Revista Acao Comercial Edicao 15
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Agosto 2010 | 1
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º 15
2 | Agosto de 2010
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Agosto 2010 | 5
EDITORIAL
As perspectivas de consumo no varejo continuam favoráveis.
Com base nos resultados do Índice Nacional de Confiança (INC) de julho,
elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação
Comercial de São Paulo, os especialistas do setor apostam num cenário
econômico promissor para o comércio até o final do ano. O controle da
inflação e da inadimplência e a queda do desemprego são os fatores
responsáveis pelas boas perspectivas. Já sabemos que os brasileiros
devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em
dezembro e R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009,
segundo projeções da consultoria MB Associados.
Todas as variáveis apontam para um resultado positivo em 2010,
criando uma expectativa favorável para as vendas de final de ano, época
de maior movimento no comércio varejista.
Em Campo Grande, já estamos vivendo essa expectativa. As duas
maiores campanhas que a Associação Comercial e Industrial de Campo
Grande (ACICG) realiza no ano – recuperação de crédito Nome Limpo e
Natal 3 em 1 – estão sendo finalizadas para apresentação oficial a lojistas
e consumidores, com perspectiva de sucesso absoluto em ambas,
conforme histórico da entidade.
O bom momento que vive o comércio é fruto dos fatores acima
descritos, reforçados pelo trabalho de apoio realizado pela ACICG nos
últimos anos junto aos seus quase 2.500 associados. Cursos, palestras,
seminários, ações in company e campanhas promocionais voltadas para
o desenvolvimento de competências e incremento de vendas fazem
parte do cotidiano das empresas e da ACICG.
Tendo como objetivo contribuir para o fortalecimento do setor
produtivo na Capital e demais cidades do Estado, bem como fortalecer
a imagem institucional da entidade junto aos seus associados e ao
setor público, a ACICG realizou no período junho/julho duas pesquisas
de porte, abrindo caminho para que outras entidades realizem
trabalho semelhante.
Uma pesquisa de intenção de votos do eleitorado de Mato Grosso
do Sul, realizada pelo IBOPE, apontou as preferências para os cargos de
Presidente da República, Governador do Estado, senador e deputados,
federal e estadual. Iniciativa pioneira que causou grande repercussão
entre os empresários.
Outra pesquisa, realizada pela Tendência, empresa de MS, ouviu
associados da entidade visando conhecer a opinião dos empresários
a respeito da atuação da atual gestão. Verificou-se neste estudo, que
mais de 80% dos associados aprovam a atuação da diretoria da ACICG,
concluindo na análise dos resultados que a Associação Comercial é bem
avaliada e não apresenta pontos negativos relevantes.
Estamos trabalhando para isso: fazer da Associação Comercial
uma entidade forte, que represente seus associados junto ao setor
público com independência e qualidade.
Todos juntos podemos ir mais longe.
>Aprovação confi rmada
Luiz Fernando BuainainPresidente da ACICG
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
6 | Agosto de 2010
Presidente: Luiz Fernando Buainain
1º Vice-Presidente: João Carlos Polidoro da Silva
2º Vice-Presidente: Roberto Bigolin
3º Vice-Presidente: Luiz Carlos da S. Feitosa
1º Secretário: Roberto T. Oshiro Júnior
2º Secretária: Cláudia Pinedo Zottos Volpini
3º Secretária: Rosane Mara Maia Costa
1º Tesoureiro: Omar P. Andrade Aukar
2º Tesoureiro: Wilson Berton
3º Tesoureiro: Milton Silvino Souza de Oliveira
Diretores:
Fernando Pontalti Amorim
Sidney Maria Volpe
Simplícia Ap. Alves de Arruda
Maria Vilma Riberio Rotta
Nilson Carvalho Vieira
Luiz Afonso Ribeiro Assumpção
Domingos Sérgio Barreto Silva
José Pereira de Santana
Pedro Chaves do Santos Filho
Roberto Rech
José Marques
Amadeu Ziliotto
Renato Paniago da Silva
Conselho Deliberativo:
Ueze Elias Zahran
Antônio João Hugo Rodrigues
Jaime Valler
Paulo Antunes de Siqueira
Luiz Humberto Pereira
Carlos Roberto Bellin
Sérgio Dias Campos
Valzumiro Ceolim
João Garcia
Paulo Ribeiro Júnior
Josimar Ferreira dos Santos
Douglas Verati Campos
Cristiano Gionco
Egídio Vilani Comin
Hélio Ceni
Feres Soubhia Filho
Anagildes Caetano de Oliveira
Arildo Bras Flores
Sinval Matins de Araujo
Thomas Malby Croften Horton
Conselho Fiscal:
Augusto Raimundo Aléssio
Ilmara de Cássia de Paula Vieira
Osvaldo Aparecido Piccinin
Gilberto Pereira Gonçalves
Luiz Dodero Junior
Idamir José Munarini
Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans
1º Secretário do Conselho Fiscal: Rodrigo Possari
2ª Secretária do Conselho Fiscal: Gisele Serra Barbosa
Diretoria da Associação Comercial
e Industrial de Campo Grande
Gestão 2008/2011
Editor:
Hélio de Souza ([email protected])
Conselho Editorial:
João Carlos Polidoro
Roberto T. Oshiro Júnior
Colaboradores:
Valdineir Ciro de Souza
Projeto Gráfico:
Qualitas Brasil
Departamento Comercial:
Aparecida Dias de Souza
Superintendente:
Fernanda Barbeta dos Rios Pinto
Sugestões:
67 3312-5003
Publicação da Associação
Comercial e Industrial de
Campo Grande (ACICG)
www.acicg.com.br
Rua XV de Novembro, 390
Centro - CEP 79002-140
Campo Grande / MS
(67) 3312-5000
EXPEDIENTE
Agosto 2010 | 7
ÍNDICE
> Trabalho
> Capa Super Natal
>>Destaques
14
08
28
Editorial
Super Natal
Cidade Digital
Conciliação
Economia
Cartões de Crédito
Comércio Exterior
Artigo Dalmir
Pessoas
050810111213141516
Vendas
Cadeia Farma
Empreendedores
Artigo Roseli
Dinheiro
Café Empresarial
Trabalho
Cenário
1820222425272830
As profi ssões que vão construir o futuro
Os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal
> Comércio Exterior
ACICG incentiva comércio com o Chile
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
8 | Agosto de 2010
À espera de um super Natal em 2010
>Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fi m de ano
SUPER NATAL
Segundo projeções da
consultoria MB Associa-
dos, os brasileiros devem
gastar R$ 98 bilhões nes-
te Natal. É a maior ci-
fra registrada em dezembro. Ainda
conforme a pesquisa, serão R$ 5,2
bilhões a mais do que foi desembol-
sado em 2009. Esse cálculo foi feito
pela MB a pedido do jornal O Esta-
do de S.Paulo.
Para atender ao aumento de vendas,
indústrias que usam insumos impor-
tados e redes varejistas que também
se abastecem no exterior ampliaram
em até 60% as encomendas desses
itens em relação a 2009.
Aumento da renda, do emprego for-
mal e do crédito sustentam o otimis-
mo da indústria e do comércio em
relação ao consumo de fim de ano.
“Como a política monetária não será
tão contracionista, teremos cresci-
mento importante do varejo no fim
do ano”, afirma Sergio Vale, econo-
mista chefe da MB Associados.
O economista considerou o cres-
cimento real das vendas do varejo
ampliado, que inclui, além de roupas,
eletrodomésticos e eletroeletrônicos,
veículos, motos, partes e peças e ma-
teriais de construção. O crescimento
é real e desconta a inflação projetada
para o período.
Vale ponderar que, como o Natal de
2009 foi muito bom e, portanto, a
base de comparação é forte, a taxa de
crescimento projetada para dezem-
bro deste ano é menor (5,5%) que a
registrada no ano passado (14%).
Em 2009, o quadro era exatamente o
oposto, porque dezembro de 2008 foi
o Natal da crise e a base de compara-
ção era muito fraca.
Segundo o economista, apesar da
política monetária limitar o cresci-
mento em curto prazo, a perspectiva
positiva de longo prazo deve estimu-
lar as compras do consumidor que
está com menos receio de perder o
emprego e, portanto, mais propenso
a comprar a prazo.
Os três meses consecutivos de que-
da na produção, encerrando junho
com retração de 1% comparado a
maio, segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE),
não desanimam o setor produtivo,
que espera fôlego novo neste segun-
do semestre. E os votos de um feliz
Natal para a indústria em 2010 têm
tudo para se concretizarem, qualquer
que seja o resultado das eleições pre-
sidenciais. Desde julho, as fábricas
estão recebendo encomendas extras
para as vendas de final de ano, o que
se reflete no aumento da produção e
da contratação de mão de obra.
Para o economista-chefe do Banif
Investment Bank, Mauro Schneider,
as vendas no varejo podem mostrar
mais vigor no segundo semestre. O
analista estimou que o consumo está
crescendo em um ritmo maior do
que a trajetória registrada no perí-
odo pré-crise, meados de 2006 a se-
tembro de 2008.
O País caminha para uma expansão
Agosto 2010 | 9
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
do Produto Interno Bruto (PIB)
entre 7,5% e 8% em 2010, projeta o
economista. O ritmo forte estimado
para este ano é reflexo da combina-
ção de fatores como confiança das
empresas e das famílias, o que se ma-
terializa em investimento e geração
de emprego. O desafio, destaca Sch-
neider, é conter o crescimento de for-
ma a não colocar em risco o controle
da inflação.
Campanha de NatalA Associação Comercial e Indus-
trial de Campo Grande (ACICG)
está preparando o lançamento da
segunda edição da campanha de Na-
tal denominada “Natal 3 em 1”, uti-
lizando a mesma estratégia da cam-
panha de 2009, cujo êxito superou as
expectativas da entidade e seus par-
ceiros comerciais.
“Pretendemos realizar uma campa-
nha tão forte e até melhor do que a
de 2009”, disse o Presidente da ACI-
CG, empresário Luiz Fernando Bu-
ainain, destacando que a entidade
está buscando parcerias que ajudem
a realizar a campanha e alavancar
as vendas do comércio varejista no
final do ano.
“Em 2009 contamos com ajuda do
Governo do Estado, da Prefeitura
da Capital, da FAEMS e do Sebrae
na realização do evento, além par-
ceiros comerciais que apoiaram o
“Natal 3 em 1”.
“Queremos ampliar esse leque de
parcerias em 2010 para que a campa-
nha seja ainda melhor. Este ano con-
taremos também com a participação
da CDL como uma das entidades
realizadoras”, completou Luiz
Fernando Buainain.
Em 2009 foram despejados R$ 140
bilhões na economia brasileira,
quase 20% a mais que no ano an-
terior, com o pagamento do 13º sa-
lário e a maior oferta de crédito ao
consumidor. Se a tendência for
a mesma, em 2010 serão quase
R$ 30 bilhões a mais.
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C
10 | Agosto de 2010
CIDADE DIGITAL
Em reunião ordinária realiza-da dia 17 de agosto, a dire-toria da Associação Comer-cial e Industrial de Campo Grande (ACICG) autorizou
a criação do chamado braço digital da entidade – a Câmara de Agências Digitais de Campo Grande (CAD/ACICG), composta por 15 empresas associadas à Associação Comercial. A CAD está integrada organica-mente à ACICG, na forma definida no Regimento aprovado. O processo de criação teve o comando do dire-tor Renato Paniago, que contou com apoio irrestrito das agências digitais.A CAD tem como missão represen-tar os interesses das Agências Di-gitais de Campo Grande, podendo ampliar para Mato Grosso do Sul, fomentando o desenvolvimento,
normatização, consolidação, acultu-ramento, representatividade e pro-fissionalização do mercado corpora-tivo de soluções digitais em Campo Grande. Destacam-se as ações em consultoria, capacitação, ação políti-ca e compartilhamento de informa-ções e desenvolvimento de Internet.O Regimento prevê ainda que “A responsabilidade civil e jurídica da CAD/ACICG será da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande que tem sede e foro na ci-dade de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, sito à R. XV de novembro, n.º 390, Centro, podendo manter escritório técnico-adminis-trativo em qualquer outra localidade, e/ou credenciar câmaras em qual-quer Município, Estado ou País, se e quando necessário à consecução de
seus objetivos.”O mandato dos membros do Conse-lho Consultivo será por um biênio. O Conselho Consultivo é o órgão de representatividade institucional da entidade, constituído por 15 mem-bros representantes das empresas parceiras da ACICG, podendo cada uma indicar um suplente.
Estas são as empresas parceiras fundadoras:Catwork Tecnologia, Cazper Studio, Superbiz Internet, Mais empresas, Dothcom Consulto-ria Digital, Magoweb, Before TI, Gestão Ativa, TAG3; Click5 – Marketing e Soluções Interativas, OK Consultoria, Shape Web, Jera Software Ágil, Radig Soluções em TI e ClickBairro.
AC
ICG
Agosto 2010 | 11
CONCILIAÇÃO REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
CBMAE/ACICG realiza mutirão em Sidrolândia
Por iniciativa da Associa-
ção Empresarial de Si-
drolândia (AESIDRO),
com apoio da Câmara
de Mediação e Arbitra-
gem de Campo Grande (CBMAE/
ACICG), foi realizado, no dia 7 de
agosto, o Mutirão de Conciliação de
Sidrolândia. O Mutirão teve como
coordenadores Claudemir Liuti Jú-
nior, Diretor Técnico da CBMAE/
ACICG, e José Carlos Domingos de
Oliveira, presidente da AESIDRO.
“Com a presença de seis conciliado-
res, o Mutirão de Conciliação obteve
um resultado excelente, iniciando a
expansão desse importante trabalho
realizado pela Câmara de Mediação
e Arbitragem de Campo Grande”,
comentou o advogado Claudemir
Liuti Júnior.
As conciliações envolveram princi-
palmente regularização de dívidas de
consumo, com pagamentos feitos na
hora ou parcelados, redução de ju-
ros e diversos facilitadores. A inten-
ção foi devolver estes consumidores
para o mercado, pois puderam ter
seus nomes limpos, além de auxilia-
rem as empresas a ajustar seus caixas
de inadimplência.
Para o Presidente da Associação de
Sidrolândia, José Carlos Domingos
Oliveira, “algumas pessoas tiveram
dificuldade em entender o que é a
conciliação, mas agora faremos um
trabalho pós-mutirão para aumen-
tar o aproveitamento no próximo.
Tenho certeza que vai ser cada vez
melhor e que as pessoas vão enten-
der a importância da conciliação”.
Ele explica ainda que “o número pa-
rece baixo, mas o resultado foi ótimo
se pensarmos no tamanho da
cidade e considerarmos que foi a
primeira experiência”.
• 11 casos atendidos;
• 11 conciliações frutíferas;
• Valor das negociações: R$ 9.170,00;
• 17 empresas atendidas.
12 | Agosto de 2010
ECONOMIA
Mais investimentos e consumo
>Avanço de 6,5% no PIB do País, em 2010, deve
refl etir em maior injeção de recursos por parte do
poder público e aumento nos gastos familiares
OProduto Interno Bruto
(PIB) de 2010 será pu-
xado por um avanço de
20,4% nos investimentos
e de 6,6% no consumo
das famílias, além do aumento do
ritmo de execução do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
As projeções constam no relatório
“Economia Brasileira em Perspecti-
va”, divulgado pelo Ministério da Fa-
zenda. Ainda de acordo com o docu-
mento, o consumo do Governo deve
ter elevação mais modesta, de 2,8%.
Com isso, a economia brasileira deve
crescer 6,5% neste ano. O relatório
informa que o País retomou o ciclo
de expansão sustentável. A demanda
interna foi responsável pela recupe-
ração rápida da economia depois da
crise mundial, com avanço de 9,1%.
Essa alta compensou satisfatoria-
mente a queda de 2,6% verificada na
demanda externa.
O crescimento da renda e do empre-
go foi apontado como responsável
pelos ganhos. O Ministério da Fazen-
da projeta criação de 2,2 milhões de
vagas formais até o fim do ano, além
do maior salário mínimo real (des-
contada a influência da inflação) nos
últimos 20 anos (com valores compu-
tados em dólares, para comparação).
Segundo o documento, o crescimen-
to do mercado de trabalho e da mas-
sa salarial seguirá constante.
O Governo estima que o processo de
expansão da classe C continuará nos
próximos anos.
A fatia social, que atualmente re-
presenta 103 milhões de brasileiros,
deve chegar a 113 milhões em 2014.
O relatório da Fazenda mostrou que
as classes C e D já superam a B em
poder de consumo.
Agosto 2010 | 13
Frente do Comércio Varejista comemora fi m do monopólio
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15CARTÕES DE CRÉDITO
Presidente em exercício da
Frente Parlamentar Mis-
ta do Comércio Varejista
no Congresso Nacional,
o deputado Guilherme
Campos (DEM-SP), na palestra
de abertura do 20º Congresso da
CACB, deu ênfase aos avanços do
projeto de normatização do uso do
cartão de crédito, cujo principal ob-
jetivo é permitir preços diferencia-
dos nas vendas à vista.
De acordo com o parlamentar, a fa-
tura do cartão de crédito, em muitos
casos, é muito maior do que a fatura
dos impostos a pagar pelo critério
da Lei Geral.
“Isso é uma anomalia que deve ser
corrigida para que essa relação en-
tre a empresa e os cartões de cré-
dito seja mais concorrencial e não
exclusiva de dois grupos apenas”,
observou. “Os preços embutidos no
valor final dos produtos chegam a
custar de 10% a 12% mais caro, em
virtude das taxas abusivas cobradas
pelas administradoras de cartões de
crédito, o que dificulta a vida do va-
rejista e do próprio consumidor.”
Campos lembrou que a formação
da frente veio preencher um vazio
porque os comerciantes, lojistas, mi-
cro e pequenos empresários desse
segmento representam 60% do Pro-
duto Interno Bruto do País e não ti-
nham uma representação forte den-
tro do Congresso Nacional.
Com a frente, poderemos criar me-
lhores condições de defesa e apoio
ao desenvolvimento e crescimento
do setor, por meio de projetos de lei
que tornem mais justas as questões
fiscais e tributárias que sobrecarre-
gam a atividade, além de melhorar
as condições de relacionamento
com os consumidores. A frente foi
criada com 209 deputados e cerca
de 40 senadores.
Gilbert
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14 | Agosto de 2010
COMÉRCIO EXTERIOR
ACICG incentiva ampliação de comércio com o Chile
Dez empresários do nor-
te do Chile vinculados
ao setor de serviços lo-
gísticos e também de
entidades governamen-
tais, foram recebidos por diretores
da ACICG em reunião de diretoria
da entidade.
Os empresários vieram a Campo
Grande para estabelecer relaciona-
mento comercial com empresários
locais, visando futuras negociações
de importação e exportação de mer-
cadorias e serviços entre os dois paí-
ses. A reunião foi agendada para que
os empresários chilenos apresen-
tassem seus serviços, visando uma
maior aproximação entre empresas
de MS e a região norte do Chile.
Representando empresas estabele-
cidas em Iquique, cidade portuária
chilena com 220 mil habitantes, os
empresários apresentaram produtos
e serviços de: Sagemar Forwarding
S.A, Lexwall, ITI - Iquique Terminal
Internacional S/A , Empresa Portua-
ria Iquique, Zona Franca de Iquique
S/A, Cámara de Comercio de Iqui-
que, Servicio Agrícola y Ganadero
de Chile.
Um dos assuntos em pauta foi a
implantação definitiva da rodovia
transoceânica ligando Santos, no
Brasil, a Iquique, no Chile, passando
por Mato Grosso do Sul.
Os Presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva, Sebastián Piñera, do Chile, e
Evo Morales, da Bolívia, têm encon-
tro marcado na primeira semana de
novembro, para uma cerimônia re-
pleta de simbolismo: a inauguração
do Corredor Bioceânico Central,
que deverá ligar o porto de Santos
ao de Iquique, no Chile, passando
pelo departamento (Estado) boli-
viano de Tarija, que faz fronteira
com Argentina e Paraguai. “É um
corredor de 3,8 mil quilômetros, com
implicações importantes para a in-
tegração da região”, disse o ministro
das Relações Exteriores do Chile,
Alfredo Moreno.
Os empresários chilenos apresenta-
ram o processo de cadeias de pro-
dução para o Brasil a possibilidade
de exportar com tarifa zero para a
Ásia (China e Coreia do Sul como
exemplos); os custos de transpor-
te Overlan, os custos do porto de
Iquique (Puerto Privado) e o custo
de envio.
O grupo daquele país mostrou as
vantagens de realizar as exportações
do Brasil para a China (Xangai) e
também as importações provenien-
tes da China para o Brasil usando o
que o Chile tem acordos de comércio
livre com os dois países.
Estão sendo propostas alianças
estratégicas, que são feitas hori-
zontalmente na cadeia produtiva
(insumos-processo-canal de distri-
buição) de uma área definida, a fim
de tirar partido das vantagens tarifá-
rias que o Chile oferece, porque tem
Livre Comércio (TLC) com mais
de 56 países, atingindo assim mais
de 4.000 milhões de consumidores,
representando 87% do PIB mundial.
EmEmEmEmEmEmEEmEmEEmmmmprprprprprprprppppp eseseseseseseseseseseee árárárárárárárárárárárrráárioioioiooiioiioioioos ss s s ss sssssssss chchchchchchchchchchcchhchc llililiilililenenenenenenenenenenennososososososososss ffffffffforororororororororo amamamamamamamammmm rrrrrrrrrreeeeecccccceceeccccccee ebebebebebebebebebbbbbbbbebebebebbebebebebebebebeebeebebebebeebeebebbeebebbebbbebbbiddididdiddddddddiddddidddididddididdiddiidiiddidiiidididdidididddddddddiddidddddddiddddddddddddosososososososossososososososososososoosoosoosoosoososososososososososssooosssosooosssosoosossosooos eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm m mm ererererererererreeeerererereerrereeeerereerereerreererererreeerererrerereererereunununununununununununununununuunununuununuununununununununununnununnunununiãiãiãiãiããiãiããããiãiããiããããiãiãiãiãiããiãiããããiãããiãããiãiãiããiããiãiãiãiãiãiããoooooooooooooo dededdeddedede DDDDDDiririririri eteteteetettororororrriaiaiaiia dddda aa a ACACACACCACCCCAA ICCCCICCCCCICCCICCCG.G.GG.
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ulg
ação
AC
ICG
Os empresários chilenos deixaram na ACICG um DVD com informações a res-peito de Iquiqui e suas atividades empresariais ligadas ao comércio exterior. Os DVDs estão à disposição dos associados da ACICG, que poderão retirar cópia na secretaria da presidência da entidade.
Agosto 2010 | 15
Palestrante comportamental, MMestran-do em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Peessoas, Bacharel em Comunicação Soccial e mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser Mais” e do DVD com o tema “Comprometimento como fatoorde Diferenciação”.
Visite o site: www.dalmir.com.bbr
*Dalmir Sant’Anna
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15ARTIGO DALMIR
Preciosas dicas para gerar maior resultado
nas reuniõesDalmir Sant’Anna*
Em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de ideias,
opiniões e posicionamentos fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingre-dientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organiza-ção, pontualidade e respeito aos par-ticipantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram au-mento da troca de informações, bem como, o intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coe-rente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquis-te maior comprometimento nos acor-dos firmados durante uma reunião.Realizar o convite com antecedência – Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reu-nião de trabalho pode ser encami-nhado através de um e-mail. Entre-tanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão “enviar”, será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atenta-mente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equí-
vocos. A presença de pessoas relacio-nadas ao conteúdo é imprescindível e, desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta so-bre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e, paralelamente, com-preender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião.A participação revela interesse pelo assunto – Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e aponta-mentos durante uma reunião de tra-balho revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improduti-vo, ficar conversando paralelamente com outro colega durante uma reu-nião demonstra desinteresse. Quan-do um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de ge-rar uma mudança de atitude. Se você
foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas ideias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ou-vir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momen-to apropriado.Não seja prejudicado pelo tempo – Pela ausência de um planejamento e de uma sequência cronológica dos as-suntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sen-do comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada as-sunto. Compartilhe os assuntos para evitar que algum participante se tor-ne o centro das atenções ou se omita sobre o assunto em pauta. É impres-cindível realizar o registro dos assun-tos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no fu-turo não ouvir de algum participante a expressão: “Eu não sabia nada so-bre este assunto”.Com o objetivo de realizar uma reu-nião de trabalho mais produtiva e participativa utilize uma breve dinâ-mica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar ne-nhum participante em situação cons-trangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser pre-judicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não des-perdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao parti-cipar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as di-cas apresentadas e faça a diferença.D
ivulg
ação
16 | Agosto de 2010
PESSOAS
>O entusiasmo para a vaga de emprego é o terceiro item de maior peso na avaliação de um candidato durante um processo de contratação
Entusiasmo do candidato é o terceiro item de maior peso para contratação
De acordo com pesqui-
sa realizada pela Catho
Online, em uma esca-
la de um a 17, onde um
é mais importante e 17
menos importante, o item recebeu
nota média de 6,2, ficando atrás ape-
nas da experiência técnica anterior
relacionada ao cargo (5,2) e da for-
mação acadêmica (5,5), conforme
é possível observar na tabela
a seguir:
Experiência técnica anterior relacionada ao cargo
Formação acadêmica
Entusiasmo do candidato
Relacionar-se bem com os outros
Resultados alcançados anteriormente
Reputação das empresas em que trabalhou
Estabilidade empregatícia
Experiência anterior em supervisão de pessoas
Aparência pessoal
5,2
5,5
6,2
6,5
6,9
7,5
8,3
8,4
8,5
MédiaItens Importância dos fatores nos processos seletivos
Agosto 2010 | 17
AvaliaçãoSegundo a consultora de RH (Re-
cursos Humanos) da Catho Online,
Daniella Correa, a avaliação do en-
tusiasmo do candidato em relação
à vaga oferecida geralmente é feita
durante a etapa presencial do pro-
cesso seletivo, por meio de dinâmicas
e das atitudes do profissional, como
o horário de chegada, postura em
sala, desenvolvimento da entrevista,
entre outros.
Além disso, explica ela, é possível
identificar o entusiasmo do candida-
to antes mesmo do primeiro contato.
“Seja pela elaboração do currículo
cadastrado, pela maneira que atende
o selecionador ao receber o contato
e pelas perguntas que realiza sobre a
oportunidade, até o tempo que leva
para retornar alguma solicitação
(teste online, por exemplo), é pos-
sível identificar o grau de interesse
pela vaga”, diz Daniella.
Prepare-seDiante disso, orienta a consultora,
antes de ir à entrevista de emprego, o
candidato deve se preparar, tomando
as seguintes atitudes:
• Estude sobre a empresa e seus ser-
viços e mostre que está bem infor-
mado sobre assuntos relacionados à
empresa na qual quer trabalhar;
• Saiba como as pessoas da empresa
se vestem e tente se vestir de acordo;
• No dia da entrevista, chegue no
horário marcado ou um pouco antes,
sabendo com quem vai falar;
• Durante a entrevista, desligue o
celular e cuide da postura, evitando
deitar ou ficar debruçado;
• Participe das atividades/dinâmi-
cas em grupo e ouça o selecionador
com atenção.
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
ASSOCIADOS
Resultados de testes de inteligência, competência, etc.
Nível salarial
Idade
Estabilidade familiar
Capacidade de usar a internet
Fluência em outro idioma
Experiência em empresas multinacionais
Número de promoções anteriores
9,3
9,3
9,8
10
10,3
10,4
10,6
10,9
Fonte: Catho Online
MédiaItens Importância dos fatores nos processos seletivos
18 | Agosto de 2010
VENDAS
Varejo deve fechar 2010 com crescimento recorde
O comércio varejista brasi-leiro deve encerrar o ano de 2010 com um volume de vendas 10,4% maior- crescimento que, se con-
firmado, seria recorde e representaria o melhor ano para o varejo desde 2007, quando as vendas tiveram alta de 9,7%.A previsão é da Confederação Nacio-nal do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foi feita com base na análise do resultado da Pesqui-sa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE.“O principal condicionante de im-pacto sobre as vendas foram os pre-ços no varejo, uma vez que os dados do mercado de trabalho e de crédito vieram fracos em junho: a massa de rendimentos cresceu apenas 0,5% e o crédito ao consumidor, com ajuste
sazonal, 0,3%”, afirma Fábio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.
Primavera/VerãoOs lojistas da área de vestuário já co-meçam a exibir nas vitrines peças da temporada primavera-verão. Depois do Dia dos Pais, é hora de dar espaço para modelos leves e coloridos. A es-tratégia é usada tanto pelos atacadis-tas que têm pressa em oferecer o que será tendência, quanto pelos varejis-tas. Aliada às liquidações de inverno, a troca de coleção é um chamariz para atrair consumidores e ampliar as vendas. As lojas apostam na cam-panha de verão, sem deixar as roupas mais pesadas de lado. O consumidor final acaba comprando peças da nova coleção e levando uma de inverno também por causa dos descontos. A expectativa é de que as vendas da co-
leção primavera-verão aumentem en-tre 5% e 8% neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.“As pessoas sentem vontade de com-prar o que será novidade. Uma forte tendência da primavera-verão está nas peças românticas, com estampas florais, babados e tons claros”, afirma uma especialista na área de varejo. No entanto, na cartela da nova tempora-da há espaço também para cores for-tes, como azul, verde limão, vermelho, amarelo, laranja e pink. Nos cálculos da Associação Brasileira do Vestuá-rio (Abravest), das 6 bilhões de peças produzidas por ano no País, 5 bilhões são da coleção primavera-verão. Se-gundo a Associação Brasileira da In-dústria Têxtil e de Confecção (Abit), o segmento como um todo deve fa-turar US$ 50 bilhões neste ano, ante US$ 47 bilhões apurados em 2009.
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Agosto 2010 | 19
20 | Agosto de 2010
CADEIA FARMA
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Agosto 2010 | 21
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
>O objetivo foi discutir critérios de reajuste de
preços de remédios no Brasil.O segmento afi rma que a
redução seria possível se os tributos baixassem
ço dos medicamentos, como a ado-
ção de uma alíquota única do ICMS
e a expansão do programa Aqui
Tem Farmácia Popular, que incen-
tiva as redes privadas de farmácias
a vender uma cesta de medica-
mentos com preços mínimos pagos
pelo Governo.
“Isso fez, forçosamente, o preço
puxar para
baixo, onde o
consumidor
entra com
apenas 10%
do valor des-
se preço de
referência. O
que aumen-
tou o acesso
ao medi-
camento e,
consequente-
mente, houve uma redução em toda
a cadeia desses produtos que estão
no programa”, explicou Álvaro. A
Anvisa considera que os preços dos
medicamentos no Brasil não são ca-
ros, se comparados aos praticados
na maioria dos países. O ICMS tam-
bém foi apontado pelo represen-
tante da Agência como um entrave
para o setor, mas sob o aspecto da
guerra fiscal entre os Estados e o
DF. Segundo o gerente do Núcleo
de Assessoramento Econômico em
Regulação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, Pedro José Ber-
nardo, os entes federativos oferecem
benefícios variados para os distri-
buidores de remédios, o que incen-
tiva o transporte de medicamentos
por diversas regiões do País.
AComissão de Segurida-
de Social e Família da
Câmara dos Deputados
realizou audiência públi-
ca para discutir a compo-
sição dos preços de medicamentos
no Brasil e os critérios de reajuste
da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Os deputados
se reuniram com
representantes
da Confedera-
ção Nacional
do Comércio de
Bens, Serviços e
Turismo (CNC),
da Anvisa e da
Associação dos
L a b o r a t ó r i o s
F a r m a c ê u t i -
cos Nacionais
( A L A N A C ) .
O deputado, Dr. Rosinha (PT-PR),
autor do requerimento, presidiu
a audiência.
Para os convidados, os preços dos
medicamentos no Brasil poderiam
ser mais baratos se a carga tribu-
tária incidente sobre o setor fosse
menor. Segundo Serafim Branco
Neto, Gerente Executivo da Alanac,
em média 36% do preço pago pelos
remédios no País são destinados aos
cofres públicos, por meio de tribu-
tos incidentes em várias etapas da
cadeia, da produção à comercializa-
ção dos remédios.
O setor varejista também sofre com
a carga tributária. Representando a
CNC, o Vice-presidente do Sinco-
farma/ DF, Álvaro da Silveira Júnior,
sugeriu medidas para reduzir o pre-
Em média 36% do preço pago pelos remédios no País são destinados aos
cofres públicos, por meio de tributos incidentes.
22 | Agosto de 2010
Até o fim do ano, 1 milhão
de trabalhadores da eco-
nomia informal deverão
se cadastrar na Previ-
dência Social como Em-
preendedores Individuais, estimou
o ministro Carlos Eduardo Gabas.
Segundo ele, há um trabalho em con-
junto com o Ministério do Desenvol-
vimento, Indústria e Comércio Ex-
terior (MDIC), o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Em-
presas (Sebrae) e outros órgãos, para
alcançar a meta.
Esse mesmo trabalho, de acordo com
EMPREENDEDORES
Previdência quer atrair 1 milhão para formalidade
>Trabalhadores informais que podem se
cadastrar como Empreendedores Individuais
e contribuir para a Previdência
AB
r
Agosto 2010 | 23
Gabas, permitiu, neste ano, a for-
malização de 450 mil trabalhadores.
Estão no grupo de trabalhadores
informais que podem se cadastrar
como Em-
p r e e n d e -
dores In-
dividuais e
c o n t r i b u i r
para a Pre-
vidência, jar-
dineiros, ca-
beleireiros,
manicures,
piscineiros,
e n c a n a d o -
res, gessei-
ros, moto-
boys, transportadores de carga,
dentre outros.
O ministro destacou que “muita
gente não se cadastrou porque não
sabe que pode, pagando apenas R$
61,50 mensais ao Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS): receber
amparo, em caso de doença, in-
clusive quanto ao recebimento de
auxílio-doença, e candidatar-se, no
futuro, à aposentadoria”. O minis-
tério quer promover uma melhoria
quanto à questão tecnológica para
que seu portal na internet possa
fazer a adesão dos trabalhadores
online. Pelos
cálculos, isso
permitirá à
Previdência
atrair 10 mi-
lhões de tra-
balhadores
que estão
na informa-
lidade.
O Presiden-
te do Se-
brae, Paulo
O k a m o t o ,
afirmou que “a imprensa pode de-
sempenhar papel importante mos-
trando a esse público os benefícios,
em forma de crédito e assistência
técnica, ao registrar-se como traba-
lhadores no INSS”. O Presidente do
INSS, Waldir Simão, assumiu a meta
de promover ações para a educação
previdenciária, a fim de conscienti-
zar o empreendedor individual so-
bre as vantagens da adesão.
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
Conforme balanço de 8 de junho do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior, existem no País 311.124 trabalhadores formalizados. Poderá entrar em vigor, já no início de 2011, a ampliação do teto da receita bruta anual do Simples Nacional, que subiria de R$ 240 mil para R$ 360 mil (para microempresas) e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões (pequenas empresas). Outra proposta pretende elevar o teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual de R$ 36 mil para R$ 60 mil, e criar o Simples Rural, para diminuir o índice de informalida-de no setor, que hoje chega a 80%, de acordo com o Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
AUMENTO DE TETO
O ministério quer aprimorar seu portal na internet para que a adesão dos trabalha-dores seja feita online. Isso
permitirá à Previdência atrair 10 milhões de
trabalhadores informais.
24 | Agosto de 2010
Superintendente da Base Centraliza-dora da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Publicado na revista Consumidor Moderno.
*Roseli Garcia
ARTIGO ROSELI
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Seu crédito de volta. Será?
Roseli Garcia*
Qualquer pessoa que possui uma conta de e-mail ou par-ticipa de alguma rede social, certamente já recebeu uma mensagem do tipo “tenha
seu crédito de volta” ou “limpe seu nome com facilidade”. A última abor-dagem que recebi anunciava que, por uma quantia inferior a R$ 50,00, seria possível limpar o nome em 10 dias, sem advogados, 100% dentro da lei e sem precisar pagar a dívida. A mensagem ainda prometia a entrega de um chamado “manual do devedor eficaz”, se é que existe algum mérito nesse tipo de eficácia.Muita gente me pergunta se isso é possível. Eu respondo: “Não”. Não é possível limpar o nome ou excluir o registro do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) sem pa-gar a dívida.Atualmente, os recursos de comuni-cação, por meio de mensagens eletrô-nicas - a chamada comunicação viral ou SPAM - vêm facilitando um novo tipo de golpe contra o consumidor, com ofertas milagrosas de recupera-ção do crédito das pessoas, propon-do a exclusão do nome do SCPC. Os oportunistas ofertam o serviço de realizar uma faxina nos registros de dívidas em nome do consumidor, em troca de um depósito bancário. O valor cobrado individualmente é pe-queno. Mas, considerando a quanti-dade de pessoas abordadas por essas ações via SPAM, ao final, o golpista acaba obtendo uma excelente receita.O consumidor, por sua vez, tem no crédito o principal instrumento para poder adquirir bens. Além disso, mui-tas vezes utiliza o crédito para com-pra de gêneros de primeira necessi-dade, em um ritual mensal de uso do cartão de crédito para o abastecimen-
to de sua residência. Ele é sensibili-zado ainda por ofertas, promoções e campanhas para incentivar as com-pras, em um mundo onde o crédito e o consumo estão por todo o lado. Quando se vê privado dessa facilida-de, cheio de dívidas, fica vulnerável a ofertas mirabolantes e, embora des-confiem que algo está errado, alguns acabam sucumbindo.O fato é que não há como qualquer empresa ou pessoa realizar nenhuma exclusão do SCPC ou liquidar a dívi-da em qualquer empresa, sem antes realizar a quitação da dívida. Mesmo que haja uma disposição para nego-ciação por parte da empresa em que o consumidor deve, é necessário que haja o pagamento de uma parcela do acordo para que o nome seja regula-rizado. Deste modo, para que o nome permaneça fora do SCPC, é preciso pagar todas as parcelas da renego-ciação. Não há milagres. As empresas que oferecem a exclusão da dívida com esse procedimento “facilitado” estão, na realidade, enganando os consumidores, servindo-se de uma si-tuação para tirar proveito.Além disso, os oportunistas sabem que, raramente, o consumidor irá tomar alguma atitude contra os enganadores. Afinal, como ele po-deria reclamar de um registro de dívida que é real e cujo pagamen-to não foi efetuado? Como ele irá encontrar o golpista? Perseguindo um e-mail marketing?É importante saber que o melhor é realizar o velho e bom planejamento
financeiro. Esse planejamento preci-sa ser realista e considerar o dinheiro que está disponível, para ser utilizado no pagamento das prestações men-sais. Se houver várias contas, o con-sumidor deve fazer um plano para liquidar uma conta por vez, evitando frustrações. Afinal, não adianta rene-gociar a dívida e depois não suportar o pagamento das parcelas. Tradu-zindo: a prestação tem que caber no bolso. Esse é um processo difícil, que exige muita disciplina.O consumidor deve fazer do crédito seu aliado. Depois, deve disseminar seu aprendizado. Educar seus fami-liares para o crédito responsável é sadio. Compartilhar as boas práticas em sua rede social, falar com seus amigos virtuais é ajudá-los a praticar o crédito consciente.
Agosto 2010 | 25
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15DINHEIRO
Anecessidade de obtenção
de níveis adequados de
poupança doméstica, pú-
blica e privada, como for-
ma de garantir um desen-
volvimento equilibrado, fica cada vez
mais evidente, observa o economista
da CNC Mario Juan da Silva Leal, no
trabalho técnico intitulado Insufici-
ência de Poupança Doméstica Ame-
aça Crescimento Sustentável. Mas
se países como China, Rússia, Japão,
Índia e Coreia do Sul, grandes deten-
tores de reservas internacionais são
também grandes poupadores, a baixa
taxa brasileira é preocupante e si-
naliza medidas de aperto fiscal para
2011, avalia Mario Juan.
“Os 16% de taxa de poupança em
relação ao Produto Interno Bruto
(PIB) verificados no Brasil têm sido
claramente insuficientes para fazer
frente à aquisição do estoque atu-
al de reservas internacionais, que se
situa em torno de US$ 250 bilhões”,
afirma o economista. Como conse-
quência, o governo precisou emitir
mais moeda e títulos de dívida públi-
ca do que seria necessário na presen-
ça de uma poupança mais robusta.
Com níveis de poupança interna mais
altos, o País evitaria uma valorização
excessiva de sua moeda e viabiliza-
ria a emissão de nova dívida pública
em condições mais favoráveis. “Sem
poupança interna em volume sufi-
ciente para evitar uma valorização
ainda maior do real, o Brasil enfren-
ta uma dificuldade adicional de des-
controle fiscal, que o leva a realizar,
por meio da emissão de novos títulos
públicos, uma antecipação de recei-
tas, sacando hoje, e de maneira cada
vez mais intensa, sobre suas poupan-
ças futuras”, explica o economista da
Divisão Econômica da CNC.
Para Mario Juan, devemos nos prepa-
rar para um futuro com forte aperto
fiscal e monetário. “A crise do euro
e os Pigs (sigla em inglês que agrupa
Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha)
está aí para nos mostrar que ignorar
a questão fiscal não traz resultados
sustentáveis para as economias. Isso
se aplica também à maior das eco-
nomias, os EUA, onde o governo de
Barack Obama já trata como estraté-
gico o objetivo de conter seus gastos
fiscais”, observou. As restrições fis-
cais que deverão sobrevir a partir de
2011 representarão, segundo Mario
Juan, um resgate das práticas sanea-
doras que nortearam a edição da Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Influenciada pelo ambiente econô-
mico de transparência fiscal que, na
época de sua aprovação, marcava a
Europa, os Estados Unidos e o pró-
prio Brasil, a LRF contribuiu para
consolidar a estabilidade econômica
brasileira. “Esse dispositivo, que está
completando 10 anos e foi responsá-
vel por completar de forma brilhante
o arcabouço institucional da política
econômica, revela-se mais importan-
te a cada dia que passa, validando
com sobras todo o desgaste político
enfrentado a partir de 1994 para ga-
rantir a estabilidade”, afirma no arti-
go o economista da CNC, lembrando,
ainda, que a lei ajudou a potenciali-
zar os efeitos positivos do processo
de privatização.
(Matéria publicada na revista CNC Notícias)
Brasil precisa ampliar poupança
interna>PIB insufi ciente para garantir
desenvolvimento sustentável do País forçará aperto fi scal em 2011
26 | Agosto de 2010
Agosto 2010 | 27
CAFÉ EMPRESARIAL
mais de dez mil empreendedores já passaram pelo Programa de Capaci-tação. “Nosso trabalho é contínuo e sabemos que esses empresários estão tendo bons resultados, como cresci-mento e diminuição de prejuízos”, disse o palestrante. Elton Lívio Pet-terle também coordenou o Projeto Carajás da Companhia Vale do Rio Doce e o Projeto de Duplicação da Cenibra (Empresa de Celulose).Ele será o palestrante do 6º CAFÉ EMPRESARIAL que a Associa-ção Comercial realizará no dia 30 de setembro.
Quando chegou a ter uma pe-quena empresa, Elton Lívio Petterle enfrentou muitas dificuldades, apesar da ex-periência na qualificação
como engenheiro civil e na admi-nistração de grandes projetos, comoo Carajás. Aplicava as técnicas e ferramentas que conhecia, e com elas, era capaz de tocar grandes projetos, mas na pe-quena empresa precisava de muitos auxiliares. Ao tentar simplificar essas ferramentas, chegou a um modelo que favoreceu o pequeno empreen-dedor, propiciando resultados espe-taculares para o seu negócio.Naquele momento, resolveu trans-formar esse conhecimento, fruto de uma pesquisa de oito anos com mais de mil e quinhentos empreendedores, em algo útil e eficaz. Estava nascendo o IDEBRASIL, de uma história pes-soal de seu presidente.Partindo da experiência no convívio
com mais de 10 mil empresas, Elton Lívio Petterle, empresário, consultor, Especialista em Gestão de Micro e Pequenas Empresas, palestrante, pesquisador e Presidente do IDE-BRASIL estará falando aos empre-sários de Campo Grande a respeito do Programa de Capacitação de Gestão de Empresas que já foi apli-cado em mais de dezessete Estados, através do Curso de Desenvolvimen-to Empresarial (CDE), que está sen-do realizado em Campo Grande com apoio da Escola de Varejo da ACI-CG. Em doze anos de IDEBRASIL,
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
Div
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ação
O ideal do empreendedor
CAFÉ EMPRESARIAL
Data: 30 de setembro • Horário: 7h30
Local: ACICG - Rua XV de Novembro, 390
Fone: (67) 3312-5020 / 3312-5021
SERVIÇO
28 | Agosto de 2010
TRABALHO
Uma das questões que
mais despertam inte-
resse em relação ao
futuro é identificar as
profissões que estarão
no topo das demandas das socieda-
des modernas. Numerosos estudos
têm sido realizados, como assinala
o economista da Confederação Na-
cional do Comércio (CNC) Antonio
Everton Chaves Junior, no trabalho
técnico intitulado As profissões doFuturo. E é possível identificar uma
convergência no que se refere às áre-
as com maior potencial, entre elas
Meio Ambiente, Medicina, Energia,
Engenharia e Lazer.
Por trás desse movimento estão as
vertiginosas transformações tecno-
lógicas e as mudanças nas formas de
produção e nos padrões de consumo,
em constante evolução para atender
um número cada vez maior de con-
sumidores. Para Antonio Everton, as
profissões do futuro são aquelas que,
acompanhando as mudanças sociais
e econômicas, apresentarão soluções
de problemas ligados ao envelheci-
mento, estresse, escassez de recursos
naturais, agressão ao Meio Ambien-
te, corrida espacial, entre outros.
As palavras-chave serão segurança
e qualidade de vida. “São temas re-
correntes, cujas soluções merecem
aprofundamento do conhecimento
científico e da formulação de po-
líticas públicas”, assinala o econo-
mista. “O crescimento das cidades
traz inúmeros problemas e confli-
As profi ssões que vão construir o futuro
>Áreas com maior potencial são aquelas
que contribuirão para melhorar a qualidade de
vida da população e proteger o Meio Ambiente
Agosto 2010 | 29
REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15
tos na distribuição do espaço e
no atendimento às necessidades
dos residentes”.
Antonio Everton cita estudo feito
pela consultoria britânica FastFutu-
re, que ouviu especialistas de 58 paí-
ses em cinco continentes. Intitulado
The Shape of Jobs to Come (Os
tipos de traba-
lho que virão,
em tradução
livre), o estu-
do menciona
a t i v i d a d e s
como policiais
do clima, na-
n o m é d i c o s,
f a r m a g r a n -
jeiros, cirur-
giões para
aumento de
memória, como sendo as pro-
fissões que serão valorizadas,
em razão dos novos paradigmas
tecnológicos de produção e
de comportamento.
No Brasil, o Instituto de Estudos
Avançados Transdisciplinares da
Universidade Federal de Minas
Gerais fez um trabalho semelhan-
te. Algumas carreiras promissoras
seriam gestor de resíduos (ou li-
xólogo), tradutor cultural, cientista
socioambiental, especialista em de-
sastres e epidemias, gestor de cida-
des e organizador de dados.
Para o futuro mais imediato, a re-
tomada do crescimento econômico
que ocorre no Brasil também tem
mobilizado setores do governo e
do empre-
s a r i a d o
na busca
de solu-
ções que
a t e n d a m
à forte
demanda
por mão-
d e - o b r a .
A Fede-
ração das
Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (FIR-
JAN), por exemplo, elaborou suas
próprias projeções, com foco até o
ano de 2015.
A pesquisa apontou a engenharia
como a carreira universitária mais
importante, indicando também ou-
tras de nível técnico como sendo
prioritárias. As áreas ambiental, de
petróleo, de alimentos, petroquími-
ca e florestal foram os destaques.
Por trás desse movimento estão
as vertiginosas transformações
tecnológicas e as mudanças nas
formas de produção e nos padrões
de consumo, em constante evolu-
ção para atender um número cada
vez maior de consumidores.
30 | Agosto de 2010
Cadê as reformas?
CENÁRIO
Como o Brasil conseguiu
evitar a crise
Dentre os modelos utiliza-
dos nos manuais para en-
caixar a crise mundial, na
palestra de abertura do
20º Congresso da CACB,
realizado em Gramado (RS), “O
mundo pós-crise e o Brasil nele”, o
jornalista Carlos Alberto Sardenberg
afirmou que a crise não pode ser con-
siderada um ‘V’ clássico, ou seja, uma
depressão e uma recuperação rápida.
Mas é o modelo que mais se aproxi-
ma da realidade, apesar do repique
da crise no continente europeu. “Não
é um ‘U’, como aconteceu na crise de
1929, cuja recuperação ocorreu so-
mente em 1936, muito menos um ‘L’,
de recuperação lenta, ou um ‘W’, em
que a melhoria temporária depois da
crise do fim de 2008 será seguida de
uma nova queda”, afirmou.
Dados do FMI que projetam um
crescimento de 4,1% para a econo-
mia mundial, neste ano, contra uma
estimativa anterior de 3,9%, refor-
çam que o ‘V’ é o modelo mais apro-
ximado da crise, segundo o comenta-
rista econômico da TV Globo. Ainda
de acordo com o FMI, a economia
dos Estados Unidos deve crescer
3% neste ano. Enquanto isso, as eco-
nomias emergentes devem liderar
a recuperação global, com previsão
de crescerem em 2010 quase o triplo
da média das economias avançadas.
Sardenberg citou ainda que, segundo
o FMI, países emergentes e em de-
senvolvimento devem crescer 6,3%
neste ano e 6,5% no próximo. Nos
países avançados, a perspectiva é
de 2,3 e 2,4 %, respectivamente. A
China terá novamente o maior cres-
cimento: 10 % neste ano e 9,9% em
2011. Brasil, Índia e Indonésia tam-
bém são citados pelo FMI como pro-
tagonistas de sólidas recuperações.
Como o Brasil conseguiu evitar a cri-
se? Segundo Sardenberg, o Brasil e
os demais países emergentes apren-
deram com as crises anteriores e pas-
saram a acumular reservas. “Quando
terminou o ano de 2008, os emergen-
tes tinham US$ 1 trilhão de reservas
internacionais. No caso do Brasil, a
virada nas contas aconteceu porque
o País deixou de ser carente de dó-
lares e passou a acumular reservas
graças aos saldos comerciais.”
O País pode passar mais quatro anos sem reformas? Poder pode, mas
vai crescer menos. Do jeito que está, pode crescer 4,5%, 5%. Mas para
crescer de forma elevada e embalar o crescimento, precisa de reformas.
Sem reformas, o Brasil não corre risco de aumentar o déficit, como da
Previdência por exemplo? Se o Governo não fizer as reformas, ele de-
verá aumentar os impostos ou reduzir os investimentos. Não tem saída.
Qual foi a maior omissão do Presidente Lula nos seus dois mandatos?
Foi não ter aproveitado a onda favorável e não ter tocado em nenhu-
ma reforma importante, sem qualquer dúvida. Esse é o ponto, Lula
não avançou em nenhuma reforma importante. Se a inércia continuar,
o País regride, é claro.
Agosto 2010 | 31
32 | Agosto de 2010