Simulado ENEM - linguagens e matemática (27.04.14)

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SARTRE COC — Simulado ENEM 1 INSTRUÇÃO: Para responder às questões, identifique APENAS UMA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas. LINGUAGENS INGLÊS 01. Things to Do on an Elevator -----Original Message----- From: Sent: Thursday, June 22, 2000 4:27 PM To: Subject: FW: CRAZY THINGS TO DO ON AN ELEVATOR CRAZY THINGS TO DO ON AN ELEVATOR 01) When there’s only one other person in the elevator, tap them on the shoulder and then pretend it wasn’t you. 02) Ask if you can push the buttons for other people, but push the wrong ones. 03) Drop a pen and wait until someone reaches to help pick it up, then scream, “That’s mine!” 04) Bring a camera and take pictures of everyone in the elevator. 05) Pretend you are a flight attendant and review emergency procedures and exit with the passengers. 06) Ask, “Did you feel that?” 07) Listen to the elevator walls with your stethoscope. 08) Make explosion noises when anyone presses a button. 09) Get in the elevator and say: “Keep your distance, I’ve the flu.” 10) Stop at every floor, run off the elevator, then run back on. (adapted from http://ges7184.tripod.com/id60.html and http://www. goodreads.com/topic/show/920170-crazy-things-to-do-on-an-elevator.) Hoje em dia, milhares de mensagens de todos os tipos circulam por e-mail. O objetivo de quem enviou a mensagem acima é: A) provocar o riso do leitor. B) ensinar etiqueta no elevador. C) criar regras para evitar problemas. D) mostrar como lidar com emergências. E) explicar por que se devem usar escadas. 02. Hope of Greater Global Food Output, Less Environmental Impact of Agriculture ScienceDaily (Aug. 29, 2012) – Can we have enough to eat and a healthy environment, too? Yes - if we’re smart about it, suggests a study published in Nature this week by a team of researchers from the University of Minnesota and McGill University in Montreal. Global demand for food is expected to double by 2050 due to population growth and increased standards of living. To meet this demand, it is often assumed we will need to expand the environmental burden of agriculture. The paper, based on analysis of agricultural data gathered from around the world, offers hope that with more strategic use of fertilizer and water, we could not only dramatically boost global crop yield, but also reduce the adverse environmental impact of agriculture. (http://www.sciencedaily.com/releases/2012/08/120829151241.htm) A pergunta feita no início do texto se refere à relação entre: A) fertilização dos pastos e uso de água. B) produção agrícola e saúde da família. C) expectativa de vida e gasto de energia. D) aumento da plantação e redução de espaço. E) produção de alimentos e impacto no ambiente. Photo: Jean Scheijen. http://www.sxc.hu/Photo/658429

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SARTRE COC — Simulado ENEM 1

INSTRUÇÃO: Para responder às questões, identifique APENAS UMA alternativa correta e marque a

letra correspondente na Folha de Respostas.

LINGUAGENS

INGLÊS

01.

Things to Do on an Elevator -----Original Message----- From: Sent: Thursday, June 22, 2000 4:27 PM To: Subject: FW: CRAZY THINGS TO DO ON AN ELEVATOR

CRAZY THINGS TO DO ON AN ELEVATOR 01) When there’s only one other person in the elevator, tap them on the shoulder and then pretend it wasn’t you. 02) Ask if you can push the buttons for other people, but push the wrong ones. 03) Drop a pen and wait until someone reaches to help pick it up, then scream, “That’s mine!” 04) Bring a camera and take pictures of everyone in the elevator. 05) Pretend you are a flight attendant and review emergency procedures and exit with the passengers. 06) Ask, “Did you feel that?” 07) Listen to the elevator walls with your stethoscope. 08) Make explosion noises when anyone presses a button. 09) Get in the elevator and say: “Keep your distance, I’ve the flu.” 10) Stop at every floor, run off the elevator, then run back on.

(adapted from http://ges7184.tripod.com/id60.html and http://www. goodreads.com/topic/show/920170-crazy-things-to-do-on-an-elevator.)

Hoje em dia, milhares de mensagens de todos os tipos circulam por e-mail. O objetivo de quem enviou a mensagem acima é:

A) provocar o riso do leitor. B) ensinar etiqueta no elevador. C) criar regras para evitar problemas. D) mostrar como lidar com emergências. E) explicar por que se devem usar escadas.

02. Hope of Greater Global Food Output, Less Environmental Impact of Agriculture

ScienceDaily (Aug. 29, 2012) – Can we have enough to eat and a healthy environment, too? Yes − if we’re smart about it, suggests a study published in Nature this week by a team of researchers from the University of Minnesota and McGill University in Montreal.

Global demand for food is expected to double by 2050 due to population growth and increased standards of living. To meet this demand, it is often assumed we will need to expand the environmental burden of agriculture. The paper, based on analysis of agricultural data gathered from around the world, offers hope that with more strategic use of fertilizer and water, we could not only dramatically boost global crop yield, but also reduce the adverse environmental impact of agriculture.

(http://www.sciencedaily.com/releases/2012/08/120829151241.htm)

A pergunta feita no início do texto se refere à relação entre:

A) fertilização dos pastos e uso de água. B) produção agrícola e saúde da família. C) expectativa de vida e gasto de energia. D) aumento da plantação e redução de espaço. E) produção de alimentos e impacto no ambiente.

Photo: Jean Scheijen. http://www.sxc.hu/Photo/658429

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03. One thing is certain, not only do we have to sleep, but it is good for your mind and body as well. Although everyone needs a different amount of sleep, the average is about seven hours – and people who sleep a lot less than this are at a higher risk of various illnesses, such as heart disease, and a shortened lifespan. So instead of feeling guilty the next time you fancy a nap, think about how much good it will do you.

(Fonte: http://www.bbc.com/future/story/20120228-why-do-we-need-to-sleep.. Acesso em 05.04.2014.)

O sono é requisito indispensável do bem-estar do sujeito, repercutindo diretamente sobre nosso corpo e mente. Sua privação pode ocasionar prejuízos à saúde humana, dentre os quais:

A) o aumento dos riscos de quedas. B) doenças cardíacas. C) maior incidência de acidentes de trânsito. D) redução aproximada de sete anos de vida. E) apagões de memória, também conhecidos como blackouts.

04.

Nosso querido gato Garfield está conosco há algum tempo. A partir das datas e do texto no balão, é correta a alternativa:

A) Garfield “nasceu” em 1980. B) Garfield “nasceu” em 1978 e se gaba de ter suas próprias estórias e travessuras. C) Garfield não aparece de forma diferente nas gravuras e o texto do balão não tem relação com ele. D) Garfield não demonstra prazer em ter suas próprias estórias e isso se confirma no texto do balão. E) Garfield expressa tristeza na sua fala do balão.

05.

Podemos ver uma apresentação na tirinha acima. Dentre as falas, a única correta a partir do diálogo inteiro é:

A) “Somos Jon e meu cão Garfield” B) “Olá Pessoal, sou Jon Arbuckle, sou cartunista e este é meu gato, Garfield” C) “Oi Pessoal, sou Garfield e este é meu motorista” D) “Nosso único pensamento é lhe fazer estudar inglês” E) “Me dê água”

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ESPANHOL 01.

Texto I

Una herida grave a la credibilidad de Brasil

Si los brasileños recibieron como un cierto rubor y hasta verguenza el resultado de una encuesta que ponía en evidencia el “machismo” de este país, no deben estar hoy menos preocupados con la credibilidad de los resultados de otros sondeos llevados a cabo por otros institutos, relativos por ejemplo, a las elecciones políticas. ¿Cómo creer en ellos después del patinazo del Ipea, que además ha tardado una semana en reconocer su error?

Brasil fue de alguna forma ofendido en el respeto que merece un país de su importancia económica, política y humana ya que la noticia de que un 65% de sus ciudadanos justificaban la violación de las mujeres que se presentaran en público con poca ropa acabó manchando su imagen. La noticia que recorrió el mundo −y que ya será difícil de reparar− adquiere ahora una nueva responsabilidad. ¿Con qué respeto serán recibidos de ahora en adelante los resultados de otros sondeos más importantes, por ejemplo, en el ámbito económico y político?

Si la metedura de pata del Ipea ha podido dar motivo dentro y fuera del país para que Brasil sea visto como un país atrasado y anclado en la Edad Media en cuestión de respeto a la mujer, ahora el tema de la credibilidad va más allá. Estamos en un año electoral tenso, con los nervios a flor de piel. ¿Cómo serán ahora recibidos por los ciudadanos y los mercados, por el mundo político, dentro y fuera de Brasil, el bombardeo de encuestas sobre las elecciones presidenciales realizadas por otros institutos de investigación?

(Extraído de: http://internacional.elpais.com/internacional/2014/04/05/actualidad/1396651828_440239.html, em 05/04/2014.)

O texto publicado no jornal espanhol “El País” deixa explícita uma fraqueza do Brasil diante da comunidade internacional e diminui a credibilidade do país em relação à segurança das informações veiculadas por órgãos governamentais. A conclusão que o autor do texto chega é a que:

A) as pesquisas sobre as eleições podem ser colocadas em cheque. B) a população brasileira sente vergonha do nível do machismo no país. C) o ano eleitoral ficou mais tenso devido à exposição da fragilidade de órgãos de pesquisa do governo. D) 65% da população mundial crê que o Brasil está preso à Idade Média no que se refere ao machismo. E) a credibilidade internacional do Brasil diminuiu devido aos resultados das pesquisas.

02.

Texto II

Para la FIFA los brasileños “no son serios”

Las diez advertencias a los espectadores que vendrán a las 12 ciudades brasileñas donde se disputarán los partidos son como mínimo fútiles y hasta de mal gusto. ¿Quiénes creen que son los brasileños, estos señores que se consideran los árbitros mundiales del balón? ¿Se han olvidado de que este país es la séptima potencia económica del Planeta, con islas de modernidad que envidian muchos de los países desarrollados? ¿Hubiesen redactado una cartilla semejante si la Copa se celebrase en Alemania, por ejemplo?

La prensa brasileña no ha hecho un drama con esta cartilla de inútiles e infantiles consejos a los turistas que vendrán a Brasil, donde, como en cualquier otro lugar del mundo, encontrarán cosas buenas y malas, gentes maravillosas y maleducadas; riqueza y pobreza, descuido y traso y también una tecnología de punta, por ejemplo en la medicina, en no pocos casos más avanzada que en la misma Europa. La FIFA ha preferido no tomarse en serio a este gigante americano. Mejor que lo hubiese criticado seriamente, si es lo que deseaba, pero no tomarlo a chacota como lo ha hecho.

El sentido lúdico de la vida no es un pecado, puede ser la mejor válvula de escape para los trancazos y amarguras de la vida, que desgraciadamente no le faltan a millones de brasileños. Pero ellos, con la atávica sabiduría africana e indígena que corre por sus venas, saben como pocos endulzarlas.

(Extraído de: http://deportes.elpais.com/deportes/2014/03/25/actualidad/1395709195_594556.html, em 05/04/2014.)

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O texto II discute a questão da cartilha lançada pela FIFA para aqueles que virão à Copa no Brasil. De acordo com a visão do autor a respeito do tema, como ele vê a atitude da FIFA nessa situação?

A) A atitude da instituição já que ela só quis advertir aos estrangeiros que não conhecem o Brasil? B) Todo o interesse da FIFA em trazer o mundial para o Brasil foi somente financeiro, pois já faturou muito

dinheiro. C) A FIFA é imparcial já que age dessa maneira com qualquer país. D) A FIFA leva a sério seu trabalho, motivo pelo qual a levou a explicitar o comportamento do brasileiro. E) A FIFA subestimou o potencial do Brasil.

03.

Texto III

(Extraído de www.gaturro.com, em 05/04/2014.)

A tirinha acima faz uma alusão à situação da escola na atualidade. Levando em consideração a linguagem verbal e não verbal exposta na mesma, chega-se a conclusão que esta tem como objetivo explicitar:

A) os problemas de disciplinas nas escolas, onde se perdeu o respeito pelo professor. B) as dificuldades da escola para atrair o interesse dos estudantes pelo conhecimento. C) o baixo nível da educação no nosso tempo. D) a falta de preparo dos professores que não conseguem acabar com o fracasso escolar. E) a necessidade da reforma do sistema educativo que está prejudicado pela falta de recursos.

04.

Texto IV

Las creaciones

La cultura no es apenas un conjunto de obras de arte, ni de libros, ni tampoco una suma de objetos materiales cargados con signos y símbolos. La cultura se presenta como procesos sociales y parte de la dificultad de hablar de ella deriva de que se produce, circula y se consume en la historia social. No es algo que aparezca siempre de la misma manera.

(Extraído de: http://odebrechtnoticias.com.br/OI/162/es.html, em 05/04/2014.)

O texto acima fala sobre a cultura e sobre seu processo de criação na sociedade, nele é sugerido que a cultura:

A) nasce dos conflitos sociais. B) está em constante mudança. C) mostra a dimensão da criação humana. D) manifesta-se através de símbolos predeterminados. E) é o acervo que vem documentado em livros ilustrados.

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05. Texto V

La anexación de Crimea a la Federación Rusa

Tras la anexión de la península de Crimea a la Federación Rusa, el Gobierno de Vladímir Putin ha sacado la chequera para nacionalizar todo lo que en la región se encuentra.

Moscú ha anunciado que se gastará varios miles de millones de dólares en aumentar las pensiones de los

crimeanos y en construir infraestructuras que faciliten el movimiento entre Rusia y la península, entre otras muchas iniciativas.

Pero no todo serán gastos para Moscú. Una de las ventajas para Rusia de la anexión de Crimea es que queda anulado el acuerdo de alquiler de la base naval de Sebastopol por la que Ucrania recibía miles de millones de dólares por lo que la economía ucrania dejará de ingresar dinero.El acuerdo, que implicaba el alquiler de la base hasta 2042, le costaba al Gobierno ruso alrededor de 4.000 millones de dólares al año. Tras la anexión de Crimea, Rusia ha instado a Ucrania la devolución de 11.000 millones de dólares que le había adelantado a Ucrania por el alquiler de la base correspondiente al período 2010-2013, cuando el descuento del gas se aplicó por adelantado para extender el alquiler de la base hasta 2017. Respecto a esto, Kiev contesta que el contrato aún sigue teniendo validez y ha anunciado que llevará a Rusia a los tribunales por su violación.

(Extraído de http://internacional.elpais.com/internacional/2014/04/08/actualidad/1396960690_068243.html?rel=rosEP, em 05/04/2014.)

O texto V fala a respeito da incorporação da Crimeia à Rússia citando os custos e os benefícios financeiros disso. Dentre os benefícios para a Rússia, está:

A) aumento na receita bruta do país já que a Crimeia é uma grande produtora de petróleo. B) o cancelamento do aluguel de uma base naval. C) aumento na quantidade de impostos recolhidos. D) a redução de salários públicos. E) a construção de uma ponte que ligue a Rússia a península e assim aquecerá o comércio.

PORTUGUÊS E SUAS TECNOLOGIAS

06. A língua é produzida socialmente. Sua produção e reprodução é fato cotidiano, localizado no tempo e no

espaço da vida e dos homens: uma questão dentro da vida e da morte, do prazer e do sofrer. Numa sociedade como a brasileira – que, por sua dinâmica econômica e política, divide e individualiza as pessoas, isola-as em grupos, distribui a miséria entre a maioria e concentra os privilégios nas mãos de poucos –, a língua não poderia deixar de ser, entre outras coisas, também expressão dessa mesma situação.

Miséria social e miséria da língua confundem-se. Uma engendra a outra, formando o quadro triste da vida brasileira, vale dizer, o quadro deprimente da fala brasileira. A economia desumana praticada no Brasil mata antes de nascer milhares de futuros falantes. A taxa de mortalidade infantil do Brasil é uma das maiores do mundo, a voz de milhares de brasileiros é calada antes mesmo de conseguir dar o primeiro choro. Mas alguns ainda conseguem chegar até os dois anos e aí apropriar-se de um instrumental importante, a língua, a linguagem.

(ALMEIDA, Milton José. Ensinar português?. In: GERALDI, João Wanderley (Org). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 14.)

No texto acima, Milton José Almeida discute as relações entre linguagem e sociedade, enfatizando que as desigualdades sociais e econômicas do Brasil repercutem na realidade linguística nacional. Para defender seu ponto de vista, o autor:

A) apresenta fenômenos linguísticos característicos do português brasileiro, indicando os valores sociais que

esses fenômenos recebem. B) compara usos linguísticos de regiões distintas, evidenciando a disseminação nacional da depreciação do

idioma. C) expõe problemas sociais da realidade brasileira, indicando de que modo esses problemas afetam a língua

nacional. D) relaciona os problemas sociais à precariedade do acesso à cultura letrada, justificando o estado deprimente

da língua portuguesa no Brasil. E) explicita as semelhanças entre os falares de indivíduos de mesma classe social, destacando a influência da

economia na vida social.

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07. Por razões que até hoje não são completamente claras, o imaginário de muita gente identifica língua a língua escrita (a fala seria cheia de vícios...). Essa identificação é reforçada quando se discute grafia, ou quando, por alguma razão, ela vai para o primeiro plano. Por exemplo, foram comuns, nos tempos em que se discutiu a última reforma ortográfica, até hoje encruada, manchetes que anunciavam “como ia ficar a língua portuguesa”. As matérias listavam amostras da mudança preconizada. Por exemplo, o trema cairia (e “linguiça” ficaria “linguiça”), que cairia o hífen em certos casos (e então “ultra-sonografia” ficaria “ultrassonografia”) etc. No entanto, era fácil verificar que a língua não mudaria em rigorosamente nada, que apenas seriam modificadas algumas regras de sua representação escrita, sem nenhuma correspondência para a sintaxe, para a morfologia, para o sentido das palavras e nem mesmo para sua pronúncia. Evidentemente, apesar de algumas gafes.

(POSSENTI, Sírio. Língua na mídia. São Paulo: Parábola, 2009. p. 59.)

Ao discutir a relação entre língua e língua escrita, o linguista Sírio Possenti manifesta: A) um ponto de vista preconceituoso, pois defende que os usos do registro oral são inferiores aos usos do

registro escrito. B) uma visão reduzida, pois associa os usos da fala à noção de vícios, sem se apropriar com mais

profundidade da questão. C) um olhar crítico, pois, diferentemente do que prega o senso comum, faz uma análise interessada em uma

concepção de língua mais ampla. D) uma postura purista, pois defende que a mudança linguística deve ser controlada e, em determinadas

situações, até impedida. E) uma compreensão idealizadora da língua, pois critica as alterações linguísticas provocadas por usos

concretos dos falantes.

08. Um fenômeno característico do português, sobretudo falado, é a dupla negação, enfática, que aparece em

covariação com a negação simples, feita com partícula negativa anteposta ao verbo (forma padrão) ou proposta ao verbo (variedade nordestina). Por exemplo:

Quer um pedaço de bolo? Não./Não quero. (forma padrão) x Não quero não (centro-sul-sudeste). X Quero não. (nordeste).

A dupla negação é um fenômeno geral em português, ou seja, é comum também na escrita, ocorrendo a partícula de negação com outras formas negativas, como nada, ninguém, como acontece também em algumas outras línguas, especialmente românicas:

Não havia nada dentro do armário. Não entrou ninguém na loja. Em estilo culto formal, teríamos: Nada havia dentro do armário. Ninguém entrou na loja.

(KOCH, Ingedore. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2005. p. 140.)

O fenômeno da dupla negação é tratado, no texto acima, como: A) uma realidade comum a todos os idiomas conhecidos. B) um fenômeno específico de algumas regiões do Brasil. C) um traço específico da fala dos grupos populares. D) uma marca da norma culta formal brasileira. E) um uso comum na língua portuguesa.

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09. Atingimos o início do milênio com crescimento efetivo dos indícios de escolarização e com intensa

penetração dos meios de comunicação de massa, fatores esses que poderiam, se não anular, pelo menos atenuar a chamada polarização sociolinguística. É utopia, contudo, pensar que o ensino de língua portuguesa se dará em contexto de homogeneidade e que se poderá chegar algum dia a uma globalização linguística, mesmo que em uma sociedade globalizada.

Se qualquer falante já possui uma gramática internalizada – sistema de regras e princípios universais – ao ingressar na escola, ele deve desenvolver a sua competência comunicativa de tal modo que possa “utilizar melhor” a sua língua em todas as situações de fala e escrita, isto é, possa ser capaz de refletir sobre a capacidade linguística que ele já possui e domina o nível intuitivo, mas sobre a qual nunca antes se tinha debruçado para a analisar o funcionamento. A aula de português seria então um exercício contínuo de descrição e análises desse instrumento de comunicação. Para isso, várias estratégias podem ser utilizadas, entre elas, a de levar o aluno a reconhecer a variação inerente à língua que faz com que cada grupo social possua sua própria variedade mas ao mesmo tempo seja capaz de conviver com todas as outras. Viver é conviver, sobretudo em matéria de linguagem, já dizia Rosenblat em 1967.

(CALLOU, Dinah. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, Silvia Rodrigues; BRANDÃO, Silvia Figueiredo.

Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2009. p. 27.)

A escola é, como se sabe, um espaço privilegiado para a educação linguística. Nesse processo, sua tarefa, segundo o texto, é a de: A) atenuar as diferenças linguísticas entre os falantes de uma comunidade, estimulando o acesso à gramática

padrão da língua. B) desenvolver estratégias de globalização linguística que possam colaborar no combate aos preconceitos

sociais e, em especial, ao preconceito linguístico. C) neutralizar as diferenças linguísticas entre os estudantes, a fim de que eles se aproximem tanto quanto

possível do registro padrão da língua. D) potencializar a variação da língua, estimulando trocas linguísticas e culturais entre os estudantes. E) promover reflexões sobre os usos da língua, fazendo com que os estudantes aprimorem sua competência

comunicativa.

10. Trabalhar com o ensino de Língua Portuguesa é muito mais do que relacionar o que é certo e o que é

errado: é compreender seu funcionamento hoje, e no passado, em um processo dinâmico de capacitação dos alunos para a produção de textos orais e escritos os mais variados. Falamos do aprimoramento de uma habilidade a servi-los tanto na eficiente concatenação de tópicos para uma atividade em sala de aula quanto para uma reunião de negócios com seus futuros empregos; tanto para a redação em um vestibular que venham prestar quanto para a elaboração de relatórios técnicos em suas profissões vindouras. Falamos do aprimoramento que, pouco a pouco, conduz o alunado à formação de seu próprio estilo de escrever cartas, diários, páginas eletrônicas.

Trabalhar com o ensino da língua é, ainda, capacitação desses mesmos alunos para a decodificação de sentidos em estruturas mais complexas, comuns em gêneros textuais mais eruditos. Esse é o caso, por exemplo, da erudição do léxico e da sintaxe em textos jurídicos, não conseguir minimamente entender seu conteúdo pode atrapalhar, em algum momento, de alguma forma sua vida. Numa realidade mais imediata à vida dos alunos, essa capacitação se aplica na compreensão de textos de outras épocas com os quais entram em contato em sala de aula quando estudam os séculos de produção literária. Estudar um texto do barroco brasileiro envolve, entre outras coisas, ter de compreender textos do século XVII, assim como ler uma obra do romantismo leva-nos ao contato com os textos do século XIX. Evidentemente, nesses textos, nem toda diferença em relação à linguagem escrita atual se explica pelo estilo de cada autor, e sim pela mudança natural por que qualquer língua passa com o tempo.

(BARBOSA, Afrânio Gonçalves. In: VIEIRA, Silvia Rodrigues; BRANDÃO, Silvia Figueiredo. Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2009. p. 31-2.)

Em sua reflexão, Afrânio Gonçalves compreende que o ensino da língua deve estar centrado no trabalho com:

A) a correção gramatical, que é a base para o bom domínio do idioma. B) a variação linguística, que é o fenômeno mais relevante de uma língua. C) os textos, na dimensão da escrita e da interpretação. D) a nomenclatura gramatical, nas dimensões morfológica e sintática. E) o léxico, na dimensão das relações entre sentido e cultura.

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11. Juntamente com o português europeu que chega ao Brasil em 1500, e nos séculos subsequentes, e que com os luso-descendentes brancos perfazem no período colonial uma base média de 30% da população brasileira nos três séculos de colonização, juntamente com as línguas gerais indígenas que aqui se formaram, é a população africana e os afro-descendentes o outro conjunto de falantes que importa considerar ao se observar a dinâmica do multilinguismo/multidialetalismo do Brasil colonial.

Tentarei argumentar em favor de um ponto de vista segundo o qual teria sido essa significativa parcela de africanos e afro-brasileiros da população colonial o agente principal de difusão do que estou designando de português geral brasileiro, antecedente histórico do chamado português popular brasileiro.

(MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Ensaios para uma sócio-história do português brasileiro.

São Paulo: Parábola, 2004. p. 82.)

Na percepção de Rosa Virginia Mattos e Silva, o português popular brasileiro é: A) derivado da dinâmica do português europeu, que, como toda e qualquer língua, sempre apresentou um

tendência interna à mudança. B) resultado dos contatos linguísticos ocorridos nos dois primeiros séculos da colonização, especialmente

entre a língua europeia e as línguas indígenas. C) produto de transmissão irregular e das condições precárias – ou inexistentes – dos processos de

escolarização no Brasil Colonial. D) fruto do processo histórico e dos efeitos da escravidão, os quais promoveram a disseminação dos usos

linguísticos do chamado português geral brasileiro. E) efeito do aprimoramento dos usos linguísticos da língua geral, que, por meio dos indígenas e dos africanos,

somou-se à língua europeia na construção da realidade multilíngue que sempre caracterizou o território brasileiro.

12. O e-mail remonta aos inícios dos anos 70, portanto, é uma forma de comunicação que tem hoje pouco

mais de 30 anos. [...] Populariza-se apenas nos anos 80 para assumir a feição atual em meados dos anos 90. Surgiu casualmente nos computadores do Departamento de Defesa dos EUA (ARPANET). Durante quase uma década não tinha mais do que algumas linhas e, embora sua emissão fosse relativamente rápida, a recepção era muito lenta. Foi grandemente aperfeiçoado e vem sendo extremamente utilizado, tendo sido vaticinado como “o fim dos correios tradicionais” e das cartas escritas. Contudo, isso não se verificou, assim como os e-livros (livros eletrônicos) não representam a menor ameaça aos livros impressos. Isto se deu também com o surgimento do telefone que parecia ser o coveiro dos correios. No entanto, pouco mudou nesse particular, assim como a televisão não suplantou o rádio. Em comunicação, parece que as tecnologias mais colaboram que competem.

(MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: ____. Hipertexto e gêneros digitais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. p. 39.)

A partir da caracterização do gênero e-mail, Luiz Antônio Marcuschi defende que a relação entre as tecnologias é marcada por uma lógica de: A) coexistência, já que gêneros mais atuais não conseguiram substituir gêneros mais tradicionais. B) competição, uma vez que livros eletrônicos e livros impressos disputam a preferência de leitores e

consumidores. C) hierarquia, pois as tecnologias digitais se mostram superiores às outras formas de comunicação. D) complementação, porque as tecnologias compensam as limitações dos gêneros impressos. E) concorrência, visto que os correios, por exemplo, tiverem de mudar de função social com a popularização

do telefone.

13. Uma derivação do mito da língua “primitiva” é a ideia de que as pessoas que não têm educação formal e não se valem das formas linguísticas padronizadas e prescritas pela gramática tradicional falam “tudo errado”. Assim como os europeus se consideravam superiores aos negros, aos índios, aos polinésios, aos aborígenes australianos etc., também muitas pessoas das camadas dominantes da sociedade consideram que os pobres, analfabetos, os habitantes da zona rural (e, em alguns lugares, as mulheres, os jovens, os judeus, os imigrantes etc.) não sabem falar, têm vocabulário pobre e são incapazes de raciocínio lógico. É a expressão mais clara e vigorosa do preconceito linguístico, conjunto de ideias que se manifesta concretamente na discriminação pela linguagem.

Como já repeti várias vezes, esse preconceito foi e (infelizmente) continua sendo transmitido e preservado pela pedagogia tradicional de língua. Muitas e muitas pessoas abandonam os estudos porque ficam traumatizadas ao entrar na escola e, logo em seus primeiros contatos com o mundo escolar, ser alvo de discriminação, de deboche, de piada por causa de seu jeito de falar – discriminação praticada não só pelos colegas, mas também por muitas professoras e muitos professores.

(BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2011. p. 96.)

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No texto, o autor discute questões relacionadas àquilo que chama “preconceito linguístico”. Em sua concepção, esse fenômeno: A) está generalizado na sociedade brasileira, especialmente entre os grupos mais cultos. B) deve ser combatido por formadores de opinião e profissionais da educação. C) segue a lógica de tantos outros preconceitos, decorrendo da tendência social de inferiorização do diferente. D) nasce de concepções tradicionais e conservadoras no ensino de gramática. E) diz respeito especificamente a questões internas da linguagem, limitando-se aos julgamentos sociais em

torno do “bem falar”. 14.

(Disponível em <http://sopadeletrasunip.blogspot.com.br/2012/10/pluralidade-cultural-pluralidade.html>. Acesso em: 06 abr. 2014)

O olhar da professora sobre o falar de Chico Bento é representativo do modo como, socialmente, certos usos de linguagem são percebidos. Na cena em questão, a pergunta “Isso é lá português que se fale?” evidencia uma postura de:

A) acolhimento à diversidade linguística. B) compreensão da potência da heterogeneidade para a história das línguas. C) reflexão sobre os valores sociais dos usos de linguagem. D) respeito à variedade linguística característica da região do outro falante. E) imposição de uma norma de prestígio sobre uma norma estigmatizada.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 10

15. O texto abaixo é parte de uma entrevista de Marcos Bagno, professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília.

Um dos pontos centrais da sua gramática é a proposta de que o ensino do idioma nas escolas seja feito a partir da “norma urbana culta real” e não da “norma padrão clássica”. O que constitui a “norma urbana culta” brasileira? A norma padrão clássica se baseia exclusivamente no uso literário, e mesmo assim num uso literário muito restrito, numa literatura consagrada e tradicional que os gramáticos consideram válida para entrar em seu trabalho. As gramáticas de uso tentam primeiro estabelecer um corpus, um material exemplar da língua viva falada e escrita. Quando falamos da norma urbana culta brasileira contemporânea, temos um acervo com mais de cinco mil horas de gravação de língua falada, que serve de base para trabalhos feitos nos últimos 30 ou 40 anos. Em vez de especular como falava Eça de Queirós, verificamos como são as construções das frases do português brasileiro contemporâneo. Podemos fazer o mesmo com a língua escrita. Nessa gramática me vali também de textos de jornal, revistas, artigos acadêmicos, produção escrita literária e não literária. O material mostra que existe um português brasileiro escrito culto, bastante homogêneo no país todo, mas bem diferente da norma padrão que continua sendo veiculada nas escolas pelas gramáticas normativas.

(Disponível em < http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2012/03/24/educacao-tem-grandes-nos-ha-500-anos-diz-marcos-bagno-437358.asp>. Acesso em: 07 jul. 2013.)

A resposta do linguista Marcos Bagno à pergunta sobre “O que constitui a ‘norma urbana culta brasileira’” evidencia:

A) uma postura preconceituosa, que nega a heterogeneidade da língua portuguesa praticada no Brasil. B) uma crítica aos critérios utilizados pelos teóricos para atribuir valores aos textos literários. C) a necessidade de um ensino da língua portuguesa voltado para a análise e aprendizado dos usos

linguísticos dos grandes escritores. D) a necessidade de se incorporar o estudo das práticas de oralidade no ensino do Português. E) a existência de um português brasileiro culto diferente da modalidade padrão, ensinada e repetida em

práticas e atividades escolares.

16.

As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que caracterizam a linguagem oral utilizada por Mônica neste texto é: A) a inversão da ordem dos termos da passagem “Ficou muito legal esse papel de parede que você colocou no

seu quarto!”. B) a acentuação da palavra “quê” em função de sua posição na frase. C) o uso da forma “você” para fazer referência à segunda pessoa do discurso. D) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. E) o uso do termo “onde” para fazer referência a um “lugar”.

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17. Notícias

José Carlos Limeira

Por menos que conte a história Não te esqueço meu povo Se Palmares não vive mais Faremos Palmares de novo Ontem um distinto senhor me disse: – Filho não pense nessas coisas (naturalmente mandei-o à merda)

(Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/literafro/data1/autores/82/textosselecionadosatualizado.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2013.)

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:

A) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da Internet. B) cunho político, pelas escolhas lexicais. C) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. D) espontaneidade, pela predominância de registro informal. E) originalidade, pela recorrência de traços regionais.

18. É importante levar em conta o fato de ter a gramática normativa um objeto bem definido (a língua

exemplar, que é uma variedade “ideal” construída pela tradição culta da comunidade), e por isso mesmo não espelha todas as possibilidades vigentes e correntes do idioma, nas suas variedades regionais sociais e estilísticas.

Aliás, todo estudo sério tem de delimitar seu corpus de aplicação. Daí cometer-se uma injustiça com a gramática normativa quando ela é chamada retrógrada por não agasalhar certos fatos que ocorrem, por exemplo, na variedade popular, ou na familiar ou na regional.

(Revista Língua Portuguesa. Ano 9, num. 100, fev. 2014. p. 25.)

O texto acima defende que a gramática normativa tem um objeto bem definido. Para o autor, esse objeto é: A) retrógrado, pois não acolhe a diversidade de normas da língua. B) específico, por ser representativo de determinada variedade linguística de uma comunidade. C) incompleto, por não agasalhar a variedade popular. D) democrático, por incluir as demandas linguísticas de distintos grupos sociais. E) excludente, por desprezar a tradição culta e as normas familiares ou regionais.

19. O estilo barroco utiliza frequentemente a aproximação de palavras opostas (antítese) como recurso poético. Tal recurso pode ser encontrado também como a essência da imagem:

A)

B)

C)

D)

E)

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20. Carta de Pero Vaz

A terra é mui graciosa, Tão fértil eu nunca vi. A gente vai passear, No chão espeta um caniço, No dia seguinte nasce Bengala de castão de oiro. Tem goiabas, melancias. Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muitos. De plumagens mui vistosas. Tem macaco até demais. Diamantes tem à vontade, Esmeralda é para os trouxas. Reforçai, Senhor, a arca. Cruzados não faltarão, Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora d'aqui.

(Murilo Mendes)

Há, nesse poema, relacionado ao processo de colonização:

A) uma descrição de novo mundo configurando um cenário de paraíso tropical. B) um olhar estrangeiro que definirá os futuros símbolos da nacionalidade brasileira. C) uma revelação para submeter os indígenas ao domínio da fé católica. D) uma crítica aos interesses portugueses de extrair e explorar as riquezas brasileiras. E) uma apresentação compreensível de uma realidade estranha da nova terra.

21. Texto I

“É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida.”

Texto II

“Depois que nos ferir a mão da morte, ou seja neste monte, ou noutra serra, nossos corpos terão, terão a sorte de consumir os dous a mesma terra.”

O texto I é barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão:

A) impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o mundo exterior era projeção do

caos interior do poeta. B) despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de

uso corrente. C) que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo que o poeta assuma posição eminentemente

impessoal. D) em que predominam, diferentemente do Barroco, a antítese, a hipérbole, a conotação poderosa. E) em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a tendência denotativa do Barroco.

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22. Leia a letra da música Casa no Campo de Zé Rodrix e Tavito, consagrada na voz de Elis Regina na década de 70, e conclua:

Casa no Campo

(Zé Rodrix e Tavito)

Eu quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E tenha somente a certeza Dos amigos do peito e nada mais Eu quero uma casa no campo Onde eu possa ficar no tamanho da paz E tenha somente a certeza Dos limites do corpo e nada mais Eu quero carneiros e cabras pastando solenes No meu jardim Eu quero o silêncio das línguas cansadas Eu quero a esperança de óculos E um filho de cuca legal Eu quero plantar e colher com a mão A pimenta e o sal Eu quero uma casa no campo Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé Onde eu possa plantar meus amigos Meus discos e livros E nada mais

A letra da canção faz referência ao estilo:

A) barroco, porque apresenta conflito entre fé e razão e expressões rebuscadas. B) árcade, devido ao cenário, linguagem cotidiana e fuga da realidade. C) romântico, apresentando traços nacionalistas, destacando o indianismo e o folclore. D) quinhentista, exaltando a natureza e buscando a catequização. E) moderno, marcado pela denúncia das agruras da seca e da migração, dos problemas do trabalhador rural,

da miséria, da ignorância. 23. Leia os excertos abaixo, relacionando-os, respectivamente, às gerações e aos poetas representativos. Após as

devidas considerações, marque a opção que associa o estilo a seu respectivo poeta.

A) “Como dormia! Que profundo sono! ... Tinha na mão o ferro do engomado ... Como roncava maviosa e pura! ... Quase caí na rua desmaiado! ...”

3a geração romântica: Castro Alves. A mulher para esse poeta é um ser corporificado. O amor é uma experiência viável, concreta, capaz de trazer tanto a felicidade e o prazer como a dor.

B) “Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos choraste? Não descende covarde do forte; Pois choraste, meu filho não és! Possas tu, descendente maldito De uma tribo de nobres guerreiros, Implorando cruéis forasteiros, Seres presa de vis Aimorés.”

1a geração romântica : Gonçalves Dias. O herói do poema não é apenas um índio, e sim, a representação mais direta do nosso passado medieval com a concepção idealizada do “bom selvagem”. Por isso lhe são atribuídos valores como a honra, a bondade, a coragem, a força, o apego às tradições culturais primitivas de sua raça.

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C) “Boa noite! ... E tu dizes – Boa noite, Mas não mo digas assim por entre beijos ...

Mas não mo digas descobrindo o peito, – Mar de amor onde vagam meus desejos.”

2a geração romântica: Álvares de Azevedo. O eu-lírico observa a mulher amada, sem ter com ela nenhum comprometimento. Trata-se de um comportamento resultante do “modo de amar”, ligado à dúvida e ao prazer reprimido, e cuja saída é a sublimação pela morte.

D) “Vê como ali beijando-se os Amores

Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores!”

Barroco. Gregório de Matos. O eu-lírico faz uso de situações ambivalentes que possibilitam dupla interpretação, além de constatar a fragilidade humana.

E) “O céu deixemos; vês naquele prado

A rosa com razão desvanecida? A açucena por alva presumida? O cravo por galã lisonjeado?

Arcadismo. Tomás Antônio Gonzaga. A natureza é caracterizada de modo positivo pelo eu-lírico, de modo alegre e acolhedor.

24. Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso:

ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. 'Textos guardados acabam cheirando mal', disse Silvia Plath, (...) que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? guardar ou jogar fora?

(Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.) Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:

A) "A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa." B) "Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda." C) "O período de maturação na gaveta é necessário, (...)." D) "Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma." E) "ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho."

25. Os poemas do Romantismo, sobretudo os de Gonçalves Dias e Casimiro de Abreu, revelam uma consciência

altamente positiva do país, expressando uma vertente ufanista da literatura brasileira. Essa postura de valorização da terra origina-se de uma experiência de país novo, “país do futuro”, pleno de esperança e de realizações, ainda maravilhado diante de suas grandiosidades naturais. Além disso, a atitude nativista tem um lastro histórico: a independência do Brasil, ainda recente, por isso este país precisava marcar sua posição diante do antigo colonizador.

(Adélia Bezerra de Menezes, O Poema: Leitores e Leituras)

Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cujos versos correspondem ao que se afirma no texto.

A) “Vontade de beijar os olhos da minha pátria/ De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos.../ Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias/ De minha pátria, de minha pátria sem sapatos e sem meias, pátria minha/ Tão pobrinha!”

B) “Minha terra não tem palmeiras/ E em vez de um mero sabiá,/ Cantam aves invisíveis/ Nas palmeiras que não há. (...) Terra ingrata, ingrato filho,/ Sob os céus da minha terra/ Eu canto a Canção do Exílio.”

C) “Não amo a terra do exílio,/ Sou bom filho,/ Quero a pátria, o meu país, / Quero a terra das mangueiras/ E as palmeiras, / E as palmeiras tão gentis!/ Como a ave dos palmares/ Pelos ares / Fugindo do caçador;/ Eu vivo longe do ninho,/ Sem carinho,/ Sem carinho e sem amor!”

D) “Eu morro sufocado/ em terra estrangeira./ Nossas flores são mais bonitas/ nossas frutas mais gostosas/ mas custam cem mil-réis a dúzia.”

E) “Correi pras bandas do sul./ Debaixo de um céu anil/ encontrareis um gigante deitado:/ Santa Cruz, hoje o Brasil./ Mas um dia o gigante despertou./ Deixou de ser gigante adormecido./ E dele um anão se levantou. /Era um país subdesenvolvido”

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Texto para as questões 26 e 27. Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas literárias do pensamento buscam vestir-se com as cores do país e não há negar que semelhante preocupação é sintoma de vitalidade e abono de futuro. (...) Não há dúvida que uma literatura, sobretudo uma literatura nascente, deve principalmente alimentar-se dos assuntos que lhe oferece a sua região, mas não estabeleçamos doutrinas tão absolutas que a empobreçam. O que se deve exigir do escritor antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço.

(Machado de Assis) 26. No texto, o autor:

A) defende e relativiza, ao mesmo tempo, a importância da temática nacional ou regional. B) defende a ideia de que os temas nacionais devem ser explorados por escritores de qualquer época. C) critica os artistas que tematizam o próprio país sem obter êxito. D) demonstra atitude irônica na passagem “sobretudo uma literatura nascente”. E) considera que os temas nacionais empobrecem a literatura.

27. O primeiro parágrafo do texto poderia ter sido sugerido pela leitura de versos como:

A) Em um castelo doirado

Dorme encantada donzela; Nasceu – e vive dormindo – Dorme tudo junto dela.

B) O pobre leito meu, desfeito ainda, A febre aponta da noturna insônia. Aqui lânguido à noite debati-me Em vãos delírios anelando um beijo...

C) Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais!

D) Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo Tupi.

E) Quando eu morrer... não lancem meu cadáver No fosso de um sombrio cemitério... Odeio o mausoléu que espera o morto Como o viajante desse hotel funéreo.

28.

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A imagem da revista de Chico Bento do autor Mauricio de Sousa reflete como um todo:

A) a literatura de informação, pois descreve a natureza virgem do litoral brasileiro. B) o barroco, pois mostra uma situação antitética entre as personagens. C) o arcadismo, porque apresenta o pastoralismo ligado ao inutiliza truncat. D) o romantismo, apresentando o sentimentalismo apoiado pela bela natureza. E) a literatura dos jesuítas, ilustrando o sentimento cristão da união.

29. Observar, atentamente, a mensagem a seguir:

No que diz respeito às funções da linguagem, percebe-se que predomina no texto a:

A) emotiva, pois visa comover o público em relação ao cotidiano da criança. B) referencial, pois pretende informar o público acerca dos males que acometem os fumantes. C) metalinguística, pois explica os males causados pela fumaça tóxica. D) conativa, pois de modo impactante, flagra a criança recusando-se a alimentar-se ante a presença da

fumaça do cigarro. E) poética, pois os perigos do cigarro são apresentados de modo criativo, inventivo, numa linguagem

inaugural.

Textos para questões 30 e 31.

A importância de conhecermos os estilos de época consiste em nos habilitar a perceber o diálogo que pode ocorrer entre textos de épocas diferentes. Texto I A vez primeira que fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala “Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala...

(Castro Alves)

Texto II A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna

(M. Bandeira)

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30. Os dois textos dialogam através da abordagem da mulher. Observa-se neles que: A) em ambos, a expressão poética é valorizada pelas rimas e ritmos. B) a linguagem erudita valoriza literariamente os dois poemas. C) os dois poetas retratam a mulher igualmente como um ser superior. D) no texto I, o sentimento é mais acentuado, e a mulher sublimada na sua força de sedução. E) nos dois textos, a mulher é destacada na sua expressão de materialidade e erotismo.

31. Os dois textos apresentados se relacionam:

A) pelo contraste de linguagem e tratamento. B) por partirem de temáticas opostas. C) por tratarem a mulher com respeito D) por ausência de erotismo. E) pela ausência do olhar masculino.

32.

Para criticar a possível aprovação de um novo imposto pelos deputados, o cartunista adotou como estratégias

A) polissemia das palavras e onomatopeia. B) traços caricaturais e eufemismo. C) paradoxo e repetição de palavras. D) metonímia e círculo vicioso. E) preterição e prosopopeia.

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33.

Na campanha de conscientização apresentada no folheto, é possível inferir que, ao usar aparelho celular enquanto dirige, o condutor do veículo: A) deve ter, além de coordenação motora, bastante controle emocional. B) causa acidentes mais por inexperiência que por falta de precaução. C) põe em risco tanto a segurança de motoristas quanto a de pedestres. B) precisa redobrar sua atenção, principalmente em perímetros urbanos. C) pode se acidentar sem atingir outras pessoas. Texto para as questões 34 e 35.

Choro

Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça. Juntaram-se na varandinha de uma casa abandonada e ali ficaram chorando valsas, repinicando sambas. E a gente veio se ajuntando, calada, ouvindo. Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça. E em pé na calçada, ou sentados no chão da varanda, ou nos canteiros do jardinzinho, todos ficamos em silêncio ouvindo os negros.

Os que ouviam não batiam palmas nem pediam música nenhuma; ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado vivo e triste da viola.

Só essa música que nos arrasta e prende, nos dá alegria e tristeza, nos leva a outras noites de emoções – e grátis. Ainda há boas coisas grátis, nesta cidade de coisas tão caras e de tanta falta de coisas. Grátis – um favor dos negros.

Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis – sim, só da gente do povo podemos esperar uma coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só o pobre tem tanta riqueza para dar de graça.

(Texto adaptado de BRAGA, Rubem. “Um pé de milho”. 5 ed., Rio de Janeiro: Record, 1993, pp. 104-105.)

34. No texto acima há, do início ao fim, presença de imagens, despertando o sensorial do leitor. Tais sensações

não ocorrem em:

A) “Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça.” B) “... e ali ficaram chorando valsas, repinicando sambas.” C) “Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça.” D) “... ficavam simplesmente bebendo em silêncio aquele choro, o floreio do clarinete, o repinicado vivo e triste

da viola.” E) “Alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis...”

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35. Uma leitura atenta do texto, evidencia que o discurso do cronista Rubem Braga apresenta procedimentos relacionados ora com a descrição, ora com a narração, ora com a dissertação.

A linguagem empregada de forma argumentativa, conforme convém à dissertação, ocorre em: A) “... sim, só da gente do povo podemos esperar uma coisa assim nesta cidade de ganância e de injustiça. Só

o pobre tem tanta riqueza para dar de graça.” B) “Alguém mandou no botequim da esquina trazer cerveja e cachaça.” C) “Os que ouviam não batiam palmas nem pediam música nenhuma;” D) “Juntaram-se na varandinha de uma casa abandonada...” E) “Eram todos negros: uma viola, um clarinete, um pandeiro e uma cabaça.”

36. (ENEM)

A figura é uma adaptação da bandeira nacional. O uso dessa imagem no anúncio tem como principal objetivo:

A) mostrar à população que a Mata Atlântica é mais importante para o país do que a ordem e o progresso. B) criticar a estética da bandeira nacional, que não reflete com exatidão a essência do país que representa. C) informar à população sobre a alteração que a bandeira oficial do país sofrerá. D) alertar a população para o desmatamento da Mata Atlântica e fazer um apelo para que as derrubadas

acabem. E) incentivar as campanhas ambientalistas e ecológicas em defesa da Amazônia.

37. O fragmento a seguir foi extraído do poema “sida”, do poeta português Al Berto. Seu título é a sigla da doença Síndrome de Imuno-Deficiência Adquirida — que no Brasil é designada pelo correspondente em inglês AIDS.

aqueles que têm nome e nos telefonam um dia emagrecem — partem deixam-nos dobrados ao abandono no interior duma dor inútil muda e voraz

Após a leitura atenta, fica evidente que:

A) os versos usam de humor para falar de um tema delicado. B) o trecho trata da impotência humana diante da morte. C) o texto faz uma crítica moralista da podridão humana. D) o poema explora basicamente a decepção amorosa. E) a crítica ao sistema de vida atribulado, dando um caráter moderno do texto.

38. Modos de xingar Biltre! — O quê? — Biltre! Sacripanta! — Traduz isso para português. — Traduzo coisa nenhuma. Além do mais, charro! Onagro! Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior de um Ford de bigode. Quem as proferia era um senhor idoso, terno escuro, fisionomia respeitável, alterada pela indignação. Quem as recebia era um garotão de camisa esporte; dentes clarinhos emergindo da floresta capilar, no interior de um fusca. Desses casos de toda hora: o fusca bateu no Ford. Discussão. Bate-boca. O velho usava o repertório de xingamentos de seu tempo e de sua condição: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco. Os velhos xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres da língua, expressões que castigassem fortemente o adversário (R). “Ladrão”, simplesmente, não convencia. Adotavam-se formas sofisticadas, como “ladravaz”, “ladroaço”. Muitos preferiam “larápio” (R)

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz. Record: Rio de Janeiro, 1997, p. 23-24.)

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A partir da leitura atenta do texto, pode-se afirmar que a função da linguagem predominante no texto é a:

A) emotiva, já que a crônica exprime a subjetividade do cronista, por meio de adjetivos e da 1a pessoa do singular.

B) apelativa, uma vez que o cronista indiretamente pede ao leitor que não use palavras difíceis. C) referencial, visto que conta uma história com objetividade, usando a 3a pessoa e palavras de sentido

denotativo. D) metalinguística, porque reflete sobre o próprio código, no caso, os diferentes usos da língua. E) poética, pois foi escrita pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, preocupado com a construção expressiva

da mensagem. 39. Observe a tira do cartunista Laerte, publicada no jornal Folha de S. Paulo, e a letra da canção “Maracangalha”,

composta pelo baiano Dorival Caymmi em 1956.

Maracangalha

(Dorival Caymmi)

1 Eu vou pra Maracangalha Eu vou! 3 Eu vou de uniforme branco Eu vou! 5 Eu vou de chapéu de palha Eu vou! 7 Eu vou convidar Anália Eu vou! 9 Se Anália não quiser ir Eu vou só! 11 Eu vou só! Eu vou só! 13 Se Anália não quiser ir Eu vou só! 15 Eu vou só! Eu vou só sem Anália 17 Mas eu vou!... Eu vou só!...

Analisando a relação existente entre os dois textos, pode-se afirmar que:

A) há intertextualidade, embora os textos façam referência a fatos diferentes, vivenciados por personagens diferentes.

B) não há intertextualidade, já que os textos foram produzidos em diferentes épocas. C) há intertextualidade, pois os autores dos dois textos partilharam de uma experiência igual e criaram juntos

obras literárias. D) não há intertextualidade porque as épocas diferentes nas quais os textos foram criados descaracterizam a

relação entre eles. E) há intertextualidade haja vista que os textos dialogam entre si e fazem referência às mesmas personagens,

embora produzidos em momentos distintos.

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40. O Cinema Novo foi um importante movimento para a história do cinema brasileiro. Considerando as características da produção dos cineastas que se associaram às ideias do Cinema Novo, assinale o que for correto.

A) De forma antropofágica, o Cinema Novo buscou uma estética universalista, ao enfocar temáticas internacionais com o objetivo de inserir o Brasil no cenário do cinema mundial.

B) Glauber Rocha foi o cineasta mais influentes do Cinema Novo, tornando obscura a participação dos demais integrantes.

C) Uma das principais características do Cinema Novo foi a representação da realidade brasileira, através de uma linguagem adequada à situação da época.

D) O Cinema Novo só foi possível de ser realizado graças aos caros recursos técnicos provenientes da falência dos estúdios cinematográficos de São Paulo e de grande multinacionais.

E) Um dos filmes mais importantes para a estética do Cinema Novo, que contribuiu para o reconhecimento do grupo, foi O Auto da Compadecida, dirigido por Guel Arraes.

41.

Zefa, chegou o inverno! Formigas de asas e tanajuras! Chegou o inverno! Lama e mais lama! Chuva e mais chuva, Zefa! Vai nascer tudo, Zefa! Vai haver verde, verde do bom; verde nos galhos, verde na terra, verde em ti, Zefa! Que eu quero bem! Formigas de asas e tanajuras! O rio cheio, barrigas cheias, mulheres cheias, Zefa! ..................................

trovão, corisco terras caídas, corgos [córregos] gemendo, os caborés piando, Zefa! Os cururus [sapos] cantando, Zefa! Dentro da nossa casa de palha: carne de sol chia nas brasas, farinha d’água, café, cigarro, cachaça, Zefa... ... rede gemendo... Tempo gostoso! Vai nascer tudo!

Nos versos em negrito encontramos a gradação, isto é, a exposição de uma sequência de ideias, neste caso, crescente. Este recurso da linguagem permitiu a Jorge de Lima destacar:

A) a força das águas que traz, ao mesmo tempo, alegria e destruição. B) o fim dos trabalhos na lavoura e o momento de, enfim, descansar. C) a cor dos frutos que já pendem das árvores prontos para amadurecer. D) a chegada de uma época de abundância vinda com o inverno. E) a surpresa do eu-lírico com a paisagem até então desconhecida.

42. Texto

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe o grito que um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(MELO, João Cabral de. In: “Poesias Completas”. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979.)

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Nos versos:

“E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldoe” tem-se exemplo de:

A) eufemismo B) antítese C) aliteração D) silepse E) sinestesia

43.

Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, para pensar um belo pensamento e pousá-lo no vento! Quem tivesse um amor – longe, certo e impossível – para se ver chorando, e gostar de chorar, e adormecer de lágrimas e luar! Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas, partisse por nuvens, dormente e acordado, levitando apenas, pelo amor levado... Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula, sem antes nem depois: verdade e alegoria... Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? Quem teria?)

(Meireles, C. Os melhores poemas de Cecília Meireles. 5ed. São Paulo: Global, 1993. p 68.)

Paradoxo é um recurso semântico por meio do qual se relacionam expressões antônimas com a finalidade de tentar conciliar conceitos contraditórios. Dentre os exemplos do texto, constitui um paradoxo o verso:

A) “para pensar um belo pensamento” (v. 2). B) “para se ver chorando, e gostar de chorar,” (v. 5). C) “e adormecer de lágrimas e luar” (v. 6). D) “Quem tivesse um amor sem dúvida nem mácula,” (v. 10). E) “sem antes nem depois: verdade e alegoria...” (v. 11).

44.

P E R I G O

Árvore ameaça cair em Praça do Jardim Independência Um perigo iminente ameaça a segurança dos moradores da Rua Tonon Martins, no Jardim Independência. Uma árvore, com cerca de 35 metros de altura, que fica na Praça Conselheiro da Luz, ameaça cair a qualquer momento. Ela foi atingida, no final de novembro do ano passado, por um raio e, desde este dia, apodreceu e morreu, a árvore, de grande porte, é do tipo Cambuí e está muito próxima à rede de iluminação pública e das residências. “O perigo são as crianças que brincam no local”, diz Sérgio Marcatti, presidente da associação do bairro.

(Juliana Vieira, Jornal Integração, 16 a 31 de agosto de 1996.)

Sobre a fala de Sérgio Marcatti, pode-se afirmar que:

A) é suficientemente clara e permite apenas uma interpretação. B) possui caráter polissêmico, pois o termo “perigo” admite dupla leitura. C) admite mais de uma interpretação por causa da ambiguidade do termo “brincam”. D) admite um único entendimento, pois somente as crianças brincavam no local. E) possui uma ambiguidade, pois o “perigo” está na possibilidade da queda da árvore, e não na presença das

crianças.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 23

45.

A conversa entre Mafalda e seus amigos:

A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições

divergentes. D) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias. E) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

46. Dois irmãos, Joana e Bruno, saem de casa juntos para ir à escola. Joana pensa estar atrasada e sai correndo.

Sentindo-se cansada, a partir de determinado instante, continua o trajeto caminhando. Bruno sai caminhando e, ao aproximar-se da escola, em determinado momento, começa a correr. Considere que os dois irmãos quando correm ou caminham, o fazem com velocidade constante.

Dentre os gráficos a seguir,

(Disponível em: www.penta.ufrgs.br. Acesso em: 23 jun. 2010. Adaptado.)

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SARTRE COC — Simulado ENEM 24

O que melhor representa a distância percorrida desde a sua casa até a escola, durante o tempo de percurso de:

A) Joana, é o gráfico 4. B) Bruno, é o gráfico 1. C) Joana, é o gráfico 3. D) Bruno, é o gráfico 2. E) Joana, é o gráfico 5.

47. A Copa do Mundo da África do Sul registrou a pior média de gols em uma primeira rodada dentre todos os

mundiais que tiveram primeira rodada já realizados. Foram marcados apenas 25 gols em 16 jogos.

O gráfico a seguir mostra a evolução da média de gols, na primeira rodada, nos mundiais de 1990 a 2010.

De acordo com o gráfico, para que a média de gols na primeira rodada da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, seja aproximadamente a mesma de 2002, a média registrada em 2010 deverá ter um aumento de:

A) 30% B) 40% C) 60% D) 80% E) 100%

48. Em uma festa com n pessoas, em um dado instante, 31 mulheres se retiraram e

restaram convidados na razão de 2 homens para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 homens se retiraram e restaram, a seguir, convidados na razão de 3 mulheres para cada homem. O número n de pessoas presentes inicialmente na festa era igual a:

A) 100 B) 105 C) 115 D) 130 E) 135

49. Doenças como o diabetes, hipertensão e osteoporose, quando diagnosticadas juntas, podem gerar no paciente

a necessidade de consumo de diversos medicamentos. A desorganização para saber qual remédio deve ser tomado, a que horas, e em que intervalo, pode gerar grandes problemas para a manutenção dos padrões e níveis saudáveis do indivíduo. Um paciente deve tomar três medicamentos distintos, em intervalos de 120 min, 150 min e 200 min respectivamente. Se esse paciente tomou os três medicamentos às 07:00, então deverá voltar a tomar os três, ao mesmo tempo, às:

A) 17:00 B) 16:30 C) 15:00 D) 12:50 E) 10:00

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SARTRE COC — Simulado ENEM 25

50. A dengue é uma doença de notificação compulsória, ou seja, tem de ser contada. Pacientes com suspeita de dengue devem fazer exames sorológicos. Quando uma região está em epidemia, basta o diagnóstico clínico para que o caso seja contado como positivo.

Os dados apresentados acima mostram que, nos primeiros seis meses de 2010, considerando apenas os estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, o valor médio do número de notificações da dengue é:

A) inferior a 85.000 casos. B) superior a 85.000 casos, mas inferior a 95.000 casos. C) superior a 95.000 casos, mas inferior a 105.000 casos. D) superior a 105.000 casos, mas inferior a 115.000 casos. E) superior a 115.000 casos.

51.

Mitsubishi: Poucas pessoas percebem, mais o símbolo da Mitsubishi é uma figura composta por três diamantes, que refletem o nome da marca. Mitsu, significa três, Hichi (é Hichi mesmo, depois veio a ser Bichi.) significa “rhombus”, que é um quadrilátero de quatro lados iguais, chamado também de diamante. O logotipo reflete preciosidade e resistência de seus carros.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 26

Os rhombus da marca são formados por dois triângulos equiláteros congruentes, cujas alturas valem 6 cm,

logo a área total do símbolo da mitsubishi em cm², considerando 7,13 ≅ , é:

A) 122,4 B) 120,3 C) 100,6 D) 124,6 E) 123,4

52. Um fazendeiro possuía um terreno no formato de um triangulo equilátero com lado medindo 6 km e comprou do

vizinho mais uma área triangular isósceles cuja base mede 4 km, de acordo com a figura abaixo.

O nova área adquirida pelo fazendeiro vale em km²:

A) 26

B) 24 C) 12 D) 10

E) 28 53.

Um economista foi fazer uma análise das propostas oferecidas por um determinado banco a seus correntistas para quitação de possíveis empréstimos. A taxa anual de juros simples ou compostos utilizada pelo banco para a quitação de empréstimos é de 12% ao ano. A melhor proposta verificada pelo economista, se o correntista tiver o valor para quitar a dívida em 4 meses, é:

A) a quitação da dívida em 5 meses a juros simples. B) a quitação da dívida em 5 meses a juros compostos. C) a quitação da dívida em 15 meses a juros simples. D) a quitação da dívida em 15 meses a juros compostos. E) a quitação da dívida em 12 meses a juros simples.

54. Seja S a região do plano cartesiano ortogonal cujos pontos satisfazem o seguinte sistema:

−≥

−≤

≤≤−

1y

xy

0x3

A área da superfície S, em unidades de superfície, é:

A) 7,5 B) 7,0 C) 6,5 D) 6,0 E) 5,5

6 km 4 km

Cansado de Pagar Juros?

Consulte o nosso gerente.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 27

55. Um determinado estado da União tomou um empréstimo de 1 bilhão junto ao BNDES, a ser pago em 2 anos, considerando a taxa de juros de compostos de 10% ao ano. No momento de quitar a dívida, a mesma foi renegociada por mais 12 meses, à taxa de 1% ao semestre. A taxa de juros efetiva para toda a operação é igual a: A) 10,2% B) 11,22% C) 21,2% D) 22,21% E) 23%

56. Todo aluno passa por um processo de avaliação constante durante o período escolar. Em uma prova com duas questões foi dada a uma classe de

quarenta alunos. Dez alunos acertaram as duas questões, vinte e cinco acertaram a primeira questão e vinte acertaram a segunda questão. O número de alunos que erraram as duas questões é de:

A) 0 B) 3 C) 5 D) 8 E) 12

57. Qual é a origem da pizza?

Seus criadores foram mesmo os italianos. Mas existem várias hipóteses para explicar a chegada do ancestral da pizza à Itália. A principal delas conta que, três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola. Só que o pão deles era parecido com o pão sírio, redondo e chato como um disco. A mistura também foi adotada pelos turcos, que preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco. "Durante as Cruzadas, no século XI, o pão turco foi levado para o porto italiano de Nápoles", conta o sociólogo Gabriel Bollaffi, da USP. Os napolitanos tomaram gosto pelo petisco e foram aperfeiçoando-o com trigo de boa qualidade para a massa e coberturas variadas, especialmente queijo. Nascia, então, a pizza quase como a conhecemos hoje. Faltava só o tomate, introduzido na Itália no século XVI, vindo da América, e incorporado como ingrediente tão básico quanto o queijo.

Um pai ao conversar com seu filho sobre números racionais aproveitou que estava numa pizzaria e disse a seu filho que já tinha comido o equivalente a 0,333... da pizza e ele 0,444... da mesma pizza. A parte da pizza que ainda faltava ser comida é de:

A) 7/9 B) 3/8 C) 4/9 D) 2/3 E) 2/9

58. (UFV-MG) Os pares ordenados (1,2), (2,6), (3,7), (4,8) e (1,9) pertencem ao produto cartesiano A X B. Sabendo que A X B tem 20 elementos, é correto afirmar que a soma dos elementos de A é: A) 9 B) 11 C) 10 D) 12 E) 15

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SARTRE COC — Simulado ENEM 28

59. Geração da poluição A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e diesel). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil. Mais uma cidade chinesa, Hangzhou, decidiu limitar a compra de automóveis, um luxo até há pouco tempo inacessível, mas que nos últimos três anos se tornou grande fonte de poluição e um quebra-cabeças urbano . Notícias como esta são mais do que comuns no nosso dia a dia. Se cada litro de gasolina contém, em média, de 0,1 a 0,4 g de chumbo. Admitindo-se que o consumo médio de gasolina de um carro seja de 20000 a 24000 litros, a quantidade de chumbo em toneladas produzida por 3500000 carros de uma grande metrópole ficará entre: A) 1 milhão e 2 milhões B) 2 milhões e 3 milhões C) 4 milhões e 5 milhões D) 5 milhões e 6 milhões E) 7 milhões e 33,6 milhões

60. “O regime composto de capitalização é, na verdade, uma forma adequada de representar matematicamente o

que a vida nos ensina todos os dias. Aquilo que você conquista hoje pode e deve ser usado para que você conquiste mais coisas amanhã.”

(Publicado pelo Consultor de Gestão Financeira Empresarial Tibério Rocha Junior em 07/11/2013, disponível em: www.dinheirama.com)

Um investimento rende juros mensais com taxa de 2%, com capitalização composta. Ao final de 3 meses, o percentual de juros, em relação ao capital inicial aplicado, é mais próximo de: A) 6,00% B) 6,08% C) 6,12% D) 6,18% E) 6,24%

61. Uma aplicação de R$ 12 000,00 resultou, em 4 meses, no montante de R$ 13 920,00. A taxa mensal de juros

simples que permitiu esse resultado foi A) igual a 3%. B) igual a 3,5%. C) igual a 4%. D) igual a 5%. E) igual a 5,5%.

62. Medição de ângulos

O mecânico tem necessidade de medir ou verificar ângulos nas peças que executa, afim de usinar ou preparar determinadas superfícies com rigor indicado pelos desenhos. O instrumento que é usado para medir ou verificar ângulo é chamado GONIÔMETRO ou TRANSFERIDOR. A unidade de medida para os ângulos obtém-se dividindo uma circunferência em 360 partes iguais. A unidade de medida é o ângulo, que é representado com o numero correspondente e um pequeno zero colocado acima à direita desse número. Exemplo: 1o (um grau) 25o (vinte e cinco graus).

(Extraído de http://mvsoldas.blogspot.com.br/2011/01/medicao-de-angulos.html. Data de acesso: 26/03/2014.)

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SARTRE COC — Simulado ENEM 29

O quádruplo do complemento de um ângulo excede o suplemento da terça parte desse ângulo em 25°. A medida desse ângulo, em graus, é aproximadamente:

A) 43,53 B) 42,27 C) 41,33 D) 44, 62 E) 40, 55

63. Para a preparação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, a prefeitura está investindo muito dinheiro, principalmente no que diz respeito à mobilidade urbana. O projeto do metrô prevê a ampliação da linha 1, que acrescentará mais 6 estações no trajeto entre Ipanema e Barra da Tijuca e facilitará ainda mais o deslocamento dentro da cidade. Com 14 quilômetros de extensão, a ampliação do metrô do Rio poderá transportar mais 230 mil passageiros por dia e está prevista para ser concluída em dezembro de 2015.

(Extraído de http://www.rio2016.com/. Data de acesso: 26/03/2014.)

A figura abaixo representa duas ruas principais e paralelas do bairro de Ipanema, cortadas por duas outras ruas transversais a elas. Assim, a medida do ângulo x é: A) 123° B) 137° C) 145° D) 154° E) 148°

64. Tales de Mileto (em grego antigo: Θαλῆς ὁ Μιλήσιος) foi um filósofo da Grécia Antiga, o

primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. De ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 623 a.C. ou 624 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 a.C. ou 558 a.C..

(Extraído de http://pt.wikipedia.org/. Data de acesso: 26/03/2014.)

Considerando o feixe de paralelas abaixo, e sabendo que m + n + p = 20,5 cm, o valor de n é igual a: A) 3,625 B) 4,25 C) 3,125 D) 4,125 E) 3,55

65. O circuito triangular de uma corrida está esquematizado na figura a seguir.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 30

Rua km3TS = Rua km2PQ =

Rua km3SQ = Rua km4QR =

As ruas TP e SQ são paralelas. Partindo de R, cada corredor deve percorrer o circuito sucessivamente por R, Q, P, T e retornando, finalmente, a S. Assinale a opção que indica o perímetro do circuito. A) 4,5 km B) 13,5 km C) 20,0 km D) 22,5 km E) 24,0 km

66. Se em um painel retangular foi afixado um cartaz de formato triangular, como mostra a figura, a área S

ocupado pelo cartaz é igual a:

A) 2m

2

35

B) 10 m2 C) 5 m2

D) 2m310

E) 2m35

67. Uma empresa, ao construir uma linha férrea, acaba por deparar-se com uma nascente de água e seu curso

será alterado para garantir um custo menor de construção (figuras 1 e 2).

Sabe-se que o aumento do custo de construção depende da diferença entre a distância efetiva de construção (soma das distâncias dos segmentos AC e BC) e a distância inicialmente planejada (medida do segmento AB). O valor encontrado pela construtora nessa diferença de percurso, em km, é:

A) )13(5 −

B) )32(5 −

C) )13(10 −

D) )32(10 −

E) )33(10 −

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SARTRE COC — Simulado ENEM 31

68. Na matemática da Teoria dos Nós, um entrelaçamento Brunniano é uma trama de ligação entre três ou mais elementos geométricos que se separam caso um desses elementos seja removido. O adjetivo deriva do artigo Über Verkettung (Sobre entrelaçamento), escrito em 1892 pelo matemático alemão Hermann Brunn. O nó borromeano é um caso particular, onde o entrelaçamento é de três elementos circulares (extrema direita da figura abaixo). Os anéis de Borroméas constituem um enlace de três componentes. Veja duas de suas representações, onde usamos uma cor para cada componente.

Na teoria dos conjuntos, podemos representar a parte hachurada da figura 1 por: A) A U B B) (A U B) – C C) (A ∩ B) – C D) (A ∩ C) – B E) (B ∩ C) – A

69. O Stomachion, também conhecido como Caixa de Arquimedes, é um dos mais antigos quebra-cabeças

geométricos que se conhece e sua invenção é atribuída a Arquimedes, sábio grego que viveu em Siracusa, Sicília, no século III a. C.. É constituído de 14 peças poligonais que formam um quadrado como o representado na figura 1.

Suponha que na figura 2 o encontro das diagonais BD e AC sejam na origem do plano cartesiano, o simétrico do ponto H em relação à segunda bissetriz é: A) H¹(0, –3) B) H¹ (–3, –3) C) H¹(–3, 0) D) H¹(3, 0) E) H¹(0, 0)

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70. O gráfico de setores a seguir representa o resultado de uma pesquisa feita em uma empresa para saber o número de filhos por funcionários. A empresa conta com 1.000 funcionários pais.

A partir dessa informação, pode-se dizer que: A) 250 funcionários têm exatamente 3 filhos cada um. B) a moda do número de filhos é 1. C) a mediana do número de filhos é 1. D) 200 funcionários têm exatamente 2 filhos cada. E) o número de funcionários que têm mais de 4 filhos é igual ao número de funcionários que têm exatamente 4

filhos. 71. Leia o texto a seguir.

O primeiro shopping inaugurado no Brasil, em 1966, foi o Iguatemi, em São Paulo. Desde então, o setor brasileiro de shopping centers apresenta um notável crescimento em termos de Área Bruta Locável (ABL), faturamento e empregos gerados. A tabela a seguir apresenta o crescimento da ABL em shopping centers no Brasil, no período de 2005 a 2010.

Shopping centers Brasil 2010

Ano ABL (milhões m2)

2005 6,5

2006 7,5

2007 8,3

2008 8,6

2009 9,1

2010 9,5

Disponível em: http://www.portaldosshopping.com.br. Acesso em: 10 jun. de 2011.

De acordo com os dados da tabela, para o período considerado, o valor médio da ABL, em milhões de metros quadrados, é igual a:

A) 6,75 B) 7,25 C) 7,75 D) 8,25 E) 8,75

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SARTRE COC — Simulado ENEM 33

72. O gráfico abaixo apresenta a distribuição salarial dos funcionários de uma empresa.

No quadro a seguir, temos indicadas a pretensão salarial de cada um dos cinco candidatos selecionados para a função de gerente administrativo a ser contratado pela empresa.

Candidato Pretensão salarial

(em reais) A 6.000

B 6.200

C 6.500

D 6.800

E 7.000

Considere que apenas um desses candidatos será contratado e ainda a determinação da diretoria dessa empresa para que o valor da nova média salarial após a contratação seja R$ 1.200,00. Nessas condições, será contratado o candidato:

A) A B) B C) C D) D E) E

73. O gráfico a seguir mostra o faturamento do setor de eletroeletrônicos (linhas branca, marrom e equipamentos

portáteis), em bilhões de reais, a partir de 2008.

A partir da análise do gráfico, é correto afirmar que:

A) o faturamento de 2009 supera, em aproximadamente 9%, o faturamento de 2008. B) uma vez confirmadas as projeções, o faturamento terá se mostrado sempre crescente no período 2008-2013. C) o faturamento mínimo ocorreu em 2008. D) o faturamento previsto para 2011 vai superar o de 2010 em, aproximadamente, 10%. E) espera-se em 2013 um faturamento superior ao de 2012 em, aproximadamente, 3%.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 34

74. Sendo os conjuntos finitos A, B e C representados na figura abaixo, a região pintada está representada por: A) A U B U C B) A – (B U C) C) B – (A U C) D) A ∩ B ∩ C E) (A ∩ B) U (A ∩ C)

75. Se A = {x ∈ R/x < 1}, B = {x ∈ R/– 1 < x ≤ 3} e C = {x ∈ R/x ≥ 0}, então o conjunto que representa (A ∩ B) – C é:

A) {x ∈ R / – 1 < x < 0}

B) {x ∈ R / – 1 < x ≤ 0}

C) {x ∈ R / – 1 < x < 1}

D) {x ∈ R / x ≤ 3}

E) {x ∈ R / x > – 1} 76. (UEL-PR) Sejam os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {2, 8, 9} e a relação R, de A em B, definida por R = {(x, y)

∈ A X B / x é divisor de y}. Nestas condições, R é o conjunto: A) {(0, 2), (0, 8), (0, 9), (1, 2), (1, 8), (1, 9), (2, 2), (2, 8), (3, 9), (4, 8)}. B) {(1, 2), (1, 8), (1, 9), (2, 2), (2, 8), (3, 9), (4, 8)}. C) {(2, 1), (2, 2), (8, 1), (8, 2), (8, 4), (9, 1), (9, 3)}. D) {(0, 2), (0, 8), (0, 9), (2, 2)}. E) {(2, 0), (2, 2), (2, 4)}.

77. Em abril um determinado brinquedo custava R$ 50,00. Devido a queda das vendas sofreu uma redução de 10%, mantendo-se este valor até novembro. Com o aquecimento das vendas de natal, houve um aumento de 20%. O brinquedo passou a ser comercializado por:

A) 54 reais B) 55 reais C) 56 reais D) 57 reais E) 58 reais

78. A marca de uma empresa fabricante de sucos é formada por um triângulo. A depender da quantidade de suco

em uma embalagem, as caixinhas que contém o produto mudam de tamanho e, consequentemente, a marca da empresa também, sempre de forma proporcional. Considere que um tipo de caixinha tenha essa marca com os seus lados medindo 1,5 cm, 2,5 cm e 3 cm, enquanto que uma outra, tenha a marca da empresa com um perímetro de 21 cm. Dessa forma, o menor lado da marca da segunda caixinha tem: A) 7,5 cm B) 9 cm C) 3 cm D) 1,5 cm E) 4,5 cm

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SARTRE COC — Simulado ENEM 35

79. Em virtude das especulações do comércio sobre o aumento das vendas no período pré-Copa do Mundo, o dono de uma empresa de material esportivo resolveu aumentar o preço da camisa da Seleção Brasileira em 20%. Porém, preocupado com algumas notícias sobre atraso de finalização de obras em estádios e as consequentes críticas das FIFA sobre a organização do evento no país, o mesmo empresário decidiu colocar novamente as camisas da Seleção no mesmo preço anterior ao aumento. Assim, a redução no preço atual da camisa canarinho deve ser aproximadamente de: A) 20% B) 22% C) 17% D) 10% E) 15%

80. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, as indústrias que alterarem as quantidades dos produtos que vendem são obrigadas a informar a mudança ao consumidor, de forma clara e visível na embalagem, por um período mínimo de três meses. O extrato de tomates teve, em sua embalagem tradicional, a quantidade reduzida de 370 g para 350 g e o preço mantido, sem que tal modificação fosse informada ao consumidor. Com base nessas informações, pode-se concluir que o preço de extrato de tomates teve um aumento de, aproximadamente: A) 4,5% B) 5,4% C) 6,2% D) 7,5% E) 8,6%

81.

Sem previsão de desembarcar no Brasil, a atual geração do Citroën C4 hatch vendido na Europa já tem uma reestilização agendada para o fim deste ano. Quem confirmou a informação foi Robin Michelena, diretor regional da PSA Peugeot Citroën na Austrália. Pela lógica, o modelo realmente precisa de uma reestilização meia vida. Afinal, ele foi lançado na Europa há três anos e um tapa no visual poderia ajudar a animar as vendas. Considere que um dos “bumerangues” da marca acima seja representado na figura abaixo, sendo O o incentro do triângulo ABC. Dessa forma, a medida do ângulo x é igual a: A) 60° B) 80° C) 100° D) 75° E) 50°

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SARTRE COC — Simulado ENEM 36

82. (ENEM) Os dados do gráfico seguinte foram gerados a partir de dados colhidos no conjunto de seis regiões metropolitanas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

(Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).)

Supondo que o total de pessoas pesquisadas na região metropolitana de Porto Alegre equivale a 250 000, o número de desempregados em março de 2010, nessa região foi de: A) 24 500 B) 223 000 C) 25 000 D) 227 500 E) 220 500

83. Os tempos realmente são outros. As brincadeiras de crianças como esconde-

esconde, bolinhas de gude, empinar pipa, entre outras, cada vez mais perdem espaço para as “cyber-brincadeiras”, como jogos on-line em computador e videogames. O Playstation e o X-Box são os mais bem quistos pela garotada. Considere que dois dos botões do controle do Playstation sejam representados por um triângulo equilátero de lado 2 cm e um quadrado de diagonal congruente à altura desse triângulo. Dessa forma, o lado do quadrado que estampa esse botão do controle tem:

A) cm2

6

B) cm6

C) cm3

D) cm2

3

E) 1 cm

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SARTRE COC — Simulado ENEM 37

84. (ENEM) A vazão do Rio Tietê, em São Paulo, constitui preocupação constante nos períodos chuvosos. Em alguns trechos, são construídas canaletas para controlar o fluxo de água. Uma dessas canaletas, cujo corte vertical determina a forma de um trapézio isósceles, tem as medidas especificadas na figura I. Neste caso, a vazão da água é de 1.050 m³/s. O cálculo da vazão, Q em m³/s, envolve o produto da área A do setor transversal (por onde passa a água), em m², pela velocidade da água no local, v, em m/s, ou seja, Q = Av.

Planeja-se uma reforma na canaleta, com as dimensões especificadas na figura II, para evitar a ocorrência de enchentes.

Na suposição de que a velocidade da água não se alterará, qual a vazão esperada para depois da reforma na canaleta?

A) 90 m³/s. B) 750 m³/s. C) 1.050 m³/s. D) 1.512 m³/s. E) 2.009 m³/s.

85. (PUC-SP) Estudando a viabilidade de uma campanha de vacinação, os técnicos da Secretaria de Saúde de um município verificaram que o custo da vacinação de x por cento da população local era de, aproximadamente,

( )x400

x300y

= milhares de reais. Nessa expressão, escrevendo-se x em função de y, obtém-se x igual a:

A) 3

4

B) y400

y300

C) y400

y300

+

D) y300

y400

E) y300

y400

+

86. A bandeira de um determinado clube de futebol é formada por um triângulo retângulo de hipotenusa 10 cm e cateto 8 cm. Intrigados com as medidas das três alturas desse triângulo, e sabendo que duas delas são os próprios catetos, o atacante do time resolveu calcular a altura relativa à hipotenusa desse triângulo. Tal altura calculada por esse atacante mede:

A) 6 cm B) 2,4 cm C) 4,8 cm D) 3 cm E) 1,6 cm

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SARTRE COC — Simulado ENEM 38

87. A vista lateral de uma casa do bairro de Periperi, em Salvador, representa um trapézio retângulo de base maior 20 m e base menor 8 m. Se a altura desse trapézio é de 5 m, o perímetro dessa figura plana é, em metros, igual a: A) 41 B) 13 C) 46 D) 51 E) 42

88. Considerando a figura plana no desenho abaixo, é correto afirmar que a região negritada pode ser

representada por:

A) (B – C) U (C – A) B) (A – C) U (B – C) C) (C – B) U (A – C) D) (C – A) U (B – A) E) (C – B) U (C – A)

89. Ano de eleições é um corre-corre para que os políticos consigam a simpatia dos eleitores. São promessas e

promessas e muitas delas até impossíveis de se concretizarem. Suponha que os políticos A, B e C concorram a uma liderança de um certo partido político. Para escolher o líder, cada eleitor votou em apenas dois candidatos de sua preferência. Houve 100 votos para A e B, 80 votos para B e C e 20 votos para A e C. Em consequência: A) venceu A, com 120 votos. B) venceu A, com 140 votos. C) A e B empataram em primeiro lugar. D) venceu B, com 140 votos. E) venceu B, com 180 votos.

90. Durante um programa nacional de imunização contra uma forma virulenta de gripe, representantes do

Ministério da Saúde constataram que o custo de vacinação de "x" por cento da população era de,

aproximadamente, x200

x150)x(f

= milhões de reais. O domínio da função f é:

A) todo número real x. B) todo número real x, exceto os positivos. C) todo número real x, exceto os negativos. D) todo número real x, exceto x = 200. E) todo número real x, exceto x ≥ 200.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 39

RESOLUÇÃO COMENTADA

LINGUAGENS

INGLÊS 01. A. É possível perceber o alto teor de comicidade no texto através das dicas absurdas sobre comportamento no

elevador. 02. E. Can we have enough to eat and a healthy environment, too? O autor questiona se é possível produzir

alimentos (ter o suficiente para comer) e ter um meio ambiente saudável (sem impacto) ao mesmo tempo. 03. B. Dentre os problemas gerados pela falta do sono, são mencionados no texto: heart diseases (doenças

cardíacas) e shortened lifespan (diminuição da expectativa de vida.) 04. B. Na questão das datas relativas ao nascimento de Garfield, há uma cronologia lógica, ou seja, 1978 veio

antes de todos os anos apresentados. 05. B. A única fala que apresenta a tradução toda certa é a letra B. As outras têm sempre algum erro que as

tornam falsas.

ESPANHOL

01. A. Após a leitura do texto se pode chegar à conclusão que haverá dúvidas sobre a autenticidade dos dados publicados em relação à corrida eleitoral.

02. E. A FIFA não levou a sério o potencial do país e a sua importância econômica e notoriedade no mundo. 03. B. Levando em consideração a linguagem não verbal exposta pelo desenho e a linguagem verbal, podemos

concluir que o objetivo da charge é de expor a dificuldade que a escola tem em atrair o interesse dos estudantes pelo conhecimento.

04. B. O texto indica que a cultura não é algo estanque, mas que está em constante mudança. 05. B. O benefício citado no texto está na anulação do aluguel de uma base naval.

PORTUGUÊS

06. C. Almeida discute miséria, desigualdade social, mortalidade infantil, apresentando “impactos linguísticos”

dessas situações. 07. C. No caso específico do texto em estudo, Possenti rasura concepções do senso comum sobre a “Reforma

Ortográfica”, apresentando a perspectiva de que tal reforma é pontual e não afeta a estrutura da língua (que é mais que o código escrito) em profundidade.

08. E. Leia-se: “A dupla negação é um fenômeno geral em português, ou seja, é comum também na escrita, ocorrendo a partícula de negação com outras formas negativas, como nada, ninguém, como acontece também em algumas outras línguas, especialmente românicas”.

09. E. Os falantes, antes da aula de português, já têm regras internalizadas e conhecimento da língua. O papel da escola é descrever e propor reflexões sobre essas regras e usos e trabalhar no sentido de melhorar a performance linguística dos estudantes, aprimorando sua competência comunicativa.

10. C. O objetivo maior do trabalho com o ensino de língua é o texto, na perspectiva da escrita (“Falamos do aprimoramento que, pouco a pouco, conduz o alunado à formação de seu próprio estilo de escrever cartas, diários, páginas eletrônicas”) e da leitura (“Trabalhar com o ensino da língua é, ainda, capacitação desses mesmos alunos para a decodificação de sentidos em estruturas mais complexas, comuns em gêneros textuais mais eruditos”).

11. D. No fragmento em estudo, Mattos e Silva defende que os africanos e os afro-brasileiros foram os principais agentes de difusão do que estou designando de português geral brasileiro, antecedente histórico do chamado português popular brasileiro.

12. A. Leia-se: “Em comunicação, parece que as tecnologias mais colaboram que competem”. 13. C. A exposição do primeiro parágrafo do fragmento justifica o que se afirma na alternativa: “Assim como os

europeus se consideravam superiores aos negros, aos índios, aos polinésios, aos aborígenes australianos etc., também muitas pessoas das camadas dominantes da sociedade consideram que os pobres, analfabetos, os habitantes da zona rural (e, em alguns lugares, as mulheres, os jovens, os judeus, os imigrantes etc.) não sabem falar, têm vocabulário pobre e são incapazes de raciocínio lógico”.

14. E. A postura da professora, o castigo imposto e a tarefa dada no quadrinho seguinte reforçam a ideia de “imposição de uma norma de prestígio sobre uma norma estigmatizada”.

15. E. O autor defende que os materiais das pesquisas linguísticas dos últimos anos e os textos jornalísticos que circulam no país registram usos linguísticos diferentes daqueles impostos pelo padrão gramatical.

16. D. A redução de termos é um evidente traço do registro oral. 17. B. Destaquemos as palavras “história”, “povo”, “Palmares”, “faremos”. 18. B. No dizer do autor, o objeto específico/bem definido da gramática é variedade “ideal” construída pela tradição

culta de uma comunidade. 19. A. O fogo e o gelo (água) representam a antítese no estilo barroco.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 40

20. D. O autor ironiza como o eu-lírico, Pero Vaz de Caminha, apresenta algumas das riquezas do Brasil. Ele descreve, de modo exagerado e irreal, a enorme fertilidade e a riqueza da terra descoberta.

21. B. O Árcade busca o uso de uma linguagem mais clara, com vocabulário mais simples e sem rebuscamento, primando pela simplicidade formal.

22. B. Árcade. Observa-se cenário bucólico com carneiros e cabras pastando; utilização de linguagem simples, cotidiana (“amigos do peito”, “filho de cuca legal”); fuga da realidade das cidades: fugere urbem; marca do carpem diem.

23. B. O canto épico foi extraído de “I-Juca Pirama”, de Gonçalves Dias. O poema narra a história vivida por um índio tupi que cai prisioneiro de uma nação inimiga: os timbiras. O drama do prisioneiro reside nos sentimentos contraditórios provocados por sua prisão: de um lado deseja morrer lutando, como guerreiro corajoso que fora; de outro, deseja viver para cuidar do pai, doente e cego. Nesse excerto, o pai amaldiçoa o filho, por ele ter pedido clemência à tribo inimiga.

24. B. Repare que o escritor vai utilizando metáforas para explicitar a ideia da maturação do texto (gaveta, cesta, adega). Ao falar sobre a cesta de papel, no entanto, há a sugestão do autor que dentre as possibilidades, a da cesta é a melhor, a que garante os melhores resultados, mostrando que as demais não mostram essa segurança.

25. C. O único poema que apresenta características positivas de valorização da terra é o de Casimiro de Abreu. Em A (Vinícius de Moraes), a celebração da pátria inclui características negativas dela; em B (Mário Quintana), D (Murilo Mendes) e E (Carlos Lyra e Francisco de Assis), há ironia e crítica.

26. A. A resposta pode ser verificada no trecho “deve principalmente alimentar-se dos assuntos que lhe oferece a sua região; mas não estabeleçamos doutrinas tão absolutas que a empobreçam”.

27. D. I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, é um dos textos românticos que exaltam a cor local, “as cores do país”, no dizer de Machado, e que evidenciam o tom nacionalista. Os demais textos, cujos temas são lugares-comuns do Romantismo internacional, são de Álvares de Azevedo (A e B), Casimiro de Abreu (C) e Castro Alves (E).

28. D. Como um todo, a imagem demonstra uma idealização do amor, representada pela timidez de Chico Bento e o olhar de Rosinha, expressando o sentimentalismo, além do cenário favorável da bela natureza com o aparente pôr-do-sol.

29. D. A mensagem é centrada no receptor, visando, com isso, combater o tabagismo. 30. D. O poeta-emissor acentua a ideia de impetuosidade do amor através da comparação. 31. A. Os dois textos se relacionam por possuírem contraste no tratamento à mulher. 32. A. A palavra “saúde” está empregada em caráter polissêmico; “tim-tim” configura uma onomatopeia. 33. C. O folheto é constituído por linguagem verbal e não verbal. Observando atentamente ambas as linguagens,

percebe-se que o condutor, ao utilizar o aparelho celular, põe em risco outros condutores e pedestres. 34. E. No trecho “alma grátis, poesia grátis, duas horas de felicidade grátis”, não há presença de imagens. 35. A. Fica notória a presença de argumentação no fragmento indicado. Os demais trechos possuem descrição e

narração, por vezes ao mesmo tempo. 36. D. Está claro que se trata da Mata Atlântica, cujo pedido de ajuda está explícito na bandeira que aparece sem

o verde, culminando com a expressão “Estão tirando o verde de nossa terra”. 37. B. A estrofe retirada do poema demonstra que o autor expressa a tristeza diante do desaparecimento de

amigos, perdidos para a morte. 38. D. Desde o título, a crônica traz uma reflexão sobre a linguagem, caracterizando a função metalinguística: a

linguagem sendo usada para fazer comentários sobre a própria linguagem. 39. E. Os textos dialogam embora tenham sido escritos em épocas diferentes. 40. C. O Cinema Novo assumira uma postura crítica inovadora ao levar a realidade brasileira às telas. 41. D. A gradação (e outras figuras presentes no texto) permitem destacar a chegada do inverno, trazendo

abundância e crescimento. 42. C. Observe que todo o fragmento é construído a partir da repetição de sons, caracterizando a aliteração. 43. B. Perceba que é paradoxal “...se ver chorando” e “gostar de chorar”, pois o choro significa tristeza. 44. E. Sérgio Marcatti quis se referir ao perigo que a queda da árvore representa, entretanto acabou se colocando

de tal forma que deixou o contexto ambíguo. 45. A. A tirinha deixa evidente a dificuldade que as pessoas têm de se entenderem quando pensam de modo

diferente.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 41

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 46. C. Análise de gráfico. 47. D. 1,6 -------------- 100% x = (1,3 . 100) : 1,6 1,3 -------------- x% x = 81,25%, logo aproximadamente. 80% 48. D. n = H + M

66H

64M330H5

3331M330H6H

2

6631M)55H(.3

2

H

)55H(.331M1

3

55H

31M

2

H31M

1

2

31M

H

=

==

=−−=

=−−=

−=−⇒=−

=−⇒=−

Logo, n = 66 + 64 = 130 49. A. 2:00 = 120 min

2:30 = 150 min 3:20 = 200 min MMC(120, 150, 200) = 2³ . 3 . 5² = 600 Logo, os três medicamentos deverão ser tomados juntos 600 min ou 10 horas após às 7h. Portanto, às 17h. 50. D. (203966 + 121270 + 89282 + 77024 + 54481) : 5 = 546023 : 5 = 109204,6. 51. A.

( )

( )

2

2

4122=6420

420=

7112=34=

312=2

3=6

4

334=

2

3=

cm,)TRIÂNGULOS(.,

,A

,.A

A

Ah

l

l

l

52. E.

h2 + 22 = 36 h2 = 32

h = 24

A = 2

24x4

A = 28

Page 42: Simulado ENEM -  linguagens e matemática (27.04.14)

SARTRE COC — Simulado ENEM 42

53. B. Análise gráfica.

Pelo gráfico, observa-se que o montante pago pela dívida em juros simples (Ms) é maior que o montante pago pela dívida em juros compostos.

54. A.

A = 2

h)bB( +

A = 2

3.)14( +

A = 5,72

15=

55. D. Consideremos E o valor do empréstimo tomado pelo estado da união, daí: E . (10 + 10%)2 . (1 + 1%)2

E . 1,12 . 1,012

E . 1,21 . 1,01 E . 1,2221 E . (1 + 0,2221) 22,21% de taxa efetiva para toda a operação. 56. C.

x + 15 + 10 + 10 = 40 x = 40 – 35 x = 5

Juros compostos de 1% ao semestre em 1 semestre.

Juros compostos de 10% em 2 anos.

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SARTRE COC — Simulado ENEM 43

57. E.

0,333... = 9

3

9

7

9

4

9

3=+

0,444... = 9

4

9

2

9

71 =−

58. C. A = {1, 2, 3, 4} e B = { 2, 6, 7, 8, 9} n(A X B ) = 4.5 = 20 1 + 2 + 3 + 4 = 10 59. E. Consumo médio de chumbo por carro e por litro: [0,1; 0,4]. Gasto anual médio de gasolina por carro: [20 000, 24 000]. Produção média de chumbo por carro, por ano: [0, 1 · 20 000; 0, 4 · 24 000] = [2 000; 9 600]. Produção total da frota de carros: [3 500 000 · 2 000, 3 500 000 · 9 600] = [7 000 000 000, 33 600 000 000],

ou seja, entre 7 milhões e 33,6 milhões de toneladas anuais. 60. C.

M = C . (1 + 1%)t

M = C . (1 + 2%)3

M = C . 1,023 M = C . 1,061208 M = C . (1 + 0,061208) 6,1208% de juros o final de 3 meses. 61. C. Js =Mo – C Js = 13920-12000 Js = 1920 Js = C.i%.t 1920 = 12000. i% . 4 i% = 1920/48000 i% = 0,04 ou 4 % 62. B.

°=

°=

°−=+−

°−°=+−

−°=−°

°+−°=−°

27,42x

465x11

465xx12

3602053

xx4

3

x205x4360

25)3

x180()x90(.4

63. D.

x + 26° = 180°

x = 154°

Page 44: Simulado ENEM -  linguagens e matemática (27.04.14)

SARTRE COC — Simulado ENEM 44

64. A.

5,14

5,365,1431

n

pnm ++

=

++

5,14

82

n

5,20=

n = 3,625 65. B.

km5,4x

18x46

4

x

3

=

=→=

DISTÂNCIA TOTAL:

TSPTQPRQ +++

4 + 2 + 4,5 + 3 = 13,5 km 66. E.

S∆ =

2

120sen5x4 °

S∆ =

2

60senx20 °

S∆ =

2

3x10

S∆ = 2

m35

67. E.

km)33(1031030ABBCAC

310AB

300AB

2

1.400500AB

60cos.20.10.22010AB

2

2

2

222

−=−=−+

=

=

−=

°−+=

68. D. 69. C. A simetria em relação a 2a bissetriz acontece trocando a ordem do par e o sinal. Logo H (0,3) é H¹ (− 3,0). 70. B. Como o maior ângulo representa a maior quantidade de filhos, a moda é ter 1 filho. 71. D. (6,5 + 7,5 + 8,3 + 8,6 + 9,1 + 9,5) : 6 = 8,25 72. A. M = (800.24 + 1200.10 + 2000.6) : 40 M = 43 200 : 40 1200. 41 – 43 200 = 49 200 – 43 200 = 6 000 73. E. 16,9 . (1,03) =17,4

Page 45: Simulado ENEM -  linguagens e matemática (27.04.14)

SARTRE COC — Simulado ENEM 45

74. E. 75. A.

{x ∈ IR / − 1 < x < 0} 76. B. 77. A. 50 . (0,9) (1,2) = 54 78. E. Como os triângulos são proporcionais, então são semelhantes. Logo:

cm5,4x

x

5,1

21

7

x

5,1

21

35,25,1

menorlado

menorlado

p2

p2

2

1

2

1

=

=

=

++

=

79. C. Sendo x o valor inicial da camisa, após um aumento de 20%, seu valor passa a ser de x . (1 + 20%) = 1,2x Logo: 1,2x _______ 100% x __________ y 1,2 x . y = 100% . x

y = x.2,1

x%.100 Portanto, a redução deve ser aproximadamente 100% – 83% = 17%

y = %8383,0120

100==

80. B. %59,949459,0370

350==

100% – 94,59% = 5,41% 81. B

Incentro: encontro das bissetrizes a + b + 130° = 180° a + b = 50° (l)

2a + 2b + x = 180° 2.(a + b) + x = 180° (II)

Substituindo (l) em (ll): 2.(50°) + x = 180° x = 80°

82. A. O número de desempregados em março de 2010, na região metropolitana de Porto Alegre, foi de 9,8% de 250 000 e portanto: 9,8% . 2500 000 = 24 500.

83. A.

cm2

6

2

2.

2

3232d

cm32

32

2

3h

444

3

==⇒=⇒=

===

lll

l

Page 46: Simulado ENEM -  linguagens e matemática (27.04.14)

SARTRE COC — Simulado ENEM 46

84. D. 1) A área do trapézio da figura I, em m2, é.

5,625,2.2

2030=

+

2) A área do trapézio da figura II, em m2, é:

902.2

4941=

+

3) Supondo-se que a velocidade da água não se altere, e sendo v a vazão após a reforma, em m3/s, temos:

1512v90

v

5,62

1050=⇔=

85. E.

y

yx

yxyx

xyyxx

xy

+300

400=

400=+300

−400=300→−400

300=

86. C. Como o triângulo é pitagórico, o outro cateto mede 6 cm. Assim: Hip x alt = cat1 x cat2

10 . h = 6,8 H = 4,8 cm

87. C.

m13x

169x

125x222

=

=

+=

2p = 20 + 5 + 8 + 13 = 46 cm

88. E.

89. E. Votos de A: 100 + 20 = 120

Votos de B: 100 + 80 = 180 Votos de C: 80 + 20 = 100

90. D. 200 – x ≠ 0 x ≠ 200