Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

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Ano I - Volume 1- Número 1 - Janeiro/Julho 2011

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Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Santa CruzRua Fernando Abott, 174 - Centro - Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - RS

Publicação Oficial do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Santa CruzSanta Cruz do Sul, RS, Brasil

Elaboração, distribuição e informações: Núcleo de Epidemiologia do Hospital Santa CruzRua Fernando Abott, 174 - 2º andarBairro Centro – Santa Cruz do SulRio Grande do SulCEP 96810-150TELEFONE/FAX: 051 3713.7484 / 3713.7449E-MAIL: [email protected]

Editor: Marcelo CARNEIRO, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

Coeditores: Andréia Rosane Moura VALIM, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilLia Gonçalves POSSUELO, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

Editores Associados:Claudia Maria Maio CARRILHO, MD, MSc • Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, BrasilFábio Lopes PEDRO, MD, MSc • Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BrasilLuis Fernando WAIB, MD, MSc • Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Assessoria Editorial: Mariana Schmidt Adam, RNJanete Aparecida Alves Machado, NT

Conselho Editorial:Alexandre Vargas SCHWARZBOLD, MD, MSc • Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BrasilAndréia Lúcia Gonçalves da SILVA, Ft, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilAndreza Francisco MARTINS, PhD • Centro Universitário Metodista, Porto Alegre, RS, BrasilClaus Dieter DUMMER, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilCristiane Pimentel Hernandes MACHADO, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilDiego Rodrigues FALCI, MD, MSc • Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, BrasilDóris Medianeira LAZAROTO, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilEliane Carlosso KRUMMENAUER, RN • Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilFlavia Julyana Piña TRENCH, MD, MSc • Hospital Costa Ministro Cavalcanti, Foz do Iguaçu, PR, BrasilIvan SEIBEL, MD, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilJuliano de Avelar BREUNIG, MD, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilLeandro Bizarro MULLER, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilLeo KRAETHER NETO, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilLessandra MICHELIM, MD, PhD • Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, BrasilLuciano DURO, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilMarcos Toshiyuki TANITA, MD • Hospital Universitário de Londrina, Londrina, PR, BrasilMárcia PERUGINI, PhD • Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, BrasilMarilina BERCINI, MD, MSc • Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Porto Alegre, RS, BrasilNádia Mora KUPLICH, RN, MSc • Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BrasilSusana Fabíola MULLER, MD, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilSuzane Beatriz Frantz KRUG, RN, PhD • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, BrasilSuzanne BRADLEY, MD • University of Chigaco, Ann Arbor, Michigan, United States of AmericaTatiana KURTZ, MD, MSc • Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação:Álvaro Ivan Heming

Jornalista revisor colaborador: Cristina Severgnini (Reg. MTb/RS 9231)

Tiragem: 2.000 exemplaresImpressão: Gráfica Gartensul - Impresso no Brasil

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .........................................................................................................................................

EDITORIALO Núcleo de Epidemiologia Hospitalar comoum dos instrumentos de ensino em saúde ...................................................................................

RELATOS DE EXPERIÊNCIAAs “relações” entre o PET Vigilância em Saúdee o Núcleo de Epidemiologia Hospitalar ........................................................................................

O Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Santa Cruz .........................................

Núcleos de Epidemiologia do Rio Grande do Sul ......................................................................

Influenza A/H1N1 pandêmica 2009: lições de três infectologistas ....................................

A sistematização do diagnóstico de Síndrome Influenza Like e deSíndrome Respiratória Aguda Grave pelo NHE-HSC ................................................................

Tuberculose: uma doença negligenciada .......................................................................................

Riscos biológicos no trabalho: consideraçõessobre leptospirose e tuberculose .......................................................................................................

Febre hemorrágica no Rio Grande do Sul:A leptospirose como principal diagnóstico ..................................................................................

Dengue no Rio Grande do Sul .............................................................................................................

Paralisia Flácida x Poliomielite ..............................................................................................................

Sarampo .........................................................................................................................................................

Comissões intra-hospitalares de óbitos infantile adulto: onde estamos e onde devemos chegar?......................................................................

Normas aos autores .................................................................................................................................

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Revista de Epidemiologia e Controle de InfecçãoAno I - Volume 1 - Número 1 - Janeiro/julho 2011 - Suplemento 1

Fundada em 2011Diretor HSC

Prof. Leo Kraether NetoDiretor AdministrativoProf. Egardo O. Kuentzer

Diretor TécnicoProf. Leandro B. Muller

Diretor ClínicoProf. Tatiana Kurtz

Coordenador NHEProf. Marcelo Carneiro

As opiniões são de responsabilidade dos autores dos artigos.

REVISTA DE EPIDEMIOLOGIAE CONTROLE DE INFECÇÃO

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O Núcleo de Epidemiologia Hospitalar como um dos instrumentos de ensino em saúde

O Hospital Santa Cruz (HSC) tem su-cessivamente marcado a sua trajetória nos últimos anos com projetos e ações que inter-ligam a assistência com o ensino. Por conta disso, em 2010, foi protocolado juntos aos Ministérios da Saúde e Educação o pedido de certificação do HSC como Hospital de Ensino.

Os requisitos indispensáveis estão to-dos atendidos, e muitas das outras exigências bem encaminhadas. Deste universo de requi-sitos complementares, as diversas comissões internas são de fundamental importância, pois efetivamente discutem os pontos princi-pais para o funcionamento adequado de uma atividade tão complexa como a hospitalar.

De todas estas comissões regulares, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HSC é uma das mais antigas e atuantes, com ata documental desde 1983. Na época, integravam a comissão membros da direção,

do corpo médico e de enfermagem. Desde então, tem sido responsável por rotinas e protocolos de vigilância epidemiológica na esfera do Hospital Santa Cruz e região.

Em 2006, por conta da regulamentação dos Núcleos de Epidemiologia (NHE), foi-nos possibilitada a constituição de um núcleo descentralizado (existem 11 núcleos no Rio Grande do Sul), responsável pela busca ativa de dados e vigilância em saúde, refe-rentes a doenças de notificação compulsória. Atualmente, 16 bolsistas do programa PET Saúde - Vigilância (Unisc) realizam trabalhos em parceria com o núcleo, além de outros 45 estudantes que já realizaram atividades acadêmicas.

Isso reforça a relevância e a importân-cia do núcleo junto ao Hospital. Este formato de revista chega em um momento especial para a nossa instituição.

Leo Kraether Neto, PhDCirugião Dentista (UFRGS, especialista em Cirurgia

e Traumatologia Bucomaxilofacial (USP), Mestre em Ciências (UFPel)e Doutor em Estomatologia Clínica (PUC/RS)

Professor do Curso de Odontologia e Mestrado em Promoção da Saúde (Unisc)Diretor Geral do Hosital Santa Cruz - Santa Cruz do Sul - RS

EDITORIALAPRESENTAÇÃO

A Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção é a publicação oficial do Nú-cleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Ela nasceu de um ideal e de uma parceria regional, estadual e nacional. O corpo editorial é composto por profissionais de diversas instituições

com alta capacidade crítica e de formação de opinião. Esta revista será um dos “veículos” para a divulgação das experiências e estudos científicos relacionados aos assuntos de vigi-lância epidemiológica, bem como aos de controle de infecção relacionados às doenças de notificação compulsória, doenças infecciosas, saúde ocupacional e áreas correlatas.

Inicialmente, a periodicidade será trimestral, on line no site do Hospital Santa Cruz/Universidade de Santa Cruz do Sul, RS com artigos originais de pesquisa clínica e experimental, artigos de revisão sistemática de literatura, metanálise, artigos de opinião, comunicações, imagens e cartas ao editor. Em situações oportunas serão elaborados su-plementos com assuntos específicos como consensos, anais de eventos e séries especiais. O objetivo será apoiar a divulgação de ações realizadas no âmbito da epidemiologia que visem contribuir significativamente para a compreensão e controle dos problemas de saúde que afetam a sociedade em diferentes níveis de atenção à saúde.

Particpe conosco deste desafio e envie suas pesquisas.

Os editores

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As “relações” entre o PET Vigilância em Saúde e o Núcleo de Epidemiologia Hospitalar

O Programa de Educação para o Trabalho pela Saúde (PET) é um programa do Ministério da Saúde com a finalidade de induzir mudanças no processo de formação na área da saúde. Os pilares do programa são as metodologias de aprendizagem ativa como os grupos tutoriais e a interação ensino-serviço. Outras modalidades de PET Saúde já foram desenvolvidas com par-ceria entre a Unisc e a Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul (SCS). O PET Saúde/Vigilância terá duração de dois anos (agosto de 2010 a julho de 2012). O projeto é constituído por três grupos tutoriais voltados para o estudo e a pesquisa de aspectos epidemiológicos da tuberculose, da saúde do trabalhador e da lep-tospirose em SCS. Cada grupo é constituído por um tutor acadêmico (professor universitário), dois preceptores (profissionais com 3º grau) que atuam na rede de saúde básica e oito estudantes (quatro para cada preceptor), totalizando, por-tanto, três tutores acadêmicos, seis preceptores e 24 acadêmicos. A dedicação é de oito horas semanais de ensino/trabalho. O pilar é a multi-profissionalidade (enfermeira, bióloga, médico, sociólogo, veterinário, farmacêutico), juntamente com graduandos de diferentes cursos (Enferma-gem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Psicologia). Essa fundamentação é essencial para um aprendizado com troca de experiências e incentivo para a busca ativa do conhecimento científico e aplicabilidade na expe-riência profissional. O objetivo geral é a educação pelo trabalho em saúde com ênfase nas ações de vigilância em saúde no âmbito municipal. As es-

tratégias de atuação são de acordo com as dire-trizes da Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para o conhecimento e compreensão das condições de vida e trabalho das pessoas que residem no município, bem como das formas de organização e de atuação dos diversos órgãos e agências (governamentais e não-governamentais). Os resultados esperados das ações do PET/Vigilância irão permitir a análise dos riscos ambientais à saúde e à qualidade de vida, a análise das condições de saúde da popu-lação e dos seus determinantes sociais, o mape-amento dos fatores de risco e proteção à saúde da população e o monitoramento de situações que configurem risco de emergências epidemio-lógicas. O graduando se insere na realidade da situação da saúde e faz sua iniciação em pesquisa comprometida com as necessidades sociais e os princípios do SUS com aplicabilidade imediata sobre a realidade sanitária local. O PET/Vigilância incentiva a responsabilidade e o privilégio de participar de um movimento de transformação para a formação/atualização dos profissionais em saúde, com vistas a um processo de apren-dizagem ampla: generalista, humanista, científica, crítica e reflexiva – pautada nas necessidades de saúde da população e pela realidade do sistema de serviços de saúde. Portanto, o “aprender fazendo” e as metodologias ativas de aprendiza-gem por meio de ações formativas contribuirão para a formação de profissionais sensíveis para as necessidades básica de saúde e das relações que se estabelecem entre os serviços de saúde, os usuários, as instâncias decisórias e a universidade.

Marcos M. B. dos Santos, MSc.Mestre em Ciências Sociais (PUCRS) e Doutorando em Sociologia (UFRGS)

Professor de Sociologia (Unisc)Coordenador do PET Vigilância Saúde (Unisc)

RELATOS DE EXPERIÊNCIA O Núcleo Hospitalar de Epidemiologiado Hospital Santa Cruz

Deste a implantação em 2007, o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) mudou a maneira de pensar e agir de todos os profissionais do Hospital Santa Cruz (HSC). A sistematização dos diagnósticos diferenciais de doenças consideradas de notificação compulsória é minimamente explorado por médicos do corpo clínico, preceptores, mé-dicos residentes e acadêmicos de medicina e amplamente incentivado pela equipe do NHE. Já foram mais de 10 estudos apresentados

(oral e pôster) em congressos nacionais e internacionais, nove publicações de artigos originais, cartas ao editor e comunicações breves em revistas nacionais e internacionais. Já foram organizados 13 eventos conjunta-mente com a Vigilância Municipal de Saúde, 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Centro Estadual de Vigilância Sanitária e o Curso de Medicina da Unisc. A Figura 01 demonstra a série histórica anual de notificações do NHE - HSC e a ampliação das notificações.

Marcelo Carneiro, MD, MScInfectologista (UEL), Mestre em Microbiologia (UEL) e Doutorando em Medicina (UFRGS)

Professor de Infectologia e Microbiologia - Curso de Medicina (Unisc)Tutor Acadêmico PET Saúde Vigilância - Leptospirose (Unisc)

Coordenador do NHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

Figura 01 – Série história de doenças de notificação compulsória (DNC) desde a implantação do NHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

As notificações mais realizadas nos últimos 18 meses foram: atendimento antirrábico humano, acidente com animal peçonhento, tuberculose, leptospirose, meningite e Aids.

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1 Núcleos de Epidemiologia do Rio Grande do Sul

A Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, como parte integrante do Subsis-tema de Vigilância Epidemiológica, teve início no Estado do RS no ano de 2006. Ficou defi-nida, pela portaria GM 2529/2004, a criação de Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE) como estratégia de implantação dessa vigilância. Os NHE são unidades operacionais responsáveis pelo desenvolvimento das

atividades de vigilância epidemiológica no ambiente hospital, notificando os casos con-firmados ou suspeitos de Doenças de Vigilân-cia Epidemiológica (notificação compulsória).

Avaliando-se a série histórica do núme-ro de notificações realizadas pelos hospitais com Núcleo, constatou-se, o crescimento ao longo dos anos, refletindo o trabalho desen-volvido pelas equipes (Tabela 01).

Tabela 01 – Número de notificações hospitalares das instituições com NHE, RS, 2006-2010

Os NHE se consolidaram, ao longo do tempo, como uma excelente estratégia para au-mentar a sensibilidade do Sistema de Vigilância Estadual e apoiar a realização de investigação de casos, óbitos e agravos inusitados.

O enfrentamento da pandemia de

Influenza H1N1 pandêmica ocorrida em 2009 contou com a importante participação dos NHE, com ênfase na divulgação de protocolos clínicos e de vigilância e acompanhamento do número de internações dos casos suspeitos, além da in-vestigação epidemiológica hospitalar dos casos.

Jeanice D. Cardoso, RNCoordenadora Estadual Núcleos Vigilância Epidemiologia Hospitalar

Centro Estadual de Vigilância em saúde/ Divisão de vigilância EpidemiológicaSecretaria Estadual Saúde - Porto Alegre - RS

Hospital São Lucas da PUC

Hospital Nossa Senhora da Conceição

Hospital Nossa Senhora das Graças

Santa Casa de Misericórdia de Pelotas

Santa Casa de Misericórdia de Rio Grande

Hospital Universitário de Santa Maria

Hospital Nossa Senhora da Pompéia

Hospital São Vicente de Paulo

Santa Casa de Misericórdia de Uruguaiana

Hospital Santa Cruz

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Hospital 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Sinan Net/DVE/CEVS/SES-RS

Influenza A/H1N1 pandêmica 2009:lições e opiniões de três infectologistas

A pandemia de Gripe H1N1 mobilizou e marcou “a ferro quente” os profissionais de saúde que trabalham com doenças infecciosas e epidemiologia no país, especialmente, nos estados do Sul.

Opiniões da Dra. Flávia (PR): “Foi com certeza a experiência mais

intensa e extrema de nossas carreiras e ainda hoje fornece material para reflexões tardias e considerações científicas, políticas e filosóficas de toda ordem. Algumas lições se sobrepuseram a outras, tanto no cunho pessoal como coletivo.

A maneira de evitarmos óbitos por in-fluenza é tratar 100% dos sintomáticos dentro das primeiras 48 horas do início dos sintomas e vacinar a população de forma sistemática. A res-trição do uso de oseltamivir aos quadros graves e grupos de risco foi uma estratégia inadequada o que determinou a morte de pacientes.

Protocolos de tratamento devem ser vistos como sugestão e não imposição, precisam ser avaliados criticamente e constantemente atu-alizados e nunca se sobrepor à decisão de um médico frente ao seu paciente e de sua família. Fizemos valer o 8º Artigo do Código de Ética Médica: “O médico não pode, em qualquer cir-

cunstância, ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.”

O uso efetivo de ferramentas de informá-tica, possibilitou o intercâmbio de informações em tempo real, proporcionando uma agilidade na tomada de decisões, diminuindo consideravel-mente a sensação de isolamento e fragilidade de profissionais que atuam em áreas distantes dos grandes centros.

A imprensa e o Judiciário foram parceiros de todas as horas no combate ao H1N1. As entidades de classe, quando devidamente “pro-vocadas” por seus associados, adquirem maior força para buscar e alcançar anseios coletivos. A participação de todos foi fundamental para a defesa profissional.

A vacinação é segura e eficaz e foi uma grande arma para o controle da transmissão viral nos anos de 2010/2011 e a higienização das mãos

Fábio L. Pedro, MD, MScPediatra, Infectologista Adulto e Pediátrico (UFSM), Mestre e Doutorando em Epidemio-logia (UFRGS), Coordenador do NHE HUSM UFSM - Santa Maria - RS

Flávia J. P. Trench, MD, MScInfectologista (UEL) e Mestre em Ciências (USP)Coordenadora CCIH - Hospital Ministro Costa Cavalcanti Foz do Iguaçu - PR

Luis F. Waib, MD, MSc Infectologista e Mestre emClínica Médica (Unicamp)CCIH do H. Maternidade Celso Pierro - PUC Campinas e da CCIH da Irmandade deMisericórdia - Campinas - SP

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Opiniões do Dr. Fábio (RS): “Opiniões divergentes, condutas médicas

regidas por questões de cunho político e reco-nhecimento de um “novo” padrão de doença em função da globalização. Dois anos se passaram, e estamos convictos de que desempenhamos um trabalho essencial e que simplesmente respeitar “protocolos” não é a maneira mais apropriada de exercer medicina. Felizmente, a região central do estado do Rio Grande do Sul, primeira região do país a enfrentar casos graves de gripe A (H1N1), tratou todos os suspeitos com sintomas de duração menor de 48 horas, independente de estar ou não

em “grupos de risco”. Fomos maciçamente criti-cados, e insistimos tentando convencer secretário e ministro da Saúde da gravidade da situação. Ignorados, seguimos com nosso trabalho, até que em 2011 as evidências apontam que esta é a prática mais apropriada (inclusive está na bula do oseltamivir!). Saúde não é representada apenas por taxas de mortalidade, é um conceito impossí-vel de se descrever. Enfim, para os céticos que não concordam com uso precoce de antiviral, recorro à consagrada frase: “A ausência de evidência não é evidência da ausência.” Espero que em breve possamos ofertar imunização a toda população.”

Opiniões do Dr. Luis Fernando (SP): “Em 2009, meus 10 anos de prática da

Infectologia foram coroados com o enfrentamento da minha primeira pandemia. E descobri, talvez da maneira mais difícil, que a teoria e a história das epidemias dificilmente podem ser extrapoladas para situações futuras.

Minha maior angústia quando os primeiros casos foram noticiados na imprensa mundial, em abril de 2009, era saber que em função da veloci-dade do deslocamento das pessoas na atualidade, seguramente este vírus já se encontrava em terri-tório nacional - e que o Ministério da Saúde omitiu em Notas Técnicas para acalmar a população. No dia em que os primeiros kits diagnósticos chegaram ao Brasil, vários casos foram confirmados, mas foi apenas semanas depois, com várias centenas de casos autóctones confirmados, que o governo ad-mitiu haver disseminação em território nacional. Eu e todos os demais infectologistas procuramos nos livros de história, os aspectos de pandemias anterio-res para tentar prever o comportamento deste novo rearranjo viral - será que ele se comportaria como Influenza Sazonal, mais perigoso nos extremos de

idade, ou como a pandemia de 1918 (H1N1), que matou soldados jovens e saudáveis por toda a Eu-ropa? Ou o fato de termos tido exposição ao H1N1 na década de 70 poderia ter feito uma barreira imunológica em adultos jovens? Como gerenciar casos graves nos hospitais? As Notas Técnicas do Ministério faziam sentido? Nós discutimos muito, e discutimos intensamente. Eram dúvidas demais para tempo de menos, os pacientes não paravam de chegar: adultos jovens e gestantes eram as vítimas da vez, protagonizando casos que rede-finiram o conceito de tragédia. O tratamento só funcionaria se iniciado nos primeiros dois dias, mas os casos normalmente se tornavam graves a partir do 4º dia, quando então cumpriam os “critérios de tratamento do Ministério da Saúde”. Não foi pre-ciso mais do que isso para que nos rebelássemos contra a lentidão e a incompetência dos órgãos oficiais, restituindo o valor da vida e forçando a mudança nos protocolos, garantindo o tratamento precoce para todos. Aprendi, às custas do sofrimen-to humano, que muito mais do que a informação, a rápida comunicação e o compartilhamento de experiências podem mudar o rumo da história”.

foi naturalmente intensificada, o que favoreceu a um melhor controle dos casos de infecções relacionadas à assistência a saúde, bem como de

diarreias e conjuntivites na comunidade. O que fazer para manter este grau de adesão a higie-nização das mãos no período pós-pandêmico?”

Figura 02 – Número de internações e tratamentos com antiviral em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) HSC - Santa Cruz do Sul - RS, 2011

O NHE HSC teve o seu “momento” de consolidação e de fortalecimento profissional frente a instituição de saúde e sociedade civil com a maior pandemia de doença infecciosa no mundo, três anos após sua implantação. O desafio maior foi organizar uma estrutura hospitalar de referência regional baseado em escassas evidências científicas e proto-colos governamentais, sem descartar todo o conhecimento adquirido na formação acadê-mica e profissional. Manter uma postura ética foi, sem dúvida, o maior e o mais desgastante compromisso, mas no final sentimos que cumprimos o nosso “dever”. Este ano, parti-cularmente, as maiores taxas de prevalência de casos graves do RS são de nossa cidade. Os motivos e as hipóteses ainda aguardam comprovação. Ficou claro que toda a equipe de saúde do HSC se colocou à disposição para

que pudéssemos realizar um atendimento sistematizado e baseado em condutas que aprendemos e defendíamos desde 2009 e que este ano os protocolos indicavam. Diversas parcerias foram criadas no Estado, no País e no continente americano sedimentadas por uma postura crítica e questionadora, mas sempre disponível para planejar e sugerir opções viáveis e práticas.

O NHE HSC organizou diversas ati-vidades (treinamentos, boletins semanais de gripe, busca ativa de casos suspeitos e de controle de uso de oseltamivir), a fim de favorecer e garantir um melhor atendimento na instituição. A visão sempre foi focada em prevenção, diagnóstico e tratamento precoce dos casos suspeitos.

O gráfico abaixo descreve o número de casos suspeitos e confirmados do HSC:

A sistematização do diagnóstico de Síndrome Influenza Like e de Síndrome RespiratóriaAguda Grave pelo NHE-HSC

Janete A. Machado, NTMariana S. Adam, RN

Marcelo Carneiro, MD, MSCNHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

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1 Tuberculose: uma doença negligenciada

A notificação de casos novos de tubercu-lose (TB), no ambiente hospitalar, é um dos refle-xos do diagnóstico tardio de uma doença que é um dos problemas de saúde pública, altamente prevalente, mas negligenciado pela equipe de saúde. Percebeu-se uma tendência do cresci-mento de tal diagnóstico desde 2007 até 2011 no HSC (Figura 03). No primeiro semestre de 2011, dados do ambulatório centralizado de TB municipal, que está nas dependências do Ambu-

latório da Área Acadêmica do Curso de Medicina da Unisc, notificou-se 37 casos de tuberculose. Constatou-se uma média de 6 (+ 2,0) pacientes/mês. A freqüência de letalidade foi de 8,1% (três casos) e de abandono foi de 5,4% (dois casos). A rotina do ambulatório é de busca ativa de todos os pacientes que não comparecem às consultas por telefone e/ou intermédio de agentes de saúde e de avaliação de acompanhamento de todos os casos de TB latente.

Janete A. Machado, NTMariana S. Adam, RN

Marcelo Carneiro, MD, MScNHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

Aline Scheibler,Acadêmica de Enfermagem (Unisc)

Camila Haas, Bolsista do NHE (Unisc)

Lia G. Possuelo, PhDMestrado e Doutorado em Ciências Biológicas: Bioquímica (UFRGS)

Professora de Microbiologia e Imunologia - Curso de Medicina (Unisc)Tutora Acadêmica PET Saúde Vigilância - Tuberculose (Unisc)

Eloete B. Stahlecker, NTAmbulatório de Tuberculose - Curso de Medicina (Unisc)Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul - RS

Figura 04 – Casos de tuberculose acompanhados pelo Ambulatório de Tuberculose de Santa Cruz do Sul, área acadêmica do curso de Medicina - HSC/Unisc - Santa Cruz do Sul - RS

Figura 03 – Série histórica de notificação hospitalar de tuberculose desde a implantação do NHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

O Programa Estadual de Controle da Tuberculose com base no enfoque epide-miológico para o controle da TB e de acordo com prioridades determinadas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose e metas sugeridas aos municípios prioritários propõe a descentralização das Ações de Controle da Tuber-culose para a Atenção Básica. Entre as ações de descentralização estão previstos o diagnóstico e o tratamento diretamente observado (TDO) pelas unidades básicas de saúde. A cidade de Santa Cruz do Sul está entre os 15 municípios prioritários do Rio Grande do Sul responsáveis

pela notificação de 68,1% dos casos de tuber-culose pulmonar com baciloscopia positiva no ano 2009. O PET Saúde/ Vigilância da Unisc em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de SCS está capacitando as equipes de saúde da atenção básica com a finalidade de descentralizar o atendimento de TB na cidade. Essa estratégia espera aumentar o número de diagnósticos realizados pela atenção básica, bem como a realização do tratamento super-visionado, reduzindo o fluxo de pacientes para a unidade de referência, assim como a redução das taxas de abandono terapêutico.

Os agentes biológicos constituem-se no mais antigo risco ocupacional de que se tem conhecimento. Bernardino Ramazzini, pai da Medicina do Trabalho, em sua obra em 1700, já fazia referência às doenças dos co-veiros. Os agentes biológicos agem de forma abrupta, caracteristicamente letais em alguns casos. Além do que, dadas suas peculiarida-des, o trabalhador não tem conhecimento do agente, que por ser microscópico, o impede de se preservar ou evitar a exposição. Entre essas patologias de origem ocupacional por exposição a risco biológico situa-se a leptospirose, classicamente associada a determinadas categorias ocupacionais como trabalhadores em abatedouros, tratadores de animais, médicos veterinários, trabalha-dores de saneamento ambiental e trabalha-dores rurais. Além destes, plantadores de

cana-de-açúcar, trabalhadores de arrozais, tabaco, mineiros, lixeiros estão sob risco de exposição. O conhecimento da prevalência de leptospirose e de seus determinantes em po-pulações de trabalhadores é de grande valor para orientar as ações preventivas. Já o risco de infecção tuberculosa e doença pelo Myco-bacterium tuberculosis em profissionais de saúde tem recebido atenção desde a década de 1990, quando a morbidade e mortalidade associadas à doença aumentaram. Os núme-ros significativos da magnitude do problema, sinalizam para a conveniência da implemen-tação de medidas de biossegurança no traba-lho em saúde. Atividades educativas, práticas de trabalho e medidas de controle ambiental com objetivo de diminuir essa exposição têm sido elaboradas pelas instituições de saúde e órgãos governamentais.

Riscos biológicos no trabalho: considerações sobre leptospirose e tuberculose

Suzane B. F. Krug, RN, PhDMestre em Desenvolvimento Regional (Unisc) e Doutor em Serviço Social (Unisc)

Professora de Enfermagem em Saúde do Trabalhador do Curso de Enfermagem (Unisc)Tutora Acadêmica PET Saúde Vigilância - Saúde do Trabalhador (Unisc)

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1 Febre hemorrágica no Rio Grande do Sul:

A leptospirose como principal diagnóstico

Mariana S. Adam, RNJanete A. A. Machado, NT

Marcelo Carneiro, MD, MScNHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

Beanir S. Lara, RNCoordenadora de Imunizações/Vigilância Epidemilógica

13ª Regional de Saúde - RS

Terezinha Kreibich, NTVigilância Epidemiológica - Secretaria Municipal de Saúde

Santa Cruz do Sul - RS

A leptospirose é a febre hemorrágica endêmica do Rio Grande do Sul (RS), espe-cialmente, na região central do Estado. É uma antropozoonose causada pela bactéria do gênero Leptospira. Dados oficiais da 13ª Coor-denadoria Regional de Saúde/RS, realizado pela veterinária Flávia P. Bavaresco em uma análise retrospectiva (2004 até 2009), demonstraram uma prevalência de 38,0% (466/1226). Em 87,7% dos casos houve predomínio do sexo masculi-no e em 74,0%, a faixa etária mais acometida foi a de 20-54 anos. A relação com criação de animais foi confirmada em 75,7% dos casos. A letalidade neste período foi de 4,3%. Em estudo retrospectivo de pacientes com sus-peita de febre hemorrágica, que necessitaram de internação no Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS, de 2007 até 2010, verificou-

-se uma prevalência de leptospirose em 36,8% (53/144). Em 90,5% dos casos eram do sexo masculino, sendo que 71,7% estavam em faixa etária economicamente ativa. A internação foi em unidade de terapia intensiva em 30,0% dos casos. A letalidade foi de 9,4% e acometeu pessoas com uma média de idade de 53,3 (+/- 12,6) anos. Em todos os casos a história de risco epidemiológico foi confirmada. Em 56,9% dos casos de febre hemorrágica não foi pos-sível declarar o diagnóstico etiológico. Outras causas foram febre amarela (4,9%) e hantavi-rose (1,4%). As sorologias para infecção pelo vírus HIV, hepatite A, B e C foram negativas em todos os casos suspeitros de febre hemorrá-gica. Conclui-se que a pesquisa sorológica ou por técnicas moleculares ou métodos culturais específicos é necessária e promissora.

Dengue no Rio Grande do Sul

Dimas A. Kliemann, MD, MScInfectologista (UFCSPA), Mestre em Ciências Pneumológicas (UFRGS),

Vigilância de Doenças Transmissíveis, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre - RSHospital Nossa Senhora da Conceição - RS

Atualmente, a dengue é a principal ar-bovirose no mundo, e a principal doença viral transmitida por mosquitos, com mais de 2,5 bilhões de pessoas vivendo em área de risco, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Estima-se que o número de infecções anuais em todo mundo supere 50 milhões de casos. As principais regiões afetadas são as áreas tropicais e subtropicais da Oceania, Ásia, África e Américas. A importância da do-ença reside não só na sua elevada incidência, mas também na gravidade de uma parcela dos casos.

A primeira epidemia de dengue no Brasil ocorreu em 1980 e atualmente na maior parte do País existem os três principais soro-tipos circulando concomitantemente (Den 1, Den 2 e Den 3). No Rio Grande do Sul, os pri-meiros casos de dengue autóctone ocorreram em abril de 2007 na cidade de Giruá, região noroeste do Estado, e o sorotipo isolado entre os 268 casos confirmados e mais de 600 suspeitos foi Den 3.

A dengue necessita do vetor Aedes aegypti para sua transmissão. Atualmente, no Rio Grande do Sul, existem 75 municípios infestados pelo mosquito, distribuídos entre nove Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). Entre os fatores que favorecem o au-mento da infestação do agente da dengue estão o adensamento populacional urbano gerado pela migração urbana-rural, rápida e intensa, que favorece condições de habitação e saneamento inadequadas a uma significati-va parcela da população. O Aedes aegypti tem elevada antropofilia e domesticidade e cria-se

preferencialmente em reservatórios artificiais de água limpa, encontrando-se bem adapta-do às atuais condições de vida na cidade.

No início de 2010, o Rio Grande do Sul enfrentou epidemia de dengue na Região No-roeste, sendo que seis municípios apresenta-ram circulação viral: Ijuí, Santo Ângelo, Santa Rosa, Crissiumal, Cândido Godói e Três de Maio. Foram identificados os sorotipos Den 2 em Ijuí e Santo Ângelo e Den 1 em Santa Rosa, que não circulava há 10 anos no Brasil. Além disso, no mês de maio, o município de Porto Alegre registrou casos de dengue autóctone. Até o presente, foram notificados no SINAN 4.922 casos suspeitos de dengue no Estado e confirmados 3.497, sendo 3.366 autóctones do RS e 131 importados de outros estados brasileiros.

Em 2011, até o presente, foram no-tificados 1.420 casos suspeitos de dengue, tendo sido confirmados 192 casos autóctones da doença. Na Região Noroeste, a partir do mês de março, iniciou-se a circulação viral au-tóctone de dengue, com ocorrência de nove casos no município de São Luiz Gonzaga, 159 no município de Santa Rosa, três no município de Três de Maio e quatro em São Nicolau. Também houve registro de um caso em Santo Cristo, um em Giruá e um em Tucunduva, que contraíram a doença em Santa Rosa. Nessa região identificou-se o sorotipo viral Den 1. No município de Lajeado há registro de um caso, cujo local de infecção está sendo inves-tigado. A Região Metropolitana registrou cir-culação viral nos meses de abril e maio, com 11 casos em Porto Alegre, um em Alvorada,

A prevenção de doenças como a leptospirose é fundamentada no sanemento ambiental, desratização, uso de equipamentos de proteção individual e coletivo pelo profissionais de limpeza de esgoto, coleta de lixo ou aqueles que trabalhem em contato com águas pluviais, agricultores ou que pratiquem atividades de lazer em locais de risco. Isto significa: EDUAÇÃO SANITÁRIA.

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1 que se contaminou em Porto Alegre, no local

de trabalho e um em Canoas, cujo local de infecção está sendo investigado. Nessa região foi identificado também o sorotipo viral Den 1. Além disso, foram confirmados 94 casos importados, ou seja, a doença foi contraída em outro Estado.

O quadro clínico da dengue é extrema-mente variável, e inúmeros fatores ainda não completamente esclarecidos relacionados ao vírus, ao hospedeiro e ao ambiente influen-ciam na evolução da doença e no desfecho do caso. Sabe-se, entretanto, que um sistema de saúde organizado e hierarquizado, com aten-dimento de acordo com a gravidade é capaz de reduzir a letalidade dos casos graves. O atendimento compreende desde os casos tra-tados no domicílio até as Unidades de Terapia Intensiva e existem disponíveis na literatura médica excelente protocolos de atendimento ao paciente em cada fase da doença. Por

não ser, até o momento, endêmica em nosso meio, o treinamento das equipes de saúde dos diferentes níveis de atenção é fundamen-tal na redução da gravidade da dengue.

Ainda não há disponibilidade de vacina para o dengue, nem de um tratamento etio-lógico eficaz, fazendo com que o vetor seja o único elo vulnerável da cadeia de transmis-são. Assim, o combate ao Aedes aegypti é a estratégia com maior capacidade de reduzir as dimensões das epidemias. Entretanto, esse combate é uma tarefa extremamente árdua, e de execução diária, dados os inúmeros fato-res envolvidos na perpetuação do mosquito nas cidades. Somente com a colaboração de inúmeros setores da sociedade e do poder público é possível fazer frente à infestação do mosquito no ambiente urbano e modificar o cenário da dengue em nosso estado.

Figura 05 – Municípios infestados por Aedes aegypti nos últimos 12 meses no Rio Grande do Sul

Municípios infestados = 75

Fonte: SISFAD/SES/RS

Paralisia Flácida x Poliomielite

Sarampo

ATENÇÃO

ATENÇÃO

Janete Aparecida Ales Machado, NTNHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

Beanir S. Lara, RNCoordenadora de Imunizações/Vigilância Epidemilógica13ª Regional de Saúde - RS

Juliana D. Patzer, RNNúcleo de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Divisão de Vigilância EpidemiológicaCentro Estadual de Vigilância em Saúde - Secretaria Estadual da Saúde do RS

Adriana Z. MoschenMestranda em Epidemiologia (UFRGS), Assessora da Unidade Técnica de Doençasde Transmissão Respiratória e Imunopreveníveis do Ministério da Saúde para o RS

Cristiano Freire, MDNeuropediatra (UFRGS)Professor de Neurologia PediátricaCurso de Medicina (Unisc)

A vigilância sistemática das paralisias flácidas agudas, de qualquer etiologia, é funda-mental para o diagnóstico precoce de possíveis casos importados e autóctones de poliomielite (poliovírus pertencente ao gênero Enterovirus, da família Picornaviridae). Embora esteja erradicada no Brasil desde o início dos anos 90, em virtude do êxito da prevenção vacinal com uma vacina de vírus vivos atenuados, devemos atentar para essa possibilidade. Tipicamente, o déficit motor instala-se subitamente (dentro de 24-36 horas) e a evolução em geral não ultrapassa três dias. Na maioria dos casos acomete os membros de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, perda de força com arreflexia,

mas com sensibilidade preservada. O diagnóstico diferencial inclui principalmente: síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa, meningites/meningoencefalites e outras enteroviroses (ECHO tipo 71 e Coxsackie). Nos casos suspeitos faz-se necessária a notificação imediata com a coleta de pelo menos uma amostra de fezes até 14 dias da deficiência motora, para a pesquisa do poliovírus. A síndrome de Guillain-Barré e a mielite transversa na maioria das vezes são simétricas e com alguma alteração da sensibi-lidade. A análise conjunta do exame clínico, do líquor, do exame de imagem da coluna e da eletroneuromiografia esclarece o diagnósitco e determina o melhor tratamento.

O sarampo é uma doença transmissível viral de distribuição universal, com variação sazo-nal, acomete ambos os sexos, independente da idade. Até poucos anos atrás, o sarampo lotava enfermarias e matava muitas crianças, sendo a 5ª causa de morte infantil no Estado, como ainda é em muitos países da África. Desde 2010, países euro-peus vêm sofrendo surtos de sarampo de grande magnitude, mostrando a fragilidade da imunidade populacional ou de rebanho neste continente. No Rio Grande do Sul, em 2010 foram diagnosticados oito casos importados de sarampo e em 2011 sete casos já foram confirmados, também importados.

A proposta da OMS/OPAS, visando à manutenção da eliminação do sarampo nas Américas, tendo em vista a proximidade de situação que aumentam o risco de importação da doença como a Copa do Mundo 2014, é o alcance de altas coberturas vacinais de rotina e a realização de campanhas de seguimento. O objetivo final é alcançar e manter a imunidade de rebanho, o que corresponde à ma-nutenção de 95% de coberturas vacinais. A vacina contra o sarampo também protege contra rubéola e caxumba e está disponível pelo SUS a partir de um ano de idade até 49 anos para mulheres e 39 anos para homens.

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1 Comissões intra-hospitalares de óbitos infantil

e adulto: onde estamos e onde devemos chegar?NORMAS AOS AUTORES

Marcelo Carneiro, MD, MScMariana S. Adam, RN

NHE - HSC - Santa Cruz do Sul - RS

Natália B. SchuchAcadêmica 6º ano de Medicina (Unisc)

Cristiano Freire, MDNeuropediatra (UFRGS)

Professor de Neurologia Pediátrica - Curso de Medicina (Unisc)

Dóris M. Lazaroto, MD, MSc Cirurgiã Geral (PUCRS), Mestrado em Engenharia de Produção (UFRGS)

Professora de Cirurgia - Curso de Medicina (Unisc)

Nos últimos anos, as comissões de óbito adulto e infantil se fortaleceram e ampliaram suas discussões com os discentes e docentes da Unisc. O objetivo sempre foi, e continua sendo, a valorização destas atividades e o en-tendimento/treinamento baseado na realidade local/regional. Diversos grupos de acadêmicos e profissionais, mas em especial, as Ligas Aca-dêmicas do curso de Medicina, favoreceram um amplo debate sobre todos os aspectos éticos e legais que envolvem tais situações. As comis-sões instituíram rotinas para análise de todos os óbitos, juntamente, com o comitê de ética hospitalar e os profissionais envolvidos. Uma fundamentação baseada no preenchimento da declaração de óbito é fundamental para a vera-cidade de tais análises, pois é a principal forma de conhecimento da mortalidade por doenças. Verificou-se em uma análise transversal (agosto de 2009 a outubro de 2010) o preenchimento da declaração apresentava erros maiores em 65,8% (108 casos). A necessidade da distinção exata entre “causa” (“mecanismo” da morte”), o conhecimento dos conceitos (“causa principal de morte”, ou seja, doença final ou condição que a resultou) e da “causa subjacente de morte” (mecanismos ou doenças que levaram

à condição final, em sequência) são essenciais. Portanto, constatou-se a necessidade de inter-venção educacional com os médicos, residentes e acadêmicos de medicina, a fim de se obter dados epidemiológicos fidedignos para ade-quados indicadores relacionados com a assis-tência à saúde. São necessários programas de treinamento, auditorias periódicas e até mesmo incremento das necropsias para aumentar o índice de confiabilidade dos documentos.

A vigilância da mortalidade infantil e fetal é um “evento sentinela” e indicador do nível de qualidade e acesso aos serviços de saúde, além de possibilitar conhecimento e intervenção nes-ta realidade. A comissão trabalha em sintonia com órgãos municipais e estaduais de controle epidemiológico, principalmente o Projeto Par-ceria Resolve. No ano de 2009, ocorreram 1.406 nascimentos na instituição, sendo que em 0,7% destes ocorreu óbito. A causa predominante foi a Imaturidade Extrema (40,0%) e Cardiopatia (30,0%). A letalidade ocorrida na Unidade de Terapia Intensiva neopediátrica foi de 8,2%. No ano de 2010, ocorreram 1.298 nascimentos, sendo que 0,8% destes RN foram a óbito. As causas predominantes não se modificaram. A letalidade foi de 1,7% neste ano.

A Revista de Epidemiologia e Controle de Infec-ção (RECI) é uma publicação oficial do Núcleo de Epidemiologia Hospitalar do Hospital Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul/RS, que tem por objetivo publicar artigos que contribuam para o conhecimento na área de epidemiologia e controle de infecção relacionados a serviços de saúde. Não serão aceitos artigos já publicados em outros periódicos. Todos os trabalhos submetidos serão enviados para dois revisores, solici-tados a devolver a avaliação em 30 dias. Após o recebi-mento dos pareceres os autores têm 10 dias de prazo para responderem a revisão. Os artigos sem resposta no prazo de dois meses deverão ser novamente sub-metidos à nova avaliação, caso sejam reapresentados. A periodicidade da revista é TRIMESTRAL.

A revista acolhe publicação de Editoriais, Artigos Originais, Artigos de Revisão, Comunicações Breves, Notícias, Imagens Destaque, Relatos de Experiências e Cartas ao Editor. Trabalhos de outra natureza poderão ser aceitos para publicação, dependendo da avaliação do Conselho Editorial. Aos autores são solicitadas as garantias de que nenhum material infrinja direito autoral existente, ou direito de uma terceira parte.

INFORMAÇÕES GERAISOs artigos poderão ser enviados para o e-mail:[email protected]. No corpo do e-mail deve-se cons-tar a exclusividade para publicação na RECI, caso o artigo seja aprovado. Os artigos devem ser enviados em português. Artigos em inglês poderão ser aceitos, a critério do Conselho Editorial. Os autores têm a responsabilidade de declarar conflitos de interesse financeiros e outros; bem como agradecer todo o apoio financeiro ao estudo.

Aprovação para publicação:Quando aceitos, estarão sujeitos a pequenas corre-ções ou modificações de padronização editorial, que não alterem o estilo do autor. Eventuais modificações na forma, estilo ou interpretação só ocorrerão após prévia consulta. Quando não aceitos, os artigos serão devolvidos com a justificativa do editor.

Correção final:Os artigos para publicação serão encaminhados ao autor em PDF, para as correções cabíveis e devolução no menor prazo possível.

Formas de apresentação dos trabalhos:Título: O título do artigo deve ser curto, claro e conciso para facilitar sua classificação. Quando necessário, pode ser usado um subtítulo. Deve ser enviado em português e inglês.Autor(es): O(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es), a qualificação e afiliação de cada autor, endereço, fone e e-mail do autor correspondente. Indicar o local onde o estudo foi realizado. Agradecimentos a outros colaboradores poderão ser contemplados no final, antes das referências.Resumo: Deverá conter no máximo 250 palavras e elaborado de forma estruturada. Para artigos originais destacar: Justificativa e Objetivos, Método, Resultados e Conclusão. Para artigos de revisão destacar: Justificativa e Objetivos, Conteúdo e Con-clusão. Para todos os artigos, indicar os Descritores. Recomenda-se a utilização do DECS – Descritores em Ciência da Saúde da Bireme, disponível em http://decs.bvs.br/Summary: Deverá conter no máximo 250 palavras e elaborado de forma estruturada. Para artigos desta-car: Background and Objectives, Method, Results e Conclusion. Para artigos de revisão destacar: Back-ground and Objectives, Contents e Conclusion. Para todos os artigos, indicar os Keywords, Recomenda-se a utilização do DECS – Descritores em Ciência da Saúde da Bireme, disponível em http://decs.bvs.br/Texto: Iniciar o texto de acordo com o tipo de artigo. Em artigos originais deve-se informar o nº do pro-cesso do Comitê ou Comissão de Ética da Instituição. Artigos originais e de revisão deverá ter no máximo 4.000 palavras e 20 referências. Para comunicações breves, notícias e cartas ao editor deverá ter no máxi-mo 900 palavras e 10 referências. Imagens destaque deverá ter no máximo 500 palavras, duas figuras, e cinco referências.

Referências:A RECI adota as “Normas de Vancouver”, disponível em http://www.icmje.org, como referência para a veiculação de seus trabalhos. Use as abreviações de revistas encontradas no Index Medicus/MedLine.As referências devem ser dispostas no texto em ordem sequencial numérica, sendo obrigatória a sua citação, sobrescrita e sem parêntesis. Evitar a citação do nome do autor em destaque. Não se recomenda a citação de trabalho não publicado ou apresentado

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em eventos médicos. Referências com mais de cinco anos, de livros texto e resumo de congressos, devem limitar-se às que são fundamentais. Incluir referências acessíveis aos leitores. Quando a citação for de artigo já aceito para publicação, incluir “em processo de pu-blicação”, indicando a revista e o ano. Comunicações pessoais não são aceitas. Devem ser citados até três autores e, a seguir, et al.. Observe alguns exemplos:

Revistas:1. Posma DM, Bill D, Parker RJ, et al. Cardiac pace makers: current and future status. Curr Probl Cardiol 1999;24(2):341-420.2. Maron KJ, Proud I, Krev B. Hypertrophic cardio-myopathy. Ann Intern Med 1996;124(4):980-3.Livro:1. Doyle AC, (editor). Biological mysteries solved, 2nd ed. London: Science Press; 1991. p. 5-9.Capítulo de Livro:1. Lachmann B, van Daal GJ. Adult respiratory distress syndrome: animal models, In: Robertson B, van Golde LMG, (editors). Pulmonary surfactant. 2nd ed. Ams-terdam: Elsevier; 1992. p. 635-63.Artigo de suplemento:1. Geerts WH, Pineo GF, Heit JA, et al. Prevention of venous thromboembolism: the Seventh ACCP Confe-rence. Chest 2004;126(Suppl 3):338S-40.Artigo com errata publicado:1. Síndrome compartimental abdominal. Rev Bras Clin Med 2009:7(5):313-321. [errata em: Rev Bras Clin Med 2009;7(6):360].

Ilustrações:É obrigatória a sua citação no texto. Enumerar gráficos, figuras, tabelas e quadros em algarismos arábicos. Deverão conter título e legenda. Indicar no texto o local preferencial de entrada de cada ilustração (Entra Figura x, por exemplo). Usar fotos em branco e preto. O mesmo resultado não deve ser expresso por mais de uma ilustração. Sinais gráficos e siglas utilizados nas tabelas ou gráficos devem ter sua correlação mencionada no rodapé. A qualidade das figuras e gráficos é de responsabilidade dos autores.

Uso de recursos digitais:Texto em formato DOC (padrão Winword); gráficos em barras ou linhas, deverão ser encaminhados em Excel (extensão XLS) (gráfico 1, por exemplo), fotos ou outras figuras deverão ser digitalizadas com re-solução mínima de 300 DPI, em formato JPEG. Não inserir ilustrações no corpo do texto, cada ilustração deve ter arquivo individual. O nome do arquivo deve expressar o tipo e a numeração da ilustração (Gráfico

1, Figura 1, Tabela 2, por exemplo). Títulos e legendas das ilustrações, devidamente numerados, devem estar no arquivo de texto. Cópias ou reproduções de outras publicações serão permitidas apenas median-te a anexação de autorização expressa da editora ou do autor do artigo de origem.

Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser infringida, sem consentimento livre e esclarecido. A identificação de informação, incluindo iniciais dos nomes dos pacientes, número de registro do hos-pital, não deve ser publicada através de descrições no texto, fotografias ou qualquer outra modalidade, a menos que ela seja essencial para os propósitos científicos e o paciente (ou responsável) forneça o TCLE por escrito para publicação. O TCLE para esta finalidade exige que o paciente veja o manuscrito que será publicado.

Ética:Ao relatar experimentos com seres humanos, indique se os procedimentos seguidos estão de acordo com os padrões éticos do Comitê responsável pela expe-rimentação humana (institucional ou regional) e com a Declaração de Helsinque de 1975, tal como revista em 2000.

Registro de ensaio clínico:Ensaios clínicos deverão ser registrados de acordo com orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) no endereço www.who.int/ictrp/en/. A OMS considera ensaios clínicos inclusive ensaios prelimi-nares (fase I), qualquer estudo que recrute prospecti-vamente sujeitos de pesquisa para serem submetidos a intervenções relacionadas à saúde (fármacos, procedimentos cirúrgicos, aparelhos, tratamentos comportamentais, dietas, modificações nos cuidados de saúde) com finalidade de avaliar os efeitos sobre desfechos clínicos (qualquer variável biomédica ou relacionada à saúde, inclusive medidas farmacociné-ticas e efeitos adversos). A RECI tem o direito de não publicar estudos clínicos que não estejam de acordo com estes e outros padrões éticos determinados por diretrizes internacionais.

Uso de abreviações:O uso de abreviações deve ser mínimo. Quando ex-pressões extensas devem ser repetidas, recomenda--se que suas iniciais maiúsculas as substituam após a sua primeira menção no texto. Esta deve ser seguida das iniciais entre parênteses.

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