SEMINÁRIO EXPÕE AVANÇOS TECNOLÓGICOS · Brasileiro de Avaliação da Con - for midade, do...

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ISSN 0100-1485 ENTREVISTA Ano 11 Nº 54 Out/Jan 2015 Alfredo Carlos Orphão Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade do INMETRO SEMINÁRIO EXPÕE AVANÇOS TECNOLÓGICOS PINTURA ANTICORROSIVA

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ISSN 0100-1485

ENTREVISTA

Ano 11Nº 54Out/Jan 2015

Alfredo CarlosOrphão Lobo,diretor de Avaliaçãoda Conformidadedo INMETRO

SEMINÁRIO EXPÕEAVANÇOS TECNOLÓGICOS

PINTURA ANTICORROSIVA

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Sumário

4Editorial

Perspectivas para 2015

6Entrevista

A conformidade de produtos e serviços é essencial

8Pintura Anticorrosiva

Seminário expõe avanços tecnológicos

34Opinião

O cliente reclamou? Ainda bem!Erik Penna

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A revista Corrosão & Proteção é uma pu bli cação oficial daABRACO – Asso ciação Bra sil eira de Corrosão, fundada em17 de outu bro de 1968. ISSN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

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DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoEng. Aldo Cordeiro DutraCesar Carlos de Souza – WEG TINTASM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – CENPESIsidoro Barbiero – SMARTCOATEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Simone Louise Delarue Cezar Brasil

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

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DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz – Vogal Comunicaçõ[email protected]

RepórterCarlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Esta edição será distribuída em janeiro de 2015.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

20Análise crítica dos ensaios decorrosividade de derivados de

petróleo ao cobre e ao aço-carbonoPor Lorena Cristina de Oliveira Tiroel,

Vanessa Yumi Nagayassub, ZehbourPanossian, Johny Hernandes de Oliveira

26Atividade de biocidas comerciais

na corrosão microbiológicaem sistemas salinos

Por Lindomar C. A. de Araújo, MárciaTeresa Soares Lutterbach, Leila Yone Reznik,

Eliana Flavia Camporese Servulo

Sumário54_Sumário/Expedient36 1/11/15 5:05 PM Page 1

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onsiderando o atual panorama econômico e político nacional, certamente 2015 se apre-sentará como um grande desafio para a indústria nacional. Novo mandato presidencial, novos mi -nistérios e, como vem sendo noticiado, rígidas políticas de austeridade fiscal. Soma-se a esses pon-

tos a perspectiva de baixo crescimento da economia nacional, reflexo de um conjunto de fatores de dese-quilíbrios internos e também o fraco desempenho de outras economias emergentes.

A alta produtividade de petróleo dos Estados Unidos e o baixo preço do petróleo no mercado interna-cional com certeza influenciarão a performance da indústria petrolífera, exigindo adequação do parqueindustrial voltado à essa atividade. O petróleo ainda terá que buscar caminhos alternativos para concorrercom as inovadoras fontes de energia renovável, cada vez mais incentivadas por governos e empresas.

De uma forma geral, o setor industrial nacional terá pela frente a concorrência mais acirrada das econo-mias asiáticas de larga produção e alta tecnologia. Levando-se em conta que aparentemente o mercadonacional chegou a uma posição limite de crescimento, a saída para o crescimento é a conquista de merca-dos que estão nas mãos de concorrentes. Agora, estamos preparados para isso? A indústria nacional se

ressente grandemente de um aporte mais efetivo em tecnologia ade-quada, competitividade empresarial, logística, infraestrutura e aindaansiamos uma reforma fiscal para viabilização de custos equivalentesa outros centros industriais.

A estagnação do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro reflete ofraco desempenho da indústria nacional. E mudar esse panorama exi-girá encarar os desafios de ampliar a produtividade – o que implicatambém ampliar investimentos para a melhoria da infraestrutura,tornar mais racional a cobrança de impostos, investir na reforma

previdenciária e trabalhista, entre outras questões relevantes.Espera-se que 2015 seja ponto de partida para novos caminhos, com aumento da confiança nas regras

e maior rigidez em pontos que podem potencialmente desestruturar o crescimento contínuo. É fato que oBrasil tem um enorme potencial, mas para concretizar os resultados esperados será necessário mais do queter um grande mercado interno. Esse ciclo retroalimentado pelo potencial do mercado interno parece ter seencerrado. Agora é a vez da produtividade, e para isso é importante haver uma ideia clara de que seránecessário mudanças para que o cenário esteja alinhado a esse novo momento.

Seminário de Pintura – Nesta edição, a Revista Corrosão & Proteção apresenta entre outros temas rel-evantes a cobertura do II Seminário de Pintura anticorrosiva realizado pela ABRACO (ver matéria com-pleta na página X). Renomados profissionais do setor apresentaram os principais avanços tecnológicos den-tro do tema central do evento, que reuniu cerca de 300 pessoas no Rio de Janeiro. Ações como esta, focadasno aperfeiçoamento e atualização contínua, é um grande indicador da importância da ação institucional dasentidades, como a ABRACO, para o desenvolvimento nacional. Ampliar a produtividade, como colocado,exige conhecimento técnico e a ABRACO está, dessa forma, ajudando a disseminá-lo para um grandegrupo de profissional.

Boa leitura!

Os editores

Perspectivas para 2015

Carta ao leitor

Embora o Brasil tenha um enorme potencial,

para concretizar os resultados esperados é

necessário mais do que ter um grande mercado

interno. Agora é a vez da produtividade

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Editorial54:Editorial36 12/20/14 8:36 AM Page 1

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A conformidade de produtose serviços é essencial

Isso serve para que se tenha confiança na qualidade de produtos e serviços,traduzida em forma de desempenho, segurança e durabilidade

Entrevista

iretor de Avaliação daCon formidade InstitutoNacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia (Inme -tro), Alfredo Carlos OrphãoLo bo é Engenheiro Mecânico,especializado em Engenharia deEquipamentos de Petróleo, pelaPetrobrás em convênio com aUniversidade Federal do Rio deJaneiro – UFRJ, e AdvancedMan agement, pela Banff Schoolof Advanced Management, doCa nadá. É professor convidado,pela Universidade Católica deValpa raíso, no Chile. Ainda con -quistou o Certified QualityEngineer, pela American Societyfor Quality. Trabalhou durante28 anos na Petrobrás, atuandoem diferentes atividades, dentreas quais manu tenção, cons tru çãoe montagem, gestão da qua lida -de e gestão de recursos humanos.

Foi membro da equipe queim plantou os primeiros siste -mas de gestão da qualidade naPetro brás, pioneiros no Brasil,nas ati vidades de projeto, fabri-cação e montagem de instala -ções e de suprimento de materi-ais. Lobo tam bém participou daequipe que implantou, desde1990, o Pro grama Brasileiro daQualida de de Produtividade-PBQP, ten do atuado na sua co -ordenação en tre 1996 e 1998.

Atualmente é diretor deAva liação da Conformidade do

para a Europa (UNECE), aONU e a OMC.

Qual a importância da con-formidade para o setor depin tura industrial?Alfredo Carlos Orphão Lobo – Aconformidade dos produtos e ser -viços aos requisitos normativospre estabelecidos é essencial paraque se tenha confiança na quali-dade desses produtos e serviços,traduzida em forma de desem-penho, segurança, durabilidadeen tre outros. Avaliar a conformi-dade nada mais é do que ver seum determinado produto atendeos requisitos estabelecidos emuma norma. Essa é a razão de serde um processo de avaliar a con-formidade de um produto.

De que forma a conformidadecontribui na composição dastintas seriadas e nos materiaisde pintura?Lobo – No caso específico de tin-tas ou serviço de pintura é teruma maneira de atestar queaquilo que está previsto na nor -ma técnica está sendo feito de fatoe normalmente esse processo deavaliação é feito por terceiros. Aideia é dar clareza aos requisitosque os produtos e serviços sub-metidos a um processo de avali-ação da conformidade atendem.Vale ressaltar que a importânciadisso está relacionada com a me -

In metro, cargo que assumiu emmaio 2000. “Entre outras atri -bui ções, a Diretoria da Quali -dade do Inmetro é responsávelpor coordenar a implantação deRegula mentos Técnicos e dePro gramas de Avaliação daCon formidade de produtos eser viços no âmbito do SistemaBrasileiro de Avalia ção da Con -formidade”, explica Lobo, quetem participação ativa em di -ver sas outras entidades relacio -nadas à questão da conformi-dade. Ele é conselheiro do Co -mitê Brasileiro da Qualidade, daAssociação Brasileira de Nor masTécnicas (ABNT) e ainda ésecretário Executivo do ComitêBrasileiro de Avaliação da Con -for midade, do Comitê Brasileirode Normalização, do ComitêBra sileiro de Regulamentação.

Sua carreira contabiliza ain -da a publicação de cerca de 100trabalhos sobre técnicas decombate a corrosão e sistemasde gestão da qualidade, além deser co-autor do livro “Pinturana Proteção An ticorrosiva”, emsua quarta edi ção. Para conclu -ir, o diretor apresentou palestrasem entidades internacionais,como a Inter national Organiza -tion for Stan dardization (ISO),a Organização para a Coopera -ção e Desenvol vimento Econô -mi co (OCDE), a ComissãoEconômica das Nações Unidas

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Nilo MartireNeto

Por Carlos Sbarai

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lhoria da qualidade, proporcionaconcorrência justa, agregação devalor a marcas, melhora das re -lações de consumo. Também éim portante dizer que isso trazconfiança, na medida em que oproduto foi fabricado é submeti-do a um processo de avaliação daconformidade. Ao passar por en -saios em laboratórios o produtotem que atender os requisitos danorma técnica. No caso da tintasão feitas análise do teor de pig-mento, do poder de cobertura, deadesão entre outros para confir-mar sua qualidade, agregandovalor a sua marca.

Qual o papel dos cursos depintura industrial na formaçãode profissionais conscientiza-dos coma conformidade?Lobo – Não se pode obter con-formidade dos serviços de pinturaindustrial em relação a requisitosestabelecidos nas normas aplicá -veis, que não por meio de profis-sionais devidamente qualifica-dos. Os cursos de formação profis-sional associados à escolaridade eexperiência constituem os meiosmais adequados para que se quali -fique os profissionais, envolvendopintores, supervisores e inspetores.

Como a indústria, que se uti-liza dos serviços de pintura,avalia a conformidade dessetrabalho?Lobo – Pelo fato do Inmetro es -tabe lecer os requisitos de certifi-cação no Brasil, acabamos de de -senvolver um programa volun-tário de certificação de tintas, noqual o fabricante poderá agregarvalor à sua marca e mostrar queestá em conformidade com asnor mas técnicas exigidas receben-do um selo que atesta a confor -midade do seu produto.

Quais as normas que regem aconformidade para o setor detintas e pintura?Lobo – Desconheço a existência

de normas técnicas nacionais es -pecificamente para avaliação daconformidade de tintas e da pin-tura. Existem sim normas técni-cas nacionais de especificação detintas. Nesse sentido, como men-cionado, o Inmetro vem estabele-cendo portarias que criam pro -gra ma para a certificação de al -gumas tintas. Ou seja, procedi-mentos de certificação.

Qual o papel do Inmetro noprocesso de conformação deprodutos e serviços para osetor?Lobo – O Inmetro tem umimportante papel na criação nopaís de uma infraestrutura deTecnologia Industrial Básica, fa -tor fundamental para a competi-tividade da indústria nacio nal,alavancando exportações e impe -dindo a importação de produtosnão conformes, fatore gera dor de

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um país de primeiro mundo emtermos de processos de avaliaçãoda conformidade de produtos eserviços de diferentes setores. Acre -dito que nosso país pode ser com-parado aos mercados mais exi-gentes do mundo. Apesar de nãoatu ar especificamente no mercadode tintas e de pintura, eu ousariadizer que as tintas e os serviços depintura realizados aqui no Brasilsão equivalentes aos que são reali -zados no exterior. Dentro daqui-lo que eu consigo acompanhar,pos so afirmar que estamos nomesmo padrão lá de fora quandoo assunto é fabricação de tintas eserviços de pintura.

Em resumo, a conformidade éestratégica para o desenvolvi-mento nacional.Lobo – Sem dúvida. Dispor deuma infraestrutura robusta deava liação da conformidade, em

Acabamos de de senvolver um programa

voluntário de certificação de tintas, no qual

o fabricante poderá agregar valor à sua marca

e mostrar que está em conformidade com

as nor mas técnicas exigidas recebendo um selo

que atesta a confor midade do seu produto

”acidentes e de perda de emprego erenda. Nesse sentido o Inmetroacredita (reconhece competência)de laboratórios de calibração eensaios, de organismos de certifi-cação de produtos, processos e ser -viços, de organismos de inspe ção,bem como estabelece regulamentostécnicos e requisitos de avaliaçãoda conformidade, em especial decertificação, de produtos, proces-sos, serviços e pessoal.

Dentro dos setores de tintas epintura como se encontra oBrasil em relação aos outroscentros mais desenvolvidos,dentro do tema conformidade?Lobo – O Brasil é considerado

especial de produtos, é estratégicopara os países neste ambiente deeconomia globalizada. Eles sãofun damentais para fortalecer asrelações de consumos, tornar aconcorrência justa, induzir o pro -cesso de competitividade e im -pedir que produtos insegurosaden trem no mercado interna-cional. O Brasil possui essa infra -estrutura e pratica no país as me -lhores práticas internacionais deavaliação da conformidade deprodutos.

Mais infomações:www.inmetro.gov.br/qualidade

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Pintura Anticorrosiva

II Seminário Brasileiro de Pintura Anticorrosiva (SBPA) reali -zado pela Associação Brasileira de Corrosão – ABRACO, queaconteceu em dezembro, no Rio de Janeiro, foi um verdadeiro

sucesso. O evento contou com a participação de mais de 300 partici-pantes, com 28 patrocinadores e com 10 palestras. “Eu acho que oSeminário de pintura anticorrosiva, que foi plantado no ano passado,alcançou um sucesso bastante positivo e com um índice de aprovaçãomuito elevado. Nesta edição não foi diferente, tanto é que nós atu-amos com forma similar, com a mesma responsabilidade, selecionan-do temas de interesse geral da comunidade técnico-científica da áreade pintura anticorrosiva”, explica o coordenador do Comitê Técnicodo evento Fernando Loureiro Fragata.

“Eu também posso afirmar que esse evento foi extraordinário e queo sucesso desse encontro, que teve cem por cento de aprovação, sedeve à qualidade dos nossos palestrantes, dos temas selecionados eainda à colaboração dos nossos patrocinadores, que inclusive teve umnúmero recorde na história da ABRACO. Isso para mim é a prova quea pintura anticorrosiva tem vida própria, que é capaz de se autossus-tentar em seus eventos e cada vez mais estaremos apoiando tais inicia-tivas e as novas tecnologias. Foram seis meses de muito trabalho e comuma equipe muito reduzida, mas um grupo de idealistas. A ideia éfazer algumas alterações necessárias para os próximos eventos e apre-sentar novidades”, esclarece Fragata.

Segundo o consultor sênior da Petrobrás, Joaquim PereiraQuintela, apenas o número de pessoas presentes já mostra quão im -portante foi o Seminário. “É evidente que sempre estamos em buscade trazer o melhor para as empresas e para os profissionais do setor depintura anticorrosiva. Todo esse sucesso serve para que consigamostrazer esse nível de trabalhos apresentados no evento e para que ospróximos sejam ainda melhores. Eu quero ressaltar que a resposta dopúblico traduziu o sucesso do Seminário. Eu não chamo deSeminário, mas de uma confraternização anual dos profissionaisenvolvidos em pintura anticorrosiva. Inclusive foi possível perceberapenas comentários positivos durantes os intervalos”.

O gerente de treinamento técnico da Sherwin-Williams, CelsoGnecco, parafraseou o consultor Quintela ao dizer que esse não foium Seminário, mas sim uma grande festa. “Pudemos encontrar ami-gos para trocar ideias, além de ter sido uma grande oportunidade defazer perguntas que não estavam na pauta dos trabalhos. Fazer esseencontro, onde todos têm o mesmo objetivo, sobre pintura anticorro-siva é sensacional. Eu saio daqui hoje impressionado com o nível daspalestras e toda a troca de informações durante os debates. Até porquenosso conhecimento vai crescendo a cada dia. Após a realização desteSeminário, tenho a certeza que todos levarão para casa um conteúdode informações significativo”.

Aécio Castelo Branco, sócio-gerente da Tintas Jumbo e

Qualificação dos palestrantes e dos temas selecionados garantem ampla aprovação da segunda

edição do Seminário Brasileiro de Pintura Anticorrosiva (SBPA)

Seminário expõeavanços tecnológicos

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Coordenador Executivo do IISBPA, também ficou satisfeitopela receptividade dos partici-pantes, dos patrocinadores, dosinspetores, que causou uma boarepercussão. “Isso significa quevaleu todo o esforço feito paratornar o Seminário grandioso ecom isso solidificar a iniciativade realização de eventos técnicos,que é exatamente isso que o pú -blico ligado à pintura anticorro-siva está buscando para umamelhor qualificação profissional,assim como uma melhor presta -ção de serviços para os seus cli -entes. Acho que todos da organi-zação estão de parabéns por fazerum evento dessa envergadura. Osucesso desse evento se deve acre dibilidade das pessoas envol vi -das com esse brilhante trabalho”.

Na opinião de Roberto Ma ri -a no, especialista técnico da Az -ko Nobel, o evento serviu paratra zer novas informações e fazerreflexões de várias questões queenvolve o setor de pintura anti-corrosiva. “Também fiquei mui -to satisfeito com a qualidade daspalestras, na qual os temas abor-dados despertaram extremo inte -resse do público. Também par-ticipei da organização e percebique conseguimos atingir nossosobjetivos”.

Para Ednilton Alves Pereira,da ABRACO, todos os eventossão importantes, mas este é espe-cial porque tem uma participa -ção muito grande de inspe to res,abrindo espaço para a troca deideias com os profissionais queestão na ponta do serviço. “Tan -to que a palestra que proferi visa-va mesmo o interesse desses

Carlos Sbarai

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pinturas anticorrosivas, para um público formador de opinião, comoprofissionais executivos, engenheiros, técnicos, consultores, pesquisa -dores, acadêmicos e especialistas, devido ao trabalho por nós elabora-do, divulgando, assim, o know how técnico de nossa empresa”.

Segundo Edmundo Martins, diretor comercial da PetroengePetróleo e Engenharia, o II Seminário Brasileiro de Pintura Anti cor -rosiva promovido pela ABRACO, foi mais uma vez um grande suces-so pela riqueza e importância dos temas abordados. “Estiveram pre-sentes profissionais de diversos estados e mercados com o objetivo deaprender, trocar experiências e ampliar a rede de relacionamento comos demais profissionais do setor. Para nós, foi uma grande honra patro -cinar e participar de um evento desta natureza. Aproveitamos a opor-tunidade para parabenizar toda a equipe responsável pela coordenaçãoe organização do evento liderada por Fernando Loureiro Fragata.Com certeza vamos apoiar o próximo evento”.

O gerente de qualidade da Odebrecht, Salatiel Lima dos SantosJunior, relata que o SBPA é um Seminário especial e diferente de qual-

profissionais, inclusive uma ideiaque partiu da Comissão Organi -zadora. Por fim, acredito que omais importante foi a troca deexperiência, de informações eidei as entre organizações, profis-sionais e empresas.”

O chefe de marketing daWEG Tintas, Sandro de Olivei -ra, comentou sobre a excelênciado Seminário. “Contou com acostumeira expertise dos profis-sionais da área e teve a adesãomuito forte do público. O altonível das palestras melhora aindamais a qualidade do evento anoapós ano. A organização foi im -pe cável e o evento tem sido degrande importância para a WEGTintas e para o mercado”.

Para Caiana Peixoto Terres,do departamento de marketingda divisão Renner Coatings, aparticipação da empresa noSBPA (Seminário Brasileiro dePintura Anticorrosiva) foi deextrema importância, pois criouuma oportunidade ímpar paraatualização técnica, intercâmbiode experiências, troca de ideias, eque já no seu segundo ano deexistência, obteve mais de 300participantes. “Colocou-nos emmaior evidência no mercado de

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Abertura do evento por Joaquim Pereira Quintela

Equipe responsável pela realização do Seminário

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também no envolvimento comnovos temas e fazer contatoscom pessoas atuantes na área,visando a possibilidade de intera -ção entre profissionais e favore-cendo o acesso a novas infor-mações. O Seminário foi exce-lente e, talvez, seria o caso deava liar se um evento dessa im -portância pudesse ser realizadoem dois dias”.

Para Raphael Condessa, co -or de nador da empresa Serv-Jato,o evento mais uma vez surpreen-deu a todos, onde novamentetodos os lugares foram preenchi-dos e houve uma fila de esperapor profissionais interessados emparticipar. Isto mostra que cadavez mais a busca por atualização,conhecimento e reconhecimentoem nossa área de pintura anti-corrosiva vêm crescendo. “Even -tos como o SBPA possuem extre -ma relevância, pois além de pro-

quer outro, pois há um mix sadio de técnica com emoção. “Nestaedição, o número de participantes aumentou e, mesmo assim, tudo foimuito organizado. Os assuntos foram atuais e pertinentes, e melhor detudo foi a atualização das informações de forma linear a todo a classedo segmento de pintura”.

Patrícia Ruani, gerente de laboratório da Advance Tintas, acreditaque foi importante participar do II SBPA. “Posso dizer que foi e umaótima oportunidade, não só em termos de atualização técnica, mas

Celso Gnecco – Sherwin-Williams

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e u

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mover o contato direto com pro -fissionais de grande renome nosetor, reúne todos os envolvidosna área de pintura anticorrosiva,como pintores, inspetores, fabri-cantes de tintas, aplicadores epesquisadores, o que nos permiteunificar informações, bem comocompreender temas polêmicos,causadores de dúvidas em mui -tos profissionais, como a palestrasobre o ensaio de resistência àtra ção de revestimentos e ensaiode determinação de teor de saissolúveis em superfícies metálicas.Todas as palestras ministradas ti -ve ram seus temas muito bemescolhidos, a exemplo tivemos apalestra ministrada pelo Eng.Joa quim Pereira Quintela, naqual ele teceu importantes escla -recimentos a respeito de normasde tintas da Petrobrás, especial-mente as que foram canceladasrecentemente, e as alternativastécnicas a serem utilizadas. Amis são do Eng. Fernando Lou -reiro Fragata de difundir a pintu-ra industrial no Brasil, apesar deter se demonstrado árdua, temapresentado retorno positivo, ha -ja vista que cada vez mais temosprofissionais buscando participa -ção em seminários. Talvez ainda

estejamos aquém de alguns países, porém com o empenho de profis-sionais de tal gabarito a pintura anticorrosiva no Brasil obterá seu devi -do reconhecimento. Outro sucesso recente, mediante a muito esforço,foi quanto à questão da alternativa do uso de crédito estruturado paraa recertificação de inspetores de pintura, o que foi muito bem explana-do por Ednilton Alves, tema também gerador de muitas dúvidas. Esteano foi a primeira vez que a Serv-Jato entrou como patrocinador doevento e assim pretende prosseguir para os eventos futuros. Queremostambém poder contribuir para o crescimento da pintura anticorrosivacomo um todo. Por fim, toda a equipe envolvida no planejamento eexecução do Seminário merece nosso agradecimento, pois todo oevento foi conduzido de maneira muito organizada, o que demonstrao empenho e competência de toda a equipe.”

Isaura Matos, analista de marketing da TecnoFink, disse que con-sidera este Seminário de grande importância para o Brasil, pois atravésdele inicia-se um caminho sem volta para a melhoria nos processos dePintura e Preparo de Superfície. “A importância destas melhorias

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Fernando Fragata – coordenador técnico do evento

Neusvaldo Lira de Almeida – IPT

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um todo. “Sem dúvida alguma, éuma iniciativa muito importanteda ABRACO.”

Para Patricia Vilhena, daAkzoNobel, o Seminário tornou-se o principal evento pa ra debate etroca de experiências de assuntosrelacionados à proteção anticorro-siva por meio de pintura in dus -trial. “É um evento que pro mo vea inclusão e oferece conhe ci mentoa todos que militam nes se meio:desde o pintor ao execu ti vo deem presas multinacionais li ga dasao setor. É uma oportuni dadeúni ca para reforçar seus con tatos eatualizar conheci men tos. É umeven to para trazer ao se tor/mer -cado inovações e tecno logia. En -fim, classifico co mo fun damentala ação de um dos maiores influen-ciadores do mercado que é derenome internacional, FernandoLoureiro Fraga ta, apoiado pelaABRACO para continuar a con-

ultrapassa fronteiras lógicas, pois significará um avanço que será sen-tido por toda a nação. A comunidade que ‘luta’ contra a corrosãocomemora está iniciativa dos Mestres Fernando Loureiro Fragata eJoaquim Pereira Quintela e dos demais Membros do Comitê Orga -nizador do II SBPA”.

Durival Pitta, diretor comercial da Sherwin-Williams, unidadeSumaré, acredita que este seminário foi de extrema importância paraa companhia e agregou muito valor ao trabalho e ao segmento como

Roberto Mariano – AzkoNobel

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tribuir com o mercado de pintu-ra anticorrosiva”.

Para Rosileia Mantovani, di re -tora técnica da Jotun Brasil e atualpresidente da ABRACO, o SBPAcumpre com algumas das princi-pais missões da ABRACO que é ade congregar pessoas físicas e ju -rídicas que se dediquem ao estu-do das causas, métodos de pre-venção e de proteção anticorrosi-va e controle da corrosão pormeio de eventos para promover ointercâmbio entre especialistas,as sociações congêneres e entida -des interessadas do País e do ex -terior. Ela relata que o evento já semostrou muito importante des deo ano passado com o bom retor -no dos participantes, o que moti -vou a ABRACO a realizar nova-mente neste ano “Vale mencionarque conseguimos aprimorá-lomui to em relação ao ano passado,desde a criação e funcionalidadedo site próprio do evento até asinstalações, cujo espaço teve queser aumentado em função daprocura e interesse pelo seminá -rio. Isso é muito gratificante e nosmotiva a melhorar sempre e cadavez mais. Portanto, gostaria deagra decer a todos pela partici-pação. A ideia é consolidarmos o

SBPA como evento anual em nosso calendário.”Rosileia ressalta a importância do trabalho em equipe; a participação

fundamental do Fernando Loureiro Fragata, que acreditou e aceitounovamente a missão de coordenar tecnicamente o evento; do diretorAécio, que não mediu esforços para que o planejamento e execução fos-sem o melhor possível; e dos funcionários envolvidos que se empenha -ram ao máximo para que o seminário continuasse a ser um sucesso.

“A qualidade e a relevância dos assuntos apresentados pelos pales -trantes foram indiscutíveis. Enfim, foi um verdadeiro encontro e reen-contro de profissionais diversos ligados à pintura anticorrosiva, possibili -tando uma valiosa troca de experiências e ideias. Só nos resta fazer comque o SBPA continue a nos proporcionar esta oportunidade ímpar!Parabéns e obrigada a todos!”, finaliza Rosileia.

PanoramaPara os leitores que não puderam participar do evento, a Revista

Corrosão & Proteção traz um resumo das palestras.

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Rosileia Mantovani – presidente da ABRACO

Adauto Riva – Renner Coatings

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Adauto Riva falou sobre osproblemas de campo em pinturaanticorrosiva. “O uso da pinturano campo da proteção anticorro-siva pressupõe, dentre outros fa -tores, uma interação sinérgicaen tre a preparação de superfície,as características técnicas das tin-tas e a eficiência na aplicação dasmesmas. Outros fatores podemafetar o desempenho da proteçãoanticorrosiva proporcionada pe -los revestimentos por pintura,co mo, por exemplo, as operaçõesde montagem, danos mecânicos,microclimas, tempo de processoe forma de armazenamento dasestruturas e equipamentos. A de -manda por longos períodos degarantia de desempenho dos re -vestimentos tem gerado questio -namentos práticos a respeito deproblemas de campo que podemcomprometer todo o processo.No trabalho apresentado foram

O tema da palestra de Joaquim Pereira Quintela e Wagner Car -doso foi sobre as normas de tintas canceladas pela Petrobrás e alterna-tivas técnicas. “Nos últimos anos, a Petrobrás cancelou diversas nor-mas técnicas de tintas utilizadas em esquemas de pintura anticorrosi-va. Apesar do cancelamento, sabe-se que muitas dessas tintas conti -nuam sendo usadas no Brasil por diversas empresas envolvidas diretaou indiretamente no combate à corrosão. No trabalho apresentadoforam mostradas as razões do cancelamento de diversas tintas tradi-cionais, as alternativas técnicas para substituição das mes-mas e as tendências futuras da Petrobrás no que diz respeitoà normatização de novos tipos de tinta, considerando, prin-cipalmente, os fatores relacionados com a legislação ambi-ental, proteção da saúde dos trabalhadores, desempenho dosrevestimentos, redução de custos em geral e ganho de pro-dutividade”.

Celso Gnecco proferiu a palestra sobre o perfil de rugosi-dade de superfícies de aço-carbono versus espessura de es -quemas de pintura. “O perfil de rugosidade dos substratosmetálicos, em especial os de aço-carbono, é um fator impor-tante para proporcionar boas condições de aderência aosrevestimentos por pintura. Um critério utilizado, ainda queantigo, para se estabelecer o perfil de rugosidade, é que esteesteja compreendido entre 1/4 a 1/3 da espessura do reves-timento. Com o desenvolvimento de novas tecnologias detintas, houve uma mudança substancial nas propriedadesfísico-químicas das mesmas como, por exemplo, maior teorde sólidos e altas espessuras por demão. Com isso, a espes-sura dos revestimentos aumentou de forma expressiva, en -quanto a rugosidade do substrato alterou pouco. Diantedes tes fatos, foi feito um levantamento para se conhecer aespessura de certas tintas e esquemas de pintura e o perfil derugosidade exigido para a aplicação dos mesmos. Os resul-tados mostraram a necessidade da realização de um amplodebate sobre o tema em questão, com a participação de pro -fissionais e empresas envolvidas com a aplicação de esque-mas de pintura, com o objetivo de se estabelecer critériostécnicos bem fundamentados para a especificação do perfilde rugosidade, em função da espessura e das característicastécnicas dos revestimentos”.

Fábio Krankel – Weg Tintas

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zinco; deve também recomendar tintas isentas de alcatrão de hulha. Oconteúdo da especificação deve abranger detalhadamente todos os re -quisitos e deve ser totalmente claro nos critérios de aprovação, para quenão haja possibilidade de interpretações diferentes”.

Neusvaldo Lira de Almeida abordou a seleção de esquemas de pin-tura com base no desempenho anticorrosivo. “De maneira geral, aseleção de um esquema de pintura, muitas vezes, é baseada em expe -riências próprias, que se traduzem em uma combinação de aspectoslegislativos, custos e obviamente as propriedades do revestimento. Háuma infinidade de fatores que devem nortear a escolha de um esque-ma de pintura de proteção anticorrosiva de uma estrutura: além detodos os aspectos técnicos, as exigências relacionadas ao meio ambi-ente e saúde são mandatórias. Tintas consistem de diferentes produtosquímicos com possíveis impactos ao meio ambiente e as pessoas. Asexigências legais são distintas para diferentes países; determinadosmétodos de aplicação resultam em perdas importantes de tintas quesão arrastadas pelos ventos com impacto no ambiente do entorno.

abordados alguns problemas gra -ves de campo, bem como as so -luções para os mesmos, princi -pal mente com relação à exuda -ção, corrosão prematura, pinturade aço galvanizado e tinta etil si -li cato de zinco”.

Roberto Mariano trouxe apú blico o tema especificação téc-nica de esquemas de pintura –fatores importantes a serem con-siderados. “Ao elaborar um es -quema de pintura, o especifica -dor deve levar em conta todos osfatores que podem influenciar nodesempenho da pintura: Qual asuperfície a ser protegida? Qual aagressividade do macro ambientee do micro ambiente onde ocomponente a ser pintado seráexposto? Qual a tempera tura detrabalho? O trabalho é contínuoou intermitente? Qual o trata-mento possível de ser aplicado?etc. O especificador deve sempreter em mente: a necessidade decontribuir para que o meio ambi-ente seja mais seguro; a necessi-dade de contribuir com a saúdedo aplicador, recomendando tin-tas com tecnologia moderna,com o menor teor de solventes eque não contenham metais pesa-dos como zarcão ou cromato de

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O evento contou com mais de 300 participantes

Victor Solymossy – Petrobras

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so de recertificação de Inspetoresde Pintura Industrial, de acordocom os critérios definidos narevisão de 2014 da normaABNT NBR 15218. Desta ma -neira, o processo de recertifica -ção destes profissionais poderáser realizado por um dos seguin -tes métodos: exame de recertifi-cação ou método de créditoestruturado. O exame de recerti-ficação consiste da realização deprovas que visam verificar a atu-alização dos conhecimentos doprofissional certificado. Já o cré -dito estruturado é uma sistemá -tica aplicada como alternativa aoexame de recertificação que con-siste na avaliação da atuação eevolução técnica do profissionalatravés de pontuação e critériosestabelecidos pelo Organismo deCertificação de Pessoas – OPC”.

Victor Solymossy falou sobreo desempenho anticorrosivo deesquemas de pintura com tintasde base aquosa – estudo realiza-do. “A proteção do meio ambi-ente e da saúde dos trabalhadoressão os fatores que mais têm con-tribuído para o desenvolvimentode novas tecnologias de tintas an -ticorrosivas. Dentro deste con tex -to, as tintas de base aquosa repre-sentam uma alternativa capaz deatender aos requisitos menciona-dos. Ao longo dos anos, esta tec-nologia vem evoluindo de formasubstancial no sentido de quetais tintas tenham desempenhomelhor ou igual ao das tintastradicionais à base de solventesorgânicos. No trabalho apresenta-do foram mostrados os resultadosde um amplo estudo de pesquisacujo objetivo foi avaliar o desem-penho anticorrosivo de esquemasde pintura com tintas de baseaquosa, em comparação com ostradicionais, com tintas à base desolventes orgânicos. O es tu do foirealizado de forma conjunta entrea Petrobras (CENPES) e o Cepel(Eletro bras) e contou com a par-ticipação de diversos fabricantesde tintas e de matérias primas”.

Mas como selecionar um sistema de pintura? Todos os sistemas depintura são igualmente efetivos? Como é feito hoje e qual seria umanova proposição e os ganhos associados? Durante a apresentação,foram discutidas alternativas de como avançar na forma de se produzire implementar novas tecnologias de proteção anticorrosiva”.

Fernando Loureiro Fragata discorreu sobre os fundamentos destripe coating (demão de reforço) em pintura anticorrosiva. “Os pon-tos mais críticos para a ocorrência prematura de corrosão em equipa-mentos e estruturas metálicas em geral são, sem dúvida alguma, asarestas ou cantos vivos, os cordões de solda, as frestas e parafusos, por-cas e arruelas. Umas das formas de se reduzir o risco de corrosão nesteslocais é aplicar demão(s) de tinta, como reforço adicional, de modo ase obter uma espessura adequada, processo este conhecido como stripecoating. A especificação deste processo deve ser feita de forma crite-riosa, pois, caso contrário, sérios prejuízos técnicos e econômicospoderão ocorrer. No trabalho apresentado foram mostrados e discuti-dos, com base numa publicação da SSPC (JPCL), diversos fatoresimportantes a serem considerados na especificação e aplicação dostripe coating”.

Ednilton Alves tratou dos novos critérios para recertificação deinspetor de pintura, com base na ABNT NBR 15218:2014. “Este tra-balho teve como objetivo apresentar as mudanças ocorridas no proces-

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Alberto Ordine – Cepel

Ednilton Alves – ABRACO

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Alberto Ordine apresentou aanálise de sais solúveis em super-fícies metálicas para pintura. “Apresença de sais solúveis em águanas superfícies metálicas é umdos fatores que mais contribuipara a degradação prematura dosrevestimentos anticorrosivos.Nes tes casos, o aparecimento debo lhas e a corrosão do substratosão as principais alterações a se -rem observadas. Portanto, napreparação da superfície, a elimi-nação dos sais é vital para a dura-bilidade dos revestimentos. Logo,além da avaliação visual da super-fície, é importante avaliar o esta-do da mesma com relação à pre-sença de contaminantes salinos.Dentre os diversos métodos paraa determinação do teor de saissolúveis na superfície, o métodoBresle®, que está baseado na me -dição da condutividade do extra-to aquoso, resultante do contatoda água destilada com a superfí-cie, é um dos que vem sendo maisutilizado no Brasil. No trabalhoapresentado, foram mos tra dos ediscutidos alguns aspectos técni-cos importantes a serem conside -rados na execução do teste e naavaliação dos resultados”.

Fábio Krankel falou sobre oensaio de aderência pelo métodode resistência à tração (pull offtest) – discussão e consideraçõestécnicas. “O ensaio de aderênciapelo método de resistência àtração (pull off test), sem dúvidaalguma, é um dos que mais infor-mações proporciona a respeitodas propriedades de adesão e coe -são dos revestimentos. Entre tan -to, devido à pouca familiaridadede alguns profissionais com omé todo de ensaio, diversos casosde atrito têm sido observados nasobras entre as partes envolvidasnos serviços de aplicação de es -quemas de pintura. No trabalhoapresentado, foram mostrados ediscutidos os fatores importantesa serem considerados na realiza-ção do ensaio e na interpretaçãodos resultados obtidos”.

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• Advance Tintas e Vernizes Ltda.• AFE Tintas Ltda.• Air Products Brasil Ltda.• Bayer Material Science• Blaspint Manutenção

Industrial Ltda.• Cobau Indústria e Comércio de

Minerais Ltda.• International/AkzoNobel Ltda.• Jotun Brasil• NM Engenharia e Construções

Ltda.• Odebrecht Óleo e Gás S.A.• Petroenge Petróleo Brasileiro

Ltda.• Planquímica Industrial e

Comercial Ltda.• PPG Industrial do Brasil Tintas

e Vernizes Ltda.• PS Alclare Pinturas Industriais

e Anticorrosivas Ltda.

• Renner Coatings• Serv-Jato Serviços Ltda.• Sherwin Williams do Brasil

Indústria e Comércio Ltda.• SmartCoat Engenharia em

revestimentos Ltda.• Sponge-Jet• Tecnofink Ltda.• Tinôco Anticorrosão Ltda.• Tintas Jumbo• Tintas Vince Indústria e

Comércio Ltda.• Ultrablast Lassarat Serviços e

Projetos Ltda.• UTC Engenharia S.A.• Weg Tintas Ltda.• Zirtec Indústria e Comércio

Ltda.

Apoio ao evento• Eletrobras Eletronuclear

Empresas patrocinadoras do II SBPA

Fragata homenageia Aécio Castelo Branco

Confraternização de Fragata e Gnecco

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Boas-vindas

A ABRACO dá as boas-vindas às novas empresas associadas

Marine Tintas Ltda.

A Marine Tintas foi fundada em 2009 com o objetivo defornecer produtos e soluções no segmento de tintas anticorrosivas.Com o objetivo de ampliar ainda mais seu portfólio de produtos,a Marine Tintas associou-se à Transocean Marine Coatings, associ-ação multinacional com presença em mais de 60 países e com pro-dutos de reconhecida qualidade nos segmentos de marítimos, off-shore e industrial. A Marine Tintas é certificada pela ISO9001:2008.

Mais infor ma ções: www.marinetintas.com.br

Tintas Vinci

Fundada em 1999, a Tintas Vinci é uma empresa 100 % na -cional que atua no sentido de oferecer soluções em revestimentosde alto desempenho para diversas atmosferas corrosivas. Nossoportfólio possui vários produtos especialmente desenvolvidos, tes-tados e aprovados com o objetivo de proporcionar o máximo emproteção anticorrosiva e estética. Através de um corpo técnico delarga experiência, a nossa missão é fabricar e comercializar tintasindustriais e marítimas de forma ágil e econômica, com foco nobom atendimento, flexibilidade, qualidade e assistência técnica.

Mais infor ma ções: www.tintasvinci.com.br

Wagner Industrial

A Wagner Industrial é uma das fabricantes líderes globais deequipamentos e sistemas industriais para o tratamento de superfí-cies com vasta experiência em uma grande variedade de setores domercado, incluindo mas não se limitando à pintura protetiva eanticorrosiva. A empresa oferece uma linha completa de produtose tecnologias para todas as etapas dos processos de tratamento desuperfície, desde a alimentação, passando pela dosagem e mistura, seguido pela movimentação econtrole dos materiais para aplicações de acabamentos com excelência nas mais variadas superfícies.Nossos equipamentos e sistemas são utilizados tanto para pintura à pó e esmaltação quanto apli-cações de pintura e outros materiais líquidos A WAGNER está presente no Brasil há mais de umadécada através de distribuidores autorizados.

Mais infor ma ções: www.wagner-group.com

Euromarine

A Euromarine é uma empresa especializada em tratamento desuperfícies e pintura para o segmento naval e offshore, sendo prove-dora de soluções para o melhoramento da qualidade e produtivi-dade de seus clientes.

Atua nas áreas de serviços anticorrosivos, em especial comhidrojato de ultra alta pressão, pintura de manutenção industrial enaval, proteção passiva contra fogo, tratamento de efluentes dehidrojato além de equipamentos de acessibilidade para navios,plataformas e refinarias.

Mais infor ma ções: www.euromarine.eng.br

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Artigo Técnico

Análise crítica dos ensaiosde corrosividade de derivados de

petróleo ao cobre e ao aço-carbono

AbstractThe white petroleum deriva-

tives transported through carbonsteel pipelines are submitted to thecopper corrosiveness test (NBR14359 and ASTM D130) whoseobjective is to identify the presenceof sulfur compound in the fluidcapable to cause copper tarnishing.Additionally, the NACE TM-0172 test is performed to classifythe potential corrosivity of thewhite derivatives to carbon steel.If NACE test results indicate anunacceptable corrosivity grade,additional safety measures shouldbe adopted for transporting theseproducts through pipelines. It hasbeen observed that the resultsobtained from copper corrosivenesstests are being used to assess thecorrosivity of petroleum derivativesto carbon steel. Consequently, it isattributed a deleterious effect ofthese petroleum derivatives to car-bon steel pipelines. Therefore, mit-igation countermeasures areadopted for the transportation ofthese petroleum derivatives, suchas, batch transportation betweenpigs and extra sampling for aNACE TM-0172 testing. Theadoption of the copper corrosive-ness test for inhibitor dosing is alsobecoming a strong general trend.This paper discusses the pointedquestion based on a literaturereview and a case study.

IntroduçãoA certificação de qualidade

dos derivados claros transporta-dos em dutos de aço-carbonoexi ge a realização de diversos en -saios e análises e entre estes en -saios se encontra o ensaio de cor-

rosividade ao cobre (NBR 14359(ABNT, 2013) e ASTM D130(2012)). Este ensaio ob jetiva ve -ri ficar a fração de compostos sul-furados nos derivados claroscapazes de causar escure ci mentoao cobre. Quando uma nafta pe -troquímica é direcionada ao poolde gasolina, a corrosividade aocobre deverá estar limitada a 1a.Não existe um va lor limite para oresultado do en saio de corrosivi-dade ao co bre para naftas desti-nadas a uma central petroquími-ca, não sen do este um parâmetrodo item contratual entre produ-tor e as centrais de matérias-pri-mas. A ausência de limites para oen saio de corrosividade ao cobre,quando a nafta é processada nacentral petroquímica, é devido aofato do processamento da naf taser rápido e não ocorrer contatocom equipamentos ou compo-nentes de cobre ou este contatoser muito breve. Neste últimocaso, é adotada a prática de ins -peções periódicas. Nota-se queesta especificação do en saio decor rosividade ao cobre é determi-nada pelo destino dado à naf tapetroquímica e não está relacio -nada com alguma suposta açãodeletéria da nafta cujo re sultadode corrosividade ao co bre sejadiferente de 1a.

Adicionalmente, os produtossão submetidos a ensaios de inte-gridade cujo objetivo é classificaro potencial de corrosividade dofluido e, se necessário, adotar me -didas extras de segurança para oseu transporte pelo sistema duto -viário. O principal ensaio paraesta finalidade é o ensaio de cor-rosividade ao aço-carbono ou

Por LorenaCristina de

Oliveira Tiroel

ResumoOs derivados claros transpor -

tados em dutos de aço-carbo nosão submetidos ao ensaio de cor-rosividade ao cobre (NBR 14359e ASTM D130) cujo ob jetivo éavaliar a fração de com postos sul-furados nos deri va dos claroscapazes de causar escurecimentoao cobre. Adicio nal men te, com oobjetivo de classificar o potencialde corrosividade do flui do, os de -rivados claros são submetidos aoensaio de corrosi vidade ao aço-carbono segundo o ensaio NACETM-0172. Caso o resultado doensaio NACE se apresente forados padrões de aceitação, medi-das adicionais de segurança sãoadotadas para o transporte desteproduto pelo sis tema dutoviário.Tem-se ob ser vado que produtossubmetidos apenas ao ensaio decorrosividade ao cobre e cujo re -sultado se mostra alterado es tãosen do considerados equivocada -men te produtos corrosivos aoaço-carbono. Consequente men - te, supõe-se que o transporte des - tes produtos teria uma ação de -letéria para o duto exigindo me -didas adicionais de segurança,tais como, bateladas entre pigs eamostragens extras ao longo dobombeio para realização posteri-or do ensaio NACE TM-0172.Paralelamente, ganha-se força aideia de que o resultado do en -saio de corrosividade ao cobre ca -rac terizaria produtos corrosivos epoderia definir a dosagem de ini -bidor de corrosão de dutos. Estetrabalho discute a questão colo-cada com base em informa çõescoletadas na literatura e em estu-dos desenvolvidos pelos autores.

Critical analysis of the copper and carbon steel tests corrosiveness of petroleum derivatives

Co-autores:Vanessa Yumi

Nagayassub,Zehbour

Panossianc,Johny Hernandes

de Oliveira

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ensaio NACE TM-0172 (NA -CE, 2001). Tem-se observadoque os resultados do ensaio decorrosividade ao cobre estão re ce -bendo outras interpretações. Pro -dutos submetidos ape nas ao en -saio de corrosividade ao cobre ecujo resultado se mostra altera doestão sendo taxados equivocada-mente de pro dutos corrosivos aoaço-carbono. O transporte destesprodutos está sendo consideradoco mo uma ação de letéria para oduto, exigindo me didas adicio -nais de segurança, tais como, ba -teladas de produtos entre pigs,amostragens extras ao longo dobom beio para realização posteri-or do ensaio NACE e necessi-dade de uma dosagem mais ele-vada de inibidor de corrosão pa rao trans porte por dutos.

Um levantamento da litera -tura e uma abordagem sobre osfundamentos técnicos do ensaiode corrosividade ao cobre e doensaio de corrosividade ao aço-carbono mostraram que são en -

saios realizados com finalidadesdistintas e não foi encontradauma correlação entre eles.

MetodologiasO ensaio de corrosividade ao

cobre é realizado segundo a nor -ma ASTM D 130 (ASTM,2012) – Standard Test Method forCorrosiveness to Copper fromPetroleum Products by CopperStrip Test, tendo como escopo aavaliação relativa do grau da cor -rosividade ao cobre dos deri va dosde petróleo, sendo aplicado aosse guintes produtos: gaso lina deavi ação; combustível de turbi nasde aviação; gasolina au tomo tiva;solventes usados em limpe za; que -rosene; óleo die sel; combustíveisdestilados; óleo lubrificante; ga so -li na natural ou outros hidrocar-bonetos tendo pressão de vaporinferior a 124 kPa a 37,8 ºC.

O ensaio consiste em verifi caras alterações visuais que ocorremem lâminas de cobre pre viamentepolidas, imersas, sem agitação, no

derivado de pe tró leo em estudo(sem adição de água), sob condi -ções de tempe ratura e tempoespecíficas pa ra cada derivado.Para a nafta, não há na ASTM D130 indica ção es pecífica da tem-peratura de en saio. Segundo estanorma, para os produtos não ci -tados, a temperatura pode ser de50 ºC, 100 ºC ou um valor mai -or. Para a nafta petroquímica, aPetro bras adota 50 ºC e 3 h. Nosensaios conduzidos em labora tó -rio com nafta P.A., verificou-seque com 50 ºC, ocorria rápidaeva poração da nafta. Por isso,para a nafta P.A. adota-se 25 ºC.

A avaliação da corrosividade éfeita por meio da coloração e dapresença de manchas observadasna lâmina de cobre e é classifica-da de acordo com os pa drões daASTM D 130 (2012) apresenta-dos na Figura 1. Se gun do estanorma e a lite ra tura consultada(GARCÍA-ANTÓN et al., 1990),o petró leo contém compostos deen xofre, a maioria dos quais é re -movida durante o processo de re -fino. Todavia, alguns compostospermanecem nos derivados depe tróleo os quais podem ter açãocorrosiva sobre alguns metais.

O ensaio de corrosividade aocobre avalia apenas a corrosivi-dade dos compostos de en xofrecapazes de atacar o cobre, comopor exemplo, o enxofre elemen-tar e o sulfeto de hidro gê nio(H2S) e a metilmercaptana, e nãoestá relacionado com o conteúdototal de compostos de en xofrepresentes no derivado de petró -leo, visto que muitos compostosFigura 1 – Padrões de classificação da ASTM D130 (ASTM, 2012)

C & P • Outubro/Janeiro • 2015 21

Avaliação Porcentagem da superfície corroída (%)A 0

B++ Menos que 0,1 (2 ou 3 manchas de não mais que 1 mm de diâmetro)B+ Menos que 5B 5 a 25C 25 a 50D 50 a 75E 75 a 100

TABELA 1 – AVALIAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA DE AÇO-CARBONO CONFORME NACE TM-0172 (NACE, 2001)

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proveniente do processo de ex -tração/refino do petróleo e daágua incorporada durante o ar -mazenamento em tanques nãoherméticos. Na ausência de água,não ocorre corrosão do aço-car-bono. Os níveis aceitá veis de cor-rosividade, conforme a normaPetrobras N-2785 (2013), são asclassificações A ou B++.

Estudo de casoRecentemente, em opera ções

de transporte de diferentes lotesde nafta, foram obtidos re sul -tados alterados de corrosividadeao cobre, fato que levantou dúvi-das sobre a corrosividade destasnaftas ao duto de aço-carbonopor meio do qual as naftas seriamtransportadas.

A fim de verificar o potencialde corrosividade dos referidosfluidos e uma eventual ne cessi -dade de aumento na dosa gem deinibidor de corrosão, amostras detanques de naftas com resultadode corrosividade ao cobre altera -do foram enviadas ao La bo -ratório de Corro são e Prote çãodo IPT onde os mesmos fo ramsubmetidos ao ensaio NA CETM-0172 (NA CE, 2001). Pri -meiramente foi fei to um en saioNACE em bran co, ou seja, semadição de inibidor de corrosão.Em seguida, o ensaio NA CE foirealizado nas mesmas amostrascom a adição de 9 ppm do ini -bidor de corrosão usado naquelemo men to no sistema dutoviário.

cada por meio do ensaio NACETM-0172 (NACE, 2001) inti -tulado Determining CorrosiveProperties of Cargoes in PetroleumProduct Pipelines. Ca so se com-prove corrosividade ina ceitável,ensaios com ple men tares são rea -li zados para determinar a quanti-dade mínima de inibidor ne ces -sária para diminuir a corrosivi-dade a ní veis aceitáveis. O ensaioNACE avalia a corrosividade doderivado em condições não es -tag na das e na presença de águaaerada, condição esta co mum emdutos. Experiências têm mos tra -do que se a quantidade de ini -bidor determinada por meio doensaio NACE é adicionada aode ri vado, a corrosão interna dosdutos pode ser controlada.

O referido ensaio consiste emverificar as alterações visuais queocorrem em corpos de pro va deaço-carbono padronizados imer-sos durante 4 h, (ver Figura 2)com agitação, no derivado de pe -tróleo em estudo no qual são adi-cionados 10 % de água (compH = 7,0)1. Por meio da porcen -ta gem da área corroída (ver Ta -bela 1), e não da intensidade dacoloração dos produtos de cor -rosão ou da perda de massa, ava -lia-se a corrosividade do de riva -do, atribuindo-se a esta porcen -tagem um grau de corrosividade.Cabe citar, que a água é adicio -nada, pois a corrosividade dosderivados de petróleo é de vida àpresença da água de produção

não atacam o cobre, ha vendoain da com pos tos orgânicos sul -fu rados que são eficientes inibi -dores de corrosão do cobre e desuas ligas como é o caso do ben-zotriazol (O´NEAL; BOR GER,1977; IZQUIERDO et al.,2010; IZ QUIERDO et al.,2012, GAR CÍA-ANTÓN et al.,1990; SHERIF, 2006). Dentreos compostos de enxofre que nãoatacam o cobre citam-se: hexil,heptil e octilmercaptanas, dis-sulfeto de difenila, dissulfeto desecbutila e sulfeto de difenila.

No caso da nafta petroquí -mica, foi verificado que a pre-sença de água pode potencia li zaro efeito dos compostos dele térios(WOOD; SHEELY; TRUSTY,1925) e, na ausência destes, po decausar alterações na superfície docobre decorrente apenas da pre-sença da água.

A corrosividade ao aço-car-bono dos derivados de petróleo(nafta, gasolina e diesel) é verifi-

Lote Corrosividade ao cobre Corrosividade ao aço-carbonoASTM D130 NACE TM-0172

Sem inibidor 9 ppm de inibidor1 1b E A2 2a E A3 4a E A4 3b E A5 2c E A6 2b D A

TABELA 2 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE CORROSIVIDADE AO COBRE E CORROSIVIDADEAO AÇO-CARBONO DE DIFERENTES LOTES DE NAFTA

1. No sistema Petrobras, adota-se pH 4,5

Figura 2 – Banho NACE –Equipamento onde é realizado oensaio NACE

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de posse do resultado do ensaiode corrosividade ao cobre, possaser estimado um resultado para oensaio de corrosividade ao aço-carbono. Este último resultado sóé conhecido com a reali zação doensaio NACE TM-0172 (NA -CE, 2001) em laboratório. O no -me do ensaio de corrosividade aocobre é justifica-se pelo fato deque ele verifica se os produtos en -saiados são ou não agressivos aoscomponentes de cobre que, du -ran te seu armaze na men to, trans -porte e uso, eventualmente en -tram em contato com o deri vado.

De fato, nos estudo de verifi-cação do desempenho quanto àcorrosão dos metais, o meio deexposição deve ser considerado,ou seja, deve-se estudar o sistemametal/meio. Não se podem usaros resultados obtidos em umdeterminado sistema (por exem-plo, cobre/nafta) para outro sis-tema (aço/nafta).

Sendo os dutos que transpor -tam a nafta confeccionados emaço-carbono, somente um en saioque represente o sistema aço/naf -ta pode ser usado para in ferirqualquer tomada de decisão paramitigar a corrosão do aço-carbo -no. O ensaio de corrosivi da de aocobre não pode ser usa do para vero desempenho do aço-carbono.

Finalmente, é necessário dis-cutir o fato do ensaio NACETM-0172 (NACE, 2001) repre-sentar ou não as condições esta -

norma Petrobras N-2785 (2013).Um estudo realizado em la -

boratório2 com diferentes lotesde nafta P.A. e de nafta petro-química mostrou que a adição deum composto de enxofre, 1-dodeca notiol que não causouescurecimento da lâmina decobre, pro vocou ligeira dimi nui -ção da corrosividade ao aço-car-bono no ensaio NACE TM-0172 (NA CE, 2001), indicandoque o mesmo tinha caráter ini -bidor ao aço-carbono. A Ta bela 3apresenta os resultados obtidosem função da porcenta gem daárea corroída e não em função dograu de corrosividade mostradana Tabela 2, pois o efeito ini bidorfoi muito tênue. Em contraparti-da, concentra ções maio res de ini -bidor DERD foram ne ces sáriaspara conse guir um grau aceitável,conforme pode ser ve ri ficado naTa bela 4. Este mesmo tipo de re -sultado foi observado para ou troscompostos de enxo fre. Es tesresultados sugerem que os com -postos de enxofre com ca rac -terísticas inibidoras compe temcom os inibidores DERD na ad -sorção na superfície metálica.

Este estudo de caso mostraclaramente que não se pode in -ferir o potencial de corrosividadedo fluido para o aço-carbonocom base no resultado do ensaiode corrosividade ao cobre. Não seobserva correlação possível entreestes dois ensaios de forma que,

Cabe destacar que os inibi do -res de corrosão usados no sistemadutoviário da Petrobras são dotipo DERD o qual tem uma faixade concentração apli cá vel entre9 ppm e 23 ppm. O inibidor emuso no evento des crito tinha sidosubmetido a tes tes de qualificaçãoque aponta ram a dosagem mí ni -ma de 9 ppm como aquela ne -cessária para se alcançar os pa -drões acei táveis estabelecidos (ouseja A ou B++).

Os resultados obtidos com asamostras dos lotes de nafta emestudo tanto para o ensaio decorrosividade ao cobre comopara o ensaio NACE estão apre-sentados na Tabela 2.

Na Tabela 2, observa-se que asamostras dos diferentes lotes denafta receberam diferentes clas -sificações no ensaio de corrosivi-dade ao cobre. O resultado embranco do ensaio de corrosivida -de ao aço-carbono mos trou quecinco amostras apresentaram re -sultado Uma amos tra apresentouo resultado D, não se veri fi candonenhuma relação do grau de cor-rosividade ao cobre com o graude corrosividade ao aço-carbono.

Com a adição de 9 ppm deinibidor de corrosão, as amos trasde todos os lotes de nafta atingi-ram o resultado A e com isto nãofoi necessário aumentar a dosa -gem de inibidor de corrosão paraque alguma destas amostras atin -gissem o resultado aceitável pela

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TABELA 3 – INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE 1-DODECANOTIOL NA AGRESSIVIDADE DE DIFERENTES LOTESDE NAFTA P.A. E DE DIFERENTES LOTES DE NAFTA PETROQUÍMICA COMERCIAL

Composto de enxofre Área corroída (%) CorrosividadeNafta Na nafta sem Na nafta ao cobre

contaminação contaminada

Nafta P.A. Lote 1 75 85 1a

Nafta P.A. Lote 2 90 95 1a

Nafta petroquímica Lote 1 75 60 1a

Nafta petroquímica Lote 2 80 75 1a

Nafta petroquímica Lote 3 75 65 1a

1-do

deca

notio

l20

ppm

de S

(m/m

)

2. IPT Relatório Técnico Nº 115 592-205 (confidencial)

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be lecidas no interior dos dutos.Para isto, é importante discutircomo ocorre a corrosão dos du -tos de aço-carbono que trans por -tam nafta.

Antes, porém, é importantecitar que a nafta, por ser consti-tuído de compostos apolares,quando exposta ao ar atmosféri-co, é capaz de dissolver grandesquantidades de O2 e CO2 daatmosfera (FOROULIS, 1982 eBATTINO (1981) apudGROYS MAN; ERDMAN,2000; NAGAYASSU, 2006).Assim, durante a produção e ar -mazenamento em tanques nãoherméticos, a nafta fica saturadacom O2 e CO2, carreando estesgases, em grande quantidade,para o interior dos dutos duranteo bombeio do produto da refi-naria para os terminais.

Segundo Kirkov (1987), apresença de água em derivadosde petróleo aumenta a taxa decorrosão do metal num graumaior do que o HCl afeta a dis-solução de metais em soluçãoaquosa. A agressividade da faseaquosa pode aumentar ou di mi -nuir em função dos compostospresentes na nafta: compostospo lares que se dissolvem e se dis-sociam na água podem aumentara sua condutividade e agressivi-dade (GROYSMAN; ERD-MAN, 2000); por outro lado, sena nafta estiverem presentescom postos solúveis com propri -edades inibidoras, podem pas sarpara a fase aquosa ini bindo a cor-

rosão do aço-carbono em conta-to com a fase aquosa.

Por meio das técnicas de mi -croscopia eletrônica de varre durae espectroscopia de energia dis-persiva, Groysman e Erdman(2000) verificaram que os produ-tos de corrosão formados so breos corpos de prova de aço-car-bono que foram imersos nas mis-turas nafta/água consistiam deferro e oxigênio. Este resultadosugere que a principal causa decorrosão nas misturas derivadosde petróleo/água é a presença deágua e O2 dissolvido. Isto de fatoé o que ocorre.

A corrosão dos dutos de aço-carbono ocorre devido somente àpresença de água, visto que anafta não é agressiva ao aço-car-bono. Mesmo os compostos deenxofre que causam o escureci-mento da lâmina de cobre nãosão capazes de reagir com o aço-carbono na ausência de água. Acorrosão por toda extensão dosdutos ocorre nos locais ondegotículas de água ficam aderidasà parede interna do duto ou ondeocorre separação da fase aquosa,decorrente das condi ções deestagnação (geralmente os bom -beios são intermitentes) ou dabaixa velocidade de escoamento,sendo que esta fase aquosa écontinuamente alimentada pe -los gases O2 e CO2 provenientesda fase orgânica (nafta) de modoa estabelecer condições aeradas,cau sando a corrosão do ferroten do a reação de redução do

oxi gênio como a principal rea -ção catódica.

Considerando que o ensaioNACE TM-0172 (NACE,2001) é realizado em condiçõesde forte aeração, este ensaio real-mente simula a corrosão internaque ocorre nos dutos que trans-portam derivados de petróleo: asgotículas de água saturadas comoxigênio atingem as paredes docorpo de prova de aço-carbonocausando a corrosão. A agitação,neste ensaio, tem por objetivomanter a água na forma de go -tículas e lançá-las contra a super-fície dos corpos de prova. Destaforma, a corrosão interna das tu -bulações na maioria das vezes po -de perfeitamente ser monitoradapor meio do ensaio NACE TM-0172 (NACE, 2001).

A exceção ao monitoramentoda corrosão interna por este en -saio dá-se no caso de ocorrênciade corrosão microbiológica de -cor rente da deposição de com-postos orgânicos e/ou inorgâni-cos criando condições desareadasna interface depósito/metal asquais facilitam a formação debio filmes, criando condições pa rao desenvolvimento de bactériasredutoras de sulfato.

ConclusõesQuando se trata do desem-

penho quanto à corrosão dosmetais, o meio de exposição deveser considerado, ou seja, deve-seestudar o sistema metal/meio.Dessa forma, a classificação de

TABELA 4 – CONCENTRAÇÃO MÍNIMA DE INIBIDOR NECESSÁRIA PARA LEVAR AS NAFTAS P.A. CONTAMINADASE NAFTAS PETROQUÍMICAS CONTAMINADAS COM 1-DODECANOTIOL PARA O GRAU DE CORROSIVIDADE B++ OU A

Composto de enxofre Dosagem mínima de inibidor DERD (ppm) v/vNafta Na nafta sem Na nafta

contaminação contaminada

Nafta P.A. Lote 1 4 Não atingiu grau B++ nem com 24 ppm (v/v) de inibidor

Nafta P.A. Lote 2 6 Não atingiu grau B++ nem com 23 ppm (v/v) de inibidor

Nafta petroquímica Lote 1 11 11

Nafta petroquímica Lote 2 11 20

Nafta petroquímica Lote 3 14 14

1-do

deca

notio

l20

ppm

(m

/m)

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Materiais) São Paulo 2006O´NEAL JR, C.; BORGER, R. N. The

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WOOD, A. E.; SHEELY, C.;TRUSTY, A. W. Corrosion effect ofnaphtha solutions of sulfur and sulfurcompounds. Industrial andEngineering Chemistry, v. 17, n. 8,p. 798-802, 1925

Lorena Cristina de Oliveira TiroelMestre em Engenharia Química –Engenheira de Terminais e Dutos –PETROBRAS TRANSPORTES S.A

Vanessa Yumi NagayassuMestre em Engenharia – Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado de SãoPaulo

Zehbour PanossianDoutora em Ciências – Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado de SãoPaulo, professora convidada da EscolaPolitécnica – Departamento deEngenharia Metalúrgica e de Materiais –USP

Johny Hernandes de OliveiraTécnico em Metalurgia – Fundação deApoio ao Instituto de PesquisasTecnológicas

Contato com a autora:

Trabalho apresentado durante o INTER-CORR 2014, em Fortaleza/CE no mês demaio de 2014. As informações e opiniõescontidas neste trabalho são de exclusiva res -pon sabilidade do(s) autor(es).

da corrosividade – método da lâmi-na de cobre. 14p.

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produtos corrosivos para o aço-carbono com base apenas noresultado do ensaio de corrosivi-dade ao cobre não se sustenta.

Resultados de laboratóriomos traram que as naftas comdiferentes classificações dos re -sultados do ensaio de corrosivi-dade ao cobre não necessitaramde dosagens mais elevadas deini bidor de corrosão para quefossem atingidos os resultadosacei táveis do ensaio de corro-sividade ao aço-carbono. Eainda, a adi ção de compostos deenxofre, de caráter inibidor nãocapazes de escurecer a lâmina decobre, po de requerer maioresconcen tra ções de inibidor. Aexplicação des te último caso é acompe tição do composto deenxofre de ca ráter inibidor como inibidor DERD.

Pelo exposto, pode-se inferirque não há subsídios que supor -tem a prática adotada de aplicarmedidas mitigadoras para ga -ran tir a integridade dos dutostendo como base o resultado doensaio de corrosividade ao cobredo produto transportado. O po -tencial de corrosividade do flui-do e uma possível ação deletériapara dutos decorrente do trans-porte de produtos só podem serdefi nidos com base no resultadodo ensaio NACE TM-0172(NA CE, 2001).

Considerando que o ensaioNACE TM-0172 (NACE,2001) é realizado em condiçõesde forte aeração, a corrosão in ter -na das tubulações na maioria dasvezes pode ser monitorada pormeio deste ensaio.

É mandatório o que resultadodo ensaio NACE TM-0172(NACE, 2001) seja avaliado an -tes do início do bombeio do pro-duto para definição das me didasmitigadoras eficazes pa ra o trans-porte de produtos corrosivos.

Referências bibliográficasABNT NBR. 2013 14359: Produtos de

petróleo e biodiesel – determinação

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Artigo Técnico

Atividade de biocidas comerciaisna corrosão microbiológica

em sistemas salinos

bilized at 24 h and 192 h around-360 mV and -200mV in thepresence and absence of microor-ganism, respectively.

IntroduçãoA efetiva participação dos

microrganismos nos processosde deterioração dos materiaisficou evidente quando teve iní-cio a disposição de estruturasmetálicas em solos e ambientesaquáticos (GONZÁLEZ et al.,1998). Em geral, os microrganis-mos presen tes nesses ecossiste -mas apresentam a tendência aaderir a superfícies sólidas, e, ca -so encontrem condições que se -jam favoráveis ao seu desenvolvi-mento, formam estruturas mul-ticelulares complexas denomina -das biofilmes. Essas estruturassão constituídas de agregadoscelulares, material po liméricoextracelular resultante do meta -bo lismo microbiano, ma téria or -gâ nica e inorgânica e, principal-mente, de água (DA VEY eO’TOLLE, 2000).

Os biofilmes modificamdras ticamente as condições dainterface metal/solução intensifi-cando a deterioração do materi-al, quer por alteração química,quer por modificação estrutural.Com isso, tem-se uma significa-tiva redução da vida útil de peçase equipamentos (GENTIL,2011; VIDELA, 2003).

Poucas indústrias estão livresda ocorrência de biocorrosão e deoutros problemas relacionados àformação de biofilmes. Em par-ticular, a indústria do petró leo,que apresenta frequentes e,muitas das vezes, sérios proble-

mas causados por processo corro-sivo associado a depósitos bio ló -gicos, nas suas diferentes ativida -des, tais como, extração, pro ces -sa mento, distribuição e arma ze -namento de petróleo e derivados.

A ubiquidade e a diversidadedos microrganismos na naturezae, inclusive, em sistemas industri-ais dada a sua capacidade deadaptação, evoluir ou de sobre-viver em condições inóspitas paraa maioria dos seres vivos, como,por exemplo, temperatura eleva-da e alta salinidade, impõem aadoção de medidas para a pre-venção ou controle da corrosãoinduzida microbiologicamente(CIM). Este é o caso das novasjazidas de petróleo (reservas pré-sal) descobertas a 5 a 7 mil me -tros de profundidade abaixo donível do mar, localizadas debaixode camadas de sal, ou seja, umambiente hipersalino.

Existem diferentes métodospara controle ou prevenção daCIM, sendo a escolha ditadanor malmente pela eficácia pre-tendida e estimativa de custos.Em sistemas industriais, o em -prego de biocidas tem sido omais implementado (PENNA etal., 2002, VIDELA, 2002;NUNES, 2007). Nesse caso, aconcentração do biocida é ofator de maior importância a seconsiderar na avaliação de suaeficácia contra as populaçõesmicrobianas (RUSSELL e Mc -DONNELL, 2000). Particular -mente, se a aplicação do biocidase propõe a inativar os micror-ganismos presentes em biofil -mes, já que a difusão de molécu-las ativas através da matriz poli -

Por LindomarC. A. de Araujo

ResumoO presente trabalho visou

avaliar a ação de três biocidas co -merciais contra diferentes popu-lações microbianas, planctônicase sésseis, em água de produção.Na fase planctônica, apenas asbac térias redutoras de sulfato(BRS) foram susceptíveis aoTHPS. As formulações 1(QUATs) e 2 (THPS + QUATs)apresentaram amplo espectro deatividade antimicrobiana, resul-tando em reduzida colonizaçãodos cupons de aço dúplex (CPs).As análises eletroquímicas mos -traram que os potenciais dosCPs foram influenciados pelosmi cror ganismos e biocidas.Para THPS + QUATs, na pre-sença e ausência de microrga -nismos, os po tenciais se estabi-lizaram entre 24 h e 192 h emtorno de - 360 mV e - 200 mV,respectivamente.

AbstractThis study aimed to evaluate

the effect of three commercial bio-cides against two different micro-bial populations, planktonic andsessile, in water production. In theplanktonic phase, only sulfate-reducing bacteria (SRB) were sus-ceptible to THPS. Both formula-tions 1 (QUATs) and 2(THPS + QUATs) presentedbroad spectrum of antimicrobialactivity, resulting in reduced colo-nization of dúplex steel coupons(CPs). Electrochemical tests showedthat the potential of CPs wereinfluenced by the presence orabsence of microorganisms and thebiocides formulation. ForTHPS + QUATs, the potential sta-

Commercial biocides activity of microbiological corrosion in saline systems

Co-autores:Márcia Teresa

SoaresLutterbach Leila

Yone Reznik,Eliana Flávia

CamporeseSérvulo

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mérica é fortemente reduzida, oque implica menor susceptibili-dade dos microrganismos sés-seis ao biocida (ANDERSON eO'TOOLE 2008; LEWIS2008; TART e WOZNIAK,2008). Na prática, a concen-tração também está relacionadaà capacidade dos microrganis-mos em adquirir re sis tência aobiocida (RUSSELL e Mc -DON NELL, 2000).

Dentre os biocidas, os saisquaternários de amônio (QUATs)são muito empregados em sis-temas de resfriamento por contado amplo espectro de ação con-tra bactérias, inclusive sésseis.Sua ação ocorre fundamental-mente na permeabilidade dascélulas, causando perda de mate-rial e, por conseguinte, suadestruição. Também atuam con-tra a formação celular de materi-al polimérico, interferindo nacolonização dos materiais. Poroutro lado, o THPS (sulfatotetrakis-hidroximetil-fosfônio)representa uma nova geração desubstância ativa com diversasvan tagens, comparada com osbio cidas tradicionais utilizadosno tratamento de águas, comomiscibilidade em água, inclusiveágua do mar, estável em meioácido ou alcalino, baixa toxici-dade, biodegradabilidade, amploespectro microbiológico, comação inibitória comprovada paraBRS. A sua formulação comQUAT pode tornar sua açãomais rápida, e até mesmo auxiliarna sua dispersão pelo biofilme.

Os programas de tratamentoutilizados em sistemas industri-

ais muitas vezes falham pelaincorreta seleção e/ou aplicaçãodos biocidas. Considerando oscustos destes agentes antimicro-bianos e as restrições ambientais,cada vez mais severas, há necessi-dade de se avaliar a eficácia des -ses compostos para cada sistema,visto que esses apresentam con -dições operacionais diferencia -das. Logo, o presente trabalhoteve como objetivo avaliar aatividade de biocidas comerciaiscontra microrganismos normal-mente ocorrentes em CIM, emsistema com elevada salinidade.

Materiais e métodosForam utilizados cupons me -

tálicos (CPs) retangulares de açodúplex UNS S 31803: (a) 4,0 cmx 1,0 cm x 0,3 cm (espessura) efuro de 0,2 cm de diâ metro paraa realização das aná lises microbi-ológicas; e (b) 2,0 cm x 1,0 cm x0,3 cm, conectados a um fio decobre, de modo a permitir conta-to elétrico e embutidos em resinaepóxi para as análises eletro-químicas. Imediatamente antesdo uso, os CPs foram polidoscom lixas de granulometrias 120e 600, lavados com água destila-da, seguido de álcool etílico pararemoção de matéria orgânica eseco em jato de ar quente.

Foram ensaiados três bioci-das comerciais: THPS (sulfatode tetrakis hidroximetil fosfôni-co); formulação 1 (combinaçãode sais quaternários de amônio,QUATs); e formulação 2 (THPSe QUATs).

Primeiramente, cada bioci-da foi avaliado em três con cen -

tra ções (50 ppm, 100 ppm e150 ppm) contra diferentes po -pulações de bactérias normal-mente associadas a CIM: he -terotróficas aeróbias (BHA),pro dutoras de ácido aeróbias(BPAA), produtoras de ácidoanaeróbias (BPAAn) e redu-toras de sulfato (BRS). As dife -rentes culturas mistas foramobtidas a partir de vários sub-cultivos de amostra de água,ori unda de um duto de pe tró -leo, em meios de cultura especí-ficos, e salinidade crescente, atéo valor de 160 g NaCl/L.

Foram empregados os se -guin tes meios de cultura para:BHA – Caldo nutriente (g/L):peptona de carne 5,0; extrato delevedura 3,0; dextrose 9,0; pH7,0 ± 2; BPAA – Caldo verme -lho de fenol (g/L): extrato depeptona 10; extrato de carne 1,0;vermelho de fenol 0,018; glicose10; pH 7,4 ± 2. Para cultivo dasBPAAn, a condição de anaero-biose foi garantida através depurga do meio com nitrogênio;BRS – Meio Postgate E (g/L):KH2PO4 0,5; NH4Cl 1,0;CaCl2.6H2O 1,0; MgCl2.7H2O2,0; FeSO4.7H2O 1,0;FeSO4.7H2O 1,0; extrato delêvedo 0,1; ácido ascórbico 0,5;agar-agar 5,0; solução de lactatode sódio (50 %v/v) 7 mL; solu -ção de resazurina (0,025 % m/v)4 mL; pH 7,6 ± 2. A condiçãode anaerobiose também foi ga -rantida através da purga do meiocom nitrogênio.

Os ensaios para avaliação doefeito dos biocidas na formaçãode biofilmes sobre os CPs foram

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TABELA 1 – AVALIAÇÃO DO EFEITO TÓXICO DO BIOCIDA THPS SOBRE AS BACTÉRIAS PLANCTÔNICAS

CrescimentoBHA BPAA BPAAn BRS

Biocidas (ppm) 24 h 72 h 24 h 72 h 24 h 96 h 24 h 672h50 – + – + – + – –100 – + – + – + – –150 * * * * * * – –

(+): crescimento positivo; (–): crescimento negativo; (*) Efeito bacteriostático

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cas de bactérias a diferentes con-centrações de THPS. As popu-lações aeróbias (BHA e BPAA)tiveram comportamentos simi-lares quando expostas a 50 ppme 100 ppm do biocida, somenteapresentando crescimento de -cor ri das 72 h de exposição. ParaBPAAn, o crescimento apenasfoi detectado em 96 h de exposi -ção. Já as BRS se mostraram sus-ceptíveis a todas as concentra -ções ensaiadas do biocida, porum longo período (672 h). Se -gundo Gil et al. (2012), háredução expressiva de BRS comapenas 10 ppm de THPS. Nasdosagens de 30 ppm e 50 ppm, aação é intensificada, levando aeliminação total desta popula -ção. Adicionalmente, o nossotra balho demonstra a estabili-dade do THPS em elevada sali -ni dade, mesmo quando empre-gado em baixas concentrações.

Ao elevar a concentração dobiocida para 150 ppm não foide tectado crescimento de ne -nhum dos grupos bacterianosensaiados. No entanto, com ex -ceção das BRS, foi detectado queo biocida THPS, nesta concen-tração, apresentou apenas efeitobacteriostático sobre as popula -ções bacterianas. Em condiçãosalina, o efeito bactericida doTHPS só ocorre na concen-tração de 200 ppm (dados nãoapresentados). Portanto, em am -bientes de elevada salinidade, seo THPS for empregado na dosa -gem recomendada pelos fabri -can tes, de 100 ppm, o biocidanão será apropriado para o con -trole da CIM, já que permitirá acolonização das superfícies.

Os biocidas QUATs eQUATs + THPS inibiram ocrescimento de todos os gruposbacterianos em todas as con-centrações ensaiadas, por issoos da dos não foram apresenta-dos. Assim, pode-se inferir aefi cácia do QUAT contra po -pu lações bacterianas em ambi-entes salinos, inclusive com po -

cultivos de po -pulações ha lo -fílicas das cul -turas en rique -cidas ativas, demo do a estabe -lecer concen -tra ções iniciaisde 108 célu-las/mL de cadaum dos gruposb a c t e r i a n o spara ga ran tir aforma ção debiofilmes.

A cuba foidisposta sobre placa de agita ção,de mo do a manter o eletrólitoem constante e suave agitação,para que as cé lulas planctônicasficassem em sus pensão e, assim,favorecer a colonização das su -perfícies metá licas, porém semrisco de ocorrer arraste dosbiofilmes formados. O sistemafoi mantido em sala climatizada,com temperatura variando entre25 °C e 27 ºC.

Foram ensaiados os biocidas(THPS, QUATs e THPS +QUATs), na concentração de100 ppm, na presença e ausênciade microrganismos, para finscomparativos por um períodototal de 360 h.

Para os ensaios eletroquími-cos, foram realizadas periódicasmedições dos potenciais a cir-cuito aberto dos CPs em relaçãoao Eletrodo de Calomelano Sa -tu rado, com o auxílio de ummul tímetro portátil por umtem po total de 360 h.

As populações de BHA,BPAA, BPAAn e BRS, nas fasesplanctônica e séssil, foram quan-tificadas (em 168 h e 360 h) pelatécnica do Número Mais Pro -vável (NMP), através do culti-vo, em meios apropriados, jácitados (HARRISON, 1982).

Resultados e discussãoNa Tabela 1, são mostrados

os resultados da exposição dediferentes populações planctôni-

conduzidos em cuba de vidro(10 cm de altura por 10 cm dediâmetro) correspondendo a cer -ca de 1 L de capacidade nominal(Figura 1). A desinfecção dacuba foi feita por imersão emsolução 6 g/L de metabissulfitode sódio por 24 h, seguida delavagens sucessivas com águadestilada estéril, para total remo -ção do desinfetante.

A cuba foi preenchida com800 mL de água de produção(160 g NaCl/L) oriunda de umaplataforma offshore. No sistemaforam dispostos: um eletrodo deCalomelano Saturado (eletrodode referência), um eletrodo auxi -liar de platina, eletrodo de tra-balho de aço inoxidável dúplex(análises eletroquímicas). OsCPs para análises microbiológi-cas foram fixados à tampa porfios de nylon de modo a que fos-sem mantidos paralelamente àparede da cuba (Figura 1).

A água foi suplementadacom (g/L): KH2PO4 0,5;NH4Cl 1,0, extrato de levedura0,2 e ácidos orgânicos de cadeiacurta (ácido lático 60,8; ácidopropiônico 50,0 e ácido butírico44,6), conforme descrito porSousa (2009) e o pH foi ajustadopara 6,0 com solução de NaOHa 40 %. A adição de nutrientesteve como propósito garantir aviabilidade celular no decorrerde todo o ensaio. Em seguida,foram introduzidas alíquotas de

Figura 1 – Imagem do sistema utilizado. A. Vistaexterna; B. Vista interna :1. contra-eletrodo deplatina; 2. corpo de prova (análises microbiológica);3. eletrodo de referência; e 4. eletrodo de trabalho(análises eletroquímicas)

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2010; COSTERTON et al.,1995).

Levando em consideração osresultados obtidos foram realiza-dos ensaios para avaliação dosbio cidas, na concentração de100 ppm, na colonização micro-biana de aço dúplex. Na Figura3, apresentam-se os resultados deconcentração celular nas fasesplanctônica (A, C, D) e séssil (B,D, F) para CPs imersos em águade produção com duas apli-cações dos biocidas (0 h e168 h), na mesma dosagem.

protetora contra produtos quí -micos, como biocidas e inibi -dores de corrosão; fonte nutri-cional, quando os microrganis-mos se encontram em fase deestarvação; estimulo à degrada -ção do material metálico, devidoà presença de grupos funcionaisnegativos que reagem com íonsmetálicos intensificando o pro -cesso corrosivo (BEECH eSUNNER, 2004; WOOD et al.,2011; VIDELA e HERRERA,2005; MADIGAN, MAR-TINKO, DUNLAP e CLARK,

ten cialização da ação antimi -cro biana do THPS. Tal resulta-do é indicativo de que a açãodesinfetante e surfatante doQUAT (McDonell e Russell,1999), ocorre mesmo em ambi-ente salino abrangendo um am -plo espectro de microrganismos.

Na Figura 2, podem ser ob -ser vadas as concentrações celu-lares dos principais grupos demi crorganismos, nas fases planc -tônicas e sésseis (para CPs deaço dúplex) para períodos de168 e 360 h de exposição àágua de produção.

Na fase planctônica (Figura1A), houve redução expressiva donúmero de BRS em relação aoinicial, decorridas 168 h, man-tendo-se a partir daí inalte radoaté o final do ensaio. Con tudo, aredução foi de, no máximo, umaordem de grandeza para as de -mais populações bacterianas mo -nitoradas. Inclusive, para estaspo pulações, foram de tectadosaumentos de densidade celular de1 a 3 ordens de gran deza ao finaldo ensaio, sendo a maior ampli-tude referente às BHAs.

Os CPs foram colonizadospor células de todas as popula -ções bacterianas estudadas, em -bo ra de modo diferenciado (Fi -gura 2B). As BHAs foram ogrupo microbiano que atingiumaior concentração celular nosbiofilmes. Este grupo bacterianocompreende espécies que são po -tencialmente produtoras de ma -terial polimérico extracelular(MPE). Por isso, em sistemasaquosos é frequente a adsorçãodestas bactérias nas superfíciessólidas formando filmes gelati-nosos, o que permite a subse-quente adsorção de microrganis-mos não produtores de MPE(LEWANDOWSK e Boltz,2011). Por conta disso, os bio -filmes podem abrigar comuni -dades multicelulares densas ecomplexas com diferentes exi -gên cias nutricionais. Também éatribuído ao MPE: propriedade

C & P • Outubro/Janeiro • 2015 29

Figura 2: Perfis das populações bacterianas nas fases planctônica (A) eséssil (B) em água de produção (160 g NaCl/L) para diferentes tempos(Concentração inicial de cada população microbiana no sistemaexperimental: 108 células/mL)

Figura 3 – Monitoramento das populações bacterianas nas fasesplanctônica (A, C, E) e séssil (B, D e F) na célula experimental,quando expostas a diferentes biocidas (100 ppm)

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Os resultados mostram queos três biocidas foram efetivoscontra as BRS tanto na faseplanctônica quanto na séssil.Com parativamente, o THPScombinado ao QUAT (Figura 3,E e F) foi mais eficaz do que deforma isolada (Figura 3, A e B).Segundo alguns autores, existeuma ação sinérgica entre algu-mas substâncias químicas (TA -KA HASHI et al.,2013; VANDER KRAAN et al., 2013). Porisso, as empresas tem investidomais em novas formulações aoinvés de lançar novas substanciasno mercado.

A figura 4 ilustra as curvasobtidas de potencial com otempo, onde foram plotados osvalores correspondentes às mé -dias de potenciais de 2 CPs. Nafigura 4 A, são apresentadas osperfis dos potenciais dos CPs naausência de biocida e microrga -nismos (controle abiótico), e napresença de microrganismos(con trole biótico). Para ambos oscontroles, houve queda do po -tencial nas primeiras 24 h, ele-vando-se em seguida, sendo

atin gido os valores máximos(- 69 mV e - 55 mV, respectiva-mente) em 120 h de exposição. Apartir deste ponto, os potenciaisseguiram em direções contrárias:para o controle abiótico, o poten-cial adquiriu valores cada vezmais negativos, permanecendopróximo a - 180 mV em 288 haté o final dos experimentos; en -quanto que para o controle bióti-co, o potencial teve um intervalode estabilização próximo a- 100 mV, elevando-se para cercade -50 mV de 288 h em diante.

A queda inicial dos potenciaispode estar associada à percolaçãode íons agressivos através dacamada passiva do metal (WO -LYNEC, 2003). No caso da ele-vação dos potenciais na presençade microrganismos, este fato po -de estar associado à formação debiofilme sobre a superfície dometal, criando desta forma umabarreira entre o meio e a superfí-cie metálica do CPs.

Quando os CPs foram expos-tos ao sistema contendo THPS,tanto na ausência quanto na pre-sença de microrganismos, houve

elevação dos potenciais até atin-gir os seus valores máximos(- 32 mV) em 72 e 96 horas,respectivamente. Após este perí -odo, os potenciais apresentarampoucas variações em torno de- 30 mV e -50 mV.

Na Figura 4, também é apre-sentada a evolução do potencialpara valores cada vez mais ativosnas primeiras 24 e 72 horas dosCPs exposto ao QUATs, na au -sência e presença de microrganis-mos. Nota-se para condição semmicrorganismos que os potenci-ais começaram a se estabilizar emtorno de -350 mV em 192 h,permanecendo assim até o finaldos experimentos. Quando osmicrorganismos estavam pre-sentes observa-se que somenteapós 216 horas os potenciais per-maneceram em um platô de es ta -bilização próximo a - 500 mV,assim permanecendo inalterados.

Ainda na Figura 4, é mostra-da a evolução dos potenciais dosCPs expostos na célula experi-mental contendo o biocida com-posto de THPS + QUATs. Note-se que os potenciais apresenta -ram comportamentos opostos.Nas primeiras 24 horas, quandoos microrganismos estavam au -sentes, houve um aumento dopotencial até atingir o seu maiorvalor (-55 mV) onde houve umacerta estabilidade do potencial.Após 72 horas de exposição háqueda no potencial, atingindovalor próximo de -200 mV em192 h, assim ficando até o finaldo período monitorado. Na pre-sença de microrganismos, o po -tencial tende a evoluir para valo -res cada vez mais ativos, emboradecorridas 24 h de exposição, semantenha em um patamar va -riando em torno de -360 mV.Observa-se que, quando a mistu-ra THPS + QUATs está presenteno sistema, o potencial tende ater variações menores, atingindoum platô de estabilização.

A variação dos potenciais pa -ra valores mais ativos em presen -

Figura 4 – Curvas de Potencial a Circuito Aberto com o tempo obtidopara o aço dúplex em água de produção na ausência e presença demicrorganismos (A – Branco; B – THPS; C – QUATs; D – THPS +QUATs)

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Estado do Rio de Janeiro(FAPERJ) pela concessão dabolsa de doutorado, aoLaboratório de Corrosão Profes -sor Vicente Gen til (EQ/UFRJ) eao Laboratório de Biocorrosão(LABIO/INT) pelo apoio no de -sen volvimento deste trabalho.

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acompanhamento de potencialdo ensaio de controle biótico eabiótico, QUATs parece ser maisagressivo à camada passiva doque a mistura de biocidas, pois ospotenciais tendem a estabilizarem valores mais ativos do que noensaio sem o respectivo biocida.

Conclusões• Todos os biocidas avaliados fo -

ram efetivos contra diferentespopulações bacterianas, sendoque o THPS apresentou maioreficácia para a população deBRS, mesmo na salinidade de160 g/L.

• A combinação de THPS eQUATS resultou em maior re -du ção das populações micro-bianas nas fases planctônica eséssil.

• A aplicação de QUATs na pre-sença de microrganismos fezcom que os potenciais atingis-sem um platô de estabilizaçãopróximo de -500 mV e naausência de microrganismosem torno de -350 mV.

• Com o emprego de THPS +QUATs, o potencial tende aapresentar menores variações,atingindo um platô de estabi-lização, independentemente dapresença ou não dos micror-ganismos.

• No sistema contendo THPS,houve elevação dos potenciais acircuito aberto, tan to na pre-sença quanto na ausência demicrorganismos;

• Para as populações bacteri-anas BHA, BPAA e BPAAn, oTHPS apresentou efeito bac-teriostático na concentraçãode 150 ppm e efeito bacterici-da a 200ppm.

• Os biocidas apresentaram umcaráter inibitivo a corrosãodos CPs, tanto QUATs (leve)quanto na combinação doTHPS+QUATs (maior).

AgradecimentosOs autores agradecem à Fun -

dação de Amparo à Pesquisa do

ça de microrganismos pode su -gerir que os supostos biofilmesformam apenas uma barreirame cânica ao processo de cor-rosão. Outro fato que deve serconsiderado é que na ausênciaou na presença de microrganis-mos há percolação de agentesagressivos como o íon cloreto,ácidos orgânicos etc., na superfí-cie dos CPs o que vem alterarsignificativamente o potencial.Além disso, os metabólitos gera-dos pelos microrganismos po -dem atacar a superfície metálicao que corrobora com a degra -dação da camada passiva forma-da sobre o metal. Além disso, noprocesso de colonização do me tal,a formação do biofilme ocor re deforma heterogênea o que ocasionaregiões na superfície do metalcom diferentes concentra ções deoxigênio, afetando também os va -lores dos potenciais. Logo, no ta-seem todos os casos aqui anali sados,que os microrganismos tiveraminfluência so bre o potencial dosCPs metálicos.

A ação biocida diferenciadatambém pode ser observada emcada caso: o THPS parece inferirbaixa efetividade sobre os mi cror -ganismos por conta da ma -nutenção dos potenciais em ní -veis mais elevados do que os ob -servados para o experimento semmicrorganismos. Com relaçãoaos experimentos contendoQUATs e THPS + QUATs, ocomportamento biocida em am -bos os casos mostra-se mais efeti-vo, pois as respectivas evoluçõesde potencial mostram valoresmais ativos do que os observadospara o Branco na presença demicrorganismos. Através dosresultados de potencial de cir-cuito aberto, observados naFigura 3, pode-se inferir atravésdas curvas sem microrganismosum certo caráter inibitivo à cor-rosão da liga, tanto de QUATs(leve) quanto da mistura THPS +QUATs (maior). Apesar disso,em comparação ao resultado de

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(UFRJ) e MBA em Meio Ambiente(COPPE/UFRJ). Atualmente é tecnologistado Instituto Nacional de Tecnologia (INT) eGerente do Laboratório de Biocorrosão eBiodegradação do INT.

Leila Yone ReznikGraduada em Engenharia Química pelaUniversidade Federal do Rio deJaneiro(UFRJ), mestrado e doutorado emEngenharia Metalúrgica e de Materiais(COPPE/UFRJ). Professora Adjunta noDepartamento de Processos Inorgânicos daEscola de Química da UFRJ.

Eliana Flavia Camporese ServuloGraduada em Engenharia Química pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), mestrado em Tecnologia deProcessos Químicos e Bioquímicos pelaUFRJ e Doutorado em Ciências(Microbiologia) pela UFRJ. ProfessoraAdjunta no Departamento de EngenhariaBioquímica da Escola de Química daUFRJ.

Contato com o autor:[email protected]

com Programas Aprimorados deControle Microbiano. Disponívelem: oilandgas.dow.com/pdf/rio/de_controle_microbiano.pdf[Acesso em 14/03/2013]

VAN DER KRAAN, G. M.,JOCKSCH, D., CANALIZO-HERNANDEZ, M., YIN, B.,WILLIAMS, T., & KEENE, P. A.Implementação de melhores soluçõespara o controle microbiano em proces-sos petrolíferos. Disponível em:www.dow.com/microbial/la/pt/pdf/PaperPortuguese.pdf [Acesso em14/03/2013]

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WOLYNEC, S. Técnicas Eletroquímicasem Corrosão. Editora USP, SãoPaulo, 2003.

Lindomar Cordeiro Antunes deAraújoGraduado em Ciências com Habilitação emQuímica e Especialista em CiênciasAmbientais pela Universidade Estadual doMaranhão (CESI/UEMA). Mestre emTecnologia de Processos Químicos eBioquímicos pela Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ). Estudante dedoutorado em Tecnologia de ProcessosQuímicos e Bioquímicos do programa depós-graduação da Escola de Química daUniversidade Federal do Rio de Janeiro(EQ/UFRJ).

Márcia Teresa Soares LutterbachGraduada em Ciências Biológicas pelaUniversidade Santa Úrsula e Mestrado emCiências e Tecnologia de Alimentos pelaUniversidade Rural do Rio de Janeiro.Doutorado em Ciências (Microbiologia)pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

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32 C & P • Outubro/Janeiro • 2015

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Opinião

uase ninguém gosta deou vir reclamação. Mes moquando a crítica é cons -

tru tiva, é difícil encará-la co moalgo proveitoso e positivo. Nomundo corporativo, quan do sefala em atendimento ao cliente eprestação de servi ços, ouvir re -cla mações é algo relativamentecomum, mas a for ma de recebere dar tratamento às queixas é quepode fazer toda a diferença paraa organização.

Pense bem: o que você tem aganhar enfrentando um cli enteinsatisfeito ou sendo indi ferenteà sua queixa? Há pelo menos trêsaspectos altamente benéficos emuma reclamação:

1. Quando um cliente diz para aempresa com a qual mantémuma relação comercial que es -tá insatisfeito com um deter-minado produto ou serviçoprestado, significa simples-mente que ele deseja fazeralguns ajustes nesse relaciona-mento. É como um casamen-to: quando um re cla ma dooutro é porque exis te senti-mento suficiente para se res-gatar e manter a relação.Muito pior seria se o clientetratasse a empresa com indife -rença. Quando um cliente es -tá incomodado, mas não falanada, no mo mento em quemenos se es pe ra ele migra, es -pontaneamente e quietinho,para a concorrência. Ainda fa -zendo analogia ao casamento,uma reclamação é um sinal dealerta importante para ambosrepensarem o relacionamento.

Erik Penna

O cliente reclamou? Ainda bem!“Seus clientes mais insatisfeitos são sua maior fonte de aprendizado” – Bill Gates

Erik PennaEspecialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte deVender” e “Motivação Nota 10”Con ta to: www.erikpenna.com.br

Portanto, na maioria das vezes, não há motivo para se ofender comuma crítica. Ela pode ser um instrumento excelente para aper-feiçoamento pessoal e profissional.

2. Outro aspecto positivo é que a reclamação de um cliente podeservir como consultoria, ainda que involuntária, para a empresa.Na maioria das vezes, ele mostra, de maneira inequívoca, sincera egratuita, uma série de erros que ela vem cometendo, sem ao menosse dar conta. Uma consultoria, aliás, cobra caro para dar os mesmosconselhos que o cliente pode dar.

3. Caso a empresa não possa atender ao pedido do cliente, que pelomenos lhe dê atenção, garantindo que ele seja ouvido. Tanto quan-to obter soluções, as pessoas desejam ser ouvidas e seus pontos devista respeitados. Saber ouvir é algo que não implica custo financeiropara a organização, mas ainda assim é uma qualidade muito deseja-da num profissional, independentemente do setor em que atua.

Um exemplo disso aconteceu comigo outro dia quando fui a umaloja comprar um novo celular e, junto com o aparelho, adquiri umplano mensal de dados com valor fixo para acesso ilimitado à internet.Um mês depois recebi a conta e, para minha surpresa, o valor refe renteao acesso à internet estava absurdamente alto.

Fiquei aborrecido, e como eu havia feito um plano com valor fixo,voltei na loja para reclamar e procurei a mesma atendente “A” quehavia me vendido o aparelho e o plano. Ao relatar o problema, eladisse que não poderia fazer nada e que eu deveria ligar para o CallCenter da operadora.

Portanto, ao ouvir uma crítica, procure os aspectos positivos que elapode trazer. Se conseguir focar apenas neles, evitando a tendência na -tural de confrontar o cliente ou esquivar-se do problema, todos saemganhando: o cliente é ouvido, a empresa consegue retê-lo e o pro fis -sional aprende que, com flexibilidade e jogo de cintura, pode transfor-mar um problema em aprendizado, fidelização e melhores resultados.

Muito longe de ser um inimigo, um cliente insatisfeito pode serfonte de informações valiosas para a melhoria no atendimento e nagestão da empresa.

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Opinião54Alt:Opinião40 12/20/14 8:41 AM Page 1

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MARINE IND. E COM. DE TINTAS LTDA.www.marinetintas.com.br

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MORKEN BRA. COM. E SERV. DE DUTOS E INST. LTDA.www.morkenbrasil.com.br

MUSTANG PLURON QUÍMICA LTDA.www.mustangpluron.com

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PETROBRAS S/A - CENPESwww.petrobras.com.br

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P. G. MANUTENÇÃO E SERVIÇOS INDUSTRIAISwww.pgindustriais.com.br

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PPL MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.www.pplmanutencao.com.br

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PREZIOSO DO BRASIL SERV. IND. LTDA. www.prezioso.com.br

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