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Revista Digital Acessadas do mês de agosto

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Revista Digital

Acessadasdo mês de agosto

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A LGPD se aplica ao meu negócio?

COLUNAÉrica Pinheiro

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Em 2017, a capa da Revista The Economist teve grande repercussão mundial ao afirmar que os “os dados seriam o novo petróleo”, pelo poder e valor que essas informações teriam no mercado. Essa frase é sempre muito repetida por consultores, executivos e estudiosos quando se referem aos dados pes-soais. Destaca-se, entretanto, que o petróleo é um recurso finito e os dados pessoais não, como bem concluiu Ajay Banga, CEO da Mas-tercard, em um evento de inovação que ocor-reu na cidade de São Paulo em 20191.

Para regulamentar a proteção dos dados pes-soais, a Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Pro-teção de Dados Pessoais Brasileira – LGPD, foi publicada em 2018, mas depois de algu-mas prorrogações, entrará em vigor em maio de 2021, com aplicação de sanções, a partir de agosto de 2021.

E, você me pergunta, a LGPD se aplica ao meu negócio? A resposta é positiva, se o seu negócio coleta, trata, armazena ou comparti-lha dados pessoais, sejam: mei, micro, peque-nas, grandes empresas e de todos os seg-mentos comerciais. Destaco que, a LGPD se aplica também as pessoas físicas, quando estabelece a proteção dos direitos dos titula-res dos dados que sejam cidadãos brasileiros no Brasil e no exterior.

Por menor que seja o seu negócio, no mínimo existe um cadastro de clientes, com nome, email, whatsapp, telefone de pessoas naturais identificadas ou identificáveis, ou seja, há coleta, armazenamento e tratamento de dados pessoais. Ao enviar um email, whatsa-pp, SMS promovendo uma promoção, a empresa possui o consentimento dos seus clientes para utilização dos seus dados pes-soais?.

Sua empresa tem ao menos um empregado?, então, provavelmente, nos seus arquivos deve ter cópia do RG, CPF, Carteira de Traba-lho, foto dessa pessoa, ou seja, alguns dados pessoais considerados até como sensíveis, que requerem ainda mais proteção legal. Para entrar na sua empresa, a portaria exige algum cadastro prévio da pessoa? Se sim, como são armazenados e tratados esses dados? Perce-beu que a LGPD atinge o âmago de pratica-mente todos os negócios?

Na prática, empresas e governos terão que garantir a segurança aos dados pessoais e estes deverão ser tratados de acordo com sua finalidade, necessidade, transparência e, em regra, para serem utilizados, dependerão de consentimento dos seus titulares.

As empresas terão que se adaptar, obrigato-riamente, as disposições dessa nova lei, sob pena de serem sancionadas, desde advertên-cia, multas, que podem chegar a 2% do fatu-ramento anual até o limite de R$ 50.000.000,00 por infração e ainda suspen-são de atividades da empresa. As sanções serão aplicadas pela Agência Nacional de Proteção de Dados – ANPD, que será respon-sável pela fiscalização, promoção de políticas públicas de proteção de dados, entre outras atribuições legais.

Pelas disposições da LGPD, as empresas e governos tem até a entrada em vigor da lei, ou seja, maio de 2021, para estar em conformi-dade legal, por isso é tão importante começar, desde já, os processos de implementação de uma governança corporativa com base na segurança da informação e proteção dos dados pessoais.

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Não deixe para última hora, porque ainda que não termine o processo de implementação quando do início da vigência da LGPD, o fato de se ter iniciado uma adequação no seu negócio, demonstra boa-fé e boas práticas da empresa. Essa nova lei terá mais impacto que o Código de Defesa do Consumidor no Brasil.

Importante salientar que uma pesquisa reali-zada na Europa, em 2019, patrocinada pela Check Point Softwares Technologies2, em parceria com a One Poll, demonstrou que 75% dos gestores das empresas que respon-deram à pesquisa, acreditaram que a imple-mentação da GDPR – General Data Protec-tion Regulation, lei de proteção de dados europeia, aumentou o nível de confiança do consumidor e para 73%, a lei ampliou a segu-rança informacional das empresas.

Diante do quanto exposto, muito mais do que o medo das multas por descumprimento da lei, o empresário deve analisar a LGPD como oportunidade de ampliar a visibilidade, a

segurança da informação e melhorar a reputa-ção dos seus negócios no mercado.

Para implementar a LGPD, por exemplo, as empresas poderão criar um Comitê de Traba-lho interdisciplinar, com representantes das áreas estratégicas da empresa, identificar riscos na coleta e tratamento dos dados, conscientizar e treinar funcionários quanto a proteção de dados e segurança da informa-ção, revisar contratos e políticas, escolher o Encarregado (D.P.O.). Contudo, não existe um modelo pronto, cada empresa deverá fazer sua gestão corporativa de forma perso-nalizada.

No mercado, atualmente, já existem empre-sas e especialistas em Direito Digital que poderão fornecer-lhes assessoria e consulto-ria quanto ao processo de implementação da LGPD no seu negócio e, ainda cursos rápidos sobre a referida lei, para quem quiser mais detalhes e aprofundamento na legislação.

Quer receber mais informações sobre a LGPD e o impacto que a nova lei poderá trazer aos seus negócios? Deixe seu comentário ou entre em contato através do e-mail: [email protected]. Até breve…

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ALCANCEEMPRESASE UM PÚBLICOALTAMENTESEGMENTADO.

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Construir pontes paraa integração

COLUNAPaulo Bessa

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Já se disse que um dos maiores dos erros que se pode cometer é achar que repetindo medi-das erradas e velhas, podemos alcançar resultados novos e melhores. A pandemia da COVID 19 tornou muito claras determinadas situações enfrentadas pela comunidade inter-nacional, descortinando uma grave crise humanitária, conforme observado por editorial do conceituado jornal médico The Lancet. [1] Questões como a imigração forçada em razão de guerras, secas, desertificação e violência têm feito com que cresça a xenofobia e a aversão aos estrangeiros, sobretudo nos países mais ricos que, naturalmente, tendem a atrair mais imigrantes. Afirma-se que a imigração diminui os empregos dos nativos, prejudicando os nacionais dos países que aceitam imigrantes. Se olharmos para as estatísticas, veremos que as coisas não são bem assim. Em 2019, a taxa de emprego nos 27 países da União Europeia [EU] indicou que entre as pessoas com idade variando de 20 a 64 anos, o emprego de pessoas nascidas fora da EU era de 64, 4% ; de 73,9% entre a popu-lação nativa de cada país e de 75,3% entre os cidadãos da EU que tinham nascido em outro estado membro, diferentes dos que resi-diam.[2]

A força de trabalho dos imigrantes é funda-mental na EU na atualidade. Recentes pes-quisas demonstram que 14,5% dos profissio-nais da educação são imigrantes; 11,9% dos trabalhadores agrícolas especializados; dos cientistas e engenheiros, o percentual é de 11,1%; 10, 3 % dos cuidadores também são imigrantes e, por fim, 9,9% dos profissionais de limpeza têm origem estrangeira.[3] A inte-gração dos imigrantes é uma das metas da Agenda 2030 estabelecidas pela ONU[4], sendo um fator chave do desenvolvimento sustentável.

Infelizmente, a Humanidade, ao longo de sua História esteve mais preocupada em separar do que em integrar. Como sabemos, o “fim do Império Romano” (fronteira norte) era na Inglaterra (Britânia), onde um muro separava a “civilização” romana dos “bárbaros” escoce-ses[5]. A Muralha de Adriano teve a sua cons-trução iniciada em 122 AD e foi concluída em 126 AD, não tendo sido capaz de impedir a imigração, trocas culturais e a integração eco-nômica.

A Grande Muralha da China é outro muro importante da História, construído para prote-ger o “império do centro” das invasões de povos nômades que vinham do norte, é uma construção grandiosa que, todavia, não evitou que a China sofresse a influência de outros povos e que diferentes graus de integração e transformações sociais e étnicas ocorressem no grande império. O muro mais tristemente conhecido é o já derrubado muro de Berlim que foi construído pelas autoridades da Repú-blica Democrática Alemã (Alemanha Oriental), com vistas a impedir que a população alemã--oriental abandonasse o “paraíso socialista” em direção ao “inferno capitalista”. É relevan-te observar que” de acordo com pesquisas do Museu do Muro no Checkpoint Charlie, entre 1945 e 1989, pelo menos 1.393 homens e mulheres perderam a vida entre as Alemanha Ocidental e Oriental. Essa cifra ainda estaria sujeita a correções, já que “as pesquisas con-tinuam”, segundo afirmou Alexandra Hilde-brandt, diretora e proprietária do museu locali-zado no antigo posto de fronteira das forças aliadas Checkpoint Charlie, no centro de Berlim. “[6]

Apesar do evidente fracasso dos muros como instrumento de política econômica, de segu-rança e imigratória, os seres humanos não desistiram deles. Tim Marshall[7] demonstra que, na atualidade, são muitos os muros separando nações e povos. Também sobre o tema, veja-se o livro de Said Saddiki, World of Walls[8].

O mais famoso muro da atualidade é o exis-tente na fronteira entre o México e os Estados Unidos, construído como vã tentativa de impe-dir a imigração. A ex-secretária de Segurança Interior, Janet Napolitano, costumava afirmar: “You show me a 50-foot wall, and I’ll show you a 51-foot ladder.”[9] (você me mostra um muro de 50 pés de altura, e eu te mostrarei uma escada de 51 pés de altura). Aliás, a amplia-ção de tal muro acabou gerando problemas para muita gente. Há muro separando a Palestina de Israel, no mundo árabe existem muros em Bagdá, Damasco, Amam, Sana, Beirute, Cairo e Riad. Há um enorme muro separando Bangla – Desh de Bengala (Índia)[10]. Não se esqueça do Muro Marro-quino que é o maior campo minado do mundo (2. 700 km) e busca impedir o acesso do povo Saharawi ao território do Saara ocidental,

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impelindo-os para a Mauritânia.[11] No Marro-cos há, também, o muro com Ceuta, já mais que lendário. Há vários outros exemplos na Hungria, onde a fronteira foi eletrificada[12]. A Eslovênia, também murou suas fronteiras[13].

Nenhum destes muros teve a capacidade de estabelecer uma política de imigração razoá-vel e capaz de atender às necessidades das crises humanitárias, bem como as necessida-des dos próprios países receptores que, em sua maioria, são países desenvolvidos com claro decréscimo da taxa de natalidade e com número crescente de idosos que deixam o mercado de trabalho. Assim, a imigração, con-forme visto acima, tem um importante e cres-cente papel econômico a desempenhar. A globalização econômica, tem como uma de suas externalidades a maior circulação de mão de obra que, infelizmente, ainda não está devidamente compreendida e regulamentada.

O Brasil, caso entre em um ciclo econômico virtuoso e com crescimento, necessitará importar mão de obra especializada para atender aos futuros desafios e, portanto, é imperioso que olhemos à nova imigração com olhos acolhedores e não com xenofobia. O Brasil pode e deve ser um exemplo para o mundo, acolhendo com generosidade aos que aqui vem buscar uma nova esperança de vida e contribuir para o enriquecimento cultural, espiritual e econômico de nosso país.

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Etiqueta & Ética. Essencial na vida pessoal e profissional

COLUNAFabi Calvo

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Muito falada, mas pouco entendida, a etiqueta é essencial para nossa vida e para a relação interpessoal, tanto na social quanto na empre-sarial.

Alguns, erroneamente, dizem que a etiqueta engessa. Acredito que essas pessoas ainda não entenderam o significado verdadeiro dela, uma vez que o “papel” da etiqueta é justamen-te facilitar o nosso dia-a-dia, com indicações de cordialidade, gentileza, respeito e ordem.

Para Emily Post etiqueta é “Um código de comportamentos baseado em considerações e ponderações”.

Para Lucas Oliveira, sociólogo, “A Etiqueta trata de regras e normas que estabelecem o comportamento socialmente aceito em dife-rentes ocasiões, baseando-se no trato de formalidades em momentos cerimoniais ou na convivência comum.”

Pra mim, etiqueta é a expressão da gentileza, do respeito e cuidado. É sim, um conjunto de regras – lembrando que a palavra regra signi-fica “dirigir, guiar, conduzir”- que visam facilitar o dia a dia das pessoas, seja à mesa, num encontro social, numa reunião de negócios ou na fila do supermercado.

Sem essas regras ou seja, sem essa direção, não teríamos parâmetros e ficaríamos perdi-dos. Como seria o mundo sem a “regra” de que não podemos interromper a outra pessoa enquanto fala? No mínimo bem complicado… Como seria o convívio nos escritórios sem a regra de cumprimentar as pessoas ao chegar? Certamente um ambiente pesado, frio e impessoal.

Como sería quando duas pessoas de países distintos se conhecessem? Quem pagaria a conta em uma refeição de negócios? Quem iria sentar onde?

As normas de boa conduta e civilidade exis-tem desde do Egito Antigo e de lá pra cá sofreu várias alterações e acompanhou a evo-lução do ser humano – vai seguir evoluindo com a gente, afinal nosso comportamento

muda de acordo com as circunstâncias em que vivemos, porém existem coisas que nunca mudaram e nunca mudarão, como o respeito com o próximo, a ética, a honestida-de e a honra.

Ter etiqueta é ter respeito pelo próximo. Ter etiqueta É ter respeito por si mesmo. É enten-der a importância de um sorriso, de um obri-gada e de respeitar alguém da sua profissão – mesmo sendo seu concorrente.

Ter etiqueta é ter e exercer a ética e a moral diariamente. É entender que o ser humano é complexo e que a cordialidade vai trazer mais leveza para todo tipo de relação.

Ter etiqueta no seu trabalho e respeitar seu empregador. Respeitar seus colegas de traba-lho – todos os colaboradores daquela empre-sa- independente do cargo que ocupa. É saber o poder de um sorriso em uma lideran-ça. É entender a forma adequada de usar a rede social, escrever um email ou usar o what-sapp, assim como o celular.

É ter respeito ao usar um texto de outra pessoa e dar o devido crédito. É saber se comportar ao sentar à mesa. É saber entregar um cartão de negócio e ter estratégia para fazer um plano de mesa.

Etiqueta faz parte da nossa vida e entender essa questão e estar no caminho do sucesso pessoal e profissional.

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Etiqueta e Pandemia : O Resgate do Espaço Pessoal

COLUNAFabi Calvo

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Todos nós temos um espaço ao redor do nosso corpo e dependendo da distância vai ser classificado como espaço pessoal, social ou público.

O espaço pessoal, que existe apenas na nossa mente, é uma bolha que criamos ao redor do nosso corpo e vai variar de 50 cm a 1,20 (abertura do nosso braço). Ele nos dá segurança e é apropriada para tratar de assuntos pessoais. Normalmente só os amigos, familiares e namorados ficam dentro do espaço pessoal.

Para Sommer (1973, p. 34), “a violação da distância individual é a violação das expectati-vas da sociedade; a invasão do espaço pes-soal é uma intrusão nas fronteiras do eu da pessoa”.

A percepção desse espaço vai variar de acordo com a cultura e a situação que nós nos encontramos. O espaço pessoal dos britâni-cos e norte americanos é maior do que o espaço dos latinos-americanos e franceses. Dentro do transporte público a percepção é uma, na rua outra e no restaurante outra, mas, em todos os casos, quando nos sentimos invadidos dentro desse espaço sempre vamos reagir de maneira a demonstrar a outra pessoal o quão estamos incomodados e des-confortáveis com aquela situação.

Nossas reações são instantâneas, porque sentimos que estão invadido diretamente nossa privacidade e que estamos perdendo o controle. Na grande maioria das vezes essas reações não são verbais para demonstrar nosso incômodo mediante aquela situação. Nos sentimos irritados, olhamos fixamente ou desviamos o olhar, damos as costas, batemos os dedos em algum superfície ou nos afasta-mos imediatamente. Já nos locais que somos obrigados a estar muito perto de alguém, con-traímos todos os músculos que está em con-tato.

No nosso cotidiano pré pandemia, em muitas situações tínhamos esse espaço pessoal bem reduzido. Transporte públicos lotados, cadei-ras de aviões em classe de turistas cada vez menores, pessoas nas filas que estavam umas em cima das outras entre tantos outros exemplo.

E eis que vem a COVID 19 e faz um resgate desse espaço pessoal. Agora a regra é um distanciamento de 2 metros entre cada pessoa e de repente, de uma hora pra outra, vimos esse espaço aumentar.

Tivemos que nos reeducar e respeitar proto-colos de segurança. Tivemos que nos reedu-car e aprender a respeitar o espaço do outro. Mas, dessa vez não só por respeito a pessoa em relação de invasão da sua privacidade mas em relação a saúde e segurança de todos.

Estamos nos reeducando dia a dia e com isso, assistimos um resgate do respeito desse espaço, tão essencial para o relacionamento interpessoal das pessoas.

E a pergunta que não quer calar… será que vamos continuar a respeitar de forma tão sério esse espaço?

Isso ninguém pode afirmar, mas eu, particular-mente torço muito para que sim!

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Hacking Sales, Inbound Marketing e Social Selling: três novos modelos de venda em tempos de transformação digital

COLUNAMarcelo Reis

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Ao longo dos últimos séculos, diversos mode-los de venda vêm sendo criados e largamente adotados. Para citar alguns exemplos: Modelo em Pirâmide (um dos mais antigos e hoje ilegal em diversos países), Marketing Multiní-vel, Trust-based Selling, Mood Selling, Modelo AIDA, SPIN Selling, Outbound Sales, Custo-mer Centric Selling, entre outros.

Atualmente, em tempos de transformação digital, têm se destacado modelos que se utili-zam da tecnologia para otimizar o processo de vendas, gerar mais conversão, facilitar a gestão de clientes e, é claro, captar novos leads. Neste texto falaremos sobre três desses modelos. São eles:

Hacking Sales: consiste na aplicação conjunta de uma série de táticas e soluções tecnológi-cas de ponta, utilizando-se principalmente de processos de automação.Inbound Marketing: trata-se do desenvolvi-mento e compartilhamento de conteúdo rele-vante em canais digitais como estratégia para atração de leads e posterior conversão em clientes.Social Selling: visa desenvolver um relaciona-mento com o público-alvo através de redes sociais, agregando valor e inspirando um senso de confiança e credibilidade em relação à marca, produto ou serviço ofertados.Quer saber mais sobre cada um desses modelos de venda? Continue a leitura:

Hacking SalesO termo “Hacking Sales” se popularizou após o lançamento do livro Hacking Sales: the Playbook for Building a High-Velocity Sales Machine, de Max Altschuler. Em tradução livre, o título seria “vendas de hackers: um manual para a construção de uma máquina de vendas de alta velocidade”.

O livro traz um compilado de mais de 70 táticas que, aliadas ao aparato tecnológico de que hoje se dispõe, automatizam diversas funções do processo de prospecção e capta-ção de clientes.

Muito mais que acelerá-lo, isso também signi-fica que os funcionários que em modelos tradicionais seriam responsáveis por essas funções, agora terão mais tempo para se dedicar às fases rentáveis do processo.

Como funcionaPara entender melhor, pare e pense sobre quanto tempo é gasto, na sua empresa, com atividades como pesquisa e tentativas de abordagem de potenciais clientes. Um correto processo de automação fará um rápido mape-amento de um grande volume de perfis que atendem ao ideal de cliente da sua empresa.

Além disso, será possível automatizar também a abordagem inicial, deixando aos funcionários a tarefa de seguir em contato e negociação somente com os leads mais quali-ficados, que representam real potencial de venda. Tudo isso em menos tempo.

O conjunto de ferramentas utilizadas em uma estratégia de Hacking Sales é chamado Sales Stack. Essas ferramentas podem agrupar softwares, sistemas e aplicativos, plataformas online e até mesmo redes sociais.

Evidentemente, a escolha das ferramentas para o seu Sales Stack não pode ser feita ao acaso. Os principais fatores que você deve levar em conta são o Perfil de Cliente Ideal, a jornada de compra do cliente e as etapas do Funil de Vendas.

Inbound MarketingAo contrário de como ocorre em modelos de venda mais tradicionais — como o já mencio-nado Outbound Marketing, em que a empresa aborda o cliente —, no Inbound Marketing a ideia é fazer com que a marca seja encontra-da pelo potencial cliente e com ele crie um relacionamento, a partir de então.

Assim como o Hacking Sales, este método também se popularizou após o lançamento de uma obra literária: Inbound Marketing. Seja Encontrado Usando o Google, a Mídia Social e os Blogs, de Brian Halligan e Dharmesh Shah.

Quando se fala em “desenvolvimento e com-partilhamento de conteúdo relevante” — como pontuado no início deste texto —, por “rele-vante” queremos dizer conteúdo que esteja alinhado aos interesses de seu público-alvo e agregue valor, ao mesmo tempo que tenha relação com sua empresa, produto ou serviço.

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bastante provável que o Linkedin seja a melhor opção para seu negócio — o que não necessariamente significa que você não deva estar presente em outras plataformas.

Caso você trabalhe com comércio B2C, a presença em redes sociais como Facebook e Instagram é fundamental; e em muitos casos também no Twitter, às vezes no YouTube.

Aspectos fundamentaisEm estratégias como o Inbound Marketing e o Social Selling, é importantíssima a criação de uma persona que represente o cliente ideal para seu negócio. Ela é criada a partir de pes-quisa, coleta e análise de dados, preferencial-mente com clientes que você já tenha.

Utilizam-se métodos quantitativos e qualitati-vos, como questionários e entrevistas, e os dados obtidos incluem questões gerais como gênero, idade e localização, e outras mais particulares, como rotina, interesses pesso-ais, hábitos de consumo e canais usados para obtenção de informações e conteúdos varia-dos.

É também imprescindível o alinhamento de linguagem, a depender do perfil do cliente, e a adaptação aos formatos ideais e às configura-ções de anúncio de cada plataforma: no Face-book e Instagram, por exemplo, a performan-ce de um anúncio pode ser drasticamente prejudicada se o texto da imagem ocupar mais de 20% de seu tamanho total.

Por fim, explore todas as possibilidades que as redes sociais lhe oferecem: fotos, vídeos e enquetes; posts carrosséis no feed, não somente os tradicionais; ferramentas interati-vas nos stories; vídeos mais extensos no IGTV, etc. E, é claro: interaja sempre com seu público. Responda aos comentários, às men-sagens na direct e utilize chamadas para ação.

Gostou de aprender um pouco mais sobre os novos modelos de venda que têm surgido e ganhado força com a transformação digital? O mais legal é que você não precisa escolher apenas um, pelo contrário: nossa dica é utili-zá-los em conjunto, de maneira estratégica.

Aplicação práticaA aplicação prática de uma estratégia de Inbound Marketing costuma ser dividida em quatro fases:

Atração: desenvolvimento de conteúdo que interesse ao seu público-alvo. A intenção é gerar tráfego orgânico, atrair visitantes ao seu site.Conversão: começa-se a estabelecer um rela-cionamento com o visitante, nutrindo-o com mais conteúdo relevante. A intenção é trans-formá-lo em lead.Venda: nesta etapa, o conteúdo que nutre o lead é mais voltado à apresentação de seu produto, que ele agora vê como algo que lhe pode ser útil. É o momento para orientá-lo à decisão de compra.Encantamento: trabalha-se para fidelizar o cliente e encantá-lo, de modo que ele apre-sente ou indique seu produto ou serviço para outras pessoas.Exemplos de conteúdos que podem ser desenvolvidos em uma estratégia Inbound incluem artigos para blogs, posts para redes sociais, vídeos, e-books, landing pages e e-mail marketing.

Cada conteúdo obedece a uma lógica própria, como a otimização para SEO no caso dos artigos para blogs e landing pages, cujo objeti-vo é fazer com que seu site esteja bem posi-cionado em mecanismos de busca.

Como um bom mecanismo de gestão estraté-gica, o Inbound Marketing também conta com um processo de análise de performance e monitoramento de resultados, que costuma envolver indicadores como KPIs (indicadores--chave de performance), CAC (custo de aqui-sição de clientes) e ROI (retorno sobre investi-mento).

Social SellingComo você já deve ter percebido, o Social Selling, embora seja um método por si só, está inserido na lógica do Inbound Marketing. Para que ele seja eficiente, é necessário que se determine em que redes sociais sua empresa terá atuação.

Obviamente, essa escolha dependerá da preferência de seu público-alvo: se você trabalha com comércio B2B, por exemplo, é

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O celular e a etiqueta – como evitar gafes

COLUNAFabi Calvo

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Já fazem alguns anos que o celular está presente na nossa vida. Só de pensar em ficar sem ele já é um motivo de estresse para muitos. A verdade é que com os smartphones fazemos praticamente tudo do nosso trabalho, nos mantemos atualizados e resolvemos vários problemas através deste aparelho. Mas precisamos ter alguns cuidados, principal-mente quando estamos falando de comporta-mento ligado aos negócios.Devemos ter sempre em mente que quem tem prioridade são as pessoas que estão na nossa frente e não aquelas conectadas via web por aplicati-vos de mensagens ou emails.

Se estiver conversando com alguém e o tele-fone tocar, caso precise atender, peça licença à pessoa com quem você está presente, vá para uma área isolada e atenda. Caso não seja possível, seja discreto ao falar. O ideal é você perguntar a pessoa que está ligando se você pode retornar. Mas aqui outra dica importantíssima: Sempre retorne a ligação.

Em reuniões ou almoços/jantares, caso você esteja esperando uma ligação marcada, que não pode ser adiada, avise as pessoas antes de começar a reunião ou evento, pedindo des-culpas pelo ocorrido e explique que essa cha-mada já estava marcada.

Na hora, seja discreto e saia do local, fale o mais breve possível e volte com discrição. Evite ao máximo deixar o celular em cima da mesa. Mantenha sempre ele no bolso ou na bolsa, em função vibracall.

Em lugares abertos, seja discreto ao discutir assuntos particulares ou certos assuntos profissionais, você nunca sabe quem estará escutando. Em lugares como cinemas, teatros, museus, templos religiosos, restau-rantes etc, mantenha sempre seu celular em silencioso.

Quando estiver telefonando para alguém, sempre primeiro se apresente e em seguida, pergunte se a pessoa pode falar e somente depois da confirmação de disponibilidade faça a pergunta ou pedido.

E por último mas não mesmo importante, as mensagens de texto enviadas sempre deve-rão estar em letras minúsculas. O uso de letras maiúsculas significa que você está gritando e a mensagem chegará em um tom agressivo e grosseiro. Com esses cuidados conseguiremos aproveitar todos os benefícios desse aparelho e evitar várias saias justas!

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Etiqueta e Pandemia : O Resgate do Espaço Pessoal

COLUNAFabi Calvo

Planet Smart City apresenta quatro projetos inteligentes e acessíveis para democratizar a moradia no Brasil

NOTÍCIAAssessoria de Imprensa

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A Planet Smart City é inovadora em seu modelo de negócios, já que reúne o conceito de cidade inteligente e moradias a preços acessíveis. De acordo com a proptech, uma cidade inteligente inclusiva deve integrar uma série de soluções em tecnologia, planejamen-to e arquitetura, inovação social e sustentabili-dade ambiental, visando melhorar a vida das pessoas.

A Smart City Laguna, por exemplo, é a primei-ra cidade inteligente inclusiva do mundo, atualmente em construção no estado do Ceará. Como modelo para projetos futuros, Laguna fornece aprendizados que são aplica-dos em outros projetos em andamento no Brasil. Conheça, a seguir, detalhes de alguns deles.

São Gonçalo do Amarante – Ceará

A Smart City Laguna é considerada a primeira cidade inteligente inclusiva do mundo e proje-tada para 25 mil pessoas, Laguna está locali-zada em uma área de 330 hectares em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, distante apenas 55 km da capital Fortaleza e a 20 minutos das mais belas praias cearenses. A 1ª etapa da cidade foi entregue em 2018 e já começou a receber os primeiros moradores. A previsão de conclusão da Smart City Laguna é em dezembro de 2021.

Aquiraz – Ceará

A Smart City Aquiraz foi planejada em uma área de 200 hectares em Aquiraz, município do litoral leste do Ceará, a cidade inteligente está distante apenas 6 km do mar, a 35 km do Centro da capital Fortaleza e a 16 km do Beach Park, considerado o maior parque aquático da América do Sul. A Smart City Aquiraz está em construção e será voltada para 18 mil pessoas. O lançamento do projeto e o início das vendas das primeiras casas está prevista para o segundo semestre de 2020.

São Gonçalo do Amarante – Rio Grande do Norte

A Smart City Natal foi projetada para receber

cerca de 15 mil pessoas, a Smart City Natal está em construção em uma área de 170 hec-tares em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, a 20 km da capital e a 8 km do aeroporto internacional de Natal. A cidade inteligente traduz um novo jeito de viver: conectado, sustentável e colaborativo, com mais qualidade de vida aos seus moradores.

São Paulo

O Viva!Smart será construído em São Paulo, a maior cidade do Brasil, e está sendo desen-volvido e construído em parceria com a InLoop, empresa com expertise no mercado imobiliário local. A primeira fase do inovador bairro inteligente será lançada no segundo semestre de 2020. O Viva!Smart é composto por quatro atraentes empreendimentos, totali-zando 2.500 apartamentos, em Bela Vista, Itaquera, Jabaquara e Freguesia do Ó.

Sobre a Planet Smart City A empresa proptech Planet Smart City projeta e constrói cidades e bairros inteligentes inclu-sivos, que fornecem mais do que apenas resi-dências. Com presença global no mercado imobiliário a preços acessíveis, tanto em mer-cados emergentes quanto nos desenvolvidos, a Planet melhora a qualidade de vida de seus moradores, aplicando sua experiência em integração de soluções inteligentes, tecnolo-gias digitais, serviços e inovação social. Seus bairros inteligentes, sustentáveis e socialmen-te inclusivos são apoiados pelos serviços do Planet App, uma plataforma digital própria que permite que os moradores interajam entre si e com o bairro ao seu redor.

O grupo foi fundado em 2015 pelos especialis-tas imobiliários italianos Giovanni Savio e Susanna Marchionni e é presidido pelo físico e empresário Stefano Buono.

A Planet Smart City enfrenta a crise global de moradias em países com grandes déficits habitacionais e também trabalha em parceria com desenvolvedores em todo o mundo, para revitalizar distritos já existentes.

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A empresa é focada na geração de impacto social positivo e criou um formato inovador para projetos inteligentes que pode ser repli-cado em todo o mundo.

A proposta única da Planet se tornou realida-de no Brasil, onde está construindo quatro projetos inteligentes – Smart City Laguna, Smart City Natal, Smart City Aquiraz e Viva!S-mart. A empresa também lançou seu primeiro projeto imobiliário na Índia e possui um portfó-lio ativo na Itália, onde trabalha em parceria com os principais desenvolvedores imobiliá-rios.

Sediada em Londres, a Planet captou € 100 milhões de euros desde a sua fundação e está executando um ambicioso plano de expan-são, que inclui o lançamento de 30 projetos até 2023, com um marco de oito projetos resi-denciais de grande escala lançados em 2020.

Para mais informações acesse: www.planets-martcity.com

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Reflexões sobre miasmas, lavar as mãos, uso de máscara, distanciamento social, filosofia, fé e respeito à vida durante a pandemia. E duas perguntas para antes de ir dormir

COLUNACarlos Peixoto

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Essa semana ouvi uma curiosa conversa em que alguém comentou não acreditar “nessa questão da Covid-19”. Que “há muita manipu-lação da informação e a Pandemia não é essa coisa toda de que se fala”. Disse isso, entre outras coisas, justificando-se por não estar usando a máscara que levava no bolso e em contraposição à relutância do outro em manter proximidade física inferior a três metros. Não deu para ouvir muito mais, pois que a conversa não foi muito adiante, já que o mesmo indicou tratar-se de “uma questão política”. Há circunstâncias em que não cabe transigência alguma. Quando se põe em perigo a vida humana, adentramos esse terri-tório.

Isso no dia em que alcançávamos a marca das 90.000 mortes em decorrência de compli-cações causadas pelo vírus (1). Mesmo dia em que meu cardiologista lamentava a perda da esposa de um paciente seu, uma mulher antes de aparência saudável e de apenas 57 anos de idade. E menos de um mês após a família de alguém muito próximo a mim haver perdido um ente querido que penou por 11 dias num leito de hospital, a despeito do hero-ísmo de médicos e enfermeiros.

Claro que a quantidade de acometidos pelo vírus que se recuperam é imensa, porém as muitas mortes aqui e no mundo inteiro entris-tecem e são inaceitáveis, diante de tantos recursos técnicos e ciência disponíveis em nossos dias (2). Fora o absurdo impacto eco-nômico ceifando sonhos e empregos. E sem expectativa de alívio antes da possibilidade de vacinação em massa.

Olhando a questão sob a ótica da Filosofia de Kant (3), ele definiu que no Imperativo Cate-górico a ação ética ocorre como algo que se encerra em si mesmo, ou seja, opta-se por agir corretamente pelo simples desejo de se fazer o que é certo, ou fazer o Bem sem fixar condições. Já no Imperativo Hipotético, o agente toma a decisão ética por medo de uma punição, real ou percebida, ou na expectativa de fazer jus a uma compensação ou prêmio.

Pois ao contrário do que possa parecer, essa é realmente uma questão de ética, não

é realmente uma questão de ética, não apenas de política, embora muitos estejam usando o tema para estimular o radicalismo de posições como temos presenciado. Eticamente falando, lava-mos as mãos mais frequentemente, respeitamos o distanciamento social e fazemos uso de máscara, não apenas para estar de acordo com a lei e evitar as punições correspondentes, ou livrar--nos de cometer um pecado, mas prin-cipalmente por respeito à própria vida e à vida dos demais. Ou seja, para fazer o que é certo. Em primeiro lugar, dese-jamos proteger a vida daqueles com quem nos relacionamos. Os que são dotados de alguma empatia, muito lamentariam se soubessem ser os potenciais causadores da contamina-ção de seus entes mais próximos, amigos ou parentes. Ainda mais se lhes causassem tal sofrimento e a morte prematura.

Por outro lado, sabemos que nem todas as pessoas que contraem o vírus falecem em decorrência da contamina-ção (4). Mas o princípio da aversão aos riscos nos motiva a tomar ações que conduzam à preservação da vida. Daí que pessoas com alto grau de maturi-dade moral buscam não apenas respei-tar as normas impostas pelas autorida-des, mas procuram adotar posturas e comportamentos condizentes com a situação de pandemia e seguem os protocolos recomendados pela ciência. Porém fica a pergunta: o que faz com que pessoas de alta escolaridade e his-tórico de solidariedade em outras situa-ções, revelem-se rebeldes aos ditames da ciência quando falamos das medi-das de contenção da presente pande-mia?

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Ocorreu-me a figura do médico, pesqui-sador e obstetra, Dr. Ignaz Sem-melweis (5) e de outros que tentaram convencer as pessoas acerca da importância de respeitar os dados esta-tísticos e trabalharam para o desenvol-vimento dos protocolos estabelecidos pela ciência. Semmelweis morreu aos 47 anos num hospício para loucos sem ter presenciado a descoberta da teoria microbiana (6) que mais tarde compro-varia suas observações. Porém foi com base em suas recomendações para que os cirurgiões lavassem as mãos que tantos centros cirúrgicos puderam evitar muitas mortes, o que era comum em sua época, devido à crença estabe-lecida nos miasmas (7) como causado-res das infecções.

Outra forma de abordar essa questão é sob o ponto de vista da Fé. Que se saiba não há uma só religião que tenha como preceito o desrespeito à vida humana. Em nossa cultura cristã, o amor ao próximo é pressuposto funda-mental de religiosidade. Ao ser questio-nado pelos Fariseus, Jesus definiu o Amor a Deus e ao Próximo como os Mandamentos mais importantes, sendo a justificativa de toda a Lei (8). Por essa ótica, não há como não se preocupar em preservar a saúde dos demais, ado-tando práticas que evitem a dissemina-ção do vírus. E aqui cabe a segunda e mais grave pergunta: se estivermos pouco ligando para a própria vida, que é um dom de Deus, como esperar que por amor ao próximo fiquemos atentos às questões de saúde pública, por mais cristãos que acreditemos ser?

E nem precisamos ser especialistas em questões de Saúde, Filosofia,

E nem precisamos ser especialistas em questões de Saúde, Filosofia, Fé ou Civilidade. Trata-se de um problema de alcance mundial. De forma que com os recursos digitais à disposição da larga maioria, podemos facilmente entender e seguir as recomendações amplamen-te divulgadas por autoridades interna-cionalmente reconhecidas (9).

Em momentos como os que estamos vivendo, o apelo à Filosofia e à Fé podem mesmo ser de grande utilidade. Porém em nosso estágio de desenvol-vimento cultural e social, não devería-mos abrir mão de seguir os protocolos da Ciência, que afinal é um desenvolvi-mento proporcionado pela evolução da maior das criações de Deus: a Humani-dade.

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Será que estamos ficando invisíveis?

COLUNARobson Castro

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Tenho pensado sobre esse inevitável “novo normal” que vem sendo desenhado para superarmos as muitas das perdas sofridas nos últimos meses por conta da pandemia.

Sim, é preciso adaptar, reinventar e recons-truir para termos condições de seguir, mesmo não sabendo ainda para aonde.

De fato, o mundo já vinha desenhando um novo normal com tantas mudanças na forma como nos relacionamos com as coisas, pes-soas e informações. Agora, com o Covid-19, estas mudanças estão mais fortes ainda, tais como:

– Trabalhos em Home Office.

– Reuniões e Entrevistas por videoconferên-cia.

– Diferentes APP’s para Comida, Banco, Roupas, etc.

– Sistemas virtuais de avaliação comporta-mental.

– Lives para Educação, Entretenimento, Trei-namentos, etc.

– Moedas virtuais.

É claro que a contribuição da tecnologia, além de inevitável e real, melhora muitas áreas da nossa vida.

Por outro lado, quando lembro o esforço das organizações em integrar pessoas, seja com estruturas horizontalizadas, “open space”, “co-working “, gerentes de relacionamento e aproximação entre fábricas e escritórios; tenho a sensação de que, sob a ótica do Com-portamento e do Relacionamento, infelizmen-te estamos agora nos distanciando das pes-soas.

Portanto, resisto em aceitar este “novo normal” com normalidade; mas sim como uma fase transitória para que logo deixemos de ser quase invisíveis, de olharmos o mundo pelas telas e janelas, de usarmos máscaras, de medirmos distâncias ou de temermos o conví-vio social.

Minha expectativa é de que este “novo normal” não seja uma consequência de pan-demias e, ainda que a tecnologia esteja presente, possamos voltar a nos aproximar

Minha expectativa é de que este “novo normal” não seja uma consequência de pan-demias e, ainda que a tecnologia esteja presente, possamos voltar a nos aproximar, sermos vistos, abraçarmos, sentirmos o cheiro da vida e percebermos o mundo por inteiro.

Entendo que as Ciências Exatas tem um papel de protagonista na evolução da humani-dade, mas também acho que a nossa e a próximas gerações não podem deixar de valo-rizar o tempo e o espaço para relacionamen-tos reais e verdadeiros.

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ALCANCEEMPRESASE UM PÚBLICOALTAMENTESEGMENTADO.

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Webinar – Gerenciamento de Stakeholders para mitigação de riscos socioambientais

WEBINARPor Allana Schutz – Estagiária Negócios Pro Br

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O Negócios.pro.BR realizou um webinário de Gerenciamento de Stakeholders, com a espe-cialista Joana Menezes, engenheira sanitaris-ta e ambiental da Draxos Consultoria e Gestão Ambiental.

O webinar teve uma participação bem alta e um público bastante engajado, o que o tornou bastante interativo. Através de votações online pudemos notar que 60% do publico já aplicava alguma metodologia e parte já enten-dia o conceito.

O conhecimento de Stakeholders é funda-mental para empresas de todos os segmen-tos, visto que se trata de um fator importante para o sucesso de um negócio. Este termo que define um público estratégico, frequente-mente utilizado em áreas da comunicação, administração e tecnologia de informação. Sua função é designar as pessoas e grupos mais importantes para um projeto: a parte interessada.

Todas as ações de uma empresa devem ser pensadas a partir de Stakeholders, pois as práticas e políticas do negócio afetarão direta-mente essas pessoas ou grupos, de forma positiva ou negativa.

A análise de Stakeholders é um processo sistemático de coleta e análise de dados e informações sobre os interesses que ajuda a gerenciar riscos. A probabilidade da ocorrên-cia de eventos como conflitos econômicos, estratégicos, financeiros ou políticos, influen-cia no cálculo de seu risco.

De acordo com o jornal americano The New York Times, o impacto dos bens intangíveis para uma empresa chega a 75%, consideran-do que a valorização se dá tanto por bens matérias quanto imateriais. Assim, é indispen-sável pensar em quais são as ferramentas necessárias para fazer a leitura de um territó-rio para atuar de forma estratégica nele.

Em um contexto nacional, existem muitos movimentos sociais e conflitos existentes, na sua maioria, na área rural. Onde os grupos sociais mais afetados são comunidades locais, por isso, é fundamental que a organi-zação atuando nesse território esteja atenta a essas situações.

E, por isso, há uma tendência a se trabalhar com uma cartografia social, para uma melhor avaliação desse território, e muito da comuni-cação é feita através de cartas com imagens representativas, pois muitos não possuem alfabetização.

Ter uma escuta atenta e valorizar a cultura local é a mudança necessária, a fim de produ-zir um bom relacionamento com as partes interessadas.

A partir do momento em que as partes interes-sadas estão engajadas, elas passam a forne-cer dados e prevenir os riscos socioambien-tais e ajudar na monitoração, e pra isso temos uma série de ferramentas para administrar.

O cadastro social, desenvolvido pela Draxos, guia a produção e coleta de dados, para manter a comunicação ativa e assertiva com os grupos e partes interessadas, podendo ser utilizado através da Draxos Consultoria e Gestão Ambiental.

Assim, o movimento precoce com as partes, faz com que a organização gere um resultado positivo para todos os envolvidos.

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