TRAQUEOSTOMIA e CRICOTIREOIDOSTOMIA

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TRAQUEOSTOMIA E CRICOTIREOIDOSTOMIA Alexandre Mestre Tejo, Ana Paula Junqueira, Ariane Itimura, Camila Mota, César Calvani , Dante Bersot , Eloá Miranda, Fernanda Burle, Gabriele Teodoro, Isabela Peron.

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Alexandre Mestre Tejo, Ana Paula Junqueira, Ariane Itimura , Camila Mota, César Calvani , Dante Bersot , Eloá Miranda, Fernanda Burle, Gabriele Teodoro, Isabela Peron. TRAQUEOSTOMIA e CRICOTIREOIDOSTOMIA. Definição. - PowerPoint PPT Presentation

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TRAQUEOSTOMIA E CRICOTIREOIDOSTOMIA

Alexandre Mestre Tejo, Ana Paula Junqueira, Ariane Itimura, Camila

Mota, César Calvani , Dante Bersot , Eloá Miranda, Fernanda Burle, Gabriele Teodoro, Isabela

Peron.

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Definição

Traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior da traquéia, comunicando-a com o meio externo, tornando a via aérea pérvia.

Cricotireoidostomia: consiste no

acesso cirúrgico das vias aéreas através da membrana cricotireóidea.

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Histórico

A mais antiga referência a traqueostomia é de um hieróglifo em uma pirâmide egípcia, descrevendo um procedimento similar

400 a.C., Hipócrates condena a traqueostomia, pelo risco de lesão nas carótidas

Asclepiades, em 100 a.C., na Grécia, relata o uso para tratamento da asfixia

600 d.C., o Susruta Samhita descreve a traqueostomia como um procedimento aceitável na Índia;

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Histórico 1546: primeira descrição cirúrgica

com sucesso feita por um médico italiano, Antonio Musa Brasavola, que operou um paciente com "abscesso na garganta“

1833, Trousseau, realizou mais de 200 traqueostomia numa epidemia de difteria.

1923 Chevalier Jackson padroniza a técnica cirúrgica com refinamentos, reduzindo a mortalidade das traqueostomias de 25% para 2%.

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Anatomia

Pele Subcutâneo M. Platisma Fáscia cervical Musculatura pré-

traqueal Fascia pré-traqueal

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Cartilagens e ligamentos

Anatomia

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Vascularização

Laringe: a. laríngea

Traquéia: Ramos laterais da a.

tireoidea superior e a. brônquica.

Auxiliam as artérias: subclávia, intercostais

superiores, torácica interna e inominada.

Anatomia

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Indicações

Obstrução de vias aéreas superiores:(Exceto causas agudas)

Anomalias congênitas Corpo estranho em VAS

Trauma cervical Neoplasias

Paralisia bilateral de cordas vocais

Queimaduras e corrosivos

Infecções Manejo de pós-operatórioBucofaringolaringológico

Edema Apnéia do Sono Grave

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Intubação orotraqueal prolongada;

1)Prefere-se traqueostomia quando a intubação será superior a 14 dias;

2)Evita-se assim lesões de mucosa e estenoses;

3) Facilita comunicação, deglutição e higiene oral;

Controle e limpeza das vias aéreas;Casos com pacientes incapazes de expelir secreções

traqueobrônquicas provenientes de pneumonias, bronquiectasias, etc.

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No caso de obstrução podem ainda ser:

Absolutas:

-Cirurgia radical da cabeça e pescoço-Cirurgia laríngea-Cirurgia da tireóide-Traumatismos graves-Queimaduras das vias aéreas superiores-Envenenamento por barbitúricos (causam depressão

respiratória)-Fraturas da mandíbula ou face com impossibilidade de

intubação orotraqueal- Edema laríngeo progressivo- Infecção ( difteria, polimielite bulbar, e tétano).

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Relativas

- Enfisema do mediastino- Micrognatia- Parada cardíaca- Limpeza traqueal difícil- Miastenia grave- Edema angioneurótico- Cirurgia torácica- Inalação de cáustico - Fraturas múltiplas de costelas- Fraturas de esterno- Laringotraqueobronquite- Abscessos dentro e fora das vias aéreas- Corpos estranhos.

OBS: Deve ser evitada e casos de carcinoma laringeo.

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A traqueostomia deve ser realizada de forma eletiva e no centro cirúrgico.

Evitar em casos de carcinoma laríngeo.

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Tipos de Cânula

Cânula para traqueostomia sem balão

Cânula para traqueostomia em PVC com Balão

Cânula para traqueostomia Metal

Cânula para traqueostomia folada

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ClassificaçãoExistem diversas formas de classificação

Podem ser divididas em ELETIVAS, de URGÊNCIA e de EMERGÊNCIA.

1) Eletivas: Realizada quando se prevê a possibilidade de insuficiência respiratória, grandes traumatismos ou dificuldade de intubação(ou esta é contra-indicada).

2) Urgência: Quando há obstrução parcial, mas o paciente ainda pode permanecer alguns minutos no estado que indicou a cirurgia

3) Emergência: Casos onde há obstrução total, onde o paciente necessita de comunicação com a traquéia em tempo menor do que aquele que se realiza a traqueostomia. Nestes casos utiliza-se a cricotireoidostomia.

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Classificação

Quanto a localização:

1)Altas : Primeiro e segundo anel traqueal são envolvidos

2)Médias: Terceiro e quarto anel

3)Baixas: Baixas: Abaixo do quarto anel

Quanto a permanência:

4)Temporária

5)Definitiva (paralisia de cordas vocais por lesão do nervo laringeo recorrente, tumores inoperaveis)

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Classificação

Quanto a técnica os acessos podem ser divididos em:

1) Traqueostomia Clássica

2) Traqueostomia Percutânea

3) Traqueostomia Mediastinal anterior

4) Critireoidostomia e Cricotireoidostomia percutânea*

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Traqueostomia Clássica

Local apropriado

Posição do paciente

Procedimento

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Traqueostomia Clássica

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Traqueostomia Clássica

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Traqueostomia Clássica

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Traqueostomia Clássica

VÍDEO

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Traqueostomia Percutânea

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Traqueostomia Percutânea

Consiste na realização de uma punção traqueal através da qual é introduzido um fio guia que direciona os dilatadores da traquéia e a colocação da cânula de traqueostomia;

Foi com o trabalho de Ciaglia, em 1985, que o método ganhou aceitação;

Duas técnicas principais: o conjunto Blue Rhino e técnica de Griggs.

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Traqueostomia Percutânea

Vantagens: rápida execução, menor custo, realizado por não-especialistas, melhor resultado estético.

Contra-indicações: emergência, crianças, glândula tireoide aumentada, cartilagem cricóide impalpável, calcificação de anéis traquais.

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Técnica da traquestomia percutânea Uma incisão longitudinal de 1,5 cm é

realizada 1,5 cm abaixo da cartilagem cricóide. O tecido subcutâneo e a fáscia superficial são abertos na linha média por divulsão com pinça Kelly;

A traquéia é palpada e a área a ser puncionada, linha média entre o 2º e 3º anéis, é liberada por dissecção romba digital para evitar puncionar o istmo da tireóide.

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Técnica da traquestomia percutânea O fio guia é passado pela agulha e

direcionado distalmente; É iniciada a dilatação do trajeto

com o dilatador rígido curto. Até esse ponto, as 2 técnicas de traqueostomia percutânea são semelhantes.

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CONJUNTO BLUE RHINO

O cateter guia deve ser colocado sobre o fio guia para aumentar o seu calibre e melhorar a condução do dilatador para a luz traqueal;

A partir de então, a traquéia é dilatada com um dilatador único;

Com a dilataçãocompletada, uma cânula de traqueostomia colocada por sobre um dilatador é introduzida pelo trajeto para dentro da traquéia;

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CONJUNTO BLUE RHINO

O broncoscopista confirma que a cânula se encontra bem posicionada, o dilatador com o cateter guia e o fio guia são retirados, o balonete da cânula é insuflado e a extensão do respirador é conectada na cânula de traqueostomia para ventilar o paciente.

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CONJUNTO BLUE RHINO

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CONJUNTO PORTEX

A dilatação da traquéia é realizada com uma pinça metálica que tem um sulco entre as suas hastes, de tal forma que a pinça desliza em torno do fio guia;

O cirurgião abre a pinça fazendo a dilatação do trajeto, orientado pelo broncoscopista;

Uma cânula de traqueostomia que faz parte do kit, cujo obturador é perfurado permitindo a passagem do fio guia, é introduzida na luz traqueal.

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CONJUNTO PORTEX

O broncoscopista realiza a aspiração de secreções pela cânula de traqueostomia e checa a hemostasia proximal através de laringoscopia que utiliza a própria cânula de intubação orotraqueal como guia para o fibrobroncoscópio.

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CONJUNTO PORTEX

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Traqueostomia Percutânea

VÍDEO

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Traqueostomia Mediastinal

Indicada em casos de massas cervicais

Permite a ampla ressecção das estruturas cervicais

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Cricotireoidostomia

Escolha nas emergências devido à facilidade técnica

Utilizada em politraumas e taumas maxilo-faciais, onde a intubação não é possivel

Deve ser convertida em traqueostomia formal dentro de 24-2 horas

Contra-indicado <10 anos

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Cricotireoidostomia

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Cricotireoidostomia Percutânea (Por agulha)

Método mais rápido e fácil Punção do ligamento cricotiroideo

com uma agulha de grosso calibre e assim suporte vetilatório

Usado quando métodos translaríngeos ou a cricotireoidostomia é contra indicada

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Cuidados com a Traqueostomia

Proteção da ferida operatória, faz-se curativo com gaze lubrificada com vaselina, a fim de proteger conta os traumatismos da cânula

Cuidados com a mobilidade da cânula, evitando sua expulsão

Aspiração da secreção sempre que necessário

Cânula metálica interna retirada e limpa constantemente

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Retirada da Cânula

Resolução da via aérea superior Desnecessidade de ventilação

mecânica Controle das secreções das vias

aéreas Verificar se há reflexo da tosse Presença de aspiração

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Complicações

Precoce- Sangramentos- Pneumotórax- Lesão da cartilagem cricoide- Plug mucoso- Lesão de estruturas para-traqueais:

nervo laríngeo recorrente.- Enfisema subcutaneo

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Tardios:- Sangramento tardio

(a. inominada)

- ESTENOSE- Fístula- Tecido de Granulação- Impossibilidade de decanulação

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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Referências Pohl, F.F., Petroianu, A. Tubos, Sondas e Drenos.

Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Souza, W.T. Traqueostomia. Disponível em:

http://www.cirurgiageral.com.br/Traqueostomia.htm. Acesso: 26 mar 2012

Curcio, A. Traqueostimias. Disponível em: http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_5.pdf. Acesso: 26 mar 2012

Meirelles, R.C. Complicações da Traqueotomia Contribuição ao seu Estudo. Revista SORL-RJ, v.1(2), p. 97, 2009.

Moore, Keith L.; Dalley, Arthur F. Anatomia Orientada para Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007