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www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 732 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 29.Set.2012 Distribuído com o Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA Actual Barreiro à espera dos PICAV 5 Actual HS lança tubo inovador 13 Dossier A água que consumimos em cada ano Centrais Deputados do PCP em Santiago para ‘medir’ pulso à A26 POLITICA Dois deputados da bancada parlamentar comunista vão ver ‘in loco’ as consequên- cias da suspensão dos trabalhos da futura A26, que tem deixado os autarcas da região à beira de um ataque de nervos. A seguir à visita está prevista uma audição pública sobre as PPP’s. PÁG. 6 Europeu de patinagem de Grândola deu seis medalhas a Portugal Carlos Sousa e as alternativas à austeridade POLITICA O ex-presidente das câmaras de Palmela e Setúbal, Carlos Sousa, é um dos cabeças do Congresso Democrático das Alternativas que promete romper com as actuais políticas de auste- ridade e com os partidos. PÁG. 11 PÁG. 6 Morrem 200 homens da região todos os anos da próstata Parlamento em Setúbal leva recados sobre gestão das zonas portuárias e da pesca ACTUAL Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, liderou, em Setú- bal, primeira reunião descen- tralizada dos presidentes das comissões parlamentares. Ouviu lamúrias e queixas por parte dos autarcas e do sector das pescas. A líder da AR pro- meteu respostas. ACTUAL O timoneiro da Fundação INATEL, Vitor Ramalho, garantiu em primeira mão ao Semais que não está previsto o despedimento de nenhuma das cerca de três dezenas de cola- boradores que a instituição emprega na região, nomeadamente em Setúbal e na Costa de Ca- parica. Vitor Ramalho, que nos últimos dias tem manifestado publicamente o seu repúdio sobre o anunciado corte de 30 por cento dos apoios estatais ao INATEL, prepara-se para contestar a decisão já tomada pela tutela. REN aposta 200 milhões no alargamento do terminal de Sines + NEGÓCIOS Foi esta semana inagurado, pelo Secretário de Estado da Energia, Artur Trinda- de, o alargamento do Terminal de Gás Natural de Sines, da res- ponsabilidade da REN. A nova plataforma tem capacidade para 150 mil metros cúbicos e vai au- mentar o lançamento de gás na rede em mais 50 por cento. Lídia Sequeira, presidente do Porto de Sines, considera o investimento vital para a recepção de navios de grande porte. PÁG. 12 PÁG. 3 PÁG. 4 PÁG. 2 Anti-stress Magia de Matos em Sesimbra 10 Vítor Ramalho, presidente da Fundação, insurge-se contra cortes do Governo mas garante sustentabilidade Cortes no INATEL não afectam postos de trabalho na região DR DR

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Edição 29 de Setembro

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www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 732 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 29.Set.2012

Distribuído com o

Pub.

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

ActualBarreiroà esperados PICAV

5

ActualHS lançatuboinovador

13

DossierA água que consumimos em cada ano

Centrais

Deputados do PCP em Santiago para ‘medir’ pulso à A26

POLITICA Dois deputados da bancada parlamentar comunista vão ver ‘in loco’ as consequên-cias da suspensão dos trabalhos da futura A26, que tem deixado os autarcas da região à beira de um ataque de nervos. A seguir à visita está prevista uma audição pública sobre as PPP’s. PÁG. 6

Europeu de patinagem de Grândola deu seis medalhas a Portugal

Carlos Sousa e as alternativas à austeridadePOLITICA O ex-presidente das câmaras de Palmela e Setúbal, Carlos Sousa, é um dos cabeças do Congresso Democrático das Alternativas que promete romper com as actuais políticas de auste-ridade e com os partidos.

PÁG. 11

PÁG. 6

Morrem 200 homens da região todos os anos da próstata

Parlamento em Setúbal leva recados sobre gestão das zonas portuárias e da pesca

ACTUAL Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, liderou, em Setú-bal, primeira reunião descen-tralizada dos presidentes das

comissões parlamentares. Ouviu lamúrias e queixas por parte dos autarcas e do sector das pescas. A líder da AR pro-meteu respostas.

ACTUAL O timoneiro da Fundação INATEL, Vitor Ramalho, garantiu em primeira mão ao Semais que não está previsto o despedimento de nenhuma das cerca de três dezenas de cola-

boradores que a instituição emprega na região, nomeadamente em Setúbal e na Costa de Ca-parica. Vitor Ramalho, que nos últimos dias tem manifestado publicamente o seu repúdio sobre

o anunciado corte de 30 por cento dos apoios estatais ao INATEL, prepara-se para contestar a decisão já tomada pela tutela.

REN aposta 200 milhões no alargamento do terminal de Sines

+ NEGÓCIOS Foi esta semana inagurado, pelo Secretário de Estado da Energia, Artur Trinda-de, o alargamento do Terminal de Gás Natural de Sines, da res-ponsabilidade da REN. A nova plataforma tem capacidade para

150 mil metros cúbicos e vai au-mentar o lançamento de gás na rede em mais 50 por cento. Lídia Sequeira, presidente do Porto de Sines, considera o investimento vital para a recepção de navios de grande porte. PÁG. 12

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Anti-stressMagia de Matos em Sesimbra

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Vítor Ramalho, presidente da Fundação, insurge-se contra cortes do Governo mas garante sustentabilidade

Cortes no INATEL não afectam postos de trabalho na região

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Se acedermos ao sitio da internet http://www.portugal.gov.pt, e consultarmos a informação sobre

a Constituição de Republica Portu-guesa, podemos ler “A Constituição é a lei suprema do país. Consagra os direitos fundamentais dos cidadãos, os princípios essenciais por que se rege o Estado português e as grandes orientações políticas a que os seus órgãos devem obedecer, estabele-cendo também as regras de orga-nização do poder político. E o Art.º

104.º do mesmo diploma estabelece que “O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desi-gualdades e será único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar.

Nesta esteira diz-nos o n.º 1 Art.º 4 da Lei Geral Tributária que os impostos assentam essencialmente na capacidade contributiva.

Ora das duas uma, ou a Cons-tituição está muito desfasada da realidade, ou a realidade arrumou

a Constituição na prateleira. Acre-dito mais na segunda hipótese.

É que, o aumento assustador e galopante da carga fiscal de que os portugueses são alvo, jamais em tempo algum tem em conta as neces-sidades e os rendimentos do agre-gado familiar e as desigualdades existentes. Antes pelo contrário.

Apesar de muitos já não saberem onde cortar, o aumento do IRS foi a solução que Pedro Passos Coelho “arranjou” para compensar a devo-lução parcial dos subsídios de férias e de Natal do setor público e pensio-nistas em 2013.

E apesar de a Taxa Social única (TSU) ter ficado pelo caminho, tal medida será substituída com um aumento das tabelas de retenção na fonte ou a criação de uma taxa

extraordinária a aplicar de uma só vez num dos subsídios.

Estas medidas estranguladoras têm levado muitos ao desespero.

É o regresso da marmita, famí-lias que se juntam para partilhar despesas, o abandono dos estudos, a falta de cumprimento para com as instituições bancárias, entre outras medidas num claro e evidente esforço de tentar sobre-viver. É uma triste realidade que não ficará por aqui, atento às polí-ticas agressivas praticadas. Se é que na realidade podemos aqui apelidar tais medidas de “Politica”.

“Politica” que se caracteriza no seu termo pela arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. É habilidade para tratar das relações humanas

com o objetivo de obter os resultados desejados. Um sistema de regras rela-tivas à direção dos negócios públicos.

Ora, a atual gestão governa-tiva em nada se pauta pela habi-lidade, e a direção dos dinheiros públicos vai bem mal. Pra além de sufocar a classe média, de acordo com o boletim mensal publicado esta segunda-feira pela Direção Geral do Orçamento, as receitas fiscais apresentaram, nos primeiros oito meses do ano, uma variação negativa de 2,4% face ao mesmo período do ano passado, tendo-se registado uma queda de 5,3% nos impostos indiretos. O que seria expetável pois face à queda de produção, aumento de desemprego e queda de consumo, obviamente o resultado não poderia ser outro.

O cancro da próstata mata todos os anos cerca de 200 homens na região de Setúbal, enquanto

são diagnosticados perto de 300 novos casos anuais, segundo dados da Asso-ciação Portuguesa de Urologia (APU). O distrito é apresentado como uma

das regiões onde o combate precoce à

doença se tem revelado mais difícil. Os especialistas alertam que a falta de informação é grande, sobretudo nas zonas mais isoladas, pelo que quando a maioria dos casos são detectados, já a doença se encontra num estado muito avançado, sendo impossível de curar.

Segundo o médico urologista Tomé Lopes, é preciso dar prioridade à informação junto das populações mais isoladas e com menos acesso aos cuidados de saúde - comparando com os residentes dos maiores centros urbanos - para as tentar sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce, alegando que reside aqui «toda a diferença.»

«O que a associação tem feito é divulgar à população a relevância do diagnóstico», explica, revelando que a partir dos 50 anos todos os homens deverão fazer a respectiva vigilância, com análise ao PSA e com visita ao médico. Este p a s s o i m p l i c a

mesmo a

palpação da próstata, através do

designado de «toque rectal», ainda que as pessoas não tenham sintomas.

Vigilância em caso de razões genéticas

Já se o homem tiver um familiar directo com cancro da próstata, então aí deverá iniciar a vigilância aos 45 anos, sendo a mesma recomendação feita a indivíduos de raça negra. «São estes os dois grupos de maior risco, que precisam de um acompanha-mento mais rigoroso, porque é aqui que a doença pode aparecer em doentes mais jovens e, ainda por cima, com mais agressividade», salienta o mesmo especialista.

De resto, esta é, justamente, a prin-cipal recomendação, uma vez que, alerta, o cancro da próstata só é curável nos seus estados iniciais. «Não dá sintomas nenhuns e é mesmo impos-sível ao homem saber se tem tumor da próstata com um sintoma. Pode é ter a sorte de ter um sintoma que o leve ao médico, mas é raro de acon-tecer», esclarece, insistindo q u e maior parte dos

homens julga que as disfunções eréc-

teis são normais da idade, pelo que muitos

nem recorrem aos especia-listas. Mas não é verdade.

Isto porque muitas das vezes essas perturbações têm associadas a hiperplasia benigna da próstata - termo que é usado quando se quer mencionar o aumento do número de células num órgão ou num tecido – embora não tenha nada a ver com cancro, sendo muito frequente em cerca de 60% dos homens entre os 60 e os 70 anos.

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Abertura

Espaço Público

Politica ?!

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Paulo Janela

[email protected]

Notas Físcais

Em cada ano há registo de novos 300 casos e os números de mortandade são preocupantes. Os especialistas dizem que na região de Setúbal é onde verifica mais dificuldades de combate precoce da doença.

Todos os anos morrem 200 homensno distrito de cancro da próstata

O cancro da próstata quando está nas fases iniciais não dá sintomas e é nesta fase que é curável, havendo três tipos de tratamento. O mais eficaz, dizem os especialistas, é a prostatectomia radical, que consiste na remoção cirúrgica da próstata e vesículas seminais.Permite uma sobrevida ao fim de dez anos superior a 90%, mas com dois efeitos secundários importantes: algum grau de disfunção eréctil atin-gindo 50 a 90% dos doentes e alguma incontinência urinária, geralmente transitória, nos primeiros meses, mas que pode ser permanente entre 3 a 10% dos doentes.Em alternativa à cirurgia, alguns doentes optam por radioterapia externa, método com menor compromisso da função sexual

e sem repercussões na continência urinária, mas com taxas de cura inferiores às da cirurgia e não desprovido de efeitos secundá-rios importantes e igualmente incapacitantes, como a rectite radica, a cistite radica, ou a alte-ração do trânsito intestinal.Recentemente foi introduzido um terceiro tipo de tratamento, a braquiterapia prostática, uma forma de radioterapia intersticial, que consiste na introdução de sementes radioactivas na próstata sob anes-tesia. Trata-se de um método que demonstrou taxas de cura sobre-poníveis às da prostatectomia radical, nos cancros bem diferen-ciados, mas com muito menos efeitos secundários, pelo que é cada vez mais o preferido pelos doentes.

Cura possível em tempo útil

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

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O presidente da Fundação Inatel garante que nenhum dos cerca de trinta trabalhadores

da região será despedido, apesar do corte de 30 por cento da ajuda pública à instituição. Em declara-ções ao Semmais, Vítor Ramalho lamentou a decisão da tutela, que vê com «enorme preocupação», e garante que vai contestar, alertando para a relevância da fundação a nível da economia social e para a «necessária distinção que há que fazer entre fundações e fundações».

Na prática, este corte de 30 por cento equivale a 2,7 milhões de euros anuais. A esta quantia, lembra Vítor Ramalho, há a juntar os 2,5 milhões por ano que a tutela decidiu cortar de há três anos a esta parte. Somados, os dois cortes ascendem a 55 por cento. O presi-dente da fundação Inatel revela ainda preocupação pelo não defe-rimento de programas para os mais idosos e famílias pobres, para os que têm um grau de defi-ciência acima de 60 por cento e para os que precisam de trata-mentos termais.

Esta decisão deverá privar o Inatel de movimentar cerca de 14 milhões de euros por ano. «O Estado sempre reconheceu que a fundação desenvolve activi-dades que nenhuma outra desen-volve, pelo que pedia anualmente ao Inatel para gerir este tipo de programas», lembra. A solução, perante esta indecisão da tutela,

passa pela criação de programas alternativos, mas similares na essência, que, «infelizmente», não abarcam o mesmo número de pessoas. Só o programa “Turismo Sénior”, que está agora em risco, envolvia 30 a 50 mil pessoas por ano.

Cortes criam «efeitos enormíssimos»

Os cortes agora anunciados têm «efeitos enormíssimos»

para a vida de uma fundação que tem 76 anos de existência, além das «consequências nefastas» sobre o emprego e sobre todas as regiões do país. Vítor Ramalho afirma também não compreender a pontuação dada pelo Governo à fundação, 48,5 pontos, cuja contestação não teve, até ao momento, qual-quer resposta.

O presidente do Inatel diz que não vê os cortes como uma tenta-tiva de «asfixiar a fundação», mas

pede que a tutela volte atrás na decisão. Este ano, a agência de Setúbal e a unidade hoteleira na Caparica já foram alvo de obras de beneficiação. As empreitadas estavam previstas no investimento de 8 milhões de euros do Inatel para este ano. Inicialmente, essa verba chegava a 9,5 milhões de euros. O instituto Inatel passou a fundação por desejo do Governo, de modo a agir em concorrência e a ver garantida a sua auto-susten-tabilidade.

Um nome com 76 anos de vidaCriado há 76 anos, o Inatel tem actualmente 850 trabalhadores no quadro em todo o país e surgiu pelo facto de o «Estado sentir que não tinha vocação para gerir um conjunto de actividades relacionadas com o lazer de quem trabalha ou já trabalhou». A fundação tem dois grandes parques desportivos, um em Lisboa e outro no Porto, o Teatro da Trindade, 18 unidades hoteleiras no país, quatro parques de campismo e uma centena de oficinas formativas a nível nacional.

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Após a queda na rua da peregrina ideia de transformar a TSU numa roldana de passagem de rendimentos dos mais fracos para os mais fortes, eis-nos perante um novo orçamento cirurgicamente austeritário.

Mais uma vez os rendimentos do trabalho, as despesas sociais e a fiscalidade usurária sobre as famílias da classe média e das pequenas e médias empresas, estão na mira de um plano sem rumo que não aposta no crescimento e, por conseguinte, agrava todos os rácios positivos à vista de qualquer ‘merceeiro’ - com todo o respeito para com esta classe.

Nem vale a pena lembrar as infelizes tiradas dos membros do Governo para perceber a feroz ideologia de interesses que reveste a actual governação.

E há tantas alternativas!O Governo podia mesmo salvar

as pequenas e médias empresas, que constituem mais de 70 por cento do nosso tecido empresarial. Para isto bastaria perceber a realidade em cada distrito, apurar as suas necessidades e injectar directamente dinheiro dos fundos comunitários (por exemplo dos que vão direitinhos para uma formação profissional que não resulta em coisa nenhuma) em forma de empréstimo, a juro baixo, por via do IAPMEI, fora da alçada da voragem gananciosa dos bancos.

Mais de metade desses fundos – sem efeitos na despesa das contas públicas – seria de imediato devolvido ao Estado – com efeitos nas contas públicas – para pagamento do garrote das dívidas às finanças e à segurança social. Que receita colossal à mão de semear!

Com regras: as empresas beneficiadas teriam que revelar-se dois anos antes e dois anos depois solventes.

Fácil demonstração!E teriam, cada uma delas, que

empregar, no mínimo de um a dois desempregados. Imagine-se a inversão na escala de criação de emprego!

Uma medida simples, caso o Governo estivesse interessado em salvar empresas em Portugal.

E para tempos excepcionais, medidas excepcionais: Porque não uma moratória por três anos no pagamento de indemnizações compensatórias às PPP’s.Imagine-se a poupança!

Alguém consegue perceber que um país intervencionado da forma como está o nosso tenha que entregar, mesmo que seja em tranches, dois mil milhões de euros para fundos do BCE?

O problema é a poeira que nos vão atirando aos olhos, a coberto da maior demagogia que a III Guerra Mundial tem vindo a fabricar: Não há dinheiro…

Não há dinheiro o tanas!

Até um merceeiro tem soluções para esta política

Editorial // Raul Tavares

Vítor Ramalho, presidente da fundação, vai contestar decisão e aborda realidade na região

Inatel mantém postos de trabalho apesar de cortesCorte na ordem dos 30 por cento equivale a 2,7 milhões de euros anuais. Fundação já vinha a ser afectada desde 2009 com outros cortes. Medida pode ter grandes impactos na economia social. Mas Ramalho garante empregos.

::::::::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::::::::

Aumento da pobreza infantil está a agravar-see motiva campanha da Cáritas Diocesana

CICLAS Solidário é o nome do boneco que dá cara ao projecto de solidariedade social Prioridade às Crianças, da Cáritas Portuguesa.

A campanha, que decorre até final do ano, consiste na venda da mascote para angariar verbas que permitam o reforço do apoio às crianças desfavorecidas.

Para o presidente da Cáritas Portuguesa, «ao tomar esta inicia-tiva estamos a dar uma oportuni-dade às crianças portuguesas de criarem o seu projecto de vida pondo de lado dificuldades que as

impedem de sonhar e de estarem no mundo de igual para igual». Eugénio Fonseca considera que se trata de «uma aposta na nova socie-dade portuguesa que se constrói

desde já e não dispensa o contri-buto de todos».

Esta semana, a campanha ganhou mais um parceiro: no âmbito da sua política de responsabilidade social, a Liberty Seguros vai apoiar a iniciativa solidária que tem como missão apoiar crianças com difi-culdade de acesso a cuidados como a alimentação, a saúde ou a frequência de serviços de educação.

Até ao final do ano por cada donativo superior a 20 euros entregue à Cáritas Portuguesa ou através das Cáritas Diocesanas será

oferecido o Ciclas Solidário, permi-tindo assim que o valor total anga-riado possa crescer e garantir um maior apoio financeiro ao desen-volvimento desta iniciativa.

Rodrigo Esteves, diretor de Marketing da Liberty Seguros, salienta que «é uma prioridade da Liberty Seguros ajudar na imple-mentação e desenvolvimento de projectos e iniciativas de respon-sabilidade social que possam contri-buir para o conforto das popula-ções mais carenciadas, sobretudo, quando se trata de crianças».

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Eugénio Fonseca, líder da Cáritas

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Economia do mar movimenta já 17 mil milhões de euros ao ano, 10% do PIB nacional

Setúbal lembra Parlamento sobre mudança de gestão de zonas ribeirinhasPedido de Maria das Dores Meira marcou primeira conferência descentralizada dos presidentes das comissões parlamentares. Ocasião ficou ainda marcada por críticas do sector das pescas e pelos bons números dos portos de Setúbal e Sines. Assunção Cristas leva para São Bento ‘queixas’ e abre portas a soluções.

A PRESIDENTE da Câmara Municipal de Setúbal quer que o Governo viabilize a transferência para a autarquia de algumas zonas ribeirinhas da cidade sob respon-sabilidade da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra. Maria das Dores Meira recorda que o dossiê já era do conheci-mento do anterior Governo e

lamenta que a cidade não tenha tido a mesma oportunidade de Lisboa e de Sines para resolver o problema, identificado desde o Decreto-Lei n.º 100 de 2008. «Nessas zonas estão importantes actividades estratégicas que têm um papel fundamental para a inserção regional de Setúbal e sua internacionalização», acrescentou a autarca, durante a primeira reunião dos presidentes das comis-sões parlamentares fora da égide da Assembleia da República, em Setúbal.

Nessa ocasião, que assinalou a comemoração do Dia Interna-cional do Mar, a autarca nem quis pensar na possibilidade de a cor do seu executivo estar a atrasar todo o processo, preferindo apontar baterias à necessária «redefinição da linha autárquica e portuária, capaz de compatibi-lizar o turismo com os transportes, reabilitação urbana e outros sectores de actividade estraté-gicos para o município». Por outro lado, Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grândola, lembrou que o mar deve ser visto como elemento essencial «para potenciar o desenvolvimento do Alentejo, da pesca artesanal e industrial e de novas oportuni-dades de emprego». «É preciso enfrentar este momento tormen-toso e aproveitar o mar que temos diante de nós», acrescentou.

Estrangulamentodas pescas preocupou

Mas Frederico Pereira, da Fede-ração dos Sindicatos da Pesca, foi mais duro nas críticas e pediu que o Governo viabilizasse a criação de um programa específico para ajudar a pequena pesca, capaz de mexer na melhoria das remune-rações dos profissionais e nos preços dos combustíveis e da primeira venda. «É um sector confrontado com a degradação diária do aparelho produtivo, com a falência de múltiplas pequenas e médias empresas, com o desin-teresse dos mais jovens e com a cada vez maior dependência nacional face ao exterior», descreveu.

Arsénio Caetano, da Associação de Armadores de Pesca do Centro e Sul, alinhou com Frederico Pereira e pediu que «o equilíbrio preva-leça». O representante desta asso-ciação lembrou também as difi-culdades crescentes no acesso ao crédito, o «restritivo» plano que regula o parque Luíz Saldanha e a «necessária e urgente» revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida. «A pesca é um importante sector da nossa economia e tem um grande papel a dizer, numa altura em que o país tem uma balança comercial defi-citária nesta área a rondar os 650 milhões de euros», disse.

Números dos portosimpressionaram

Por sua vez, a presidente do Porto de Sines pediu que o Governo não desinvestisse das «boas conexões ferroviárias e rodoviárias» prometidas, uma vez que as actualmente existentes «são insuficientes». Lídia Sequeira recordou também os esforços que aquela adminis-tração portuária está a fazer ao nível da desburocratização e da simplificação de todos os processos. Actualmente, o porto de Sines movimenta 41 por cento do total de tonelagem movimen-tada em todo o país.

Carlos Gouveia Lopes também falou de números. O presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) lembrou que estes tiveram recentemente efeitos na economia na ordem dos 10,7 mil milhões de euros. Na mesma ocasião, Carlos Gouveia Lopes fez questão de salientar que «por cada euro investido pela APSS geraram-se 384 euros de riqueza». «Estes dois portos são essenciais para a economia nacional e têm um papel impor-tante ao nível da criação de emprego, da pesca, da náutica de recreio, da aquicultura e da reparação naval», afirmou ainda o líder da APSS.

«Das palavras à prática»,disse Assunção Esteves

Perante as críticas dos autarcas, a preocupação do sector das pescas e os bons números dos portos nacio-nais, a presidente da Assembleia da República concordou que é «tempo de passar das palavras à prática». Assunção Esteves afirmou que a manhã dos trabalhos em Setúbal «foi muito útil porque as pessoas não se limitaram a fazer uma análise da situ-ação, trazendo ao Parlamento propostas concretas no plano polí-tico e legislativo». «A Assembleia da República pode fazer quase tudo», acrescentou Assunção Esteves, quando confrontada sobre o que iria agora fazer perante as conclusões da conferência.

Vasco Cunha, presidente da Comissão Parlamentar de Agricul-tura e Mar, recordou também a «ancestral ligação do país ao mar» e reafirmou a «importância geoestra-tégica que este tem para a soberania e defesa nacional». «A economia do mar movimentou 17 mil milhões de euros há bem pouco tempo, o equi-valente a 10 por cento do Produto Interno Bruto nacional», acrescentou. A presidente da Assembleia da Repú-blica deixou ainda em aberto a possi-bilidade de esta iniciativa se repetir futuramente fora das parades do hemiciclo.

Bruno Cardoso

Greenfest do Estoril mostra Arrábida ‘mundial’ Protecção Civil ‘encrava’ sadinos

ARRÁBIDA a Património Mundial marca presença no Greenfest 2012, que decorre até domingo, no Centro de Congressos do Estoril.

Integrada no espaço do município de Setúbal, a campanha é encarada como uma forma de dar a conhecer o trabalho desenvolvido no âmbito da candidatura e, por outro lado, divulgar o património natural

e cultural da Arrábida.Este ano, o Greenfest contará

também com um valor acres-centado: a carrinha de exposi-ções alusiva à Arrábida Patri-mónio Mundial que integra um documentário e vários painéis sobre o tema.

No Greenfest 2012, o Centro de Congressos do Estoril recebe conferências, debates, cinema, workshops, concertos e até uma

passagem de modelos, tudo para sensibilizar a opinião pública para as questões ecológicas, de justiça social e desenvolvimento econó-mico sustentável; divulgar inicia-tivas, produtos e serviços; parti-lhar conhecimento de forma inovadora e relevante; contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos do cidadão e das comunidades e envolver as empresas e os cidadãos.

A CÂMARA de Setúbal começou a cobrar uma taxa municipal de protecção civil, um imposto anexado à factura de abastecimento da água e aplicado a proprietários de edifí-cios devolutos e a estabelecimentos comerciais e industriais, sendo estes qualificados consoante o risco que envolvem para a protecção civil. A taxa pode variar entre os 5,10€ e os 3543,40€ mensais.

A sua aplicação resulta, segundo Carlos Rabaçal, vereador da protecção civil, «da necessidade de comparti-

cipar as operações de socorro». O autarca garante que esta só se manterá «até o Governo não devolver a percen-tagem dos seguros de incêndios, pagos pelos munícipes, ou outro tipo de comparticipação nessas despesas» que, no caso de Setúbal, são supe-riores a 4,5 milhões de euros.

Perante a contestação dos comer-ciantes ao novo imposto, Carlos Rabaçal admite que este possa sobre-carregá-los, mas assegura que «não há alternativas». Ainda assim, diz, há abertura para que a taxa seja revista.

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PROTESTO!

A violência doméstica é crime na legislação portuguesa. E não é apenas crime, mas

crime público. E isto significa que não estamos a falar de um crime menor, mas de um crime que atenta contra direitos humanos fundamen-tais e que deixa diariamente na nossa sociedade um rasto de sofrimento, de humilhação e de morte. A violência doméstica é um crime público e isso também quer dizer que é um crime que pode e deve ser denunciado por qualquer pessoa que dele tenha conhe-cimento. Constatamos, assim, que a lei portuguesa afirma hoje aquilo que durante séculos preferimos “varrer para debaixo do tapete”: a necessi-dade urgente de encarar este grave problema de frente e de combater a cultura do conformismo que esconde e permite tudo.

Tornar visível o problema da violência doméstica é dar-lhe rosto, o rosto das vítimas e dos agressores que as maltratam. Porque a violência doméstica tem efetivamente muitos rostos - no nosso país são cerca de 30 mil as denúncias todos os anos.

Ora, se a legislação portuguesa já reconhece este como um dos crimes mais graves que se podem cometer, por que é que as mudanças necessá-rias não estão a acontecer?

Apesar de todas as medidas e de todas as leis escritas que refletem evoluções inquestionáveis das menta-lidades e das políticas, a mudança demora muitas vezes a fazer-se sentir. A par do Direito, permanecem os nossos credos, códigos e costumes.

Permanece a enorme resistência à mudança, isto é, a preferência por desculpabilizar e despenalizar quem agride e maltrata na família e nas rela-ções de intimidade.

Ao contrário de há 30 anos atrás, existem hoje meios e recursos que nos permitem dar passos significa-tivos no sentido de uma sociedade mais justa e mais humanizada mas, tal como há 30 anos atrás, as vítimas de violência doméstica não encon-tram ainda a proteção necessária no sistema judicial português que lhes garanta segurança quando mais precisam.

Este estado de coisas começa a ser denunciado em todos os quadrantes, sobretudo pelos/as profis-sionais que trabalham diretamente com pessoas vítimas de violência doméstica (na sua grande maioria mulheres e crianças), mas é neces-sário ir mais longe e afirmar clara-mente que são intoleráveis situações como aquela que foi noticiada há bem pouco tempo, de Magda Dionísio que, aos 20 anos e grávida de oito meses, apresentou 47 queixas às autoridades e, mesmo assim, acabou assassinada no Cadaval pelo ex-companheiro.

Nos últimos 8 anos foram mortas ou vítimas de tentativa de homicídio 600 mulheres em Portugal. Tal como a Magda, tinham um nome, um rosto e uma vida que acabou. Em nome de todas elas e de todas as vítimas de violência doméstica, apresentamos o nosso PROTESTO.

A Equipa do Projeto VOA

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Frota de PICAV’s no Barreiro essencial para garantir equidade na acessibilidadeProtótipo co-financiando pela Comissão Europeia é encarado como solução para atenuar desertificação de centros históricos e como substituto do transporte individual. Município gaba o projecto e considera-o capaz de contribuir para o seu desenvolvimento sustentável.

O PICAV (veículo acessível urbano inteligente para uso indi-vidual) poderá ser uma das solu-ções de futuro usadas no Barreiro para melhorar as condições de vida e de acessibilidade dos cidadãos, substituindo progressivamente o transporte individual e suprindo a pouca oferta dos actuais trans-portes colectivos no centro histó-rico da cidade. Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, considera mesmo que o protótipo, que foi formalmente apresentado na cidade esta semana, poderá «ajudar a trazer equidade no direito a todos à mobilidade», contribuindo para um desenvol-vimento «cada vez mais susten-tável» do município.

A mesma posição foi partilhada na ocasião por Rui Lopo, vogal do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Trans-portes Colectivos do Barreiro (STMCB), que lembrou que o PICAV deve ainda ser encarado no futuro como solução «energeticamente eficaz e capaz de conciliar o espaço público rodoviário com o pedonal». «É preocupação social da Câmara Municipal do Barreiro garantir o acesso dos mais idosos à mobili-dade, compatibilizando-o com as necessidades de deslocação dos mais novos», frisou o também vere-ador na edilidade barreirense.

Este veículo acessível urbano inteligente para uso individual foi desenhado tendo em consideração pessoas de mobilidade reduzida e idosos, usando novas tecnolo-gias simplificadas. Além de ser completamente eléctrico, este protótipo, que contou com um apoio financeiro da Comissão Euro-peia na ordem dos quase 3 milhões de euros, combina recentes avanços tecnológicos em sistemas de suspensão com um interface de condução por tacto. Paralelamente foi desenvolvido um software que permite desenvolver e analisar a implementação de uma frota de PICAV’s, abrindo a cidade a todos.

Mais autonomia, acessibilidadee eco-sustentabilidade

Além de melhorar a acessibi-lidade dos cidadãos, já que permite que estes acedam a zonas com relevos elevados e outrora inatingíveis, o PICAV amplia a

autonomia de pessoas fragili-zadas, aumentando a sua quali-dade de vida. O veículo atinge uma velocidade de 12 quilóme-tros por hora, é eco-sustentável e poderá ter um papel determi-nante na hora de atenuar o declínio dos centros históricos urbanos, contribuindo para elevar os níveis de segurança, sem intro-duzir ruído ou poluição devido a emissões.

Além dos Transportes Colec-tivos do Barreiro, os restantes parceiros do projecto são a Università degli Studi di Genova – Dipartimento di Meccanica e Costruzione delle Macchine e Università di Pisa, ambas de Itália, a University College London, do Reino Unido, o Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique, da França, a MAZEL Ingenieros, da Espanha, e a ZTS Vyskumno-vyvojovy Ustav Kosice, da Eslováquia.

Bruno Cardoso

TCB’s atingem equilíbrio de contas no primeiro semestre deste anoOs SMTCB atingiram o equilíbrio financeiro pela primeira vez no semestre passado. O feito é inédito e deve-se à conjugação de uma série de factores. A adopção de medidas de gestão interna e a adequação da oferta à congénere fluvial e aos períodos não-escolares, onde tradicionalmente a procura pelo serviço cai, são disso bons exemplos. Em declarações ao Semmais, o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto, acredita mesmo que a empresa já está a conseguir diminuir o seu passivo (a rondar pouco mais

de 4 milhões de euros), apesar de continuar à espera das indemnizações compensatórias estatais, acumuladas ao longo de décadas. Para já, o actual Secretário de Estado dos Transportes terá prometido uma solução para o problema dos passes sociais intermodais, o que, na prática, se traduzirá no início da transferência de algumas dezenas de milhares de euros ainda este ano para os SMTCB. Apesar do equilíbrio ter sido alcançado, Carlos Humberto fala na necessidade de modernizar a frota e investir em novas tecnologias.

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Política

Os subscritores do Congresso Democrático das Alterna-tivas reúniram esta semana

em Setúbal para discutir sobre as possíveis medidas que resistam e rompam por absoluto com este programa de «austeridade e empo-brecimento», que mais não é do que «um ajuste de contas com o 25 de Abril».

Carlos Sousa, ex-presidente das câmaras de Palmela e de Setúbal, é um dos que defendem a alternativa e apela a que os cida-dãos «participem naquilo que toca às suas vidas». O ex-autarca afirma que os «explorados sempre tiveram dificuldade em se orga-nizar, ao contrário dos explora-

dores que facilmente chegavam a consenso em alturas como a actual». «É só olhar para o exemplo das esquerdas em Portugal e constar que nenhuma, alguma vez , se uniu», refere.

Já Henrique Sousa, da comissão organizadora do Congresso Democrático das Alternativas, que terá lugar no próximo dia 5 de Outubro, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, refere que o objectivo «não é concorrer com nenhum partido político», mas sim fazer

emergir na sociedade «um espaço de diálogo capaz de construir verdadeiras alternativas».

Durante o encontro em Setúbal, Henrique Sousa acres-centou que a importância de realização deste congresso se justifica cada vez mais, tendo em conta «o estado de emergência social, económico e democrá-tico do país, que não tem compa-ração com qualquer outro na nossa história». «Nenhum grupo político consegue sozinho propor alternativas capazes de obter

ampla sustentação política e social», referiu.

«Sem nenhuma carta escondida na manga»

A reunião em Setúbal do Congresso Democrático das Alter-nativas visou essencialmente dar a conhecer a iniciativa e anga-riar subscritores para o congresso, onde serão apresentadas propostas, capazes de conciliar opiniões, ideias e visões de futuro para o país. «Não temos cartas escondidas na manga para criar um qualquer novo partido polí-tico ou lançar uma futura candi-datura presidencial», esclareceu, ainda na ocasião, Henrique Soares.

A comissão organizadora lembrou que com a entrada do memorando de entendimento da troika o PIB nacional caiu 3,3 por cento, gerando 416 novos desempregados por dia. O défice real ficou nos 6 por cento, mais 1,5 por cento do que o inicial-mente previsto, e a dívida aumentou 5,9 mil milhões, para os 26,6 mil milhões de euros.

A convocatória do Congresso Democrático das Alternativas pode ser subscrita em http://subscrever.congressoalterna-tivas.org. A participação no congresso está sujeita a marcação prévia na Internet.

Alternativas reúnem em Setúbal contra «ajuste de contas com o 25 de Abril»

PSD apela ao bom uso do socorro social

OS DEPUTADOS do PSD ficaram a saber que a Misericórdia de Canha candidatou-se ao Fundo de Socorro Social, para fazer face às dificuldades diárias, estando a aguardar uma resposta por parte da Segurança Social.

A queixa foi apresentada esta semana aos deputados, pela prove-dora da instituição, durante uma visita à instituição.

A deputada Maria das Mercês Borges faz votos para as instituições que vierem a receber o referido Fundo, que utilizem essa verba para «criar condições para continuar a assegurar e melhorar os serviços prestados nas diversas valências».

«Este são espaços que prestam um grande apoio às pessoas fragi-lizadas. Uma instituição que não pode ser posta em causa», refere, acrescentando que os deputados do PSD «estão muito empenhados em ajudar na obtenção deste apoio», frisa a deputada.

Congresso Democrático das Alternativas vai reunir em breve para «resgatar Portugal» e dar ao país um «futuro decente». Carlos Sousa está na linha da frente em defesa da alternativa.

OS DEPUTADOS do PCP na Assembleia da República, Bruno Dias e João Ramos, vão ver segunda-feira in loco as obras não concluídas do IP8/A26, entre Sines e Santiago do Cacém. O lanço entre Relvas Verdes e Roncão será um dos que será visitado pela comitiva, que contará igualmente com a presença de Vítor Proença, presi-dente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém.

Depois da visita, às 17:30, a Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém vai acolher uma audição pública sobre as parce-rias público-privadas e conces-sões rodoviárias no Alentejo, com enfoque na suspensão anunciada das obras nos Itinerários Comple-mentares n.ºs 2 e 8 e futura A26. O presidente da autarquia de Santiago do Cacém já veio a público manifestar a sua firme oposição à decisão de suspender

as obras e diz que o anúncio da empresa Estradas de Portugal (EP) é bem elucidativo do quão «mal contada está esta história».

«Esta decisão de suspender as obras é extraordinariamente negativa para o desenvolvimento regional e provoca o estrangu-lamento na circulação», afirma Vítor Proença, que recorda as obras já no terreno, nomeada-mente terraplanagens e viadutos e as expropriações em curso. Os presidentes das câmaras de Sines e de Grândola também estão contra esta decisão.

A suspensão dos trabalhos de construção de alguns lanços da futura A26 apanhou despre-venida toda a região do Litoral Alentejano. A decisão resulta da renegociação da concessão do Baixo Alentejo entre a EP e a SPER, subconcessionária, que permite uma poupança de 338 milhões de euros.

DEPOIS do executivo da Junta de Freguesia de S. Julião, em Setúbal, ter aprovado uma moção, por unani-midade, que negou a extinção e/ou fusão da freguesia, foi a vez de a Assembleia de Freguesia debater a reorganização administrativa territorial autárquica.

Na reunião ordinária realizada no passado dia 25 de Setembro, foram apresentados à mesa da Assembleia duas moções, uma do Partido Socialista e outra da CDU, nas quais se podiam constatar algumas divergências de conteúdo mas que na essência global assi-nalavam o repúdio à Lei n.º 22/2012, defendendo a manutenção da freguesia de S. Julião.

Após análise e discussão das moções, PS, CDU e BE apresen-taram moção conjunta que foi apro-vada por maioria, com os votos contra do PSD, que demonstrou a concordância com a proposta de reorganização administrativa terri-torial autárquica do Governo, e desta forma, com a extinção ou fusão da freguesia de S. Julião.

O SECRETÁRIO de Estado da Administração Local e Reforma Admi-nistrativa, Paulo Júlio, esteve terça-feira, na secção do PSD de Setúbal, para falar aos militantes sobre a reforma em curso.

Paulo Júlio falou da reorgani-zação administrativa territorial e autárquica, a acção mais visível desta reforma. Com o objectivo de promover a coesão territorial, alargar as atribuições das freguesias, apro-fundar a sua capacidade de inter-venção e melhorar o desenvolvi-mento dos serviços públicos, esta lei foi promulgada em Maio. Até 15 de Outubro, decorre o período em que os municípios se podem pronun-ciar e sugerir as alterações que enten-derem à reorganização proposta.

OS DEPUTADOS do PS eleitos pelos círculos de Setúbal e Beja querem saber «os contornos exactos» da renego-ciação da subconcessão do Baixo Alentejo por considerarem que as alterações anunciadas recen-temente significam «uma inversão da estratégia de actu-ação» na região em relação a «factores de desenvolvimento regional de primordial impor-tância, como as acessibilidades».

Num requerimento dirigido ao Ministro da Economia, os deputados querem saber qual o impacto financeiro de poupança de pagamentos para o Estado este ano, no próximo e nos anos seguintes da vida do contrato e qual o valor do investimento novo retirado ao contrato anterior.

«Tendo sido reduzido o contrato, é necessário saber também qual o montante da compensação agora a pagar», afirmam os deputados.

Grupo parlamentar do PCP vai visitar obras em suspenso da futura A26

Esquerda contra extinção de S. Julião

PSD debateu administração local

PS aclareia suspensão da A26

Henrique Sousa, da organização, e Carlos Sousa, que defende a alternativa

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Dia Nacional da Água

ASSINALA-SE no próximo dia 1 de outubro, o Dia Nacional da Água. Na Península de Setúbal, a Associação Intermunicipal de Água da Região de Setúbal (AIA), constituída pelos Municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal tem aproveitado a ocasião para trazer ao debate público as questões da gestão dos serviços de abastecimento de água, drenagem e tratamento. É pública e reiteradamente afirmada por todos os autarcas a intransigente oposição dos municípios da região às propostas dos sucessivos governos de priva-tização do sector. No contexto poli-tico atual a questão da reestruturação da Administração Pública Local, das finanças locais e da intenção de reti-rada de competências aos municí-pios ganha premente relevância neste debate, sendo também conhecida a oposição destas autarquias às propostas do governo.

A Região reclama uma exem-plar qualidade e cobertura do serviço de água e saneamento, à frente da média nacional desde a década de 80, e que terá já atin-gido, segundo os dados da AIA, coberturas da ordem dos 99% para a água, 85% para a drenagem e 75% para o tratamento de águas resi-duais, abastecendo cerca de 780 mil pessoas, num total de aproxi-madamente 70 milhões de m3/ano. Afirmando, por conseguinte, os Municípios da Península de Setúbal reunidos nesta Associação, que esta realidade evidencia a capa-cidade da gestão pública local para continuar a servir as populações e a promover neste campo como noutros o desenvolvimento regional, pelo que não abdicarão das suas competências nem do modelo de gestão pública.

No sentido de aprofundar a efici-ência e eficácia do seu trabalho apostam não só na ação local mas também na cooperação em moldes intermunicipais, para o efeito e com

o intuito de gerirem de forma coor-denada e integrada as origens de água de que depende o abastecimento e que captam no Aquífero Tejo-Sado, Margem Esquerda, a AIA está a desen-volver para os seus Municípios um estudo para a conceção e criação de um Sistema Intermunicipal de Abas-tecimento de Água em Alta.

É pois de esperar que na tomada de posição conjunta que agora anunciam os Municípios de Alco-chete, Almada, Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, venham reafirmar a sua opção pela gestão pública dos sistemas muni-cipais e a criação do futuro sistema intermunicipal para o abasteci-mento em Alta, bem como a sua oposição às privatizações, reite-rando as criticas ao modelo proposto que afirmam ser de inspi-ração neoliberal e de esvaziamento das competências municipais, um ataque à autonomia dos municí-pios e um empobrecimento da democracia local, fazendo-o desta feita num contexto em que as medidas de austeridade a que o pais foi sujeito fez crescer as difi-culdades das autarquias e das pessoas em geral, ampliando o descontentamento social.

Declaração Conjunta dos Municípios daAIA - Dia nacional da água 2012

O ELEVADO grau de quali-dade da água que abastece a região de Setúbal, originária do subsistema aquífero Tejo-Sado Margem Esquerda/Península de Setúbal, só é igualado pela enorme disponibilidade de reservas exis-tentes no subsolo da península.

A convicção é dos especia-listas que ao longo dos anos têm vindo a estudar e monitorizar esta área e, para quem não assusta a possibilidade de, num futuro próximo, a procura vir a aumentar por via dos investimentos previstos para a região.

Trata-se do melhor aquífero da Península Ibérica e um dos melhores da Europa, por isso, garantem, há condições para asse-gurar as necessidades decorrentes do crescimento regional.

A água subterrânea, bem precioso para o desenvolvimento sustentado da península de Setúbal, tem vindo a ser «gerido de forma excelente» pelas autar-quias, revela a Associação Inter-municipal da Água (AIA).

E é por se tratar de um bem fundamental para o desenvolvi-mento da sociedade que está em falta a realização de um estudo científico aprofundado sobre as capacidades deste subsistema, responsável por boa parte da água

subterrânea disponível no aquí-fero da Bacia do Tejo, avisa a asso-ciação.

Estudo aprofundarecursos hídricos

A importância desta matéria-prima levou, mesmo, as autar-quias representadas através da AIA, a avançarem com um estudo que pretende propor aos muni-cípios um sistema intermunicipal de abastecimento em alta.

Com o caderno de encargos terminado, a elaboração do estudo deverá ir, brevemente, a concurso, prevendo-se que este projecto a médio prazo potencie a já boa gestão da água como bem público essencial.

O aquífero da península de Setúbal tem sido alvo de vários estudos, embora com abordagens geográficas e conceptuais, do ponto de vista da modelação, dife-rentes.

Os casos melhor conhecidos dessas abordagens são o estudo do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD (1980), o estudo da Hidrotécnica

Portuguesa (HP) para a EPAL (1994) e o estudo Gestágua também para a EPAL (1996).

Destes só o estudo EPAL/HP

se refere a um espaço geográfico muito semelhante ao abordado no presente trabalho, os restantes dois enquadram o espaço geográ-fico global de “implantação” do Aquífero Tejo-Sado (8200 Km2 na consideração do estudo do PNUD, face aos cerca de 1560 Km2 relativos aos 9 municípios da região -subsistema aquífero Tejo-Sado Margem Esquerda/Penín-sula de Setúbal).

Águas subterrâneasrecomendam-se

Os dados globais apresen-tados por cada um dos traba-lhos, para as respectivas áreas estudadas, indicam, no PNUD, 53,2 m3 de água por segundo; pela Gestágua de 29,55 m3/s; e pela Hidrotécnica Portuguesa de 12,93 m3/s, pelo que, segundo os especialistas, a extrapolação destes estudos para a região permitem esperar que as dispo-nibilidades no território da península (com origem na recarga e na circulação subter-rânea) poderão situar-se entre os 14 e os 9 m3/s.

Em 2008, os nove sistemas municipais extraíram 2,18 m3 de água por segundo, o que corres-ponde a 69.556.955 m3/ano.

Região dispõe do melhor aquífero da península ibérica

A Apresentação pública e aberta à população da Declaração Conjunta dos Municípios da AIA assinalando o Dia Nacional da Água, que será feita por João Lobo, Presidente do Conselho Directivo da AIA e da Câmara Municipal da Moita, decorrerá no próprio dia 1 de Outubro, pelas 12:30 horas, nas instalações dos Paços do Concelho do Município do Barreiro, nela participarão os Presidentes de Câmara e os Vere-adores com o pelouro da água e saneamento dos Municipios Associados da AIA.

Cerimónia na segunda

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Dia Nacional da Água

A água, líquido precioso que cada vez se torna mais escasso à escala mundial tem merecido por parta das instituições do nosso distrito uma particular atenção. A Associação dos Municípios da Região de Setúbal tem uma estratégia definida. E bem podemos afirmar que a água de consumo no distrito é de alta qualidade e dispomos do maior aquífero da Península Ibérica. Apresentamos nesta zona do dossier o consumo registado em cada um dos nossos treze concelhos.

71859

779373

4 046 m³4 681 m³

3 118 m³ 1 490 m³

17 872 m³ 13 856 m³ 4 569 m³ 5 991 m³ 12 110 m³

1 998 m³ 1 191 m³

786 m³ 3 274 m³

Números, em milhares, do volume captado/distribuído pelos sistemas de abastecimento público da região por concelhoFontes/Entidades: Censos 2011, INE (até 2005); INAG/MAOT (a partir de 2006), PORDATA

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Dia Nacional da Água

A empresa Águas Públicas do Alentejo, S.A tem por missão gerir os serviços de abastecimento de água para consumo público e de sane-amento de águas residuais de Alcácer do Sal, Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Montemor-o-Novo, Moura, Odemira, Ourique, Santiago do Cacém, Serpa, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vidigueira.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) garantem o abaste-cimento de água, drenagem e tratamento de águas resi-duais no concelho de Almada, contribuindo para a preservação ambiental e para a realização das polí-ticas municipais. Por outro lado, tem por missão cumprir, num quadro de sustentabilidade, as respon-sabilidades sociais com a comunidade, os utentes e os trabalhadores.

Empresa que gere e mantém os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água para consumo humano e de recolha, tratamento e rejeição de águas residuais domésticas e industriais do Concelho de Setúbal. A concessão abrange os 172 km2 do concelho de Setúbal, com 120 791 habitantes servidos por uma rede de águas com 717 km de condutas e uma rede de saneamento com 444 km de colectores.

Responsável pela concepção, construção e gestão do sistema de captação, tratamento, adução, armazenamento e distribuição de água e drenagem de águas resi-duais. Em 2010 a taxa de cobertura do serviço de distribuição de água era de 98 por cento. A taxa de rejeição e tratamento de efluentes é de 93 por cento cobertura de drenagem de águas residuais é de cerca de 93 por cento.

Empresa a quem cabe a concessão de gestão e explo-ração do sistema de captação, tratamento e distri-buição de água, de recolha, tratamento e rejeição de efluentes e de recolha, trata-mento e destino final de resí-duos sólidos de Santo André.O contrato de concessão serve a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), a zona urbana de Vila Nova de Santo André e, parcial-mente, os municípios de Sines e Santiago do Cacém.

MAIORES OPERADORES

EM SEIS anos de funcio-namento, a empresa respon-sável pelo sistema multimu-nicipal de saneamento – Simarsul - não só reforçou a aposta no ambiente como conseguiu ‘driblar’ a crise que assola o país, investindo melhor nas infra-estruturas e racio-nalização de meios.

De uma península prati-camente sem tratamento de águas residuais, os 9 conce-lhos abrangidos pela sociedade de gestão dispõem das melhores infra-estruturas e estão hoje mais despoluídos com os estuários do Tejo e Sado mais vivos que nunca.

Em 2011, a empresa realizou cerca de 14,3 milhões de euros dos 18,9 que estavam previstos no Orçamento e Projecto Tari-fário 2011, o que perfaz, nos seis anos de vida da Simarsul, um valor global acumulado, de cerca de 165 milhões de euros de investimento concretizado.

Em termos de prossecução do plano de investimentos, é de referir a conclusão e a entrada em funcionamento das ETAR de Barreiro/Moita, Seixal e Lagoa/Meco, das quais as duas primeiras constituem as maiores infra-estruturas do

Sistema, cuja conclusão «foi determinante para a despo-luição do Estuário do Tejo, tendo, ainda, sido concluídas mais 10 empreitadas, num valor total de 13,2 milhões de euros em 2011», refere a adminis-tração.

121 milhõespara melhorar ambiente

A Operação das infra-

estruturas ficou, assim, marcada pela entrada em funcionamento de muitos novos equipamentos abran-gendo, no final do ano, a gestão de um total de 21 ETAR, 98 esta-ções elevatórias, 226 km de emissários e 85 km de condutas elevatórias, sendo de realçar o esforço de contenção de custos e de racionalização de recursos que permitiram operar as infra-estruturas existentes, bem como as novas que

entraram em funcionamento «sem qualquer crescimento de recursos humanos», adianta a empresa.

Ainda no capítulo ambiental, e prosseguindo a sua actuação na procura da excelência, a Simarsul obteve a renovação da certificação do seu Sistema de Responsabili-dade Empresarial, para a Sede e para os subsistemas de Afon-soeiro, Alcochete, Cucena, Fernão Ferro, Lagoínha, Pegões, Pinhal Novo, Seixalinho, Sesimbra e Taipadas, e a extensão da certificação para o subsistema de Santo Isidro de Pegões, pelas Normas NP EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004 e OHSA 18001:2007/ NP 4397:2001.

Em 2011 foi obtida a reno-vação da certificação do Sistema de Responsabilidade Social, de acordo com a norma de referência SA 8000:2008.

Simarsul operou uma grande revolução com as novas ETAR

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Anti-stress

A Arteviva – companhia de teatro do Barreiro estreou ontem, sexta-

feira, a sua nova produção inti-tulada “Viemos todos do outro lado”, no Teatro Municipal local. Luís Mourão é o autor da peça, que conta com ence-nação de Dário Valente e as interpretações de Rui Martins e Vítor Nuno.

A peça conta a história de dois irmãos imigrantes que ao chegar ao país de acolhi-mento, deparam-se com difi-culdades comuns a todo aquele que decide partir à procura de trabalho. «Da observação atenta dos comportamentos dos que chegam, nasce este espectá-culo onde se fala de máfias, empregos, casamentos, saudades e esperanças», refere o autor Luís Mourão.

Luís Mourão tem 54 anos. É professor, mas trabalha no teatro, desde 1977. Nas duas últimas décadas, o texto dramático ocupou toda a sua actividade nesta área. Trabalhou e escreveu para diversas companhias, entre as quais a ACTA, “Efémero”, Companhia de Teatro de Aveiro, “O Nariz. Teatro de

Grupo” ou o Teatro da Trin-dade, onde durante alguns anos exerceu as funções de dramaturgo residente.

“Viemos do outro lado” vai estar em cena às sextas-feiras e aos sábados no Teatro Muni-cipal do Barreiro. O ingresso custa cinco euros, mas também há descontos para grupos com mais de dez pessoas.

Bailado da repressãoA Companhia Paulo Ribeiro apresenta um bailado que vive da repressão da energia sexual e da sua confrontação com a fantasia romântica e religiosa. Teatro Municipal de Almada | 21h30.

Músicas do mundoO quarteto Chibanga Groove desloca-se ao Montijo para celebrar o Dia Mundial da Música com música alegre, ritmos fortes, progressivos e muita improvisação. Teatro Joaquim d´Almeida | 21h30.

Luís de Matos ChaosO mágico português mais premiado e distinguido de sempre vai a Sesimbra para mostrar um novo espectáculo repleto de interação, mistério e efeitos inexplicáveis. Cineteatro João Mota | 21h30. Sáb. 29

Sáb. 29 Sáb. 29

+ Cartaz...

Arteviva estreia peçasobre máfias e esperanças

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Temos alguns convites para oferecer aos leitores para irem ao Montijo assistir ao concerto dos Chibanga Groove, este sábado, às 21h30, no Cinema-Teatro Joaquim d´Almeida. Trata-se de um quarteto de Lisboa, fundado em 2008, que interpreta temas alegres e ritmados de sua autoria. Basta ligar 918 047 918 e solicitar o seu convite.

Para poder assistir à nova peça do Arteviva, “Viemos todos do outro lado”, em cena no Teatro Municipal do Barreiro, que conta a história de dois irmãos imigrantes, basta ligar 918 047 918 e solicite o seu convite duplo grátis.

Convites para concerto Chibanga Groove

Convites para o teatro

Ofertas Semmais

Ofertas Semmais

LAZERDIA 29/09 ÁS 21H00, PASSEIO NOTURNO – “Saluar Baía de Prata e Ouro numa Noite de Erotismo Poético” , iniciativa do programa “Passeios Pedestres Municipais de Setúbal”,./ Informações: 265 227 685 / www.sal.ptDIA 30/09 ÁS 10H00, PASSEIO PELA ARRÁBIDA – “Quintas de Azeitão”, integrado no programa “Passeios Pedestres Municipais de Setúbal”./ Informações: 265 227 685 / www.sal.pt

EXPOSIÇÕESDIA 30/09 ÀS 15H00 NO MUSEU DO TRABALHO MICHEL GIACOMETTI, INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO - “Há que ter lata – Man muss sich nur trauen”, obras de Antje Weber, produ-zidas com latas vazias de conserva de peixe, numa mostra integrada nas Jornadas Europeias do Património 2012. / PATENTE ATÉ DIA 4/11/12, horário: Ter a sex., das 09h30 às 18h00; sáb. e dom, das 14h00 às 18h00.

INAUGURAÇÃO DA CASA DA CULTURADIA 5/10 ÀS 10H30 E ÁS 15H30

FRENTE À CASA DA CULTURA, de manhã pintura ao vivo e à tarde

vários momentos musicais com vários artistas setubalenses e grupos./ ÀS 17H30, intervenção da Presidente da Câmara Municipal de Setúbal./ ÀS 18H00

– visita ás instalações com a participação do Teatro do Elefante;

exposição José Afonso, “Geografias de uma vida”– na Galeria de exposições; abertura ao público: Espaço das Artes, Centro de Documentação Local, Centro de Documentação Estudo e Promoção da Canção Popular Portuguesa, Escola de Música e ainda um beberete com atuação de Filipe Narciso no Café das Artes/ Pátio do Dimas / ÀS 21H30, concerto Bardoada/

Gaiteiros e Banda do Andari-lho. / ÀS 23H00 no Pátio

do Dimas, Leituras encenadas pelo Teatro Estúdio Fonte Nova.

SUGESTÕES PARA: ANAFSOBRINHO@

GMAIL.COM

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Os problemas de dois irmãos imigrantes são o tema da peça

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Um sucesso «notável» foi como os participantes classifi-caram a organização do

Campeonato da Europa de Pati-nagem Artística, pela primeira vez realizado em Grândola.

Pela cidade e pelo complexo municipal José Afonso passaram, durante quatro dias, mais de um milhar de pessoas envolvidas na participação de 200 atletas oriundos de 12 países europeus num campeonato onde a partici-pação portuguesa arrecadou 6 medalhas: 3 de prata e 3 de bronze.

A Federação Portuguesa de Patinagem considera mesmo que o evento, organizado pela Fede-ração de Patinagem de Portugal, município de Grândola, Associação de Patinagem de Setúbal e Hóquei Clube Patinagem de Grândola «está entre os melhores já organizados em Portugal», o que leva o execu-tivo camarário a sentir orgulho numa iniciativa que apadrinhou desde o primeiro dia.

O vereador do desporto, Paulo do Carmo, considera a realização do evento em Grândola uma mais-valia, não só pelo brilho da pres-tação portuguesa como pela projecção da modalidade e, parti-cularmente, pelo prestígio que o

concelho ganhou ao acolher e realizar um evento desportivo deste calibre. «Teve um enorme impacto no concelho, a nível desportivo, económico e social», explica o autarca, para quem ficou demonstrada a capacidade do executivo grandolense em promover e realizar grandes eventos desportivos de cariz inter-nacional.

Para o sucesso da iniciativa muito terá contribuído a força de vontade e o voluntariado do Clube de Hóquei e Patinagem de Grân-dola, a entidade que propôs à autarquia a realização do evento desportivo e que o município

«agarrou desde a primeira hora», advoga Paulo do Carmo, para quem esta iniciativa é também a demonstração da vontade e quali-dade do trabalho da autarquia na promoção de iniciativas que projectem o concelho além fron-teiras.

Também os jovens patinadores portugueses fazem um balanço muito positivo do campeonato. Em declarações ao portal oficial da Federação de Patinagem de Portugal, afirmaram-se satisfeitos pelos resultados obtidos e agra-decidos pela massiva presença do público no pavilhão durante todos os dias de competição.

TELMA Monteiro foi consi-derada pelo CNID, Clube Nacional de Imprensa Desportiva, a melhor atleta feminina do ano.

A judoca de Almada vê assim reconhecidos os resultados conquis-tados ao longo do ano, apesar do momento menos bom nos Jogos Olímpicos de Londres onde não foi além do combate inicial, gorando assim as expectativas de uma medalha para Portugal na moda-lidade. Sobre o assunto a atleta considera que a sua «carreira deve ser analisada como um todo» e explica «tenho muitas medalhas das quais me devo orgulhar.”

O prémio atribuído pela imprensa desportiva é «gratifi-cante» nas palavras de Telma Monteiro, uma vez que «é a imprensa que acompanha o Desporto e é bom terem reco-nhecido o meu trabalho».

Recorde-se que durante a última época, a judoca do Benfica

venceu o Grand Slam de Paris e conquistou o título de campeã europeia pela quarta vez.

UMA acção de formação para treinadores decorreu no passado dia 15, nas instalações do C.C.D. Pragal, em Almada, de acordo com a vontade expressa em reunião de treinadores realizada no início da época aquando da discussão do calendário desportivo para 2012.

A acção teve, numa primeira parte, a troca de ideias sobre ques-tões básicas da modalidade, sendo temas que oferecem aos vários responsáveis, preocupação no sentido de manter uma linha que caracterize a modalidade como desporto olímpico que é, mas sem a desvirtuar da sua própria iden-tidade de origem nipónica e de arte marcial de dimensão universal.

A etiqueta, o cerimonial, o Judogi, o treino de Judo, a aula de Judo, técnica e Katas, competição, a defesa pessoal e as graduações foram os temas que dominaram a primeira parte. Após o intervalo, assistiu-se a quatro comunicações

de treinadores convidados que apresentaram as suas experiên-cias vividas na modalidade.

A Associação Distrital de Judo de Setúbal congratula-se com o sucesso desta actividade, uma vez que decorreu de «forma exemplar» e agradece publicamente, não só a todos os treinadores desta asso-ciação, mas também a todos os convidados que graciosamente participaram com o seu valioso contributo para uma troca de expe-riências «muito importante» entre todos treinadores presentes.

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+ Desporto

Judoca Andreia Zeferino brilhaA judoca Andreia Zeferino, do Pinhal Novo, ficou em 2.º lugar, categoria 70 quilos, na Taça Kiyoshi Kobayashi, no passado domingo, em Coimbra. Foi a melhor classificação alcançada por atletas da região.

Vitória recebe TondelaO V. Setúbal, em jogo a contar para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, recebe o Tondela, que ascendeu à Segunda Liga, a 21 de Outubro, no Estádio do Bonfim. É o primeiro jogo dos sadinos na prova.

Europeu de Patinagem em Grândolaum dos melhores realizados em Portugal

Bruno Turco apto para a competição

Vila Morena centenas decicloturistas

Treinadores de Judotrocam ideias em Almada

Telma Monteiromelhor do ano para o CNID

O MÉDIO brasileiro Bruno Turco apresentou-se no treino matinal de quarta-feira do V. Setúbal sem quaisquer limita-ções. Está recuperado da lesão que o tem afastado da equipa e poderá ser utilizado pelo trei-nador José Mota, este domingo, em Aveiro, frente ao Beira-Mar, a partir das 16 horas, em jogo refe-rente à 5.ª jornada da Liga Zon Sagres, época 2012/2013.

No primeiro treino da semana, José Mota não pôde contar com os jogadores Ney Santos e Pedro Queirós, que fizeram treino condi-cionado, enquanto Bruno Turco continuava a recuperar da inter-venção cirúrgica ao ombro esquerdo. O V. Setúbal e o Beira-Mar estão separadas apenas por três pontos na tabela classifica-tiva. Na época passada, também com José Mota ao leme, os sadinos venceram em Aveiro por 3-2.

Entretanto, o V. Setúbal está a organizar uma excursão de auto-carro a Aveiro para apoiar a equipa profissional, sendo o valor por pessoa de onze euros. A partida está agen-dada para as 7 horas do mesmo dia, em frente ao estádio do Bonfim.

As marcações deverão ser feitas na sala convívio, devendo para o efeito contactar os associados Marezas e Luciano.

CENTENAS de cicloturistas de todo o país são esperados, este domingo, para o 24º Passeio de Cicloturismo organizado pela Amigos do Ciclismo de Grândola, com o apoio da autarquia.

O percurso com uma distância de 65 quilómetros, que começa e termina em Grândola, passa pelo Valinho da Estrada, Melides, Pinheiro da Cruz e Carvalhal.

As equipas ou atletas indivi-duais podem inscrever-se na divisão de desporto da CMG ou na sede da associação.

Para além dos vencedores, a organização distingue também a equipa com mais elementos, a equipa da localidade mais distante, o atleta mais idoso e o atleta mais jovem.

O 24º Passeio de Cicloturismo de Grândola é organizado pela Amiciclo com o apoio do muni-cípio de Grândola.

Competição’dá seis medalhas a patinadores portugueses

A participação portuguesa no Campeonato da Europa de Patinagem artística, que terminou sábado, em Grândola, arrecadou 6 medalhas, 3 de prata e outras tantas de bronze.Maria João Quelhas conquistou a medalha de bronze no Combinado Juvenis Feminino. O mesmo lugar no pódio foi alcançado pelo juvenil Luís Galego no combinado e também nas Figuras Obrigatórias.O par juvenil Mariana Souto e José Souto conquistou a medalha de prata de Pares Dança e Diogo Silva garantiu mais duas medalhas de prata a Portugal. O cadete conquistou o segundo lugar na Patinagem Livre (programa curto + programa longo) e no Combinado (patinagem livre + figuras obrigatória).

Treinadores do Judo em formação

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Telma Monteiro e mais um prémio

Artistas da patinagem reúnem-se em Sines para mostrar a sua arte

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O SECRETÁRIO da Indús-tria Naval e Portuária do Estado da Bahia, Carlos Costa, visitou o porto de Sines, no passado 20. Carlos Costa mostrou-se particularmente interessado no porto de Sines, enquanto ‘hub’ portuário de referência no que diz respeito às tecno-logias de informação, com espe-cial destaque para a Janela Única Portuária (JUP).

Após uma reunião com a presidente Lídia Sequeira e o administrador Duarte Lynce de Faria, onde para além das prin-cipais características físicas do porto foram também apresen-tados os principais ‘softwares’

de gestão, que contribuem para que Sines consiga índices de produtividade e eficiência ao nível dos principais portos euro-peus, o secretário da Indústria Naval e Portuária visitou o centro de sistemas e helpdesk, onde observou de perto o funciona-mento da JUP.

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+ Negócios

O avultado investimento da REN no terminal de gás natural foi celebrado com visita do secretário de Estado

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OS TERMINAIS do porto de Sines não sofreram perturba-ções nas operações durante a passada quinta-feira. O Terminal de Contentores de Sines (Terminal XXI) esteve apto para a realização de todas as operações dos seus clientes.

Também o Terminal Multiusos, concessionado à Portsines, operou normalmente, com várias operações de carga e descarga de navios a decorrer. Os restantes terminais do porto de Sines estiveram também em total operacionalidade, sem qualquer afetação nas opera-ções previstas.

REN investe 200 milhões de euros no alargamento do terminal de gás natural no Porto de SinesCerca de 200 milhões de euros foram investidos pela REN - Redes Energéticas Nacionais nas obras de alargamento do terminal de gás natural do porto de Sines. Um terceiro tanque de armazenamento, com 150 mil metros cúbicos, aumentam a capacidade do terminal que fica também apto a receber navios de maior porte.

Com o alargamento do terminal de gás natural de Sines, que foi construído dentro dos

prazos e valores estabelecidos, a REN vem dotar o porto sineense de uma plataforma de rotação de gás natural em termos internacio-nais e, ao mesmo tempo, poten-ciar a posição de Portugal na cons-trução de um ‘hub’ ibérico de gás. A conclusão dos trabalhos foi cele-brada com uma sessão solene, no passado dia 24, em Sines, com a presença do secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.

Está assim garantido o aumento da capacidade do terminal e o reforço da segurança do abaste-cimento energético em Portugal. Um terceiro tanque de armazena-mento de gás natural e novos circuitos de água e mar e sistema de emissão, bem como uma terceira baía de enchimento de camiões cisterna, são agora uma realidade através deste forte e estratégico investimento da REN.

A partir de agora o terminal passa

também a receber navios de maior porte, como é o caso dos Q-Flex, com um volume de 215 mil metros cúbicos, cenário que vai ao encontro da vocação do porto sineense.

Terminal representa 50 % do gás natural do país

Paulo Mestre, director do terminal de gás natural de Sines, afirma que, nos dias de hoje, a nível nacional, o terminal de gás já representa «mais de 50 por cento do gás natural que entra em Portugal». A nível local, considera que a nova aposta vem «potenciar o ressurgimento de grandes consumidores nesta zona, como a central ciclo-combinado que está prevista para avançar em Sines».

«Se nos forem dadas condições, em termos de tarifas transfrontei-riças competitivas, também pode-remos competir com Espanha. Penso que a importância deste terminal transcende as fronteiras do nosso País», sublinha o responsável, que acrescenta que o terminal ganhou

«substancial» capacidade de arma-zenagem, através da construção de um tanque com 150 mil metros cúbicos, o qual se junta aos dois antigos tanques de 120 mil metros cúbicos. «Com estas obras, o reforço de armazenamento do terminal passa a ser de 62,5 por cento, enquanto a capacidade de lançamento de gás na rede cresceu 50 por cento», frisa Paulo Mestre.

Benefícionacional

Lídia Sequeira, presidente do conselho de administração da Administração do Porto de Sines (APS), encara a expansão do terminal de gás natural como uma obra «fundamental» para a recepção de «maior quantidade de navios» e movimentação de «outros produtos», bem como um passo para a «redução do preço unitário de operação».

Por outro lado, a responsável destaca o reforço da capacidade

de planeamento estratégico para o fim da dependência do porto de Sines em relação ao gasoduto de Magreb para a entrada do gás natural em Portugal. «Com o terminal de Sines e com este aumento de capacidade, ficamos com uma grande alternativa para podermos abastecer todo o País a partir deste terminal, o que é muito importante do ponto de vista estratégico nacional», acrescenta.

Por outro lado, Lídia Sequeira considera que este alargamento permite uma actuação, além de Portugal, em todo o mercado ibérico, o que «acaba por beneficiar a expansão dos operadores nacionais».

Exportações ‘disparam’ no Porto de Setúbal Lídia Sequeira recebe

Governante brasileiro Greve não afectou porto sineenseO COMPLEXO portuário de

Setúbal registou, de Janeiro a Agosto, um crescimento de 5% na actividade exportadora, comparativamente com igual período do ano passado, o que corresponde à expedição de 2,9 milhões de ton. de mercadorias.

Para o bom resultado da expor-tação de mercadorias no período considerado, a administração portu-ária elege os desempenhos dos termi-nais Multiusos Zona 2, concessio-nado à Sadoport, com 795 mil ton., uma subida de 15 por cento em relação a 2011; Secil, com 705 mil ton., mais 9,5 por cento; Termitrena, com 667 mil ton., mais 36 por cento, e Praias do Sado, com 240 mil ton., mais 6,7 por cento.

As mercadorias com maior peso no papel exportador do Porto sadino

têm sido o cimento com 977 mil ton.; o clínquer com 667 mil ton.; os produtos metalúrgicos com 353 mil ton.; os minérios com 292 mil ton.; o papel com 146 mil ton. e viaturas novas com 68 mil unidades.

A importância estratégica do porto levou à sua escolha para a realização da Conferência dos Presidentes das Comissões Parlamentares (CPCP) para uma sessão comemorativa do Dia Internacional do Mar.

Na sua intervenção, o presidente da APSS, Carlos Lopes, abordou a importância do mar para a economia e para as populações, a par do desen-volvimento dos vários sectores a ele ligados, particularizando sobre as actividades desenvolvidas no Porto de Setúbal e o seu contributo para a economia da região e do país.

O novo tanque tem capacidade para 150 mil m3 e o

lançamento de gás na rede cresceu

50 por cento

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O FAMOSO e conhecido Moscatel de Setúbal, 2007, da Bacalhôa, acaba de conquistar o “International Trophy” no concurso inter-nacional Decanter World Wine Awards 2012, um dos concursos mais competitivos do mundo, com um total de 14 120 amostras concorrentes. O evento foi organizado pela prestigiada revista inglesa Decanter,

O Moscatel de Setúbal da Bacalhôa venceu um dos 28 “ I n t e r n a t i o n a l Trophies” na categoria de vinho fortificado doce com um preço perto dos 13 euros.

De acordo com a organização, o vinho demonstrou ser «um néctar luxuoso que capta atenção com o seu perfume selvagem, onde se misturam pêssegos, flores, maçãs, canela e noz-moscada». O painel de duzentos provadores desta competição mundial, que existe desde 2004, atribui os prémios em categorias de região e de preço.

Na sequência do anúncio da alta distinção da Decanter, revista de vinho que existe desde 1975, Henrique Soares, presidente da Comissão Viti-

vinícola Regional da Península de Setúbal, afirmou que «os vinhos da Península de Setúbal, pela receptividade da crítica especializada e

pelos extraordinários resultados obtidos nos mais prestigiados concursos internacio-nais, têm contribuído para a afirmação da marca ‘Wines of Portugal’ e constituído um motivo de orgulho para todas as empresas, que se empenham, nesta região, em produzir vinhos de elevada qualidade».

No Decanter World Wine Awards 2012, os vinhos nacionais conquistaram, em termos globais, 2 “International Trophies”, 18 medalhas de ouro e mais de uma centena de medalhas de prata, bronze e recomendações de qualidade.

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A TOYOTA Caetano Portugal apresentou, nos dias 21 e 22, em Aveiro, os três novos modelos híbridos aos meios de comunicação regionais. O Yaris Híbrido, o Prius + e o Prius-In, que se juntam aos já existentes Toyota Prius e Híbrido. Cerca de 65 jornalistas, convidados e clientes ficaram a conhecer as potencialidades e inovação da gama híbrida Toyota - através de test-drives -, a qual representa um passo significativo na implementação da estratégia europeia da marca na área dos puros híbridos.

Paula Arriscado, direc-tora do Departamento de Comunicação e Marketing da Toyota Caetano Portugal, deposita as melhores expec-tativas nas novas viaturas Toyota. «Apesar das vendas do sector automóvel não serem as melhores e dos preços das nossas viaturas híbridas serem acima da média do mercado, estamos esperançados em bons negó-cios. Estamos a semear agora

para depois, no futuro, colher os frutos para esta mudança de paradigma da mobili-dade», frisa, não tendo dúvidas de que a gama híbrida representa «o futuro imediato do sector auto-móvel, porque reduz a emissão de Dióxido de Carbono, o consumo de combustível e o ruído, e proporciona uma condução segura, ecológica e ágil» nas nossas cidades.

Viaturas eficientes e competitivas

Por seu lado, António Costa, assessor de imprensa do Departamento de Comu-nicação e Marketing da Toyota Caetano Portugal, além de evidenciar os diversos pormenores técnicos destas viaturas «mais eficientes e extrema-mente competitivas», realçou que os preços destas três viaturas rondam entre os 19 e os 41 mil euros. Baixos custos de manutenção, na utilização, manutenção e

reparação, e uma evolução de vendas em ascenção, foram outros pormenores destacados nas viaturas híbridas da Toyota.

Aveiro, por ser uma cidade que defende e preo-cupa-se com a qualidade ambiental, através de diversos projectos em prol de maior eficiência na área

da ecologia e mobilidade, foi o local do País para esta apresentação-convívio.

Além de ficarem insta-lados num hotel de quatro estrelas, o Meliã Ria Aveiro, os convidados tiveram direito a assistir à apresen-tação das viaturas e a um ‘brunch’ de boas vindas e jantar no hotel, bem como

um passeio de moliceiro pela Ria de Aveiro, o qual viria a culminar com um almoço, à base de peixe, num dos afamados restaurantes do coração da conhecida ‘Veneza de Portugal’. E ainda houve tempo para provar os afamados oves moles de Aveiro e levar algumas recor-dações para a família.

Híbridos da Toyota aceleram em Aveiro

Moscatel Bacalhôa brilha em Londres

Pub.

Embaixadores satisfeitosAs figuras públicas Luís Represas, Cláudia Vieira e Sofia Cerveira, embaixadores da Toyota, marcaram presença no evento, e testemunharam a experiência «muito enriquecedora e maravilhosa» no convívio com as’ bombas’ Toyota, com todos os participantes. Luís Represas salientou que todos «ficamos a ganhar» com as viaturas Toyota, enquanto Cláudia Vieira considera que estamos na presença de carros com «características muito diversas e óptimos para circular nas nossas estradas». Já Sofia Cerveira, que gosta de conduzir de forma «mais arriscada», no seu dia-a-dia, sente-se uma «privilegiada» por estar ligada a uma marca que continua a alcançar «grande sucesso» no mercado.

As viaturas híbridas da Toyota foram bastante elogiadas por todos os participantes no evento

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HS aposta em ‘tubo’inovador

A CASA A g r í c o l a

H o r á c i o Simões, com 102

anos, em Quinta do Anjo, lançou no

mercado, por altura da Festa das Vindimas

um novo conceito de embalagem para o

moscatel. Trata-se da embalagem Wit (Wine in Tube) em forma de um tubo de vidro patenteado, seri-grafado e fechado através de ‘screwcap’ de alumínio. Este conceito inovador é originário da zona de Bordéus, em França.

O enólogo Luís Simões realça que a embalagem Wit, com moscatéis de 2007 (Roxo), 2009 (Setúbal Novo) e 10 Anos Superior (Setúbal Velho), dá a conhecer a elevada qualidade dos moscatéis da adega. «É um formato que foi lançado pela primeira vez em Portugal e que permite aos consumi-dores provar os nossos vinhos moscatéis sem terem de adquirir uma garrafa de moscatel dispendiosa», frisa.

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U M A oposição ‘feroz’ a «qualquer intenção de extinguir as autarquias» é como o executivo alcochetano se posiciona face à reorgani-zação administrativa.

Esta decisão consta da moção aprovada por maioria pela Câmara, com abstenção do PS, com a câmara a considerar que a Lei n.º 22/2012, de 30 de Maio «representa um retro-cesso na autonomia do poder local democrático e um atentado contra os direitos das populações e o desenvolvimento local».

Para o edil Luís Franco, a decisão terá sido refor-çada pelo facto do legislador ter inserido a freguesia de Samouco no concelho de Alcochete e também no município do Montijo. Luís Franco diz que o acerto de extremas deverá ser resol-vido no âmbito do processo de revisão dos planos direc-tores municipais.

Alcochete defende freguesias

A S JORNADAS Europeias do Património decorrem desde ontem, no concelho, com um conjunto de iniciativas relacionadas com a promoção do património cultural da cidade.

Depois da visita guiada pelo património azulejar e pelos edifícios históricos do centro da cidade, realizada ontem, neste sábado as come-morações das Jornadas Euro-peias do Património levam ao auditório da Galeria Muni-cipal a conferência Heráldica – Memória com Futuro, proferida pelo Tenente-Coronel Pedroso da Silva, ex-director do Gabinete de Heráldica do Exército. Após a conferência, os partici-pantes vão realizar um pequeno percurso heráldico pela zona central da cidade para observar algumas pedras de armas presentes em diversos edifícios.

As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Euro-peia, envolvendo cerca de 50 países, que tem por objectivo a sensibilização dos cidadãos para a impor-tância da salvaguarda do património. A Direção Geral do Património Cultural é a entidade responsável pela coordenação do evento a

nível nacional. Este ano, o tema das

Jornadas é “O Futuro da Memória”, com o qual se pretende promover a apro-ximação do público ao patri-mónio cultural, realçando a sua importância enquanto memória e documento da história e do desenvolvi-mento das sociedades e também o seu papel para a construção do futuro.

A PETIÇÃO que reuniu mais de 5 mil assinaturas, pela construção da nova secundária da Quinta do Conde levou a vereadora da Educação, o presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde e responsáveis dos agrupamentos de escolas a reunir com a Comissão Parlamentar de Educação.

As autarquias defendem que, apesar das dificuldades que o país atravessa, a cons-trução daquela escola deve ser vista como prioritária, «tanto mais que o alarga-mento da escolaridade obri-gatória para os 12 anos vai aumentar significativamente o número de alunos que terão de se deslocar para fora do concelho».

Actualmente, o ensino secundário nesta freguesia, uma das que maior cresci-mento demográfico apre-sentou nos últimos anos, a nível nacional, resume-se à Michel Giacometti, que está completamente sobre-lotada. Esta situação obriga a que muitos alunos tenham que procurar alternativas

nos concelhos vizinhos. A Câmara de Sesimbra

disponibilizou um terreno, na urbanização da Ribeira do Marchante. O projecto foi elaborado e o início da construção esteve previsto para 2011. Contudo, o processo foi interrompido pelo actual ministro da Educação, na altura da polémica com a empresa Parque Escolar.

O projecto tinha capa-cidade para acolher 42 turmas do secundário e 9 do 3.º ciclo, o que corres-ponde a perto de 1200 alunos. O investimento rondava os 13 milhões de euros.

A FALTA de recursos humanos no serviço de oncologia do Hospital do Barreiro originou a realização de uma petição que já reúne mais de cinco mil assinaturas, com Cristina Santos, uma das promotoras da iniciativa, a considerar que a situação actual é «inadmissível».

«Temos poucos oncolo-gistas seniores no hospital do Barreiro, mas também só temos uma patologista, o que é inacreditável e infelizmente somos imensos doentes. Estamos a ser prejudicados, pois é inadmissível que um hospital que é único e de refe-rência neste serviço na Penín-sula de Setúbal esteja com falta de recursos humanos», disse, durante o período aberto ao público da Assem-bleia Municipal do Barreiro.

Cristina Santos afirmou que a petição, que está a decorrer desde Julho, já recolheu mais de cinco mil assinaturas.

«Tem já 5538 assinaturas e não está concluída, numa petição que não tem nada de partidário ou sindical, e penso que chegaremos às seis mil assinaturas. O serviço foi criado para ser uma unidade de referência na Península

de Setúbal, com investi-mentos elevados. Sou doente oncológica, sou tratada no hospital e estamos numa situ-ação grave», salientou.

Cristina Santos defendeu que a petição vai ser enviada para a Ordem dos Médicos, parlamento, Presidente República, primeiro-ministro e Tribunal Inter-nacional de Haia.

Depois da saída de um médico e do caso de outro médico com 20 horas sema-nais, depois de um acordo com o Hospital Garcia de Orta, a Oncologia conta agora com quatro especia-listas e sete internos de Oncologia.

Face a estas saídas, o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo considera urgente a necessidade de recruta-mento de especialistas, tendo já dado passos nesse sentido.

O COMBOIO turístico da Costa de Capa-rica continua a preocupar o presidente da Junta de Costa de Caparica, António Neves, que já solicitou uma reunião com o conselho de administração da socie-dade Costa Polis para que o cais de embarque regresse à sua posição original. «Isto é um problema que já se arrasta há quatro anos. Com a paragem do programa Costa Polis, o comboio ficou com uma acessibili-dade muito reduzida e queremos que o cais de embarque volte para próximo do hotel», realça o autarca.

O comboio da Costa da Caparica, que corre o risco de deixar de ser atracção turística no próximo ano, foi o motivo de uma reunião, no passado dia 13, com cerca de trinta moradores, onde se ficou a saber que corre já uma petição para defender esta atracção turística, que

já vai em cerca de 2 mil assi-naturas. «Queremos ver se conseguimos entregar essa petição em finais deste mês no Ministério do Ambiente, para ver se existe a possibi-lidade de relocalizar o ponto de embarque do comboio junto ao hotel. Continuam a brincar com a Costa de Caparica, mas não perce-bemos porquê», frisa.

António Neves, que reconhece que uma viagem

no transpraia da Costa «não é acessível a qualquer bolsa», relembrou que é fundamental que o comboio esteja «mais centralizado» para que tenha uma «maior procura». E relembra, que há três anos atrás, sugeriu, durante uma assembleia de freguesia, o encerra-mento dos acessos à cidade, num domingo de Verão, para «termos mais força nas nossas reivindicações».

U M A nova ligação rodoviária gratuíta entre Corroios e Lisboa arrancou esta semana, no Seixal, com a empresa Transportes Sul do Tejo (TST) a ‘piscar o olho’ a novos clientes para aumentar a oferta de transportes públicos entre as duas margens.

A nova ligação pretende «responder a uma necessidade de mobilidade que existe e captar novos clientes. Já tínhamos uma ligação de Almada ao Marques de Pombal, mas não tínhamos do Seixal e nessa perspectiva queremos ter uma ligação de zonas que não estavam directamente servidas para Lisboa», explica José Sá Guimas, administrador da TST.

O trajecto da carreira 169 tem início em Santa Marta do Pinhal, passando por Corroios, Feijó, Laranjeiro, Cova da Piedade, Pragal (Portagem), até chegar a Lisboa, à Rotunda do Marquês.

Autocarros à borla no Seixal

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+ Região

SEIXALALMADA BARREIRO

SESIMBRA

ALCOCHETE

MONTIJO

Neves quer Transpraia no centro da cidade da Costa

Concelho de Montijo divulga Histórianas Jornadas Europeias do Património

Escola na Qta. do Condeleva autarcas ao hemiciclo

Oncologia gera petição no Barreiro

Utentes querem médicos

Tradição turística defendida com unhas e dentes

Milhares exigem nova escola

Azulejaria é um dos temas em destaque nas conferências

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Programa intensivo no Museu de Sines celebra 650 anos do concelho

EM 2012, o Museu de Sines comemora os 650 anos da criação do concelho de Sines promo-vendo uma série de inicia-tivas de evocação do passado e análise e docu-mentação do presente para as futuras gerações.

O programa centra-se nas colecções de pintura do Museu e na sua capa-cidade de nos fazer viajar no tempo.

Este sábado, decorre a presentação da última aquisição do Museu de Sines, um quadro de Maria de Lourdes de Mello e Castro representando a praia de Sines em 1945.

Trata-se de um quadro tido como um precioso documento da praia de Sines em meados do século XX.

Amanhã, domingo, realiza-se uma visita às imagens do barroco, na Igreja de Nossa Senhora das Salas.

O Tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas conserva no seu rico acervo notáveis peças barrocas dos séculos XVII e XVIII, nas mais diversas formas artísticas, desde a pintura de cavalete, azulejos, ourivesaria e escultura.

São imagens não só de grande impacto visual mas que também contam histórias mediante a utili-zação se símbolos, atri-butos e alegorias.

ESTE ano lectivo, o Plano Nacional de Cinema (PNC) vai ser implementado em modelo piloto em 23 escolas do país, incluindo as do concelho de Grândola.

O Agrupamento de Escolas de Grândola foi o escolhido com base em critérios que se prendem com a sua relação com projectos de educação para e através de diversas artes.

Em cada uma das escolas, o plano será desen-volvido por um professor coordenador, sob a direcção e com a respon-sabilidade do director da escola ou do agrupamento.

O plano é um programa da Secretaria de Estado da Cultura e do Ministério da Educação e abrange longas e curtas-metragens de vários géneros - cinema mudo, western, musicais, cinema de animação e documentário.

Grândola ganha Cinema

O MÊS de Outubro, no concelho da Moita, vai ser especial-mente dedicado aos mais idosos. Música, dança e teatro, passeios no varino municipal O Boa Viagem, ateliers de artes decora-tivas e visitas ao patri-mónio prometem propor-cionar momentos únicos aos utentes das várias insti-tuições de reformados e idosos do concelho e são apenas algumas das inicia-tivas de um vasto programa que a Câmara preparou para a população sénior, entre os dias 1 e 26 de Outubro.

Promover o envolvi-mento activo da população idosa em actividades físicas, intelectuais e sociais e zelar pelo seu bem-estar são os princi-pais objectivos desta inicia-tiva. Entre as acções, contam-se espectáculos musicais, sessões de cinema, teatro e passeios de barco.

A PETIÇÃO contra a extinção de fregue-sias no concelho de Palmela vai ser debatida em plenário da Assembleia da República, na sequência da audição da presidente do município, Ana Teresa Vicente, a primeira subscritora, na comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.

A Assembleia Municipal vai, entretanto, pronunciar-se sobre a lei da reorgani-zação administrativa do território, em reunião pública extraordinária, no dia 10, às 21 horas, na biblioteca local.

A audição parlamentar, no passado dia 19, contou com a presença dos presi-dentes das cinco juntas de freguesia e foi antecedida de reuniões com todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, para expor, com maior detalhe, as razões que funda-mentam a petição e, desse modo, sensibilizar os depu-tados para a especificidade

do concelho de Palmela e para a necessidade de rever os critérios de reorganização administrativa previstos na nova legislação.

O município de Palmela abrange um território com 465 quilómetros quadrados e cerca de 63 mil habi-tantes, e está dividido pelas freguesias de Palmela, Pinhal Novo, Marateca, Poceirão e Quinta do Anjo.

Segundo fonte da autar-

quia, a extensão do terri-tório e a grande dispersão dos aglomerados popula-cionais foram determi-nantes para a criação de protocolos de descentra-lização de competências municipais para as juntas de freguesia, em diversas áreas decisivas para a qualidade de vida dos munícipes, como a higiene e limpeza ou a conservação da rede viária.

O 28.º Festroia - Festival Interna-cional de Cinema de Setúbal, está a «decorrer muito bem, quer em termos de público, quer em termos de organização, estou muito emocionada», refere a directora Fernanda Silva, que não esquece a sala completamente cheia durante a abertura do certame, o qual encerra este domingo e presta home-nagem à cinematografia croata, com a atribuição do Golfinho de Cristal.

Fernanda Silva reco-nhece que as excelentes condições do renovado Forum Luísa Todi estão a atrair «mais público» ao certame, que no sábado, à noite, vai entregar o Golfinho de Carreira à actriz Alexandra Lencastre. «Já não tenho o coração a bater antes do início de cada projecção e isso para mim é o mais importante, a qualidade», desabafa a responsável, acrescentando que está

«bastante satisfeita» e que valeu a pena esperar três anos para que o festival se realize com «menos stresse».

A directora destaca ainda a «grande qualidade» dos filmes da secção oficial, concluindo que o júri «não vai ter tarefa fácil». Por outro lado, elogia a carreira de Alexandra Lencastre, sublinhando que é «mere-cedora da nossa home-nagem, pois já tem uma carreira de mérito».

Até este domingo, o Fórum continua a receber várias fitas dos 182 filmes, de mais de 40 países, repar-tidos pelo cinema Charlot.

A presidente do muni-cípio Dores Meira elogiou «a paciência que tiveram para esperar pelo Luísa Todi» e por nunca desistir, nas três edições em que o Fórum esteve fechado para obras, de realizar em Setúbal, em espaços alter-nativos proporcionados pela autarquia, esta «festa do cinema».

O PROGRAMA turístico Alcácer dos Cinco Sentidos diversifica, este mês, o alcance com actividades desportivas ao ar livre. Com o objectivo de dar a conhecer o potencial do concelho, e depois de uma visita pelos trilhos do vinho, no final de Setembro, o mês de Outubro privilegia a actividade desportiva pela natureza.

Assim, no dia 21, pode participar na Maratona Vale do Sado, uma prova de BTT com diferentes graus de dificuldade, que inclui uma maratona de 90km, uma meia maratona de 60km e ainda um passeio guiado de 25km.

O programa, que se estende até ao final do ano, é acompanhado pela mostra gastronómica Sabores de Alcácer, com pratos temáticos que remetem para a época do ano. São 22 os restaurantes aderentes, em Alcácer do Sal, Comporta e Torrão.

O VENCEDOR da edição deste ano do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca – IX edição reuniu o consenso do júri.

O Prazer dos Estranhos, da autoria de Rui Miguel Oliveira Herbon, foi a obra vencedora entre as 46 que este ano estiveram a concurso.

O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca foi atribuído à obra O Prazer dos Estranhos, da autoria de Rui Miguel Oliveira Herbon, que a subscreveu com o pseudónimo Blumenau.

O Júri da IX edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca deliberou, também por unanimidade, atribuir duas Menções Honrosas, a primeira ao original O Barbeiro da Care-cada, da autoria de Luís Leiria, a segunda ao intitulado Guerras, Revoluções etc…, de João Paulo Vaz, que firmaram os seus trabalhos com os pseudónimos de Luís Ruão e Mário Marabatay, respectivamente.

Integraram o Júri, João

Morales, jornalista e crítico literário, José Correia Tavares, vice--presidente da Associação Portuguesa de Escritores, e Helena Cabral, professora. A deliberação foi tomada por unanimidade.

O Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca, cujo valor monetário é de 5000 euros, admitiu a concurso 46 originais de autores lusófonos.

A cerimónia de entrega do Prémio decorrerá no dia 20 de Outubro pelas 16h00, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca de Santiago do Cacém.

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SANTIAGO

SINES ALCÁCER

GRÂNDOLA

MOITA

SETÚBAL PALMELA

Festroia no ‘grande’ Forum de Setúbal

Palmela luta em S. Bento contra extinção de freguesias

Moita acarinha idosos

Alcácerpromove turismo

Santiago dá prémio ao Prazer dos Estranhos

O desejo de Ana Teresa Vicente sobe à discussão parlamentar

Escritor inspira novos valores

Arte sacra em destaque

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