Revista Produtor Rural - ed 28

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Revista do Produtor Rural 1 ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano V Nº 28 - Nov/Dez 2011 Distribuição gratuita Foto: Paulo Cardoso/Painel Florestal

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Por quê plantar floresta?

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Revista do Produtor Rural 1

ISSN 1984-0004Publicação bimestral doSindicato Rural de GuarapuavaAno V Nº 28 - Nov/Dez 2011Distribuição gratuita

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Manchete Por que plantar floresta?

Representatividade Nacional As conquistas do sistema patronal rural

Adubação nitrogenada Nitrogênio complementar nas culturas do milho, soja e feijão

Prevenção Doença da raiva pode levar animal a óbito

Hortifruticultura Um jeito diferente de vender tomates

Leite Análise do ano e perspectivas

Pesquisa Mecanização do sistema de plantio direto para emergência de fertilidade do solo

60 Anos Exposição apresentará desafios e alegrias dos imigrantes suábios em Entre Rios

Comemoração 60 anos da CNA e 20 anos do SENAR

Literatura Uma lição de administração rural

EsporteTratorsolo I vence I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava

Revista do Produtor Rural4

[expediente]ISSN 1984-0004

Os artigos assinados não expressam, neces-sariamente, a opinião da REVISTA DO PRO-DUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodu-ção de matérias, desde que citada a fonte.

[Editorial]

Mais um ano acabou e na retrospectiva 2011 nos deparamos com um grande número de eventos promovidos, debates, discussões, campanhas, enfim ações em prol do produtor rural. De muita coisa,

nem nos lembrávamos mais... Quando vimos que a retrospectiva do ano não caberia em apenas duas páginas da revista, ficamos felizes, com sensação de missão cumprida.

Foi bom olhar para trás e perceber que trabalhamos duro para represen-tar o produtor rural da melhor forma possível. Foram muitas reuniões, con-gressos, seminários, viagens técnicas. Em Curitiba ou em Brasília, estávamos lá, representando nossos associados.

Agradecemos a todos os produtores rurais, agrônomos, zootecnistas, veterinários, técnicos e parceiros que participaram das palestras, cursos, se-minários, eventos festivos.

Agradecemos as parcerias que viabilizaram a continuidade desse canal de comunicação, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ. Seguiremos rumo a 2012 de portas abertas para críticas, sugestões e novas parcerias, sempre priorizando a qualidade editorial, com publicação de matérias, pesquisas e artigos técnicos que contribuam para o crescimento e fortalecimento dos pro-dutores rurais de nossa região.

Agradecemos também o empenho dos diretores da entidade, o trabalho dos colaboradores e a confiança dos associados.

Feliz Natal e que 2012 seja um ano de altas produtividades, rentabili-dade, mas principalmente, de muita saúde, paz e prosperidade! Boa safra e boas festas!

Adeus Ano Velho!Feliz Ano Novo!

DIRETORIA:Presidente:Rodolpho Luiz Werneck Botelho1º Vice presidente:Cláudio Marques de Azevedo2º Vice presidente:Anton Gora1º Secretário:Roberto Hyczy Ribeiro2º Secretário:Gibran Thives Araújo1º Tesoureiro:João Arthur Barbosa Lima2º Tesoureiro:Herbert SchlafnerDelegado Representante:Anton GoraConselho Fiscal:Luiz Carlos Colferai, Lincoln Campello, Ernesto StockSuplentes:Luiz Carlos Sbardelotto, Nilcéia Veigantes, Denilson Baitala

Endereço:Rua Afonso Botelho, 58 - TrianonCEP 85070-165 - Guarapuava - PRFone/Fax: (42) 3623-1115Email: [email protected]: www.srgpuava.com.br

Extensão de Base CandóiRua XV de Novembro, 2687Fone: (42) 3638-1721

Extensão de Base CantagaloRua Olavo Bilac, 59 - Sala 2Fone: (42) 3636-1529

Editora:Luciana de Queiroga Bren(Registro Profissional - 4333)

Colaboração:Mariana RudekBruno HilgembergAna Carolina Pereira

Fotos:Assessoria de Comunicação SRG / Luciana de Queiroga Bren / Mariana Rudek / Ana Carolina Pereira / Bruno Hilgemberg

Diagramação:Prêmio|Arkétipo Agência de Propaganda

Impressão:Midiograf - Gráfica e Editora

Tiragem: 3.000 exemplares

A REVISTA DO PRODUTOR RURAL/Sindicato Rural de Guarapuava so-lidariza-se com a família de Annibal Virmond Junior, homenageado na RE-VISTA DO PRODUTOR RURAL – edição 23, de janeiro/fevereiro 2011, p. 42 e também com a família do associado Dirceu Ribas Lacerda. Desejamos que todos encontrem conforto nesse momento de grande dor e saudade.

[Homenagens Póstumas]

Rodolpho Luiz Werneck BotelhoPresidente do Sindicato Rural

de Guarapuava

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Anton Gora

Mais um ano chega ao fim

[artigo]

campo e a colaboração do produtor na preservação do meio ambiente.

Será incluído no novo código um parágrafo que limita a não importação de alimentos de países que tenham o mesmo rigor na preservação do meio ambiente do que o Brasil, reivindicação do nosso Sindicato Rural. Pedimos ainda que seja incluído que a importação de alimentos só poderá ser feita de países que usem os mesmo defensivos que são utilizados e registrados no Brasil, ou seja, condições iguais de produção.

Tenho ministrado muitas palestras sobre o nosso Sistema Sindical, princi-palmente para jovens estudantes, o que mostra que eles já estão se interessando também para a necessidade de se ter uma política de classe, e a necessidade maior de participar politicamente em todas as decisões do País, Estado e Município.

Ficamos surpresos em uma viagem à Europa, quando a Embaixada do Brasil junto à Comunidade Européia defendia com vigor os interesses da agricultura brasileira, muitas vezes difamada para

nos prejudicar nas nossas exportações.Na negociação com o Sindicato dos

Trabalhadores Rurais, conseguimos fechar um acordo que dá ao nosso trabalhador, condições dignas de trabalho e renda.

Participamos com muitas sugestões junto à Federação e à CNA, na definição de políticas, como o Plano Anual da Agro-pecuária, segurança no campo, entre va-rias outras ações.

Nem falamos ainda dos eventos que o Sindicato promoveu para os seus asso-ciados, parceiros, colaboradores e tantas outras atividades, que para citá-las preci-saríamos preencher todas as páginas da nossa revista, que, aliás, é a melhor do ramo no Brasil.

Mas todo esse trabalho só foi possí-vel com a colaboração e a presença do nosso associado, com o empenho do nosso colaborador, que merece os nos-sos elogios e reconhecimento e a direção firme da nossa diretoria.

Parabéns a todos pelas realizações em 2011 e que 2012 nos traga muitas surpresas gratificantes.

O ano de 2011 está chegando ao fim. Normalmente fazemos um ba-lanço de fim de ano, mas eu prefiro

chamar de reflexão, sobre aquilo que foi realizado no ano que está terminando.

Penso que podemos ficar muito or-gulhosos mais uma vez quanto às nossas realizações. Escrever sobre todas é im-possível, mas vamos refletir sobre algu-mas que eu acho importante.

No ano de 2001 o destaque foi o só-cio, a pessoa humana. O Sindicato enxer-gou o sócio como pessoa, deu prioridade a pessoa e com isso o Sindicato, o sócio e o nosso colaborador terão retorno finan-ceiro a longo prazo. Valorizar a pessoa é sinônimo de progresso sustentável.

Estamos terminando o ano com mais de 1.000 sócios, um sinal da força que o Sindicato representa, da união dos asso-ciados e do nível de consciência do nos-so produtor, que entendeu que a união faz a força.

Seremos fortes unidos e ninguém vai resolver os nossos problemas a não ser nós mesmos.

Na área de treinamentos, foram reali-zados 152 cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), capacitan-do 1.902 participantes, com transferên-cia de conhecimento, gerando bem estar e riqueza.

O trabalho social do Sindicato foi de grande importância e repercussão. Fo-ram arrecadados alimentos, brinquedos, fraldas, roupas, cobertores, mostrando com isso a solidariedade do nosso pro-dutor e o espírito solidário dos nossos colaboradores.

O Código Florestal, ao que tudo in-dica, será aprovado ainda esse ano, e se não for o ideal, pelo menos nos trará tran-qüilidade e um rumo. O Sindicato cola-borou muito na aprovação desse Código, estando presente em diversas ocasiões em Brasília, para acompanhar e informar os nossos políticos sobre a realidade do

Produtor rural, presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná e vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Depto. Administrativo

Cozinha e serviços gerais Depto. de Comunicação Extensão de Base Cantagalo

Depto. Financeiro Extensão de Base Candói

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Para: Revista do Produtor RuralDe: Ted Marco Sander “Parabéns pela revista dos 1.000 sócios... A pri-meira vista não notei o lay-out da capa, aproxi-mei os olhos e vi – que criatividade! Singelo, mas ao mesmo tempo uma homenagem aos 1.000 sócios! Falei para minha esposa: procure aí o seu nome!!! E ela questionou: Como assim??? Res-pondi: Veja!!! Perceba que a capa está com letras minúsculas que formam os nomes dos associa-dos ao sindicato... Parabéns mesmo!!!”

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Pedro Luiz de Araújo e Campos/Jacaré – representante Biogene

“Gostaria de agradecer a homenagem ofe-recida pelo Sindicato Rural ao profissio-nais Engenheiros Agrônomos. A nossa pró-pria classe não tem lembrado desta data e muito menos do que representamos para a sociedade. Ainda bem que vocês nos refres-cam a memória. Saudações agronômicas”

Para: Sindicato Rural de Guarapuavae Revista do Produtor RuralDe: Marcela Melnik, leitora assídua

“Mais uma vez parabenizo a editora e sua equi-pe pelo ótimo desenvolvimento da edição da revista. A publicação vem se destacando em vários sentidos, obtendo assim total credibili-dade diante creio eu de todos nós leitores... A Campanha Produtor Solidário mais uma vez teve seu destaque especial nessa edição... mui-to legal o trabalho que vocês desenvolvem, por não ser apenas nas datas especiais e sim du-rante o ano todo.

Como estudante de Eng. Agrônomica, espero muito em breve estar participando dos eventos promovidos pelo Sindicato”.

Para: Sindicato Rural de Guarapuava De: Ronei Volpi, Superintendente do SENAR-PR

“Em nome da superintendência do SENAR, agra-deço de coração a todos que de forma direta ou nos bastidores contribuiram para a realização e o grande sucesso que foi o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais, realizado ontem em Curitiba. Esperamos contar com essa dedicação nos próximos eventos, elevando o conceito do nosso Sistema FAEP”.

[Caixa de Entrada]

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Projeto Identidade Sindical

5% de desconto 10% nas prestações de serviços 2% no valor final da

negociação5 a 10% em seguro geral

5% sobre valor finalda negociação

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compra, à vista no cartão ou dinheiro

PostoGuarapuavão

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BetoAgroAGRONEGÓCIOS

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Tecnologia, Saúde e Outros

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geral

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exceto linha de ração

Benefícios para produtores rurais associados

12% em compras na loja

5% em compras na loja

50% na assinatura nova, em um ano de acesso7% sobre o valor total

das compras/serviços

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à vista sem troca

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Produtor rural, apresente a carteirinha* doSindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

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prestados pela empresa

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Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Materiais, Assessorias e Serviços Saúde

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Serviços

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lubrificantes parapagamento à vista

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5% em ferragens e ferramentas á vista.

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3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e

lubrificantes parapagamento à vista

5% em terraplenagem e escavação,6% em manilhas/palanques/bebedouros e3% em materiais p/ construção em geral

TERRAPLENAGEM ESCAVAÇÕES

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conforme tabela de convênio15% á vista ou 10% no

crediário; para Linha solar, armação e lente de contato

R$ 50,00 a consulta

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Agroveterinárias Máquinas e Implementos Agrícolas

5% em toda loja, exceto linha eqüina

Proequi

5% nas compras realizadas na loja

5% à vista e 3% a prazo ou cartão; exceto vacina aftosa e produtos de promoção na

época da compra

2% produtos nutrição gado de leite - Supra

3% sobre vendas de máquinas pequenas,

peças e serviços

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores

e renovador de pastagens

* Se ainda não possui a carteirinha de

sócio, compareça ao Sindicato Rural de

Guarapuava ou nas Extensões de Base:

Candói - Foz do Jordão e Cantagalo.

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[Pesquisa]

Mecanização do sistema de plantio direto para emergência de fertilidade no solo

José Eloir DenardinPesquisador, Embrapa Estudos e Capacitação, Parque Estação Biológica,

Av. W3 Norte (final), Bloco D, 70770-901 Brasília, DF, Brasil. E-mail: [email protected]

Sistema AgrícolaProdutivo e Modelode Produção

Com o intuito de destacar a relevância do papel da diversificação de espécies, na produção de matéria orgânica (MO) e na construção e manutenção da fertilidade do solo, é imprescindível conceituar sis-tema agrícola produtivo e diferenciá-lo de modelo de produção.

Sistema agrícola produtivo é entendi-do como a interação dos fatores ambien-te, planta e solo, em que o fator ambiente participa com o potencial energético, o fator planta com o potencial genético e o fator solo com o potencial fertilidade (Figura 1). Assim, a produtividade do sis-tema agrícola produtivo é um resultado integrado, de modo que não tem sentido referir-se isoladamente à produtividade do ambiente, à produtividade da plan-ta ou à produtividade do solo, visto que não há geração de produto na ausência de qualquer um desses fatores ou sem a interação deles.

Modelo de produção é o arranjo es-paço-temporal das espécies vegetais e/ou animais que compõem os sistemas agríco-las produtivos.

O modelo de produção determina a quantidade e qualidade do material or-gânico aportado ao solo em um sistema agrícola produtivo, bem como a frequên-cia com que esse aporte ocorre. O modelo de produção interfere na taxa de decom-posição do material orgânico aportado e na quantidade e qualidade da MO gerada no sistema agrícola produtivo. Portanto, as espécies que compõem os modelos de produção determinam a intensidade da atividade biológica do solo, a qual define

a qualidade da estrutura do solo, que por sua vez comanda o nível de fertilidade do solo (Figura 1). De outro modo, o modelo de produção interfere nas propriedades biológicas e físicas do solo as quais con-ferem fertilidade ao solo, que é expressa, não apenas pela disponibilidade de nu-trientes e reação do solo (pH), mas pela interação dos seguintes atributos do solo:

- armazenamento e disponibilidade de água às plantas;

- armazenamento e difusão de calor;- fluxo de oxigênio;- permeabilidade;- reação do solo - pH; e- disponibilidade de nutrientes.Do exposto, percebe-se que a

emergência de fertilidade no solo é condicionada pela quantidade e qua-lidade do material orgânico produzido pelas espécies que compõem o modelo de produção adotado no sistema agrí-cola produtivo e pela frequência de seu aporte ao solo.

Para a região subtropical do Brasil, são requeridos 8 a 12 t/ha de matéria seca por ano agrícola para atender a demanda biológica do solo para manter e/ou construir a fertilidade do solo. São esses processos integrados que justifi-cam a diversificação de espécies ser a “chave-mestre” para o sucesso do sis-tema plantio direto (SPD) como ferra-menta para imprimir sustentabilidade à agricultura.

Agroecossistema e Fertilidade do Solo

Ecossistema, interpretado como o conjunto de relações entre fauna, flora e microrganismos e da interação de fatores geológicos, atmosféricos e meteorológicos, constitui um siste-

IntroduçãoA busca por aumento de produtivida-

de, baseada no conceito de fertilidade do solo expresso apenas por atributos quími-cos e pelo uso de fertilizantes minerais, nitidamente perdeu força e está sendo substituída pela adoção dos preceitos da agricultura conservacionista (AC), cenário em que a ampliação do enfoque de fer-tilidade do solo assume relevância. Por-tanto, a otimização de sistemas agrícolas produtivos, embasada em gestões incom-patíveis com a promoção da fertilidade do solo e descomprometida com o equilíbrio dinâmico do agroecossistema e de seu entorno, mostra-se dessincronizada ante à expectativa de alcance de uma agricul-tura tendente à sustentabilidade.

A ampliação do conceito de fertilida-de do solo, no qual propriedades físicas do solo e prevenção de perdas de qualquer ordem – erosão, lixiviação, volatilização e eluviação – desempenham papéis prepon-derantes, constitui referencial para a ges-tão conservacionista de sistemas agrícolas produtivos. Sob essa abordagem, são as ca-racterísticas estruturais das plantas – raiz, colmo e folhas – que definem a qualidade e quantidade de carbono (C) orgânico pro-duzido e, consequentemente, a qualidade estrutural do solo e o padrão de fertilidade biológica, física e química do solo. A inte-gração desse trinômio, para a emergência de fertilidade no solo, está, assim, na de-pendência do modelo de produção adota-do e de sua interação com equipamentos agrícolas de manejo de solo, com ênfase para aqueles promotores do aprofunda-mento de raízes no solo.

Objetivou-se com essa dissertação promover, no WinterShow 2011, preocu-pações atinentes à gestão conservacio-nista de sistemas agrícolas produtivos que associe diversificação de espécies a seme-adoras facilitadoras do desenvolvimento radicular das plantas, como ferramentas para a emergência de fertilidade no solo.

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Figura 1 – Estrutura conceitual de sistema agrícola produtivo.

ma aberto, com fluxos de energia e matéria dinamicamente equilibrados. Interferências antrópicas, com a fina-lidade de implantar sistemas agríco-las produtivos, alteram essa dinâmica, transformando ecossistemas em agroe-cossistemas. Assim, agroecossistemas, representados por áreas agricultadas, são ecossistemas sob interferência hu-mana, em permanente relação com os sistemas vizinhos.

O caráter de sustentabilidade que se pretende imprimir aos agroecossis-temas, fundamentado no atendimento de necessidades socioeconômicas, na segurança alimentar da humanidade e na preservação dos recursos naturais, está na dependência da obtenção de um novo equilíbrio dinâmico dos fluxos de entrada e saída de energia e matéria do sistema, e da consequente qualida-de das relações estabelecidas com os sistemas do entorno.

Do ponto de vista da fertilidade do solo, importante indicador de sus-tentabilidade de agroecossistemas está associado à dinâmica dos fluxos de adição e decomposição do material orgânico aportado ao solo pelas es-pécies componentes dos modelos de produção. Nesse cenário, destacam-se os aspectos relativos à diversidade e ao arranjo das espécies que compõem o modelo de produção, à intensidade de mobilização do solo, à quantidade, à qualidade e ao posicionamento dos agroquímicos no solo e à prevenção de perdas – erosão, lixiviação, volatiliza-ção, eluviação. Enquanto a intensidade de mobilização do solo e a quantida-de, qualidade e posição dos agroquí-micos no solo estão associadas à taxa de decomposição do material orgânico

adicionado ao solo, a diversidade e o arranjo das espécies estão associados à quantidade e à qualidade da MO re-sultante no solo.

A taxa de perda de MO do solo é altamente influenciada pela mobili-zação do solo, por homogeneizar resí-duos culturais e nutrientes na camada revolvida, oxigenar o solo e estimular a ação de microrganismos decomposito-res. Em um mesmo solo, o preparo con-vencional do solo pode duplicar a taxa de decomposição do material orgânico do solo em relação ao SPD. Sistemas agrícolas produtivos, em que a gestão contempla intensa mobilização de solo, remoção ou queima de resíduos cultu-rais e modelo de produção com baixa produtividade de fitomassa geram ta-xas de adição de material orgânico ao solo inferior à taxa de decomposição. Essa condição determina decomposi-ção da MO estável do solo, implicando em redução do teor de C no solo, de-sestabilização estrutural do solo e de-gradação da fertilidade do solo.

Fertilização sucessiva do solo, ex-clusivamente em superfície, contribui para a concentração de raízes na cama-da superficial do solo e restrição da ati-vidade biológica estruturadora de solo apenas a esta zona, constituindo indu-bitável risco ao desenvolvimento das plantas em períodos de déficit hídrico. Em síntese, os processos implicados na fertilidade do solo estão associados à gestão de sistemas agrícolas produ-tivos que promovam maximização do aporte de material orgânico ao solo, aprofundamento de raízes e minimiza-ção de perdas.

É relevante considerar que, além dos resíduos culturais produzidos pela

parte aérea das plantas, há o material orgânico gerado pelas raízes, que assu-me papel preponderante para a emer-gência da fertilidade no solo. Modelos de produção que envolvem espécies de abundante sistema radicular, como gramíneas forrageiras perenes, que alocam maior fração de C para as raí-zes do que espécies anuais, são mais eficientes em elevar o estoque de MO no solo e em induzir fertilidade ao solo. Destaca-se que gramíneas anuais – ce-reais de inverno, milho, sorgo etc. – são superiores às leguminosas – soja, ervi-lhaca etc. – e às brássicas – nabo forra-geiro e canola –, na construção e manu-tenção da fertilidade do solo. Portanto, na região subtropical do Brasil, dada às características de solo e clima, o nível de fertilidade do solo é diretamente dependente da adoção de modelos de produção que associem à soja – cultu-ra principal – espécies gramíneas, com ênfase para cereais de inverno, milho, sorgo, milheto...

Mobilização profunda de solo res-trita à linha de semeadura, com conco-mitante deposição de fertilizantes nessa profundidade, constitui prática promo-tora de aprofundamento de raízes e de ampliação da camada de solo fértil.

Agricultura conservacionista

Agricultura conservacionista é a arte de cultivar a terra, respeitando os fundamentos da ciência da conser-vação do solo. AC é entendida como a agricultura conduzida sob a proteção de um complexo de tecnologias de caráter sistêmico, objetivando preser-

è

SISTEMAAGRÍCOLA

PRODUTIVO

FATOR CLIMA ENERGIA LUZ

ÁGUA

CALOR

OXIGÊNIO

PERMEABILIDADE

pH

NUTRIENTES

TIPO AGRONÔMICO ADAPTABILIDADE

MATERIALORGÂNICO

ATIVIDADEBIOLÓGICA

ESTRUTURADO SOLO

CALOR PRECIPITAÇÃO

FATOR PLANTA GENÉTICA

FATOR SOLO FERTILIDADE

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var, manter e restaurar ou recuperar os recursos naturais, mediante o manejo integrado do solo, da água e da biodi-versidade, devidamente compatibiliza-do com o uso de insumos externos. AC compreende um conjunto de preceitos que minimiza alterações na estrutura, composição e biodiversidade do solo.

Os principais preceitos da AC são:- preservação de ecossistemas sen-

síveis;- respeito à capacidade de utiliza-

ção do solo;- redução ou supressão de mobili-

zação de solo;- promoção de cobertura perma-

nente de solo;- erradicação de queimadas;- manejo integrado de pragas;- controle de tráfego sobre o solo

agrícola;- diversificação de espécies em

rotação, consorciação e/ou suces-são de culturas;

- redução ou supressão do interva-lo entre colheita e semeadura

- processo colher-semear;- adição de material orgânico ao

solo, em quantidade, qualidade e frequência compatíveis com a de-manda do solo;

- implantação de práticas mecâni-cas e/ou hidráulicas, para manejo de enxurrada; e

- uso preciso de insumos agrícolas.O conjunto de preceitos preconiza-

do pela AC constitui a base de susten-tação da exploração agrícola, conser-vando o solo, a água, o ar e a biologia dos agroecossistemas, prevenindo po-luição, contaminação e degradação dos sistemas do entorno, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e amenizando a emissão de gases de efeito estufa.

O sistema plantio direto é compre-endido como um complexo de tecno-logias que submete o sistema agrícola produtivo a um menor grau de pertur-bação ou de desordem, quando com-parado a outras formas de manejo que empregam mobilização de solo. SPD é ferramenta da AC capaz de viabilizar o ato de semear sem preparo prévio do solo de modo contínuo e ininterrupto, safra após safra. Em decorrência, o SPD, dentre inúmeros benefícios, propicia a estruturação do solo, reduz a taxa de mineralização da MO e desacelera a taxa de reciclagem de nutrientes, esta-belecendo sincronismo entre as formas de vida presentes no solo. Portanto, o SPD, potencializa a busca pelo equi-

líbrio dinâmico do agroecossistema, disciplinando fluxos de entrada e saí-da de energia e matéria do sistema, e conserva o potencial biológico do solo, reservando-lhe maior capacidade de auto-reorganização.

Nesse cenário de transformação, reorganização e manutenção da fertili-dade do solo, propiciadas pelos funda-mentos do SPD, destaca-se o processo colher-semear. Esse processo reproduz, no sistema agrícola produtivo, os fluxos de adição e decomposição de material orgânico semelhantemente ao que ocorre no ecossistema e que contri-buem para a emergência de fertilidade no solo. Nos ecossistemas, os fluxos de adição e decomposição de material or-gânico, embora variem sazonalmente, podem ser considerados permanentes e simultâneos, mantendo as entradas e saídas de matéria e energia em equilí-brio dinâmico. Em contraste, em siste-mas agrícolas produtivos constituídos por modelos de produção com espé-cies anuais, os fluxos de adição e de-composição de material orgânico nem sempre são contínuos e simultâneos. Ao longo do ciclo vegetativo das espé-cies cultivadas, ambos os fluxos, adição e decomposição, ocorrem simultane-amente. Nessa situação, os elementos mineralizados podem ser absorvidos pelas plantas e repostos pela decom-posição de resíduos culturais, evitando perdas no sistema. Entretanto, no perí-odo de entressafra, em razão da ausên-cia de plantas vivas, a decomposição, que passa a ser o fluxo predominante ou exclusivo, libera C e nutrientes para o sistema, sem as respectivas absorção e reposição. Em decorrência, o sistema torna-se vulnerável a perdas pela que-bra do equilíbrio dinâmico preconizado para a sustentabilidade agrícola.

Do exposto, é possível inferir que a fertilidade do solo é dependente da qualidade de gestão do sistema agríco-la produtivo, principalmente em rela-ção ao quanto os modelos de produção são eficazes em reproduzir o equilíbrio dinâmico dos fluxos de adição e de-composição de material orgânico.

Fertilidade do Solo... (Re)Emergindo Sistêmica

A fertilidade do solo, ao englobar aspectos biológicos, físicos e químicos, é regida pela estrutura do solo (Figura 1).

A estrutura do solo é conceituada como o arranjo das partículas que o compõem, em decorrência de processos pedogené-ticos, dos quais a ação biológica assume relevância, e/ou de ações antrópicas rela-tivas ao manejo. Portanto, a estrutura do solo é dependente do material orgânico aportado ao solo em quantidade, quali-dade e frequência. Em síntese, o modelo de produção aplicado ao sistema agrícola produtivo e associado ao manejo dos resí-duos culturais é que, em essência, promo-ve ou degrada a fertilidade do solo.

A viabilização de modelos de produ-ção constituídos por uma diversidade de espécies capaz de induzir fertilidade ao solo requer da mecanização agrícola evo-lução concomitante e compatível. Semea-doras para plantio direto, versáteis para a semeadura de múltiplas espécies e inclu-sive de consórcios de espécies e com per-missividade para variados espaçamentos entre linhas e uso de múltiplos elementos rompedores de solo, a custos compatíveis com a amplitude da estrutura fundiária do Brasil, representam desafio singular à in-dústria da mecanização agrícola, para am-pliar a adoção do processo colher-semear. Semeadoras equipadas com hastes sulca-doras de design vertical em substituição ao parabólico, de espessura inferior a 12 mm e ajuste para operar até 200 mm de profundidade, constitui outra demanda desafiadora de importância indiscutível para o aprofundamento de raízes da di-versidade de espécies passíveis de inte-grarem modelos de produção indutores de fertilidade no solo. A deposição de fertilizantes na profundidade operacional preconizada para elementos rompedores de solo de semeadoras constitui mais uma demanda à indústria da mecanização agrícola, capaz de viabilizar o aprofunda-mento do sistema radicular das plantas e, em decorrência, promover evolução estrutural do solo e contribuir para a mi-nimização de riscos de perda de safra em períodos de déficit hídrico.

A transdisciplinaridade de disci-plinas, como ciência do solo, genéti-ca, engenharia mecânica e engenharia agrícola, entre outras, de modo similar à nova e ampla conotação conferida à AC, poderá se constituir, na amplia-ção do enfoque de fertilidade do solo, como mais um notável progresso do desenvolvimento e da modernização da agricultura. Indubitavelmente, a quantificação do potencial dessa nova contribuição para a ampliação e com-preensão do conceito de fertilidade do solo é um desafio inimaginável.

Revista do Produtor Rural 13

Após mais de seis horas de discussão, o plenário do Senado aprovou, por 59 votos contra 7, o texto básico da reforma do Código Florestal, que prevê a recuperação de parte das áreas desmatadas. O texto

analisado em plenário foi o finalizado pelo relator Jorge Viana (PT-AC), e já havia sido aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado no final de novembro. Na comissão de Constituição e Justiça, o relator foi o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).

A votação foi concluída por volta das 23h10 do dia 06 de dezembro, após a análise de emendas (mudanças) ao texto-base. Do total apresen-tado, 26 foram acatadas e 56 rejeitadas. O projeto voltará ao plenário da Câmara Federal para concluir um debate que se arrasta por 13 anos e onde precisará ser apreciado novamente, uma vez que recebeu mudanças no Senado. Depois, o texto será encaminhado para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.

[Código Florestal]

Senado aprova texto básico do CFB;projeto retorna para Câmara Federal

Revista do Produtor Rural14

[Lançamento]

Fotodocumentário Santa Clara:História, Trabalho e Vida eterniza a trajetória de empresa rural

A agricultura é uma fonte inesgotável para a fotografia, exemplo disso é o fotodocumentário Santa Cla-

ra: História, Trabalho e Vida que une belas imagens e a apuração de detalhes no texto jornalístico. As fotografias são possibilida-des de perpetuar uma fração do mundo no tempo e no espaço, construindo o que chamamos de memória sócio-histórico-cul-tural. Por documental entende-se o senso estilístico do trabalho fotográfico, profun-damente influenciado pelo fotojornalismo.

O projeto do fotodocumentário da empresa agrícola Santa Clara de proprie-dade de Hermine Leh e filhos foi idealiza-do em 2008 pela fotógrafa Sandra Hyczy em parceria com a jornalista Luciana de Queiroga Bren que, ao assumir a gerência do Sindicato Rural, indicou a jornalista Grazieli Eurich para executá-lo. Sandra e Grazieli acompanharam cada passo do ano agrícola na fazenda no município de Candói, o plantio, os cuidados com a

planta, a colheita e, foram além, procuran-do informações sobre as memórias da fa-mília alemã Leh desde sua imigração para o distrito de Entre Rios, da trajetória da empresa e da empresária, entrevistando colaboradores e parceiros, dentre eles a Cooperativa Agroindustrial Agrária.

Roberto Niczay da agência de publi-cidade Prêmio Arkétipo foi o responsável pelo planejamento gráfico e diagrama-ção. O resultado não é apenas um foto-documentário, mas um livro que guarda na fotografia e na escrita jornalística a história de sucesso da empresa, como de-fine a jornalista Grazieli Eurich. O texto do fotodocumentário é bilíngue: português e alemão, esta última língua originária da família imigrante.

A fotógrafa Sandra Hyczy conta que quando a empresária Hermine Leh pediu “um relatório” que mostrasse às futuras gerações de sua família sua origem, os processos administrativos e também as

conquistas que a empresa Santa Clara têm alcançado, “entendi que seu intui-to era plantar nas gerações vindouras o amor à terra e a preservação da empre-sa trilhando caminhos seguros, baseados em conhecimento, tecnologia e muito trabalho em equipe. Ao entregar este li-vro, fica a certeza de ter cumprido a mis-são a mim confiada naquele dia.”

Realmente a missão foi cumprida, se-gundo Hermine Leh, foi emocionante rece-ber em mãos o fotodocumentário agrícola. “Me emocionei em realizar um dos meus sonhos, deixar registrado um trabalho ár-duo no campo em seus diversos setores e sistemas envolvendo-os em evolução estrutural e tecnológica, isto é, gestão de pessoas e resultados, máquinas, processos definidos, qualidade, aplicações, projetos que dão suporte a continuidade de gestão”.

Nas palavras de Hermine Leh, um dos objetivos que a motivou a desenvolver o fotodocumentário foi para que as gera-

Sandra Hyczy e Roberto Niczay entregam o livro à Hermine Leh

Revista do Produtor Rural 15

ções futuras valorizassem o patrimônio da empresa familiar e seus antecedentes. Esse objetivo foi concluído, segundo ela, com um livro de alto nível, feito por profis-sionais com conhecimento e experiência.

“Plantei uma semente, que agora deixo documentado, para que no futuro gere frutos.” O livro retrata sua história, a de uma dona de casa que corajosamen-te assumiu uma empresa agrícola, “estou certa de deixar um trabalho que no início da minha gestão não sabia se ia ser um sucesso ou um fracasso. Agradeço a Deus e a todos que me ajudaram e trabalharam como equipe, pois se não trabalhássemos desta forma não teríamos atingido nossas metas”, ressalta Hermine.

A pecuária, a indústria e o comércio em geral também dariam ótimos fotodo-cumentários afirma a fotógrafa Sandra Hyczy, que pensa em projetos futuros. “Santa Clara: História, Trabalho e Vida é o primeiro de muitos que virão”, conclui.

Revista do Produtor Rural16

[Representatividade Nacional]

As conquistas do sistema patronal rural

A Confederação da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA) desenvolve uma série de ações em defesa do

produtor rural brasileiro, que contribuem para o desenvolvimento do setor agrope-cuário e do Brasil.

Do dia a dia no Congresso Nacional ao diálogo com as áreas de decisão do Governo e do Judiciário, a CNA trabalha para melhorar a vida de milhões de pro-dutores rurais.

Confira o que a CNA fez (e está fa-zendo) pelo produtor rural:

Mobilização do Código Florestal: A atualização do Código Florestal regula-rizará mais de 90% das propriedades rurais, reduzindo a insegurança jurídica no campo e adequando a legislação am-biental brasileira à realidade do País. Mo-bilizou mais de 25 mil produtores rurais, que foram a Brasília participar de uma grande manifestação em favor da apro-vação do relatório do deputado Aldo Re-belo (PCdoB/SP) na Câmara dos Deputa-dos. O texto foi aprovado em 24 de maio de 2011 e, agora, continuamos firmes em busca da aprovação no Senado Federal.

AVANçOS ALCANçADOS NA CâMARADOS DEPuTADOS

1. Soma das áreas de reserva legal às áreas de preservação perma-nente (APPs) para alcançar o ín-dice legal de uso restrito na pro-priedade rural.

2. Isenção da recomposição da re-serva legal para as propriedades de até quatro módulos fiscais.

3. Redução de 30 para 15 metros das margens de rios com até 10 metros de largura, a serem recu-peradas pelo pequeno agricultor.

4. Consolidação das áreas abertas até julho de 2008, conforme a lei da época em que ocorreu a su-pressão.

SENADOrA KÁTIA ABrEu - Presidente da CNA

Revista do Produtor Rural 17

5. Estados, União e Distrito Federal legislarão em conjunto para a re-gularização ambiental, por meio dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs).

6. Regularização da propriedade por meio de recomposição ou regeneração natural, no prazo de até 20 anos, a partir da aprovação do PRA.

7. Compensação das áreas de reser-va legal em outro Estado, desde que no mesmo bioma.

8. Suspensão de multas aplicadas até 22/7/2008, após a assinatura do termo de adesão e compro-misso de regularização ambiental da propriedade.

REVISãO DA POLíTICA AGRíCOLA

Uma política para o produtor rural e não para a produção. É para isto que tra-balhamos na revisão da política agrícola brasileira, que trará maior estabilidade de renda e menos risco para os agricul-tores e pecuaristas. Desde 2008, a CNA tem debatido e negociado este projeto com o Governo, que cria o Cadastro Úni-co do Produtor Rural para facilitar a con-tratação de recursos do crédito, o seguro rural e a sustentação de preços.

SEGuRANçA JuRíDICA

Liderou o Movimento Paz no Campo,

na Esplanada dos Ministérios, em Brasí-lia, quando foi protocolado documento ao Ministério da Justiça solicitando a criação de um Plano Nacional de

Combate às Invasões de Terras. Criou o Observatório das Inseguran-ças Jurídicas no Campo para monitorar as invasões de terras em todo o País. Também requereu à Advocacia Geral da União (AGU) que reconheça as orienta-ções do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, no Es-tado de Roraima, quando estabeleceu conceitos inequívocos sobre Terra In-dígena. Solicitou que os mesmos parâ-metros sejam adotados para as demais demarcações.

ASSuNTOS FuNDIáRIOS

Solicitou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a prorrogação do prazo de exigência do georreferenciamento para propriedades rurais com menos de 500 hectares, defi-nida pelo Decreto nº 5.570/2005.

DEFESA AGROPECuáRIA

Firmou acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para implementa-ção do projeto da Plataforma de Gestão Agropecuária, que integra a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) e o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva

Senhor (a) Produtor (a),

“Os produtores rurais brasileiros já mostraram a sua eficiência da porteira para dentro das fazendas, mas perdemos renda por-que não podemos contar com sistemas adequados para o escoamento da produção agrícola. Perdem os produtores, perde o País. Por esse motivo, levei à presidente Dilma Rousseff a reivindicação da CNA para que o Governo faça os investimentos em logística na região Centro-Norte do Brasil, especialmente nas hidrovias do Tocantins, Teles Pires-Tapajós e Madeira.

A maior parte das cargas que circula pelo Brasil (59,2%) é transportada por caminhões em estradas de má qualidade. A pre-ocupação aumenta quando comparamos a situação do Brasil com a de nossos concorrentes no mercado internacional. O Brasil tem 196 mil quilômetros de estradas asfaltadas, enquanto os Estados Unidos têm quatro milhões de quilômetros e, na China, são 1,5 milhão de quilômetros asfaltados.

Nossos concorrentes também têm vantagens comparativas em relação ao transporte de cargas por hidrovias e ferrovias. No passado, lutamos pelas estradas de terra. Hoje, a nossa obsessão deve ser o avanço pela hidrovia, pela ferrovia, pela mo-

dernização dos portos, porque o agronegócio depende de uma logística eficiente. Novos investimentos em infraestrutura podem reduzir perdas e garantir a remuneração adequada aos nossos produtores. Essa é a nossa prioridade”.

Senadora Kátia AbreuPresidente Da Cna

de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Foi re-alizado um piloto do projeto no Estado de Alagoas e, atualmente, estão sendo transferidas as bases de dados dos Es-tados para esta plataforma. Com este projeto, vamos dar transparência e des-burocratizar o processo de certificação dos nossos produtos, ganhando credibi-lidade no mercado externo.

PROJETO BIOMAS

Parceria entre CNA e Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa) para desenvolver pesquisa com o objetivo de gerar tecnologia para preservar áreas ambientalmente sen-síveis e o uso sustentável dos biomas brasileiros. Serão implementadas seis unidades de pesquisa – uma em cada bioma - em propriedades rurais, en-volvendo 200 técnicos em todo o país. Conta com o apoio da Monsanto, SE-BRAE e John Deere.

GOVERNANçA PARA AAGROPECuáRIA DE BAIxO CARBONO

Organização e desenvolvimento de ações que incentivem os produtores ru-rais a utilizar tecnologias de baixo carbo-no, contribuindo para a redução de emis-sões de gases de efeito estufa. Busca transformar em vantagem competitiva as oportunidades existentes no atual cená-rio de mudanças climáticas. Complemen-ta o Projeto Biomas.

Revista do Produtor Rural18

[Representatividade Estadual]

As principais conquistas da FAEP em 2011

CÓDIGO FLORESTAL

A FAEP participou do grande esfor-ço para aprovação do Código Florestal no Congresso Nacional:

- Promoveu em abril a ida de uma caravana de 4 mil lideranças e produto-res rurais a Brasília para pedir à Câmara votação do Código Florestal – substituti-vo Aldo Rebelo;

- Manteve acompanhamento das votações do Código na Câmara Federal: nas votações nas comissões e no plená-rio foram a Brasília grupos de lideran-ças, mantendo contato com deputados federais;

- A FAEP elaborou documentos para sensibilizar deputados e formadores de opinião;

- Em maio foi aprovado o substi-tutivo do deputado Aldo Rebelo com a emenda 164 do PMDB que consagrou as “áreas consolidadas” para efeito de áreas de preservação permanente e Re-serva Legal. O projeto foi encaminhado ao Senado Federal;

- Dando início às discussões no Senado, a FAEP mobilizou lideranças e produtores para Audiência Pública do

A união e o trabalho de todo o sistema sindical rural paranaen-se tem sido uma alavanca importante na luta do produtor rural para enfrentar os desafios naturais e institucionais que vem se antepon-do à nossa agropecuária. Com as ações desenvolvidas em 2011, a FAEP cumpre a sua missão de buscar soluções para problemas relacionados aos interesses econômicos, sociais e ambientais do produtor rural paranaense. As ações abaixo relacionadas são uma síntese dessas conquistas:

Senado no plenário da Assembleia Le-gislativa, com apresentação de vídeo elaborado pela FAEP para mostrar a ne-cessidade de mudança do Código e seu impacto na produção rural;

- Foram elaborados novos estudos e um vídeo produzido por professores da UFPR para sensibilizar senadores para que mudassem o Código Florestal, mostrando as incoerências do Código em vigor;

- A FAEP elaborou emendas para mu-dança do Código e os técnicos da FAEP fizeram dezenas de palestras a pedido de sindicatos para explicar o que estava sendo votado no Congresso Nacional.

PROPOSTAS AOGOVERNO DO ESTADO

A FAEP havia feito aos dois candi-datos ao Governo do estado em 2010 uma série de propostas para o desen-volvimento econômico do Paraná, entre as quais:

- Criação da Agência de Defesa Agropecuária, em substituição ao DE-FIS, para reforçar a defesa sanitária no Paraná e com isso valorização a nossa

produção animal e vegetal. A proposta foi aceita pelo governador e incluída no Plano de Governo e a FAEP elaborou a minuta do projeto de lei e entregou ao Governo. A Assembleia Legislativa deve aprovar a criação em dezembro dessa agência.

- Criação da Agência de Desenvol-vimento do Paraná, com a finalidade de incentiva e atrair investimentos e complementar as cadeias produtivas agroindustriais. A proposta da FAEP era para o agronegócio, mas o Governador gostou da ideia e expandiu para todos os setores econômicos e incluiu no Pla-no de Governo. A FAEP elaborou minuta de projeto de lei e entregou ao Governo no início do ano. Projeto está na Assem-bleia para aprovação.

SANIDADE AGROPECuáRIA

Tem sido grande o empenho da FAEP, em conjunto com a SEAB, para a reativação das Comissões de Sanidade Agropecuária (CSA´s) nos municípios, como unidades avançadas da defesa agropecuárias e da participação ativa da iniciativa privada.

Revista do Produtor Rural 19

ENCONTRO DASCOMISSÕES TÉCNICAS

Em julho, a FAEP promoveu en-contro de 400 lideranças e membros das Comissões Técnicas da Federação. Participaram do encontro o atual vice--presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, que lançou o Seguro Faturamento da Soja, o secretário da Agricultura, Nor-berto Ortigara e o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz que fez palestra sobre a nova Políti-ca Agrícola que estava sendo estudada pelo Ministério da Agricultura e atende as reivindicações da FAEP.

ESTuDOS SOBRE INFRAESTRuTuRAE TARIFAS

A FAEP contratou dois estudos im-portantes para o agronegócio do Paraná uma vez que infraestrutura e fretes tem impacto direto na renda do produtor:

- Perspectivas de exportação de graneis sólidos por Paranaguá, mostran-do a necessidade urgente de recuperar o porto; elaborado pela MB Associados;

- Estudo de tarifas de fretes rodo-viários e ferroviários, pela Esalq-Log, da Escola Luis de Queiroz da Universidade de São Paulo, que demonstra que os fretes ferroviários são mais caros que os rodoviários em razão da necessidade do uso de caminhões para levar a carga aos terminais ferroviários, além do cus-to de transbordo.

Estes dois estudos foram apresen-tado no Fórum de Logística no dia 21 de novembro em Curitiba com a participa-ção de secretários de estado (Infraes-trutura, Planejamento e Agricultura) e deputados estaduais e federais.

TRABALHO DECENTE

O Governo Federal promove no país inteiro fóruns sobre Trabalho Decente, com a participação tripartite de Gover-no, trabalhadores e empregadores. No Paraná foram realizados seis encontros regionais e um estadual. A FAEP prati-camente liderou a bancada de empre-gadores, participando ativamente de

todas as reuniões, com a participação de sindicatos rurais. Em maio do próxi-mo ano (2012) haverá a reunião nacio-nal em Brasília, da qual a FAEP também participará.

GEORREFERENCIAMENTO

A partir de dezembro, propriedades com menos de 500 hectares estariam obrigadas a fazer georreferenciamento caso o proprietário tivesse que realizar venda ou desmembramento da proprie-dade. A FAEP solicitou que a data fosse postergada porque o INCRA não tinha condições de analisar os projetos já protocolados e muito menos recursos e técnicos para realizar o georreferen-ciamento dos pequenos proprietários. A FAEP se empenhou junto ao Governo para adiar o prazo e no final de novem-bro, o Governo Federal ajustou novas datas, a partir de 2013.

ENERGIA MAIS BARATA - Por um equívoco de interpretação, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, deixou algumas atividades da agropecu-ária fora do benefício fiscal de isenção de ICMS no pagamento da energia elé-trica (produtores de bens não alimentí-cios como fumo, algodão, flores, dentre outros). A FAEP fez um grande movimen-to e conseguiu que a ANEEL modificasse a sua Resolução e incluísse as ativida-des de produção não alimentícia como beneficiárias da isenção.

RENEGOCIAçãO DE DíVIDASCOM O BANCO DO BRASIL

A FAEP obteve com o BB um progra-ma de renegociação de dívidas das ope-rações de crédito rural para produtores que estavam inadimplentes. A campa-nha beneficiou 2.300 produtores rurais paranaenses, os quais renegociaram um passivo de R$ 227 milhões.

CuSTOS DE PRODuçãO

A FAEP contratou consultoria espe-cializada para realizar o levantamento de custos de produção de suínos e aves. As planilhas foram apresentadas para as

indústrias participantes, principalmente a Brasil Foods (BRF), que está usando as planilhas para negociar com seus inte-grados em várias regiões.

GLIFOSATO

Em 2011 o governo federal estava estudando um pedido para que fosse elevada a tarifa de importação do gli-fosato proveniente da China sob a acu-sação de prática de dumping por parte deste país. Considerando o impacto que o produto tem no custo de produção, o governo atendeu aos apelos da FAEP e não houve elevação da tarifa.

TRIGO, MILHO, ARROZ E FEIJãO

Entre os principais resultados obti-dos na ação da FAEP durante a consulta pública para definir a nova classificação oficial do milho destaca-se que foi evita-do que 30% a 75% da safra de milho do Paraná pudesse futuramente ser enqua-drada como fora de Tipo. Isso inviabiliza-ria, por exemplo, apoio governamental à comercialização do milho do Paraná. Para atender os produtores de arroz, trigo e feijão em 2011, que passaram maus bo-cados com os preços abaixo do custo de produção, a FAEP obteve junto ao governo federal apoio à comercialização para os produtores minimizarem os prejuízos.

uSINAS HIDRELÉTRICAS

Os produtores que têm suas áreas no entornos das hidrelétricas construí-das antes de 2001 não foram indeniza-dos pelas áreas de Preservação Perma-nente que devem ser reconstituídas. Em defesa dos produtores, a FAEP encami-nhou mais de duzentos ofícios de carta--manifesto às autoridades solicitando medidas para que os produtores não fossem prejudicados. Em resposta, o Ministério do Meio Ambiente reconhe-ceu, através de parecer, que a respon-sabilidade da preservação é da empresa gestora da hidrelétrica. Foram promovi-das reuniões nos sindicatos, divulgando também o problema em matérias no Bo-letim Informativo e na mídia.

Revista do Produtor Rural20

[Representatividade local]

Sindicato Rural de Guarapuava

Retrospectiva 2011

Código Florestal

Durante todo o ano, acompanha-mos de perto as discussões e votações do novo Código Florestal Brasileiro. Em Brasília, o vice-presidente da entidade, Anton Gora, representou o Sindicato em diversas reuniões. No dia 05 de abril, uma caravana de produtores rurais saiu de Guarapuava para manifestação em Brasília, com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP).

O Sindicato Rural de Guarapuava fecha 2011 com muitos motivos para comemorar: a marca de 1.000 sócios aos 44 anos de fundação favorece a representatividade política da classe e revela a união e a força dos produtores rurais de Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão. Na área de treinamentos, foram inúmeros cursos, palestras e seminários. Nos serviços

prestados, a entidade superou metas. Tudo isso só foi possível graças à dedicação da diretora e colaboradores, que sob o comando do presidente Rodolpho Luiz

Werneck Botelho não mediram esforços para representar o associado da melhor forma possível, fornecendo informação técnica e capacitação profissional.

Campanha ProdutorSolidário

A primeira etapa do ano foi dire-cionada às vítimas das enchentes que atingiram a região serrana do Rio de Ja-neiro. Arrecadamos 973 itens, entregues ao Corpo de Bombeiros. Em seguida, iniciamos a arrecadação de alimentos não-perecíveis. Foram entregues 200 quilos de alimentos ao Serviço de Obras Sociais (SOS) Airton Haenish. A campa-nha também beneficiou o Albergue No-turno Frederico Ozanam, que recebeu

alimentos doados pelos produtores em eventos promovidos pelo Sindicato Ru-ral. Também doamos fraldas descartáveis geriátricas ao Serviço de Obras Sociais (SOS) Airton Haenish e fraldas infantis para Associação de Apoio a Famílias com Hanseníase de Guarapuava. No Dia das Crianças, a campanha arrecadou brin-quedos em Guarapuava, Candói e Can-tagalo. Foram arrecadados 540 brinque-dos. A entrega foi feita na Escola Rural Municipal Maack e também para crianças atendidas pela Associação de Apoio às Famílias com Hanseníase. Em Cantagalo, a doação foi feita à Creche Municipal Pe-dacinho do Céu e em Candói, à Pastoral da Criança. Também houve doação de ali-mentos ao Instituto Canaã. Os alimentos foram comprados com verba arrecadada na inscrição para o II Encontro Técnico de Feijão. Por último, o Sindicato Rural doou mais de 1.000 quilos de alimentos arre-cadados no evento alusivo aos 44 anos da entidade à Comunidade Bethânia e Esquadrão Resgate.

CampanhaSócio Nº 1.000

Durante todo o ano foi desenvolvi-da a Campanha Sócio Nº 1.000. No dia 18 de outubro de 2011, aos 44 anos de fundação da entidade, foi comemorada a marca de 1.000 sócios ativos. Pararelo à Campanha Sócio Nº 1.000, lançamos a Campanha Imposto Beneficente, visando uma maior destinação de parte do Im-posto de Renda ao Fundo para Infância e Adolescência (FIA).

Palestras, cursos, reuniões e seminários

Promovemos palestras sobre previ-dência social rural em Candói e Cantaga-lo, cursos para lideranças, reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Revista do Produtor Rural 21

sobre a legislação trabalhista. Também promovemos reuniões sobre o programa de estágios e trainees internacionais da Universidade de Ohio (USA), palestras sobre Sucessão Familiar, II Encontro Téc-nico de Feijão, palestra Mercado Agro, palestra “Não deixe dinheiro em cima da mesa – nada a perder, tudo a ganhar”. Também promovemos reunião sobre uti-lização, receituário e comercialização de defensivos agrícolas.

Núcleo Centro

Reativamos o Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná e promovemos a sua reestruturação.

Conselho de Sanidade Agropecuária

O Conselho de Sanidade Agrope-cuária (CSA) de Guarapuava, presidi-do pelo agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, promoveu reuniões durante o ano, discutindo ações de pre-venção da brucelose, tuberculose, cis-ticercose, entre outros. Em agosto, foi promovido o I Encontro dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA´s) da região de Guarapuava.

Viagens técnicas

Promovemos viagem técnica para o Show Rural da Coopavel, em Casca-vel, para a Hortitec, em Holambra, para Castrolanda e para o encerramento do Programa Empreendedor Rural 2011. Também recebemos visita de dois gru-pos de produtores rurais da Argentina e marcamos presença no exterior, com a participação do presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho e o vice Anton Gora na viagem técnica à Europa, orga-nizada pela FAEP.

Novo Padrão de Classificação de Milho e Trigo

Participamos de reuniões em Curiti-ba e Brasília sobre os novos padrões de classificação de milho e trigo.

Eventos festivos

Comemoramos o Dia da Mulher, com a participação de 130 produtoras rurais e no dia 28 de julho, o Dia do Agricultor, com a presença de 470 associados em Guarapuava, Candói e Cantagalo. Neste dia, homenageamos os sócios com mais de 80 anos, concedendo a eles o título de “sócios remidos”. Outro evento fes-tivo foi o café da manhã do Dia do Agrô-nomo, que reuniu 70 profissionais da

Revista do Produtor Rural22

área. Também foi promovido o Encontro de Secretárias, em parceria com a ACIG, reunindo 130 profissionais.

Apoio a eventos agropecuários

Apoiamos os principais eventos do setor agropecuário realizados na região, como o Fórum de Agronegócios do Cen-tro-Sul do Paraná, Expo Crioulo de Verão 2011, Dia de Campo de Verão da Coope-rativa Agrária, Feira Estadual de Bezerros de Guarapuava e Candói, 36ª Expogua, Expo Brasil de Charolês, 60º SIMPAS, Festa Nacional do Charque, Winter Show 2011.

usinas x produtores rurais

Com o apoio da Federação da Agri-cultura do Estado do Paraná (FAEP), o Sin-dicato Rural – Extensão de Base Candói realizou reuniões com produtores rurais lindeiros ao lago artificial da Usina de Salto Santiago, para discutir a legislação ambiental. Com técnicos da FAEP e advo-gados, o Sindicato orientou os produto-res rurais sobre o assunto, cumprindo o seu papel como entidade representativa da classe.

Revista do Produtor Rural 23

Mobilização Cargill

O Sindicato Rural encabeçou a mobi-lização em prol da instalação da empresa Cargill em Guarapuava, com organização de uma carta aberta, reuniões e discus-sões sobre o assunto. A empresa optou por Castro, mas Guarapuava deu show de mobilização.

Projeto Identidade Sindical

Novas empresas de Guarapuava, Candói e Cantagalo aderiram ao Projeto Identidade Sindical, que concede des-contos aos associados da entidade. Hoje, 56 empresas fazem parte do projeto.

Programa de Desenvolvimento Florestal

Durante todo o ano foi desenvolvido o Programa de Desenvolvimento Flores-tal, com palestras e cursos sobre inte-gração floresta-agricultura-pecuária em Guarapuava, Candói e Cantagalo.

Outdoors

Fixamos três estruturas de outdoors na sede da entidade, visando divulgar os principais eventos da entidade e tam-bém oferecer o espaço para empresas parceiras.

Campeonato de Boliche

Promovemos o I Campeonato de Boli-che do Sindicato Rural, reunindo produtores rurais, técnicos, agrônomos, veterinários e representantes de empresas parceiras.

Prestação de serviços

Emitimos mais de 820 declarações de Imposto Territorial Rural (ITR). Fecha-mos o ano com 39 produtores rurais que fazem a folha de pagamento de seus fun-cionários através do Sindicato Rural.

Cursos do SENAR

Foram promovidos 105 cursos do SE-NAR em Guarapuava, 25 cursos em Candói e Foz do Jordão e 28 cursos em Cantagalo. Em 2010, foram 80 cursos em Guarapua-va, ou seja, um aumento de 30%.

Outras ações

Reativamos a Comissão Femini-na do Sindicato Rural, com elaboração do estatuto. Firmamos com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guarapu-ava a Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2013. Através desta revista, o Sin-dicato orientou seus associados sobre prazos para vacinação do rebanho, ma-nejo de doenças.

Fundada em 23 de março de 1994 com o nome de Cirio Pneus, a empre-sa teve um início muito difícil por es-

tar um pouco distante do centro. Come-çou em uma construção de 150m² com a venda de pneus usados e três jogos de rodas. Desde aquela época, o proprietá-rio Cirio Dacoregio sempre teve muita fé em Deus, perseverança e coragem para ultrapassar todos os desafios.

Após 18 anos de atividade, com a graça de Deus e ajuda indispensável de sua família, o Dacoregio Automotivo con-ta com uma loja de aproximadamente 1500m², nove elevadores, incluindo um específico para caminhonetes de gran-de porte, como a F-250 Dupla e Dodge Ram, três máquinas de montagem de pneus do aro 13 ao 26, duas balancea-doras computadorizadas, duas rampas de alinhamento, sendo uma delas com o sistema via Bluetooth, a mais moderna atualmente.

A equipe do Dacoregio conta com 14 funcionários, todos apaixonados por car-ros, como todo brasileiro.

O DACOREGIO AUTOMOTIVO tem se destacado no comércio de pneus Yoko-hama, tendo alcançado o título de Reven-

O maior AuTO-CENTERde Guarapuava e região

São 1500 metros quadrados de construção, nove elevadores e duas rampas de alinhamento

[Serviços automotivos]

da PRIME, concedido às melhores reven-das do Brasil.

O gerente Thiago Lima diz que “o su-cesso na venda do pneu Yokohama vem pela enorme qualidade, tecnologia e de-sempenho que o pneu oferece. A Yoko-hama investe constantemente em novas fórmulas, para cada vez mais aprimorar seu produto, que hoje é considerado o melhor pneu do mundo”.

Cirio Dacoregio destaca a seguran-ça oferecida pelos pneus. “Dentro dos 25 anos que trabalho com pneus, tive a oportunidade de usar as mais variadas marcas e nenhuma delas me ofereceu tanta segurança como o Yokohama. Mi-nhas férias estão chegando, eu e minha família estamos muito animados e tran-quilos, porque vamos com pneus Yoko-hama. Grande parte das pessoas não liga muito para os pneus, geralmente passam até despercebidos, mas ele é o único elo de ligação entre a pista e o carro. Não adianta ter motor potente, e freios ABS. Sem pneus você não tem nada. Concluo ainda dizendo que as peças mais impor-tantes de um veículo são aquelas que vão atrás do volante, ou seja o motorista e os passageiros”.

O DACOREGIO AUTOMOTIVO possui mais de 100 jogos de rodas em estoque, com vários modelos e tipos de pintura. “Pra todos os gostos”, comenta Thiago.

Além de pneus e rodas, o Dacore-gio realiza serviços de freio, suspen-são, escapamento, higienização de ar condicionado, instalação de som auto-motivo, envelopamento, aplicação de Insufilm e personalização automotiva interna e externa.

Na linha de acessórios, participamos

da Automec, a maior feira de acessórios da America Latina, trazendo novidades na linha de Centrais multimídia, senso-res de estacionamento, câmeras de ré e som automotivo. Para 2012 esperamos participar de eventos nos EUA, para con-tinuar sempre na frente e inovando cada vez mais, com ideias criativas e atuais do setor automobilístico.

O DACOREGIO AUTOMOTIVO é par-ceiro do Sindicato Rural através do pro-jeto Identidade Sindical.

Um abraço a todos,da Equipe Dacoregio.

Acesse a loja virtual do Dacoregio e confira todas as novidades!

www.dacoregio.com.br

Revista do Produtor Rural26

[Capacitação]

Produtores aprenderamsobre manejo de pastagem

A alimentação do rebanho é funda-mental para se obter o produto final – seja ele carne ou leite. Aproveitan-

do a época de reposição, os pecuaristas utilizam os meses de dezembro a feverei-ro para treinamentos técnicos. Por isso o Sindicato Rural de Guarapuava encerrou os cursos do ano com o curso Trabalhador na Forragicultura - Manejo de Pastagens, realizado através do convênio entre a en-tidade e Serviço Nacional de Aprendiza-gem Rural (SENAR).

A instrutora Karina Calil Caparroz abordou temas que vão desde manejo de pragas e doenças à taxa de lotação de área de pastagem. Segundo ela, a dúvi-da mais freqüente entre os pecuaristas é com relação ao último aspecto: “Para definir a quantidade de animais em área de pastejo, primeiro analisamos a dispo-nibilidade de forragem através da deter-minação de matéria seca”.

É a partir da quantificação de maté-ria seca que se determina o número de animais em área de pastagem. A instruto-ra explica que depois de feita essa etapa é preciso observar o perfil do animal, se é ovino, se é gado de leite ou de corte . O passo seguinte é atentar para o estágio em que o animal está. “Por exemplo, uma vaca em lactação consome 3,5% do peso dela em matéria seca, enquanto que uma vaca seca consome 2,5%. Depois dessa análise, separam-se os animais nos pi-quetes adequados”.

Karina ainda esclarece que cada espécie de forragem tem uma caracte-rística de disponibilidade de nutrientes diferentes e que além de pensar no plan-tio e na escolha das sementes, o ideal é pensar no sistema como um todo. “No planejamento, dentro da propriedade, antes mesmo de implantar uma área de pastagem ou cercar e subdividir; tenho que pensar a questão do terreno. Aten-der para distribuição, cuidar para evitar erosão, como arranjar os animais dentro da área levando em consideração o com-portamento em pastejo para não causar a degradação ambiental”.

Analisando o planejamento da pro-

priedade, o produtor rural Mario Ribeiro Amaral, participante do curso, disse que terá que arrumar muita coisa na criação de bezerros. “Terei que mudar até o pla-

nejamento, mas de primeira já vou corri-gir o solo e adubar o pasto para ter um melhor resultado. Antes do curso, acredi-tava que não era necessária a adubação de pastagem”.

Outro participante, Mário Tomen, veio do município de Palmital para fa-zer o curso. Ele trabalha na unidade da Seab daquele município e relata que vai contribuir para repassar informações aos produtores. “Todo conhecimento que aprendemos e repassamos ajuda na qua-lificação dos produtores da região”.

Revista do Produtor Rural 27

Eng° Agrônomo Flávio Augustus Burbulhan

NOTíCIA 1No dia 21 de novembro passado, a Presidência

da República promulgou o Decreto n° 7.620 que al-terou a redação do ART.10 do Decreto 4.449/2002. Este decreto estabelece novos prazos e uma nova estratificação, por tamanho de área, dos imóveis que passarão a ter obrigatoriedade de apresentação de planta e memorial descritivo georreferenciados para serem certificados junto ao INCRA. Certificação esta, que será exigida em qualquer situação de transfe-rência do imóvel, isto é; venda, extinção de condo-mínio, doação, partilha, usucapião, etc.

Atualmente, a obrigação para georreferenciar o imóvel está restrita para os imóveis com área igual ou acima de 500 ha. O novo decreto criou mais clas-ses de áreas, cada qual com um novo prazo de ven-cimento, conforme tabela, abaixo:

NOTíCIA 2Também, no dia 21 de novembro pas-

sado, o INCRA assinou Termo de Coopera-ção Técnica com o Exército Brasileiro. Este Termo visa dar celeridade nas análises dos processos de certificação dos imóveis rurais pelo INCRA. Pelo termo, o Exército Brasileiro auxiliará a descongestionar as Superintendências Regionais do INCRA do acúmulo de processos de áreas acima de 500 ha, fazendo as análises técnicas previstas nas normas e procedimentos do INCRA para certificação dos imóveis.

As duas notícias devem ser bem re-cebidas tanto pelo setor ruralista, quanto pelo setor notarial. Pois evitarão um co-lapso no fluxo de registro de imóveis.

[Prazos]

Notícias sobre o georreferenciamentode imóveis rurais

áREAS EM HECTARES PRAZO

Igual ou acima de 250 ha 20 de novembro de 2013

Igual ou acima de 100 ha 20 de novembro de 2016

Igual ou acima de 25 ha 20 de novembro de 2019

Abaixo de 25 ha 20 de novembro de 2023

Revista do Produtor Rural28

[Segurança alimentar]

Perspectives Study da BASF demonstra forte acordo entre agricultores e consumidoresSegurança alimentar e meio ambiente em destaque

LUDWIGSHAFEN, ALEMANHA, novem-bro de 2011 – O interesse dos con-sumidores na agricultura e o respeito

pessoal pelos agricultores são altos, mes-mos em países onde menos de dois por cento da população trabalha na agricul-tura, revela o Farm Perspectives Study da BASF, que contou com a participação de 1.800 agricultores e 6.000 consumidores. No entanto, os agricultores e os consumi-dores também concordam que a reputação dos produtos agrícolas ainda permanece baixa. O estudo, que avalia como os agri-cultores e os consumidores êem a profis-são agrícola, os seus desafios e a sua rede de suporte, revelou um acordo surpreen-dentemente forte em relação a grandes questões, incluindo o papel dos agriculto-res e os grandes desafios que eles enfren-tam no século 21.

O estudo foi realizado em países como Brasil, Índia, EUA, Alemanha, Espa-nha e França em parceria com a empresa mundial de pesquisa de mercado Synova-te GmbH e com o Professor Dr. Ulrich Oe-vermann, Professor de Sociologia da Uni-versidade de Frankfurt.

Os agricultores e os consumidores êem a agricultura como uma vocação, que se dedica a fornecer alimento, apoiando a cultura rural e cuidando da terra. “Adminis-trador da terra” ou “Cuidador da terra” é a autodescrição favorita dos agricultores nos seis países (mais de 80%), mas com uma classificação inferior dos consumi-dores (50 a 60%). Em uma pergunta rela-cionada, muitos consumidores culpam os agricultores por problemas ambientais, com preocupações em grau mais elevado em países como Brasil, Índia e França (38 a 43%), EUA e Alemanha (23%).

Ao apresentar o estudo no encontro internacional com a imprensa da BASF, o Dr. Stefan Marcinowski, Membro da Junta Diretiva, explicou: “Inúmeros agricultores levam muito a sério as preocupações dos consumidores e se esforçam ao máximo

para solucioná-las de maneira adequada. Para nós, esta é uma descoberta importan-te, pois demonstra claramente onde po-demos ajudar os agricultores a preencher essa lacuna com produtos e soluções mais sustentáveis.”

Desafios do século 21: Alimentar o mundoCerca de 80% dos agricultores e con-

sumidores de todos os países concordam que o principal objetivo da agricultura é alimentar o mundo. Mesmo assim, a maio-ria dos agricultores acredita que os consu-midores não entendem toda a dimensão do desafio da cadeia de suprimento de ali-mentos ou a realidade do produtor agrícola. A concordância em relação á contribuição da biotecnologia vegetal mostrou-se mais forte entre os agricultores e os consumido-res nos países com um grau de adoção mais alto de cultivos geneticamente modifica-dos como, por exemplo, na Índia (76% dos agricultores e 62% dos consumidores), no Brasil (78% e 29%, respectivamente) e nos EUA (53% e 25%, respectivamente).

Lacuna entre interesse e entendimentoOs consumidores demonstram um

maior nível de interesse na agricultura (de 84% na Índia para 50% na França), mas também admitem não conhecerem sufi-cientemente de agricultura para julgá-la adequadamente. Ainda que os agriculto-res também vejam uma lacuna de enten-dimento entre os consumidores, muitos deles (que vão de 40% nos EUA até 74% na Índia) levam muito a sério as preocupa-ções dos consumidores e dizem que deve-riam fazer mais para atender às expectati-vas dos consumidores.

Preço é um obstáculo, pouco apoio para subsídios ao meio ambiente

O preço dos alimentos e, inversamen-te, o preço da conservação continuam sendo obstáculos para os agricultores e os consumidores. Uma grande maioria

dos agricultores acredita que os consumi-dores não estão dispostos a pagar preços mais altos por alimentos produzidos de forma ambientalmente correta. Apesar de alguns consumidores (30%) dizerem que pagariam preços mais altos, uma pe-quena maioria na França, na Espanha, na Alemanha e nos EUA não estaria disposta. Os subsídios são vistos em grande parte como um meio para manter os preços dos alimentos baixos, especialmente na Índia (74%), no Brasil (67%) e na Alemanha (64%) em vez de um instrumento ambien-tal (cerca de 30% dos consumidores).

Os produtores agrícolas acreditam que a indústria e os consumidores deve-riam se empenhar mais para apoiar a agri-cultura: mais produtos ambientalmente corretos e o apoio público da indústria; o melhor entendimento de agricultura e a disposição para pagar por benefícios am-bientais por parte dos consumidores.

“Estes resultados transmitem uma mensagem clara de que os agricultores es-peram contar com o apoio nos desafios que vão além do seu sucesso nos negócios. Ao mesmo tempo, os resultados também sina-lizam que todos nós, indústria, consumido-res e governo, precisamos fazer a ponte so-bre o desconhecimento sobre a agricultura e apoiar ainda mais os produtores agrícolas no futuro.” concluiu Marcinowski.

Dr. Stefan Marcinowsk

[Boletim AEAGRO]

Caros colegas,

É com satisfação que na última edição do ano deste Boletim Informati-vo, relatamos as atividades da AEAGRO realizadas em 2011.

Estamos presentes nos mais dife-rentes setores da sociedade com ações concretas. Buscamos levar a nossa clas-se a cumprir o seu papel social, não só com a geração de riquezas, com aplica-ção dos seus conhecimentos técnicos, mas também colaborando na conscien-tização da sociedade dos seus direitos e deveres, promovendo a plena cidadania dos indivíduos.

O destaque na nossa atuação no âmbito associativo foi a viabilização da construção de nossa sede social, local para reunirmos em confraternizações e trocas de conhecimentos.

A Diretoria Executiva deseja um Santo Natal e que no ano de 2012 con-tinuemos juntando esforços com par-ceiros, colegas e amigos para realizar os nossos objetivos pessoais e de represen-tação da classe.

Obrigado e boa leitura!

Participação em conselhos municipais e estaduais• Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas

com Deficiência – COMDEG• Conselho Municipal de Agricultura• Conselho de Sanidade Agropecuário de

Guarapuava - CSA• Conselho Estadual de Segurança Alimen-

tar e Nutricional – CONSEA Comitê de Guarapuava

Parcerias com escolas municipais para rea-lização de programas sociais e educativos• Participação no programa ambiental da Se-

cretaria Municipal da Educação A GUARAPU-AVA de hoje preserva o amanhã, atingindo cerca de 600 crianças em 12 palestras sobre meio ambiente e profissão do agrônomo.

Parcerias com escolas estaduais e particulares como forma de orientar os alunos do colegial sobre a escolha da profissão, esclarecendo as atividades do Engenheiro Agrônomo.• Palestras sobre: Ética, Tabela referencial de

honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/CREA, Associativismo.

• Públicoatingido:320alunosdoensinomédio

Parcerias com a unicentro e Campo Real - curso de agronomia• Convêniosparapesquisas.• Palestrasdeesclarecimentossobreprofissão

aos alunos do 1º ano.• Palestras sobre: Ética, tabela referencial de

honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/CREA, Associativismo.

• Avaliaçãoepremiaçãodasmelhoresmono-grafias.

Promoção de eventos técnicos• SIMPAS – Simpósio realizado em parceria

com a Unicentro e Sindicato Rural, com 300 participantes.

• PalestrassobreoSIAGROesclarecendosobrea emissão do receituário, com 65 participantes

Promoção de atividades sociais• Cafédamanhãemcomemoraçãoao• DiadoAgrônomo,emparceriacomoSindica-

to Rural de Guarapuava.

Realização e apoio de ações sociais• Arrecadaçãodealimentos

Palavra do Presidente

José Roberto PapiPresidente da AEAGRO

Atividades da AEAGRO em 2011• Doaçãoderoupas• Apoiofinanceiroededivulgaçãonarealiza-

ção de conferências municipais e regionais dos conselhos sociais.

• Apoio na realização de eventos festivos decaráter filantrópico.

Colaboração na formulação de políticas públicas de interesse da sociedade• Participação nos grupos de estudos nas

Conferências Regionais dos Conselhos Sociais.

• ParticipaçãonaAgendaParlamentarpromo-vida pelo CREA-Pr.

- Elaboração e encaminhamento a parla-mentares de Estudo Básico Desenvolvi-mento Regional, visando construção do Teatro de Guarapuava, em apoio ao movi-mento liderado pela Academia de Letras de Guarapuava.

Atividades Administrativas e Financeiras.• Formulaçãodoplanejamentoanualdeações.• Definição de metas, ações, calendário

das ações.• Definiçãodosobjetivosestratégicos.• Reuniõesmensaisdadiretoria• Planejamentofinanceiroeacompanhamento.• Prestaçãodecontasaosassociados.• PrestaçãodecontasdoconveniocomoCREAPr.• Manutençãodasobrigaçõesfiscaisecontábeis.

Atividades no Sistema Confea/Crea e FEAP• ParticipaçãodasreuniõesdaFederaçãodos

Eng. Agrônomos do Paraná, da qual fazemos parte da diretoria.

• ParticipaçãoativanaeleiçãodoConfea/Crea,com reuniões com todos os candidatos para conhecer as suas propostas.

• ManutençãodavagadoConselheironoCreae do Conselho de Ética do Crea - Pr.

• ParticipaçãodoIVPrêmioCreadeQualidadeem Gestão.

Construção da sede própria• Para aprovação e assinatura do contrato

de construção foram 08 meses de nego-ciações, desde a assembléia Geral em no-vembro de 2010 até a assinatura em 30 de setembro de 2011.

Informações eleições crea: www.crea-pr.org.br Eleições aeagro: www.aeagroguarapuava.com.br

Revista do Produtor Rural30

João Francisco de LimaCorretor Central do Feijão

[Ponto de vista]

Comercialização de feijão:uma visão do mercado

A produção e o consumo no BrasilO Brasil é o maior produtor e tam-

bém o maior consumidor de feijão do mundo. O tipo mais consumido e produ-zido no país é o da classe cores (cario-quinha), seguido do preto. O tipo carioca por ter a característica de perder cor não é produzido com a finalidade de exporta-ção, não havendo o risco de entrada, em nosso mercado, de grãos provenientes de outros países, porém o feijão preto pode ser exportado ou importado.

O consumo de feijão preto no Brasil é maior nos estados do Rio de janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Já a produ-ção de feijão preto está concentrada em sua maioria nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os outros estados brasileiros consomem e produ-zem feijão carioca, por este motivo este artigo prioriza o comércio do feijão preto, pois é o tipo que predomina na região de Guarapuava.

O produtor de feijãoCom a modernização da agricultura,

o perfil do produtor de feijão mudou. An-tes do ano 2000, esta cultura era produ-zida em sua grande maioria por produto-

A comercialização de feijão tem características diferenciadas de outros

produtos agrícolas e muitos aspectos a serem analisados. Este artigo tem como objetivo a transmissão de informações e esclarecimentos aos produtores, assim como discutir perspectivas futuras e desfazer alguns mitos sobre o comércio de feijão.

res pequenos e em pequenas áreas, com colheita manual, através de arranquio e a trilha feita com máquinas de baixo rendimento. Estes produtores contavam ainda com baixa tecnologia, aliada à falta de interesse por sementes de qualidade, pelo inadequado controle de pragas e doenças, o que levava a uma baixa pro-dutividade.

Hoje temos produtores altamente tecnificados, plantando em grandes áre-as, utilizando sistemas de irrigação, se-mentes de qualidade e variedades com alto rendimento produtivo, enfim, tecno-logia para altas produções, além de má-quinas apropriadas para a colheita me-cânica com alto rendimento, secagem e armazenagem com excelente qualidade.

Comércio de feijãoA nossa região (Centro Sul – PR) pro-

duz em sua maioria feijão preto, devido ao tipo de clima e solo predominantes nesta região. Então, ao analisarmos o co-mercio de feijão, é um ato errôneo con-sultar a bolsinha de feijão em São Paulo, pois o consumo e a comercialização de feijão preto em São Paulo é quase zero. Outro ponto a ser analisado é que os

CENTRAL DO FEIJÃORua Quintino Bocaiuva, 1257 - Fundos - Guarapuava - PR

FONES: (42) 3035-5618 / [email protected]

Revista do Produtor Rural 31Tel. (42) 3622-5754 / 8825-9595 - Guarapuava - PR

maiores empacotadores de feijão preto estão no Paraná e Rio Grande do Sul, e enviam o feijão beneficiado para o esta-do consumidor.

A comercialização de feijão era con-siderada de alto risco devido à inadim-plência, fato que ocorreu num passado, pois não havia corretores com credibili-dade, que levassem em consideração os dois lados, o do comprador e também o do produtor, hoje atrelados a comprado-res que pagam somente à vista (carrega/paga/sai caminhão) ou pagamento ante-cipado - hoje 95% da comercialização é feita desta forma.

Outros fatores que definem o preço do feijão são suas classificações de tipo; pois o grão do feijão deve ter boa apa-rência para atrair o consumidor (gôndola do supermercado). Características como tamanho e enchimento do grão, grão im-pregnado com terra ou seiva de inços, despeliculados, tempo de cocção (cozi-mento) do grão são fatores que desvalori-zam o produto, grãos partidos (bandinha) e impurezas (terra, palha) não influenciam tanto a qualidade, pois a indústria está equipada para fazer a devida limpeza dos grãos, contudo ainda não inventaram má-

quina melhor que o produtor para acertar a qualidade final do produto.

Podemos evitar alguns erros utilizan-do máquinas próprias para colheita, esco-lhendo cultivares com boa cocção e ere-tas para facilitar a colheita mecanizada.

Perspectivas para safra 2011/2012Falar em mercado futuro de com-

modities agrícolas é difícil. Ninguém tem bola de cristal para adivinhações e sobre o mercado de feijão ainda é mais difícil a previsão. Vamos analisar alguns aspectos que nos levam a crer em melhoria dos preços para o ano 2012.• Redução da área de plantio brasilei-

ra de feijão em 18% a 22% (Conab 11/2011).

Na região de atuação da Empresa Cen-tral do Feijão (entre Ivaiporã, Irati, Pato Branco e Água Doce-SC) foi verificado um decréscimo na área plantada ainda maior que o anunciado pela Conab e em novembro teve início a colheita de feijão na região do Vale do Ivaí, contu-do, foi verificada uma quebra em torno de 30% na produtividade desta região, além da redução de plantio.

• Leilões do governo: neste momento, o

governo esta fazendo leilões de feijão para segurar o preço, mas o estoque de feijão preto é relativamente baixo.

• Fatores internacionais: como os produ-tores argentinos não estão de agrado com os preços praticados para a expor-tação para o Brasil, estão procurando outros compradores para seu feijão pre-to, como a Venezuela, que fechou um contrato de compra do feijão argentino. Houve também uma diminuição da área de plantio na Argentina e na China.

• Oferta de contratos futuro de feijão preto para entrega em janeiro e feve-reiro de 2012 a R$ 90,00, fator este que indica manutenção de preços.

É preciso mudar a nossa mentali-dade com o mercado de feijão, parar com o sobe e desce muito rápido dos preços (gangorra), pois isso não é bom para as empacotadoras e nem para o produtor. O fato de termos um contrato a R$ 90,00 a saca não significa que o mercado vai a R$ 150,00, mas sim a ga-rantia de manutenção de preços. Com certeza, este ano com uma produtivi-dade de 3.000kg/ha = 50 sc/ha a R$ 90,00/sc é um bom negócio.

Revista do Produtor Rural32

[Opinião]

Reflexões sobre Meio Ambiente

Na última edição da RPR – set/out/2011 – temos mais uma vez vários artigos que se referem à

questão do meio ambiente. Leio muito sobre isso e participo de discussões nos sites de relacionamento sobre o assun-to. Uma dessas discussões me motivou a escrever este artigo.

Tudo começou com a colocação do Dep. Reinhold Stephanes, no dia 23/11/2011 que me permito reprodu-zir aqui: “Retorno da Comissão do Meio Ambiente, do Senado, onde foi aprovado o relatório do senador Jorge Viana para o Código Florestal. Os destaques ao pro-jeto serão vistos amanhã pela manhã. Agradeço aos senadores por acatarem minha proposta de prever a possibilida-de de o Brasil restringir, por meio da Ca-mex, a aquisição de produtos agrope-cuários de países que não possuem leis semelhantes a nossa. Antes nos amea-çavam de retaliação, agora é nossa hora de inverter esse jogo.” (negrito meu)

Achei a ideia de cobrarmos dos ou-tros países o que eles cobram de nós, excelente e postei minha opinião.

Seguiu então um post que também comentei, sobre como outros países es-tão mais à frente e mais atentos a sua questão ambiental. Quero aqui colocar também essas mensagens:

“O Brasil está atrás de China, Rússia e Índia no combate ao desmatamento e na recuperação da área florestal perdida. Esta é a conclusão de um estudo orga-nizado pelo instituto brasileiro Imazon e o Proforest, ligado à Universidade de Oxford, que comparou a situação em 11 países e mostra que nos quesitos pre-servação e reflorestamento o Brasil está

perdendo a corrida com outros países dos Brics.” Postado por Ewaldo Schleder

Minha resposta foi:

“Ewaldo, li a reportagem e acho que não dá para comparar mesmo. Só lei não resolve a questão, primeiro precisa ter aparato para fazer cumprir a lei, se não nem adianta fazer. Segundo, só ônus sem bônus, não dá. Todos os países citados incentivam financeiramente o reflores-tamento ou o não-desmatamento, então aí está a maior diferença. Você está dis-posto a abrir mão de 20% de seu salário todo mês para um produtor poder man-ter 20% de sua área sem produção?”

E mais:

“Enquanto a floresta em pé não valer mais que a floresta caída, nem precisamos continuar discutindo, que será uma discussão oca. Mas a ques-tão também é maior que isso, a grande maioria, grande mesmo, nem quer mais desmatar nada, quer apenas produzir onde já se produz há décadas, poder usar de maneira econômica a Reserva Legal (vamos deixar 20% dos terre-nos urbanos sem impermeabilização, que tal? Talvez aí não haja mais tantas enchentes nas cidades, isso também é meio ambiente!!), preservar a água, sim! Não somos tão burros a ponto de querer desmatar até a beira de rio, pois sabemos o que isso trás. Mas cada um conhece a sua propriedade e sabe quanto precisa deixar de margem com vegetação para proteger o rio. Então vamos parar com essa demagogia de burocratas e ser realistas! Somos o único país que massacra a agricultura na realidade e na TV vai dizer que a agricultura é grande, forte, importan-

Hildegard Abt rothProdutora Rural

Revista do Produtor Rural 33

te, produtiva, competitiva e blábláblá, como a Dilma fez ontem na CNA!!!!

Para o qual recebi mais uma mensa-gem que também quero compartilhar:

“Hildegard, por suas boas palavras e pela clareza de suas ideias pode-se fa-zer, pelo menos, 3 leituras - interligadas: da engenheira florestal, da ambientalista e da proprietária-produtora rural (estou certo quanto a esta condição?). Minha visão desse conjunto, na prática, é a de um bisbilhoteiro urbano, quem sabe su-burbano - porque às vezes nem se nota a falta de esgoto etc. Tive oportunidade em poucas ocasiões de passar dias a viajar ao lado de campos agrícolas - ou agricultáveis - e a ver enormes pastos bovinos; de descer os rios Paraguai e São Francisco; de entrar em florestas, matas e selvas; sempre em devaneio oficial ou

apenas como escriba observador da flo-ra e da fauna, em estado de intermitente suspense. Foram poucas mas intensas experiências. Quando ouço ou leio al-guém dizer que temos ainda muita terra boa - sob avaliações técnicas rigorosas, claro - para plantar, eu acredito. Pois a gente vê, de avião em dia limpo, léguas e léguas de áreas com notório potencial de fertilidade. E você diz: “Enquanto a floresta em pé não valer mais que a flo-resta caída, nem precisamos continuar discutindo, que será uma discussão oca.” Pronto, caríssima Hildegard, acho que exatamente este é o ponto crucial de toda a discussão, urbe et orbi. Aqui, de longe, dói pensar que uma forte corrente de interesses - nacionais, internacionais -, age fora-de-lei, enquanto a lei não é aquela que ela quer nos seus quintais. Isso, desde a sublime(?) ignorância até

a truculência de uma Monsanto & Cia e à pequenez - a cegueira gananciosa dos pistoleiros menores. Tendo a crer, que a floresta caída convém somente aos inte-ressados, diretos e indiretos (estes nun-ca se sabe que tantos). ...”

Acredito que nem preciso continu-ar comentando nada, ou quase nada. Apenas quero dizer que não preciso ser ambientalista para saber o que é certo e o que é errado em relação ao meio am-biente, rural ou urbano. Assim como não preciso ser feminista pelo fato de ser mulher! O termo ambientalista está tão deturpado que o quero longe do meu vocabulário!

E viva os produtores rurais brasilei-ros que sabem cuidar, e muito bem de suas propriedades e deveriam ser bem pagos por isso.

Quem quiser ler o artigo sobre a questão ambiental dos outros integrantes do Brics, aí vai o site:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111122_florestas_comparacao_imazon_mdb.shtml

[60 anos]

xposição apresentará desafios e alegrias dos imigrantes suábios em Entre Rios

Quem nos tempos atuais passa pelas ruas do distrito de Entre Rios (Guarapuava/PR) não supõe que por trás do aspecto de organização e de tranqüilidade, marcado por árvores e campos, existe a trajetória de imi-grantes suábios do Danúbio (origem alemã) que, após haver abandonado suas propriedades no sudeste da Europa (Croácia, Romênia e Hungria) por causa da Segunda Guerra, viveram em seus primeiros anos de Brasil, na década de 50, a aventura de construir uma comunidade numa área até então sem estradas, abastecimento de água ou luz elétrica.

A história da imigração, que teve por base a fundação da Agrária e foi pontuada pela dificuldade inicial de compreender a língua, o clima e o solo do novo país, será um dos atrativos da festa dos 60 anos da imi-gração suábia que pioneiros e descendentes, com apoio da Cooperativa e da Fundação Cultural Suábio-Brasileira, promoverão, no distrito, de 4 a 8 de janeiro de 2012.

Na Praça Nova Pátria, os visitantes poderão percorrer uma exposição sobre as várias fases das comunidades suábias - uma série de estações apresentando em imagens e objetos os desafios que foram surgindo no decorrer dos anos. Em meio às curiosidades, o público descobrirá, por exemplo, que no final da década de 60 as frustrações de safra e a apa-rente falta de perspectivas haviam levado cerca de metade dos suábios a deixar o distrito, migrando para outros lugares do Brasil ou ainda par-tindo de volta para a Europa.

Enfocando também Entre Rios e a Agrária nos dias de hoje, a expo-sição substituirá, neste jubileu, o tradicional desfile histórico, que era realizado em frente ao prédio administrativo da Cooperativa. “A inova-ção é um dos valores da Agrária e por isso desta vez estamos inovando, com uma exposição em vez do desfile”, comentou o vice-presidente da Cooperativa, Paul Illich, que integra a comissão organizadora do evento.

Trazendo ainda em sua programação apresentações de grupos de cultura tradicional suábia, ao lado de shows e bailes com vários conjun-tos musicais, a festa dos 60 anos da imigração suábia em Entre Rios pro-mete figurar entre os maiores eventos de Guarapuava no ano que vem.

A maior parte da programação acontecerá, assim como a exposição histórica, também na Praça Nova Pátria. Um dos pontos altos da festa, en-tretanto, ocorrerá dia 5, às 17h, ao lado do Centro Cultural Mathias Leh: a inauguração do novo prédio do Museu Histórico de Entre Rios, numa cerimônia que deverá reunir autoridades estaduais, regionais e locais, e centenas de pessoas da comunidade (confira a programação da festa em detalhes na programação a seguir).

Texto: Manoel Godoy / Assessoria de Comunicação Agrária

4 - Quarta-feira17h00 - Culto Ecumênico18h00 - Abertura oficial das festividades e da Exposição Histórica19h00 - Apresentação do grupo musical C-Dur-Trio de Entre Rios20h30 - Baile: Banda K’necus de Brochier / RS23h00 - Baile: Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios01h00 - Encerramento

5 - Quinta-feira11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais14h00 - Apresentação da Banda Os Vilanenses de Blumenau / SC15h00 - Desfile de máquinas agrícolas16h30 - Apresentação do Trio Edelweiss de São Bento do Sul / SC17h00 - Inauguração do novo Museu Histórico no Centro Cultural

Mathias Leh18h00 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais20h30 - Baile: C-Dur-Trio de Entre Rios22h30 - Baile: Banda K’necus de Brochier / RS01h00 - Encerramento

6 - Sexta-feira09h00 às 12h30 - Trekker Trek, em frente à Agromalte 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais14h00 - Apresentação do Trio Edelweiss de São Bento do Sul / SC15h00 - Desfile de máquinas agrícolas16h30 - Apresentação da Banda Os Vilanenses de Blumenau / SC19h00 - Programa cultural “Pátria, um olhar para a história”21h00 - Baile: Society Band de Blumenau / SC23h30 - Baile: Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios02h00 - Encerramento

7 - Sábado09h00 às 12h30 – Trekker Trek, em frente à Agromalte 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais14h00 - Apresentação do grupo musical C-Dur-Trio de Entre Rios Desfile de máquinas agrícolas15h00 - Homenagem aos pioneiros de Entre Rios18h00 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais

BAILE: evento acessível somente aos participantes que já adquiriram ingressos.20h00 - Society Band, de Blumenau / SC23h00 - Banda Schürzenjäger, da Áustria02h00 - Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios05h00 - Encerramento

8 - Domingo11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais14h00 - Atração musical internacional com a banda Schürzenjäger,

da Áustria18h00 - Encerramento

A Exposição Histórica estará aberta às visitações,diariamente, das 13h às 17h.

O Museu Histórico estará aberto para visitaçãodiariamente das 9h às 18h, após inauguração.

Janeiro de 2012 - Entre Rios

Montagem da estrutura da festa, na Praça Nova Pátria

Agrá

ria/

Div

ulga

ção

Revista do Produtor Rural 35

Cooperaliança Cordeiro GuarapuavaRua Vicente Machado, 777 - TrianonGuarapuava - PR(42) 3622-2443

Cooperaliança Novilho PrecoceAl Baden Wurttemberg - Vitória, 952 Entre RiosGuarapuava - PR (42)3625-1889

Revista do Produtor Rural36

[Adubação nitrogenada]

Nitrogênio complementar nas culturasdo milho, soja e feijão

Jackson Huzar Novakowiski1, Jaqueline Huzar Novakowiski1, Itacir Eloi Sandini21Acadêmicos e 2Docente do Curso de Agronomia da UNICENTRO.

[email protected]; [email protected]; [email protected]

Material e Métodos

Os experimentos com milho e soja foram conduzidos na fazenda Santa Cruz no município de Guarapuava e com fei-jão na fazenda Pinhal Ralo no município de Pinhão, ambas localizadas no esta-do do Paraná, durante a safra agrícola 2010/2011.

Cultura I – MilhoO experimento foi implantado utilizan-

do delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, em esquema de parcelas subsubdivididas. Na parcela principal foram empregadas duas doses de nitrogênio de co-bertura (100 e 200 kg ha-1 de N), aplicado de forma parcelada em V2 (24/10) e V5 (06/11), a subparcela consistiu derês diferentes está-dios de aplicação sendo em V13 (15/12/10), VT (28/12/10) e V13+VT (aplicando-se me-tade da dose em cada estádio) e, nas sub-subparcelas, 6 doses do produto Nitamin® (0, 5, 10, 15, 20 e 25 L ha-1). Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,80 me-tros e comprimento de 6,0 metros, sendo avaliada uma das linhas centrais correspon-dendo a uma área útil de 4,8 m2.

O experimento foi implantado em 06/10/2010 em sistema de plantio direto onde a área permaneceu em pousio durante o inverno, o híbrido utilizado foi o 30R50. A adubação realizada foi de 100 kg ha-1 de K2O aplicado em pré-semeadura e 100 kg ha-1 de P2O5 na base.

Cultura II – SojaO experimento foi implantado em blocos

ao acaso com parcelas subdivididas. A parcela principal correspondeu a três diferentes está-dios de aplicação sendoV4 (22/12), R1 (23/01) e V4+R1 (sendo aplicado metade da dose em cada estádio) e nas subparcelas 5 doses do produto Nitamin® (0, 5, 10, 15 e 20 L ha-1).

Introdução

As culturas do milho, soja e feijão destacam-se, entre outros aspectos, pelo elevado nível tecnológico empre-gado em seu cultivo, o qual busca obter altas produtividades e atender de for-ma adequada, em termos de quantida-de e qualidade, o mercado consumidor.

A manifestação do potencial de produção das culturas está relaciona-da com o genótipo, condições ambien-tais e de manejo. Logo, a fertilidade do solo, a nutrição e a adubação são com-ponentes essenciais para a construção de um sistema de produção eficiente, considerando que a disponibilidade de nutrientes deve estar sincronizada com o requerimento da cultura em quanti-dade, forma e tempo (COELHO, 2006).

Um dos nutrientes requeridos em maior quantidade pelas plantas é o ni-trogênio (N). No entanto, é importante considerar que dependendo da fonte de N utilizada e das condições de ma-nejo, 50% do N aplicado podem ser perdidos por lixiviação, desnitrificação e volatilização (KARLEN et al., 1998).

Cabe considerar que quando se utili-za a uréia na cultura do milho e do feijão, podem ocorrer perdas elevadas de N por volatilização (BARBOSA FILHO & SILVA, 2001), principalmente em plantio dire-to. De acordo com CERETTA et al. (2007) as perdas de N são potencializadas se a uréia for aplicada em superfície, porque a urease, enzima que participa da primei-

ra reação de hidrólise da uréia gerando amônia (volátil), ocorre na interface solo--atmosfera e nos resíduos superficiais, onde podem ser depositados grânulos da uréia, o que reduz a eficiência da adu-bação nitrogenada sobre a cultura.

Para a cultura da soja a utilização de adubações nitrogenadas não é em-pregada devido fornecimento de N atra-vés da fixação simbiótica por bactérias. Entretanto, fatores como o avanço do plantio direto o lançamento de cultiva-res com teto elevado de produtividade e resultados de pesquisa, com resposta da soja à aplicação tardia de N, no pré-flo-rescimento e no início do enchimento de grãos, voltaram a gerar dúvidas sobre a necessidade de se adubar a soja com fertilizantes nitrogenados.

Atualmente existem no mercado fertilizantes de liberação lenta e con-trolada que atrasam a disponibilidade inicial dos nutrientes ou incrementam a sua disponibilidade no tempo através de diferentes mecanismos. Os produtos de degradação microbiana, como uréia-for-maldeído e outros como uréia-aldeído são normalmente designados comercial-mente como adubos de libertação lenta. A uréia-formaldeído é uma das formula-ções mais importantes, resulta da reação do formaldeído com excesso de uréia da qual resulta uma mistura de metileno--uréias com polímeros de cadeia longa.

Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de ni-trogênio complementar via foliar sobre a cultura do milho, soja e feijão.

Cada unidade experimental foi constitu-ída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,40 metros e comprimento de 5,5 metros, sendo avaliadas as duas linhas cen-trais, correspondendo à área útil de 3,6 m2.

O experimento foi implantado em siste-ma de plantio direto onde a área no período de inverno estava em pousio, a cultivar foi BMX Apolo com semeadura efetuada no dia 15/11/2010. No momento da semeadura foi realizada a inoculação das sementes com a bactéria Bradyrhizobium japonicum. A adu-bação de base foi realizada com 100 e 40 kg ha-1 de P2O5 e K2O, respectivamente.

Cultura III – FeijãoO delineamento utilizado foi de blocos

ao acaso com quatro repetições, em esquema de parcelas subdivididas. Na parcela principal forma alocadas doses de nitrogênio de cober-tura (0, 30, 60, 120, 180 kg ha-1 de N), sen-do aplicados quando a cultura se encontrava em estádio V4 e nas subparcelas 5 doses do produto Nitamin® que corresponderam a 0, 4, 8, 12 e 16 L ha-1 aplicados em estádio R5. Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,40 metros e comprimento de 5,5 metros, sendo avaliadas as duas linhas centrais corres-pondendo a uma área útil de 3,6 m2.

O experimento foi implantado 18/11/2010 em sistema de plantio direto tendo como cultu-ra antecessora a cevada, a cultivar utilizado foi o IPR Tiziu. A adubação de base realizada foi de 250 kg ha-1 da formula 06-06-16.

O Nitamin® é um produto comercializado na forma liquida, apresentando concentração de 33% de nitrogênio (p/v), e comercializado pela empresa Agrichem.

AnálisesA variável avaliada para as culturas foi a

produtividade de grãos a qual foi obtida a par-tir da pesagem dos grãos e correção da umi-dade para 14% o caso do milho e para 13% para soja e feijão

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância por meio do programa estatístico Sisvar e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para o fator qualitativo (nitrogênio de cober-tura e estádio de aplicação) e por regressão polinomial para o fator quantitativo (doses de Nitamin®), buscando-se o modelo que melhor expressasse a relação entre a variável independente. Foram testados modelos line-ares e quadráticos e a escolha foi baseada na significância (menor que 5%). A partir das equações geradas foi realizada análise quan-to à máxima eficiência técnica.

Resultados e Discussão

Cultura I – MilhoNa Figura 1 e Figura 2 verifica-se resposta

quadrática a 1% de significância independen-temente do estádio de aplicação das doses crescentes de Nitamin® em complementa-

ção com a utilização de 100 e 200 kg ha-1 de N, respectivamente. Com a utilização de 100 kg ha-1 de N, a máxima eficiência técni-ca para a aplicação sequencial foi com17,1 L ha-1 de Nitamin® com incremento de 852 kg ha-1, seguido da aplicação em VT com máxi-ma eficiência com 18,7 L ha-1 de Nitamin® e incremento de 870 kg ha-1 e para aplicação em V13 mesmo ocorrendo aumento da produ-tividade não foi possível encontrar a máxima eficiência técnica.

Figura 1. Produtiviade de grãos de milho (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento com 100kg ha-1 de nitrogênio em cobertura. Guara-puava, PR, 2011.

Com 200 kg ha-1 de N em cobertura, as maiores respostas com a aplicação do Nitamin® em VT ocorreram com 10 L ha-1 proporcionando incremento na produtividade de 1237 kg ha-1. Para a aplicação sequencial em V13+VT a má-xima eficiência técnica foi com 10,3 L ha-1 de Nitamin® e incremento de 846 kg ha-1.

Revista do Produtor Rural38

tádio R1 a máxima eficiência técnica de 4915 kg ha-1 seria obtida com a aplicação de 22,1 L ha-1 do Nitamin® proporcionando incremen-to na produtividade de 314 kg ha-1. Quanto à aplicação em V4+R1 não foi encontrado uma equação que fosse possível verificar o ponto de máxima eficiência.

Com base na Tabela 1 a produtividade com o uso de 100 kg ha-1 de N reduziu a pro-dutividade independente do estádio de apli-cação do Nitamin® comparado ao uso de 200 kg ha-1 de N. Com a utilização de 200 kg ha-1 de N a aplicação do Nitamin® em VT, obteve--se aumento de produtividade com 13011 kg ha-1 comparado com aplicação em V13 12519 kg ha-1 e o estádio V13+VT se comportou de maneira intermediária com12944 kg ha-1.

De forma semelhante, DEUNER et al. (2008) concluíram que a aplicação de N via fo-liar no milho pode ser uma maneira eficiente para complementar o que é absorvido pelas raízes, no entanto, não deve ser utilizada como única forma de fornecimento de N inorgânico às plantas e deve-se atentar para a concentra-ção e a fonte que será utilizada, tendo em vis-ta que pode ocorrer fitotoxicidade.

Figura 2. Produtividade de grãos de milho (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento com 200 kg ha-1 de nitrogênio em cobertura. Guara-puava, PR, 2011.

Figura 3. Produtividade de grãos de soja (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura. Guarapuava, PR, 2011.

Figura 4. Produtividade de grãos de feijão (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® em função das doses de nitrogênio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Figura 5. PIncremento de produtividade (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® na cultura do feijão independente da dose de nitrogenio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Tabela 1. Produtividade de milho nos diferentes estádios de aplicação do Nitamin® com 100 ou 200 kg ha-1 de nitrogênio em co-bertura. Guarapuava, PR, 2011.

EstádioProdutividade

100 kg ha-1 N 200 kg ha-1 N

V13 11739 a B 12519 b A

VT 12056 a B 13011 a A

V13+VT 12178 a B 12944 ab A

Média 11991 B 12825 A

CV (%) 5,17

*Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas li-nhas e minúscula nas colunas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Cultura II – SojaCom base na Figura 3 foi verificado res-

posta quadrática a 1% de probabilidade. A aplicação realizada em V4 apresentou a máxima eficiência técnica de 4782 kg ha-1 obtida com a utilização de 18,8 L ha-1 do Nitamin®,tendo-se um incremento na produti-vidade de 184 kg ha-1. Enquanto que, no es-

Cultura III – FeijãoNa Figura 4 está apresentada a produ-

tividade de feijão em função das doses de Nitamin® aplicados via foliar, com as diferen-tes doses de nitrogênio de cobertura. Todas as curvas apresentaram resposta quadrática a 1% de significância. As melhores respos-tas foram alcançadas pela utilização de 180 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 13,5 L ha-1 de Nitamin® com incremento em relação ao controle de 323 kg ha-1, seguido da utilização de 60 kg ha-1 de N como a máxima aplicação de 11,6 L ha-1 de Nitamin® com incremento 320 kg ha-1. E as demais doses de nitrogênio em cobertura tiveram comportamento similar, mas apresen-tando respostas inferiores as descritas.

ConclusõesA complementação com o Nitamin®

apresenta-se como uma alternativa muito in-teressante para aumentar a produtividade da cultura do milho, soja e feijão.

Para o milho, com a utilização de 100 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 17,1 L ha-1 de Nitamin® in-crementou 852 kg ha-1 a produtividade. A utilização de 200 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 10 L ha-1 de Nitamin® incrementou 1237 kg ha-1 a produ-tividade.

Com relação à cultura da soja, a aplicação de 22,1 L ha-1 do Nitamin® proporcionou in-cremento de 314 kg ha-1 quando aplicado em R1, sendo que a complementação neste está-dio proporcionou as respostas mais efetivas comparado com os demais estádios.

As melhores respostas para a cultura do feijão foram obtidas pela utilização de 180 kg kg ha-1 de N em cobertura, juntamente com a aplicação de 13,5 L ha-1 de Nitamin® ou uti-lizando 60 kg ha-1 de N como a aplicação de 11,6 L ha-1 de Nitamin®.

Na Figura 5 estão apresentados os incre-mentos de produtividade pela utilização do Nitamin®. É evidente que independentemente da dose de nitrogênio de cobertura utiliza-do, os incremento de produtividade se situ-am próximos as mesmas doses de Nitamin®, obtendo melhores ganhos quando utiliza-se 10,7 L ha-1 de Nitamin® com um incremento de produtividade médio de 263 kg ha-1.

Agradecimentos:Aos produtores rurais Roberto Cunha,

Renato e Ruy Cruz pelo apoio logístico, a UNI-CENTRO pelo incentivo a pesquisa, a Empresa AGRICHEM pelo apoio financeiro e ao grupo de estagiário por tornar possível a realização desses trabalhos, nosso muito obrigado.

REFERÊNCIAS AMBROSANO, E.J.; WUTKE, E.B.; AMBROSANO, G.M.B.; BULISANE, E.A.; BOR-TOLETTO, N.; MARTINS, A.L.M.; PEREIRA, G.; DE SORDI, G. Efeito do nitrogê-nio no cultivo de feijão irrigado no inverno. Scientia Agricola, v. 53, n. 2-3, p.338-342, 1996.BARBOSA FILHO, M. P.; SILVA, O. F. Adubação de cobertura do feijoeiro irriga-do com uréia fertilizante em plantio direto: um ótimo negócio, Informativo Agronômico, v. 93, 2001. p. 1-5.CERETTA, C. A.; SILVA, L. S.; PAVINATO, A. 2007. Manejo da adubação. In: NO-VAIS, R. F.; ALVAREZ, V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L.; CANTARUTTI, R. B.; NE-VES, J. C. L. Fertilidade do solo. Viçosa, CANTARELLA, H.; MARCELINO, R. 2008. Fontes alternativas de nitrogênio para a cultura do milho. In: FANCELLI, A. L., ed., Milho: nutrição e adubação. Piracicaba: ESALQ/USP/LPV. p. 36-55.COELHO, A. M. 2006. Nutrição e Adubação do Milho. Sete Lagoas: Embrapa. 10p. (Circular Técnica, 78).KARLEN, D. L.; KRAMER, L. A.; LOGSDON, S. D. Field-scale nitrogen balances associated with long-term continuous corn production. Agronomy Journal. Madison, v. 90, 1998. p. 644-650.DEUNER, S.; NASCIMENTO, R.; FERREIRA, L. S.; BADINELLI, P. G.; KERBER, R. S. Adubação foliar e via solo de nitrogênio em plantas de milho em fase inicial de desenvolvimento. Ciências Agrotécnicas, Lavras, v. 32, n. 5, 2008. p. 1359-1365.LAMOND, R.E.; WESLEY, T.L. Adubação nitrogenada no momento certo para soja de alta produtividade. Informações Agronômicas, v.95, p.6-7, 2001.WESLEY, T.L.; LAMOND, R.E.; MARTIN, V.L.; DUNCAN, S.R. Effects of late-season nitrogen fertilizer on irrigated soybean yield and composition. Journal of Production Agriculture, v.11, p.331-336, 1998.

[Fertilizante]

Actyva: nutrição garantida durante toda a safra de milho

A tecnologia Actyva foi desenvol-vida pela Yara Fertilizantes para elevar o potencial produtivo da

cultura de milho tanto na safra verão quanto na safrinha. A solução combina os benefícios do uso do YaraMila, um NPK no grão com fontes diferenciadas de Nitrogênio e Fósforo, que propor-ciona maior eficiência nutricional e uniformidade de lavoura, e do YaraVi-ta, micronutriente foliar que atende às demandas da cultura durante todo o ciclo na dose certa.

YaraMila é uma linha de NPKs com-plexos, ou seja, traz Nitrogênio, Fós-foro e Potássio no mesmo grão. Além disso, possui características físicas superiores, como uniformidade, granu-lometria e resistência, garantindo uma nutrição homogênea. Dessa forma, a solução permite até aplicações em áreas críticas, como as de cobertura, proporcionando que as lavouras te-nham desempenho superior tanto no tamanho da faixa de aplicação quanto na distribuição de teores de nutrientes quando comparadas às misturas con-vencionais.

O fertilizante pode ser aplicado in-dependentemente das condições cli-

www.batatasguara.com.br

Solução desenvolvida pela Yara Fertilizantes alia NPK no grão e micronutrientes, fornecidos no momento certo para a lavoura

máticas, já que não volatiliza e tem alto grau de solubilidade. As duas fontes de Nitrogênio (nítrica e amoniacal) garan-tem eficiência agronômica superior.

Enquanto o nitrato proporciona nutrição imediata e auxilia na absorção de cátions como Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), o amônio garante a disponibilidade do nutriente duran-te todo o ciclo e melhora a absorção de ânions como o Fósforo (P) e o En-xofre (S). O YaraMila possui fontes de Fósforo também diferenciadas: parte como ortofosfato, para um disponibili-dade imediata de Fósforo; parte como fosfato cálcico, para um fornecimento gradual; e parte como polifosfato, para um fornecimento em camadas mais profundas no solo.

A aplicação de micronutriente tem uma janela de absorção pequena, e o elemento tem de estar disponível no momento ideal para auxiliar nos pro-cessos metabólicos importantes para a manutenção do potencial produtivo do milho, bem como seu aumento que irá refletir em ganhos de produtivida-de. O YaraVita proporciona nutrição prolongada por possuir partículas em diferentes tamanhos que obedecem

a ordem de absorção: as menores são absorvidas rapidamente; e as maiores atendem à demanda da cultura duran-te a safra.

“As características do YaraMila, aliadas aos micronutrientes de alta concentração fornecidos pelo Yara-Vita, fazem da tecnologia Actyva uma excelente alternativa na adubação das lavouras de milho, alinhando à fa-cilidade de aplicação e à redução do desperdício, ativando todo o potencial produtivo da lavoura e principalmente gerando rentabilidade superior”, afir-ma Roberto Puzzo, gerente de Desen-volvimento de Mercado e Inovação da Yara Brasil Fertilizantes S.A.

As informações são da Yara.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

Revista do Produtor Rural40

60 anos da CNA e 20 anos do SenarSeminário discute o papel do agronegócio na posição do Brasil como 5ª potência mundial

[Comemoração]

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, participou, no

dia 23 de novembro, do seminário “Os desafios do Brasil como quinta potên-cia mundial e o papel do agronegócio”. O evento foi promovido pela Confede-ração Nacional da Agricultura (CNA) em comemoração aos 60 anos da entida-de e 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Vários palestrantes de renome par-ticiparam das discussões. A senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu e o Ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), Mendes Ribei-ro, deram as boas vindas na solenidade de abertura.

O presidente do Centro de Estu-dos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Lopes, falou sobre os perfis das classes de renda rural do Brasil (classes A/B; C e D/E).

Em seguida, houve um talk show sobre a construção de um novo mo-delo de política agrícola com os pales-trantes: Rosemeire Cristina dos Santos (superintendente técnica da CNA), José Carlos Vaz (secretário executivo do MAPA), Gilson Alceu Bittencourt (Secretário adjunto de Política Econô-mica do Ministério da Fazenda) e Kátia Abreu (presidente CNA).

Após o almoço, o segundo talk show debateu os desafios do Brasil como 5ª potência econômica mundial e o papel do agronegócio, com a pre-sença dos economistas Armínio Fraga (LDA investimentos) e André Esteves (BTG pactual) e Gilmar Mendes (Minis-tro do Supremo Tribunal Federal).

O encerramento foi feito pela pre-sidente da CNA e pela presidente da República do Brasil, Dilma Roussef.

Revista do Produtor Rural 41

Temperatura e umidade do cereal no processo de secagem

[Silos e Secadores]

Engº. Marcio Geraldo Schä[email protected]

Paraná Silos Representações Ltda

Geralmente o operador do se-cador se preocupa com a tem-peratura do ar de secagem en-

quanto que a sua preocupação deveria ser com a temperatura dos grãos. Isto porque, para a mesma temperatura do ar de secagem, dependendo do mode-lo do secador, os grãos podem atingir maior ou menor temperatura.

Na maioria dos modelos de seca-dores, principalmente os modelos de CAVALETE ou COLUNA, os mais utiliza-dos no Brasil e demais países da Amé-rica do Sul, a temperatura do ar de se-cagem deve ser mantida entre a faixa de 80 a 110 graus Celsius, o que leva a temperatura dos grãos entre 45 e 60 graus Celsius. Temperaturas maiores podem provocar danos irreversíveis ao produto.

A umidade dos grãos pode ser determinada por métodos DIRETOS ou INDIRETOS. Métodos DIRETOS são geralmente usados para trabalho de laboratório.

Medidores de umidade de MÉTO-DO INDIRETO geralmente são usados em instalações de secagem em uni-dades de armazenagem de grãos e que medem a umidade indiretamente,

com a determinação do percentual de umidade dentro de condições opera-cionais pré-estabelecidas. Para con-trole de umidade inserido no secador, um fator de correção pode ter que ser somado. O fator muda com a tempera-tura e a umidade, assim o fator deve ser conferido.

Atualmente novas tecnologias de medição de umidade e temperatura de grãos em processo de secagem per-mitem a parametrização de todas as variáveis relacionadas com a medição e suas devidas correções dos fatores relacionados com as reações das ca-racterísticas elétricas dos grãos em função da temperatura. A amostragem é automática e a leitura é apresentada em um display digital. Os registros dos dados das operações podem ser re-gistrados em bancos de dados para a análise do processo. As vantagens de amostragens on-line e com uma taxa de várias leituras por minuto permitem decisões mais rápidas sobre o proces-so de secagem. Ações mais rápidas no processo de secagem permitem a re-dução de custos, principalmente por secagem além do necessário, o que au-menta os custos de energia térmica e

elétrica. Experiências comprovam que a secagem demasiada em 0,5% B.U. representa a perda de peso de 0,6% do volume secado, além do cereal fi-car mais suscetível ao dano mecânico, acarretando perda técnica em diversos pontos da unidade armazenadora.

As novas tecnologias de contro-le de secagem estão mais acessíveis e pode ser feita uma análise de custo benefício aos acessórios de secagem como: automação da alimentação de lenha, controle de temperatura e umi-dade do cereal. Estabelecendo contro-les e regulagens automaticamente ao operador, agregam valor ao cereal e aumentam a rentabilidade.

Nesta edição, além de tratar de assuntos técnicos na área de armaze-nagem, aproveitamos para parabenizar o produtor rural por mais um ano de-corrido com muita dedicação em seu trabalho e desejar sucesso em sua em-preitada no novo ano.

Ainda aproveitamos para citar a comemoração de 60 anos de coloni-zação Suábia no Brasil. Acessem o site: www.suabios.com.br e aproveitem a programação.

Boas festas!

Revista do Produtor Rural42

[Notas]

No dia 08 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizou reunião com entidades e empresas da re-gião, para levantar a demanda de cursos para 2012.

A reunião abordou temas como horá-rios, vagas, temáticas de aulas e equipa-mentos. “Estamos analisando a demanda e as necessidades da região para realizar uma programação mais ampla, que abranja um público maior no próximo ano”, explica o supervisor regional do Senar, Aparecido Ademir Grosse.

Os cursos do Senar beneficiam produ-tores e trabalhadores rurais de Guarapua-va e região há mais de 18 anos. Segundo Grosse, a principal meta para 2012 é am-pliar o leque de cursos, oferecendo aulas em mais áreas do setor rural.

Para a engenheira agrônoma respon-sável pela parte técnica do Colégio Agríco-la Estadual Arlindo Ribeiro, Alcione Pickler

O Sindicato Rural de Guarapuava promoveu, no dia 16 de novembro, um churrasco para os coordena-dores e acadêmicos de comunicação que participaram da XXXVI Expogua – Exposição de Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava.

O evento contou com a presença do presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e do reitor da Unicentro, Vitor Hugo Zanette. Participa-ram também os acadêmicos e os coordenadores do projeto, Francismar Formentão, Márcio Fernandes e Anderson Costa.

As atividades de assessoria foram realizadas pe-los alunos de Jornalismo, também sob a supervisão da assessora de comunicação do Sindicato Rural, Luciana de Queiroga Bren.

“Esse é um importante projeto de extensão da Uni-centro, que existe desde 2009, e esse ano contou com a colaboração do Sindicato Rural”, destacou Formentão.

Segundo o coordenador, entre as atividades de-senvolvidas estão releases, fotos, matérias e progra-ma de rádio. Após o evento, foi realizada uma expo-sição de fotografia. No total, 50 alunos participaram das atividades.

“Esse projeto tem sido uma ferramenta importante para o aprendizado do aluno. É fundamental essa inte-ração dos alunos, para que haja um maior conhecimen-to das atividades do jornalismo”, disse o coordenador.

Regional da SENAR planeja cursos para 2012

Acadêmicos, professores e parceiros receberam certificados

EXPOGUA

Schanuel, os cursos do Senar são muito importantes para os alunos. “Durante as aulas do Senar os acadêmicos têm a opor-

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tunidade de aprimorar seus conhecimen-tos e também por em prática o que eles aprendem no colégio”, declarou.

Revista do Produtor Rural 43

[Prevenção]

A doença da raiva é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso de todos os animais mamíferos, incluindo animais de criação e pes-soas. Ana Paula Kurshaidt, veterinária da Secretaria de Estado da Agri-

cultura e Abastecimento (SEAB), explica como é possível perceber a doença. “Nos animais os sintomas podem ser notados através do isolamento do

rebanho, mugidos roucos e freqüentes, dificuldades para defecar e urinar, engasgo e salivação abundante, andar cambaleante e paralisia que pode levar a óbito”, define.

É importante ressaltar que o diagnóstico da raiva só é definido com o resultado laboratorial. “O diagnóstico laboratorial é importante para que, na certeza da doença, o produtor faça a vacinação de 100 % do rebanho”, alerta Ana Paula.

Além da vacinação de todo o rebanho, a SEAB realiza um trabalho de conscientização e alerta nas propriedades ao redor.

O principal transmissor da Raiva para os animais de criação é o morce-go hematófago, ou seja, o morcego que se alimenta de sangue. “Esse mor-cego, que suga os animais, sendo portador da raiva é capaz de transmitir o vírus pela saliva”, orienta Ana Paula.

Segundo a veterinária, todas as pessoas que tiverem contato com o animal doente devem ser encaminhadas ao posto de saúde mais próximo. “Buscando, quando necessário, a orientação com soro e vacinas”, explica.

De acordo com Ana Paula, é essencial que o produtor fique atento aos focos dentro da propriedade. “Muitas vezes o produtor não presta atenção para as grutas, paredões ou cachoeiras na propriedade. São esses os princi-pais locais de foco dos morcegos”, avisa.

Doença da raivapode levar animal a óbito

Revista do Produtor Rural44 Revista do Produtor Rural44

O tempo passou rápido e já estamos nos últimos dias do ano 2011. Este, como sempre, traz um sentimento duplo, de tristeza e alegria. Tristeza porque mais um ano passou voando e muitas coisas ficaram por fazer. De alegria, pois um ano novo se apresenta, com perspectivas e possibilidades.

Além disso, ao relembrar este ano de 2011, parecem ter passado despercebidas, muitas coisas boas e poucas ruins. Portanto, o balanço preliminar é de conquistas, evoluindo e ampliando nossas atividades junto aos sócios e junto à comunidade de Pinhão e Reserva do Iguaçu.

Somos muitíssimo gratos às pessoas que participaram ativamente do processo e outras que colaboraram para a existência deste meio de comunicação e interação de conhecimento, ações desenvolvidas para alcançar o objetivo maior, estimular e apoiar a produção do saber em todos os níveis da agropecuária.

Aos nossos prezados colegas, leitores e estimuladores, nosso desejo de um feliz Natal e um final de ano rico em celebrações e com muita paz. A todos, um excelente e promissor 2012.

Geraldo Ferreira de AlmeidaPresidente do Sindicato Rural de Pinhão

O anoacabou!

Produtores e lideranças de Pinhão no Empreendedor Rural 2011

O Sindicato Rural de Pinhão participou do en-cerramento Programa Empreendedor Rural 2011, na ExpoTrade Convention Center, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

A comitiva foi formada por participantes do programa Empreendedor Rural, representantes de entidades solicitantes dos cursos do SENAR e pelo presidente do Sindicato Rural de Pinhão, Geraldo Ferreira de Almeida.

De acordo com Almeida, “muitos agricul-tores estão cheios de projetos, mas não sa-bem transformá-los em realidade. Para ajudar quem está nessa situação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) criou o progra-ma Empreendedor Rural e o Sindicato Rural dá todo o suporte para os cursos”.

[Sindicato Rural de Pinhão]

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Projeto incentiva produção orgânica de alimentos em Pinhão

Para um campo mais produtivo, não importando se é pequeno, médio ou gran-de produtor, são necessárias atividades para a fixação do homem no espaço rural. Pensando nesse aspecto, Sindicato Rural de Pinhão, Emater, Cresol, Comaper e Co-operafatrup desenvolvem um projeto de conscientização para mulheres.

O programa é voltado à agricultura familiar e consiste em repassar às mulhe-res conceitos que vão desde auto estima ao empreendedorismo rural. Segundo a assistente social da Emater Pinhão, Lu-zyanna Rocha Tavares, atualmente seis comunidades são atendidas pelo projeto. As famílias cadastradas entregam alimen-tos para programas federais como Pro-grama de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Esco-lar (PNAE). Desde fevereiro de 2011, as famílias entregam verduras, legumes e produtos de panificação como cuques, pães e bolachas na Cooperafatrup.

Uma das comunidades atendidas é a de Faxinal dos Silvérios. No local, duas mulheres trabalham e desde o início do projeto melhoram a renda da família. Verônica Maria Ferreira antes vivia do extrativismo de erva mate e pinhão na

A melhoria da qualidade de vida no campo reflete na qualidade de vida da cidade

pequena propriedade de quatro alquei-res e Eliane Streski era auxiliar adminis-trativo de uma loja de confecções em Ponta Grossa.

As duas trabalham juntas na produ-ção de pães, cuques e bolachas em uma casinha preparada para esse fim. A se-nhora Veronica têm uma horta de cerca de meio hectare onde planta brócolis, abobrinha, pepino, repolho, rabanete, ce-noura, alface, cebola, cheiro verde, man-dioca, rúcula entre outros produtos. “Aqui tenho todos os tipo de salada” brinca.

Na outra família, Eliane planta va-riados tipos de verduras e legumes e se diz realizada com a vida no campo. “Aqui vivo melhor, além de ter a comida no meu quintal. Tudo sem agrotóxicos, mais saudável”.

As duas amigas aproveitaram as oportunidades do mercado. Veronica tem clientes cativos na cidade. “Duas vezes por semana entrego uma sacola de produtos nas casas. Vão brócolis, al-face, cenoura, beterraba, cheiro verde, mostarda e pão caseiro”. Eliane tem os clientes que buscam na propriedade: “alguns já sabem que temos produtos sem agrotóxicos e vêm buscar aqui”.

A assistente social revela que para 2012 já tem vários cursos do SE-NAR programados, que foram solicita-dos pelas participantes do programa. “Agendamos cursos que agreguem va-lor aos produtos da horta, como o de confecção de doces e conservas. Essa iniciativa é para, além de evitar o êxo-do rural, proporcionar alternativas de rendas dentro da propriedade”, com-pleta Luzyanna.

Eliane Verônica Luzyanna

Revista do Produtor Rural46

[Tropeirismo]

A Festa Nacional do Charque, realiza-da de 03 a 06 de novembro, agitou o município de Candói, resgatando

as origens e a história dos tropeiros. O Sindicato Rural de Guarapuava

participou com estande, recepcionando os sócios durante os dias de festa.

Marinei Pereira Martins, funcionária da Extensão de Base do Sindicato Ru-ral em Candói, ressaltou a importância da participação da entidade no evento. “Nossa participação é essencial para di-vulgar o trabalho da Extensão de Base e mostrar que esse é um Sindicato ativo, além da oportunidade de recepcionar os nossos produtores em um espaço prepa-rado para eles”.

Além das orientações sobre o Sin-dicato Rural, FAEP e Senar, ocorreram sorteios de brindes. Entre um público de 70 sócios, foram sorteados 15 prêmios. “Entre eles guarda chuvas, chapéus e kits (livro, chaveiro, canetas). A divul-gação foi feita na Rádio Caminho FM e Rádio Charque (rádio interna da festa)”, contou Marinei.

Sindicato Rural marca presença naxIII Festa Nacional do Charque

A tradicional Festa do Charque teve shows e rodeio, além de palestras técnicas.

Revista do Produtor Rural 47

Durante a Festa do Charque, a prefei-tura e a Emater promoveram o Encontro de Produtores de Leite.

O palestrante João Ricardo Alves Pe-reira, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mostrou a impor-tância da silagem de milho para a conser-vação de comida para vaca. “A ideia é mos-trar para o produtor primeiro o mercado do leite, um cenário bastante positivo para o produtor no momento, uma das ativida-des que melhor remunera, principalmente para a pequena propriedade. A importância dele aproveitar essa transição da atividade pecuária, se organizando de forma que ele tenha como essencial uma alimentação de qualidade”, explica Pereira.

Segundo o palestrante, a idéia é propa-gar ao produtor que a silagem de milho co-meça com uma boa lavoura, pois se ele faz uma lavoura ruim, a alimentação fica mais cara e vai ter uma alimentação de qualida-de inferior, o que acaba deixando a ativida-de ainda mais cara.

Outra questão relevante para o pro-dutor foi o tema discutido na palestra

A 32ª edição do Rodeio Crioulo Piquete Cacique Candói mo-vimentou a pista de laço do Centro de Eventos Antônio Loures Alves. O evento foi realizado durante a Festa Nacional do Char-que de 2011. Mais de 500 laçadores participaram das 13 provas.

As disputas iniciaram na sexta-feira, 04 de novembro, e ter-minaram no domingo, 06 de novembro. Peões e prendas de todas as idades participaram. As modalidades oferecidas foram de vaca parada – para as crianças – à laço veterano – disputada entre com-petidores com mais de 60 anos. O primeiro colocado na modalida-de laço em dupla recebeu o prêmio no valor de uma moto 0 Km.

Durante as competições, a patronagem do Piquete prestou homenagem aos fundadores Roberto Araújo e Alaor Sebastião Teixeira, que contribuíram para disseminação da cultura gaúcha no município.

Segundo o patrão do Piquete, Gibran Thives Araújo, os juízes das provas são da “equipe do Chitão” de Pitanga e os narradores foram Paulo Guaitanelli, Artidor Soares, Ponciano Abreu e o Sapo.

O rodeio foi organizado pela patronagem do Piquete Caci-que Candói: Gibran Thives Araújo, Thiago Lustosa Araújo, Julio Geisel, Roberto Bento e Agenor Mentes de Araújo.

Para os organizadores, a avaliação do evento é positiva. “O nú-mero expressivo de participantes e a vinda de laçadores do Norte do Paraná e até Mato Grosso do Sul nos mostra que o rodeio é bem visto. Assim também queremos agradecer aos parceiros que con-tribuíram para a realização desta 32ª edição”, declarou o patrão.

O Sindicato Rural de Guarapuava foi um dos apoiadores do rodeio.

Encontro de produtores de leite

Rodeio Piquete Cacique Candói atraiu mais de 500 laçadores

ministrada por Cleiton Chiocheta, fisio-terapeuta e professor de educação física, que mostrou os cuidados que se deve ter com a ordenha no campo. “A grande pre-ocupação que a gente vê é exatamente o nível de patologias que encontramos em pessoas que trabalham no campo”, explica.

Na palestra foram discutidas as pato-logias com a ordenha manual e ordenha mecânica, alertando sobre os possíveis

Marcelo Mayer (Pioneer) eJoão Ricardo Pereira (Palestrante)

Cleiton Chiocheta (Palestrante)

problemas de coluna, sempre relaciona-dos à postura dos produtores. “Muita gente acaba deixando de lado esse trabalho de ordenha, devido às restrições físicas, então a gente focou isso na palestra. Dando aten-ção também para a prevenção, mostrando o que podemos fazer na melhoria, e também os exercícios de alongamento, que são pre-ventivos”, comenta.

O Encontro teve o apoio da Pioneer e Sindicato Rural de Guarapuava.

Revista do Produtor Rural48

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Revista do Produtor Rural 49

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Empreendedor Rural:Quatro mil produtores em Curitiba

Mais de quatro mil produtores e tra-balhadores rurais de todo o Esta-do participaram no dia 28 de no-

vembro, em Curitiba, do encerramento do Programa Empreendedor Rural 2011. Na abertura, o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, disse que zelar pela saúde econômica e financeira do produ-tor rural é função primordial do Sistema FAEP. “Este encontro de empreendedores, trabalhadores, e produtores, mulheres do campo e jovens agricultores é um momen-to propício para refletir sobre nosso papel na produção agropecuária e o papel que outros setores e os governos devem de-sempenhar. Esta parceria entre o Sebrae, a Fetaep e o Sistema FAEP/SENAR tem sido vital para dar um novo impulso às ativida-des do campo, de forma moderna e mais segura, com mais conhecimento e firmeza por parte de seus agentes”, ressaltou.

Durante o evento, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, reforçou o apoio do governo às iniciativas da FAEP e destacou a importância da qualificação no campo. “Nós precisamos dedicar tempo para aprender, compreender a missão de produzirmos com qualidade. Precisamos ampliar a renda no campo por meio da qualificação e garantir um futuro melhor para todos”, avaliou.

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, enume-rou os desafios para o agronegócio nos próximos anos, entre eles intensificar a reformulação do ministério. Segundo ele, a modernização e reestruturação do campo estão na qualificação. “Com cer-teza o produtor deve investir para somar um diferencial lá na frente. Ele precisa pensar no amanhã”.

O diretor de operações do Sebrae-Pr, Júlio Cesar Agostini, afirmou que sente or-gulho em fazer parte de um programa que dá resultados. “O PER é fundamental para o desenvolvimento no campo e, com certeza, uma ferramenta para aumentar a renda de milhares de produtores”. Para Ademir Muel-ler, presidente da FETAEP, o Empreendedor Rural é exemplo para todo o Brasil. “O pro-grama ultrapassa fronteiras”, observou.

O encerramento do evento ocorreu à tarde, com a premiação dos três melho-res projetos do Programa Empreendedor Rural. Em seguida, uma palestra com Nel-ma Penteado.

O programaEm nove anos de programa, mais de

17 mil pessoas participaram do curso. Em 2011 foram 97 turmas onde 1.192 traba-

lhadores e produtores rurais concluíram o programa. A elaboração e implantação de projetos individuais, desenvolvidos ao longo do ano, funcionam como ele-mento motivador no processo de desen-volvimento do produtor rural.

Ágide Meneguette

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Regional mobiliza 240 produtoresEmpreendedores de Guarapuava

A Regional Guarapuava do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SE-NAR), com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e outros da região, levou 240 produtores rurais ao evento. Entre eles, participantes do Agrinho, Mulher Atual e Empreendedor Rural.

O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, fez par-te da comitiva e comentou sobre o evento. “O encerramento do Empreende-dor Rural cresce a cada ano. Estão todos de parabéns pela qualidade e organi-zação do evento. É incrível a capacidade de mobilização do nosso presidente da Federação, Ágide Meneguette”.

Ao todo, a Regional levou seis ônibus, com produtores dos municípios de Guaraniaçu, Diamante do Sul, Marquinho, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Laranjeiras do Sul, Virmond, Laranjal, Palmital, Cantagalo, Pinhão, Turvo, Candói e Guarapuava.

Os produtores rurais Eros e Soeli Lange expuseram o projeto que nasceu do Programa Empreendedor Rural (PER) e hoje está implantado na propriedade. Ela participou do programa em 2003 e na épo-ca idealizou o projeto de criação de ovinos. Ele fez o programa em 2007 e projetou es-truturar a atividade leiteira da propriedade.

Quando terminaram as aulas, Soeli se sentiu motivada a procurar mais conheci-mento técnico para colocar em prática o projeto que desenvolveu. Fez faculdade de Agronegócio e curso técnico em agropecu-ária. “Além disso, participei de todos os cur-sos do Senar relacionados a minha área”.

O casal começou a colocar em prá-tica os projetos em 2007 assim que Eros concluiu o programa. “Antes, a bo-vinocultura de leite era desestruturada. A primeira coisa foi organizar a sala de ordenha e instalar ordenhadeira canali-zada, atentando para higiene e qualida-de” lembrou Soeli. O segundo passo foi a estruturação de pastagens.

Hoje a propriedade tem 14,5 hecta-res de tifton como pastagem de verão, 5

Convidados pela FAEP/SENAR, Eros e Soeli Lange apresenta-ram projeto idealizado durante participação no PER; hoje em prática na propriedade

Comitiva de Guarapuava e Candói

Comitiva de Cantagalo

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Integração silvipastoril na Agropecuária Morro Branco

Descrição plantel

hectares para produção de silagem e no inverno, 40 hectares de aveia e azevem. Hoje a produção é de 500 litros de leite/dia, com 27 vacas produzindo e ainda 80 matrizes de ovinos, resultando em 40 carcaças/ano.

O pasto de tifton é consorciado ao plantio de eucalipto, formando os piquetes na constituição de sistema agrossilvipastoril.

A projeção da produtividade da fa-zenda é para em 2013, a produção de lei-te subir para 2000 litros/dia com 80 ani-mais produzindo. Para os ovinos, ter 200 matrizes e entregar de 250 carcaças/ano. Otimista, a produtora revela que a próxi-ma etapa é investir na adubação do pas-to. “A produção de leite e de carne está diretamente ligada à quantidade e qua-lidade do pasto. Também vamos cons-truir a sala de trato; onde cada vaca será alimentada individualmente, de acordo com a produtividade que apresenta”.

BOVINOS DE LEITE Cab. Cab. Cab.

Descrição Ano 2007 Ano 2011 Ano 2013

Animais Lactantes 18 27 85

Vaca Seca 3 5 15

Novilhas 10 20 20

Bezerras 5 21 25

Total Plantel 36 73 145

OVINOCuLTuRA ANO 2010 ANO 2013

Descrição Ano 2007 Ano 2011

Matrizes 80 200

Carcaça 100 250

Segundo Eros e Soeli, para melhorar, ampliar ou mudar a produção da proprie-dade é necessário ter metas e objetivos e então fazer o planejamento para se chegar até lá. “É preciso saber o que você quer alcançar e então projetar os cami-nhos que precisa seguir”, finalizou ela.

Durante a exposição na festa de en-cerramento do Programa Empreendedor Rural, várias pessoas visitaram o estande do casal. Soeli conta que muitos faziam as mesmas perguntas, entre elas “como controlam a mastite?”; o que ela avalia como uma dificuldade comum entre os produtores de leite. “Outros perguntavam sobre a cerca elétrica, sobre o plantio de eucalipto e eu respondia: eu aprendi no curso do Senar! A qualificação foi gratui-ta, de qualidade e já nos deu resultados positivos. Todo o treinamento foi repas-sado aos funcionários”.

Revista do Produtor Rural52

[Medicina veterinária]

O Sindicato Rural de Guarapuava sediou na manhã do dia 01 de dezembro, no anfiteatro da enti-

dade, a Jornada Paranaense de Imuno-logia, Síndromes e Vacinas, promovida pelo Sindicato dos Médicos Veteriná-rios do Paraná (SINDIVET-PR) e Biogé-nesis Bagó. Mais de 100 profissionais, acadêmicos, professores e agropecua-ristas participaram do evento.

A Jornada faz parte das comemora-ções dos 250 anos de ensino de Medicina

Mais de 100 pessoas participaram da Jornada Paranaense de Imunologia, Síndromes e Vacinas

Com três palestras, evento trouxe informações técnicas para médicos veterinários, estudantes e produtores rurais

Veterinária no mundo. Segundo o repre-sentante do Sindivet, Lourival Uhlig, as atividades iniciaram no dia 17 de outubro e finalizaram com um jantar de confrater-nização no dia 9 de dezembro, em Curitiba.

O professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Amauri A. Alfieri, falou sobre os riscos sanitários, as doenças sub-clínicas que afetam o gado e somente são detectadas através de exames e não ape-nas por sintomas aparentes.

Em seguida, o gerente de serviços

Adriano Carrasco Lourival uhlig reuel Luiz Gonçalves Amauri Alfieri

Demétrio reva

Revista do Produtor Rural 53

Parte da verba arrecadada com a inscrição do evento, que custava R$ 20,00 por pessoa foi doada à Associação do Centro-Oeste do Paraná de Estudos e Combate ao Câncer (ACOPECC).

A entrega simbólica do cheque foi feita durante o evento, pelo representante do Sindivet, Lourival Uhlig; pelo representante da Biogenesis Bagó, Demé-trio Reva e pelo presidente da Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária do Paraná – Núcleo Centro, Adriano Carrasco, à presidente da ACOPECC Mara Ne-ves, que estava acompanhada da assistente social da entidade, Márcia Regina da Silva Gonçalves.

Mara agradeceu a doação, salientando a importân-cia da verba para a entidade. “Precisamos de ajuda e ficamos muito felizes com o telefonema do Sindicato Rural de Guarapuava dizendo que a arrecadação do evento seria destinada à ACOPECC”.

Solidariedade

técnicos no Brasil da Biogénesis Bagó, Reuel Luiz Gonçalves, falou sobre crenças e mitos a respeito de vacinas e a evolu-ção tecnológica na produção de injetáveis para controle de doenças.

O terceiro e último assunto foi expla-nado pelo pesquisador Demétrio Reva, vice presidente do Sindivet-PR e repre-sentante da Biogénesis Bagó. Ele fez um levantamento das doenças que acome-tem bovinos nos estados brasileiros e uma comparação das incidências nos úl-timos 10 anos.

Além das palestras, houve sorteios de pistolas de aplicação e almoço na Churrascaria Casa Vecchia. Em Guarapu-ava, os parceiros do evento foram Sin-dicato Rural de Guarapuava, Universida-de Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), Cooperaliança, Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária do Paraná – Núcleo Centro-Oeste, Emater e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB).

Revista do Produtor Rural54

Nutrição de pastagem

[Palestras]

Mais de 120 pessoas participaram das palestras realizadas no dia 21 de novembro, cujo tema central

foi nutrição de pastagens. O evento orga-nizado pelos acadêmicos Kaio Ramalho, Leonardo Silvestri, Mauricio Schuster e Doglas Broetto, do 4º ano de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oes-te (Unicentro), no auditório de Biologia da Unicentro.

A primeira palestra foi sobre fixação biológica de nitrogênio em pastagens e ministrada pela Profª Drª Tangriani Simari Assmanm (UTFPR – Pato Branco). A pesqui-sadora mostrou alternativas para uso de adubação nitrogenada. “Atentando tam-bém para sistemas de integração lavoura--pecuária na utilização do nitrogênio, a partir da reciclagem das fezes e da urina”.

Na segunda parte do evento, a pales-tra sobre práticas de calagem e adubação em pastagem, ministrada pela Profª Drª Maria Ligia de Souza e Silva mostrou a importância da nutrição para pastagem. “Com a análise de solo, é possível ob-servar quais as deficiências e corrigi-lo. Todo nutriente aplicado na pastagem, o produtor vai colher em carne e/ou leite”.

O evento teve o apoio do Sindica-to Rural de Guarapuava e da empresa Stoller. Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato, destacou a im-portância de parcerias como essa, já que promove a integração entre a universida-de e os produtores rurais.

Profª Drª Tangriani Simari Assmanm(Pesquisadora UTFPR - Pato Branco)

Profª Drª Maria Ligia de Souza e Silva

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[Manchete]

A sociedade precisa, cada vez mais, de produtos de base flores-tal para a sua sobrevivência. As florestas nativas estão escassas no mundo. Desta forma, as plan-tações florestais apresentam um destaque nos cenários nacional e internacional.

O Brasil apresenta fatores fa-voráveis à silvicultura, como clima e solo, além de disponibilidade de áreas para plantio e mão-de-obra.

O eucalipto e o pinus são ár-vores que se adaptam à região de Guarapuava e com inúmeras apli-cações em diferentes setores. Para falar sobre o assunto, a rEVISTA DO PrODuTOr rurAL DO PArANÁ en-trevistou o engenheiro agrônomo Pedro Francio Filho, especialista em sistemas agrossilvipastoris e instrutor do Programa de Desen-volvimento Florestal, desenvolvi-do pelo Sindicato rural de Guara-puava. Confira:

Por que ter uma floresta?RPR: Por que plantar florestas é um bom negócio?

Pedro Francio Filho: Hoje nós temos uma demanda de florestas muito eleva-da, seja para a demanda energética, de-manda de móveis, serraria, de celulose, de papel. O Brasil hoje é um dos princi-pais produtores de florestas plantadas do mundo e nós estamos também com um potencial produtivo elevado. Não existe nenhum país no mundo que tenha a pro-dutividade e a tecnologia florestal que nós temos. Então, precisamos aproveitar a oportunidade. Temos altíssima produ-tividade, tecnologia e também um mer-cado internacional com uma demanda elevadíssima de matéria prima, ou seja, temos garantia de compra de madeira. Temos hoje, no mundo, uma média de 3,5 bilhões de metros cúbicos necessá-rios anualmente de madeira. Desse total, 1,7 bilhões vai para o setor de energia e 1,8 bilhões para o setor industrial. Nessas condições, de toda essa madeira, somen-te 1,3 ou 1,4 bilhões de metros cúbicos são de florestas plantadas. De 60 a 70% da matéria prima da demanda mundial de florestas ainda vem da mata nativa. Então é por isso que plantar floresta é um bom negócio. Nós temos uma demanda mundial muito grande, uma demanda lo-cal e regional, estadual e nacional muito grande e com certeza existe um mercado compatível com o plantio.

RPR: Como estão as linhas de cré-ditos específicas para o plantio de florestas?

Pedro Francio Filho: Existe uma li-nha que foi criada em 2011, a ABC – Agri-

cultura de Baixo Carbono, que contempla vários projetos, desde a silvicultura con-vencional, maciços florestais, sistemas agrossilvipastoris, restauração de áreas degradadas, também nessa mesma linha de crédito, a recomposição da Reserva Legal, da Área de Preservação Permanen-te, enfim, ela contempla todo o processo florestal. Foram liberados mais de R$ 3 bilhões para a utilização no processo do ano safra. A taxa é de 5,5% ao ano, com três anos de carência e até 12 anos para pagar. É uma linha de crédito do BN-DES, projeto do Ministério da Agricultu-ra e contempla todos os produtores. Na agricultura familiar essa mesma linha de crédito contempla de R$ 10 a 50 mil, com taxa de 1 a 2% ao ano, nas mesmas condições de prazos de carência para pagar. Existem linhas compatíveis com qualquer propriedade rural para fazer o cultivo florestal.

RPR: Quais são os benefícios para o produtor rural que optar por plantar florestas?

Pedro Francio Filho: A grande van-tagem é a diversificação agrícola, apro-veitando as áreas que estavam ociosas, perdidas, bicos de lavoura, e também o sistema produtivo de pecuária, o agros-silvipastoril, que é a integração lavoura, pecuária e floresta, um grande foco do Ministério da Agricultura e Embrapa. O produtor vai ter uma renda a curto prazo com a agricultura e a pecuária, a médio prazo com o desbaste dessa madeira, e a longo prazo com o corte da tora para a serraria, com alto valor agregado e um grande retorno econômico. É uma se-gurança no campo. Se o produtor tiver

Revista do Produtor Rural 57

algum problema durante a safra, algum ano de crise, ele pode cortar a madeira e pagar a conta. Então é um negócio segu-ro, sustentável e além disso, o produtor estará aproveitando áreas que não são da agricultura e pecuária, melhorando a rentabilidade da propriedade.

RPR: Quais são as opções para os produ-tores rurais de Guarapuava e região?

Pedro Francio Filho: As espécies mais indicadas são o Pinus elliottii e Pi-nus taeda, os mais plantados na região e o Eucalyptus benthamii e Eucalyptus dunnii, os mais adaptados aqui em Gua-rapuava, por causa da alta ocorrência de geadas severas. Além desses, a nogueira pecã, uma espécie que pode ser utilizada na Reserva Legal, dura 150, 200 anos na exploração e é uma grande alternativa de recomposição. No sistema silvipastoril ela é caducifólia, ou seja, cai as folhas no inverno e no verão ela faz sombra. Então é uma planta que no sistema silvipastoril é fantástica, pode ser consorciada com ovinos, gado de leite, gado de corte etc. Temos também as espécies nativas que

também são adaptadas à região, como a araucária e outras que podem proporcio-nar um retorno econômico.

RPR: Com relação a Programa de Desen-volvimento Florestal 2011, desenvolvi-do em Guarapuava, Candói e Cantagalo, pelo Sindicato Rural e parceiros, qual é a sua avaliação?

Pedro Francio Filho: Minha avalia-ção é muito positiva. Estamos desenvol-vendo pesquisas de nutrição de plantas, já temos áreas de pesquisas na Santa Maria, Agrária, EMBRAPA, Golden Tree e Unicentro. Esse ano também foram im-plantadas unidades experimentais de

pinus e eucalipto na região. Temos um novo parceiro do programa, a Syngenta, que possui um projeto nacional de ILPF (Integração Lavoura, Pecuária, Floresta). No próximo ano teremos mais novidades e a intenção é trazer informações espe-cíficas sobre gestão florestal, planeja-mento da área, implantação, quais são as melhores espécies, qualidade de muda, como que se planta, a condução da flo-resta até a colheita. Também vamos tratar dos termos específicos florestais, como coleta de solos, nutrição e fertilização desses solos, conservação e preparo do terreno adequado. Vamos orientar tam-bém os produtores sobre as alterações do Código Florestal.

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Cursos e palestras

Participantes e produtores rurais avaliam Programa de Desenvolvimento Florestal 2011

Cerca de 50 produtores rurais e pro-fissionais do setor participaram no dia 24 de novembro, do ciclo de palestras sobre a utilização da madeira no anfiteatro do Sin-dicato Rural de Guarapuava.

Os temas abordados foram de alterna-tivas para Reserva Legal à situação nacional e internacional do mercado de madeira. O evento encerrou o Programa de Desenvol-vimento Florestal realizado durante o ano.

A primeira palestra ministrada pelo Engenheiro Agrônomo, especialista em sistemas agrossilvipastoris, Pedro Francio Filho - instrutor do Programa de Desen-

volvimento Florestal - abordou a utili-zação de madeira na propriedade rural, construção civil e arquitetura. “Em outros países a madeira é mais valorizada e to-talmente utilizada, desde os galhos mais finos às toras. Devemos aplicar esse con-ceito aqui também”.

Em um segundo momento, o enge-nheiro de madeiras da TW Brasil, Eugênio Alfredo Geisse Rilling falou sobre o cenário nacional e mundial do mercado da madei-ra. “Trouxemos as tendências da produção madeireira e ainda alguns produtos da TW para visualização dos produtores”.

Fechando a noite, a engenheira agrô-noma especialista em meio ambiente, Mary Cobra Silvia Ferro, apresentou aos produtores, alternativas viáveis e con-cretas para Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP). “A partir da legislação vigente, mostramos algu-mas possibilidades de renda dentro de APP´s e RL”.

O Programa de Desenvolvimento Flo-restal foi desenvolvido em 2011 através da parceria entre Sindicato Rural de Gua-rapuava, Cooperativa Agrária, Fertilizantes Heringer, Golden Tree Reflorestadora, San-ta Maria Cia de Papel e Celulose, Universi-dade Estadual do Centro Oeste do Paraná e Viveiros Pitol.

Revista do Produtor Rural 59

Confira depoimentos dos parceiros do programa:

“A cultura de Nogueira Pecã é uma excelente alternativa de renda para a pro-priedade rural, pois apresenta baixo custo de implantação, linhas de créditos a juros baixos, prazos de pagamentos longos, resistência a doenças e pragas e um mercado em grande expansão. A Nogueira Pecã, conforme legislação brasileira, é permitida para plantio nas áreas de Reserva Legal, intercalando com árvores nativas. O Pro-grama de Desenvolvimento Florestal, desenvolvido pelo Sindicato Rural de Guara-puava, é de extrema importância para nós dos Viveiros Pitol, pois além da obtenção de renda para locais com reflorestamento, nos preocupamos com a preservação do meio-ambiente e a recomposição da Reserva Legal através das áreas de preservação permanente. Ressaltamos também que através do programa, valorizamos nosso lo-cal e estimulamos o ecoturismo”.

Tamara Pitol Viveiros Pitol – Anta Gorda/rS

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“Em 2010 o Programa de Desenvolvimento Florestal teve a participação de um público direcionado que estava realmente interessado na implantação de florestas. Levar as palestras para as cidades de Candói e Cantagalo, promovendo uma maior divulgação do conhecimento. Para a Santa Maria, o programa é fundamental para conhecer os produtores que implantarão florestas, já que poderão ser futuros par-ceiros na venda de lenha. A indústria está crescendo e a demanda de madeira vai au-mentar. Por isso, consideramos importante esse fomento. Esperamos que o programa tenha ainda mais visibilidade em 2012, com uma nova estrutura e novos cursos”.

Giovanni StringariCoordenador florestal da Santa Maria Cia. Papel e Celulose

“Com relação à Agrária, para nós é importante o desenvolvimento do setor de florestas na região. Assim, é possível suprir a demanda de madeira para energia; para o produtor é mais uma opção de renda na propriedade. O Programa de Desenvol-vimento Florestal é importante porque traz novas tecnologias e informações para fortalecer o setor florestal da região”.

Elson Luiz TussoliniCoordenador florestal da Cooperativa Agrária

“Acredito que esse curso ajudou muito, pois abordou varias vertentes do mundo florestal, desde consórcio com agricultura/pecuária e o uso da madeira de forma a agregar maior valor no produto florestal. O programa proporcionou uma visão ampla do que está acontecendo com as nossas florestas e as do mundo inteiro. Os parti-cipantes puderam tirar dúvidas, tais como plantio de forma adequada, tamanho de cada berço, espaçamento, poda, desbastes e comercialização, legislação florestal, o que pode ser feito e o que não pode dentro do mundo florestal. Espero que em 2012 esse programa possa ser tão produtivo como esse que encerrou agora”.

Luis Carlos VatrinSócio-gerente da Golden Tree reflorestadora

“O Programa de Desenvolvimento Florestal é muito importante para os produ-tores, pois com ele podemos otimizar as propriedades rurais. Há tempos atrás não era utilizado fertilizante nesse segmento, sendo que hoje em dia sabemos da im-portância do mesmo. A Fertilizantes Heringer apoia e aposta nessa parceria com o Sindicato Rural para conseguirmos uma maior produtividade nesse setor”.

Leticia Henriques de Moura Caloy e Silva Supervisor Comercial Trainee/Fertilizantes Heringer

“A região de Guarapuava propicia a implantação de sistemas agrossilvipastoris. Além de somar renda à propriedade, torna a agricultura mais sustentável, traz bene-fícios para o solo e para os animais. Por ter um clima instável, a implantação de flo-restas e de sistemas agrossilvipastoris contribuem para estabilizar o microclima da propriedade. A iniciativa do Sindicato Rural de Guarapuava é muito importante, assim como foram as pesquisas iniciadas há 15 anos pela Unicentro e Cooperativa Agrária na área de integração lavoura-pecuária, que se difundiu pela região e pelo Estado. O Programa de Desenvolvimento Florestal pode ser o divisor de águas do sistema de produção local, uma nova forma de ver a produção na propriedade. Do ponto de vista da Universidade, o sistema agrossilvipastoril ainda tem uma atividade tímida no meio acadêmico por algumas restrições do entendimento do funcionamento completo do sistema. O programa propicia o treinamento dos produtores e a implantação de áreas pilotos, propicia as aulas práticas de plantio, desrama, desbaste e colheita. Esses trei-namentos certamente trarão um diferencial para a formação dos alunos e no resultado da propriedade rural da região. Dentro do sistema agrossilvipastoril, cada elemento – lavoura, pecuária e floresta – não pode ser pensado isoladamente e sim de forma conjunta, para o funcionamento integrado do sistema”

Sebastião Brasil de Campos Lustosa, Professor do departamento de Agronomia(DEAGrO) da unicentro/Diretor do Câmpus Cedeteg

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Revista do Produtor Rural 61

[Meio ambiente e agropecuária]

Mary Silvia FerroEngenheira Agrônoma, especialista em meio-ambiente,

agroecologia e plantas medicinais.Email: [email protected]

Manejo Sustentável da Reserva Legaluma alternativa de renda para a propriedade rural

RESERVA LEGAL – Ao ouvir esta palavra, muitos produtores ficam de “cabelo em pé”; entretanto, em plena discus-

são sobre a modernização do Código Flo-restal aprovado em 1965, muito se comen-ta sobre a funcionalidade ambiental desta área ou sobre o impacto que sua implanta-ção pode causar a produção agropecuária brasileira, contudo, pouco se fala a respeito da lucratividade que ela pode gerar ao em-preendimento agropecuário.

As vantagens da utilização susten-tável da Reserva Legal não vêm sendo usufruídas pelos produtores rurais, devi-do à falta de informação e de assessoria técnica especializada.

A Instrução Normativa nº 4 de 8 Se-tembro de 2009, regulamentou e estabe-leceu critérios técnicos para utilização da vegetação da Reserva Legal sob regime de manejo florestal sustentável, possibi-litando ao produtor a oportunidade de diversificar seu negócio e fomentar sua renda através a exploração com finalida-de comercial.

Inúmeras são as possibilidades de exploração, como a utilização de espécies exóticas, tais quais Pinus, Eucalipto, No-gueira Pecan, que quando consorciadas com nativas medicinais como: Espinhei-ra-Santa (Maytenus ilicifolia), Pata-de-vaca (Bauhinia forficata), Café-de-bugre (Case-aria sylvestris), Guaco (Mikania pachysta-chya) ou nativas com potencial alimentar como Aroeira Pimenta (Schinus terebinthi-folia) e araucária (Araucaria angustifólia), proporcionam ótima rentabilidade, pelo fato de possuírem grande valor agregado e já terem suas propriedades terapêuti-cas comprovadas, além é claro de boa aceitação no mercado.

Simultaneamente a apicultura, que

durante anos vem contribuindo a perpe-tuação de espécies vegetais e também pelo aumento da produtividade em culti-vos agrícolas, devido à polinização, pode ter seu potencial explorado em áreas de Reserva Legal, disponibilizando ao pro-dutor a utilização de produtos como o mel, geléia real, própolis.

A possibilidade de aumentar receitas e promover a diversificação na proprie-dade rural através do manejo sustentável da Reserva Legal é real e viável, levando em consideração o fato que o estado do Paraná é o maior produtor de plantas me-dicinais cultivadas, a demanda crescente por produtos florestais e que a agricultu-ra sustentável é uma tendência mundial,

concluímos que investir neste componen-te da propriedade e “enxergá-lo” como um grande negócio, pode trazer ao produ-tor rural novas perspectivas.

Revista do Produtor Rural62

[Mudas e sementes]

Há 12 anos, a Golden Tree Reflo-restadora atua no mercado flo-restal. Hoje é reconhecida como

a maior produtora de Eucaliptus ben-thamii do Brasil e maior empresa priva-da a produzir sementes dessa varieda-de. Mas uma empresa que se destaca nacionalmente no setor não possui somente uma opção de plantio para silvicultura.

A Reflorestadora também produz mudas de Pinus ellioti, Pinus taeda e Eucaliptus dunnii. A seleção das va-riedades é criteriosamente realizada para que o produtor ou investidor florestal obtenha bons resultados na silvicultura . Para gerar uma árvore saudável é preciso de uma muda de qualidade, oriunda de sementes tam-bém de qualidade.

As sementes são adquiridas de empresas renomadas como a Rigesa, origem conhecida que confere con-fiança para o produtor. Para falar sobre o assunto, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ entrevistou o assis-tente de pré e pós vendas de sementes e mudas florestais da Rigesa, André Ri-cardo Staskoviam. Confira:

RPR: Como iniciou-se a produção de sementes de Pinus e Eucalipto pela MWV Rigesa?

Staskoviam: O trabalho começou a ser desenvolvido entre as décadas de 1950 a 1960, quando testes com 62 espécies diferentes de coníferas resul-taram na escolha do Pinus taeda e do Pinus elliottii como as espécies mais indicadas para o Sul do Brasil.

RPR: Quais são as espécies produ-

zidas pela empresa? A que regiões se aplicam?

Staskoviam: As espécies produzi-das são: Pinus taeda e Pinus elliottii; Eucalyptus dunnii e Eucalyptus salig-na. As quatro aplicam-se à região Sul do Brasil.

RPR: Como se dá o processo de pro-

dução das sementes dessas árvores?Staskoviam: A empresa possui

pomares de Pinus e Eucalyptus desti-nados para único fim de produzir se-mentes destas espécies. Os processos de colheita, beneficiamento e arma-zenagem das sementes florestais se-guem normas e rigorosos padrões de controle, garantindo assim a qualidade do produto final.

RPR: Qual o diferencial das semen-

tes da MWV Rigesa?Staskoviam: As sementes de pinus

apresentam como diferenciais das se-mentes do mercado as seguintes ca-racterísticas: maior produtividade, au-sência de bifurcação, ausência de rabo de raposa (Foxtail), troncos mais cilin-dricos e homogêneos, desrama natu-ral; além de serem totalmente adapta-das para atender a todas as finalidades da indústria de madeira com menor custo de produção e maior aproveita-mento da floresta.

RPR: Qual a capacidade de produ-

ção anual de sementes?

uma floresta rentável começa comsemente de qualidade

Staskoviam: A produção anual da MWV Rigesa é de 2.000 kg de semen-tes de Pinus taeda geneticamente me-lhorada e 100 kg de Eucalyptus dunnii e saligna para atender a demanda de mercado do Sul do Brasil.

RPR:Em quais outros segmentos a

empresa atua?Staskoviam: Rigesa, Celulose, Pa-

pel e Embalagens Ltda é uma subsi-diária do grupo norte-americano Me-adWestvaco Corporation e opera no Brasil desde 1942 com duas fábricas de papel, cinco fábricas de embala-gens de papelão ondulado e uma fá-brica de embalagens de papel cartão, fornecendo embalagens para empre-sas dos segmentos, alimentício, frutas in natura, limpeza, cosméticos, saúde, produtos químicos, eletroeletrônicos e têxtil, entre outros. Com sede em Cam-pinas, SP, possui 54 mil hectares de ter-ras plantadas certificadas pelo Cerflor – Programa Brasileiro de Certificação Florestal – e 19 escritórios comerciais pelo País. Emprega mais de 2.700 fun-cionários e ocupa o segundo lugar no mercado de embalagens de papelão ondulado no Brasil.

RPR:Qual a espécie de Pinus que melhor se desenvolve na região? E de Eucalipto?

Staskoviam: A semente de Pinus ta-eda geneticamente melhorada é a que melhor se desenvolve na região, de-senvolvida a partir da melhor seleção de material genético da região Sul do Brasil, totalmente adaptada para aten-der a todas as finalidades da indústria de madeira com produtividade supe-rior, menor custo de produção e maior aproveitamento da floresta. A semente de Eucalyptus que melhor se desenvol-ve é o Eucalyptus dunnii por apresentar excelente crescimento, tolerância a ge-adas, boa forma do fuste, além de ser indicada para fins energéticos, carvão bem como para uso em serrarias.

(42) 3624-1096 - www.goldentreereflorestadora.com.br

RPR:Como o produtor pode esco-lher mudas oriundas de boas semen-tes? Esse processo interfere no resul-tado final da silvicultura?

Staskoviam: O produtor deve ini-cialmente procurar viveiros produto-res de mudas que possuem registro no Renasem e que utilizam técnicas adequadas de produção das mudas. É importante que o produtor/inves-tidor florestal exija documentos que comprovem a procedência e qualida-de das sementes utilizadas na pro-dução. Toda a garantia de sucesso no investimento em florestas está dire-tamente ligada com a utilização de mudas com material genético de alta qualidade, afinal quando se utiliza de mudas sem procedência o resul-

tado no campo são florestas de baixa produção e qualidade. As sementes de Pinus taeda geneticamente me-lhoradas da MWV Rigesa apresen-tam índices de produtividade de 45

toneladas/ha/ano o que certamente garante retorno no investimento re-alizado, visto que as sementes sem procedência apresentam produtivi-dades de 30 toneladas/ha/ano.

Revista do Produtor Rural64

DuPont Natureza

[Responsabilidade sócio-ambiental]

Na Escola Aldeia do Sol, em Guarapuava, 40 alunos do ensino fundamental tiveram uma aula de conscientização ambiental,

com teoria e prática no dia 24 de novembro.Na instituição de ensino, foi dezenvolvido

o projeto “DuPont Natureza”, que tem como objetivo a formação de áreas verdes e sua pro-teção, o desenvolvimento de uma educação preservacionista, visando a sustentabilidade natural do projeto.

“Falamos aos alunos sobre o meio ambien-te, a importância da água e da manutenção das nascentes. Em seguida, com o auxílio dos pro-fessores e da equipe Du Pont, eles fizeram o plantio de algumas mudas frutíferas nativas da região em uma nascente de água da escola que estava desprotegida. Cada aluno adotou uma árvore, comprometendo-se a cuidas das mudas até que o bosque esteja formado”, informou Everton Roosevelt Bernini, representante co-mercial da Du Pont na região de Guarapuava.

Para a diretora da escola, Dilcemeri Padilha de Liz, o projeto “DuPont Natureza” contribuiu para aumentar a consciência ambiental dos alunos, já que trouxe mais informações e uma ação prática que terá também resultados futuros”, elogiou.

DuPont na UniversidadeNo dia 18 de novembro, representantes da multina-

cional Du Pont estiveram na Faculdade Campo Real, em Guarapuava, ministrando palestra sobre o uso correto de defensivos, descarte de embalagens, meio ambiente e apresentando pesquisas que a empresa desenvolve para ajudar a humanidade nos próximos 30 anos.

“Falamos também sobre a responsabilidade do en-genheiro agrônomo ao utilizar um defensivo no campo, enfim, mostramos aos acadêmicos um pouco do que eles vão ter que enfrentar pós-formados”, explicou o enge-nheiro agrônomo Everton Roosevelt Bernini, represen-tante comercial da Du Pont na região de Guarapuava.

A palestra faz parte do projeto “DuPont na Universi-dade”, que visa contribuir com a capacitação de acadêmi-cos, oferecendo um aprofundamento na formação, com treinamentos relacionados a Manejo Integrado de Pragas, modo de ação dos produtos fitossanitários, tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, boas práticas agrí-colas, perfil profissional e outros.

A palestra foi ministrada durante o I Simpósio de Agronomia da Faculdade Campo Real. Com duração de quatro horas, atingiu 65 acadêmicos.

Revista do Produtor Rural66

Através de pesquisas sabe-se que hoje, no Brasil, a consciência e a cultura da importância do uso dos

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ainda estão abaixo das expectativas e dos índices ideais. Preocupada com a questão, ciente da importância da pro-teção e segurança da vida do homem do campo, a Syngenta criou o Projeto EPI. O objetivo do Projeto é consolidar a conscientização de uso e garantir a dis-tribuição de EPI junto aos clientes. O Pro-jeto atua na política de distribuição da Syngenta, com revendas e cooperativas, estabelecendo quotas anuais que visam intensificar o compromisso e o incentivo ao uso de EPI. Estes são comercializados sem qualquer lucro para o distribuidor. Ainda como parte do projeto, a Syngenta firmou parceria com três fabricantes de EPI, regionalizando a venda e implemen-tando política de treinamento através de palestras para técnicos da distribuição e agricultores.

Até 1989, o profissional aplicador de fitossanitários podia contar apenas com o improviso, expondo sua saúde a diversos riscos. Foi então que a Syn-genta assumiu a tarefa de desenvolver um equipamento de proteção eficiente, o EPI Tropical. Confeccionado em tecido 100% algodão, apropriado para climas quentes e hoje padrão de uso em todo mercado agrícola brasileiro, a Syngenta vem atualmente levando essa tecnologia

[Proteção]

para outros países da América Latina, da Europa e da Ásia. Outra ação importan-te tem sido a parceria dos fabricantes na adequação dos EPI’s para diferentes cul-turas, a exemplo dos desenvolvidos para cana-de-açúcar, rosas, tomate, batata e reflorestamento.

Através de curso específico, criado em 2007, os 3 fabricantes realizaram, em parceria com a equipe de campo Syngen-ta, 283 treinamentos (de 1 ou 4 horas), atingindo 9.143 agricultores/técnicos. Esse programa de educação contou tam-bém com aplicação de pré e pós testes. A fim de garantir comprometimento da equipe de vendas dos distribuidores, criou-se o Stewardship do distribuidor, o qual possui responsabilidade direta sobre todo processo de comunicação e vendas de EPI.

Projeto EPI Syngenta

Revista do Produtor Rural 67

Revista do Produtor Rural68

[Alho]

O XXIV Encontro Nacional dos Pro-dutores de Alho, realizado na cidade catarinense de Frei Ro-

gério no dia 04 de novembro, contou com a participação de guarapuavanos, como o secretário de Turismo Jeferson Rezende, Rui Rances, José Roberto dos Santos e Edgar Zuber, representantes da Inquima.

Segundo Rezende, o evento abor-dou a produção de sementes livres de viroses e a questão mercadológica, que tem tido problemas pontuais relativos à entrada do alho chinês.

Para a cerimônia de abertura esteve presente o deputado federal Valdir Co-latto (SC), deputados estaduais, prefei-tos da região, representantes do Minis-

tério da Agricultura e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. Collato destacou a importância da cul-tura do alho para a região de Curitibanos e para Santa Catarina, lembrando que a atividade agrega renda para pequenos e médios produtores do Estado.

Outra presença importante foi a de Rafael Jorge Corsino, presidente da ANAPA – Associação Nacional dos Pro-dutores de Alho. Ele apresentou as ati-vidades desenvolvidas pela entidade e as ações que estão em curso visando o fortalecimento do segmento e dos produtores.

Produtores rurais do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Goiás parti-ciparam do encontro.

Encontro Nacional abordou produção de sementes e aspectos mercadológicos

O ex-ministro da Agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PSD/PR), voltou a defender, no dia 29 de novem-bro, que o Brasil precisa investir na busca da autossuficiência da produção de trigo. Por ser um produto sensível, junto com leite, arroz e feijão, Stephanes é a favor de que o trigo faça parte da agenda de governo e se consolide

uma política nacional para o setor. Além de importante como rotação de cultura, o plantio do trigo, segundo o ex-ministro, contribui para a sustentabilidade

da atividade agrícola por proteger o solo no período de inverno. “É uma atividade importante para o meio ambiente e sob o ponto de vista social e econômico, pelos empregos que gera e por permitir renda complementar ao produtor”, explicou.

Stephanes destacou que a adoção de uma política para a produção de trigo contribui, também, para a segurança ali-mentar, pois caso ocorram problemas climáticos nas principais regiões produtoras poderá ocorrer elevação de preço.

“Em 2008, quando adotamos ações para o setor no Ministério da Agricultura, a produção de trigo aumentou em 50%. Isso mostra a capacidade de resposta dos produtores quando se tem mercado, preço e incentivo”, destacou o ex-ministro. Ele lembrou, contudo, que mudanças nas regras da política de apoio à produção e comercialização do trigo devem ser claras e aplicadas dentro de um prazo que possam surtir o efeito esperado pelos produtores e consumidores.

Stephanes participou da audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que discutiu a pro-posta de política para a triticultura, safra 2012/2013. Segundo ele, na ocasião, os três estados da Região Sul, grandes produtores, em conjunto com cooperativas e a Embrapa apresentaram um trabalho, que, além de fornecer um diagnóstico, constroem uma política consistente para o setor, que precisa ser aceita e articulada pelo Ministério da Agricultura, junto as demais instituições do governo federal.

A audiência foi proposta pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR) e reuniu o presidente do Sindicato e Orga-nização das Cooperativas Agropecuárias do Paraná, João Paulo Koslovski; Reino Péala Rae, assessor institucional da Associação Brasileira da Indústria de Trigo; Sérgio Roberto Dotto, chefe-geral da Embrapa Trigo e técnicos do Ministério da Agricultura e da Fazenda.

Assessoria de Imprensa/Adélia Azeredo

[Trigo]

Stephanes defende política de médio e longo prazos para o trigo

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Dou-lhe 1,dou-lhe 2,dou-lhe 3...

O ano acabou!Hoje ofertamos paz, amor, saúde!

Ao bater do martelo, deixe entrar o som da esperança!Que a disputa seja por ações de solidariedade!

Que você arremate prosperidade!E que dê um grande lance para realizar todos os seus sonhos!

Agradecemos a confiança efidelidade dos clientes em 2011.

Boas festas!

Equipe Gralha Azul

Revista do Produtor Rural72

um jeito diferente devender tomates

Ecologicamente correto

A gente já viu pesque e pague, não é mesmo? Mas você já pensou em chegar em uma plantação e

escolher o produto que vai levar para casa? Nessa plantação de tomates, você pode fazer isso!

O agricultor Lourenço Lemler, do distrito de Entre Rios, Colônia Vitória, em Guarapuava, conta que a opção surgiu por acaso. “Antes nós mesmo co-lhíamos e deixávamos nas caixas para os clientes escolherem. Acontecia que muitos acabavam sobrando, ou por es-tarem muito maduros ou por estarem muito verdes... Por isso, decidimos en-tregar nas mãos do cliente um alicate e um balde. Assim ele mesmo colhe, de-pois pesamos e ele paga no final. Um balde cheio chega a pesar 10 kg”.

A clientela é fiel. Segundo Lemler, há pessoas que vêm da cidade para buscar tomates. “Há ainda aqueles que levam para praia. O segredo dos tomates sabo-rosos é a colheita do fruto maduro”.

O horário de funcionamento é de segunda a sábado, o dia todo, e aos do-mingos até às 12h. O preço do quilo do tomate no colhe e pague é de R$ 3,00 e para entrega é de R$ 3,50 kg.

Lourenço Lemler cultiva toma-tes ecologicamente corretos. Como assim? Calma, vamos explicar:

Segundo o produtor, o agrotóxico apenas é utilizado na fase inicial do ciclo do tomate, quando a planta tem até 15 cm de altura, aproximadamen-te, para controlar lagartas e pulgões. Desse ponto em diante, ele aplica ou-tros produtos naturais, como óleo de nin, extrato de alho, calda bordalesa, entre outros...

Além desses agentes que ajudam a controlar as pragas, Lemler tem alia-dos alados. Nas estufas ele instalou alguns purungos que servem como casa para os passarinhos. “Os passa-rinhos ficam por tudo, no chão, nas plantas e comem as larvinhas e bici-nhos. Alguns tomates acabam bica-dos, mas até esses têm proveito”.

O ciclo de cada planta é de três meses. O plantio inicia em setembro e é realizado gradualmente. A colhei-ta segue até o mês de junho. A pro-dutividade, segundo Lemler, é de 8 a 10 kg de fruta por pé. Durante o ano são plantados cinco mil pés. “Temos 10% de perda. O que não é colhido é feito extrato, e nas épocas de maior colheita e movimento, alimentamos os porcos com as frutas restantes”.

Para irrigar, ele utilizar o sistema de gotejamento. Lemler ainda apro-veita e planta alface junto ao tomate. “A alface ajuda a manter a umidade do solo”. Para os dias de frio, as estu-fas são equipadas com aquecedores a lenha. Cada aquecedor tem capacida-de para uma estufa de 1200m². “Eles que nos permitem a produção até em meses frios, como maio e junho”.

[Hortifruticultura]

Milharal mais produtivo coma proteção de Nativo.E esta proteção completa de Nativo aumenta o placar da produtividade como nenhum outro. Pois só Nativo defende seu milharal contra a ferrugem e também contra a mancha branca e a cercospora. As doenças são muitas, mas a proteção é uma só.

Nativo - Protege muito, contra mais doenças.

Já pensou emter uma proteção completa em campo?

Faça o Manejo Integrado de Pragas.Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos.

Uso exclusivamente agrícola.

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[Premiação]

Sicredi conquista pela terceira vezo Top de Marketing da ADVB-PR na categoria mercado financeiro

Sicredi é destaqueem projeções econômicas

O Sistema de Cooperativas de Crédi-to – Sicredi - é o vencedor do Top de Marketing 2011 da ADVB-PR

(Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná) na categoria Mercado Financeiro.

O Sicredi, que recebeu o prêmio em 2009 e 2010, concorreu este ano com o case “Sicredi Seguros”, que apresenta as estratégias e as soluções de marketing e comunicação utilizadas pelas cooperati-vas para a conquista de resultados acima do mercado no segmento de seguros.

O case faz referência a dois momen-tos distintos da estratégia, o de ativação – com a realização de uma campanha in-terna de incentivo para impulsionar os negócios no primeiro trimestre do ano, acompanhado de duas ações de marke-ting em pontos estratégicos do estado paranaense, o litoral e as praias fluviais da região Oeste. E o de manutenção – com o a estratégia da equipe Sicredi Racing.

A estratégia definida pelo Sistema foi ampliar a atuação no marketing es-portivo, com a equipe de automobilismo Sicredi Racing, composta pelo piloto João Campos e seu filho Márcio Campos, para disputar o Mercedes-Benz Grand Chal-lenge, de maio a dezembro de 2011, com o patrocínio do produto Sicredi Seguros e das seguradoras parceiras da Corretora de Seguros do Sicredi, Icatu e Mapfre.

Segundo o superintendente de De-senvolvimento da Central Sicredi PR/SP, Maroan Tohmé, vários fatores relaciona-dos à evolução econômica do brasileiro foram indicadores para a estratégia dire-cionada ao segmento de seguros, como o aumento da renda, do consumo, da expectativa de vida e do patrimônio da sociedade, tornando a necessidade de proteção ainda maior.

“A estratégia definida trouxe resul-

Case Sicredi Seguros apresenta a estratégia que gerou crescimento de 40% na venda de seguros no primeiro semestre de 2011, em relação ao ano anterior.

Ranking da Agência Estado coloca o Sicredi entre as 10 melhores instituições em projeções de indicadores econômicos do País no terceiro trimestre de 2011

tados positivos além dos números de vendas, como a comprovação de que o direcionamento do foco e a dose certa de motivação trazem resultados importan-tes no primeiro trimestre do ano”, revela.

O presidente da Sicredi Participações e Central Sicredi PR/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock, afirma que a conquista do Top de Marketing 2011 da ADVB-PR, na categoria Mercado Financeiro, é um re-conhecimento a um dos segmentos que mais cresce entre as instituições finan-ceiras no Brasil.

“O tricampeonato do Sicredi reafirma a credibilidade dos produtos e serviços

O Sicredi, novamente, figura no Ranking da Agência Estado, desta vez refe-rente ao terceiro trimestre de 2011.Dentre as instituições participantes, o Sicredi ficou entre as dez melhores no ranking TOP 10 Básico, que leva em conta as proje-ções para quarto indicadores: IPCA, IGP-M, Selic e Câmbio.

A proposta do ranking é premiar as instituições cujas projeções para os prin-cipais indicadores econômicos do País mais se aproximaram da realidade. De acordo com Alexandre Barbosa, gerente de AnáliseEconômica e Riscos de Mer-cado do Banco Cooperativo Sicredi, “a intensificação dos problemas econômicos e financeiros nos EUA e na Europa seguem desafiando a capacidade preditiva a respeito do cenário economic mundial e brasileiro. A presença do Sicredi no ranking sinaliza que, mais uma vez, estamos no caminho certo”, ressalta.

O reconhecimento também reitera o destaque em rankings importantes, como o Top Five do Banco Central, concedido ao Sicredi em 2008, 2009 e 2010 pela acuracidade nas projeções econômicas.

atrelados a valores do cooperativismo, uma comprovação de que a sociedade está ampliando o conhecimento sobre um modelo de atuação que participa no desenvolvimento socioeconômico, em es-pecial na estimulação do empreendedo-rismo local, na criação de oportunidades de negócio, na distribuição de renda e na inclusão financeira”, destaca Dasenbrock.

No Paraná e São Paulo - O Sicre-di atua com 39 cooperativas nos dois estados, com 393 unidades de aten-dimento em 324 cidades, com um vo-lume de recursos administrados de R$ 4,9 bilhões.

Revista do Produtor Rural 75Baixe um leitor de QR Codeem seu celular, aproxime o telefone do código ao ladoe assista ao filme da campanha.

SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

gentequecooperacresce.com.br

Gente que Coopera Cresce: campanha institucional ressalta a essência do SicrediA estreia aconteceu dia 23 de novembro, em filme de um minuto na TV

Sobre o Sicredi

Novos negócios surgem inspirados em ideais cooperativos. Hoje, as pessoas vivem em rede e o mundo está descobrindo cada vez mais a força da cooperação. A Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) reconheceu sua expressividade ao eleger 2012 o ano In-ternacional das Cooperativas.

“Estamos aproveitando esse movimen-to, que ganhará ainda mais espaço e visi-bilidade no próximo ano, para reafirmar, na nova campanha institucional do Sicredi, a nossa essência: gente que coopera cresce. As peças mostram as transformações que o mundo vem experimentando a partir da cooperação e colaboração das pessoas. Ligadas em rede, elas valorizam a susten-

O Sicredi é um conjunto de 120 co-operativas de crédito, integradas hori-zontal e verticalmente. A integração ho-rizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.100 unidades

tabilidade, a qualidade de vida e buscam, no cooperativismo, a inspiração para novos negócios, ideais e transformações. São va-lores que acompanham o Sicredi há mais de 100 anos, desde o início do cooperativis-mo no País”, declara Daniel Fuchs Ferretti, superintendente de Comunicação e Marke-ting do Banco Cooperativo Sicredi.

A campanha foi desenvolvida pela agên-cia Competence. “Vamos mostrar que coope-rar é uma attitude moderna e também uma maneira inteligente e sustentável de viver. O filme não fala sobre o Sicredi, mas sobre um movimento mundial da cooperação, onde o Sicredi está inserido”, ressaltam Thiago Fer-reira e Marcus Hubner, responsáveis pela

criação da campanha.O lançamento terá dois grandes mo-

vimentos. O primeiro envolve todos os colaboradores por meio de diversas ações de engajamento. O Segundo sera a estreia na mídia de massa, de um comercial de um minuto na programação nobre da televisão aberta. O comercial teve a direção do reno-mado Jarbas Agnelli da Ad Studio.

Além do comercial de TV, a campanha conta ainda com jingle, spot, mídia externa, mídia impressa e um mix completo de mer-chandising para as unidades de atendimento, além de diversas ações online que poderão ser conferidas nas redes sociais e no hotsite www.gentequecooperacresce.com.br.

de atendimento), distribuídas em 10 Es-tados* - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Cen-trais, uma Confederação, uma Fundação

e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na dis-tribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informa-ções no site sicredi.com.br.

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

Revista do Produtor Rural76

[Literatura]

uma lição de administração rural

O livro ‘Administração Rural: Teoria e Prática’ é estrutu-rado a partir de tópicos importantes para o planejamento e processo administrativo do produtor rural. O autor Roni An-tonio Garcia da Silva é mestre em Administração de Empresa e professor titular da Universidade Estadual do Centro-Oes-te (Unicentro).

Com experiência na área de administração e especialis-ta em administração rural, o professor explica que o livro é um embasamento das três principais áreas de importância para o produtor rural. “A primeira abrange questões sobre o capital de custo, pois o processo administrativo é essencial para o bom funcionamento de uma empresa; a segunda é a comercialização – o próprio dia a dia do agricultor e por último destaca-se ao projeto técnico, ou seja, como aplicar métodos para melhorar o seu negócio”, complementa.

A obra visa adaptar as funções da administração moder-na com a administração das empresas rurais. Segmentada em capítulos, aborda experiências profissionais, observa-ções de técnicos agrícolas e administradores.

É um livro dividido em cinco capítulos, sendo eles Ge-neralidade sobre a agricultura, Capitais e custos, O processo empresarial, Comercialização e marketing e Como elaborar projetos na área do agronegócio. Além do conteúdo distribu-ído ao longo dos capítulos, a edição vem acompanhada de um CD. “Serve como um complemento, pois no CD podem--se encontrar modelos de análise e planilhas de custo de produção”, explica o autor.

A obra, que está na sua segunda edição, já foi vendi-da para todo o Brasil, “inclusive para a Fundação Getúlio Vargas, uma das escolas precursoras da gestão do agrone-gócio”, complementa o autor. Os exemplares também são vendidos para a graduação e pós-graduação de algumas universidades.

A primeira edição saiu em 2003, pela editora da Uni-centro. A segunda edição em 2009, pela editora Juruá. E para o futuro já surgem novas ideias. “Planejo uma tercei-ra edição, até começo de 2013, com a temática voltada para a gestão industrial do Paraná, destacando os princi-pais aspectos e com objetivos mais práticos”, afirma.

Segundo o autor, a obra surgiu da vontade e necessidade de compartilhar o conhecimento adquirido nesta área ao lon-go da vida. “O conhecimento precisa ser disseminado, desta forma eu não posso guardar pra mim o conhecimento de téc-nico agrícola, a vivência como agricultor, de administrador e de professor. Essa obra é uma forma que encontrei para com-partilhar o saber”, define. O livro pode ser adquirido com o autor, por R$ 40,00, pelo e-mail [email protected] ou pelo fone (42) 3623-3168/9977-4241

Revista do Produtor Rural 77

Revista do Produtor Rural78

Se 2010 foi um ano totalmente atípico para o setor leitei-ro, quando os preços ao produtor subiram na safra, ante-cipando o pico de preços e baixaram na entressafra. Em

2011 os preços mantiveram–se em patamares mais equilibra-dos, bem acima dos verificados em 2010, à exceção dos meses de abril e maio. Ver gráfico 1:

Os fundamentos desse comportamento estão na oferta apertada e na demanda aquecida verificada em 2011.

Pelo lado da oferta, o índice de captação em 2011 foi me-nor que em 2010 em todos os meses, tomando como base ju-nho de 2004 =100, conforme gráfico 2.

[Leite]

Análise do ano e perspectivasMaria Silvia Cavichia Digiovani

Eng. agrônoma da FAEPAssessora da Comissão de Bovinocultura de leite e Secretária do Conseleite Paraná.

Gráfico 1

Gráfico 2

Chuvas excessivas, estiagem e geadas que atingiram as re-giões produtoras mais importantes impediram aumento mais significativo dos volumes captados pelas indústrias.

O quadro a seguir (Fonte IBGE) mostra que o aumento de captação nos 1º e 2º trimestres de 2011, em relação aos mes-mos para 2010, foi significativamente menor que a variação da captação de 2010 em relação a 2009, tanto no Brasil quanto no Paraná.

No Brasil a captação do 1º trimestre de 2010 foi 6,8% maior que igual período de 2009. Já em 2011 o volume captado no 1º trimestre apenas aumentou 4,1% em rela-ção a 2010.

No 2º trimestre a diferença foi ainda mais marcante: 14,26% de aumento de captação de 2009 para 2010 e apenas 2,57% de 2010 para 2011.

No Paraná as diferenças foram mais acentuadas:De 2009 para 2010 a captação no 1º trimestre aumentou

17,85% e de 2010 para 2011 apenas 4,84%. No 2º trimestre a diferença acentuou-se: de um aumento

de 29% verificado de 2009 para 2010, caiu para 3,95% de 2010 para 2011.

Captação de leite inspecionado (mil litros) por trimestre no Brasil (BR) e Paraná (PR):

AnOS1º trIMEStrE 2º trIMEStrE 3º trIMEStrE 4º trIMEStrE

BR PR BR PR BR PR BR PR

2009 4.932,7 476,4 4.294,7 410,8 4.895,6 520,3 5.478,7 558,8

2010 5.269,8 561,4 4.907,2 529,7 5.193,9 632,4 5.604,6 626,8

2011 5.485,5 588,6 5.033,5 550,6 * * * *

Cresc. 2010/2009 6,8 17,8 14,3 28,9 6,1 21,6 2,3 12,2

Cresc.2011/2010 4,1 4,8 2,6 3,9

*dados ainda não divulgados

Ao mesmo tempo, a demanda manteve-se aquecida, mos-trando a grande força do mercado interno que foi capaz de se-gurar os preços aos produtores em patamares elevados, não obstante os recordes de importação láctea verificados.

No mercado externo os lácteos foram comercializados a preços superiores que os de 2010. Tomando como exemplo o leite em pó, produto mais comercializado internacionalmente, o gráfico abaixo divulgado pela FAO referente ao produto da Oceania, mostra a evolução dos preços. (Os preços da Oceania são balizadores internacionais).

Revista do Produtor Rural 79

Alfredo Jungert

Leite em pó integral comercializado pela Oceania.

Mesmo com preços mais elevados, os industriais brasilei-ros concretizaram poucas exportações em 2011 em função da valorização do real frente ao dólar, não obstante a grande de-manda mundial, principalmente da Índia e China.

O maior preço do leite em pó no ano foi R$ US$ 4.600,00/tonelada praticado em março, o que convertido para real (1,6590R$=1US$) dá R$ 7.631,40, sem considerar os custos de exportação.

No mesmo período o produto era comercializado no mer-cado interno a R$7.700,00/t.

No mês de março, segundo dados do CESEX/ Milkpoint, o Brasil exportou pífias 31 toneladas de leite em pó integral e importou do Mercosul 3.017 toneladas, ao custo de US$ 3.705,00/t, ou R$ 6.147,00/tonelada.

As importações continuaram elevadas durante todo o ano, ao ponto da balança comercial registrar um dos piores resulta-dos dos últimos 10 anos.

De janeiro a outubro foram exportados 34,9 mil toneladas de produtos lácteos e importadas 132,7 mil toneladas, déficit de 97,8 mil t. Em dólares o déficit foi de 405,5 milhões.

Leite em pó foi o produto mais importado, totalizando 74,7 mil toneladas, em seguida vieram os queijos com 29,8 mil t e soro de leite com 18,4 mil toneladas. Os maiores fornecedores foram Argentina e Uruguai.

Para 2012 o mercado internacional deverá se manter aque-cido, segundo analistas do setor, puxado principalmente pelas demandas da nova classe média da China e Índia, não devendo ser influenciando pela crise europeia.

O crescimento da classe média brasileira também estimu-la o mercado interno de lácteos, o que permite a projeção de um ambiente favorável para produtores e indústrias em 2012, sobretudo para os que já se convenceram que gerenciamento de custos, sustentabilidade e qualidade é o tripé que garante resultados positivos em qualquer atividade.

No Paraná, o Conseleite segue balizando os preços aos produtores de leite há quase uma década, divulgan-do os valores referência para a matéria prima que são a base de comercialização de todo o Estado. Em 2011, segundo o CEPEA, durante a maior parte do ano os pro-dutores paranaenses receberam preços situados entre o valor de referência e o maior valor de referência.(gráfico).

Nota: Para compor o gráfico, do valor bruto divulgado pelo CEPEA foi diminuído o valor de frete considerado pelo Conseleite, tendo assim todos os preços líquidos.

CONSELEITE

Revista do Produtor Rural80

[Aves]

“Ovo - O super alimento” Quebrando os mitos

Após décadas sofrendo discrimina-ção, o ovo ressurge gloriosamente. De acordo com a FAO (Food and

Agriculture Organization), os ovos têm o melhor valor nutricional entre os alimen-tos. Durante anos o ovo carregou a ima-gem de vilão do coração. Seu consumo sempre esteve ligado ao aumento do co-lesterol, incidência de infartos, derrames e intoxicações alimentares.

No entanto até hoje não foram en-contradas evidências científicas que o colesterol existente no ovo possa au-mentar o colesterol sanguíneo, até por-que das gorduras presentes no ovo, a maior parte delas são monoinsaturadas, as ditas “gorduras do bem”, e o colesterol “ruim” está relacionado às gorduras satu-

radas e só um ter-ço da gema

como Alzheimer e Parkinson.Pesquisas realizadas pela Univer-

sidade de Alberta, no Canadá, consta-taram que o ovo também contém pro-priedades antioxidantes, que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e contra o câncer. Uma unidade de ovo tem cerca de 130 miligramas de colina, enquanto uma posta de 100 gramas de salmão tem 56 miligramas. Juntamente com a colina, pode ser encontrado na gema triptofano, o aminoácido precur-sor da serotonina, a substância associa-da à sensação de bem-estar.

Tantos benefícios aliados a pouca caloria, o ovo possui 75 Kcal apenas.

Na década de 70 a American Heart Association (Associação Americana do coração) associou à ingestão de ovos ao aumento de doenças cardiovascula-res, criticando seu consumo e impondo recomendações diárias do mesmo. Re-centemente corrigiu o erro, dizendo que “não existe mais uma recomendação específica da quantidade de gemas que uma pessoa deve consumir por semana”. A infeliz associação fez que o ovo fosse esquecido pelos consumidores, sendo deixado de lado nas prateleiras dos su-permercados.

Após a comprovação dos benefícios que o ovo traz a saúde, países da Amé-rica Latina começaram a incentivar o consumo, investindo em campanhas de conscientização sobre as propriedades nutricionais do ovo, e sua importância na dieta, visando também aumentar a produção das granjas. As campanhas ob-tiveram excelentes resultados em países como Panamá, México e Colômbia onde

Prof. Coord. Paulo Roberto OstAcadêmicos: Leandro Klimionte

Luciana do Amaral OliveiraDalita Laurinha Schmöller

Carlos Rodolfo PierozanLeandro Paulo Dalla Costa

do ovo contém esse tipo de gordura. O ovo também é um alimento alta-

mente saudável, contém 13 nutrientes essenciais em quantidades variadas ne-cessários para o bom funcionamento do organismo, incluindo proteínas de alto valor biológico, lipídios, vitaminas A, D e ácido fólico. Ainda, contém diversos minerais como fósforo, sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro e selênio, além do próprio colesterol, que é um tipo de gordura que desempenha um papel im-portante no organismo.

Um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que o ovo tem 14% menos co-lesterol e 64% mais vitamina D do que se imaginava. Além de nutrientes, o ovo tem substâncias carotenóides, como a luteína e a zeaxantina, que ajudam a prevenir a degeneração ocular, a prin-cipal causa de cegueira nos idosos. Re-

centemente se descobriu mais moti-vos pra incluir o ovo na alimentação,

como por exemplo, a presença

de colina, que é um nutriente importan-

tíssimo no d e s e n v o l -

vimento ce-rebral do feto

e da criança e, também, para a

memória. A colina é indicado na pre-

venção das doenças neurodegenerativas,

Revista do Produtor Rural 81

o consumo de ovos per capita/ano saltou de 75, 242 e 116 para 110, 374 e 206 respectivamente.

No Brasil se consome atualmente aproximadamente 140 ovos per capita/ano, ou seja, ainda está bem aquém da recomendação da FAO, que está em tor-no de 190 ovos per capita/ano. Espera--se que esse número cresça cada vez mais, mas para que isso ocorra, é de suma importância incentivar e esclarecer à população que o ovo não é mais o vilão da saúde e, portanto, existem muito mo-tivos para levá-lo a mesa. A meta para o Brasil é chegar a 206 per capita no ano de 2016. Segundo a União Brasileira de Avicultura, a estimativa para 2011 seria de 30,2 bilhões de unidades produzidas. Esse valor faz o Brasil o 7º maior produ-tor do mundo.

De fato o ovo é um dos melhores alimentos que encontramos atualmen-te, mas assim como todos os alimentos deve ser preparado corretamente, e não deve ser consumidos em excesso. Ao comprar ovos deve-se sempre ve-rificar sua origem, data de validade e se foram inspecionados pelos serviços oficias de fiscalização.

Entre mitos e fatos sobre o consu-mo de ovos, muitas pessoas se priva-ram dos inúmeros benefícios que este alimento proporciona. Mas depois de muitos embates e discussões agora o ovo está liberado, frito cozido, mexido, no lanche, no café da manhã, no almoço na janta, OVO PODE!

Pesquisadores britânicos da Univer-sidade de Surrey, Reino Unido, excluíram a idéia definitivamente de que o ovo e o aumento do colesterol no sangue ca-minham junto. Pesquisas demonstra-ram que apenas um terço do colesterol sanguíneo provém da alimentação e que problemas cardiovasculares estão associados a outros fatores como maus hábitos alimentares, sedentarismo, fumo e obesidade. Atualmente o ovo ganhou outro triunfo, entrou para a lista dos ali-mentos que ajudam a emagrecer, o De-

partamento de Obesidade da Pennington Biomedical Research Center da Univer-sidade do Estado de Lousiana, revelou que ao ingerir o alimento pela manhã as pessoas se sentem mais satisfeitas e ingerem menos calorias durante o dia. Na Bélgica pesquisas mostraram que ele também tem a capacidade de diminuir a ansiedade, fator que influencia direta-mente no controle do peso.

Outro fato que leva as pessoas dei-xarem de consumir ovos, é em função da salmonella, uma bactéria que pode levar a intoxicação. No entanto, o risco de um ovo ser contaminado por salmonella é muito pequeno. Com o manuseio correto e higiênico do ovo esse risco pode dimi-nuir ou ser eliminado, até porque exis-tem mais de 2500 tipos de salmonellas, que podem ser encontradas no trato di-gestivo de todos os animais, aves, seres humanos e vegetais.

Depois de tantas pesquisas e con-firmações sobre o bem que fazemos a nossa saúde quando incluímos ovos nas nossas dietas, notou-se que corre-mos mais risco quando ele não está pre-sente nelas. Iniciou-se então uma luta incansável para corrigir o mal feito ao versátil produto chamado ovo. Inúmeras campanhas foram lançadas pelo mundo. No Brasil, em 2007, surgiu uma entida-de sem fins lucrativos a fim de mudar a má fama do ovo “Instituto Ovos Brasil”, que têm a missão de diminuir a distância entre produtores e consumidores com o objetivo de promover o produto.

O ovo ainda vai passar por grandes desafios até esclarecer definitivamente a todo o mundo, que foi condenado in-justamente, por pessoas que tiram con-clusões equivocadas e que, na realidade, estamos diante de um alimento capaz de originar uma vida.

Cabe a todas as pessoas, que con-vivem direta ou indiretamente com este alimento tão democrático, infor-mar e promover sua volta aos pratos mundiais, lugar de onde nunca deveria ter saído.

Revista do Produtor Rural82

No dia 10 de novembro aconteceu a disputa entre os fina-listas do I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava. A equipe Tratorsolo I ficou em primeiro lugar,

seguida de Emater, Tratorsolo II e Produtores I.O jogador da equipe vencedora, Marcílio Dias Sampaio,

comemorou o resultado e disse que campeonatos como esse ajudam no dia-a-dia. “O segredo foi participar com simplicidade e sem nervosismo. Os treinos ocorreram somente minutos antes dos jogos”, comentou.

O torneio iniciou no mês de agosto, com oito equipes. Os jogos foram realizados às quintas-feiras. A primeira etapa do campeonato foi disputada em forma de pontos corridos. Os que acumularam maior pontuação foram classificados para a semi-final e final.

Segundo Dias, os jogos às quintas-feiras vão deixar sau-dades. “O campeonato foi importante porque fizemos grandes amigos. Foram momentos de descontração, em que esquece-mos um pouco dos problemas”, considerou.

As premiações foram de três horas de boliche, um uísque Black Label e um troféu para o primeiro co-

locado. O segundo lugar levou troféu, duas horas de boliche e uma garrafa de vodka. O terceiro lugar também ganhou troféu, uma hora de boliche e uma torre

de chopp. O quarto lugar ficou com um troféu.

O coordenador do cam-peonato Kaio Ramalho, des-

tacou que o evento foi posi-tivo e salientou que o Boliche

XV está a disposição para sediar novos campeonatos em 2012. “Vale a pena participar e não precisa saber jogar, porque o importante é a con-fraternização”, considerou.

As quatro equipes melhores colocadas foram premiadas

1º lugar - Tratorsolo I

2º lugar - Emater

3º lugar - Tratorsolo II

[Esporte]

Tratorsolo I venceI Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava

Revista do Produtor Rural 83

Desejamos um Natal de amor e paz!Que 2012 traga muita saúde e prosperidade!

Boas produtividades, excelentes negócios!

Equipe Agrofértil

Revista do Produtor Rural84

[Nutrição funcional]

Equilíbrio nutricional das plantas:chave para rendimento das culturas

O agronegócio brasileiro nesta última década vem obten-do seus melhores resultados em relação ao mercado in-ternacional. Este bom desempenho vem impulsionando

o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e materiais vegetais, que são disponibilizados ao produtor rural a cada safra.

Dentre os novos produtos desenvolvidos merecem desta-que os novos cultivares de soja e híbridos de milho que tive-ram algumas de suas características alteradas para atender a necessidade do mercado, como a precocidade e a elevação em seu potencial produtivo. A cultura da soja é um grande exemplo, pois até pouco tempo produzir 50 sc/ha era considerado por muitos um excelente rendimento, hoje no entanto a meta de muitos é superar os 75 sc/ha, ou seja, uma elevação de 50% no rendimento de suas lavouras. Assim, para que esta meta seja alcançada ou até mesmo superada é necessário que haja mu-danças na forma de manejo aplicado às lavouras, fazendo com que expressem ao máximo possível de seu potencial produtivo.

Tadeu Takeyoshi InoueDr. Solos e Nutrição de Plantas

Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Agronomia

ATENÇÃOEste(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s).Utilize sempre equipamento de proteção individual.

Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade.Faça a tríplice lavagem das embalagens.

Descarte corretamente as embalagens e restos de produto(s).

Produto de Uso AgrícolaConsulte sempre um Engenheiro Agrônomo.

Venda sob Receituário Agronômico

Matriz:Candói

Filiais:Candói, Cantagalo, Virmond e Laranjeiras do Sul.

“Trazendo tecnologiaa serviço do

homem do campo.”

Representante CHEMINOVAnos municípios de atuação.

Fone: (42) 3638 1153

O rendimento final de uma lavou-ra envolve vários fatores, e com cer-teza o equilíbrio nutricional de suas plantas é um dos principais. Plantas equilibradas nutricionalmente estão menos pré-dispostas aos estresses causados por pragas ou alterações no ambiente (altas temperaturas, déficits hídricos e etc.).

Apesar da principal forma de supri-mento das plantas por nutrientes ser o solo, o fornecimento via tratamento de sementes e foliar, principalmente de micronutrientes, tem-se demonstrado uma ferramenta muito útil no manejo da lavoura. Se por um lado o solo é respon-sável por nutrir a planta durante todo seu ciclo, o tratamento de sementes e a aplicação foliar devem ser vistos como fonte suplementar, objetivando maximi-zar a atividade metabólica pontualmen-te nos estádios de desenvolvimento em que estes foram fornecidos.

De modo geral, cada nutriente apre-senta mais de uma função no vegetal. Para que estes, quando fornecidos via tratamento de sementes e foliar, possam

alterar positivamente a fisiologia das plantas é necessária a compreensão dos principais eventos que ocorrem a cada estádio fenológico da cultura. Assim os elementos fornecidos poderão atuar tan-to desempenhando funções relaciona-das ao crescimento como na proteção do metabolismo e estrutura vegetal.

A recomendação correta dos nu-trientes a serem aplicados presentes em formulações específicas, rigorosamente avaliadas em condições controladas e à campo, aliado a excelente padrão de qualidade, poderão resultar no incre-mento da produtividade da lavoura. For-mulações quelatizadas e balanceadas quimicamente são importantes, pois possibilitam maior velocidade de absor-ção e assimilação dos nutrientes.

O conceito NUTRIÇÃO FUNCIONAL está sendo desenvolvido e empregado levando em consideração os fatos cita-dos acima. Visando proporcionar à planta a suplementação de nutrientes de forma que esta possa utilizá-los conforme sua necessidade. Ou seja, se o ambiente es-tiver propício ao seu desenvolvimento o

nutriente poderá atuar em rotas como a fotossíntese, mas caso esteja em condi-ções de estresse, o nutriente se encar-regará de ativar enzimas de defesa do organismo. Como exemplos de nutrien-tes podemos citar o zinco, que em con-dições favoráveis eleva a capacidade da planta de fixar CO2 do ar e consequente produção de reservas. Por outro lado se o ambiente estiver desfavorável este ele-mento poderá ativar mecanismos de de-fesa retirando do metabolismo da planta compostos conhecidos como radicais livres, que causam entre outros efeitos danos à estrutura e morte das células.

Desta forma, o conhecimento téc-nico aliado a aplicabilidade dos pro-dutos à campo é o principal objetivo no desenvolvimento da NUTRIÇÃO FUNCIONAL, ou seja: Disponibilizar ao produtor formulações balanceadas quimicamente que suplementem o me-tabolismo vegetal proporcionando a máxima expressão do seu potencial ge-nético, seja pelo favorecimento de seu desenvolvimento ou pela manutenção de sua estrutura já existente.

Revista do Produtor Rural86

Oratória

Comunicação e escrita

[Comunicação]

Encerrou no dia 11 de novembro, o curso Trabalhador na Administração de Associações e Sindicatos Rurais - orató-ria para dirigentes sindicais. Produtores rurais, diretores e funcionários do Sindi-cato Rural de Guarapuava participaram do treinamento promovido pelo Sindi-cato Rural de Guarapuava e Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (SENAR).

Foram repassadas técnicas sobre como construir um discurso e como fa-lar em público. A instrutora, Sirley Ma-chado Maciel, conta que cada aluno apresentou um discurso. “Primeiro eles formularam um discurso. Nós gravamos e assistimos. Depois do feedback eles reconstruíram o mesmo discurso. Houve uma melhora notável”.

Segundo a participante Camila Azu-ri, o curso ajudou a perceber algumas situações que são comuns a quem pre-cisa proferir um discurso, ou falar em público. “Tremor nas mãos, insegurança, vícios de linguagem... São coisas que pensamos que só acontece com a gente, mas isso é com todo mundo”.

Além do desenvolvimento para falar em público, o curso visa a supe-ração de dificuldades. Sirley parabeni-zou a turma: “Apesar de ser uma tur-

Nos dias 21 e 22 de novembro, o Sindicato Rural de Guarapuava e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizaram o curso “Comunicação e Escrita”.

Durante os dois dias, o professor de língua portuguesa Geraldo Xavier Silveira forneceu aos alunos informações sobre a forma correta de redigir cartas empresariais, e-mails e ofícios. “Os profissionais tem o costume de escrever cartas de uma forma muito culta, achando que é o correto. Mas isto não é o certo, de-vemos saber como se comunicar da maneira mais simples e objetiva possível, sem faltar com o respeito”, ensina.

Segundo a participante do curso Gislaine Barbosa, as aulas trouxeram informações que vão lhe ajudar muito no ambiente de trabalho. “Eu relembrei muitas coisas que vi no colégio, mas também aprendi muita coisa nova, como o novo acordo ortográfico”, disse.

ma bastante heterogênea, agiram com companheirismo, entenderam a pro-posta do curso. Com isso, todos avan-çaram significativamente e superaram as dificuldades”.

Destacando a importância de trei-namentos como esse, a aluna Noélia Maria Cordeiro Marcondes, comentou:

Os participantes aprenderam técnicas sobre como falar em público e construção de discursos

“esses temas auxiliam e promovem o crescimento pessoal e profissional”.

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, também avaliou positivamente o curso. “Treinamento de voz, postura, dicção, respiração... Tudo influencia na construção de um discurso claro”.

Revista do Produtor Rural 87

Ensaio em Soja, realizado pela FAPA – Fundação Agrária de Pesquisas Agropecuárias

A Fundação Agrária de Pesquisas Agropecuárias (FAPA) realiza experimentos anuais regulares, para avaliar a eficiência agro-nômica dos diferentes produtos utilizados pelos seus cooperados.

Neste caso foi avaliada a eficiência agronômica do fungicida no controle de ferrugem asiática, com o aditivo-adjuvante TA35, comparando com o Óleo Vegetal Áureo.

Foram testados volumes de vazões de 100 litros, 150 litros e, 200 litros por hectare; com o TA35 e com o Óleo Vegetal.

Os resultados demonstraram que o TA35 atendeu as especificidades dos tratamentos, podendo substituir o Óleo Vegetal (a critério da recomendação técnica); e/ou compor com este, principalmente nos casos de aplicações sob condições adversas. Tam-bém foi possível observar que o tratamento com VV de 100 litros/ha – com TA35 pode ser uma interessante opção do manejo, desde que respeitadas às condições operacionais e ambientais.

De acordo com o Pesquisador da FAPA, fitopatologista Ms. Heraldo Feksa, os tratamentos melhores foram sempre com o TA35, nos volumes de vazões de 150 litros e 100 litros por hectare, quando comparados com os volumes de 100 litros e de 200 litros por hectare com Áureo.

A consistência deste Ensaio leva em conta resultados similares obtidos com outros experimentos realizados pela FAPA ao longo dos anos.

Fazenda experimental da FAPA, Entre Rios/Guarapuava (Pr)

Controle sobre a ferrugem

Percentual de desfolha

Primeira aplicação: 18/02/2011

Segunda aplicação: 13/03/2011

Testemunha (severidade da doença) 85% 91%

Terceira aplicação: 25/03/2011

Fungicida+0,5% Áureo VV 100 L/ha 11% 75%

Colheita: 20/04/2011

Fungicida+05% Áureo VV 200 L/ha 6% 69%

Fungicida+40ml TA35 VV 100 L/ha 5% 61%

Fungicida+40ml TA35 VV 150 L/ha 3% 58%

Soja Apollo RR

Revista do Produtor Rural88

Manejo correto de ovinos

Piscicultura no Guará

s` [Cursos SENAR]

O Sindicato Rural de Guarapuava, através do convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), promoveu o curso “Trabalhador na Ovinocultura – manejo de ovinos de corte” nos dias 24 e 25 de novembro.

Segundo o criador Orseni Kuster a teoria é fundamental para o manejo de ovinos. “Eu trabalho há sete anos com ovelhas, mas não conhecia a parte teórica. Agora pretendo aplicar estas informações na propriedade”, informa.

De acordo com a instrutora do Senar, Jaciani Klank, o criador deve conhecer a maneira correta do manejo para que ele tenha uma rentabilidade maior. “Antigamente o tempo para um borrego ir para o abate era de um ano. Agora, com o manejo correto, este tempo diminui para cinco meses. Isto ajuda muito o produtor no seu ganho”, explica.

A segunda parte do curso ocorreu em uma propriedade da região. “Colocar em prática a teoria é uma forma de ensi-nar os temas de uma forma dinâmica, mostrando o que acontece na propriedade”, argumenta Jaciani.

O Sindicato Rural de Guarapuava e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizaram nos dias 21 e 22 de novembro, o curso “Trabalhador na Piscicultura – sistemas de cultivo”.

Segundo o instrutor do curso e zootecnista Sérgio Ricardo Hoppen, o objetivo é ensinar os alunos a criarem pei-xes em cativeiro, de acordo com o sistema de cultivo. “Atualmente temos novas tecnologias na área da piscicultura. O criador deve estar atento a estas mudanças para sempre aplicar a melhor forma de criação em sua propriedade”, argumenta.

Para Hoppen, a piscicultura é mais uma forma que o pequeno produtor tem para aumentar os lucros de sua pro-priedade. “Com um investimento o produtor pode iniciar a criação de peixes em uma pequena parte de seu sítio”.

Jaciani Klank - Instrutora

[Carne nobre]

No dia 11 de novembro, o 4ª Festival Gastronômico Carne de Cordeiro da Co-operaliança reuniu 800 pessoas, entre cooperados, convidados e amigos.

O cardápio foi elaborado com pratos à base de carne de cordeiro, pelo cheff Kiko Dalla Vecchia, mostrando aos pre-sentes diversas formas de preparo da car-ne que podem ser realizadas no dia-a-dia.

Os convidados apreciaram como entrada o velouté de batata baroa com cordeiro no pão italiano, servido pelos alunos do Curso de Gastronomia da Fa-culdade Guairacá.

A abertura oficial do evento foi re-alizada pela vice-presidente da Coope-raliança, Adriane Araújo Azevedo, agra-decendo a presença dos apoiadores, parceiros e participantes. Ela salientou que o trabalho da Cooperaliança é mar-cado pela palavra ENTUSIASMO, cujo significado é inspiração divina.

Após o jantar, o comediante Beto Pi-res contagiou a platéia com seu show de stand-up comedy. O evento finalizou com animação da dupla sertaneja Dinei e Alex.

Apoiadores: Tortuga - Marcio Essert / Sociedade Rural de Guarapuava - Josef Pfann Filho / Pionner Sementes - Roberto Hyczy Ribeiro / Sicredi - Sandra Piva / SEAB - Itacir José Vezzaro / Secretaria do Desenvolvimento Urbano - Cézar Silvestri / Batatas Guará - Celso Tateiva / Comercial Oeste - Silton Siqueira / AgroBrasil Currais - Alan Blanc / Cooperativa Agrária - Paul Illich / Faculdades Guairacá - Taiana Viana / Limger - Felipe Vieira / Sindicato Rural de Guarapuava - Rodolpho Botelho / Instituto Emater - Julcí Pires.

Departamento Técnico: Marina Azevedo - médica vete-rinária / Germano Giacomitti - técnico agrícola / Adriane Azevedo – vice-presidente da Cooperaliança, segurando o kit cordeiro / Luciane Araújo - zootecnista / João Paulo Boese - veterinário

Novo produtoO projeto Cordeiro Guarapuava aproveitou o evento para lançar o novo pro-

duto da Cooperativa: o “kit cordeiro”, ou seja, cortes de cordeiro embalados a vácuo e acondicionados em caixas personalizadas, que pode ser adquirido nos mercados clientes da Cooperaliança.

A vice-presidente apresentou ainda o Departamento Técnico, composto por médicos veterinários e zootecnistas, responsáveis pela rastreabilidade e qualidade da carne desde a produção nas propriedades até o frigorífico e en-trega do produto ao cliente.

Festival do Cordeiro Cooperaliança:sucesso pelo 4º ano consecutivo

Cooperaliança Cordeiro GuarapuavaRua Vicente Machado, 777 - TrianonGuarapuava - PR(42) 3622-2443

Cooperaliança Novilho PrecoceAl Baden Wurttemberg - Vitória, 952 Entre RiosGuarapuava - PR (42)3625-1889

Revista do Produtor Rural90

[Transporte]

Fórum sobre logística Evento mostrou os resultados da pesquisa de tarifas cobradas no transporte férreo e terrestre do agronegócio do Estado

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Wer-neck Botelho, e o vice-presiden-

te, Anton Gora, participaram do Fórum de Logística do Agronegócio Paranaen-se, promovido pela Federação da Agri-

cultura do Estado do Paraná (FAEP), no dia 21 de novembro.

A primeira palestra tratou das pers-pectivas de exportação de granéis só-lidos pelo porto de Paranaguá, pelo Dr. José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

A segunda palestra foi proferida pelo Dr. José Vicente Caixeta Filho (ESALQ--LOG/USP), que apresentou o estudo en-comendado pela FAEP, Ocepar e Alcopar de levantamento dos custos de transpor-te rodo e ferroviário do sistema agrope-cuário paranaense.

Finalizando o evento, o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, explanou sobre o Plano Nacional de Logística e Transpor-tes (PNLT). O fórum foi realizado no Ra-disson Hotel Curitiba.

Ainda em Curitiba, presidente e vice-presidente participam da reunião da Comissão de Comissão de Cereais, Fibras e Oleagionosas da FAEP. Segundo o coordenador do Departamento Técnico Econô-mico da FAEP, Pedro Loyola, foram discutidos temas como limite de tolerância de micotoxinas, política agrícola do trigo, seguro agrícola, buva e milho ardido, além de no-vidades sobre o meio ambiente e Código Florestal.

Comissão de Cereais

Revista do Produtor Rural 91

[Trator]

Otimizando para melhor performanceMireile Dalzoto

M.Sc Agronomia, Gerente do Suporte Técnico, Tratorcase Máquinas Agrícolas S/[email protected]

LASTREAMENTO

Consiste em adicionar pesos no tra-tor com o objetivo de reduzir a perda de força de tração, aumentar o rendimento operacional e diminuir os desgastes dos pneus reduzindo a patinagem.

O lastreamento não pode ser exces-sivo, tendo em vista a compactação do solo e o maior consumo de combustível.

A tabela abaixo fornece os valores ideais de patinagem, para os diferentes tipos de terrenos.

“Tamanho dos pneus, conjunto de pesos junto com pressões ajustadas, terão im-pacto significativo no rendimento total do seu trator”

1 Eng. Agr. Consultor da Stoller do Brasil Ltda e da ANPII. [email protected] Eng. Agr. Depto. Técnico da Stoller do Brasil Ltda. [email protected]

FONE: (42) 3629-8900Rua Antônio Gaudi, 85

BR 277 - Km 341,7 - Guarapuava - PR

Tipo de Superfície Patinagem

Superfície asfaltada 5 a 7%

Superfície de solo firme 7 a 12%

Superfície seca e macia 10 a 15%

Tipode

Tração

Barrade

Tração

Semi montado

ouintegral

TrêsPontos

ouIntegral

4 X 2 25 / 75 30 / 70 35 / 65

4 X 4 35 / 65 35 / 65 40 / 60

Há uma forma muito simples de veri-ficar se o trator está patinando de forma adequada sobre determinado tipo de solo.

1. Quando o trator está muito leve a patinagem é alta e as marcas dos pneus não aparecem claramente no solo. (fig.1)

2. Quando o trator está pesado demais, as marcas dos pneus ficam muito definidas no solo. (fig.2)

3. O ideal são marcas definidas das barras no solo e sinais de deslizamento no centro. (fig.3)

Fig. 1

TIPOS DE LASTRAGEM

Lastreamento com água: Consiste em colocar água nos pneus conforme o recomendado pelo fabricante. O percen-tual de água nos pneus é determinado pela posição do bico em relação a super-fície do solo.

Lastreamento com pesos: Pode ser feito através de discos metálicos fixado nas rodas traseiras ou placas metálicas montadas na dianteira do trator.

A quantidade de peso total colocado sobre o eixo dianteiro e traseiro nunca deve exceder o máximo recomendável.

O peso máximo de trabalho do trator deverá estar ajustado para manter a gama de patinagem dentro do especificado.

CAuSAS POSSíVEISDE PATINAçãO:

1. Desenho das garras dos pneus e/ou ta-manho inadequado para operação ou tipo de solo;

2. Umidade momentânea do solo elevada;3. Topografia irregular do terreno e/ou va-

riação de textura do solo numa mesma área de trabalho;

4. Marcha ou rotação do motor inadequa-do para a operação;

5. Implemento super dimensionado para o trator ou mal regulado para a operação.

Com relação ao tipo de pneu o mode-lo radial proporciona menor índice de pa-tinagem, tendo em vista a maior área de contato do pneu com o solo. Em solo solto , apresenta índices de patinagem inferior ao proporcionado pelos pneus diagonais, quando submetidos aos mesmos níveis de força de tração. CORREA et al. (1997), afirma que pneus diagonais proporciona-ram índices de patinagem 20% maiores que os pneus radiais quando submetidos às mesmas condições de trabalho.

Fig. 2 Fig. 3

Revista do Produtor Rural92

[Herbicida]

Controle de plantas daninhas na cultura da soja

Em culturas de grãos como é o caso da soja, o controle inadequado de plantas daninhas é considerado um

dos principais responsáveis por redu-ções nos índices de produtividade. Isso porque as plantas daninhas competem com a cultura estabelecida principal-mente por luminosidade, água, nutrien-tes e espaço na lavoura. Essa competição é mais problemática nos estágios iniciais de desenvolvimento da soja e pode oca-sionar perdas na produtividade de grãos que podem ser superiores a 80% além de dificultar o processo de colheita em alguns casos.

Para evitar que as plantas daninhas causem prejuízos na produtividade de grãos de soja, é necessário que seja efe-tuado o controle, que pode ser realizado de forma preventiva, cultural, mecânica e química. Um dos fatores que devem ser levados em consideração no momento de efetuar o controle de plantas dani-nhas é o período crítico de competição, que nada mais é do que o período em que a presença das plantas daninhas na lavoura causa redução na produtividade de grãos da cultura.

No caso da soja esse período crítico de competição, em geral, se estende dos 20 aos 60 dias após a emergência. Por-tanto, o controle dessas espécies deve ser eficiente durante o período crítico, pois a pesquisa indica que os maiores prejuízos são observados nesse período, e que após, a soja já apresenta adequada cobertura do solo e não é mais afetada pela competição.

O método mais utilizado para con-trolar as plantas daninhas é o químico, através do uso de herbicidas. Para que a aplicação dos herbicidas seja segura, eficiente e econômica, alguns fatores de-vem ser analisados como é o caso do co-nhecimento prévio das plantas daninhas predominantes, que é a condição básica

para a escolha adequada do produto. Ou-tro ponto importante a ser considerado, é que a eficiência dos herbicidas aumenta quando aplicados em condições favorá-veis ao desenvolvimento das plantas. É fundamental também que se conheçam as especificações do produto antes de sua utilização e que se regule correta-mente o equipamento de pulverização, para evitar riscos de toxicidade ao ho-mem e à cultura.

Dentre as plantas daninhas que mais causam prejuízo à cultura da soja, estão as espécies do grupo das gramíneas (folhas estreitas), especialmente pelas caracterís-ticas de rápido crescimento, capacidade de perfilhamento e grande capacidade de competição com a soja por água, luz e nutrientes. Como exemplo de plantas daninhas desse grupo, podemos citar o capim colchão (Digitaria horizontalis), ca-pim amargoso (Digitaria insularis) e capim carrapicho (Cenchrus echinatus).

O controle dessas gramíneas que competem com a cultura da soja pode ser realizado em pós emergência, com a utilização de herbicidas do grupo dos ini-bidores da enzima ACCase. Esses herbici-das controlam gramíneas e são seletivos às plantas dicotiledôneas como é o caso da soja e feijão. Dentre as opções de pro-dutos que os agricultores possuem está o Panther® 120 EC, um herbicida sistê-mico à base de Quizalofope-P-tefurílico (120 g/L). Umas das grandes vantagens do uso do Panther® 120 EC é a rápida ab-sorção do produto pelas plantas, fazendo com que a ocorrência de chuva a partir de 2 horas da aplicação, não afetam o desempenho. Outra vantagem é o amplo aspectro de ação do produto, que apre-senta alta eficiência de controle, tanto de gramíneas de ciclo anual, como de gramí-neas perenes.

A figura 1 mostra a eficiência do herbi-cida Panther® 120 EC no controle de capim

Figura 01 - Eficácia do herbicida Panther® 120EC em pós emergência de capim colchão (Digitaria horizontalis) na cultura da soja. Fotos aos 0, 7 e 14 dias após a aplicação (DAA)

colchão (Digitaria horizontalis) em condi-ções de alta infestação na cultura da soja.

Um ponto importante a ser salien-tado é que a eficiência dos graminicidas em geral, é altamente dependente da associação de óleo mineral emulsioná-vel no momento da aplicação. O óleo mineral melhora a absorção do grami-nicida por permeabilizar as camadas de cera presentes na superfície das folhas, além de diminuir a evaporação e reduzir a ocorrência de deriva.

Revista do Produtor Rural 93

Desde a liberação e a conseqüente adoção do cultivo da soja transgênica resistente ao herbicida glifosato, a utili-zação da graminicidas em pós emergên-cia na soja foi drasticamente reduzida. Porém, com o surgimento de espécie de plantas daninhas resistentes ao glifo-sato como é o caso do Azevém (Lolium multiflorum) nos estados do RS, SC e PR e mais recentemente o Capim Amargoso (Digitaria insularis) na região oeste do PR, faz-se novamente necessária a utiliza-ção desses herbicidas. Além disso, com a recente liberação de híbridos de milho também resistente ao glifosato, o uso desses herbicidas novamente se torna necessário, pois essa espécie poderá se tornar uma planta daninha na cultura da soja, a exemplo do que já ocorre em ou-tros países como é o caso da Argentina.

A figura 2 mostra a eficiência do her-bicida Panther® 120 EC no controle de Azevém (Lolium multiflorum) em estágios de 1 a 3 perfilhos. Os resultados mos-tram a alta eficiência do produto dessa espécie, especialmente na dosagem de 0,7 litros por hectare.

Figura 02 - Eficácia do herbicida Panther® 120EC em diferentes dosagens no controle de Azevém(Lolium multiflorum) em pós emergência na cultura da soja (UFRGS, 2002)

O herbicida Panther® 120 EC está registrado no Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (M.A.P.A) para uso em pós emergências nas culturas de soja, feijão e algodão, para controle das espécies capim colchão (Digitaria horizontalis), capim pé-de-galinha (Eleusine indica), capim amargoso (Digitaria isularis), capim carrapicho (Cenchrus echinatus) e o capim marmelada ou papuã (Brachiaria plan-taginea), capim braquiária (Brachiaria decumbens) e capim oferecido (Pennisetum setosum). Além disso, encontra-se em processo de registro para controle de Azevém (Lolium multiflorum) e do milho resistente ao herbicida à base de glisofato.

Revista do Produtor Rural94

Matéria explícita do conhecimentoF. C. HoehneChefe da seção de botânica e agronomia do instituto biológico de defesa agrícola do estado de São Paulo.

ESTuDO DA FLOR E FITOFISIONOMIA DO BRASIL

O gênero araucária abrange apenas dez espécies de árvores dispersadas em várias regiões da “América e Austrália”. As quais podem ser agrupadas em duas seções distintas pelo modo de germinar, forma de ovário das folhas. A saber:

1º Colymbea, com germinação sub-terrânea ou hypógea, ovário desprovi-do de alas e folhas dos ramos estéreis lanceoladas.

2º Eutacta, com germinação epígea; ovário de lados alados e folhas de ramos estéreis tetrangulares, espiniformes e nos férteis mais ou menos escamiformes.

ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS DA REGIãO DE GuARAPuAVA

Levantamento de várias espécies florestais nativas do centro oeste do es-tado do Paraná. E vários municípios limí-trofes do município de Guarapuava.

Descrição das espécies selecionadas.

ESPÉCIES PRIORITáRIAS PARA Ex-TRAçãO E REFLORESTAMENTO PINHEIRO

Pinheiro do Paraná – Família: Arauca-riáceas (Araucanaceae) Nome científico – Araucária angustifólia (Bertonini) Otto Kuntze.

Descrição: árvore alta, atinge 25 a 50m de altura.

Diâmetro: 1 a 2m ou mais, tronco cilíndrico em geral, forma de cone (coní-fera), reto, raras vezes ramificado (filhos); casca grossa (até 15 cm), resinosa, cin-zenta escura, esta superfície externa cas-ca se desprende em placas. O pinheiro é uma árvore de características morfológi-cas que lhe conferem aspecto e hábito diferenciado das espécies latifoliadas (folhosa), juntamente com o pinho-bravo.

Considerando-se que a Araucária brasiliana, Rich, já é por natureza, uma companheira inseparável da “imbuia”, é lógico que se possua cultivá-la em socie-

[Araucária - origem]

Apresentação AraucarilândiaSebastião Meira Martins, historiador e produtor rural

dade ou promiscuidade com ela, e com imensas vantagens para ambas.

Quando se quiser fazer isso, é, po-rém, conveniente, criar a “imbuia” em viveiros e trazê-la em cestas para as culturas na ocasião em que se plantam os pinhões.

A “imbuia” tem mesmo no Paraná e Santa Catarina, muitos parentes da famí-lia das “Laurácias”, que partilham muitas vantagens com ela. Que poderiam igual-mente ser aproveitadas na formação das florestas artificiais, como as vimos planejando. Outra planta que poderia e deveria ser associada ao “Pinheiro” e a “imbuia” é o “mate” (Ilex paragua-riensis, St. Hil.) que também concorreria para compensar o tempo que mora e a manutenção das florestas artificiais. Ela poderia ser plantada em linha entre as da “araucária”.

Nota: Há também dois nomes bo-tânicos: Araucária brasiliana e Araucária angustifólia sendo que o último prevalece atualmente. Com a carta régia de 13 de março de 1797, já o vice-governador do Brasil D. Antônio Álvares da Cunha reco-mendava que a construção das naus se fi-zessem com o pinho de Curitiba e exaltava a excelência desta madeira, sobretudo na maestração e nas peças mais delicadas. Esses pinheiros só poderiam ser usados em proveito da coroa, isto é a marinha e da sua fazenda. Daí o nome “Paus Reais e de Lei”, hoje “Madeira de Lei”.

O primeiro exemplar de pinheiro encontrado no Brasil foi no monte Corco-vado, na cidade do Rio de Janeiro e foi levado ao museu de Bolonha- Itália por Domingos Raddi e consta que até hoje se encontra em perfeito estado.

O 1º Congresso Florestal dos Muni-cípios do Brasil foi realizado na cidade de Guarapuava, 9 de dezembro de 1956. (discurso pronunciado no encerramento, pelo político guarapuavano – Antonio Lustosa de Oliveira).

Revista do Produtor Rural 95

A importância do manejo de percevejos na cultura da soja

[Inseticida]

aos sojicultores, uma vez que nas etapas de desenvolvimento e enchimento dos grãos são quando os percevejos alcan-çam o pico populacional.

Por estar na cultura desde o início, o manejo da praga na fase inicial da lavou-ra é fundamental, começando com a ado-ção de um bom tratamento de sementes, que viabilize o controle inicial de perce-vejos que podem comprometer o desen-volvimento das lavouras e prejudicar o potencial produtivo das plantas. Também é essencial fazer o monitoramento das lavouras para realizar o controle químico no momento adequado.

O produtor deve ficar muito atento quando a soja entra em estádio repro-dutivo, ou seja, início de florescimen-to. É nesta fase de desenvolvimento da cultura que o percevejo tem um grande aumento populacional, porque precisa ter o alimento preferencial (início de for-mação de vagens) para a reprodução de sua espécie.

É importante também que o produ-tor tenha em mente que, além de produ-to, práticas de manejo como rotação de culturas, tecnologia e momento correto de aplicação, usar sempre doses reco-mendadas, são os atributos do sucesso no manejo dessa praga. Fazer aplicações somente no estádio de florescimento e sem acompanhar a evolução da praga dentro desenvolvimento inicial da cul-tura, pode comprometer de forma signi-ficativa a produtividade da lavoura, ou seja, não se obter os resultados de per-formance dos inseticidas aplicados para o manejo do percevejo.

Como uma empresa de ciências agrí-colas, a Bayer CropScience consegue oferecer ferramentas que contribuam para que o produtor possa obter o má-ximo potencial produtivo de sua lavoura. Como medida inicial para o manejo de

pragas da soja, a empresa disponibiliza o CropStar®, inseticida de tratamento de sementes, com ampla eficácia no con-trole do complexo de pragas sugadoras e mastigadoras; e Connect®, inseticida para o manejo de percevejos na cultura da soja.

Essencial para a obtenção de bons re-sultados ao fim da colheita, o plane-jamento da safra se torna um grande

aliado dos produtores de soja na pre-venção contra pragas. Entretanto, quan-do não realizado corretamente, pragas remanescentes da entressafra tendem a agir na próxima cultura a ser plantada, causando baixo rendimento, má forma-ção dos grãos e vagens, além de afetar o amadurecimento da soja, que permanece verde no momento da colheita.

Diante deste cenário, os percevejos ganham maior importância econômica a cada safra de soja e preocupam os agricultores, devido à biologia da praga e a complexidade de controle na cultu-ra. Atualmente, na região Sul do Brasil a população de percevejo predominan-te na cultura da soja é a do percevejo marrom (Euschistus heros), com popu-lações variadas em quantidade durante todo o ciclo da cultura, o que não ocor-ria no passado.

De acordo com a Embrapa Soja, os percevejos passam pela fase de ovo, ninfa (composta de cinco estádios – íns-tares), e fase adulta. As ninfas apresen-tam coloração variada com manchas distribuídas pelo corpo, completando o desenvolvimento em cerca de 25 dias. Os adultos iniciam a cópula em 10 dias e as primeiras oviposições ocorrem após 13 dias. Apresentam longevidade média que varia de 50 a 120 dias e número de gerações anuais de três a seis dependen-do da região, sendo as fêmeas, em geral, maiores que os machos.

A incidência de percevejos na cul-tura tem início desde o estágio vegeta-tivo e pode causar prejuízos até o final do ciclo da cultura. Segundo a Embrapa, com o aparecimento das primeiras va-gens, a população de insetos começa a se ampliar, representando grande alerta

* André Angonese é agrônomo de DesenvolvimentoMercado da Bayer CropScience

Revista do Produtor Rural96

[Clima]

Durante o mês de novembro, as pre-cipitações ficaram abaixo da média no na maior parte do Estado. As

menores precipitações foram registradas na região central do Paraná, onde os to-tais não passaram de 50 mm, entre o Nor-te Pioneiro, Centro-leste e Sul do estado as precipitações ficaram entre 50 e 100 mm, as áreas que registraram os maiores volumes foram o Sudoeste, Oeste e parte do Norte Paraná, com totais acumulados entre 100 e 120 mm. Estas chuvas foram provocadas basicamente pela passagem de algumas frentes, mas com fraca ativi-dade. A distribuição das chuvas ao longo do mês, continuaram seguindo um pa-drão irregular, intercalando períodos de muita chuva, com períodos maiores sem precipitação. A umidade no solo vem se mantendo em níveis razoavelmente bons, o que tem de certa forma, favoreci-do o bom desenvolvimento das lavouras.

As temperaturas, a exemplo dos úl-timos meses, continuaram apresentando variações extremas, intercalando perío-

dos de temperatura acima da média para época do ano, com períodos de tempera-turas muito baixas. A primeira quinzena de novembro foi marcada por temperatu-ras abaixo da média, já na segunda quin-zena do mês, as temperaturas ficaram acima da média em todo o Estado.

As condições climáticas globais, continuam seguindo a mesma tendên-cia observada em outubro, ou seja, em novembro a temperatura das águas da superfície do mar, no Oceano Pacífico Equatorial, continuaram mais frias que o normal para a época do ano. Esta confi-guração mantém a tendência de conti-nuidade do fenômeno “La Nina”, confor-me mostra a figura 01. Os prognósticos climáticos de grande escala, como pode-mos observar na fi-gura 02, continuam indicando que este fenômeno deve con-tinuar, pelo menos até meados do pró-

Luiz renato Lazinski Meteorologista

INMET/MAPA

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses - Dezembro – 2011

ximo ano, atingindo sua fase madura no início de 2012.

Com a continuidade do “La Nina” e, consequentemente, sua influência no clima ao longo de toda a safra de verão, continuamos com a tendência de pre-cipitações abaixo da média, bem como, uma distribuição mais irregular das chu-vas, para os próximos meses. Reiteramos que a ocorrência de queda de granizo é maior em anos como este.

As temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando perío-dos um pouco mais quentes para a épo-ca do ano com quedas bruscas de tem-peraturas.

Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 20.11.2011 a 26.11.2011. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar.

(fonte: CPC/NOAA).

Revista do Produtor Rural 97

Licenciamento Ambiental -principais aspectos

[Direito ambiental]

O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utili-zadoras de recursos ambientais, con-sideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qual-quer forma, possam causar degradação ambiental (artigo 1º, da Resolução CO-NAMA n.º 237/97).

O Licenciamento Ambiental foi ins-tituído pela Lei n.º 6.938/81, integran-do o rol dos chamados “Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente”. Além da previsão constante na referida lei, diversas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente disciplinam a matéria, como por exemplo as Resolu-ções 1/86 e 237/97.

Quanto à aplicação das normas fe-derais no âmbito estadual, assim ensina Leme Machado: “A intervenção do Po-der Público estadual está integrada na matéria da Administração estadual. En-tretanto, a legislação federal – no que concerne às normas gerais – é obrigató-ria para os Estados no procedimento da autorização.” (MACHADO. Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo. Malheiros. 12 ed. 2004)

Em regra, três distintas licenças são expedidas isolada ou sucessivamente no trâmite do procedimento licencia-tório. A licença inaugural é a licença prévia (LP), com a qual é aprovada a localização e concepção do empreendi-mento; com a licença de instalação (LI), são autorizadas eventuais construções ou obras, e a licença de operação (LO) é a que efetivamente autoriza o início das atividades, cumpridas as exigências

Franciele G. Lacerda de PieriAdvogada, Especialista em Direito Ambiental e Doutoranda em Direito.

Professora da disciplina de Direito [email protected]

das licenças anteriores e observadas as medidas de controle ambiental.

Com o advento da Resolução CO-NAMA nº 237/97, foi estabelecido um rol das atividades sujeitas ao licencia-mento ambiental (anexo I). No que se refere às atividades desenvolvidas no setor rural, diversos empreendimentos integram a lista, como por exemplo as atividades de extração e tratamento de minerais, atividades agropecuárias (projeto agrícola e criação de animais), exploração econômica de madeira, den-tre outras. Ressalte-se que a forma e cri-térios para a exigência do licenciamen-to devem ser estabelecidos pelo órgão ambiental competente, conforme previ-são do artigo 2º, §2º da Resolução 237.

No que se refere às atividades de-senvolvidas no meio rural, o órgão am-biental competente para estabelecer tais critérios e promover o procedimen-to licenciatório em regra é o órgão am-biental estadual (Instituto Ambiental do Paraná, in casu). Assim, a mesma resolu-ção prevê que os empreendimentos re-alizados nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente (artigo 2º do Código Flo-restal), como pode ocorrer por exemplo em casos de supressão de vegetação por utilidade pública ou interesse so-cial, estando sujeitas ao licenciamento, este será realizado perante o órgão am-biental estadual.

As licenças ambientais expedidas, ficam sujeitas ao regime de renovação, em regra periódico – no mínimo a cada quatro anos. O controle da validade das licenças em regra é realizado pela Administração Pública, no exercício do Poder de Polícia, mas também pode ser apreciado pelo Poder Judiciário. Nes-

se sentido, assim leciona Edis Milaré: “Destarte, a licença viciada, manchada de ilegalidade ou afrontosa ao interesse público não pode passar ao largo do po-der de polícia interventivo da Adminis-tração, por evidente choque com direi-tos constitucionalmente assegurados.” (MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. São Paulo. 5 ed. RT. 2007)

Para finalizar, é importante destacar que as condutas ilícitas relacionadas ao licenciamento ambiental, também são tipificadas como crimes contra a admi-nistração ambiental, previstos na Lei n.º 9.605 de 1998. O artigo 66 prevê crime próprio de servidor público que ao “fa-zer afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou da-dos técnico-científicos em procedimen-tos de autorização ou de licenciamen-to ambiental”, ficará sujeito à pena de reclusão de um a três anos e multa. No mesmo sentido, o artigo 69-A, incluído pela Lei nº 11.284 de 2006, prevê que a conduta de “elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento ad-ministrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão”, tem por conseqüência a pena de reclu-são de três a seis anos e multa.

Revista do Produtor Rural98

[Segurança e saúde no trabalho rural]

Responsabilidade Civil Acidentária na Atividade rural – Parte I

CID MArCELO SANDEr, Advogado, OAB/PR 41.010TED MArCO SANDEr, Advogado OAB/PR 41.106

FErNANDA ruSCHEL SANDEr, Advogada OAB/PR 50.991

Procuramos, neste artigo, esclare-cer aos leitores acerca da respon-sabilidade civil acidentária na ati-

vidade rural, que nada mais é do que a responsabilidade do empregador ru-ral frente à ocorrência de acidentes de trabalho com seus empregados.

Inicialmente, devemos esclarecer que não é qualquer tipo de acidente que se caracteriza como sendo aci-dente de trabalho, pois este se refere exclusivamente ao que acontece no exercício do trabalho a serviço do em-pregador e que provoque, ao empre-gado, lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a per-da ou redução, permanente ou tempo-rária, da capacidade para o trabalho. Este é o conceito inserido nos termos do artigo 19 da Lei nº 8.213/91 (Le-gislação Previdenciária).

A responsabilidade civil do emprega-dor por acidente de trabalho está prevista no artigo 7º, inciso XXVIII da Constituição Federal e em legislações infraconstitucio-nais como, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a legislação previdenciária. Também devemos men-cionar a Norma Regulamentadora nº 31 (NR31) do Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE), a qual se refere especifica-mente à segurança e saúde no desenvol-vimento da atividade rural.

Pois bem. Temos que o empregador, segundo a legislação aplicável, pode ser responsabilizado civilmente a reparar os danos eventualmente ocasionados ao empregado que venha a sofrer um acidente de trabalho. Quando tratamos da responsabilidade civil estamos nos referindo à conhecida indenização por

danos materiais e danos morais, os quais têm cunho reparatório à vítima. Mas ao mesmo tempo que o empregador está sujeito ao pagamento de indenização em caso de acidente de trabalho, exis-tem algumas circunstâncias que pre-cisam estar caracterizadas para que sobrevenha o direito à indenização ao empregado. Queremos nos referir aqui, especificamente, à necessidade de de-monstração de dolo ou culpa do empre-gador frente à ocorrência do acidente e aos danos sofridos pelo empregado.

Mas aonde reside a culpa aciden-tária do empregador? Respondemos: principalmente, mas não apenas, na violação das normas de segurança e saúde do trabalho. Por isso é que faze-mos referência à NR31, pois é ela quem determina as obrigações do emprega-dor rural para com a saúde e a seguran-ça do trabalho de seus empregados.

Dentre tantas questões, mencio-namos a necessidade de fornecimen-to dos equipamentos de proteção individual (EPI) e a necessidade de fiscalização de utilização pelos em-pregados. Sem sombra de dúvidas, o fornecimento dos EPI’s aliado às ins-truções da sua correta utilização bem como a fiscalização do uso destes equipamentos diminuem a carga de culpa do empregador frente à ocor-rência de algum acidente de trabalho. Obviamente que estes equipamentos de proteção individual devem ser ce-didos aos empregados de acordo com a atividade por eles desenvolvida de modo que atenuem ou até mesmo eliminem qualquer risco de acidente de trabalho ou de surgimento de do-

ença ocupacional. Por isso, cada em-pregador deve buscar orientação pe-rante uma empresa de segurança do trabalho que deve analisar os riscos da atividade, elaborar os documentos necessários e orientar com relação ao fornecimento, utilização e fiscalização de uso dos EPI´s.

Mas, ainda assim, não são inco-muns na justiça do trabalho (compe-tente para o julgamento das demandas desta natureza), ações de indenização por acidente de trabalho com pedidos de valores exorbitantes. Não à toa, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem fixado valores elevados como parâmetro, seja no caso de morte do trabalhador ou de redução da capaci-dade laborativa.

Percebemos que sobrevém, ao empregador, um ônus considerável e que pode ser evitado ao máximo com medidas simples de observância à segurança e saúde no trabalho. As-sim deixamos nossa contribuição para com a primeira parte deste artigo que, sem dúvida, trata de um tema atual, relevante e extenso e que diz respeito aos plenos interesses da classe em-pregadora rural.

Revista do Produtor Rural 99

Revista do Produtor Rural100

[Tecnologia]

Agricultura 2.0

Quando pensamos em avanços tecnológicos, estamos acostu-mados a ouvir conceitos como

conectividade, dispositivos 2.0, smar-tphones, GPS, entre outros. Mas os benefícios dessa evolução não estão restritos ao meio urbano. No campo, a tecnologia é utilizada para auxiliar o produtor a obter diagnósticos mais rápidos e assertivos além de promo-ver chats e fóruns virtuais na busca por melhores soluções agrícolas. Com esse auxílio, além de manter a saúde da lavoura, o produtor adquire novos conhecimentos e protege o meio am-biente já que evita o uso desnecessá-rio de defensivos agrícolas.

E como isso é possível? Explicare-mos. Desde 2009 está disponível aos agricultores um serviço composto por um microscópio digital - capaz de au-mentar a imagem em até 200 vezes - e um software com banco de dados e imagens das principais pragas e do-enças existentes nas plantações, inti-tulado Digilab. Ao suspeitar que algum problema esteja ocorrendo na lavoura, o técnico recolhe algumas amostras das plantas, como folhas, hastes ou raízes. Ele realiza uma avaliação com-parativa entre o material coletado e as imagens da biblioteca virtual. O sof-tware foi desenvolvido com base na literatura especializada e com o apoio de pesquisadores universitários.

O banco de dados contempla 33 diferentes pragas, 138 tipos de doen-ças e 89 espécies de ervas daninhas separadas em 16 culturas. A tecno-logia já está presente em 40% do território nacional. Nos últimos dois

anos já foram capturadas mais de 40 mil imagens, das quais 12 mil foram catalogadas e seis mil publicadas na biblioteca virtual do serviço.

Como foco em pesquisas agríco-las, o serviço também está disponí-vel na versão 500. Isso significa que professores e pesquisadores tem à disposição uma lupa capaz de aumen-tar a imagem em até 500 vezes e com isso podem otimizar procedimentos inerentes à pesquisa acadêmica. O trabalho desenvolvido por esses pro-fissionais é primordial na busca de soluções para garantir o bom desem-penho da agricultura.

Recentemente, o Digilab evolui para a tecnologia 2.0. Surgido em me-ados do ano 2000, nos Estados Uni-dos, o termo 2.0 designa a segunda geração de comunidades e serviços que utiliza a Internet como plataforma de conectividade. O novo software é mais ágil no diagnóstico de alvos no campo. Um sistema de navegação intuitivo, de fácil manuseio, permite a troca rápida de informações. A atu-alização tornou a nova versão com-patível com a maioria dos sistemas operacionais. Além da navegação por ocorrências de pragas, doenças e er-vas daninhas, oferece informações personalizadas, atendendo às neces-sidades específicas de cada usuário.

Outra inovação é a presença de um GPS acoplado ao hardware do equipamento que possibilita geor-referenciar a saúde de determinadas culturas do País, da região e até mes-mo da propriedade dos usuários. A meta é de que em pouco tempo to-

dos os alertas diagnosticados estejam disponíveis em um roteiro de ocorrên-cias, que será visualizado através de um mapa, via satélite.

Além do conceito 2.0, o Digilab também oferece uma ferramenta para que haja mais mobilidade no campo. A versão mobile é um aplicativo dis-ponível aos usuários de smartphones com sistema operacional android. Ele pode ser utilizado para fotografar pragas, doenças e plantas daninhas, com resposta automática.

Ainda nos resta falar que um dos principais ganhos que o Digilab traz para a agricultura brasileira é a co-nectividade. Todos os usuários Digilab podem trocar informações entre si por meio da comunidade Top Ciência. O grupo virtual realiza periodicamente chats e fóruns de discussão sobre as-suntos pertinentes ao manejo de cul-tivos. O intercâmbio de informações permite ao usuário a entender melhor as ocorrências encontradas, além de conhecer novas formas de manejo e controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

Inovações como estas são um re-flexo da mudança nas formas de in-teração entre pessoas, que cada vez utilizam ferramentas de característi-cas mais participativas e menos uni-laterais. A iniciativa também fomenta o conceito de Agricultura de Excelên-cia, que viabiliza melhores práticas no setor por meio de relacionamento, proximidade, ferramentas e educação, com a finalidade de contribuir para o aumento de produtividade, qualidade e rentabilidade nas lavouras.

Por Melissa GuarnieriCoordenadora de Comunicação e Serviços de Relacionamento com o Cliente

da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF

Revista do Produtor Rural102

[Praga]

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)Laércio Hoffmann / Antonio Marques de S. Neto / Tiago Dalchiavon

DTM - Syngenta

IMPORTâNCIA ECONôMICA - esse inseto é uma praga secundária do milho, podendo causar prejuízos em alta infestação.

DISPERSãO GEOGRáFICA - Na presente safra, já são várias as lavou-ras infestadas na região. Aparece com maior frequência em áreas com baixa precipitação.

OuTRAS CuLTuRAS: a mesma pra-ga pode atacar milheto e sorgo.

A temperatura ideal para o desen-volvimento dos pulgões fica entre 18 e 25º C que, em média, 6 dias depois do nascimento atingem a fase adulta.Com clima seco, estes insetos apre-sentam alta capacidade de prolifera-ção com cada fêmea podendo parir até 10 ninfas por dia.

OCORRÊNCIA: Época de ocorrên-cia - entre V6 e V18. Normalmente em VT ocorrem os maiores danos.

incidência de pulgões, mas não é uma regra. Esse tipo de arquitetura possibilita maior proteção das colô-nias. Pode existir diferenças (resis-tência/tolerância) entre os híbridos de mesma arquitetura.

BIOLOGIA: As ninfas do pulgão são de coloração verde clara e,à me-dida que se desenvolvem, vão se tor-nando mais escuras. Os adultos po-dem ser alados ou não, e medem 1 a 2 mm de comprimento.

Sua reprodução é assexuada, sen-do realizada exclusivamente por parte-nogênese telítoca, isto é, os embriões desenvolvem-se no interior do corpo das fêmeas, a partir de óvulos não fe-cundados, originando novas fêmeas.

Figura 1. Diferentes fases do pulgão (Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 2. Infestação em diferentes estágios (Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 3. Ataque em pré pendoamento (Foto: Hoffmann, L.L.)

SINTOMAS DE DANOS: A praga vive em colônias e elimina dejeções líqui-das onde se desenvolve fumagina. O inseto se alimenta nos tecidos jovens e vive em colônias situadas no interior do cartucho, no pendão e nas gemas das plantas. O inseto suga a seiva das plantas, podendo transmitir viroses.

Os danos podem ser:

Ø DIRETOS à Sucção da seivaØ INDIRETOS à Fumagina, abordo de

estrutras florais, transmissão de virose.

DIFERENçAS ENTRE HíBRIDOS: Aparentemente híbridos com arqui-tetura mais ereta tendem a ter maior

SINTOMAS DE DANOS - A infesta-ção do pulgão no estágio de pré-flo-rescimento, prejudica a formação de grãos, originando espigas pequenas que quando torcida manualmente apresentam o aspecto de “grãos frou-xos” - figs. 4a e 4b.

Figura 4a. Ataque severo no pendão(Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 4b. Amarelecimento, pendão retido(Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 5. Aplicação em Vn e floração(Foto: Hoffmann, L.L.)

CONTROLE:- Início de infestação (10% de in-

cidência- Embrapa CNPT)- Atingir o alvo- Respeitar as condições de clima

(não aplicar nas horas mais quentes).Produtos e doses: Ver recomenda-

ções para o estado do PR.Importante: Usar óleo na calda de

pulverização.Época de aplicação:

CONSIDERAçÕES FINAIS:

Dar preferência para o uso de produtos que tenham também ação sobre percevejos que in-festam a espiga, que auxiliem no controle da broca-do-colmo (Dia-treae), e que tenham ação sobre lagartas (Spodoptera, helicoverpa).

Em condições de stress hídri-co, o controle é comprometido, pode ser insuficiente com apenas uma aplicação.

Revista do Produtor Rural104

[Pecuária de corte]

Análise conjuntural do mercadodo boi gordo no Paraná – Dezembro/2011

Com a chegada do final do ano e o aumento da demanda interna por carnes, que fica aquecida com o 13º salário e as festivida-des de Natal e Ano Novo, o preço do boi gordo sofre uma ele-

vação, assim como o preço da carne suína e do frango. Desta forma, geralmente, observa-se o pico do preço da arroba do boi gordo nos últimos meses do ano, ou seja, no período de entressafra.

De acordo com análises realizadas pelo LAPBOV/UFPR, verifi-cou-se que a arroba do boi gordo paranaense acumulou, de janeiro a novembro de 2011, uma pequena desvalorização de 1,82%, reflexo do fato dos preços estarem mais altos nos primeiros meses do ano. Quando comparada com o ano passado, a desvalorização pode ser considerada atípica, já que no mesmo período de 2010, a valoriza-ção do preço da arroba do boi gordo foi de mais de 20%.

O pico de preço alto ocorreu no dia 23/11, chegando a R$100,15/@. Comparando com o ano passado, o pico de preço alto em 2011 foi cerca de 9% menor do que o pico de 2010, ocorrido no dia 17/11, quando a arroba do boi gordo no Estado do Paraná atingiu o valor histórico de R$109,50/@ (valor deflacionado para o período). Na Figura 1 são apresentados os preços reais da arroba do boi gordo no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011.

No primeiro semestre do ano, também conhecido como o pe-ríodo de safra do boi gordo, é de praxe se observar os preços mais baixos, refletindo a maior disponibilidade de animais para abate, decorrente da maior quantidade e qualidade de forragens. Contu-do, neste ano de 2011, quando se compara os dois semestres, o primeiro iniciou com preços elevados, com o preço do boi gordo se mantendo acima de R$97,00/@. Isto é reflexo dos altos preços ocorridos no final de 2010, quando a arroba atingiu valores até en-tão nunca vistos. A menor cotação de 2011 foi de R$92,85/@, ob-servada no dia 28/06 enquanto que, para o ano de 2010, o menor valor observado ocorreu em 24/02, sendo cotado a R$81,89/@ no dia. Houve uma elevação de 13,38%, justificada pelos altos preços ocorridos no final do ano de 2010, os quais se mantiveram firmes no início de 2011.

Comparando novembro de 2011 com o mês anterior (outu-bro), quando as médias dos preços da arroba do boi gordo fecharam em R$97,87/@ e R$93,32/@ respectivamente, nota-se que houve um acréscimo de 4,88% nos preços do boi gordo. A valorização foi menor que no ano anterior, quando os preços médios fecharam em R$96,52/@ no mês de outubro e em R$105,70/@ no mês de no-vembro, havendo uma valorização de 9,52% no período.

Neste mesmo patamar encontram-se os preços para a vaca gor-da no Estado do Paraná. De janeiro a novembro de 2011, houve va-lorização de pouco mais de 2% no preço da arroba da vaca gorda, valorização essa bem menor que no mesmo período do ano passa-do, quando a valorização, em termos reais, foi de 21,60%. O ano de 2011 iniciou com a vaca gorda sendo cotada acima de R$88,00/@, tendo um subsequente recuo nos preços, apresentando o valor mí-nimo de R$84,97/@, em 23/06.

Figura 1. Preços do boi gordo, em R$/@, no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011

Andréia Karina Mariani / Natália M. dos Santos Gonzales / João Batista Padilha Junior Paulo Rossi Junior / Amanda M. S. Schuntzemberger

LAPBOV/UFPR - www.lapbov.ufpr.br

Na entressafra, o preço da vaca gorda atingiu o pico no dia 12/08, fechando a R$93,86/@. Valores próximos foram observa-dos para os meses de outubro e novembro de 2011. A vaca gorda foi cotada em R$93,62/@ no dia 23/11, com uma pequena queda de 0,26% quando comparada ao pico ocorrido em agosto, carac-terizando, portanto, um segundo pico para o preço da vaca gorda no Paraná.

Em 2011, devido à conjuntura econômica mundial, houve valorização do dólar. Além disso, a demanda interna por carnes, incluindo a bovina, está aquecida devido às melhorias na ren-da da população brasileira nos últimos anos. Soma-se a estes fatores a restrição na oferta de animais para abate, que pode ser justificada pelos preços elevados dos animais de reposição. Desta forma, caso este cenário se mantenha, espera-se que os preços da arroba do boi gordo e da vaca permaneçam firmes no início do ano de 2012.

Figura 2. Preços da vaca gorda, em R$/@, no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011

Revista do Produtor Rural 105

[Descontos em produtos]

Promoções especiais AGROBOI:

Revista do Produtor Rural106

1º Simpósio de Agronomia [Educação]

A Faculdade Campo Real promoveu no dia 18 de novembro, o 1º Simpósio do Curso de Engenharia Agronômica.

O tema central do evento, Tecnologias na Agricultura, foi discutido entre palestras, minicursos e orientação prática.

Entre os palestrantes da noite, estava o vice-presidente do Sindicato Rural de Gua-rapuava, Anton Gora. Ele falou sobre o Sis-tema Patronal Rural e sobre o perfil dos pro-dutores rurais associados ao Sindicato Rural.

De acordo com Vanda Marilza de Car-valho, o evento teve ainda outros pales-trantes, representantes das empresas Du-Pont Crop Protection Brasil, Syngenta Ltda, Tecsolo, Agricultura de Precisão Exata, Ema-ter e Terrasul.

Além das palestras, foram oferecidos minicursos e orientação prática em uma propriedade rural. Professores e Palestrantes

Sindicato Rural doa mais de1000 kg de alimentos

[Campanha Produtor Solidário]

Comunidade Bethânia Esquadrão Resgate de Guarapuava

O Sindicato Rural de Guarapuava doou a duas entidades assistenciais do município mais de 1000 quilos de

alimentos no dia 08 de novembro. A doação foi resultado das comemo-

rações de aniversário do Sindicato, quan-do os associados trocaram cinco quilos de alimentos por um ingresso para o show de Yassir e Rodrigo Sater, realizado no dia 18 de outubro.

As entidades beneficiadas atendem dependentes químicos de Guarapuava e re-gião. A administradora da Comunidade Be-thânia, Rita da Luz Golinski, conta que hoje o recanto acolhe 20 internos e que essa doação dá novo ânimo para os voluntários. “Dependemos das doações da comunidade e o que recebemos hoje é o equivalente ao que é gasto em quatro meses na casa”.

Outra instituição atendida foi o Esquadrão Resgate de Guarapuava. Segundo o educador externo, Irajá Blanc, hoje estão na casa 18 in-ternos. “Essa doação irá beneficiar os internos e seus familiares que necessitam de ajuda”.

Visando fomentar a solidariedade, a campanha encabeçada pelo Sindicato Rural de Guarapuava já contribuiu com outras entidades de Guarapuava, Candói e Cantagalo.

Revista do Produtor Rural108

[Genética diferenciada]

Programa Carne Certificada Angus é a nova estrela da rede McDonald’s com dois sanduíches com a marca

Os pecuaristas participantes do Programa Carne Certificada Angus, da Associação Brasileira de Angus, estão conquistando o maior reconheci-

mento ao seu investimento em genética diferenciada. O McDonald’s, uma das maiores redes de serviço rápi-do de alimentação fora de casa do mundo, escolheu a carne Angus originária do programa para dar nome a dois sanduíches novos: o Angus Deluxe e o Angus Ba-con, que chegam aos mercados de São Paulo e Brasília no dia 16 de novembro.

“O gado Angus é um dos mais apreciados em todo o mundo pela excelência e nobreza de sua carne, ca-racterizada por ser tenra, suculenta e muito saborosa”, explica Roberto Gnypek, diretor de Marketing da Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald’s na América Latina. “Atento às preferências dos clientes, o McDonald’s busca sempre inovar e traz agora dois no-vos sanduíches premium, com sabor diferenciado, com o peso do selo da Associação Brasileira de Angus. As-sim como os demais produtos da rede, trata-se de um item de alta qualidade, produzido e preparado dentro dos mais rígidos padrões de controle”, completa.

“Para nós, da Associação Brasileira de Angus, ter dois sanduíches do McDonald’s com o nosso selo é a consagração da qualidade da carne Angus e do nosso Programa de Carne Certificada, que cresce ano após ano a partir da maior participação dos pecuaristas que buscam a excelência na pecuária e a parceria de frigo-ríficos que confiam no nosso trabalho e na raça”, res-salta Paulo de Castro Marques, presidente da entida-de. Toda a carne utilizada na produção dos sanduíches Angus, do McDonald’s, é processada com exclusivida-de pela Marfrig Group, sendo submetida ao processo de certificação da Associação Brasileira de Angus.

Revista do Produtor Rural 109

Entenda o Programa Carne Angus Certificada da AssociaçãoBrasileira de Angus

Algumas vantagens aos parceiros do Programa:O Programa Carne Angus Certificada foi criado

pela Associação Brasileira de Angus em 2003 e tem por objetivos:

•ValorizaçãodacarnedeanimaisAngusesuascruzas;•Pagamentoporqualidadeaosprodutoresengajados;•FomentodocrescimentodaraçaAngus•Fortalecimentoeintegraçãodacadeiaprodutiva;•Produçãodecarnedealtaqualidade.

Atualmente, o programa conta com a participa-ção de pecuaristas do Rio Grande do Sul, São Paulo e Centro-Oeste e tem o reconhecimento e a credibi-lidade internacional da Certificadora AUSMEAT, líder mundial em processos de padronização de frigorífi-cos, por meio do selo de Certificação AUSQUAL. Em 2010, o programa abateu cerca de 150 mil cabeças. Somente no 1º semestre de 2011, foram abatidas 80 mil cabeças.

Para os pecuaristas participantes:•Bonificaçãoporanimaisaprovadosnoprograma•Visibilidadeporparticipardeumprogramade

carne de qualidade

Para os frigoríficos participantes:•Abatedebovinosjovensecomcarcaçasde

qualidade•Maiorvaloragregadonoabate

Para a pecuária brasileira:• Aumento da visibilidade do segmento de

carne de qualidade•Maiorinteressedoconsumidordomésticoe

importadoresFonte: www.beefpoint.com.br

Revista do Produtor Rural110

[Solidariedade]

Colaboradores e parceiros da companhia dedicaram um dia de trabalho para ajudar entidade da cidade

FMC promove o Dia do Voluntariado em Guarapuava/PR

A FMC Agricultural Products promo-veu o Dia do Voluntariado, no dia 9 de novembro, em Guarapuava/

PR. O local escolhido foi o Centro Co-munitário São Francisco de Paula, loca-lizado no bairro Morro Alto, que ajuda mulheres com problemas em casa, des-de dificuldades financeiras como o de-

Cerca de 200 mulheres são atendidas por mês. No local, elas recebem acompanhamento psico-lógico além de aulas de pintura, bordado e crochê para desenvolve-rem trabalhos que serão revertidos em forma de renda.

Endereço: Rua dos Butiazeiros, 139 – Morro Alto – Guarapuava/PR.

Sobre o Centro Comunitário São Francisco de Paula

semprego até a violência doméstica. A proposta do evento é dedicar um dia de trabalho ao próximo.

Mais de 25 pessoas estiveram pre-sentes no Dia do Voluntariado, entre elas colaboradores, vendedores das reven-das, produtores e participantes da comu-nidade local. A FMC ajudou com a pin-

tura interna e externa do espaço, além da doação de novas cadeiras e carteiras para as mulheres trabalharem, e a cria-ção de uma horta para ajudar na alimen-tação das famílias.

Para o mês de dezembro, a FMC irá fazer o Dia do Voluntariado em Rondo-nópolis/MT.

Revista do Produtor Rural 111

Revista do Produtor Rural112

[Profissionais em destaque]

[Novos Parceiros Programa identidade Sindical]

BASF: João Henrique Navarro eJosé Carlos Sandrini Junior

Inquima: Jeferson Rezende e José Roberto Santos

Zoni Lange (Raízes da Mata) Mackelle Dona (Odonto Mackelle)

Gustavo Gagiola (The Ranch) Adnilson Zanine (Guarafer) Jean Paulo de Carvalho(Ótica Precisão)

Guilherme Klopffleisch eJorge Karl (presidente Cooperativa Agrária)

Sicredi: Luiz Werlang (BRDE), Tatiana Valer, Maria Inês Kusznier e Sérgio Hekave (BRDE)

CAMP: Cícero Becher, Eduardo Kazuo Tanigawa eLuiz Henrique Servat

Retífica Scartezini: Elaine Scartezini Meirelles e Marco Aurélio S. Meirelles

ErrATA: Na última edição trocamos o nome deste profissional da Pioneer Sementes. O correto éAntonio Marcos Peterlini.Pedimos desculpas.

Kuhn/Agro Tatu - Embaixo: Gilberto Radunz, Danilo Gonçalves, Márcio Vieira, Paulo Bregalda. Em pé: Ricardo Almeida, Fabiano Didoné, Claiton Ecco, Lindolfo Junior, Edson Moraes e Joarez Novel .

Cotrima: Gelton Araújo, Nei Godoy, Roger Ribas, Oberdan Hey, Wilson Malko, Valdecir Siqueira, Carlos Eduardo Pacheco e Bombardelli

Revista do Produtor Rural 113

[Produtores em destaque]

[Novos sócios]

Amauri G. de Paula /Agrícola A. G. P. Ltda

Luiz Carlos rodrigues Otavino rovaniFabiano rovani

Maria Luzia Klots Gerster

Patrícia Diana Schwarz Sanir Karam Semaan Morel Pereira Keinert

Amarilio Krüger

Erich Egles Patrick Egles

Patrick Gumpl

Denise raquel Taques da Cruz

Graziela Gerster

Ivo João Vargas Jaciel do Valle

Alvir Antonelli

João Carlos M. da rocha

Revista do Produtor Rural114

[Agenda]Ja

neir

o 20

12Fe

vere

iro

2012

Festa 60 anosEntre Rios4 a 8 de janeiroDistrito de Entre Rios - Guarapuava – PRwww.suabios.com.br

28º Rodeio Nacionalde Canela4 a 8 de janeiro Canela – RShttp://www.portalderodeios.com.br

Curso – Ecologia e Conservação da Mata Atlântica19 a 30 de janeiro Curitiba – PRhttp://www.grupobrasilverde.org/?index

Itaipu Rural Show 201225 a 28 de janeiro Pinhalzinho – SChttp://www.itaipururalshow.com.br/

Curso – Aperfeiçoamento em Geriatria Veterinária03 de fevereiro a09 de dezembro 2012Londrina – PRhttp://www.peteventos.com.br/

Show Rural Coopavel6 a 10 de fevereiro8 de fevereiro: Excursão Sindicato Rural de Guarapuava / Candói e CantagaloInteressados ligar para 42-3623-1115www.showrural.com.br

15° Show Tecnológico de Verão – ABC 15 e 16 de fevereiro Ponta Grossa – PRhttp://www.fundacaoabc.org.br/show/

xxxV Congresso Paulista de Fitopatologia14 a 16 de fevereiro Jaguariúna – SPhttp://www.infobibos.com/cpfito/

Festa da uva 201216 de fevereiro a 04 de março Caxias do Sul – RShttp://www.festanacionaldauva.com.br/2012/

01/01 Anton Keller II01/01 Estefano Remlimger01/01 José de Mattos Leão Neto01/01 Leni Aparecida Lacerda Cunico01/01 Valdemar Mayer02/01 Julio Cavalheiro de Almeida02/01 Tadeu Kukurgindki Belinski03/01 Hugo Leh03/01 Orlando Deschk03/01 Rosa Maria Schlafner04/01 Adolf Taubinger04/01 Berthold Scherer04/01 Gilda Roseira Ribas05/01 Harald Wolfl Essert05/01 Johanes Stecher05/01 Johann Vollweiter05/01 José Seguro05/01 Ronald Gartner06/01 Antônio Fagundes Schier06/01 Marcelo Afonso Mayer06/01 Regina Maria Bezarro Zandonai07/01 Emerson Luís Neves07/01 Heinrich Stader07/01 Maria Aparecida Lacerda Loures07/01 Siegfrid Milla08/01 Cássia Fassbinder08/01 Florian Reichardt08/01 Haltieres Aguilera de Souza08/01 Heraclides José Cordeiro Roseira09/01 Eduardo Winkler09/01 Eurípio Carlos Rauen09/01 Sonia Regina Virmond10/01 Cláudio Marques de Azevedo10/01 Cézar Alberto Martini Toledo10/01 Jakob Schneider10/01 Raimund Duhatschek11/01 Guinter Nicolau Schlafner11/01 Helga Schneider11/01 Neuci Aparecida Moss11/01 Reinhard Wilhelm Kratz12/01 Murilo Walter Teixeira12/01 Robson Fassbinder

01/02 Norbert Geier02/02 Franz Hunger02/02 Thelma Lanzini Losso03/02 Eliezer Scheidt03/02 Odacir Luiz Ghisleni03/02 Walter Gärtner04/02 Jair Kultz04/02 Robert Utri05/02 José Neiverth Junior06/02 Gilda Campello06/02 Hercules Alexandre Martins07/02 Francisco João Schier08/02 Aldo Antonio Bona09/02 Helmut Gärtner09/02 Jeferson Caus09/02 Leodir Carlos Corrêa de Melo09/02 Lucas Obal09/02 Martin Ritter10/02 Lourenço Lemler11/02 Luiz Afonso Eder12/02 Johann Reinerth13/02 Reinholt Holzhofer14/02 Amarildo Parizotto15/02 Célio Teixeira Cunha15/02 Erich Mathias Leh15/02 Gilmar Gelinski de Souza16/02 Marcelo Lustosa Julek17/02 Alexandre Barbieri Neto17/02 Ricardo Rocha Danguy18/02 Alvir Antonelli18/02 Carlos Pereira Araújo18/02 Christoph Ritter18/02 Evaldo Stefan Becker18/02 José Hamilton Moss Filho

Confira aagenda de eventos

agropecuários:ANIV ERSARIANTES13/01 Herbert Schlafner13/01 Raimund Georg Abt14/01 Helton Jose Fagundes Schier14/01 Paulo Krüger15/01 Elizete Ribas Martins Philipiak15/01 Juliano Marcondes Teixeira15/01 Marcelo Antonio Fagundes Schier15/01 Tiago Justino de Bastos16/01 Nereu Lopes de Araújo17/01 Otavino Rovani18/01 Luis Borsatto18/01 Rene Vieira Lopes18/01 Ursula Maack Kurowski19/01 Luis Paulo de Oliveira Gomes Filho20/01 Jacir Salvador20/01 Rivair Sebastião Fritz20/01 Waltraut Maria Palm Mayer21/01 Bernhard Johann Palm21/01 Denilson Baitala21/01 Déa Maria Ferreira Silveira22/01 Alfredo Gelinski Junior22/01 Antonio Luiz Peterlini22/01 Gilberto Saciloto22/01 Philipe Marx23/01 Márcio Pacheco Marques23/01 Rui Sergio Primak23/01 Severino Mugnol23/01 Walter Becker24/01 Anton Fassbinder24/01 Sebastião Francisco Ribas Martins24/01 Sebastião Meira Martins24/01 Simon Milla25/01 Edson Lustosa Araujo25/01 Otmar Oster26/01 José Nael dos Anjos26/01 Oswaldo Rodrigues Barbosa27/01 Cristian Abt28/01 Manoel Urias Carneiro29/01 Marinaldo Sebastião Rocha30/01 Josilene Losso30/01 Stefan Stemmer31/01 Mário Poczynek

18/02 Klaus Dowich18/02 Luiz Vilson Silvestri18/02 Nelson Luiz Loures de Lacerda18/02 Rodrigo Tateiva18/02 Simão Primak19/02 Cleusa Werneck de J. Botelho19/02 Elton Lange19/02 Gildo Warpechowski Górski20/02 Renata Vitória Weckl20/02 Walter Milla21/02 Antônio Oscar Lustoza Ribas21/02 Celso Hisão Tateiva21/02 Renato de Auda Kaminski22/02 Alceu Sebastião Pires de Araújo22/02 Elias Farah Neto22/02 Francisco Buhali22/02 Marco Aurélio Nunes23/02 Edson Luiz Primak23/02 Jairo Silvestrin Filho24/02 Alan Kaminski do Nascimento24/02 Albert Josef Zimmermann24/02 Valdir José Fuchs Filho25/02 Marcus Vinicius de Andrade Bianco25/02 Pauline Keller Kuster26/02 Moacir José Horst Tomé26/02 Rubens Geraldo Toledo27/02 Anton Hering27/02 Jonathan Seitz28/02 Alan Marcus Blanc28/02 Jonathas Frederico T. Leal da Cruz28/02 Macedo Nunes Machado Filho28/02 Paulo Naiverth28/02 Paulo Roberto Martins Pacheco28/02 Sebastião Francisco R. Martins Neto

Revista do Produtor Rural 115

Revista do Produtor Rural116

V O C Ê É N O S S O C O N V I D A D O

APRESENTAÇÕES CULTURAISEXPOSIÇÃO HISTÓRICABAILES . GASTRONOMIAATRAÇÕES MUSICAIS

E V E N T O A B E R T O A O P Ú B L I C O

G U A R A P U A V A | P A R A N Á

4 a 8 janeiro2 0 1 2

W W W . S U A B I O S . C O M . B RC O N F I R A P R O G R A M A Ç Ã O C O M P L E T A P E L O S I T E

FUNDAÇÃO CULTURALSUÁBIO-BRASILEIRA

real ização