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Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - Em Português Gratuita - Em Português N° 27 - Agosto 2009

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Revista Digital de PodologiaRevista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê sG r a t u i t a - E m P o r t u g u ê s

N° 27 - Agosto 2009

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re v is ta podo log ia . c om n ° 2 7 A g o s t o 2 0 0 9

Diretora c ientíficaPodóloga Márcia Nogueira

Diretor comercial: Sr. Alberto Grillo

Colaboradores de esta edição:

Podóloga Rosemeire Moreno. Brasil.Podóloga Silvia Ruschel. Brasil.Podologa Anabely Pinheiro Venturi. Brasil.Bombeiro Luciano Piresi. Brasil.

Humor Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 27.

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La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por eltexto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Lasideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre lasmismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvomediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

ÍNDICE

Pag.

4 - Neuropatia em Hanseníase.

9- Tratamento da onicomicose com laser.

10- Historia da podologia no Brasil.

25- Uma vida em suas mãos.

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Para entendermos melhor as lesões e incapaci-dades que acometem a hanseníase e o atendi-mento que realizamos na Associação deAssistência aos Hansenianos de Jundiaí, vamosfalar nesta edição sobre a NeuropatiaHanseniana.

Por definição, a hanseníase é uma doença neu-rológica. O nervo e a célula de Schwann são oalvo primário do Mycobacterium leprae (Bacilode Hansen). Em qualquer das formas clínicas háalgum grau de comprometimento neural, cau-sando lesões irreversíveis de nervos periféricos eincapacidades físicas.

O bacilo de Hansen é observado em grandesquantidades nas células do sistema imune, pre-dominantemente nos macrófagos e nas célulasde Schwann, no sistema nervoso periférico, for-mando aglomerados ou dispostos em paralelo,semelhantes a uma cerca de pau-a-pique ou pal-içada.

Muitas das deficiências e deformidades emhanseníase são um resultado direto ou indiretodo dano neural, ainda que nem todo comprome-timento cause incapacidades significativas.

As conseqüências por exemplo são: perda dasensibilidade nos olhos e lagoftalmos, perda desensibilidade nas mãos, pés com paralisia, pécaído, artelhos em garra, etc.

Figura 1 – Nervos afetados pela hanseniase

O termo mais amplamente aceito para definir ocomprometimento neural em hanseníase é neu-rite. Este termo significa inflamação dos tecidosneurais, entretanto nem todo comprometimentoneural é conseqüência de inflamação ouinfecção, então usamos o termo ¨neuropatia¨.

O tratamento precoce da doença é a únicamaneira de prevenir este tipo de neuropatia.

Como o bacilo de Hansen afeta os nervos?

A. Pelos filetes nervosos na epiderme, dissemi-nando-se de forma centrípeta ao longo do axônio

B. Por fagocitose do bacilo na epiderme pelascélulas de Schwann.

C. Na derme superior, os macrófagos podemfagocitar os bacilos, os quais seriam liberados eenglobados nas células perineurais, chegando àscélulas de Schwann.

D. Pela corrente sanguínea, atingindo os nervospelos capilares intraneurais. Job, 1989

Os mecanismos pelo qual o bacilo de Hanseninfecta as células de Schwann não é totalmenteelucidado, mas tem sido demonstrada a impor-tante participação de uma glicoproteína que seliga à superfície da bactéria e também à célulade Schwann favorecendo sua penetração no meiointracelular e contribuindo diretamente para omarcado tropismo deste patógeno por estascélulas.

Figura 2 – Neurônio e Célula de Schwann

Neuropatia em Hanseníase.

Podologa Rosemeire Moreno. Brasil.

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Os nervos periféricos são na realidade feixes defibras nervosas oscilam entre 0,4 mm (finas) e 6mm (grossas). As fibras mais grossas conduzemas mensagens que estimulam os músculos(fibras nervosas motoras) e a sensibilidade táctile de posição (fibras nervosas sensitivas).

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As fibras sensitivas mais finas conduzem a sen-sibilidade à dor e à temperatura e controlamfunções automáticas do organismo, como a fre-qüência cardíaca, pressão arterial e a temper-atura (sistema nervoso autônomo). A célula deSchwann envolve cada uma das fibras nervosas eformam múltiplas camadas de um isolamentogordo, conhecido como bainha de mielina.

Figura 3 - No SNP, a membrana plasmática dacélula de schwann enrola-se à volta do axônio. Amembrana enrolada funde-se e dá origem àmielina.

Figura 4 - Enrolamento da célula de schwannem torno do axônio durante a formação da bain-ha de mielina.

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Quando o bacilo afeta a célula de schwannocorre interrupções na bainha de mielina (dis-mielinização) e a condução dos impulsos é anor-mal.

Através destas interrupções os nervos podemser afetados de forma lenta e gradual, uma car-acterística da multiplicação bacilar nas célulasde Schwann, ou de forma abrupta e intensadurante os estados reacionais da doença, o quetraduz a ocorrência de episódios inflamatóriosagudos causados por alterações na respostaimunológica a antígenos de M. leprae, sendo esteo momento de maior risco para lesão dos nervosna hanseníase.

Diferencial da Neuropatia Hansenótica

• Distúrbio da Sensibilidade• Espessamento dos nervos periféricos

Figura 6 - Ramo cervical do facial

Figura 7 - Nervo retroauricular

Figura 8 - Nervo cutâneo lateral da coxaespessado

Figura 9 - Nervo fibular superficial espe-ssado

Figura 10 - Nervo safeno espessado

Figura 11 - Nervo sural espessado

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Figura 12 - Atrofia da região hipotenar e tenar

Figura 13 - Lagoftalmo unilateral - Paralisia domúsculo orbicular das pálpebras, inervado porum ramo do nervo facial. É freqüente a lesãotambém do nervo trigêmeo, levando à anestesiada córnea.

Figura 14 - Paralisia do nervo ulnar

Figura 15 - Paralisia do nervo radial

Figura 17 - Paralisia do nervo tibial posterior

Figura 16 - Paralisia do nervo fibular

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Os nervos dos membros superiores são comfreqüência citados como o mais precocementeafetado em relação aos membros inferiores.

Nos membros superiores observa-se certaordem de inicio do acometimento e freqüência,os nervos radiais superficiais e o ulnar, ramossensitivos, vem em primeiro lugar seguidos doulnar, motor e sensitivo no cotovelo, o nervomediano, no punho, e por último em menor fre-qüência, o nervo radial no braço.

Nos membros inferiores as lesões dos tibiaisnos canais do tarso, antecedem os fibulares nojoelho, cabeça da fíbula.

A neuropatia hanseniana tem uma evoluçãocrônica, com situações agudas e subagudas demaior gravidade, caracterizadas por processosinflamatórios.

Na próxima edição falarei sobre a Avaliaçãosensitiva e motora na Neuropatia hansênica.

Rosemeire Moreno é podóloga, professora evoluntária no trabalho em hanseníase comcurso de Prevenção de Incapacidades pelo

Instituto Lauro Souza Lima - Bauru

Contato: [email protected]

Bibliografia

• SOUZA, CS. Hanseníase: formas clínicas ediagnóstico diferencial. Medicina, Ribeirão Preto,30: 325-334, jul/set. 1997

• Manual de Prevenção de Incapaciades,Ministério da Saúde, Brasília, 2001

• Avaliação Neurológica Simplificada, LindaFayer Lehman, Maria Beatriz Penna Orsini,Priscila Leiko Fusikawa, Ronise Costa Lima,Soraya Diniz Gonçalves; ALM Internacional, BeloHorizonte, 1997

• Cirurgia Reparadora e Reabilitação emHanseníase, Marcos C. Lopes Virmond e FrankDuerksen; ALM Internacional, 1997

• Manual de Conduta – Neurites HansênicasSociedade Brasileira de Dematologia –

Departamento de Hanseníase• Artigo – Neuropatia Hanseniana, José Antonio

Garbin

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Estes tratamentos foram feitos da seguinte forma: Um pacote com 5 sessões, uma vez por semana e a indicação de antimicótico duas vezes ao dia. Finalizado este pacote o cliente retorna uma vez por mês para fazer o pé e aplicar laser.

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Tratamentos de Onicomicose com Laser.

Podologa Silvia Ruschel. Brasil.

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Historia da Podologia no Brasil.

INTRODUÇÃO

Com a elaboração deste trabalho de conclusãode curso, abordou-se o tema "Os benefícios daPodologia à saúde do ser humano", com o objeti-vo de obter maiores informações a respeito.

Para obter informações mais detalhadas, abor-dou-se, primeiramente o conceito de Podologia,verificando, assim, o que é e para que é utiliza-da.

A seguir, efetuou-se uma retrospectiva históricaa respeito da podologia, verificando quando sur-giu e como ocorreu seu desenvolvimento.Complementando esses dizeres, buscou-seentender a formação profissional do podólogo,discorrendo sobre a habilitação da profissãoatravés de leis e associações que priorizarameste desenvolvimento.

A seguir, enfocou-se a profissão do podólogo,de forma a se obter uma visão clara a respeito de

quais são suas atribuições e área de ação, dis-correndo sobre as principais.

Por último, enfocou-se os benefícios que apodologia traz à saúde do ser humano, de formaa se compreender que esta profissão pode trazer,realmente, uma maior sensação de bem estar aoindivíduo.

1 OS BENEFÍCIOS DA PODOLOGIA PARA ASAÚDE HUMANA

1.1 CONCEITO DE PODOLOGIA

Antes de abordar-se os benefícios da podologiapropriamente dito, se faz necessário, primeira-mente, destacar conceito de podologia, paramelhor entender a sua utilização.

Podologia é a ciência que tem como principalfoco, o estudo profundo dos nossos pés. Bases

Trabalho apresentado pela Podóloga Anabely Pinheiro Venturi como requisito parcial para a con-clusão do Curso de Educação Profissional de Nível Técnico na área da Saúde com Habilitação deTécnico em Podologia do INA – Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada de Blumenau.

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do nosso corpo, os pés são pequenas platafor-mas que nos suportam e se movimentam, nosdando a oportunidade de: ir, vir, pular, chutar,correr, saltar, dançar, enfim, de exercer inúmerasatividades que exijam movimento. Com elesentramos em contato com a textura, temperatu-ra e tudo que envolve nossa sensibilidade tátil.

Através deles, nossos pés, nos conectamoscom o mundo. No momento em que pisamosdescalços na terra, entramos em contato diretocom nossa origem primitiva, interagimos comela. Ela nos dá nova energia e absorve nossastensões, nos revigorando. E assim descarrega-mos influências negativas, que por ventura este-jam em nosso interior. É um ciclo, como tudo emnossa vida (NOGUEIRA, 2008).

Pode ser conceituada como:PODOLOGIA, como ciência, e o Podologista

como profissional especializado na investigação,prevenção, diagnóstico e tratamento das afec-ções e deformidades dos pés, têm como funçãoo tratamento das alterações das extremidadesinferiores, nomeadamente o pé, utilizandomodernos métodos científicos e equipamentosaltamente sofisticados (ANJOS DO PÉ, 2008).

A Oficina da Saúde (2008) conceitua podologiacomo:

A Podologia como parte integrante das ciênciasda saúde, tem como objectivo de estudo os pro-cessos patológicos que afectam os pés.

É a ciência da área da saúde humana que actuana investigação, prevenção, diagnostico e trata-mento das patologias do membro inferior,nomeadamente do pé e das suas repercussõesno organismo Humano.

Os pés são uma estrutura muito importante docorpo humano possuindo uma exuberante eextraordinário resistência, todavia não estãoisentos de sofrer de patologias e como estruturaanatómica de suporte e deambulação do serhumano, têm-se evidenciado como um alvo cres-cente de alterações de vária ordem, motivadospor factores que a vida moderna provoca (OFICI-NA DA SAÚDE, 2008).

Bega (2006, p. 1) cita o seguinte conceito:Podologia é um ramo auxiliar da Medicina, cuja

atuaçâo concentra-se na sua anatomia, fisiologiae doenças dos pés. Desenvolve o conhecimentobiomecânico do tornozelo e dos pés, a fim decompreender a marcha e os problemas que adificultam, podendo, dessa forma, optar pelomelhor tratamento dentro de uma visão ampla,multidisciplinar.

1.2 HISTÓRICOCom o objetivo de entender como surgiu a

podologia, buscou-se em Podo's (2008) e Frizzini(2001), as bases para efetuar uma retrospectivahistórica a respeito.

De acordo com Frizzini (2001):Na pré-história, os antecedentes pré-históricos

dão indícios de que possivelmente a Podologiasurgiu na pré-história (com a aparição dos pri-meiros). A partir disso, podemos deduzir que aPodologia surgiu a cerca de 5 milhões de anos,quando o homem ficou em posição ereta. Umasérie de modificações em cadeia foi iniciada emtodo o corpo a adaptação anatómica. As primei-ras civilizações de que se têm foram as da Chinae do Egito. Foi quando o homem começou acaminhar. Com o passar dos tempos, os desnive-lamentos e acidentes geográficos de terrenosafetaram extremidades inferiores, provocandomalformações e infecções. Houve aí a necessida-de de recorrer a práticas rudimentares para man-ter equilíbrio e facilitar a locomoção em condi-ções seguras. A profissão foi balizada com diver-sos nomes no decorrer da história.

A evolução continuou e , em 54 d.C., em Roma,a esposa de Nero tinha em Cayus, soldado, ocalista oficial. No Egito, existe uma pirâmide queretraía um calista tratando de um paciente.

Frizzini (2001), cita que:Em 1600 cresce o número de podólogos (calis-

tas) e barbeiros-cirurgiões, como descrito porCervantes em "O Juiz e o Divórcio" e evidenciadosnas pinturas de "mestros flamengos", que mos-tram verdadeiras cenas de podologia (do gregopodos = pé / logos = estudo), entre as quais duastelas do célebre pintor holandês Brouwer, de1635, que levam os títulos "Operação do Pé" e"Charlatán de La Ville", chamada assim porquenessa época o podólogo era um tipo de mercadore oferecia seus serviços nas ruas, praças, feiras emercados.

Por volta de 1700, também a literatura come-çou a se ocupar da podologia e surge o livro inti-tulado "L'art de Soigner Lês Pieds", escrito pelofrancês Laforest, mais conhecido como "o calis-ta". Traduzido para o inglês com o título"Quiropodologia", foi o primeiro livro de consultasem esclarecimentos sobre calos, verrugas, hiper-queratoses (calosidades), infecções das unhas

e ilustrações de instrumentos usados até o iní-cio deste século.

Os homens passaram a se beneficiar da profis-são do "calista" e, até mesmo Luiz XVI e MariaAntonieta consideravam os podólogos em suacorte. E, de acordo com Frizzini (2001), o pre-cursor da podologia moderna foi AnselmoBriziano que, em 1850 criou uma clínica noHospital de Milão e escreveu o livro "La Pediatria

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e Cirurgia Conservadora", o qual foi editado em1881.

Com relação a profissão do podólogo no Brasil,Frizzini (2001) cita que:

No Brasil, por não existirem documentos sufi-cientes sobre a área. As pesquisas são baseadasem informações dadas por profissionais que con-tinuaram exercendo a mesma profissão de seuspais e avós. Em arquivos da ABP - AssociaçãoBrasileira de Podólogos, encontra-se anúncio dojornal 'O Estado de São Paulo' , do dia 21 desetembro de 1890, anunciando 'Luiz Keller,Operador de calos, unhas encravadas e deforma-das. Rua de S. Bento, 59, interior. n.° 1 ondeacaba de abrir um modesto gabinete para o exer-cício de sua profissão, sendo encontrado das 11horas da manha às 4 da tarde'.

Complementa destacando o papel da organiza-ção Dr. ScholI no Brasil:

A organização Americana Dr. ScholI , fundadapelo Sr. Frank J. ScholI, que chegou no Brasil nadécada de 30, inaugurou sua primeira loja, nacidade de Rio de Janeiro, e em seguida, na cida-de de São Paulo, na Rua do Arouche. O Dr. ScholIimplantou o nome 'Quiropodia' (tratamento dospés com as mãos) no Brasil, e seus profissionaisformavam-se em sua própria organização, sendoque o primeiro professor, foi o EnfermeiroPedicuro Sr. Moura. O curso tinha a duração dedois a três meses, com aulas teóricas e práticas,período esse passado, em que o aluno já come-çava a trabalhar nas lojas ou concessionárias doDr ScholI. Esse sistema foi praticado até o ano de1978.

No que se refere a legalização da profissão dopodólogo, na época denominada de calista oupedicuro, Podo's (2008) destaca:

Decorridos alguns anos, foi oficialmente legali-zada a profissão exercida pêlos enfermeiros pro-priamente ditos e pêlos seguintes profissionais:parteiras, massagistas, duchistas, Calistas ouPedicuras, onde no Parágrafo Único do - Leipublicado, lia-se: 'Os profissionais acima enume-rados passarão a ser denominados: enfermeiras-obstétricas, enfermeiros-massagistas, enfermei-ros-duchistas, enfermeiros-pedicuras'.

Com o passar do tempo, a profissão foiganhando maior destaque, inclusive com a lega-lização da profissão e com o reconhecimento dosmeios médicos e farmacêuticos.

Em 1957, a profissão passou a ser consideradacomo 'ATIVIDADE AFINS DA MEDICINA', e oServiço Nacional de Fiscalização da Medicina eFarmácia (SNFMF), órgão integrante do

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Departamento Nacional de Saúde (DNS), em suaSeção de Medicina, passou a fiscalizar, por inter-médio das autoridades estaduais competentes,tudo quanto se relacionava ao exercício da medi-cina e das atividades afins, nas suas váriasmodalidades.

Com passar do tempo foi exigido por nossoscolegas que fosse criado um exame para um pro-fissional mais especificado, com o respectivodiploma registrado em São Paulo no antigoServiço de Fiscalização do Exercício Profissional(FRIZZINI, 2001).

A respeito da Associação Brasileira dePedicuro, Frizzini (2001) cita que:

Em 04 de dezembro de 1964 foi fundadaAssociação Brasileira de Pedicuro - ABP. comfinalidade de congregar toda a categoria profis-sional e promovê-la em todos os sentidos. Tinhasua sede à Rua 24 de maio, 35 - 12° andar, nacidade de São Paulo. Na época, era por umhomem incansável e batalhador, com muito dina-mismo: Pdgo. Lacy N. de Azevedo.

Iniciam-se assim, na ABP, os primeiros cursosde ensinamentos práticos e teóricos aos candi-datos ao exercício da profissão, sob a direção deconceituado médico.

Posteriormente, em agosto de 1965, a diretoriada ABP, nomeou uma comissão e fez uma visitaao relator da Lei de Diretrizes e Bases, doConselho Estadual de Educação do Estado deSão Paulo, com a finalidade de saber a qual cate-goria profissional nossa profissão havia sido ane-xada na mencionada lei. Para surpresa da comis-são designada, foi a mesma informada que a pro-fissão era inexistente para este órgão oficial, poisnão existia legislação federal alguma a esse res-peito, e fomos orientados na maneira como agirna esfera para conseguirmos a legalização e aregulamentação de nossa profissão.

Como se pode observar, a profissão do podólo-go é antiga, desde os idos da pré-história, evo-luindo de acordo com a evolução da própriasociedade, atingindo hoje, um respeito e consi-deração como nunca, valorizando assim, a pro-fissão do podólogo.

1.3 FORMALIZAÇÃO DA PROFISSÃO

Para melhor entender como se encontra a pro-fissão do podólogo hoje, se faz necessário desta-car alguns aspectos legais, principalmente comrelação a habilitação do profissional para cuidardas infecções dos pés, sendo que, passou a sernecessário um alvará de localização para o exer-cício da profissão.

A seguir, destaca-se o que o Podo's (2008) dis-põe a respeito.

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Em 1975, a ABP começou a trabalhar parasairmos definitivamente do Sindicato dosBarbeiros, quando foi determinado pelaComissão de Enquadramento Sindical que pas-sássemos a nos filiar ao Sindicato dosProfissionais de Enfermagem, Técnicos,Duchistas, Massagistas e Empregados emHospitais e Casas de Saúde de São Paulo, grupo4 - Empregados em Turismo e Hospitalidade - doPlano da Confederação Nacional dosTrabalhadores do Comércio. Até o ano de 1980recolhia-se Imposto Sindical dos profissionaisempregados e autónomos da Pedicuria (para seobter Alvará de Funcionamento, Vistoria e oTermo de Responsabilidade pelo Gabinete dePedicuro), junto a esse Sindicato, que posterior-mente passou a não aceitar os novos profissio-nais como sócios. Passamos então a recolher osimpostos diretamente no Ministério do Trabalho.

No Rio Grande do Sul, precisamente em PortoAlegre, um grupo de Podólogos entraram comrequerimento junto à Secretaria de Estado daSaúde, para conseguirem cadastrar-se junto àUnidade de Fiscalização, como Pedicuro. A elesforam exigidas novas provas de habilitação, econseguiram Alvará de Licença de 1977 a 1995.Hoje, o Departamento de Proteção à Saúde,órgão da Secretaria da Saúde, não expede maislicença de funcionamento, o que faz com quemuitas pessoas sem habilitação, com ‘curso deolhômetro', trabalhem livremente.

Em 2000 o Centro em Educação em SaúdeSenac da cidade de Porto Alegre - RS, inicia oCurso de Qualificação Profissional l - Pedicuro.

Outros cursos também tiveram início, sendopromovidos pelo Senac conforme cita Podo’s(2008):

O Senac - Serviço Nacional de AprendizagemComercial, através do seu Departamento deDesenvolvimento de Cursos, iniciou em 1976,uma pesquisa junto à ABP e vários colegasPedicuros, com a finalidade de criar um curso dePedicuro. O Curso de Qualificação Profissional l -Pedicuro. teve início em 1978, autorizado por LeiFederal e normatizado pelo Conselho Estadual deEducação de SP. tendo carga hora de 490 h.a.

As primeiras turmas de formandos doSenac/Tiradentes Centro de DesenvolvimentoProfissional 'Angelo Raphael Lentini' foram impe-didas de exercer a profissão pelos fiscais do CVS(Centro de Vigilância Sanitária), Órgão daSecretaria da Saúde, alegando não constaremregistros nos diplomas. O CVS não tinha o conhe-cimento do Decreto Federal, onde em um de seusArtigos, constava: 'Ficam dispensados de regis-tro... os certificados... referentes às profis-

sões referentes à saúde'.

A seguir, destaca-se dizeres de Frizzini (2001)com relação a mudança da denominação depedicuro para podólogo, qual seja:

Em 1986, a Associação Brasileira de Pedicuros- ABP, passou a ser denominada AssociaçãoBrasileira de Podólogos-ABP.

Em 1988, a Associação Brasileira de Podólogos- ABP é convidada pela Secretaria de Estado deSão Paulo, através do Centro de VigilânciaSanitária, a participar da elaboração do CÓDIGOSANITÁRIO DO PODÓLOGO DO ESTADO DE SÃOPAULO, necessário para a instalação de gabinetede Podólogo (Pedicuro), com uma Comissão deSaúde formada pelos Pdgos. Lacy N. de Azevedo,Pedro Pistori e Orlando Madella Jr, juntamentecom uma equipe médica chefiada pela DiretoraTécnica do Grupo Clínico e Terapêutico, Dra.Isaura Cristina de Miranda Portela. Esse Códigofoi estudado durante 5 anos. 1° CongressoBrasileiro de Podologia.

Em 1991, os Pdgos Jair Causo e José C. Ramos(Presidente e Vice) dão início aos congressos noBrasil, em São Paulo. Foi realizado pela ABP o 1°Congresso Brasileiro de Podologia no auditórioSenac/Tiradentes Centro de DesenvolvimentoProfissional 'Angelo Raphael Lentini'. Nomesmo ano, na Associação Brasileira dePodólogos - ABP - assume a Diretoria da CLP -Confederación Latino-americana de Podologia - etem o compromisso de no final de sua gestãorealizar o VIII Congresso Latino- Americano dePodologia.

E complementa Frizzini (2001) citando que:A diretoria da Associação Brasileira de

Podólogos - ABP, em reunião formal conformeconsta em ata de reunião de diretoria, 'Foi expos-to à mesa a solicitação para a mudança do nomede PEDICURO para PODÓLOGO, sendo encami-nhado à inclusão do protocolo para a área cor-respondente, em seguida expor a ideia ao Senac,ampliando também ao próprio curso, colocando-o num plano mais elevado'.

A diretoria da ABP também resolveu dedicar-seao trabalho de implantar de vez o termos PODO-LOGIA E PODÓLOGO na sociedade Brasileira,uma vez que já havia assumido esse compromis-so ético com os colegas das associações latino-americanas de uniformizar de vez a denomina-ção profissional.

No que se refere ao funcionamento dos estabe-lecimentos onde o podólogo exerce sua atividade,Frizzini (2001) cita:

Em 1993, foi aprovada a Portaria Centro deVigilância Sanitária - CVS, que dispõe sobre o

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G Y8

InscriçõesAbertas

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funcionamento dos estabelecimentos que exer-cem atividade de Podólogo (Pedicuro).

A Diretoria Técnica do CVS, considerando queo risco de se contrair infecções em estabeleci-mentos de atenção de podólogos está direta-mente ligado à não observância de precauçõesuniversais de biosegurança; os meios de desin-fecção dos estabelecimentos de atendimento depodólogos; é preocupação das autoridades sani-tárias a determinação de medidas eficazes parao controle de doenças transmissíveis; é dever daautoridade sanitária intervir sempre que houverpossibilidade de ameaça à saúde pública; a ativi-dade desenvolvida por esses estabelecimentospode ocasionar danos à saúde da população; alegislação sanitária vigente não estabelece nor-mas para as atividades desenvolvidas dePodologia; os locais onde é exercida a atividadedeverão possuir dimensões e condições técnicasadequadas à função; finalmente, a necessidadede normatizar e padronizar em toda a rede doSUS o funcionamento dos estabelecimentosobjeto desta Portaria, resolve:

Artigo 1° " O estabelecimento, agora denomina-do Gabinete de Podólogo (Pedicuro), além dasexigências referentes à habitação e aos estabele-cimentos em geral, deverá possuir:

I - área mínima de 2.5 metros quadrados, comlargura mínima de 2,5 metros com área mínimade 5 metros quadrados para cada cadeira adi-cional;

II - piso de material liso, resistente e imper-meável;

III - paredes e forros pintados de cor clara, comtinta lavável;

IV - compartimentos de atendimento separadospor divisórias de no mínimo 2 metros de altura;

V - instalações sanitárias apropriadas;VI - estufa graduada até 200 graus centígrados

para esterilização. Curso Técnico em Podologia

É importante destacar que, a partir de 1995,os cursos técnicos se voltavam para a profissio-nalização, ou seja:

Em 1995, no Senac-SP começou pesquisar oCurso Técnico em Podologia. Consultores estive-ram reunidos na ABP e nos gabinetes dos profis-sionais. Esse curso - Curso de QualificaçãoProfissional IV - Habilitação Plena de Técnico emPodologia de Ensino 2° grau, com validade e odireito de prosseguir estudo em nível superior,com uma carga horária de no mínimo 940 horas,em 1997 teve seu início.

Nesse mesmo ano a Comissão Cientifica daAssociação Brasileira de Podólogos - ABP, forma-da pelos Pdgos. Orlando Madella Jr, Pedro Pistori

e Joaquim F. Augusto elaboram o Livreto'Limpeza Desinfecção e Esterilização dePodologia'.

Em 1988, o Senac do Estado de São Paulopassa a contar com novas unidades para minis-trar o curso de Técnico de Podologia: UnidadeBauru, Santos, Vila Prudente, Guarulhos e SantoAndré. No mesmo ano, em Porto Alegre - RS, oSENAC passa a ministrar o Curso de QualificaçãoProfissional l de Pedicuro.

Em 1999, o Senac - Centro em Educação emSaúde, Unidade Tiradentes, passou a ministrar oCurso de Complementação de Técnico emPodologia para todos os Profissionais que hou-vessem concluído o Curso de Qualificação l dePedicuro, com carga horária de 654 horas.

No ano de 2000, houve reformulação dasDiretrizes Curriculares Nacionais para aEducação Profissional de Nível Técnico, onde severificou as seguintes mudanças:

[...] os Cursos Técnicos em Podologia terãocarga horária mínima de aula de 1200 horas.

O Curso de Qualificação Profissional IV -Habilitação Plena de Técnico em Podologia,ministrado pelo Senac - Centro deDesenvolvimento Profissional, na cidade deCuritiba, teve seu início no ano de 2000.

Nesse mesmo ano representantes da ABP e doSenac/SP discutiram com membros daFundação Instituto de Pesquisas Económicas(FIPE), da Universidade de São Paulo (USP), emparceria com o Ministério do Trabalho e Emprego(MTE)'? a inclusão da profissão de Podólogo nonovo CBO (Classificação Brasileira deOcupações), órgão esse que classifica os empre-gos do mercado de trabalho brasileiro. A profis-são de Podólogo não consta no CBO.

Em 2002 foi aprovada Portaria n° 397, de 09de outubro, a qual aprova a classificação brasi-leira de ocupações - CBO, destacando a profissãodo podólogo, inclusive com suas atribuições.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO EEMPREGO, no uso da atribuição que lhe confereo inciso II do parágrafo único do art. 87 daConstituição Federal, resolve:

Art. 1° - Aprovar a Classificação Brasileira deOcupações - CBO, versão 2002, para uso em todoo território nacional.

Art. 2° - Determinar que os títulos e códigosconstantes na Classificação Brasileira deOcupações - CBO/2002, sejam adotados;

I. nas atividades de registro, inscrição, coloca-ção e outras desenvolvidas pelo SistemaNacional de Emprego (SINE);

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II. na Relação anual de Informações Sociais -(RAIS);

III. nas relações dos empregados admitidos edesligados - CAGED. de que trata a Lei N° 4923,de 23 de dezembro de 1965;

IV. na autorização de trabalho para mão-de-obra estrangeira:

V. no preenchimento do comunicado de dispen-sa para requerimento do benefício SeguroDesemprego (CD);

VI. no preenchimento da Carteira de Trabalho ePrevidência Social – CTPS no campo relati-vo ao contrato de trabalho;

VIl. nas atividades e programas do Ministériodo trabalho e Emprego, quando for o caso;

Art. 3° - O Departamento de Emprego e Salário- DES da Secretaria de Políticas Públicas deEmprego deste Ministério baixará as normasnecessárias à regulamentação da utilização daClassificação Brasileira de Ocupações (CBO).

Parágrafo único. Caberá à Coordenação deIdentificação e Registro Profissional, por inter-médio da Divisão da Classificação Brasileira deOcupações, atualizar a Classificação Brasileirade Ocupações – CBO procedendo às revisões téc-nicas necessárias com base na experiência deseu uso.

Art. 4° - Os efeitos de uniformização pretendi-da pela Classificação Brasileira de Ocupações(CBO) são de ordem administrativa e não seestendem às relações de emprego, não havendoobrigações decorrentes da mudança da nomen-clatura do cargo exercido pelo empregado.

Art. 5° - Autorizar a publicação da ClassificaçãoBrasileira de Ocupação - CBO, determinando queo uso da nova nomenclatura nos documentos ofi-ciais a que aludem os itens l, II, III e V, do artigo2°, será obrigatória a partir de janeiro de 2003.

Art. 6° - Fica revogada a Portaria n° 1.334, de21 de dezembro de 1994.

Art. 7° - Esta Portaria entra em vigor na data desua publicação.

PAULO JOBIM FILHO - Ministro de Estado doTrabalho e Emprego

Descreve as atribuições do podólogo, inclusivecom características gerais a respeito do exercícioda profissão, áreas de atividade, destacando-se:

1)Descrição sumária: Prognosticam e tratamas patologias superficiais dos pés e deformida-des podais utilizando-se de instrumental perfuro-cortante, medicamentos de uso tópico, órteses epróteses.

2) Condições gerais de exercício: Atuam naárea da saúde e serviços sociais. São autónomos,trabalhando por conta própria, de forma indivi-dual, sem supervisão. Executam suas funçõesem ambiente fechado e em horário diurno.

3) Áreas de AtividadesA) PROGNOSTICAR DISFUNÇÕESB) TRATAR PACIENTEC) ADMINISTRAR CLÍNICAD) TRABALHAR COM BIOSSEGURANÇAE) PROMOVER PROTEÇÕES E CORREÇÕES

PODOLÓGICASF) COMUNICAR-SE

A - PROGNOSTICAR DISFUNÇÕES1 Realizar anamnese2 Avaliar sinais e sintomas3 Analisar exames4 Tomar medidas antropométricas e

energéticas5 Analisar biomecânica6 Avaliar tecidos moles7 Avaliar sistema muscular (força, temperatura

e tônus)8 Solicitar exames complementares9 Encaminhar paciente à outros profissionais

B-TRATAR PACIENTE1 Planejar procedimentos2 Preparar paciente3 Efetuar assepsia do local5 Aplicar emolientes e anestésicos6 Tratar de podopatias com afecções e

infecções7 Alinhar lâmina ungueal8 Retirar lâmina ungueal9 Efetuar curativos10 Reposicionar articulações podais11 Massagear pés12 Palpar estruturas articulares, musculares e

ósseas13 Atender emergências

C- ADMINISTRAR CLÍNICA1 Agendar consultas2 Cadastrar cliente3 Estabelecer contrato com cliente4 Controlar estoque5 Treinar pessoal6 Administrar finanças7 Providenciar manutenção da clinica8 Divulgar serviços

D - TRABALHAR COM BIOSSEGURANCA1 Higienizar local de trabalho2 Usar epi3 Esterilizar instrumental4 Trabalhar com ergonomia5 Armazenar produtos químicos e

medicamentos6 Descartar material e medicamento com

validade vencida7 Acondicionar materiais pérfuro-cortantes

para descarte

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8 Acondicionar lixo contaminado paraincineração

E - PROMOVER PROTEÇÕES E CORRECÕES PODOLÓGICAS

1 Preparar moldes e modelos para órteses e próteses

2 Confeccionar próteses acrílicas para unhas e órteses corretivas e de proteção

3 Colocar órteses de fibra, de metal e de silicone

4 Posicionar órteses e contenções articulares

F - COMUNICAR-SE1 Ouvir paciente2 Explicar técnicas e procedimentos3 Informar paciente sobre sua condição4 Orientar sobre postura estática e dinâmica5 Orientar paciente sobre medidas preventivas6 Prescrever exercícios7 Recomendar uso de medicamentos ao

paciente8 Registrar informações técnicas9 Produzir relatórios10 Ministrar aulas4) Competências pessoais1 Agir com bom senso2 Trabalhar com ética3 Cuidar da higiene e aparência pessoal4 Demonstrar percepção táctil e/ou visual5 Ficar à disposição do paciente6 Cuidar do relacionamento inter-pessoal7 Aprimorar paciência8 Demonstrar coordenação motora fina9 Manipular materiais, produtos químicos e

medicamentos para uso no atendimento10 Usar eletroterapia podai11 Atualizar-se profissionalmente

1.4 PROFISSÃO DO PODÓLOGO

Os pés possuem grande importância na vida doser humano e, a podologia completa através deconhecimentos profundos, o significado dessasestruturas no decorrer da nossa vida.

O podólogo é um profissional que atua na áreada saúde e sua formação lhe dá capacidade paratratar de casos em diferentes níveis de patolo-gias. Conhecimento, atualizaçâo e, principalmen-te, estudo são os principais aliados do podólogono decorrer da sua profissão.

Preencher a ficha e a anamnese, saber lidarcom calos, calosidades, verrugas plantares,unhas encravadas, fissuras, micoses, verificar amarcha, confeccionar anteparos, fazer teste desensibilidade e orientar os clientes sobre medi-das de prevenção, é da competência do podólogoe essa como todas, deve ser exercida com profis-sionalismo e dedicação.

De acordo com Frizzini (2001), "todas as pes-soas deveriam procurar um podólogo a cada 30dias, pois ele é um profissional da saúde cientifi-camente preparado para analisar, prevenir e tra-tar as patologias dos pés". Isto porque, entre osproblemas que os pés apresentam, encontram-sediversos, como por exemplo a unha encravada(onicocriptose) com ou sem infecção; calos dor-sais; calos sob as lâminas ungueais (onicofose),que são muito confundidos com unha en-crava-da; micose de unhas (onicomicoses), causadaspor fungos; olho de peixe (verruga plantar), cau-sada por vírus; calos com núcleo (causados porespessamento da camada córnea e com o centrocompactado de queratina, devido ao atrito e àpressão externa, o calo é uma resposta à agres-são sofrida pela pele) e a hiperqueratose (calosi-dade), que em 90% dos casos também é oespessamento da camada córnea devido ao atri-to, e outras patologias.

E, Frizzini (2001) destaca:Para prevenir esses problemas, o podólogo rea-

liza o corte correio das unhas, lixamento, limpe-za do eponíqueo (cutículas), retirada dos calos ecalosidades, hidratação e massagem nos pés.Nesses casos, os tratamentos são a retirada dosnúcleos dos calos, cauterização das verrugas, aretirada dos excessos de calosidades, o trata-mento correto para corrigir unhas encravadas,desencravar unhas com infecção, fazer limpeza ecurativos, e substituir total ou parcialmenteunhas traumatizadas por micoses ou outros pro-blemas.

É importante destacar que, os pés, como estru-tura anatómica de suporte e deslocação do serhumano, sofre diversas alterações como porexemplo:

- O calçado criado para os proteger, na maioriadas vezes, é um meio de agressão.

- A atividade física e os desportos praticadossem adaptação pés/calçado/pavimentos sãofonte de patologias novas que abrangem asunhas e restantes estruturas.

- O sedentarismo, os desequilíbrios alimenta-res, vêm provocando as chamadas ditas doençasdo mundo desenvolvido - diabetes, hiperuricemia(Gota), hipercolesterolemia, que se repercutempor vezes dramaticamente nas extremidadesinferiores exigindo tratamento especial e especí-fico. Em concreto, 60% dos doentes com Gota,têm manifestações clínicas a nível do pé.

- O aumento da média etária desencadeianovas patologias e desafios.

- As patologias reumáticas e vasculares desen-cadeiam repercussões periféricas, exigindo res-posta eficaz e eficiente na área de abordagem dopé.

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- As alterações da marcha, os desequilíbrios doaparelho locomotor vão exigindo técnicas e téc-nicos específicos para um completo diagnósticoe correção.

- As alterações dermatológicas, neurológicasde vária natureza exigem cuidados especiais(OFICINA DA SAÚDE, 2008).

1.4.1 Áreas de atuação

O podólogo pode atuar em diversas áreas,sendo que, a Oficina da Saúde (2008) destaca:

Podopediatria: O tratamento do pé da criança éde extrema importância para assegurar um cres-cimento correcto e evitar problemas posteriores.

Podogeriatria: O passar do tempo e as agres-sões não corrigidas implica ao pé da populaçãoidosa uma atenção especial para manter a suamobilidade e evitar a dor.

Podologia Desportiva: O desporto praticadocomo passatempo, profissão ou simples meiopara manter o bem-estar físico e psicológico, éum melhores meios de benefício para o homem.Contudo, algumas lesões do pé limitam oumesmo contra-indicam a prática do desporto.

Podologia Laborai: O trabalho do dia-a-dia obri-ga-nos por vezes a longas horas de bipedismo, oque se reflecte em longas horas de agressões esofrimento para os pés. Para minimizar estesproblemas, deveremos estudar soluções adapta-das a cada situação profissional e a cada péespecificamente.

Podologia Preventiva: Nos dias de hoje, a pre-venção é o melhor meio para colmatar possíveispatologias que possam surgir, assim sendo, estaárea, tem uma importância relevante na realiza-ção de rastreios, em populações alvo.

A Podões (2008) destaca ainda como área deatuação:

A Podologia é uma área das ciências da saúdepara a investigação, diagnóstico e tratamentodas patologias do membro inferior, designada-mente o pé, e suas repercussões a nível do orga-nismo. A Podologia trata todo o tipo de patologiado pé e atua em varias vertentes: na parte des-portiva (Podologia desportiva); nas crianças(Podopediatria); no Idoso (Podogeriatria) e no péde risco (Diabetes, Má Circulação, etc.).

Como se pode observar, a área de atuaçâo dopodólogo é bastante diversa, atendendo a diver-sos tipos de pacientes e problemas pertinentesaos pés, desta forma, pode-se dizer que sua fun-

ção é importante para a saúde do ser humano.principalmente com relação aos problemas queafetam os pés.

1.5 BENEFÍCIOS À SAÚDE HUMANA

Como já visto, existem diversos problemas queafeiam os pés dos seres humanos, sendo quealguns dos mais comuns são a unha encravada,os calos e calosidades e, também, as fissuras.

A respeito destas, Podo's (2008) destaca:A unha encravada é o problema mais comum

dos pés, causando desconforto, dor e podendoinclusive infeccionar. Na podologia, o tratamentoé feito com o auxílio de um aparelho corretor,chamado de órtese. Muitas vezes, apenas o cortecorreio já soluciona a unha encravada. Outrosproblemas que incomodam bastante são oscalos, calosidades e as fissuras. [...] os calos sãoconsequências do uso de alguns calçados, comoo de bico fino e o de salto alto. Já as calosidadespodem aparecer em qualquer parte do pé queesteja sob pressão.

O tratamento é realizado com a remoção dascélulas mortas por meio de uma esfoliação pro-funda. Outro problema, as fissuras, são causadaspelo ressecamento dos pés, sendo necessáriofazer uma hidratação profunda com parafinapara hidratá-los. Todas as pessoas precisam veri-ficar como está a saúde dos seus pés e passar acuidar ainda mais da limpeza dos calçados.

Valério (2006) cita que:A podologia é um ramo auxiliar da Medicina e,

portanto, uma dimensão das ciências biológicas.Ela precisa ser desenvolvida numa perspectivamultidisciplinar tal qual as outras áreas da ciên-cia, integrando o conhecimento técnico-científicoà prática clínica. Para tanto, a educação emsaúde na podologia torna-se um rico instrumen-to capaz de conciliar a formação técnica do pro-fissional às ações de promoção de saúde dentrodos parâmetros da saúde pública vigentes noBrasil.

E complementa, enfatizando que:Promover saúde alcança seu objetivo mais con-

creto na açâo do podólogo quando ele discute eaplica métodos de caracterização de problemasde saúde e seus meios de controle, recuperaçãoe prevenção.

Atualmente, a saúde coletiva em podologia édiscutida e aplicada, sobretudo, nas escolas deformação técnica porque o espaço escolar per-mite a promoção da investigação científica, oaprimoramento da técnica e o despertar para ogosto da atividade clínica, com suas dimensõespreventiva e curativa.

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Valério (2006) destaca ainda a importância doensino técnico, com relação a profissão do podó-logo, enfatizando que:

A saúde no nível de aplicação individual é ava-liada e diagnosticada tanto nas escolas técnicasde podologia como nas clínicas privadas. Nestecontexto, as dimensões preventiva e curativa con-tinuam presentes e necessárias para que o trata-mento converta-se numa atitude de manutençãoda saúde dos pés, refletindo na saúde geral doindivíduo.

Conciliar a saúde individual e coletiva na práti-ca clínica é uma tarefa indispensável para opodólogo. Neste sentido, a ConferênciaInternacional de Promoção de Saúde, realizadaem Bogotá em 1992. sugeriu uma importanteferramenta para mediar esta conciliação: impul-sionar a cultura da saúde através da educação.Esta proposta pode ser dinamicamente aplicadaà podologia, quer no ensino técnico, quer na ati-vidade privada.

É importante destacar que, o podólogo deve terconsciência de que os conhecimentos adquiridosem cursos técnicos, congressos e feiras não sãoapenas informações para o seu aprimoramentotécnico-científico, mas sim, como forma de atuarem uma ação educativa que busque um melhorrelacionamento entre ele e os paciente, de formaa enfrentar os problemas que surgem com rela-ção a saúde, principalmente quando se trata dedoenças crónicas como o diabete e a hiperten-são, as quais devem ser avaliadas com maioratenção.

O Expert Committee on Planning andEvaluation of Health Education Services (Comitêde Especialistas em Planejamento e Avaliaçãodos Serviços de Educação em Saúde), daOrganização Mundial de Saúde - OMS, destacaque o principal ponto da educação em saúde sevolta para a população e para a ação, sendo queos objetivos a serem atingidos está em encorajaras pessoas a:

a) adotar e manter padrões de vida sadios;

b) usar de forma judiciosa e cuidadosa os ser-viços de saúde colocados à sua disposição, e

c) tomar sua próprias decisões, tanto individualcomo coletivamente, visando melhorar suas con-dições de saúde e as condições do meio ambien-te.

Verifica-se, ainda que, a podologia encontra-seinserida no artigo 196 da Constituição Federal,onde se encontra disposto que: "A saúde é direi-to de todos e dever do Estado, garantido median-

te políticas sociais e económicas que visem àredução do risco de doença e de outros agravose ao acesso universal e igualitário às ações e ser-viços para sua promoção, proteção e recupera-ção".

Desta forma, Valério (2006) cita que:Assim como a atenção básica à saúde oferece

a acessibilidade de todos os indivíduos e famíliasde uma comunidade a serviços essenciais desaúde, a podologia promove a saúde através desua atividade clínica, recuperadora e coadjuvan-te na recuperação da saúde dos pés e, conse-qüentemente. do organismo como um todo. Damesma forma, a atividade educativa em podolo-gia forma a consciência crítica em seus pacien-tes, informando-os e os orientando sobre cuida-dos fundamentais em saúde.

Porém, a ferramenta epidemiológica deve fazerparte da vida clínica do podólogo para que a ava-liação dos principais problemas dos pés torne-sefundamentada cientificamente, gerando a neces-sidade de intervenção em saúde coletiva.

Destacam-se a seguir, alguns procedimentosque podem trazer benefícios à saúde dos pés dosindivíduos, quais sejam:

Após um minucioso diagnóstico, é possível tra-tar as patologias dos pés tanto em estática comoem dinâmica, de forma a prevenir a doença, bemcomo as suas repercussões no organismohumano.

Os pés são formados por 26 ossos, 114 liga-mentos, 20 músculos e alguns tendões associa-dos numa série de arcos dinâmicos que supor-tam o peso do corpo de forma estática (quandoparadas) ou dinâmica (quando andamos). Emmédia, uma pessoa dá cerca de cinco a seis milpassos por dia.

Além de suportarem o peso do corpo, os pésestão sujeitos a um enorme desgaste e inúmerasalterações que, se diagnosticadas a tempo,podem ser corrigidas. A Podologia é a ciênciaque estuda o pé segundo características médi-cas, analisando as causas, as manifestações e ossintomas que nos indicam a perda de saúde nospés. É, por isso, importante que se consulte umPodologista sempre que se verifique alguma alte-ração patológica para que tenha cuidados apro-priados (FRIZZINI, 2001).

Destacam-se, a seguir, alguns dos problemasque são tratados pelos podólogos e que visammelhorar a saúde do ser humano.

1.5.1 Unha encravada

Quem pensa que apenas tirar a cutícula e pin-tar as unhas já garante a beleza e a saúde dos

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pés, se engana. A podologia. ciência que estudaos pés, oferece técnicas simples e com resulta-dos surpreendentes. Unha encravada, calos ecalosidades são alguns dos problemas maiscomuns e que podem trazer bastante desconfor-to e até ocasionar problemas mais sérios, comoinflamações e infecções. Por isso, o cuidado comos pés é muito importante e não deve ser deixa-do de lado. As técnicas usadas na podologia tra-zem soluções simples e duradouras para deixaros pés sempre saudáveis e bonitos.

Os problemas causados por unha encravadaainda são os que mais levam as pessoas a pro-curarem um especialista. Quem tem, sabe a dorque o problema pode causar, muitas vezesimpossibilitando até calçai: um sapato.

O tratamento é feito com o auxílio de um apa-relho corretor, chamado de órtese, que é coloca-do sobre a unha. O aparelho atua por meio datração da unha, deixando-a mais plana e impe-dindo que encrave. Existem diversos tipos desseaparelho, fabricados com diferentes materiais eque são indicados de acordo com cada caso.Muitas vezes apenas a educação do corte correioda unha, que é feita de acordo com o formato dodedo, já traz resultados bastante satisfatórios(REVISTA CORPORE, 2008).

O tratamento divide-se em três fases:

1a fase - Com técnica e instrumental apropria-do, realiza-se a espiculectomia que é a retiradada borda da unha que está encravada, iniciandoo processo de cicatrização.

2a fase - Após a cicatrização, realiza-se a con-fecção de órtese acrílica para a abertura do leitoe/ou a aplicação de tensores para diminuir aconvexidade e permitir o crescimento da novaunha.

3a fase - Nessa fase é muito importante avaliare explicar quanto as possíveis causas etiológicasda Onicocriptose, bem como, dar orientaçãoquanto aos tipos de calçados adequados uma vezque isso será determinante para a saúde geraldos pés.

1.5.2 Calos e calosidades

Outros problemas bastante comuns são oscalos e calosidades. Os calos são causados geral-mente pelo uso de alguns tipos de calçados,como os de bico fino e salto alto. As calosidadespodem se formar em qualquer parte do pé queesteja sob pressão, como no calcanhar e na solado pé. O tratamento consiste em uma limpeza eesfoliação profunda para retirar as células mor-tas (REVISTA CORPORE, 2008).

1.5.3 Outros problemas

De acordo com a Revista Belle (2008), a podo-logia trata além dos citados anteriormente, osseguintes problemas:

• Remoção de verrugas plantares (olho depeixe);

• Orientação a respeito dos calçados adequa-dos;

• Corte adequado de unhas (orientações);• Imperfeições nas estruturas ósseas dos pés,

como joanetes;• Uso de medicamentos tópicos na correção de

unhas encravadas e/ou deformadas assim comocalosidades nos cantos da unha;

• Reflexologia, massagem nos pés para estimu-lar a circulação e promover o relaxamento;

• Hidratação podal.

Além desses, a Silhouette (2008), discorresobre o tratamento de idosos e desportistas,enfatizando que:

Já numa idade mais avançada, as alteraçõesnão corrigidas, as múltiplas agressões e as mani-festações nefastas no pé são significativas. Empacientes com a diabetes podem surgir proble-mas graves se não forem tratados atempada-mente. A ferida pode dar lugar a Úlcera, quepode implicar amputação do pé. Contribuindopara a melhoria de qualidade de vida destesdoentes, a Podologia apresenta um serviço espe-cializado no tratamento da mobilidade e da dordo pé.

Para os Desportistas, o estudo e tratamentopreventivo do pé evitam o aparecimento de algu-mas lesões. O tratamento podológico das lesõesdo pé provocadas pelo desporto é indispensávelpara proporcionar uma melhor qualidade de vidae um melhor rendimento desportivo.

O Portal Amazônia (2007) cita ainda os seguin-tes problemas que são tratados pelos podólogos:

MICOSE

Surge entre os dedos, na planta do pé e nasunhas. A doença é causada por fungos, que apro-veitam a umidade e o calor para atuar. Excessode transpiração e o uso de meias de nylon favo-recem o aparecimento do problema.

DOR PLANTAR

As dores na planta do pé podem ser causadaspelo uso de sapatos inadequados ou distribuiçãoerrada do peso do corpo sobre os pés. No local,podem ocorrer inflamações, tendinites e faceites(um tipo de tendinite). O tratamento é feito porfisioterapeutas e ortopedistas.

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VERRUGA PLANTAR

São plantas diferentes das berrugas que apare-cem em outras regiões do corpo e não muitobem delimitadas. Se a pessoa lixa a verruga deum lado, surge do outro. O tratamento é quími-co.

CHULÉ

Caracteriza-se pelo odor, que costuma apare-cer em pés com excesso de transpiração. Higieneinadequada e tipo de meia podem favorecer aocorrênia.

CRAVOS

A formação dos cravos ocorre quando há obs-trução em glândulas sebáceas, gerando um pro-blema na pele. Dentro dos cravos, que costumamficar duros, existe uma secreção. Quando háincômodo, a cirurgia é aconselhada. No entanto,o cravo pode aparecer novamente. Uma das alter-nativas para amenizar o problema é o tratamen-to químico.

PÉS DE RISCO

São os pés de pacientes com doenças crônicas-degenerativas, como artrite reumatóide, diabe-tes, neuropatias, hanseníase, hipertensão e pro-blemas circulatórios. Nesses pacientes, proble-mas simples podem ter complicações, levando àperda do membro ou à imobilidade.

A respeito dos problemas nos pés, RogérioRomero (2008) cita:

Onicodistrofía

É caracterizada por qualquer alteração naestrutura da lâmina ungueal (formato, espessu-ra, cor e/ou angulação), e gera várias conse-quências desagradáveis aos pés. Existem váriasetiologias para a onicodistrofia sendo as maiscomuns o trauma crónico gerado pelos calçadosmal adaptados e as infecções fúngicas e bacte-rianas geradas por erros na manipulação dasbordas ungueais. Na Podologia dispomos devárias técnicas para realizar o seu tratamento.

Onicogrifoses

A hipertrofia ungueal é caracterizada pelasunhas espessas, opacas, com o crescimento exa-gerado para cima e/ou para os lados. As causasmais prováveis para essa patologia são os trau-mas crónicos com comprometimento circulatóriona matriz germinativa. O tratamento é feito com

a endoniquia da lâmina para descomprimir oleito doloroso e a prescrição de antimicóticosquando associados ao caso.

Paroníquia

É a inflamação dos tecidos circundantes deuma unha, geralmente ocorrem como contami-nação secundária nos casos de onicomicose porcândida sp.

Dermatofitose dos Pés

(tinea pedis) São descritas três formas: aguda,intertriginosa e crônica.

Dione Fonseca (2008) destaca:

Ressecamentos

A Hidratação com Parafina Quente é um dosdestaques da Doctor Feet. Recomendada para oinverno, pode e deve ser realizada também noverão, como preparo da pele para os efeitos docalor e para uma rotina de hidratação a ser feitaem casa. Elaborada com alta concentração deóleo Essencial de Melaleuca, que possui açãofungicida, bactericida, calmante e cicatrizante,serve para tratar e prevenir fissuras, resseca-mento e micoses.

O protocolo completo abrange higienização,hidratação das unhas, aplicação da parafina,descanso com bota térmica e massagem final.

A única contra-indicação é para pessoas diabé-ticas, que só podem fazer a hidratação com para-fina fria.

Fissuras

Popularmente conhecidas como rachaduras, hácasos leves, mais fáceis de serem tratados, e ostipos mais severos, que podem levar à dor e aosangramento. Em geral, são provocadas pelafalta de hidratação, mas há lesões causadas porpatologias como diabetes, hipertensão, obesida-de, cardiopatias diversas ou problemas vascula-res. "Nesses casos, nenhum tratamento terá efei-to se um médico não acompanhar e tratar essasdoenças", alerta Giaciane.

Para tratar as fissuras, o podólogo indica oaumento do consumo de água e da hidrataçãoexterna dos pés, com cremes adequados, alémda hidratação profunda à base de parafina, comoprimeira providência, sempre feita por um espe-cialista. O paciente deve prosseguir o tratamentoem casa, evitando lixar os pés, principalmente sea fissura sangrar com facilidade. "Só o podólogosabe a intensidade que pode dar ao lixamento afim de não romper mais tecidos, agravando o

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caso. Enquanto existir a fissura, evite o uso dechinelos e rasteirinhas e opte por sapatos fecha-dos", recomenda o técnico.

CONCLUSÃO

Através deste trabalho, pode-se obter maioresconhecimentos a respeito da profissão de podó-logo, assim como obter uma visão clara sobre aprofissão nos aspectos legais e profissionais.

Como se pode observar no decorrer deste, opodólogo, inicialmente tratado como calistas eapós como pedicuros, demoraram até conseguiro reconhecimento da profissão e, após muitotempo, passaram a ser reconhecidos como podó-logos, com atuação cada vez mais crescentejunto à população.

Os benefícios que a atividade do podólogo podetrazer ao ser humano, são diversos, indo desdeum simples calo até o tratamento de consequên-cias advindas de doenças como o diabetes e ahipertensão, demonstrando que, sua atuaçãonão é apenas no tratamento dos pés, mas sim,da saúde do próprio ser humano.

Acredita-se que, com a abordagem dos tópicosno decorrer do trabalho, pode-se ter uma visãoclara a respeito da profissão do podólogo, assimcomo de sua profissionalização e dos benefíciosque pode trazer ao homem, além de ser uma pro-fissão que está crescendo e se valorizando nasociedade brasileira.

REFERÊNCIAS

A importância da higienização. Disponível em:http://portalamazonia.locaweb.com.br/sites/estilo/noticia.php?idN=3209. Acesso em: 02.jun.2008.

BEGA, Armando. Tratado de podologia. SãoCaetano do Sul: Yendis Editora, 2006.

Cuidem bem de seus pés, eles merecem.Disponível em:http://www.revistabel

le.com.br/content/view/95/127/. Acesso em:02.jun.2008.

FONSECA, Dione. Pés bonitos e saudáveis no verão:cuidados vão da hidratação até a atenção especialem relação às micoses. Disponível em:http://www.dionefonseca.com/?area=noticias&noticia=dicas&id=560.Acesso em: 02.jun.2008.

FRIZZINI, Cláudio. A história da podologia. RH EMSÍNTESE N° 39 - ANO Vil - MAR/ABR 2001 -Páginas 14 E 15. Disponível em:http://www.gestaoerh.com.br/site/visitante/artigos/saud_037.php

Historia da podologia. Disponível em:http://podossaudedospes.com/historia.htm. Acessoem: 23. jun.2008.

NOGUEIRA, Márcia. O que é podologia?Disponível em: http://www. magestetica. com. br/csi/podologia. pdf. Acesso em: 30.jun.2008.

Podologia. Disponível em:http://www.aniosdope.com.br/podoloQia.html.Acesso em: 30.jun.2008.

Podologia. Disponível em:http://www.revistacorpore.com.br/index.phpPYIdGMFpYSnBZU3gyYVhOMVIXeHBIb

UZ5TEhacFpYY3NNVFV4TEN3PQ==. Acesso em:22.jun.2008

Podologia - Pés bonitos e saudáveis. Disponívelem:http://www.revistacorpore.com.br/index.php7YldGMFpYSnBZU3gyYVhOMVIXeHBIb

UZ5TEhacFpYY3NNakV6TEN3PQ==. Acesso em:29.jun.2008.

Podologia. Disponível em:http://www.oficinadasaude.com/paginas/h-podolo-gia.htm.

Acesso em: 29.jun.2008.Podologia - os seus pés em boas mãos. Disponível

em:http://silhouetteestetica.blogspot.com/2008/05/podologia-os-seus-ps-em-boas-mos.html. Acesso em: 02.jun.2008.

ROMERO, Rogério. Podologia e Podoposturologia.Disponível em:http://www.rogerioromeiro.com/podologia.php.Acesso em: 02.jun.2008.

VALERIO, Alan Luís Vieira. Podologia e a Promoçãoda Saúde. Disponível em:http://www.revistapodologia.com/revista/revista-podologia_006pt.pdf. Acesso em: 22.jun.2008.

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Cerca de 160.000 pessoas morrem anualmenteno Brasil vitimas de distúrbios que resultamnuma parada cardiorrespiratória súbita. Delas,95% não consegue sequer chegar ao hospital. Oscardiologistas e médicos especializados ematendimentos de emergências são unânimes:

Se o Brasil a exemplo dos Estados Unidos ealguns países da Europa atuasse na fiscalizaçãoda lei e tornasse obrigatória a instalação deDesfibriladores Semi Automáticos – DEA emtodos os locais públicos ou que tivessem grandecirculação de pessoas, e aqueles com intensa cir-culação de pessoas, muitas dessas vidas poderi-am ser salvas. É essencial que, além do dosDesfibriladores esses locais contenham equipesde funcionários treinados para reconhecer umaParada Cardiorrespiratória súbita.

È importante frisar que essa medida não tem opoder de reverter por completo todos os tipos deparada cardiorrespiratórias, mas elas são desuma importância para manter a circulação e aoxigenação do coração e do cérebro até a chega-da da SAV – Suporte Avançado de Vida.

PCR – PARADA CARDIORRESPIRATÓRIAA assistência prestada durante o atendimento

pré – hospitalar pode impedir sofrimento sofri-mentos, sequelas ou até mesmo a morte. Ocorpo de Bombeiro de São Paulo com o e oResgate conseguem resolver 85% dos problemasde saúde no próprio local onde o socorro éprestado.

De acordo com pesquisas norte-americanas,metade dos acidentes e mortes registradospoderia ser evitada se fosse realizado um atendi-mento pré-hospitalar adequado. Foi comprovadotambém, que em acidente ou situação deemergência, como: dores intensas, dor intensaferimentos profundos, ferimento profundo, criseshipertensivas crise hipertensa ou doenças car-diovasculares requerem atendimento médicoespecializado no local ou até o caminho do hos-pital.

A desfibrilação é a aplicação de uma correnteelétrica em um paciente, através de um desfibri-lador, um equipamento eletrônico cuja função éreverter um quadro de desfibrilação auricular ouventricular. A reversão ou cardioversão se dámediante a aplicação de descargas elétricas nopaciente, graduadas de acordo com a necessi-dade. Os choques elétricos em geral são aplica-dos diretamente ou por meio de eletrodos(Placas metálicas, ou apliques condutivos que

variam de tamanho e área conforme a necessi-dade) colocados na parede torácica.

O atendimento é feito em até 20 minutos ecada unidade de resgate – UR, do Corpo deBombeiros, importante para salvar vidas, como oDesfibrilador – conhecido por permitir a ressus-citação cardíaca e o kit de parto.

OS TRISTES NUMEROS NO BRASIL(Fonte: Datasus 2007)• AM – 57.940 Infarto Agudo do Miocárdio;• HAS – 20.875 Hipertensão Arterial Sistêmica;• DCV – 62.636 Distúrbio Cardíaco Ventricular;• Outras – 159.256;

ONDE• 820 Óbitos por dia (1 pessoas a cada minuto)• Acima de 95% morrem antes de chegar a um

pronto socorro• 70% destes casos acontecem em casa junto

aos familiares

MORTE SÚBITA CARDÍACA• É uma interrupção entre os sistemas elétricos

e mecânico do coração. Acontece subitamente,sem aviso. Pode ocorrer sem historia previa deproblemas cardíacos.

DEA e FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)• FV é o ritmo mais freqüente na morte súbita

cardíaca.• FV é um estremecimento do coração que

resulta em ausência de fluxo sanguíneo• Desfibrilação é o único tratamento efetivo

para a reversão da FV• O sucesso da desfibrilação elétrica diminui

rapidamente com o tempo.

QUESTÃO DE TEMPO• Aproximadamente 50% sobrevivem após 5 minutos• Sobrevida reduz de 70% para 10% cada minuto• Cada minuto sem desfibrilação, a sobrevivên-

cia cai 10%;• Tempo médio de resposta mundial do SME: 6-

10 minutos demais• RCP ajuda estender o tempo de sobrevida;

O QUE É O DEAAparelho elétrico que libera correte continua

provocando um choque na vitima em fibrilaçãoventricular com o propósito de terminar o “caos”restaurando o ritmo e a função mecânica normaldo coração.

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Uma Vida em suas Mãos.

Sr. Luciano Piers, Bombeiro e Dr. Luis Carlos Mayer. Brasil.

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*Computador interno remove a decisão dechoque ser decidido pelo resgatador;

* Tem comando de voz para ajudar o resgata-dor nos procedimentos;

HISTÓRICOO primeiro equipamento foi elaborado através

de Claude Beck em 1947 utilizado em intra oper-atório (defibrilação interna). Em 1956 o medicoPaul Zoll elabora a teoria e equipamento da des-fibrilação externa.

Hoje, são utilizados equipamentos em UnidadeEmergência e UTI, com cargas monofásicas que variamde 0 a 360 Joules ou Bifásicas de 0 a 200J.

O DEA, Desfibrilador Automático Externo, éequipamento capaz de efetuar desfibrilação comleitura automática, independente do conheci-mento prévio do operador.

1850 - Carl Ludiwig (1816 – 1895) relata a fib-rilação ventricular após indução elétrica

1874 - A. VUlpian, descreve a irregular con-tração miocárdica gerando alterações anormaisde impulsos propagados como causa da FV.

1947- Claude Beck inventa desfibrilador e efet-ua a primeira desfibrilação com sucesso emhumano.

1959 – Bernand Lown iniciou as pesquisas emum desfibrilador com um banco de capacitoresque descarregava através de um indutor gerandouma onda senoidal na descarga do circuito RLCchamada onda de Lown. O trabalho iniciado porLown foi colocado em pratica pelo engenheiroBarouh Berkovits.

“PENSE NISSO”“ Acima de tudo, entretanto, estamos falando

sobre salvar vidas. Sobre restaurar a vida ereverter à catástrofe da morte súbita e do gravecomprometimento cardíaco e respiratório...

... Estamos falando sobre pessoas: a fibrilaçãoventricular daquele executivo, extremamente ocu-pado, que esqueceu abraçar seu filho naquelamanhã. Tudo é uma questão de tempo – e sobrecomo devolver o tempo a quem acaba de perdê-lo.” Richard Cummins.

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CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA - ELOS QUE PODEM SALVAR VIDAS

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Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livrotraduzido para o português deste importante e reconhecidoprofissional espanhol, e colaborar desta forma com o avançoda podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estéticados pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

Autor dos livros:- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol - Exostoses gerais e calcâneo patológico - PodologiaEsportiva no Futebol.

Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamentoem Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense deMadrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva doHospital Clínico San Carlos de Madri. Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpó-sios, jornadas, congressos e conferências sobre temas de Podologia.

Introdução - Lesões do pé - Biomecânica do pé e do tornozelo.- Natureza das lesões.- Causa que ocasionam as lesões.- Calçado esportivo.- Fatores biomecânicos.

Capitulo 1 Explorações específicas.- Dessimetrias. - Formação digital.- Formação metatarsal.

Capitulo 2 Exploração dermatológica.Lesões dermatológicas.- Feridas. - Infecção por fungos.- Infecção por vírus (papilomas).- Bolhas e flictenas. - Queimaduras.- Calos e calosidades.

Capitulo 3 Exploração articular.Lesões articulares.- Artropatias. - Cistos sinoviais.- Sinovite. - Gota.- Entorses do tornozelo.

Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

Capitulo 4 Exploração muscular, ligamentosa etendinosa.Breve recordação dos músculos do pé.Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.- Tendinite do Aquiles. - Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.- Lesões musculares mais comuns.- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular.- Contusões e rupturas.- Ruptura parcial do tendão de Aquiles.- Ruptura total do tendão de Aquiles.

Capitulo 5 Exploração vascular, arterial e venosa.Exploração. Métodos de laboratório.Lesões vasculares.- Insuficiência arterial periférica.- Obstruções. - Insuficiência venosa.- Síndrome pós-flebítico.- Trombo embolismo pulmonar.- Úlceras das extremidades inferiores.- Úlceras arteriais. - Úlceras venosas.- Varizes. - Tromboflebite.

Capitulo 6Exploração neurológica.Lesões neurológicas.- Neuroma de Morton. - Ciática.

Capitulo 7Exploração dos dedos e das unhas.Lesões dos dedos.Lesões das unhas.

Capitulo 8 Exploração da dor.Lesões dolorosas do pé.- Metatarsalgia. - Talalgia. - Bursite.

Capitulo 9Exploração óssea.Lesões ósseas.- Fraturas em geral.- Fratura dos dedos do pé.- Fratura dos metatarsianos.

Capitulo 10 Explorações complementares- Podoscópio. - Fotopodograma.- Pé plano. - Pé cavo.

Vendas: Mercobeauty Imp. e Exp. Ltda. Tel: (#55-11) 2292-8615Loja virtual: www.shop.mercobeauty.com

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Indice

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Email : rev is ta@revis tapodolog ia .com - rev is tapodolog ia@gmai l .comLoja vir tual : www.shop.mercobeauty.com

Tel . : #55 - (11) 2292-8615 - SP - Brasi l

P O S T E R SP O D O L Ó G I C O S

D I D Á T I C O S4 0 x 3 0 c m

ESQUELETODEL PIE 1ESQUELETODO PÉ 1

ONICOMICOSIS - ONICOMICOSES

CALLOSIDADES Y TIPOS DE CALLOS CALOSIDADES E TIPOS DE CALOS

CLASIFICACIÓN MORFOLÓGICA DE LOS PIESCLASIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS PÉSESQUELETO DEL PIE 2

ESQUELETO DO PÉ 2

SISTEMA MÚSCULO VASCULARSISTEMA MÚSCULO VASCULAR

REFLEXOLOGIA PODAL