Revista TRIBUNA. Ed. 170

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A revista dos municípios da Paraíba

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FundadorBosco Gaspar

Diretor PresidenteManoel Raposo

Diretor AdministrativoSandro Galvão

Diretor FinanceiroMarcelo Raposo

Editor de PolíticaNonato Guedes

Diretor de CirculaçãoAlcides Santos

Gerente ComercialWaldeban Medeiros

Gerente de Circulação para o interiorCícero Henrique

ColaboradoresDes. Serpa, Assis Camelo Júnior,

Assis Cordeiro, Waldeban Medeiros Nonato Guedes, Thereza Madalena

Ilka Cristina e Fred Menezes

ContatoSales Ferreira

Editor ResponsávelManoel Raposo

RedaçãoWaldeban Medeiros

Assis CordeiroThereza Madalena

Josinato GomesSandro Galvão

Projeto Gráfico e DiagramaçãoEstampa PB - (83) 3042-0806

Tiragem5.000 (cinco mil) exemplares

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Esta revista circula em todoEstado da Paraíba.

É um produto de publicaçãojornalística de responsabilidade

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[email protected] João Vieira Carneiro, 516

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POLÍTICACartilha da ALPB orienta agentes públicos |09DESTAQUEPâmela Bório: a primeira-dama mais polêmica |17SAÚDECâncer de Pele |26MUNICÍPIOSJoão Pessoa, Alhandra, Monteiro e Coxixola |33SOCIALThereza Madalena |36

EDITORIAL

Caminhos do Frio aquece economia do Brejo paraibano

Sousa: André Gadelha figura entre os 100 melhores prefeitos do Brasil

CAPA ESPECIAL

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Com distâncias que variam de 103 a 140 quilômetros da capital João Pes-soa, a Rota Cultural do Frio 2014 reúne sete municípios localizados no Brejo paraibano, englobada por Areia, Alagoa Grande, Alagoa Nova, Bananeiras, Pi-lões, Serraria e Solânea, fazendo com que a Paraíba seja sede do maior acon-tecimento sociocultural e artístico do Nordeste. Este é o tema de capa da sua revista Tribuna na sua 170º edição de circulação.

Com temperaturas que oscilam entre 12ºC a 18ºC, as cidades que fazem parte da Rota Cultural Caminhos do Frio esperam movimentar cerca de R$ 2 milhões entre os dias 14 de julho e 31 de agosto, com a expectativa de receber por semana cerca de mil turistas, que irão aquecer a economia local com hos-pedagem, alimentação, entretenimentos em bares e teatros.

As atrações variam de município para município como gastronomia local, visitas aos museus e engenhos da região, além de uma vasta programação cul-tural representada pelo XV Festival de Arte, com a apresentação dos cantores Céu, Tiê, Geraldo Azevedo, Di Cavalcanti, Zeferina Bomba, Baluarte, Oxent Groove, Tyrá e Os 3 do Xamego.

Eventos como Oficinas de Arte, Mesas de Literatura e Mostra de Cinema, dentre outras, estarão presentes em todos os municípios da Rota durante sete semanas, iniciando-se por Areia e depois percorrendo todos os outros seis mu-nicípios.

No mais, é desejar uma boa leitura para este e outros assuntos abordados pela revista Tribuna, esperando continuar sempre com a fidelidade de todos os seus leitores, razão maior da existência deste veículo informativo.

NO “FRONT” POLÍTICO

Veneziano tenta cacife alto na proporcional

Depois de ter desistido de con-correr ao Governo do Estado pelo PMDB, o ex-prefeito de Campina

Grande, Veneziano Vital do Rêgo, busca se compensar na campa-nha que deflagrou a uma cadeira na Câmara Federal, substituindo a mãe, Nilda Gondim. A meta de Veneziano, a parabéns, saúde e paz... parabéns, saúde e paz... parabéns, saúde e paz... agora,

é dispor de um cacife elevado na disputa proporcional, a par-tir de Campina Grande, que administrou duas vezes con-secutivas e na qual exerceu, também, mandato de verea-

dor. Interlocutores próximos a Veneziano revelam que seu esforço é no sentido de alcançar votos em 60 municípios, distribuídos espacial-mente, ou seja, por regiões distintas da Paraíba. Tão logo oficializou a desistência e passou o bastão da candidatura ao governo para o irmão, senador Vital do Rêgo, Veneziano caiu em campo para assegurar, in-clusive, “dobradinhas” com candidatos para a Assembleia.

O ex-prefeito não esconde que saiu magoado do páreo pelo go-verno estadual. Ele havia se preparado para esse momento, e cogitava, já em 2010, ser ungido pelo partido para cortejar o Palácio da Reden-ção. Na época, acabou atropelado por José Maranhão, que reivindi-cava mais um direito à reeleição por estar concluindo o mandato de Cássio Cunha Lima, que havia sido punido pela Justiça Eleitoral. Com a intransigência de Maranhão, o núcleo familiar campinense preferiu apostar fichas na candidatura de Vital ao Senado, enquanto Veneziano tocava o barco como prefeito, com mandato a expirar em janeiro de 2013. Ele não logrou êxito na disputa municipal.

Ao virar a página da passagem pela Prefeitura, Veneziano co-meçou a percorrer cidades na promoção de seminários sob a chan-cela do diretório estadual do PMDB. O objetivo era o de “repensar” a Paraíba, recolhendo sugestões em torno de propostas para expan-dir o desenvolvimento do Estado. A verdadeira finalidade era outra. Consistia em massificar seu nome por toda a Paraíba, plantando sementes para colher agora em 2014. Via de regra, esses encontros eram realizados em cidades-polos, como, por exemplo, Guarabira, Patos, Sousa, Cajazeiras, e não reuniam apenas filiados ao PMDB, mas líderes de outros partidos interessados em conhecer de perto as ideias de Veneziano. A aparição permanente, no papel de pré--candidato, teria facilitado os passos do ex-prefeito, que nesta nova etapa espera se beneficiar da empreitada feita.

O prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena, resolveu deixar os quadros do PPS, legenda pela qual se elegera ao cargo, e ingressar automaticamente nas fileiras do PSB, dentro do objetivo de apoiar a candidatura do governador Ri-cardo Coutinho à reeleição. Lucena vi-nha sustentando uma posição dissidente na agremiação, junto com a deputada estadual Gilma Germano, representante do Curimataú. No ano passado, Dou-glas havia disputado a presidência do diretório estadual do PPS contra Nonato Bandeira, vice-prefeito de João Pessoa. Defendia a proposta de que a legenda apoiasse a reeleição do governador Ri-cardo Coutinho, mas foi posição mino-ritária dentro do PPS.

“Resolvi ingressar no PSB pelo trabalho, reconhecimento e desenvol-vimento de um gestor que não governa para as elites, mas para o povo”, declarou Douglas Lucena. O presidente estadual do PPS, Nonato Bandeira, contou que o prefeito de Bananeiras já havia comuni-cado à direção nacional que deixaria o partido. Ele não aceitou o resultado da disputa estadual, em que foi derrotado e considerou que não dispunha mais de espaços de convivência na legenda. Por outro lado, quis se manter solidário ao governador Ricardo Coutinho, o que en-tra em choque com a linha de orientação do PPS. Nonato Bandeira, que é parti-dário da candidatura do senador Cás-sio Cunha Lima ao Governo do Estado, informou que a direção estadual do PPS não tomará nenhuma providência em relação ao cargo de prefeito que, por lei, pertence ao partido. “Depois da eleição, o PPS fará um congresso e tomará deci-sões sobre municípios”, acrescentou.

Prefeito de Bananeiras com Ricardo

4 | jun/jul 2014

Nonato Guedes

[email protected]

O candidato do PSDB ao Governo do Estado, senador Cássio Cunha Lima, desafia abertamente as ameaças de inelegibilidade ou de impugnação da sua postulação ao pleito majoritário deste ano, su-postamente fundamentadas em dispositivos da Lei da Ficha Limpa, que foi promulgada após uma intensa mobilização social comandada por entidades da socieda-de civil. Municiado por seus assessores jurídicos, Cunha Lima alega que já cumpriu o período de punição que lhe foi imposto desde quando não pôde concluir o segundo mandato para o qual se elegeu. Para ele, o que está haven-do é “factoide” produzido por adversários, especialmente pelo governador Ricardo Coutinho e seus aliados, para in-viabilizar seu projeto. “Tenho consciência de que não devo nada e estou apto a disputar votos”, afirmou o senador.

Ao mesmo tempo em que desdenha das investidas

Enquanto os candidatos de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) investem maciçamente em viagens pelo país para se tornarem conhecidos, a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, tem sido aconselhada pelo seu “sta-ff ” a evitar a campanha de ruas e apostar fichas, mesmo, na pro-paganda eleitoral que será defla-grada na TV a partir do dia 19 de agosto. Assessores presidenciais alegaram que houve um “vácuo de comunicação” nos primeiros anos do governo, que será suprido pelos programas produzidos pelo marqueteiro João Santana, bem como com a ampla vantagem que Dilma terá na divisão da propa-ganda – ela ficará com quase 50% do tempo total gratuito. A ideia do comando petista é mostrar ao te-

Dilma aconselhada a evitar ruas na campanha

lespectador as rea-lizações da gestão, como a organiza-ção da Copa do Mundo no Brasil. Dilma também deverá intensificar entrevistas aos jornalistas no país.

No caso da ênfase à organi-zação da Copa, o tom do pronun-ciamento de Dilma está sendo examinado minuciosamente pela coordenação da campanha, levan-do-se em conta que por duas vezes ela foi vaiada em arenas onde se re-alizaram partidas do torneio ven-cido pela Alemanha na final con-tra a Argentina. A avaliação que se faz no “staff ” de Dilma é a de que uma campanha mais eletrônica poupa a presidente de fatos negati-vos e de constrangimentos que um evento de rua poderia ocasionar, a

exemplo de vaias. “O que queremos é uma campanha sem barulho, em um ambiente com controle”, explica um dos emissários da coordenação. Auxi-liares palacianos citam como modelo a campanha de Fernando Henrique Cardoso à reeleição em 1998, quan-do ele teve uma exposição intensa na televisão, associada à “campanha do medo”. Na época, o expoente tucano investiu na ameaça do retorno da in-flação, caso não fosse reeleito. Agora, o discurso do PT é o de que, se os tu-canos ganharem a eleição, programas sociais implantados pelos governos de Dilma e do ex-presidente Lula serão extintos, a exemplo do Bolsa Família, tradicional “carro-chefe” do petismo.

Cássio mantém seu roteiro e desafia as ameaças

dos adversários, o parlamentar tucano mantém seu roteiro de compromissos políticos. Agendou, entre outros eventos, uma reunião com lideranças dos 14 parti-dos que resolveram “fechar” com sua can-didatura ao governo. O objetivo, de acordo com a assessoria, foi o de explicitar clara-mente as diretrizes básicas da campanha tucana. Cunha Lima tem feito ações de

panfletagem e adesivagem em pontos estratégicos, inclu-sive, na capital paraibana. E foi um dos expoentes de um encontro com representantes de mídias digitais. A respei-to desse último ponto, o deputado federal Ruy Carneiro, vice de Cássio, salientou: “Inovamos na campanha com sucesso e posso garantir que essa inovação vai ser uma das marcas do governo Cunha Lima. A Paraíba precisa utilizar essas ferramentas da tecnologia para se desenvolver. Não está escrito que temos que ser um Estado atrasado”. O pri-meiro encontro das mídias sociais do PSDB verificou-se em Campina Grande.

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BASTIDORES

6 | dezmbro de 2013 dezembro de 2013 | 6

Campanha curtaA campanha eleitoral em curso parece ser a mais curta dos últimos tem-

pos. Marcada para o dia 5 de outubro, portanto há menos de três meses, os partidos políticos, na sua maioria, ainda não se organizaram nas suas estru-turas de campanha. Alguns deles não sabem nem quem são os seus candida-tos e outros já começam “enrolados” com a justiça eleitoral. O tempo urge!

Ministério Público enganado

A cada eleição, o Ministério Publico Eleitoral emite normas acerca do combate à compra de votos pelos diversos candidatos no decorrer da campanha eleitoral. Pa-rece até que “desta vez” a corrupção eleitoral da compra de votos vai se acabar. O que se vê, na verdade, é a procura incessante por parte dos fiscais da Justiça Eleitoral do elei-tor menos favorecidos, tentando flagrá-lo recebendo pequenas aju-das dos cabos eleitorais contratados pelos candidatos mais abastados nas vésperas das eleições. Para isto, sim, o Ministério Público mostra competência. Quem não se lembra de uma ex-prefeita de Sumé, cujo nome não convém lembrar, que teve o seu mandato de prefeita cas-sado pelo simples fato de doar um colchão para uma pobre eleitora? Com base nesse episódio, o Minis-tério Público deveria averiguar o fato de um candidato cuja base elei-toral, por exemplo, é localizada na Capital e esse cidadão vai procurar apoio num longínquo município de Santa Inês, há mais de 500 quilôme-tros da Capital, onde o eleitorado local não tem qualquer vinculação com esse candidato. A pergunta que não cala: o cabo eleitoral ou o prefeito desse município vão votar “de graça” nesse candidato? Esta é a dúvida que somente o Ministério Público Eleitoral poderá esclarecer.

Quintans de foraA Assembleia Legislativa da

Paraiba vai perder um grande par-lamentar a partir da próxima legis-latura, com a ausência do deputado Assis Quintans que, recentemente, anunciou não mais querer disputar nenhum cargo eletivo. Quintans, ao longo da presente legislatura, já de-monstrava cansaço e falta de vonta-de em participar das sessões da Casa de Epitácio Pessoa, onde a maioria dos seus pares prefere discutir as-suntos de somenos importância em detrimento às grandes questões do in-teresse público do paraibano. Que vai fazer falta vai! No entanto, a Paraiba espera que nessa nova fornada de candidatos surja alguém com o mesmo espírito público do deputado cararizeiro Assis Quintans.

Aniversário de BragaSemana passada, o ex-governador do Estado

e atual deputado estadual Wilson Braga comemo-rou 83 anos em plena atividade política. Ao lado da sua esposa, ex-deputada Lúcia Braga, sua irmã Vani Braga, vários familiares e grande número de amigos, Braga participou de uma missa, na Igreja de Miramar, e em seguida ofereceu um jantar aos amigos em sua residência no Cabo Branco. Nou-tros tempos, uma missa para celebrar o aniversá-rio de Wilson Braga só podia ser realizada num ginásio esportivo. Como os tempos mudam...

Manoel [email protected]

Jornalista Manoel [email protected]

Nonato Guedes de Blog novoO renomado jornalista

Nonato Guedes, editor políti-co da revista Tribuna e cola-borador de diversos veículos de comunicação do estado, acaba de lançar uma nova fer-ramenta de informação deno-minado nonatoguedes.com.

br. O lançamento do blog aconteceu na noite da terça--feira (8), tendo como local a Associação Paraibana de Imprensa – API, que teve a apresentação da presidente da API, Marcela Sintônio, e contou com a presença de um grande número de jornalistas e amigos do jornalista Nonato Guedes. Ao final do evento foi servido um co-quetel de boas vindas a mais esse veículo de informação voltado para a política paraibana e de além-fronteira.

Candidatos do ValeO Vale do Piancó, com seus 21 municipios e mais

de 120 mil eleitores, tem apenas um candidato a deputado estadual e um outro a deputado federal. Trata-se do verea-dor de Itaporanga Herculano Pereira, candidato a deputado estadual, e o jornalista Josinato Gomes, a deputado federal. Já houve tempo em que a região teve até cinco deputados estaduais e três federais eleitos e em pleno exercício do man-dato. O fator da ausência de candidatos novos é o custo da campanha ou a falta de estímulo para a atividade política.

Vem aí o Bode na RuaTerá início no dia 25 deste a tradicional festa “Bode

na Rua”, realizada na cidade de Gurjão, no Cariri pa-raibano. A referida festa, que se constitui numa tradi-ção do município, reúne diversos criadores de caprinos da região e arregimenta grande número de pessoas de municípios da redondeza. Além da festa popular que a prefeitura oferece, com diversas bandas musicais, vários criadores participam de leilões que são realizados no de-correr da festa.

8 | jun/jul 2014

Cuidado especial na prática dos atos. É o re-sumo das recomenda-ções formuladas pela Mesa da Assembleia

Legislativa a parlamentares e funcio-nários – os chamados agentes públi-cos, durante a campanha eleitoral a ser deflagrada para o pleito de outu-bro vindouro. O objetivo, de acordo com o presidente do Poder, Ricardo Marcelo, é o de contribuir para que os agentes públicos não sejam en-quadrados em condutas apontadas pela legislação eleitoral como atos de improbidade administrativa. “Os servidores, portanto, devem ter cau-tela para que seus atos não venham a provocar qualquer desequilíbrio na isonomia necessária entre os candi-datos nem violem a moralidade e a legitimidade das eleições”.

Ricardo Marcelo, que também é presidente do PEN, Partido Eco-lógico Nacional, na Paraíba, acre-dita ser importante lembrar que a Justiça Eleitoral tem competência para aplicar penalidades em casos em que julgue ter havido abuso do poder de autoridade. Desta forma, atos ainda que formalmente legais, podem ser interpretados como abu-sivos se, de algum modo, puderem ser associados com a concessão de benefício a certo candidato, partido político ou coligação, ou se forem praticados em desfavor da liberdade do voto. Não é vedado, contudo, aos agentes públicos, participar, fora do horário de trabalho, de eventos da campanha eleitoral, observados, naturalmente, os limites impostos pela legislação e os princípios éticos que regem a administração.

Para facilitar a leitura da car-

Cartilha da AL orienta agentes públicos na campanha eleitoral

tilha, ela foi dividida por temas es-senciais à compreensão da matéria. “Mas as questões abordadas neste trabalho não afastam a necessida-de de análise pontual de situações concretas que porventura venham a ocorrer. Assim, diante de dúvidas em relação a casos concretos, deve o agente público abster-se de prati-car o ato e formular consulta junto à Procuradoria Jurídica da Casa”, es-clareceu Ricardo Marcelo. A Mesa da Assembleia contou com a cola-boração decisiva na preparação da cartilha da Procuradoria Jurídica da Casa. Todos os parlamentares, indistintamente, elogiaram a inicia-tiva, por considerá-la pedagógica, com vistas a prevenir abusos que até involuntariamente poderiam ser cometidos por parlamentares ou funcionários da Assembleia.

Ao definir o conceito de agente público, ele é atribuído, na cartilha, “a quem exerce, ainda que transi-toriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designa-ção, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou fun-ção nos órgãos ou entidades da ad-ministração pública direta, indireta ou fundacional”. De acordo com o Direito Administrativo, agente pú-blico não é apenas o servidor ou empregado público, mas qualquer pessoa com alguma relação com a administração pública direta ou in-direta. Isto abrange desde os cargos eletivos, cargos em comissão, servi-dores temporários e estagiários até o voluntariado atuante em causas sociais ou humanitárias, em escolas da rede pública de ensino ou liga-dos a outros equipamentos manti-dos pelo Poder Público, incluindo

os terceirizados e concessionários de serviços públicos”.

Condutas veda-das – A cartilha expedida pela Mesa da Assembleia deixa claro que bens públi-cos somente poderão ser utilizados para atender à finalida-de pública. Para fins de esclarecimento e restrição de uso, consideram-se bens públicos todo e qual-quer móvel ou imóvel pertencente ao Poder Público, independente da destinação, neles incluídos veícu-los, computadores, sítios oficiais da rede de acesso à internet, serviço de correio eletrônico, aparelhos telefô-nicos, material de consumo, entre outros, sem prejuízo da aplicação de outras regras sobre o assunto.

Os agentes públicos estão im-pedidos de ceder ou usar, em bene-fício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imó-veis pertencentes à administração direta ou indireta, ressalvada a re-alização de convenção partidária. Essa vedação alcança todos os en-tes da administração, estejam ou não em processo de eleição, não havendo distinção entre eleições municipais, estaduais ou federais. Ainda: utilizar em obra ou serviço particular veículos, máquinas, equi-pamentos ou material da adminis-tração pública ou utilizar veículo oficial para transporte de material de campanha ou para locomoção a evento eleitoral. Igualmente: utili-zar material de expediente (canetas,

Por Nonato Guedes

POLÍTICA

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Cartilha da AL orienta agentes públicos na campanha eleitoral

papel, computador, cartão de visitas) em benefício de al-gum candidato ou candidatura e uti-lizar gráfica oficial para impressão de material de cam-panha, bem como linhas de telefones fixa e móvel com o objetivo eleitoral, incluindo o envio de mensagens com informações sobre os candidatos.

É proibido fa-zer uso promocional em favor do candidato, partido ou coligação, da distribuição gratuita de bens ou serviços de caráter social (merenda e material escolar, comida, roupas, agasalhos, remédios, consultas mé-dicas e dentárias, subvencionadas pelo Poder Público). Ceder insta-lações para cursos ministrados por candidatos, utilizar correio eletrô-nico (notes e Expresso) para fins de campanha, utilizar as estruturas fi-nanceira, de material ou de serviço da Assembleia em favor de candi-dato, para custear ou subvencionar a distribuição de bens e serviços de caráter social, constituem ativida-des proibitivas. No ano eleitoral, fica vedada a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios, exce-to nos casos de calamidade pública, estado de emergência ou de progra-mas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exer-cício anterior, casos em que o Mi-nistério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa.

A partir de 5 de julho de 2014

até a posse dos eleitos, é vedado aos agentes públicos nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, de-mitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exer-cício funcional e, ainda, ex-officio, remover, transferir ou exonerar ser-vidor público, na circunscrição do pleito, sob pena de nulidade de ple-no direito. Vedadas: passagens e di-árias aos parlamentares e aos servi-dores dos respectivos gabinetes. No caso dos servidores efetivos da Casa, as passagens e diárias ficam condi-cionadas à perfeita caracterização de que as mesmas estão diretamente relacionadas ao exercício do man-dato parlamentar, ou, no caso, para estes últimos servidores públicos, no exercício exclusivo de suas ativida-des funcionais.

Penas previstas – O descum-primento das normas eleitorais, conforme adverte a Mesa da As-sembleia Legislativa, pode sujeitar o agente público a diversas pena-lidades. No plano funcional: pro-cesso administrativo disciplinar, se a infração ofender o Estatuto do Servidor; no campo eleitoral, se o servidor for candidato; no âmbito criminal e, finalmente, nas penas previstas para quem pratica atos de improbidade administrativa. Entre as penalidades previstas na legis-lação eleitoral, destacam-se a sus-pensão imediata da conduta, multa, cassação do registro do candidato ou do diploma do eleito que tenha sido beneficiado. Por outro lado, no período de 5 de julho a 5 de outubro deste ano, fica vedada a publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ór-gãos e entidades da administração direta ou indireta.

Somente será permitida a rea-lização de publicidade institucional durante o período vedado pela Lei

em caso de grave e urgente neces-sidade pública, reconhecida pela Justiça Eleitoral. “Entende-se por grave e urgente necessidade públi-ca aquela em que a realização de publicidade institucional, naquele momento, é imprescindível, e sua não realização pode trazer prejuí-zos de difícil reparação para a po-pulação ou para o interesse público envolvido”, observa a cartilha. A definição das situações de grave e urgente necessidade pública está a cargo da Justiça Eleitoral, dependen-do de prévia consulta e autorização específica. Assim, em regra, toda e qualquer publicidade está vedada, salvo autorização específica da Justi-ça Eleitoral. Em casos de situação de grave e urgente necessidade pública, o setor deve encaminhar à Diretoria de Comunicação, por ofício, sua soli-citação, com todo o material referen-te à publicidade objeto de consulta e justificativa que mostre ser caso de grave e urgente necessidade pública. O material não deverá conter a logo-marca, pois a veiculação da mesma é proibida durante o período eleitoral. Ressalta-se que, após a aprovação da Justiça Eleitoral, o material não po-derá sofrer modificações.

A Lei Eleitoral não prevê outros casos de permissão, no entanto, o Tribunal Superior Eleitoral, em anos anteriores, autorizou a realização de publicidade institucional referen-te a datas cívicas tradicionalmente comemoradas, como, por exemplo, proclamação da Independência do país e datas de emancipação política dos municípios. A autorização de-pende da avaliação do Tribunal de que a publicidade em questão não ofende a legislação eleitoral, ou seja, não é tendente a afetar a igualdade de oportunidade entre os candidatos ou interfere, de qualquer maneira, no pleito. Fora desses casos, não há nem mesmo a possibilidade de con-sultar a Justiça Eleitoral.

Antônio Radical Cássio C. Lima Major Fábio

Ricardo Coutinho Tárcio Teixeira Vital do Rêgo

Após a realização das convenções partidárias ocorridas no último dia 30 de junho, os diversos par-tidos e coligações anunciaram os seus candidatos que disputarão as eleições majoritárias deste ano para go-vernador do Estado.

Em número de seis postulantes, a Paraíba e seus eleitores terão opções das mais diversas para escolher o candidato que lhes convier, ou que estejam dentro da ideologia política de cada um.

Esses candidatos terão oportunidades, a partir do dia 18 de agosto, de participar dos programas eleitorais no rádio e na televisão, dentro do espaço de tempo es-

tabelecido pela Justiça Eleitoral para cada partido ou coligação, visando dar oportunidade a todos para mos-trar à população os seus programas e metas de governo.

De acordo com informações oficiais, o candi-dato que irá dispor de maior tempo na televisão é o candidato do PSDB, Cássio Cunha Lima, seguido do candidato do PSB, Ricardo Coutinho e em terceiro lugar o candidato do PMDB, Vital do Rego. Os de-mais candidatos terão pouco tempo na televisão, em face do pequeno número de deputados na Câmara Federal, fator primordial para indicação do tempo que cada partido terá na televisão.

OPÇÕES DA PARAÍBA PARA GOVERNADOR E PRESIDENTE DA REPÚBLICA

10 | jun/jul 2014

Eduardo Jorge (PV) Pastor Everaldo Dias Pereira (PSC) José Maria Eymael (PSDC)

José Levy Fidelix da Cruz (PRTB) Luciana Krebs Genro (PSOL) José Maria de Almeida (PSTU)

Mauro Luís Iasi (PCB) Rui Costa Pimenta (PCO)

Onze candidatos pediram registro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para disputar a presidência da República

Aécio Neves da Cunha (PSDB) Dilma Vana Rousseff (PT) Eduardo Henrique Accioly Campos (PSB)

OPÇÕES DA PARAÍBA PARA GOVERNADOR E PRESIDENTE DA REPÚBLICA

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12 | jun/jul 2014

INVESTIMENTOESPECIAL

‘Cidade Sorriso’ EM FESTA

André Gadelha figura entre os 100 melhores prefeitos do Brasil e comemora junto com os 160 anos de emancipação política de Sousa. Gestão vem batendo recorde de obras e realizações.

A atuação do prefei-to André Gadelha à frente dos destinos da cidade de Sousa tem sido marcada

por uma avalanche de obras e reali-

zações. Além de comemorar o êxito de sua gestão, reconhecido por pes-quisa nacional que o coloca entre os 100 melhores prefeitos do país, o André aproveitou as festividades referentes aos 160 anos de emanci-

pação política de Sousa para entre-gar obras, material para as escolas, equipamentos e reformas impor-tantes para a municipalidade.

A pesquisa de opinião pública feita pela União Brasileira de Divul-

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‘Cidade Sorriso’ EM FESTA

André Gadelha figura entre os 100 melhores prefeitos do Brasil e comemora junto com os 160 anos de emancipação política de Sousa. Gestão vem batendo recorde de obras e realizações.

gação (UBD), que sagrou o gestor dentre os melhores do Brasil, le-vou em consideração uma série de fatores, como boa gestão e trans-parência na aplicação do dinheiro público, boas práticas administra-

tivas nas áreas da saúde, educação, merenda escolar e infraestrutura. A pesquisa foi realizada junto aos Mi-nistérios, sites governamentais e lei de responsabilidade fiscal.

O reconhecimento oficial da gestão de André Gadelha à frente da cidade de Sousa não é de sur-preender os que acompanham a política paraibana. O gestor vem gradativamente intensificando as ações estratégicas necessárias ao de-senvolvimento da cidade e tem cada vez mais priorizado as áreas como Saúde, Educação, Esporte, Habita-ção, Agricultura e Infraestrutura. Estes fatores o estão colocando cada vez mais entre os políticos mais in-fluentes da Paraíba. Neste sentido foram construídas novas creches e reformadas muitas das que já exis-tiam, construídas novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), construí-dos, ampliados e reformados novos

campos de futebol, além da cons-trução de academias para a popu-lação.

A atual gestão também con-seguiu recuperar a credibilidade da Prefeitura junto a funcionários, fornecedores e até mesmo junto ao governo federal. Sousa é uma das poucas cidades paraibanas que es-tão aptas a receberem recursos fe-derais e celebrarem convênios com a União. O prefeito André Gadelha conseguiu regularizar a situação da Prefeitura junto ao Cadastro Único de Convênios (Cauc) e a partir de agora Sousa já pode ser beneficiada com verbas federais.

Agricultura e Infraestrutura

Dentre as principais ações da atual gestão destacam-se a pavi-mentação de ruas e o recorte de ter-

INVESTIMENTOESPECIAL

ras, como forma de melhorar a qua-lidade de vida da população. Além da distribuição de oito mil doses de vacina contra a febre aftosa. Atual-mente a Prefeitura está realizando, de forma simultânea, 17 obras distri-buídas em todas as regiões da cida-de. Segundo o prefeito André Gade-lha, as obras devem atingir todos os bairros até o fim do seu governo.

Foram construídas creches e pa-vimentadas ruas nos bairros Jardim Brasília e Alto do Cruzeiro. Além de construída creche no bairro Raquel Gadelha. Também foram pavimen-tadas ruas no Jardim Sorrilândia II, além do pátio da Capelinha do Bair-ro São José. Além disso, o Complexo Paleontológico Vale dos Dinossau-ros foi revitalizado e teve seu museu ampliado. Também foram construí-das praças nos bairros Frei Damião, Doutor Zezé e Guanabara.

Saúde e EducaçãoNa Saúde, além das muitas

ações de valorização dos funcio-nários e melhoria do atendimento, também foram realizadas refor-mas e construção de UBS. Foram construídas unidades de saúde nos bairros de Alto Capanema, Jardim Iracema, Jardim Sorrilândia II, An-gelin e Centro. Foram reformadas

as UBS dos bairros São Gonçalo, José Lins do Rêgo e Núcleos Habi-tacionais I e II. Na Educação, além da valorização do funcionalismo, da entrega regular de fardamento, oferta de merenda e transporte es-colar, a Prefeitura construiu 12 sa-las de aula no bairro Raquel Gade-lha e deve intensificar as reformas de outras unidades escolares.

HabitaçãoAtravés de parceria com o

Governo federal, a Prefeitura construiu o Residencial Lagoa dos Patos e o Residencial Sousa I. Juntos, os dois novos bairros con-tabilizam cerca de 800 casas e be-neficiam mais de três mil pessoas com qualidade de vida. As mo-radias foram construídas respei-tando-se os critérios básicos de habitabilidade, que inclui a proxi-midade de creche, posto de saúde e escola. Os critérios para acesso às casas são os preconizados pela política nacional de habitação para pessoas que ganham até R$ 1,6 mil, que não têm casa própria e estão inscritas no Cadastro Único, com Nú-mero de Identificação So-cial (NIS).

Comemoração dos 160 anos

A festa de comemoração dos 160 anos de Emancipação Política de Sousa durou todo o dia e entrou pela noite do último 10 de julho. Pela manhã a festividade começou com um Eco Pedal, em seguida houve o hasteamento da bandeira e entrega da premiação da corrida. Ao longo do dia foram realizadas diversas ou-tras ações em comemoração à data. Neste sentido, destacou-se a entrega do veículo de intervenção rápida 4 x 4 ao SAMU. Na oportunidade o Programa Bolsa Família também foi presenteado com um veículo para a execução das suas ativida-des e também houve a entrega do fardamento da Superintendência de Transportes e Trânsito de Sousa (STTRANS). Na área da Educação, as escolas de Sousa receberam mó-veis e eletrodomésticos, a exemplo de geláguas e geladeiras.

Durante a programação das co-memorações, os pequenos empre-endedores locais receberam 64 che-ques no valor de R$ 2.000,00 (Dois Mil Reais) cada um, dentro do ‘Pro-grama Fazer Negócio’, iniciativa do governo municipal para fortalecer os pequenos comerciantes da cida-de. O Governo municipal também doou 500kg de alimentos para en-tidades filantrópicas do município: A Casa do Caminho, Comunidade Jesus Pérola Preciosa e Abrigo Jesus Maria José.

Aterro Sanitário de Sousa

14 | jun/jul 2014

Também foi inaugurada a construção do Mercado Central, com 54 boxes para acomodar os comerciantes sousenses, uma de-manda de 30 anos da população local.

Para fechar a festa em grande estilo, à noite houve show gospel com Felipão e Banda, (ex Forró Moral) na Praça Doca Gadelha, Bairro Gato Preto. No centro da cidade a festa foi comandada por Zazueta, Ary Lacerda, Judimar e Requebrança e o Sanfoneiro Amazan.

EsporteNo esporte, além da entrega

dos campos de futebol, praças e va-lorização dos atletas, o prefeito An-dré Gadelha entregou troféus para jogadores sub 17 e anunciou tam-bém a nomeação do novo secretá-rio de Esporte e Lazer, o advogado João Hélio. O Campeonato de Fu-tebol Sub- 17 é o campeonato para jogadores de 17 anos. O Campeão desta edição foi o time C.R. A e o Vice- Campeão Sousinha.

A Secretaria de Esporte e Lazer tem como função administrar, coor-denar, gerir, incentivar, promover o esporte e o lazer formal e informal e suas áreas afins, procurando desta maneira viabilizar amplo desenvol-vimento das manifestações esporti-vas no município de maneira que o mesmo possa vir a ter representati-vidade em competições municipais, estaduais e nacionais, como também promover o esporte enquanto agente da promoção da qualidade de vida. Passeio ciclístico

Mercado Público

Ciranda de Serviços

Academia de Saúde

jun/jul 2014 | 15

16 | jun/jul 2014

DESTAQUE

O comportamento dela na internet não é mui-to diferente do que se vê por aí. A moça de 30

anos abastece constantemente seus perfis nas redes sociais – com fre-quência, mais de uma vez no dia. Ultimamente, seu tema principal é o trabalho. De vez em quando, co-menta as notícias, fala de política, desabafa sobre o machismo, divulga mensagens religiosas. Compartilha o novo corte de cabelo, a roupa do dia, a arrumação da mesa para uma refeição especial, o beijo na boca do marido, a fofura do filho de três anos.

Nada fora do padrão do que se publica nas mídias sociais nesta era de exibição da intimidade. São muitas, muitas fotos. E público não lhe falta: mais de 7,7 mil seguidores no Instagram e mais de 13 mil no Twitter. A exposição não é proble-ma para ela, jornalista e apresenta-dora de um programa de variedades na televisão paraibana. Nunca foi. Na adolescência, trabalhou como modelo e fez comerciais. Em 2005, conquistou o título de Miss Senhor do Bonfim, município do interior da Bahia onde nasceu.

Alguns posts chamam mais a atenção do que outros. O mais co-mentado é de setembro de 2012. Depois de ganhar camisolas e con-juntos de calcinha e sutiã de pre-sente de uma marca, ela publicou no Instagram imagens das peças so-bre a cama com a seguinte frase na legenda: “Presente para mim, mas quem mais curte é o maridão”. Po-deria ter passado despercebido, não fosse o “maridão” o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).

“Ela é polêmica, jovem e sensu-al. Não se espera esse tipo de per-formance de uma primeira-dama, ela tenta romper paradigmas”, diz a mestre em Políticas Públicas e So-ciedade Moíza Siberia Silva de Me-

deiros, que estuda o papel social das primeiras-damas. Para ela, Pâmela incomoda porque é uma figura pú-blica de quem se espera compor-tamento mais contido, num papel de coadjuvante, acompanhante do marido. “Expondo-se na internet, ela pode até angariar jovens, mas moralistas veem incompatibilidade

nisso. Parece que mulher de político não pode ser bela e jovem.”

O “maridão”, o farmacêutico Ricardo Coutinho, tem 53 anos, nasceu em João Pessoa, começou sua trajetória no movimento sin-dical e elegeu-se vereador pela pri-meira vez em 1992, pelo PT. Não deixou mais a vida pública. Foi re-

A primeira-dama mais polêmica do Brasil

jun/jul 2014 | 17jun/jul 2014 | 17

eleito vereador, elegeu-se deputado estadual por dois mandatos e, já filiado ao PSB, comandou a capital paraibana duas vezes. No começo da primeira gestão como prefei-to, se separou da primeira mulher, Aglaé Fernandes, com quem tem um filho.

“Ele não tem carisma, charme e

simpatia. Precisava de uma primei-ra-dama dessas. Ela é belíssima”, diz um experiente jornalista paraibano. Ainda prefeito, em 2009, Coutinho conheceu a jornalista Pâmela Bório durante uma entrevista. Em outu-bro do ano seguinte, o ex-prefeito comemorava a eleição para gover-nador e o nascimento do filho do casal, Henri Lorenzo. O casamento foi no mês seguinte à posse, numa cerimônia reservada na capela da Granja Santana.

Para a doutora em História Ivana Guilherme Simili, professora da Universidade Estadual de Ma-ringá, Pâmela representa um pa-radoxo entre o tradicional e o mo-derno. “Ela incorpora a cultura do ‘primeiro-damismo’, cuidando da área social, promovendo eventos e acompanhando o marido, e ao mes-mo tempo é produto de uma gera-ção conectada, que se expõe e que tem como lema dessa modernidade dar publicidade ao que faz”, resume a professora, autora de livro sobre a trajetória de Darcy Vargas.

A primeira-dama mais polêmica do Brasil

Jovem, bonita e sem papas na língua, Pâmela Bório – mulher do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho – fala o que pensa, coleciona admiradores e críticos e não foge de uma boa briga

Fonte: Anna Halley, Revista Congresso em Foco

Des. José Di Lorenzo SerpaPONTO DE VISTA

PONTO DE VISTA

QUEM SERÁ O OUTRO?

Assim, na minha infância, em dança de roda, inocentes e puros, cantávamos eu e a meninada.

No decorrer da nossa existência, cantamos ou falamos com euforia, não sabendo sequer o significado de algumas palavras ou frases.

Assim, vamos crescendo e, tal-vez por descuido, continuamos a falar, a escrever ou a cantar, usando tais palavras, ignorando o que repre-sentam.

Na cançoneta acima, muito em-bora conheça o jogo de damas, do-minó, dentre outros, não conheço o tal caxangá, menos ainda o zabelê, tudo cantado, como já se disse, em dança de roda.

Melhor assim, pois permanece o mistério na cantiga da infância, sendo talvez muito tarde para aprender esse jogo tal de caxangá, ao lado da víspora ou jogo de botão e tantos outros.

O que não aprendi porque não pude ou porque não quis fica para trás, perdido no tempo.

Do mesmo modo, não sei quem é o outro tantas vezes citado nas

conversações, sendo ele, o outro, ge-ralmente responsável pelos nossos desacertos.

Por isso, afirmamos, como dizia o outro, aconteceu assim e assim.

Fácil é culpá-lo dos nossos er-ros, até porque esse outro dito assim genericamente é indefinido.

Ele, o outro, recebe a culpabili-dade por nós pretendida.

Filosofia à parte, conta-se que Sartre teria dito: “O inferno são os outros”.

Até certo ponto, acompanhan-do este pensamento, guardadas as minhas limitações, ouvimos sempre alguém dizer:

- Eu sou eu e as minhas circuns-tâncias.

O mundo que nos rodeia assu-me papel relevante em nossos atos. Há muitos outros, a quem atribu-ímos os nossos defeitos, deles até impensados.

Quando o fato ocorrido é dis-tante, aconteceu ele lá onde mora a mãe de Calor de Figo ou a mãe de Pantanha.

Na verdade, acredito que o ou-tro ou a outra seja próximo, embo-ra aqueles visíveis que nos servem de exemplo, como craques do fute-bol, os campeões da natação, enfim, aqueles que nos inspiram autoridade no decorrer da nossa vida.

Na literatura ou na música, eles também nos oferecem um exemplo de atitudes efetuadas com o outro.

Na verdade, estando do outro lado de nossa vida pode sempre nos ajudar ou nos prejudicar. O nosso cristianismo nos ensina que o outro é próximo, Mas quem é o próximo? É aquele que atendeu ao homem que foi assaltado no ca-minho de Jerusalém para Jericó, quando um sacerdote e um Levita passaram à distância.

“Escravos de Jó jogavam caxangá. Tira, bota, deixa

o zambelê ficar. Guerreiros com guerreiros fazem

zigue-zague, zá.”

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20 | jun/jul 201420 | abril 2014

Consagrado a São Pe-dro, o dia 29 de ju-nho traz-me fortes lembranças da alegria contagiante que inva-

dia o lar de minha mãe nas festas ju-ninas. Seu sorriso largo e acolhedor registrava-lhe a presença na casa, a comandar as auxiliares no feitio da canjica e da pamonha.

De primeiríssima qualidade, os preparos de milho tinham o sabor de seu aniversário, coincidente com o nascimento de minha irmã, Rita de Cássia, nossa ‘Cassinha’, que viria a falecer, prematuramente, aos 29 anos de idade. Apoteótica, a noite dessa data trazia à confraternização familiares e amigos cheios de calor humano, fermentado pelo apreço mútuo característico entre nós.

O respeito aos amigos, a so-lidariedade com os familiares e a dedicação aos descendentes eram traços encantadores de Dona Adal-giza. Pelo menos uma vez por se-mana, estávamos reunidos em torno dela. Os domingos eram os dias mais comuns para o encontro. Aqueles cafés-da-manhã e janta-res eram, para nós, seus filhos, os mais importantes de nossas vidas. Do matrimônio com meu pai, Se-verino Camêlo de Lacerda, ela ge-

Centenário de nascimento de dona Adalgiza Vieira de Ataíde Camêlo

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José Di Lorenzo SerpaDesembargador | [email protected]

Assis CamêloEx-deputado estadual e atual procurador do Estado

REMINISCÊNCIA

rou oito crianças: José Normando Camêlo, Milton Vieira Camêlo (in memoriam), Manoel Camelo Neto (in memoriam), Francisco de Assis Camêlo, Inaldo Vieira Camêlo (in memoriam), Agnaldo Camêlo, Rita

de Cássia Camêlo (in memoriam) e Maria das Graças Camêlo (Neném).

Sua intuição de mãe vigilante e carinhosa tinha uma força profé-tica. Logo notava nas fisionomias quando algo incomodava a vasta prole. Sua devoção e amor envol-viam-nos como divino bálsamo. Seus braços, agasalhavam filhos e netos, tudo logo era contentamen-to. Todos os problemas se dissipa-vam como nuvens escuras a darem lugar à claridade do sol. A fé que depositava em Deus contagiava todos. Pela frequente leitura da Bí-blia ressaltava os livros de Salmos, Provérbios, Reis e Apocalipse. Es-cutar-lhe a narrativa da ressurrei-ção era como ouvir a voz do pró-prio mestre na leitura das tábuas da lei a Moisés.

No último dia 29 de junho, registrou-se um século do nas-cimento da grande matriarca. Nem o tempo nem o vento con-seguiram apagar sua imaculada imagem de carinho, paz, amor e respeito, virtudes que sempre marcarão nossos dias de saudades e lembranças. Tão breve narrativa é muito pouco para reverenciar a grandeza de Dona Adalgiza. Hoje ela certamente habita na grande morada celestial.

maio 2014 | 21

Ao longo dos últimos anos o Estado da Paraíba vem ocupando lugar de destaque dentre os que apresentam maior percentual de municí-pios impedidos de celebrarem convênios com o Governo fede-ral. A inadimplência na pres-tação de contas é um dos prin-cipais motivos que vem levando 77% dos municípios do Estado a estarem registrados negativamente junto ao Cadastro Único de Convê-nios (Cauc), da Secretaria do Tesou-ro Nacional. Para ser mais específi-co, 173 municípios paraibanos estão em situação irregular junto ao órgão federal e devem ter dificuldades para receberem verbas federais caso não resolvam o impasse.

Segundo informações do presi-dente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), José Antônio Vasconcelos, cerca de 90% dos municípios que apresentam pendências junto ao Cauc, estão em falta com a previdência. No entanto ele destacou que a situação não inter-fere na celebração de convênios fede-rais referentes à Saúde e à Educação.

Atualmente, a Paraíba ocupa o

Pendências impedem que mais de 70% dos municípios paraibanos celebrem convênios com a União

4º lugar dentre os Estados que mais municípios apresentam situação ir-regular junto ao Cauc. No Estado do Amapá, 87,5% dos municípios estão irregulares, seguido do Esta-do de Roraima, com 86,7% dos mu-nicípios e Alagoas, com 79,4% dos municípios em situação irregular. Segundo dados oficiais, nos últimos meses o número de inadimplentes aumentou 8% na Paraíba. Há al-guns meses apenas 160 municípios apresentavam pendências, número também preocupante.

Os municípios que apresentam pendências no Cauc estão impedi-

dos de receber transferência volun-tária da União e firmar convênios com o governo federal. Dos 173 mu-nicípios paraibanos com problemas junto ao órgão, 63 apresentam mais de três pendências, 29 têm apenas três pendências, 43 apresentam ape-nas duas e 37 têm apenas uma.

De acordo com informações da Confederação Nacional dos Mu-nicípios (CNM), para regularizar a situação os municípios precisam comprovar uma série de contribui-ções e tributos previdenciários, da dívida ativa e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Por Assis Cordeiro

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PARAÍBA

INFORME

Iniciando este ano pela cida-de de Areia, o “Caminhos do Frio – Rota Cultural 2014” está unindo os prefeitos dos sete municípios envolvidos e

vem contribuindo para que a cada ano a economia local seja forta-lecida e o número de turistas que visitam o Brejo paraibano aumente significativamente. Os gestores das cidades envolvidas estão otimistas com o incremento na economia local e estimam que durante os 48 dias de realização do evento sejam injetados na economia dos sete mu-nicípios cerca de R$ 2 milhões em gastos de turistas com alimentação,

hospedagem, produtos de agrone-gócios, artesanatos e gastos com o turismo de experiência.

O Caminhos do Frio é uma rota cultural que acontece anualmente na região serrana do Brejo paraibano, numa realização do Fórum Regio-nal de Turismo Sustentável do Bre-jo Paraibano e das sete prefeituras envolvidas, contando com apoio do Governo do Estado, por meio da Se-cretaria de Cultura e PBTur, Corpo de Bombeiros e Sebrae Paraíba.

A novidade deste ano é a ‘Vila do Caminhos do Frio’, um local constituído por stands promocio-nais que são montados com objetivo de formar um espaço padronizado

para a divulgação dos municípios, bem como dos produtos de artesa-natos locais. A programação come-çou no dia 14 de julho, no municí-pio de Areia, e deve ser encerrada no dia 31 de agosto no município de Alagoa Grande.

Engenhos são atrações turísticas

Um dos produtos mais famo-sos do Brejo da Paraíba, a cachaça e a sua produção se tornaram um dos atrativos para os turistas que chegam à região no período da Rota Cultural Caminhos do Frio em 2014. A expec-tativa é que os engenhos aqueçam as

CAMINHOS DO FRIOaquece economia do Brejo paraibano

CAPA

Por Assis Cordeiro

22 | jun/jul 2014

jun/jul 2014 | 23jun/jul 2014 | 23

vendas nesta edição do evento. O co-nhecimento da logística de funciona-mento dos engenhos faz parte da rota de turismo de experiência na região, durante o evento. Nesta experiência o turista sai do papel de mero contem-plador para vivenciar o processo de produção da cachaça.

Novas ofertas turísticas se-rão apresentadas na Rota Cultural 2014. Segundo a gestora de Turis-mo do Sebrae, Regina Amorim, são novos produtos turísticos com foco na produção associada e na melhoria dos serviços ofertados ao evento. “O objetivo é movimentar a economia e proporcionar aos turis-tas uma rica programação cultural,

bem como vivenciar experiências, através de novas ofertas turísticas em alguns municípios, a exemplo de Areia, Bananeiras, Pilões e Ala-goa Grande”, revelou.

Este ano o município de Solânea participa pela primeira vez na progra-mação do Caminhos do Frio e prome-te muitas atrações, conforme informa o prefeito Beto do Brasil: “Nós esta-mos preparando com muito carinho a nossa programação local e promete-mos atrações ao turista que for visitar Solânea”, destacou. Fazem parte do “Caminhos do Frio – Rota Cultural 2014” os municípios de Areia, Pilões, Solânea, Serraria, Bananeiras, Alagoa Nova e Alagoa Grande.

Datas da Rota Cultural e suas atrações nacionais:

Município – Pilões Período do Caminhos do Frio – de 21 a 27 de julhoAtração Nacional - cantor Flávio Venturini (dia 26 de julho)

Município – Solânea Período do Caminhos do Frio – 28 de julho a 3 de agostoAtração Nacional – Santana (dia 02 de agosto)

Município – Serraria Período do Caminhos do Frio – de 4 a10 de agostoAtração Nacional - Antônio Carlos e Jocafi (dia 09 de agosto)

Município – Bananeiras Período do Caminhos do Frio – de 11 a 17 de agostoAtração Nacional - Nando Cordel (dia 16 de agosto)

Município – Alagoa Nova Período do Caminhos do Frio – de 18 a 24 de agostoAtração Nacional – Amazan (dia 23 de agosto)

Município – Alagoa Grande Período do Caminhos do Frio – de 25 a 31 de agostoAtração Nacional – Luiz Me-lodia (dia 30 de agosto)

CAMINHOS DO FRIOaquece economia do Brejo paraibano

jun/jul 2014 | 23

24 | maio 2014

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A Copa do Mundo e as profecias do caos

Certo, nós não conseguimos o hexa! Mas, de uma coisa podemos ter certeza: essa Copa do Mundo 2014 serviu para derrubar os prognósticos pessimistas criados pelos profetas do caos e parte do PIG (partido da im-prensa golpista), cujos maus pressá-gios envolviam toda sorte de mazela que o evento promovido pela FIFA, (sigla em francês para Fédération In-ternationale de Football Association e em inglês para International Fede-ration of Association Football) pode-ria trazer ao País.

O grito ecoado nas redes sociais de “não vai ter Copa” desceu goela abaixo, diminuindo com a rapidez de um raio, dando oportunidade para que essas mesmas redes sociais passassem a mensagear outro tipo de discurso, desta feita tecendo elo-gios ao evento.

“Um balanço parcial do que aconteceu até agora livra o País da ameaça de um fracasso, fomentado pelos que, sob o pretexto de alertar para nossas deficiências, torciam contra o próprio país”, escreveu o di-ário gaúcho Zero Hora em editorial.

Mesmo sob o signo dos gastos exorbitantes e o apontamento de suspeitas de superfaturamento na construção dos estádios, com alguns deles ultrapassando a casa do bilhão de reais e a tendência de outros se transforam em “elefante branco”,

como é o caso da arena Amazonas que abrigou apenas três jogos, a Copa no Brasil transformou-se em assunto obrigatório da imprensa estrangeira, como a saudação do jornal francês Le Monde elogiando a “improvisação brasileira” que “se revela à altura do evento” de uma Copa feita à imagem e semelhança do Brasil: “bagunçado e simpático, descontraído e acolhedor”, como num passe de mágica.

O New York Times resumiu o sucesso da Copa no título “Previ-sões apocalíticas viraram pequenos soluços”, enquanto o Washington Post ecoava com otimismo de que a Copa é só cerveja, praia e futebol! Os jornais britânico Guardian e BBC seguiram no mesmo repente, com os aeroportos funcionando com regu-laridade, a média de gols se multi-plicando, os estádios completamente lotados e a onda verde amarela to-mando conta de todo País.

Segundo estudos preliminares do Ministério dos Esportes, os im-pactos econômicos potenciais re-

sultantes da realização da Copa do Mundo no país podem chegar a R$ 183.2 bilhões, dos quais R$ 47,5 bi-lhões (26%) são diretos e R$ 135.7 bilhões indiretos (74%).

Os benefícios econômicos di-retos da Copa do Mundo são re-sultado do crescimento/incremen-to em dimensões pré-definidas, as quais foram contabilizadas em cada uma das variáveis de cálculo do PIB, já considerando os efeitos de importações:

- investimentos em infraestrutura: R$ 33 bilhões- turismo incremental: R$ 9,4 bilhões- geração de empregos: 330 mil permanentes e 380 mil temporários- aumento no consumo das famílias: R$ 5 bilhões;- arrecadação de tributos: R$ 16,8 bilhões

Isso sem falar de que a Copa no Brasil já superou-se os 3,2 bi-lhões de espectadores (metade da população mundial) registrados na África do Sul, país que sediou a última Copa do Mundo, em 2010. Registre-se também o aumento do número de países atingidos pelas imagens de TV, que pulou de 200 para 211, conforme dados divul-gados pela FIFA, que atribuiu nota 9,25 para a organização do evento.

Zebra total para os pessimistas… e nem fomos o campeão do mundo porque tivemos, involuntariamente, diga-se de passagem, que adiar o pro-jeto do hexa para, quem sabe, 2018?

A maior parte das pessoas ouve música sem se importar com aqueles que queimaram as pestanas e pas-saram noites em claro no sentido de fazer uma canção, uma melodia, uma letra, um poema. Simplesmente o ouvinte escuta, aprova ou não, elo-gia ou faz uma crítica negativa sobre a letra e a melodia que acaba de ou-vir, seja quem for o intérprete, sem procurar saber quem foi que derra-mou no papel as gotas de inspiração no sentido de nos proporcionar uma música que, às vezes, parece fazer parte do nosso cotidiano.

Prata da casa apresenta o com-positor, músico e intérprete sousen-se Judimar Dias e o músico e tam-bém intérprete Josalbo Licarião, nascido em Coremas e radicado em João Pessoa.

O primeiro, Judimar Dias. Descendente de uma família de músicos chamada “Família Dias”, traz como fonte de inspiração o seu pai, Pedro João de Sousa e Maria do Socorro Dias de Sousa, sua mãe, além do irmão Juldimar Dias, com o qual mantém uma relação de ca-rinho, respeito e admiração como pessoa e como artista. Julimar Dias (guitarrista, violonista e cantor)

tem seu nome atrelado à história do Uirapuru Zimbo, um dos grupos de maior sucesso nas décadas de 70/80.

Inspirado em compositores como Djavan e Lupicínio Rodri-gues, Judimar compõe para bandas como Magníficos (Apaixonada, Adoro, Amor da Minha Vida), Chi-co Pessoa e Banda Xique-Chique (Minha Morena), Eliane – A Rainha do Forró (Louca por Você), Sonata de Natal (Minha Princesa) Flor da Pele (Amarrada em Você) e tantas outras, emprestando seu talento e a sua versatilidade em tudo que faz em matéria de música. Foi finalista do Forró Fest em 2010 e teve uma música classificada entre as cinco primeiras da edição de 2014.

O segundo, a atenção se volta para Josalbo Licarião, outra fera da nossa música popular que corre na faixa dos bons intérpretes. Dono de uma voz expressiva e de um conjun-to que abrilhanta festas de casamen-to, aniversário e baladas noturnas e descendente de uma família de músicos, onde pais, irmãos, tios são todos versados em música, Josalbo herdou o dom e desde pequeno co-leciona vários prêmios por partici-pação nos festivais de músicas acon-

tecidos nas cidades do interior e um na capital, nos idos do 2001.

Com seis CD’s gravados nos anos de 1997 (Recordações), 1999 (Os Grandes Sucessos), 2003 (Simples-mente), 2006 (Grandes Sucessos – vol. I e II); e em 2013 (MP3), ele e banda usa da versatilidade para interpreta-rem praticamente todos os estilos de músicas, desde a melodia italiana ao forró nordestino! Músico autodidata, dedilha o violão com a maestria dos grandes violonistas, lidera o grupo formado por Soraya; Iran, no contra-baixo; Ronaldo, na bateria; Zé Carlos, na guitarra; Wagner, nos teclados; Clóvis, no sax; e o Dário no Violino, que se apresenta em vários restau-rantes de Joao Pessoa, entres eles o Gambrinus, o Victory (na praia de Lucena), Hotel Tambaú, clube Cabo Branco, Bargaço, Tererê, Felline, Jan-gada Clube, além de de participações nas casas de recepções da nossa ci-dade, entre elas a Blu’nele, o Sonho Doce, o Paço dos Leões e tantas outras que ele mesmo tem dificuldade de re-cordar, prova do seu prestígio e da sua popularidade como bom intérprete.

Estes são os nome que com-põem a Prata da Casa que a revista Tribuna tem a honra de apresentar.

PRATA DA CASA

Nossos Artistas

Judimar Dias Josalbo e banda

José Di Lorenzo SerpaDesembargador | [email protected]

SAÚDE

Vários são os tipos de câncer que podem acometer o ser huma-no. Dentre todos esses, o tipo mais comum é o câncer de pele. Sob a designação geral e abrangente de “câncer de pele” podemos encon-trar mais de trinta tipos diferentes de doenças neoplásicas malignas que variam em incidência, aspec-to, agressividade e formas de tra-tamento. Dentre os vários tipos de câncer de pele o mais comum é o carcinoma basocelular (CBC) - cor-respondendo a mais de 70% dos casos), seguido pelo carcinoma es-pinocelular (CEC) – cerca de 20% dos casos e o melanoma – menos de 5% dos casos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o “câncer de pele” figura como o tumor mais incidente em ambos os sexos. São estimados cerca de 134.000 novos casos para o Brasil - corresponden-do a cerca de 1/4 do total de casos de câncer estimados para este ano.

O carcinoma basocelular além de ser o tipo mais comum, é tam-bém um dos cânceres menos agres-sivos, pois tem crescimento lento e quase nunca apresenta metástases (doença espalhada para locais dis-tantes do tumor primário). O seu principal fator de risco é a exposi-ção solar acumulativa ao longo da vida, sendo mais frequente também em pessoas de pele mais clara. Ge-ralmente acomete pessoas acima dos 40 anos sendo mais frequente em trabalhadores que se expõem por muitos anos à luz solar sem proteção, como agricultores, pesca-dores e profissionais da construção civil. Porém todos que se expõem ao sol de maneira abusiva e por vá-rios anos também estão vulneráveis a desenvolvê-lo inclusive os prati-cantes de atividades de lazer a céu aberto (p.ex.: esportistas, frequen-tadores de praias e clubes).

O carcinoma espinocelular é mais agressivo do que o CBC, prin-cipalmente devido ao fato de ter uma maior capacidade de dar me-tástases. Assim como no CBC, o principal fator de risco é exposição solar crônica. Acomete mais os in-divíduos de pele mais clara, embora possa ocorrer em pessoas com qual-quer tom de pele. Como é relacio-nado ao acúmulo de radiação solar pela pele, é mais frequente a partir dos 50 anos. O carcinoma espino-celular também pode estar relacio-nado ao contato crônico com alguns produtos químicos (p.ex.: arsênico, hulha, alcatrão) e na história foi um dos primeiros cânceres diretamente relacionados a atividade ocupacio-nal (câncer de bolsa escrotal nos lim-padores de chaminé da Inglaterra na época da revolução industrial).

O melanoma é bem mais raro do que o CBC e o CEC, porém é bem

CÂNCER DE PELE

26 | jun/jul 2014

Doutor Klécius Leite Fernandes Médico e Professor de Medicina

[email protected]

mais agressivo do que esses devido à sua característica de enviar metás-tases muito precocemente - logo no início da doença. É um dos cânceres que tem se tornado cada vez mais frequente nos últimos anos. O gru-po mais propenso para surgimento do melanoma são os indivíduos de pele clara, que não têm costume de se expor ao sol e que se “queimam” com facilidade. Sendo essa exposi-ção solar intensa (queimadura solar) e repetida entremeada por períodos sem exposição um dos piores fatores de risco para essa doença.

O CBC e o CEC costumam ser de excelente prognóstico quan-do tratados precocemente. Porém

quando negligenciado pelo pacien-te ou operado de modo não ade-quado podem se tornar bastante agressivos, inclusive com potencial letal. Existem várias modalidades de tratamento atualmente disponí-veis, porém a terapia considerada “padrão” e que apresenta os melho-res resultados ainda é a cirurgia.

O melanoma é uma doença complexa e seu prognóstico é mais difícil de ser analisado, pois deve--se levar em conta vários aspectos (tipo do melanoma, espessura e lin-fonodo sentinela, dentre outros...). Contudo a principal parte do trata-mento é a cirurgia, que serve tanto para firmar o diagnóstico, como para ver o estadiamento da doença e decidir qual será o próximo passo no tratamento. Em muitos casos é necessário ver ser existe o acometi-mento dos linfonodos (pesquisa de linfonodo sentinela) e a depender do resultado pode ser indicada uma cirurgia para retirar todos os linfo-nodos de determinada área ou re-

Colaborador: Dr. Humberto BritoCirurgião Oncológico especialista na

cirurgia do Câncer de pele

gião (esvaziamento linfonodal). Em alguns casos, ainda o tratamento pode ser complementado com qui-mioterapia e imunoterapia.

De um modo geral, quando o paciente desconfiar que alguma lesão possa ser um câncer de pele, deve sempre procurar um derma-tologista, que é o profissional mais habilitado para diferenciar uma possível lesão benigna de uma lesão suspeita de câncer. Dependendo do tamanho da lesão e da localização, o dermatologista, por sua vez, o enca-minhará para o cirurgião mais ha-bilitado em tratar cada caso (cirur-gião de cabeça e pescoço, cirurgião oncológico, cirurgião plástico ou o próprio dermatologista). Lembran-do que a literatura científica mostra que quanto maior a experiência do profissional maior será o sucesso da cirurgia, sugerindo que quan-to mais casos o cirurgião opera e o quão maior o seu conhecimento sobre o tema, menores são as com-plicações para o paciente.

jun/jul 2014 | 27

www.facebook.com/projetosementedemostarda

28 | jun/jul 2014

30 | jun/jul 2014

José Di Lorenzo SerpaDesembargador | [email protected]

Sandro Galvã[email protected]

SOCIAL

maio 2014 | 30

Jornalistas paraibanos reunidos, recentemente, no lançamento da Feira Brasil Mostra Brasil, no res-taurante Sal e Brasa, em João Pes-soa. O evento acontece no mês de agosto, no Centro de Convenções

Família Di Serpa na torcida da Copa do Mundo

Encontro de amigos: Nóbrega e o ex-vereador Ítalo Petrucci

Equipe de profissionais que co-manda a Hora do Rush, na Rádio Sanhauá. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 17 às 19 horas. Sintonize 1.280mhz

Amigos e familiares marca-ram presença na homena-

gem ao jornalista Otinaldo Lourenço na sua come-

moração de 80 anos, na Livraria do Luiz. Ao lado

dos amigos Manoel Raposo e Helder Moura

Foi bastante prestigiado o lança-mento do Blog Nonato Guedes, na API, no dia 15 de julho. Na foto com a esposa Bernadete e a amiga jornalista Maria Helena Rangel

Marcílio Otávio e Dione Ra-malho em evento social

jun/jul 2014 | 31

32 | jun/jul 2014

CAPAMUNICÍPIO

Segundo o historiado pa-raibano Wills Leal, a Fes-ta das Neves acontece no mesmo local desde 1720, ou seja, defronte da Basí-

lica Catedral de Nossa Senhora das Neves, localizada no Centro His-tórico de João Pessoa, ocupando desde o largo da Catedral e toda a extensão da avenida General Osó-rio, até encontrar-se com a avenida Guedes Pereira, além das ruas adja-centes. É a parte profana das come-morações religiosas pela fundação da cidade e homenagem à sua pa-droeira, Nossa Senhora das Neves.

Para uma parcela da população e algumas autoridades, seu formato está ultrapassado e, nos dias de hoje, serve apenas para trazer transtornos ao cidadão, já que grande área do centro da cidade fica completamente intransitável para veículo, contur-bando ainda mais o caótico trânsito que João Pessoa registra no seu dia.

Como nos anos anteriores, novamente fala-se da transferência da Festa das Neves para um outro local, de acordo com o que foi in-formado pelo procurador da Justi-ça Valberto Lira. O diretor adjun-to da Fundação Cultural de João Pessoa – Funjope, André Coelho, e representantes da Polícia Militar irão atender à convocação da Pro-curadoria para discutir o assunto dessa possível transferência, mas já salientaram que não tem como fazer esta mudança da noite para

dia, acrescentando ainda que a Pre-feitura Municipal de João Pessoa já vem trabalhando para concretizar um outro espaço para realização de grandes eventos. “A ideia inicial se-ria fazer esta mudança já em 2013, mas não houve tempo hábil para que essas alterações acontecessem” – completou André Coelho.

Pelo andar da carruagem, difi-cilmente a Festa das Neves vá aconte-cer em outro lugar, mesmo trazendo os transtornos registrados todos os anos. Na verdade, a Festa das Neves faz parte da história da Paraíba, como registrou Willis Leal e a sua transfe-rência de local irá descaracterizar o sentido da homenagem porque todas as festas dessas características em es-tados ou municípios sempre aconte-cem próximo às igrejas que reveren-ciam seus santos ou santas.

Mesmo assim, seguindo uma possível tendência de mudança, pela primeira vez, a Praça Antenor Na-varro será inclusa na programação, com shows de rock e atrações locais. No Ponto de Cem Réis, os principais artistas são Erasmo Carlos, que co-memora 50 anos de carreira, as ban-das Teatro Mágico e Cidade Negra e o cantor Sidney Magal.

Parte da programação será volta-da para as crianças com o tema Circo, afirma Maurício Burity, diretor exe-cutivo da Funjope. Segundo ele, “o intuito é resgatar o caráter popular da festa e que o diálogo com as crianças irá acontecer exatamente através da

programação circense, com oficinas e espetáculos temáticos”.

A programação oficial tem iní-cio no sábado (27) com uma cele-bração eucarística na Catedral Ba-sílica de Nossa Senhora das Neves, com encerramento previsto para o dia 5 de agosto, quando a cidade de João Pessoa estará completando 429 anos de fundação.

Os atos religiosos são organiza-das pela Arquidiocese da Paraíba, em conjunto com a Paróquia Central da capital, e tem como tema “Maria, a mulher do sim, do serviço e do amor”.

Festa das Neves

Divulgada pela FUNJOPE, a programação da parte profana da festa terá o seguinte roteiro:

Quinta-feira (1º)18h30 - Banda 5 de Agosto21h - Shows Religiosos - Ministérios de Música das Comunidades Shalom, Consolação Misericordiosa e Doce Mãe de DeusSexta-feira (2)20h - Mama Jazz21h30 - Geraldo AzevedoSábado (3)16h Galinha Pintadinha (Cover)17h - Patati e Patatá21h30 - Sidney MagalDomingo (4)16h - Raissa Aranha e o Bom de Ser Criança17h - A Barca Maluka21h - Erasmo CarlosSegunda-feira (5)18h - Concerto da Orquestra + Coral Villa Lobos20h - Teatro Mágico22h - Cidade Negra

Uma tradição ameaçada

jun/jul 2014 | 33

O prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues, as-sinou, no dia 1º de ju-lho, a ordem de serviço

para construção do Centro Comer-cial Municipal. A formalização do contrato, que aconteceu no gabinete do chefe do executivo, contou com a participação do proprietário da empresa Constral, responsável pela obra, Fernando Fleury Wanderley, do engenheiro civil da prefeitura, Getúlio Henriques, e dos vereado-res da base aliada. A obra, realiza-da com recursos próprios e orçada

A construção do Centro Comercial é mais uma obra da gestão Marcelo Rodrigues realizada com recursos próprios da Prefeitura

Prefeito de Alhandra assina ordem de serviço e obras do Centro Comercial já começaram

em R$ 1.377.564,81, começou no mesmo dia e deve ser concluída em fevereiro de 2015. O novo espaço, localizado no Centro de Alhandra, contará com uma estrutura com-posta por 19 boxes comerciais, ba-nheiros e praça de alimentação.

Segundo o prefeito de Alhan-dra, Marcelo Rodrigues, o local onde será construído o Centro era formado por um conjunto de lojas que há muito tempo causava pre-ocupação, devido ao comprometi-mento da estrutura física. “Decidi-mos remover os comerciantes do

local para outros pontos de vendas para que eles não ficassem sem o seu comércio, e entregaremos um local com uma infraestrutura planejada, moderna, que não oferecerá ne-nhum risco aos comerciantes e aos clientes e, principalmente, que estará em sintonia com os novos tempos de Alhandra”, disse Marcelo.

Segundo o secretário de Obras, Israel José da Silva, o Centro é mais uma conquista da atual gestão que vem trabalhando para oferecer à população obras estruturantes que estimulem o desenvolvimento e crescimento do município. “Desde o início da gestão, trabalhamos para oferecer obras que tragam conforto à população, dotando o município de equipamentos que melhorem o dia a dia da cidade, a exemplo do calçamento de 16 ruas, dos novos PSFs, da nova sede da Secretaria de Bem Estar Social, da Políclini-ca, da reforma do cemitério, etc, e esse Centro Comercial se junta a esse conjunto de obras que está mu-dando a realidade de Alhandra para muito melhor”, disse o secretário, lembrando que outras obras serão anunciadas em breve.

34 | jun/jul 2014

MUNICÍPIO

Monteiro, no Cariri paraibano, com-pletou, no dia 28 de junho, 142 anos de emancipação política. Palco de importantes eventos, Monteiro che-ga a mais de 14 décadas de existência

com o título de região formadora de grandes nomes do mundo musical. Só para citar os mais famosos, o cantor Flávio José e a Banda Magníficos, suficiente para mos-trar a potencialidade da “Cidade do Forró”.

Localizado na Microrregião do Cariri Ocidental, distando 319 quilômetros de João Pessoa, Monteiro, com uma área de 1.009,90 km², é o maior município do Estado em extensão territorial.

Monteiro tornou-se município por meio da Lei Nº 457, de 28 de junho de 1872, com território desmem-brado de São João do Cariri. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2012 sua população era estimada em 31.330 habitan-

tes. Limita-se ao Norte com o município de Prata (PB); Oeste, com Sertânia, Iguaraci e Tuparetama (PE); ao Sul, com São Sebastião do Umbuzeiro e Zabelê (PB); e, ao Leste, com Camalaú e Sumé (PB).

Na economia, Monteiro destaca-se pela caprino-cultura e ovinocultura, cujo grau de desenvolvimento e qualidade genética do seu rebanho está entre um dos mais altos do Nordeste.

No turismo cultural, a localidade, também deno-minada “Terra de Esperanças”, ainda ganhou força com a literatura de cordel, que também se fez berço de escri-tores e poetas que encantam os turistas com suas prosas e versos, bem como de outros artistas populares locais e titulados cidadãos monteirenses, com os acordes de sanfona e da viola e da sonoridade rústica do pífano, como Pinto do Monteiro e Zabé da Loca.

Atualmente a cidade é administrada pela prefeita Edna Henrique, que está exercendo o seu segundo mandato.

Monteiro 142 anos de emancipação política

jun/jul 2014 | 35

Ações comemorativas A prefeita Edna Henrique promoveu na manhã do

dia 28, dentro da programação dos 142 anos de Emanci-pação Política do município, um café da manhã em sua residência, que reuniu auxiliares do governo municipal, lideranças políticas e comunitárias, e representantes da imprensa.

A Prefeita visitou algumas obras que estão em an-damento, a exemplo da Creche Escola da Vila Popular, da ampliação e modernização do Mercado Público, e ainda obras já concluídas como a Escola Municipal Ti-radentes, a sinalização semafórica, a nova iluminação da avenida central, Praça de Alimentação, Unidade de Saúde da Família 07, as novas aquisições do SAMU am-bulâncias e motolâncias, e a UPA 24 horas.

A gestora falou sobre a importância desses inves-timentos para o município, que tem ajudado na me-

Monteiro lhoria de vida da população. Ela acrescentou que está trabalhando em busca de novos recursos para que pos-sam ser implementados para contribuir no progresso do município.

“Monteiro está transformado em um canteiro de obras e ações, voltadas ao atendimento da nossa população. Parabenizamos a nossa terra e ao nosso povo, por nos ajudar a fazer mais por nossa gente”, destacou Edna.

142 anos de MonteiroA prefeita Edna Henrique parabenizou o municí-

pio pelos seus 142 anos de emancipação política, que se destaca pelo seu povo acolhedor e que tem crescido a cada ano.

A Prefeitura realizou shows na Praça João Pessoa, em comemoração à sua emancipação com: Capital do Sol, Noda de Caju e Luciene Melo.

142 anos de emancipação política

36 | jun/jul 2014

MUNICÍPIO

Coxixola passou à cida-de em abril de 1994 e de lá para cá a comu-nidade vem colhen-do os frutos da boa

gestão e do empreendedorismo de Givaldo Limeira de Farias, primeiro prefeito. Eleito por duas vezes para o cargo, foi reconduzido a prefeitu-ra em 2012.

O município de 1.802 habi-tantes fica situado numa região seca e pobre do Cariri Ocidental e a principal fonte de renda vinha de programas do governo Federal e de aposentadorias.

Água boa para todosLogo no primeiro ano da gestão

do prefeito Givaldo Limeira, pri-meiro governo, a história dos mo-radores começou a mudar quando a Prefeitura criou um amplo projeto de abastecimento para a zona rural do município com o objetivo de le-

Coxixola tem 100% de água encanada na zona rural

var água de boa qualidade a 100% dos moradores.

A geografia acidentada dos 119 quilômetros do município não foi obstáculo para que a água chegas-se às casas das pessoas. Para obter 100% de água nas residências foi preciso transportá-la, com canos de baixo custo, de uma região para ou-tra usando as duas barragens, a de salgadinho e o açude público Cam-po do velho, bem como o rio Su-curu que corta parte do município.

Poços são furados e caixas são construídas

Já para chegar onde não era possível pegar do rio ou dos açudes a Prefeitura furou poços e construiu caixas para distribuir por gravidade, uma solução que deu tão certo que o gestor instalou bebedouros por todo o município para que os animais ti-vesse acesso fácil e rápido à água.

Parceria com a comunidade

O município entrou apenas com a instalação do sistema de abastecimento e contou com a par-ceria dos moradores da zona rural que se organizaram para manter tudo funcionando. Estabeleceram cobrança de uma mensalidade que serve para compra e reparos dos equipamentos e também funciona como forma de educar as pesso-as e faz com que o projeto tenha sustentabilidade e não dependa da Prefeitura para continuar ope-rando. “O importante não é só a instalação do sistema, é manter. Nós fizemos reuniões com a co-munidade para ver a aceitação do projeto e quando há comprometi-mento eles cuidam. Muitas vezes não adianta instalar um projeto quando não tem aceitação, se não tiver a comunidade não vai man-ter” diz Givaldo.

Prefeita Givaldo Limeira de Farias

jun/jul 2014 | 37

Coxixola tem 100% de água encanada na zona ruralSaúde melhorou

Outro aspecto que melhorou logo foi a saúde dos moradores da zona rural que sofriam com proble-mas de verminoses e outras doenças ocasionadas por água contaminada. “A redução no índice de vermino-ses, diarreias e outras doenças que vinham através da água foi logo percebido”, relata o prefeito.

Desenvolvimento da caprinocultura

O farto acesso à água causou impacto positivo direto nas vidas das pessoas e fez com que aumen-tasse a criação de cabras e a pro-dução de leite. O volume, que era de menos de 2 quilos de leite por animal, passou para quase 8 quilos nos melhores animais, observados no último torneio leiteiro, festa que acontece anualmente. “A água não só facilitou o plantio de hortaliças, mas desenvolveu a criação de ca-bras leiteiras e houve o aumento no padrão genético por conta da dedi-cação dos produtores e o incentivo da prefeitura” destaca.

Erivan Ramos, 49 anos, mora-dor do sítio Várzea Nova, é um dos coxixolenses que participa do pro-grama do leite que foi criado pela Prefeitura e ganhou força com a

chegada da água na localidade. “Os animais bebem da água encanada, e tem o consumo de casa. Antes des-se projeto era uma tristeza, a gente tinha que pegar água longe em uma carroça de boi. Eu andava dois qui-lômetros para ter água e hoje tenho água na minha porta” relata.

Sinal de celular para todos

Investir em tecnologia foi o passo seguinte dado pelo prefeito Givaldo, que queria uma comunica-ção mais democrática. Com recur-sos da própria Prefeitura ele mon-tou torres de telefonia móvel que recebe o sinal e retransmite para os moradores dos sítios que nunca so-nhavam com essa novidade.

Hoje já é possível falar na zona rural em pelo menos 30 por cento das localidades que contam com ce-lular e sinal de internet.

“A preocupação nossa foi segu-rar o homem no campo para que não haja a necessidade dele vir para a zona urbana. As pessoas saem do seu local não é por que gostam de sair, é por não terem condição de viver naquele can-to que nasceram e se criram”. Se tem energia, transporte escolar, transporte quando uma pessoa adoece, tem uma ambulância chegando, quando você tem água encanada, quando tem co-municação, telefone e internet, por que vir para a zona urbana? Não tem sentido”, comentou.

“Se não houver investimento na zona rural vai ter uma migração natural para a zona urbana, o cha-mado êxodo rural”, alerta.

Estão sendo montadas antenas de reforços. Quando o sinal chega

com dificuldade em determinada comunidade, a Prefeitura monta uma antena com um equipamento de recepção e distribuição que rece-be o sinal e distribui.

Já há processo de licitação para a instalação de mais dez antenas que serão instaladas nas outras co-munidades onde não chega sinal. Tem sinal na zona urbana e já está em 30% da zona rural e a meta do gestor é chegar a 100%, como fez com a água.

Monitoramento por câmeras

Mesmo o município não tendo responsabilidade com segurança por ser atribuição do Estado e do Governo Federal, a prefeitura re-solveu dar sua contribuição com a instalação de câmeras dentro do pe-rímetro urbano.

Em processo licitatório uma em-presa ganhou e faz o monitoramento da cidade através de potentes equipa-mentos que são capazes de identificar qualquer pessoa na via pública. As imagens são guardadas em sigilo e só serão usadas caso haja necessidade e os órgãos da Justiça requeiram.

38 | fev 2014

SOCIAL

Ao meu leitor, todo meu carinho

Especial Arraiá da Tetê 2014São João Show de Bola

Além da animação, das boas comidas tí-picas e bebidas, do ambiente decorado com motivos juninos e da seleção brasileira, numa produção de André Luiz, iluminação de Giu-seppe Lombardi, do maravilhoso repertório do Conjunto Peba com Pimenta, o Arraiá da Tetê, promovido por esta colunista e apresen-tadora, foi realizado no dia 13 de junho na Bella Casa Recepções.

O evento, que reuniu o grand-mond pa-raibano, foi um verdadeiro sucesso e contou com a apresentação da quadrilha da CNEC, do Ballet Jovem da Paraíba, e teve como mes-tre-de-cerimônia o palhaço Pipi, além dos sorteios da Internacional Turismo e do Mus-sulo Resort.

Destaques para o bolo temático da gri-ffe Maria Helena Moura, da boneca réplica da anfitriã – da shomart, de Rita, dos bem--arraiás de Sula e dos doces do Athelier M X M, com referenciado jogador Hulk.

As homenageadas do Arraiá desfilaram na passarela com faixas e coroas e foram mui-to aplaudidas.

Um show! Um show de bola.Agradecimentos a Deus, à família, à News

Comunição, aos patrocinadores e parceiros.

Thereza [email protected] | (83) 3247-3557 / 8845-0365 / 9342-3075

Galerie - Show do ArraiáFotos Stúdio Rocha

40 | jun/jul 2014

Galerie - Show de Bola

jun/jul 2014 | 41

Galerie - Show de Bola Galerie - Convidados

Waldeban [email protected]

CAUSOS COM “Z” E COM “S”

42 | maio 2014

O futebol, sem maiores delon-gas, foi o assunto predominante no mês de junho para o brasileiro e mais da metade da população mundial. Durante exatos 31 dias o brasileiro do Oiapoque ao Chuí respirou fute-bol em mesa de bar, em residências, nos clubes, nas praças, na rua, numa verdadeira explosão de alegria, até o dia em que a Alemanha nos ensinou que 7 não é conta de mentiroso.

Nosso primeiro “causo” foi tra-zido pelo Romário “Paraíba”, atleta da década de 80 em Serra Redonda, quando da partida de futebol entre a seleção de Queimada e o Botafogo da capitalm durante a onauguração do es-tádio “Queimadense”. Depois das ceri-mônias. Ao final do primeiro tempo, o placar já acusava 14 a 0 para o time da capital, porque o time local não esta-va acostumado a jogar de chueteiras. Fizeram um acordo e todos passaram a jogar descalços e o resultado, surpre-endentemente, foi o time local virar o placar e vencer a partida por 16 a 14! Durma-se com um barulho desse!

Nessa partida de futebol teve de tudo, inclusive o primeiro gol do mundo marcado sem que o jogador pisasse no gramado! Como pode? Ora, Romário “Paraíba” explica:

- Começo do segundo tempo, estava eu no banco quando fui con-vocado pelo treinador para entrar em campo devido a uma contusão sofrida por um dos nossos atacan-

tes, justo na hora da cobrança de um escanteio!

- Vai, ligeiro, corre pela lateral do campo e bate o escanteio. A bola já está na bandeira do corner! Não temos tempo a perder, corre, que nós precisa ganhar! – Gritou o trei-nador.

- Fiz carreira pela lateral do campo e, quando cheguei na bola, já fui me preparando para chutar, ainda do lado de fora do gramado, esperando o apito do juiz. Quando este autorizou, chutei de manei-ra enviesada e, pimba! fiz um tre-mendo e inacreditável gol olímpico para o delírio da torcida e dos meus companheiros! Depois, foi só correr pra galera em busca dos abraços e, finalmente, entrar em campo!

Este outro “causo” aconteceu em Natal, durante a partida de fute-bol envolvendo, coincidentemente, Brasil e Alemanha, na década de 70. Chico de Joel, precursor da radiofo-nia esportiva na cidade de Sousa, foi escalado pela sua emissora, a Rádio Progresso, para fazer a cobertura desse jogo internacional. A Alema-nha contava com jogadores como Franz Beckenbauer, Thomas Häßler, Berti Vogts, Karl-Heinz Rummenigge, Karlheinz Förster, Wolfgang Overath, Berti Vogts, Sepp Maier e outros com nomes tão ou mais esquisitos na pro-núncia e na grafia, o que veio colocar o nosso Chico de Joel numa tremen-

da saia justa pela incapacidade de ler e decorar aqueles estranhos nomes dos alemães!

- Abrem-se as cortinas para mais um espetáculo de uma partida do futebol internacional envolven-do o nosso querido Brasil e a sele-ção lá das Alemanhas, que vem lá do outro lado do Atlântico. O Juiz vai dar a saída que pertence ao time alemão! Galeguinho nº 7 passa para o galeguinho de nº 11 e este recua para o galeguinho nº 4, lá atrás, na zaga e começa tudo de novo! Lá vem, lá vem, lá vai, lá vai e os gale-guinhos não deixa o Brasil em paz. Mas o Brasil é valente e lá vai...

E assim foi narrada a partida en-tre a Brasil e Alemanha que, diga-se de passagem, registrou a vitória do Brasil por 2 a 0.

Outro “causo” que diz respeito ao nosso Chico de Joel foi registrado quando, pela primeira vez, ele tentou e conseguiu transmitir uma partida de futebol diretamente das Várzeas de Sousa. Como não dispunha dos equipamentos técnicos indispen-sáveis à transmissão, simplesmente conectou duas baterias de automóvel na cerca de arame farpado que mar-geava o campo de pelada, como fon-te de energia para ajudar na emissão do sinal para os transmissores da rá-dio. Sem atentar para tal engenharia improvisada, os matutos da região quando tocavam no arame levavam pequenas descargas elétricas. Assus-tados, logo exclamavam:

- Vôte! A cerca parece que tá viva!!!

“Causos e Copa”

44 | jun/jul 2014