Revista encenação janeiro 2015
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EDITORIAL
We are still with the cup in his hands,
toasting the year ahead. The hope is
renewed, new projects begin to outline in
our thoughts ... We are looking for
achievements. What did not work out ... It
was in the past, is gray, the important
thing is to come. Let's bet on the future,
keep hope that this year may be winning,
we open doors and windows and let in
2015 into our lives, bringing the very best.
Get ready because the year is starting ...
2
Ainda estamos com a taça nas
mãos, brindando o ano que começa.
A esperança se renova, novos
projetos começam a delinear em
nossos pensamentos... Estamos em
busca de realizações. O que não
deu certo... Ficou no passado, é
cinza, o importante está por vir.
Vamos apostar no futuro, manter
esperança de que este ano possa
ser de vitórias, vamos abrir portas e
janelas e deixar 2015 entrar em
nossas vidas, trazendo o que há de
melhor. Preparem-se porque o ano
está começando....
Iolanda Brazão
Nascida em Recife (PE), Cláudia Banegas veio morar no
Rio de Janeiro, Brasil, com apenas um ano de idade.
Escrevendo poesias desde os 12 anos, publicou seu primeiro
livro no ano de 2007, “Metamorpho – Transformações nos
Ciclos da Vida”, pela CBJE. Participou da 39ª Antologia de
Novos Escritores Brasileiros, CBJE, 2007, das Antologias "O
Segredo da Crisálida" e "Névoa", pela Editora Andross e das
Antologias de Novos Escritores Brasileiros volumes 39, 119 e
120. Sua poesia “Chuvas” foi selecionada para o Anuário da
Nova Poesia Brasileira, Edição 2015, que é uma coedição da
Litteraria Academiae Lima Barreto e a CBJE.
Membro da Rede Hispanoamericana de Escritores,
da Sociedad Venezolana de Arte Internacional, da AVSPE –
Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Poetas Del
Mundo, WAF (World Art Friends), entre outras associações
culturais, a escritora foi nomeada Delegada Cultural em sua
cidade pelo Movimento União Cultural de Taubaté, SP. Entre
outros gêneros literários, destaca-se por escrever o novo
indriso, que vem a ser é uma nova modalidade poética
derivada do soneto criada pelo escritor espanhol Isidro Iturat,
em Madrid, ano de 2001. É de sua autoria o primeiro “indriso”
escrito em língua portuguesa, o “Borboletando” (inspirando
assim o nome atual do site literário da escritora). Em
dezembro de 2014, participou da equipe de organização e
como poeta da 1ª Edição no País do Festival 6 Continentes, o
maior evento cultural da Lusofonia. Entre outras cidades
brasileiras, São Gonçalo marcou presença neste evento de
alcance internacional. O Festival foi idealizado pelo
empresário e músico português Filipe Larsen.
Cláudia Banegas
4
A mecânica quântica, um ramo contemporâneo da física surgido e consolidado na
primeira metade do século passado, se não é a maior conquista científica de todos
os tempos, é, indubitavelmente, uma das maiores. Para vermos isso rápida e
claramente, basta dizer que do ponto de vista prático, ela é, por um lado, o
fundamento teórico de algumas das principais tecnologias contemporâneas, tais
como o laser e os transistores, e, por outro lado, a fonte de algumas das mais
espetaculares possibilidades futuras, tais como a nanotecnologia e o processamento
realmente paralelo. Ora, esta imensa utilidade atual e suas espetaculares
possibilidades futuras já seriam mais que suficientes para alçá-la ao status de uma
entre as maiores conquistas da humanidade. Mas ela é muito mais que tudo isso…
Em face das inovações conceituais da teoria quântica, revolucionárias na mais
ampla acepção deste termo, as suas tão celebradas aplicações práticas tornam-se
assunto de somenos importância, pois elas – as inovações conceituais - nos
permitem articular de forma original e sob novo contexto, questionamentos
fundamentais da espécie humana, outrora relegados unicamente à investigação
filosófica e ao misticismo.
Um exemplo deste caráter inovador e revolucionário pode ser visto já em seu
nascimento.
Resumidamente, a mecânica quântica surge em um artigo de 1900 sobre a radiação
do corpo negro, onde o ilustre físico Max Planck, após inúmeras tentativas
fracassadas de outros físicos, finalmente obteve uma expressão matemática que
descrevia com precisão satisfatória os resultados experimentais então existentes. A
interpretação correta desta expressão, entretanto, implicaria em uma estranha
conclusão: a energia, tal como a matéria, também é granulada, vale dizer, também é
formada por “pequenos e indecomponíveis pacotes” de energia. Ora, isso significa
que a energia é… descontínua! Jamais antes na história humana tal propriedade foi
sequer imaginada!
E a teoria quântica, parecendo não satisfeita com uma estreia tão magistral, não se
cansaria de revolucionar muitos outros conceitos e mesmo assombrar os espíritos
mais originais. Einstein, por exemplo, jamais a aceitou completamente, forcejando
inúmeras vezes para abalar os seus princípios, formulados, sobretudo e
primeiramente pela Escola de Copenhagen. O chamado paradoxo EPR é um
exemplo neste sentido. O tempo, entretanto, tão caro a Einstein na teoria da
relatividade, veio mostrar que, neste caso, ele estava fundamentalmente errado, que
as suas suspeitas eram infundadas e que a teoria quântica é completa e plenamente
consistente.
Einstein, alias, manifestava a sua insatisfação com o formalismo quântico
espirituosamente, usando uma frase que se tornou famosa, sendo mesmo
transposta para outros contextos: Deus é sutil, mas não joga dados!
Em linhas gerais, o que no formalismo da mecânica quântica tanto desagradava
Einstein? Simples: a perda do determinismo e da objetividade clássicas. Pois até
Einstein e incluindo Einstein, a Física sempre adotou um pressuposto tácito e
fundamental, qual seja, o de que, independente de alguém a observá-lo, existe um
mundo físico, real e objetivo, governado por leis matemáticas, cujo comportamento é
exato e sempre o mesmo. A mecânica quântica, ao abalar profundamente esta
crença, abriu novas e fundamentais possibilidades à espécie humana.
Segundo a teoria quântica, o mundo é sempre um conjunto de possibilidades cuja
escolha ocorre no momento em que o observamos, ou seja, é no ato de observação
que forçamos a ocorrência de uma das possibilidades potenciais. Sem observação o
mundo exterior não “é” alguma coisa, é apenas um conjunto de possibilidades!
Assim, a mecânica quântica, num só lance, retira do mundo exterior a sua realidade
e concretude e introduz (a consciência de) o observador como parte ativa e
integrante da compreensão da realidade.
A ideia de que o mundo físico, em realidade, não existe e de que a sua concretude
não passa de uma ilusão não é nova. Já foi formulada, por exemplo, no século XVIII
pelo filósofo idealista irlandês George Berkeley, segundo o qual o que realmente
existe são percepções. Mas é, sobretudo nas tradições religiosas orientais do
hinduísmo que vemos talvez a mais ancestral e fantástica antecipação da teoria
quântica. No Bhagavat Gita(II,69), livro sagrado do hinduísmo, lemos : “aquilo que
às pessoas do mundo sensorial parece ser real e verdadeiro, para o sábio é ilusão.
E aquilo que a maior parte dos homens julga ser irreal e não existente, o sábio
conhece como o único que é Real e existente”.
Os deuses podem não ter sido astronautas, mas certamente conheciam a física
quântica
Independente desta aparente confluência com algumas tradições religiosas orientais
é certo que a mecânica quântica, no mínimo, inaugura um novo contexto onde as
questões que se referem às relações entre o homem, a sua consciência e o restante
do Universo podem ser devidamente formuladas. E considerando que vivemos um
momento crítico de nossa história, onde a nossa relação parasitária com o meio
ambiente coloca em risco a nossa própria sobrevivência como espécie, esta
enquete sinaliza uma possibilidade providencial, pois interagir harmonicamente com
o restante do universo e, em particular, com o meio ambiente, parece mais ser muito
mais uma necessidade contemporânea e premente que uma mera ocupação mística
e ecologistas.
E se existe alguma verdade na crença de que somos potencialmente deuses, a
trombeta quântica anuncia que a nossa casa, o Universo, está dentro de nós, em
nossa consciência.
Paulo Santa Rita
6
Guilherme Lamas e Valéria Pisauro
Quarta de cinzas, Guilherme Lamas e Valéria Pisauro, é representante
romântica entre as finalistas do 10º Concurso Nacional de Marchinhas
Carnavalescas da Fundição Progresso-Rede Globo 2015.
Valéria Pisauro, professora de Literatura e História da Arte, que nas horas
vagas se divide entre o ofício de poetisa/letrista e os festivais de música
que disputa em cidades de todo o país, como Araraquara - SP (onde venceu
o Festival Viola de Todos os Cantos, em 2013), Ponta Grossa - PR (melhor
letra no Festival da Canção 2014) e Pinheiros - ES (melhor letra 2014), Boa
Esperança MG (música mais comunicativa e aclamação popular no Festival
Nacional da Canção 2014); Paranavaí - PR (melhor música no FEMUP 2014);
Tebas-MG (terceiro lugar no Festival de Samba Mineiro 2014);
Catalão - GO (segundo lugar no Festival Cantalão 2014) entre muitas
outras. Uma rotina apaixonante que, juntamente com sua atuação no
Clube Caiubi de Compositores; no Portal do Poeta Brasileiro e na
Academia Nacional do Portal do Poeta Brasileir o remete a sua
infância, quando absorveu do pai e do tio a paixão pela música
brasileira. “Tenho certeza de que, se estivessem vivos, eles brindariam
comigo a emoção de estar classificada no Concurso de Marchinhas da
Fundição.”
Com referências à Commedia dell’Arte, a letra de Valéria virou bela
marcha-rancho ao encontrar a melodia de Guilherme Lamas,
violonista de mão cheia. Da paixão pelo choro (especialmente por
Pixinguinha, Baden Powell e Raphael Rabello) veio à certeza de que
a música seria o ganha-pão de Guilherme: trabalho que vem
realizando como violonista solo – vide o CD “Aos domingos na casa
da Vó (e do Vô também)” ou no duo de violões com Rafael Thomaz.
Primeira parceria de Valéria e Guilherme, Quarta de cinzas será
interpretada no 10º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas
por Pedro Paulo Malta, com arranjo de Marcelo Caldi. aléria Pisauro,
professora de Literatura e História da Arte, nas horas vagas.
Quarta de cinzas - Guilherme Lamas e Valéria Pisauro
Quando me vires por aí
Finja que sente o teu amor
Atravessa a rua devagar
Não zombes desta minha dor
Diga que foi o teu primeiro amor
Amor primeiro amor
Mesmo que derradeiro
Minta que amou por serpentina
Confesse a tua máscara, oh rainha!
O amor do teu vassalo abandonado
Arlequim apaixonado no carnaval
Ah, quanto tempo tem!
Quando o tempo vai, enquanto te
convém?
Há tanto tempo sente o amor que
tem
Quase um tempo a mais
Quando me vires por aí...
Trança que envolve na folia
Lança a euforia que alivia
Guarde a fantasia dos três dias
Tudo em sonho de magia no meu violão
Ah, quanto tempo tem!
Quando o tempo vai, enquanto te convém?
Há tanto tempo sente o amor que tem
Quase um tempo a mais
Giselle Sant’Ana Lemos
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Resgate da História....
Nasceu em abril de 1774 na Prússia Grigory Ivanovitch Langsdorff,
filho de uma tradicional família de barões. Em 1793 iniciou seus estudos
em medicina na Universidade de Göttingen, concluindo-os em 1797. Em
1803 seu nome foi incluído entre os tripulantes dos navios que
empreenderiam a primeira viagem russa de circunavegação.
Langsdorff em setembro de 1812 foi nomeado cônsul-geral da
Rússia no Rio de Janeiro, aqui se instalando em abril de 1813. Decorridos
três anos da sua chegada, adquiriu uma fazenda, denominada Mandioca,
às margens do Caminho de Inhomirim, na serra em direção a Petrópolis.
Esse caminho era por demais conhecido, por ele passaram o ouro que
vinha da região das minas gerais e era o melhor acesso para caminhar em
direção ao interior do Brasil. À fazenda virou referencial dos muitos
viajantes que chegavam ao Brasil nesta época.
Armando Valente falando sobre a Fazenda e o Barão, assim se
expressou: “Conciliando suas funções de diplomata, agente de negócios,
fazendeiro e naturalista, transformou sua propriedade rural, numa
verdadeira Fazenda Modelo e, também, no mais importante centro de
estudos do Brasil daquela época”. Era contra a escravidão e introduziu
pela primeira vez no Brasil o trabalho assalariado, trazendo imigrantes de
sua terra natal, não obteve sucesso, não houve uma boa seleção de
colonos e juntamente com as famílias vieram desordeiros, não podendo
conciliar suas atividades de cientista e diplomata, a fazenda caiu no
abandono.
Mesmo assim ele inovou, trocou as queimadas pelo arado de ferro.
A monocultura de exportação transformou em policultura, cultivando café,
mandioca, frutas, legumes e especiarias. Canalizou rios, modernizou
engenhos de farinha e milho. Construiu fábricas e olarias.
Paralelamente às funções de cônsul, exerceu intensa atividade científica.
Acolhia viajantes e correspondia-se não só com a Academia de Ciências
de São Petersburgo, como também com estudiosos de diversas origens,
descrevendo principalmente as atividades dos cientistas que, a partir de
1808, passaram a dirigir-se com mais frequência ao Brasil.
Além de sua casa no Rio de Janeiro, a fazenda Mandioca tornara-
se também um centro cultural para a sociedade da capital brasileira de
então, e para todos os viajantes importantes que visitaram o Brasil naquela
época. Em 1819 O oficial prussiano T. Von Leithold relatou um baile
realizado na fazenda.
Chegara ao Rio de Janeiro um navio russo que havia realizado uma
viagem de dois anos para descobrir novas terras. Com o objetivo de
prestar uma homenagem aos seus oficiais, o cônsul geral da Rússia
organizou um baile e era um acontecimento raro. O baile foi na fazenda
adquirida pelo Langsdorff e teve seu início às sete horas da noite. Além do
oficial russo, todos os diplomatas participaram do evento, com do
representante espanhol. Alguns portugueses com suas filhas também se 10
fizeram presentes, assim como muitos ingleses e franceses.
A música foi executada pelos membros da orquestra do teatro, dentre
os quais um mulato, primeiro violinista. A senhora Von Langsdorff iniciou a
festa executando com certo receio a primeira peça do concerto no piano de
cauda inglês fazendo com que os músicos não conseguissem se afinar de
imediato. Mais tarde, outros convidados também tocaram. Após o concerto,
as pessoas dançaram e os inúmeros convidados se dividiram entre o salão,
a varanda coberta e os outros cômodos, todos muito bem decorados.
Durante o baile dançaram homens e mulheres da Rússia, Prússia,
Áustria, Inglaterra, França, Espanha, Portugal, assim como do Brasil. As
damas apresentavam aos observadores uma cena brilhante do encanto
feminino de todas as nações presentes.
“Às 8 horas, porém, os braços, ombros e costas das damas, que trajavam os
vestidos decotados da moda, já tinham sido tão picadas por mosquitos que,
de tão vermelhas, assemelhavam-se a soldados após apanharem de
chicotes. Queiram perdoar-me pela comparação, talvez um tanto sem gosto,
mas o fato é que não estou exagerando e não consegui encontrar uma
comparação mais adequada do que esta. Sobretudo a jovem e atraente filha
do cônsul inglês Chamberlain, noiva de um capitão da frota inglesa, fora
terrivelmente maltratada pelos mosquitos. Até mesmo eu, que não dancei,
mantive-me em constante movimento, saltando como gafanhoto, a fim de
afastar os mosquitos das minhas meias de seda. Não é para menos que os
bailes aqui tenham um raro valor. Primeiramente os mosquitos; segundo, o
incrível calor do qual tantas pessoas sofreram em um espaço limitado. O
mencionado calor provocou também uma saturação atmosférica no ar, cuja
pressão excessiva levou-nos a pisar uns aos outros. As pessoas se
desculpavam ininterruptamente com gestos de reverência e cortesia; e logo
a seguir, ainda atormentadas pela dor, seguiam provocando o mesmo
infortúnio. Foi um alívio quando deixei a festa e retornei ao meu alojamento a
fim de gozar o meu local de descanso’’.
Em 1821 obteve a aprovação do czar Alexandre I para seu projeto de
expedição naturalista pelo sertão do Brasil e partiu de Porto Feliz, no rio
Tietê em1826, chegando a Belém mais de dois anos depois 1828.
Acompanhado dos pintores franceses Adrien Taunay e Hercule Florence, o
primeiro morreu afogado no rio Guaporé em 1828 e Florence, que ficou para
sempre no Brasil, narrou a aventura em Viagem fluvial do Tietê ao
Amazonas em 1875, no qual relatou que o barão enlouqueceu quando
percorriam o rio Juruena em 1828.
De volta à Europa, aposentou-se e morreu em Freiburg im Breisgau na
Alemanha. As amostras em desenho da flora e da fauna coletadas, foram
enviadas à Rússia, mas ficaram mais de um século esquecidas e, embora
redescobertas em 1930, só mais de 40 anos depois em 1973 publicou-se o
catálogo da coleção. Em 1990 foi criada a AIEL (Associação Internacional de
Estudos Langsdorff) por ocasião do III Simpósio Internacional sobre o Acervo
Langsdorff, realizada em Hamburgo na Alemanha.
Nossa esperança é que nas ruínas da Fazenda Mandioca venha
surgir um centro de estudos, com a finalidade de abrigar e difundir na
Baixada Fluminense os ideais de Langsdorff, “desenvolvimento racional e
respeito à natureza”. Foto de um baile aos tempos do Império de Julius
LeBlanc Stewart.
Em 1821 obteve a aprovação do czar Alexandre I para seu projeto
de expedição naturalista pelo sertão do Brasil e partiu de Porto Feliz, no rio
Tietê em1826, chegando a Belém mais de dois anos depois 1828.
Acompanhado dos pintores franceses Adrien Taunay e Hercule Florence, o
primeiro morreu afogado no rio Guaporé em 1828 e Florence, que ficou
para sempre no Brasil, narrou a aventura em Viagem fluvial do Tietê ao
Amazonas em 1875, no qual relatou que o barão enlouqueceu quando
percorriam o rio Juruena em 1828.
De volta à Europa, aposentou-se e morreu em Freiburg im
Breisgau na Alemanha. As amostras em desenho da flora e da fauna
coletadas, foram enviadas à Rússia, mas ficaram mais de um século
esquecidas e, embora redescobertas em 1930, só mais de 40 anos depois
em 1973 publicou-se o catálogo da coleção. Em 1990 foi criada a AIEL
(Associação Internacional de Estudos Langsdorff) por ocasião do III
Simpósio Internacional sobre o Acervo Langsdorff, realizada em Hamburgo
na Alemanha.
Nossa esperança é que nas ruínas da Fazenda Mandioca venha
surgir um centro de estudos, com a finalidade de abrigar e difundir na
Baixada Fluminense os ideais de Langsdorff, “desenvolvimento racional e
respeito à natureza”. Foto de um baile aos tempos do Império de Julius
LeBlanc Stewart.
12
Nice Ventura
14
Alagoana, radicada em Iguaba Grande, RJ. Professora, escritora, poeta, artista
plástica, voltada para os temas educacionais e culturais. Colunista do Jornal, 'Folha de
Araruama’, editorias, cartas, manuscrito, poesias, crônicas, etc. É coautora Antologias:
Alimento da Alma II - III - IV- V - VI - VII. São Paulo Antologia Essência: I - II - III...
Região dos Lagos Antologia Mulheres Maravilhosas em verso e prosa: I - II - II. São
Paulo Antologia Mulheres Fascinantes, Antologia Café com verso, Antologia Melhores
da Poesia Brasileira, Antologia I da Revista de Poesias Meu Livro solo: “NICE
VENTURA NA POESIA” Exposições nacionais e internacionais. Participação de vários
Salões renomados, que se fundam na tradição. Associada à SBBA e ABD. Outorgas
Especiais, Medalhas de Méritos Culturais e Cívicos. Exposições individuais e
coletivas. Medalhas de Bronze, Prata e Ouro. Homenagem Especial,Menção Honrosa
e troféus. Comendadora , diversas entidades culturais ,catalogada em diversos livros
de Arte.Moções de Congratulações, Título de Cidadã Iguabense, Membro de júri em
vários Salões.Participação do Júri Oficial, Salão de Artes Plásticas ABD, e Casa
Histórica do Marechal Deodoro da Fonseca 21/5/2010 . Apoderando-se do prazer pela
escrita, que lhe é peculiar, estão sempre surgindo novidades... É membro das
Academias Itapira de Letras e Artes - São Paulo, Academia da Mantiqueira, São
Paulo, Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos,'Aleart' Acadêmica e
Patronesse Perpétua, Artes Ciências e Letras de Iguaba Grande, Rio de Janeiro
'AACLIG'; Academia de Artes de Cabo Frio. 'ARTPOP'; Acadêmica da ALB, Búzios.
Delegada para Região dos Lagos de Literatos, Artistas Plásticos, Músicos etc.
Fundadora da ASSOCIAÇÃO ACADÊMICA DE LETRAS E FILANTROPIA. IGUABA
GRANDE, RJ Acadêmica da Febacla Acadêmica da Coninter Acadêmica da Avla.
SENTIMENTO
Sentimento que nasce
Sentimento que cresce
Sentimento que aflora Invade todo ser...
Embora estou tentando esquecer
Meus sentimentos de amor...
Ela brota nas lágrimas...
Tem seu valor, na dor...
Na mágoa... no desgosto...
Também na explosão de alegria...
Minhas lágrimas reclamam tanto deslizar
Pelas faces...
Tento retê-las no esquecer dos meus sentimentos...
Tento! Mas na verdade eu queria
Nunca ter te encontrado...
Estaria livre de sentir este
Sentimento de amor! ...
Oh, sentimentos!...
Nice Ventura
Laís E. Lutti 16
Ela é jornalista, poetisa, amiga, filha, mãe, mulher, um ser especial, e tudo que ela
faz entrega-se de corpo ,alma e coração. Sempre foi assim, por isso por onde passou
ou passa deixa exemplos a serem seguidos. Na área de jornalismo atuou por vinte
anos, editorando e fazendo matérias sociais, política, saúde e educação. Foi
assessora de imprensa de câmara e prefeitura, por 16 anos realizou um trabalho
direcionado a saúde da mulher carente, junto com o Dr. José
Aristodemo Pinotti através da associação de mulheres de Juquitiba (amju) .
Ainda como jornalista, paralisamos a BR 116, com a participação de toda população,
jornalistas como a Valéria do Amaral, João Leite Neto, Caco Barcellos, Brito Jr,
Marcos Aidar e outros, pedindo a duplicação da rodovia da Morte... Ideia da Amju -
totalmente apoiada pelo Jornal Imparcial,Rede Globo, Bandeirantes e SBT.
Realizada como mãe, a vida lhe brindou com três flores, Priscilla, Gizelle e
Luana Lutti. A sua poesia é escrita pelo coração e com os olhos da alma. Enquanto
que a sua frase favorita é:
O amor, faz o Profeta versejar e o Poeta profetizar.
EMOÇÃO À FLOR DA ... ESCRITA !?!!
Não sou uma poetisa, nem tenho essa pretensão..
Escrevo de amor , de saudade ,alegria,
de vida , de morte... real ou fantasia
tudo vem , de sincera emoção !
Traduzem o que me vai no ego...
mas se alguém insistir , eu nego,
e digo com precisão:
- Sem maldade ou ironia, meu amigo, minha amiga
O que aqui você lê - não é poesia !
São só escritos,riscos,rabiscos , traçados pelo....
meu CORAÇÃO !“
Laís E. Lutti
Guimarães Júnior
18
Daniel Guimarães Jr. (Guimarães Júnior) – 1979, nasceu na cidade de Barra
Mansa município situado no sul do estado do Rio de Janeiro.
Guimarães Júnior é poeta e compositor, iniciou escrevendo seus primeiros
versos aos 14 anos de idade.
Foi integrante do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras) no ano de 2000
onde teve a sua poesia “Afluente” publicada na Edição Comemorativa do
"JUBILEU DE PRATA" do GREBAL revelando-se publicamente como poeta. O
poeta Guimarães Júnior terá o seu primeiro livro (O mundo, o mar e poesia.)
publicado neste ano de 2015 pela Editora LP-books.
JANELA DO SOL
Ao acordarmos, o seu beijo,
Fez o meu dia clarear;
Na praia vi o quebrar das ondas
Refletido no seu olhar.
Naquela manhã abri a janela,
Para que o sol viesse entrar,
Mas o mundo já estava claro
Com o seu sorriso que veio tudo mudar.
Antes do amanhecer...
Naquela noite de amor perfeito,
Deixamos nossos corpos
Unirem-se de um jeito;
Único e voraz na intensidade
Dos nossos corações pulsantes...
Que juntaram as centelhas da paixão
Recriando nossos belos instantes.
Abrimos a janela do sol para que a luz
Irradiante viesse acordar
O nosso desejo de viver a liberdade
De poder intensamente sonhar.
Precisamos abrir aquela janela;
Ver o dia novamente chegar;
Iluminando nossa cama;
Para fazermos amor sem cessar.
Guimarães Júnior
José Magno
20
Magno Assis nasceu em Antônio Dias/ MG, no distrito de Santa Cruz, filho do
agricultor José Pedro de Assis, já falecido, e da costureira Josefina Martins de
Assis, em 28 de março de 1963. Cursou o primeiro grau em Antônio Dias e o
segundo grau em Coronel Fabriciano, sendo Técnico em Contabilidade e Técnico
em Eletrônica. Graduou-se em Administração de Empresa em Juiz de Fora. Tem
publicado seus trabalhos em diversos Alternativos por todo esse Brasil afora e
participado de diversas antologias , tais como: Poetas Brasileiros de Hoje, Vale
Poesias, Cantares de Outono em Poesia, Roda de Poesia, Banco de Talentos,III
coletânea Komedi, etc.
A MINHA AMADA SE PARECE COM A LUA
Minha amada se parece com a lua
Ilumina minha estrada
E embriaga minhas noites
E eu não canso de admirá-la
Pois sei que sem ela
Perco-me pelos caminhos escuros
Do não ser
E não alcanço a montanha
Do paraíso desejado.
A minha amada
Se parece com a lua
Mesmo que luzes artificiais
A ofusque
Ela não deixa de me guiar
Nos caminhos
Do amor correspondido.
A minha amada
É maior que a lua
A minha amada
Ocupa todo o meu céu.
José Magno
Querido Jorge,
Se hoje estivésseis entre nós, estaríamos comemorando teu aniversário. Mas
como nem tudo que desejamos pode acontecer... Resta-nos mantê-lo informado.
Nesse período de tua ausência, perdeste as maiores conquistas de nossos filhos,
que foram entrar para a Universidade Pública. Como podes ver, mantivemo-nos
fieis aos nossos princípios em defesa da escola e universidade públicas. Pois
sabemos de tua luta tanto na Escola de Aplicação (como pai) quanto na UFPA
(como professor) por ensino público, gratuito e de qualidade. Perdeste o
amadurecimento de nossos filhos no campo do trabalho (estágios), dos amores
(namoram meninas muito bacanas), da responsabilidade (Artur já guia), das lutas
(Eduardo está enveredando pelo campo das lutas por direitos para todas as
pessoas que resistem à opressão e para as oprimidas). Lembra bastante tuas
lutas frente à ADUFPA como diretor ou quando retomaste a APM do NPI por
conta da intransigência de alguns e também porque acreditavas que todos os
pais deveriam ser politizados e ensinar tais princípios aos seus filhos para
brigarem por seus direitos...
22
Creio que as maiores greves da UFPA e as maiores assembleias e
reuniões de pais do NPI foram na tua gestão. Perdeste a conquista do
Andrey que agora também é aluno da Escola de Aplicação.
Perdeste o batizado do Rodrigo (seríamos padrinhos dele), uma pena só
eu fiquei de madrinha. Perdeste minha conquista em tornar-me 100%
professora para tirarmos férias em julho e podermos viajar todos juntos
por aí. Antes que esqueça... nas férias deste ano revisitamos Soure (Artur
guiou), que tristemente está abandonada. Fora isso, está tudo como
antes. Encontramos Carmelo no Pesqueiro, até a Sandra Batista tava por
lá. Só não visitamos o campus e nem fomos à Mironga, soubemos que o
Tonga esteve muito doente. Visitamos o igarapé pingo d’água, Joanes e
almoçamos no restaurante do Jacaré. Quase tudo como antes. Consegui
quitar, reformar e pôr pra alugar a casa do Conjunto Maguari.
Felizmente acreditamos na imortalidade da alma e no princípio de que
Deus é justo. Há de acontecer de nos reencontrarmos e podermos contar
muito mais notícias daqui que aconteceram durante esse período de
saudades.
Celeste Protazikoviski
Falando de cultura...
O poeta solitário, Antônio Taúna
Por Vicente Freire
24
Ao poeta solitário, Antônio Tauna, os meus agradecimentos por ter recebido o
seu livro “ANDANÇAS POÉTICAS”, tão esperado por amigos e admiradores
de tanto tempo. Fica para o acervo histórico da Baixada Fluminense um livro
de uma beleza artesanal inigualável, produzido pela “Folha Cultural Pataxó –
Gambiarra Profana - www.gambiarraprofana.blogspot.com”, nas figuras dos
poetas, escritores e editores: Sergio Salles oigerS e Fabiano Soares da Silva.
Demonstração real das grandes possibilidades que temos para produzir e
difundir a nossa cultura sem ficar devendo observações acadêmicas a
aqueles que nunca tiveram um olhar de ver essa profusão literária dos nossos
editores e escritores.
Orgulha-me muito falar desse escritor, não só pelo estreitamento que
temos, mas, muito mais pelo respeito a uma obra que vi nascer no dia a dia
sofrido desse ser. Lembrando que em uma das várias vezes que viajei a
trabalho com Antônio Taúna, foi que percebi a eterna solidão desse poeta.
Sempre em busca de algo novo, de motivos para viver. Em algumas vezes
nas solidões de algumas pensões por que passamos descobri muito de suas
poesias. Pois, observando esse poeta de olhar nostálgico e absorto, fixo,
como que a procurar algo, é que eu pude então entender os seus escritos
impregnados de aceitação, resignação e buscas. Percebi um homem solitário,
de poesia tranquila, mas, porém, gritante. Um grito calado, sufocado, como se
não esperasse ninguém, ou, não tivesse ninguém. Naquele momento, em um
quarto de pensão, vi o seu momento criador. Não tinha lápis, caneta, papel,
apenas um olhar distante, que me ignorava. Mas que naquele momento
criava tantas coisas boas de ler no outro dia, coisas que numa mesa de bar
escrevia e com certa impaciência para mim lia e relia mostrando seus
sentimentos poéticos de passados dias, como quem, doido pra voltar, se
agarrava na poesia. Hoje, estou muito a vontade para falar desses trabalhos
poéticos que vi muita das vezes nascerem de caminhadas constantes em
busca da vida.
Antônio Taúna, em ANDANÇAS POÉTICAS, reuniu nas transversalidades
dos seus sentimentos por onde passou escrevid os que falam da alma, de
observações e de laços sociais que nos dias de hoje tem sido substituídos por
sentidos opacos e confusos por falta de liberdade, por falta de voos ousados
e de apegos solidários aos nossos semelhantes. Trago para vocês um poeta
de linhas simples e de uma candura inigualável, com uma poesia que parece
não querer muito, mas, que quando lida e refletida nos atinge em cheio.
Vicente Freire
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Adriana Igrejas nasceu no Rio de Janeiro ,é Professora de Português/
Literatura e Inglês, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
Teve seus primeiros textos publicados através de concursos
literários: Devemos ver com os olhos livres (coletânea dos 100 trabalhos
premiados no Concurso de Redação para Professores) – Academia
Brasileira de Letras e Folha Dirigida) em 2001; Servidor das Letras – Poesia
e Conto (14º Concurso Literário do Servidor) Público do Estado do Rio de
Janeiro- Autoria do conto A parte perfeita, em 2010; Palavra Maravilhosa –
Poesia e Conto (Concurso Literário resultante em livro lançado na XV
Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro) - Autoria do Conto A cara
do Rio de Janeiro, em 2011.
Também em 2011, Adriana publicou seu primeiro romance, A fórmula da
vida, pela Editora Letra Capital. E em março de 2012, tomou posse na
ALAM, Academia de Letras e Artes de Mesquita. Ainda em 2012, teve seu
livro A fórmula da vida adotada como paradidático no Centro Educacional
Nilopolitano. Recebeu em 2013, da Prefeitura de Mesquita, homenagem em
comemoração ao dia do escritor e moção de congratulação pela sua obra e
contribuição para a cultura no município. Em agosto/ setembro de 2013,
participou da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro em duas
sessões de autógrafos: pela Editora Modo e pela APPAI. E desde 2011 tem
participado de diversos eventos e feiras literárias.
Este ano, 2014, lançou seu livro de contos Um apartamento com vista
para o mar e outras histórias pela Virtual Books. Participou em julho dos
eventos da Semana do Livro Nacional em Niterói e no Rio de Janeiro. Faz
parte do movimento Eu leio Brasil. Foi indicada ao Prêmio Identidade
Literária. Participou da 2ª FLIM e recebeu o troféu do Prêmio Baixada –
2014 na categoria Literatura, romance. Ainda esse ano, teve um novo
conto, “A mulher do chapéu amarelo” selecionado em concurso cultural para
integrar a coletânea “Encontros e desencontros” da Editora Igmo, a ser
lançada em breve. Também está em duas outras coletâneas a serem
lançadas neste início de ano em Lisboa: Mentira (meu conto se chama "A
culpa é das mentiras") e dia 21 de fevereiro às 17:30 - Receitas Secretas
(Meu conto se chama "Queijadinha de assadeira"). São publicações dos
selos editoriais portugueses Pastelaria Studios e Papel D´Arroz Editora.
Meus amigos e amigas, estou aqui neste início de ano desejando a todos vocês
que 2015 seja o melhor ano de nossas vidas, e para falar do meu programa, das
minhas conquistas.Foi muito bom poder contar com vocês no ano de 2014, e
espero continuar juntinho de vocês em 2015.
Portanto quero aqui apresentar alguns cantores que fizeram parte da minha
história,participando do meu programa entre 2013 e 2114. Minha agenda para
2015 começa no dia 22 de Janeiro, quando estarei dando uma entrevista para o
Programa Siga - Me Revolução da Apresentadora Simone Dutra.Também farei
uma participação no clipe do cantor Calvin Brad, com a sua música de maior
sucesso Louca Na Pista. Aguardem a data do lançamento do clipe, pois vou
divulgar aqui.
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Agradeço de coração a cada um de vocês o sucesso
do meu programa. Voltem sempre!
John Luiz, Marcco Dyzio, Calvin Brad, MC Pegada,
MC Xandy Brown, MC GBO, Mary - G
OPINIÃO
AS DUAS FACES DO TERRORISMO
O mundo em luto mais uma vez, lamenta uma tragédia que amedronta e
ameaça o direito à livre expressão. E à própria democracia. Terroristas
movidos pelo fanatismo religioso, quem sabe apenas usando a
religiosidade como pretexto, mas movidos por outros sentimentos e
ideologias, não hesitaram em matar. Como sempre fazem. O que
sabemos é que se trata de mais um ato injustificável para uma sociedade
pretensamente civilizada.
Entretanto, não podemos deixar de analisar essa questão por um ponto
de vista que a própria humanidade ignora: o velho direito que acaba onde
começa outro direito. Quando no Brasil, aquele pastor do qual nunca
procurei saber o nome chutou em rede nacional uma imagem de culto
dos católicos, a revolta foi unânime. E tinha que ser. Nenhuma
democracia permite ao cidadão agredir ou zombar da fé alheia. Mas
também é revoltante quando católicos e evangélicos se unem para
oprimir a umbanda, o espiritismo e outras expressões da fé. Quando os
ateus impõem a todos os religiosos a pecha de idiotas, ou todos os
religiosos fazem o mesmo aos ateus. Criticar com respeito e até reclamar,
não ofende, mas estabelecer um deboche contínuo, agredir como pode e
fazer brincadeiras com o que há de mais sagrado para um grupo ou uma
sociedade, que é a sua religião, não é correto. Além de não ser correto, é
assumir um risco, pois todo grupo religioso é composto por pessoas
moderadas, indulgentes e bem resolvidas, mas também por fanáticos
raivosos e dispostos a qualquer loucura por sua crença.
Buda, Maomé, Gandhi, Jesus Cristo, Allan Kardec e todos os outros
ícones da fé jamais incitaram o ódio. A essência de todas as
manifestações religiosas é a paz. As guerras são metafóricas ou
espirituais; travadas contra entidades além dos olhos e das mãos,
conforme a crença de cada um. Pessoas não são demônios; os possíveis
inimigos de nossas almas não são os seguidores de outras crenças ou
fés. Pensar assim é o começo do ódio, da intolerância e dos combates
entre seres humanos, e isso depõe contra todos os ensinamentos
religiosos fundamentados.
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Ninguém tem o direito de zombar da fé, tanto quanto a fé não tem o
direito de oprimir os que não a têm. Não é antidemocrático ter de
respeitar o próximo. Se não podemos ofender por etnia, orientação
sexual e classe econômica, por que seria diferente com a religião? A
democracia ou a liberdade de expressão permite os questionamentos
contra o que nos oprime, humilha ou apavora; não contra tudo o que
simplesmente nos desagrada ou não é de nosso gosto.
Estes questionamentos não são de um religioso. São de um
antirreligioso; um cético, no que tange as orientações espirituais
disponíveis. Portanto, questionamentos sinceros de quem protesta,
critica e até zomba dos poderes constituídos, que são o grande
telhado de vidro do mundo inteiro. Cabem perfeitamente no contexto
de qualquer crítica literária, artística ou especializada. No entanto,
este cético há muito aprendeu a respeitar os ícones da fé, seja ela
qual for; mesmo essas que o ser humano abraça com fanatismo.
Ofender ou perseguir sistematicamente os alvos, ícones ou objetos
de crença configura terrorismo religioso. Evidentemente, o
terrorismo incitado pelo fanatismo que odeia e mata é muito pior.
Estou de luto com o mundo, pelos jornalistas assassinados.
Ninguém entenda o oposto... Nem acrescente meu texto, palavras
que não escrevi.
DITADOS POPULARES
Eles fazem parte da nossa vida com muita frequência. Mas nem sempre
sabemos sua origem.
SANTINHA DO PAU OCO
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é.
Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e
pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo
era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino
Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e
"Metamorfoses" , que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu
o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos
países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo
de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com
o provérbio, portugueses e brasileiros.
DAR COM OS BURROS N'ÁGUA
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que
escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul
à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses
burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos
muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí
em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz
um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter
sucesso naquilo.
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EXCERTOS CONSAGRADOS DA LITERATURA UNIVERSAL.
“Eu disse: a lua está tão bonita que dói por dentro. Ele não
entendeu. É tudo tão bonito que me dói e me pesa. Fico
pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a
única, e vai me magoar sempre. Não sei, não quero pensar.
Neste espaço branco de madrugada e lua cheia, preciso falar,
e mais do que falar, preciso dizer. Mas as palavras não dizem
tudo, não dizem nada. O momento me esmaga por dentro. O
espanto esbarra em paredes pedindo exteriorização”.
Caio Fernando Abreu.
Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los
viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova
beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.
Fernando Pessoa
QUE TEU ALIMENTO SEJA TEU REMÉDIO...
Hipócrates
Temos no Brasil quatro tipos de batata:
- Batata-branca, também chamada de angola ou terra-nova, que tem
polpa branca e é pouco adocicada;
- Batata-amarela, que também tem a polpa seca, mas é mais doce;
- Batata-roxa, com casca e polpa dessas cores, é a mais usada para
fazer doce; e
- Batata-doce avermelhada, que tem a casca parda e polpa amarela com
veios roxos ou avermelhados.
Os principais benefícios da batata doce são fornecer energia com
carboidratos saudáveis e sem elevar muito o açúcar no sangue e por isso
é uma excelente opção para quem malha e em pequenas quantidades
para quem está fazendo dieta.
Além disso, outros benefícios da batata doce para a saúde podem ser:
Ajudar a controlar a diabetes porque tem baixo índice glicêmico;
Emagrecer pois diminuir o apetite porque é rica em fibra;
Fortalecer o sistema imunológico porque tem boa quantidade de
vitamina A.
A melhor maneira de obter todos os benefícios da batata doce na dieta é
de forma cozida e com casca. É necessário cuidado com a preparação
devendo se evitar fritar pois a fritura vai aumentar a gordura na batata
doce prejudicando a saúde.
Fonte: http://www.tuasaude.com/beneficios-da-batata-doce/
Batata-doce
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Costa Rica.
Ao pronunciar o nome Costa Rica, sempre vem à pergunta, fala inglês? Pensam
se referir ao país. Mas é um município brasileiro localizado na junção de três
estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os primeiros habitantes
vieram volta de 1829, mineiros que afazendavam-se tomando conta de léguas de
terra para criar gado. Outros traziam um titulo de Sesmaria, sempre dizia do
córrego tal ao córrego tal, uma imensidão de terras.
A primeira referência escrita da região vem de 1865, quando a tropa que
combateram Paraguaios, saiu do Rio de Janeiro de navio até São Vicente e
embrenharam sertão adentro num roteiro: Província de São Paulo, Jundiaí,
Uberaba, Rio Verde, Baús (atual município de Costa Rica) e dai alcançando águas
do Pantanal. Entre os militares estava o jovem Visconde de Taunay que no seu
livro A Marcha das Forças, descreveu minúcias da caminhada. Mas ao chegar
nesta região esqueceu a guerra e falou de floradas, emas, animais e vegetação.
Pode-se dizer que foi o primeiro brasileiro ou carioca que se encantou ou
promoveu o turismo destas paragens.
Outro registro sobre esta região vem fato de ser roteiro da Caminhada Prestes,
isso volta de 1926. Movimento que tem raízes num episódio acontecido do
Flamengo (Rio) onde tem um monumento dedicado aos heróis de 22 (1922).
Resultou na transferência para o sul do jovem tenente Luiz Carlos Prestes que fez
um levante em honra aos pracinhas mortos no Flamengo.
Mas passou-se o tempo e com ele vários ciclos econômicos e a região vem
chamando atenção pelo aspecto cultural e potencial natural. Publicações no
exterior deram ênfase à pesquisa do professor Bechara da USP sobre
luminescência (cupins luminosos) no Parque Nacional das Emas, que durante a
noite produz um efeito fantástico, Cavernas foram destaques devido à pesquisa
do professor Gilson Menezes da UFMS,Campus de Campo Grande. As quedas
d'Águas também entram no roteiro do turismo regional. Quando fiz levantamento
cataloguei 65 cachoeiras. As mais bonitas ficam dentro de propriedades privadas,
proibidas para visitação. Mas existem algumas, inclusive com infraestrutura para
receber turistas e com a prática de esportes radicais, como rapel, arvorismo,
raffiting e tirolesa. A tecnologia no campo traz bastantes estudantes interessados
ver in loco, os meios de produção agrícola. O Parque Nacional das Emas que fica
parte dentro do município de Costa Rica, esse devido à divulgação a entrada se
faz pelos municípios de MT e GO. Existem no parque várias atrações e também a
oportunidade do visitante conhecer como é um rio (Formoso) que ainda não foi
mexido nas suas nascentes pelo homem. Pode-se banhar no rio como prática de
alguns esportes como boia cros. Existem vários fenômenos denominados Água
Santa. Sertanejos dão poderes de cura. Onde quando se joga na água, ela joga
pra fora e quando gritam ou fazem barulho, ela responde com sons e movimentos.
Existem relatos de curas de doenças de pele.
Marlei Cunha, Lage, Costa Rica, MS, Brasil.
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Nosso Futuro Comum
Http://commons.wikimedia.orgwikiFilePerito_Moreno_Glacier_2.jpg
Desde a Idade Média o homem passou a transformar a matéria-prima em
produto por meio do artesanato com a intenção de satisfazer suas
necessidades, e assim iniciou-se uma postura de mudança na lógica espacial,
pois a natureza não servia apenas para a admiração, mas, sim, para a
submissão. A partir da Revolução Industrial vê-se a consolidação de outra
variável mutável: o tempo. Por meio da percepção fabril o tempo modificou-
se, pois regulou o ritmo sazonal de vida para um modo mais exato e preciso
que contribuiu para o aperfeiçoamento tecnológico e a propagação de
inovações.
Durante a Revolução Técnico-Científica observa-se novamente a aplicação
de um novo paradigma que reorienta não só o sistema produtivo, como
também o sistema social: a informação. A informação substituiu a concepção
fabril na forma de produção, e ampliou o ramo tecnológico para o
desenvolvimento de novas ciências, e à medida que a filosofia da informação
expandia-se esta proporcionava uma nova etapa de transformação. Os
ambientes de trabalho, as escolas, e a vida social favoreceram-se de novos
métodos de organização e encurtamento de distâncias que auferiram
melhoria na qualidade de vida, contudo os homens não dedicaram tanto
empenho no cuidado a natureza.
Durante a transição para a década de 1990 a Organização das Nações Unidas
(ONU) publica um documento que se chamou Nosso Futuro Comum ou
Relatório Brundtland o qual é fruto de intensos debates com líderes de governo
e sociedade civil.
No documento retrata-se a defesa de um desenvolvimento sustentável como
linha de ação contra o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio,
e a favor de uma reestruturação dos hábitos das sociedades.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas feita, em Lima,
Peru, neste fim de 2014 teve por objetivo debater propostas ambientais para a
adoção de um novo tratado a ser feito em Paris, em 2015, o qual entrará em
vigor a partir de 2020.
A expectativa condiz com as conclusões do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU que divulgou a projeção de aumento de
temperatura global (entre 3.7 e 4.8 graus Celsius) e do nível do mar (entre 0.26
e 0.82 cm) até 2100.
O mundo carece de um novo modelo estrutural que altere a visão do espaço e
do tempo a favor da preservação, e a sustentabilidade é a melhor alternativa de
conciliação entre o desenvolvimento e o meio ambiente, pois se a humanidade
deseja ter um futuro comum é imprescindível que todos comecem a chamá-lo
de nosso.
Analista de Relações Internacionais pela UCAM-IUPERJ.
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O Brasil é um país que precisa urgente tomar medidas mais rígidas na
educação de seus condutores. Só com a educação no trânsito é possível
preparar condutores conscientes, e desta forma, obter uma postura
pautada pela prudência e respeito as leis de trânsito. Cabe, portanto as
autoridades do transito, usar de medidas mais rígidas para os condutores
infratores, uma vez que estas leis, são cada vez mais desrespeitadas e
estas atitudes só faz aumentar o índice de acidentes fatais.
Todo cidadão tem o dever de conhecer, acatar e obedecer à sinalização de
trânsito. As normas são claras, não deixam dúvidas, porém há pessoas
que desobedecem estas leis, com isso colocam em riscos a sua vida, e a
vida de outrem. Apesar das campanhas de alerta e conscientização na
mídia para o uso do celular, o uso do álcool entre outros, os brasileiros
permanecem cometendo abusos. E o desrespeito continua.Um exemplo:
se em uma avenida a velocidade máxima permitida é de 80 km por hora,
o condutor tem o dever de respeitar a lei que determinou tal velocidade
máxima permitida naquele local, mas não é isso que acontece na maioria
das vezes, alguns condutores dirigem com velocidade superior à
estabelecida, infringindo as leis , tudo porque não são vigiados.
É inacreditável este comportamento humano. Creio que educação vem de
berço, a criança que diante da mãe, ou do pai, ou de outro adulto, obedece
às regras de educação em seu lar, contudo ao ser deixado sozinho, sem
ninguém observando faz-tudo o que não deve. Pois então, é este tipo de
comportamento usado por muitos condutores, que só respeitam a
sinalização quando são vigiados pelas câmeras que identificam a
sua infração, a fora isso, o prazer de infligir às regras provoca nele uma
adrenalina, por isso, em lugares que não há fiscalizações, estes abusos
são cometidos, tudo por não ter como provar a sua infração. Pois então, as
punições aqui deveriam ser mais severas . É preciso uma mudança de
comportamento, mais rigor nas leis, multas muito mais pesadas, câmeras
camufladas, pois quem não aprende pela educação, aprende pelo bolso.
Não existe outro caminho!
Iolanda Brazão
EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO.
Um dever de todo cidadão.
O TALENTO DE UM JOVEM ATOR FELIPPE VILELA
Felipe Villela descobriu a paixão pelas artes
cênicas, mais precisamente pelo teatro, em 2000
iniciando seus estudos na Cia. Teatral Multiface, em
Nova Iguaçu.
Logo foi selecionado para participar do processo de
preparação do filme “Cidade de Deus” do diretor
Fernando Meirelles, tendo oficinas com Guti Fraga,
do Projeto Nós do Morro, culminando na participação
no longa-metragem.
Em 2004 se tornou ator profissional, registrado junto
ao SATED-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em
Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de
Janeiro).
Participou de vários espetáculos teatrais pela
Multiface entre eles, “Os Cigarras e os Formigas” de
Maria Clara Machado e “A Paixão de Cristo”,
adaptação de Mario Marcelo. Também atuou no
espetáculo “O Tradutor de Poesias”, com direção de
Eugênio Santos, e que foi contemplado com o Prêmio
Myrian Muniz de montagem teatral da FUNARTE.
Como ator, realizou inúmeros cursos e oficinas de
preparação para aprimorar suas técnicas. Entre os
workshops realizados, está os dos diretores Amir
Haddad (Grupo Tá na Rua), Ana Kfouri (Preparação
Corporal), Luiz Igreja (Oficina de Clown) e Eduardo
Salino (Iluminação Cênica).
Formado em Letras (habilitação em Português e
Espanhol), leciona em escolas da rede pública e
particular desde 2008. Também foi oficineiro de arte
no projeto Bairro-Escola pela prefeitura de Nova
Iguaçu e professor de teatro na Casa de Cultura
Espírita de Mesquita.
Exerce a função de representante do SATED-RJ em
Nova Iguaçu desde 2011, trazendo para a região
leituras dramatizadas e espetáculos teatrais em
intercâmbios, pelos projetos “SATED Rio em Ação” e
“SATED Rio por Inteiro”. Atualmente é professor
teatral da ONG CASCOS (Centro de Apoio Social de
Comendador Soares) e do Centro de Artes Rezende
Villela, em Nova Iguaçu.
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Todos já ouviram falar de vários provérbios, ditos
populares, que dizem: Entre duas mulheres nunca
há um diálogo, no máximo um monólogo coletivo.
Entre homem e a mulher “O homem pensa com o
corpo e, a mulher com o coração”. Nem sempre são
ditos realmente positivos, mas traduzem de
gerações a gerações, sentimentos vividos, e nos
ajudam a seguirmos em frente, até com certa ironia.
Quanto tempo faz que nós mulheres nos libertamos
para tomarmos atitudes em prol da amizade e
qualidade de vida. Necessitamos falar, conversar e
também viver a vida de outra forma, além desse
lugar que sempre assumimos: mãe, mulher
independente, filha e esposa. Realmente vou
concordar com as estatísticas que comprovam que
os homens apresentam maior raciocínio matemático
e espacial enquanto que as mulheres são mais
falantes e apresentam um ótimo raciocínio verbal.
Mas acredito que exista a amizade verdadeira com
o diálogo. A comunicação é necessária e
fundamental para que a vida transcorra bem. O
desejo deste ano é que os relacionamentos
perdurem. As pessoas devem buscar os amigos,
sair e encontrá-los. Aventurar-se na procura da
ampliação da comunicação. A vida deve transcorrer
amena. E sem tanta dependência da internet, fatos,
fotos e celulares. Os olhares entre as pessoas, as
emoções, vem de trocas, de discussões novas e
opiniões divergentes. Um mundo de encontros
diferentes, onde as pessoas olham, escutam, vivem
o momento e até se esquecem do mundo na palma
da mão, com os celulares e smartphones, o virtual
não se compara a vida vivida com a qualidade e o
compromisso de uma boa amizade. E desejo e que
o medo, a fobia, o estresse e as dificuldades de
relacionamentos, as novas doenças psicológicas de
nossas grandes cidades, sirvam a reflexão.
Buscamos o outro e ao encontrarmos o elo desse
relacionamento entre mulheres, homens, aconteçam
os bons momentos, tão necessários, onde
possamos estar alegres, descontraídos, sendo
pessoas olhando outras, racionais e emotivos. Por
isso e muito mais, vale a pena termos amigos.
Viva a amizade em 2015
Gisele Sant’Ana lemos
Psicóloga
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O POETA SOLITÁRIO
Antônio Taúna
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