ina de Portugal y sobrina de Santa Isabel r e ina d e H u n g r í a , q u e en t re otras g randes virtudes q u e t e n í a , u n a era ser piadosa y compasiva de los po-b r e s y e n f e r m o s , y amiga de socorrerlos; y así se dice de el la q u e n i n g ú n pobre le pidió que no le socorrie-se ; y f u e r a de eslo, t en ía mandado á su limosnero que á n i n g u n o le negase l imosna. Ten iendo , pues, esta s an t a r e ina u n pa je ó un criado de cámara , de quien se s e rv í a e n la dis t r ibución de estas l imosnas y obras de p i e d a d , por ser v i r tuoso y de buenas costumbres, acon tec ió q u e otro paje de la cámara del rey don Dio-n is su m a r i d o , y muy privado suyo, viendo la pri-v a n z a q u e el otro p a j e tenía con la re ina , por envidia q u e t u v o d e él y por caer en gracia del rey , le quiso p o n e r mal con él af i rmándole que la re ina le tenía mala a f ic ión . Y como el rey vivía no muy honesta-m e n t e , induc ido por el demonio traía consigo algunos descon ten tos , y tenía a lguna desconfianza de la reina su m u j e r . Por lo cual , espantado de lo q u e su paje le hab ía d i cho , a u n q u e es verdad que no lo acabó de c r ee r , s ino q u e quedó dudoso, con lodo eso se deter -minó de h a c e r ma ta r á aquel pa je secre tamente , y sal iendo aque l día á pasearse á caballo, pasó por don-d e hab ía u n horno de cal, q u e se estaba cociendo, y l lamando a p a r t e á los hombres que le daban fuego, les m a n d ó q u e á un criado de cámara , q u e él les en-viar ía allí con un recaudo, diciendo si tenían hecho lo q u e el rey les había mandado , le ar reba tasen luégo y le echasen den t ro del horno, de modo q u e allí luégo

(1) p. 2, lib. 8, cap. 28, de las Crónicas de S. Francisco.

mur ie se , porque así conven ía á su servicio. Venida , p u e s , la mañana s igu ien te , mandó el rey al pa je de la re ina q u e fuese con es le recaudo al dicho horno , para q u e aquel los hombres pus ie sen en ejecución lo q u e él les hab ía mandado y así mur iese ; mas nues t ro Señor q u e nunca fal ta á los suyos y vuelve por los que es tán inocentes y sin cu lpa , o rdenó que pasando este mozo por u n a iglesia, t añesen la campani l la del alzar en u n a misa q u e en tónces e s t aban diciendo; y en t r ando d e n t r o , es tuvo has ta q u e se acabó esta misa, y otras dos q u e comenzaron luégo u n a en pos de o t ra . E n e s t e t i empo , deseando el rey saber si era ya muer to , acer tó á ver al otro pa je de cámara , q u e era el que le hab ía acusado y levantado el falso test imonio de lan te del r ey al cual envió m u y de priesa al horno, á saber si se había hecho lo q u e él había mandado, y l legado q u e fué con el recaudo, como este conforme á las señas era el q u e el rey les había d icho , a r reba tá ronle luégo los hombres , y a t ándo le lo echaron vivo en el ho rno . En es te ín t e r in , acabando el otro mozo ino-c e n t e y sin culpa de oir sus misas, fué á dar el recau-do del r ey á los q u e cocían el horno diciendo si ha-bían cumpl ido lo q u e s u señor les había mandado, y respondiendo ellos que sí , él se volvió con la respues-ta al r ey ; el cual así como le vió, quedó como fue ra de sí, v iendo y considerando q u e había acontecido es te negocio m u y al contrar io de como él había o rdenado y mandado . Y volviéndose al paje le comenzó á re -p r e h e n d e r , p r e g u n t á n d o l e dónde se había de ten ido t an to . E n t ó n c e s el criado dando cuen ta de sí le res-pond ió : Señor , yendo yo á cumpl i r el mandato d e vues t ra a l teza, acer té á pasar j u n t o á una iglesia, don-de es taban tañendo la campani l la de alzar , y en t r ando d e n t r o oí aquel la misa has ta al cabo; y án tes q u e aque l l a se acabase, comenzaron otra y otra , y así

Page 171: Tratado de Virtudes Cristianas

aguardé has ta q u e s e acabaron todas, p o r q u e mi p a -dre me dejó p o r b e n d i c i ó n , an te s que mur iese , que a todas las misas q u e viese comenzar es tuv iese hasta el fin. En tónces v i n o el rey á caer , por es te juicio de Dios, en la c u e n t a d e la verdad, y en la inocencia de la buena r e ina , y e n la fidelidad y v i r t ud del buen criado, y así e c h ó d e sí la imaginación mala que con-tra ella t e n í a .

E n el P r o n t u a r i o de ejemplos se cuen ta (1) que en u n pueblo v i v í a n dos oficiales de un mismo ohcio, y el uno tenía m u j e r , hijos y familia, y con todo eso era tan devoto d e o i r misa cada d ía , que por n inguna cosa la de jaba , y así l e ayudaba nuestro Señor , y le iba bien en su of ic io , y le mult ipl icaba su hac ienda . El otro por el c o n t r a r i o , no teniendo hi jo n inguno , ni criado, sino so l a su muje r , s iempre t r aba j aba de día v de n o c h e , y á u n en los mismos días de tiesta, y oía misa muy p o c a s v e c e s , y nunca salía de laceria, sino que padecía m u c h a necesidad y p o b r e z a . Viendo, pues es te que al o t r o le iba tan bien, y é n d o s e un día encont radizo c o n é l , le p reguntó que de dónde le ve-nían tan tos b i e n e s y le sucedía t an ta ganancia , que con él t e n e r t a n t a familia de hijos y m u j e r , nunca le fal taba lo n e c e s a r i o , sino que s i empre ten ia bastante-m e n t e lo q u e h a b í a menes te r ; y él s iendo solo con su m u j e r y t r a b a j a n d o más, s iempre vivía en necesidad y pobreza . A e s t o respondió el que t en i a devocion de oir cada d ía m i s a , diciendo que él le mostraría e día s igu ien te el l u g a r donde hal laba aque l l a ganancia, y venida la m a ñ a n a , se fué por casa del ot ro y le llevo consigo á la i g l e s i a ; y acabada de oír la misa le d jo que se v o l v i e l e á su casa á t raba ja r . Lo mismo hizo

M) Prompíuarium exemplorum, verbo Missa, et in Vitis P«' trum. Et S u r i u s , i n vi ta Sancti J o a n . E lee raosynarn .

el segundo día, y las mismas palabras lo dijo. Pero el tercero día, v iniendo otra vez á su casa para l levarle consigo á la iglesia, le di jo el otro: Hermano , si yo quisiese ir á la iglesia, no he menes te r que vos me lleveis allá, que bien sé el camino; lo q u e yo deseaba saber de vos era el lugar donde habéis hallado tan buena comodidad para enr iquecer , y q u e me l leváse-des allá para que yo t a m b i é n me pueda hacer rico. En tónces respondió él d ic iendo: l o no sé , ni tengo otro lugar donde busque el tesoro del cue rpo y el pre-mio de la vida e terna , si no es en la iglesia. Y para confirmar esto, dijo: ¿Por ven tu r a no habéis oido lo que el Señor dice en el Evange l io : Buscad primero el reino de los cielos y su justicia, y todas las demás cosas se os darán por añadidura ( l )? Oyendo esto el buen hombre , en tendió el mister io y cayó en la cuen ta , y compungido de su pecado e n m e n d ó su vida , h a c i é n -dose desde luégo muy devoto y oyendo de allí a d e -lante su misa cada día, y así le comenzó á ir bien y suceder p rósperamente en todos sus negocios.

Cuenta San Antonino d e Florencia (ü) que sal iendo un día de fiesta de una ciudad dos amigos mancebos para irse á holgar al campo á c ier ta caza, el uno de ellos tuvo cuidado de oir p r imero misa y cumpl i r con el p recep to , y el otro no. Yendo, pues , j u n t o s su c a -mino, comenzó á revolverse el t iempo y turbarse el aire , de modo que parecía q u e el cielo se quer ía v e -nir aba jo y hundi r el m u n d o con los g randes t ruenos que comenzaron, y muchos re lámpagos que venían á toda priesa con grandes señales de m u c h a agua ; y en-tre estas y estas se oyó en el a i re una voz, la cual oyeron los mismos mozos, q u e dec ía : «dale, hiérele .» Quedaron con esta voz a temor izados ; pero pros iguien-

(1) Matth., VI, 33.— (2) Antonin. 2 p . Theolog., tit. 9, c . 10, § 12.

Page 172: Tratado de Virtudes Cristianas

do sa camino, al mejor t iempo, cuando no se cataron, cayó un rayo y mató al desdichado mozo que aquel día no había oido misa, f u é tan g r a n d e el espanto y asombro que le dió al otro, que q u e d ó como fuera de juicio, sin saber lo que había de hacer , mayormente que estaba ya cerca del pues to donde iban á cazar. F ina lmen te , pasó adelante y pros igu ió su camino, y oyó otra voz que dijo: «hiérele, h ié re le á ese.» Quedó el pobre muy atemorizado con es t a voz, acordándose de lo que había pasado por su compañero ; mas oyóse otra voz en el aire , que dijo: « N o puedo, porque ha o i d o h o y e l Verbum caro factum est.i E n t e n d i e n d o por esto, que había oido misa; p o r q u e al lin de ella se suele decir el Evangel io de San J u a n , donde están es-tas palabras. Y de esta manera s e escapó aquel mozo de aquel la tan terrible y r e p e n t i n a muer te .

De San Buenaven tu ra se lee q u e considerando la soberana Majestad de Dios, q u e es tá en el santísimo Sacramento del al tar , y su g r a n vileza, y temiendo que no recibía al Señor con la disposic ión que conve-nía , es tuvo muchos días sin l l ega r se al al tar; y un día oyendo misa, al t iempo que el s ace rdo t e partía la hos-t ia , una par te de ella se vino á é l y se le puso en la boca. Y haciendo gracias al S e ñ o r por es te tan incom-parable benelicio, en tendió q u e c o n él le quería ense-ñar que gus ta más Dios de los q u e con amor y entra-ñable afecto se llegan á él y le r ec iben , que no délos que por temor se apar tan y d e j a n de recibirle; como despues el mismo Santo lo escr ib ió (1). Y lo mismo | escribió Santo Tomas (2).

Del santo f ray Hernando de T a l a v e r a , pr imer arzo- ¡ bispo de Granada , se cuen ta q u e estando en la corte

(1) Bonav. in tract, de Exercitiis spirit, qui Fasciculus inscri-bi tu r , c . 7.—(2) S. Thom. 3 p., q . 80 , a r t . 10, ad 3.

ocupado en muchos y muy g raves negocios del re ino, como sus émulos , que eran muchos , no hallasen otra cosa en que le poder acusar , m u r m u r a b a n a lgunos porque decía cada día misa, maravi l lándose de él que , ten iendo tantos y tan a rduos negocios sobre sí, se ha-llaba tan dispuesto y con á n i m o reposado y quieto para ce lebrar cada día, como si e s tuv ie ra en el m o -naster io. Y como el cardenal d e España y arzobispo de Toledo don Pedro González d e Mendoza un día fa-mi l i a rmen te le dijese lo que se decía , respondió el siervo de Dios: Así es, señor , q u e porque sus Altezas me han puesto en cosas tan a r d u a s , y encomendado carga que es sobre todas mis fue rzas , no tengo otro re fugio , para no dar con la c a r g a en el suelo , sino l legarme cada día al santo S a c r a m e n t o , para que con eso pueda tener fuerzas para sa l i r al cabo, y dar bue-na cuen ta de lo que sus Al tezas me han e n c o m e n -dado.

De San Pedro Celest ino, q u e despues fué papa , cuen ta Surio (1) q u e poniéndose él una vez á cons i -derar , por u n a par te , la ma jes t ad g r a n d e del Señor que está en el sant ís imo Sac ramen to , y por otra , su vileza é indignidad, y acordándose de San Pablo p r i -mer ermitaño, San Antonio , S a n Francisco y otros San tos , que no se habíau a t r ev ido á e jerc i tar el santo mister io de la misa y comunion co t id iana , es tuvo muy dudoso y perp le jo sobre la f recuenc ia en esto, y a b s -túvose a lgunos días con el t e m o r , temblor y reve ren-cia de tan grande Señor , con de te rminac ión de ir á Roma á consul tar al papa sobre es to , si le sería mejor abs tenerse de celebrar del todo ó algún t iempo. Y yendo con es te in ten to , en el camino se le apareció un santo abad , ya d i fun to , el cua l le había dado el

(1) Surius, in vita ipsius, tom. 3.

Page 173: Tratado de Virtudes Cristianas

hábi to de m o n j e y le dijo: ¿Quién, oh hijo, aunque sea á n g e l , es digno de este misterio? pero con todo eso aconsé jo te que con temor y reverencia celebres f r e c u e n t e m e n t e ; y luégo desapareció.

C u e n t a San Gregorio (1) q u e p o c o á n t e s d e su tiem-po acaec ió que un hombre fué preso y llevado cauti-vo d e los enemigos á muy lejas t ie r ras , donde estuvo m u c h o t iempo apris ionado, sin saber ni tener nuevas a l g u n a s de él; y como su m u j e r , despues de tan largo t i e m p o no supiese de él , c reyó ser ya muerto, y así como á tal bacía cada semana decir misas y sacrilicios por s u án ima. Y era nues t ro Señor servido que todas las v e c e s q u e las misas se decían por él , se hallaba el p o b r e caut ivo libre de sus pr is iones . Aconteció, pues, que n o mucho despues de esto salió el hombre del c a u t i v e r i o y volvió á su casa l ibre; y como entre otras cosas contase á su m u j e r esta maravi l la , espantado y a d m i r a d o de que en ciertos días y horas de cada se-m a n a se le qu i taban las pr is iones, como está dicho; h a c i e n d o la muje r la cuen ta hal ló que era en los mis-mos d í a s y horas que ella hacía ofrecer el sacrificio y dec i r las misas por él. Y añade San Gregorio: De aquí p o d é i s , he rmanos , colegir cuán ta fuerza tendrá para d e s h a c e r las pris iones y a t adu ra s del ánima este sa-cr i f ic io ofrecido por nosotros. El venerab le Beda cuen-ta o t r o e jemplo seme jan te (2).

S a o Crisòstomo dice (3) q u e por el t iempo que el s a c e r d o t e celebra, asisten allí los ángeles, y que en h o n r a del que allí es ofrecido, el al tar está rodeado de á n g e l e s . Y dice q u e oyó contar á u n a persona fide-d igna ' " q u e un viejo g ran s iervo de Dios había visto

(1) G r e g . horn. 37 sup. Evang. et I. 4. Dialog., c. 57.—(2) Be-da, l i b . 4 Hist. Anglic., c. 21 et 22; etTilman. Bredembrach. 1.1. Collat. Sacr., c. 4 —(3) Chrysost. lib. 7 de Sacerdotio.

de repente descender gran mul t i tud de ángeles , y es-tar el al tar rodeado de ellos, vest idos de tan r e sp lan -decientes ropas , q u e su claridad no se podía mirar , tan humil lados como están los soldados delante de su rey. Y así lo creo yo , dice el glorioso Santo; porque al fin donde es tá el rey es tá la cór te . Y San Gregorio dice (1): ¿quién d u d a sino que en aquella hora en que se ofrece es te santo sacrificio, á la voz del sacer -dote se abren los cielos y bajan j u n t a m e n t e con Cris-to aquellos cortesanos del cielo, y está todo aquel lo cercado de coros de ángeles , que como buenos co r t e -sanos están acompañando á su rey? Y así declaran muchos Santos aquel lo de San Pablo, q u e mandando que las mu je r e s es tuviesen en la iglesia cubier tas las cabezas, da la razón: Por amor de los ángeles (2). P o r -que por es tar allí el santísimo Sacramento , dicen que hay allí ángeles que le reverencian y respetan.

San Nilo escribe (3) del mismo San Juan Crisòsto-mo (que fué su maestro) que cuando en t raba en la iglesia, veía g ran mul t i tud de áDgeles vestidos de blanco, los piés descalzos, y encorvados sus cuerpos por la g ran reverencia , con sumo silencio y como asombrados de la presencia de Cristo nues t ro Dios y Señor en es te Sacramento . Conforme á esto dice el glorioso Crisòstomo: Cuando te hallas de lante de es te divino Sacramento , no has de pensar qne estás en t re hombres en la t ie r ra ; ¿por ven tu ra no sientes la v e -cindad de aquel los escuadrones celest iales de q u e r u -bines, serafines, e t c . , que asisten an te aquel gran Señor de cielos y t ierra (4)? Y así dice: Es tad , h e r -manos, en la iglesia con gran si lencio, con temor y

(1) Greg. lib. 4 Dialog., c. 50.—(2) P rop te r angelos. I ad Cor., XI, 10.—(3) Nilus, in epist. ad Anastasium episcop., in Biblioth. SS. PP. Et r e fe r t . e t iam T u r r i a n . tract. 2 de Eucharist., c. 2 .— (4) Chrisost. lib. 3 de Sacerdotio.

Page 174: Tratado de Virtudes Cristianas

t emblor : mirad de la m a n e r a q u e es tán los criados de un rey delante de él, q u é modestos y serenos, con cuáo ta reverenc ia ; no hay qu ien allí se atreva á h a -blar una palabra, ni á volver los ojos de u n a par te á otra; y aprended de aqu í de la manera que habéis de es tar de lan te de Dios.

ORACION para áutes del acto de contr ic ión.

Misericordiosísimo Dios, yo creo f i rmemente todo lo que cree y t iene la san t a Iglesia Romana , por ha-berlo vos enseñado, q u e sois la suma verdad, que ni podéis engañaros ni engaña rnos ; y espero de vuestra misericordia infinita q u e me habé i s de perdonar y salvar, porque no que re i s la m u e r t e del pecador , sino que se convierta y v iva . Supl ícoos h ú m i l m e n t e que me miréis con ojos de p iedad , y m e deis gracia para que es te acto de cont r ic ión , q u e quiero hacer , sea verdadero y eficaz, por los merec imien tos de nues t ro Señor Jesucris to . Amen .

ACTO DE CONTRICION

para a l canza r p e r d ó n de los pecados .

Todopoderoso y c l emen t í s imo Dios, Criador y Sal-vador mió, pésame de todo corazon de todos mis pe-cados, por ser ofensas d e v u e s t r a d iv ina Majes tad , y porque os amo sobre todas las cosas por ser Vos quien sois é inf in i tamente b u e n o . Y propongo f i rmemente con vues t ra gracia de no ofenderos más, y de confe-sa rme y cumpl i r la p e n i t e n c i a q u e me f u e r e im-pues ta .

DECLARACION

Lo p r imero se ha de a d v e r t i r q u e no basta para al-c a n z a r perdón de los pecados dec i r es tas palabras , q u e s e ponen en el acto de cont r ic ión , con la boca ni con e l e n t e n d i m i e n t o y a tenc ión , con q u e se rezan o t ras oraciones, sino es menes t e r decir las de veras y de co razon . Y así , por ser es te un ac to de la voluntad dif icul toso, sobrena tura l , exce len t í s imo é impor tan t í -s imo, impor ta rá mucho pedi r p r imero á Nues t ro Se-ñor s u favor y grac ia , p a r a hacer le como se debe , con la o rac ion que se pone á n t e s de él ó con o t ra s e m e -j a n t e , donde j u n t a m e n t e se d i spone uno con actos de fe y e s p e r a n z a . Ayudará t amb ién considerar los efec-tos d e l pecado, para lo cua l se p o n e n aquí a lgunos :

1 . El mayor mal de los males es el pecado mor ta l . — 2 . Tan to , que fué menes t e r q u e Dios se hiciese h o m b r e para sat isfacer por él d e rigor de jus t i c ia .— 3 E l q u e peca m o r t a l m e n t e crucif ica otra vez a Cris-to, c u a n t o es de su par te (1 ) .—4. Es t ima más el de-le i te del pecado, q u e á Dios, imi t ando á J u d a s y a los que le t rocaron por B a r r a b á s . — 5 . Por el pecado mor-tal p i e r d e el h o m b r e la grac ia de Dios y se hace ene-m i g o s u y o . — 6 . P ierde la glor ia p romet ida y queda c o n d e n a d o según la p re sen t e jus t ic ia al infierno para s i e m p r e j a m a s — 7 . El pecado mor ta l hace al pecador e sc l avo de Sa tanas , feo y abominab le como el demo-n i o . — 8 . Por el pecado en t ró la m u e r t e . Y el que p r o m e t i ó á los pecadores pe rdón , si hiciesen peni ten-cia , no les promet ió el día de m a ñ a n a .

L o segundo se ha de notar q u e con el s ac ramen to de l a Peni tenc ia basta para alcanzar la gracia y pe r -

( 1 ) Ad Hebr. VI, 6 .

Page 175: Tratado de Virtudes Cristianas

don de los pecados tener dolor de ellos y propósito de la e n m i e n d a , por temor del infierno, ó por no per-der la glor ia , ó por la malicia y fealdad del pecado; al cual l laman atr ic ión. Pero sin sacramento ninguno no basta esto, s ino es menes te r dolor que nazca de amor de Dios, al cual l laman contr ic ión.

Lo t e rce ro q u e se sigue de lo dicho y es digno de m u c h a cons iderac ión , es que podrá acontecer muchas veces q u e por habe r uno hecho es te acto de contr i-ción se sa lve , y si no le hubiera hecho, se condenara pa ra s i empre , por coger le la m u e r t e en pecado mor-ta l . Por donde se verá cuánto importa acostumbrarse uno á hace r e s t e acto de contrición á menudo de todo corazon. Y á lo ménos niDguno deber ía dejar le de ha-cer cada n o c h e , pues no sabe si amanece rá mañana.

Bienaventurado el siervo, que cuando viniere el Señor, le hallare velando. L u c . c . X I I .

Fin de la segunda parte del Ejercicio de Perfección y virtudes cristianas. La cual sujetamos á la censura y corrección de nuestra santa madre Iglesia Católica Apostólica y Romana.

INDICE DE LOS TRATADOS Y CAPÍTULOS QUE SE CONTIENEN

EN ESTE CUARTO TOMO

T R A T A D O C U A R T O

D E LA M O R T I F I C A C I O N

C a p í t u l o I . — Q u e e n e s t a v i d a n o h a n d e f a l t a r t e n t a c i o u c s . 5 C a p . I I . — C ó m o u n o s s o n t e n t a d o s a l p r i n c i p i o d e s u c o n -

v e r s i ó n , o t r o s d e s p u e s . . 1 1

C a p 1 1 1 . - P o r q u é q u i e r e e l S e ñ o r q u e t e n g a m o s t e n t a c i o -n e s , y d e l a u t i l i d a d y p r o v e c h o q u e d e e l l a s s e s i g u e . 1 6

C a p . I V . — D e o t r o s b i e n e s y p r o v e c h o s q u e t r a e n c o n s i g o l a s t e n t a c i o n e s .

C 3 n V — Q u e l a s t e n t a c i o n e s a p r o v e c h a n m u c h o p a r a q u e n o s c o n o z c a m o s y h u m i l l e m o s , y p a r a q u e a c u d a m o s m á s á D i o s . . , - f i

C a p . V I . — Q u e e n l a s t e n t a c i o n e s s e p r u e b a n y p u n h c a n m á s l o s j u s t o s , y s e a r r a i g a m á s la v i r t u d . 2 8

C a p . V I I . — Q u e l a s t e n t a c i o n e s h a c e n a l h o m b r e d i l i g e n t e v f e r v o r o s o . . , , »

C a p V I I I . — Q u e l o s s a n t o s y s i e r v o s d e D i o s n o s o l a m e n t e n o s e e n t r i s t e c í a n c o n l a s t e n t a c i o n e s , á n t e s s e h o l g a b a n p o r e l p r o v e c h o q u e c o n e l l a s s e n t í a n . d y

C a p . I X . — Q u e e n l a s t e n t a c i o n e s e s u n o e n s e n a d o , n o s o - • l a m e n t e p a r a s í , s i n o p a r a o t r o s . ,

C a p X . — C o m i é n z a s e á t r a t a r d e l o s r e m e d i o s c o n t r a l a s t e n t a c i o n e s , y p r i m e r a m e n t e de l á n i m o , e s f u e r z o y a l e g r í a q u e h a b e r n o s d e t e n e r e n e l l a s . 4 b

Page 176: Tratado de Virtudes Cristianas

don de los pecados tener dolor de ellos y propósito de la e n m i e n d a , por temor del infierno, ó por no per-der la glor ia , ó por la malicia y fealdad del pecado; al cual l laman atr ic ión. Pero sin sacramento ninguno no basta esto, s ino es menes te r dolor que nazca d e amor de Dios, al cual l laman contr ic ión.

Lo t e rce ro q u e se sigue de lo dicho y es digno de m u c h a cons iderac ión , es que podrá acontecer muchas veces q u e por habe r uno hecho es te acto de contr i-ción se sa lve , y si no le hubiera hecho, se condenara pa ra s i empre , por coger le la m u e r t e en pecado mor-ta l . Por donde se verá cuánto importa acostumbrarse uno á hace r e s t e acto de contrición á menudo de todo corazon. Y á lo ménos n iüguno deber ía dejar le de ha-cer cada n o c h e , pues no sabe si amanece rá mañana.

Bienaventurado el siervo, que cuando viniere el Señor, le hallare velando. Luc. c. XII.

Fin de la segunda parte del Ejercicio de Perfección y virtudes cristianas. La cual sujetamos á la censura y corrección de nuestra santa madre Iglesia Católica Apostólica y Romana.

INDICE DE LOS TRATADOS Y CAPÍTULOS QUE SE CONTIENEN

EN ESTE CUARTO TOMO

T R A T A D O C U A R T O

D E LA M O R T I F I C A C I O N

C a p í t u l o I . — Q u e e n e s t a v i d a n o h a n d e f a l t a r t e n t a c i o u c s . 5 C a p . 1 1 . — C ó m o u n o s s o n t e n t a d o s a l p r i n c i p i o d e s u c o n -

v e r s i ó n , o t r o s d e s p u e s . . 1 1

C a p I I I . - P o r q u é q u i e r e e l S e ñ o r q u e t e n g a m o s t e n t a c i o -n e s , y d e l a u t i l i d a d y p r o v e c h o q u e d e e l l a s s e s i g u e . 1 6

C a p . I V . — D e o t r o s b i e n e s y p r o v e c h o s q u e t r a e n c o n s i g o l a s t e n t a c i o n e s .

C 3 n V — Q u e l a s t e n t a c i o n e s a p r o v e c h a n m u c h o p a r a q u e n o s c o n o z c a m o s y h u m i l l e m o s , y p a r a q u e a c u d a m o s m á s á D i o s . . , - f i

C a p . V I . — Q u e e n l a s t e n t a c i o n e s s e p r u e b a n y p u r i i i c a n m á s l o s j u s t o s , y s e a r r a i g a m á s la v i r t u d . 2 8

C a p . V I L — Q u e l a s t e n t a c i o n e s h a c e n a l h o m b r e d i l i g e n t e Y f e r v o r o s o . . , , »

C a p V I I I . — Q u e l o s s a n t o s y s i e r v o s d e D i o s n o s o l a m e n t e n o s e e n t r i s t e c í a n c o n l a s t e n t a c i o n e s , á n t e s s e h o l g a b a n p o r e l p r o v e c h o q u e c o n e l l a s s e n t í a n . d y

C a p . I X . — Q u e e n l a s t e n t a c i o n e s e s u n o e n s e n a d o , n o s o - • l a m e n t e p a r a s í , s i n o p a r a o t r o s . ,

C a p X . — C o m i é n z a s e á t r a t a r d e l o s r e m e d i o s c o n t r a l a s t e n t a c i o n e s , y p r i m e r a m e n t e de l á n i m o , e s f u e r z o y a l e g r í a q u e h a b e r n o s d e t e n e r e n e l l a s . 4 b

Page 177: Tratado de Virtudes Cristianas

Cap . X I . — C u á n poco es lo q u e el d e m o n i o p u e d e c o n t r a n o s o t r o s . 4 8

Cap . X I I . — Q u e n o s h a d e d a r g r a n d e á n i m o y e s f u e r z o pa ra p e l e a r en l a s t e n t a c i o n e s , c o n s i d e r a r q u e n o s e s t á m i r a n -do Dios . 5 2

Cap . X I I I . — D e dos r a z o n e s m u y b u e n a s p a r a p e l e a r con g r a n d e á n i m o y conf ianza en l a s t e n t a c i o n e s . 5 5

Cap . X I V . — Q u e Dios no p e r m i t e q u e n a d i e s e a t e n t a d o m á s d e lo q u e p u e d e l l eva r , y q u e n o d e b e m o s d e s m a y a r c u a n d o

c r e c e ó d u r a l a t e n t a c i ó n . 57 Cap . X V . — Q u e el d e s c o n f i a r d e sí y p o n e r t o d a s u conf ian-

z a en Dios e s g r a n d e m e d i o p a r a v e n c e r l a s t e n t a c i o n e s , y p o r q u é a c u d e Dios t a n t o á los q u e c o n f í a n en él . 6*2

Cap . X V I . — D e l r e m e d i o d e la o r a c i o n , y p é n e n s e a l g u n a s o r a c i o n e s j a c u l a t o r i a s a c o m o d a d a s p a r a el t i e m p o d e las t e n t a c i o n e s . 6 5

C a p . X V I I . — D e o t r o s d o s r e m e d i o s c o n t r a l a s t e n t a c i o n e s . 6 8 Cap . X V I I I . — D e o t r o s dos r e m e d i o s m u y p r i n c i p a l e s , que

s o n r e s i s t i r á los p r i n c i p i o s , y n u n c a e s t a r o c i o s o s . 70 C a p . X I X . — D e l a s t e n t a c i o n e s q u e v i e n e n c o n apa r i enc i a

d e b i e n , y q u e e s g r a n d e r e m e d i o c o n t r a t o d a s las t e n -t a c i o n e s el c o n o c e r l a s y t e n e r l a s p o r t a l e s . 73

C a p . X X . — C ó m o n o s h a b e r n o s d e h a b e r e n l a s t e n t a c i o n e s d e p e n s a m i e n t o s m a l o s y f e o s , y d e l o s r e m e d i o s con t r a e l l a s . 7 9

C a p . X X I . — Q u e en d i f e r e n t e s t e n t a c i o n e s d i f e r e n t e m e n t e n o s h a b e r n o s d e h a b e r e n el m o d o d e r e s i s t i r . 8 6

C a p . X X I I . — D e a l g u n o s a v i s o s i m p o r t a n t e s p a r a el t i e m p o d e la t e n t a c i ó n . 8 9

T R A T A D O Q U I N T O

D E L A A F I C I O N D E S O R D E N A D A D E P A R I E N T F . S

Cap í tu lo I . — C u á n t o le i m p o r t a al r e l i g i o s o h u i r v i s i t a s de p a r i e n t e s y l a s i d a s á s u t i e r r a . 9 6

C a p . I I . — Q u e el r e l ig ioso h a d e ev i t a r t a m b i é n c u a n t o p u -d i e r e el s e r v i s i t a d o d e p a r i e n t e s , y la c o m u n i c a c i ó n por c a r t a s . 1 0 5

C a p . I I I . — Q u e a u n q u e s ea con t í tu lo d e p r e d i c a r , h a de

INDICE

hui r el re l ig ioso el t r a t o d e p a r i e n l e s y t i e r ra .

Cap. I V . — Q u e p a r t i c u l a r m e n t e s e h a d e g u a r d a r m u c h o el rel igioso d e o c u p a r s e en n e g o c i o s d e p a r i e n t e s .

Cap. V . — E n q u e s e c o n f i r m a lo d i cho con a l g u n o s e j e m p l o s . Cap. V I . — D e o t r o s m a l e s y d a n o s q u e c a u s a l a a f ic ión á

los p a r i e n t e s , y c ó m o n o s e n s e ñ ó Cr i s t o n u e s t r o R e d e n -t o r el desv ío d e e l l o s .

Cap. V I I . — C ó m o s e s u e l e d i s f r a z a r e s t a t e n t a c i ó n con t í -tulo , n o sólo d e p i e d a d , s i no d e o b l i g a c i ó n : y del r e m e -dio pa ra e s t o .

T R A T A D O S E X T O

D E L A T R I S T E Z A Y A L E G R Í A

Capítulo I . — D e l o s d a ñ o s g r a n d e s q u e s e s i g u e n d e la t r i s -teza.

Cap. I I . — E n q u e s e d a n a l g u n a s r a z o n e s , p o r l a s c u a l e s nos c o n v i e n e m u c h o s e r v i r á Dios con a l e g r í a .

Cap. I I I . — Q u e n o h a n d e b a s t a r las c u l p a s o r d i n a r i a s e n que c a e m o s p a r a q u i t a r n o s e s t a a l e g r í a .

Cap. I V . — D e l a s r a i c e s y c a u s a s d e la t r i s t e z a , y d e s u s r e m e d i o s .

Cap. V . — Q u e es m u y g r a n r e m e d i o p a r a d e s e c h a r la t r i s t e -za a c u d i r á la o r a c i o n .

Cap. V I . — D e u n a r a i z m u y o r d i n a r i a d e la t r i s t e z a , q u e e s no a n d a r u n o c o m o d e b e en el se rv ic io d e D i o s , y d e la alegr ía g r a n d e q u e c a u s a l a b u e n a c o n c i e n c i a .

Ca. V I I . — Q u e a l g u n a t r i s t e z a hay b u e n a y s a n t a .

T R A T A D O S É P T I M O

112 116

1 2 9

1 3 4

1 4 0

1 4 3

1 4 8

1 5 0 1 5 7

DEL TESORO Y B I E N E S G R A N D E S Q ü E T E N E M O S EN C R I S T O , Y

D E L MODO Q U E H A B E M O S D E T E N E R E N M E D I T A R LOS M I S -

TERIOS DE S U S A G R A D A P A S I O N , Y F R U T O Q U E H A B E M O S

D E S A C A R D E E L L O S

Capítulo I . — D e l t e s o r o v b i e n e s g r a n d e s q u e t e n e m o s en Cr i s to . 1 6 4

¡ H • 1

Page 178: Tratado de Virtudes Cristianas

Cap . I I . — C u á l ) p r o v e c h o s a y a g r a d a b l e s ea á D i o s la m e -d i t a c i ó n d e la p a s i ó n d e Cr i s to n u e s t r o R e d e n t o r . 179

C a p . I I I . — D e l m o d o q u e h a b e r n o s d e t e n e r en m e d i t a r l a p a s i ó n d e C r i s t o n u e s t r o R e d e n t o r , y d e l a f ec to d e c o m -p a s i ó n q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e e l l a . 1 8 1

C a p . I V . — D e l a f e c t o d e l d o l o r y c o n t r i c i ó n d e n u e s t r o s p e -c a d o s q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e la m e d i t a c i ó n d e l a p a s i ó n d e C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r . 1 8 7

C a p . V . — D e l a f e c t o d e l a m o r d e D i o s . 1 9 3 C a p . V I . — D e l a f e c t o d e g r a t i t u d y h a c i m i e n t o d e g r a c i a s . 1 9 6 Cap . V I L — D e l o s a f e c t o s d e a d m i r a c i ó n y e s p e r a n z a . 2 0 1 C a p . V I I I . — D e la i m i t a c i ó n d e Cr i s to q u e h a b e r n o s d e s a -

c a r d e la m e d i t a c i ó n d e s u s m i s t e r i o s . 2 0 7 C a p . I X . — E n q u e s e c o n f i r m a c o n a l g u n o s e j e m p l o s c u á n

p r o v e c h o s a y a g r a d a b l e s ea á Dios la m e d i t a c i ó n d e la p a s i ó n d e C r i s t o n u e s t r o R e d e n t o r . 2 1 2

T R A T A D O O C T A V O

D E LA SAGRADA COMUNION Y SANTO SACRIFICIO DE LA MISA

Cap í tu lo I . — D e l b e n e f i c i o i n e s t i m a b l e y a m o r g r a n d e q u e el S e ñ o r n o s m o s t r ó e n i n s t i t u i r e s t e d i v i n o S a c r a m e n t o . 2 1 6

C a p . I I . — D e l a s e x c e l e n c i a s y c o s a s m a r a v i l l o s a s q u e la f e nos e n s e ñ a q u e h a b e r n o s d e c r e e r en e s t e d i v i n o S a -c r a m e n t o . 2 2 3

C a p . I I I . — C o m i é n z a s e á t r a t a r d e la p r e p a r a c i ó n q u e p i d e la e x c e l e n c i a y d i g n i d a d d e e s t e d iv ino S a c r a m e n t o . 2 3 4

Cap . I V . — D e l a l i m p i e z a y p u r i d a d , n o so lo d e p e c a d o s m o r t a l e s , s i n o t a m b i é n d e v e n i a l e s é i m p e r f e c c i o n e s , con q u e nos h a b e r n o s d e l legar á la s a g r a d a C o m u n i ó n . 2 3 8

C a p . V . — D e o t r a d i s p o s i c i ó n y p r e p a r a c i ó n m á s p a r t i c u l a r con q u e n o s h a b e r n o s d e l legar á e s t e d i v i n o S a c r a m e n t o . 2 4 2

C a p . V I . — E n q u e s e p o n e n o t r a s c o n s i d e r a c i o n e s y m o d o s d e p r e p a r a r s e p a r a l a s a g r a d a C o m u n i ó n , m u y p r o v e c h o -s a s . ' 2 4 6

C a p . V I I . — D e l o q u e h a b e r n o s d e h a c e r d e s p u e s d e h a b e r r e c i b i d o e s t e d i v i n o S a c r a m e n t o , y c u á l h a d e s e r el h a -c i m i e n t o d e g r a c i a s . * 2 5 1

C a p . V I I I . — D e o t r a m a n e r a d e a c c i ó n d e g r a c i a s . 2 5 4

C a p . I X . — D e l f r u t o q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e la s a g r a d a C o m u n i ó n .

C a p . X . — Q u e el f r e c u e n t a r la s a g r a d a C o m u n i o n e s g r a n r e m e d i o c o n t r a t o d a s l a s t e n t a c i o n e s , y p a r t i c u l a r m e n t e p a r a c o n s e r v a r l a c a s t i d a d .

C a p . X I . — D e o t ro f r u t o p r i n c i p a l q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e la s a g r a d a C o m u n i o n , q u e e s u n i r n o s y t r a s f o r m a r n o s e n C r i s t o .

C a p . X I I . — D e o t ro f r u t o m u y p r i n c i p a l q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e l a s a g r a d a C o m u n i o n , q u e e s o f r e c e r n o s y r e -s i g n a r n o s e n t e r a m e n t e e n l a s m a n o s d e D i o s , y d e l a p r e p a r a c i ó n y h a c i m i e n t o d e g r a c i a s q u e c o n f o r m e á e s t o h a b e r n o s d e h a c e r .

C a p . X I I I . — Q u é es l a c a u s a q u e o b r a n d o e s t e d iv ino S a c r a -m e n t o t a n m a r a v i l l o s o s e f e c t o s , a l g u n o s q u e l e f r e c u e n -t a n n o los s i e n t e n en s í .

C a p . X I V . — D e l s a n t o sac r i f i c io d e la m i s a . C a p . X V . — D e q u é m a n e r a se h a d e o i r la m i s a . C a p . X V I . — A l g u n o s e j e m p l o s a c e r c a d e l a d e v o c i o n d e o i r

m i s a y dec i r l a c a d a d í a . y la r e v e r e n c i a con q u e h a b e -rnos d e e s t a r en e l l a .

je"

F I N DEL ÍNDICE D E LOS CAPÍTULOS

E J E R . R O D R I G . — T o m . I V . 2 1

2 5 6

260

2 6 3

2 6 7

2 7 5 281 2 9 1

3 0 4

Page 179: Tratado de Virtudes Cristianas

ÍNDICE DE LAS COSAS MÁS PRINCIPALES QUE SE CONTIENEN

EN ESTE CUARTO TOMO

Abstinencia Págg.

L a a b s t i n e n c i a g r a n d e del a b a d P a l e m ó n , y u n m e d i o m u y b u e n o p a r a e l l a . ^ 1 4

L a a b s t i n e n c i a q u e t e n i a u n a S a n t a c u a n d o c o m u l g a b a . 2 5 6

Afición á parietites

C o n q u é a m o r s e d e b e n a m a r l o s p a r i e n t e s . 9 6 , 9 7 C u á n t o l e i m p o r t a a l r e l i g i o s o h u i r e l t r a t o y c o n v e r s a c i ó n

d e p a r i e n t e s , y e x c u s a r s u s v i s i t a s y l a s i d a s á s u t i e r r a . 9 8 9 9 , 1 0 5 . A u n q u e s e a c o n t í t u l o d e p r e d i c a r . 1 0 8 . i e l s e r « s i t a d o d e e l l o s . 1 0 5 , 1 0 6 . Y l a c o m u n i c a c i ó n p o r c a r t a s . . 1 0 6 > 1 0 7

C u a n d o los p a r i e n t e s ó s e g l a r e s p i d e n s e m e j a n t e s c o s a s e n m a n o s de l p a r t i c u l a r e s t á el d e s h a c e r l o . 1 U á

H á s e d e g u a r d a r m u c h o e l r e l i g i o s o d e o c u p a r s e e n n e g ó -c i o s d e p a r i e n t e s .

N o e s e x c u s a d e e s t o d e c i r q u e y a h a p a s a d o p o r l a o b e -d i e n c i a . , , f i

A l g u n o s e j e m p l o s con q u e s e c o n f i r m a l o d i c h o . 1 1 0

L a a f i c i ó n á p a r i e n t e s s u e l e h a c e r á a l g u n o s q u e h u r t e n de l a R e l i g i ó n p a r a s o c o r r e r l o s . Y c u á n t o s u e l e c e g a r e s t a a f i c i ó n .

A u n q u e u n o n o h u r t e á la R e l i g i ó n s i n o el t i e m p o q u e g a s -t a e n n e g o c i o s d e p a r i e n t e s , e s m u c h o . 1 2 0

C ó m o n o s e n s e ñ ó C r i s t o n u e s t r o R e d e n t o r el d e s v í o d e p a -r i e n t e s c o n p a l a b r a s y e j e m p l o . 1 2 0 , 1 2 2

L o s p a r i e n t e s s o n n u e s t r o s e n e m i g o s , y l o s h a b e r n o s d e t e -n e r u n o d i o s a n t o c o m o á n o s o t r o s m i s m o s . 1 2 0 , 1 2 1

C ó m o s e s u e l e d i s f r a z a r e s t a t e n t a c i ó n c o n t í t u l o n o s ó l o d e p i e d a d s i n o d e o b l i g a c i ó n , y e l r e m e d i o p a r a e s t o . 1 2 3 , 1 2 4

L o q u e p u e d e u n o h a c e r c o n l o s e x t r a ñ o s , m u c h a s v e c e s n o c o n v i e n e h a c e r c o n lo s p a r i e n t e s . 1 2 4

C u a n d o f u e s e m e n e s t e r a y u d a r u n o e n a l g o á s u s p a r i e n t e s , e s m e j o r y m á s s e g u r o h a c e r l o p o r m e d i o d e o t r o . 1 2 4 , 1 2 5

L é j o s e s t á n de l e s p í r i t u d e r e l i g i o s o s , l o s q u e q u i e r e n ó p r o c u r a n q u e s u s p a d r e s y p a r i e n t e s s e a n m á s d e l o q u e f u e r a n , s i e l l o s n o f u e r a n r e l i g i o s o s . 1 2 5

Agradecimiento C u á n b u e n o y p r o v e c h o s o s e a . 1 9 6 , 1 9 7 T r e s m a n e r a s d e a g r a d e c i m i e n t o , y c u á l e s e l m e j o r . 1 9 8 C a d a u n o h a d e a g r a d e c e r l o s b e n e f i c i o s , c o m o si á él s o l o

s e h i c i e r a n . 1 9 9 , 2 0 0 E l p e d i r n o s e s t e a g r a d e c i m i e n t o e s p o r n u e s t r o m a y o r

b i e n . " . 2 0 0 , 2 0 1 L a g r a t i t u d n o s h a c e d i g n o s d e n u e v o s b e n e f i c i o s ; la i n g r a -

t i t u d i n d i g n o s . 2 0 1

Alegría C o n v i é n e n o s m u c h o a n d a r s i e m p r e c o n a l e g r í a e n e l s e r v i -

c i o d e D i o s , p o r q u e a s í lo q u i e r e é l , 1 3 5 . R e d u n d a e n m u c h a h o n r a y g l o r i a s u y a , 1 3 6 . E n p r o v e c h o y e d i f i c a -c i ó n d e l o s p r ó j i m o s y a b o n o d e la v i r t u d . 1 3 7

L a a l e g r í a d a f u e r z a s p a r a o b r a r , h a c e la o b r a d e m a y o r m é r i t o y v a l o r , d a e s p e r a n z a s d e p e r s e v e r a n c i a . 1 3 8 , 1 3 9

M e d i o s p a r a a n d a r a l e g r e : v i v i r b i e n , 1 5 3 , 1 5 4 . E s t a r i n -d i f e r e n t e p a r a t o d o , y p o n e r s u c o n t e n t o e n h a c e r la v o -l u n t a d d e D i o s . 1 4 5 , 1 4 6

N o h a n d e b a s t a r l a s c u l p a s o r d i n a r i a s p a r a q u i t a r n o s e s t a a l e g r í a . 1 4 0 , s i g .

Page 180: Tratado de Virtudes Cristianas

Cuál h a d e s e r la a l e g r í a d e los s i e r v o s d e D i o s . 1 3 4 , 1 3 5 La v e r d a d e r a a l e g r í a es tá e n el c o r a z o n . 1 4 9 , 1 5 0 V . Tristeza.

Amar á Dios

Lo q u e n o s m o v e r á á a m a r á D i o s . 1 9 3 , 1 9 4 H a b e r n o s d e m o s t r a r á Dios el a m o r c o n o b r a s q u e s e a n

c o s t o s a s . 1 9 5 E n o f r e c e r n o s y r e s i g n a r n o s del t o d o en l a s m a n o s d e D i o s ,

s e m u e s t r a m u c h o el v e r d a d e r o a m o r . 1 9 5

Amor de Dios con los hombres C u á n g r a n d e f u é . 1 6 9 , s i g . , 1 8 6 , 1 9 3 , 1 9 4 , 1 9 9 , 2 0 0

2 0 2 , 2 0 3 , 2 1 9 , 2 6 1 , 2 8 7 , 2 8 8 P o r q u é s e l l a m a e x c e s o d e a m o r . 1 9 4 C ó m o n o s m o s t r ó el a m o r c o n o b r a s , y m u y c o s t o s a s . 2 0 3

Angel

C a d a u n o t r a e c o n s i g o u n á n g e l d e g u a r d a , y t a m b i é n u n d e m o n i o q u e le so l ic i ta á m a l . 7 6

L o s á n g e l e s i n t e r c e d e n p o r n o s o t r o s . 3 0 1

Carne

De el la n a c e n l a s t e n t a c i o n e s . 6 , 7

Comunion

C u á n i n e s t i m a b l e bene f i c io f u é l a i n s t i t u c i ó n d e e s t e d iv ino S a c r a m e n t o . 2 1 8 , s i g . , 2 8 7 , s i g .

C ó m o n o s d e c l a r ó e n e s t o el S e ñ o r el g r a n d e a m o r q u e t e -n ía á l o s h o m b r e s . 2 1 8 , 2 4 5 , 2 8 7

C u á n t o r e s p l a n d e c e a q u í l a h u m i l d a d d e Cr i s to n u e s t r o R e -d e n t o r . 2 7 0

L a s c o s a s m a r a v i l l o s a s q u e l a f e n o s e n s e ñ a q u é h a b e r n o s d e c r e e r en e s t e d iv ino S a c r a m e n t o . 2 2 3 , s i g .

E s t e e s el m á s e x c e l e n t e d é l o s S a c r a m e n t o s , y el q u e m a -y o r e s g r a c i a s y e f e c t o s o b r a e n l a s a l m a s . 2 3 4

P o r q u é se l l a m a E u c a r i s t í a y C o m u n i o n . 2 3 4 , 2 6 8 P i d e g r a n d e p r e p a r a c i ó n , y c u á n t o n o s i m p o r t a á n o s o t r o s

i r b i e n p r e p a r a d o s . 2 3 7 La l i m p i e z a y p u r i d a d q u e p i d e , n o sólo d e p e c a d o s m o r t a -

l e s , s i n o t a m b i é n d e v e n i a l e s é i m p e r f e c c i o n e s . 2 3 8 , 2 3 9 , 2 4 0 E j e m p l o r a r o d e u n s a c e r d o t e q u e s e a t r e v i ó á c e l e b r a r en

p e c a d o m o r t a l . 2 4 0 , 2 4 1 E n q u é c o n s i s t e la d e v o c i o n a c t u a l c o n q u e d icen los S a n t o s

h e m o s d e l l ega r á c o m u l g a r , y a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s p a r a d e s p e r t a r en n o s o t r o s e s o s a f e c t o s . 2 4 2 , s i g .

E s b u e n a p r e p a r a c i ó n c o n s i d e r a r a l g ú n p a s o d e la P a s i ó n . 2 4 6 , 2 4 7

O t r a s c o n s i d e r a c i o n e s y p u n t o s p a r a p r e p a r a r n o s . 4 4 8 U n a p r e p a r a c i ó n m u y f á c i l y d e m u c h o p r o v e c h o y c o n s u e l o .

2 4 9 , 2 5 0 E s m e n e s t e r t o m a r a l g ú n t i e m p o p a r a p r e p a r a r s e . 2 5 0 , 2 5 1 C ó m o h a b e r n o s d e h a b e r el h a c i m i e n t o d e g r a c i a s d e s p u é s

d e l a C o m u n i o n , y e n q u é s e h a d e e m p l e a r a q u e l t i e m p o . 2 5 1 , s i g .

O t r a s c o n s i d e r a c i o n e s p r o v e c h o s a s p a r a d e s p u e s d e l a Co-m u n i o n . 2 5 5

C u á l h a d e s e r l a c o m p o s i c i ó n d e l l u g a r e n e s t a s c o n s i d e -r a c i o n e s . . 2 5 4

C ó m o n o s h a b e r n o s d e o c u p a r d e s p u e s d e la C o m u n i o n en o f r e c e r n o s e n t e r a m e n t e e n l a s m a n o s d e Dios : y q u e e s t e h a d e s e r u n o d e los p r i n c i p a l e s f r u t o s q u e h a b e r n o s d e s a c a r d e l a C o m u n i o n . 2 6 7 , s i g . 2 7 3

H é m o n o s d e e j e r c i t a r en a q u e l t i e m p o e n los a c t o s d e a l -g u n a s v i r t u d e s , e s p e c i a l m e n t e en a q u e l l a s d e q u e c a d a u n o t i e n e m á s n e c e s i d a d . . 2 7 0

C ó m o h a b e r n o s d e ir d e s c e n d i e n d o á o t r a s c o s a s m á s p a r t i -c u l a r e s , p r o c u r a n d o e n c a d a C o m u n i o n m o r t i f i c a r n o s ^ e n a l g o , y o f r e c e r e s o en h a c i m i e n t o d e g r a c i a s . 2 7 0 , 2 7 1

C u á n m a l h a c e n l o s q u e de jan p e r d e r e s t e t i e m p o : y u n a c o s a p a r t i c u l a r q u e n o s a y u d a r á á e m p l e a r l e b i e n . 2 5 6

Lo q u e h a c í a u n a S a n t a c u a n d o c o m u l g a b a . 2 5 6 T o d o s l o s e f e c t o s q u e o b r a el m a n t e n i m i e n t o c o r p o r a l en los

Page 181: Tratado de Virtudes Cristianas

PAgs.

c u e r p o s , o b r a e s p i r i t u a l m e n t e e s t e d iv ino S a c r a m e n t o en l a s a l m a s . 2 5 7

No sólo r e c r e a e l e s p í r i t u , s i no d a t a m b i é n f u e r z a s c o r p o -r a l e s . j 2 5 8 , 2 5 9

F r e c u e n t a r la C o m u n i ó n e s g r a n r e m e d i o c o n t r a t o d a s l a s t e n t a c i o n e s , y p a r t i c u l a r m e n t e p a r a c o n s e r v a r l a c a s -t i d a d . 2 6 0 , 2 6 1

El á n i m o y f o r t a l e z a q u e h e m o s d e s a c a r d e l a s a g r a d a Co-m u n i ó n . 2 5 9 , 2 6 0

E l e fec to p r o p i o d e e s t e S a c r a m e n t o e s t r a n s f o r m a r al h o m -b r e e n Cr i s to h a c i é n d o l e s e m e j a n t e á é l : y e s t e f r u t o p r i n -c i p a l m e n t e h e m o s d e s a c a r d e l a s a g r a d a C o m u n i o n . 2 6 3 , 2 6 4 ,

2 5 5 U n a s e ñ a l m u y p r i n c i p a l d e s e r el a l m a t r a n s f o r m a d a en

Dios . . 2 6 6

Q u e e s t á e n n u e s t r a m a n o c o m u l g a r b i e n , y s a c a r m u c h o " f r u t o d e l a C o m u n i o n , y p o r d ó n d e s e h a d e m e d i r e s to . 2 7 3 ,

2 7 4 L a ob l igac ión q u e n o s p o n e e l h a b e r c o m u l g a d o , p a r a an- _

d a r c o n c e r t a d o s . 2 6 6 , 2 6 / L a c o n s i d e r a c i ó n d e q u e s e a y u d a b a u n a S a n t a p a r a e s t o . ¿ 6 / Q u é es la c a u s a d e n o s e n t i r a l g u n o s t a n t o f r u t o c o n la f re-" c u e n c i a d e e s t e S a c r a m e n t o . 2 7 5 , s ig .

A l g u n a s v e c e s r e c i b e u n o g ran f r u t o , a u n q u e e l n o lo s i e n t e . 2 / 8 E s f r u t o y m u y p r i n c i p a l d e e s e d iv ino S a c r a m e n t o conser -

v a r á u n o q u e n o c a i g a en p e c a d o s . 2 7 8 , 2 7 9 Mejo r e s l l e g a r s e á e s t e d iv ino S a c r a m e n t o c o n a m o r , que

a b s t e n e r s e p o r t e m o r . 3 1 0 , o l i E n el t r a t o c o n D i o s , n o h a l u g a r : la m u c h a c o n v e r s a c i ó n

e s c a u s a d e m e n o s p r e c i o . 2 7 5 , 2 / 6 E j e m p l o n o t a b l e p a r a a n i m a r a c o m u l g a r b i e n . . 2 / 9 , 2 8 0 Q u é es c o m u l g a r e s p i r i t u a l m e n t e . o U l . P a r a c o m u l g a r e s p i r i t u a l m e n t e e s m e n e s t e r e s t a r e n g rac ia

d e D i o s . , . . . M ó

E l q u e c o m u l g a e s p i r i t u a l m e n t e p u e d e r e c i b i r m a y o r gra -eia q u e el q u e c o m u l g a s a c r a m e n t a l m e n t e a u n q u e e s t é e n g r a c i a d e Dios . . .

A l g u n o s b i e n e s y p r o v e c h o s q u e h a y e n la C o m u n i o n e s p i -r i t u a l , q u e n o h a y e n l a s a c r a m e n t a l . ¿ U á

U n m o d o b u e n o d e c o m u l g a r e s p i r i t u a l m e n t e . <H»

Conocimiento propio P á g B .

E s l a p i e d r a f u n d a m e n t a l d e todo e l ed i f ic io e s p i r i t u a l . 2 6 P o r q u é n o s n i e g a el S e ñ o r m u c h a s v e c e s s u s d o n e s o l o s

d i l a t a , y p e r m i t e q u e d u r e n e n n o s o t r o s l a s m a l a s i n c l i -n a c i o n e s . / i

L a r azón p o r q u e Dios h a c e t a n t a s m e r c e d e s y f a v o r e s a los h u m i l d e s q u e d e s c o n f í a n d e s í , y l o s n i e g a á los o t r o s . b ó

Contrición

A c t o d e con t r i c ión con s u d e c l a r a c i ó n . 3 1 4 , 3 1 5 , 3 1 6 L a d i f e r e n c i a q u e h a y d e l a c o n t r i c i ó n á la a t r i c ión . ó \ ó , á i o C u á n e n c o m e n d a d o e s el e j e r c i c io d e la con t r i c ión y d e los

p r o v e c h o s g r a n d e s q u e h a y en é l . 1»U, s i g . d i o El l lo ra r u n o s u s p e c a d o s a u n q u e p o r u n a p a r t e d a p e n a ,

p o r o t r a c o n s u e l a g r a n d e m e n t e . j V U n o d e los p r i n c i p a l e s f r u t o s q n e h a b e r n o s d e s a c a r d e la

m e d i t a c i ó n d e la P a s i ó n d e C r i s t o e s d o l o r y con t r i c ión d e n u e s t r o s p e c a d o s . l o ' , S | g -

V. Pecado.

Devocion

E n t i e m p o d e d e v o c i o n n o s e e c h a d e ve r lo q u e e s u n o . 2 9 , 3 0 A l g u n a s v e c e s s e c o m u n i c a el S e ñ o r m á s a b u n d a n t e m e n t e

á los m é n o s p e r f e c t o s y á los q u e h a n s i d o m á s pecado- . ^ r e s .

Jesucristo

La n e c e s i d a d d e s u E n c a r n a c i ó n y P a s i ó n . 1 6 5 , 1 6 6 , 1 8 7 , 1 8 8 ^

H í z o s e Dios h o m b r e p a r a r e d i m i r n o s y p a r a d a r n o s e j e r a - ^ p í o . " '

Page 182: Tratado de Virtudes Cristianas

El t e s o r o y b i e n e s g r a n d e s q u e t e n e m o s e n Cr i s t o . 1 6 4 s i ? E s n u e s t r o m e d i a n e r o , a b o g a d o é i n t e r c e s o r c o n s u P a d r e ' 1 7 2 1 o r q u e q u i s o q u e se q u e d a s e n l a s s e ñ a l e s y a g u j e r o s d e

l a s l l a g a s d e s p u e s d e s u r e s u r r e c c i ó n . 1 7 2 1 7 7 T o d a s l a s c o s a s n o s e s Cr i s to , y todas l a s t e n e m o s e n é i . ' 174 l o r q u e la E s c r i t u r a a t r i b u y e á Cr i s to i n n u m e r a b l e s n o m -

b r e s y t í t u l o s . La c o n f i a n z a q u e h e m o s d e t e n e r en C r i s t o . 1 7 0 , 1 7 1 1 7 8 L a s a r m a s con q u e n o s h e m o s d e a r m a r p a r a r e s i s t i r á to-^ d a s l a s t e n t a c i o n e s , e s C r i s t o . 174 1 7 5 T o d a s n u e s t r a s o b r a s , si t i e n e n a l g ú n v a l o r , e s p o r J e s u -

c r i s t o . r

T o d o s los b i e n e s y d o n e s q u e n o s v i e n e n , e s p o r m e d i o s u -y o y p o r s u s m e r e c i m i e n t o s . 1 7 6

Misericordia de Dios E s p r o p i o d e D i o s t e n e r m i s e r i c o r d i a y p e r d o n a r . 2 0 3 , 2 0 4 2 0 5 A u n en el m i s m o c a s t i g o m u e s t r a Dios s u m i s e r i c o r d i a . 2 0 5 , ' 2 0 6 fcl g r a n c o n s u e l o q u e e s c o n s i d e r a r q u e n o s s u f r e y a m a

Dios , a u n q u e n o s o t r o s n o le c o r r e s p o n d a m o s t an p o r e n -

* e r 0 - 1 4 2 1 4 3 N o q u i e r e Dios l a m u e r t e del p e c a d o r . ' 2 0 7

. Misa T o d o s l o s sac r i f i c io s d e la ley vieja s i gn i f i c aban el q u e h a -

b í a m o s d e t e n e r en la ley d e g r a c i a . 2 8 1 2 8 2 L a m i s a n o s o l a m e n t e e s m e m o r i a del sacr i f ic io en q u e

C r i s t o n u e s t r o R e d e n t o r s e o f r e c i ó p o r n o s o t r o s a l P a d r e E t e r n o e n la c ruz , s i no e s el m i s m o sac r i f i c io q u e e n t ó n -e e s s e o f r e c i ó , y d e l m i s m o va lo r y e f i cac i a . 2 8 3

N o só lo e s el m i s m o sacr i f ic io , s i no el q u e o f r e c e a h o r a e s t e sac r i f i c io d e la m i s a , e s el m i s m o q u e o f r e c i ó a q u é l en la c r u z , y el s a c e r d o t e q u e d i c e l a m i s a , r e p r e s e n t a la p e r s o n a d e C r i s t o , y c o m o m i n i s t r o s u y o y e n s u n o m -b r e , o f r e c e e s t e sac r i f i c io . 2 8 3 2 8 4

A u n q u e el s a c e r d o t e q u e d i ce la m i s a s ea m a l o , n o p o r e s o d e j a d e a p r o v e c h a r la m i s a á a q u e l l o s p o r q u i e n s e o f r e -c e , n i s e d i s m i n u y e n a d a d e s u va lo r . 2 8 5

P&gB-

El a m o r g r a n d e q u e n o s m o s t r ó Cr i s to n u e s t r o R e d e n t o r en d e j a r n o s e s t e sac r i f i c io , y el t e s o r o y r i q u e z a s g r a n -d e s q u e en él t e n e m o s . 2 8 1 , 2 8 o , ¿ 8 1

L a t r a z a q u e i n v e n t ó Dios p a r a q u e e s t e sacr i f ic io f u e s e por t o d a s p a r t e s a c e p t o , a g r a d a b l e y e f icaz . 2 8 4

C ó m o la fiesta d e l S a n t í s i m o S a c r a m e n t o e s la m a y o r d e c u a n t a s c e l e b r a l a I g l e s i a d e Cr i s t o n u e s t r o S e ñ o r . 2 8 7

E s t a n a l t o y t a n s o b e r a n o e s t e s ac r i f i c io , q u e á solo Dios s e p u e d e o f r e c e r . " 8 8 , 2 8 9

E n q u é c o n s i s t e la e s e n c i a d e e s t e sacr i f ic io ; l a d i f e r e n c i a q u e h a y d e él e n c u a n t o e s s ac r i f i c io , y e n c u a n t o e s S a -c r a m e n t o . . 2 9 0

T o d o s los q u e o y e n m i s a , o f r e c e n e s t e sacr i f ic io j u n t a m e n -t e con el s a c e r d o t e . ® 9 0 , 2 9 1

D e q u é m a n e r a s e ha d e o i r l a m i s a . D a n s e t r e s d e v o c i o n e s p r i n c i p a l e s p a r a e l lo . La p r i m e r a , c o n s i d e r a r a l g ú n m i s -t e r i o d e l a P a s i ó n . 2 9 1 , 2 9 2

L a s s i g n i f i c a c i o n e s d e lo q u e s e h a c e y dice en l a m i s a , y d e l o s o r n a m e n t o s d e l s a c e r d o t e . 2 9 2 , ¿Jó, ¿"J4

L a s e g u n d a m a n e r a d e o i r m i s a y m á s p r i n c i p a l , e s i r j u n -t a m e n t e con el s a c e r d o t e o f r e c i e n d o e s t e sac r i f i c io , y h a -riendo e n c u a n t o p u d i é r e m o s lo q u e él h a c e . 2 9 4 , ¿ 9 5

C ó m o h a n d e h a c e r los m e m e n t o s d e la m i s a , a s i l o s q u e la d i c e n c o m o los q u e l a o y e n . 2 9 8

T r e s c o s a s p r i n c i p a l e s por l a s c u a l e s d e b e o f r e c e r e s t e s a -or i f i c io , a s í el q u e d i c e , c o m o el q u e oye la m i s a . áUU

E s b u e n o o f r e c e r e s t e sacr i f ic io p o r t o d o aque l lo q u e Cr i s to n u e s t r o R e d e n t o r e s t a n d o e n la c r u z le o f r e c i ó . dUU

E s b u e n o o f r e c e r s e u n o á sí m i s m o j u n t a m e n t e c o n Cr i s to c a d a d í a e n la m i s a , p o r l a s c o s a s d i c h a s . dOO, d U l

C ó m o al t i e m p o q u e el s a c e r d o t e o f r e c e e s t e sacr i f ic io a s i s -t e al l í g r a n m u l t i t u d d e á n g e l e s , y c l a m a n allí á Dios p o r n o s o t r o s . Y c u á n o p o r t u n o t i e m p o e s e s t e p a r a n e g o c i a r con D i o s , y l a c o n f i a n z a c o n q u e h e m o s d e i r á la m i s a á o f r e c e r e s t e sac r i f i c io . ¿ 8 8 , d U l , ó l ¿ , o í a

L o s b i e n e s p a r t i c u l a r e s d e q u e g o z a n los q u e o y e n m i s a . ' 7

La r e v e r e n c i a con q u e s e d e b e e s t a r en la m i s a . 3 1 3 , 3 1 4 \ l e u n o s e j e m p l o s a c e r c a d e la devoc ion d e o í r m i s a y d e -

c i r la c á d a d í a . 3 0 4 , s , g .

Page 183: Tratado de Virtudes Cristianas

La t e r ce ra devoc ion d e la m i s a e s c o m u l g a r e s p i r i t u a l -m e n t e . 3 0 i , sig.

Oración H é m o n o s d e e j e r c i t a r m u c h o e n l a o r a c i o n , en o f r e c e r n o s y

r e s i g n a r n o s del t o d o en l a s m a n o s d e Dios . 2 6 7 , 2 6 8 , 2 6 9 E n q u é e s t á el t e n e r b u e n a o r a c i o n . 2 7 3 El m o d o q u e h a b e r n o s d e t e n e r e n l a orac ion y el f r u t o q u e

h e m o s d e s a c a r d e e l l a . 1 8 1 , 1 8 2 , 2 7 3 H e m o s d e ir d e s c e n d i e n d o á c a s o s p a r t i c u l a r e s h a s t a q u e

s i n t a m o s g u s t o en la o b r a . 2 0 9 , 2 1 0 P o r q u é s u e l e n a l g u n o s s e n t i r m á s l a s t e n t a c i o n e s e n t i e m -

po d e l a o r a c i o n . U E n la o r a c i o n s u e l e D i o s c a s t i g a r l a s f a l t a s q u e u n o h a c e

d e p r o p ó s i t o . " 2 7 7 , 2 7 8 S i e t e a f e c t o s p r i n c i p a l e s e n q u e n o s h a b e r n o s d e e j e rc i t a r

en la o r a c i o n . V. Pasión de Cristo. C u á n á la m a n o h e m o s d e t e n e r e l r e m e d i o d e la o r a c i o n . 6 5 , 6 6

Paciencia P o r q u é n o s env ía el S e ñ o r t r a b a j o s . 2 0 , sig. C o n los t r a b a j o s m e d r a n y c r e c e n l o s s ie rvos d e Dios . 2 8 , sig. P o r q u é Cr i s to n u e s t r o S e ñ o r q u i s o padece r t a n t o . 21 M a l a s e ñ a l e s n o t e n e r t r a b a j o s . 2 2 , sig. L a i m p a c i e n c i a n o s i e m p r e n a c e d e ocas ion q u e n o s d a n ,

s ino d e n u e s t r a m o r t i f i c a c i ó n . 1 4 4 , sig. C ó m o s e h a d e e j e r c i t a r u n o e n l a o r a c i o n en la p a c i e n c i a . 2 0 9

210

Pasión de Cristo nuestro Redentor C u á n p r o v e c h o s a y a g r a d a b l e s e a á Dios l a m e d i t a c i ó n d e la

P a s i ó n . 1 7 9 , 1 8 0 , 2 4 6 , 2 4 7 , 2 4 8 , 2 9 2 A l g u n o s e j e m p l o s en c o n f i r m a c i ó n d e es to . 1 5 0 , 2 1 2 , sig. E l m o d o q u e h a b e r n o s d e t e n e r e n m e d i t a r la p a s i ó n d e

Cr i s to n u e s t r o R e d e n t o r , y s i e t e a fec tos p r i n c i p a l e s q u e h e m o s d e s a c a r d e e l l a , c o n a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s q u e n o s a y u d a r á n á e l lo . 181 , 1 8 2

De l a f e c t o d e c o m p a s i o n , y c u á n g r a n d e s f u e r o n los d o l o -r e s d e C r i s t o . " ' 1 8 2 , s ig .

ÍNDICE 3 3 1

P á g g .

Del a f ec to d e dolor y c o n t r i c i ó n d e n u e s t r o s p e c a d o s . 1 8 7 , sig. D e l a f e c t o d e a m o r d e D i o s . . 1 9 3 , s i g . De l a f e c t o d e g r a t i t u d y h a c i m i e n t o d e g r a c i a s . V. Agrade-

cimiento. ' 1 9 6 , s ig-De l a f ec to d e a d m i r a c i ó n . 2 0 1 , 2 0 2 D e l a f e c t o d e la e s p e r a n z a y c o n f i a n z a en D i o s . V . Miseri-

cordia de Dios. " 2 0 2 , s i g . Del a f ec to d e l a i m i t a c i ó n d e C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r . 2 0 7 , sig. C ó m o e n e s t e so lo a f e c t o d e l a i m i t a c i ó n , p o d r á u n o h a l l a r

m a t e r i a d e o r a c i o n p a r a t o d a l a v ida . 2 1 1 O t r o s s e i s p u n t o s en q u e n o s p o d e m o s d e t e n e r e n c a d a m i s -

t e r io d e la P a s i ó n . 2 1 0

V . Jesucristo. Pecado

El p e c a d o m o r t a l e s el m a y o r ma l d e los m a l e s . 3 1 5 El q u e p e c a m o r t a l m e n t e , c u a n t o e s d e s u p a r t e , t o r n a &

c r u c i f i c a r á J e s u c r i s t o . a 6 > A l g u n o s o t r o s e f e c t o s d e l p e c a d o . NO hay cosa q u e t a n t o d e c l a r e la g r a v e d a d del p e c a d o , c o m o

la n e c e s i d a d del r e m e d i o d e la E n c a r n a c i ó n y P a s i ó n d e Cr i s to 1 8 7 , s i g .

E s p r o p i e d a d d e l p e c a d o c a u s a r t r i s t e z a . 1 5 0 , 1 5 1 N o h a y m a y o r p e n a q u e l a m a l a c o n c i e n c i a E n n i n g u n a cosa e s t an b i e n e m p l e a d o el do lor c o m o en_el ^

C u á n í o t i u t i ó Cr i s t o n u e s t r o R e d e n t o r los p e c a d o s d é l o s ^ hombres.

V . Contrición.

Tentaciones

E s t a v ida e s t i e m p o d e t e n t a c i o n e s . 5 > 6 . ' L a c a u s a d e e s t a c o n t i n u a g u e r r a . E s e n g a ñ o d e a l g u n o s q u e en t e n i e n d o a l g u n a g r a v e t e n i a -

c ion p i ensan q u e e s t á n en d e s g r a c i a d e Dios » 2 . M El s e n t i r t e n t a c i o n e s e s d e h o m b r e s q u e l r a t a n d e v u d 9 i 1 ( J N o es tá el m a l en t e n e r t e n t a c i o n e s , s i no e n el c o n s e n t í - ^

U n o s Ton tentados al principio de su conversión, J t r o ^ d e s ^ ^ • pues. ' '

Page 184: Tratado de Virtudes Cristianas

M g » .

P o r q u é a l g u n a s v e c e s l o s q u e c o m i e n z a n á s e r v i r á Dios, s i e n t e n t a l e s t e n t a c i o n e s , c u a l e s n u n c a h a b í a n sent ido. 13, t í

Q u i e r e el S e ñ o r q u e t e n g a m o s t e n t a c i o n e s , p o r nues t ro b ien . 1 6 , 1 7 , 3 8 , 39

P a r a q u e t e n i e n d o e j e r c i c i o d e p e l e a r , no n o s h a g a daño la o c i o s i d a d . 1 8 , 19

P a r a q u e n o p o n g a m o s n u e s t r o c o r a z o n y a m o r en es ta v i -d a , s i n o s u s p i r e m o s p o r l a o t r a . 19, 20

P a r a q u e t e n g a m o s m a y o r p r e m i o e n l a g l o r i a . 2 0 , 21 P a r a q u e n o s s i r v a n d e p u r g a t o r i o , y e n t r e m o s m á s presto

e n l a g l o r i a . 23 P a r a a t r a e r n o s á D i o s , d e l c u a l s u e l e n a p a r t a r l a s p rospe r i -

d a d e s . 2 3 , 2 4 , 25 P a r a q u e n o s h u m i l l e m o s . 2 5 , 26 P a r a q u e c o n o c i e n d o n u e s t r a n e c e s i d a d , a c u d a m o s m á s á

Dios c o n l a o r a c i o n . 2 6 , 27 P a r a q u e e s t i m e m o s m á s el f a v o r d e l S e ñ o r . 2 7 , 28 P a r a q u e n o n o s a t r i b u y a m o s á n o s o t r o s c o s a b u e n a , sino

t o d o á Dios . 28 L a s t e n t a c i o n e s p r u e b a n l a v i r t u d d e c a d a u n o . 2 8 , 2 9 , 30 P u r i f i c a n los j u s t o s . 3 0 , 3 1 , 3 2 H a c e n q u e s e a r r a i g u e m á s e n e l a l m a la v i r t u d c o n t r a -

r i a . 3 2 , 33 H a c e n al h o m b r e d i l i g e n t e y f e r v o r o s o . 3 5 , sig. A u n q u e u n o t e n g a a l g u n a n e g l i g e n c i a en la t en t ac ión , e s

m á s lo q u e g a n a c o n l a r e s i s t e n c i a q u e l e h a c e . 3 8 , 39 P o r q u é d e j a D i o s a l g u n o s d e f e c t o s en a l g u n o s s iervos su-

y o s . # 39 E n l a s t e n t a c i o n e s e s u n o e n s e ñ a d o , n o s o l a m e n t e pa ra s í ,

s i n o p a r a o t r o s . 42, 43 H a c e n q u e sepa u n o t e n e r c o m p a s i o n d e s u h e r m a n o , cuan-

d o s e v e t e n t a d o . 4 3 , 4 4 , 45 P o r e s t o l o s S a n t o s y s i e r v o s d e D i o s , n o sólo no se entr is-

t e c í a n c o n l a s t e n t a c i o n e s , á n t e s s e h o l g a b a n . 3 9 , sig. P o r q u é m u c h a s v e c e s n o q u i e r e D i o s d a r l uego el consuelo

y r e m e d i o . 166 R e m e d i o g r a n d e c o n t r a l a s t e n t a c i o n e s e s m o s t r a r án imo y

a l e g r í a en e l las . « P a r a t e n e r e s t e á n i m o n o s a y u d a r á c o n s i d e r a r c u á n poco

p u e d e el d e m o n i o , p u e s n o n o s p u e d e h a c e r c a e r en p e -cado si n o s o t r o s n o q u e r e m o s . 4 8 , 4 9 , 5 0

C o n s i d e r a r q u e el d e m o n i o n o p u e d e t e n t a r n o s u n p u n t o m á s d e lo q u e Dios le d i e r e l i c e n c i a , y e s t a m o s c i e r t o s q u e n o s e la d a r á p a r a m á s d e lo q u e p u d i é r e m o s l l eva r . Y si c r ec i e r e la t e n t a c i ó n , c r e c e r á el f a v o r d e D i o s . 5 7 , 08

C o n s i d e r a r q u e n o s e s t á m i r a n d o Dios c ó m o p e l e a m o s , y n o sólo como j u e z p a r a p r e m i a r n o s , s i n o c o m o p a d r e y va-l edo r p a r a a y u d a r n o s . . » 2 , 5 3 , 5 4

Cómo p o d e m o s h a c e r b u r l a d e l d e m o n i o . 5 1 , yí> Dos r a z o n e s q u e n o s a n i m a r á n á p e l e a r c o n g r a n d e á n i m o

y con f i anza . . 5 5 > 5 b

E s m u y p r inc ipa l m e d i o p a r a v e n c e r l a s t e n t a c i o n e s , d e s -conf ia r d e sí y p o n e r toda s u con f i anza en Dios . o A b d

R e c o n o c e r la p a r t e m á s flaca d e n u e s t r a á n i m a , y p o n e r al l í m a y o r c u i d a d o . . A Q ^

Acud i r á lo c o n t r a r i o d e l a t e n t a c i ó n . » y , / u N u n c a e s t a r o c i o s o s . n Res i s t i r á l o s p r i n c i p i o s . . l ¿ > 1 6

C o n s i d e r a r q u e c u a n d o u n o s e d e j a l l e v a r d e l a t e n t a c i ó n , va e l la c r e c i e n d o , y si l a r e s i s t e , d e c r e c i e n d o . ¿ 4 , ¿¡o

Acud i r á la o r a c i o n : y p ó n e n s e a l g u n a s o r a c i o n e s j a c ú l a t e -r i a s a c o m o d a d a s p a r a el t i e m p o d e l a s t e n t a c i o n e s . 6 5 , s i g .

D e s c u b r i r l a s t e n t a c i o n e s al m é d i c o e s p i r i t u a l , y n o á o t r o s . 7 y > ° u > b y - y u

C u á n t o c o n v i e n e g u a r d a r n o s d e l a s t e n t a c i o n e s q u e v i e n e n con a p a r i e n c i a d e b ien ." / á > '*> 1 0

C o n o c e r l a t e n t a c i ó n y t e n e r l a p o r t a l , e s g r a n m e d i o p a r a v e n c e r l a . , f , ' 5 . 7 b > n

L a t e n t a c i ó n d e la v o c a c i o n c o m o s e s u e l e d i s f r a z a r a l g u n a s

v e c e s con a p a r i e n c i a d e b i e n . C ó m o h a b e r n o s d e r e s i s t i r á l a s t e n t a c i o n e s d e p e n s a m i e n - ^

t o s m a l o s y f e o s . La t e n t a c i ó n d e s h o n e s t a s e h a d e r e s i s t i r h u y e n d o . o b , s i g . C o n t r a es ta t e n t a c i ó n , y g e n e r a l m e n t e c o n t r a t o d a s , e s m u y

b u e n r e m e d i o p r o c u r a r d i v e r t i r e l e n t e n d i m i e n t o a a l g u -n a c o n s i d e r a c i ó n b u e n a . . ° 4 , 8 5 , e b

Y e s p e c i a l m e n t e a c o g e r n o s á la p a s i ó n d e C r i s t o . • / » No b a s t a e n las t e n t a c i o n e s e n c o m e n d a r n o s á l a s o r a c i o n e s

Page 185: Tratado de Virtudes Cristianas

d e n u e s t r o s P a d r e s e s p i r i t u a l e s s i n o n o s a y u d a m o s de los m e d i o s d i c h o s . 9 2 , 9 3 , 9 4

Cuál es el m e j o r m o d o d e r e s i s t i r á l a s t e n t a c i o n e s . 9 4 , 9 5 I m p o r t a m u c h o e n t i e m p o d e t e n t a c i ó n n o d e j a r l o s e j e r c i -

cios e s p i r i t u a l e s , n i d i s m i n u i r l o s , a n t e s a ñ a d i r . 91 El t i e m p o d e t e n t a c i ó n no e s á p r o p ó s i t o p a r a h a c e r m u -

d a n z a , n i t o m a r n u e v a r e s o l u c i ó n . 9 1 , 9 2

Tristeza D é b e s e h u i r p o r l o s d a ñ o s g r a n d e s q u e t r a e c o n s i g o : q u i t a

el g u s t o d e la o r a c i o n , p o n e f a s t i d i o e n l o s e j e r c i c i o s e s -p i r i t u a l e s y o b r a s d e v i r t u d ; h a c e a l h o m b r e d e s a b r i d o y á s p e r o c o n s u s h e r m a n o s , h á c e l e s o s p e c h o s o , m a l i c i o s o é i n ú t i l p a r a t o d o lo b u e n o ; m u e v e á i r a , e n o j o , i m p a -c i e n c i a ; t u r b a el j u i c i o , e s c a u s a d e m u c h a s t e n t a c i o n e s y c a i d a s . 1.29, s ig .

El c u i d a d o q u e s e d e b e p o n e r e n d e s e c h a r l o s p e n s a m i e n -t o s t r i s t e s y m e l a n c ó l i c o s . ( 1 * 3

D e d ó n d e n a c e la t r i s t e z a . 1 4 3 , sig. L a c a u s a d e la t r i s t e z a de l r e l i g i o s o m u c h a s v e c e s s u e l e s e r

n o e s t a r i n d i f e r e n t e p a r a t o d o l o q u e l e p u e d e n m a n d a r , ó la f a l t a d e h u m i l d a d . 1 4 5 , sig.

U n a d e l a s p r i n c i p a l e s c a u s a s d e la t r i s t e z a s u e l e s e r no a n d a r u n o c o m o d e b e ; y la a l e g r í a g r a n d e q u e c a u s a la b u e n a c o n c i e n c i a . 1 5 0 , sig.

A c u d i r á la o r a c i o n e s g r a n m e d i o p a r a d e s e c h a r la t r i s -t e z a . " . 1 4 8 , s ig .

E l s i e r v o d e D i o s p a r a s u h o n e s t a r e c r e a c i ó n y a l iv io d e s u s t r a b a j o s y . t r i s t e z a s n o h a d e t o m a r p o r m e d i o l e e r ó p l a t i c a r c o s a s v a n a s , s i n o t r a t a r c o s a s d e D i o s . 1 4 8

A l g u n a t r i s t e z a h a y b u e n a y e s p i r i t u a l , l a c u a l n a c e d e c u a t r o c o s a s . 1 5 8 , 1 5 9 , 1 6 0

L a t r i s t e z a e s p i r i t u a l e s e n c i e r t a m a n e r a a l e g r e , y t r a e c o n s i g o g r a n c o n s u e l o . 1 6 1 , 162

V . Alegría.

Virtud

L a v i r t u d c a u s a a l e g r í a e n el c o r a z o n . 1 5 1

INDICE DE LOS LUGARES DE LA SAGRADA ESCRITURA, QUE EN

ESTE TOMO SEGUNDO DE ESTA SEGUNDA PARTE SE

DECLARAN MÁS PARTICULARMENTE, DEJANDO OTROS

MUCHOS QUE SE DECLARAN DE PASO.

G E N E S I S

Cap . 3 . v . 1 5 . I n i m i c i t i a s p o n a m i n t e r t e e t m u l i e r e m . 1 6 5 4 . 4 . R e s p e x i t q u e D o m i n u s a d A b e l , e t a d m u n e r a e j u s . 2 6 8 4 . 5 . I r a t u s q u e e s t C a i n v e h e m e n t e r , e t c o n c i d i t v u l t u s e j u s . 1 5 1 6 . 6 . E t t a c t u s d o l o r e c o r d i s i n t r i n s e c u s d e l e b o , i n q u i t , e t c . 2 0 5 8 . 9 . Q u & c u m n o n i t i v e n i s s e t u b i r e q u i e s c e r e t p e s e j u s ,

r e v e r s a , e t c . 1 4 9 2 2 . 1 2 . N u n c c o g n o v i , q u o d t i m e s D e u m . 1 7 4 2 . 3 8 . D e d u c e t i s c a n o s m e o s c u m d o l o r e a d i n f e r o s . 1 3 3 4 9 . 2 0 . A s e r , p i n g u i s p a n i s e j u s , e t p r c e b e b i t d e l i c i a s r e -

g i b u s . 2 5 8 5 0 . 1 5 . N o s q u o q u e o r a m u s , e t c . , d i m i t t a s i n i q u i t a t e m

h a n c . 1 7 2

L I B . 2 . R E G U M .

2 4 . 1 7 . Ego s u m q u i p e c c a v i , e t c . , v e r t a t u r o b s e c r o , e t c . 1 8 9

L I B I . P A R A L I P .

2 9 . 1 . O p u s n a m q u e g r a n d e e s t , n e c e n i m h o m i n i p r s e p a -r a t u r h a b i t a t i o , s e d D e o . 2 3 7

Page 186: Tratado de Virtudes Cristianas

T O B I , ®

Págs. 1 2 . 1 3 . Q u i a a c c e p t u s e r a s D e o , n e c e s s e f u i t u t t e n t a t i o

p r o b a r e t t e . 2 2

E S T H E R

5 . 8 . V e n i a t r e x ad c o n v i v i u m . . . e t e r a s a p e r i a r a r e g i vo -l u n t a t e m m e a m . 2 5 3

J O B

7 . 1 . Mi l i t i a e s t v i t a h o m i n i s s u p e r t e r r a i n , e t s i c u t d i e s m e r c e n a r i i , e t c . 7

7 . 4 . S i d o r m i e r o d i c a m , q u a n d o c o n s u r g a m ? e t r u r s u r a e x s p e c t a b o v e s p e r a m . 4 0

4 0 . 1 6 . S u b u m b r a d o r m i t i n s e c r e t o c a l a m i . 1 3 1

P S A L M O R U M

4 . 7 . D e d i s t i l<et i t iam i n c o r d e m e o . 1 4 9 5 . 1 3 . U t s c u t o b o n s e v o l u n t a t i s tuse c o r o n a s t i s n o s . 5 4 7 . 1 3 . A r c u m s u u m t e t e n d i t , e t p a r a v i t i l i u m . 2 0 5 8 . 4 . O p e r a d i g i t o r e m t u o r u m , e t c . 1 6 7 9 . 1 5 . Q u i e x a l t a s m e d e p o r t i s m o r t i s . 5 9 1 8 . 1 0 . J u d i c i a D o m i n i v e r a , e t c . , d u l c i o r a s u p e r m e i , e t

f a v u m . 1 5 4 2 2 . 5 . P a r a s t i in c o n s p e c t u m e o m e n s a m a d v e r s u s e o s qui

t r i b u l a n t m e . 2 5 9 2 2 . 5 . C a l i x m e u s i n e b r i a n s q u a m p r e c l a r a s e s t . 2 6 5 2 6 . 9 . N e d e c l i n e s i n i r a a s e r v o t u o . 1 8 3 1 . 1 1 . L s e t a m i n i i n D o m i n o , e t e x u l t a l e j u s t i . 1 3 4 3 7 . 1 8 . E t d o l o r m e u s in c o n s p e c t u m e o s e m p e r . 1 8 6 4 4 . 1 1 . O b l i v i s c e r e p o p u l u m . . . e t c o n c u p i s c e t . 1 2 7 4 9 . 1 4 . I n m o l a Deo s a c r i f i c i u m l a u d i s . 1 9 7 5 0 . 5 . P e c c a t u m m e u m c o n t r a m e e s t s e m p e r . 1 9 1 5 0 . 1 4 . R e d d e m i h i lae t i t iam s a l u t a r i s t u i , e t s p i r i t u p r i n -

c ipa l i , e t c . 1 4 1

Pàge. 5 6 . 2 . In u m b r a a l a r u m t u a r u m s p e r a b o . 6 7 5 9 . 6 . D e d i s t i m e t u e n t i b u s te s i g n i f i c a t i o n e m , u t fagiani a

l a c i e a r c u s , e t c . gQg 6 5 . IO. I g n e n o s e x a m i n a s t i , s i c u t , e t c . 3 0 6 7 . 1 . E x u r g a t D e u s , e t d i s s i p e n t u r i n i m i c i e j u s , et fa-

g i a n i q u i o d e r u n t e u m , e t c . § 7 6 7 . 1 1 . P a r a s t i in d u l c e d i n e t u a p a u p e r i D e u s . 2 3 6 / 9 . 3 . E x c i t a p o t e n t i a m t u a m e t v e n i , e t c . 6 7

8 3 . 1 0 . R e s p i c e in f a c i e m C h r i s t i t u i . 1 7 6 8 7 . 5 . F a c t u s s u m s i c u t h o m o s i n e a d j u t o r i o i n t e r m o r -

t u o s h b e r . ^ 9 0 . 6 . A b i n c u r s u e t deemonio m e r i d i a n o . 7 5 9 0 . 1 4 . Q u o n i a m i n m e s p e r a v i t , l i b e r a b o , e u m , p r o t e g a m

e u m q u o n i a m c o g n o v i t n o m e n m e u m . 6 * ? N O I L L J I X O R , A E S T I U S T 0 ' E T R E C T I S C O R D E ] I E T I ( I A - 1 5 6 I n n f 6 - D r a c o > s t e J l u e m f o r m a s t i a d i l l u d e n d u m e i . 5 1 , 9 5 i y y . 4 . l u es S a c e r d o s i n a j t e r n u m . 2 8 6 1 M e m o r i a m fec i t m i r a b i l i u m s u o r u m , e t c . 2 1 8 ! ! » 9 1 ' D o r m i t a v i t a n ' m a m e a p r a e (aed io . 1 3 0 1 1 8 . 3 2 . Viam m a n d a t o r u m t u o r u m c u c u r r i , c u m di la tas t i

c o r m e u m . ^ g ¡ i n G a n t a b i l e s m i h i e r a n t i u s t i f i c a t i o n e s t u i e , e t c . 1 4 8 l o c e P r o f u n d l s c l a m a v i a d t e , D o m i n e . 6 8 1 ^ 6 . 9 . B e a t u s q u i t e n e b i t , e t a l l i de t p a r v u l o s t u o s ad p e -

t r a m . F ^ 1 4 4 . 9 . M i s e r a t i o n e s e j u s s u p e r o m n i a o p e r a e j u s . 2 0 4

P R O V E R B I O R U M

1 5 . 1 5 . S e c u r a m e n s q u a s i j u g e c o n v i v i u m . 1 5 3 2 3 . 2 6 . P r a b e , fili m i , c o r t u u m m i h i . 2 6 8 2 5 . 2 0 . S i c u t t i n e a v e s t i m e n t o , e t v e r m i s l igno , i ta t r i s t i -

t i a v i r i n o c e t c o r d i . j g j 3 1 . 2 7 . C o n s i d e r a v i t s e m i t a s d o m u s suse , e t p a n e m o t i o s a

n o n c o m e d i t . . 2 7 4

C A N T I C O R U M

1 . 1 2 . I n t e r u b e r a m e a c o m m o r a b i t u r . 2 2 2 2 . 1 5 . C a p i t e n o b i s v u l p e s p a r v u l a s , e t c . 7 1

E J E R . R O D R I G . — T o m . I V . 2 2

Page 187: Tratado de Virtudes Cristianas

ECCLESIASTICI

2 . 1 . A c c e d e n s a d s e r v i t u t e m D e i , e t c . p r é p a r a a n i m a m

t u a m , e t c . 3 2 9 . P e c c a t o r a d j i c i e t a d p e c r a n d u m . 8 2 2 N o n o m n i h o m i n i c o r t u u m m a n i f e s t e s . «>i ~ I 5 N o n e s t s e n s u s , u b i e s t a m a n t u - o . 2 9 2 0 G r a t i a m fidejussoris t u i n e o b l m s c a r i s , d e d . t e n . m

tfiï&SSamentum s n p e r c o r d i s g a u d i u m 3 0 . 2 4 . T r i s t i a m l o n g e r e p e l l e a t e : n m l t o s e m m o c o d . t

t r i s t i a . 3 4 9 . Q u i n o n e s t t e n t a t u s , q u i d s c i t ? 3 5 ! 1 i l a o m n i d a t o h i l a r e m f a c v u l t u m t u u m . 3 6 2 2 . C o r p r a v u m d a b i t t r i s t i t i a m . 3 8 1 9 . A t r i s t i t i a e n i m f e s t i n a t m o r s . 43 ' 9 6 Q u i n a v i g a n t m a r e e n a r r e n t p e i n c u i a e j u s .

5 3 4 9 0

130

1 5 3

1 2 9 4 2

1 3 5 151 1 3 3

ISAI.E 4 6 A p l a n t a p e d i s , e t c . , n o n e s t i n e e s a n i t a s 183 I " n H e u ! c o n s o l a b o r s u p e r h o s t , b u s m e i s , e t c . 205 2 8 " 2 1 . P e r e g r i n u m e s t o p u s e j u s a b e » . 3 8 1 ^ r o t a v i t E z e c h i a s u s q u e a d m o r t e m . t ? 7 P r i p d i c a n t i s p a c e m , a n n u n t i a n t r s b o n u m . . « ' 6 6 . 1 2 . A d u b e r a p o ^ r t a b i m i i i i , e t c . , q u o m o d o s , c m m a t e r ^

b l a n d i a t u r , e t c .

JEREMI^E

31. 3 . I n c h a r i t a t e p e r p e t u a d i l e x i t e .

THRENORUM

200 \

i . 8 . P e c c a t u m p e c c a v i t J e r u s a l e m , p r o p t e r e a i n s t a b i l i s ^

f a c t a e s t . . , . . . 183 1 . 1 2 . O v o s o m n e s q u i t r a n s i t i s , e t c .

O S E ^ E P a g e .

1 1 . 3 . E g o n u t r i t i u s E p h r a i m . 3 9

J O N ^ E 1 . 1 2 . T o l l i t e m e , e t m i t t i t e i n m a r e . . . s c io e n i m q u o n i a m

p r o p t e r m e , e t c . _ 1 8 9 2 . 1 . P r a g p a r a v i t D o m i n u s p i s c e m g r a n d e m , u t d e g l u t i r e t

J o n a m . 6 0

H A B A C U C

2 . 3 . Q u i a v e n i e n s v e n i e t , e t n o n t a r d a b i t . 5 8

Z A C H A R L E

9 . 1 7 . Q u i d e n i m b o n u m e j u s e s t , e t q u i d p u l c h r u m e j u s , n i s i f r u m e n t u m e l e c t o r u m , e t v i n u m g e r m i n a n s v i r g i -n e s ? 2 6 1

M A T T I L E I

4 . 6 . M i t t e t e d e o r s u m . 4 9 6 . 1 3 . E t n e n o s i n d u c a s in t e n t a t i o n e m . » 6 . 1 7 . T u a u t e m c u m j e j u n a s , u n g e c a p u t t u u m , e t c . 1 0 . 1 6 . E s t o t e p r u d e n t e s , s i c u t s e r p e n t e s . 1 0 2 1 1 . 2 9 . D i s c i t e a m e q u i a m i t i s s u m . . . e t i n v e n i e t i s r e -

q u i e m . 1 8 . 1 0 . A n g e l i e o r u m i n Coel is , e t c . 2 2 4 . E c c e p r a n d i u m m e u m p a r a v i , e t c . e t o m n i a p a -

r a t a . . 2 3 £ 2 6 . 4 1 . V i g i l a t e , e t o r a t e u t n o n i n t r e t i s in t e n t a t i o n e m . 0 2 7 . 4 6 . D e u s m e u s , D e u s m e u s , u t q u i d d e r e l i q u i s t i m e ? 1 8 4 2 8 . 2 0 . E c c e e g o v o b i s c u m s u n t o m n i b u s d i e b u s u s q u e a d

c o n s u m m a t i o n e m saecu l i . 2 2 *

Page 188: Tratado de Virtudes Cristianas

M A R C I

P a g s .

9 . 2 5 . E x c l a m a n s , e t m u l t u m d i s c e r p e n s e u m , ex i i t a b e o . 1 2

LVCJE

1 . 4 3 . E t u n d e h o c m i h i . 2 2 2 1 . 5 1 . Fec i t p o t e u t i a m in b r a c h i o s i l o . 1 6 7 1 . 7 8 . P e r v i s ce r a m i s e r i c o r d i i e De i n o s t r i , e t c . 1 9 4 2 . 1 0 . E v a n g e l i z o vob i s g a u d i u m m a g n u m , e t c . 1 7 7 2 . 4 4 . R e q u i r e b a n t e u m i n t e r c o g n a t o s , e t u o t o s , et n o n

i n v e n i e n t e s . 1 0 4 4 . 2 4 . N e m o P r o p h e t a a c c e p t u s e s t in p a t r i a s u a . 1 0 9 9 . 3 1 . E t d i c e b a n t e x c e s s u m e j u s q u e m c o m p l e t u r u s e r a t . 1 9 3 9 . 6 0 . S i n e u t m o r t u i s e p e l i a n t m o r t u o s s u o s . 1 2 2 9 . 6 2 . N e m o m i t t e n s , e t c . , et r e s p i c i e n s r e t r o , a p t u s e s t

R e g n o Cf f i l o rum. 1 2 1 1 4 . 2 6 . S i q u i s v e n i t . a d m e , e t n o n odi t p a t r e m , e t c . , n o n

p o t e s t m e u s e s s e d i s c i p u l u s . 1 2 0 1 7 . 1 7 . 1 8 . N o n n e d e c e r n m u n d a t i s u n t , e t n o v e m u b i

sunt"? N o n e s t i n v e n t u s q u i r e d i r e t , e t d a r e t g l o r i a m D e o , n is i h i e a l i e n i g e n a . 1 9 7

2 2 . 1 9 . H o c f a c i t e i n m e a m c o m m e m o r a t i o n e m . 2 2 0 , 2 4 7 , 2 8 3 , 2 8 7

J O A N N I S

2 . 4 . Q u i d m i h i , e t t ib i e s t m u l i e r ? 1 2 3 3 . 1 6 . S i c D e u s d i l ex i t m u n d u m , u t F i l i u m s u u m u n i g e n i -

t u m d a r e t . 1 7 0 4 . 1 0 . S i s c i r e s d o n u m D e i , e t q u i s e s t q u i dici t t i b i , e t c . 1 6 9 6 . 5 6 . Ca ro m e a v e r e e s t c i b u s , e t c . I n m e m a n e t , e t e g o

i n e o . 2 5 7 , 2 6 4 1 3 . 1 . I n finem d i l e x i t e o s . 2 1 0 1 3 . 5 . Ccepit l ava re p e d e s D i s c i p u l o r u m . 2 3 9 1 3 . 1 2 . S c i t i s , qu id f e c e r i m vobis? 1 9 9 1 3 . 1 5 . E x e m p l u m e n i m ded i v o b i s , u t q u e m a d m o d u m , e t c . 2 0 8 1 4 . 3 1 . S u r g i t e , e a m u s h i n c . 2 5 9

A D R O M A N O S

4 . 1 8 . Q u i c o n t r a s p e m i n s p e m c r e d i d i t . 2 3 2 5 . 1 0 . S i e n i m c u m i n i m i c i e s s e m u s reconc i l i a t i s u m u s , e t c . ,

m u l t o m a g i s r e c o n c i l i a t i s a lv i e r i m u s . 2 0 3 5 . 1 5 . N o n s i c u t d e l i c t u m , i t a e t d o n u m . 1 6 8 7 . 1 9 . N o n e n i m q u o d vo lo b o n u m , h o c f ac io ; s e d q u o d

n o l o , e t c . 6 8 . 3 2 . Q u i e t i a m p r o p r i o filio s u o n o n p e p e r c i t , s e d , e t c . ,

q u o m o d o non e t i a m c u m i l lo o m n i a nob i s d o n a v i t ? 2 0 2 1 0 . 1 5 . E v a n g e l i z a n t i u m b o n a . 1 7 7 1 3 . 1 4 . I n d u i m i n i D o m i n u m J e s u m C h r i s t u m . 2 6 5

1 A D C O R I N T H .

6 . 1 8 . F u g i t e f o r n i c a t i o n e m . _ 8 8 1 0 . 1 3 . F i d e l i s a u t e m D e u s , q u i non p a t i e t u r vos t e n t a r i . 3 9 , 5 7 1 1 . 1 0 . P r o p t e r a n g e l o s . . 3 1 3 1 1 . 2 6 . Q u o t i e s c u m q u e , e t c . m o r t e m D o m i n i a n n u n t i a -

b i t i s . . 2 4 7 1 1 . 2 8 . P r o b e t a u t e m s e i p s u m h o m o , e t s i c d e p a n e i l lo ,

e t c . 2 3 9

2 A D C O R I N T H .

1 . 1 2 . G l o r i a n o s t r a ha*c e s t , t e s t i m o n i u m eonsc ien t i ce n o s t r a . . . . .

9 . 7 . N o n e x t r i s t i t i a , e t c . h i l a r o m e n i m d a t o r e m di l ig i t D e u s . ^ 3 5

1 2 . 7 . D a t u s e s t m i h i s t i m u l u s c a r n i s . 3 7 1 2 . 9 . S u f ß c i t tibi g r a t i a m e a , n a m v i r t u s in i n f i r m i t a t e p e r -

f i c i t u r . " 3 3 , 4 2

A D G A L A T A S

2 . 2 0 . Vivo a u t e m j a m n o n ego , v iv i t vero in m e C h r i s -t u s . " 2 7 4

2 . 2 0 . Q u i di lexi t m e , e t t r a d i d i t s e m e t i p s u m p r o m e . 1 9 9

Page 189: Tratado de Virtudes Cristianas

P â g g .

4 . 4 . U b i v e n i t p l en i t udo t e m p o r i s , m i s i t D e u s F i l i a r a s u u m , e t c . 1 6 4

5 . 1 7 . Ca ro c o n c u d i s c i t a d v e r s u s s p i r i t u m . 1 0 5 . 2 2 . F r u c t u s a u t e m s p i r i t u s e s t g a u d i u r a . 1 5 6 6 . 1 4 . Mih i a b s i t g l o r i a r i , n i s i i n c r u c e D . N . J . C h . 2 6 6

A D E P H E S I O S

2 . 4 . D e u s a u t e m qui d i v e s e s t i n m i s e r i c o r d i a . 1 4 4 , 2 0 4 2 . 4 . P r o p t e r n i m i a m c h a r i t a t e m s u a m q u a d i l e x i t n o s . 1 9 4 4 . 2 4 . I n d u i t e n o v u m h o m i n e m . 2 6 5 6 . 1 0 . I n d u i t e vos a r m a t u r a m Dei u t p o s s i t i s s t a r e , e t c . 1 7 4

A D P H I L I P P E N S E S

4 . 4 . G a u d e t e in D o m i n o s e m p e r . 1 3 4

A D T H E S S A L O N I C E N S E S

3 . 5 . N e f o r t e t e n t a v e r i t v o s , i s q u i t e n t â t . 1 7 4 . 1 2 . U t n o n c o n t r i s t e m i n i , s i c u t e t caeteri q u i s p e m n o n

h a b e n t . * 5 8

2 A D T I M O T H E U M

3 . 1 2 . O m n e s qui p i e v o l a n t v i v e r e in C h r i s t o J e s u p e r -s e c u t i o u e m p a t i e n t u r .

A D H E B R E O S

7 . 3 . S i n e p â t r e , s i n e m a t r e , s i n e g e n e a l o g i a . 1 2 6 2 8 4 7 . 1 7 . 2 t . T u es S a c e r d o s , e t c .

9 . 2 4 . U t a p a r e a t n u n c v u l t u i Dei p r o n o b i s , e t c . 1 1 0 . 4 . I m p o s s i b i l e e s t e n i m s a n g u i n e t a u r o r u m e t h i r c o r u m

a u f e r r i p e c c a t a . _ 2 8 t 1 2 . 2 4 . A c c e s i s t i s a d s a n g u i n i s a s p e r s i o n e m m e l i u s l o q u e n -

t e m q u a m Abel . 1 7 3

INDICE 3 4 3

J A C O B I

1. 4 . P a t i e n t i a o p u s p e r f e c t u m h a b e t . 1 9 ° 1 . 1 2 . B e a t u s v i r q u i s u f f e r t t e n t a l i o n e m , e t c . a c c i p i e t c o - ^

r o n a m v i t e . 7 n 1 . 1 3 . D e u s n e m i n e m t e n t a t . ' ' 4 . 1 . U n d e b e l l a , e t l i t es in v o b i s ? e t c . ' 4 . 7 . R e s i s t i t e d i a b o l o , et f u g i e t a vob i s .

I J O A N N I S

3 1 V i d e t e q u a l e m c h a r i t a t e m d e d i t , e t c . 1 7 0 3 . 1 8 . N o n d i l i g a m u s v e r b o , n e q u e l i n g u a , s e d o p e r e , e t

4 . Y ^ N o s e r g o d i l i g a m u s D e u m , q u o n i a m D e u s p r i o r d i -l ex i t n o s , e t c .

A P O C A L Y P S I S

7. 1 4 . L a v e r u n t s t o l a s s u a s , e t d e a l b a v e r u n t e a s i n s a n - ^ s u i n e a g n i , e t c . , , , '

2 0 1 Vidi A n g e l u m d e s c e n d e n t e m , e t c . A p p r e h e n d i t d r a -c o n e m s e r p e n t e m a n t i q u u m , e t c . e t l igav i t e u m p e r an- ^ n o s m i l l e , e t c . . . , .

2 1 . 2 . E t ego J o a n n e s v i d i s a n c t a m c i v i t a t e m J e r u s a l e m n o -v a m d e s c e n d e n t e m d e ccelo.

L A U S DEO

Page 190: Tratado de Virtudes Cristianas

I I

O B R A S P U B L I C A D A S

P O R LA L I B R E R Í A D E

SUBIRANA HERMANOS

Indulgencia de la Porciúncula. Edificante re-s e ñ a h i s t ó r i c a s o b r e s u o r i g e n y p r o m u l g a c i ó n e x t e n s i ó u , r e -q u i s i t o s y m o d o d e ap l i c a r l a . P o r u n r e l i g i o s o f r a n c i s c a n o e x -c l a u s t r a d o . - U n o p ú s c u l o en 1 6 / , á p t a s . 0 1 0 T o m a n d o u n a d o c e n a s e d a r á n , a d e m á s , d o s g r a t i s . Cien e j e m p l a r e s , 7!5U.

Lecciones (Sencillas) que la Santísima Virgen d a á u n a a l m a q u e b u s c a á Dios , p o r u n devo to s u y o . — U n t . e n 1 6 . ° á p t a s . 0 ' 3 8 en r a m a y 0 ' 7 5 en p e r c a l i n a .

Lecturas i lus t radas para todos. Coleccion es-c o c i d a y v a r i a d a d e a r t í c u l o s d e h i s t o r i a , r e l ig ión y m o r a l , d e c i e n c i a s y a r t e s , d e m á x i m a s , d i c h o s y h e c h o s d e h o m b r e s cé le -b r e s p a r a r e c r e o é i n s t r u c c i ó n d e t o d a c l a s e d e p e r s o n a s . - U n t en 8 ° r con 4 9 g r a b a d o s á 1 p í a . en r a m a y 1 2 5 en c a r t o n e . ' Litúrgico (Manual), por el Pbro. D Joaquín

S o l a n s , p r o f e s o r d e L i t u r g i a en el S e m i n a r i o d e U r g e l . b e x t a e d i c i ó n , c o r r e g i d a y a u m e n t a d a p o r el m i s m o a u t o r

Q u e el a u t o r h a a c e r t a d o á s a t i s f a c e r los d e s e o s d e los a m a n -t e s d e la s a g r a d a L i t u r g i a , l l e u a n d o un vac ío q u e s e n t í a n t o d o s , lo p r u e b a c l a r a m e n t e el h a b e r s e a g o t a d o en poco t i e m p o c inco e d i c i o n e s . - D o s t . en 8 . " , 6 p t a s . e n r a m a , 7 en p a s t a , en u n solo v o l . y 8 en d o s vo l .

Litúrgico (Prontuario) ó sea breves comenta-r i o s s o b r e l a s R ú b r i c a s del Brev i a r i o R o m a n o á t e n o r del B r e -ve d e S . S . el P a p a León X I I I , d a d o e n 2 8 d e ju l io d e 1 8 8 2 , por el P b r o . D . J o a q u í n S o l a n s , p r o f e s o r d e L i t u r g i a en el S e -m i n a r i o d e U r g e l . 2 . * e d i c i ó n . - U n t o m o e n 8 . ° a p t a s . 2 oO e n r a m a y 3 ' 5 0 en p a s t a .

Page 191: Tratado de Virtudes Cristianas

I I

O B R A S P U B L I C A D A S

P O R LA L I B R E R Í A D E

SUBIRANA HERMANOS

Indulgencia de la Porciúncula. Edificante re-s e ñ a h i s t ó r i c a s o b r e s u O r i g e n y p r o m u l g a c i ó n , e x t e n s i ó n , r e -q u i s i t o s y m o d o d e ap l i c a r l a . P o r u n r e l i g i o s o f r a n c i s c a n o e x -c l a u s t r a d o . — U n o p ú s c u l o en 1 6 / , á p t a s . 0 1 0 T o m a n d o u n a d o c e n a s e d a r á n , a d e m á s , d o s g r a t i s . Cien e j e m p l a r e s , 7 ! 5 0 .

Lecciones (Sencillas) que la Santísima Virgen d a á u n a a l m a q u e b u s c a á Dios , p o r u n devo to s u y o . — U n t . e n 1 6 . ° á p t a s . 0 ' 3 8 en r a m a y 0 ' 7 5 en p e r c a l i n a .

Lecturas i lus t radas para todos. Coleccion es-c o g i d a V v a r i a d a d e a r t í c u l o s d e h i s t o r i a , r e l ig ión y m o r a l , d e c i e n c i a s y a r t e s , d e m á x i m a s , d i c h o s y h e c h o s d e h o m b r e s cé le -b r e s p a r a r e c r e o é i n s t r u c c i ó n d e t o d a c l a s e d e p e r s o n a s . - U n t en 8 ° r con 4 9 g r a b a d o s á 1 p í a . en r a m a y 1 2 5 en c a r t o n e . ' Litúrgico (Manual), por el Pbro. D Joaquín

S o l a n s , p r o f e s o r d e L i t u r g i a en el S e m i n a r i o d e U r g e l . b e x t a e d i c i ó n , c o r r e g i d a y a u m e n t a d a p o r el m i s m o a u t o r

Q u e el a u t o r h a a c e r t a d o á s a t i s f a c e r los d e s e o s d e los a m a n -t e s d e la s a g r a d a L i t u r g i a , l l e n a n d o un vac ío q u e s e n t í a n t o d o s , lo p r u e b a c l a r a m e n t e el h a b e r s e a g o t a d o en poco t i e m p o c inco e d i c i o n e s . - D o s t . en 8 . " , 6 p t a s . eu r a m a , 7 en p a s t a , en u n solo v o l . y 8 en d o s vo l .

Litúrgico (Prontuario) ó sea breves comenta-r i o s s o b r e l a s R ú b r i c a s del Brev i a r i o R o m a n o á t e n o r del B r e -ve d e S . S . el P a p a León X I I I , d a d o e n 2 8 d e ju l io d e 1 8 8 2 , por el P b r o . D . J o a q u í n S o l a n s , p r o f e s o r d e L i t u r g i a en el S e -m i n a r i o d e U r g e l . 2 . a e d i c i ó n . - U n t o m o e n 8 . ° a p t a s . 2 oO e n r a m a y 3 ' 5 0 en p a s t a .

Page 192: Tratado de Virtudes Cristianas

Litúrgico (Ramillete) ó sea pequeño ceremo-nial d e l s e m i n a r i s t a , por el P b r o . D . J o a q u í n S o l a n s , p r o f e s o r d e L i t u r g i a en el S e m i n a r i o d e U r g e l . 3 . a e d i c i ó n . — U n t o m o en 1 6 . o , á p t a s . 1 ' 2 5 en p e r c a Ü n a .

Manifestaciones del Divino Amor, ó sean re-f l e x i o n e s . e x h o r t a c i o n e s , a s p i r a c i o n e s y e n s e ñ a n z a s p r o v e c h o -s a s p a r a l a s a l m a s q u e d e s e a n a g r a d a r al S e ñ o r . - U n o p . en 1 6 . " , á p t a s . 0 ' 2 0 . C i e n , 1 6 p t a s . .

L a s m i s m a s e n 3 3 h o j a s p a r a r e p a r t i r s e e n l a s i g l e s i a s d u r a n -te el m e s d e j u n i o , 8 p í a s , c i en c o l e c c i o n e s .

Manual de Piedad, para uso de las alumnas del s a g r a d o Corazón d e J e s ú s y d e l a s p e r s o n a s d e v o t a s d e e s t e d iv ino C o r a z ó n . — E s t e p r e c i o s o D e v o c i o n a r i o se v e n d e á 5 p t a s . en r a m a , 6 en piel d e co lo r y r e l i e v e s , 9 en t a f i l e t e , c o r t e d o -r a d o y 1 0 ' 5 0 en c h a g r í n , c o r t e d o r a d o .

Manual novísimo de Piedad. Devocionario c o m p l e t o p a r a u s o d e l a s p e r s o n a s d e v o t a s d e l s a g r a d o Corazón d e J e s ú s . C o n t i e n e lo m á s n o t a b l e é i n d i s p e n s a b l e del t an r e c o -m e n d a b l e devoc iona r io t i t u l a d o Manual de Piedad, v a r i a s o r a -c i o n e s , m u l t i t u d d e Misas p r o p i a s d e S a n t o s , d e t i e m p o , v o t i v a s y d e Requiem.—Un t o m o en 8 . ° á 6 p t a s . en r a m a , 7 e n p ie l d e c o l o r , 1 0 en t a f i l e t e , c o r t e d o r a d o , 11*50 en c h a g r í n , c o r t e d o r a d o y 13 en c h a g r í n con p l a n c h a d o r a d a . Con finísimo p a p e l d e co lor a g a r b a n z a d o y e n r i q u e c i d o con c inco l á m i n a s p r i m o r o -s a m e n t e g r a b a d a s al a c e r o , el p r e c i o a u m e n t a d e l ' o O p t a s . L o s h a y c o n e n c u a d e m a c i o n e s m á s l u j o s a s d e s d e 1 5 p t a s . h a S -ta 5 0 0 - , , 1.1 T,

Meditaciones espiri tuales del venerable Pa-d r e L u i s d e L a P u e n t e , d e l a C o m p . d e J e s ú s . S e x t a ed ic ión n u e v a m e n t e c o r r e g i d a y c o t e j a d a con l a s m e j o r e s e d i c i o n e s y a c r e c e n t a d a con é l t e x t o l a t i n o d e los l u g a r e s d e la s a g r a d a E s -c r i t u r a , con el r e s u m e n s i n ó p t i c o d e los p u n t o s d e c a d a m e d i t a -c ión y con c o p i o s o s í n d i c e s q u e fac i l i t an n o t a b l e m e n t e el u s o d e e s t a p r ec io sa o b r a . — E s t a n u e v a ed ic ión c o n s t a d e s e i s t o m o s en 8 . o m u c h o m á s v o l u m i n o s o s q u e l o s d e l a s e d i c i o n e s a n t e r i o r e s , á 8 p t a s . r a m a y 1 2 en p a s t a .

Meditaciones (Compendio de las), del Padre L u i s d e La P u e n t e , d e la C o m p . d e J e s ú s . R e c o p i l a d o por el P . N i c o l á s d e A r n a y a d e la m i s m a C o m p . - U n t o m o en 8 . ° a 2 p t a s . en r a m a y 2 ' 7 5 en p a s t a .

Meditación (Método para la) que compuso el P . J u a n R o o t t h a a n , d e l a C o m p . d e J e s ú s . - U n t o m i t o e n 1 6 . o á 0 ' 3 2 p t a s . e n r a m a y 0 ' 7 5 en p a s t a .

Memoriale vitse sacerdotalis, a Claudio Ar-v i s e n e t . — U n t . en 1 6 . o á 1 ' 5 0 p t a s . en r a m a y 2 en pie l .

Mes de Marzo consagrado á san José, por D . J o s é M a r í a Q u a d r a d o . - U n t o m o en 1 6 . « á 1 p t a . e n r a m a y 1 ' 5 0 en p ie l d e co lo r . , T

Mes de Mayo consagrado á Mana, por don Jo-s é M a r í a Q u a d r a d o . - U n t o m o en 1 6 . o á 1 p t a . en r a m a y 1 ' 5 0 en piel d e c o l o r . ,

Mes del sagrado Corazón de Jesús (Ll nue-v o ) , ó l a s p r i n c i p a l e s v i r t u d e s d e e s t e a d o r a b l e C o r a z ó n , c o n s i -d e r a d a s en t r e i n t a v t r e s m e d i t a c i o n e s c o r r e s p o n d i e n t e s a l o s t r e i n t a y t r e s a ñ o s d e la v ida d e l d iv ino S a l v a d o r , p o r el P . b a u -t r e l c t , S . J . - U n t o m o en 1 6 . o á 0 ' 7 5 p t a s . en r a m a y 1 2 5 en p i e l d e co lo r . .

Mes del sacratísimo Corazon de Jesús consi-d e r a d o c o m o p r i n c i p i o y m o d e l o d e la p e r f e c c i ó n c r i s t i a n a p o r el P E u g e n i o D e s j a r d i n s , d e la C o m p . d e J e s ú s ; c o m p l e t a d o p o r el P b r o . D. F r a n c i s c o d e P . R i b a s y S e r v e t , y a d i c i o n a d o c o n u n m é t o d o p a r a o i r la s a n t a M i s a . - U n t . en 8 . ° u n a p t a . en r a m a y l ' 5 U en p ie l .

Mes del sagrat Cor de Jesús, distribuit en t r e n t a t r e s m e d i t a c i o n s , en q u e s ' e n s e n y a al c n s t i á lo v e r d a d e r p r i n c i p i d e la e s p i r i t u a l r i q u e s a , peí R u t . J o s e p h T o r r a s y H a -e e s , P b r c . - U n t o m o s e t z é á dos t i n t a s á 1*45 p t a s . en r a m a y 1 * 7 5 en ue l l . , „ . , T .

Misa en honor del sagrado Corazon de Jesús, p a r a u s o d e los a s o c i a d o s d e l Apostolado de la Oración, por el D i r e c t o r c e n t r a l d e e s t a A s o c i a c i ó n en E s p a n a . - U n o p ú s -c u l o e n 16.0, á o ' 1 3 p t a s . u n o . Cien e j e m p l a r e s , 1 0 p t a s .

Misa (Método para oir bien la santa) y otras o r a c i o n e s , p o r el l l t r e . D . J u a n d e P a l a u , P b r o . - U n t o m o en 1 6 0 á O' 10 p t a s . r a m a y 0 ' 3 0 en p e r c a h n a .

Misa (Minguetillo de la). Nueva edición ilus-t r a d a con l á m i n a s i n t e r c a l a d a s e n e l t e x t o . - U n t o m o en 6 4 . o ¿ p t a s . O ' 2 5 en r a m a , 0 ' 5 0 e n piel d e co lo r y r e h e v e s , 0 5 / e n t a f i l e t e c o r t e d o r a d o , y en v i s t o s a p e r c a h n a con p l a n c h a s d o -r a d a s , 0 ' 7 5 .

Page 193: Tratado de Virtudes Cristianas

Misa (Meditaciones para la santa), y otras orac iones , p o r D. P a b l o M i n g u e t . N u e v a y c o r r e c t a ed ic ión con g r a b a d o s e n b o j . — U n t o m o 3 2 . ° á p t a s . 0 ' 3 8 en r a m a , 0 ' 7 0 en piel d e color y r e l i e v e s , 0 ' 9 0 en t a f i l e t e c o r t e d o r a d o , y t ' 5 0 en imi tac ión c h a g r í n con p l a n c h a s eu n e g r o y o ro . L o s h a y e n e l e g a n t e s y e c o n ó m i c a s e n c u a d e m a c i o n e s .

Mort (Preparado pera teñir una bona), ó con-s i d e r a c i o u s s o b r e las v e r i t a t s e t e r n a s . O b r a e s c r i t a en i t a l i á p e r S t . A l f o n s o M a r í a d e L igo r i y t r a d u h i d a al ca ta lá p e r lo P r e b e -r e D r . D. F r a n c i s c o d e D o u . — Un t . e n 8 . ° á p t a s . 2 en r a -m a y 2 ' 5 0 en p a s t a .

Musa latina (La) en Montserrat. Antología de p o e t a s l a t i n o s d e l o s s ig los x v i y x v n q u e d á á luz p o r vez p r i -m e r a D . J a i m e Col le l f , C a n ó n i g o . - U n t o m o en 4 . ° á 2 p t a s . en r e a . y 3 en p a s t a .

Novena del Sagrado Corazón de Jesús, com-p u e s t a p o r el P . Car los B o r g o , d e l a C o m p . d e J e s ú s . — U n to-m o e n 1 6 . ° á p t a s . G ' 7 5 en r a m a y 1 ' 2 5 e n p ie l .

Ofrenda á los jóvenes católico-liberales, por M o n s . d e S e g u r . De e s t a o b r i t a t o d a r e c o m e n d a c i ó n e s e x c u s a -d a d e s p u é s d e d e c i r q u e en m e n o s d e d o s m e s e s se a g o t a r o n t r e s e d i c i o n e s , q u e f o r m a b a n u n t o t a l d e ve in t i c inco mil ' e j e m -p l a r e s . — U n t o m i t o e n 1 6 . ° , d e 1 6 0 p á g i n a s , á p t a s . 0 ' 2 5 e n r ú s t i c a .

Oficio de la Semana Santa y Pascua de Resu-r e c c i ó n eu lat ín y c a s t e l l a n o . N u e v a t r a d u c c i ó n con n o t a s a c l a -r a t o r i a s y m e d i t a c i o n e s y e j e r c i c i o s p i a d o s o s , p o r don J o s é M a r í a Q u a d r a d o . — U n t o m o en 8 . ° , á p t a s . 2 ' 2 5 en r a m a , 3 en piel d e color y r e l i e v e s , 5 ' 2 5 en t a f i l e t e , c o r t e d o r a d o y 6 ' 7 5 e n c h a g r í n , cor te d o r a d o .

Oficio de la Semana Santa y Pascua de Resu-r e c c i ó n . N u e v a t r a d u c c i ó n al c a s t e l l a n o c o n n o t a s a c l a r a t o r i a s , y m e d i t a c i o n e s y e j e rc i c ios p i a d o s o s , p o r don J o s é Mar ía Q u a -d r a d o . — U n t o m o en 1 6 . ° á p t a s . 2 e n r a m a , 2 ' 5 0 en piel d e color y r e l i e v e s , 4 ' 5 0 en t a f i l e t e , c o r t e d o r a d o y 5 ' 5 0 en c h a g r í n , c o r t e d o r a d o .

Oficios del sagrado Corazón de Jesús (Los nue-v e ) , ó e je rc ic io d e a d o r a c i ó n p e r p e t u a q u e p u e d e s e r v i r d e n o -v e n a en h o n o r del S a g r a d o C o r a z ó n , p a r a u s o d e los A s o c i a -

d o s al A p o s t o l a d o d e la O r a c i ó n . - U n o p ú s c . e n 8 . " á p t a s . 0 ' 2 0 . C i e n e j e m p l a r e s 1 5 p t a s . , . ,

Oficio de la santísima Virgen Mana y el de d i f u n t o s , en l a t í n , s e g ú n el r i t o r o m a n o . — U n t o m o en l b . ° a p t a s . 0 ' 5 0 en r a m a y "0 '75 en p e r c a l i n a . .

Oficio parvo de la santísima Virgen, seguido del Of ic io d e d i f u n t o s . T r a d u c i d o al c a s t e l l a n o . - U n t o m o e n 1 6 . o á p t a s . 0 ' 6 3 e n r a m a y 1*13 en p ie l . _ , , _

Oración fúnebre en las excequias de los Vo-l u n t a r i o s ca tó l icos del e j é r c i t o pontif icio m u e r t o s en d e f e n s a d e la S a n t a S e d e , p r o n u n c i a d a p o r el señor O b i s p o d e O r l e a n s . — U n c u a d e r n o e n 4 . ° á p t a s . 0 ' 2 5 . .

Oración compuesta por San Francisco de ba-l e s , p a r a las m u j e r e s q u e e s t á n e n c i n t a . — U n o p ú s c u l o en 1 0 . ° á p t a s . O ' 1 2 .

Oraciones, r imas y cantares por R. Monner S a n s . O b r i t a a p r o b a d a por la A u t o r i d a d E c l e s i á s t i c a é i n d u l g e n -c i a d a p o r los O b i s p o s d e G e r o n a y V i c h — U n c u a d e r n o d e 6 0 p á g . en 8 . ° á 0 ' 5 0 p t a s . .

Orden internacional (El) por Carlos Perin. T r a d u c i d o al e s p a ñ o l p o r D . An ton io J o s é P o u y O r d i n a s , e x -p r o f e s o r d e D e r e c h o I n t e r n a c i o n a l de l o s e s t u d i o s f u n d a d o s e n la U n i v e r s i d a d d e Z a r a g o z a p o r la D i p u t a c i ó n P r o v i n c i a l y a c -t u a l m e n t e c a t e d r á t i c o d e E c o n o m í a Po l í t i c a y E s t a d í s t i c a en la U n i v e r s i d a d d e B a r c e l o n a . — E l sabio a u t o r d e e s t a o b r a d e j a d e m o s t r a d o d e u n a m a n e r a i n c o n t e s t a b l e , q u e l a s l e y e s é i n s t i -t u c i o n e s d e la Ig le s i a p u e d e n co loca r á la S o c i e d a d i n t e r n a c i o -nal e u s u s c o n d i c i o n e s n a t u r a l e s d e o r d e n y p r o g r e s o ; m i e n t r a s q u e son i m p o t e n t e s p a r a c o n s e g u i r l o l a s c o m b i n a c i o n e s de! e s -p í r i t u h u m a n o , e n t r e g a d o á s u s p r o p i a s f u e r z a s y l o s e s f u e r z o s d e la pol í t ica m o d e r n a . La conc lus ión p r á c t i c a d e M . l ' é n n es la a f i r m a c i ó n del d e r e c h o d e j u r i s d i c c i ó n , en t o d o s los ó r -d e n e s d e la I g l e s i a c a t ó l i c a , c u y a s o b e r a n í a en n a d a p e r j u d i c a á las s o b e r a n í a s t e m p o r a l e s , á l a s q u e c o m u n i c a n u e v a v i r t u d p a r a e s t a b l e c e r u n o r d e n socia l e s t a b l e , f u n d a d o e n l a s n o r m a s d e la j u s t i c i a c r i s t i a n a . — U n t o m o e n 4 . ° 5 p t a s . e n r a m a y ¿ ' 2 5 e n p a s t a .

Ordenes monásticas y religiosas (Las), por E d . D u c p e t i a u x . — C r e e m o s p r e s t a r u n se rv i c io á l a s a n t a c a u s a d e la re l ig ión y á l a s O r d e u e s d e a m b o s s e x o s , q u e h a n dado

Page 194: Tratado de Virtudes Cristianas

á n u e s t r a E s p a ñ a t a n t o s h é r o e s y h e r o í n a s e s c l a r e c i d o s , y á las l e t r a s , c i enc i a s y a r t e s t a n t o s h o m b r e s e m i n e n t e s , p r e s e n t a n d o u n l ibro q u e m e r e c e s e r l e ído c o n espec i a l i n t e r é s . — U n t o m o en 8 . ° á 1 p ta . en r a m a v 4*75 en p e r c a l i n a .

Pan (El) de la vida e terna, preparación y guia p a r a la p r i m e r a C o m u n i ó n , m e m o r i a l y a u x i l i a r p a r a las p o s t e -r i o r e s , p o r el Dr . D. F r a n c i s c o d e P a u l a R i b a s y S e r v e t , P b r o . — Un t o m o en 1 6 . ° á p t a s . i ' 5 0 en r a m a , 2 en p ie l d e c o l o r , 3 en t a f i l e t e , c o r t e d o r a d o y 4 ' 5 0 en c h a g r í n , c o r t e d o r a d o . H a y a d e -m á s u n v a r i a d o s u r t i d o d e e n c u a d e m a c i o n e s p r o p i a s p a r a la p r i m e r a C o m u n i ó n , á lo c u a l e s t á p r i n c i p a l m e n t e d e s t i n a d o e s t e D e v o c i o n a r i o .

Paraíso del alma. Tratado de las vir tudes c o m p u e s t o p o r A l b e r t o M a g n o , y t r a d u c i d o p o r el P . R i v a d e n e i r a , S . J . — U n l o m o en 1 6 . ° á 1 p t a . en r a m a y 1 ' 5 0 en piel co lo r .

Perfecc ión (Tratado de la) en"todos los esta-d o s d e la v ida del c r i s t i a n o , p u r el V . P . L u i s d e la P u e n t e , d e l a C o m p . d e J e s ú s . — E s t a i m p o r t a n t í s i m a o b r a , q u e c o n s t a d e o c h o t o m o s en 8 . ° , s e v e n d e al p r e c i o d e p t a s . 20*50 en r a -m a y 2 6 ' 5 0 en p a s t a , y la f o r m a n los s i g u i e n t e s :

Tratado de la perfección del cristiano en general.—Dos to-m o s , 4 ' 5 0 p t a s . e n r a m a y 6 en p a s t a .

Tratado de la perfección del cristiano en el estado seglar.— D o s t o m o s 4 ' 5 0 p t a s . r a m a y 6 p a s t a .

Tratado de la perfección del cristiano en el estado reli-gioso.— D o s t o m o s 5 ' 5 0 p t a s . r a m a y 7 p a s t a .

Tratado de la perfección del cristiano en el estado eclesiás-tico.— D o s t o m o s 6 p t a s . r a m a y 7 ' 5 0 p a s t a .

C a d a Tratado e s u n a o b r a c o m p l e t a , p u d i é n d o s e t o m a r c u a l -q u i e r a d e e l los s e p a r a d a m e n t e .

Perfección y v i r t udes c r i s t ianas (Ejercicios d e ) , p o r e l V . P . A l o n s o R o d r í g u e z , d é l a C o m p . d e J e s ú s . N u e v a e d i c i ó n a j u s t a d a á la q u e e n 1 6 1 5 sa l i ó en S e v i l l a r e v i s a d a d e n u e v o p o r el m i s m o A u t o r . — S e i s t o m o s e n 8 . ° á p t a s . 6 en r a -m a y 7 e n p a s t a . E n c u a d e r n a d a l a o b r a en t r e s vo l s . 8 ' 2 5 .

Piénsalo bien ó ref lexiones sobre los cuatro fines ú l t i m o s . T r a d u c i d a s del f r a n c é s p o r el E x c m o . é l i m o , doc-t o r D . J o s é M o r g a d e s y Gil í , O b i s p o d e V i c h . E n F r a n c i a n a d i e i g -n o r a l o s f r u t o s v e r d a d e r a m e n t e p r o d i g i o s o s d e g r a c i a y sa lvac ión q u e h a p r o d u c i d o e s t e l i b ro d u r a n t e u n s i g l o . — U n t o m o en 1 6 . ° á p t a s . 0 ' 7 5 e n r a m a y 1 ' 2 5 e n p ie l d e c o l o r .

Preces ge r t rud ianas . Médula de devotísimas o r a c i o n e s d i c t a d a s e n g r a n p a r t e p o r el m i s m o C r i s t o , e n t r e s a c a -d a s d e l a s r e v e l a c i o n e s d e l a s s a n t a s v í r g e n e s y h e r m a n a s G e r -t r u d i s y M e c t h i l d i s , r e l i g i o s a s d e la O r d e n d e S . B e n i t o . L i b r i t o m u y á p ropós i t o p a r a v i s i t a r el S a n t í s i m o S a c r a m e n t o en l a s C u a r e n t a H o r a s , a s i s t i r á la M i s a , c o n f e s a r y c o m u l g a r d e v o t a -m e n t e , e t c . — U n t o m o en 1 6 . ° á 1 p t a . r a m a y 1 ' 5 0 p i e l .

Preces tomist icas por D. José Torras y Bages, P b r o . D e v o c i o n a r i o c o n t e n i e n d o v a r i a s n o t a b i l í s i m a s o r a c i o n e s c o m p u e s t a s p o r el A n g e l d e l a s e s c u e l a s . C o n t i e n e a d e m á s u n r e t r a t o m o r a l d e l s a n t o D o c t o r , u n a n o v e n a del m i s m o y o t r a s v a r i a s d e v o c i o n e s p a r a e x c i t a r la devoción al q u e la S a n t i d a d d e L e ó n XI I I h a p r o c l a m a d o p a t r o n o d e l a s E s c u e l a s c a t ó l i c a s . — U n t o m o en 8 . ° á p t a s . 0 ' 5 0 en r a m a y 1 en p e r c a l i n a .

Preelectiones de ve ra religione, et de Locis T h e o l o g i c i s , q u a s i n Co l l eg io R o m a n o h a b e b a t P . J o a n n e s P e -r r o n e , S . J . , n o v i s s i m i s E c c l e s i í e d e c l a r a t i o n i b u s ad u s u m scho -l a r e m a d o r n a v i t , a c n o n n u l l i s a d d i t i o n i b u s , p r a j s e n t i b u s t e m p o r i -b u s a c o m m o d a t í s . p r i s t i n o t a m e n t e x t u a l i qua l i t e r i m m i n u t o , lo-c u p l e t a v i t D. D . B o n a v e n t u r a P o n s , P t e r . , s e m . u r g e l i . t h e o l . p r i m a r i u s p r o f e s s o r , s u b d i r e c l i o n e , r e c o g n i l i o i i e e a u s p i c i i s E x c m i . e t l i m i . D r . D . S a l v a t o r i s C a s a ñ a s , ep iscopi U r g e l l e n s i s . E s t a magn í f i ca o b r a e s u n t e x t o d e T e o l o g í a f u n d a m e n t a l , c o m -pleto y a c o m o d a d o á l a s n e c e s i d a d e s d e los t i e m p o s p r e s e n t e s . — D o s t o m o s en 4 . ° á 11 p t a s . e n r a m a y 1 3 ' 5 0 en p a s t a .

Proclamas (Libro de). Los Rdos. Cura Párrocos e n c o n t r a r á n d e s u m a u t i l i d a d e s t e l i b r o , en el q u e h e m o s p u e s t o las declaraciones de los testigos, á fin de que en toda ocasión p u e d a n j u s t i f i c a r q u e h a n o b r a d o con l a s p r e c a u c i o n e s d e b i d a s . — U n t. d e 1 0 0 h o j a s e n fo l io ( p a r a 2 0 0 m a t r i m o n i o s ) , á p e -s e t a s 6 ' 5 0 á la h o l a n d e s a . D e 2 0 0 h o j a s , 1 1 * 5 0 .

Protección (De la) del t raba jo cristiano, por el P a d r e s L u i s d e B e s s a . c a p u c h i n o . Vers ión e s p a ñ o l a p o r el R d o . F. R i b a s y S e r v e t . — U n o p u s e , en 8 . ° á p t a s . Q ' 3 0 .

Protes tant ismo (Los secretos del). Novela his-t ó r i c a p o r H e r n á n d e z del M a s . Al final d e l a o b r a se h a p u e s t o u n a i n t e r e s a n t e co l ecc ión d e d o c u m e n t o s q u e s i r v e n , al m i s m o t i e m p o q u e d e c o m p r o b a c i ó n d e l o s h e c h o s q u e s e r e f i e r e n , d e m a n u a l d e c o n t r o v e r s i a c o n l o s p r o t e s t a n t e s é i n c r é d u l o s . — D o s t o m o s en 4 . ° c o n l á m i n a s , á p t a s . 7 ' 5 0 e n r a m a y 1 0 ' 5 0 p a s t a .

Page 195: Tratado de Virtudes Cristianas

8 Quince minutos en compañía de Jesús sacra-

m e n t a d o , y e s t a c i ó n al S a n t í s i m o S a c r a m e n t o . P i a d o s o o p u s c n l i t o d e 6 0 | O * 1 1 I P ^ í P

p á g i n a s i m p r e s o con t ipo l l c l l u v > 1 l V " *

— P t a s . Ó ' 2 0 en r a m a , 0 ' 4 0 en p e r c a l i n a , y 0 ' 6 0 e n p i e l d e c o l o r .

Ramillete espiritual al sagrado Corazón de Je-s ú s , ó b r e v í s i m o M e s d e l s a g r a d o C o r a z ó n , p o r u n P a d r e d e la C o m p . d e J e s ú s . — U n o p ú s c u l o e n 1 6 . ° á p t a s . 0 ' 2 5 . Cien e j e m p l a r e s , 2 0 p t a s .

Ramillete poético al sagrado Corazón de Je-s ú s . Colección d e b o n i t a s p o e s í a s p a r a r e p a r t i r s e en las f u n c i o n e s d e c a d a d í a q u e s e c e l e b r a n d u r a n t e el m e s d e j u n i o . — C i e n c o -l e c c i o n e s c o r t a d a s , 8 p t a s

Ramillete espiritual á la Virgen Santísima, ó n u e v o y b r e v í s i m o M e s d e M a r í a , p o r u n P a d r e d e la C o m p . d e J e s ú s . — " U u o p ú s c u l o e n 1 6 . ° á p t a s . 0 ' 2 5 . Cien e j e m p l a r e s , 2 0 pe-s e t a s .

Ricardo, ó sea Historia de la milagrosa con-v e r s i ó n d e u n f r a c m a s ó n por l a i m a g e n del S a l v a d o r en R o m a en s u t r a s l a c i ó n s o l e m n e d e 1 8 6 3 . E s d e s u m a i m p o r t a n c i a l ee r con re f l ex ión l a s p á g i n a s d e e s t a h i s t o r i a , en q u e a p a r e c e n en t o d a s u d e s n u d e z y h o r r o r los i n f e r n a l e s a r d i d e s de q u e s e s i rven l o s s e c t a r i o s p a r a e n g r o s a r s u s l o g i a s . — U n t . en 8 . ° á p t a s . 1 ' 5 0 e n r a m a y 2 en p e r c a l i n a .

Roma. Impresions y comentaris per Mossen J a u m e Collel l , c a n o n g e d e la s e u d e V i c h , a b d i b u i x o s d e E n r i c h S e r r a . — U n t . 8 . ° á p t a s . 3 en p e r c a l i n a .

Roma y Londres; ó sea paralelos entre el Ca-t o l i c i s m o y el P r o t e s t a n t i s m o r e p r e s e n t a d o s por a m b a s c i u d a d e s , p o r S a n t i a g o M a r g o t t i . — U u t o m o e n 4 . ° á p t a s . 2 ' 5 0 en r a m a y 3 ' 5 0 en p a s t a .

Page 196: Tratado de Virtudes Cristianas