Revista Verde-Oliva Nº 203

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1 ANO XXXVII – Nº 203 – JUL/AGO/SET 2009 Conheça a concepção da Estratégia Braço Forte CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO BRASÍLIA-DF • ANO XXXVII Nº 203 • JUL/AGO/SET 2009 Sistema Colégio Militar do Brasil Sistema Colégio Militar do Brasil Sistema Colégio Militar do Brasil Sistema Colégio Militar do Brasil Sistema Colégio Militar do Brasil Tradição e qualidade de ensino Saiba qual a origem da Escola de Material Bélico Barão do Rio Branco e a arte de negociar Grande vencedora do programa Soletrando 2009 Soletrando 2009 Soletrando 2009 Soletrando 2009 Soletrando 2009 Aprovada na Universidade de Har Har Har Har Harvar var var var vard com bolsa integral Representante do Brasil no National National National National National Geographic W Geographic W Geographic W Geographic W Geographic World Championship orld Championship orld Championship orld Championship orld Championship

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Revista Verde-Oliva Nº 203

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1 – ANO XXXVII – Nº 203 – JUL/AGO/SET 2009

Conheça a concepçãoda Estratégia Braço Forte

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

BRASÍLIA-DF • ANO XXXVII • Nº 203 • JUL/AGO/SET 2009

Sistema Colégio Militar do BrasilSistema Colégio Militar do BrasilSistema Colégio Militar do BrasilSistema Colégio Militar do BrasilSistema Colégio Militar do BrasilTradição e qualidade de ensino Saiba qual a origem da

Escola de Material Bélico

Barão do Rio Branco ea arte de negociar

Grande vencedora doprograma Soletrando 2009Soletrando 2009Soletrando 2009Soletrando 2009Soletrando 2009

Aprovada na Universidadede HarHarHarHarHarvarvarvarvarvarddddd com bolsa integral

Representante do Brasil no NationalNationalNationalNationalNationalGeographic WGeographic WGeographic WGeographic WGeographic World Championshiporld Championshiporld Championshiporld Championshiporld Championship

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2 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

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3 – ANO XXXVII – Nº 203 – JUL/AGO/SET 2009

Gen Div AAAAAdhemar da Costa Machado Filhodhemar da Costa Machado Filhodhemar da Costa Machado Filhodhemar da Costa Machado Filhodhemar da Costa Machado FilhoChefe do CCOMSEx

– ANO XXXVII – Nº 203 – JUL/AGO/SET 2009

Editorial

• Chefe do CCOMSEx:Gen Div Adhemar da Costa Machado Filho• Subchefe do CCOMSEx:Cel Art QEMA Carlos Chagas dos Santos• Chefe de Produção e Divulgação:Cel Eng QEMA Abner Gonçalves de Magalhães

CONSELHO EDITORIALCel QMB QEMA Eduardo Arnaud CyprianoCel Eng QEMA Abner Gonçalves de MagalhãesCel R/1 Jefferson dos Santos Motta

SUPERVISÃO TÉCNICACel R/1 Jefferson dos Santos Motta

REDAÇÃOCel Cav QEMA Hertz Pires do NascimentoCap QCO Adriana Ferreira Ribeiro de Castro2º Ten QAO Adm Ernando Corrêa Pereira

PROJETO GRÁFICOCap QAO Topo Carlos Alberto Ramos de Morais1º Ten QAO Adm G Osmar Leão Rodrigues1º Ten OTT Aline Sanchotene Alves1º Ten QCO Karla Roberta Holanda Gomes MoreiraST Inf Pallemberg Pinto de Aquino

COORDENAÇÃO E DISTRIBUIÇÃOCentro de Comunicação Social do Exército

IMPRESSÃOGRÁFICA EDITORA PALLOTTIAv. Plínio Brasil Milano, 2145 – Passo D’Areia90520-003 – Porto Alegre-RSFone: (51) 3021-5001

TIRAGEM30.000 exemplares • Circulação dirigida(no País e no exterior)

FOTOGRAFIASArquivo CCOMSEx

JORNALISTA RESPONSÁVELMaria José dos Santos Oliveira – RP/DF/MS 3199

PERIODICIDADETrimestralÉ permitida a reprodução de artigos, desde que citada a fonte, exceto das matérias que contiverem indicação em contrário.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAQuartel-General do Exército – Bloco B – Térreo70630-901 – Setor Militar Urbano – Brasília/DFTelefone: (61) 3415-6514 • Fax: (61) [email protected]ível em PDF na página eletrônicawww.exercito.gov.br

PUBLICAÇÃO DO CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO (CCOMSEx) NOSSA CAPA

Estimado leitorsta edição reserva um destaqueespecial às áreas de ensino ecultura do Exército, particular-

mente no que concerne ao apoio à famíliamilitar e ao compromisso da Instituiçãocom o desenvolvimento e o progressodesse nosso querido Brasil.

Refiro-me ao Sistema Colégio Militar,um patrimônio nacional e origem derenomadas personalidades, civis emilitares, que concretiza, a partir dacriação do Colégio Militar do Rio deJaneiro, no ano de 1889, o sonho doDuque de Caxias de amparar os filhos eórfãos de soldados que ficaram inválidosou tombaram em defesa da Pátria.

Na área cultural, o artigo sobre otrabalho de restauração do SantuárioMilitar do Bom Jesus da Coluna, ondehoje o Serviço de Assistência Religiosa doComando Militar do Leste desenvolveprojetos sociais, registra a preocupaçãoda Força Terrestre com a conservaçãode sítios de nossa história.

O "Projeto Desafiando o Rio-Mar", deautoria do Coronel R1 Hiram Reis eHiram Reis eHiram Reis eHiram Reis eHiram Reis eSilvaSilvaSilvaSilvaSilva, relata sua aventura nas águas doRio Amazonas e a integração de suapesquisa, em tempo real, com asdiversas disciplinas do Colégio Militarde Porto Alegre.

A preservação ambiental é ilustradanos artigos que ressaltam o trabalho

desenvolvido pela Diretoria do ServiçoGeográfico e pelas nossas guarniçõesmilitares, dentre elas Tefé-AM, Jataí-GOe Niterói-RJ.

No tema Esportes, VVVVVerererererde-de-de-de-de-OlivaOlivaOlivaOlivaOliva destacaeventos que antecipam a participação doBrasil nos V Jogos Mundiais Militares2011, o papel do Instituto de Pesquisa eCapacitação Física do Exército (IPCFEx)no treinamento e avaliação de atletas dealto rendimento, bem como o feito doultra-maratonista Subtenente FFFFFarinazzoarinazzoarinazzoarinazzoarinazzona competição realizada no Deserto doVale da Morte, Califórnia-EUA.

O artigo sobre a Escola de MaterialBélico focaliza sua importância históricana formação de recursos humanos e nacriação da mentalidade de manutenção deviaturas blindadas. Destaca também os 50anos do Quadro de Material Bélico.

O tema Operações enfoca a vitóriabrasileira na competição internacionalForça Comandos 2009, evento que reuniu21 equipes de Operações Especiais docontinente americano em Goiânia-GO.

A área de Saúde foi contempladacom uma menção ao LaboratórioQuímico e Farmacêutico do Exército,ressaltando a recente modernização deseu parque fabril e sua participação naprodução variada de medicamentos, emparticular o específico para o combate àameaçada gripe causada pelo vírusinfluenza A (H1N1).

O Doutor Eugenio CarEugenio CarEugenio CarEugenio CarEugenio Carvalhalvalhalvalhalvalhalvalhal brinda--nos com o artigo "Rio Branco: Soldado,Diplomata e Negociador", uma exortaçãoaos seus feitos na diplomacia e suahabilidade na difícil arte de negociar.

O Estado-Maior do Exército apresentaa "Estratégia Braço Forte", ampliandonosso conhecimento a respeitodas inovações em curso na ForçaTerrestre e suas consequências para odesenvolvimento científico e tecnológicoda indústria de defesa nacional.

VVVVVerererererde-de-de-de-de-OlivaOlivaOlivaOlivaOliva fecha esta ediçãoprestando uma justa homenagem aoCoronel Professor Nei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo Panizzutti,pelo legado que deixou ao ensino dalíngua portuguesa e exemplar referênciapara diversas gerações de professores,instrutores e cadetes da Academia Militardas Agulhas Negras. Ele é o PPPPPersonagemersonagemersonagemersonagemersonagemde Nossa Históriade Nossa Históriade Nossa Históriade Nossa Históriade Nossa História.

Por fim, na oportunidade em que passoa Chefia do Centro de ComunicaçãoSocial do Exército ao General de BrigadaCarlos Alberto Neiva BarCarlos Alberto Neiva BarCarlos Alberto Neiva BarCarlos Alberto Neiva BarCarlos Alberto Neiva Barcelloscelloscelloscelloscellos, agradeçoas manifestações de apoio e incentivo denossos leitores, que nos prestigiaram comopiniões e contribuições de temas degrande interesse.

Uma agradável leitura!

EEEEE

Imagem principal: alunos do CMB emdesfile de 7 de Setembro de 2009

Fotógrafa: Maricélia P. Lima de Oliveira

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Sumário

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DECEx e DPHCEx - Novas denominações, causas e consequências

Sistema Colégio Militar do Brasil

Instituto de Pesquisa e Capacitação Física do Exércitointegra a Rede CENESP*

Dos VII Jogos Marciais aos V Jogos Mundiais Militares 2011

Projeto "Desafiando o Rio-Mar"

O Exercício "Força Comandos 2009"

16ª Brigada de Infantaria de Selva - Brigada das Missões: vocaçãofluvial na Amazônia Ocidental brasileira

Escola de Material Bélico: por que "Berço dos Blindados"?

AAAAAcompanhe nesta Ediçãocompanhe nesta Ediçãocompanhe nesta Ediçãocompanhe nesta Ediçãocompanhe nesta Edição

Turismo Verde-Oliva é no 21º GAC

Barão do Rio Branco: Soldado, Diplomata e Negociador

Estratégia Braço Forte

Projeto "Radiografia da Amazônia"

41º Batalhão de Infantaria Motorizado - Meio Ambiente: uma preocupação do Comando

O Santuário Militar do Bom Jesus da Coluna

Laboratório Químico Farmacêutico do Exército - Uma referência nacionalna produção de medicamentos

Personagem da Nossa História - Cel Art ME Nei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo PanizzuttiNei Paulo Panizzutti

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* Centro de Excelência Esportiva

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Nesta edição, o foco é oSistema Colégio Militar do Brasil, com histórias de alunos quevêm se destacando em função da qualidade do ensino da Instituição. Dentre outros assuntos,esta Verde-Oliva também apresenta dados sobre algumas Organizações Militares e fazalusão à Escola de Material Bélico e aos 50 anos do Quadro de Material Bélico. Desfrutedessa leitura e envie sua opinião para o endereço eletrônico em destaque.

Quero expressar à equipe da revista Verde-Oliva e ao Centrode Comunicação Social do Exército os meus mais sincerosparabéns pela excelente qualidade da última edição da revista,dedicada ao Haiti. A publicação é um primor, tanto pelo conteúdoe diversidade dos assuntos, bem como pela pertinência aos cincoanos da presença brasileira no país.

Sinto-me orgulhoso por constatar que o Centro possuitamanha riqueza de profissionais dedicados, inteligentes ecriativos, com uma lucidez que resulta em trabalho dessanatureza.

Parabéns a todos!Essa revista é uma edição permanente, pois prende-se ao

histórico do Brasil e do EB no Haiti, ao tempo em que agregacontribuições de diversas autoridades no assunto.

Maj Gen Floriano PMaj Gen Floriano PMaj Gen Floriano PMaj Gen Floriano PMaj Gen Floriano Peixeixeixeixeixoto Vieira Netooto Vieira Netooto Vieira Netooto Vieira Netooto Vieira NetoForce Commander

Porto Príncipe - Haiti

Espaçodo Leitor

redacaoredacaoredacaoredacaoredacao@e@e@e@e@exxxxxererererercito.govcito.govcito.govcito.govcito.gov.br.br.br.br.br

Não posso deixar de expressar minha emoção ao ver a fotodo soldado Fuzileiro Naval auxiliando uma cidadã do Haiti emtrabalho de emergência de parto. Realmente as Forças Armadastêm vocação para a PAZ... Paz e vida longa a todos!”

Esdras MartinsEsdras MartinsEsdras MartinsEsdras MartinsEsdras MartinsPasso Fundo-RS

“Sou professor de Geografia da Universidade Federalde Urbelândia. Tomei conhecimento da Revista Verde-Olivae gostei muito da mesma, pois trata-se de farto materialpara minhas disciplinas e pesquisas. Saúdo-os pelo trabalhorealizado na revista.”

PrPrPrPrProfofofofof. Túlio Barbosa. Túlio Barbosa. Túlio Barbosa. Túlio Barbosa. Túlio BarbosaInstituto de Geografia

Universidade Federal de Urbelândia

Agradeço ao Centro de Comunicação Social do Exércitoe a sua equipe pela remessa de alguns exemplares da RevistaVerde Oliva, cuja qualidade gráfica e conteúdo revela suaimportância para o universo da caserna e além dela. Aborda, nogeral, assuntos como Amazonia brasileira, a estrutura deformação do Exército e outros, tornando assim fonte deinformação e conhecimento, mostrando, dessa forma, o valorque representa o nosso Exército.”

Cap R/1 Rubemar GarCap R/1 Rubemar GarCap R/1 Rubemar GarCap R/1 Rubemar GarCap R/1 Rubemar Garcia Rochacia Rochacia Rochacia Rochacia RochaBelém-PA

“A Revista Verde-Oliva, como sempre acontece, trouxe-meimensa satisfação e um entusiasmo crescente por sentir aconvicção de que o nosso Exército permanece na sua lidemonumental, voltada para a consecução de seus grandesobjetivos; o que lhe garantirá o futuro que merece e que tantosonhamos...”

Gen Bda Geraldo Luiz NerGen Bda Geraldo Luiz NerGen Bda Geraldo Luiz NerGen Bda Geraldo Luiz NerGen Bda Geraldo Luiz Nery da Silvay da Silvay da Silvay da Silvay da SilvaCoordenador do Projeto História Oral do Exército

Rio de Janeiro-RJ

Sou educador, escotista e ambientalista militante e, nestascondições, gostaria de receber números anteriores da revistaVerde-Oliva, pois, coordeno o projeto ECOJOVEM, da EscolaEstadual Marluce Lucas, que beneficia jovens carentes do bairroonde se localiza.

Isto posto, informo ao ilustre editor que essa importantepublicação servirá muito para nossas pesquisas.”

PrPrPrPrProfofofofof. José Aldo Monteir. José Aldo Monteir. José Aldo Monteir. José Aldo Monteir. José Aldo MonteiroooooJoão Câmara - RN

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6 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

Departamento de Ensino e Pesquisa, órgão centraldo Sistema de Ensino do Exército e herdeiro daantiga Diretoria Geral de Ensino, recebeu, a partir

de 23 de dezembro de 2008, a nova denominação deDepartamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).À luz das Diretrizes do Comandante do Exército e de umprofundo diagnóstico do Sistema de Ensino do Exército,com o objetivo de criar significado, construir consensosobre o que é o Departamento e o que ele está fazendo,garantir que se adapte e continue prosperando em umambiente dinâmico, essa nova terminologia proporcionamais visibilidade ao DECEx como órgão central de doissistemas correlatos: o de Educação e o de Cultura.

A mudança é decorrente da percepção de que o termo"educação" é bem mais abrangente do que "ensino", poiscontempla as atividades de ensino, de aprendizagem, deavaliação educacional, de formação e capacitação dedocentes, de pesquisa científica, de formação de cidadãos,de construção e desenvolvimento devalores morais e éticos, de formaçãoprofissional mediante prática deatitudes compatíveis com a classe, deeducação continuada, de desportose de educação física.

Essa nova terminologia atende àDiretriz do Comandante do Exército,no sentido de proporcionar aosintegrantes da Força uma sólida basede conhecimentos profissionais,fazendo com que os valores éticos emorais da Instituição lhes permeiemo caráter. Mais ainda, capacitá-losplenamente a interagir com asociedade brasileira. O ensino serámantido como atividade prioritária,devendo procurar a constantemodernização, para o que se valerá de várias medidas,como a ampliação do intercâmbio entre as instituiçõescivis e militares nas áreas do ensino, da pesquisa científicae da cultura.

Ao cunhar a expressão "educação" em sua designação,o DECEx aproximou o Exército da terminologia consagradapelos órgãos e instituições dedicados a atividades correlatas,

OOOOO a exemplo dos Ministérios da Educação e da Cultura,facilitando o intercâmbio com o meio acadêmico civil edemais órgãos governamentais que atuam em áreas similaresàs do Departamento e permitindo atender, em melhorescondições, o objetivo de aumentar o relacionamento externopreconizado na Portaria nº 715-Cmt Ex, de 20 dezembrode 2002, que aprovou a Política de Ensino no Exército.

Similarmente, a expressão "cultura" está em consonânciacom a nomenclatura usual no meio civil - Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional - e com asdenominações das forças co-irmãs - Instituto Histórico eCultural da Aeronáutica e Diretoria do Patrimônio Históricoe Documentação da Marinha, definindo melhor o campode atuação do Sistema Cultural do Exército (SCEx), queenvolve tanto o patrimônio material (objetos, construções,sítios históricos, monumentos e bens culturais), quanto opatrimônio imaterial (valores, crenças, tradição e açõeshistóricas e quotidianas que identificam o Exército).

O Departamento alterou também a sua estruturaorganizacional interna, extinguindo a Assessoria de Ensinoe Pesquisa, e criando a Assessoria de Gestão do Ensino,encarregada das atividades correntes de condução doensino, e a Assessoria de Desenvolvimento e AvaliaçãoEducacional, que recebeu a missão de realizar estudosprospectivos na área do ensino, da pesquisa e de cultura, a

DECExe DPHCExNNNNNooooovvvvvas denominações,as denominações,as denominações,as denominações,as denominações,causas e conseqcausas e conseqcausas e conseqcausas e conseqcausas e consequênciasuênciasuênciasuênciasuências

Nova sala da Assessoria de Gestão de EnsinoNova sala da Assessoria de Gestão de EnsinoNova sala da Assessoria de Gestão de EnsinoNova sala da Assessoria de Gestão de EnsinoNova sala da Assessoria de Gestão de Ensino

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fim de propor objetivos, estratégias e metas para o futuro.Coerente com a mudança de denominação do

Departamento, a alteração da denominação da Diretoriade Assuntos Culturais para Diretoria do PatrimônioHistórico e Cultural do Exército (DPHCEx) seguiu amesma lógica.

A importância do SCEx está inequivocamente ressaltadana visão do Comandante do Exército, quando atribui aosistema a missão de contribuir com o Exército nofortalecimento da coesão e da motivação dos integrantesda Força, e da ampliação do conhecimento da Instituiçãopela sociedade.

Para atingir a esses objetivos o Sistema trabalha emduas grandes ver-tentes: preser var edivulgar o imensopatrimônio históricomaterial e imaterial doExército.

No que diz respeitoà preser vação dopatrimônio material, aDiretoria, como órgãotécnico-normat ivo,desenvolveu um Sis-tema Informatizadopara Cadastramento doPatrimônio Cultural doExército (SISCPCEx),que permitirá melhoraro conhecimento do acervo e a otimização de suadivulgação, feita nos espaços culturais (museus, exposições,salas de memória, etc) espalhados por todo o Brasil.

Quanto ao patrimônio histórico imaterial, há uma nítidapercepção no Exército da importância da sua preservaçãoe divulgação. Destaca-se nesse mister, o trabalho dosestabelecimentos de ensino no desenvolvimento deatividades educacionais que visam internalizar nos militaresos valores fundamentais da Instituição: PÁTRIA-HONRA-

-HOMEM e DEVER, bem como os demais valores delesderivados.

A prática dos nossos valores e das nossas tradições,conduzida quotidianamente por todos os militares, é umaatividade de extrema importância para a manutenção daidentidade cultural da Instituição.

Para cumprir a sua missão, a DPHCEx conta em suaorganização com o Museu Histórico do Exército e Fortede Copacabana (MHEx/FC), o Arquivo Histórico do Exército(AHEx), a Biblioteca do Exército (BIBLIEx) e o MonumentoNacional aos Mortos na II Guerra Mundial (MNMSGM).

O MHEx/FC, além de suas atividades normais, estárevitalizando o Museu Conde de Linhares, com a instalação

de cobertura para oarmamento exposto aoar livre, desenvolvendonovo projeto museo-gráfico e ampliando oespaço destinado àmemória da ForçaExpedicionária Bra-sileira (FEB), com ainclusão de acer vooriundo da AssociaçãoNacional dos Veteranosda FEB.

A BIBLIEx buscaadequar o editorial aosinteresses do seupúblico, por meio de

pesquisas de opinião, bem como oferecendo diversos planospara aquisição de livros. O AHEx conduziu, no primeirosemestre, o I Colóquio de História Militar, e o MNMIIGMestá se preparando para as comemorações dos 60 anos desua criação, que ocorrerá no próximo ano.

Para melhor conhecer as atividades ligadas aoDepartamento de Educação e Cultura do Exército e,especificamente, à área cultural do Exército, visite osendereços eletrônicos abaixo.(

wwwwwwwwwwwwwww.dece.dece.dece.dece.decex.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.br wwwwwwwwwwwwwww.dphce.dphce.dphce.dphce.dphcex.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.brx.ensino.eb.br

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I EncontrI EncontrI EncontrI EncontrI Encontro do Sistema Cultural do Exéro do Sistema Cultural do Exéro do Sistema Cultural do Exéro do Sistema Cultural do Exéro do Sistema Cultural do Exército - Fcito - Fcito - Fcito - Fcito - Forte de Copacabana - RJorte de Copacabana - RJorte de Copacabana - RJorte de Copacabana - RJorte de Copacabana - RJ

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Sistema Colégio Militar do Brasil, subordinado àDiretoria de Ensino Preparatório e Assistencial, éum dos subsistemas de ensino do Exército e

incumbe-se de ministrar a educação básica, nos níveisfundamental e médio.

Doze Colégios Militares, disseminados pelo País,oferecem educação de alta qualidade a mais de 14.400jovens, 37% dos quais oriundos do meio civil, integradosao sistema mediante concurso público federal.

As práticas didático-pedagógicas em vigor em nossasUnidades de ensino subordinam-se às normas e prescriçõesdo Sistema de Ensino do Exército e, ao mesmo tempo,obedecem à Lei de Diretrizes e Bases, principal documentode referência, que estabelece os princípios e finalidades daeducação nacional. Por este último diploma legal, todosos estabelecimentos de ensino do País devem possuir umaproposta pedagógica própria, verdadeira síntese dosobjetivos e da orientação que imprimem à ação educacional.

Entre outras características, a proposta pedagógica dosColégios Militares prioriza preceitos e práticas que guardamestreita relação com o esforço de modernização do ensino,implementado pelo Exército nos últimos anos.

OOOOO

SistemaColégio Militardo Brasil

Os Colégios Militares, em síntese, têm como meta geralconduzir seus alunos à descoberta de suas potencialidadescomo ferramenta de autorrealização, qualificação para otrabalho e preparo para a vida. Como cidadãos educadossegundo os valores, costumes e tradições do ExércitoBrasileiro, e coerente com a proposta pedagógica dessesestabelecimentos de ensino, os "alunos da boina garança"vivem um ambiente de intenso labor intelectual e deestimulante participação em atividades culturais, recreativas,esportivas e sociais. Nesse processo, alguns instrumentose práticas assumem papel relevante, como apresentado,em destaque, abaixo:

BiblioBiblioBiblioBiblioBibliotttttecas e laborecas e laborecas e laborecas e laborecas e laboratatatatatóróróróróriosiosiosiosiosTodos os Colégios já dispõem de bibliotecas

informatizadas, cada vez mais necessárias e utilizadas pelosalunos para o cumprimento de tarefas de estudo e para abusca de informações. Os laboratórios de Física, Químicae Biologia também passam por processo de modernizaçãoe ocupam posição de destaque no ensino dessas disciplinas.

InfInfInfInfInfororororormáticamáticamáticamáticamáticaO Sistema dedica atenção especial a esse vetor

da modernidade. Cada Colégio Militar dispõe de,pelo menos, um laboratório de Informática. Osalunos aprendem, ainda nas séries iniciais, atrabalhar com os aplicativos mais conhecidos, bemcomo a explorar a rede mundial de computadorescomo fonte de pesquisa e informação.

Idiomas esIdiomas esIdiomas esIdiomas esIdiomas estrtrtrtrtrangangangangangeireireireireirosososososO idioma inglês é ministrado por níveis,

nos moldes da metodologia adotada pelosinstitutos civis especializados nesta área. Essemétodo desenvolve a capacidade de expressãooral dos alunos e fundamenta-se na existênciado chamado "Corredor de Inglês", uma áreatemática em que todos são incentivados aexpressar-se naquele idioma. No 2º ano doensino médio, os alunos podem optar peloinglês ou pelo espanhol, este ministradoem nível básico.Alunos do Colégio Militar de Brasília em solenidade do Dia do ExérAlunos do Colégio Militar de Brasília em solenidade do Dia do ExérAlunos do Colégio Militar de Brasília em solenidade do Dia do ExérAlunos do Colégio Militar de Brasília em solenidade do Dia do ExérAlunos do Colégio Militar de Brasília em solenidade do Dia do Exército 2009cito 2009cito 2009cito 2009cito 2009

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Clubes e gClubes e gClubes e gClubes e gClubes e grrrrrêmiosêmiosêmiosêmiosêmiosFavorecem o despertar de vocações e permitem o

aprofundamento e a difusão de conhecimentos, além deoferecerem aos alunos que os dirigem preciosa oportunidadede planejar atividades e gerenciar programas de competiçõesesportivas, culturais e eventos para os grêmios escolares.

LeiturLeiturLeiturLeiturLeituraaaaaO estímulo à leitura ocupa posição central na didática dos

Colégios Militares, pois essa prática é considerada umaferramenta imprescindível para desenvolver a capacidade deabstração e de reflexão. Todos os alunos cumprem um programade leitura e participam de atividades destinadas a difundir e adespertar o gosto de ler, como a publicação de antologiaselaboradas pelos próprios discentes, as visitas a livrarias, asnoites de autógrafos e os encontros com escritores.

Educação arEducação arEducação arEducação arEducação artístístístístísticaticaticaticaticaPresente, em caráter obrigatório, no ensino fundamental e

no ensino médio, a educação artística revela-se, à plenitude,em atividades voluntárias, com a participação de alunos embandas e corais e em grupos folclóricos, de teatro, de capoeira,de declamadores, de dança e de ginástica rítmica e desportiva.

Iniciação esporIniciação esporIniciação esporIniciação esporIniciação esportivtivtivtivtivaaaaaNos Colégios Militares, todos os alunos praticam algum

Banda do Colégio Militar de Juiz de FBanda do Colégio Militar de Juiz de FBanda do Colégio Militar de Juiz de FBanda do Colégio Militar de Juiz de FBanda do Colégio Militar de Juiz de Fora durante a aberturaora durante a aberturaora durante a aberturaora durante a aberturaora durante a aberturado IV Encontrdo IV Encontrdo IV Encontrdo IV Encontrdo IV Encontro de Bandas Militareso de Bandas Militareso de Bandas Militareso de Bandas Militareso de Bandas Militares

Alunos do Colégio Militar de Santa MariaAlunos do Colégio Militar de Santa MariaAlunos do Colégio Militar de Santa MariaAlunos do Colégio Militar de Santa MariaAlunos do Colégio Militar de Santa Mariaem desfile de 7 de Setembrem desfile de 7 de Setembrem desfile de 7 de Setembrem desfile de 7 de Setembrem desfile de 7 de Setembrooooo

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tipo de esporte. Aqueles que se destacam na prática dealguma modalidade desportiva passam a compor equipes,chegando a participar de olimpíadas regionais do Sistemae de competições municipais e estaduais com escolas civis.

AAAAAtividades comunittividades comunittividades comunittividades comunittividades comunitáráráráráriasiasiasiasiase benefe benefe benefe benefe beneficenticenticenticenticenteseseseses

Campanhas de arrecadação de agasalhos e alimentos evisitas a asilos e orfanatos são as principais atividadesrealizadas voluntariamente, exercendo forte influência nodesenvolvimento do espírito de solidariedade dos alunos.

VVVVViagiagiagiagiagens e intens e intens e intens e intens e intererererercâmbioscâmbioscâmbioscâmbioscâmbiosPor ocasião das férias escolares, os diversos clubes e

grêmios planejam e realizam viagens a diversos locais doterritório nacional, contribuindo para reforçar o sentimentode brasilidade e o conhecimento do País. No decorrer doano letivo, os alunos visitam sítios históricos, órgãos einstituições que desenvolvem trabalhos relacionados comas disciplinas do currículo. Intercâmbios com o exteriortambém fazem parte das atividades, como é o caso da trocade visitas anual com o Colégio Militar de Portugal e o LiceuMilitar General Artigas, do Uruguai.

Alunos do Colégio Militar de Santa Maria em visita àAlunos do Colégio Militar de Santa Maria em visita àAlunos do Colégio Militar de Santa Maria em visita àAlunos do Colégio Militar de Santa Maria em visita àAlunos do Colégio Militar de Santa Maria em visita àEscola Preparatória de Cadetes do ExérEscola Preparatória de Cadetes do ExérEscola Preparatória de Cadetes do ExérEscola Preparatória de Cadetes do ExérEscola Preparatória de Cadetes do Exércitocitocitocitocito

Alunos do Colégio Militar de Juiz de FAlunos do Colégio Militar de Juiz de FAlunos do Colégio Militar de Juiz de FAlunos do Colégio Militar de Juiz de FAlunos do Colégio Militar de Juiz de Fora em prora em prora em prora em prora em projeto musicalojeto musicalojeto musicalojeto musicalojeto musical

Escolta hipomóvel realizada por alunos do Colégio Militar de BrasíliaEscolta hipomóvel realizada por alunos do Colégio Militar de BrasíliaEscolta hipomóvel realizada por alunos do Colégio Militar de BrasíliaEscolta hipomóvel realizada por alunos do Colégio Militar de BrasíliaEscolta hipomóvel realizada por alunos do Colégio Militar de Brasília

Colégio Militar, instituição secular, com sólida ereconhecida tradição na arte de ensinar, buscaresponder aos desafios da era do conhecimentoera do conhecimentoera do conhecimentoera do conhecimentoera do conhecimento comfoco no Brasil de amanhã, educando futuras liderançassegundo os valores do Exéros valores do Exéros valores do Exéros valores do Exéros valores do Exército Brasileircito Brasileircito Brasileircito Brasileircito Brasileirooooo.

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grande vencedora do Soletrando 2009, concursopromovido pela Rede Globo de televisão, foi LLLLLarissaarissaarissaarissaarissade Sousa Oliveirade Sousa Oliveirade Sousa Oliveirade Sousa Oliveirade Sousa Oliveira, aluna do 9° ano do Colégio

Militar do Recife (CMR). A final da terceira edição do quadrode maior audiência do programa "Caldeirão do Huck" foiexibida, ao vivo, no dia 20 de junho de 2009. Ao sagrar-secampeã, a aluna do CMR conquistou o Troféu MonteiroLobato e uma bolsa de estudos no valor de R$ 100 mil.

A trajetória vitoriosa da aluna Larissa começou nosegundo semestre de 2008, quando o CMR promoveuuma seletiva interna para escolher o representante doColégio a concorrer na etapa estadual do Soletrando. Emuma primeira fase, os professores de Língua Portuguesado CMR selecionaram, seguindo o mesmo modelo deperguntas e respostas do quadro original do "Caldeirãodo Huck", os campeões de cada turma, entre os alunosdo 6° ao 8° ano.

Após definidos os campeões de cada sala, realizou-sea finalíssima interna no auditório do Colégio Militar doRecife, com a presença de seu Comandante, professores,pais, familiares e convidados. A torcida de cada turma pelosseus representes foi intensa. Ao longo das rodadas deperguntas e respostas, decidiu-se o aluno campeão de cadaano escolar. Após tornar-se a campeã do 8° ano, a alunaLarissa enfrentou, naquela ocasião, os vencedores dos 6°e 7° anos, também logrando êxito. Assim, sagrou-sevencedora e represente do Colégio para a seletiva estadualdo Soletrando, promovida pela Rede Globo Nordeste, nacidade do Recife.

A seletiva estadual pôs a aluna do CMR frente a frentecom alunos representantes de escolas de todo o Estado dePernambuco. Com a serenidade e o equilíbrio que lhe são

AAAAA

Larissa OliveiraAluna do Colégio MilitAluna do Colégio MilitAluna do Colégio MilitAluna do Colégio MilitAluna do Colégio Militararararardo Rdo Rdo Rdo Rdo Recifecifecifecifecife ve ve ve ve vence “Soleence “Soleence “Soleence “Soleence “Soletrtrtrtrtrando 2009”ando 2009”ando 2009”ando 2009”ando 2009”

característicos, Larissa venceu a disputa estadual, realizadaem setembro de 2008. A partir daí, intensificou ospreparativos para as etapas finais no Rio de Janeiro, nosestúdios da Rede Globo. Durante esse período, contoucom o apoio integral do Colégio Militar do Recife, quedesignou duas professoras de Língua Portuguesa paraacompanharem cotidianamente o treinamento darepresentante de Pernambuco e, por que não dizer,do Sistema Colégio Militar do Brasil.

As professoras, integrantes do Núcleo de ApoioPedagógico, orientaram a aluna Larissa quanto à etimologia,processo de formação e evolução histórica das palavrasem Língua Portuguesa, dentre outros assuntos atinentesao idioma. Cabe destacar que se trata de uma jovem comconhecimento geral muito bom para a sua idade. O interessepor todas as disciplinas e a capacidade de leitura sãotraços marcantes nessa discente. Registra-se, ainda, umafacilidade particular no domínio de assuntos de idiomas,principalmente os de Português. Não é incomum quealcance a nota máxima em redações escolares. Éfamiliarizada com revistas de divulgação científica e deatualidades, além de best-sellers de ficção, o queprovavelmente explica o domínio do vasto vocabulário,patente nos textos que já produziu ao longo de sua vidaescolar. No seu comportamento em sala, destaca-se porsua atitude participativa e bem-humorada, ajudando oscolegas em muitas ocasiões. Na expectativa de realizar oseu sonho, a aluna sacrificou preciosas horas de lazermesmo nas suas férias.

Segundo a Rede Globo, foram 400 mil inscritos nocomeço da competição, nas seletivas estaduais. No inícioda exibição nacional do Soletrando 2009, no "Caldeirãodo Huck", eram 27 meninos e meninas representando todosos estados brasileiros. A cada etapa, três competidoresdigladiavam-se na soletração de palavras escolhidas doDicionário Aurélio. Na banca de jurados, o professor SérSérSérSérSérgiogiogiogiogioNogueiraNogueiraNogueiraNogueiraNogueira e a cantora SandySandySandySandySandy ajudavam com a indicação dosignificado de cada verbete ou com a apresentação deexemplos com aplicação dos vocábulos em frases.

A grande final do Soletrando 2009, exibida ao vivopela Rede Globo de televisão em cadeia nacional, agitou oColégio Militar do Recife. Uma comitiva deslocou-se paraos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro. Além doComandante e Diretor de Ensino do CMR, também estavamno palco do "Caldeirão do Huck" os pais da aluna Larissa ealguns oficiais, que acompanharam um grupo de alunos epais de alunos que partiram do Recife para torcer in locopela vitória de Larissa no concurso de soletração. Os que

LLLLLarissa Oliveira em uma de suas participaçõesarissa Oliveira em uma de suas participaçõesarissa Oliveira em uma de suas participaçõesarissa Oliveira em uma de suas participaçõesarissa Oliveira em uma de suas participaçõesno Prno Prno Prno Prno Programa Soletrando 2009ograma Soletrando 2009ograma Soletrando 2009ograma Soletrando 2009ograma Soletrando 2009

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não puderam viajar para participar do programa nos estúdiosda Globo, torceram na quadra de esportes do Colégio etiveram sua vibração registrada por meio de inserções aolongo do programa. Os docentes e discentes do ColégioMilitar do Recife e todos os demais integrantes da famíliaverde-oliva uniram-se em um mesmo espírito de torcida,orgulho e júbilo pela brilhante atuação da aluna Larissa.

No confronto final, Larissa enfrentou dois concorrentesque em muito valorizaram a sua vitória. A cada rodada, ostrês estudantes soletravam palavras enviadas pelostelespectadores dos vários estados do Brasil. O "Caldeirãodo Huck" recebeu mais de 100 mil sugestões de palavras,que eram selecionadas aleatoriamente para serem soletradaspor cada finalista. Larissa e os concorrentes pareciamimbatíveis, acertando as dificílimas palavras que lhes eramapresentadas, inclusive alguns vocábulos que sofreramalterações na recente Reforma Ortográfica - o quedemonstra o quanto os três candidatos encontram-seatualizados quanto à ortografia em Língua Portuguesa.

Após acertar palavras difíceis como "epizeuxe", Larissaviu delinear-se a sua vitória com a eliminação de Bruno,que errou a soletração do verbete "espairecer". Algumasrodadas depois, com o programa estendendo-se além dasprevisões iniciais devido ao alto nível dos concorrentes,Pedro falhou na grafia do vocábulo "palimpsesto". Restavaa aluna do CMR acertar a palavra "espectrógrafo". A "garotasorriso" - como Larissa ficou conhecida por sua simpatiaenquanto a tensão da disputa se acirrava - não titubeou,tornando-se a primeira campeã feminina do Soletrando.

Segundo o Coronel Iran Jaborandy RodriguesIran Jaborandy RodriguesIran Jaborandy RodriguesIran Jaborandy RodriguesIran Jaborandy Rodrigues, Diretorde Ensino do CMR, "o Colégio Militar do Recife sente muitoorgulho de ter, entre seus alunos, a aluna Larissa. Aparticipação destacada, alcançando a vitória no Soletrando

2009, foi fruto de uma preparação devotada e de umtrabalho intenso. Demonstrou a grande capacidadeintelectual e ressaltou importantes atributos morais que jáfazem parte da personalidade dessa jovem estudante".

O Comandante do CMR disse ainda que "o sucessoda nossa aluna também colocou em evidência, mais umavez, os valores primordiais que são propagados noSistema Colégio Militar do Brasil".

A vitória de Larissa de Sousa Oliveira confirmou, maisuma vez, a excelência do ensino oferecido aos alunos nosColégios Militares. A gentileza como a campeã doSoletrando tratava os outros participantes do concurso, ogarbo com que se apresentava em cada programa, acorreção de atitudes no trato com todos e o seu gestofinal, ao doar aos outros doisfinalistas parte do prêmio de 100mil reais que recebeu, demonstramo quanto estão arraigados na alunaLarissa as tradições mais nobres eos valores e princípios éticos e moraisque são caros ao ExércitoBrasileiro e tão insistente-mente ensinados aos alunosem cada instituição militarde ensino.

Parabéns, Larissa! Suamente e seu coraçãodeixam orgulhosos osintegrantes de todo oSistema Colégio Militardo Brasil e servem dereferência para os jovensbrasileiros.

A aluna ANNIE QUEIRÓZ PIVA aluna ANNIE QUEIRÓZ PIVA aluna ANNIE QUEIRÓZ PIVA aluna ANNIE QUEIRÓZ PIVA aluna ANNIE QUEIRÓZ PIVA, do Colégio MilitarA, do Colégio MilitarA, do Colégio MilitarA, do Colégio MilitarA, do Colégio Militarde Salvadorde Salvadorde Salvadorde Salvadorde Salvador, mais uma vez, vence o Concurso Regional do, mais uma vez, vence o Concurso Regional do, mais uma vez, vence o Concurso Regional do, mais uma vez, vence o Concurso Regional do, mais uma vez, vence o Concurso Regional do

Soletrando, do PrSoletrando, do PrSoletrando, do PrSoletrando, do PrSoletrando, do Programa Calderirão do Huck, e representaráograma Calderirão do Huck, e representaráograma Calderirão do Huck, e representaráograma Calderirão do Huck, e representaráograma Calderirão do Huck, e representaráo estado da Bahia. Ela pro estado da Bahia. Ela pro estado da Bahia. Ela pro estado da Bahia. Ela pro estado da Bahia. Ela promete ser uma forte concoromete ser uma forte concoromete ser uma forte concoromete ser uma forte concoromete ser uma forte concorrenterenterenterenterente

para a edição de 2010.para a edição de 2010.para a edição de 2010.para a edição de 2010.para a edição de 2010.A aluna SAPHÍRIA AOI SHIMIZU, do Colégio Militar de Manaus, participaráA aluna SAPHÍRIA AOI SHIMIZU, do Colégio Militar de Manaus, participaráA aluna SAPHÍRIA AOI SHIMIZU, do Colégio Militar de Manaus, participaráA aluna SAPHÍRIA AOI SHIMIZU, do Colégio Militar de Manaus, participaráA aluna SAPHÍRIA AOI SHIMIZU, do Colégio Militar de Manaus, participará

do Soletrando 2010, representando o estado do Amazonas.do Soletrando 2010, representando o estado do Amazonas.do Soletrando 2010, representando o estado do Amazonas.do Soletrando 2010, representando o estado do Amazonas.do Soletrando 2010, representando o estado do Amazonas.

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Flávia MedinaDo CMRJ parDo CMRJ parDo CMRJ parDo CMRJ parDo CMRJ para Hara Hara Hara Hara Harvvvvvarararararddddd

aluna Flávia MedinaFlávia MedinaFlávia MedinaFlávia MedinaFlávia Medina ingressou no 1º ano do ensinomédio do corpo discente do Colégio Militar doRio de Janeiro (CMRJ) em 2006, quando optou

pela Arma de Comunicações. Desde então, vemcolecionando uma série de conquistas.

Do 1º para o 2º ano do ensino médio, Flávia foipromovida à Capitão-Aluna, sendo a 8ª colocada dasérie. Ainda naquele ano, recebeu a Legião de Honrapelos seus méritos. Na 3ª série do ensino médio, foipromovida à Tenente-Coronel-Aluna. Recebeu, nos trêsanos de CMRJ, menção honrosa pela participação naOlimpíada Brasileira de Química e foi condecorada com amedalha de prata na Olimpíada Estadual de Química.

Aluna exemplar e dedicada aos estudos, foi Comandanteda Companhia de Comunicações e sempre esteve presentenas atividades da Companhia. Destacou-se na turmapreparatória para o Instituto Militar de Engenharia, atividadeque exigia um nível de aproveitamento acadêmico ímpar.As habilidades cognitivas em Matemática, Física, LínguaPortuguesa e Química eram muito exigidas e a aluna semprealcançou excelente desempenho.

Em 2009, o Comandante do ColégioMilitar do Rio de Janeiro teve a gratasatisfação de receber a notícia da aprovaçãoda aluna Flávia Medina em diversasuniversidades, como UFRJ, UFF, UERJ eAFA. A jovem chegou a ingressar no Cursode Engenharia Química na UFRJ. Noentanto, para maior orgulho de todos daInstituição, foi informada de que havia sidoaprovada também em Harvard, com bolsaintegral, e na Universidade da Pensilvânia,com bolsa de 90%. Além disso, ficou nalista de espera da Yale University, DukeUniversity, Rice University e Tufts.

Flávia Medina, aos 18 anos de idade,optou por estudar em Harvard. Decidiu sairde São Gonçalo, Rio de Janeiro, onderesidia, para ter a enriquecedora experiênciade viver no exterior e estudar em umauniversidade de excelência, reconhecidainternacionalmente.

No dia de sua despedida, Flávia deu ahonra a todos os integrantes do ColégioMilitar do Rio de Janeiro, Casa de ThomazCoelho, de recebê-la, mais uma vez, agoracomo ex-aluna e um exemplo a ser seguido.

AAAAA No Auditório Oscar da Fonseca, Flávia proferiu palestra aosalunos do 3º ano do Ensino Médio, contando sua experiência,desde a descoberta da possibilidade de concorrer a umabolsa de estudos no exterior, o processo de inscrição, osestudos dirigidos e o resultado final: a aprovação. Essapalestra rendeu frutos imediatos, já que alguns alunos seinteressaram em tentar seguir o mesmo caminho de Flávia.Sua visita levou ao CMRJ diversos veículos de comunicação,todos determinados a noticiar a conquista desta carioca deSão Gonçalo. Estiveram presentes as redes de televisãoSBT, Globo e Bandeirantes, o jornal Folha Dirigida e, aindanas instalações do CMRJ, Flávia deu uma belíssimaentrevista ao vivo para a Rádio Globo.

A façanha de Flávia Medina da Cunha é consideradatão especial que o jornal O Dia a apresentou como "meninade ouro".

Ao ser questionada sobre os estudos, Flávia afirmou:"Estudei tantas horas que perdi a conta de quantas". Porém,um professor e amigo declarou que Flávia é uma alunabrilhante, pois, além de estudiosa e inteligente, ela levauma vida normal, com tempo para esportes, lazer e amigos.

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em 2008, do Colégio Militar de Salvador (CMS), inscreveu-se para disputar o Desafio National Geographic, que fazparte do Projeto "Viagem do Conhecimento", idealizadopela Editora Abril e pela Revista National Geographic Brasil.O projeto teve como objetivo central estimular o interessedos alunos pela Geografia, por meio da prática de pesquisa,estudos e testes de conhecimento.

O concurso para participar da olimpíada de Geografiadestinou-se a escolas públicas e particulares de todo oPaís e totalizou 4.301 escolas inscritas e 14.000 alunosaptos para a fase regional. No CMS, todo o efetivo dos8º e 9º anos do Ensino Fundamental e do 1º ano do EnsinoMédio realizou esta etapa, perfazendo um total de 400alunos. Após essa fase, foram selecionados 5% dos alunosdo Brasil que obtiveram os melhores resultados. Desseefetivo, 20 estudantes eram do CMS.

Esse estágio da disputa nacional selecionou apenas169 estudantes, dentre os quais cinco compunham o seletogrupo de alunos do Colégio Militar de Salvador. Rebecaestava entre eles.

Ao término da correção das redações da fase regional,quatro alunos foram selecionados para a fase final: AlanAlanAlanAlanAlanSiraisi FSiraisi FSiraisi FSiraisi FSiraisi Fonsecaonsecaonsecaonsecaonseca, Gustavo Gomes da PazGustavo Gomes da PazGustavo Gomes da PazGustavo Gomes da PazGustavo Gomes da Paz, João ConradoJoão ConradoJoão ConradoJoão ConradoJoão ConradoKhouri dos SantosKhouri dos SantosKhouri dos SantosKhouri dos SantosKhouri dos Santos e Rebeca Thaís VRebeca Thaís VRebeca Thaís VRebeca Thaís VRebeca Thaís Vunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousa.Ressalta-se que todos esses estudantes cursavam o 1º anodo Ensino Médio.

lguns dos grandes prazeres e desafios de homense mulheres são conhecer outros lugares, viajar,trocar experiências com outras pessoas. Não

importa o lugar: montanhas, cidades pequenas ou povoadoslongínquos. É quase uma característica mundial! Chega omomento em que se pega a mochila, coloca no bolso algunstrocados e pisa na estrada rumo a um mundo de aventurae, sobretudo, de conhecimento.

Com esse espírito, voltado para a aventura e,principalmente, ao conhecimento, é que Rebeca ThaísRebeca ThaísRebeca ThaísRebeca ThaísRebeca ThaísVVVVVunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousaunjão Sousa, então aluna do 1º ano do Ensino Médio,

AAAAA

Durante o período de preparação para o processo seletivode Harvard, a aluna Flávia Medina,

fã da obra de Machado de Assis,precisou debruçar-se sobre livrosespecializados na cultura norte--americana.

Todos os integrantes doCMRJ ficaram extremamentefelizes com a sua conquista,principalmente os seusprofessores e companheirosde turma. A certeza de quealcançará sucesso emHarvard está no depoi-mento de sua mãe, Sra.Gilza da CunhaGilza da CunhaGilza da CunhaGilza da CunhaGilza da Cunha: "O

coração está apertado,mas ela é perseverante ecarismática".

Em Harvard, a estudante terá alojamento, refeição ereceberá US$ 3 mil (R$ 5,3 mil) por mês, além de ter aoportunidade de emprego no campus. Cursos como o deFlávia custam R$ 92,5 mil por ano.

Na bagagem, nossa "menina de ouro" leva a bandeirado Brasil, camisas de seu time favorito e a medalha deSanto Antônio, além de fotos e recordações dos amigos,da família e da Pátria, palavra que se tornou ainda maissólida na formação desta cidadã depois de três anos deestudo e dedicação na Casa de Thomaz Coelho.

Com certeza, a aluna Flávia Medina também levaem seu coração, para a vida toda, as melhores lembrançasdo centenário Colégio Militar que norteou, em muitosaspectos, a sua vida. Ao embarcar, segura e determinada,a jovem afirmou que não iria chorar e deixou, ainda,a promessa de voltar sempre que pudesse paracomemorar o aniversário do CMRJ, no tradicional econhecido "6 de maio".

Rebeca SousaAluna do CMS rAluna do CMS rAluna do CMS rAluna do CMS rAluna do CMS repreprepreprepresentesentesentesentesenta o Bra o Bra o Bra o Bra o Brasilasilasilasilasilno no no no no NNNNNational Geogational Geogational Geogational Geogational Geogrrrrraphic Waphic Waphic Waphic Waphic Worororororld Chamld Chamld Chamld Chamld Championshippionshippionshippionshippionship

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A fase final, com os estudantes de todo o Brasil,aconteceu na cidade de São Paulo. Lá os estudantescumpriram uma extensa agenda: uma prova, um trabalhode campo e algumas visitas culturais. No período da tarde,foram divulgados os resultados. "Não tive muito tempopra estudar por causa de trabalhos e provas do Colégio,mas me sentia mais confiante. Não sentia a obrigação deganhar, mas uma obrigação, comigo mesma, de aproveitaro máximo possível, fazer contatos e conhecer coisas novas.A viagem foi um pouco cansativa e o roteiro dos dias dacompetição implicava em acordar cedo e dormir tarde paraque aproveitássemos o máximo. Na noite de abertura, aindaestava assustada com os acontecimentos e a divulgaçãoda prova de campo me deixou um pouco receosa",disse Rebeca.

A coordenação do Desafio anunciou o nome dos trêsmelhores alunos de Geografia do Brasil: Rebeca Thaís foi aterceira colocada. A emoção tomou conta de todos. A mãe,que a acompanhava, embora acreditasse na capacidade dafilha, ficou perplexa. Ao saber da notícia em Salvador, opai teve uma crise de choro. "Ao ouvir meu nome sendoanunciado como terceira colocada naquela noite,sinceramente não acreditei no que estava acontecendo.Tudo começou com a mobilização de alguns alunos eprofessores, cartazes foram espalhados pelo ColégioMilitar de Salvador, onde estudo, e o site do Desafio foidivulgado. Pensei que seria mais um simples concurso quenão levaria a nada. Assim como eu, creio que muitos outrospensaram da mesma forma", disse Rebeca.

A jovem seguiu de São Paulo para representar o Paísno National Geographic World Championship, no México,com mais dois estudantes. Lá manteve contato com jovensde vários países e participou de uma disputa acirrada.

Rebeca é a filha mais velha do casal GenilzaGenilzaGenilzaGenilzaGenilza e RobertoRobertoRobertoRobertoRobertoSantosSantosSantosSantosSantos, técnica de radiologia e técnico em ar-condicionado,respectivamente. Desde pequena, sempre foi incentivada

pelos pais a desenvolver o hábito de ler. No começo,foi difícil, mas com o tempo Rebeca tomou gosto pelaleitura. Fazem parte do seu mundo, há algum tempo, ospersonagens de Machado de Assis, Eça de Queirós, LimaBarreto e tantos outros. Consumidora voraz de notícias naimprensa e na televisão, Rebeca é uma menina tímida,reservada, calma, que gosta de ouvir música e assistir a,pelos menos, dois filmes todos os dias.

A aluna ingressou no CMS, em 2008, no 1º ano doEnsino Médio. Já havia tentado, por duas vezes, compor ocorpo discente do "Recinto Sagrado", mas, embora tivessepassado na prova de matemática e português, não ficaraentre os classificados. Quando houve o concurso para oEnsino Médio, não pensou duas vezes: era a sua chance.Na oportunidade, prestou concurso para o CEFET, ficandoem terceiro lugar, e ainda recebeu uma bolsa de estudospara permanecer no colégio em que estudava, mas preferiuconcretizar o sonho de outrora.

Para a Chefe da Seção de Ensino De orientadora dos alunos queparticiparam do Desafio NationalGeographic, "a aluna Rebeca Thaís, hojeno 2º ano do Ensino Médio, é conhecidaentre seus colegas de turma comouma menina dedicada aosestudos e participativa. Ela estáentre os alunos que sãovoluntários para participarem deeventos extraclasses que oColégio oferece, como visitas,palestras e olimpíadas diversas.Rebeca é uma aluna motivadapara aprender; entusiasmadapela busca do conhecimento.Ela não se deslumbra comas vitórias".(

Aluno LAluno LAluno LAluno LAluno LUCUCUCUCUCAS LIMA, do Colégio Militar de Manaus, conquistou medalha deAS LIMA, do Colégio Militar de Manaus, conquistou medalha deAS LIMA, do Colégio Militar de Manaus, conquistou medalha deAS LIMA, do Colégio Militar de Manaus, conquistou medalha deAS LIMA, do Colégio Militar de Manaus, conquistou medalha deourourourourouro no Salto em Altura dos Jogos Escolares 2009 em Po no Salto em Altura dos Jogos Escolares 2009 em Po no Salto em Altura dos Jogos Escolares 2009 em Po no Salto em Altura dos Jogos Escolares 2009 em Po no Salto em Altura dos Jogos Escolares 2009 em Poços de Caldas (MG).oços de Caldas (MG).oços de Caldas (MG).oços de Caldas (MG).oços de Caldas (MG).

PPPPPosteriormente, representou o Brasil nos jogos Escolares Sul-americanos,osteriormente, representou o Brasil nos jogos Escolares Sul-americanos,osteriormente, representou o Brasil nos jogos Escolares Sul-americanos,osteriormente, representou o Brasil nos jogos Escolares Sul-americanos,osteriormente, representou o Brasil nos jogos Escolares Sul-americanos,no Equadorno Equadorno Equadorno Equadorno Equador, e,com a mar, e,com a mar, e,com a mar, e,com a mar, e,com a marca de 1,85m, obteve o vice-campeonato.ca de 1,85m, obteve o vice-campeonato.ca de 1,85m, obteve o vice-campeonato.ca de 1,85m, obteve o vice-campeonato.ca de 1,85m, obteve o vice-campeonato.

15

Aluno LAluno LAluno LAluno LAluno LUCUCUCUCUCAS DAS DAS DAS DAS DANIEL, do Colégio Militar de Brasília, conquistouANIEL, do Colégio Militar de Brasília, conquistouANIEL, do Colégio Militar de Brasília, conquistouANIEL, do Colégio Militar de Brasília, conquistouANIEL, do Colégio Militar de Brasília, conquistouo1º lugar no concurso para o Instituto Militar de Engenharia, em 2009,o1º lugar no concurso para o Instituto Militar de Engenharia, em 2009,o1º lugar no concurso para o Instituto Militar de Engenharia, em 2009,o1º lugar no concurso para o Instituto Militar de Engenharia, em 2009,o1º lugar no concurso para o Instituto Militar de Engenharia, em 2009,

e o1º lugar na Olimpíada Brasileira de Química no mesmo ano.e o1º lugar na Olimpíada Brasileira de Química no mesmo ano.e o1º lugar na Olimpíada Brasileira de Química no mesmo ano.e o1º lugar na Olimpíada Brasileira de Química no mesmo ano.e o1º lugar na Olimpíada Brasileira de Química no mesmo ano.

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16 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

Rede CENESP (Centro de Excelência Esportiva)foi criada pela Secretaria Nacional de Esportede Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

É composta pelas estruturas físicas e administrativas,recursos humanos e materiais existentes nos centrosvocacionados para o desenvolvimento da pesquisa científicae tecnológica na área desportiva.

A rede iniciou em 2001, fruto de uma parceria entreo governo federal e as universidades federais de MinasGerais e do Rio Grande do Sul, para avaliar e apoiar oesporte de alto nível no País. Atualmente, conta com 14universidades e mais a Diretoria de Pesquisa e Estudos dePessoal (DPEP), que ingressou na Rede em 2007 e temcomo seus órgãos executantes a Escola de Educação Físicado Exército (EsEFEx) e o Instituto de Pesquisa e CapacitaçãoFísica do Exército (IPCFEx).

Esta Rede tem como objetivos detectar, selecionar edesenvolver talentos esportivos; capacitar recursos humanosno âmbito das ciências do esporte e das práticas esportivasde rendimento; sistematizar e divulgar métodos, processos,

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Instituto de Pesquisae Capacitação Física doExército integra aRede CENESP

técnicas e resultados de pesquisas científicas inerentes aoesporte de alto rendimento; convergir o conhecimentoteórico produzido nas universidades para a prática nasorganizações esportivas; desenvolver e transferir tecnologiasesportivas para a prática do treinamento e competição; eavaliar crianças e adolescentes dos projetos sociaisdesenvolvidos pela Secretaria Nacional de Esporte comvistas a delinear seu perfil somatomotor. Tais objetivos,portanto, servem de apoio a atletas e técnicos, para quetenham informações precisas, visando ao aprimoramentodo treinamento total, tanto nas modalidades olímpicas,quanto nas paraolímpicas.

As avaliações realizadas compreendem açõesna área médica, fisiológica, biomecânica, psicológica,fisioterápica, nutricional e testes de campo das capacidadese habilidades motoras. Neste quesito, o IPCFEx realizouavaliações fisiológicas e nutricionais de diversas equipesolímpicas, bem como a análise da qualidade de vidade atletas master de alto rendimento em processo dedesaleração da carreira esportiva. Essas avaliações tiveramcomo objetivos auxiliar o controle, o planejamento e oaperfeiçoamento do desempenho esportivo, além dacondução de estudos e pesquisas científicas e tecnológicaspara o desenvolvimento do esporte.

IPCFEx orIPCFEx orIPCFEx orIPCFEx orIPCFEx orggggganizaanizaanizaanizaanizaeeeeevvvvventententententos desporos desporos desporos desporos desportivtivtivtivtivososososos

No campo da promoção de eventos e intercâmbioscientíficos e tecnológicos para o esporte, o IPCFExorganizou o Congresso Pan-americano de TreinamentoEsportivo, por ocasião dos Jogos Pan-americanos no Brasil,em junho de 2007, nas instalações da Fortaleza de SãoJoão. O acontecimento teve como objetivo debater a ciênciae a tecnologia no desporto e contou com a presença depesquisadores, gestores, estudantes e interessados emesporte de alto rendimento.

O Congresso abordou temas que representavam osanseios da comunidade esportiva, explorando assuntos detreinamento, análise quanti-qualitativa do movimento,prevenção de lesões, preparação psicológica e nutrição

AAAAAvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição cardiordiordiordiordiorrespiratória de remadoresrespiratória de remadoresrespiratória de remadoresrespiratória de remadoresrespiratória de remadores

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17 – ANO XXXVII – Nº 203 – JUL/AGO/SET 2009

AAAAAvvvvvaliação de eqaliação de eqaliação de eqaliação de eqaliação de equipes olímuipes olímuipes olímuipes olímuipes olímpicaspicaspicaspicaspicasAs seguintes equipes foram contempladas com os

serviços da rede CENESP/DPEP:- Lutas: 18 atletas (180 avaliações);- Pentatlo Moderno: 10 atletas (70 avaliações);- Esgrima: quatro atletas (12 avaliações); e- Levantamento de Peso (feminino): sete atletas (35avaliações).As modalidades de hóquei na grama, taekwondo e nado

sincronizado receberam o apoio na seção de instalação.

RRRRResultesultesultesultesultadosadosadosadosadosAtletas de alto nível que treinam na Diretoria de Pesquisa

e Estudos de Pessoal.

aplicada. A proposta foi apresentar o que há demais moderno em termos de treinamento desportivono mundo.

Além disso, o IPCFEx realiza anualmente oSimpósio de Atividade Física e Saúde (SIAFIS), quejá se encontra em sua 13ª edição. É um eventocientífico internacional que conta com a participaçãode destacados palestrantes, nacionais e internacionais,da comunidade científica interessada no debate sobrea saúde e o treinamento físico. Este Simpósio tem oapoio do Ministério do Esporte e possibilita que oIPCFEx interaja com o meio acadêmico-científico,dando suporte na condução de pesquisas sobre aatividade física voltada para a operacionalidade.

A realização desses eventos vem ao encontro deuma ação do Ministério do Esporte destinada aprofessores de educação física, técnicos esportivos eprofissionais do esporte, visando ao desenvolvimentodesses profissionais por meio da realização de cursosde especialização, módulos concentrados, educaçãocontinuada e ensino a distância.

Assim, um dos braços de ação do IPCFEx é aparticipação efetiva na Rede CENESP, buscandoconjugar e convergir esforços em conjunto com asInstituições de Ensino Superior, no âmbito doensino, da pesquisa e da extensão em benefício daprática desportiva, das pesquisas para a saúde eda operacionalidade do militar.(

AAAAAvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição carvaliação da condição cardiordiordiordiordiorrespiratória em esteirarespiratória em esteirarespiratória em esteirarespiratória em esteirarespiratória em esteira

AAAAAvaliação da composição corporalvaliação da composição corporalvaliação da composição corporalvaliação da composição corporalvaliação da composição corporalem tanque de pesagem hidrem tanque de pesagem hidrem tanque de pesagem hidrem tanque de pesagem hidrem tanque de pesagem hidrostáticaostáticaostáticaostáticaostática

17 2009

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s Jogos Marciais do Exército sãocompetições esportivas entre ossete Comandos Militares de

Área e têm previsão para ocorrer nosanos ímpares. Além de possibilitaremo surgimento de talentos esportivos,têm os objetivos de estimular oaprimoramento das qualidades físicas emorais do soldado, pilares fundamentaispara a manutenção da operacionalidadeda Instituição; fortalecer os laços deamizade e camaradagem que devem uniros militares; incentivar a preparaçãofísica, componente indispensável aotreinamento do combatente; desenvolvero sentimento de equipe e os espíritos decorpo e desportivo, bem como revelar e preparar atletaspara as equipes do Exército Brasileiro.

As três primeiras edições do evento ocorreram no Riode Janeiro - RJ, em 1981, em Brasília - DF, em 1983, e emBelo Horizonte - MG, em 1985.

Após a 3ª edição, os Jogos Marciais foram extintos,não ocorrendo mais competições no nível Exército até oano de 2003, quando a Comissão de Desportos do Exército(CDE), aproveitando-se das comemorações do bicentenário

OOOOO

do nascimento do Duque de Caxias, propôs ao Estado-Maior do Exército a realização dos IV Jogos Marciais, naSemana do Soldado. A proposta foi aceita e o eventorealizado na cidade do Rio de Janeiro - RJ, somente com asmodalidades Corrida Rústica e Pentatlo Militar. Acompetição alcançou grande sucesso, sendo alvo deinúmeros elogios nos diversos escalões do Exército. Assim,os Jogos Marciais reascenderam como a mais importantecompetição desportiva da Força Terrestre.

Nos anos de 2005 e 2007, a quinta e a sexta ediçõesdesse evento foram disputadas na Capital Federal, sendoque os VI Jogos Marciais tiveram como novidade aparticipação feminina nas modalidades de Corrida atravésCampo, Orientação e Tiro.

Em 2009, os VII Jogos Marciais foram realizados emBrasília - DF, com 616 atletas, disputando sete modalidades:Futebol, Basquetebol, Natação, Pentatlo Militar, Tiro,Orientação e Atletismo. A edição contou, ainda, com aparticipação feminina na Natação, no Atletismo, naOrientação e no Tiro.

ComComComComCompepepepepetições Desportições Desportições Desportições Desportições DesportivtivtivtivtivasasasasasA abertura dos VII Jogos Marciais, realizada no

Quartel-General do Exército, contou com a presença deautoridades civis e militares. Participaram da solenidadeOficiais-Generais representantes dos diversos segmentosda Força Terrestre. O Comandante do Exército, General

Dos VII Jogos Marciaisaos V Jogos MundiaisMilitares 2011

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AAAAAcendimento da Pira Olímpica - Cerimônia de Aberturacendimento da Pira Olímpica - Cerimônia de Aberturacendimento da Pira Olímpica - Cerimônia de Aberturacendimento da Pira Olímpica - Cerimônia de Aberturacendimento da Pira Olímpica - Cerimônia de Abertura

Desfile dos atletas dos VII Jogos MarDesfile dos atletas dos VII Jogos MarDesfile dos atletas dos VII Jogos MarDesfile dos atletas dos VII Jogos MarDesfile dos atletas dos VII Jogos Marciaisciaisciaisciaisciais

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de Exército Enzo Martins PEnzo Martins PEnzo Martins PEnzo Martins PEnzo Martins Perierierierieri, abriu solenemente os Jogos.Em um ambiente de camaradagem e de incentivo à

prática desportiva, as competições, em diferentesmodalidades, despertaram a atenção do público. Civise militares acompanharam, ao longo de uma semana,uma agenda permeada por intensos trabalhos, tantopara os atletas quanto para o Comitê Organizadore os dirigentes.

Os campos do Clube do SERPRO (ASES) e do Clubeda Polícia Federal serviram de palco para as equipes defutebol, que, bem preparadas, motivaram as torcidas. Otime do Comando Militar do Leste (CML) sagrou-secampeão, após vencer, nos pênaltis, a partida final contrao Comando Militar do Planalto (CMP).

As partidas de basquetebol foram realizadas noginásio do Clube do Exército, no Setor Militar Urbano. Empartidas emocionantes, atletas, de diferentes ComandosMilitares, destacaram-se individualmente. Ao término dotorneio, a equipe do Comando Militar do Sul (CMS)alcançou o melhor resultado. As provas do atletismoaconteceram no Centro Integrado de Educação Física.Mesmo com sol forte e umidade baixa, o que dificulta odesempenho do atleta, a competição, vencida pelo CML,apresentou um excelente nível.

O Parque Ecológico Ermida Dom Bosco recebeu osatletas de orientação. Em percursos de distâncias variadase com diferentes graus de dificuldade, a equipe do CMLobteve a vitória da competição.

As provas do pentatlo militar foram desenvolvidas emvárias Organizações Militares da Guarnição de Brasília. Omelhor desempenho, no tiro e na corrida através campo,foi alcançado por atletas do CML. Na Pista de PentatloMilitar e na natação utilitária, os vencedores foram osrepresentantes do CMS. Já na prova de lançamento degranada, o atleta do Comando Militar do Planalto (CMP)sagrou-se campeão.

Nessa modalidade, um oficial do Comando Militar doOeste (CMO) foi o campeão individual geral da prova,

enquanto o CMS recebeu o título de campeão por equipe.A natação aconteceu na piscina do Clube do Exército.

As equipes do CML e do Comando Militar do Nordeste(CMNE) travaram uma disputa acirrada até a última prova.No final, a equipe do CML obteve melhores resultadose conquistou a vitória.

Na classificação geral, sagrou-se campeão o ComandoMilitar do Leste, com 57 pontos, e o vice-campeonatoficou com o Comando Militar do Sul, com 39 pontos.

O segmentO segmentO segmentO segmentO segmento fo fo fo fo femininoemininoemininoemininoemininorrrrreúne teúne teúne teúne teúne técnica e superécnica e superécnica e superécnica e superécnica e superaçãoaçãoaçãoaçãoação

Desde 2007, quando foram realizados os VI JogosMarciais, também na Capital Federal, as equipes femininastêm contado com atletas de nível internacional. Asrepresentantes dos sete Comandos Militares deÁrea participaram, nestaúltima edição, das competi-ções de natação, atletismo,orientação e tiro.

Medalhista de bronze nosJogos Pan-americanos deWinnipeg, em 1999, de prataem Santo Domingo, em 2003,de bronze no Rio de Janeiro,em 2007, e sétima colocadanas Olimpíadas de Atenas, em2004, a 3º Sgt Paula BarachoPaula BarachoPaula BarachoPaula BarachoPaula Baracho,do CMNE, venceu a prova de50 metros costas dos VII JogosMarciais. A nadadora é umexemplo de empenho ede dedicação ao esporte.Como outras militares, essadesportista está motivada econfiante na possibilidade dedisputar os V Jogos MundiaisMilitares de 2011, no Rio deJaneiro. Seu treinamento éintenso e ocorre durante seisdias da semana.

A participação femininatambém despertou atenção daassistência nas competições deatletismo. As condições climáticasadversas exigiram um excepcionalcondicionamento físico dasatletas. A prova de 100 metrosrasos, pela primeira vez disputada por mulheres, registrou avitória da 2º Ten KKKKKellyellyellyellyelly, do CMA.

Na orientação, as provas dos percursos médio e longoforam vencidas pela 1º Ten RRRRRachel Lemesachel Lemesachel Lemesachel Lemesachel Lemes, do CML. Ambas

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Uma das prUma das prUma das prUma das prUma das provas do Povas do Povas do Povas do Povas do Pentatlo Militarentatlo Militarentatlo Militarentatlo Militarentatlo Militar

AtletismoAtletismoAtletismoAtletismoAtletismo

OrientaçãoOrientaçãoOrientaçãoOrientaçãoOrientação

TTTTTiririririro de Pistolao de Pistolao de Pistolao de Pistolao de Pistola

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as pistas exigiram bom preparo físico, alto nível deconcentração e habilidade na escolha das rotas, de acordocom o estudo da carta.

Na prova de tiro de pistola de combate feminino, a 1ºTen Cibele BreideCibele BreideCibele BreideCibele BreideCibele Breide, do CMP, sagrou-se campeã individuale a 3° Sgt BoldriniBoldriniBoldriniBoldriniBoldrini, do CML, contribuiu para oestabelecimento do novo recorde da prova por equipe.

A prova de tiro de pistola de combate feminino ocorreu noEstande de Tiro General Darcy Lázaro.

Nesse importante evento desportivo, foi possívelidentificar alguns destaques do segmento feminino quepermanecerão representando o Exército Brasileiro,de maneira vitoriosa, em competições nacionais einternacionais.

RRRRRumo umo umo umo umo aos V Jogosaos V Jogosaos V Jogosaos V Jogosaos V JogosMundiais MilitMundiais MilitMundiais MilitMundiais MilitMundiais Militararararares 20es 20es 20es 20es 201111111111

O 1º Regimento de Cavalaria de Guardas sediou a últimasolenidade dos VII Jogos Marciais. Autoridades civise militares prestigiaram o evento e o Chefedo Departamento de Ciência eTecnologia, ex-presidente da CDE,General de Exército AAAAAugustougustougustougustougustoHeleno RibeirHeleno RibeirHeleno RibeirHeleno RibeirHeleno Ribeiro Po Po Po Po Pereiraereiraereiraereiraereira, procedeuao encerramento dos jogos.

Nessa oportunidade, foipossível constatar que os JogosMarciais cumpriram os objetivospropostos, já que fortalecerama camaradagem entre osrepresentantes dos diversosComandos Militares de Área,reforçaram o incentivo à preparaçãofísica, indispensável ao profissionalmilitar, e arraigaram, nas almas de todos osparticipantes, o sentimento de equipe.

O evento foi planejado, organizado, executado edirigido pela Comissão de Desportos do Exército, com oapoio do Comando Militar do Planalto e da Escola deEducação Física do Exército. O sucesso obtido ratificou avocação e a vanguarda esportiva do Exército Brasileiro, assimcomo confirmou a capacidade e a competência da Forçapara organizar complexos e grandes eventos esportivos.

Conclui-se, portanto, que os VII Jogos Marciais serviramde preparação para os V Jogos Mundiais Militares,

competição que reunirá no Rio de Janeiro, em 2011, cercade seis mil atletas, oriundos de mais de uma centena dediferentes nações amigas, o que ratifica a projeção do

Brasil no cenário desportivo militar internacional.A competição marcará a primeira vez em que

os Jogos Mundiais Militares serãorealizados no continente americano.

Terceiro maior evento esportivodo mundo, os Jogos Militares sãorealizados de 4 em 4 anos eorganizados pelo ConselhoInternacional do Esporte Militar(CISM). As provas contam comatletas de nível olímpico.

A cerimônia de lançamento da5ª edição da competição contou

com a participação de diversasautoridades civis e militares, todas

empenhadas no sucesso do evento. Naoportunidade, foram apresentados o logotipo

da edição brasileira e os esportes que fazem parte dadisputa. Também foi realizada uma demonstração dealgumas das modalidades. Serão vinte no total.

ConConConConConvvvvvocação de Aocação de Aocação de Aocação de Aocação de Atletletletletletttttasasasasasde altde altde altde altde alto ro ro ro ro rendimentendimentendimentendimentendimentooooo

Em novembro de 2009, nas instalações da Escola deEducação Física do Exército, teve início o Estágio Básicode Sargento Técnico-Temporário para a habilitação“Técnico em Atividade Física e Desporto de Alto

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eguindo a tradição de militares brasileiros que bemrepresentam nosso País em competições internacionais,o Subtenente MarMarMarMarMarco Aco Aco Aco Aco Aurélio Martins Furélio Martins Furélio Martins Furélio Martins Furélio Martins Farinazzoarinazzoarinazzoarinazzoarinazzo venceu

a 32º Badwater Ultramarathon, que foi realizada no Desertodo Vale da Morte, Califórnia-EUA. Essa ultramaratona éreconhecida mundialmente como a “corrida mais dura domundo”, na qual atletas enfrentam temperaturas que chegama 55° C e umidade do ar que oscila entre 1% e 2%,percorrendo o difícil traçado de 217 km. A competição desseano teve início na parte mais baixa da América do Norte,85m abaixo do nível do mar, com linha de chegada emWhitney Portal, na área mais alta do continente, de altitudesque chegam a 3900m.

A corrida desenvolveu-se por um trajeto bastante difícil,onde poucos conseguem chegar ao final. Cada atleta foiacompanhado durante todo o percurso por uma equipe deapoio composta por três pessoas e um carro.

Na 32ª edição, ocorrida em julho de 2009, dos milharesde candidatos que se apresentaram, somente 80 foramselecionados e outros 10 escolhidos pela organização,perfazendo um total de 90 participantes que, por sua vez,representaram 12 países. Além do Subtenente Farinazzo,outros cinco brasileiros participaram da competição.

SSSSS

Farinazzovence a 32ºBadwaterUltramarathon

O Subtenente FO Subtenente FO Subtenente FO Subtenente FO Subtenente Farinazzo serarinazzo serarinazzo serarinazzo serarinazzo serve no Hospital da Guarniçãove no Hospital da Guarniçãove no Hospital da Guarniçãove no Hospital da Guarniçãove no Hospital da Guarniçãode Juiz de Fde Juiz de Fde Juiz de Fde Juiz de Fde Juiz de Fora (HGJF), possui 41 anos e nasceu no estado do Rio deora (HGJF), possui 41 anos e nasceu no estado do Rio deora (HGJF), possui 41 anos e nasceu no estado do Rio deora (HGJF), possui 41 anos e nasceu no estado do Rio deora (HGJF), possui 41 anos e nasceu no estado do Rio deJaneirJaneirJaneirJaneirJaneiro. Vo. Vo. Vo. Vo. Venceu a Badwater deste ano com um tempo de 23h 39menceu a Badwater deste ano com um tempo de 23h 39menceu a Badwater deste ano com um tempo de 23h 39menceu a Badwater deste ano com um tempo de 23h 39menceu a Badwater deste ano com um tempo de 23h 39m18s, mar18s, mar18s, mar18s, mar18s, marca que o colocou como o segundo maratonista a fazer umca que o colocou como o segundo maratonista a fazer umca que o colocou como o segundo maratonista a fazer umca que o colocou como o segundo maratonista a fazer umca que o colocou como o segundo maratonista a fazer umtempo abaixtempo abaixtempo abaixtempo abaixtempo abaixo de 24 horas. O recoro de 24 horas. O recoro de 24 horas. O recoro de 24 horas. O recoro de 24 horas. O recordista da prdista da prdista da prdista da prdista da prova é o tambémova é o tambémova é o tambémova é o tambémova é o tambémbrasileirbrasileirbrasileirbrasileirbrasileiro Vo Vo Vo Vo Valmir Nunes, com um tempo de 22h51m29s, resultadoalmir Nunes, com um tempo de 22h51m29s, resultadoalmir Nunes, com um tempo de 22h51m29s, resultadoalmir Nunes, com um tempo de 22h51m29s, resultadoalmir Nunes, com um tempo de 22h51m29s, resultadoobtido em 2007.obtido em 2007.obtido em 2007.obtido em 2007.obtido em 2007.

Dentre as diversas competições que o militar participou, destacam-Dentre as diversas competições que o militar participou, destacam-Dentre as diversas competições que o militar participou, destacam-Dentre as diversas competições que o militar participou, destacam-Dentre as diversas competições que o militar participou, destacam-se os seguintes títulos: vencedor da BR 135, com 217 km, realizadase os seguintes títulos: vencedor da BR 135, com 217 km, realizadase os seguintes títulos: vencedor da BR 135, com 217 km, realizadase os seguintes títulos: vencedor da BR 135, com 217 km, realizadase os seguintes títulos: vencedor da BR 135, com 217 km, realizadana Serna Serna Serna Serna Serra da Madureira-RJ; campeão recorra da Madureira-RJ; campeão recorra da Madureira-RJ; campeão recorra da Madureira-RJ; campeão recorra da Madureira-RJ; campeão recordista dos 84 km do Desafiodista dos 84 km do Desafiodista dos 84 km do Desafiodista dos 84 km do Desafiodista dos 84 km do DesafioPraias e TPraias e TPraias e TPraias e TPraias e Trilhas de Florianópolis-SC, em 2006; e, agora, campeão dosrilhas de Florianópolis-SC, em 2006; e, agora, campeão dosrilhas de Florianópolis-SC, em 2006; e, agora, campeão dosrilhas de Florianópolis-SC, em 2006; e, agora, campeão dosrilhas de Florianópolis-SC, em 2006; e, agora, campeão dos217 km da Badwater Ultramarathon, no Deserto do V217 km da Badwater Ultramarathon, no Deserto do V217 km da Badwater Ultramarathon, no Deserto do V217 km da Badwater Ultramarathon, no Deserto do V217 km da Badwater Ultramarathon, no Deserto do Vale da Morte,ale da Morte,ale da Morte,ale da Morte,ale da Morte,na Caliórnia-EUA.na Caliórnia-EUA.na Caliórnia-EUA.na Caliórnia-EUA.na Caliórnia-EUA.

Rendimento”, destinado aos atletas, de alto rendimento,convocados para compor a equipe militar querepresentará o Brasil nos V Jogos Mundiais Militares.

O processo seletivo dos convocados buscou atenderàs seguintes premissas: convocação pontual e de acordocom as necessidades específicas das modalidadesesportivas a serem disputadas; participação efetiva dasequipes do Brasil nos V Jogos Mundiais Militares; e osatletas convocados devem servir de exemplo emotivação para o militar de carreira.

Os atletas convocados seguiram o ritual previstopara qualquer militar que incorpora ao Exército:treinamento de ordem unida, corte de cabelo,recebimento dos uniformes e as primeiras noções dehierarquia e disciplina. Posteriormente, os alunosrealizaram o estágio de formação de sargentostemporários, com as instruções teóricas e práticasnecessárias para formar um militar do ExércitoBrasileiro.

O grupamento incorporou em vagas da Comissãode Desportos do Exército (CDE), não onerando asOrganizações Militares do Exército Brasileiro.(

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Incorporação dos SarIncorporação dos SarIncorporação dos SarIncorporação dos SarIncorporação dos Sargentos Técnicos-gentos Técnicos-gentos Técnicos-gentos Técnicos-gentos Técnicos-TTTTTemporáriosemporáriosemporáriosemporáriosemporários

ExExExExExererererercício em campanha realizado nacício em campanha realizado nacício em campanha realizado nacício em campanha realizado nacício em campanha realizado naAAAAAcademia Militar das Agulhas Negrascademia Militar das Agulhas Negrascademia Militar das Agulhas Negrascademia Militar das Agulhas Negrascademia Militar das Agulhas Negras

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escer o Solimões em dois caiaques oceânicos, deTabatinga até Manaus, explorando a região em seusaspectos geográficos, históricos e culturais, em

um percurso de mil e seiscentos quilômetros, foi a maneiracom que a expedição empreendida por dois gaúchos,o Coronel da reserva do Exército Hiram Reis e SilvaHiram Reis e SilvaHiram Reis e SilvaHiram Reis e SilvaHiram Reis e Silva(57 anos) e o professor de Educação Física Romeu HenriqueRomeu HenriqueRomeu HenriqueRomeu HenriqueRomeu HenriqueChalaChalaChalaChalaChala (48 anos), encontrou para divulgar as coisasda Amazônia no Rio Grande do Sul, Estado maisdistante da Hiléia Brasileira.

DDDDD O Cel Eng R/1 Hiram é professor de Matemática e deDesenho do Colégio Militar de Porto Alegre. Apaixonadopela Amazônia, onde serviu por vários anos e realizou ocurso de Guerra na Selva, é um dos maiores especialistasno assunto no Rio Grande do Sul, onde ministra palestrasem escolas, universidades e outras instituições públicas eprivadas, por meio da ONG Sociedade Amigos daAmazônia Brasileira - SAMBRAS, a qual preside. Trata-sede um velho soldado que decidiu arrojar-se nessa emprei-tada, tendo por objetivo a luta por uma Amazônia brasileirae para brasileiros. A expedição teve dois anos de intensospreparativos e treinamentos, estes realizados no Rio Guaíba,onde navegou por cerca de quinze mil quilômetros.

A epopéia dos dois gaúchos iniciou-se no dia 1º dedezembro, em Tabatinga, e culminou em Manaus no dia27 de janeiro. Sem barcos de apoio ou qualquer outraforma de suporte local, seja oficial ou privado, e sofrendoas severas limitações de espaço nos dois caiaques, Hiram eRomeu contaram apenas com a boa vontade e com ahospitalidade dos amazonenses, bem como com o totalapoio da Polícia Militar do Amazonas e das Unidades doEB de Tabatinga, Tefé e Manaus, que foram exemplares.No percurso, os navegadores receberam o carinho e aatenção das comunidades ribeirinhas, das prefeituras e dosdestacamentos da Polícia Militar por onde passaram. Todosforam incansáveis em auxiliá-los, oferecendo pousada,alimentação, guarda dos caiaques e meios de Internet(quando havia) para a transmissão das centenas defotografias, textos e entrevistas gravadas.

As paradas foram feitas em cidades ou pequenas

Projeto“Desafiandoo Rio-Mar”

Projeto“Desafiandoo Rio-Mar”

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Os ribeirinhos se divertem com os caiaquesOs ribeirinhos se divertem com os caiaquesOs ribeirinhos se divertem com os caiaquesOs ribeirinhos se divertem com os caiaquesOs ribeirinhos se divertem com os caiaques

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comunidades à beira do rio. Nesses locais Hiram eRomeu recebiam ou compravam comida, dormiam ese preparavam para a jornada seguinte. "No rio,comemos basicamente banana e macarrão instantâneo",relatam os remadores.

Apesar de a região ser pouco povoada, o Cel Hiramconta que sempre encontravam algum local habitadopara passar a noite. "Têm muitas comunidades, e ahospitalidade nos surpreendeu positivamente. O pessoalnos convidava para almoçar, para jantar e para dormir."

Sem comunicação na quase totalidade do percurso,Hiram e Romeu foram acompanhados apenas pelaposição do GPS, rastreada hora a hora através de umaempresa especializada de Porto Alegre e de umaequipe do CMPA que fez o monitoramento e o apoio àdistância aos navegadores. Os dados coletados foramenviados para professores integrantes de uma equipemultidisciplinar do Colégio e estão servindo parafundamentar pesquisas, trabalhos escolares e palestras.Constituíram também a base de um livro que está sendoescrito sobre a expedição.

Segundo o Cel Hiram, afora a solidão do trajeto,os poucos problemas encontrados foram a desistênciade uma navegadora logo no início da expedição, aquebra de um dos caiaques na foz do Rio Purus(consertado posteriormente em Manacapuru) e a"inconstância tumultuária" do Solimões, que faz comque as margens, as ilhas e os pequenos afluentes e"furos" se modifiquem constantemente, dificultando alocalização pelos mapas e cartas geográficas existentes.

Os alunos, professores e a população gaúchaacompanharam o dia-a-dia da expedição através de umblog e de um "Diário de Bordo" na página eletrônicado Colégio Militar de Porto Alegre (www.cmpa.tche.br),atualizados diariamente, onde foram publicadasfotografias, textos e entrevistas produzidos pelosnavegadores.

Na chegada a Manaus, a recepção na praia do2º Grupamento de Engenharia foi realmenteespetacular. Para acolher a imprensa - lá estavam duasredes de TV, uma de rádio e mais quatro jornalistas deoutros órgãos - e os demais convidados, foi montadoum dispositivo com sistema de som, toldo, sucos,cadeiras e, enfim, todo um aparato propício para oporte do evento. "É o Exército de Caxias tratandocondignamente aqueles que se sacrificam para que oBrasil seja cada vez mais verde e amarelo! Selva!"

Após a epopéia, considerada como o mais extensotrajeto percorrido de caiaque por brasileiros em um sório, a inquietude e o amor pela Amazônia já estãofazendo com que o Cel Hiram prepare uma novaexpedição para divulgar ainda mais essa região: emjaneiro de 2010, o plano é descer o Rio Negro!(

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CorCorCorCorCoronel Hiram Reis eonel Hiram Reis eonel Hiram Reis eonel Hiram Reis eonel Hiram Reis explorando o Rio Juruá a borxplorando o Rio Juruá a borxplorando o Rio Juruá a borxplorando o Rio Juruá a borxplorando o Rio Juruá a bordo de uma canoado de uma canoado de uma canoado de uma canoado de uma canoa

PPPPPousada Uacari, na Reserousada Uacari, na Reserousada Uacari, na Reserousada Uacari, na Reserousada Uacari, na Reserva de Mamirauáva de Mamirauáva de Mamirauáva de Mamirauáva de Mamirauá

No retorno a PNo retorno a PNo retorno a PNo retorno a PNo retorno a Porto Alegre, uma calororto Alegre, uma calororto Alegre, uma calororto Alegre, uma calororto Alegre, uma calorosa recepção dos alunososa recepção dos alunososa recepção dos alunososa recepção dos alunososa recepção dos alunose pre pre pre pre profissionais do Colégio Militar localofissionais do Colégio Militar localofissionais do Colégio Militar localofissionais do Colégio Militar localofissionais do Colégio Militar local

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Exercício Força Comandos foi criado peloComando Sul do Exército dos Estados Unidosda América no ano de 2004, com o objetivo de

aumentar a cooperação regional e multinacional, a confiançamútua, bem como melhorar o adestramento das forças deoperações especiais do continente americano.

O Brasil participou pela primeira vez desse evento em2007 e, no ano seguinte, aceitou o convite para sediar aVI edição do Força Comandos, ocorrida no período de 17a 26 de junho 2009.

O Exercício é composto por duas atividades principais:a competição propriamente dita e um seminário estratégico,denominado "Programa de Visitantes Distinguidos", do qualparticipam autoridades dos Ministérios de Defesa eComandantes de Forças de Operações Especiais de cadapaís representado.

As competições do Força Comandos desenvolvem-seem várias provas baseadas na demonstração de habilidadestécnicas e táticas de Forças Especiais e Comandos.

O primeiro dia de competição buscou explorar aprecisão das equipes nas provas de tiro de fuzil e de pistola,oportunidade em que os caçadores puseram à prova suashabilidades técnicas na caçada e na avaliação de distâncias.

Nessa modalidade, os competidores executaramdisparos a distâncias que variavam de 25 a 100 metros,modificando suas posições de tiro. A equipe que obtivesseo maior número de pontos nos alvos de fogo central seriadeclarada vencedora.

Na prova de avaliação de distâncias, umadupla de caçadores recebia alvos no terreno,devendo determinar suas distâncias, com esem o uso de equipamentos ópticos. Aequipe mais precisa e rápida se sagrariavencedora.

Já na prova de caçada, essa mesma duplapercorria uma determinada faixa do terrenoe executava disparos contra dois alvos, como cuidado de não ser identificada por umaequipe de oito juízes. Os caçadores queacertassem os alvos no menor espaço detempo seriam vencedores.

O primeiro dia do Exercício encerrou-se, já no período noturno, com a disputa denatação, uma das mais duras provas doevento. Os integrantes das equipes deveriam,

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O Exercício“Força Comandos2009”

todos juntos, nadar 300 metros, no menor tempo,ultrapassando uma sequência de obstáculos.

O objetivo do segundo dia do Força Comandos foiavaliar a precisão das equipes nas provas de tiro deoportunidade e tiro em movimento, assim como na execuçãode tarefas críticas. Os caçadores e as equipes de assaltoexecutaram disparos em alvos furtivos, em movimento ecom a presença de reféns, e mantiveram a atenção centradaem não causar danos colaterais.

No terceiro dia de competição, as equipes foram testadasaté o limite da resistência. Na prova de estresse, osintegrantes de uma equipe de assalto tiveram que, correndo,transportar uma caixa com aproximadamente 10 kg, subire descer barrancos e ainda serem extremamente precisosem seus disparos. Ressalta-se, ainda, que os caçadoresforam submetidos a um esforço físico e tiveram que atirarem alvos com apenas 2,5 centímetros de diâmetro e, notiro de campo, disparar a distâncias que chegavam a 700metros, tendo dois minutos para identificar o alvo, calculartodas as variáveis e executar o tiro.

Os três últimos dias do Força Comandos 2009 buscaramassociar trabalho em equipe, resistência e muita força física.Durante esse período, as equipes revezaram-se na execuçãode marcha orientada, assalto combinado, pista de obstáculose evento aquático. Essa fase iniciou-se quando, ainda demadrugada, parte das equipes foi conduzida até a zonarural de Goiânia, onde foi dada a largada da marchaorientada, aproximadamente 20 km, em terreno variado e

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sob sol forte. Além disso, cada militar conduziu seuarmamento, seu equipamento e sua mochila de 15 Kg.Para vencer essa prova, a equipe deveria achar o maiornúmero de pontos no menor tempo.

Na prova de assalto combinado, a tensão fez parte docenário montado especialmente para o evento: a "casa dematar". Trata-se de um estande de tiro que permite simulara entrada de um time tático em uma habitação. Nesse local,as equipes enfrentaram situações que exigiram rápidadecisão e acurada precisão, pois os alvos estavam ladeadospor reféns. Destaca-se, ainda, a necessidade de, antes doassalto, um caçador realizar um tiro de precisão paraeliminar uma resistência. Venceria a prova a equipe queobtivesse, no menor tempo, a maior precisão nos disparos.

Na pista de obstáculos, a habilidade e o vigor físicoque caracterizam uma tropa de operações especiais foramos fatores fundamentais para o bom resultado. As equipestiveram que executar, no menor tempo, e com o mínimode faltas, uma pista de pentatlo militar seguida de umapista de cordas, com a realização de um rapel no meio do

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percurso. A emoção dos atletas e da torcida foram evidentese a vibração dos competidores foi contagiante.

Por fim, um evento aquático exigiu um trabalhocoordenado no âmbito das representações como fatordecisivo para a vitória. As equipes começaram com acondução, sem auxílio de qualquer instrumento, de umbote pneumático até as margens de um lago. Dali, seguirampor um percurso de mil metros a remo. Depois,transportaram um ferido em uma maca, em terreno variado,com a necessidade de realizar disparos contra alvos diversosaté o retorno ao lago. No encerramento da prova, cadatime teve que nadar 300 metros, com seus integrantesequipados operacionalmente.

No dia seguinte ao término das provas, um salto deparaquedas encerrou as atividades operacionais e oscompetidores confraternizaram ao melhor estilo das Forçasde Operações Especiais.

A classificação final contemplou a equipe da Colômbiacom o 3º lugar, o Equador com o 2º e o Brasil sagrou-secampeão do Força Comandos 2009.

Muito além dos resultados, o que assinalou esseExercício foi o congraçamento, a troca de experiências paraa evolução do adestramento e o aumento da confiançamútua entre os integrantes dos países envolvidos.Constatou-se a concepção de amizades verdadeiras, dandolugar aos tímidos cumprimentos percebidos no diada abertura. Notabilizou-se, nesta edição, a importânciade competir com dignidade e com profundo respeitoentre as nações amigas.

Tal como no início, a solenidade não encerrou em si otreinamento e a preparação dos soldados de operaçõesespeciais. Ao contrário, motivou a todos para a próximaedição, a realizar-se em 2010, na República Dominicana.

Soldados de Operações Especiais!No próximo ano, seguiremos para a República

Dominicana em busca dos desafios do Força Comandos2010.(

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omo Força de Vigilância Estratégica, constitui-seem instrumento operacional do Comando Militarda Amazônia na aplicação das estratégias da

ofensiva, dissuasão, presença e resistência na AmazôniaOcidental. Está disposta ao longo da fronteira, com oobjetivo de proporcionar alerta oportuno sobre ações deforças adversas ou oponentes que comprometam aintegridade do território nacional.

Articula-se diante de um amplo arco fronteiriço, que seestende da Serra do Traíra à Foz do Rio Breu e se defrontacom a Colômbia e o Peru. É um desdobramento clássico,com duas peças de manobra à frente, na linha de fronteira,e uma à retaguarda, em condições de ser empregada emqualquer parte de sua área de responsabilidade: cerca de570.000 km2 (o que corresponde a quatro vezes e meia asuperfície da Inglaterra), abrangendo 22 municípios doEstado do Amazonas e cinco do Acre. A sede do Comandoda Brigada localiza-se em Tefé, no coração da Amazônia,em virtude da importância estratégica da confluência dosrios que penetram no território pela porção meridional daAmazônia Ocidental brasileira. Em Tefé, está, também, amaioria das Organizações Militares (OM) subordinadas: 17ºBatalhão de Infantaria de Selva (Força de Emprego Local),16ª Base Logística de Selva, Companhia de Comando daBrigada, 34º Pelotão de Polícia do Exército, 16º Pelotão

CCCCC

16ª Brigada deInfantaria de SelvaBrBrBrBrBrigigigigigada das Missões: vada das Missões: vada das Missões: vada das Missões: vada das Missões: vocação focação focação focação focação fluvialluvialluvialluvialluvialna Amazônia Ocidentna Amazônia Ocidentna Amazônia Ocidentna Amazônia Ocidentna Amazônia Ocidental bral bral bral bral brasileirasileirasileirasileirasileiraaaaa

de Comunicações de Selva e Base Administrativa. Na faixade fronteira com a Colômbia e o Peru, guarnecendo cercade 2.100 km, a Brigada enquadra o Comando de FronteiraSolimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva, que se situaem Tabatinga, AM, e engloba os Pelotões Especiais deFronteira (PEF) das localidades de Palmeiras do Javari,

Em 08 de julho de 1992, por decreto daPresidência da República, desativou-se o Comandoda 16ª Brigada de Infantaria Motorizada em SantoÂngelo, RS, reativando-o em Tefé, AM, a partirde 1º de janeiro de 1993. Nesta nova sede, passoua denominar-se Comando da 16ª Brigada deInfantaria de Selva (16ª Bda Inf Sl), emconformidade com a Política de Defesa Nacional,que atribui prioridade à Amazônia.

O nome "Brigada das Missões" tem origem emum importante fato da história brasileira: a GuerraGuaranítica, desencadeada pelo Tratado de Madriem 1750, quando tropas luso-espanholasocupavam a área das antigas reduções jesuíticasde São Miguel, São João e Santo Ângelo, hoje,região missioneira gaúcha e patrimônio históricoda humanidade. "Esta terra tem dono!" (Co yvyoguereco yara!) foi o brado do índio guarani SepéTiaraju, que resistiu heroicamente na contenda.

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Comando de FComando de FComando de FComando de FComando de Frrrrrontontontontonteireireireireira Solimõesa Solimõesa Solimõesa Solimõesa Solimões8º Bat8º Bat8º Bat8º Bat8º Batalhão de Infalhão de Infalhão de Infalhão de Infalhão de Infantantantantantarararararia de Selia de Selia de Selia de Selia de Selvvvvvaaaaa

O CFSol/8º BIS ocupa a área do antigo Forte SãoFrancisco Xavier de Tabatinga, fundado em 1776 edestruído pelas águas do Rio Solimões em 1932. Apósdisputa entre Colômbia e Peru pela posse do Território da"Comisaría Especial Del Amazonas", cuja capital é Letícia,o Forte foi transformado em 5º Pelotão de Fronteira. Maistarde, criou-se a Colônia Militar de Tabatinga e, em seguida,o Comando de Fronteira Solimões/1º Batalhão Especial deFronteira. Com a transferência da 16ª Brigada para Tefé, oComando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantariade Selva passou a ter sua atual denominação.

Estirão do Equador, Ipiranga e Vila Bittencourt; e,mais ao Sul, na fronteira com o Peru, o 61º Batalhãode Infantaria de Selva (61º BIS), em Cruzeiro do Sul,AC, com destacamentos em Marechal Thaumaturgoe São Salvador.

A ligação entre o Comando da Brigada e asOrganizações Militares instaladas na fronteira é feita pormeio aéreo ou fluvial, uma vez que não há estradas. O

Solimões é o principal corredor de transporte e por ele senavega, a partir de Tefé, durante oito dias de balsa atéTabatinga ou cinco dias até Manaus. Dele, chega-se, porexemplo, ao Rio Juruá, que acessa a área do 61º BIS; aoRio Japurá, que leva até o PEF de Vila Bittencourt; e ao RioIçá, ponte para o PEF de Ipiranga, todos, rios de grandeporte. O quadro abaixo ilustra como é locomover-se naárea de responsabilidade da Brigada das Missões.

666661º Bat1º Bat1º Bat1º Bat1º Batalhão de Infalhão de Infalhão de Infalhão de Infalhão de Infantantantantantarararararia de Selia de Selia de Selia de Selia de SelvvvvvaaaaaO 61º BIS é herdeiro do 2º Batalhão de Carros de

Combate (2º BCC), criado em 1942 no Rio de Janeiro.Durante a Segunda Guerra Mundial, foi transferido paraNatal, RN, a fim de defender a Base Aérea de Parnamirim.Após algumas mudanças de sede e com a denominação de2º BCCLeve, foi transferido para Santo Ângelo, ondetransformou-se em OM motorizada. Pela Portaria Ministerialn. º 36, de 10 Jul 92, o antigo 61º Btl Inf Mtz tornou-seUnidade de selva e foi transferido para Cruzeiro do Sul,AC, ocupando as antigas instalações do 7º Batalhão deEngenharia de Construção.

ÁrÁrÁrÁrÁrea deea deea deea deea deRRRRResponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidade

da 1da 1da 1da 1da 16ª Br6ª Br6ª Br6ª Br6ª Brigigigigigadaadaadaadaadade Infde Infde Infde Infde Infantantantantantarararararia de Selia de Selia de Selia de Selia de Selvvvvvaaaaa

SuperSuperSuperSuperSuperfície:fície:fície:fície:fície:570.000 km2

Localização:Localização:Localização:Localização:Localização:Região da Bacia do Solimões

FFFFFrrrrrontontontontonteireireireireiras:as:as:as:as:Colômbia - 530 km;Peru - 1570 km

EfEfEfEfEfeeeeetivtivtivtivtivo de milito de milito de milito de milito de militarararararesesesesesem 2009:em 2009:em 2009:em 2009:em 2009:- Tefé - 1.008;- Tabatinga - 924;- Cruzeiro do Sul - 573

onitseD)éfeTedritrapa(

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agnitabaT 595 05:1 069 80

truocnettiBaliVedFEP 035 04:1 097 80

agnaripIedFEP 035 04:1 028 80

rodauqEodoãritsEedFEP 087 03:2 5921 21

iravaJodsariemlaPedFEP 099 00:3 5371 51

luSodoriezurC 0801 03:3 0562 03

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0421 00:4 0082 03ed+

rodavlaSoãSedotnemacatseD 0711 04:3 0472 03ed+

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28 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

TTTTTríade da Soberríade da Soberríade da Soberríade da Soberríade da Soberania:ania:ania:ania:ania:VVVVVida - Combatida - Combatida - Combatida - Combatida - Combate - Te - Te - Te - Te - Trrrrrabalhoabalhoabalhoabalhoabalho

A vida vida vida vida vida nos pelotões e destacamentos especiais defronteira é simples e as atividades estão ligadas àsobrevivência, com a criação de animais, plantio dehortaliças e frutas, pesca e caça. Quanto ao combatecombatecombatecombatecombate(atividade-fim), são realizados patrulhamento,reconhecimento de fronteira e adestramento. No que tangeao trabalhotrabalhotrabalhotrabalhotrabalho, as atividades de carpintaria, manutenção demotores, construção, conservação das instalações,assistência à saúde, produção de alimentos, educação einclusão digital são estimuladas. Em uma área de extremacarência, as atividades-meio têm papel fundamental.Merecem destaque as ações comunitárias implementadaspela 16ª Brigada, que visam a fortalecer a presença dopoder público nas comunidades mais carentes e isoladasda Região do Alto Juruá, Alto e Médio Solimões; estimularo apoio e o respeito da população para com as autoridadesconstituídas; cooperar para a solução de problemascomunitários; e contribuir para o desenvolvimento nacional,em parceria com organizações civis.

As UAs UAs UAs UAs Unidades de Consernidades de Consernidades de Consernidades de Consernidades de Conservvvvvação naação naação naação naação naÁrÁrÁrÁrÁrea de Rea de Rea de Rea de Rea de Responsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidade

Há, na área de responsabilidade da 16ª Brigada, 18Unidades de Conservação. Algumas unem preservação dabiodiversidade com a presença humana, garantindoqualidade de vida às comunidades ribeirinhas por meio detécnicas de manejo participativo: artesanato, conservaçãoda fauna e flora, agricultura familiar e ecoturismo, como éo caso das duas a seguir, com as quais a Brigada realizadiversas ações, em sistema de parceria.

ReserReserReserReserReserva de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de DesenvolvimentoSustentável MamirauáSustentável MamirauáSustentável MamirauáSustentável MamirauáSustentável MamirauáConsiderada um dos três melhores destinos do mundo

em turismo ecológico, é um modelo de preservação daselva amazônica.

FRONTEIRA OCIDENTFRONTEIRA OCIDENTFRONTEIRA OCIDENTFRONTEIRA OCIDENTFRONTEIRA OCIDENTAL: VIGIADAL: VIGIADAL: VIGIADAL: VIGIADAL: VIGIADA E PROTEGIDA E PROTEGIDA E PROTEGIDA E PROTEGIDA E PROTEGIDAAAAA

ReserReserReserReserReserva de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de Desenvolvimentova de DesenvolvimentoSustentável AmanãSustentável AmanãSustentável AmanãSustentável AmanãSustentável AmanãJunto com os vizinhos Mamirauá e Parque Nacional do

Jaú, integra o chamado "corredor verde", área de 57 milkm2, que forma o maior conjunto de floresta tropicalprotegida do planeta.(

Gen Rodrigo OctávioGen Rodrigo OctávioGen Rodrigo OctávioGen Rodrigo OctávioGen Rodrigo Octávio

"Árdua é a missão de desenvolver e"Árdua é a missão de desenvolver e"Árdua é a missão de desenvolver e"Árdua é a missão de desenvolver e"Árdua é a missão de desenvolver edefender a Amazônia. Muito mais difícil,defender a Amazônia. Muito mais difícil,defender a Amazônia. Muito mais difícil,defender a Amazônia. Muito mais difícil,defender a Amazônia. Muito mais difícil,porém, foi a de nossos antepassados emporém, foi a de nossos antepassados emporém, foi a de nossos antepassados emporém, foi a de nossos antepassados emporém, foi a de nossos antepassados emconquistá-la e mantê-la."conquistá-la e mantê-la."conquistá-la e mantê-la."conquistá-la e mantê-la."conquistá-la e mantê-la."

Plantio de hortaliças e frutasPlantio de hortaliças e frutasPlantio de hortaliças e frutasPlantio de hortaliças e frutasPlantio de hortaliças e frutas

AAAAAdestramento da trdestramento da trdestramento da trdestramento da trdestramento da tropaopaopaopaopa

Assistência à saúdeAssistência à saúdeAssistência à saúdeAssistência à saúdeAssistência à saúde

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Escola deMaterial Bélico:por que "Berçodos Blindados"?

o chamamento dos clarins, o primeiro BoletimInterno do Núcleo do Centro de Instrução deMotorização e Mecanização proclamava, em 25

de maio de 1938: "Hoje, começa sua existência real oEsquadrão de Autometralhadoras. Está, pois, dado oprimeiro passo para a moto-mecanização parcial daCavalaria Brasileira, etapa forçada de uma evolução quenão cessa. (...) Surge, no campo de luta terrestre, o motora explosão. Propulsando viaturas de transporte e animandoengenhos blindados, amplia as possibilidades da Cavalariae devolve-lhe a potência de choque."

Assinava o Capitão Carlos Flores de Paiva ChavesCarlos Flores de Paiva ChavesCarlos Flores de Paiva ChavesCarlos Flores de Paiva ChavesCarlos Flores de Paiva Chaves,Comandante da recém-criada Subunidade EscolaMotomecanizada.

O quartel era uma instalação inacabada, tudo eraprecário. O rancho era preparado em uma cozinha decampanha, queimando lenha em um canto do pátio. Naspausas do duro trabalho de aprendizado de conduta emanutenção dos blindados, eram realizadospasseios de motocicletas Harley Davidsonpelos caminhos doCampo de Gericinó. Essefoi o cadinho onde

AAAAA começou a se formar a mentalidade de manutenção doExército Brasileiro.

Herdeira desta singular organização militar, após 71anos, encontramos a Escola de Material Bélico (EsMB).Neste período de tempo, novos encargos de ensino e novosmateriais de emprego militar foram incorporados aoscurrículos, mantendo a Escola na vanguarda do ensinomilitar, como desde sua origem.

Convidamos o leitor a um breve sobrevoo nesta história,que mostra como a EsMB conquistou a alcunha de "Berçodos Blindados. Templo da Manutenção".

Escola de Material Bélico (EsMB), situada naEscola de Material Bélico (EsMB), situada naEscola de Material Bélico (EsMB), situada naEscola de Material Bélico (EsMB), situada naEscola de Material Bélico (EsMB), situada nacidade do Rio de Janeircidade do Rio de Janeircidade do Rio de Janeircidade do Rio de Janeircidade do Rio de Janeiro. À frente, os primeiro. À frente, os primeiro. À frente, os primeiro. À frente, os primeiro. À frente, os primeirosososososeeeeexxxxxemplares da VBemplares da VBemplares da VBemplares da VBemplares da VBC LeoparC LeoparC LeoparC LeoparC Leopard 1A5 recebidos nod 1A5 recebidos nod 1A5 recebidos nod 1A5 recebidos nod 1A5 recebidos noBrasil, incorporados à EsMB em janeirBrasil, incorporados à EsMB em janeirBrasil, incorporados à EsMB em janeirBrasil, incorporados à EsMB em janeirBrasil, incorporados à EsMB em janeiro de 2009.o de 2009.o de 2009.o de 2009.o de 2009.

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30 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

A orA orA orA orA origigigigigemememememEm 1938, impelido pelas lições aprendidas com

a ainda insipiente cultura de manutenção nospioneiríssimos carros de combate Renault FT-17 (vejao quadro ao final desta matéria), que concorrerampara a extinção da Companhia de Carros de Assalto,de 1921, o Exército houve por bem capacitar seusrecursos humanos não só no emprego tático, mastambém na complexa arte da conservação e reparaçãodo material de emprego militar.

Surgia a Subunidade Escola Mecanizada.Inicialmente, havia apenas o Esquadrão deAutometralhadoras, dotado de 23 carros Fiat-AnsaldoCV 3-35, fabricados em 1935 e adquiridos naItália, aos quais foram somados os cinco RenaultFT-17 remanescentes, que formaram uma Seção deCarros de Combate.

O Capitão Paiva ChavesPaiva ChavesPaiva ChavesPaiva ChavesPaiva Chaves, pessoalmente, traz osFiat-Ansaldo do cais do porto até a Vila Militar. Instala-os no aquartelamento ainda inacabado. Escolhe seusauxiliares e lhes ministra instrução de conduta econservação das viaturas. Estava, pois, semeada umanova mentalidade de motomecanização no Exército,possibilitando a formação de um núcleo básico quese transformaria, em 21 de janeiro de 1939, noCentro de Instrução de Motorização e Mecanização.

M-3 STUARM-3 STUARM-3 STUARM-3 STUARM-3 STUARTTTTT

M-4 SHERMANM-4 SHERMANM-4 SHERMANM-4 SHERMANM-4 SHERMAN

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Escola de MoEscola de MoEscola de MoEscola de MoEscola de MotttttomecanizaçãoomecanizaçãoomecanizaçãoomecanizaçãoomecanizaçãoEm junho de 1942, comandada pelo Tenente-Coronel

Arthur da Costa e SilvaArthur da Costa e SilvaArthur da Costa e SilvaArthur da Costa e SilvaArthur da Costa e Silva, foi transformada em Escola deMotomecanização, mantendo as missões de ensinoe de emprego tático de material automóvel, agora sobinfluência da doutrina norte-americana.

A recém-criada Escola destacou-se pela contribuição àForça Expedicionária Brasileira, direcionando o seu ensino paraa formação, em curto prazo, de profissionais aptos ao empregodos carros de combate M-4 Sherman, M-3 Grant e M-3Stuart, além das Viaturas de Transporte M-3 Scout Car.

Após a 2ª Guerra Mundial, foi assinado, com os EstadosUnidos, o acordo militar conhecido como Fernando deNoronha e, na década de 1960, firmou-se o Programa deAssistência Militar (MAP), que manteve a atualização

constante do material utilizado pela Força Terrestre. Frutodesses acordos, o acervo da EsMB foi ampliado comexemplares das Viaturas Blindadas de Combate M41 WalkerBulldog, as Viaturas Blindadas de Transporte de PessoalM113, as Viaturas Blindadas de Combate com ObusesAutopropulsados M108 e várias Viaturas BlindadasEspeciais de Socorro M578, possibilitando o incrementodo estudo dos sistemas embarcados em tais viaturas.

Escola de MatEscola de MatEscola de MatEscola de MatEscola de Materererererial Bélicoial Bélicoial Bélicoial Bélicoial BélicoEm 1959, o Exército criou o Quadro de Material Bélico

e, no ano seguinte, a Escola passou à sua denominaçãoatual, incorporando a Seção de Armamento da Escola deInstrução Especializada.

Trinta anos mais tarde, beneficiada pelo projeto dereaparelhamento da Força Terrestre FT-90, a EsMB foimodernizada e recebeu novas instalações, destinadas aoensino de munições, instrumentos óticos e armamento,incluindo novas oficinas para torres de viaturas blindadas,além de confortáveis dependências para o Corpo de Alunos,com capacidade para alojar cerca de 400 militares.

No final de 1996, o Exército passou por um processode atualização e de racionalização dos seus meios decombate, buscando maior operacionalidade para a ForçaTerrestre. Nesse contexto, novas viaturas blindadas foramadquiridas, como as viaturas blindadas de combate Leopard1 A1 e os obuseiros autopropulsados M109. Outros foramarrendados, como as viaturas blindadas de combate M60A3 TTS. Esses materiais possibilitaram o acesso às novastecnologias, até então, exclusivas de outros países.

Vtr Bld Fiat-Vtr Bld Fiat-Vtr Bld Fiat-Vtr Bld Fiat-Vtr Bld Fiat-Ansaldo conduzindo a espada que pertenceu ao Marechal Paiva Chaves, primeirAnsaldo conduzindo a espada que pertenceu ao Marechal Paiva Chaves, primeirAnsaldo conduzindo a espada que pertenceu ao Marechal Paiva Chaves, primeirAnsaldo conduzindo a espada que pertenceu ao Marechal Paiva Chaves, primeirAnsaldo conduzindo a espada que pertenceu ao Marechal Paiva Chaves, primeiro Comandante,o Comandante,o Comandante,o Comandante,o Comandante,na solenidade de 71 anos da EsMB. Ana solenidade de 71 anos da EsMB. Ana solenidade de 71 anos da EsMB. Ana solenidade de 71 anos da EsMB. Ana solenidade de 71 anos da EsMB. Ao fundo, a VBo fundo, a VBo fundo, a VBo fundo, a VBo fundo, a VBC LeoparC LeoparC LeoparC LeoparC Leopard 1A5. (2009)d 1A5. (2009)d 1A5. (2009)d 1A5. (2009)d 1A5. (2009)

M-3 GRANTM-3 GRANTM-3 GRANTM-3 GRANTM-3 GRANT

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32 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

A EsMB, em consonância com a evolução domaterial de emprego militar, recebeu exemplaresdesses novos blindados e foi a responsável porcriar estágios versando sobre as atividades demanutenção desses equipamentos,além de incluir nos currículos doscursos sob sua responsabilidadeos assuntos inerentes a taissistemas de armas.

A modernização da Es-cola fez-se necessária paraacompanhar as novas tecno-logias embarcadas nessesmodernos materiais, preparando,além de seus instrutores emonitores, instalações adequadas àcondução do processo ensino-aprendizagem.Destacam-se a Sala de Optrônicos, a Sala "Limpa"(ótica) e o Laboratório de Eletrônica.

Em 2009, ano do cinquentenário de criação do Quadrode Material Bélico, a EsMB recebeu os dois primeirosexemplares das Viaturas Blindadas de Combate Leopard 1A5, adquiridas junto ao Exército Alemão, para utilizaçãocomo meio auxiliar de instrução. Dessa forma, a Escolacontinua mantendo sua destinação em capacitar recursos

humanos para a manutenção das mais modernas viaturasblindadas do Exército Brasileiro.

EsMB em consEsMB em consEsMB em consEsMB em consEsMB em constttttantantantantanteeeeeeeeeevvvvvoluçãooluçãooluçãooluçãoolução

A EsMB, desde a sua criação, vem seaprimorando, transformando o embrião da

motomecanização no Exército em umarealidade madura, em constanteevolução. Escola que sempre foireconhecida pelo adiantamento de seusmétodos de ensino e respeitada pelosaber do seu corpo docente. Escola

que, por meio de mais de 30 cursos eestágios gerais, atende cerca de mil

discentes por ano. Forma, especializa eaperfeiçoa sargentos. Especializa

oficiais. Propõe doutrina relativa aoemprego do pequeno escalão dasunidades logísticas, àstécnicas de manutenção eao gerenciamento dalogística do materialde empregomilitar.

A viatura blindada Renault FT-17 foi o primeiro carrode combate do Exército Brasileiro. Em 1921, sob influênciado então Capitão José PJosé PJosé PJosé PJosé Pessoa Cavalcanti Albuqueressoa Cavalcanti Albuqueressoa Cavalcanti Albuqueressoa Cavalcanti Albuqueressoa Cavalcanti Albuquerququququque, oBrasil importou da França 12 unidades. Esses veículosformaram a Companhia de Carros de Assalto, tornando oPaís pioneiro da arma blindada na América do Sul.

No ano de 2008, a EsMB recolheu às suas oficinas oRenault FT-17 que integrou sua Subunidade Escola

Motomecanizada e iniciou um audacioso projeto derestauração. Esse processo multidisciplinar está sendoexecutado por especialistas da Escola, tanto na área demotomecanização como de metalurgia. Após totalmentedesmontado, foi realizada uma manutenção profundade todos os sistemas operacionais da viatura (motor,transmissão, comandos, freios, direção e suspensão),além do sistema de proteção (blindagem). Em 2009, estásendo feita a remontagem do carro, que será identificadocom o símbolo da Companhia de Carros de Assalto epintado em marrom, sua cor original.

Dos cerca de 4.000 carros fabricados pela empresafrancesa, acredita-se que, nos dias atuais, somente oexemplar existente na Escola de Material Bélico apresenta--se em condições de uso, dentre todos os demaispertencentes aos exércitos das mais de 20 nações que outilizaram, o que eleva ainda mais o valor deste raropatrimônio histórico.(

Renault FT-17PrPrPrPrPrimeirimeirimeirimeirimeiro blindadoo blindadoo blindadoo blindadoo blindadodo Exdo Exdo Exdo Exdo Exérérérérércitcitcitcitcito Bro Bro Bro Bro Brasileirasileirasileirasileirasileirooooo

Renault FTRenault FTRenault FTRenault FTRenault FT-17 em desfile na EsMB-17 em desfile na EsMB-17 em desfile na EsMB-17 em desfile na EsMB-17 em desfile na EsMB

ST PST PST PST PST Pedredredredredroooooem trabalhoem trabalhoem trabalhoem trabalhoem trabalhode restauraçãode restauraçãode restauraçãode restauraçãode restauração

32 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

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21º Grupo de Artilharia de Campanha (21ºGAC) está situado num dos mais belos locaisda cidade de Niterói-RJ. Instalado em uma área

de mais de dois milhões de metros quadrados de MataAtlântica nativa, o Grupo possui duas praias paradisíacas,Imbuhy e Barão do Rio Branco, localizadas nos 6 km delitoral de uma vista sem igual da cidade do Rio de Janeiro.

A Organização Militar possui dois hotéis de trânsitolocalizados nas areias da Praia do Imbuhy e com vistafrontal do Pão de Açúcar. Um dos hotéis é destinado aoficiais e possui treze suítes, sendo duas para oficiaisgenerais. O outro é reservado a ST/Sgt e dispõe deonze unidades habitacionais. As suítes de ambos oshotéis possuem capacidade para até quatro pessoas,sendo uma delas totalmente adaptada a portadores denecessidades especiais. Todas as acomodações possuemfrigobar, TV a cabo, ar condicionado, armários e mesapara refeições rápidas. Os hotéis também dispõem de:rede interna de internet sem fio; sauna; uma sala deestar com TV, vídeo e computador; um bar temático

Turismo Verde-Olivaé no 21º GAC

OOOOO para encontro com os amigos e um restaurante quefunciona durante o dia para o café da manhã e almoço.À noite podem ser servidos lanches. Além disso,estão disponíveis áreas reservadas para churrascoe lazer das crianças.

Anexo aos hotéis de trânsito, há um Centro deConvenções com capacidade para até 150 pessoasonde é possível a realização de festas, simpósios,jantares, almoços, palestras e eventos em geral. O localpossui sistema de ar-condicionado, banheiros e outrassalas internas, com diversas finalidades, além decozinha e estacionamento.

Dentro da área do aquartelamento do 21º GAC ena área contígua, pertencente ao Comando da ArtilhariaDivisionária da 1ª Divisão de Exército, está situado oComplexo dos Fortes, um dos mais importantes evisitados pontos turísticos de Niterói. Os Fortes estão auma distância máxima de cinco quilômetros dos hotéisde trânsito e, além da beleza e localizações privilegiadas,possuem uma rica história, como descritas a seguir.

FFFFForororororttttte São Le São Le São Le São Le São LuizuizuizuizuizData de 1567, com o estabelecimento, no local, de

um posto de observação e vigilância da Bateria NossaSenhora da Guia. A sua efetiva construção deu-se entre1769 e 1770, no governo do Marquês do Lavradio, econcluída em 1775. O Forte São Luiz foi autônomo até1811, quando seu Comando foi extinto e sua guarniçãoincorporada à da Fortaleza de Santa Cruz. Com aindependência, alguns reparos foram executados no Forte,permanecendo, no entanto, as instalações intocadas até1831. O Forte foi reativado em 1863 em decorrência da"Questão Christie".

FFFFForororororttttte Imbuhe Imbuhe Imbuhe Imbuhe ImbuhyyyyySua construção iniciou-se em 1863, e tinha por função

ligar-se com o Forte Barão do Rio Branco, o qual, por suavez, cruzava fogos com a Fortaleza de Santa Cruz. Em 1871,as verbas destinadas à sua construção foram remanejadas paraoutros fortes, prosseguindo, no entanto, as obras até 1877,quando foram totalmente paralisadas. O forte permaneceuabandonado até que, em 1894, os planos de construção foramreativados, decidindo-se, então, dotá-lo de uma cúpulaencouraçada, armada com canhões de 280 mm e 75 mm, deorigem alemã. Em 1901, o Forte Imbuhy foi inaugurado econsiderado um forte de primeira classe por possuir os maiorescanhões de cúpula do mundo na época.

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34 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

FFFFForororororttttte do Picoe do Picoe do Picoe do Picoe do PicoTeve a sua construção iniciada em 1913,

atendendo aos imperativos de mudança detática da época, e por determinação doMarechal Hermes da Fonseca. Sua finalidadeera proteger a entrada de toda a Baía deGuanabara e a Fortaleza de Santa Cruz depossíveis ataques. O Forte foi construídoencravado na rocha, sendo feitas escavaçõesna pedra viva para as galerias de tiro ca-samatadas. Os quatro canhões, de 280 mm,Krupp, eram capazes de lançar granadasde 345 kg a uma distância de 12 km eestão até hoje assentados no rochedo,assim como a cúpula do telêmetro e a câmarade tiro, onde eram calculadas as trajetóriasdos projéteis.

FFFFForororororttttte Barão do Rio Bre Barão do Rio Bre Barão do Rio Bre Barão do Rio Bre Barão do Rio BrancoancoancoancoancoErguido em 1695, teve sua origem na

antiga Bateria da Praia de Fora, com afinalidade de guarnecer a referida praia,ponto de desembarque vulnerável. Em1730, passou a ser denominada Bateria daPraia da Vargem, sendo equipada com 24peças de artilharia. Somente em 1938recebeu a denominação de Forte Barão doRio Branco, homenagem ao diplomata JoséMaria da Silva Paranhos Junior.

FFFFFororororortttttaleza de Santaleza de Santaleza de Santaleza de Santaleza de Santa Cra Cra Cra Cra Cruz da Baruz da Baruz da Baruz da Baruz da BarrrrrraaaaaSuas primeiras instalações remontam ao ano de 1555, com a instalação,

por Nicolau Durand Villegaignon, de dois canhões em uma fortificaçãorudimentar, a qual tinha como objetivo prover segurança contra invasores eassegurar melhores condições para o estabelecimento da França Antártica.Após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, em 1567, e durante operíodo em que o Brasil foi colônia de Portugal, recebeu as denominações deBateria de Nossa Senhora da Guia e Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Tombadapelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional, a Fortaleza é considerada umdos mais valiosos exemplares da arquitetura colonial militar luso-brasileira.

Cidade de NitCidade de NitCidade de NitCidade de NitCidade de NiterererereróióióióióiA cidade de Niterói possui ainda vários pontos turísticos, cuja visitação

tem aumentado muito nos últimos anos, dentre os quais se destacam:PPPPParararararqqqqque da Cidadeue da Cidadeue da Cidadeue da Cidadeue da Cidade

Reserva biológica e florestal do Município, ocupa uma área de cercade 15 hectares. No local existe uma fonte natural e algumas ruínas de umposto de atalaia português do século XVI. A mata do parque é formadapredominantemente de eucaliptos e alguns exemplares remanescentes daMata Atlântica. Possui um mirante, com visão panorâmica da Baía deGuanabara, e duas rampas para prática de voo livre. Localiza-se a cincokm dos hotéis de trânsito,

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Museu de ArMuseu de ArMuseu de ArMuseu de ArMuseu de Arttttte Modere Modere Modere Modere Modernananananae Conte Conte Conte Conte Contemememememporporporporporânea (MAânea (MAânea (MAânea (MAânea (MAC)C)C)C)C)

Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no ano de 1991 e concluídoem 1996, foi construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiadoque se debruça sobre as águas da Baía de Guanabara e leva o olhar dovisitante até o Corcovado e o Pão de Açúcar. O Museu conta com acoleção de João Satamini, uma das mais importantes do País, com umaamostragem significativa de tudo que vem atualizando a nossa arte, desdeos anos 50. Encontra-se a 10 km dos hotéis de trânsito.

TTTTTeatreatreatreatreatro Municipal João Caeo Municipal João Caeo Municipal João Caeo Municipal João Caeo Municipal João CaetttttanoanoanoanoanoA história do Teatro Municipal João Caetano confunde-se com a

própria história do teatro brasileiro. As primeiras referências ao espaçosão de 1827, quando se instalou a primeira casa de espetáculos da vila.Em 1833 se apresentou ali a Companhia Dramática Nacional formadapor João Caetano. Com capacidade para 400 pessoas, o Teatro Municipalde Niterói é palco de estreias nacionais no teatro, na música e na dança.Está localizado a nove quilômetros dos hotéis de trânsito.

IgIgIgIgIgrrrrreja de Sãoeja de Sãoeja de Sãoeja de Sãoeja de SãoLourLourLourLourLourenço dos Índiosenço dos Índiosenço dos Índiosenço dos Índiosenço dos Índios

A Capela de São Lourenço dos Índiosregistrou seu primeiro batismo em 1769,e foi construída uma nova capela maissólida, de pedra e cal, substituindo aanterior, feita com paredes de taipa ecoberta de palha como as ocas dos índios.Media 90 palmos de comprimento por 30palmos de largura. Em seu adro, outroracemitério dos índios, representou-se, em1686, o "Auto de São Lourenço", de Joséde Anchieta, ensaiado pelo Padre Manuelde Couto. Foi, sem dúvida, a primeiramanifestação teatral registrada no Brasil.Pairando sobre todas as controvérsias, aIgreja de São Lourenço dos Índios é a maisantiga igreja da Cidade de Niterói. Situa-se a 12 km dos hotéis de trânsito. (

O "turista verde-oliva" serásempre muito bem-vindo ao 21º GACe à cidade de Niterói, onde teráa oportunidade de aproveitar mo-mentos inesquecíveis de lazer e dedescanso, desfrutando de paisagensbelíssimas, somado a um inevitávelenriquecimento cultural e histórico.

Os contatos para reservas noshotéis de trânsito do 21º GAC são:

(021) 2618-2630(021) 2618-2630(021) 2618-2630(021) 2618-2630(021) 2618-2630 2618-2632 2618-2632 2618-2632 2618-2632 2618-2632 2618-2633 2618-2633 2618-2633 2618-2633 2618-2633

E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

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erca de cem anos atrás, a Nação Brasileiraenfrentava três imensos desafios que colocavam àprova nossos militares, diplomatas e negociadores:(1) abordar as transformações decorrentes da

estrutura mundial de poder que afetava o Brasil; (2) inseriro nosso País em um sistema influenciado por umainternacionalização acelerada; e (3) equacionar inúmerasquestões fronteiriças pendentes e potencialmenteexplosivas.

Os dois primeiros desafios agora seapresentam de formas diferentes. Aatualidade impõe o fator "conhecimento",elemento decisivo, dependente dos níveisde educação de um povo, que sustentaas bases de poder associadas ao know--how e à tecnologia. O terceiro desafio,relacionado às questões de fronteiras,ressurge depois de cem anos de pacíficanormalidade como uma sombra projetadapara o futuro, especialmente naAmazônia. Isso ocorre em função da assinatura daDeclaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, dotratamento dado pelo governo às reservas, ao destino dasterras ocupadas de forma ilegal, ao desmatamento, àbiodiversidade e às políticas de controle sobre todos essesaspectos naquela região. A Amazônia Azul, com o petróleoe as riquezas da plataforma continental, representa, noAtlântico Sul, outra área sob ameaça.

O papel do Estado e, notadamente, das Forças Armadasé crucial na superação de todos esses desafios, comoguardiões da integridade nacional.

DiscurDiscurDiscurDiscurDiscurso na sede do Clube Nso na sede do Clube Nso na sede do Clube Nso na sede do Clube Nso na sede do Clube NaaaaavvvvvalalalalalNo dia 1º de dezembro de 1902, dia em que chegou

da Europa para assumir a pasta de Relações Exteriores dogoverno brasileiro, o Barão do Rio Branco pronunciou umdiscurso em que destacava que toda sua força, energia eatividades, desenvolvidas em suas missões diplomáticas,resultaram não só da convicção do nosso bom direito, masprincipalmente da circunstância de se sentir apoiado pelopovo brasileiro. Literalmente considerava-se um soldado:

20092009200920092009Cem anosCem anosCem anosCem anosCem anos

de consolidaçãode consolidaçãode consolidaçãode consolidaçãode consolidaçãodas frdas frdas frdas frdas fronteirasonteirasonteirasonteirasonteiras

brasileirasbrasileirasbrasileirasbrasileirasbrasileiras

CCCCC

Barão do Rio Branco: Soldado,Diplomata e Negociador

A diplomacia era o seu território. A negociação, sua armapreferida. Valorizava as concessões nas transações amigáveise as compensações aconselhadas por interesses recíprocos.Destacava a verdadeira cortesia entre pares, que, longe dediminuir a dignidade nacional, a valoriza, pois, nos encontrosdiplomáticos, não há vencedores nem vencidos.

Rio Branco tinha uma opinião clara sobre a importânciada defesa de espaços favorecedores do diálogo aberto para

a exposição simples e clara das questõespráticas e de conveniência geral.

DiscurDiscurDiscurDiscurDiscurso da sessãoso da sessãoso da sessãoso da sessãoso da sessãoinaugurinaugurinaugurinaugurinaugural da Confal da Confal da Confal da Confal da ConferererererênciaênciaênciaênciaênciaPPPPPan-an-an-an-an-AmerAmerAmerAmerAmericanaicanaicanaicanaicana

No dia 23 de julho de 1906, no Riode Janeiro, sede da Conferência, Rio Brancopronunciou um discurso em que destacavaa comunicação aberta e a prevalência dajustiça e da generosidade sobre a imposição

imperial da lei do mais forte."Noutros tempos reuniam-se os chamados Congressos

de Paz para assentar as consequências das guerras, e osvencedores ditavam a lei aos vencidos, em nome da futuraamizade baseada no respeito ao mais forte. Os Congressosde hoje são quase sempre convocados em plena paz e,sem constrangimento algum, por bem entendidaprovidência, para regulamentar a atividade pacífica dasnações, e neles se atende por igual ao direito do mais fracocomo ao do mais poderoso."

Apesar disso, Rio Branco tinha a convicção de que evitarconflitos não dependia somente da vontade de uma nação.Mesmo estados neutros cuidam de sua defesa militar. OBrasil, com a extensão de seu litoral e de seu territóriointerior, tem o dever de reunir os elementos de defesanacional de que precisa. "Temos que prover pela nossasegurança, de velar pela nossa dignidade e pela garantiados nossos direitos que às vezes só a força pode dar."

DiscurDiscurDiscurDiscurDiscurso por ocasiãoso por ocasiãoso por ocasiãoso por ocasiãoso por ocasiãode homenagde homenagde homenagde homenagde homenagem rem rem rem rem recebidaecebidaecebidaecebidaecebidapelo Expelo Expelo Expelo Expelo Exérérérérércitcitcitcitcito No No No No Nacionalacionalacionalacionalacional

No dia 10 de novembro de 1906, no Rio de Janeiro,no campo de manobras de Santa Cruz, o Barão do RioBranco pronunciou um discurso no qual agradeciamanifestações em sua homenagem.

O Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao abordar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e demilitarmilitarmilitarmilitarmilitar, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por, por, por, por, por

meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.

"Obedeci ao seu (Presidente Rodrigues Alves) apelo como o"Obedeci ao seu (Presidente Rodrigues Alves) apelo como o"Obedeci ao seu (Presidente Rodrigues Alves) apelo como o"Obedeci ao seu (Presidente Rodrigues Alves) apelo como o"Obedeci ao seu (Presidente Rodrigues Alves) apelo como osoldado a quem o chefe mostra o caminho do deversoldado a quem o chefe mostra o caminho do deversoldado a quem o chefe mostra o caminho do deversoldado a quem o chefe mostra o caminho do deversoldado a quem o chefe mostra o caminho do dever. Não venho. Não venho. Não venho. Não venho. Não venhoserserserserservir a um partido político: venho servir a um partido político: venho servir a um partido político: venho servir a um partido político: venho servir a um partido político: venho servir ao nosso Brasil, quevir ao nosso Brasil, quevir ao nosso Brasil, quevir ao nosso Brasil, quevir ao nosso Brasil, que

todos desejamos ver unido, íntegrtodos desejamos ver unido, íntegrtodos desejamos ver unido, íntegrtodos desejamos ver unido, íntegrtodos desejamos ver unido, íntegro, forte e respeitado."o, forte e respeitado."o, forte e respeitado."o, forte e respeitado."o, forte e respeitado."

""Sois soldados de um país que, logo ao assentar as bases da""Sois soldados de um país que, logo ao assentar as bases da""Sois soldados de um país que, logo ao assentar as bases da""Sois soldados de um país que, logo ao assentar as bases da""Sois soldados de um país que, logo ao assentar as bases dasua política esua política esua política esua política esua política exteriorxteriorxteriorxteriorxterior, mostr, mostr, mostr, mostr, mostrou invariavelmente não sonhar comou invariavelmente não sonhar comou invariavelmente não sonhar comou invariavelmente não sonhar comou invariavelmente não sonhar com

hegemonias ou com conquistas terhegemonias ou com conquistas terhegemonias ou com conquistas terhegemonias ou com conquistas terhegemonias ou com conquistas territoriais."ritoriais."ritoriais."ritoriais."ritoriais."

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para assegurar, tantoquanto hoje, tranqui-lidade e segurança aoBrasil; assim como anecessidade de prevenirpara que ninguém ouseperturbar os esforçosnacionais para apromoção do desenvol-vimento pacífico.

30 de outubr30 de outubr30 de outubr30 de outubr30 de outubrooooode 1de 1de 1de 1de 1909 - há909 - há909 - há909 - há909 - hácem anoscem anoscem anoscem anoscem anos

Ao restituir de formaunilateral o direito doUruguai à livre nave-gação na Lagoa Mirim,mantido relutantementepelo Brasil por váriosanos, o Barão encerra um ciclo em que sempre associouao significado de soberania o sentido de justiça. Com essaação concreta, Rio Branco proporcionou um ensinamentoprático fundamental a todos os soldados e diplomatas, comonegociadores: que é possível viabilizar uma estratégia deganho mútuo apenas e tão somente quando o grande e,por conseguinte, quase sempre poderoso, abre mão deseu poder, muitas vezes utilizado de forma imperialista epredatória, e permite que o pequeno também possa ganhar,especialmente quando tem, por justiça, algum direito.

Rio Branco sempre destacava que, com base nafidelidade ao seu lema "Ubique Patriae Memor" (Em todolugar lembrar-se da Pátria), a soberania nacionaldeveria estar acima de tudo sem desrespeitar a soberaniados outros.

Um expõe as razões e argumenta em defesa dos direitosnacionais, o outro bate-se para fazer valer o direito e asoberania agredidos.

Atualmente, militares, diplomatas e negociadores -líderes - deveriam buscar inspiração nos valores e no exemplodo Barão do Rio Branco. Os três desafios aí estão: (1)abordar as transformações decorrentes da estrutura mundialde poder que afeta o Brasil, cada vez mais baseada no fator"conhecimento"; (2) inserir o País num sistema influenciadopor uma globalização irreversível; e (3) equacionar questõesfronteiriças, agora com outras características, potencialmenteexplosivas.(

"Quando éramos, incontestavelmente, a primeirapotência militar da América do Sul, em terra e em mar,nunca a nossa superioridade de força foi um perigo paraos nossos vizinhos, nunca empreendemos guerras deconquista, e menos poderíamos pensar nisso agora que anossa Constituição política as proíbe expressamente."

O Brasil Republicano sempre resolveu por meio detransações amigáveis as questões de limites. Nos últimos120 anos, diferentemente de outros países com fronteirasmenores do que as nossas, não ocorreram conflitos. OBarão do Rio Branco foi um dos principais artífices dessaproeza geopolítica. Entretanto, destacava que "o nosso amorda paz não é motivo para que permaneçamos no estado defraqueza militar..."

DiscurDiscurDiscurDiscurDiscurso no qso no qso no qso no qso no quaruaruaruaruartttttel doel doel doel doel do3º R3º R3º R3º R3º Regimentegimentegimentegimentegimento da Cao da Cao da Cao da Cao da Cavvvvvalaralaralaralaralariaiaiaiaia

No dia 9 de outubro de 1909, um almoço foi oferecidopelos militares do 3º Regimento de Cavalaria ao Barão.No discurso que proferiu, reconhecia a simpatia com quelhe favoreciam os militares e destacava que sua recíprocasimpatia, seu verdadeiro afeto por eles era muito antigo.

"Desde os bancos do antigo Colégio Pedro II quecomecei a interessar-me pelas nossas glórias militares,conquistadas na defesa dos direitos e da honra da antigamãe pátria e suas possessões nesta parte do mundo e,depois, na defesa da dignidade e dos direitos do Brasil nasua vida independente." Os trabalhos que publicou no seutempo de estudante de Direito foram todos com a finalidadede esclarecer episódios desconhecidos ou mal conhecidosdo nosso passado militar. E assim continuou como deputadoe jornalista, ocupando-se mais de pesquisas e trabalhoshistóricos que da política interna, pela qual nunca sentiugrande atração.

Rio Branco conheceu muitos dos nossos generais maisilustres: Caxias, Porto Alegre, Osorio, Barroso, Inhaúma, eoutros, e de todos guardou apontamentos preciosos e provasescritas da sua estima. Os sentimentos positivos em relaçãoao Exército e à Marinha fortaleciam-se em função da relevanteposição ocupada pelo Brasil na América do Sul.

"Para que algum ou alguns dos nossos vizinhos se nãoanime a dirigir-nos afrontas, a ferir os nossos brios e osnossos direitos, é preciso que estejamos preparados paraa imediata e eficaz repulsa, e para isso é preciso queestejamos aparelhados com todos os elementos necessáriosà defesa nacional, não só material, mas com toda a forçaperfeitamente instruída e exercitada, contando com reservasnumerosas que possam de pronto acudir às fileirasreforçando os efetivos de paz... em pontos ameaçados nasnossas fronteiras ou no nosso vastíssimo litoral."

Já na época, Rio Branco alertava para a obra deorganização da defesa nacional, por tantos anos descuidada.Destacava a necessidade de agir com rapidez e energia

EUGENIO DO CARVALHALMsC. Professor de Negociação da FGV – Management

Professor da ECEME – CPAExDiretor da VISION – Desenvolvimento de Pessoas

[email protected]

O Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao aborO Barão do Rio Branco, ao abordar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e dedar os papéis de diplomata e demilitarmilitarmilitarmilitarmilitar, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por afinidade, alinhados com o papel de negociador, por, por, por, por, por

meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.meio de seus discursos, não poderia ter sido mais atual.

E nessa missão "diplomata e soldado são sócios, sãoE nessa missão "diplomata e soldado são sócios, sãoE nessa missão "diplomata e soldado são sócios, sãoE nessa missão "diplomata e soldado são sócios, sãoE nessa missão "diplomata e soldado são sócios, sãocolaboradores que se prestam mútuo auxílio."colaboradores que se prestam mútuo auxílio."colaboradores que se prestam mútuo auxílio."colaboradores que se prestam mútuo auxílio."colaboradores que se prestam mútuo auxílio."

Barão do Rio Branco: Soldado,

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38 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

m dezembro de 2008, foi assinada pelo Presidenteda República a Estratégia Nacional de Defesa (END),evento que se revestiu de características marcantes.

Primeiro, por refletir o inédito engajamento de civis,principalmente da área política, no sentido de dotar o Brasilde uma estrutura de defesa compatível com sua dimensãoe importância no mundo atual. Segundo, porque expressaa compreensão de que o sistema de defesa contribuisignificativa e decisivamente para a evolução econômica,social e política, e para o desenvolvimento científico etecnológico do País.

Dentre os dispositivos da END, o de maior significadopara as Forças Armadas foi o que lhes atribuiu a missão de,em um prazo de seis meses, apresentar planos deEquipamento e de Articulação, desdobrados em horizontesde curto, médio e longo prazos, respectivamente 2014,2022 e 2030.

Em consequência, o Comandante do Exército destinouao Estado-Maior do Exército (EME) amissão de coordenar esse planejamento,intitulado Estratégia Braço Forte.

Em diretrizes específicas, oComandante definiu que as ações seriambalizadas por três "Eixos Estruturantes",previstos na END: reorganização dasForças Armadas; reestruturação daIndústria Nacional de Material deDefesa; e ampliação e valorização doServiço Militar Obrigatório.

Na END, foi também enfatizado otrinômio monitoramento/controle,mobilidade e presença, comocapacidades a serem desenvolvidas pelaForça Terrestre.

O Chefe do EME, de imediato, criou diversos Gruposde Planejamento, integrados por Oficiais-Generais dopróprio EME, dos Órgãos de Direção Setorial e dosComandos Militares de Área, além de assessores técnicosde todos os setores de atividades do Exército, que deramcurso aos trabalhos necessários.

A Concepção Estratégica para a evolução da Instituiçãobaseou-se em dois pressupostos: o primeiro, no sentidode assegurar a manutenção do equilíbrio estratégico e opoder de dissuasão, no entorno regional, e, o segundo,com o foco, durante a fase do preparo, no desenvolvimento

EEEEE

EstratégiaBraço Forte

de capacidades, inclusive aquelas que venham a servir desuporte ao crescente protagonismo internacional do País,conforme indicam os cenários prospectivos.

É importante ressaltar, também, que o planejamentobuscou estruturar as ações, segundo dois importantesparâmetros, quais sejam o da adoção de critérios deprogressividade e modularidade, de maneira a assegurar aconclusão de todos os projetos, e o de não engessar asações previstas para os médio e longo prazos. Serão,portanto, apresentadas alternativas a serem,oportunamente, selecionadas pelos decisores, em funçãoda situação econômica, da conjuntura estratégica e davontade política, à época.

A estrutura geral do planejamento, conforme demonstrao quadro abaixo, abrange dois grandes Planos - Articulaçãoe Equipamento - desdobrados em quatro principaisProgramas e estes, por sua vez, englobam 824 Projetos,que integram 129 Ações Estratégicas.

Plano de ArPlano de ArPlano de ArPlano de ArPlano de ArticulaçãoticulaçãoticulaçãoticulaçãoticulaçãoO Plano de Articulação trata da distribuição espacial

do Exército. Foi elaborado com o intuito de atender aospressupostos da Estratégia da Presença, considerando osvínculos históricos, sociais, econômicos e a identificaçãocom a sociedade, além da preservação do caráter nacionaldo Exército.

Tal plano inclui um programa para a Amazônia -Programa Amazônia Protegida (PAP) - e um programa quecontempla os demais Comandos Militares de Área,denominado Sentinela da Pátria.

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PrPrPrPrProgogogogogrrrrrama Amazônia Prama Amazônia Prama Amazônia Prama Amazônia Prama Amazônia Proooootttttegidaegidaegidaegidaegida

O PAP contém dois principais conjuntos de ações, tendocomo escopo o fortalecimento das ações do Exército naregião, incrementando a já tradicional Estratégia daPresença. É importante salientar que, para o cabal

atendimento aos seus objetivos, o PAP pressupõe a intensaparticipação de órgãos governamentais de todas as áreas.

O primeiro deles refere-se à implantação de 28 novosPelotões Especiais de Fronteira (PEF), em uma novaconcepção, segundo a qual os pelotões constituir-se-ão,cada um, em uma célula de vigilância, paralelamente àadequação da infraestrutura e à modernização operacionaldos 21 PEF já existentes. Inclui, ainda, a condução deprojetos transversais que, em sua vertente tecnológica,visam ao desenvolvimento de equipamentos de empregomilitar, no País, voltados basicamente para o comando econtrole, a vigilância e o monitoramento, inclusiveeletrônico, na área de fronteira.

O segundo conjunto de ações visa a reorganizar, reforçare completar a estrutura operacional e logística do ComandoMilitar da Amazônia, com elevado índice de prontidãooperacional, pelo incremento da capacidade de reação àsameaças detectadas pelos Pelotões de Fronteira, por meiodo Sistema Integrado de Monitoramento. Nesse sentido,as ações mais importantes dizem respeito aoaumento da mobilidade, com a implantação denovas Unidades de aviação e de embarcações, eda criação de três novas Brigadas de Infantaria deSelva, em Manaus, Belém e Rio Branco.

Paralelamente, um outro conjunto de açõesconforma um projeto fortemente calcado emciência e tecnologia.

Trata-se do Sistema Integrado deMonitoramento de Fronteiras, com o qual oExército pretende aumentar a capacidade demonitoramento dos cerca de quatorze milquilômetros de fronteira na Amazônia e no Centro-Oeste. Serão utilizados meios eletrônicos e radares,como o SABER M 60, interligados a sistemasmilitares e civis a exemplo do Sistema de Controle

do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), do Sistema deDefesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA) e do Sistema

de Proteção da Amazônia (SIPAM).

RADRADRADRADRADAR SABER M60AR SABER M60AR SABER M60AR SABER M60AR SABER M60

Boa Vista

Macapá

BelémManaus

Rio BrancoPorto Velho

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40 CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO

PrPrPrPrProgogogogogrrrrrama Sentinela da Pama Sentinela da Pama Sentinela da Pama Sentinela da Pama Sentinela da Pátrátrátrátrátriaiaiaiaia

O Programa Sentinela da Pátria é composto de projetosdestinados à reorganização, à adequação e, principalmente,ao completamento da estrutura operacional e logística dosComandos Militares de Área. Inclui, basicamente, açõesrelativas à transferência, transformação e implantação deUnidades, a exemplo da transferência da Brigada deInfantaria Paraquedista do Rio de Janeiro para Anápolis,conjugada a idêntico movimento das Unidades de transporteda Força Aérea.

Plano de EqPlano de EqPlano de EqPlano de EqPlano de EquipamentuipamentuipamentuipamentuipamentoooooO Plano de Equipamento será desenvolvido segundo

duas vertentes principais. Com a primeira - ProgramaMobilidade Estratégica -, pretende-se obter ocompletamento das dotações dos equipamentos esuprimentos essenciais ao funcionamento das OrganizaçõesMilitares (OM) operacionais, enquanto que a segunda -Combatente Brasileiro do Futuro (COBRA) - visa aopressuposto de reestruturação da Indústria Nacional deMaterial de Defesa, enfocando o desenvolvimento e aaquisição de produtos, garantindo assim a desejávelautossuficiência.

PrPrPrPrProgogogogogrrrrrama Mobilidade Esama Mobilidade Esama Mobilidade Esama Mobilidade Esama Mobilidade Estrtrtrtrtratatatatatégicaégicaégicaégicaégica

O Programa Mobilidade Estratégica tem por objetivodotar o Exército com equipamentos, armamentos, meios detransporte e suprimentos, todos atualizadostecnologicamente, em quantidades que proporcionem à ForçaTerrestre um adequado poder de dissuasão, evidenciado porcaracterísticas de eficiência operacional, mobilidade,flexibilidade, modularidade e interoperabilidade.

O completamento das quantidades mínimas essenciaisde equipamentos e suprimentos previstos nas atuais tabelasde dotação caracteriza-se como imprescindível e constitui-

se na prioridade mais elevada e mais imediata a ser atendidaaté 2014, por meio do macroprojeto NecessidadeEmergencial - 2014.

O caráter de emergência decorre do acentuado índicede indisponibilidade de equipamentos diversos e do elevadograu de sucateamento que atinge todo o Exército.

Adicionalmente, prevê-se, para 2014, a atuação doExército em situações de acentuada visibilidade, em funçãoda ocorrência de grandes eventos relacionados à Copa doMundo e às Olimpíadas de 2016. A magnitude desseseventos e o grau de exposição em âmbito mundial, diantedas responsabilidades em eventuais ações de apoio àorganização e à segurança, a exemplo do que se verificoupor ocasião dos Jogos Pan-Americanos, exigirão aexteriorização de uma imagem de eficiência e modernidade.

PrPrPrPrProgogogogogrrrrrama Combatama Combatama Combatama Combatama Combatententententente Bre Bre Bre Bre Brasileirasileirasileirasileirasileirooooo

O Programa Combatente Brasileiro compreende osprojetos dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento demateriais de emprego militar (MEM).

Será constituído, essencialmente, por ações estratégicasvoltadas à obtenção de produtos de defesa nacionais, comelevado valor tecnológico. Em termos de prazos, até 2014,prevalecerão as ações de desenvolvimento científico etecnológico dos diversos sistemas, para que, nos médio elongo prazos, implemente-se um programa de aquisiçõesque sirva de suporte seguro para o desenvolvimento e aconsolidação da indústria nacional de defesa.

Especial atenção será dada à modernização dosequipamentos das escolas militares, por sua capacidademultiplicadora. De igual maneira, os campos de instruçãoserão dotados, no que couber, de carros de combate,equipagens de pontes, armamentos coletivos, material deestacionamento etc., com o intuito de otimizar o empregode MEM, diante do adestramento das OM correspondentes.

FFFFFamília de Blindados de Ramília de Blindados de Ramília de Blindados de Ramília de Blindados de Ramília de Blindados de RodasodasodasodasodasOs projetos principais do Programa Combatente

Brasileiro referem-se aos meios de mobilidade, comdestaque para a família de blindados de rodas.

O programa inclui também variada gama de projetos,muitos deles conduzidos por meio de parcerias com aindústria nacional, tais como radares de vigilância aérea eterrestre; armas anticarro; sistemas táticos de comando econtrole e guerra eletrônica; equipamentos de visãonoturna; sistemas de mísseis antiaéreos; morteiros leves,médios e pesados, e respectivas munições, inclusive compropulsão adicional; e veículos aéreos não tripulados(VANT).

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PrPrPrPrProjeojeojeojeojetttttos Tos Tos Tos Tos TrrrrransvansvansvansvansvererererersaissaissaissaissaisComplementarmente, abrangendo ações que permeiam

tanto o Plano de Articulação quanto o de Equipamento,destacam-se outros quatro macroprojetos. Um voltado parao SerSerSerSerServiço Militarviço Militarviço Militarviço Militarviço Militar que buscará atender aos pressupostos daEND, no sentido do incremento da identificação da Naçãocom o seu Exército e deste com a Nação; um de Ciência eCiência eCiência eCiência eCiência eTTTTTecnologiaecnologiaecnologiaecnologiaecnologia, abrangendo ações de adequação emodernização do Departamento de Ciência e Tecnologia(DCT) e da própria Indústria de Material Bélico (IMBEL),além do desenvolvimento de iniciativas previstas noPrograma Combatente Brasileiro; outro de Bem-Estar daBem-Estar daBem-Estar daBem-Estar daBem-Estar daFFFFFamília Militaramília Militaramília Militaramília Militaramília Militar, que, por sua vez, privilegiará a construçãode próprios nacionais residenciais, a melhoria do serviçode assistência à saúde, a construção de áreas de lazer e aampliação do ensino assistencial à família militar; e,finalmente, um de RRRRRacionalização Aacionalização Aacionalização Aacionalização Aacionalização Administrativadministrativadministrativadministrativadministrativa com oobjetivo de otimizar a condução das funções logísticas (emespecial, Manutenção), a modernização da segurança dosaquartelamentos e a desoneração administrativa das OMoperacionais, no intuito de voltá-las, exclusivamente, parao preparo e o emprego doutrinários.

PrPrPrPrPrioriorioriorioridadesidadesidadesidadesidadesOs pressupostos de modularidade e progressividade

aconselham o estabelecimento de prioridades paracompatibilizar as ações de implantação com asdisponibilidades orçamentárias.

Assim, em linhas gerais, nos curto e médio prazosserão priorizadas as ações de equipamento em relaçãoàs de articulação.

PrPrPrPrPrioriorioriorioridades de Eqidades de Eqidades de Eqidades de Eqidades de EquipamentuipamentuipamentuipamentuipamentoooooNo que diz respeito ao Plano de Equipamento, a

prioridade, no curto prazo, recairá sobre oMacroprojeto Necessidade Emergencial - 2014.Concomitantemente, serão iniciados os projetos dedesenvolvimento de novos materiais.

Recompostos os níveis mínimos de material, nomédio prazo, a prioridade voltar-se-á para acontinuidade do ciclo de desenvolvimento de novosmateriais na área de Ciência e Tecnologia, comdestaque para a obtenção de viaturas da Família deBlindados de Rodas e de Sistemas de DefesaAntiaérea. No longo prazo, buscar-se-á a conclusão dosprojetos previstos, até então, em andamento.

PrPrPrPrPrioriorioriorioridades de Esidades de Esidades de Esidades de Esidades de EstrtrtrtrtruturuturuturuturuturaçãoaçãoaçãoaçãoaçãoEm relação à articulação, no curto prazo, receberão

prioridade as ações que permitam concluir os projetos jáem andamento, tais como a implantação da Brigada deOperações Especiais em Goiânia, a transferência da 2ªBrigada de Infantaria de Selva para São Gabriel daCachoeira/AM e a reestruturação das Brigadas Blindadas.

Com a conclusão prevista para o médio prazo, as açõesvisando à transferência da Brigada de InfantariaParaquedista, para Anápolis, exigem providências antesmesmo de 2014. Nesse horizonte, também, será criadauma Brigada de Infantaria de Selva em Manaus e iniciada areorganização das Brigadas Mecanizadas (Infantaria eCavalaria), a partir do recebimento das viaturas da Famíliade Blindados de Rodas.

Ainda, no médio prazo, procurar-se-á completar ossistemas operacionais das Brigadas já existentes, comprioridade para os sistemas de apoio, em relação aos demanobra, pelo efeito multiplicador que exercem sobre opoder de combate. Essas ações serão balizadas pelasmissões previstas para cada Brigada nos planejamentosoperacionais.

Para o longo prazo, foram projetadas duas novasBrigadas de Infantaria de Selva, na Amazônia.

Também a Aviação do Exército e a Artilharia Antiaéreaserão objetos de ações de curto, médio e longo prazos,que culminarão com a criação de novas Brigadas: deAviação, em Manaus, e Antiaérea, em Brasília.

A Amazônia, por sua vez, terá sua prioridade decurto prazo caracterizada pelo Programa AmazôniaProtegida, por meio da implantação de novos PelotõesEspeciais de Fronteira (PEF), além da modernização dosjá existentes.

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoO processo de elaboração da Estratégia Braço Forte,

por si só, trouxe inúmeros ganhos para o Exército.Em primeiro lugar, por ter proporcionado a

oportunidade ímpar de realizar um diagnósticocompleto dos sistemas operacionais da Força Terrestre,além de ensejar a criação de um banco de dados,

para subsidiar futuros planejamentos.Em segundo lugar, por ter mobilizado, direta

ou indiretamente, todos os setores e escalõesdo Exército, em um efeito sinérgico deentusiasmo e grandeza, de quem se sentiaenvolvido na construção do Exército do

Futuro e imbuído do espírito presente nas palavras doSenhor Comandante do Exército em sua diretriz

inicial: "... enfatizo que cada integrante do Exército deveter em mente que os planos que nos cabemdesenvolver e implementar visam acima de tudo à

estrutura do Exército para 2030, ou seja, estaremosconcebendo o Exército do qual fará parte a atual

juventude militar brasileira, e que, com certeza, conterá aForça Terrestre de um Brasil potência." (

VBTPVBTPVBTPVBTPVBTP-MR-MR-MR-MR-MR

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antecipado. O projeto abrange uma área enorme, no entantoa imensidão territorial não é a única dificuldade. Do totalde 1,8 milhão de km2 a ser mapeado, 1.142.000 km2 sãoáreas de floresta tropical densa na região do vaziocartográfico da Amazônia Legal e 658.000 km2 são áreasde não floresta, basicamente campos naturais e áreas jámanejadas pelo homem.

A ocorrência de regiões com vegetações distintasinviabiliza o emprego da mesma solução tecnológica. Osequipamentos empregados no mapeamento de áreas decampos diferem daqueles necessários à realização da mesmaatividade em áreas de floresta. Constata-se, portanto, quepara se obter o relevo no nível do solo não se pode utilizaro mesmo equipamento que indica o relevo no nível dacopa das árvores.

As imagens de satélite, tão difundidas no mundomoderno e acessíveis a qualquer usuário da rede mundialde computadores em sítios como o Google Earth, nãoatendem à necessidade da DSG, pois são obtidas porsensores óticos, incapazes de ultrapassar a camada denuvens sempre presentes na região. Assim, a soluçãotecnológica encontrada foi o uso de Radares de AberturaSintética a partir de aeronaves, a chamada tecnologia SAR(Synthetic-Aperture Radar).

Nas áreas em que o homem já esteve presente ounaquelas de campos, os voos serão realizados pelasaeronaves R99-B da Força Aérea Brasileira (FAB), dotadasde modernos sensores. Na parte de floresta densa, os voos,que tiveram início no ano passado, estão ocorrendo emaeronave da empresa ORBISAT, com sede em São Josédos Campos-SP e detentora de tecnologia de ponta, sejapelos radares por ela desenvolvidos, seja pela capacidadede processar e interpretar os dados gerados, ou pelacapacidade de gerar imagens digitais. Ressalta-se que essatecnologia é restrita a pouquíssimos países do mundo, tendosido considerada, pela possibilidade de aplicação militar,sensível pelos Estados Unidos da América.

Seus radares operam em faixas de frequência (bandas)que permitem ultrapassar a copa das árvores e chegar aonível do solo. Tecnicamente, a empresa ORBISATempregará radares nas bandas "X" e "P" para mapearem1.142.000 km2 de áreas de floresta densa, enquanto aFAB empregará radares nas bandas "L", "C" e "X" paramapearem os 658.000 km2 restantes.

Simultaneamente aos voos das aeronaves, equipes daDSG seguem por terra, muitas vezes por rios, instalando

inda desconhecida por brasileiros e estrangeiros,e fonte constante de mitos, polêmicas e discussões,a região amazônica tem como características a

grande extensão territorial, a dificuldade de deslocamentoterrestre, a ocorrência de densa camada de floresta tropical,a presença constante de nuvens e as condições climáticasadversas.

A Amazônia Legal, parcela brasileira da florestaamazônica, representa aproximadamente 60% do territóriobrasileiro, mais precisamente 5,2 milhões de km2. Dessetotal, cerca de 1,8 milhão de km2 não possui, até hoje,informações cartográficas terrestres adequadas. Essa áreaé conhecida como "vazio cartográfico".

O último levantamento da região ocorreu na década de70 do século passado. O Projeto Radar na Amazônia ouRADAM, como ficou conhecido, utilizava a tecnologiadisponível naquela época, o que permitia apenas omapeamento até a copa das árvores, uma vez que as ondasde radar não transpunham a vegetação densa. O resultado,obviamente, é o total desconhecimento do que há debaixodas árvores, no nível do solo.

A necessidade de reverter esse quadro e contribuir parao desenvolvimento e para a integração dessa região motivoua celebração de um Termo de Cooperação, no ano de 2008,entre o Ministério do Meio Ambiente e o Exército Brasileiro,por intermédio da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG).

O objetivo dessa cooperação é elaborar a basecartográfica digital da Amazônia Legal, ou seja, produzircartas nas escalas 1:100.000 e 1:50.000, e conhecer, comprofundidade, a região do vazio cartográfico. A intenção éconcluir o projeto em sete anos, mas os trabalhos até aquidesenvolvidos indicam que seu término poderá ser

AAAAA

Projeto “Radiografiada Amazônia”

Um dos prismas refletores que foram instalados pela equipe daUm dos prismas refletores que foram instalados pela equipe daUm dos prismas refletores que foram instalados pela equipe daUm dos prismas refletores que foram instalados pela equipe daUm dos prismas refletores que foram instalados pela equipe daDiretoria de SerDiretoria de SerDiretoria de SerDiretoria de SerDiretoria de Serviço Geográfico para o mapeamento da Amazôniaviço Geográfico para o mapeamento da Amazôniaviço Geográfico para o mapeamento da Amazôniaviço Geográfico para o mapeamento da Amazôniaviço Geográfico para o mapeamento da Amazônia

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os refletores em pontos distantes e de coordenadasconhecidas, aferidas com receptores de GPS (GlobalPositioning System) de alta precisão. Esse trabalho exigeenorme coordenação entre as equipes de terra e de ar,comunicações seguras e confiáveis, logística detalhada eprofissionalismo.

Para lançar-se nessa difícil empreitada, a DSG e,particularmente, a 4a Divisão de Levantamento, com sedeem Manaus-AM, precisaram buscar, aperfeiçoar edesenvolver habilitações profissionais e ferramentasnecessárias. Assim, Sistemas de Informações Geográficas,Radares de Abertura Sintética, Tecnologia Laser paraLevantamento, Tecnologia da Informação, Geodésia eLevantamentos por Satélites, Infraestrutura de DadosEspaciais e outras tecnologias foram incorporados ouaprofundados no dia-a-dia de engenheiros cartográficos,topógrafos e demais militares e servidores civis. O ganhopara os quadros atuais da DSG e, por conseguinte, para oExército Brasileiro é mais um estímulo para enfrentartamanho desafio.

Os trabalhos na região amazônica são fortementeinfluenciados pelas enormes distâncias a serem vencidas,pela dificuldade de acesso terrestre a diversos pontos, peladensa camada de floresta, pela navegação fluvial que exigeacurado conhecimento dos rios, normalmente empregandopráticos, e pelas condições climáticas adversas. Essascondicionantes determinam os custos do projeto e o modusoperandi das equipes. Além disso, exigem soluções criativaspara vencer as dificuldades ambientais e logísticas.

O Projeto Radiografia da Amazônia prevê a realizaçãoda cartografia terrestre pelo Exército Brasileiro, da cartografianáutica pela Marinha do Brasil e da cartografia geológicapelo Ministério da Minas e Energia. O custo total é de 350milhões de reais e os recursos serão repassados pela CasaCivil. A cartografia terrestre, a cargo da DSG, terá um custode 98 milhões de reais, entre custeio e investimento.

Os benefícios do projeto para o Brasil serãoinquestionáveis. Merecem destaque a produção de cartastopográficas planialtimétricas na escala 1:50.000 comclassificação da vegetação e estratificação, com aidentificação da quantidade de espécies vegetais em umadeterminada área e da altura das árvores. Outros aspectosa serem destacados são a obtenção de dados hidrográficoscom bacias e microbacias delimitadas, produção de cartastopográficas na escala 1:25.000 em regiões específicas,verificação da ocupação territorial e obtenção de infor-mações sobre a altimetria subflorestal.

O projeto possui dimensão estratégica. As informaçõesobtidas contribuirão para o maior conhecimento da região.Autoridades da área ambiental valer-se-ão desses dadospara formular políticas de ocupação do espaço geográfico.Autoridades do setor de infraestrutura poderão basearfuturas obras em dados tridimensionais, considerando,inclusive, as cheias dos rios e seus reflexos nas populaçõesribeirinhas. Militares terão à disposição cartas topográficasmodernas e o terreno digitalizado para planejar o empregoem operações na região.

A execução do projeto é um enorme desafio. Osmilitares do Exército Brasileiro são exigidos diariamente. Adistância de casa, o desconforto físico do trabalho em umambiente desfavorável e as dificuldades logísticas sãoconstantes. Contudo, o profissionalismo e a dedicação deoficiais e praças fazem com que a Mão Amiga do ExércitoBrasileiro esteja presente, contribuindo, uma vez mais, parao desenvolvimento nacional.

O Braço Forte, sempre pronto e presente, também semanifesta. A missão precípua do Exército Brasileiro naregião é defender a Amazônia Legal e manter a soberanianacional. O trabalho da DSG no Projeto Radiografia daAmazônia configura-se como o primeiro e importantíssimopasso para protegê-la, pois é necessário conhecer paramelhor defender.(

Como ocorComo ocorComo ocorComo ocorComo ocorrrrrre a care a care a care a care a cartttttogogogogogrrrrrafafafafafia da Amazônia?ia da Amazônia?ia da Amazônia?ia da Amazônia?ia da Amazônia?

RRRRRadares de aeradares de aeradares de aeradares de aeradares de aeronaves operam em faixas de frequência que ultrapassam copas de áronaves operam em faixas de frequência que ultrapassam copas de áronaves operam em faixas de frequência que ultrapassam copas de áronaves operam em faixas de frequência que ultrapassam copas de áronaves operam em faixas de frequência que ultrapassam copas de árvores e chegam ao nível do solo, o quevores e chegam ao nível do solo, o quevores e chegam ao nível do solo, o quevores e chegam ao nível do solo, o quevores e chegam ao nível do solo, o quepermite mapear áreas de florestas densas como a Amazônia. Para isso, são necessários refletores, no formato de prisma, localizadospermite mapear áreas de florestas densas como a Amazônia. Para isso, são necessários refletores, no formato de prisma, localizadospermite mapear áreas de florestas densas como a Amazônia. Para isso, são necessários refletores, no formato de prisma, localizadospermite mapear áreas de florestas densas como a Amazônia. Para isso, são necessários refletores, no formato de prisma, localizadospermite mapear áreas de florestas densas como a Amazônia. Para isso, são necessários refletores, no formato de prisma, localizadosem pontos distantes e de coorem pontos distantes e de coorem pontos distantes e de coorem pontos distantes e de coorem pontos distantes e de coordenadas conhecidas, aferidas com receptores de GPS (Global Pdenadas conhecidas, aferidas com receptores de GPS (Global Pdenadas conhecidas, aferidas com receptores de GPS (Global Pdenadas conhecidas, aferidas com receptores de GPS (Global Pdenadas conhecidas, aferidas com receptores de GPS (Global Positioning System) de alta precisão.ositioning System) de alta precisão.ositioning System) de alta precisão.ositioning System) de alta precisão.ositioning System) de alta precisão.

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m 1973, o 6º Batalhão de Caçadores (Ipameri-GO)foi transformado em 41º Batalhão de InfantariaMotorizado (41º BI Mtz) e, dois anos após,

transferiu-se para a cidade de Jataí-GO. No ano de 2003,a Unidade herdou, do extinto 42º Batalhão de InfantariaMotorizado, o estandarte e a denominação histórica"Batalhão General Xavier Curado".

O Plano de GesO Plano de GesO Plano de GesO Plano de GesO Plano de Gestão Ambienttão Ambienttão Ambienttão Ambienttão Ambientalalalalaldo 4do 4do 4do 4do 41º BI Mtz1º BI Mtz1º BI Mtz1º BI Mtz1º BI Mtz

O Plano de Gestão Ambiental do 41º BI Mtz tem porobjetivo empreender uma ação educativa sobre o públicointerno, particularmente o contingente de conscritos,visando a conscientizá-lo da importância do tema"meio ambiente" na atualidade, e como ressaltar osefeitos negativos, no âmbito da comunidade, da faltade preservação dos recursos naturais disponíveis nomunicípio de Jataí.

Considerando que o patrimônio da União sob a

EEEEE responsabilidade do Batalhão está inserido na Unidade deConservação Ambiental do Cerrado de Jataí, a segundamaior área de preservação do sudoeste goiano, cresce deimportância a valorização do assunto na OrganizaçãoMilitar. Trata-se de uma forma de assegurar a manutençãodos recursos primários, a recuperação da riqueza naturalporventura degradada no passado e, ainda, interagir coma comunidade municipal na execução de ações voltadaspara o tema "meio ambiente".

A execução do referido plano envolve uma parceria comescolas, grupos de escoteiros, ecologistas, profissionais damídia, integrantes da família militar, clubes, associações epelotões mirins na execução de tarefas variadas, comomutirões de limpeza, plantio de árvores, trabalhos de poda,palestras educativas, bem como o fomento às visitasescolares nas áreas de preservação ambiental do Batalhão.

A BiodivA BiodivA BiodivA BiodivA Biodivererererersidade do Cersidade do Cersidade do Cersidade do Cersidade do CerrrrrradoadoadoadoadoRiqRiqRiqRiqRiqueza de Espéciesueza de Espéciesueza de Espéciesueza de Espéciesueza de Espécies

O cerrado brasileiro possui uma ricabiodiversidade. Sua variedade de vegetais supera amarca de 6.000 tipos. A riqueza de peixes, aves,mamíferos, répteis, anfíbios e invertebrados éigualmente grande. Estima-se que 320 mil espéciesanimais ocorram nesse tipo de bioma. Tal cifrarepresenta, segundo estimativas, cerca de 30% detudo o que existe no Brasil em termos de meioambiente. Por essa razão, e apostando napreser vação ambiental, o 41º BI Mtz atuaintensamente na manutenção e na recuperação dasmatas nativas em sua área de instrução.

RRRRRefefefefeflorlorlorlorloresesesesestttttamentamentamentamentamento eo eo eo eo eRRRRRecuperecuperecuperecuperecuperação deação deação deação deação deMatMatMatMatMatas Nas Nas Nas Nas Nativativativativativas da Áras da Áras da Áras da Áras da Áreaeaeaeaeade Prde Prde Prde Prde PreseresereseresereservvvvvaçãoaçãoaçãoaçãoaçãoPPPPPererererermanentmanentmanentmanentmanenteeeee

O 41º BI Mtz possui uma área total de10.790.000 m2 ou 1.079 hectares. Essa extensãode terras confiada ao Batalhão General XavierCurado, em área de preservação permanente, perdeapenas para o Parque Nacional das Emas, localizadono município de Mineiros-GO.

41º Batalhão deInfantaria MotorizadoMeio AmbientMeio AmbientMeio AmbientMeio AmbientMeio Ambiente: umae: umae: umae: umae: umaprprprprpreocupação do Comandoeocupação do Comandoeocupação do Comandoeocupação do Comandoeocupação do Comando

Vista do cerVista do cerVista do cerVista do cerVista do cerrado de Goiás e, ao fundo, a cidade de Ipamerirado de Goiás e, ao fundo, a cidade de Ipamerirado de Goiás e, ao fundo, a cidade de Ipamerirado de Goiás e, ao fundo, a cidade de Ipamerirado de Goiás e, ao fundo, a cidade de Ipameri

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Existe uma opinião, endossada por profissionais doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA, queassegura a regeneração da mata de forma espontânea, nãoplantando e nem roçando o mato, apenas cercando a áreapara impedir a entrada do gado. Com essa medida, asespécies naturais da região voltariam a desenvolver-se,oriundas de sementes das proximidades ou daquelasmantidas em estado de dormência. Acredita-se, porém,que essa não seja a melhor forma de recuperar obioma de maneira rápida e segura, pois tal modelo se aplicaàs áreas apenas perturbadas, e não totalmentedegradadas ou ocupadas por pastos, como é o caso dedeterminadas parcelas do patrimônio sob a responsabilidadeda Unidade.

Com base na tese intervencionista acima, a atuaçãoprecisa do Batalhão, por meio de programas ambientais,faz-se necessária, pois dificilmente a mata nativa da áreaem tela voltará a regenerar-se. O mais provável é que seamplie a chamada vegetação de "capoeira", dotada depoucas espécies, das quais as "invasoras agressivas"predominariam.

O plantio controlado de espécies nativas parece ser a

melhor solução. Nesse sentido, o 41º BI Mtz priorizainvestir nas seguintes espécies:

- árvores frutíferas, para atrair e manter a fauna (goiaba,araçá, murici, papagaio, pombeira, cajá, pitanga e gabiroba);

- árvores de grande porte, também conhecidas comomadeira de lei (jequitibá, sapucaia, peroba do campo, inuíba,copaíba e garapa); e

- árvores com floração atraente, que também sãomelíferas, contribuindo para a apicultura (ipês, quaresmeira,mulungu, canafístulas e faveiro).

Além dessa seleção, o Batalhão adota alguns cuidadosnas etapas de plantio e desenvolvimento das plantas, taiscomo a escolha da época de semeadura de exemplares, aadubação localizada, o cuidado com a proliferação de ervasdaninhas, o controle de formigas, o cuidado com aocorrência de queimadas e a poda seletiva.

Com esse espírito conservacionista, os atuais integrantesdo 41º BI Mtz, conscientes da importância dos cuidadoscom o meio ambiente para o desenvolvimento de umanação, deixam sua contribuição para as futuras gerações,primando sempre pelos exemplos de civismo e de defesado nosso solo pátrio.(

Vista aérea do 41º Batalhão de Infantaria MotorizadoVista aérea do 41º Batalhão de Infantaria MotorizadoVista aérea do 41º Batalhão de Infantaria MotorizadoVista aérea do 41º Batalhão de Infantaria MotorizadoVista aérea do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado

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m dos para-ísos naturaisex i s tentes

na Cidade Maravi-lhosa fica próximo aoPalácio Duque deCaxias e revela umRio de Janeiro antigo,

onde o tempo não passou. Chamada inicialmente deCaqueirada, a Ilha do Bom Jesus sempre despertou ointeresse dos militares e da população local. Nos dias dehoje, abriga o Santuário Militar do Bom Jesus da Coluna,local onde são desenvolvidos os projetos sociais doServiço de Assistência Religiosa do Comando Militar doLeste, como aulas de catequese.

NNNNNa "Ilha" do Ta "Ilha" do Ta "Ilha" do Ta "Ilha" do Ta "Ilha" do TememememempopopopopoNo final do século XVI, os franciscanos marcaram suas

presenças na então "Ilha da Caqueirada". Esse local erautilizado para despejo de lixo, até que, em 1704, foidoado à Ordem Franciscana por D. Inez de Andrade,viúva do Capitão Francisco Telles de Barreto. Após a suamorte, a doação foi ratificada por seu neto e herdeiro,Antônio Telles de Menezes. A proibição de sepultamentosno templo da cidade fez com que fossem enterrados, noconvento e na própria igreja, vários membros da famíliaTelles de Menezes. Ainda hoje, lá, existe a cripta com alápide tumular de Antônio Telles de Menezes e de seusdescendentes (as Senhoras Anna Innocencia Telles de

UUUUU Menezes e Maria Rosa Telles de Menezes).A construção da igreja e do hospício deu-se nesse

mesmo período. O atual nome da ilha refere-se à Igreja doBom Jesus da Coluna, hoje localizada em área militar, naIlha do Fundão, Município do Rio de Janeiro.

Entre os anos de 1705 e de 1719, foi construído o Conventodos Franciscanos, iniciando-se as obras de ampliação dohospício para abrigar as novas instalações. De 1719 até1728, foram ministrados os cursos de Filosofia noconvento, encerrando-se as atividades em 1742. Em 1757,construiu-se o jazigo junto ao Arco do Cruzeiro. Entre1759 e 1809, a casa serviu de abrigo para os franciscanosdo Convento do Bom Jesus.

A transferência da Corte Real Portuguesa para o Rio deJaneiro, em 1808, levou D. João VI a visitar diversas vezesa Ilha do Bom Jesus da Coluna. Em 1822, o ano daindependência, o Convento dos Franciscanos foi requisitadopara uso do governo, criando-se, no local, o Hospital dosLázaros, o qual acabou sendo removido em 1833. Dessaestada ficaram várias marcas de demolições.

Esse convento foi cedido às irmãs do Sagrado Coraçãode Maria, em 1852. Logo após, no ano de 1857, maisuma vez, foi solicitado para servir de hospital de isolamentoda cidade, devido à epidemia de febre amarela que sealastrou por todo o País.

A transformação do Convento dos Franciscanos em Asilodos Inválidos da Pátria ocorreu em 1868, com a ampliaçãoda ala à direita da fachada principal da igreja. Em 1875, oconvento foi vendido ao Governo, passando então a

OSantuárioMilitardo BomJesus daColuna

Foto: ST Cury

Vista da ilha de Bom Jesus da ColunaVista da ilha de Bom Jesus da ColunaVista da ilha de Bom Jesus da ColunaVista da ilha de Bom Jesus da ColunaVista da ilha de Bom Jesus da Coluna

OSantuárioMilitardo BomJesus daColuna

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funcionar como asilo e local de refugiados e de imigrantes.

O Asilo dos InO Asilo dos InO Asilo dos InO Asilo dos InO Asilo dos Invvvvválidos da Pálidos da Pálidos da Pálidos da Pálidos da PátrátrátrátrátriaiaiaiaiaO Asilo dos Inválidos da Pátria (AIP) foi criado em 1868

com a finalidade de acolher os militares, fossem oficiais oupraças da Marinha e do Exército Brasileiro, que tivessemse tornado inválidos em decorrência dos combates travadosdurante a Campanha da Tríplice Aliança (1864-1870).

Esse local chegou a abrigar cerca de setecentas pessoas,incluindo militares e seusfamiliares. Com o passar do tempoe o falecimento dos asilados, aUnidade perdeu sua razão de ser,sendo extinta em 1968.(Relatório dos Ministros da Guerra-- Arquivo Histórico do Exército eda Fundação Cultural do Exército).

A EsA EsA EsA EsA EstrtrtrtrtruturuturuturuturuturaaaaaArArArArArqqqqquituituituituiteeeeetônicatônicatônicatônicatônica

Construída à partir do iníciodo século XVIII, a Igreja do BomJesus da Coluna antecedeu emmuito o processo de urbanizaçãoda Ilha do Fundão. O atualSantuário Militar do Bom Jesus daColuna está localizado no topo daelevação e integrava um conjuntoarquitetônico composto de doisedifícios anexos, que ao todofaziam parte do antigo Conventode Bom Jesus.

A planta longitudinal consistiade galilé, nave única, presbitério, altar profundo e, na nave,dois andares laterais. Em sua lateral direita, havia um pátio,provavelmente local do claustro. Do lado esquerdo,constava, em planta de 1871, uma espécie de corredorparalelo à nave, onde podemos deduzir que havia cômodos,dado o número de janelas do desenho de 1868, quandoda inauguração do Asilo dos Inválidos da Pátria.

Em algumas fotografias antigas, é possível notar que,com a criação do Asilo dos Inválidos da Pátria, o conjuntoganhou uma nova ala separada do antigo convento e que,em outras fotos, este já havia sido demolido.

A data provável da demolição do convento remonta aoséculo XX. Pode-se notar, na lateral, um alpendre comarcos e um segundo pavimento que dá acesso ao coro e àtorre sineira.

Ainda hoje, há referências claras da existência dessaantiga construção, que se iniciou por uma parte em alvenariamista, com pisos em tabuado e lajota, coberta por estruturade madeira com telhas de barro e revestimento emargamassa de cal. Ao fundo, as partes mais recentes sãoem alvenaria de tijolo furado e lajes de concreto.

Uma das características das construções franciscanasé a fachada principal com acesso à galilé em arcos, torresineira única e frontão com óculo central, ornamentosem volutas, fogaréus e coruchéus. A fachada já teve

frontão com policromia e modinaturas que imitavamcantaria. Atualmente existem cercaduras de cantaria nasesquadrias e nos vãos da torre sineira.

As fachadas laterais estão muito alteradas e mostram-se bem descaracterizadas. A fachada lateral esquerdaestá totalmente "lisa" enquanto a da direita ainda preservaseus arcos.

No interior, os três altares apresentam ricos trabalhosem talha, que originalmente eram dourados. Constata-se

que a igreja apresenta-se em umasituação bastante diferente dascondições originais, tendo sofridoao longo do tempo diversasmodificações.

Marco fundamental para aocupação da ilha original, entãochamada Ilha do Bom Jesus e, hoje,incluída no conjunto aterrado dofundão, essa igreja foi considerada,no ano de 1964, patr imônionacional e foi tombada peloInstituto do Patrimônio Históricoe Artístico Nacional (IPHAN).

RRRRResesesesestttttauraurauraurauraçãoaçãoaçãoaçãoaçãodo Santuárdo Santuárdo Santuárdo Santuárdo Santuário Militio Militio Militio Militio Militararararar

Com o passar dos anos, o atualSantuário Militar do Bom Jesus daColuna encontrou-se ameaçado peladeterioração das marcas do tempo.O processo de recuperação iniciou-se, em 2007, com a restauração daestrutura da igreja, de esculturas

religiosas e de peças de arte sacra pertencentes à IgrejaBom Jesus da Coluna, cuja administração é feita pela BaseAdministrativa da 1ª Região Militar.

Todo esse processo de restauração contou com asparcerias entre o Exército Brasileiro, o Comando Militardo Leste, a Fundação Cultural doExército (FUNCEB) e a equipe deArquitetura e Urbanismo daUniversidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ)/ Escola de Belas Artes.

Assim que os trabalhos desseprojeto tiveram início, todas as peçasde arte que compõem à Igreja foramremanejadas para o Laboratóriode Conservação-Restauração doMuseu Histórico do Exército e Fortede Copacabana (MHEx), ondecuidadosamente foram restauradas.

Atualmente, esse SantuárioMilitar recebe visitas de autoridadescivis e militares, além de estardisponível para aqueles que queiramapreciar esta relíquia, um verdadeiropatrimônio da arquitetura e da artesacra do Brasil colônia.(

Foto: ST Cury

TTTTTrabalho de restauraçãorabalho de restauraçãorabalho de restauraçãorabalho de restauraçãorabalho de restauração

Altar da Igreja do Bom Jesus da ColunaAltar da Igreja do Bom Jesus da ColunaAltar da Igreja do Bom Jesus da ColunaAltar da Igreja do Bom Jesus da ColunaAltar da Igreja do Bom Jesus da Coluna

Foto: ST Cury

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Laboratório Químico Farmacêutico do Exército(LQFEx) é uma Organização Militar Industrial, comautonomia administrativa, gerido pelo regime da

administração pública direta e subordinado, tecnicamente,à Diretoria de Saúde e, administrativa e disciplinarmente,à 1ª Região Militar.

Foi criado por decreto de D. João VI, em 21 de maiode 1808, com a denominação de Botica Real Militar efuncionou, anexo ao Hospital Militar e da Marinha,até janeiro de 1879, no morro do Castelo, centro dacidade do Rio de Janeiro. Em 1887, recebeu a denominaçãode Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército e, apartir de 1939, instalou-se em sua sede atual, no bairrocarioca de Triagem.

O Laboratório atua no ramo farmacêutico e suasatribuições são fabricar, armazenar e distribuir

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Laboratório QuímicoFarmacêuticodo ExércitoUUUUUma rma rma rma rma refefefefeferererererência nacionalência nacionalência nacionalência nacionalência nacionalna prna prna prna prna produção de medicamentodução de medicamentodução de medicamentodução de medicamentodução de medicamentososososos

medicamentos destinados às organizações militares e aoutros órgãos públicos, como o Ministério da Saúde e asSecretarias de Saúde de Estados e Municípios. Ascompetências básicas do Laboratório são descritas em seuregulamento (R-132) e seu mercado de distribuição éexclusivamente nacional.

O LQFEx produz mais de 70% dos medicamentosdistribuídos às organizações militares do Exército Brasileiro.Também atua de forma relevante junto à Força Terrestreno fornecimento de medicamentos para nossos militaresnas missões de paz, bem como no atendimento à famíliamilitar e aos servidores civis por meio dos medicamentosdisponibilizados nas Farmácias Ambulatoriais do Exército(FAEx), localizadas em 18 Estados, totalizando 34 Unidadesdistribuídas em todo o território nacional.

A linha de produtos do LQFEx atinge 57 medicamentosregistrados e em processo de obtenção deautorização junto à Agência Nacional de VigilânciaSanitária (ANVISA), órgão responsável pelocontrole sanitário de produtos e serviços quepodem impactar a saúde da população. Seusprodutos englobam várias formas de apresentação,como líquidas, sólidas, semissólidas e, em breve,uma nova linha de injetáveis.

Com os avanços científico e tecnológico na áreafarmacêutica, aliados à crescente participação doExército Brasileiro em ações de apoio à sociedade,fez-se necessária uma modernização do seu parquefabril e de seus processos finalísticos eadministrativos. Para isso, recentemente houveinvestimentos oriundos da Força Terrestre e doMinistério da Saúde, decorrentes da política deincentivo à modernização e à capacitação doComplexo Industrial de Saúde nacional.

O referido Laboratório também participade ações e programas realizados pelo Ministérioda Saúde, produzindo medicamentos paraos programas Farmácia Popular, Assistência

Laboratório QuímicoFarmacêuticodo Exército

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Básica, Medicamentos de Dispensação Excepcional eMedicamentos Estratégicos, com o objetivo de colaborarpara a melhoria do atendimento de saúde aos maisnecessitados.

Cabe ressaltar que, em virtude da recentemodernização de seu parque fabril, o LQFEx estáatuando de forma direta e incisiva na produção domedicamento antiviral fosfato de oseltamivir, fazendo-se presente no combate à gripe causada pelo vírusinfluenza A (H1N1). Essa iniciativa decorre de umaparceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto deTecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e osLaboratórios Farmacêuticos da Marinha e daAeronáutica. A partir de 1º de setembro do correnteano, serão produzidas cerca de vinte milhões decápsulas do medicamento.

Todo o processo de fabricação de fármacos érealizado em equipamentos reconhecidamentemodernos e eficientes, como misturador e granuladorde alta eficiência (High Shear), sistema de secagem pormeio de leito fluidizado e mistura por meio de bins.Todas as etapas ocorrem em sistema fechado, o quegarante a segurança aos operadores e a qualidade aoproduto final, proporcionando maior celeridade aoprocesso fabril e redução de custos.

Para atender às exigências ambientais, o Laboratóriodispõe ainda de uma moderna Central de Resíduos,para onde são encaminhados os restos de produção.Essa central conta com uma área para resíduossólidos (recicláveis e não recicláveis) e uma Estaçãode Tratamento de Efluentes (ETE), projetada paraprocessar todo resíduo líquido e adequá-lo aospadrões de lançamento exigidos pelo InstitutoEstadual do Ambiente.

Com a finalidade de contribuir para a melhoriacontínua de seus processos e produtos, o LaboratórioQuímico Farmacêutico do Exército utiliza as ferramentasde gestão pela qualidade e participa de Programas deQualidade nos níveis estadual e federal.Consequentemente, o Laboratório vem destacando-sena prática da gestão pela qualidade entre as organizaçõesmilitares e civis. Em 2003, foi agraciado no PrêmioQualidade Rio com a faixa Bronze e, em 2004 e 2005,recebeu a faixa Ouro. Ainda no ano de 2004, foitambém contemplado com a medalha e o certificado"Programa de Qualidade Rio" por ter alcançado umapontuação acima da média. Em 2005, com o objetivode atingir novas metas, buscou avaliar a sua gestãono Programa Nacional de Gestão Pública eDesburocratização - Gespública, obtendo, naquele anoe em 2006 e 2007, o reconhecimento na faixa Bronze.Nos anos 2008 e 2009, conquistou a faixa Prata, oque evidencia o aprimoramento da gestão naquelaOrganização Militar de Saúde.(

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Visão geral dos equipamentos de granulação e secagemVisão geral dos equipamentos de granulação e secagemVisão geral dos equipamentos de granulação e secagemVisão geral dos equipamentos de granulação e secagemVisão geral dos equipamentos de granulação e secagem

Equipamento granulador de alta eficiênciaEquipamento granulador de alta eficiênciaEquipamento granulador de alta eficiênciaEquipamento granulador de alta eficiênciaEquipamento granulador de alta eficiência

Recebimento da matéria-primaRecebimento da matéria-primaRecebimento da matéria-primaRecebimento da matéria-primaRecebimento da matéria-prima

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ilho de Ernesto João Panizutti e da Sra Verena Panizutti,nasceu em 28 de julho de 1834, na cidade deMontenegro, Rio Grande do Sul.

Entrou, mediante concurso de admissão, para a EscolaPreparatória de Porto Alegre, tendo, posteriormente,integrado a Turma Aspirante Mega da Academia Militar dasAgulhas Negras ( AMAN). Exerceu com correção e eficiênciaas funções de oficial subalterno e intermediário de Artilharia,nos Estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

Próximo a ingressar no oficialato superior, conquistou,por concurso, a nomeação para professor da AMAN, a quededicaria o melhor de seus esforços, granjeando oreconhecimento de seus superiores, pares e subordinados.

Figura humana grandiosa, na qual a cultura ombreava-secom a modéstia – difícil dizer o que predominava –, exerceucom competência, por cerca de quarenta anos, as funçõesde professor e, já na reserva, de Assessor Cultural doComando da Academia Militar das Agulhas Negras, queocupava quando de seu falecimento.

Suas realizações e sua colaboração à formação de tantasturmas não ficaram limitadas aos muros da AMAN, poisacompanhou diversos de seus cadetes até o ingresso naEscola de Comando e Estado-Maior.

A vontade imensa de compartilhar conhecimentos levou-o a formar, também, incontáveis gerações de resendenses.Resende foi a cidade que adotou e a qual legou belo trabalhohistoriográfico, dentre outras realizações que o conduziramà Presidência da Casa da Cultura Macedo Miranda, funçãoque exerceu por cinco anos.

Sua presença – marcante e inesquecível, professoral eculta, sempre agradável e acessível – concedia um imensoprivilégio a todos os que o cercavam. As consultas, muitas efrequentes, mereciam respostas precisas, simples e cercadasde uma incrível aura de modéstia, não importasse acomplexidade do assunto.

Contador de histórias e estórias, de extrema maestria,refinada construção sintática e estilo agradabilíssimo,contribuiu em todas as edições de “Causos, Crônicas eOutras”, coletânea destinada a mostrar um pouco do lado

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Personagem danossa história

humano da vida militar. Com o mesmo espírito, seus escritospodem ser encontrados, também, nas edições da Revista“Sangue Novo”.

Foi um privilégio compartilhar das reminiscências de suavasta experiência: o tenente na Fortaleza de Santa Cruz,competições de tiro, ressacas, pescarias e missões deArtilharia de Costa; o capitão, de volta ao “Rio Grande deSão Pedro”, diplomando-se em Línguas Neolatinas e naAlliance Française, e os acontecimentos da Revolução deMarço de 64.

Primeiro professor em comissão na Cadeira de Redaçãoe Estilística da AMAN, relembrava-se, também com justoorgulho e muito carinho, de seus alunos do Colégio DomBosco, do Colégio Estadual Pedro Braile Neto, da AssociaçãoEducacional Dom Bosco, da SOBEU, compartilhando comseus ouvintes de valiosas experiências, valorizadas por seuestilo incomparável, pleno de bom humor.

Quando da preparação da delegação da AMAN, querepresentaria o Brasil em cerimônia na França, ocorreusignificativo episódio que merece citação. O empenho doCoronel Panizzutti – oportunidade em que demonstroucabalmente porque conquistara o Diploma Superior de Línguae Civilização Francesas da Universidade de Nancy –, sempreacompanhado de informações úteis sobre o país, fez comque um cadete perguntasse quando fora sua última viagematé lá, merecendo como resposta, da forma simples e diretacom que tratava as questões mais complexas, a informaçãode que nunca fora à França... Os conhecimentos, conquistava-os pelo estudo!

Professor inesquecível, militar modelar, amigo figadal,companhia memorável, mestre entre mestres, chefe de famíliaexemplar, que os desígnios divinos privaram-nos a todosdesde 29 de janeiro de 2008. Foi casado com a Sra ElviraMartins Panizutti, com quem teve dois filhos.

Tantas recordações e grande vontade de homenageá-locondignamente, sem dúvida, méritos e realizações nãofaltaram para o enaltecer. Recorremos, a seus escritos,transcrevendo o parágrafo com que encerrou um curriculumvitae, elaborado para sua posse na Academia de HistóriaMilitar Terrestre do Brasil:

“No dia que o Criador houver por bem fechar-me osolhos em definitivo, se me quiserem dar um epitáfio exato,inscrevam sobre minha tumba uma humilde expressão – jáesquecida nos dias correntes: Mestre-Escola.”

Inesquecível Mestre, verdadeira Escola de vida, grandeamigo, descanse em paz!(

Cel ArCel ArCel ArCel ArCel Art ME Nt ME Nt ME Nt ME Nt ME NeieieieieiPaulo PanizzuttiPaulo PanizzuttiPaulo PanizzuttiPaulo PanizzuttiPaulo Panizzutti

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