The Portuguese Tribune, June 1st 2011

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 a Quinzena de Junho de 2011 Ano XXXI - No. 1110 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Ganadaria de Rego Botelho faz história Forcados do Aposento de Turlock nas Sanjoaninas 2011 Beata Maria Clara NOTÍCIAS PALCUS vai homenagear as seguintes entidades: Ana Moura (world famous Fadista from Portugal) Frank Gaspar (author from CA) The Honourable Richard Pombo (Congressman, CA) Meredith Vieira (The Today Show/Who Wants to be a Millionaire) Nelly Furtado (2002 Grammy Winner) Elmano Costa (professor of Portuguese from UC Stanislaus, CA) Portuguese Heritage Pu- blications of California Mel Ramos (internatio- nally known artist from CA) LALIS/LAEF/LAFF/ PCU – Only national Portuguese Fraternal organization The Honourable Ben Ni- ghthorse Campbell (U.S. Senator, CO) The Honourable Daniel da Ponte (Rhode Island State Senator) Ed Cruz (Founder of EE Cruz & Co, NJ) Tommy Castro (Blues Musician, CA) The Bernadino Coutinho Foundation (community based organization from NJ). Mais uma vez um grupo de forcados da Ca- lifornia irá representar a nossa Festa Brava em terras açorianas. Desta vez, coube ao Grupo de Forcados do Aposento de Turlock, sob a liderança de Tony Machado, enfrentar toiros na 2ª Cor- rida das Sanjoaninas, a realizar no dia 24 de Junho no Concurso de Ganadarias. Toiros de Palha, Partido de Resina, Mur- teira Grave, Rego Botelho, Casa Agrícola José Albino Fernandes e João Gaspar para os cavaleiros Vitor Ribeiro, Tiago Pamplo- na e João Moura Jr. Pegam os Grupos de Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Aposento de Turlock e Amadores do Ramo Grande. Entrevista com Tony Machado na nossa próxima edição. A Ganadaria de Rego Botelho da Ilha Terceira apresentou-se pela primeira vez em terras de Portugal Continental, mais precisamente na Catedral do Toureio - Campo Pequeno. Triunfo absoluto com duas voltas à praça do ganadero. A Ganadaria Rego Botelho foi fundada em 1953 com reses de Castro Parreira e aumentada com vacas de Dinis Fernandes e um semental de Pedrosa (1960). Em 1979 foram adquiridas vacas e sementais de David Ribeiro Telles, e depois de Rio Frio e Lupi (1989), bem como, sementais de Oliveiras e Irmãos e Brito Paes. Mais tarde adquiriram vacas e sementais de Simão Malta e de Jandilla. Foto : matador António Ferrera com o ganadero António Baldaya. Foto de Edgar Vieira Realizou-se em Los Banos a Missa de Festa da Beatificação de Maria Clara, Padro- eira e fundadora das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, responsáveis pela Nursing Home New Bethany em Los Banos. Pág. 12, 39 Dia de São Vapor em Ponta Delgada Dez mil turistas num só dia

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The Portuguese Tribune, June 1st 2011

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1a Quinzena de Junho de 2011Ano XXXI - No. 1110 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Ganadaria de Rego Botelho faz

história

Forcados do Aposento de Turlock nas Sanjoaninas 2011

Beata Maria Clara

NOTÍCIASPALCUS vai homenagear as seguintes entidades:

Ana Moura (world famous Fadista from Portugal)Frank Gaspar (author from CA)The Honourable Richard Pombo (Congressman, CA)Meredith Vieira (The Today Show/Who Wants to be a Millionaire)Nelly Furtado (2002 Grammy Winner)Elmano Costa (professor of Portuguese from UC Stanislaus, CA)Portuguese Heritage Pu-blications of CaliforniaMel Ramos (internatio-nally known artist from CA)LALIS/LAEF/LAFF/PCU – Only national Portuguese Fraternal organizationThe Honourable Ben Ni-ghthorse Campbell (U.S. Senator, CO)The Honourable Daniel da Ponte (Rhode Island State Senator)Ed Cruz (Founder of EE Cruz & Co, NJ)Tommy Castro (Blues Musician, CA)The Bernadino Coutinho Foundation (community based organization from NJ).

Mais uma vez um grupo de forcados da Ca-lifornia irá representar a nossa Festa Brava em terras açorianas.Desta vez, coube ao Grupo de Forcados do Aposento de Turlock, sob a liderança de Tony Machado, enfrentar toiros na 2ª Cor-rida das Sanjoaninas, a realizar no dia 24 de Junho no Concurso de Ganadarias.Toiros de Palha, Partido de Resina, Mur-teira Grave, Rego Botelho, Casa Agrícola José Albino Fernandes e João Gaspar para os cavaleiros Vitor Ribeiro, Tiago Pamplo-na e João Moura Jr.Pegam os Grupos de Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Aposento de Turlock e Amadores do Ramo Grande.Entrevista com Tony Machado na nossa próxima edição.

A Ganadaria de Rego Botelho da Ilha Terceira apresentou-se pela primeira vez em terras de Portugal Continental, mais precisamente na Catedral do Toureio - Campo Pequeno. Triunfo absoluto com duas voltas à praça do ganadero. A Ganadaria Rego Botelho foi fundada em 1953 com reses de Castro Parreira e aumentada com vacas de Dinis Fernandes e um semental de Pedrosa (1960). Em 1979 foram adquiridas vacas e sementais de David Ribeiro Telles, e depois de Rio Frio e Lupi (1989), bem como, sementais de Oliveiras e Irmãos e Brito Paes. Mais tarde adquiriram vacas e sementais de Simão Malta e de Jandilla. Foto: matador António Ferrera com o ganadero António Baldaya. Foto de Edgar Vieira

Realizou-se em Los Banos a Missa de Festa da Beatificação de Maria Clara, Padro-eira e fundadora das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, responsáveis pela Nursing Home New Bethany em Los Banos. Pág. 12, 39

Dia de São Vapor emPonta Delgada

Dez mil turistas num só dia

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Year XXXI, Number 1110, June 1st, 2011

2 1 de Junho de 2011SEGUNDA PÁGINA

Rosa Maria Correia da Silva, conheci-da por Rosa Silva "Azoriana", nasceu na Canada da Vassoura, freguesia da Ser-reta, que tem por Padroeira a Senhora dos Milagres.Brincou, frequentou o ensino primário, fez todos os actos religiosos a que esta-va obrigada, ajudou nas tarefas da vida quotidiana, criou amizdes, namorou e casou na linda freguesia do denso nevo-eiro. Mais tarde, desceu ao burgo Angrense e gostou. Por aqui ficou a trabalhar e a viver.Tem uma atracção pelas cantigas de improviso. Em 2004 criou um Blog e lá deu asas à sua criação. Arranjou muitos amigos, conhecidos e contactos. Chegou a todo o mundo.Em 2008 cantou no dia do Pézinho, na casa de Luís Bretão. Em 2010 cantou de improviso num bar na Vinha Brava.Parecia que o coração lhe saltava pela boca fora, num misto de alegria e res-ponsabilidade pelo que fazia.Rosa Silva tem imensos escritos. Parte deles, estão neste livro agora publicado.

Podem contactar Rosa da Silva através do email: [email protected] ou en-tão visitem-na em silvarosamaria.blogs.sapo.pt/

EDITORIAL

Como é possível que num País em bancarrota, a campanha eleitoral esteja a ser uma das mais ver-gonhosas de sempre?Numa altura em que Portugal precisa de clarifica-

ção de políticas para o futuro, mesmo tendo em conta que o programa do FMI é o que vai "governar" durante quatro anos no mínimo, seria sempre possível que os partidos políticos pudessem e devessem mostrar o que os distingue e esclare-cer os seus constituintes. É pena termos de dizer que todos os politicos actuais em Portugal estão muito aquém daquilo que seria admissível num País como o nosso, que já teve po-líticos de muita categoria.Com estes políticos e com este espectáculo vergonhoso, o povo português nem deveria votar.

Em duas semanas teremos mais uma vez que celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. E este ano va-mos celebrar o passado e o futuro, porque o presente nem vale a pena falar muito, tal a vergonha política que anda por aquele rectângulo à beira mar plantado.

Vários líderes comunitários e outros entidades da California vão ser homenageados, quer nos Açores, na Costa Leste e em San José, CA. Isto são boas notícias para todos aqueles que conhecem o trabalho destes homens/mulheres que du-rante muitos anos têm dado o seu melhor para que a nossa comunidade esteja ao nível das suas responsabilidades.Apraz-nos referir os nomes de Tony Goulart, Décio Olivei-ra, Elmano Costa, Frank Gaspar, Richard Pombo, Mel Ramos, Portuguese Heritage Publications of California, LALIS/LAEF/LAFF/PCU e Tommy Castro. jose avila

Rosa Silva publicou livroUma campanha vergonhosa

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3PATROCINADORES

fotos de Diliana Pereira

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4 1 de Junho de 2011COLABORAÇÃO

Ao longo do ano recebo vários emails de estudantes de liceu ou universitários, que me pro-curam em busca de concelhos

académicos relativos ao seu futuro por sa-berem que percorri, ou estou a percorrer caminhos semelhantes aos seus. Há pouco mais de uma semana, recebi um email que me chamou à atenção. O email era pro-veniente de uma jovem Luso-Americana, que actualmente é estudante de liceu (high school) na Califórnia. O email tinha como questão central, o enriquecimento do currículo académico com vista à entrada numa universidade de renome. A jovem descreveu-me o seu historial académico, o qual estava recheado de grandes notas, distinções académicas, e participações em várias actividades extracurriculares como por exemplo, o trabalho voluntário relacionado com a sua área de estudo. Mas ao examinar o seu currículo, notei falta de algo, a falta de algo diferente, algo de es-pecial, algo que a tornasse num trevo de quatro folhas entre um mar de trevos com apenas três. A excelente qualidade académica revelada por esta jovem é semelhante à de milhares de outros estudantes, mas a verdade é que as universidades têm um número limitado de vagas, e portanto, as melhores univer-sidades, dão-se ao luxo de selecionarem apenas os melhores dos melhores.

Para que esta jovem se possa distinguir de outros estudantes, igualmente dotados, apenas precisa de uma coisa: de se envol-ver nas actividades culturais Portuguesas.É verdade meus amigos, ter sangue Por-tuguês não só é motivo de orgulho como também é um privilégio a vários níveis. Não estou de maneira alguma a tentar di-zer que um luso- descendente tem maior vantagem em relação a qualquer outro estudante, porque isso não é verdade. No entanto, se o estudante for um elemento activo na comunidade portuguesa, o cur-rículo do jovem ganha uma componente extracurricular pouco comum entre estu-dantes de outras descendências, tornando-o num concorrente mais forte. Tocar um instrumento numa filarmónica, dançar num grupo de folcore, participar nas danças de carnaval, fazer parte dum grupo coral, ser membro de comissões de festas, entre outras actividades, são exem-plos de possibilidades de envolvimento cultural para qualquer jovem luso-descen-dente. Estas representam a possibilidade de enriquecimento curricular. E claro que, ter conhecimento e saber comunicar nou-tro idioma, para além do inglês também é valioso.Por esta altura, é provável que o leitor es-teja a pensar, mas porque razão estarão as universidades mais interessadas em jovens com este tipo de envolvimento?

Para responder a essa questão vou utilizar a minha própria experiência como estu-dante. No passado mês de fevereiro, fui entrevistado por um grupo de professores da Universidade da Califórnia de San Fran-cisco (UCSF) com vista à entrada no curso de doctor of pharmacy. Concorreram perto de 2000 estudantes ao curso, dos quais 300 foram entrevistados para preencherem as 100 vagas disponíveis. As entrevistas são geralmente baseadas no currículo do estu-dante, mas em especial, têm por objetivo conhecer o estudante como pessoa e mem-bro da sociedade. Durante os 45 minutos de entrevista, nem uma vez me falaram no meu desempho académico. Quiseram saber as minhas opiniões à cerca de deter-minados assuntos académicos e também à cerca do meu passado, mas durante a maior parte da entrevista, questionaram-me à cerca das minhas experiências como elemento activo na comunidade Portugue-sa, com destaque para o facto de eu ser co-laborador da Tribuna. De acordo com vários professores univer-sitários, os números (as notas) apenas re-presentam a capacidade que um estudante tem para interpretar e por em prática aquilo que lhe é ensinado. Aquilo que o estudan-te faz para além dos estudos (actividades extracurriculares) e o nível de paixão com que as desempenha, diz muito sobre a apti-dão que esta pessoa terá como professional

e membro da sociedade no futuro. Dançar num grupo de folcore ou tocar numa filarmónica, revela uma capacidade artística, uma identificação cultural, e um nível de disciplina e de compromisso ele-vado. Ser membro activo de uma comissão de festas ou clube cultural, demonstra pai-xão pelas tradições culturais dos seus an-tepassados, mas acima de tudo demonstra uma capacidade para trabalhar numa equi-pa e de desempenhar papeís que requerem um elevado nível de responsabilidade e maturidade. Este é o tipo de interpretação e avaliação levada a cabo por professores universitários quando analisam o currícu-lo de estudantes concorrentes. É isto que distingue estudantes com níveis de desem-penho académico semelhantes. Não quero com isto, de modo algum, in-centivar jovens luso descendentes a par-ticiparem nas actividades culturais por-tuguesas apenas e só com a intenção de se tornarem melhores concorrentes para vagas universitárias, pois o envolvimento em tais actividades deve partir de um gos-to interior, criado no seio da família, pela cultura dos seus antepassados. Quero sim, chamar a atenção para a possibilidade de este envolvimento ser equivalente ao se-gurar o Às de trunfo num jogo de suéca. Trata-se de uma carta que o jovem luso- descendente pode e deve utilizar.

Consulado Geral de Portugal em San Francisco

MENSAGEMDIA DE PORTUGAL 2011

Caros compatriotas,Meus caros amigos,

Na ocasião em que mais uma vez celebramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comu-nidades Portuguesas, quero saudar todos os portugueses e luso-descendentes residentes na vasta área de jurisdição deste Consulado-Geral.

Este é um ano determinante para o nosso futuro colectivo, quer como Comunidade ra-dicada na Califórnia e na costa Oeste dos Estados Unidos da América, quer como País e como Nação.

Acredito que, congregados em torno do nosso secular património histórico e cultural, que é único, saberemos responder aos exigentes desafios que o futuro nos reserva. As-sim ajudaremos a construir um Portugal melhor e maior, para orgulho e mais bem-estar dos nossos filhos e dos nossos netos.

Bem hajam pelo vosso contributo para esta causa.Viva Portugal!

Com um abraço,

António Costa MouraCônsul-Geral de Portugal

Envolvimento Cultural vale pontos Académicos

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5COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Antes de prosseguir neste segmento de lembran-ças àcerca das ribeiras terceirenses, convém

acentuar que, nos Açores, as nas-centes de água tomam por vezes o nome de fontes, algumas delas destacando-se pelo considerável volume de água, transformando-se em ribeiras, enquanto outras cor-rem apenas em fio. Daí que derivaram as chamadas ri-beiras grandes em contraste com as ribeiras secas de curso esporádico. Tanto assim que, curiosamente, em quase todas as ilhas topámos com o topónimo de Ribeira Grande, Ri-beira Seca e Ribeirinha, aplicado a diversas localidades, quer povo-adas quer desabitadas.Desnecessário insistir na impor-tância da água. Evidentemente que, sem água, não há vida. A água é um bem essencial e imprescindí-vel. A sua preservação e sobretudo a sua distribuição, reveste-se dum interesse excepcional nas nossas ilhas, dotadas pela Natureza com apreciável quantidade de fontes e nascentes, de ribeiras e lagoas. Embora dest’arte enriquecidos, os Açores têm-se debatido através dos tempos com graves problemas de água. Porém, não é este o objec-tivo da presente crónica. Tenciono discorrer, simplesmente, àcerca das ribeiras da ilha Terceira.Como deixei dito noutra cróni-ca, na ilha de S. Miguel os nomes

das ribeiras apresentam-se-nos associados com a sua história (Ribeira da Mulher e Ribeira do Guilherme), com a sua utilidade (Ribeira dos Moinhos), com a sua temperatura (Ribeira Quen-te), com o seu aspecto (Ribeira Funda e Ribeira Chã), ou com a sua extensão (Ribeira Grande e Ribeirinha). De igual modo deparámos com muitos lugares (freguesias) que receberam a respectiva designação por via da água, uma vez que as povoações fixaram-se de preferência em função da vizinhança de uma nascente ou de uma ribeira, ser-vindo não só à alimentação, mas também ao funcionamento das primitivas indústrias, tais como moinhos, engenhos, etc..

Tenho dentro do meu peitoDois moinhos a moer;Um mói por saudadesE o outro por bem querer.

O meu amor e o teuAndam ambos na ribeira;O meu anda à erva cidraE o teu à erva cidreira.

Quanto à ilha Terceira, são mui-tos os topónimos em que figura a palavra ribeira. Estão neste caso, por exemplo, as freguesias Quatro Ribeiras, Cinco Ribei-ras, Doze Ribeiras e Ribeirinha. Como apontou Luís da Silva Ri-

Ribeiras da Terceira (1)

beira, “partindo da Ribeira dos Moinhos, que atravessa a cidade d’Angra, o povo conta p’ra oeste o número de ribeiras e este serve de nome ao lugar onde a ribeira passa. Formam-se assim as deno-minações das freguesias já indi-cadas e ainda outros sítios, tais como Duas Ribeiras, Nove Ri-beiras, Catorze Ribeiras, etc.. É de notar-se que o numeral umas vezes antecede e noutras segue a palavra ribeira, ligando-se pela preposição de, como seja Ribeira das Três, das Oito, das Dez, etc.. Porém, o mais trivial é omitir a palavra ribeira e dizer abreviada-mente as Nove, as Oito, as Cinco e as Doze”. (Obras, Volume II, pg. 115, Ed. 1983).Vitorino Nemésio igualmen-te anotou que, na Terceira, “as freguesias são designadas pelo nome do orago e pelo número de ribeiras que as separam da cidade d’Angra. Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras, Santa Bárba-ra das Nove Ribeiras, São Jorge das Doze Ribeiras. Mas há outros lugares cuja toponímia acusa es-ses teóricos cursos de água que serviram à “triangulação” dos primeiros topógrafos da ilha: Duas Ribeiras, Sete Ribeiras, Catorze Ri-beiras, o que v u lga r mente se abrevia em:

as Duas, as Sete, as Catorze”. (Corsário das Ilhas, pg. 116, Ed. 1983).Nemésio oferece-nos seguida-mente esta evocação: “Ribeiras! Quem ouve isto vê água a correr, lavadeiras a lavar, amores hidro-gráficos à margem. Nada disso! Tirando a Ribeira dos Moinhos d’Angra, a da Cruz da Praia e a da Agualva (tudo mós), os lugares da Terceira com esse nome são simples sulcos de pedra que des-cem das encostas centrais, onde os riscos sombrios de uma vege-tação mais densa acusam o fio de água. Ressequidas de Verão, e até de Inverno, só algum ciclone outoniço ou as chuvas constantes da Primavera as fazem rebentar. Arrastam então consigo cepos arrancados e troncos, pedaços de alfaias agrícolas e até alguma rês surpreendida nos pastos a beber”. Ainda no seu “Corsário” (pg. 230), Nemésio legou-nos essoutra referência: “Mas o velho caudal, chamado Ribeira dos Moinhos, que viu nascer a cidade d’Angra no terceiro quartel do século 15 e alimentou as primitivas azenhas, está condenado a secar-se. A era atómica não quer nada com mós

nem maquias. A água que deu pão aos avós da cidade vai agora dar luz fluorescente aos netos”.Aqui estarei de regresso na pró-xima semana com diversas curio-sidades. Até lá:

Eu fui chorar saudadesPerto duma ribeira fria;Era mais o que choravaDo que a água que corria.

Ribeira que vais p’ra baixo,Passas por um bem qu’eu adoro;Se te faltar a água,Leva as lágrimas que choro.

Ribeira d’águas docesA correr direita ao mar,Quem saberá os segredosQue tu tens p’ra lhe contar.

A água daquela ribeiraNão apaga a minha sede;Tantos laços te hei-de armarQue hás-de cair na rede.

PHPC announces the release of its latest publication, the luxury edition of the book IV International Conference on The Holy Spirit Festas, a hard cover, full color, 100-page, photojournalist’s report of the June 2010 conference in San José, California, by Miguel Valle Ávila, Assistant Editor of The Portuguese Tribune. All author proceeds revert in benefit of the San José State University Portuguese Studies Program.

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IV International Conference on the Holy Spirit FestasMiguel Valle Ávila

Page 6: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

6 1 de Junho de 2011COLABORAÇÃO

Ouça Miguel Canto e Castro em www.kigs.com

Um amigo nosso há dias perguntava: “Como foi possível um povo deixar-se

"embrulhar" por um apenas cabo de guerra?” referindo-se aos alemães e à ditadura tota-litária da Alemanha de Adolf Hitler e do partido Nazi. Mais à frente ele confessa que “O que atemoriza ainda mais é que isto aconteceu há pouco mais de ses-senta anos e nas barbas de uma Europa adormecida.”Por coin-cidência, encontrava-me a ler The Origins of Totalitarism da escritora Hannah Arendt, e um artigo escrito pelo escritor e jornalista Adam Hochschild, “Seeing parallels between Iraq war, World War I”. Adam Hochschild compara as notícias principais de hoje com as de então. Altos dignitários e oficiais do débil império austro-húngaro temiam o nacionalis-mo étnico entre os sérvios nas suas fronteiras, e pretendiam desmembrar a vizinha Sérvia, cuja existência eles temiam e desejavam destruir. A oportuni-dade deparou-se em 1914, quan-do um jovem de descendencia sérvia disparou dois tiros fatais contra o arquiduque austríaco Franz Ferdinand e a esposa. Os comandantes austro-húngaros possuiam assim o pretexto para invadir a Sérvia embora o as-sassino fora um cidadão austro-húngaro e não houvesse nenhu-ma razão para crer que o governo da Sérvia estivesse envolvido de alguma forma. Hochschild chama atenção ao facto que os Estados Unidos também já há

muito tempo ansiavam expul-sar Saddam Hussein do poder. Tal como o assassínio do arqui-duque austríaco, os ataques de 11 de Setembro de 2001, apre-sentaram o pretexto necessário para a invasão do Iraque sob o mandato do Presidente George W. Bush.Hannah Arendt divide The Ori-gins of Totalitarism em três partes: anti-semitismo, impe-rialismo, e totalitarismo. É im-pressionante seguir a seriação de ideias e correlação entre anti-semitismo (não só o ódio contra os judeus); imperialismo (não só a conquista de outras terras e povos); e totalitarismo (não só o governo fascita ou ditadura). É deveras inquietante seguir a ló-gica do pensamento de Hannah Arendt e chegar à conclusão que, segundo o que o passado nos en-sina, o imperialismo moderno originou com o excesso de capi-tal e a necessidade de investí-lo no estrangeiro e, sejam quais fo-rem as circunstâncias, termina-rá sempre desastradamente num totalitarismo.

Assusta-me a lingua-gem retórica e ar-rogante dos nossos meios de comunica-

ção. Assusta-me a nossa com-placência perante os “segredos” e as “mentiras” dos nossos go-vernantes. Em nome da “segu-rança nacional” a maioría de nós, de boa vontade e volunta-riamente, abandona, um a um, os seus direitos e se deixa go-vernar por uma rede secreta de polícias, espias, e assassinos. Assusta-me pensar que a ge-

ração dos nossos filhos e netos esteja sendo enganada, ou pelo menos mal informada, tudo em nome da “segurança nacional”. Assusta-me pensar que, quanto mais aperfeiçoado o totalitaris-mo, mais “adormecidos” estarão os seus cidadãos.Adam Hochschild pergunta se estaríamos assim tão interes-sados em lutar contra o terro-rismo, armas de destruição em massa, os direitos das mulheres, e a propagação da democracia, se não existissem também enor-mes reservas de petróleo e gran-des investimentos? Entretanto, ouvimos gritos de alegria nas ruas, jornais, radio e televisão, celebrando o assassínio deste ou daquele “terrorista”, ou então promessas de futuros assassí-nios. Já nem nos preocupamos de disfarçar as nossas intenções ou acções. Como foi possível? Termino citando os dois autores acima mencionados: “What will it take to bring us to that point?” (Hochschild) e “No matter how much we may be capable of le-arning from the past, it will not enable us to know the future” (Arendt).

Portugal - País dos 3 F's

FANTÁSTICO - Se Ma-omé não pode ir à mon-tanha tragam a monta-nha a Maomé. Fiquei

agradávelmente surpreendido com a iniciativa tomada pelo Consul Geral de S. Francisco Sr. Dr. Costa Moura, de saír do seu confortável pedestal dessa cos-mopolitana cidade, e deslocar-se a várias localidades deste Estado, para dispensar os serviços consu-lares às populações dessas zonas, que de outra forma teriam, qui-çá a grande custo de se deslocar ao Consulado. A anfitriã deste consulado móbil nesta cidade de Santa Clara California foi a co-munidade Portuguesa, que gen-tilmente ofereceu o salão S.E.S. (Sociedade do Espírito Santo), para este louvável propósito. Esta Comunidade, tem partici-pado activamente nos meandros políticos autárticos e educacio-nais desta cidade, convidando os candidatos a estas posições para um debate democrático, com o intuito de esclarecer envolver os Santa Clarenses, no milieu polí-tico e educacional da sua-nossa cidade. É uma missão de civismo para todos nós. Muitos parabéns. É curioso que o Cônsul Geral do México em S. Jose, California, David Figueroa, assumiu uma atitude idêntica, usando carrinhas equipadas com os necessários equipamentos, que vão ao encon-tro responder às necessidades dos seus concidadãos em diferentes localidades deste grande Estado. Neste tempo de vacas magras, em que o governo Português con-templa o encerramento de várias dependências consulares, esta opção poderia ser um paradigma a considerar.

FALTA DE SAÚDE- Tanto o Estado da California como o governo federal, ainda não con-ceberam um plano de saúde, que beneficie todos os cidadãos par-ticularmente os mais carencia-dos, que possam ter acesso a esse direito fundamental e universal. ±50 milhões a nível nacional e ±12 milhões de indivíduos neste Estado, sem seguro de saúde. É uma mazela para um país tão rico e poderoso. Em Portugal, todos têm um canudo, isto é um curso superior ou licenciatura, que não tem aplicação prática no merca-do de trabalho. Recentemente o governo Português contractou 42 clínicos colombianos e em 2008/09, 50 médicos uruguaios e cubanos. A subida da montanha mais alta de Portugal - 2351 me-tros, que corresponde a 7,713 pés,

embora constitua uma atracção turistica de alto teor, envolve vá-rios riscos. Em Setembro do ano passado, um homen morreu, ale-gadamente por paragem cardio-respiratória. Lançado o alerta o helicoptero sediado nas Lajes-Terceira chegou ao local 2 horas e meia depois do pedido de so-corro. É muito tempo para acudir a uma situação crítica desta natu-reza, afirmou o comandante dos bombeiros da Madalena. Neste caso específico um aparelho des-fibrilador, - in loco - teria possí-velmente evitado esta fatalidade.A Força Aérea Portuguesa de-veria posicionar um helicoptero, talvez no Faial, para responder de forma mais rápida e eficaz, a qualquer emergência que ocorra nas ilhas pertencentes aos gru-pos central e occidental. Julgo que similarmente a SATA, que é a companhia aérea Açoriana para servir os Açorianos, em vez de manter a frota - in toto em S. Miguel, deveria dispersar de for-ma estratégica as suas aeronaves pelas outras ilhas. Outro triste caso, foi uma parturiente de gra-videz a termo, no trajecto marí-timo nem sempre pacífico entre o canal Faial-Pico, deu à luz nas águas territoriais faialenses, sem a assistência requerida para es-tas eventualidades. Infelizmen-te o recém nascido teve que ser evacuado para S. Miguel. Com a construção do centro de saúde da Madalena para breve, esperemos que as mulheres do Pico possam dar à luz na sua ilha.

FINALMENTE-O mundo está a ser transformado de forma revo-lucionária, pela influência ubíqua e instantânia das redes sociais da internet. Os faialenses cansa-dos e frustrados das promessas incumpridas de César, lançaram um abaixo assinado para que o governo regional aumente a pista do aeroporto da Horta. No Pico ACIP (A Associacção Comercial e Industrial do Pico), lançou re-centemente uma petição online a reivindicar o aumento de vôos entre o Pico e o continente Portu-guês. Winston Churchill, Primei-ro Ministro Inglês, o tal que em consonância com Roosevelt, Pre-sidente Americano, durante a se-gunda guerra mundial, nos livrou da tirania nazi de Hitler, prognos-ticou «the empires of the future are going to be of the mind», isto é a inteligência humana é que vai ser o factor predominante dos fu-turos impérios.

Do Pacifíco ao Atlântico

Rufino Vargas

The Origins of Totalitarism

A Outra Voz

Goretti Silveira

[email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Com seicentas e poucas palavras bem alinha-vadas num texto qual-quer, pode-se compor

um artigo capaz de enfeitar sem desprimor uma decente página de opinião assinada cá no jornal. Mesmo que chegue às setecentas e não ponha o leitor a dormir, já não está nada mau. O pior é quando a gente se distrai e es-banja a torto e a direito palavre-ado em excesso. Para não falar no precioso tempo que se esvai e não volta.Recuei há dias naquilo que tenho escrito ultimamente, por vezes em cima do joelho, e verifiquei que tenho andado a cair em de-masia nesse escusado desperdício de energias. “Clickar” palavras a mais para dizer coisas a menos é um defeito desnecessário que pode e deve ser corrigido, para bem de quem escreve, de quem lê e, obviamente, de quem edita.Ora bem, para hoje, ainda sem tema, vou deixar que as palavras deslizem ao acaso sem ultrapas-sarem o numero desejado.Está-se a aproximar o concele-brado Dia de Portugal, essa fes-tiva data que congrega todos os anos pelos vários cantos do pla-neta portugueses espalhados pelo mundo inteiro. Uns mais do que outros, e já não são poucos, cá ao longe na diáspora, por razões de

ordem diversa, quando trata de se juntarem em programado arraial patriótico, sentem esse melancó-lico portuguesismo mordido ao acaso pela tosca mosca da inde-ferença. É o desimportado “tanto faz” a tentar vender-nos cada vez mais a desculpa barata de que “não paga a pena”. Mais dia me-nos dia, profeçam os agoirentos, tudo isto vai acabar.Mas há outras desculpas aí por fora a custarem muito mais caro ao nosso mimoso e agastado or-gulho pátrio. Já não é a primeira vez que oiço desiludido pessoal do nosso a opinar que se estão marimbando para as periódicas celebrações da “madrasta pá-tria amada” que teima em não ligar-nos pevide. A esmagadora maioria da nossa boa gente imi-grada sente imensa dificuldade em rever-se ao baço espelho da atual atitude nacional duma ge-ração confessada à rasca num país de mão estendida à esquina da Europa a pedir esmola. Então não saímos – ou fomos pratica-mente aconselhados a sair – aos milhares, para encarreirarmos a vidinha cá na estranja, deixando atrás espaço e oportunidade su-ficientes para os que ficaram? E que vemos…?...Um país que já andava de tanga e se arrisca a an-dar “incoiro” porque o cinto não tem mais furos?

Santos-Robinson Mortuary

San Leandro

Family ownedCalifornia FD-81

Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

Telefone: 510-483-0123160 Estudillo Ave, San Leandro, CA 94577

* Servindo a Comunidade Portuguesa em toda a Área da Baía desde 1929* Preços baixos - contacte-nos e compare* Serviços tradicionais / Serviços crematórios* Transladações para todo o Mundo* Pré- pagamento de funerais

Esgotou-se a paciência. Eva-poraram-se os argumentos. As contas não batem certo. A dívida empapuça. O dinheiro escasseia. A troika ameaça. O povo refila. Mas dá a impressao que não rea-ge. Deixa-se ir na cantiga e ficar na expetativa do apático “a ver vamos”. Ver o quê? Como dizem as más línguas: o nosso paíszinho de fado amargo, às vezes tão mal amado, a arrastar-se à caracol…?...Ou, pior ainda – diriam os velhos do Restelo – …imitando o caran-gueijo…?... Um passo para a fren-te e dois para trás, tolerou-se mas não resulta. A troika quer passos firmes e pagamentos a curto pra-zo. Agora vai ou racha.

Com a ironia do costume na po-litiquice habitual, a malta da pe-sada pressente que vai mesmo rachar. O engenheiro pegou de cabeça. Habituou o país a dormir à esquerda e teme o tacho fugir-lhe à direita. O pesadelo laranja atormenta-o. Passos de coelho manso perseguem-lhe os sonhos cor de rosa. Sonhar nunca deixou de ser fácil. Os numeros é que não mentem. E provam que o difícil é pôr a casa em ordem e manter as contas em dia. Vai ser no dia cinco. Antes de celebrar no dia dez a sua portu-galidade, o país terá que saudar primeiro uma nova liderança. Será, sem qualquer dúvida, um teste exigentíssimo àquela vonta-

de popular que muito gosta de se abster. Não comparecem mas de-pois queixam-se. E desculpam-se facilmente. Quando as coisas correm mal, a culpa é sempre dos outros.Seja qual forem os eleitos, as di-retrizes básicas estão tomadas. Não há que enganar. O país tem que produzir mais, esbanjar me-nos e exigir aos seus políticos que, por favor, não prometam o que não podem cumprir.Sabemos que não é fácil. Mas há que tentar. Político jamais serei, contudo, prometi que não ia além das setecentas palavras. E não esbanjo nem mais uma.

Portugalidade e a prova

CD das Heroínas à VendaO CD inclui:“As Heroínas em Dia de Amigas”, por Hélio Costa e “Na Terra da Cowboia-da” Contacto: 562-547-0055 ou 562-802-0011Por favor mandem um Cheque ou Money Orderem nome de José Enes com esta forma para aDirecção abaixo indicada. Nome:________________________________Rua:_________________________________Cidade:_______________________________Estado:_______________________________Zip:_________________________________Tele: ( )_____________________________

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Page 8: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

8 1 de Junho de 2011

CANTIGAS AO DESAFIONovidades de 2010, em DVD e CD

. Cantoria da Senhora da Luz, 2010

. Cantoria da Filarmónica de S. João, 2010

. Cantoria p. o Pequeno Jonathan, 2009

. IV Encontro de Veteranos, 2010Cantorias editadas anteriormente:. Guerra de Cantigas ao Desafio, 2005. Grande Tarde do Improviso, 2005. Cantigas ao Desafio no S. Maria, 2006. Nova Guerra de Cantigas, 2007. Só Desgarradas, 2008. Cantadores de Guerra Cantam Paz, 2009

Livros de cantigas ao desafio também à venda.Vasco Aguiar, Meio Século a Cantar ao DesafioJosé Plácido, Quarenta Anos a Cantar ao DesafioJosé Gaudino, Quase M. Século a Cantar ao Desafio

Encomendas. Escreva ou telefone para: José Brites

(Por favor fazer cheques em nome da editora)Peregrinação Publications USA Inc.P. O. Box 4706, Rumford, RI 02916 USATel: (401) 435-4897 Fax: (401) [email protected] www.portuguese-books.com

COLABORAÇÃO

Celebrar PortugalAgua Viva

Filomena [email protected]

In Cantos Populares do Arquipélago dos Açores, coligido por

Teófilo Braga

Já aqui estamos de novo, a celebrar Portugal! Parece que foi ontem...Mas, todos os dias podemos cele-brar o nosso país de origem, se como

bons portugueses, o praticamos em casa com os nossos filhos. É aliàs, o lugar de privilégio para começar o idioma de qual-quer país. “Casa de pais, escola de filhos”, é a frase aplicável a muitas situações fa-miliares, e esta é uma das primeiras. De contrário, como se pode querer ou exigir que os filhos continuem as tradições dos pais, se a forma primária de comunicação que é a língua, não se cumpre... Salta-se, dança-se, participa-se em comemorações, sem se saber como e porque se faz.Felizmente, ainda temos alguns pais e jó-vens que têm o orgulho de transmitir aos filhos, não só os bailhinhos e passagens de carnaval ou do folclore, mas também a bela língua de Camões. Por esse motivo, há 14 anos se realiza o jantar anual dos finalistas de Português, de San Jose High School, no qual se atribui aos alunos, os diplomas, as bolsas de estudo e todo o reconhecimen-to mútuo entre professores e alunos. São umas horas bem passadas com a juventu-de, como em família, onde até os que já graduaram lhes apetece recordar o seu passado escolar ainda recente.Bruna Ferreira, no cargo de Presidente do Clube Português, é o excelente exemplo para qualquer estudante que pensa sèria-mente que pelo presente se encaminha o

futuro. E seguem-lhe as pisadas: Brittni Vargas, como Vice-presidente; Maggie

Jesus como Secretária; Lisandra Coelho como Tesoureira; Breana Vargas como Historiadora e Miguel Figueroa, como

Representante Multicultural do Clube. Os professores: José Luís da Silva já aposen-

tado, mas sempre pronto a ajudar, Luís Nunes no ac-tivo, e as conselheiras Tara Ann Sikorski e Nancy Pe-reira, têm todas as razões para se sentirem felizes por terem tão brilhantes alunos-colaboradores que preparam uma festa de tanta responsabilidade para tanta gente que enche sempre o salão da Banda Portuguesa, sempre com a digna presença de Profes-sores do Liceu de Inglês.O jantar esteve a cargo de Mariana Flores e de uma equipa fiel de ajudantes que preparou um delicio-so manjar. Depois da atri-buição de diplomas e bolsas de estudo aos alunos com me-lhor aproveitamen-to, seguiu-se uma curta demonstração dos mesmos nas danças de folclore e carnaval e convívio

com os presentes.Esta, é sem dúvida uma forma de participar no que durante centenas

de anos, geração após geração, os imigran-tes vêm lutando por continuar uma língua com raízes muito profundas. E enquanto, longe da Pátria-Mãe, entre milhões de estrangeiros a falarem dezenas de outras línguas, se tenta não esquecer o que foi en-sinado, em Portugal “reforma-se”, a nossa língua querida e doce com desculpas es-farrapadas e remendos de estupidez.Triste Fado, triste Sina de quem não tem amor nem vela pelo que é seu... Tornamo-nos num Povo sem personalidade, sem convicção, sem amor-próprio. Quem dis-se que para sermos muitos, precisamos de reformar, alterar seja o que fôr ao nosso idioma... Celebrar Portugal, é conhecer a sua História, Honrar os seus antepassados, e aprender a sua Língua, pelos seus escri-tores e poetas que souberam escrever e cantar as suas maiores Glórias! Que Deus te ajude no Futuro, Ditosa Pátria Minha Amada!!!

Cantos Populares

ACTUAÇÕES DE ALCIDES MACHADO

Maio

06/04/CROWS LANDING06/05/ CROWS LANDING06/11/BUHACH06/12/EASTON Com Nelia06/18/LOS BANOS06/19/ LOS BANOS06/25/ BUHACH06/26/STEVENSON07/02/LIVINGSTON07/03/ST CRUZ07/09/EASTON07/10/ EASTON07/18/ GUSTINE BULL ARENA07/23/BUHACH07/30/HALF MOON BAY08/06/SAN DIEGO08/15/ROSAIS Sao Jorge08/20/PVT08/21/ PISMO

A Foto da QuinzenaA Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Berta

Cabral, condecorou o Clube União Micaelense com a Medalha de Ouro do Município, no seu 100º Aniversário.

De aplaudir e de se tirar o chapéu

Fui-me botar a nadarNo leito de teus peitinhos;Se me vires ir ao fundo,Atira-me com beijinhos.

O coelho foge ao laço,O ladrão foge aos abrolhos;Só eu não pude fugirAos ladrões d'esses teus olhos.

Se queres saber que eu amo,Repara em meus olhos,Que elles encobrir não podemO amor que esta alma tem

Dae-me uma gottinha d'água,Da lingua fazei a bica;Quanta masi agua me daesTanta mais sêde me fica.

Quando caminhei de casa,Estava em ir, não irei;Alembráram-me os teus olhos,Mais depressa caminhei.

Page 9: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

9 COLABORAÇÃO

Um Brinde a PortugalPelo seu dia!

Sabor Tropical

Elen de [email protected]

Neste mês de junho quando se festeja o dia de Portugal, opor-tuno se faz relembrar

os importantes feitos da sua his-tória, seus audazes navegadores, o destemor do seu laborioso povo ao embrenhar-se por terras re-cém- descobertas, desbravando-as, sua intrepidez ao demarcá-las, confrontar nativos, expulsar invasores, fundar povoados, fixar o homem no campo e lhe ensinar o cultivo do solo com mudas de plantas trazidas de outros conti-nentes, como a cana-de-açúcar, que durante séculos foi alvo de disputas e conquistas, mobilizan-do homens e nações e que ainda hoje contribui, grandemente, para gerar riquezas em nossa terra. Quando Martim Afonso de Sou-za trouxe consigo, do sul da Ásia, suas primeiras mudas, talvez ja-mais tenha imaginado que esta-ria permitindo ao Brasil, séculos depois, tornar-se um dos princi-pais exportadores de açúcar, ser o maior produtor do biocombustível tirado da cana, o etanol, e ocupar posição de liderança na tecnolo-gia da sua produção, conquistan-do sua auto-suficiência com esse combustível alternativo, não po-luente, que supre hoje metade da nossa frota de carros leves. Consta que o primeiro engenho de cana-de-açúcar do Brasil, que se tem notícia, o famoso Engenho

São Jorge dos Erasmos, cujas ru-ínas podem ser visitadas ainda hoje, foi instalado pelos Açoria-nos, em 1532, no litoral paulista, na Capitania de São Vicente. Se-gundo alguns historiadores, nes-sa época, a cana já era plantada em Pernambuco e na Bahia.

Com o açúcar, nasceu, por acaso, a cachaça e sua história se con-funde com a descoberta do Brasil. O método consistia em se moer a cana, ferver o caldo e em segui-da deixá-lo esfriar em fôrmas, obtendo a rapadura, com a qual adoçavam as bebidas. Quando o caldo desandava e fermentava, era jogado fora, dando origem a um produto que se chamava “ca-gaça”, que servia para alimentar os porcos e que os escravos to-mavam e trabalhavam com mais vontade. Não há consenso quanto ao seu nome. Alguns pesquisado-res têm outras teses. Através dos tempos, ganhou apelidos: cani-nha, pinga, abrideira, engasga-gato, água que passarinho não bebe, branquinha, “marvada” e outros. Na época do Brasil colônia, a bebida foi usada como moeda de troca na África, na compra dos escravos. O sucesso da Cachaça era tanto e tão grande a sua pre-ferência, que o destilado portu-guês, a Bagaceira, foi perdendo terreno, dando enormes prejuízos

à Coroa e, por isso, os impostos foram sobretaxados sobre a ven-da da nossa aguardente, o que não resolveu o problema, porque ela passou a ser contrabandeada. Portugal, então, decidiu proibir a sua produção e se alguém fosse pego descumprindo as leis, seria extraditado para a África. Muitos alambiques foram destruídos e navios queimados.

Nos fins de 1660, o governador do Rio de Janeiro, Salvador Cor-reia de Sá e Benevides, visando o lucro gerado pela bebida, ignorou a proibição e liberou seu consu-mo e fabricação, mas, para a po-pulação usufruir da bebida, teria que pagar impostos abusivos.

A cobrança fez a população se revoltar e quando o governador foi a São Paulo, deixando seu tio no poder, os donos de engenhos e moradores da região de São Gonçalo e Niterói, com o apoio dos soldados, ocuparam a sede do governo e ali se mantiveram por cinco meses, com Agostinho Barbalho eleito pelo povo. No po-der, logo jurou fidelidade a Por-tugal. Mais tarde foi substituído, por incompetência, pelo irmão Jerônimo Barbalho.

Salvador de Sá que havia pedido reforços da Bahia, retomou o po-der, montou uma corte marcial, mandou prender os revoltosos e decapitou Barbalho. O Conselho

de Portugal, que cuidava das co-lônias, não tinha ficado satisfeito com a revolta da cachaça, mas, igualmente não gostou da violên-cia cometida contra Barbalho. Salvador de Sá foi afastado, teve que responder a processo. Voltou para Portugal e nunca mais pode vir ao Brasil. Ainda em 1661, a rainha de Portugal, a regente Lu-ísa de Gusmão, permitiu a fabri-cação da aguardente no Brasil.

Nos últimos anos, o grande di-ferencial da cachaça artesanal tem sido o processo de envelhe-cimento que utiliza, além dos barris de carvalho, cada vez mais as madeiras brasileiras. O nome “Cachaça” passou a ser oficial a partir de 2002 e só pode estar nos rótulos das cachaças artesanais. As industrializadas recebem ró-tulo de “Aguardente de cana”.

Com a nossa bebida mais famosa e seu toque especial que empres-ta incomparável paladar à nossa caipirinha, que só não é mais ar-dente do que o prazer que propor-ciona aos seus apreciadores, um brinde a Portugal, pelo seu dia!

Jantar dos finalistas de Português, de San Jose High SchoolHá 14 anos que se realiza o jantar anual dos finalistas de Português, de San Jose High School, no qual se atribui aos alunos, os diplomas, as bolsas de estudo e todo o reconhecimento mútuo entre professores e alunos. São umas horas bem passadas com a juventude, como em família, onde até os que já graduaram lhes apetece recordar o seu pas-sado escolar ainda recente. (leia mais na página 8)

Texto e fotos de Filomena Rocha

Page 10: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

10 1 de Junho de 2011COLABORAÇÃO

Volta ao MarDurante o jantar dos antigos alu-

nos, em San Jose, um senhor perguntou-me o que é que eu achava sobre o novo acordo

ortográfico entre os países de língua Por-tuguesa. Ora, se bem que eu gosto de escrever e tenha publicado cinco livros, um deles o Tangled, em Inglês, já na terceira edição, não me considero perito em Português, de forma alguma. No entanto, como me fizeram a pergunta, respondi com toda a sinceridade. Eu sei que muitos dos senhores letrados, com diplomas e afins, discordam comple-tamente do novo acordo e não aceitam que o Português sofra qualquer alteração. Eu tenho uma quantidade de romances anti-gos em que muitas palavras estão escritas no Português arcaico. Encontra-se farmá-cia escrita como pharmácia; não, como nam; Raposo, que é como sabem o meu último nome, escrito Rapozo e uma outra quantidade de palavras, das quais agora não me lembro, que já sofreram muitas alterações. E eu pergunto: por que foram essas palavras alteradas?Segundo um curto filme que anda agora a circular no internet, o Português é a quinta língua falada no mundo. E isso por quê? Não são pelos onze milhões e tal de Por-tugueses que há em Portugal continental, Madeira e Açores. A razão para isso é de-vido aos 200 e tal milhões de Brasileiros que muita honra têm em dizer que falam Português, mais uns tantos milhões em Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor, Goa, Damão e Dio, Macau e outros lugares onde os Por-tugueses puseram os pés. Meu filho esteve o mês passado em Macau e contactou com pessoas que falam Portu-guês e muito se orgulham de ser descen-dentes do nosso povo. Eu estou de pleno acordo com o acordo ortográfico. Temos letras que se as retirar-

mos, não fazem falta nenhuma e a palavra pode-se ler da mesma maneira se elas não estiverem lá. Mas, não é essa a única razão para eu concordar com as mudanças e, sim, porque acho que não adianta querer man-ter pura, uma língua que não é pura, como crêem alguns portugueses e não se devem escandalizar, porque se não houver acordo, em Angola vai se passar a falar Angolano; em Moçambique, Moçambicano; no Bra-sil, Brasileiro; nos Açores, já se fala Aço-riano, porque muitos que falam Português não nos percebem. Eu que lá nasci, tenho problemas em entender algumas pessoas de certas freguesias e agora com Chinês e Ukraniano à mistura, imaginem só... Se continuarem com a teimosia de manter o Português intacto, a nossa língua vai ser falada só em Lisboa, Coimbra e Porto, pois que como muitos dizem, o resto é só paisa-gem. Os do Minho e da Galiza falam uma língua que pouca diferença tem. Portanto, meus senhores, que haja um acordo. Se o Português tiver que sofrer alteração na sua escrita, que sofra. Que todo o mundo onde Portugal pôs os pés, fale Português e será Portugal a ganhar.O meu filho, certa vez, numa discussão comigo disse que se não houvesse uma fronteira entre Portugal e Espanha, o Por-tuguês seria um dialecto Espanhol, como é o Catalã e o Galego. Penso que ele não deixa de ter a sua razão. Portugal tem que aderir à maioria, quer queira, quer não. Agora que o nosso país atravessa uma grande crise, provando que Portugal sempre viveu à sombra e com a ajuda de outros tais, como as especiarias da Índia, o ouro e diamantes do Brasil, a grande riqueza das colónias Africanas e por último a comunidade Européia, a úni-ca coisa que eu tenho a dizer é que Portu-gal mantenha um estreito elo com os paí-ses lusófonos e volte ao mar.

Até amanhã, (in)certeza

Dentro em breve, o elei-torado português vai exercer o seu direito ao vo(mi)to. Sinto-me

com bagagem existencial sufi-ciente para concluir que não vale a pena andar convencido de coisa nenhuma. Desde que há três dé-cadas fui forçado a interromper o percurso de militância politica, continuo a neutralizar algumas das ambições pretéritas, substi-tuindo-as pelo entusiasmo duma peregrinação pensante rumo ao santuário da Utopia. Acredito que o presente está cheio de saudades do futuro; atrevo-me a “sonhar” que o resultado das minhas deambulações pelas si-nuosas vertentes do esforço me-reça ser poupado ao reumatismo da mentalidade tipo “empata-modas” – persistente debilidade lusíada, ultimamente conforta-velmente protegida pelo biombo ocidental do F.M.I. (Fome Messi-ânica Irreversível). Dado que o Estado português não dispõe de capital emocional para compreender a emigração, é com alegria que compareço ao conví-vio da nossa Língua; no frenesim dos avanços, das hesitações, das apostas na espontaneidade da es-

crita das linguas que vou apren-dendo, reconheço estar a mercê dos “fiscais-de-linha” da gramá-tica – gente porventura fina, mas indiferente à circunstância de que a “gaguez” gramatical não é defeito de nascenca; é talvez um dos resultados do inevitável contágio semântico derivados do multilinguism... Vamos ainda lembrar que a confraternidade das ideias precisa mais de vozes sensatas do que discursos grama-ticalmente correctos...Mas... afinal, por onde anda o debate comunitário? Somos pere-grinos doutopianismo ou mensageiros do messianismo? Não sei responder. A maioria prefere viver ensimes-mada nas respectivas certezas, o que não deixa de ser uma opção legítima. E assim cá vamos “can-tando e rindo”, como bons lusitos pelas planícies do indiferentismo da ‘paz reumática’ da unanimi-dade consentida...Mas... pergunta-se: ainda há motivos para canonizar os “neo-napoleonzitos” de serviço, e seus adjuntos arvorados em “varredo-res do excesso”, em vez de pro-mover a livre, participada, inadi-ável discussão da problemática

comunitária do presente? Acaso são as eleições que fazem a de-mocracia? Foi a trindade quem criou o Espirito Santo?Por agora não me comove saber se o “vício” da escrita mata tão depressa (ou tão eficazmente) como os demais precipícios ine-rentes ao ofício de viver. Feliz-mente, tenho o privilégio de me sentir integrado na minoria que ainda acredita na eficácia da hu-mildade do debate das “ideias ao desafio”. As ideias são as estre-las; nós somos apenas astronau-tas sumidos entre as constelações da dúvida, dotados pela coragem de ter medo... Estava a preparar-me para passar a papel alguns dos pensamen-tos que se me atrelam à mente, aquando das longas, por vezes monótonas peregrinações pelas distâncias asfaltadas do sudoes-te californiano. Falo da Califor-nia onde trabalho e descanso, escrevo e penso, rodeado da boa gente “mexiforniana” que conhece melhor do que eu este chão tremuloso que faz parte da sua ancestralidade étnica Mas hoje não é dia para ladainhas fi-nanceiras junto ao altar de san-ta Crise: não lamento o destino

emigrante; até mais ver, a ilha de S.Miguel continua a ser o (meu) chão preferido para abraçar o “sono-eterno”... e assim continu-ar o diálogo (interrompido há três décadas) com o basalto da minha juventude. Essa malta que escreve tem mui-to pouco que fazer...Quem assim pensa não merece castigo; ninguém lhes nega o di-reito de adorar a deusa preguiça, ou aderir ao apetite constitucional por um travessa de “chicharros com molho de vilão”, amparada pela generosa vinhaça regional. Fico-me por aqui. Teria outras coisas a oferecer para a feitura da

Memorandum

João-Luís de [email protected]

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

VOLTA AO MARIça as velas novamente,Volta ao mar ó Portugal E mostra a toda a genteQue como tu não há igual.

Onde quer que se fale,Nossa língua Portuguesa,Mostra tudo o que ela vale E mostra a sua beleza!

Esse mar negro e fundo,Que volte a ser navegado!Em qualquer parte do mundoSeja Portugal respeitado.

Volta ao mar outra vezE orgulha a tua raça!Onde passa um PortuguêsÉ Portugal quem passa!

BACK TO THE SEAPortugal, go back to the sea!Set sail, ride the wavesTo show that you can still beA great land of braves!

Go touch every nation Where your flag flew before!Give them the inspirationAnd much, much, more!

Where your language is spoken,Even if you feel the pain,For your promise not to be brokenGo back to the sea again!

Go sail the seven seas!While sailing, sing aloud!Where there is a Portuguese,Portugal should be proud!

nossa “sopa-de-pedra” mental, não fora o cuidado que sempre tenho em não impor aos outros as castiças urgências do meu pen(s)ar. Entretanto, a brisa do deser-to circundante parece sussurar quase em segredo a lembrança do mistério das coisas “... the idea that the certainty of uncertainty is the only kind of certainty we can expect”, ou seja, numa tra-dução ligeira, “... a hipótese de que a certeza da incerteza cons-titui o único tipo de certeza ao nosso alcance.”

Page 11: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

11COLABORAÇÃO

Nova Secretária da “Cali-fornia Departement of Food and Agriculture” promete cooperação com a agrope-cuária

A nova titular do Departamen-to da Agricultura da California, Karen Ross, prometeu que uma das suas prioridades seria uma vigorosa parceria com a industria de lacticínios, que segundo a sua opinião, tem sido proactiva, com os olhos no futuro encarando as exigências ambientais e opera-cionais, numa altura em que por períodos extensivos, estavam lutando com mercados desfavo-ráveis.

Este encontro com a industria aconteceu na Convenção da “Western United Dairymen” em Visalia. Os seus calorosos comen-tários deram um tom suave a esta reunião das famílias produtoras de leite, que estão procurando um futuro mais suave depois de dois anos difíceis, especialmente para a produção da California. De acordo com as estatísticas do (CDFA) o valor do produto bru-to do leite na California caíu de $6.9 biliões em 2008, para $4.5 biliões em 2009. Na ultima parte de 2010, e até à data presente, os preços têm subido gradualmente, ao mesmo tempo que infelizmen-te, os custos de produção teimam

em manter-se na subida. A Secretária disse que a mais importante prioridade da Admi-nistração do Governador Brown era o Orçamento de Estado, pois se não tivermos as nossas finan-ças em ordem, não podemos fe-zer nada, disse ela. Os propostos cortes no orçamento que são ne-cessários, e já aprovados pelos grupos agrícolas, garantem que os programas do Departamento da Agricultura vão continuar a providenciar assistência técnica e científica necessárias para as de-cisões ambientais.Respondendo a crescente inquie-tação dos produtores Califor-nianos quanto aos regulamen-

tos Estaduais nos negócios, e os possíveis custos dos mesmos, a Secretária respondeu que mesmo que na maioria dos casos o De-partamento da Agricultura não tenha autoridade estatutária nas áreas regulamentares, o seu De-partamento vai advogar as causas da Agricultura. "Eu estou since-ramente comprometida a fazê-lo". Apontou ainda a importância de que organizações de produto-res mostrem exemplos específi-cos do que está a mais em termos de regulamentos, para que haja progresso nessas áreas.Outra prioridade da Senhora Se-cretaria, é promover iniciativas no sentido de educar os consumi-

dores sobre as origens e qualidade dos seus alimentos. A agricultura em geral por vezes é um “miste-rio” para o consumidor. Quando apenas a informação errada che-ga ao seu poder, os consumidores têm redobrado interesse, neste novo mundo da informatica, em manter conhecimentos e informa-ção científica, sobre a qualidade, segurança e informação nutritiva dos seus alimentos. Os Estados Unidos estão da vanguarda quan-do falamos de segurança e quali-dade alimentar.Na próxima edição falaremos um pouco da presente situação da po-litica Agrária Federal.

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

Promessas...

Page 12: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

12 1 de Junho de 2011COMUNIDADE

Maria Clara Portuguesa mãe dos pobres

Foi a primeira mulher a enviar ou-tras mulheres para as missões, num tempo em que só havia mis-sionários homens, e fundou, no

século xix, aquela que é hoje a maior con-gregação feminina portuguesa: as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC). Libânia do Car-mo, freira conhecida como Maria Clara do Menino Jesus, vai ser beatificada amanhã no Estádio do Restelo, numa celebração onde são esperadas, segundo o Patriarcado de Lisboa, cerca de 20 mil pessoas.

A beatificação da portuguesa - cujo pro-cesso arrancou oficialmente em Roma em 1998 - foi presidida pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, e a missa é celebrada pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. As celebrações começam às 10h30, mas as portas do estádio estarão abertas a partir das 9h. De tarde, o túmulo de Maria Clara, que morreu em Dezembro de 1899, pode ser visitado pelos fiéis na sede da congregação, em Queijas, conce-lho de Oeiras. No Estádio do Belenenses haverá um camarote especial com dez be-bés que os fiéis acreditam terem nascido por intercessão da nova beata: "São filhos de casais que não conseguiam ter filhos e rezaram à irmã Maria Clara", garante Maria Galvão Ribeiro, superiora-geral da CONFHIC.

Também na celebração de sábado é apre-sentada aos fiéis a relíquia da beatificação, com uma falange de um dos dedos da frei-ra. "Uma relíquia especial, porque é um objecto de culto que não só fez parte da vida, mas também do próprio corpo da be-atificada", diz a superiora-geral. A seguir à missa, a relíquia vai ser transportada para o Patriarcado de Lisboa, onde ficará guar-dada. O processo de beatificação correu oficial-

mente durante mais de dez anos no Vatica-no, mas foi em 1992 que começou a reco-lha de elementos históricos sobre a vida de Maria Clara do Menino Jesus.

Este trabalho, explica Odete Alves, religio-sa da congregação, revelou-se difícil: "Na instauração da República perdemos todo o espólio e tivemos de localizar muito mate-rial perdido." Primeiro foram consultados os arquivos secretos do Vaticano, depois a procura estendeu-se ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Acabaram por seguir para o Vaticano 13 caixas com documen-tos e o processo arrancou em 1998. Só em 2004 são enviados para Roma os primeiros elementos sobre uma misteriosa cura em Espanha: Georgina Troncoso, hoje com 83 anos, garantia desde 2003 que fora curada de uma doença cutânea rara, um pioder-ma gangrenoso, por intervenção da Madre Maria Clara.

O milagre Em 2005, o suposto milagre co-meçou a ser analisado no Vaticano, mas só o ano passado é que os médicos da Santa Sé admitiram que a cura de Georgina é "inexplicável". Da noite para o dia, conta a espanhola, e depois de 34 anos com o braço direito e parte do peito permanen-temente em ferida, a doença desapareceu. Tudo porque, garante, guardava uma page-la de Maria Clara no meio das ligaduras.

Não foi o único relato de milagres con-cedidos por intercessão da religiosa por-tuguesa que chegaram à CONFHIC: "O número de curas físicas e espirituais que nos foram comunicadas é enorme, não conseguimos sequer quantificar", garante a superiora-geral da congregação. O caso da espanhola Georgina foi escolhido por duas razões: primeiro, porque Roma, pe-rante tantas curas, pediu aos responsáveis do processo de beatificação que se centras-sem "apenas num caso". Depois, porque a

evolução da doença foi documentada ao longo dos anos através de fotografias e exames médicos pelo irmão de Georgina. "Quando nos chegou às mãos, o dossiê já vinha organizado e muito completo", diz Maria Galvão Ribeiro. O objectivo da con-gregação é agora partir para a canonização da sua fundadora, mas para isso precisam que aconteça outro milagre a partir deste fim-de-semana.

A beata Maria Clara nasceu numa família nobre, mas ficou órfã aos 14 anos. Depois de ter sido adoptada pelos marqueses

de Valada, abdicou da vida de luxo para se tornar capuchinha em 1869, numa época em que as ordens religiosas haviam sido extintas em Portugal. Fez o noviciado em França e mais tarde fundou a CONFHIC, com a ajuda de um padre, Raimundo Bei-rão. Trabalhou na assistência aos pobres (foi chamada "mãe dos pobres"), na edu-cação de crianças e em hospitais. "Num

ambiente de grande anticlericalismo", recorda a religiosa Odete Alves. Por isso "a sua mensagem continua actual, porque também hoje vivemos num ambiente um pouco adverso à espiritualidade e às coi-sas da Igreja". Na história, Maria Clara aparece como uma mulher com um génio forte: "Nos primeiros tempos era autoritá-ria e persistente, mas o noviciado altera-a profundamente", conta Odete Alves. De-pois da morte do fundador, Maria Clara passa por um período de resistência dentro da própria congregação. "Era uma época machista e havia irmãs que achavam que uma mulher sozinha não deveria coman-dar." No entanto, pouco antes de morrer, o Papa concede-lhe o estatuto de fundadora e superiora perpétua. "Apesar de rígida, tinha um coração que perdoava mesmo às irmãs que contestavam a sua autoridade", garante a religiosa.

Mais na pág. 39

Parlamento aprova atribuição de 40 insígnias honoríficas açoria-nas

A Assembleia Legislativa aprovou hoje a atribuição de 40 insígnias honoríficas, cuja imposição terá lugar no Dia da Região Au-tónoma dos Açores, celebrado anualmente na segunda-feira do Espírito Santo.Feriado regional móvel, o Dia dos Açores ocorre este ano a 13 de Junho e a respectiva sessão solene, numa organização conjunta da Assembleia e do Governo Regionais, acontecerá na cidade da Praia da Vitória, na ilha Terceira.Entre os distinguidos com as insígnias ho-noríficas açorianas contam-se este ano 32 personalidades, duas empresas, duas asso-ciações, um clube desportivo, uma banda, uma comissão de festas e uma esquadra da Base Aérea n.º 4.Para o Parlamento açoriano, a atribuição destas insígnias representa o “reconheci-mento público para com os cidadãos ou instituições que, ao longo dos anos, con-tribuíram de forma expressiva para con-solidar a identidade histórica, cultural e politica do povo açoriano”.De acordo com a Resolução hoje aprova-da, a iniciativa “pretende também, de for-ma simbólica, estimular a continuidade e emergência de feitos, méritos e virtudes com especial relevo na construção do nos-so património insular”.“Continuar a distinguir, formal e solene-mente, o inestimável contributo daqueles que se notabilizaram com o seu labor, a

sua arte ou o seu pensamento, simboliza a perpetuação da nossa própria identidade”, adianta ainda o documento.As insígnias honoríficas açorianas foram instituídas pelo Decreto Legislativo Re-gional n.º 36/2002/A, de 28 de Novembro, com o objectivo de prestar homenagem a pessoas singulares ou colectivas que, em múltiplas vertentes da sua actuação e em actos com os mais diversos enquadramen-tos, se hajam distinguido em benefício da comunidade e na valorização dos Açores.A materialização desses símbolos de agraciamento só se operou, todavia, atra-vés do Decreto Legislativo Regional n.º 10/2006/A, de 20 de Março, reportando-se à celebração do Dia dos Açores em 2006 a primeira atribuição e entrega das insígnias honoríficas açorianas.Nos Açores, existem quatro espécies de insígnias honoríficas: a insígnia autonó-mica de valor, a insígnia autonómica de reconhecimento, a insígnia autonómica de mérito (com as categorias de mérito pro-fissional, mérito industrial, comercial e agrícola e mérito cívico) e a insígnia auto-nómica de dedicação.Entre 2006 e 2011, foram já atribuídas nos Açores 10 insígnias autonómicas de valor, 59 insígnias autonómicas de reconheci-mento, 98 insígnias autonómicas de mérito e cinco insígnias autonómicas de dedica-ção, num total de 172.

É a seguinte a lista das insígnias atribuí-das este ano pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores:

Insígnia autonómica de reconhecimento:- Avelino de Freitas de Meneses- António Pereira Vieira Goulart- Ermelindo dos Santos Machado Ávila- João Luís Morgado Pacheco- João António das Pedras Saramago- Luísa Constantina de Ataíde da Costa Gomes (a título póstumo)- Maria da Conceição Bettencourt de Medeiros- Maria Madalena Monteiro Velho Arruda da Câmara Pereira Férin (a título póstumo)- Mário Bettencourt Resendes (a título póstumo)

Insígnia autonómica de mérito (catego-ria de mérito profissional):- Jorge de Almeida Leal Monjardino (a tí-tulo póstumo)- Mário Parreira de Sousa Lima (a título póstumo)- José Henrique Silva Rocha Lourenço

Insígnia autonómica de mérito (cate-goria de mérito industrial, comercial e agrícola):- Jaime de Sousa Lima- José Fraga Germano- José Tomás Ataíde da Cunha- Luís Filipe Pinto Basto Bensaúde- Casa Agrícola Brum, Lda., de Francisco Maria Brum- Cerâmica Vieira

Insígnia autonómica de mérito (catego-ria de mérito cívico)

- Adriano Ferreira (a título póstumo)- António Eduardo Borges Coutinho (a título póstumo)- António Félix Moniz (a título póstumo)- António Roberto Aguiar de Oliveira Rodrigues- Calvino Soares da Fonseca Santos (a título póstumo)- Emília Isaura Soares Mendonça- Fernando Aires de Medeiros Sousa (a título póstumo- Francisco Ernesto de Oliveira Martins- João Alcindo Neves Ornelas- João de Brito Zeferino- Jorge Manuel do Nascimento Medeiros Cabral (a título póstumo- Jorge João de Medeiros Borges- Weber Machado Pereira- Veríssimo de Freitas da Silva Borges (a título póstumo- Octávio Henrique Ribeiro de Medeiros- Associacion Civil Los Azoreños- Associação de Jovens da Fonte do Bastardo- Banda Eco-Edificante da Vila do Nordeste- Clube Desportivo Ribeirense- Comissão das Grandes Festas do Espírito Santo da Nova Inglaterra- Esquadra 752 dos Puma e Aviocars da Base Aérea n.º 4

Insígnia autonómica de dedicação:- João Domingos Pedro Taveira

GaCS/FG

Dias dos Açores - Tony Goulart será reconhecido

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13 COLABORAÇÃO

Depois duma campanha constante, de pedras, lixo e excrementos de toda a sorte, atirados

à cabeça do primeiro ministro José Sócrates, fiquei um pouco aliviado, quando vi um america-no tomar o lado do actual gover-no português e, precisamente, no mais importante jornal america-no, o “New York Times”, num longo artigo, sob o título que me serve de epígrafe, assinado pelo dr. Robert M. Fishman, professor de Sociologia da Universidade Notre Dame,e editor do “The Year of the Euro, The Cultural, Social and Political Import of the Europe's Common Currency”.No geral a imprensa americana só se refere a Portugal quando algo de mau, de ridículo ou es-candaloso lá acontece. E só algo de importante, num artigo a três colunas, na página editorial, po-deria merecer a atenção do “The New York Times”. E, por isso, li-o com interesse, para ver o que o dr. Fishman tinha a dizer de sua justiça. E logo o que diz, no titu-lo do artigo, é que Portugal não tinha necessidade de ser auxilia-do, ou a pedir auxílio financeiro ao Fundo Monetário Internacio-nal e à União Europeia, e que tal deveria constituir um aviso para as democracias em toda a parte. E continua.A crise que começou com o auxi-lio à Grécia e à Irlanda, acaba de assumir uma expressão feia. No entanto este terceiro pedido de ajuda, não é, na realidade, àcer-ca do défice. Portugal havia tido uma boa actuação económica na década de 90, e estava saindo da recessão, melhor do que outros países da Europa, mas entrou sob pressão injusta e arbitrária por parte dos negociantes, espe-culadores e analistas do crédi-to - “rating” - que, por curteza de vistas ou razões ideológicas, acabam de eliminar uma admnis-tração democáticamente eleita e, provávelmente, atar as mãos da próxima.“Se deixadas irreguladas, es-tas forças do mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos gover-nos democráticos - talvez até da América - de fazer as suas deci-sões àcerca dos impostos e des-pesas.“As dificuldades de Portugal as-semelham-se, sem dúvida, ás da Grécia e da Irlanda. Porque os três países, ao adoptarem o euro como moeda única, cederam o controlo sobre a sua política mo-netária. Mas, no caso da Grécia e da Irlanda, o veredito do mer-cado, reflectiu profundos e fácil-mente identificáveis problemas económicos. A crise portuguesa, é totalmente diferente. Não hou-ve uma verdadeira crise. As ins-tituições económicas e politicas em Portugal, que alguns analistas vêem como irremediávelmen-te perdidas, haviam encontra-

do notáveis êxitos, antes desta nação ibérica de dez milhões de habitantes, ter sido submetida às sucessivas ondas de ataques por parte dos negociantes monetá-rios - “bond traders”.“A crise não foi produzida em Portugal - diz o dr. Fishman.A acumulação desta divida, está muito abaixo do nível de nações como a Itália, que não tem sido sujeita a tão devastadoras pres-sões como Portugal. O seu défice orçamentário, é mais baixo do que o de várias outras nações europeias, e tem estado a ser re-duzido, devido aos esforços do governo”....... E o dr. Fishman continua.“E o que dizer ácerca das possi-bilidades de crescimento do país, que alguns analistas consideram um desastre? No primeiro tri-mestre de 2010, antes dos mer-cados elevarem os juros sobre os títulos da dívida pública, o país possuía um dos melhores “ratin-gs” de recuperação económica da Europa. Em outros aspectos, como as exportções industriais, inovação empresarial e resulta-dos escolares, Portugal igualava, e até suplantava outros países do sul da Europa.“Por que motivo foi então a di-vida portuguesa aviltada, e a sua economia empurrada para o precipício? Há duas possíveis explicações. Uma, é o céticismo ideológico do modelo económi-co misto português, com os em-préstimos ao pequeno comércio apoiados pelo governo, ao lado de grandes companhias privadas e um robusto programa social. Os fundamentalistas do merca-do, detestam o estilo keynésico de intervenção em áreas como a habitação, com rendas a baixo custo, e assistência económica aos mais pobres. O nível de vida em Portugal aumentou significa-tivamente, nos últimos 25 anos, depois da revolução democrática de 1974. Na década de noventa, a produtividade cresceu rápida-mente, a iniciativa privada au-mentou os investimentos de capi-tal com o auxilio do governo, e os partidos do centro- esquerda e centro-direita, apoiaram as des-pesas do programa social”.O artigo prolonga-se em outras considerações mas, no último pa-rágrafo o dr. Fishman diz:.“Apenas os governos eleitos e os seus líderes, podem garantir que esta crise não acabe por minar o processo democrático. Por ago-ra, parece que resolveram deixar tudo nas mãos dos mercados fi-nanceiros e das agências de “ra-tings”.

“Portugal's Unnecessary Baylout”

Do Tempo e dos Homens

Manuel Calado

[email protected]

O governo de um país não é mais que a imagem e o reflexo dos cidadãos que o compõem.Temos, em Portugal, o sistema que,

colectivamente, fomos capazes de gerar. Para o melhor e para o pior, este é o país que fizemos, esta é a sociedade que construímos. Os partidos políticos e os políticos que temos foram criados à nossa imagem e semelhança, fomos nós que os concebemos, somos nós que os sustentamos. Se os governos que deles emanam são maus governos é exactamente pela necessidade de um nivelamen-to geral. Isto é, são maus governos pela força da mesma evidência em virtude da qual somos maus funcionários, maus operários, maus comercian-tes, maus jornalistas, maus juízes, maus enge-nheiros, maus arquitectos ou maus professores. Se queremos um governo sábio e competente o que há a fazer é investir na Educação como sec-tor prioritário. Infelizmente não é isto o que está acontecer entre nós.Sou professor do 3º ciclo e ensino secundário vai para 30 anos. Sempre gostei da minha profissão e sempre achei que, mais do que transmitir conhe-cimentos, o que é preciso é preparar os alunos para uma cidadania activa, desenvolvendo neles o sentido da responsabilidade, criando hábitos de trabalho, tolerância, cordialidade, independência e criatividade. A minha experiência lectiva leva-me, cada vez mais, a concluir que os alunos aprendem quando, em primeiro lugar, estão concentrados e motiva-dos; depois aprendem quando se sentem reco-nhecidos e quando aquilo que fazem os realiza e serve a sua afirmação.Por via da democratização do ensino e da univer-salização da escolaridade, a qualidade das apren-dizagens tem vindo, nos últimos tempos, a dimi-nuir nas escolas públicas. O sistema continua a receber alunos que manifestamente não querem aprender. E não me refiro apenas a alunos do en-sino não regular (cursos de Novas Oportunidades ou PROFIJ, por exemplo). Ora, eu não posso ensinar um aluno que não quer aprender. E não atirem as culpas para cima da Escola e dos professores. A educação é excessi-vamente importante para ser deixada apenas a cargo destes. Hoje sei (todos sabemos) que o insu-cesso da Escola é também o insucesso da família. Hoje sei (todos sabemos) que a educação começa em casa (“Casa de pais, escola de filhos”, diz o ditado). Se o menino é mal educado em casa, por

que carga de água é que haveria de ser um santo na Escola?... Esta apenas reflecte a sociedade que somos. Por favor, não exijam à Escola aquilo que ela não pode dar.É certo que a Escola deve tornar-se permeável à comunidade, dinamizando projectos culturais, científicos e recreativos. Mais do que conferir diplomas, ela deverá ser responsável pelo desen-volvimento cultural, psicológico e afectivo dos alunos.Mas os professores nada farão sem a ajuda de pais e encarregados de educação. Infelizmente há quem se demita dos seus deveres de educador, não procurando os directores de turma, não aju-dando os professores no conhecimento e compre-ensão dos seus filhos.E o cenário vai fatalmente piorar, porque vem aí o 12º ano de escolaridade obrigatória e os alunos vão, obrigatoriamente, permanecer na Escola até aos 18 anos de idade…Hoje sei (todos sabemos) que o insucesso do ac-tual sistema educativo é, em última instância, o insucesso de Portugal. E, em matéria de Educa-ção, estamos conversados: em 37 anos de demo-cracia neste país, tivemos 29 Ministros da Edu-cação, sendo que, destes, apenas três concluíram as suas legislaturas: Roberto Carneiro, Marçal Grilo e Lurdes Rodrigues. É óbvio que sem polí-ticas educativas estáveis e sustentáveis não se vai a lugar nenhum e as mudanças serão sempre do mesmo para o mesmo… Como se isto não bastasse, por via da famigerada crise que se abateu sobre nós, os cortes na Educa-ção ascendem aos 803 milhões de Euros. A “dívi-da soberana” paira sobre as nossas cabeças qual outra espada de Dâmocles. Mas essa crise não é só uma crise económica e financeira – é também uma crise de valores humanos. A crise, caros lei-tores, é a crise de cada um de nós.Vivemos excessivamente dependentes do Estado, marcados que estamos por uma manifesta infla-ção legislativa. Temos leis a mais quando seria preferível termos menos leis e melhores leis. Bem vistas as coisas, não precisamos de mais refor-mas políticas – precisamos, sim, de uma renova-ção intelectual e de um forte estímulo para uma cultura de trabalho, rigor e exigência.Porém, preferimos o triste contentamento das bem-aventuranças do FMI.Ah, nação valente e imortal!

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui Dores

Não posso ensinar a quem não quer aprender

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14 1 de Junho de 2011 FESTAS

Participe nas nossas festas tradicionais. Não fique em casa. Venha ver a beleza das nossas festas

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15 COMUNIDADE

Páscoa na Casa do BenficaComo já vem sendo habitual, realizou-se na Sede da Casa do Benfica de San José, o jantar de Domingo de Páscoa, com a pre-sença de muitas famílias e amigos do po-

pular clube de Santa Clara Street.A Casa do Benfica está a ter uma activida-de social digna de registo.

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16 1 de Junho de 2011COMUNIDADE

Cônsul-Geral visitou a PFSANo passado dia 21 de Maio de 2011, o Cônsul-Geral de Portugal em San Francisco, António da Costa Moura, visitou oficialmen-te a sede da Portuguese Fraternal Society of America em San Le-andro.Grande amigo da comunidade portuguesa e participante em di-ferentes projectos fraternais pa-trocinados pela esta Sociedade, esta foi a primeira visita oficial à sede do P.F.S.A. Recebido pelo CEO, Timothy L. Borges, o Cô-sul Costa Moura foi apresentado aos Directores Executivos e Di-rectores Fraternais da Sociedade, assim como ao Presidente Supre-mo Richard J. Castro, Presidente Supremo da Juventude Ashley N. da Silva, e empregados presen

O Cônsul agradeceu o convite e elogiou os Directores, Oficiais Executivos e Membros pela deci-são feita em 2010. Na sua opinião, a visão de unir quatro grandes Sociedades formando uma, pre-parada para servir os membros no Século XXI, foi um passo de coragem que devemos elogiar.Foi oferecida uma placa pelo Supremo Presidente, Richard J. Castro ao Cônsul de Portugal, em agradecimento por todo o apoio que tem dado à nova orga-nização. Seguiu-se um almoço bem português, preparado por Belmira da Silva, que agradou a todos os presentes.

Business Board Vice Presidente, Donald Valadão; Secretária Executiva Isolete Facão-Grácio, António da Costa Moura, Cônsul-Geral de Portugal em San Francisco; Presidente Supremo Richard J. Castro; Fraternal Presi-dente, Mary G. Medeiros and CEO Timothy L. Borges.

Dário Costa and Moises Lourenço, Youth Advisors; Susie Lourenço, Youth Mistress of Ceremonies; António da Costa Moura, Cônsul-Geral de Portugal em San Francisco; Ashley N. da Silva, Youth President; Carla Cardoso, Youth Director and Monique Vallance, Youth Advisor.

Richard Castro e António Costa Moura

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17

Os prémios das SOPAS

Hall of Fame: Helter Martins. Reconhecem-se ainda os Professores encarregados da asssociação estudantil SOPAS, Rebekah Robertson, Clemente Fagundes e Diniz Borges

Aluna Morganne Finney com Matt Parreira (alumunus do ano--SOPAS)

Alunos Brianda Louro e Michael Vieira apresentando um dos homenageados

José e Rosa Silveira. Ele representando o Tulare Angrense e ela o Centro Português de Evan-gelização e Cultura

Stephanie Meneses - Professora do AnoEmbaixo: Cathy Medeiros - Honorary Portugeuse-American of the Year

Hélio Beirão - artista do ano

"It is a pleasure to welcome everyone to this event.

We at SOPAS take this opportunity to thank our school administrators, our tea-chers and our entire community for sup-porting this student organization and the Portuguese language and culture classes at all three of our high schools. Enjoy the evening and please continue to support our youth organization as we strive to preserve and promote our cultural le-gacy. Thank you!"

Sabrina Sylvestre - SOPAS Presi-dent Mission Oak High School - Tulare

(continua na página 18)

COMUNIDADE

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18 1 de Junho de 2011COLABORAÇÃO

Peço licença para falar dos meus alunos

Peço licença para falar dos meus alunos...Estou a terminar mais um ano lectivo. Foi mais um ano marcado

por memórias e aprendizagens. Dou au-las de português como língua estrangeira e dirijo o departamento de línguas da es-cola secundária onde trabalho há 15 anos. Como tenho muito tempo livre (quem me conhece perceberá a ironia) dou aulas noc-turnas, também em língua portuguesa, num "community college". Gosto muito do que faço. Inspiro-me com cada aula, com cada aluno, com cada unidade temá-tica. Tento dar o meu melhor aos jovens que passam pelas minhas aulas, porque acredito, veementemente, no que escre-veu um dia Elbert Hubbard: o professor é aquele que faz duas idéias crescerem onde antes só crescia uma. Mas não é de mim que quero reflectir, até porque, felizmente, o meu narcisismo não chega a esse ponto. Quero sim reflectir sobre os meus alunos e as novas comunidades que despontam com o começo e o fim de cada ano escolar.Como sou professor de língua e cultura portuguesas, numa escola do ensino ofi-cial americano, a maioria dos meus alunos é de origem portuguesa, mas com cada ano que passa, tenho, cada vez mais, alu-nos de outros grupos etnicos, particular-mente hispânicos que sendo fluentes no espanhol desejam aprender uma terceira

língua. É que, como sabem, a beleza do ensino público é que as portas estão aber-tas a todos os alunos, independentemente da cor da sua pele, da sua etnicidade, da sua situação socio-económica. E daí que as minhas turmas de português reflectem o mosaico norte-americano. São compos-tas por alunos de origem portuguesa, a maioria, como referi, mas também alunos hispânicos, asiáticos, afro-americanos e ameríndios. Todos, dentro duma sala de aula a aprenderem algumas frases e vocá-bulos da língua de Camões. E todos com sonhos, com desejos, com preconceitos, com esperança, com preocupações e com a sua formação à flor da pele. E apesar dos seus tenros anos neste planeta, já se pode ver neles o que proventura poderão ser num futuro que não está assim tão lon-ge. Já se pode decifrar os caminhos que começam a traçar na rota para a vida adul-ta, porque como escreveu John Milton: a juventude mostra o homem tal como a ma-nhã mostra o dia.E o que vejo nestes jovens é o desejo de acabarem a sua formação no ensino secun-dário e continuarem com o ensino supe-rior. É que não só os de origem portugue-sa, mas todos os outros, possuem o desejo de completarem um curso académico ou industrial. Vê-se na juventude de hoje, particularmente naqueles que são filhos de emigrantes, um desejo de ir além dos

seus pais, no conhecimento e na formação. Começamos a ver jovens de origem portu-guesa interessados não só num curso, mas, que universidade devem frequentar para conseguir esse curso. Daí que entristeço quando ouço gente da minha geração, e de outras, depois ou antes da minha, disserta-rem de uma forma displicente sobre a inér-cia dos jovens. Acho os adultos que isso dizem não estão atentos. Os nossos jovens têm sonhos, têm esperança, têm gana. Aliás como nos diz o provérbio bíblico: a beleza dos jovens é o seu vigor. E que vigor tem esta juventude. Ao longos da década e meia que tenho trabalhado, diariamente, com jovens, vejo que mui-tas vezes somos nós os adultos que não os compreendemos. Primeiro, é sabido que haverá sempre, o choque das gerações e que o mesmo, apesar de em alguns casos ser dificultoso, árduo e fastidioso, é ne-cessário para a evolução que queremos na humanidade. Nunca um jovem deve ter as mesmas ideias dos pais. O progresso do nosso mundo, da nossa sociedade e até mesmo da nossa comunidade passa por este, naturalíssimo, embate de ideias. Sem ele o mundo estagnaria. Mais, noto nesta geração de jovens, um desejo de contribuí-rem, positivamente, para a sua sociedade e para a sua comunidade. Daí que digo-lhes imensas vezes, particularmente aos que estão na fase final do ensino secundário

que é imperativo que eles sejam a geração da mudança, que tenham mais sonhos do que a minha e as outras gerações que me separa deles e que nunca se esqueçam de outro provérbio: mocidade preguiçosa; ve-lhice trabalhosa. Eis pois em traços gerais o que encontro na nossa juventude de hoje. Todos os dias, ao abrir a minha sala de aula, vejo entrar gente jovem cheia de esperança. São os homens e as mulheres de amanhã. Têm comportamentos diferentes e ainda bem. Pensam diferente e ainda bem. São rebel-des e ainda bem. Porque este é o seu tem-po e só eles podem modificar as burrices, que a minha, e as sucesivas gerações, têm feito. Aliás a juventude é um tempo de no-vidade e de descoberta que deve ser vivi-do por cada geração e por cada jovem. O escritor francês Chateubriand, melhor do que ninguém o disse: A alma da mocidade, arrancando voo, liba em todas as flores, experimenta todas as sensações, saboreia de todas as taças, quer doces quer amar-gas, e, só à custa de experimentar, saberá o que é a vida."Deixemos os nosso jovens ser jovens e veremos que com a liberdade e a prepara-ção que recebem em casa, nas escolas, nas universidades e no mundo que os rodeia, teremos o futuro que eles aspiram.

Assim falaram os Estudantes das SOPAS, durante a apresentação da sua festa:

I would also like to thank everyone in at-tendance. Our MVPA Awards are a uni-que opportunity to bring our community together as we honor outstanding students and dedicated community members. As we go through the process of choosing our community honorees it gives us a chance to learn about our community and how American of Portuguese ancestry have

contributed to our great country and our area. it teaches us about the Portuguese-American experience.Again, thanks so much for being here to-night.

Michael Correia--SOPAS President Tulare Western High School

Quero dar as boas vindas a todos que aqui estão esta noite. Muito obrigado pela vos-sa presença. É para nós um prazer entre-

gar estes prémios esta tarde, porque todos representam o que disse um dia o poeta português Fernando Pessoa: cultura não é só ler muito, sem apenas saber muito, é, acima de tudo a mistura destas com co-nhecer muito. Welcome to the 6th annual MVPA-Awar-ds. It is a pleasure to see all of you at our event. We are proud of the work SOPAS has done to promote the Portuguese-Ame-rican Experience at our high schools and the bridge that we have constantly tried to

establish with our Portuguese-American organizations. Thanks for believing that students are the future of our country, thus the future of our communities.

Luis Rebelo, SOPAS President, Tulare Union High School

SOPAS e a sua festa de Homenagens

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

NOTÍCIAObama relança o debate nacional sobre legalização de imigrantesObama teve um encontro na Casa Branca com 40 líderes de diversos setores, nomeadamente gru-pos religiosos e sindicatos, e no qual participaram também membros do seu gabinete: a secretária do Trabalho, Hilda Solis, da Segurança Interna, Janet Napolitano e o procurador geral, Eric Holder.Numa carta enviada o mês passado a Napolitano, 17 organizações, entre as quais a Conferência dos Bispos Católicos e o Conselho Nacional da Raça, pediram o cancelamento de medidas anunciadas pelo governo em 2009, como o programa 287g. e a construção de centros de detenção de indocu-mentados.Obama convocou a reunião pouco depois de ter anunciado que é recandidato ao segundo mandato em 2012. Para isso precisa dos votos das minorias, nomeadamente os hispânicos, que foram determi-nante na sua eleição em 2008.A atual administração tem mantido diálogo com vários congressistas e senadores, a nível privado, com vista ao relançamento do chamado Dream Act, a lei que facilitava a legalização de imigran-tes indocumentados, mas não passou o ano passa-do no Congresso.

in portuguesetimes

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19 COMUNIDADE

N.Sª de Fátima de Modesto

Realizou-se pela primeira vez na nova Igreja de St. Stanislaus em Modesto, a Festa de Nossa Senhora de Fátima de Modesto. A Missa foi presidida pelo Padre Luis Cordeiro, da Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Turlock.Depois da Missa houve Procissão desde a Igreja até ao Ginásio adjacente à mesma, onde foi servido um almoço a todos aqueles que participaram na missa e procissão.Queremos crer que para o ano esta festa terá muito maior participação. Tribuna agradece o convite da Familia Martins.

A nova Igreja de St. Stanislaus é uma obra de arte digna de ser visitada. O terreno foi oferecido pela Família Gallo e o desenho da mesma lembra uma Basílica Italiana.

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20 1 de Junho de 2011COLABORAÇÃO

Prosseguindo a tradição, a comunidade de Arte-sia realizou os festejos em honra de Nossa Se-

nhora de Fátima, nos dias 7 e 8 de Maio. Durante uma semana houve missas e terços a cargo de dois padres presentes, na Igreja da Sagrada Família.No Sábado, dia 7, após a missa, foi organizada a Procissão das Velas, com centenas de fiéis e o Grupo Coral de Artesia, a qual percorreu diversas ruas da Cida-de até à Sociedade, onde o Padre Isaque, mais uma vez pronunciou um pequeno sermão, com apre-ciadas palavras sobre o evento. Seguiu-se baile ao ar livre e no Salão velho, teve início uma can-toria, a qual foi muito apreciada, com os tocadores David Barce-los, Jimmy Enes, Jason Machado e Roberto Ormonde. Os cantado-

res eram José Ribeiro, Adelino Toledo, Alberto Sousa e Vital Marcelino. No Domingo, dia 8, as primeiras Sopas foram servi-das a partir do meio-dia.A missa foi celebrada às 12:30 pm pelos Padres Isaque Meneses e Domingos Machado. Depois seguiu-se a Procissão que foi acompanhada pelo Grupo Coral de Artesia. A procissão teve a presença de diversas entidades da Cidade, representações de outras organizações, filarmóni-cas de Artesia e do Chino.Depois da procissão foram nova-mente servidas Sopas. Durante a tarde houve arrematações e con-certos pelas duas bandas.Pelas 19:00 horas rezou-se o Ter-ço seguido do Adeus à Virgem.Mais uma vez Artesia está de parabéns.

Artesia em Festa de FátimaComunidades do Sul

Fernando Dutra

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21 PATROCINADORES

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22 1 de Junho de 2011TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Ávila

Alternativa Auspiciosa de Sário Cabral

Corrida dos 35 Anos dos Forcados de Turlock - Alternativa de Sário Cabral - Despedida de José Manuel Martins

Devido ao jornal sair no Domingo da Corrida, deixamos para a próxima edição a crónica dela. No entanto podemos dizer que a actuação de Sário Cabral no toiro da sua al-ternativa foi muito boa, Rui Salvador esteve em tarde inspirada e Pau-lo Ferreira foi o menos beneficiado em toiros, mas cumpriu muito bem. Os forcados estiveram muito bem, cinco pegas à primeira e uma à ter-ceira. Curro muito bem apresentado. Despedida comovente de José Manuel Martins de-pois de 35 anos a rabejar 1032 toiros.

Tiro o meu cha-péu mais uma vez à ganadaria Rego Botelho pela extraor-dinária participação na sua primeira corri-da no Campo Pequeno. Pena foi que em muitos sites do Continente não se tivesse podido ver a volta triunfal do Ganadero António Baldaya com o matador Antonio Fer-rera. Seria inveja?

Atiro o meu chapéu ao chão e dou-lhe três pontapés de raiva, quando vi uma foto do Campo Pequeno, mostrando o Grupo de Forcados da Tertúlia

Tauromáquica Terceirense a ofere-cer uma pega ao Presidente do Go-verno dos Açores, Carlos César. Como foi possível que a Tertulia Terceirense pudesse ter-se esqueci-do, que foi este mesmo Carlos César

que numa infeliz entrevista à RTP Açores pressionou (psicológica e políticamente) os depu-tados do seu partido a mudarem o sentido de voto àcerca da sorte de varas. Como foi possível a Tertulia ter-se es-quecido disso, se foi ela quem liderou esse processo? Carlos César tem o direito de não gostar da Festa Brava, como eu tenho o direito de não gostar de boxe. Ele não tem é o direito de pressionar deputados, eleitos pelo povo, e que cobardemente aceitaram essa ingerência, porque não queriam perder o tacho nas próximas eleições. Os seus nomes estão nos documentos da Assembleia Regio-nal. Eu compreendo que a Tertúlia esteja agradecida ao Go-verno Regional dos Açores por ter ajudado na construcão do Monumento ao Toiro, mas não se pode comparar os maleficios à festa feitos pelo voto contrário dos deputados do Partido Socialista (e de outros, claro) na proposta de lei sobre a sorte de varas. Não misturemos alhos com bu-galhos. O mal está, em ainda não compreendermos muito bem o que é um Governo, que não é mais do que um gestor da "cousa publica" e o dinheiro que gere é o nosso próprio dinheiro e não o "deles". Enfim, fiquei realmente triste, porque Césares, vão e não voltam, mas Tertúlias ficam para sempre.

Fico com o meu chapéu ao vento quando vejo carteis com dois artistas. Se as organizações soubessem o mal que fazem à festa com este tipo de cartel, adicio-navam mais um artista. Os cavaleiros detestam este tipo de cartel, os matadores odeiam-no e o povo marimba-se para este tipo de cartel. Ficam fartos de ver os mesmos, cansam-se de ver sempre a mesma coisa e quem ganha com isso são as "barras" onde se consome um pouco mais de álcool, porque o povo vai saindo mais cedo da praça. Organizações da minha terra - por favor abram os olhos, aprendam a fazer carteis. Não matem a festa, por favor.Vejam lá se em Espanha, Portugal e Mexico há corridas com dois artistas? Claro que não há.

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23TAUROMAQUIA

Corrida da Festa de S. Antão Corrida da Festa de Santo Antão de Stevinson9 de Maio de 2011Praça de Stevinson

Cavaleiros - Paulo Ferreira e Sá-rio CabralForcados Amadores de Turlock, Amadores do Aposento de Tur-lock e Amadores de Merced.Director - Duarte BragaFilarmonica de EscalonToiros da Ganadaria AçorianaToiros com trapio e peso médio alto.

Se a corrida tivesse acabado no terceiro toiro, todos nós tinhamos ganho. Porquê? Porque simples-mente a partir daí, os toiros nada quiseram, machucaram cavalos, deram pancadaria nos forcados e não ganhámos nada com isso.E se falo no terceiro toiro, refiro-me sómente à valente pega feita pelo forcado do Grupo de Merced, até porque o toiro também não prestou.Gostei do primeiro toiro, mexicano de origem e que demonstrou ser bravo, o mesmo acontecendo com o segundo, toiro da terra que deu boa nota. De referir que o curro estava muito bonito e muito igual.Paulo Ferreira e Sário tiveram os seus melhores momentos nos seus primeiros toiros. Nos outros, complicados que eram, foram cravando e passando o tempo. Estes carteis de dois artistas não interessam nem ao Menino Jesus. Com estes anos todos de festa brava já devíamos saber mais e melhor. Parece que estamos a andar para trás. Assim, estamos a matar a festa brava.Foi bonito de se ver três grupos de forcados. Dá uma certa emoção e quem ganha com isso é a Festa Brava.1ª pega de Michael Lopes à 2ª tentativa; 2ª pega (Aposento de Turlock) à 1ª tentativa; 3ª pega de Tony Oliveira (Merced) à 1ª tentativa; 4ª pega de Donald Mota (Turlock) à 2ª tentativa; 5ª pega Carlos Menezes (magoado), substituido por um outro jovem do grupo, à 3ª tentativa; 6ª pega de Fábio Mendonça (Merced) à 1ª tentativa.

Pela quinta vez em cinco anos, mãos crimino-sas, vandaliza-ram a Praça de Toiros de Stevin-son, enchendo-a de água durante a noite e fazendo com que as bom-bas de água não t r a b a l h a s s e m apropriadamen-te. Foi, novamente, um esforço enorme de muita gente e de muitas máquinas, que durante a manhã de Domingo estiveram a trabalhar para que a corrida pudesse ter o seu início à 5 horas da tarde, como estava no programa. Como é possível tanta maldade?

Criminoso/s à solta

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24 1 de Junho de 2011PATROCINADORES

As Nossas Festas estão na Edição de 1 de Maio

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25COLABORAÇÃO

Crónica de Montreal

Antonio [email protected]

Espero que tenham passado umas festas bastante agradáveis, so-bretudo com muita saúde, amor, paz e alegria, que o resto é irrele-

vante, embora que pão na mesa e uma pin-ga de vinho não sejam nada desperdiçar. Pelos meus lados, mesmo assim e graças a Deus, não houve muita razão de queixa, a não ser pelo susto que apanhei devido ao desaparecimento dos meus três anéis du-rante a noite da consoada, passada na casa dos sogros do meu filho, para reaparecerem mais tarde em lugares diferentes que não o dedo da sua ‘morada’. Caso contrário, me-lhor não pôde ter sido, inclusivamente, ao que sei, pela comunidade inteira, sempre muito ativa nesta altura do ano. (“Mijinha” não de ter faltado, certamente)!Os miúdos, uns com briquedos e outros com dinheiro, também pareciam ter esta-do satisfeitos.Com isto, pois, venho aqui hoje com esta ‘estória’ para vos contar, como primeiro texto para este presente ano. Em tudo na vida, há sempre algo que em-bora não sendo difícil de aceitar, contudo se mostra ou reveste de misterioso ou iró-nico. Estávamos de regresso a casa depois de uma das missas da noite do Natal, na igreja da Comunidade Paroquial de S. Leonardo, começando seguidamente a descarregar os sacos com as respetivas prendas na garagenm do casal anfitrião, para depois saborearmos as guloseimas da consoada para a qual forámos gentilmente convidados.

Subitamente, reparei que havia perdido as minhas duas alianças (a do casamento e a do 25 aniversário), assim como um outro anel de menor importânciaClaro, fiquei bastante apoquentado, para o que logo as outras pessoas me confor-tavam, sugerindo que eu certamente as deixara atrás, antes de sair de casa. (Nada disso sucedera, porque jamais os tirei do seu lugar fosse quando fosse).Jantámos, pulámos (quem pôde)!, até que vendo ser tempo de regressar a minha casa, pus-me a caminho. De repente, o

João Sá chamou-me à atenção para o anel que estava no chão da garagem, tendo eu na realidade tocado nele com a bengala.Era ele, sim senhor! Fiquei muito satis-feito, depois de sugerir uma rebusca mais completa e/ou até que deveriam ir até à igreja, no dia seguinte.Mas felizmente que não chegou a ser pre-ciso. Em casa, deitei-me, quando alguns momentos depois, minha mulher tirava dos sacos algumas ofertas que nos fize-ram, quando sentiu tinir algo no fundo de um deles. Pondo-se a remexer no saco, deu

com as duas alianças!E esta! Chamando ela por mim, levantei-me e quase que não acreditei: em cima da mesa estavam as outras duas preciosida-des! Um milagre menor? Porque não? Senão, imaginem o pouco que faltou para que fi-cassem (dois deles) aninhados eternamente no fundo do respetivo saco, cujo fim mais provável seria o da lixeira municipal!Livra-se, um ‘lixo’ bem precioso, e eu com o dedo desnudado! Possa isso trazer-me coisas boas para o ano corrente, pois va-mos estar muito necessitados cá em casa, por via de outra pessoa do agregado.Já agora, despeço-me com esta cantinga que se entoava no meu tempo em São Mi-guel por esta altura:“O Ano Novo, ou bom ou mau ninguém o adivinha, é como o ovo: pode ser galo,pode ser galinha”.

Nota do editor:

Já há tempos que o nosso colaborador An-tonio Vallacorba tinha avisado que se en-contrava doente. Esta semana recebemos esta triste noticia do Hospital: Mr. Antonio Vallacorba whom resides at 6375 rue Louis Hemon, Montreal, Que-bec, H2G 2KE Canada is terminally ill and is in palliative care at the hospital.

Em sua homenagem publicamos hoje este conto da sua autoria.

O Milagre dos anéis perdidos

Baile de Estudantes Açorianos no PAC

Embora sem carácter consistente, realiza-se uma vez por outra um jantar de convívio entre residentes da California que estiveram a estudar em Liceus Nacionais ou Escolas Indus-triais e Comerciais dos Açores, Madeira ou Continente. É sempre uma noite de recorda-ções, de encontro entre amigos que não se viam há muitos anos. Partilham-se fotografias, trocam-se emails ou facebooks. A melhor altura da realização destes encontros será no Outono/Inverno, porque na altura em que este aconteceu, já há muitas actividades festivas na California, que dificultam a presença de mais gente. Fotos de Mário Ribeiro

Os Faialenses eram o maior grupo

Esta foto representa quase a totalidade das pessoas que se deslocaram ao Portuguese Ath-letic Club, de San José para participarem num convivio de amizade.

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26 1 de Junho de 2011ARTES & LETRAS

Tenho a felicidade de ter gente ami-ga em várias partes do globo, porém um dos amigos suja amizade vem dos tempos da minha juventude é o escri-tor Vamberto Freitas. Ele que viveu e comungou a diáspora, os triunfos e os dissabores. O Vamberto é um dos inte-lectuais açorianos que melhor conhece a nossa diáspora, de uma forma muito especial a Califórnia.Ei-lo aqui nesta Maré Cheia com um texto sobre o simpósio Filamentos da Herança Atlântica, que aliás, vamos recomeçar, embora de uma forma dife-rente, já no próximo mês de Outubro de 2011, nos dias 6, 7, 8 e 9 desse mês. Leiam o texto do Vamberto e venham a Tulare no segundo fim de semana de Outubro.

abraçosdiniz

Filamentos da Herança Atlântica

...Defender a dignidade humana, em todas as suas vertentes, é de facto um

conceito radical.Diniz Borges, Uma Outra América:

Textos Do Real e Do Utópico

Uma das instituições que mantém coesas as nossas comunidades e para sempre ligada à sua cultura ancestral foi e é a Igreja. Não es-

crevo aqui como crente ou como praticante dos seus ritos, mas sim como cidadão que sabe muito bem quão difícil e quão valoroso é sobreviver com o nosso ser intacto quando se é estranho em terra estranha. Aliás, nos Estados Unidos ainda se utiliza oficialmente uma expressão de medonha semântica para designar os emigrantes legais ou ilegais, como se a existência da pessoa humana esti-vesse sujeita em primeiro lugar a definições arbitrárias de cidadania adiada: legal alien e ilegal alien. É certo que o mesmo país tem hoje uma legislação que respeita no seu todo a integridade de qualquer um dos seus cidadãos ou “convidados”, mas as palavras têm um poder inegável de classificar, de ar-rumar, por assim dizer, na consciência dos outros lá nascidos, os que chegam em busca de pão e espaço. É certo que a par-tir da década de 70, a própria po-lítica dos países de acolhimento e de origem inicia-ram medidas com vista à integração de todos sem que isso implicasse dentro do possível um corte radical com a língua e cultura multi-secular que haviam deixado na Europa, ou noutros velhos con-tinentes. O bilinguismo e multiculturalis-mo escolares muito contribuíram para a educação dos que antes permaneciam nas margens, mas o sentido de comunidade foi sempre um projecto interno liderado pelas instituições aqui referidas. Veio este breve intróito a propósito de um encontro literário e cultural que foi inicia-do na cidade de Tulare (Vale de São Joa-

quim) em 1990 e só terminou em 2002, Os Filamentos da Herança Atlântica. Foi dinamizado pelo Centro Português de Evangelização e Cultura daquela cidade cercada por uma das maiores extensões agrícolas e de agro-pecuária no mundo, que agora comemora um quarto de século de existência. Pela primeira vez numa das mais “longínquas” comunidades açorianas realizou-se este simpósio anual que junta-va um grupo de intelectuais e outros es-tudiosos ligados a universidades ou inde-pendentes, idos principalmente dos Açores e Continente ou residentes em diversas e não menos distantes áreas da Diáspora. Os Filamentos foram sempre organizados e liderados pelo professor e escritor Diniz Borges, terceirense que emigrou aos dez anos de idade sem nunca abandonar a cul-tura e língua que havia transportado con-sigo e em si da sua ilha natal. Mestre em literatura e cultura, recebedor de inúmeros prémios na sua profissão e de cidadania, raramente se viu na nossa geração alguém com tanta directriz e força para levar avan-te uma espécie de renascimento e gemi-nação entre os que aqui ficaram e os que para lá se foram. Autor de vários livros que recolhem as suas peças jornalísticas e en-saísticas publicadas na imprensa de língua portuguesa, o seu liberalismo (à america-na) que desde sempre orienta toda a sua vida intelectual, incluiu enfática e ideolo-

gicamente um agudo sentido de inclusão, ou a recusa de que a cultura dita erudita tem de permanecer arredada do comum dos mortais. Se não sabem, ensina-se; se têm algo a dizer, digam; se perguntam, responde-se; e se discordarmos, inicie-se o diálogo esclarecedor. Diniz Borges, ao liderar os colóquios dos Filamentos insis-tiu sempre em desenvolver os dois ou três dias de trabalhos não numa faculdade mas sim no centro da própria comunidade, os convites e actividades-outras, desde con-

certos de música clássica oferecidos por prestigiadas filarmónicas das cidades cir-cundantes, exposições de artes plásticas, folclore ou actuações de artistas idos do nosso país, deveriam sem quaisquer apo-logias ou explicações incluir todos aque-les que quisessem participar ou intervir criativamente de um modo ou outro. A estrutura dos encontros em Tulare consis-tia em comunicações que abordavam as mais variadas questões literárias, culturais e históricas dos Açores e das próprias co-munidades. Escritores, poetas, professores universitários, jornalistas ou investigado-res por conta própria levavam à comunida-de a informação e o pensamento em volta do que teria sido o nosso passado, do que era o nosso presente -- e do que poderia ser o nosso futuro. Sem academismos ou subjugações ideológicas de qualquer espé-cie, os Filamentos tornaram-se num fórum de diálogo, também sem par entre nós no outro lado mar. Visitas dos escritores e po-etas às escolas do ensino oficial nas proxi-midades que incluíam nos seus currículos os estudos portugueses, dinamização das artes cénicas entre os jovens imigrantes e luso-americanos assim como um jantar que juntava comunidade e participantes convidados, coroavam esses dias, como diria Diniz Borges num texto recente, de ensino e aprendizagem entre todos. As questões culturais açorianas e dias-

póricas só começaram a ter um espaço insti-tucional a nível supe-rior quando Onésimo T. Almeida na Brown University em 1978 organizou o primeiro simpósio com o títu-lo abrangente de The Immigrant Experience Through Literature/A

Experiência Vista Através da Literatura. Já na altura juntou escritores e estudiosos dos dois países. Foi de facto um momento marcante, que não só iniciava a legitima-ção institucional dos estudos açorianos nos EUA como motivou um considerável movimento criativo expresso no teatro, sessões publicação e lançamentos de li-vros nas duas línguas um pouco por toda a parte, o que ainda hoje continua a fazer parte integrante da vida nas nossas comu-nidades. O velho, inútil e castrador elitis-mo intelectual português era irremedia-velmente subvertido num país que desde sempre valorizou e acolheu o mundo das ideias nas suas infindáveis faces. A escrita “étnica”, cuja temática insistia em chama-mentos múltiplos e transnacionais, come-çava a impor-se no establishment literário e académico do país. Era o novo cosmo-politismo que se contrapunha à noção do suposto intelectual fechado no seu reduto claustrofóbico, sofrendo um existencialis-mo fabricado, e depois lançando ao mundo algumas das mais ilegíveis e irrelevantes obras. Como diriam muitos dos novos te-óricos em todas as línguas e tradições: es-tavam a responder -- talking back -- a essa

minoria iluminada e já exausta, sem nada ter para dizer sobre o que de mais positivo e grandioso trazia a nova globalização que dignificava a noção de margens ante um centro já inexistente. O que se passava en-tre nós na Diáspora e o que os Filamentos da Herança Atlântica viriam a consolidar integrava-se perfeita e atempadamente em todo este movimento cultural transfrontei-riço. Das nossas melhores universidades aqui em Portugal, não só chegavam novos estudiosos a esses encontros como depres-sa introduziriam nas suas próprias insti-tuições, nalguns currículos e publicações, questões culturais e literárias que ainda há poucos anos eram tidas como “menores” ou inconscientemente ignoradas porque nunca ninguém as havia pensado ou pro-jectado. Diniz Borges e os seus colegas na Califórnia, pela força da sua razão e cons-ciencialização intelectual, representam o que de melhor nos aconteceu cá e no além-fronteiras durante estas últimas décadas.

Filamentos da Herança Atlântica, Tulare, Califórnia, 1990-2002. Diniz Borges

tem vários livros publicados, incluindo algumas antologias de poesia açoriana que traduziu e organizou. Destaco aqui

On a Leaf of Blue: Bilingual Anthology of Azorean Contemporary Poetry (2003) e

Nem Sempre a Saudade Chora: Antologia de Poesia Açoriana sobre a Emigração

(2004).

Vamberto Freitas

Se não sabem, ensina-se; se têm algo a dizer, digam; se perguntam, responde-se; e se discordarmos, inicie-se o diá-logo esclarecedor.

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 PATROCINADORES

Enviam-se encomendas através do USPS ou

Par ticipe nas nossas festas tradicionais

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28 1 de Junho de 2011COMUNIDADE

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29 COMUNIDADE

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

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30 1 de Junho de 2011FESTAS

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

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31 COMUNIDADE

Arcata Holy GhostConvidamos todos Vós para a Celebração

do Divino Espírito Santo

Nos dias 17, 18 e 19 de Junho, 2011

Salão Português1185 11th Street

Arcata, CA 95521 Sexta-Feira, 17 de Junho • As portas seral abertas as 6:30 da tarde. • Terão a oportunidade de comprar comida que estarà à venda. • Haverà dança das 8 horas até à meia noite com a musica do conjunto “Loucura”.

Sábado 18 de Junho • Recitação de Rosário 6 horas da tarde. • Jantar de linguiça e feijão as 7 horas da noite. • Dança depois do jantar até á meia noite com a musica do conjunto “Loucura”.

Domingo 19 de Junho • 10 horas e parada incorporando a imagem da Rainha Santa Isabel, Coroas do Divino Espirito Santo, Rainhas de Arcata, Fort Bragg and Ferndale, Representantes da Sociedade Portuguesa e outros digintàrios vai desfilar do Salão Português até à Igreja de St. Mary's, 1690 Janes Road; Arcata, CA 95521. • Celebracão da Santa Missa as 11 horas e Coroação da Rainha segunido-se o regresso da parada ao Salão Português. • Almoço imediatamente a chegada ao Salão. Vamos servir a Alcatra e Sopas Tradicionais. Segudamente teremos arremataçoes.

A Comunidade Portuguesa da Arcata estende um convite cordial a toda a Comunidade. Venham a Arcata. Serão todos Benvindos a esta Celebração.

Sabores da VidaQuinzenalmente convidaremos uma pessoa a dar-nos a receita do seu prato favorito, com uma condição - que saibam cozinhá-lo.

Hoje temos uma receita de Bolo de Caramelo, da nossa amiga Helena Oliveira, residente em San José. Esta receita é originária do Faial.

Bolo de CarameloPara o caramelo: 100 gramas de açucar; ½ chávena de leite.Para o bolo: 3 ovos; 1 chávena de manteiga (ou margarina); 2 chávenas de farinha (bem cheias); 1 chávena de açucar; 1 colher de chá de fermento em pó.Para o recheio e cobertura: 250 g de açu-car; 1 chávena de leite; 3 colheres de sopa de manteiga sem sal; 1 chávena de nozes picadas.Leva-se o açucar ao lume num tachinho até fazer caramelo. Retira-se do lume e deixa-searrefecer o caramelo. Rega-se com o leite e leva-se novamente ao lume para que o caramelo se dissolva completamente no leite. Deixa-se arrefecer novamente. Numa tigela bate-se a manteiga com o açucar até se obter um creme. Juntam-se as gemas, batendo, e depois a farinha préviamente peneirada com o fermento altemadamente com o caramelo. Mistura-se bem. Batem-se as claras em castelo bem firme e adicionam-se ao preparado anterior. Deita-se a massa numa forma redonda muito bem untada e com o fundo forrado com papel vegetal untado. Leva-se a cozer em forno moderado. Depois de cozido desenforma-se, deixa-se arrefecer um pouco e corta-se o bolo ao meio no sentido horizontal. Unem-se no-vamente as duas partes recheando o bolo e cobrindo-o com o seguinte preparado: leva-se o açucar ao lumea fazer caramelo. Retira-se do calor e deixa-se arrefecer um pouco. Adiciona-se a manteiga e leva-se ao lume até fazer uma pasta. Volta a retirar-se do calor e, depois de arrefecer um pouco, rega-se com o leite a ferver. Leva-se desta vez o preparado a lume brando onde se deixa ferver até fazer ponto de estrada. Adicionam-se as nozes picadas e aplica-se rápidamente.

Que este Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades seja comemorado com alegria

e com muita amizade

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32 1 de Junho de 2011COMUNIDADE

Jantar de Gala das Celebrações do Dia de Portugal

Homenagem ao Dr. Décio OliveiraNo domingo, 5 de Junho, a Luso-American Education Foundation organiza o tradicional Jantar de Gala no âmbito das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, e do 48º Aniversário da LAEF, no salão do PAC em S. José, às 6 horas da tarde. Durante o jantar, será homenageado o Dr. Décio Oliveira, figura amplamente conhecida pelas várias décadas de exí-mia liderança em prol do desenvolvimento socio-cultural da nossa comunidade. Durante o evento, serão exibidos painéis sobre a vida de Aristides de Sousa Mendes.Antes do jantar, às 3 horas da tarde, haverá um concerto de música clássica portuguesa na Igreja Nacional Portuguesa da Cinco Cha-gas.

Os preços dos bilhetes são os seguintes:Jantar - $55Concerto - $22Jantar e concerto - $70O traje para o jantar é semi-formal.

Para bilhetes e mais informação, é favor contactar Bela Ferreira-Gonçalves, na LAEF, pelo telefone 925-828-3883, ou por correio electrónico: [email protected]

Portuguese Athletic ClubNoite Cultural

No âmbito das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, O Portuguese Athletic Club promove uma noite cultural dedicada ao grande poeta português do século XVI. Usará da palavra a Dra. Deolinda Adão, de San Jose State University, que abordará o tema “Deusas, Ninfas e Musas: Re-presentações do Feminino de Camões.” Esse evento terá lugar na quinta-feira, 9 de Junho, no Atlético, 1401 East Santa Clara Street, em San Jose, a partir das 7 horas da noite.Será oferecido um porto de honra a todos os presentes. Durante o serão, exibir-se-á uma série de painéis sobre a vida de Aristides de Sousa Mendes.O PAC envia um convite a toda a comunidade para participar nesse evento cultural e celebrar a riqueza da Cultura Portuguesa.

PORTUGUESE WEEK EVENTS-PRELIMINARYMany celebrations for "Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas" will take place in June throughout California. See below for the calendar of events happening in your area.

Luso-American Education Foundation Dia de Portugal Events and 48th Anniversary

Music of Portugal Mission Chamber Orchestra of San JoseFeaturing Elizabeth Medeiros Hogue, sopranoDate & Time: Sunday, June 5, 2011, at 3:00 PMVenue: Five Wounds Portuguese National Church, 1375 E. Santa Clara St. San Jose, CA Con-ducted by The Mission Chamber Orchestra of San Jose. This year the concert will feature Ms. Elizabeth Madeiros Hogue, noted soprano.Contacts: LAEF – 925-828-3883Mission Chamber Orchestra - 408-236-3350 Gala DinnerDate & Time: June 5, 2011 at 5:00PMVenue: Portuguese Athletic Club, 1401 East Santa Clara St., San Jose, Contact: LAEF 925-828-3883

PFSA SymposiumDate & Time: Wed, June 8, 2011, 6pm – 7pmVenue: 1120 East 14th Street, San Leandro, CA 94577 (map)The PFSA will be participating in the 2011 Dia De Portugal ceremonies by hosting a sympo-sium honoring "Vitorino Nemesio", a great Azorean writer and scholar of the 20th century. Contact & RSVP: 510- 483-7676 Annual Day of Portugal Open Golf TournamentDate & Time: June 9, 2011 at 12:00PMVenue: Stevinson Ranch, 2700 Van Clief Rd., Stevinson, CAThe Portuguese Education Foundation of Central California, is proud to announce its 7th Annu-al Day of Portugal Open Golf Tournament. The golf tournament organized by the Foundation, works in conjunction with many other events held throughout the Central valley to benefit and support higher education for students of Central California.Contact: [email protected] Symposium: Deusas, Ninfas e Musas: Representações do Feminino de Camões Goddesses, Nymphs and Muses: Representation of the Feminine of CamõesDate and Time: June 9, 2011, 7:00 PMVenue: Portuguese Athletic Club, 1401 E. Santa Clara St., San Jose Presented by Ms. Deolinda Adão, PHD Contact: Portuguese Athletic Club 408-287-3313

Portuguese Flag Raising - TulareDate & Time: June 10, 2011Venue: Tulare City Hall 411 E. Kern Ave., Tulare, CAThe Portuguese Flag raising will take place at the City Hall in Tulare.Contact: [email protected]

Portuguese-American Comedy Night/Dinner Show – Union CityDate & Time: June 10, 2011, 7:00 PM Dinner and 9:00 PM Show. Venue: S.D.E.S. Alvarado 30846 Watkins St. Union City, CA Luso 20-30's Region #2 of the Bay Area Presents: Out of the Gutter ComedyBrought to you from the East Coast. Every show celebrates the uniqueness of Portuguese Cul-ture by pointing out the funnier moments of being first generation Americans. Contact: [email protected]

Dia de Portugal Festival - San JoseDate & Time: June 11, 2011 from 10:00 a.m. to 6:30 p.m.Venue: History Park San Jose (Kelley Park), 1650 Senter RoadTheme: The Hawaiian Connection. Hawaii’s rich culture has been enhanced by the Portuguese who arrived there in the 1800’s to work in the sugar plantations. There will be a Parade at noon. Bands, Portuguese Folklore, and Brazilian Dancing. Food from Portugal, Azores, Madeira, and Macau. Enjoy the Children's Carnival, Portuguese Ar-tists' Exhibition, Portuguese Book Fair and Portuguese Cooking Demonstrations. It will be a full day of fun and entertainment for all ages.Contact: [email protected] Special Masses

Mass in honor of the worldwide celebration of Portuguese Culture and Values will be conducted at various churches throughout the State. Contact your church for more information

Five Wounds Church

Date and Time: June 5, 11:00 AMVenue: 1375 E. Santa Clara St. San Jose

Emily Ray, Music Director and Conductor Proudly presents,

António Fragoso Nocturno Luis de Freitas Branco Symphony No.2

Gioachino Rossini "Una Voce Poco Fa" from Il Barbiere di Siviglia Johann Strauss II "Csárdá" from Die Fledermaus

Giacomo Puccini "Vissi d'arte" from Tosca Francesco Santori (music) Lucio Quarantotto (lyrics)

Time to Say Goodbye (Con Te Partiró) Emily Ray, arr. Olhos Negros

Sunday, June 5, 2011

3:00 p.m. MUSIC OF PORTUGAL Five Wounds Portuguese National Church

1375 East Santa Clara Street San José, CA 95116

Portuguese Classical Music Concert and Gala Dinner Celebrating

“Dia de Portugal de Camões e das Comunidades”

Elizabeth Medeiros Hogue, Soprano

Mission Chamber Orchestra of San José

GALA DINNER Portuguese Athletic Club

1401 East Santa Clara Street San José, CA 95116

5:00 p.m.—No host cocktail 6:00 p.m.—Dinner—New York Steak

Tickets for Concert: $22.00 For further information: (408)236-3350 www.missionchamber.org

COST

Save by purchasing both concert and dinner tickets for only $70.00 Telephone:(408)287-3313 or (925)828-3883

Tickets for Dinner: $55.00 For further information: (408)287-3313 [email protected]

Participe no Dia de Por-tugal, de Camões e das Comunidades no Kelley Park em San José no dia 11 de Junho.

Page 33: The Portuguese Tribune, June 1st 2011

33FESTAS

I.E.S. de San José97 Anos de Celebração ao

Divino Espírito Santo24, 25 e 26 de Junho de 2011

PROGRAMASexta-feira, 24 de Junho 2011

7:30 PM Rosário na Capela em frente ao IES Hall 9:00 PM Baile em frente ao IES Hall com Zodiac 9:00 PM Cantoria no Salão Principal: Maria Clara (Terceira), Manuel dos Santos, António Azevedo, Abel Raposo. Acompanhados por Jorge Reis, Manuel Mendes, Cris Martins, Tommy Vieira

Sábado, 25 de Junho 20115:00 PM Missa Campal em Frente à Capela do IES, com participação do Grupo Coral Saudades da Terra6:00 PM Grupo Folclórico Tempos de Outrora de San José7:00 PM Apresentação das Rainhas 2010-2011 Apresentação das Rainhas 2011-20127:30 PM Espectáculo com Irmãos Justinos, de Rhode Island9:00 PM Baile em frente ao IES Hall com o Conjunto Raça

Domingo, 26 de Junho 2011

10:00 AM Formação da Parada em Frente ao Salão do IES11:00 AM Tradicionais Sopas do Espirito Santo12:00 PM Missa na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas com participação do Grupo Coral Saudades da Terra1:30 PM Volta à Capela do IES, distribuição das esmolas e Tocada do Hino do Espirito Santo 1:45 PM Benção das Tradicionais Rosquilhas do IES2:00 PM Concerto pela Filarmonica Banda Portuguesa de San José 2:45 PM Concerto pela Filarmónica União Portuguesa de S. Clara3:30 PM Espectáculoa com Irmõas Justinos, de Rhode Island4:30 PM Arrematações5:00 PM Concerto pela Filarmónica União Popular de S. José

5:00 PM Dança no Salão com Chico Avila5:00 PM Distribuição das Tradicionais Rosquilhas do IES5:45 PM Concerto pela Filarmónica Nova Aliança de San José

Durante estes dias de Festividade haverá variedades

de comidas, bebidas, quermesse e arrematações.

O Terço será rezado diáriamente, tendo começado no dia 29 de Maio 2011 às 7:30 PM

Desde já agradecemos a todos o seu auxílio,

donativos, como igualmente serviços prestados. O nosso muito obrigado,

Tony Silva, Presidente e Respectiva Direcção

Irmandade do Espírito Santo de San José Direcção 2010 -2011 Presidente Tony SilvaV. Presidente Irene e Joe FagundesSecretaria Debbie Silveira e Rich VargasTesoureira Dina e João DinizMarechal Francisco e Maria MartinsDirector Lino e Marie BettencourtDirector: Victor SilvaDirector: Goretti e Armando VelardeDirector: Maria e Olegário AvilaDirector: Belta e Carlos RodriguesDirector: Tina SoaresDirector Regina FagundesDirector Linda e Rui AvilaDirector Rosa e Luis AguilarDirector Fernando Silveira

Irmandade do Espírito Santo de San Jose

1401 E. Santa Clara Street San Jose, CA 95116

(408) 294-6343

Tony Silva, Presidente

Aias Bianca Couto e Sophia Costa

Aias Mariah Amaral e Angela Simões

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34 1 de Junho de 2011FESTAS

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UEFA LIGA EUROPA Porto Vencedor. Extraordinária época do Porto

Liga Zon Sagres 2010/2011 J V E D PFC Porto 30 27 3 0 84Benfica 30 20 3 7 63Sporting 30 13 9 8 48Sp. Braga 30 13 7 10 46Guimarães 30 12 7 11 43Nacional 30 11 9 10 42Paços Ferreira 30 10 11 9 41Rio Ave 30 10 8 12 38Marítimo 30 9 8 13 35U. Leiria 30 9 8 13 35Olhanense 30 7 13 10 34Setúbal 30 8 10 12 34Beira-Mar 30 7 12 11 33Académica 30 7 9 14 30Portimonense 30 6 7 17 25Naval 30 5 8 17 23

Liga Orangina 2010/2011 O Gil Vicente venceu esta tarde o Fátima por 3-1, resultado que assegura a promoção do clube de Barcelos ao primeiro escalão do futebol português, e o título de campeão da Liga Orangina. O Feirense, que tinha já a subida garantida, carimbou a pro-moção com um empate a zero ante o Leixões, ficando o Tro-fense fora dos lugares de acesso à Liga, uma vez que apesar da vitória sobre o Santa Clara não foi além do terceiro lugar na classificação final.Na luta pela manutenção, o Varzim adiantou-se no marcador aos 79 minutos e assustou os adeptos do Covilhã, que até aos derradeiros momentos esteve com um pé na 2.ª Divisão. Só que um golo de Milton nos últimos segundos salvou a equipa serrana.O Varzim fez o seu papel com uma vitória face à Oliveirense que, no entanto, se mostrou insuficiente.

II Divisão Zona Sul 2010/2011 J V E D PAtlético CP 30 18 10 2 64Mafra 30 15 10 5 55Torreense 30 16 6 8 54Pinhalnovense 30 13 11 6 50Carregado 30 14 5 11 47Oriental 30 12 10 8 46Louletano 30 12 9 9 45Madalena 30 12 8 10 44Operário 30 11 9 10 42Juventude 30 9 12 9 39Atlético SC 30 11 5 14 38Farense 30 8 12 10 36Casa Pia 30 7 7 16 28Real 30 5 10 15 25Lagoa 30 5 5 20 20Praiense 30 3 9 18 18

II - Divisão Zona Norte 2010/2011

J V E D PUnião 30 20 7 3 67Tirsense 30 15 10 5 65Desp.Chaves 30 13 12 5 51AD Fafe 30 13 7 10 46Lousada 30 13 7 10 46Marítimo B 30 11 11 8 44Vizela 30 10 13 7 43Mac. Cavaleiros 30 11 10 9 43Camacha 30 11 8 11 41ADOliveirense 30 11 8 11 41Merelinense 30 11 7 12 40Ribeirão 30 9 12 9 39Caniçal 30 9 6 15 33Andorinha 30 7 7 16 28Bragança 30 4 6 20 18Pontassolense 30 2 9 19 15

III Divisão - Série Açores 2010/2011Grupo do Campeão J V E D PAngrense 6 5 1 0 58Santiago 6 3 2 1 42Lusitânia 6 1 0 5 36Boavista 6 1 1 4 33Grupo da Manutenção J V E D PU. Micaelense 9 4 3 2 39Sp. Ideal 9 5 2 2 37Prainha 9 4 2 3 35Vilanovense 9 4 2 3 32Capelense 9 2 1 6 27Vitória 9 2 2 5 13

MELHOR MARCADOR – BOLA DE PRATA

JOGADOR CLUBE GOLOS

Hulk FC Porto 23 Falcão FC Porto 16João Tomás Rio Ave 16Cardozo Benfica 12 Babá Marítimo 11Silvestre Varela FC Porto 10Edgar Silva V. Guimarães 10Carlão UD Leiria 9Saviola Benfica 9Pitbull V. Setúbal 9 Leandro Tatu Beira-Mar 9Mário Rondon P. Ferreira 9Miguel Fidalgo Académica 8Kléber Marítimo 7Gaitán Benfica 7Pizzi P. Ferreira 7Yannick Djaló Sporting 6Matías FernándezSporting 6Hélder Postiga Sporting 6Jara Benfica 6

André Villas-Boas o mais jovem treinador a ganhar a Taça

André Villas-Boas, treinador do FC Porto, entrou para a história das competições de clubes da UEFA, ao conseguir guiar a sua equipa à glória na final de quarta-feira da UEFA Eu-ropa League.Em tempos um dos colaboradores de José Mourinho, Villas-Boas, ti-nha exactamente 33 anos e 213 dias quando os "dragões" entraram em campo para medir forças com o Sp. Braga na final de Dublin. O técnico tornou-se assim no mais jovem trei-nador a conquistar uma grande com-petição de clubes da UEFA, batendo

o registo de Gianluca Vialli. O italia-no tinha 33 anos e 308 dias quando conduziu o Chelsea FC à conquista da Taça dos Vencedores das Taças de 1997/98.Villas-Boas não foi, porém, o mais jovem treinador a marcar presença numa final europeia de clubes. Tal registo pertence ao inglês Bob Hou-ghton, que levou os suecos do Mal-mö FF até ao jogo decisivo da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1978/79. Tinha, na altura, apenas 31 anos e 229 dias, mas acabou por ver a sua equipa derrotada por 1-0 frente

ao Nottingham Forest FC, em Munique.Enquanto treinador do Paris Saint-Germain FC, por seu lado, Ricar-do Gomes tinha 32 anos e 151 dias de idade quan-do viu a sua equipa per-der frente ao FC Barce-lona na final de 1996/97 da Taça dos Vencedores das Taças. Quatro me-ses antes, com 32 anos e 33 dias, o técnico bra-sileiro tinha orientado a equipa na primeira mão da SuperTaça Europeia. A formação parisiense perdeu por 6-1, perden-do depois igualmente a partida da segunda mão, por 3-1.Villas-Boas já era, ain-da assim, o mais jovem treinador a marcar pre-

sença numa final da Taça UEFA ou UEFA Europa League. Até aqui, o recorde pertencia a Sven-Göran Eri-ksson, que tinha 34 anos e 82 dias de idade quando viu o seu IFK Göte-borg vencer 1-0 o Hamburger SV, em casa, na primeira mão da final de 1982. Confirmou a conquista do tro-féu duas semanas depois, com uma vitória por 3-0 na Alemanha.No que diz respeito à Taça dos Clu-bes campeões Europeus, o treinador mais jovem a conquistá-la foi José Villalonga, quando levou o Real Ma-drid CF a erguer o troféu na edição inaugural da competição, em 1956. Tinha 36 anos e 192 dias de idade. Esse recorde vai manter-se, para já, incólume, pelo menos por mais uma temporada.

Treinadores mais jovens a conquis-tarem uma competição de clubes da UEFA33a 213d: André Villas-Boas (FC Porto, UEFA Europa League de 2011)33a 308d: Gianluca Vialli (Chelsea FC, Taça das Taças de 1998) 34a 102d*: Sven-Göran Eriksson (IFK Göteborg, Taça UEFA de 1982) 34a 163d: Víctor Fernández (Real Zaragoza, Taça das Taças de 1995) 36a 101d: Joaquim Rifé (FC Barcelo-na, Taça das Taças de 1979)36a 128d: Valeriy Lobanovskiy (FC Dynamo Kyiv, Taça das Taças de 1975)Treinadores mais jovens a mar-carem presença e a perderem na final de uma competição europeia de clubes31a 229d: Bob Houghton (Malmö FF, Taça dos Campeões Europeus de 1979)32a 151d: Ricardo Gomes (Paris Saint-Germain FC, Taça das Taças de 1997).34a 245d: Matthias Sammer (Borus-sia Dortmund, Taça UEFA de 2002)35a 12d*: Jupp Heynckes (VfL Borussia Mönchengladbach, Taça UEFA de 1980) 35a 102d*: Sven-Göran Eriksson (SL Benfica, Taça UEFA de 1983)

Treinadores mais velhos a conquis-tarem uma competição de clubes da UEFA

71a 231d: Raymond Goethals (Olym-pique de Marseille, Taça dos Campe-ões Europeus de 1993)66a 142d: Sir Alex Ferguson (Man-chester United FC, UEFA Cham-pions League de 2008)64a 85d: Sir Bobby Robson (FC Bar-celona, Taça das Taças de 1997)64a 79d: Joe Fagan (Liverpool FC, Taça dos Campeões Europeus de 1984)63a 295d: Mircea Lucescu (FC Shakhtar Donetsk, Taça UEFA de 2009)

Entendem-se como grandes compe-tições de clubes da UEFA a Taça dos Campeões Europeus/UEFA Cham-pions League, a Taça UEFA/UEFA Europa League e a Taça dos Vence-dores das Taças.*calculado à data da partida da se-gunda mão

in uefa.com

DESPORTO

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portuguese s e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Miguel Ávila

“These are my people! The story of Aristides de Sousa Mendes” comes to the Bay Area

An exhibit on the life of Portuguese diplomat Aris-tides de Sousa Mendes will be on display in the San Francisco Bay Area this month as part of a series of events honoring the Angel of Bordeaux, savior of over 30,000 lives in June 1940 during World War II.The exhibit was curated by Olivia Mattis, secretary of the Sousa Mendes Foundation, a U.S.-based non-profit and was previously on display in Long Island, New York and Salt Lake City Utah.“These are my people! The story of Aristides de Sou-sa Mendes” interweaves the story of Sousa Men-des with that of the refugees, while chroni-cling major events of the Second World War.Sousa Mendes was the Consul General of Portugal in Bordeaux, France during World War II, who pro-vided visas to refugees fleeing the Nazis. The events start on Sunday, June 5 at 11 a.m. with a Catholic Mass in his memory and honoring his fam-ily at Five Wounds Portuguese National Church, 1375 East Santa Clara Street in San José. The exhibit opens at 5 p.m. as part of the Dia de Por-tugal Gala Dinner at the Portuguese Athletic Club, 1401 East Santa Clara Street (2nd floor) in San José. The cost for the gala dinner and the classical music concert that precedes it at 3 p.m. at Five Wounds Church is $70, payable to the Luso American Edu-cation Foundation.On Thursday, June 9 at 7 p.m., the exhibit will once again be open to the public at the Portuguese Ath-letic Club, as part of a cultural evening on the Por-tuguese poet Luis de Camões. On Saturday, June 11, starting at 10 a.m. the exhibit

will be on display at History Park at Kelley Park, 1650 Senter Road in San José, during the Dia de Portugal Festival with an expected attendance of over 7,000 people. June 17, 2011 marks the 71st anniversary of Aris-tides de Sousa Mendes’ Act of Conscience when he decided to disobey his superiors’ orders and issue visas to over 30,000 refugees of all creeds and na-tionalities, including about 10,000 Jews. Starting at 10 a.m., a ceremony will take place outside the Con-sulate of Portugal in San Francisco, a post he held from 1921 through 1924. The consulate is located at 3298 Washington Street in San Francisco. Among the invited guests are the Sousa Mendes family members, the Consul General of Israel, and Daniel Mattis, a retired professor and Sousa Mendes visa recipient who currently lives in Utah.In July, the Portuguese Fraternal Society of Amer-ica (PFSA) will be hosting the exhibit at its head-quarters in San Leandro. The soon-to-be-scheduled event will include a talk by a World War II survivor and Sousa Mendes visa recipient.These events are underwritten by the Sousa Mendes Foundation (Seattle, WA), the Consulate General of Portugal (San Francisco, CA), Five Wounds Portu-guese National Church (San José, CA), Luso Amer-ican Education Foundation (Dublin, CA), Portu-guese Athletic Club (San José, CA), Portuguese Fraternal Society of America (San Leandro, CA), Portuguese Historical Museum (San José, CA), Por-tuguese and Lusophone Studies at San José State University (San José, CA), and The Portuguese Tri-bune (Modesto, CA).

“Noite de Portugal” at San José Earthquakes Game

The Portuguese Historical Museum in partnership with the San José Earthquakes hosted the “Noite de Portugal” on Saturday, May 21 at Buck Shaw Stadium at Santa Clara University during the Earthquakes-New England Revolu-

tion match of Major League Soccer. The Quakes won the game, 2-1, with the Portuguese fans cheering for the home team. For those who purchased the tickets through a spe-cially established website, a portion of the ticket proceeds

($2 per ticket) benefitted the Portuguese and Lusophone Studies Program at San José State University.

Text and photos by Miguel Ávila

ENGLISH SECTION

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A Irmandade de Nossa Senhora de Fátima de Santa Clara celebrou a sua festa nos passados dias 9 e 10 de Outubro de 2010. A 56ª festa anual foi presidida por Elizabeth Gaspar e vice-presidente Henrietta e Manuel Silveira. A rainha foi Sydney Esco-bar acompanhada por Vanessa and Brianna Laranjo. A procissão encer-rou a Lafayette Street em direção à Igreja de St. Clare onde foi celebrada a missa cantada. O almoço de sopas e carne foi servido no salão da SES.

Our Lady of Fátima at Five Wounds in San José

The Luso-American Education Foundation is hosting two events in celebration of Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas and the Foundation’s 48th Anniversary on Sunday, June 5, 2011. Starting at 3 p.m., the Mission Chamber Orchestra will be performing at Five Wounds Portuguese National Church. Following, the Gala Dinner hon-oring Décio de Oliveira will start at 5 p.m. at the Portuguese Ath-letic Club. The National Anthems

will be sung by David Garcia and Crystal Mendes. On display, there will be the exhibit - “These are my people! The life of Aristides de Sousa Mendes” by the Sousa Mendes Foundation. Donation for both events is $70, payable to the LAEF (925.828.3883 or [email protected]).The Portuguese Athletic Club will be hosting a cultural eve-ning dedicated to the great 16th Century Portuguese Poet Luis de Camões. Deolinda Adão, profes-

sor at San José State University, will address the theme of “God-desses, Nymphs and Muses: Representations of the Feminine of Camões.” The event will take place on Thursday, June 9, at the PAC, 1401 East Santa Clara Street, in San Jose, starting at 7:00 pm.. Following the presen-tation, port wine and appetizers will be offered to all present. The Sousa Mendes exhibit will be available for viewing during this event as well.

Five Wounds Portuguese National Church hosted its annual celebration in honor of Our Lady of Fátima May 12 through 15. Chaired by the Saudades da Terra Choir, this year’s celebrations were full of symbolism. The traditional candlelight procession on Friday with the parishioners showing their devotion, the mass on Saturday followed by dinner at the I.E.S. hall, and the high mass on Sunday followed by procession were carefully planned. Sunday was awaken by an almost wintery temperature with rain just a couple of blocks from the church. Just before the procession, a few rain drops forced the Socie-

dade Filarmónica Nova Aliança band to take cover in the church’s vestibule. With the statue of Our Lady leaving the church, the rain drops stopped and held back through the regular procession trajectory. The last blessing and singing of the “Adeus de Fátima” led to the statue’s retreat to the church. Within seconds, heavy rain drops fell over the church’s property.

Text and photos by Miguel Ávila

LAEF, Portuguese Athletic Club hostDia de Portugal events

www.PortugueseTribune.comwww.TribunaPortuguesa.com

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Why did you choose to be a chiroprac-tor and how long was the curriculum to achieve that?From an early time in my life I have been interested in health and nutrition. I was a competitive bodybuilder in the early 80’s winning the Mr. West Coast, Western America and competing in Mr. America Las Vegas 1983. This helped shape my future to help others exercise and diet life style. The chiropractic profession has the best scope of practice to help those suffe-ring from health problems. Most of my pa-tients come in for neck or back problems but we are the expects in weight loss, and nutrition for chronic disease.

When did you start working? I graduated from School in 1989 and was first licensed in Arizona but set up practice in my Home town of Modesto in 1990, so I have been in practice for over 20 years.

What kind of methodologies do you practice?We use primarily hands on adjusting but we also use instrument adjusting for some patients. Our youngest patient was only 4 days old and our oldest was 100 yrs old. We also do nutritional testing and weight management for chronic problems.

Can you define chiropractic? This word comes from the Greek word me-aning “hand on”, so the profession came from a place that uses hands to produce an adjustment in a joint including but not li-mited to the spine.

Why should we go to a chiropractor? Anyone that has a spine needs the spi-ne checked from time to time especially if they have an injury or trauma. This is the receipt for degenerative arthritis. We don’t ignore our teeth until we can’t eat, why would you ignore the spine to a point until we can’t walk. BTW, if you go to a conventional medical doctor what does he do for your back pain? Medications. Tell me how this effects a mechanical spinal problem? It doesn’t.

Give us some examples of treatments that were successful with your pa-tients?Here is a letter from one of our custo-mers:"All my life I have been very active and physical in work and in play. In June 2007 it finally caught up with me. Throu-gh some very minimal day to day tasks my back went out and I was unable to walk without the use of a cane or crutches and in constant pain.The doctor said it was due to the slippage and deterioration over many years of my L4 & L5 vertebrae’s. Over the course of 6 months I tried many treatments to allevia-te the pain and regain my ability to walk

again including Physical Therapy, pain pills, and massage therapy. None of which worked. I felt the only alternative to regain my freedom was surgery. So I consulted a specialist and was scheduled for sur-gery at the beginning of the New Year 2008.Fortunately my daughter cut out a small article in the paper talking about a new treatment for back proble-ms. Two weeks before my surgery date I went in for a consultation. Everything seemed to make sense so I decided to give it a shot. If it didn’t work I can still have surgery.I signed up for half of the recommended treatments, willing to try it but not fully believing it would help. Obviously I was frustrated from the last 6 months of trial and error hope and disappointment. The first 6 tre-atments were an improvement with some pain. By the 7th treatment I could walk without a cane. By the 10th treatment I could walk on my own around the block without any assistance besides a back brace. To say the least I am very happy with my progress and continued with the next half of the treatments. I am currently on my 19th treatment and still back on my

feet. At my age, 88years old, this treat-ment is a much better alternative to sur-gery or pain pills." W. Dale, Manteca CA

"I am so impressed with the treatments here at Dr. Grahams’ office. The staff have made me feel welcome right from my first phone call to the office. It has made a nerve racking experience , and the pos-sibility of surgery a thing of the past. I’m

looking forward to even more improvement with my next treat-ment sessions."

R. Hill, Modesto

Can you explain the non-sur-gical back treatment used with the DRX 9000 machine?The Back FactsThe epidemic of back pain is enormous: It's a $44 billion in-dustry, it's the leading workers' comp injury, it's the leading re-ason for disability for people under the age of 45, it will stri-ke 90% of all American adults, it's the second-leading surgical procedure, and it's only getting worse.* Up to 85% of the US Popula-tion will have Back Pain at some time in their life.* On any given day 6.5 million people are in bed because of back pain.o 5.4 million Americans are disa-bled annually due to back pain.

* An estimated 93 million workdays are lost each year due to back pain.* 90% of all back pain resolves in 6-12 weeks.* 5-10% of low back pain becomes chro-nic.* Only 20% of all back surgeries are suc-cessful after 2 years.* The total number of spine surgeries in the U.S. approaches 500,000 per year.* An estimated $45 – 54 billion is spent on the treatment of low back pain per year.

Modesto Back and Neck Decompression

Center offers the latest cutting edge tech-nology in the non-surgical treatment of se-rious chronic lower back pain and sciatica. Our commitment to offering the highest quality of care resulted in the addition of the FDA cleared Spinal Decompression technology for the treatment of back pain due to:• Back Pain• Sciatica• Herniated and/or bulging discs• Degenerative disc disease

At Modesto Back and Neck Decompres-sion Center, we are dedicated to improving the health and function of our patients. We do this by combining traditional chiroprac-tic care with state-of-the-art technology to deliver an unprecedented level of service. Our results speak for themselves...In the past, a patient suffering from disc problems usually was given pain me-dications, instruc-ted to refrain from physical activities, referred for phy-sical therapy, and when they weren’t progressing they were sent for spinal surgery. Conser-vative chiropractic care proved very helpful in many ca-ses, yet there have been some cases

when surgery seemed to be the only other option… until now.

If we have a back or neck problem what should we do? Come in for a free consultation to determi-ne if we can help with your problem. Don’t put it off call now!

How many patients can you see in one day?On average we will see between 30-50 pa-tients 3 times a week to help to put them back to work!

What kind of insurance do you accept? We accept most insurance plans that have a chiropractic benefit and if you don’t have insurance we have affordable plans and a way that is convenient to pay.

Do you recommend young people to start taking care of their body?Yes, start very early in life, like I said 4 days old is not to young to be checked. This baby (infant) doesn’t have back pain they have other problems like colic or fai-lure to thrive, etc. Have them checked by the chiropractor.

Last words - why do you want to see us? Our Vision is to be your 1st choice for wellness care of the body to become kno-wn as your coach for other health proble-ms. Doing this by providing value based integrated care using primarily spinal adjusting, exercise, nutrition and life sty-le changes, in a professional comfortable environment not to just meet your expec-tations but to exceed it!My commitment to you is to do all that we can to maximize your improvement in the shortest amount of time using the tools we have available to us. You must understand that every person heals at different rates. This all can depend on your diet, nutrition, exercise level and any drugs that you are taking. This all contribute to your health and well being. Many times the very drugs that you are taking to reduce the pain and inflammation are the very thing keeping you from healing. They are in fact slowing your body's ability to digest the proper nutrients from your food. We can HELP! We have experience in the most difficult cases.

Chester Graham - one of the best chiropractor in Modesto

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B e a t a M a r i a C l a r a e m L o s B a n o s

Realizou-se em Los Banos uma Missa Campal inserida na Festa de Beatificacão da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, co-fundadora da maior congregação feminina portuguesa: as Irmãs Franciscanas Hospi-taleiras da Imaculada Conceição, responsáveis pela Nursing Home de New Bethany em Los Banos. A cerimónia foi presidida pelo Bispo Interino de Fresno, Monsenhor Myron Cotta e teve a presença de muitos párocos locais e amigos da organização. Fotos de João Freitas

COMUNIDADE

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40 1 de Junho de 2011ÚLTIMA PÁGINA