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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

    CAMPUS FLORESTAL

    ANGELO ALVES AMORIM

    BRUNO JANURIO DA SILVA

    LEVANTAMENTO DO USO E OCUPAO DO SOLO DA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DE VIOSA CAMPUS FLORESTAL

    FLORESTAL

    MINAS GERAIS

    2011

  • ANGELO ALVES AMORIM

    BRUNO JANURIO DA SILVA

    LEVANTAMENTO DO USO E OCUPAO DO SOLO DA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DE VIOSA CAMPUS FLORESTAL

    Relatrio Final apresentado a Universidade

    Federal de Viosa Campus Florestal, como

    parte das exigncias para obteno do ttulo de

    Tecnlogo em Gesto Ambiental.

    Orientador: Selma Alves Abraho

    FLORESTAL

    MINAS GERAIS

    2011

  • ANGELO ALVES AMORIM

    BRUNO JANURIO DA SILVA

    LEVANTAMENTO DO USO E OCUPAO DO SOLO DA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DE VIOSA CAMPUS FLORESTAL

    Relatrio Final apresentado a Universidade

    Federal de Viosa Campus Florestal, como

    parte das exigncias para obteno do ttulo de

    Tecnlogo em Gesto Ambiental.

    Orientador: Selma Alves Abraho

    APROVADO em: 30/11/2011

    Membros da banca Examinadora

    Carlos Fernando Lemos Francisco de Assis Braga

    Prof. Na UFV Prof. Na UFV

    Marcina A. Nunes Moreira Selma Alves Abraho

    Profa. Na. UFV (Orientadora)

  • AGRADECIMENTOS

    Universidade Federal de Viosa Campus Florestal, pela oportunidade de realizao do

    curso.

    Professora Selma Alves Abraho, pela dedicao, orientao e compromisso durante o

    desenvolvimento do projeto e tambm pela amizade.

    Ao Professor Carlos Fernando Lemos, pela coorientao durante o trabalho e tambm pela

    amizade.

    Aos Professores Ricardo Arantes e Marcina Amlia Nunes Moreira, pela ajuda na conduo

    do trabalho.

    Ao Professor Eduardo Frana, pelo fornecimento de dados georreferenciados das nascentes.

    Ao Professor Francisco de Assis Braga, pela orientao na correo do trabalho, contribuindo

    de maneira significativa no produto final.

    Ao Diretor Geral do Campus Florestal professor Antnio Cezar Pereira Calil, pela

    disponibilidade de material tecnolgico para realizao do projeto.

    Ao Setor de Vigilncia da Universidade Federal de Viosa - Campus Florestal, em especial,

    Jos Osvaldo Gomes, Elias Vasconcelos de Resende, Anderson Bhering Freitas de Rezende e

    Amarildo Patrocnio da Silva, por todo apoio e auxilio prestados, equipamentos de segurana

    e veculo para a demarcao do limite do Campus.

    Aos amigos que estiveram sempre ao nosso lado, pois sem a fora e o incentivo deles, nada

    disto seria possvel.

    Aos familiares que sempre estiveram nos apoiando e dando fora para alcanarmos nossos

    objetivos.

  • RESUMO

    Com o crescimento do nmero de cursos e conseqentemente do nmero de alunos,

    professores e funcionrios, a Universidade Federal de Viosa - Campus Florestal precisa

    expandir seu espao fsico para atender essa demanda. Entretanto, o campus carente de um

    plano de desenvolvimento fsico e ambiental, para normatizar e orientar o seu crescimento. O

    presente trabalho tem por finalidade propor um plano de desenvolvimento fsico e ambiental

    da Universidade Federal de Viosa Campus Florestal utilizando a ferramenta do Sistema de

    Informao Geogrfica (SIG), e assim orientar a expanso da rea fsica, de forma social e

    ambientalmente sustentvel. O SIG uma excelente ferramenta de apoio ao planejamento

    ambiental. Ele proporciona ao usurio uma gama de informaes adquiridas no decorrer de

    sua utilizao, sendo eficiente e rpido aos resultados alcanados. Atravs do SIG podemos

    concluir que Campus Florestal tem uma grande rea ocupada por mata nativa, correspondendo

    a 49,59% do total da rea e 9,45% correspondente a rea de lagos, barragem e tanques de

    piscicultura com suas respectivas reas de APP (rea de Preservao Permanente) dos

    recursos hdricos em geral. As demais reas est dividido em 0,40% de rea construda,

    9,21% de rea agrcola, 3,13% de floresta plantada. Atravs deste estudo, descobriu-se que a

    rea total de 1568,19 ha, sendo registrados 30,19 ha mais que o estudo realizado no ano de

    1989. De posse destes dados, ser possvel fazer o planejamento da ocupao do espao fsico

    do campus florestal respeitando a legislao ambiental e a possibilidade de uso das reas.

    Palavras chaves: rea de Preservao Permanente, Expanso Fsica, mata nativa.

  • ABSTRACT

    With the increase in the number of courses and consequently the number of students,

    faculty and staff, the Federal University of Viosa - Florestal Campus needs to expand its

    physical space to meet this demand. However, the Campus is lacking in a physical and

    environmental development plan, to regulate and guide its growth. This work to propose a

    plan of environmental and physical development of the Federal University of Viosa -

    Florestal Campus using the tool of the Geographic Information System (GIS), and thus guide

    the expansion of the physical area, socially and environmentally sustainable. The GIS is an

    excellent tool to support environmental planning. It provides the user with a range of

    information acquired in the course of its use, being efficient and fast to results achieved.

    Through GIS we can conclude that Florestal Campus has a large area occupied by native

    forest, corresponding to 49.59% of the total area and corresponding to 9.45% area of lakes,

    dam and fish tanks with their respective Permanent Preservation Area (PPA) of water

    resources in General. Other areas of the territory is divided into 0.40% of constructed area,

    9.21% of agricultural area, 3.13% of planted forest. Through this study, it was discovered that

    the total area is 1568.19 ha, being logged will more than 30.19 ha study conducted in the year

    1989. Possession of these data, it will be possible to make the physical space occupation

    planning Florestal Campus respecting environmental legislation and the possibility of use of

    the areas.

    Keywords: Permanent Preservation Area (PPA), physical expansion, native forest.

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    APP rea de Preservao Permanente

    CONSU Conselho Universitrio

    CTA Centro de Treinamento para o Agricultor

    EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    GPS Sistema de Posicionamento Global

    HA Hectares

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    KM Quilmetros

    M Metros

    PDFA Plano de Desenvolvimento Fsico e Ambiental

    UC Unidade de Conservao

    UFV Universidade federal de Viosa

    UTM Universal Transversa de Mercator

    SIG Sistema de Informao Geogrfica

    SPRING Sistema de Processamento de Informaes Georreferenciadas

  • SUMRIO

    1. INTRODUO .................................................................................................................. 9

    1.1. Justificativa ................................................................................................................ 10

    1.2. Objetivos .................................................................................................................... 10

    1.2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 10

    1.2.2. Objetivos Especficos ............................................................................................. 10

    2. REVISO BIBLIOGRFICA .......................................................................................... 11

    2.1. reas de Preservao Permanente e Reserva Legal .................................................. 11

    2.2. Legislao que define as reas de Preservao Permanente (APPs) ........................ 12

    2.3. Sistema de Informao Geogrfica (SIG) .................................................................. 14

    2.4. Planejamento Ambiental e Fsico .............................................................................. 14

    3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 16

    3.1. Localizao e Caracterizao da rea ........................................................................ 16

    3.2. Banco de dados geogrfico ........................................................................................ 17

    3.2.1 Georreferenciamento dos dados ............................................................................. 17

    3.2.2 Mosaico das imagens ............................................................................................. 17

    3.2.3 Vetorizao manual ................................................................................................ 18

    3.2.4 Limite do Campus Florestal e nascentes ................................................................ 19

    3.3. Consulta ao banco de dados geogrfico ..................................................................... 20

    3.3.1. rea de preservao permanente dos corpos hdricos ........................................... 21

    3.3.2. rea para expanso fsica ....................................................................................... 22

    3.4. Gerao dos mapas .................................................................................................... 22

    3.5. Comparao do levantamento atual com o realizado em 1989.................................. 22

    4. RESULTADOS E DISCUSSO ...................................................................................... 24

    4.1. Levantamento do uso e ocupao do solo.................................................................. 24

    4.1.1. Mata nativa ............................................................................................................. 24

  • 4.1.2. Nascentes, lagos artificiais, barragens, tanques de piscicultura e cursos dgua ... 25

    4.1.3. rea de infraestrutura do campus florestal ............................................................ 27

    4.1.3.1. Estradas ............................................................................................................... 27

    4.1.3.2. rea construda ................................................................................................... 28

    4.1.4. rea para expanso fsica ....................................................................................... 28

    4.2. Comparao entre o mapeamento de 2009 e o de 1989............................................. 30

    5. CONCLUSES ................................................................................................................. 32

    6. SUGESTO PARA TRABALHOS FUTUROS .............................................................. 32

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 34

  • 9

    1. INTRODUO

    A coleta de informaes espaciais de reas agrcolas, reas urbanas, recursos hdricos

    e florestais, constitui-se uma das atividades necessrias para dar suporte a decises

    importantes em diversas reas do conhecimento, como ambiental, agricultura, entre outras.

    Entretanto, estas informaes, geralmente, so encontradas em forma de tabelas e mapas

    impressos em papel, dificultando consultas e tomadas de decises rpidas.

    O Sistema de Informao Geogrfica (SIG) uma ferramenta que permite armazenar,

    analisar, recuperar, manipular e manejar grandes quantidades de informaes espaciais, cujo

    principal objetivo dar suporte a tomadas de decises. Para tanto, basta dispor de um banco

    de dados e de uma base geogrfica (como um mapa de um municpio), e o SIG torna possvel

    apresentar o mapa que permite a visualizao do padro espacial determinado pelo fenmeno

    em observao (DRUCK et al., 2004).

    A Universidade Federal de Viosa Campus Florestal, localizada no municpio de

    Florestal, regio Centro Oeste de Minas Gerais, possui uma rea de aproximadamente 1568

    hectares, formada por vrios ambientes, com reas de Preservao Permanentes (APPs),

    reas agrcolas e reas fsicas (pavilhes de aulas, auditrios, praas, alojamentos, refeitrio

    etc.). Por possuir uma ampla rea constituda por vrios ambientes, e por estar em processo de

    expanso de sua rea fsica, devido o aumento do nmero de cursos e consequentemente

    aumento do nmero de alunos, professores e funcionrios, o campus florestal carece de

    planejar seu espao fsico e ambiental, para normatizar e orientar de modo a atingir a

    ocupao racional das reas.

    Segundo a Lei Federal n 4.771 de 15 de setembro de 1965, APP uma rea protegida

    por lei, coberta ou no por vegetao nativa, tendo como funo preservar os recursos

    hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico da fauna e

    flora, como tambm proteger o solo e assegurar o bem estar dos homens. Para a Universidade

    Federal de Viosa Campus Florestal, constituda por uma ampla rea, torna-se

    imprescindvel a representao e caracterizao das APPs em mapas, pois de acordo com

    Louzada et al. (2005), os mapas auxiliam no planejamento da rea de expanso fsica, na

    fiscalizao e aes de campo.

    Diversos trabalhos tm sido realizados utilizando a ferramenta SIG com sucesso para

    delimitao de reas de preservao permanente e de uso e ocupao do solo (RODRIGUES;

    FARIA, 2009).

  • 10

    1.1. Justificativa

    Utilizando-se o SIG como ferramenta de documentao espacial, foram caracterizadas

    e mapeadas as diferentes formas de ocupao do solo visando a criao de um banco de dados

    georrefenciado do campus Florestal da UFV, possibilitando a realizao de inmeros

    trabalhos futuros a partir deste cadastro bsico inicial.

    1.2. Objetivos

    1.2.1. Objetivo Geral

    Com este trabalho objetiva-se levantar o uso e ocupao do solo da Universidade

    Federal de Viosa Campus Florestal, caracterizando as reas de preservao permanente, de

    ocupao fsica, e propor possveis reas para expanso fsica.

    1.2.2. Objetivos Especficos

    Mapear o uso do solo da Universidade Federal de Viosa Campus Florestal, por

    meio de imagens digitais adquiridas em 2009 e levantamentos topogrficos;

    Delimitar as reas de preservao permanente de corpos hdricos superficiais;

    Propor possveis reas para expanso fsica do Campus;

    Comparar os dados atuais com os dados de levantamento aerofotogramtrico realizado

    no Campus em 1989.

  • 11

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1. reas de Preservao Permanente e Reserva Legal

    O Brasil um dos pases que tem uma grande extenso territorial e

    consequentemente grande biodiversidade. Com isso, o Brasil, tem priorizado a questo

    ambiental, utilizando-se de leis para a preservao do meio ambiente, que definem reas

    protegidas, como as reas de preservao permanente (APPs) e as de reserva legal.

    Em 1937, foi delimitada a primeira unidade de conservao brasileira - o Parque

    Nacional de Itatiaia - localizado no Rio de Janeiro (MEDEIROS, 2005). Na poca, existia o

    decreto n 23.793, de 23 de janeiro de 1934, que definia APP e rea de reserva legal,

    chamado de Cdigo Florestal. Com o passar dos anos, o Cdigo Florestal foi sendo alterado,

    como exemplo a lei n 4.771 de 15 de setembro de 1965, a lei n 5.106 de dois de setembro

    de 1966, a lei n 5.868 de 12 de dezembro de 1972, a lei n 5.870 de 26 de maro de 1973, a

    lei n 6.535 de 15 de junho de 1978, a lei n 7.511 de sete de julho de 1986, a lei n 7.803 de

    18 de julho de 1989, a lei n 7.875 de 13 de novembro de 1989 e a lei n 9.985 de 18 de julho

    de 2000. Em oito de novembro de 2011, foi aprovado a proposta do texto do novo Cdigo

    Florestal Brasileiro por duas comisses do Senado Federal (EDUARDO, sd).

    De acordo com a lei Federal n 4.771 de 15 de setembro de 1965, APP uma rea

    protegida por lei, coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar

    os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de

    fauna e flora, como tambm proteger o solo e assegurar o bem estar dos homens. Segundo a

    mesma lei, rea de reserva legal uma rea localizada no interior de uma propriedade ou

    posse rural, excetuada a de preservao permanente, necessria ao uso sustentvel dos

    recursos naturais conservao e reabilitao dos processos ecolgicos, conservao da

    biodiversidade e ao abrigo e proteo de fauna e flora nativas.

  • 12

    2.2. Legislao que define as reas de Preservao Permanente (APPs)

    As leis e normas que definem as APPs so, basicamente: Lei Federal 4771/65; Lei

    Estadual 14309/02 e as Resolues COMANA 302 e 303/02.

    A Lei Estadual 14.309, que dispe sobre as Polticas Florestal e de Proteo

    Biodiversidade no Estado, classifica APPs como:

    I em local de pouso de aves de arribao, assim declarado pelo poder pblico ou protegido

    por convnio, acordo ou tratado internacional de que o Brasil seja signatrio;

    II ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua, a partir do leito maior sazonal, medido

    horizontalmente, cuja largura mnima, em cada margem, seja de:

    a) 30 m (trinta metros), para curso d'gua com largura inferior a 10 m (dez metros);

    b) 50 m (cinqenta metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 10 m (dez

    metros) e inferior a 50 m (cinquenta metros);

    c) 100 m (cem metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 50 m (cinquenta

    metros) e inferior a 200 m (duzentos metros);

    d) 200 m (duzentos metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 200 m

    (duzentos metros) e inferior a 600 m (seiscentos metros);

    e) 500 m (quinhentos metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 600 m

    (seiscentos metros);

    III ao redor de lagoa ou reservatrio de gua, natural ou artificial, desde o seu nvel mais

    alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mnima seja de:

    a) 15 m (quinze metros) para o reservatrio de gerao de energia eltrica com at 10 ha (dez

    hectares), sem prejuzo da compensao ambiental;

    b) 30 m (trinta metros) para a lagoa ou reservatrio situados em rea urbana consolidada;

  • 13

    c) 30 m (trinta metros) para corpo hdrico artificial, excetuados os tanques para atividade de

    aqicultura;

    d) 50 m (cinqenta metros) para reservatrio natural de gua situado em rea rural, com rea

    igual ou inferior a 20 ha (vinte hectares);

    e) 100 m (cem metros) para reservatrio natural de gua situado em rea rural, com rea

    superior a 20 ha (vinte hectares);

    IV em nascente, ainda que intermitente, qualquer que seja a sua situao topogrfica, num

    raio mnimo de 50 m (cinqenta metros);

    V no topo de morros monte ou montanha, em rea delimitada a partir da curva de nvel

    correspondente a dois teros da altura da elevao em relao base;

    VI em encosta ou parte dela, com declividade igual ou superior a cem por cento ou 45

    (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive, podendo ser inferior a esse parmetro

    a critrio tcnico do rgo competente, tendo em vista as caractersticas edficas da regio;

    VII nas linhas de cumeada, em seu tero superior em relao base, nos seus montes,

    morros ou montanhas, frao essa que pode ser alterada para maior, a critrio tcnico do

    rgo competente, quando as condies ambientais assim o exigirem;

    VIII em borda de tabuleiro ou chapada, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa

    nunca inferior a 100 m (cem metros), em projeo horizontal;

    IX em altitude superior a 1.800 m (mil e oitocentos metros);

    X em ilha, em faixa marginal alm do leito maior sazonal, medida horizontalmente, de

    conformidade com a largura mnima de preservao permanente exigida para o corpo dgua;

    XI em vereda

  • 14

    2.3. Sistema de Informao Geogrfica (SIG)

    O primeiro SIG surgiu na dcada de 60, no Canad, devido necessidade de

    armazenar dados de recursos naturais. Contudo, a ferramenta SIG, na poca, no permitia a

    sua ampla utilizao, devido aos seus rudimentares programas computacionais e perifricos

    (equipamento fsico do computador) (DAVIS; FONSECA, 2001).

    Segundo Santos (2010), SIG uma ferramenta que permite a integrao,

    manipulao, anlise e visualizao de dados numa componente tecnolgica de informao

    geogrfica, bem como, dos seus atributos. Kaliski et al (2010) definem SIG como o termo que

    aplicado para um conjunto de sistema computacionais que permitem a associao de dados

    geogrficos (mapas) e no grficos (tabelas) estruturados em um banco de dados.

    A implementao de um SIG em um projeto de mdio e longo prazo envolve um

    investimento significativo, no s em relao compra de programas computacionais e

    perifricos, mas tambm, na aquisio de bases de dados e no treinamento de pessoal

    (SANTOS, 2000). Entretanto, a opo por esta ferramenta, busca melhorar a eficincia

    operacional e permitir uma boa administrao das informaes estratgicas, tanto para

    minimizar os custos operacionais como para agilizar o processo decisrio (SANTOS, 2000).

    Com a disponibilidade do SIG surgiram novos instrumentos para enfrentar os

    desafios crescentes com que se confrontam as organizaes, particularmente as que tm por

    misso gerir a ocupao do territrio e os seus recursos (LACERDA, 2000).

    2.4. Planejamento Ambiental e Fsico

    Planejamento ambiental um processo contnuo que envolve coleta, organizao e

    anlise sistematizada das informaes, por meio de procedimentos e mtodos, para se chegar

    a decises ou escolhas acerca das melhores alternativas para o aproveitamento dos recursos

    disponveis em funo de suas potencialidades, e com a finalidade de atingir metas especficas

    no futuro, tanto em relao a recursos naturais quanto sociedade. O planejamento ambiental

    deve ser feito segundo uma viso integradora do meio. Apesar disso, ele geralmente

    concebido a partir de modelos estruturados de forma subjetiva (SILVA; SANTOS, 2004).

  • 15

    Segundo Barbosa e Nascimento Jnior (2009), o planejamento ambiental deve partir

    das bases naturais para a sustentao da vida e das suas relaes ecossistmicas em um

    determinado territrio. Portanto, o planejamento ambiental, deveria visar diminuio dos

    gastos de energia que os sustenta, o seu grau de entropia, assim como os riscos e impactos

    ambientais, sem prejudicar ou suprimir outros seres da cadeia ecolgica da qual o homem faz

    parte, mantendo a biodiversidade dos ecossistemas.

    Um importante papel do planejamento ambiental o de direcionar os instrumentos

    administrativos, legislativos e de gesto para o desenvolvimento de atividades num

    determinado espao e tempo, incentivando a participao institucional e dos cidados e

    induzindo relaes mais estreitas entre sociedade e autoridades regionais (SILVA; SANTOS,

    2004).

    De acordo com Zmitrowicz (2002), o planejamento fsico parte de uma realidade, da

    qual so coletadas as informaes em funo das necessidades e objetivos almejados. De

    posse das informaes, faz-se uma anlise da situao, e a partir desta, elaborao de planos e

    projetos, dos quais, abre-se um leque de solues possveis, para que os problemas sejam

    sanados, e estes no venham a impedir que e os objetivos sejam alcanados, podendo assim,

    projetar o futuro. A escolha das solues mais pertinentes uma importante etapa, pois a

    partir daqui que as modificaes do espao, da realidade sero implantadas. Toda esta cadeia

    de planejamento gira em torno dos objetivos traados, pois base de todo o processo, sendo

    este o que move as modificaes.

    Maximiano (1995, pg. 196) citado por Zmitrowicz (2002), diz:

    O processo de planejar consiste em tomar decises antecipadamente. Certas decises so tomadas de

    imediato, assim que o problema ocorre, e seu alcance esgota-se com a resoluo desse mesmo problema.

    Outra deciso, ao contrrio, visam definir um objetivo ou curso de ao para o futuro. Elas so

    formuladas no presente, para serem postas em prtica no futuro. No apenas sero posta em prtica num

    futuro que pode estar prximo ou distante, mas tambm tm o objetivo de influenciar esse mesmo futuro.

  • 16

    3. METODOLOGIA

    3.1. Localizao e Caracterizao da rea

    A rea em estudo localiza-se na Universidade Federal de Viosa Campus Florestal

    (Figura 1), municpio de Florestal, Minas Gerais, regio metropolitana de Belo Horizonte,

    com coordenadas geogrficas de 195615 de latitude Sul e 442615 de Longitude Oeste,

    com rea de 1568,187 hectares.

    Figura 1. Imagem orbital da Universidade Federal de Viosa Campus Florestal com o limite, adquirida em 2009. Fonte: GOOGLE EARTH.

    O municpio de Florestal est situado na zona de transio entre os Biomas de Mata

    Atlntica e do Cerrado. Entretanto, na rea do Campus ocorre somente o bioma Mata

  • 17

    Atlntica (ZEE, 2011). O clima da regio o tropical de altitude (Cwa), com vero chuvoso e

    inverno frio e seco, segundo a classificao de Koppen, adaptada para o Brasil (IBGE, 2011).

    O Campus Florestal localiza-se na bacia do rio Paraopeba, tem topografia suave

    ondulada a montanhosa, com predomnio de solo do tipo latossolo (EMBRAPA, 2006).

    3.2. Banco de dados geogrfico

    composto por imagens orbitais obtidas pelo programa computacional GOOGLE

    EARTH, verso 6.0.1.2032 (beta), datadas de 2009 e com resoluo espacial de 0,5 m, por um

    levantamento topogrfico em campo, e por um levantamento aerofotogrfico do Campus

    Florestal, realizado em 1989 pela empresa Aerodata S.A. no formato dwg.

    3.2.1 Georreferenciamento dos dados

    As imagens orbitais, o levantamento topogrfico em campo e o levantamento

    aerofotogrfico foram georreferenciados para um mesmo sistema de coordenadas UTM

    (Universal Transversa de Mercator), datum WGS 84.

    Para o georrefereciamento das imagens foi utilizado o programa computacional

    Spring, verso 5.1.5 (CMARA et al., 1996). Foram utilizados pontos de controle obtidos

    pelo programa GOOGLE EARTH, cada imagem se constitua de no mnimo seis pontos de

    controle, onde destes, trs tm quem ser pontos de interseo com outras imagens,

    proporcionando assim o mosaico.

    3.2.2 Mosaico das imagens

    Como a rea do Campus Florestal de 1568,19 ha, maior que a cena disponibilizada

    pelas imagens do programa GOOGLE EARTH com boa resoluo espacial, 0,5 m, foi

  • 18

    realizado o mosaico das imagens com o objetivo de cobrir toda a rea do Campus Florestal

    (Figura 2).

    Figura 2. Mosaico de imagens da Universidade Federal de Viosa campus Florestal.

    3.2.3 Vetorizao manual

    O mosaico de imagens foi vetorizado manualmente utilizando o programa

    computacional Spring, verso 5.1.5 (CMARA et al., 1996). Esta vetorizao consistiu em

    seguir cada feio matricial, rea agrcola, mata nativa, floresta plantada, lagos artificiais,

    barragem, tanques de piscicultura, cursos dgua, estradas e rea construda, com o cursor do

    mouse e escolher os pontos que a modelem melhor. As feies foram separadas de acordo

    com a visualizao das imagens e por visitas realizadas em campo, observando como, por

    exemplo, onde se constitui de floresta plantada e mata nativa.

  • 19

    As entidades rea agrcola, mata nativa, floresta plantada, lagos artificiais, barragem,

    tanques de piscicultura e rea construda, foram definidas no banco de dados georreferenciado

    como polgono e as entidades cursos dgua e estradas como linhas.

    3.2.4 Limite do Campus Florestal e nascentes

    O limite do Campus Florestal e as nascentes foram obtidos por meio de um

    levantamento topogrfico em campo com o GPS de navegao modelo 76CSX Garmim.

    O limite foi definido no banco de dados geogrfico como polgono e as nascentes como

    pontos.

    Figura 3: Imagem da demarcao do limite da Universidade Federal de Viosa - do Campus Florestal.

    Fonte: Amorim e Silva, 2011.

  • 20

    Figura 4: Imagem da demarcao do limite da Universidade Federal de Viosa - do Campus Florestal.

    Fonte: Amorim e Silva, 2011

    3.3. Consulta ao banco de dados geogrfico

    O mdulo ArcCatalog do programa computacional ArcGIS (ESRI) verso 10.0 foi

    utilizado para criar o banco de dados georreferenciado, formado pelos dados vetoriais de: rea

    agrcola, mata nativa, floresta plantada, nascentes, lagos e cursos dgua, estradas, limite e

    rea construda.

  • 21

    No mdulo ArcMap do programa computacional ArcGIS (ESRI) foram feitas as

    anlises espaciais do banco de dados para gerao do mapa de rea de preservao

    permanente e do mapa de expanso fsica do Campus Florestal.

    3.3.1. rea de preservao permanente dos corpos hdricos

    Para delimitar as APPs, tomou-se como referncia a lei estadual 14.309, de 19 de

    junho de 2002, que dispe sobre as Polticas Florestais e de Proteo Biodiversidade no

    Estado de Minas Gerais. Assim para a definio de APPs foram consideradas as seguintes

    situaes:

    rea situada ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua, a partir do leito maior

    sazonal, medido horizontalmente, cuja largura mnima, em cada margem, seja de 30 m,

    para curso d'gua com largura inferior a 10 m; 50 m, para curso d'gua com largura

    igual ou superior a 10 m e inferior a 50 m; 100 m, para curso d'gua com largura igual

    ou superior a 50 m e inferior a 200 m; 200 m, para curso d'gua com largura igual ou

    superior a 200 m e inferior a 600 m; e 500 m, para curso d'gua com largura igual ou

    superior a 600 m.

    rea situada ao redor de lagoa ou reservatrio de gua, natural ou artificial, desde o seu

    nvel mais alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mnima seja de

    15 m para o reservatrio de gerao de energia eltrica com at 10 ha, sem prejuzo da

    compensao ambiental; 30 m para a lagoa ou reservatrio situado em rea urbana

    consolidada; 30 m para corpo hdrico artificial, excetuados os tanques para atividade de

    aqicultura; 50 m para reservatrio natural de gua situado em rea rural, com rea

    igual ou inferior a 20 ha; 100 m para reservatrio natural de gua situado em rea rural,

    com rea superior a 20 ha.

    rea situada em nascente, ainda que intermitente qualquer que seja a sua situao

    topogrfica, num raio mnimo de 50 m.

  • 22

    3.3.2. rea para expanso fsica

    Para identificar as possveis reas para expanso fsica do Campus Florestal, foi

    realizada uma adaptao nos critrios propostos na Resoluo n 14/2008 CONSU, Plano de

    Desenvolvimento Fsico e Ambiental da Universidade Federal de Viosa - Campus Viosa

    PDFA (2008 - 2017) para o Campus Florestal.

    Afastamento lateral entre os prdios de, no mnimo, 15 m (quinze metros);

    Reservar faixas non aedificandi de 15 m (quinze metros) de largura de ambos os lados

    das vias.

    Reservar como non aedificandi as reas histricas:

    Praa localizada entre o Prdio Principal e o Alojamento; e

    Faixa de 50 m correspondente ao afastamento frontal das Diretorias, do Centro de

    Treinamento para o Agricultor (CTA), Alojamento e do Prdio Principal, contada a

    partir do meio-fio.

    3.4. Gerao dos mapas

    No mdulo ArcMAP do programa computacional ArcGIS (ESRI) foram gerados o

    mapa de reas de preservao permanente de corpos hdricos e o mapa expanso fsica do

    Campus Florestal.

    3.5. Comparao do levantamento atual com o realizado em 1989

    Com base nos dados de uso e ocupao do solo atualizado, realizou-se avaliao

    quantitativa das alteraes ocorridas no Campus Florestal, comparando-se os resultados

    obtidos no presente estudo com o que foi realizado em 1989 (Figura 5).

  • 23

    Figura 5. Levantamento areo fotogramtrico da UFV Campus Florestal realizado em 1989. Aerodata (Auto CAD), 1989. (Adaptado por Xisto, 2009).

  • 24

    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    4.1. Levantamento do uso e ocupao do solo

    4.1.1. Mata nativa

    Na Figura 6 esto apresentadas as reas de campo recobertas com mata nativa. Foram

    encontradas 18 reas de matas nativas, perfazendo 777,82 ha, equivalente a 49,59% da rea

    total do Campus Florestal da Universidade Federal de Viosa.

    Figura 6. reas de mata nativa do campus florestal.

  • 25

    4.1.2. Nascentes, lagos artificiais, barragens, tanques de piscicultura e cursos dgua

    Na Figura 7 esto apresentadas as APPs ao redor de nascentes, lagos artificiais,

    barragens, tanques de piscicultura e cursos dgua. Foram identificadas 15 nascentes; 17 lagos

    artificiais ocupando rea de 23,40 ha; uma barragem ocupando rea de 13,94 ha; 43 tanques

    para atividade de piscicultura, ocupando rea de 4,83 ha; e 6 cursos dgua com 9,22 km de

    extenso.

    Para a definio das APPs ao redor das nascentes foram delimitadas 15 reas de

    APPs com o raio de 50 m, totalizando 11,78 ha. Ao redor dos 17 lagos artificiais e da

    barragem foram delimitadas APPs a partir da faixa marginal com largura de 30 m, totalizando

    76,31 ha. Como na lei no define faixa marginal para tanques de piscicultura, foi adotado

    neste trabalho somente a rea fsica do corpo hdrico como APP, ento foram definidos 4,83

    ha de APP.

    Ao longo dos cursos dagua correntes foram delimitadas APPs a partir de cada

    margem com largura de 30 m, pois os 9,22 km de cursos dgua apresentavam largura inferior

    a 10 m, totalizando 55,35 ha.

    Com estes dados, foram totalizados 148,28 ha de APPs ao redor de nascentes, lagos

    artificiais, barragens, tanques de piscicultura e cursos dgua, correspondentes a 9,45% da

    rea total do Campus Florestal da Universidade Federal de Viosa.

  • 26

    Figura 7. reas de Preservao Permanente ao redor de nascentes, lagos artificiais, barragens, tanques de

    piscicultura e cursos dgua do Campus Florestal da UFV

  • 27

    4.1.3. rea de infraestrutura do campus florestal

    4.1.3.1. Estradas

    As estradas de acesso e deslocamento do Campus Florestal so divididas em vias

    principais, de menor extenso, pavimentadas, sinalizadas e se encontram em bom estado de

    preservao. As vias secundrias possuem maior extenso e se encontram sem pavimentao

    e sinalizao, mas esto freqentemente passando por manuteno.

    Na Figura 8 encontram-se as principais vias de acesso da Universidade Federal de

    Viosa - Campus Florestal, com 20,79 km de extenso.

    Figura 8. Principais estradas de acesso da Universidade Federal de Viosa - Campus Florestal.

  • 28

    4.1.3.2. rea construda

    Na Figura 9 esto apresentadas as reas construdas da Universidade Federal de

    Viosa - Campus Florestal. No total, foram encontrados 6,35 ha de rea construda.

    Figura 9. reas construdas da Universidade Federal de Viosa - Campus Florestal.

    4.1.4. rea para expanso fsica

    Na Figura 10 est apresentado as possveis reas para expanso fsica da infraestrutura

    do Campus Florestal, aqui consideradas rea edificadas e estradas, onde foram excludas as

    reas de APP dos corpos hdricos e as reas inadequadas para a construo, previstas o item

    3.3.3., para ser obter um bom planejamento fsico e ambiental. A partir deste estudo pode-se

    concluir que a rea existente para a expanso fsica do Campus Florestal de

    aproximadamente 362,49 ha, 23,11% do total da rea.

  • 29

    Cabe ressaltar que a rea acima definida ser alterada aps a avaliao da

    possibilidade de alterao de uso do solo florestal (mata nativa), conforme previsto na Lei

    Federal 11.428/06, que dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do Bioma

    Mata Atlntica, bem como da delimitao das APPs de topo de morro e encosta e da Reserva

    Legal do Campus, conforme a Lei Estadual 14309/02 e a Resoluo CONAMA 303/02.

    Figura 10. reas propostas para expanso fsica da Universidade Federal de Viosa - Campus Florestal.

  • 30

    O Grfico 1 reune a distribuio proporcional das diferentes reas encontradas no

    Campus Florestal da UFV.

    Grfico 1. Propores das reas

    4.2. Comparao entre o mapeamento de 2009 e o de 1989

    Na Tabela 1 est apresentado um estudo comparativo das principais reas levantadas

    em 1989 da Universidade Federal de Viosa Campus Florestal com as reas levantadas por

    este estudo em 2009.

  • 31

    Tabela 1. Comparao entre os levantamentos topogrficos de 1989 e 2009 - Campus Florestal da UFV

    Tema rea em 1989

    (ha)

    rea em 2009

    (ha)

    Diferena

    (ha) (%)

    rea agrcola 168,00 144,45 23,55 14,04

    Mata nativa 728,00 777,82 49,82 6,84

    Floresta plantada 77,00 49,13 27,87 36,19

    Lagos artificiais, barragem e

    tanques de pisciculturas

    29,00 42,18 13,19 45,48

    Limite 1538,00 1568,19 30,19 1,96

    Desta forma, observou-se que houve uma diminuio da rea agrcola de 23,55 ha

    (14,04%); acrscimo de 49,82 ha de mata nativa (6,84%); a rea de floresta plantada sofreu

    reduo em 27,87 ha, correspondendo a36,19% .

    Este resultado pode estar relacionado a metodologia empregada, como tambm a

    mudana de funo de algumas reas com o tempo, como exemplo, as reas plantadas com o

    eucalipto em 1989, com o passar dos anos essas reas passaram pelo processo de regenerao

    natural, sendo considerada em 2009 como mata nativa.

    Houve ampliao na rea ocupada por lagos artificiais, barragem e tanques de

    pisciculturas da ordem de 13,19 ha (45,48%).

    A rea do limite do Campus Florestal encontrada no levantamento realizado em 1989

    foi de 1538,00 ha. No presente trabalho, foram encontrados 1568,19 ha, ou seja, uma

    diferena de 30,19 ha (1,96%). Essa discordncia de resultados pode ser atribuda diferena

    entre as metodologias de levantamento topogrfico empregadas em 1989 e 2009.

  • 32

    5. CONCLUSES

    Neste estudo, verificou-se que a rea total do Campus Florestal da UFV de 1568,19

    ha, sendo registrados 30,19 ha a mais que o levantamento aerofotogramtrico realizado no ano

    de 1989.

    Atravs do SIG podemos concluir que Campus Florestal tem uma extensa rea

    ocupada por mata nativa, correspondente a 49,59% do total.

    A rea de lagos, barragem e tanques de piscicultura com suas respectivas reas de APP

    ocupam 9,45%.

    O Campus conta ainda com 0,40% de reas construdas; 9,21% de reas agrcolas e

    3,13% de florestas plantadas.

    A gerao de um SIG para o Campus florestal de extrema importncia, pois

    possibilitar aes posteriores, como por exemplo, o planejamento e deciso sobre o uso da

    rea fsica do imvel.

    6. SUGESTO PARA TRABALHOS FUTUROS

    Fazer o modelo digital do terreno (curvas de nvel) e delimitar as seguintes reas:

    V - no topo de morros e montanhas, em reas delimitadas a partir da curva de nvel

    correspondente a dois teros da altura mnima da elevao em relao base;

    VI - nas linhas de cumeada, em rea delimitada a partir da curva de nvel correspondente a

    dois teros da altura, em relao base, do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de

    nvel para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros;

    VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco

    graus na linha de maior declive;

    Pargrafo nico. Na ocorrncia de dois ou mais morros ou montanhas cujos cumes estejam

    separados entre si por distncias inferiores a quinhentos metros, a rea de Preservao

    Permanente abranger o conjunto de morros ou montanhas, delimitada a partir da curva de

  • 33

    nvel correspondente a dois teros da altura em relao base do morro ou montanha de

    menor altura do conjunto, aplicando-se o que segue:

    I - agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de at quinhentos metros entre

    seus topos;

    II - identifica-se o menor morro ou montanha;

    III - traa-se uma linha na curva de nvel correspondente a dois teros deste; e

    IV - considera-se de preservao permanente toda a rea acima deste nvel.

    Mapear as APPs de encosta e topo de morro, conforme previsto na Resoluo

    CONAMA 303/02.

    Verificar a aplicao da Lei da Mata Atlntica (Lei Federal 11428/06) no que tange a

    possibilidade de alterao de uso do solo nas reas recobertas por mata nativa fora das APPs.

    Refinar as reas mapeadas contemplando detalhamento como capoeira

    (reflorestamento ou regenerao natural), matas nativas, reas de cultivo (milho, feijo,

    experimental e etc).

    Sugerir usos potenciais para as reas disponveis para a expanso fsica do Campus.

    Demarcar a Reserva Legal, aps delimitao de todas as APPs do Campus.

  • 34

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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