Teurgia Ou a Pratica Hermetica

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Teurgia, ou, A Prtica HermticaUma Investigao sobre Alquimia EspiritualTheurgy, or, The Hermetic PracticeA Treatise on Spiritual Alchemy

Escrito por:

Edward John Langford Garstin

Traduzido por:

Edpo Macedo

1930 LONDON : RIDER & CO. Paternoster House, E.C.4 Printed in Great Britain at THE MAYFLOWER PRESS, PLYMOUTH. WILLIAM BRENDON & SONS, Ltd.

Hieros Series Volume I

PROIBIDA A VENDA DESTE MATERIAL

NDICEPrefcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Captulo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Captulo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Captulo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Captulo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Captulo V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Captulo VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Captulo VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Caopitulo VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Captulo IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Captulo X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Captulo XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Captulo XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Captulo XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Captulo XIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

PrefcioO ttulo escolhido para este breve tratado pode primeira vista parecer muito ambicioso ou presunoso, ou mesmo ambos. Alternativamente, pode ser considerado enganoso sobre o fundamento de que este no realmente um manual prtico. Parece, portanto, aconselhvel, desde o incio, advertir o leitor pretendente que, nenhuma reivindicao feita neste para qualquer conhecimento especial da Arte diferente dos quais podem ser adquiridos a partir do estudo aplicado das obras publicadas dos autores Alqumicos, e o uso de tais poderes de percepo e intuio a respeito de suas fraseologias reconhecidamente envolvidas e enigmticas como o autor pode possuir. Necessariamente diversos assuntos geralmente classificados sob o ttulo geral do Ocultismo tero de ser considerados, e algumas observaes preliminares no mbito desta categoria no podem ser inadequadas. Muitas pessoas afastam-se do Ocultismo por causa das associaes indesejveis em suas mentes com credulidade e superstio, neuroses e histeria, charlatanismo e fraudes, e porque elas esto acostumadas a considerar o que o resto genuno deva ser deixado como fundado em indesejveis e perigosas prticas. Em considerao, no entanto, ser encontrada a mesma impresso que prevalece in toto entre muitos a respeito do Espiritismo, e em parte sobre o Misticismo, enquanto as religies ortodoxas no escapam completamente ilesas. No se pretende aqui ceder aos desejos da apologtica em nome do Ocultismo, que, desvestem das iluses mantidas sobre ele, perfeitamente capaz de falar por si mesmo aparentemente, e no requer nenhuma defesa. apenas proposto discutir o que denominado Teurgia, que a parte prtica da Alquimia Espiritual, na medida em que os limites do espao e fuga das tecnicalidades indevidas permitirem. Teurgia, definida um pouco mais cuidadosamente, significa "A Cincia ou Arte das Obras Divinas", e o mesmo que Anagogia ou Trabalho de Aperfeioamento. Em Alquimia isto chamado de "Grande Obra", que a purificao e exaltao da natureza inferior atravs da aplicao correta dos princpios cientficos, de modo que possam se tornar unidos com os seus homlogos superiores, atravs do qual o indivduo pode alcanar o Espiritual, e finalmente, a Conscincia Divina. Fosse esta definio mais comumente reconhecida, possvel que haveria menos equvocos e menos incompreenses por parte dos adversrios das Cincias Arcanas que existem atualmente, e que no haveria tanta condenao onde no houve investigaes aplicadas anteriores. Gostaramos tambm de dizer uma palavra por meio de desculpas ao leitor, que pode sentir que temos feito um uso excessivo de citaes. Nosso objetivo duplo. Em primeiro lugar, que ningum pode imaginar que eles tm de confiar apenas sobre as especulaes de alguns amadores diletantes em Cincias Ocultas, mas que eles possam ver por si mesmos as fontes de que nossas concluses so tiradas. 1

Em segundo lugar, porque nos sentimos incapazes de melhorar os dizeres desse escritores, salvo apenas por reunir as referncias que no so meramente espalhadas atravs de suas vrias obras, mas tambm, por sua prpria confisso, colocadas muitas vezes fora de sua sequncia e relacionamentos adequados mesmo em seus livros individuais. Passagens assim correlacionadas freqentemente assumem novas importncias, e delas, por vezes, a verdade emerge inesperada. Se tivermos conseguido em qualquer medida, assim, jogar luz sobre os ditos dos sbios, por pouco que seja, teremos mais do que alcanado nosso objetivo.

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Captulo ITeurgia ou o Trabalho Teltico[1], foi a prpria essncia do ensino das Escolas de Mistrio do Egito, da Samotrcia e de Elusis; de Zoroastro, de Mitra e de Orfeu. E no Egito, o bero de todos eles, foram iniciados muitos dos homens proeminentes de sua poca, como Pitgoras, Plato, Demcrito, Eudoxo, Arquimedes, Crisipo, Eurpedes, Proclo, Thales e muitos outros. Alm disso, muitos dos Padres da Igreja, como Clemente de Alexandria, Cirilo e Sinsio, tambm foram iniciados nos Mistrios e os consideravam sagrados e eficazes, transferindo, em parte, a prpria linguagem, ritos e disciplinas deles s suas prprias formas de culto, como at hoje presente. Proclo nos diz que "O Rito Perfectivo conduz a maneira como a muesis[2] ou iniciao mstica, e depois disso a Epoptia[3] ou contemplao. Plato chama a Mgica Zoroastra "O Servio dos Deuses", e Psellos afirma que "Sua funo iniciar ou aperfeioar a alma humana pelo poder dos materiais aqui na terra, para a faculdade suprema da alma que no pode por sua prpria orientao aspirar as sublimes intuies, e, para a compreenso da Divindade. Clemente de Alexandria faz aluso aos Mistrios como Bem-aventurados e diz: Oh, Mistrios verdadeiramente sagrados! Oh, pura luz! Na luz dos archotes o vu que cobre a Divindade e os Ceus caem. Eu sou Santo agora que eu sou iniciado. Enquanto Sinsio, falando em termos alqumicos, declara que a Quintessncia outra seno nossa viscosa, celestial e gloriosa alma, elaborada a partir do seu extrato pelo nosso magistrio. Nem so os falecidos alunos e mestres da arte, afamados por terem compreendido entre si homens como Apolnio de Tiana, Alberto Magno, Roger Bacon, Paracelso, Arnaldo de Villa Nova, Pico della Mirandola, Tritmio, Boehme, Cornelius Agrippa e muitos outros. Mas, deixamos o aspecto histrico, que, embora interessante, relativamente sem importncia, e vamos ao nosso assunto. Teurgia intimimanete associada com a Religio; , de fato, a sua verdadeira essncia; pois em investigao descobrimos que sob as formas alegricas e exotricas de todas as doutrinas antigas, e cuidadosamente oculta dentro de todos os seus escritos sagrados, h um princpio fundamental que em todos os casos o mesmo, mas ainda est invariavelmente escondido de uma forma ou de outra. Este ensinamento central lida com o renascimento, ou o nascimento superior, e, se formos a acreditar nos registros da antiguidade, , e sempre foi, um corpo definido de ensino cientfico sobre o assunto, o conhecimento de que, embora ciosamente guardado, nunca foi negado ao candidato genuno e srio. Infelizmente, as limitaes mentais e espirituais da maior parte da humanidade ao longo dos tempos, sempre impediu o ensino pblico desta cincia, e exigiu a manuteno do mais estrito sigilo, o conhecimento que est sendo invariavelmente dado em uma linguagem envolvida, complicada e invejosa de smbolos e alegorias. Este , naturalmente, uma constante fonte de incmodo para muitas pessoas hoje, que se declaram como sendo opostas ao princpio a que chamam de "segredo artificial" em qualquer figura ou forma; e para um nmero ainda maior, que, desprovidos de quaisquer princpios especficos, so 3

decididamente avessos a tomarem para si o trabalho necessrio, mas desejam uma exposio clara na forma "popular". Como Sra. Arwood, em sua Investigao Sugestiva, muito sucintamente coloca: "Sem tais iscas sedutoras para indolncia, podem ser encontrados no frontispcio da escola de meia-idade de filosofia; sem tais simplificaes da cincia como temos ouvido agora so pertencentes a Alquimia. verdade, so Revelaes, Entradas Abertas, Novas Luzes e Verdadeiras Luzes, Luz do Sol e Luz da Lua, com outras Auroras e Amanheceres retratados; Manuais, Lxicos Introdutrios de termos obscuros, com significados no menos obscurecidos; Carruagens Triunfais tambm. Bandeiras, Portes, Chaves e Guias, tambm, sem nmero, todos dirigindo na mesma Estrada Real quando este encontrado; mas intil para a maioria dos peregrinos; nada que observamos de jeito e maneira adequou-se aos significados e gostos da classe milionria de leitores, cujas compreenses, como a de filhos mimados, cresceram flcidas; e pelo excesso de objetos de ensino, se esqueceu de como pensar. Quanto reclamao dos outros, difcil entender o que se entende por "sigilo artificial", a menos que signifique fazer um segredo do nada, ou fingir ter alguma informao secreta, quando de fato no se tem nenhuma uma carga que j h muito tempo estabelecida injustamente contra os Alquimistas. Se este o sentido da frase, no podemos seno concorcar de todo corao, mas se ela significa a reteno deliberada de um certo conhecimento das massas, ento depende inteiramente das razes que podem ser dadas para o sigilo, a esse respeito o termo "artificial" justificvel. Agora, se o objeto da Teurgia e Alquimia Espiritual somente a purificao e exaltao da Alma, pode-se argumentar que tal conhecimento deve ser transmitido e no obscurecido; que , obviamente, para o bem da humanidade, e que, ocult-lo virtualmente penal. Mas preciso lembrar que aquilo que se prope um mtodo de desenvolvimento acelerado da Alma por uma r de cultura intensiva, como afirmado em muitos lugares; e parece que h razes de sobra para aqueles que estavam em posse dos conhecimentos necessrios serem cautelosos em transmit-los. E estas razes, quando ns as examinamos, devem aplicar-se igualmente fora hoje para aqueles que, caso estes existam, que so os guardies do segredo. Para a prtica desta arte, abrem-se possibilidades muito perigosas, envolvendo, como dito para fazer, uma compreenso do funcionamento e aplicao de certas foras misteriosas da natureza, comumente chamadas de mgicas. Agora, mgica um termo puramente relativo, a magia da antiguidade, ou parte dela, sendo do conhecimento comum de hoje. Mas o conhecimento poder, e poder sempre pode ser usado de suas maneiras, para o bem ou para o mal. Temos apenas que olhar nossa volta para ver os resultados chocantes de uma divulgao insensata do conhecimento, vendo que o homem quase sempre tentado, e quase que invariavelmente sucumbe tentao de usar seu conhecimento para fins exclusivamente pessoais e materiais, e muitas vezes para a destruio. Razo pela qual isto pode muito bem ser apresentado de que h pelo menos um excelente fumus boni juris para sigilo. Isto de qualquer maneira foi a convico dos Alquimistas, como testemunha o rifo de Raimundo Lullo, "Eu juro-te sob minha alma que tu s maldito se revelar essas coisas. Pois toda virtude procede de Deus e somente para Ele devido. Portanto tu reservars e guardars segredo daqulo que somente Deus deve revelar, e tu afirmars e reters as coisas cuja revelao para Sua honra. Pois, se revelares em poucas palavras aquilo que Deus tem formado a muito tempo, tu devers ser condenado no grande dia do julgamento como um traidor da majestade de Deus, nem tu nem tua traio devem ser perdoados. Pois a revelao de tais coisas pertencem a Deus e no ao homem. 4

Justificado ou no, no entanto, o segredo existe, e pode muito bem ser exigido onde pistas podem ser a melhor pedida, que pode ser seguido na busca por essa sabedoria zelosamente guardada. A resposta parece ser a de que tais indcios podem ser encontrados em quase qualquer lugar nos escritos religiosos, filosficos e msticos, quer do Oriente ou do Ocidente, mas que provavelmente vir com mais facilidade para a maioria dos Ocidentais que tomarem o Egpcio, Semita e Grego, e no os sistemas Orientais. Por esta razo, portanto, um estudo de determinados livros da Bblia, especialmente o Pentateuco, Salomo, J, Ezequiel, os Evangelhos, as Epstolas de So Paulo e o Apocalipse de So Joo, ser encontrado produtivo, especialmente se o aluno for auxiliado por alguns conhecimentos da Qabalah, que a grande chave para sua compreenso. Entre os livros no-cannicos Enoque e Sabedoria so teis, e alm destes escritos semitas, o chamado Livro Egpcio dos Mortos, as obras de muitos dos Filsofos Gregos, os fragmentos Gnsticos e Hermticos, exposies dos Mistrios, especialmente Iamblico, e quase todos os escritores Alqumicos, esto cheios de iluminao. Das trs fontes mencionadas acima, Egpcia, Semita e Grega, a primeira , sem dvida a mais antiga, mas o Egito deixou poucos vestgios para ns. Os Judeus derivam seu conhecimento deles principalmente atravs de Moiss, o que quer que eles possam ter adotado posteriormente da Caldia, Babilnia e outras fontes, e que mesmo os Gregos obtiveram muito de suas inspiraes e conhecimentos reais das suas Escolas de Mistrio. Assim, portanto, que a Qabalah, a tradio Mstica Judaica, que foi transmitida oralmente durante sculos, e no foi escrita at uma data ainda indeterminada de nossa poca, constitui uma das principais chaves, no apenas para as Escrituras Judaicas e Crists, mas a todas as outras fontes j mencionadas, pois a linguagem do smbolo e alegoria uma linguagem universal, e o estudante vai observar por si mesmo que muitos dos escritores Alqumicos foram declarados Qabalistas. Como, porm, a Qabalah um assunto altamente tcnico, e como proposto evitar tecnicismos tanto quando puder, aluses diretas a ela sero dadas o mnimo possvel nas pginas que se seguem. Com toda a massa de pistas que nos cercam por toda parte, quando comeamos a olhar seriamente para elas, difcil saber onde fazer um comeo, pois rever todos eles tomariam volumes. Ainda assim, como a cincia dos antigos era uma cincia casual e fundamentada em pressupostos universais para particulares, ser melhor apanhar algum smbolo do Universo, e em seguida buscar sua contraparte em ns mesmos, atravs da qual podemos vislumbrar alguma idia do que era para ser alcanado, e depois tomar alguma outra pista, que pode nos levar a uma compreenso de como era para ser feito. No entanto, como nossa busca interessada principalmente com a Alma, vamos em primeiro lugar nos dedicar a uma reflexo sobre algumas das posies detidas pelos antigos quanto a ela.

[1] Teltica: Tendncia ou aspirao para um fim de superao material, espiritual e moral, constantemente renovado pelo poder psicodinmico do esprito. [2] Muesis: Do Grego , de muo, velar - O ltimo ato nos Mistrios menores, ou teletai, denotando a separao do iniciado da vida exotrica anterior - o velamento [muesis] dos olhos para o exterior como expresso do ser velado a partir da antiga vida. [3] Epoptia: Do Grego Antigo (epopteia). O rito final de iniciao nos Mistrios de Elusis. Estado de conscincia possvel de contactar o Saber, o Divino.

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Captulo IIOnde quer que direcionemos nossa ateno no mundo fsico ou espiritual, provvel encontrarmos um aparente paradoxo, e isto deve, portanto, causar-nos nenhuma surpresa ao encontrar tal estado das coisas existentes. Estamos acostumados idia de que o homem no um ser simples; que ele composto de corpo e alma, ou mesmo de corpo, alma e esprito, no entanto, parece haver considervel negligncia na forma como esses dois ltimos termos so utilizados. Ns tambm admitimos que a alma a parte principal do homem; , de fato, o prprio homem, deixando de lado pelo momento a diferenciao entre a alma e o esprito. Mas ns achamos difcil compreender que a alma ao mesmo tempo indivisvel e divisvel; isto , tanto nica e possuindo partes. No entanto, esta hiptese est subjacente ao ensino dos Egpcios, Hebreus e Gregos, que estamos considerando principalmente, e somos obrigados a formar uma viso coerente das divises da alma se quisermos seguir os escritos em que nos propomos a buscar em nossas pistas. Talvez seja mais simples considerar primeiro algumas das idias Qabalsticas sobre a Alma, pois elas possuem uma terminologia bem definida, que est ausente em muitos dos outros. Isso ir nos fornecer um padro de comparao e de correspondncias que devem ser claramente teis. De acordo com o Zohar, a alma foi dividida em trs partes, das quais a maior foi denominada Neshamah, correspondente ao mundo intelectual; a segunda Ruach, a sede do bem e do mal, correpondente ao mundo moral; e a terceira, Nephesch, a vida animal e desejos, o que corresponde ao mundo material do sentido. Agora, Neshamah era dividida em trs partes, pois, como a parte superior da alma, ela representou o que foi denominado a Trade Suprema, composta pelas trs primeiras Sephiroth ou Emanaes. necessrio aqui divagar por um momento para explicar que o sistema da Qabalah postula a existncia de dez Sephiroth que podem ser consideradas tanto como Emanaes, ou as Supremas Idias Abstratas de Deus adequadas em quatro Mundos chamados Atziluth, Briah, Yetzirah e Assiah, que so respectivamente Arquetpicas ou pura Divindade, Criatividade, Formativo e Material. A primeira Sephira compreende o primeiro mundo, que de Atziluth, os dois seguintes ao da Briah, nos prximos seis a de Yetzirah, e o ltimo de Assiah. A Trade Celestial, portanto, acima mencionada, sendo composta pelas trs primeiras Sephiroth, abraa os primeiros dois Mundos, e as trs divises do Neshamah, que so chamadas Yechidah, Chiah e Neshamah respectivamente, so referidos, o primeiro a Atziluth e no prximo duas para Briah. A primeira delas transmite, portanto, a idia ilimitada e transcendental do Grande Absoluto e Incompreensvel Um na Alma. Esta ligada por Chiah, o que sugere a idia de ser essencial, com Neshamah, e esses dois juntos representam Sabedoria e Entendimento, o governo superior, idia criativa, a aspirao ao Inefvel Um na Alma. 6

Neshamah, por sua vez, conecta estas Supernas com o Ruach, uma palavra que significa Esprito, e este aqui a Mente, o Poder de Raciocnio, o que possui um conhecimento do bem e do mal. de notar cuidadosamente que esta a mente racional ou discursiva, e no a mente superior, que representada por Neshamah. Por ltimo, temos o Nephesch, este que o poder na Alma, que representa as paixes e os apetites fsicos. O Zohar, Parte II, fol. 94b, diz-nos que, o homem recebe ao nascer a Alma Animal (Nephesch), e se ele digno, o Ruach ou Esprito Intelectual. Por ltimo, se ele ainda mais digno, Neshamah, a Alma que emana do Trono Celestial (pelo qual se entende o Mundo Beri'ah). No precisamos, no entanto, entrar em um exame da possibilidade do homem se o Ruach, ou a sua natureza, mas faamos a suposio justificada de que o homem de todos os fins prticos, de acordo com a Qabalah, constitudo de Corpo, Nephesch e Ruach, que Corpo, Alma e Esprito. Entre os Gregos, Plato tambm faz uma trplice diviso, tal como Plotino, apesar de outros, como por exemplo, o Filolau[1] Pitagrico, d quatro. Tomaremos o sistema Platnico como sendo, provavelmente, o mais conhecido e mais frequentemente citado. Ele d a Nous ou mente superior; o phrn ou thumos, a mente inferior, inclusive, segundo alguns, a natureza psquica; e a epithumia, compreendendo a natureza emocional e os desejos dos animais, apetites e paixes. As faculdades da mente inferior e superior que sub-divide em quatro, dois para cada um. Para o menor, ele atribui Eikasia, a percepo de imagens, e Pistis, f e uma espcie de tato psquico da verdade. Para o superior ele se refere a Dianoia, ou racioccio filosfico, e Noesis, ou cognio direta. As duas primeiras so reunidas sob o ttulo de Doxa, a opinio ou o conhecimento na maior parte ilusrio, enquanto as outras duas esto classificadas como: Gnose ou Episteme, sabedoria ou conhecimento verdadeiro. As primeiras das duas sub-divises do Doxa inclui a totalidade de que o corpo de conhecimento que chamamos o indutivo, cincias fsicas, sendo estas exclusivamente preocupadas com a observao e investigao de fenmenos do universo material. A segunda abrange as inmeras formas de credos e crenas dogmticas resumidas como uma regra como a religio exotrica. Dos dois tipos de Gnose, a primeira refere-se aos aspectos mais especulativos da filosofia, onde feito uma tentativa para chegar a um conhecimento dos princpios primrios por meio do raciocnio puro, enquanto o segundo grau implica o poder da mente diretamente para apreender a verdade sem passar por qualquer processo intermedirio de raciocnio. Comparando este sistema com o da Qabalah, observamos que a Nous corresponde com o Neshamah, o phrn com o Ruach e a Epithumia com o Nephesch. No que diz respeiro atribuio das quatro faculdades da mente inferior e superior, o leitor pode sentir-se um pouco duvidoso quanto atribuio da razo filosfica para a mente superior ou Nous, que, a partir do seu prprio nome, est definitivamente associada notica ou faculdade epistemolgica de percepo direta da verdade, mas, essas questes so, afinal, de uma importncia relativamente pequena. Parecido com as idias que expus acima so as seguintes passagens da resposta de Abammon Porfrio (Iamblico, De Mysteriis), quando alude aos conceitos hermticos. Ele diz: "Para o homem, como 7

afirmam esses escritos, tem duas almas. A primeira a partir da Primeira Inteligncia, e participante do poder do Criador, mas a outra dada a partir das revolues dos mundos do cu, as quais as almas contempladoras de Deus regressam... Mas a Alma que est em sua qualidade superior do mundo da Inteligncia, superior ao movimento do mundo existencial gerado, e atravs deste se realiza tanto o desligamento do destino quanto aos progressos ascendentes para os deuses do Mundo da Mente. A disciplina Tergica, na medida em que conduz para cima, para o Incriado, feita por completo por uma vida desta espcie... Para que a alma tenha um princpio de seus prprios lderes em todo o reino da Inteligncia, e no apenas mantendo-se contra as coisas do mundo existencial gerado, mas tambm juntando-se ao que , mesmo com a natreza divina... (e) no h outro princpio da alma, que superior a todo o reino da natureza e existncia gerada. Por isso ns podemos estar unidos aos deuses, superar a ordem estabelecida do mundo, e tambm participar na vida eterna e da energia dos deuses do alto dos cus. Atravs deste princpio, somos capazes de nos libertarmos." Aqui, no entanto, para fazer a comparao com as idias Qabalsticas, encontramos aluso ao Ruach, ao Neshamah, e para um princpio superior ainda, presumivelmente o Yechidah. Para o Ruach, como vimos, corresponde ao Mundo Yetzirtico ou formativo, aqui aludido com os "mundos do cu", enquanto Neshamah a idia de sabedoria e de entendimento, que, em nosso proposta, "a maior qualidade mental do mundo da Inteligncia". Mas Abammon continua a dizer que h um outro princpio alm disso, pelo qual ns participamos na vida eterna e da energia dos deuses. Em concluso, e tal como se ilustra a enorme importncia inerente maior parte da alma, o Neshama, a Nous ou a Mente, os seguintes excertos so de interesse, e talvez fossem tambm de salientar aqui e agora que nenhuma destas citaes so escolhidas apenas para ilustrar o ponto imediatamente sob considerao, mas todas tm a sua influncia sobre o trabalho teltico. O Zohar, Parte I, fol. 246 (La Kabbale, Franck) diz: "Vem e v. O pensamento o princpio de tudo o que ; mas inicialmente desconhecido e fechado em si mesmo. Quando o Pensamento comea a desenvolver-se adiante, ele chega a esse grau, onde torna-se Esprito. Chegou a esta propriedade que leva o nome de Inteligncia, e no mais como era antes, fechado em si mesmo. O Esprito, por sua vez, se desenvolve no seio do mistrio com que cercado; e nele procede uma voz que a reunio dos coros celestiais, uma voz que rola adiante em distinta enunciao articulada, pois vem da Mente." No Divino Poemander de Hermes Trismegisto, Livro II, encontramos o seguinte: "Meus pensamentos sendo uma vez trabalhados seriamente sobre as coisas que so, e meu entendimento levantado acima de todos meus sentidos corporais sendo totalmente mantidos novamente; julguei ver algum de uma estatura muito grande e infinita grandeza me chamando pelo nome, e dizendo a mim. Que queres compreender, aprender e saber? Ento eu disse: Quem s t? Eu sou, disse ele, Poemander, a Mente do Grande Senhor, o Imperador mais poderoso e absoluto. Eu sei o que queres ter, e eu estou sempre presente contigo... Eu sou a Liz, a Mente, o teu Deus, que estou diante da natureza mida que apareceu fora da escurido, e essas Palavras brilhantes e luminosas da Mente o Filho de Deus. Como isso? Eu disse. Assim, respondeu ele, compreenda. Aquilo que, em ti, v e ouve a Palavra do Senhor, e da Mente, o Pai, Deus, no diferem entre si, e a unio destas a vida... Eu, a mente, estou envolvida em homens que so santos e bons e puros e misericordiosos, e que vivem piedosamente e religiosamente, e a minha presena uma ajuda para eles; e imediatamente eles sabem todas as coisas."[1] Filolau de Crotona: (sculo V a.C.), filsofo pitagrico. Tradicionalmente se aceita que este filsofo tenha escrito um livro em que expunha a doutrina pitagrica (que era secreta e reservada apenas aos discpulos). Os fragmentos de seu livro conservam os mais antigos relatos sobre o pitagorismo e influenciaram fortemente Plato que, segundo a tradio, teria mandado comprar o referido livro, pagando por ele uma razovel quantia.

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Captulo IIIAgora, no final do Captulo I, propusemos selecionar alguns smbolos nos quais podemos olhar para uma pista do que estava para ser alcanado, e a fim de que possamos ter algum tipo que seja quase universalmente familiar e, ao mesmo tempo, encontrar seu paralelo na literatura Alqumica, dificilmente podemos fazer melhor do que escolher um dos mais antigos de todos, a Serpente. Este smbolo pode ser seguido de volta para as idades mais remotas, da mesma forma como pode o Falicismo, com o qual geralmente associado e aliado. Mas no deve ser pensado por um momento que este ltimo nunca foi parte integrante da crena dos iluminados, ou que a qualquer momento adoravam serpentes, embora essa acusao seja feita muito frequentemente contra eles. O fato que o Simbolismo da Serpente comeou a ser mal interpretado pelo ignorante em um estgio muito precoce, as pessoas confundiram o smbolo pelo fato de uma forma que foi imitada por seus sucessores, nas vrias religies do mundo desde ento. O que, ento, est por trs dos Mitos da Serpente? geralmente admitido que a Serpente era muito usada como smbolo de Sabedoria, Criao, Gerao e Regenerao ou Renascimento, e faremos bem em considerar e relacionar algumas dessas idias, a fim de ver se no podemos, por esse estudo, descobrir a pista que estamos procurando. Vamos, portanto, tomar estas quatro ideias sucessivamente, comeando com a Sabedoria. Serpentes sempre foram associadas com a Sabedoria dos primeiros tempos, embora lado a lado com elas houveram as "serpentes perversas" e "serpentes curvas" como a sua anttese mal. Para ir mais longe do que a Bblia, temos a injuno de Cristo aos apstolos (Mt. x. 16), "Sede vs, pois, prudentes como as serpentes", que pode significar nenhum mal de conhecimento; defronte da qual temos a serpente mencionada pela primeira vez nas Escrituras, a Serpente da Queda, que estava "mais sutil que qualquer besta do campo que o Senhor Deus tinha feito. Em seguida, houve, por um lado, as serpentes ardentes que afligiram os Filhos de Israel no Deserto, e por outro lado, a Serpente de Bronze que Moiss fixou sob um plo que o povo pode ser perfeitamente curado. Este ltimo a Serpente da Sabedoria Qabalstica, a Serpente Nogah, retorcida sobre o pilar central da rvore Sephirotica (para as dez Sephiroth, que mencionamos no Captulo II, foram organizadas pelos Qabalistas em trs Colunas ou Pilares, arranjo pelo qual foi designado por eles como a rvore da Vida), e interpretada com ou sem razo na Simbologia Crist como um tipo de Cristo Cruficicado. O rumo deste exemplo sobre o nosso tema bem ilustrado pelo seguinte exemplo de exegese bblica atribuda por Hiplito ao Peratae[1], uma outra Escola Gnstica desconhecida. admiravelmente resumido por G. R. S. Mead, em seu Fragments of a Faith Forgotten. Ele diz: "Assim, pois, eles explicaram o mito do xodo. Egito o corpo; todos aqueles que se identificam com o corpo so os ignorantes, os Egpcios. 'Sair do esconderijo' do Egito deixar o corpo, e passar pelo Mar Vermelho atravessar o oceano da gerao, os animais e a natureza sensual, que est escondida no sangue. Contudo, mesmo assim eles no esto seguros; atravessando o Mar Vermelho eles entram no Deserto, o estado intermedirio de dvida da mente inferior. L eles so atacados pelos 'deuses da destruio', que Moiss chamou de 'serpentes do deserto', e que afligem os que procuram escapar dos 'deuses da gerao'. Para eles, Moiss, o professor, mostra a verdadeira serpente crucificada na cruz da matria, e por seu intermdio eles escapam do deserto e entram na terra prometida, o domnio da mente espiritual, onde est a Jordnia Celestial, a Alma do Mundo. Quando as guas da Jordnia baixam o fluxo, ento a gerao dos homens; mas quando flui para cima, ento a criao dos Deuses." 9

Deixando a Bblia, temos o Globo Alado do Egito, em muitos exemplos de que podemos ver as serpentes gmeas, levando-nos a no natural inferncia que era o prottipo do Caduceu de Hermes (que era, naturalmente, o Thoth Egpcio), outra forma da idia retratada como a rvore da Vida da Qabalah. Para que no se pense que estamos distanciando da idia de Sabedoria, deve-se salientar que o estudo e a compreenso dessa rvore foi a descoberta da Verdadeira Sabedoria, tipificada nos Cinco Portais Msticos do Entendimento de Binah, a terceira Sephira, a Me Celestial, cujo nome significa Entendimento. Mas como este ponto, Sabedoria, ter de ser destacado em duas das seguintes sees, Criao e Regenerao ou Renascimento, no vamos persegu-lo ainda mais para o momento. No Mito da Criao, a evoluo do universo, de acordo com algumas escolas, segue a analogia fsica da gerao do homem no ventre de uma "serpente" e um "ovo". Mas a serpente Csmica foi diversas vezes descrita como a Grande Potncia, o Turbilho Ilimitado, o Poderoso Redemoinho, enquanto o Ovo figurou como o Envelope abraando o Todo do sistema mundial, como a primordial "Neblina gnia", que ainda to familiar nas teorias modernas. Assim entendida, a serpente era um tipo de Vondade de Deus, a Inteligncia Divina, a Mente do Pai, o Verbo ou Logos. O Ovo representava a idia primordial, a Grande Me Celestial. O universo embrionrio, portanto, retratado como um crculo, o Ovo, com uma serpente torcida em volta dele ou colocada de modo diamtrico, representando o autor do Cosmos e o Homem. Foi o Criador do Homem, mas, no entanto, era suposto que o homem poderia utilizar a fora da serpente e criar-se por ela; mas primeiro ele deve deixar da gerao e libertar-se da sua labuta. Antes de deixar este mito particular, vamos ver o que Thomas Vaughan em sua Magia Adamica, ao lidar com o Emepht[2] Egpcio, como ele denomina o - chamado Emeph por Iamblico - pode nos dizer. Em termos de Teologia Egpcia, ele diz: "Sua Doutrina Catlica, e onde eu acho que todos eles concordam com isso. Emepht, no qual expressam o Supremo Deuse que, na verdade, eles consideram o verdadeiro Umsignifica propriamente uma Inteligncia ou Esprito convertendo todas as coisas em Si Prprio e Si Prprio em todas as coisas. Isto muito soado com Divindade e filosofia se for corretamente compreendido. Agoradizem elesEmepht produziu um ovo de sua boca, que Kircher expe de forma imperfeita, e alm disso erroneamente. Na produo dos ovos foi manifestada esta outra Divindade, que eles chamam Ptha, e de algumas outras naturezas e substncias includas no vulo, este Ptha formou todas as coisas. Mas, para lidar um pouco mais abertamente, iremos descrever-vos a hieroglfica, onde eles muito generosamente tm a maioria de seus mistrios, mas obscuramente descobertos. Primeiro de todos ento, eles desenham um crculo, no crculo uma serpente no dobrada, mas de modo diamtrico em comprimento. Sua cabea se assemelha a de um falco, a cauda amarrada em um n de pequeno porte, e um pouco abaixo da cabea, suas asas so volantes. Os pontos do crculo em Emepht, ou Deus, o Pai, sendo infinito - sem comeo e sem fim. Alm disso, compreende ou contm em si a segunda Deidade Ptha e o ovo, ou o caos, a partir do ual todas as coisas foram feitas. O Falco nos Smbolos Egpcios significa luz e esprito; sua cabea anexada serpente representa Ptha, ou a Segunda Pessoa, que a Primeira Luzcomo temos dito em nossa Antroposofia. Diz-se ser formada todas as coisas do ovo, porque Nelecomo se estivesse em um vidrode certos tipos ou imagens, ou seja, distintas concepes da Divindade Paterna, segundo a qual, atravs da co-operao do Esprito, quer dizer, o Esprito Santo as criaturas so formadas. A parte inferior da figura representa a matria ou o caos, que chamam o ovo de Emepht." 10

Devemos fazer aqui uma pausa antes de continuar com Thomas Vaughan, o que devemos fazer um pouco mais adiante, e considerar brevemente este nome Emepht. Segundo Iamblico deve ser Emeph, e Wilder diz-nos que muitos especulam que este nome deve ter sido Kneph. Este era o nome do Criador, na Nbia e Elephantina, e Ele foi considerado o mesmo que Amun, o Deus Supremo, em Tebas. O nome Kneph ou Neph, continua ele, praticamente idnticos aos termos semita Nephesch ou Alma, lembranos que esse Deus foi considerado como a Alma do Mundo. Mariette Bay considerou-o como o mesmo Thoth ou Hermes, o Deus da aprendizagem. Os gregos, no entanto, identificam-o com Esculpio, e os orientais com Esmun dos Ritos Kabiri. Vamos, no entanto, ouvir Iamblico propriamente dito sobre o assunto: "De acordo com outra organizao", diz ele, "Hermes coloca o Deus Emeph como lder das Divindades celestiais, e declara que Ele a prpria mente, percepo de si mesmo, e convertendo as percepes em sua prpria substncia. Mas ele coloca como antes a esta divindade o Um sem partes especficas, a quem ele afirma ser o primeiro exemplar e que ele chama Eikton. Nele est a Primeira Mente e a Primeira Inteligncia, e ele adorado pelo Silncio s. Para a Mente Criativa, guardi da Verdade e Sabedoria, vindo para o reino da existncia objetiva, e trazendo o poder invisvel das palavras ocultas em luz chamado na lngua egpcia Amon (o Arcano): mas como completando tudo de uma forma genuna, sem dolo e com habilidade, Phtha. Os gregos, contudo, assumem Phtah sendo o mesmo que Hephaestos, dando a sua ateno para a arte Criatina apenas. Mas como o dispensador de benefcios, ele chamado Osiris; e em razo de suas atribuies e outras energias, ele tem outras denominaes da mesma forma." Vindo a nossa prxima seo, Gerao, vamos, se no tomarmos cuidado, nos encontrar atolados num pntano de Falicismo, para seguir a Mxima Hermtica, "O que est em cima, como o que est embaixo", a Serpente usada para ilustrar tanto o nascimento e renascimento por meio de analogias fsicas com os mtodos materiais de reproduo. As foras do sexo, empregadas para os fins legtimos, a procriao, so manifestaes em um plano inferior do derramamento e grande dinamizador da Divindade criativa e os processos evolucionrios do cosmos. Nem preciso salientar, no entanto, que eles esto em plos opostos, to longe um do outro como est a paixo animal-humano da Vontade Divina. E os mistrios subjacentes a estas foras sexuais faziam parte do currculo previsto para os Aspirantes do antigo, mas o estudo delas no foram de nimo leve a entender. Foram justamente considerados altamente perigosos, pois, embora o entendimento deles poderia tender a uma vida de auto-controle e ascetismo, uma mera curiosidade ociosa era suscetvel de levar para as profundezas da depravao. Neste e no que se segue pode ser assim para deixar bem claro que em nenhum lugar nos mistrios verdadeiramente sagrados, em qualquer medida do Oeste foi dado qualquer ensinamento que envolvesse as prticas sexuais fsicas, tais como tentativas introvertidas de foras sexuais, esforando-se em elaborar estes acima da espinha e no crebro. Nessas direes, tal mentira adoece, enlouquece e mata, e ns no podemos tambm fortemente desencorajar ningum de ser iludido o bastante para se brincar com tais ensinamentos esprios e positivamente maus, que de se lamentar, esto em curso em muitos lugares hoje em dia. Com esta negao enftica e advertncia, continuaremos. Para o purificado em mente e corpo, a recompensa era a vidncia, iluminao e conhecimento direto ou notica, mas para os impuros, bocejam o "precipcio abaixo da terra" de que falam os Orculos. 11

Assim, quase invariavelmente, encontramos na histria de tais movimentos que os lados bom e mal so encontrados em grande proximidade, para o estudo dos mistrios do ser e do cosmos leva naturalmente a uma certa intensificao de toda a natureza, e se o animal e passional predominam tornase ainda mais incontrolvel. Da muitos dos seguidores de Escolas de Mistrios foram levados em dois erros prticos e tcnicos, de modo que os escritores dos sculos posteriores conseguiram apoderar-se de tais lapsos e ampli-los em uma acusao geral contra aqueles que consideravam como hereges, ignorando completamente o fato de que os verdadeiros estudantes das cincias arcanas foram mais enfticos em sua condenao de todos esses abusos. Chegamos, assim, ao aspecto mais importante do nosso tema, a Serpente em relao trajetria ascendente do candidato em particular e da humanidade em geral. E isso inevitavelmente nos coloca em contato definitivo com o nosso assunto principal, Alquimia Espiritual, Teurgia, a Teraputica da Alma e assim por diante, onde todos os smbolos com os quais temos tratado sero exibidos novamente, mas investidos de novo significado como ser visto no captulo que se segue.[1] Peratae: Peratae (latim) Peratai (grego). Um dos corpos gnsticos ou associaes, o Naaseni ou Phites, a "Serpente Gnstica", assim chamada por causa da importncia mstica do smbolo da serpente em seus ritos e observncias. Este corpo gnstico dito por estudiosos ter sido fundado pelo Eufrates, que possua vasto conhecimento astrolgico, e por causa dos ensinamentos em que sua escola seguia serem chamados de Peratai - errantes, isto , sobre esta terra de provaes e tribulaes, ou "aqueles do outro lado", significando pessoas que se consideravam meros errantes ou peregrinos em regies distantes da sua terra natal, o esprito. Entre outras idias, eles declaram que os corpos celestes no horscopo de uma pessoa so os instrumentos de destino ou jarma, que devido a causas geradas em outras vidas, trazem as pessoas ao nascimento na Terra sob o jugo destinado e marcado nos espaos celestes pelo sol, lua, e planetas; e no intuito de se protegerem da influncia malgna dos gnios dos planetas, eles usavam sigilos ou talisms de serpentes. C. W. King afirma que os Ophites foram os descendentes dos Mystae (iniciados nos primeiros graus de mistrio) Bquicos, baseando isto no fato de que as moedas do perodo suportam a serpente de Baco, que representada como levantando-se para fora do cofre sagrado, enquanto que o reverso da moeda apresenta duas serpentes entrelaadas em torno de tochas (Gnostics and Their Remains, 225). [2] Emepht: (Egpcio) "O Um, Supremo Princpio Planetrio, que sopra o [mundo] ovo para fora de sua boca, e que , portanto, Brahma"; {SD 1:367} "o Supremo, princpio primeiro, produziu um ovo; por choc-lo, e permeando a substncia com sua prpria essncia vivificante, o germe contido foi desenvolvido; e Phtha, o princpio ativo criativo saiu dele, e comeou seu trabalho." {IU 1:146 ; 2:41}

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Captulo IVO homem, dizem, o Microcosmo ou Pequeno Mundo, o Universo em Miniatura, contendo em si a contrapartida de tudo o que est no Grande Mundo ou Macrocosmo, onde a injuno "Gnothi Seauthon", "Conhece a Ti Mesmo", inscrita sobre os portais das Escolas de Mistrio. Ns tambm somos informados no Novo Testamento que o homem tem trs corpos, anlogos ao dos trs mundos, e mais ou menos em paralelo com as trs principais divises da alma de acordo com a Qabalah e os Platnicos. Isso quer dizer que possumos um espiritual, psquico e um corpo fsico, correpondentes ao Arqutipo, Pquico ou Formativo, e Mundos Materiais. Estes tambm so encontrados nos Upanishads, onde eles so chamados de corpos Casual, Sutil e Grosseiro, e seus anlogos tambm podem ser encontrados nas idias Egpcias sobre este tema. O Casual, ao contrrio do corpo Espiritual, Pneumtico ou Neshamah, verdadeiro, mas mal descrito como um corpo afinal, pois do Mundo de Briah, o Arcanglico, Criativo e Mundo verdadeiramente amorfo. A partir dele, no entanto, outros rgos podem ser considerados como derivados, e sua manifestao aos olhos do vidente verdadeiropelo qual no queremos dizer o psquico ordinrio ou clarividenteque normalmente assume a forma de um ovo radiante ou luz, trapaceando os outros, corpos inferiores, dentro dos quais o Paracleto do Novo Testamento, que, no simbolismo que estamos neste momento a estudar, a Serpente, enquanto o brilho ou a luz o vulo ou ovo. No grego isso chamado de Speirema, a serpente bobina, e em snscrito Kundalini, a fora anulada, que, nos Upanishads, dito repousar enrolada como uma serpente adormecida. tambm o Drago dos Alquimistas e seu fogo interno. Tantos absurdos foram escritos sobre a Kundalini, relacionando-a com correntes sexuais fsicas, e indicando as prticas mais perigosas para despert-la, que a mencionamos com desconfiana, ao mesmo tempo, reiterando o aviso que demos no Captulo anterior. Esta serpente a serpente boa, mas devido ao perigo de que se acelerou no homem impuro, os Alquimistas chamavam-a um drago venenoso e muitos outros nomes parentes, como Typhon, Apophis, Dragos de Fogo, Satans, Aquafoetida, Ignis Gehenn, Immundities Mortis, Sapo Negro Venenoso, e assim por diante, embora este ltimo termo normalmente usado apenas durante a mortificao. O estimulante dessa fora, e as preparaes preliminares por esta razo, so ditos a serem simbolizados pelo Caduceu de Hermes, para as correntes positivas e negativas, representadas pelas duas serpentes devem, alega-se, serem postas em movimento e equilibradas antes do primeiro Speirema poder ser estimulado, sendo caracterizado pela haste central. E esta ainda a Semente ou Esperma ou Fermento dos antigos Alquimistas, que dito no Novo Testamento (I Corntios. Xv. 36) "Aquilo que semeias no vivificado, exceto que morra." A menos que ele morra, isto , para o mundo material dos sentidos, desejos e paixes, ele no pode ser verdadeiramente vivificado. O smbolo do Esprito Fogo, que reaparece aqui como a Serpente ou Drago, e no resto da Alquimia como um de seus vrios Lees, Verde, Vermelho ou Negro de acordo com o estgio da obra. Pois na Astrologia o signo de Leo o Emblema Querbico do Fogo, enquanto a forma do signo o glifo de uma serpente, e a letra hebraica Teth, a que se refere no Sepher Yetzirah ou Livro da Formao (provavelmente o mais antigo livro da Qabalah), significa uma serpente e tambm o smbolo de uma. 13

Tambm bem interessante notar que o Speirema uma Fora Solar, e que Leo a Casa Astrolgica do Sol. Thomas Vaughan, dilatando ainda mais sobre o smbolo da Serpente colocado diametralmente em todo o crculo, que foi considerado no Captulo anterior, explica que a Serpente a natureza Ardente, Alquimicamente Solar, o que, evidentemente, o Espritoembora ele no diga issoas asas, ele acrescenta, indicam a natureza area voltil, que, como Ruach e Pneuma significam ambas flego, tambm Esprito. "Finalmente", diz ele, "o n na cauda nos diz que esta matria de uma composio mais forte, e que os elementos so rapidamente ligados nele." Agora, tudo isso bastante semelhante ao exemplo de exegese bblica sobre o xodo, que demos no Captulo anterior, pois a palavra usada para serpentes ardentes Serafim, e Moiss foi instrudo a fazer a serpente de bronze na forma de um Seraph, e para defin-la em cima de um poste, que, como j vimos, foi o Pilar central da Sephiroth, o Pilar da Suavidade ou Equilbrio. O nome dessa serpente, que, como j foi referido anteriormente, Nogah, tambm significativo, pois este tambm o nome da Esfera do Planeta Vnus, um fato que confirmou muitos de seus erros Flicos; no entanto, uma pequena familiaridade com a literatura que trata desse aspecto das coisas servir para demonstrar que os seus devotos vem smbolos Flicos em toda parte. Felizmente a grande maioria dos escritos Alqumicos no encontramos com isto, Vnus, mesmo em seu aspecto mais impetuoso, sustenta outro significado completamente. A conexo entre a serpente e Vnus, que j observamos acima, no incomum entre as aluses dos alquimistas, uma amostra da sua ocorrncia, por exemplo, a terceira chave de Eudoxo[1], onde ele diz: "Assim, na Arte voc no pode ter sucesso se no purificar a Serpente no primeiro trabalho, nascida no Limo da Terra; se voc no branquear essas foras sujas e negras, para separar dali o enxofre branco, que o Sal Amonaco da Sabedoria, e sua Diana Casta, a quem lava-se na banheira; e todo esse mistrio a extrao do sal fixo de nossos compostos, em que toda a energia do nosso Mercrio constituda." Na seguinte passagem de Lumen de Lumine, de Thomas Vaughan, o que uma boa amostra da terminologia Alqumica, todos estes reaparecem, as serpentes gmeas e o Drago em suas vrias metamorfoses; o fogo, o amor e a mente, ou sabedoria e entendimento. Ele diz: "Tome nossas duas Serpentes, que podem ser encontradas em todos os lugares da face da terra. Elas so um macho vivo e uma fmea viva. Amarre-as ambas em um n-de-amor e feche-as no Caraha rabe. Este o teu primeiro trabalho, mas o teu prximo mais difcil. Deves acampar contra elas com o fogo da Natureza, e no se esquea que desenhars tua linha ao redor. Circule-as e pare todas as alamedas, que no encontram rendimento. Continue esse cerco pacientemente; e elas se transformaro em um sapo feio, maltrapilho, venenoso, preto, que ser transformado em um horrvel Drago vido - rastejando e espojando-se no fundo de sua caverna, sem asas. Tocai, no por qualquer meio, no tanto quanto tuas mos, pois no h sobre a terra tal me; pois a primeira carne e a segunda bebida, e sem essa ltima ele no alcana a sua plena glria. Certifique-se de compreender este segredo, pois fogo no alimenta bem a menos que primeiro seja alimentado. Trata-se dele mesmo seco e colrico; mas uma umidade adequada o templera, d-lhe uma aparncia celestial e traz para a exaltao desejada. Alimente teus pssaros ento como eu te disse, e ele se mover em seu ninho e ascender como uma estrela no firmamento. Faa isso e tens colocado a Natureza "no horizonte da eternidade". Tu executado o comando do Qabalista: "Una o fim ao comeo, como uma chama ao carvo; pois Deus", diz ele, " superlativamente um e Ele no tem segundo". (Sepher Yetzirah, Cap. I, sec. 7). "Considere ento o que voc procura: voc procura uma indissolvel, milagrosa, transmutando, unindo a unio; mas, tal lao no pode existir sem a Primeira Unidade. "Para criar", diz algum, "e transmutar essencialmente e naturalmente, ou sem qualquer violncia, o nico ministrio adequado do Pri14

meiro Poder, a Primeira Sabedoria e o Primeiro Amor." Sem isso, os elementos nunca vo se casar; eles nunca iro unir-se interiormente e essencialmente, que o fim e perfeio da magia. Estude em seguida, para entender isso, e quando tiveres realizado, Eu permitirei a ti que experiencie o Mekkubalim; "Tu tendo entendido em sabedoria, e tu tens sido sbio em compreender; tu estabeleceu este assunto sobre os elementos puros disto, e tu posta o Criador em Seu trono." (Sepher Yetzirah, Cap. I, sec. 4.) de se esperar que o extrato acima no ir revelar-se demasiado desconcertante para o estudante, e vamos procurar nos Captulos subseqentes para apresentar uma ou duas sugestes quanto ao trabalho que, em certa medida, pelo menos, lana luz sobre isto. Para o momento suficiente traar paralelos, tais com o que foi antes, como pode ser visto entre o sapo e a natureza passional; o drago e a vida obstinada; a caverna, que, como habitat destes dois, o corpo; e finalmente, a estrela, em que as outras naturezas so finalmente transmutadas, elevando-se acima das limitaes do material. Antes de passar para a prxima fase da nossa investigao, seria tambm para chamar a ateno para duas verses da mesma idia que j encontramos vrias vezes, nomeadamente, a necessidade de morrer para o mundo material, e deixando o mundo dos sentidos, pois teremos de voltar a eles mais tarde. E para que ningum seja decepcionado com tal resultado aparentemente banal de tudo que foi antes, e replique "Tudo isso, pelo menos, sabamos de antemo", gostaramos de responder que, como esperamos mostrar mais tarde, nosso sentido tomar no apenas como indicando as preliminares, mas tambm, em certa medida, o significado; para o nosso fim.[1] Eudoxo: Eudoxo de Cnido (em grego ) (Cnido, atual Turquia, entre 390 e 338 a.C.) foi um astrnomo, matemtico e filsofo grego. Viajou ao Egito, de onde teria trazido o clculo mais exato do ano solar que introduziu na Grcia. O valor que atribua era de 365 dias e 1/4, valor adotado pelo calendrio juliano. Viveu quase sempre em sua cidade natal, onde fundou em escola e um observatrio. Definiu, tambm, o perodo de oito anos, chamado octateride e que tinha papel importante no calendrio grego. Inventou diversos instrumentos, entre os quais a "aranha", que era um quadrante solar e que foi assim chamado devido s linhas entrecruzadas que o compem. Seus trabalhos matemticos, ao que se sabe, so tambm importantes. -lhe atribuda a inveno do mtodo de exausto, que permitia aproximar duas quantidades desiguais, tanto quanto se desejasse, pelo esgotamento de suas diferenas. Tambm teria formulado diversos novos teoremas e se interessou pelas questes relacionadas com as sees cnicas. Mas foi sobretudo a sua hiptese cosmolgica que maior impacto causou sobre a cincia grega. Esta hiptese de esferas homocntricas regida pelo princpio de unidade do sistema do mundo, da simetria e econmia que devem reinar. Considera cada planeta como formando um cu parte, constitudo por esferas concntricas cujos movimentos, ao se multiplicarem, levam os prprios planetas a se movimentar. Interessou-se tambm pela moral; teria sido o fundador do hedonismo, afirmando a identidade do prazer e do bem. Eudoxo tambm freqentou a Academia de Plato. Wikipedia.org

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Captulo VAgora temos que comear a nos perguntar onde tudo isso est nos levando, e a nossa resposta deve ser encontrada em uma considerao de tais registros como chegaram at ns das escolas ou sociedades que eram declaradamente dedicadas ao estudo dos Mistrios Sagrados. Para este efeito, bem podemos tomar essa seita historicamente um tanto misteriosa chamada a Therapeut[1]. Nossa principal fonte de informaes sobre eles o De Vita Contemplativa de Flon, o Judeu, mas podemos recolher uma boa quantidade de luz sobre nosso tema, comparando as suas declaraes com as afirmaes similares por escritores que representam outras escolas e seitas. Devemos lembrar que, embora Flon nos d uma imagem muito boa dos Amantes da Sabedoria, como ele os chama, o subsdio deve ser feito pelo fato de que ele era apenas um irmo leigo, e, para alm de todas as restries impostas sobre ele, teria apenas um conhecimento limitado dos ensinamentos mais recnditos da fraternidade ou de suas prticas. Como preliminar, podemos assumir que os Terapeutas no eram Cristos, a no ser no sentido amplo de Santo Agostinho, que disse que nunca tinha havido, mas uma religio desde o comeo do mundo, e que esta comeou a ser chamada de Crist nos templos Apostlicos. Tambm no podemos atribuir a eles uma forma particular de religio exotrica, apesar da tentativa de Flon em alegar que eles eram principalmente Judeus. Pelo contrrio, parece provvel que eles eram comunidades gnsticas de ascetas, dedicados Vida Santa e Cincia Sagrada. Lidando com este ponto, G. R. S. Mead, em seu Fragments of a Faith Forgotten, diz: "Flon... comunidade especial... foi principalmente Judaica, embora no seja to ortodoxa. ...Outros podem ter sido marcados to fortemente com Egpcios, Caldeus, Zoroastro ou elementos rficos. ... incrvel que ainda no houvesse comunidades verdadeiramente eclticas entre eles que combinavam e sintetizavam as vrias tradies e as iniciaes proferidas pelas doutrinadas comunidades mais exclusivas, e neste sentido, portanto, que temos de olhar para a luz sobre as origens do Gnosticismo, e para o fundo oculto do Cristianismo. ...Eu tambm acho que... qualquer que sejam as obras que eles possam ter apresentado a favor ou por puplos-leigos foram apenas uma pequena parte de sua literatura, e para os internos, haviam aqueles tratados msticos superiores e obscuros que ningum mas os msticos treinados poderiam entender." Essa uma tese com a qual concordo plenamente, e uma leitura dos escritos de Flon indica claramente que as comunidades no-eclticas tendem a confiar sob os escritos sagrados de sua prpria religio, sabendo muito bem que todas as religies foram expresses de uma, verdadeira, religio subjacente, diversificada apenas de acordo com as diferentes caractersticas, raciais e de outras formas, de seus propagadores, mas sempre redigidas na mesma lngua universal do smbolo e alegoria. Cada um sabia tambm que suas escrituras eram para serem interpretadas com compreenso, e no para serem tratadas apenas como histricas ou mesmo ticas. Flon, claro, era um judeu, e parece ter sido um irmo leigo da comunidade judaica Mareotic, do sul de Alexandria; e interessante notar que, como ns deveramos ter esperado, eles tinham f sob esta interpretao das Escrituras. O termo Qabalah, entretanto, no estava em uso, como a Tradio Oral no tinha naquela poca sido colocada no papel, pois tem-se posteriormente dito que isso assim apenas em parte. 16

Ele nos diz que "A interpretao das escrituras sagradas baseada em determinados significados nas narrativas alegricas; para estes homens que olham sob o conjunto de suas leis como sendo um ser vivo, tendo pois corpo a comandos de voz, e para a alma do pensamento invisvel armazenada nas palavras (em que a alma racional comea a contemplar as coisas nativas da sua prpria natureza, mais do que qualquer outra coisa)a interpretao, por assim dizer, no reflexo dos nomes, captura de vista as belezas extraordinrias das idias continas nele, e traz luz os significados interiores nus." Compare isto com os seguintes excertos do Zohar III, fols. 149 e 152 (La Kabbale, Franck): "Se a Lei fosse, seno composta de palavras ordinrias e narrativas, como as palavras de Esa, de Hagar e de Labo, como proferidas pelo Anus de Balao e Balao por si mesmo, por que deveria ser chamada de lei da verdade, a lei perfeita, bem como a fiel testemunha de Deus? Por que deveria o homem sbio valoriz-la como mais preciosa do que o ouro ou as prolas? Mas no assim; em cada palavra da Lei se esconde um significado mais recndito: cada narrativa nos ensina algo diferente do que os mereos eventos que parecem crnicos. E essa Lei mais Sagrada, a Verdadeira Lei. Ai do homem que v na Lei nada alm de narrativas simples e palavras! Porque, se na verdade ela as continha, devemos ser capazes, at hoje, compor para ns uma lei que deva ser ainda mais digna de admirao. Para meras palavras que deveramos seno virar os legisladores do mundo, entre os quais muitas vezes para ser encontrado um pouco de maior grandeza. Bastaria para ns, compor uma lei no seu estilo e palavras. Mas no assim. Cada palavra da Lei contm um mistrio recndito e sublime." As narrativas da Lei so seno as vestimentas da Lei. Ai daquele que toma a vestimenta para a prpria Lei! nesse sentido que David disse: 'Meu Deus, abra meus olhos para que eu possa ver as maravilhas da Tua Lei.' Davi falou do que est escondido debaixo da vestimenta da Lei. Existem aqueles que so tolos o suficiente, quando v um homem vestido com uma roupa bonita, sem olhar alm, todavia o que d valor ao vesturio o corpo, e o que ainda mais precioso a alma. A Lei tem tambm o seu corpo. Existem aqueles mandamentos que podem ser chamados o corpo da Lei. As narrativas comuns que se misturam com ela so as vestes com que o corpo est vestido. O vagabundo est presente seno para o vesturio externo ou para as narrativas da Lei; nada sabem; no vem o que est escondido debaixo da roupa. Quanto mais instrudos entre os homens no prestam ateno ao vesturio, mas apenas para o corpo que o cobre. Finalmente os sbios, os servos do Rei Supremo, aqueles que habitam sobre as alturas do Sinai, para atender apenas a alma, que a base de todo o resto, que a prpria Lei; e em um tempo para vir, eles estaro preparados para contemplar a alma desta alma que respira na Lei." Dionsio (Epstola IX, Tito Episcopo) diz: "Saber isto no obstante a coroa do trabalho - que h uma dupla tradio dos telogos, a secreta e mstica, e outra evidente e mais conhecida." Novamente, Orgenes, o Padre da Igreja, sobre o mesmo assunto digno de nota. Em Homil. VII. em Levit., ele diz: "Se fosse necessrio dar nfase letra da Lei e compreender o que nela est escrito maneira do povo, eu deveria envergonhar-me em dizer em voz alta que Deus quem nos deu essas Leis, e gostaria de encontrar grandeza maior na legislao humana, como por exemplo, dos Romanos, Atenienses ou Lacedemnios." E em Homil. V. em Levit., admite francamente a distino entre os significados histricos, morais e interiores, respectivamente, comparando-os ao corpo, alma e esprito. Diversas outras declaraes, tais como estas, poderiam ser citadas, mas temos de voltar a Flon, que insinua que o nome Therapeut indica "que professavam uma arte de cura superior a que era utilizada nas cidades, pois curava apenas corpos, apesar desta curar almas." Tambm, ele acrescenta, "Porque eles foram educados pela natureza e as leis sagradas de servir Aquele que melhor do que Bom, e mais puro do que o Um e mais antiga do que a Mnada." 17

Isto nos leva s alturas do sublime onde a mente tem dificuldade de segui-lo, ento vamos ver o que a luz mstica de ordem prtica, o autor do Livro do Santo Hierotheos[2], pode jogar sobre essas idias. Esse livro, de que tomamos os extratos que se seguem, presume-se em evidncias muito fortes de ter sido originalmente escrito por Prclo, que foi iniciado nos Mistrios, mas foram posteriormente traduzidos e substitudos por um Cristo, que enxertado sobre ela uma terminologia Crist e um grande nmero de citaes da Bblia alheias ao original. Tem em conta, no entanto, para estas diferenas, no parece que o sentimento de modo algum alterado ou a seqncia lgia do livro destruda. Nosso autor diz: "Pois quando a Mente considerada digna dessas coisas, no ver pela viso, nem pela forma... para que, doravante, seja exaltada em mistrio glorioso e divino para tornar-se acima da vista e da forma... E, doravante, ela abandona mesmo o nome de Cristo... e assim no ama nem deseja ser trazida para perto (o Pai)... Para Io, o prprio nome do Amor um sinal"se destaca, pois o Amor no estabelecido por um, mas por dois... E ento iremos maravilhar-nos com o mistrio e dizer: Oh, a profundidade e as riquezas e a sabedoria e o intelecto, muito acima da designao de Divindade, a Mente Perfeita, que foi cumprida..." Vamos ento, colocar de lado Unificao e falar de Misturao... (pois) a designao de Misturao apropriada para as Mentes que tornaram-se acima da Unificao.... Ns no podemos ver as distines das Mentes quando elas tm Misturao com o Bem... (pois) Mente j no Mente quando est misturada... Tudo se torna Uma Coisa; at mesmo para Deus deve passar, e Cristo ser aniquilado, e o Esprito no deve mais ser chamado de Esprito... Este o limite de Todos e o fim de Tudo... Todos em Um e Um em todos... Antes do primeiro Incio, Deus no era Deus, e novamente, aps a consumao de Tudo, Ele no Deus." Muito semelhante o gradmento da "Grande Proclamao" citada por Hiplito, e atribudo por ele a Simo, o Mago, traduzido como se segue por G. R. S. Mead: "Para voc, por isso eu digo o que digo, e escrevo o que escrevo. E o escrito o seguite: Dos Aeons universais existem dois crescimentos, sem comeo ou fim, brotando de uma Raiz, que o Poder Silencioso, invisvel, inapreensvel. Destes, um aparece de cima, que a Grande Potncia, a Mente Universal, ordenando todas as coisas, masculino; e outra, de baixo, o Grande Pensamento (ou concepo), feminino, produzindo todas as coisas. Da combinados entre si, eles se unem e se manifestam no Espao Mdio, incompreensvel Ar (Esprito) sem comeo ou fim. Nesse (Ar) o (segundo) Pai, que sustenta e alimenta todas as coisas que tm comeo e fim. Este (Pai) Ele que ficou, est e estar, um poder masculino-feminino, como o pr-existente Poder Ilimitado, que no tem comeo nem fim, existente na unidade. Foi a partir deste Poder Ilimitado que o Pensamento, que anteriormente tinha sido escondido na unidade, primeiro procedeu e tornou-se dois. Ele (o Ilimitado) foi um; tendo-a em Si mesmo, Ele estava sozinho. Entretanto, Ele no era 'primeiro' embora 'pr-existente', pois era s quando Ele se manifestou a Si prprio em que houve um 'segundo'. Nem era chamado Pai antes (Pensamento) chamou Ele Pai. Como, portanto, produzindo Si mesmo por Si mesmo, Ele manifestou a Si mesmo o Seu prprio Pensamento, assim tambm Seu Pensamento manifestado no fez o (manifestadoo segundo) Pai, mas contemplando Ele, Ele o ocultou isto. Seu poderem si mesma e do sexo masculino-feminino, Poder e Pensamento. Por isso eles correspondem entre si, sendo um; pois no h diferena entre Poder e Pensamento. Das coisas acima descoberto o Poder, e aquelas abaixo o Pensamento. 18

Assim, se trata de passar o que se manifesta a partir deles, apesar de um, encontrada a dois, masculinofeminino, tendo a fmea em si mesma. Igualmente a Mente em Pensamento; pois eles so realmente um, mas quando separados, aparecem como dois."[1] Therapeut: Os Terapeutas (masculino, pl.) e Terapeutrides (feminino, pl.), de acordo com a descrio em De Vita Contemplativa, pelo filsofo judeu Flon de Alexandria (c. 20 aC - 50 dC), que parece ter sido pessoalmente familiarizado com eles, eram "filsofos" (cf. I.2) que vivam em uma colina perto do lago Mareotis de Alexandria, em circunstncias semelhantes (cf. III.22), sendo "os melhores" de um determinado tipo de "bondade perfeita" que "existe em muitos lugares do mundo habitado" (cf. III.21). Flon deriva o nome Terapeutas/Therapeutides do grego no sentido de curar ou adorao (cf. I 2), enquanto Pseudo-Dionsio favorece o significado de servos. [2] Hierotheos: Herotheos, o Thesmothete, o reputado chefe e primeiro bispo dos Cristos Atenienses. O ttulo thesmothete significa governador, ou arconte jnior, de Atenas (literalmente "direito"). Pouco se sabe de Hierotheos ( "santificado por Deus"); a tradio da Igreja afirma que ele era um dos homens mais cultos na cidade de Atenas. Ele foi instrudo no Cristianismo pelo apstolo Paulo, que o batizou e ordenou-lhe em torno do ano 53. Hierotheos freqentemente visitava e instrua So Dionsio, o Areopagita. H um desacordo sobre se Hierotheos realmente foi um sacerdote ou bispo; algumas tradies descrevem Dionsio como o primeiro bispo de Atenas. O neoplatnico do sculo V, Pseudo-Dionsio falou de Hierotheos. No entanto, Pseudo-Dionsio, aprovou o anterior Dionsio como um pseudnimo e um dispositivo literrio e, portanto, no se sabe de fato se o Hierotheos original e a descrio de Hierotheos Pseudo Dionsio forneceu em suas obras eram puramente ficcionais ou uma homenagem velada ao contemporneo do sculo quinto de Pseudo-Dionsio. Assim, houve um Hierotheos e houve tambm um Pseudo-Hierotheos.

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Captulo VIMas, voltemos ao nosso Therapeut, Flon afirma que seu objetivo era despertar em si o que ele chama de "o mais indispensvel dos sentidos. No me refiro vista corporal, mas a da Alma, em que verdade e falsidade so distinguidos... Deixe a raa dos Therapeut, sendo constantemente ensinados a ver, visam a viso da realidade, e passar do Sol visvel para o sentido." Na tentativa de atingir a estas alturas, davam-se todas as posses materiais, e habitavam em comunidades, vivendo nas mais simples das habitaes. E em cada habitao, como Flon diz, " um lugar sagrado chamdo de um santurio ou mosteiro, na solido em que eles realizaram os mistrios da vida santa, em que o conhecimento e a devoo crescem juntos e so aperfeioados." Ele acrescenta que ao amanhecer e ao anoitecer eles estavam acostumados a oferecer oraes, enquanto que "todo intervalo do amanhecer ao pr do sol eles dedicam-se aos seus exerccios." Quase no precisamos enfatizar essas duas palavras "mistrios" e "exerccios", que no original so prximos imediatos suficientes para atrir a ateno, mas este um ponto com o qual teremos de lidar mais tarde. Flon continua: "Tomando a Escritura Sagrada, eles gastam seu tempo em estudo, interpretando o seu cdigo ancestral alegoricamente, pois eles pensam que as palavras do sentido literal so smbolos de natureza privada, que feita claramente apenas pelo significado oculto." Mas com este ponto j tratamos em comprimento suficiente. Estes e outros devotos continuaram a tradio das Escolas de Mistrio de maior antiguidade, defronte aos ensinamentos Neo-Platnicos posteriores incutidos por Plotino e Porfrio, que ensinaram um sistema anlogo ao do regime Persa mais tarde, ensinando que a Mente Superior, a Alma Universal e Natureza procedem por emanao do Absoluto, e para que esse Absoluto seja atingido, por breves perodos, por disciplina filosfica, contemplao e xtase, como Wilder coloca, a gnose ou unio ntima. Esta a grande diferena entre Misticismo como tal e a Tergica, ou, as chamadas Escolas Mgicas, pois os ancestrais eram um sistema de impassibilidade, e foi descartado pelos Hierofantes, que estebeleceram que a prtica dos Ritos Tergicos exalta a Alma sobre a Mente-Superior e se torna Um com o Absoluto, que pode mesmo tornar-se permanentemente em Um. Destas prticas, Imblico diz em seu De Mysteriis: "No o conceito que une os sacerdotes tergicos aos Deuses; ento o que est l para impedir aqueles que buscam a especulao filosfica contemplativa de ter unio tergica aos Deuses? Agora... Este no o caso... o completo preenchimento dos desempenhos Arcanos, a realizao dos mesmos atravs de um modo digno dos Deuses e ultrapassando toda a concepo, e tambm o poder mudo dos smbolos que so percebidos pelos Deuses somente, que estabelece a Unio Tergica. Da que no afetamos essas coisas pelo pensamento." Temos anteriormente citado Clemente de Alexandria, um dos mais clebres dos Padres da Igreja primitiva. Os trs primeiros livros de sua obra perdida, Stromata, sustenta uma forte semelhana com as trs dases dos Platnicos - Purificao, Iniciao, e Viso Direta, ou, como Imblico as classifica, Chegando Divindade, Assimilao semelhana da Divindade e Perfeio. 20

Esta segunda autoridade, falando do que as invocaes realizam, nos diz que "Por tal finalidade, portanto, os Deuses so graciosos e propcios, do diante luz em abundncia aos Teurgos, quer chamando sua alma para cima, tanto para si prprios... e acostum-los enquanto eles ainda esto no corpo, para se manterem afastados das coisas corpreas, e tambm para serem levados at as suas prprias eternas e notica Causa Primeira... A partir dessas execues... a alma retribui outra vida, ligada a outra energia, e v as coisas com razo, parecendo mesmo no ser uma energia humana, mas a energia mais abenoada dos Deuses... O caminho superior atravs das invocaes gere efeito para os sacerdotes uma purificao das paixes, uma liberao ds condies de vida gerada e tambm uma unio para a Causa Divina... (Eles) de maneira nenhuma, como o termo parece implicar, (envolve) uma incinao da mente dos Deuses para os seres humanos, mas ao contrrio, como a prpria verdade ensinar, a adaptao da inteligncia humana para as participaes dos Deuses, levando-a para cima junto a eles e trazendoa em acordo... (Para que) os Ritos realizados pelos Adeptos do conhecimento superior traz-los para as raas superiores, e anex-las em conjunto, tornando-se assimilados." E isso leva contemplao ou Epoptia no seu sentido mais elevado, dos quais Hierotheos diz que "Para a Mente Pura pertence o poder de ver acima e abaixo... Para a total considerao do segredo da Mente Pura () sem limite e abraa tudo." E acrescenta que ele est falando de coisas que ele viu. Neste ponto, talvez, deva ficar claro que quando falamos de Deuses, como temos feito e devemos fazer ainda mais, especialmente nas citaes, no se deve pensar que estamos ficando longe da idia fundamental de um monotesmo essencial. Nem era essa idia na mente dos lderes dos Mistrios, seja no Egito ou em outros lugares. O termo Deuses ou Divindades eram um termo tcnico que denota certas ordens elevadas de Seres Espirituais, que, em comparao com a gente, foram melhor descritos como Deuses. Tais eram, por exemplo, os Aeons Gnsticos, o Elohim do Gnesis, alguns dos Daimons Gregos, muitas das Divindades Egpcias e assim por diante. Antes de todos estes; antes da manifestao; antes das coisas que realmente so; antes mesmo dos primeiros princpios de todas as coisas; antes do Bem; antes do Um; antes mesmo Ser ou Pensar, h Aquele que excludo de todas as compreenses mortais. Como os Orculos antigos disseram: "Nele um ilimitado abismo de glria, e de l sair uma pequena fasca, que faz toda a glria do Sol e da Lua e das Estrelas. Mortal, eis que o pouco que eu sei de Deus; no procure saber mais Dele, pois isso muito alm de tua compreenso, no entanto tu s sbio; como para ns, que somos Seus ministros, quo pequena parte somos Dele!" Mas para resumir. Em toda parte, at agora, fomos atingidos pela idia de Ritos e Cerimnias, Exerccios, Mgica, e assim por diante, e seria talvez assim como analisar um pouco mais cuidadosamente o que essa gente entende por Mgica. Nas mentes de muitos, esta associada com Grimrios e tais literaturas; com Necromancia e outras artes desagradveis, como a confeco de imagens de cera e alfinetes furando-as e assim por diante. , no entanto, ao contrrio, reivindicado pelos Teurgos que ela a Sabedoria e Filosofia da Natureza e seus efeitos. Um Mago , portanto, um Contemplador do Celestial e coisas Divinas; um homem sbio e um sacerdote, que, parafraseando Pico della Mirandola, pela conexo de agentes naturais e pacientes, cada um responsvel pelo outro, podem produzir tais efeitos que so maravilhosos para aqueles que no conhecem as suas causas. Paracelso, em sua Filosofia Oculta, Cap. II, diz: " uma cincia mais secreta e oculta das coisas sobrenaturais da Terra, que tudo o que impossvel de ser encontrado pela razo do homem pode atravs desta Arte, que a mais pura e no negada." Enquanto Cornlio Agrippa, que tambm escreveu trs livros sobre Filosofia Oculta, afirma (Livro I, cap. 2): "Mgica contm a mais profunda contemplao das coisas mais secretas, junto com a natureza, energia, qualidade, substncia e suas virtudes, como tambm o conhecimento de toda a na21

tureza. Elias Ashmole, que publicou o Theatrum Chemicum Britannicum (1652), resume a situao em suas notas para o Ordinall of Alchimy de Norton, dizendo: "A Magia aqui pretendida Divina, Verdadeira, da sabedoria da natureza, e de fato, compreende toda a Filosofia da Natureza, sendo um perfeito conhecimento das obras de Deus e seus efeitos. o que reduz toda a filosofia natural da variedade de especulaes sobre a magnitude das obras, e cujos mistrios so muito maiores do que toda a filosofia natural j em uso e onde a reputao chegar." Com afirmao, somos da opiniosem querer ofender verdade hoje como no dia em que foi feita. Isso envolve a teoria de Agrippa que a ordem e a simetria do Universo regulada na forma mais baixa das coisas, pertencente regio sub-celestial ou elementar so imediatamente subserviente ao meio ou celestial, e estes, por sua vez super-celestial ou inteligvel, enquanto estes ltimos obedecem ao Supremo. Que ainda no h uma ligao analgica entre eles, por que as essncias espirituais podem ser atradas para baixo, ou melhor, um esprito particular pode ser unido ao Universal, a pura e simples mente do ser humano sendo convertida e colocada no sono de sua vida presente to absolutamente, como ser colocado em sua natureza divina e tornar-se iluminado com a luz divina. E isso est em harmonia com os Teurgos Egpcios, que disseram que os Deuses eram Essncias Espirituais e foram caracterizados como luz, deixando a luz inafetada, enquanto o participante era preenchido, recebendo todas excelentes qualidades de esprito, sendo purificado e liberto de todas as paixes e os impulsos regulares. Para a busca dessa luz era necessrio que todos devessem dar-se inteiramente, pois, por seus meios se obtm a verdade e a excelncia perfeita nas almas, com a ajuda de ambas, das quais o Teurgista voa seu caminho para o Fogo Intelectual que o final de todo o conhecimento e de toda a prtica Tergica. Este o Fogo de que fala o Orculo. "E quando, depois de todos os fantasmas, vers aquele Fogo Santo e Amorfo; tal Fogo que lana-se e relampeja-se atravs das profundezas ocultas do Universo, ouve tu a Voz do Fogo." Mas o Orculo tambm diz: "Ento, portanto, primeiro o Sacerdote que governa as obras do Fogo, deve regar com a gua do alto-mar retumbante." Assim, a primeira preliminar deve ser de purificao, sem a qual nada pode ser tentado de uma forma mais profunda, de acordo com um outro provrbio do mesmo Orculo: "Tu no invoques a auto-conspcua Imagem da Natureza, antes teu corpo foi removido pelos Ritos Sagrados, desde sempre procurando arrastar para baixo da Alma, dos confins da matria saltando adiante os demnios terrestres, no mostrando nenhum sinal de verdade ao homem mortal."

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Captulo VIIEssa magia, portanto, esses ritos, cerimnias e exerccios, estavam nos primeiros estgios direcionados para uma purgao e purificao da natureza inferior, unindo-se posteriormente aos seus vrios homlogos superiores, at que, tendo reunido-se em conjunto, como se fosse, ter alcanado um estado de unificao em si mesmo, podendo tentar a operao suprema e final da at-one-ment [N.T.: paranomasia do ingls atonement = reparao, at-one = unificado, at-one-ment = unificao] ou ausncia de segregao, unindo-se indissoluvelmente com o que est alm de toda a idia de individualidade. Mas esta ltima fase completamente removida de toda a compreenso humana, mesmo na fase anterior acontecendo, como no estamos surpresos ao saber, em um perodo muito tardio, e ento com os poucos excedentes. Mas dizemos claramente que h "seno uma forma linear ao longo" das purificaes para o nvel superior, afim de que possamos fazer bem o nosso comeo aqui, mais prximo Terra. Podemos, naturalmente, tom-la como uma condio sine qua non que que o aspirante deva levar uma vida o mais virtuosa e altrusta possvel, mas esta apenas uma condio necessria, pois sem alguma assistncia a mera absteno do mal suficientemente difcil e distante de ser tudo o que for necessrio. O prprio desejo de fazer o mal deve deixar de existir; tentaes devem deixar de ser tentaes, se quisermos alcanar o nosso fim. E isso no deve ser atingido pela represso da popa de todas as emoes e sentimentos, o "extirpar", que muito falado e muito enganado, pois as emoes so a fora motriz, sem a qual nada pode ser feito, e a destruio delas no so algo a ser contemplado. Transmutao o que necessrio, e aqui devemos notar que, como Frei Bacon - e com ele todos os outros concordam - nos diz: "As espcies no so transmutadas, mas sua matria sujeita preferencialmente, portanto, o primeiro trabalho reduzir o corpo em gua, que est em mercrio, e isso chamado de Soluo, que o fundamento de toda a arte." Isto to claro e um enunciado definido, e que muitas vezs expresso por todas as autoridades, em termos quase idnticos, que no podemos dar ao luxo de ignorar isso, e seria assim, portanto, tentar e averiguar o que se entende por isso antes de nos esforarmos para descobrir qualquer pista de como ele era para ser feito. No Carruagem Triunfal do Antimnio, Baslio Valentim, lidando com a necessidade de se privar do Antimnio de sua natureza venenosa para que ele possa retornar a ela, lana uma considervel luz sobre o assunto. Para evitar a prolixidade indevida, citaremos principalmente a partir da traduo um tanto abreviada de A. E. Waite, condensando-a ainda mais, de forma a apresentar apenas fundamentos. E, para que sua ilustrao parea demasiado "rstica"para usar seus prprios termosvamos primeiro dar ao leitor as observaes do seu comentarista, Kirchringius, sobre a passagem em questo. Ele diz: "Esta primeira chave a parte principal de toda a Arte; ela abre o primeiro porto, que tambm ir desbloquear o ltimo, que conduz ao palcio do Rei. No s acredite, mas considere e observe. Aqui voc fica na entrada; se voc errar a porta, todo o curso ser o seu erro; toda sua pressa ruinar; e toda sua sabedoria, loucura. Aquele que obtm essa chave, e conhece o mtodo que permite us-la, e tem fora para gir-la, adquirir riquezas e uma passagem aberta para os mistrios da alquimia. No despreze estas observaes. Pode haver repetio aparente aqui, mas no h nada suprfluo. Retorne muitas vezes mentalmente para eles; leia, marque, aprenda e digira in23

interiormente tudo o que dito. Pode ser que nessa gua turva, que parece to improvvel, voc possa apesar de tudo pegar seus peixes. Se o excesso de luz prevalece aqui, no ser permitido que voc veja, nenhuma quantidade de leitura alqumica obscura dispersar a escurido do seu interior." Isto pelo menos encorajador. de se esperar que o leitor no vai encontrar as observaes de Valentino propriamente dito no inverso. Ele diz: "Aqui jaz a chave mestra de toda nossa Arte. Antimnio, que contm em si o seu prprio vinagre, deve ser preparado de modo a eliminar totalmente a sua natureza txica. A elaborao do Antimnio ou a Chave do Antimnio, aquele pelo qual dissolvido, descoberto, dividido e separado. Na extrao de sua essncia, na vitalizao de seu Mercrio, o processo contnuo e esse Mercrio deve depois ser precipitado na forma de um p fixo. O mesmo processo pode ser observado, por exemplo, na fabricao da cerveja; cevada, trigo ou outros gros devem ser submetidos a todos estes processos antes que se torne uma bebida saborosa. Em primeiro lugar, deve ser amassado e dissolvido em gua. Isto a Putrefao ou Corrupo. Ento, a gua despejada fora e o gro mido deixado em um lugar quente at que germinem e grudem um no outro. Esta a Digesto. Seguidamente, os gros so mais uma vez separados uns dos outros e secados, tanto no sol ou antes do ardor. Esta a Reverberao ou Coagulao. O germe ento preparado no cho do moinho. Trata-se de calcinao vegetal. depois cozido sobre o fogo, e seu esprito nobre misturado com a gua de uma forma que no teria sido possvel antes dele ter sido to preparado. Isso ns podemos chamar de destilao. Este mtodo de converso de gua em uma bebida fermentada pela extrao do esprito do gro desconhecido para (muitos e) tenho apenas encontrado poucos que entendem tal Arte. Subseqentemente, uma nova separao ocorre por meio da Clarificao. Um pouco de fermento adicionado, o que desperta a sua temperatura interna e movimento, e, portanto, com tempo o bruto separado do sutil e o puro do impuro. A cerveja, assim, torna-se de grande eficcia; antes desta clarificao, ela se tornaria, porque o esprito operativo foi obstrudo e prejudicado pela sua prpria impureza em cumprir seus objetivos. Depois disso, podemos trazer outra separao por meio da Sublimao Vegetal. O esprito, por este processo, e por Destilao, separado em forma de outra bebida, ou espritos ardentes. Aqui a virtude operativa separada de seu corpo; o esprito extrado por meio de fogo, e abandonou sua habitao inerte e sem vida, em que antes era domiciliado. Se tal esprito ardente for retificado, voc tem Exaltao. Quando isso feito e o esprito vrias vezes destilado, torna-se, por ser purificado de todos os mucos e aquocidades, vinte vezes mais eficaz do que antes, e voltil e sutil e penetrante. Saibam que essas ilustraes estabelecem uma grande verdade do momento mais alto, que tenho apresentado para que voc possa estar em perigo de perder o seu percurso logo no incio. (Pois) Antimnio tambm comparado a uma ave que nascida atravs do ar sobre as asas do vento, e vira para onde ele vai. O vento ou o ar aqui representa o Artista, que pode mover-se e impelir o Antimnio para onde lhe agrada e colocar-o onde quer que ele goste." No final da Carruagem Triunfal, na seo sobre a "Pedra gnea", ele ns d uma relao breve mas plenas declaraes relativas a esta soluo ou separao, que, faz com que seu comentarista, Kirchringius, exclame: "Voc est no seu perfeito juzo, Baslio, de modo a prostituir a Pedra, que at agora tem sido to cuidadosamente mantida em segredo por todos os Sbios? Voc tem deixado sair todo o segredo." O leitor no pode exatamente compartilhar da ansiedade de Kirchringiusembora no podemos 24

deixar de esperar que ele irno entanto, aqui o que Valentim diz: "Mas nenhuma substncia pode ser de alguma utilidade na gerao de nossa Pedra sem fermentao. Do corpo tangvel e formal devemos obter a entidade espiritual e celestial (eu quase no sei que expresso usar para descrev-la). Mas a propsito do que digo, o que posso dizer? Falo como algum que perdeu temporariamente o controle sobre os rgos da fala. Se um tomo de julgamento ainda permaneceu para mim, eu no deveria ter aberto a boca to amplamente, e deveria ter ficado em minhas mos at o ltimo momento." Igualmente direto ao ponto Lucas no sexagsimo stimo Dictum da Turba Philosophorum quando ele diz: "Eu declaro que a definio desta arte a liquefao do corpo e da separao da alma do corpo em que penetra." E Sinsio, quando ele nos diz que "A Quintessncia outra coisa seno a nossa alma viscosa, celestial e gloriosa, elaborada a partir de sua minerao pelo nosso magistrio." Se podemos nos oferecer qualquer comentrio, diramos que o segredo est seguro o suficiente, tanto quanto a grande maioria est em causa, pois apesar que algo possa ser razoavelmente bvio agora, do que tem de ser feito nesta primeira parte da obra, ainda s , por assim dizer, a primeira metade da primeira parte, e isto sem quaisquer detalhes e sem quaisquer pistas de como esta separao deve ser produzida. A primeira omisso pode ser facilmente corrigida, pois em toda literatura sobre este assunto, encontramos variaes sobre o tema antigo "Solve et Coagula", dissolver e coagular, volatilizar e corrigir. E estas so apenas duas partes complementares de uma operao, e so, portanto, freqentemente tratadas como um ser. Na verdade, pelo menos na Alquimia Espiritual, a grande variedade de condies que encontramos, como a reverberao, a circulao, coobao, molificao, reviso, putrefao, etc., meramente uma repetio destes dois processos separadamente ou combinados. Isso ns podemos ver que o provrbio dos Filsofos citado por Salomo Trismosin, o professor reputado de Paracelso, em seu Splendor Solis, onde ele diz em seu tratado segundo, "dissolver e sublimar a coisa, e, em seguida, destil-lo, coagul-lo, faz-lo subir, faz-lo descer, mergulh-lo, sec-lo, e sempre at um nmero indefinido de operaes, que ocorrem ao mesmo tempo e no mesmo vasilhame." Compare isto com Alberto Magno, que diz: "Tome a natureza oculta, que nosso Lato, e lave-o para que possa ser puro e limpo; dissolva, destile, sublime, encere, calcine e corrija-o; a totalidade do que no nada mais do que sucessivas dissolues e coagulaes para fazer o fixo voltil e o voltil fixo. O incio de todo trabalho a soluo perfeita." E Sinsio, que nos leva ao mesmo tempo a uma nova fase em sua descrio, dizendo: "Note que para dissolver, calcinar, colorir, branquear, renovar, banhar, lavar, coagular, beber, para decoco, corrigir, moer, secar, e destilar so todos um e significam nada mais que cozer a natureza at que ela seja aperfeioada. Note ainda que para extrair a alma ou o esprito ... nada mais so do que as calcinaes supramencionadas ... atravs do fogo da extrao da alma que o esprito sai suavemente; compreenda-me, o mesmo pode ser dito da extrao da alma para fora do corpo, e a reduo da mesma depois sobre at o mesmo corpo ... que est embaixo, sendo semelhante ao que est acima, que se manifestam duas luminrias, uma fixa, e outra no ... (E quando finalmente) o que est embaixo sobe sobre o que est acima (ento) tudo est comprovado, h questes adiante, um incomparvel Erudito." Podemos, portanto, ao que parece, concluir esta parte de nossa investigao, desta forma, ampliando a deduo efetuada no final do nosso quarto captulo. No apenas temos de purificar tanto quanto possvel o esprito humano, mas fazer uma extrao do mesmo, para que ele possa, em certa medida, literalmente, deixar o mundo dos sentidos, e tornar-se o voador voltil do que Hermes fala. Depois que devemos traz-la novamente em seu corpo, que para ser tingida assim. Mas o consenso geral de opinio entre os nossos autores que isto no pode ser feito de qualquer maneira sem orao, 25

de modo que seria assim ver o que eles tm a nos dizer sobre isso antes de prosseguir.

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Captulo VIIIDesde o incio, ento, estamos a considerar a orao, com a qual inclui o uso apropriado de invocaes, cerimnias e rituais sempre que necessrio, como no menos importante parte dos ritos sagrados, tanto de purificao e teltico. E os Alquimistas nos dizem, no menos do que os Hierofantes dos Mistrios, os Profetas do Antigo Testamento e os Apstolos do Novo, que sem ela nada pode ser feito. Norton, no primeiro Captulo de seu Ordinal, diz: "Mestre maravilhoso e Arquimago a tintura da sagrada Alkimia: Uma cincia maravilhosa, Filosofia secreta, Uma graa singular & presente do todo poderoso; Que nunca foi encontrada pelo laboro dos Homens, Mas pelo Ensino, ou comeo da Revelao. Nunca foi vendida por Dinheiro ou comprada, Por qualquer Homem que a requisitou: Mas dada a um homem capaz pela graa, Forjada com grande Custo, com longo arranjo e espao. Tambm nenhum homem pode ainda alcanar essa Cincia, Mas se Deus envia-lhe um Mestre para ensinar-lhe: Para ele to maravilhosa e to desconhecida, Que deve ser ensinada de boca em boca, Pelas Conjunes de Deus o Homem no pode desfazer, Mas se sua Graa consentir plenamente, Por preencher desta Cincia, que nosso Senhor acima Tem dado aos Homens que ele ama; Portanto Patriarcas ancios convenientemente Chamaram esta Cincia Sagrada Alkimia." E Hermes, no Tractatus Aweus, declara que "Esta cincia e arte eu tenho obtido pela inspirao do Deus Vivo somente, que julgou apto a abri-la para mim, seu servo." Enquanto Zachary, no Opusculum, igualmente especfico. "Porque ningum", diz ele, "nunca adquiriu esta arte por acaso, mas pela orao e no por qualquer outro meio." Baslio Valentim chama essa orao a Invocao de Deus, e seu comentarista Kirchringius d-nos algumas anlises do mesmo, que podemos nos beneficiar com cautela. "Todo homem sabe", ele diz, "que tem se dedicado integralmente a este negcio, como a orao eficaz, e quantas vezes as coisas que ele procurava por muito tempo e no conseguiu encontrar, foram transmitidas a ele em um momento, como se fosse, infundido a partir de cima ou ditadas por algum gnio bom. Ela tambm til na resoluo de charadas e escritos enigmticos; pois, se voc arder com um grande desejo de conhec-los, esta a orao: e quando voc inclina sua mente para isso ou aquilo, diversamente discutindo e meditando muitas coisas, esta a co-operao: a de que sua orao no pode ser, por falta de esforo, uma tentao de Deus; mas todo esforo intil at encontrar uma soluo. No entanto, 27

se no desesperado, mas de imediato persistir no desejo, e no deixar de trabalhar, demoradamente, em um momento, a soluo cair; isto revelao, que no se pode receber sem orao com grande vontade e trabalho, utilizando seu esforo mximo; e ainda assim voc no consegue perceber como de todas aquelas coisas que voc pensou, que no eram a soluo do enigma, a soluo se levantou. Este desdobramento do enigma que se abre para o mistrio de todas as coisas, e mostra como a orao est disponvel para a obteno das coisas espirituais e eternas, assim como corporais e bens perecveis: e quando a orao feito com um corao no fingido, mas sincera, voc ver que no h nada mais adequado para a aquisio do que voc deseja." Mas a orao no deve ser considerada, nas invocaes dos mistrios, ou em uma das meditaes privadas, sendo usada com qualquer noo iludida de influenciar os Deuses e mudar as suas mentes, como se fosse entidades vacilantes como ns, sujeitos a bajulao e capazes de serem seduzidos por uma petio dirigida habilmente. Ningum deve supor que o fim dos rituais sejam frmulas, para forar os Deuses a esta ou quela manifestao de seus poderes, como se o homem devesse fixar-se a ser maior do que eles, pois na verdade o contrrio. Mas h uma coisa essencial para ns que divina, ou a essncia mental se este termo prefervel, pelo menos, algo que ou pode ser vivamente despertado pelas oraes; e esta, quando totalmente exercitada, e deseja ardentemente e com energia para o seu homlogo, e torna-se unida perfeio absoluta, embora esta ltima consumao no deve ser entendida como um resultado imediato, mas sim como o resultado do esforo concentrado e prolongado. Pode-se argumentar que no necessrio rezar a Deus ou aos deuses, como puras essncias mentais ou espirituais exigindo nem louvor nem a adulao, que poderiam ser tratadas adequadamente somente a Deus feito imagem do homem, e que as oraes para as necessidades materiais no devem ser feitas, como o fundamento de que o que bom para ns ser dado, e que o que ns queremos conhecido antes de pedi-lo. Mas este comete