Reguladores Vegetais na Citricultura

42

Transcript of Reguladores Vegetais na Citricultura

Page 1: Reguladores Vegetais na Citricultura
Page 2: Reguladores Vegetais na Citricultura

BOLETIM CITRÍCOLA Dezembro no 3/1997

UNESP/FUNEP/EECB

José Antonio Alberto da Silva e Luiz Carlos Donadio

REGULADORES VEGETAISNA CITRICULTURA

Page 3: Reguladores Vegetais na Citricultura

Ficha catalográfica preparada pela Seção de Aquisição eTratamento de Informação do Serviço de Biblioteca e Documentação- FCAV.

Silva, José Antonio Alberto daS586r Reguladores vegetais na citricultura / JoséAntonio Alberto da Silva. -- Jaboticabal : Funep,1998.

38p.: il ; 21 cm. -- (Boletim Citricola, nº3).

Bibliografia

1. Citros - reguladores vegetais. 2. Citros -fito-hormonios. 3. Giberelinas. I. Título. II.Donadio, Luiz Carlos, colab.

CDU 634.3

FunepVia de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/nº14884-900 - Jaboticabal - SPTel: (16) 3209-1300Fax: (16) 3209-1306E-mail: [email protected] Page: http://www.funep.com.br

Page 4: Reguladores Vegetais na Citricultura

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO................................................................... 1

2. PRINCIPAIS REGULADORES VEGETAIS ....................... 2

3. APLICAÇÕES DOS PRINCIPAIS REGULADORES VEGE-TAIS EM CITROS .............................................................. 53.1. Produção de frutos .................................................... 7

3.1.1. Controle do florescimento............................... 73.1.2. Pegamento dos frutos.................................... 133.1.3. Raleio de frutos ............................................. 163.1.4. Controle do ataque de moscas-das-frutas .... 173.1.5. Controle da queda de frutos......................... 19

3.2. Qualidade dos frutos ............................................... 243.2.1. Tamanho........................................................ 243.2.2. Qualidade da casca ....................................... 253.2.3. Cor da casca .................................................. 273.2.4. Qualidade interna.......................................... 29

3.3. Pós-colheita, desverdecimento e armazenamento ..... 29

4. PRÁTICAS DE APLICAÇÃO DO ÁCIDO GIBERÉLICO ..... 33

5. LITERATURA CONSULTADA .......................................... 35

6. AGRADECIMENTO ......................................................... 38

Page 5: Reguladores Vegetais na Citricultura

REGULADORES VEGETAISNA CITRICULTURA

José Antônio Alberto da Silva1

Luiz Carlos Donadio2

1. INTRODUÇÃO

A utilização de reguladores vegetais na agricultura nãoé recente, porém, crescente e chegando a ser, emdeterminadas situações, um fator de produção, qualidade eprodutividade. O conhecimento das substâncias decrescimento presentes nos vegetais levou à descoberta dehormônios vegetais, responsáveis pelo crescimento edesenvolvimento dos tecidos, que, controlados, ou emaplicações exógenas, podem produzir efeitos benéficos.

Entre os reguladores existem as auxinas, giberelinas,citocininas, etileno, retardadores e inibidores, que estãopresentes e desenvolvem funções hormonais distintas nosvegetais.

Este boletim tem por objetivo apresentar as técnicasde utilização de reguladores de crescimento vegetal em citros,especialmente as giberelinas, que são amplamente utilizadasna citricultura mundial, influindo do florescimento àsenescência dos frutos, com dosagens comerciais definidaspara vários países citrícolas e em função da finalidade deemprego, variedades tratadas, condições edafoclimáticas dopomar, estado nutricional e sanitário das plantas.

1 Engº Agrº MSc Pesquisador Científico, Estação Experimental CitriculturaBebedouro - C.Postal 49, 14700-000 - Bebedouro-SP, Brasil

2 Prof. Dr., Universidade Estadual Paulista-Unesp-FCAV - 14870-000 -Jaboticabal-SP, Brasil

1

Page 6: Reguladores Vegetais na Citricultura

São apresentadas as informações básicas sobre osprincipais reguladores de crescimento vegetal, bem comoexperimentos e aplicação prática do ácido giberélico nacitricultura.

2. PRINCIPAIS REGULADORESVEGETAIS

Os hormônios vegetais são substâncias orgânicassintetizadas no interior das plantas, geralmente em tecidosjovens em crescimento, com capacidade de produzirmodificações qualitativas nos vegetais em um local distintodo qual foi originado.

Algumas substâncias sintetizadas quimicamente emlaboratório, ao serem aplicadas em vegetais, produzemefeitos semelhantes aos hormônios vegetais (substânciasproduzidas naturalmente pela planta), tais como crescimentoe desenvolvimento das plantas, frutos ou sementes, sendodenominadas substâncias reguladoras do crescimentovegetal, reguladores de crescimento ou fitorreguladores(qualquer substância que modifique algum processofisiológico da planta, seja de origem natural endógena oude origem sintética exógena).

Existe uma infinidade de reguladores de crescimento,e novos são conhecidos dia a dia, com funções e efeitosdistintos. O conhecimento dessas substâncias é defundamental importância, uma vez que podem proporcionarvantagens aos agricultore,s como maiores rendimentoseconômicos com as culturas.

Os fitorreguladores podem ser classificados em 5grandes grupos, sendo que cada substância envolvidaapresenta efeitos múltiplos e, em muitos casos, idênticosentre os grupos:

2

Page 7: Reguladores Vegetais na Citricultura

• Auxinas: são substâncias que provocam o alongamentocelular, ou seja, são responsáveis pelo crescimento ediferenciação, sendo a principal auxina de plantas o AIA(ácido indolilacético), responsável por numerososprocessos biológicos nos vegetais;

• Auxinas sintéticas: AIB (ácido indolbutírico) - capaz depromover o desenvolvimento de primórdios radiculares,sendo utilizadas no enraizamento de estacas no processode propagação vegetativa de espécies vegetais;ANA (ácido naftalenacético) - usado no processo dedesbaste químico de frutos;Derivados do ácido fenoxiacético : Ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético (2,4,5-T), ácido 2 metil-clorofenoxiacético (MCPA), dentre outros - são utilizados,principalmente, como herbicidas seletivos, pois matamplantas daninhas do grupo das dicotiledôneas, semdanificar as monocotiledôneas;

• Giberelinas: são substâncias promotoras do crescimento,capazes de estimular o alongamento celular, a divisãocelular ou ambos os processos ao mesmo tempo. Dasdezenas de giberelinas descobertas, o AG

3 é o mais

utilizado na agricultura;

• Citocininas: são as substâncias reguladoras de crescimentoque estimulam a divisão e diferenciação celular das plantas;

• Inibidores e Retardadores: são substâncias capazes deinibir ou retardar processos fisiológicos e bioquímicos dasplantas, ou seja, crescimento e desenvolvimento, tais comoo alongamento de raízes e caules, germinação de sementese brotamento de gemas. Ex: ABA (ácido abscísico);

3

Page 8: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 1. Fitorreguladores mais freqüentemente utilizadosna citricultura.

Nome Químico Nome Comum Formulaçãomais ativa

AUXINAS• 5-cloro-3-metil-4-nitro-1H-pyrazole• Ácido 2,4-diclorofenoxiacético 2,4-D Éster

isopropílico• Ácido naftalenoacético ANA Éster etílico sal

amina• Ácido etil-5-cloro-1H-indazol-3-acético Figarón Éster etílico• 1-Naftalenacetamida NAD• Ácido 2,4,5-triclorofenoxilacético 2,4,5-T Éster isobutílico• Ácido 2(2,4,5-tricloro-fenoxil)propiônico 2,4,5-TP Ácido• Ácido-2,4-diclorofenoxipropiônico 2,4-DP Esterbutilglicólico

Dichlorprop• S-etil-(4-cloro-O-toliloxi) tioacetato Fenotiol Ácido

GIBERELINAS• Ác. 2,4a,7-trihidroxi-1-metil-8-metileno Ác. giberélico, Ácido

gib-3-eno-1,10-dicarboxílico-1,4a-lactona AG3

CITOQUININAS• 6-benzilaminopurina Benciladenina• 6-furfurilaminopurina Kinetina

INIBIDORES E RETARDADORES• Cloreto de 2-cloro-etil-trimetilamônio Chlormequat,

CCC• 3-(2’-(3”,5”-dimetil-2”-oxiciclohexil)- Cycloheximida

2’hidroxietil) glutarimida• Ácido 3-metil-5-(1’-hidroxi-4’-oxo- Ácido abscísico, Ácido

2’,6’,6’-trimetil-2’-ciclo-exen-1’-1-il)- ABAcis,trans-2,4-pentadienóico

• 2,2-dimetihidrazida do ácido succínico Daminozide,SADH

LIBERADORES DE ETILENO• Ácido 2-cloroetilfosfônico Ethephon, Ácido

CEPA

Fonte: AGUSTÍ & ALMELA (1991).

4

Page 9: Reguladores Vegetais na Citricultura

• Etileno: relacionado à maturação dos frutos e senescênciade órgãos vegetais.

3. APLICAÇÕES DOS PRINCIPAISREGULADORES VEGETAIS EMCITROS

Nos últimos anos, os reguladores vegetais, empregadosem doses e épocas adequadas, têm proporcionadosignificativas melhoras na produção de plantas cítricas. Aaplicação de reguladores vai desde a propagação,crescimento e produção até a colheita, preservação daqualidade em pós-colheita e armazenamento.

A utilização racional de fitorreguladores vai ao encontroda necessidade e exigências constantes de se ampliar ofornecimento e a qualidade dos alimentos para ahumanidade. O aumento do custo energético e o contínuodecréscimo de solo produtivo invadido por núcleos urbanose pela indústria exigem técnicas que melhorem e aumentema produtividade e o valor nutritivo dos produtos agrícolas.A necessidade de se obter colheitas elevadas, atendendoàs exigências de mercado quanto à aparência externa,tamanho, cor, sabor, porcentagem de suco, época decolheita, etc., assegura o crescimento tecnológico dautilização de fitorreguladores, porém os efeitos nacitricultura, em alguns casos, são indesejáveis devido àfalta de experimentação.

O êxito na utilização dos reguladores na citriculturaé dependente de vários fatores, tais como: doses e épocasde aplicação, estádio fisiológico, sanidade e vigor dasplantas.

5

Page 10: Reguladores Vegetais na Citricultura

Figura 1. Aspectos da aplicação de AG3 até ponto de escorrimento.

Figura 2. Área experimental com plantas tratadas com AG3 e nãotratadas (direita).

6

Page 11: Reguladores Vegetais na Citricultura

Dentro dos processos de produção, melhora emanutenção da qualidade dos frutos, destacam-se asseguintes etapas em que os reguladores interagem:• Produção de frutos

Controle do florescimentoPegamento de frutosRaleio de frutosControle do ataque de moscas-das-frutasControle da queda de frutos

• Qualidade dos frutosTamanhoQualidade da cascaCor da cascaQualidade interna

• Pós-colheita, desverdecimento e armazenamento

3.1. Produção de frutos

3.1.1. Controle do florescimento

A produção dos citros é dependente do fator floraçãoe pegamento de frutos. A floração, em alguns casos, comoem plantas jovens e algumas variedades alternantes,apresenta número reduzido de flores, comprometendo oprocesso de produção eficiente.

O controle da floração é um requisito indispensávelem muitos casos quando se pretende aumentar a quantidadee qualidade das colheitas, sendo que esse controle englobatanto o estímulo quanto a inibição (AGUSTÍ & ALMELA,1991).

Em laranjas doces, existem 5 tipos de brotações combotões que resultarão ou não em frutos. As estruturas mais

7

Page 12: Reguladores Vegetais na Citricultura

abundantes são os brotos mistos multiflorais (flores e folhas),representando 50%, seguidos pelos ramalhetes de flores(25%), flores solitárias (10%), brotos vegetativos (10%) e osbrotos campaneiros (misto unifloral), menos abundantes (5%)(GUARDIOLA et al., 1977).

O processo de indução floral geralmente ocorre nofinal do outono. Fatores ambientais, como baixastemperaturas, fotoperíodo, estresse hídrico, presença defrutos na planta, etc., influem no florescimento. Os citrosbrotam 3 vezes por ano, porém a brotação de primaveraresulta em florescimento e frutificação. As brotações de inícioe final de verão geralmente apresentam apenas crescimentovegetativo, sendo exceções os limoeiros, as limeiras e alaranjeira ‘Pêra’, que produzem flores viáveis nas 3 brotações,sendo a principal a da primavera.

A aplicação de ácido giberélico em pontos desensibilidade, ou seja, no período de indução floral ou quatromeses antes, inibe a floração em diferentes intensidades,com efeito secundário de estímulo no desenvolvimento foliar,repercutindo sobre o tamanho do fruto de algumasvariedades (GUARDIOLA et al., 1980).

O número de frutos colhidos raramente supera 5% dasflores inicialmente formadas, sendo 0,5% ou menos, normalem alguns casos (AGUSTÍ et al., 1982).

Plantas que apresentam florescimento abundantecaracterizam-se pela presença de número elevado de brotosflorais sem folhas, resultando em redução do vigor da plantae baixo pegamento. Doses de ácido giberélico (10mg/L), sóou combinado com 2,4-D (15mg/L), aplicados nos mesesde maio e junho (inverno), reduzem a floração em até 50%nos casos de colheitas baixas, redistribuindo a brotação(maior proporção de brotos florais com folhas) e aumentandoa capacidade de pegamento. O atraso na época de aplicaçãosó surtirá efeitos com aumentos nas doses de AG

3

8

Page 13: Reguladores Vegetais na Citricultura

(GUARDIOLA et al., 1977). A aplicação de 10mg/L de AG3,

quando as gemas iniciam a brotação e quando os brotosnão superaram 3 mm de comprimento (não são visíveis osprimórdios florais), estimula e distribui a brotação, reduzindoa floração (GUARDIOLA et al., 1980). Observar que essesdados são para as condições da Espanha.

A floração também foi melhorada mediante a aplicaçãofoliar de inverno com uréia, com baixo teor de biureto (170g/planta), em julho e agosto (iniciação floral), com aumentode forma significativa na produção em 17 kg/planta, emrelação ao tratamento com aplicação via solo, apesar de asplantas apresentarem níveis foliares adequados (LOVATT etal., 1992).

• Alternância de Colheitas : é um fenômeno comum nasculturas, sendo que a intensidade e freqüência dependemde diversos fatores, entre estes a espécie e a variedade.Variedades com sementes geralmente são mais sensíveisao fenômeno, devido à maior porcentagem de pegamentoinicial que dificulta o mecanismo de autocontrole deabscisão da planta (MONSELISE & GOLDSCHMIDT, 1982).Outros fatores que determinam a alternância são: o balançode carboidratos na planta, ou seja, o conteúdo de amidonas folhas, que em ramos de plantas sem produção équatro vezes superior ao encontrado nos mesmos órgãosde árvores com produção abundante (GOLDSCHMIDT &GOLOMB, 1982); alterações metabólicas na nutriçãonitrogenada, ou seja, planta com baixa produção apresentaalto conteúdo de nitrogênio total, já o conteúdo de nitratoé maior nas árvores com alta produção (MONSELISE etal., 1981); alterações no balanço hormonal, ou seja, asíntese de hormônios e conseqüente florescimento podemser modificados pela presença de frutos na planta atravésdo balanço de ácido abscísico, interação hormonal enutricional.

9

Page 14: Reguladores Vegetais na Citricultura

O controle da alternância pode ser conseguidoatravés da:• Aplicação de retardadores de desenvolvimento:

MONSELISE & HALEVY (1964) incrementaram a floraçãoe a produção em limoeiros com a aplicação, no verão, de2.500mg/L de ácido N-dimetilaminosuccinâmico (Alar, B-Nine). O Alar também induziu a floração de laranja doce,porém DAVENPORT (1983) encontrou efeito inibidor dafloração, quando aplicou 2.500mg/L, durante o verão, emplantas de lima ácida ‘Tahiti’, na Flórida.

A aplicação de Paclobutrazol, entre 2,5 e 10g/planta,via solo, e entre 25 e 100mg/L, via foliar, aumenta a floraçãoem laranjas, tangerinas e limoeiros, sendo crescente com aocorrência de temperaturas baixas (DELGADO et al. 1986).• Aplicação de ácido giberélico: MOSS et al. (1977), em

árvores de Valencia late com pouca produção, observaramque a aplicação de AG3 durante o repouso vegetativoreduziu a floração de primavera em 75%.

• Desbaste químico de frutos: este método produz efeitosdistintos, dependendo da variedade; porém, é um métodoeficiente de controle da alternância, principalmente quandose realiza na fase inicial de desenvolvimento dos frutos.O ácido naftalenoacético (ANA) e o ácido 2-cloroetilfosfônico (CEPA, Ethephon, Ethrel) têm sidoutilizados com êxito. MOSS et al. (1977), em Valência latecom aplicação de 200 a 350 mg/L de Ethephon, obtiveramde 40 a 70% de desbaste.

• Anelamento: esta técnica apresenta um efeito estimuladorda floração, com antecipação ou aceleração dadiferenciação floral, assim como um incremento dabrotação e do número de gemas florais, ou seja, quandoocorre falta de flores, o único tratamento válido atualmenteé o anelamento, devendo ser efetuado em todos os ramossecundários, evitando-se machucar o lenho. A época mais

10

Page 15: Reguladores Vegetais na Citricultura

adequada é o verão (meados de fevereiro), de modo quetratamentos precoces ou atrasados não surtem bonsresultados (AGUSTÍ & ALMELA, 1991). O anelamentoconsiste em um corte simples sem afetar o lenho, ou seja,cortam-se apenas os vasos clivosos, interrompendo atranslocação de açúcares da parte aérea para as raízes,impedindo a competição das raízes com as flores emmetabólitos, resultando em acumulação destas substânciasdiversas acima do ponto de anelamento, que irão nutrir efavorecer o pegamento.

• Antecipação da época de colheita: este método é muitoeficiente no controle da alternância; porém, nem sempreé possível, devido às exigências do mercado. A colheitaprecoce reduz o estresse provocado pelos frutos na planta;

• Influência da poda: os resultados da poda dependemda época e intensidade, sendo que as podas moderadasno início da primavera e metade do verão apresentam asmenores respostas (AGUSTÍ & ALMELA, 1991).

• Influência do porta-enxerto: as combinações copa/porta-enxerto exercem influência conhecida sobre ascolheitas, devendo ser evitada a utilização de porta-enxertos que, em determinadas condições, possam induziralguma tendência à alternância, como os citranges (Troyere Carrizo) (MOSS et al. 1977).

11

Page 16: Reguladores Vegetais na Citricultura

Figura 3. Frutos de ‘Hamlin’ tratados com AG3 e não tratados.

Figura 4. Aparelhos utilizados para medir a resistência da casca e

abscisão.

12

Page 17: Reguladores Vegetais na Citricultura

3.1.2. Pegamento dos frutos

O pegamento compreende a fase de transformação ecrescimento do ovário de uma flor em fruto. Dentre os fatoresque determinam o pegamento, os principais são:• Floração, sua distribuição e intensidade: o número de

flores abortadas é elevado, chegando em alguns casos emtorno de 10% o número de frutos colhidos; outros, apenas0,1% das flores resultam em frutos (GOLDSCHMIDT &MONSELISE, 1977; AGUSTÍ et al., 1982). A colheita finalnão depende da intensidade de floração. O número defrutos formados está inversamente relacionado com onúmero de flores formadas.

A distribuição dos diferentes tipos de brotações comflores e folhas (mistos) é um fator importante para opegamento. A desfolhação de brotos mistos reduziu em 75%a porcentagem de pegamento, em comparação combrotações sem desfolhação (LENZ, 1966), devido àcapacidade das folhas em sintetizar e exportar metabólitosao fruto em desenvolvimento.• Fatores nutricionais: as variedades são muito sensíveis

à carência em macro e micronutrientes, o que,conseqüentemente, resultará em menores pegamentos etamanho final de frutos. A pulverização de KNO

3 a 2%,

micronutrientes e ácido giberélico a 5 mg/L, quando 90%das flores perderem as pétalas, é recomendada.

• Fatores hormonais: o controle do pegamento edesenvolvimento do fruto é um processo complexo queenvolve diversos promotores e inibidores. O baixo controlehormonal encontrado pode ser incrementado mediante aaplicação de reguladores de crescimento durante o períodode floração, sendo o AG

3 o produto que tem apresentado

os melhores resultados.Na tangerina ‘Ellendale’, a abscisão de frutinhos

pequenos até 2cm foi registrada por RAGONE (1992) que,

13

Page 18: Reguladores Vegetais na Citricultura

utilizando um lote homogêneo desta variedade com baixaprodução, conduziu experimento durante quatro anos, noqual aplicou 10 mg/L de ácido giberélico, quando 75% dosbotões florais estavam abertos, molhando bem até o pontode escorrimento. A aplicação melhorou a frutificação, sendomaior na 2ª e 3ª safras, com incremento de 16,8% nos valoresacumulados. Os resultados coincidem com váriosexperimentos realizados sobre outras variedades com igualproblema; porém, geralmente, quando o número de frutosé aumentado, o tamanho final do fruto pode ser menor.

Tabela 2. Tratamentos recomendados para aumentar o pegamento

de flores em mandarina Clementina e em laranja doce

Navelate (GUARDIOLA et al., 1980).

Variedade Dose de AG3 Outras substâncias Época da aplicação

Clementina 5 mg/L Zn e Mn (*) 90% pétalas caídas

Navelate 5 mg/L +

anelamento Zn, Mn e K (*) 90% pétalas caídas

(*) Zn na forma de ZnSO4 a 0,15%; Mn na forma de MnSO4 a 0,22%; K na forma

de KNO3 a 2%; neutralização com Na2CO3 a 0,03%.

A aplicação de 10mg/L de AG3, em plantas no estadode pleno florescimento, resultou em aumento na produçãode 223%, dobrando a quantidade de frutos de maior tamanho,portanto, exportáveis (EL-OTMANI, 1992).

14

Page 19: Reguladores Vegetais na Citricultura

Figura 05. Aspectos de anelamentos em ramos de citros.

Figura 06. Frutos com alteração fisiológica (rachamento ou“splitting”) em Clementina.

15

Page 20: Reguladores Vegetais na Citricultura

3.1.3. Raleio de frutos

O raleamento ou desbaste de frutos consiste naretirada do excesso de produção, seja por operaçãomanual ou química, eliminando os frutos em cacho,deformados e de tamanhos distintos, com o objetivo deuniformizar os frutos na planta, dando condições paraque estes se desenvolvam em tamanho e qualidade. Aimportância está em incrementar o tamanho dos frutosremanescentes, auxiliando no controle da alternância deprodução.

O ANA aplicado antes da queda natural de frutinhosprovoca queda seletiva (frutos com menos de 20mm dediâmetro). Quando apresentam mais de 20mm, o ANAmelhora o pegamento dos frutos.

Estudos em Concórdia, Argentina, mostram que osmelhores resultados foram obtidos com o Ethrel, na dosede 200 a 350 mg/L, quando os frutos apresentavam umtamanho de 0,5 a 2,0 cm de diâmetro, em pulverizaçãona forma de neblina, molhando as partes externas dasplantas e evitando o período das 10 às 16 horas, queresultou em desbaste de 40 a 70% dos frutos. O uso desteproduto deve ser acompanhado de recomendação técnica,para evitar a ocorrência de excesso de raleio e quedaacentuada de folhas.

RAGONE (1992), testando doses de ethrel (150, 200e 250 mg/L) aplicados na época da queda natural defrutinhos (1,5 a 2,5 mm) e o desbaste manual de 47% dosfrutos (3,8 a 4,1 mm), observou que, na primeira safra, ostratamentos químico e manual produziram frutos maiores,em menor número, sem diferir no peso final da produçãoda testemunha. Na segunda safra, as plantas raleadasproduziram normalmente, enquanto a testemunhaproduziu menos frutos. Assim, com doses de 150 a 200mg/L, obtém-se um raleio adequado.

16

Page 21: Reguladores Vegetais na Citricultura

3.1.4. Controle do ataque de moscas-das-frutas

Em experimentos conduzidos na Estação Experimentalde Citricultura de Bebedouro-SP (EECB), MALAVASI et al.(1993) concluíram que o AG3 pode ser usado para reduzir asuscetibilidade dos frutos cítricos ao ataque de moscas-das-frutas. Os experimentos mostraram que a aplicação de dosesde AG3, associado a espalhante organossilicone não iônicoem laranjeira ‘Pêra’, quando os frutos atingem o tamanhofinal e imediatamente antes da mudança de cor da casca(alteração do verde para o amarelo ou laranja), reduziusignificativamente sua suscetibilidade ao ataque de moscas-das-frutas, das espécies Anastrepha fraterculus (moscas-das-frutas sul-americanas) e Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo). Isto é devido à atração que a coloraçãoamarelada ou alaranjada exerce sobre essas moscas; portanto,o uso de AG3 retarda a degradação da clorofila da casca,resultando na manutenção da cor verde da casca dos frutos(sem afetar o desenvolvimento e maturação interna),diminuindo o efeito atrativo que estes exerciam. Os dadosdas Tabelas 3 e 4 ilustram alguns destes resultados.

Tabela 3. Resultados da liberação de A. fraterculus em gaiolas de

campo sobre laranjeira ‘Pêra’, tratada com AG3, março-outubro de 1991.

Época da avaliação Grupo Nº de frutas Nº de pupas

Início da safra Controle 312 9

Tratado 304 2

Meio da safra Controle 329 8

Tratado 327 3

Fim da safra Controle 330 4

Tratado 312 0

Fonte: MALAVASI et al. (1993)

17

Page 22: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 4. Resultados da infestação pela população natural de C.capitata em laranja ‘Pêra’, em árvores tratadas comAG3 e controle.

Grupo Número de frutas Número de pupas

Controle 324 12120mg/L AG3 + 0,1% Silwet L-77 350 26

Fonte: MALAVASI et al. (1993).

Em outros experimentos conduzidos na FazendaCambuhy, no município de Matão-SP, os mesmos autoresconcluíram que a ovoposição das moscas ocorrepreferencialmente em frutos-controle (não tratados); as dosesde AG3 não exerceram qualquer efeito fitotóxico sobre asplantas, não afetando a qualidade do fruto (tamanho, brix,ratio e % suco), sendo possível, ainda, adiar a aplicação deiscas tóxicas por, pelo menos, quatro meses. Na Tabela 5,podemos observar a preferência das moscas pelas frutas-controle e a proteção que o AG3 exerce contra a infestação.

Tabela 5. Total de pupas de C. capitata obtidas em quatrotratamentos com AG3, em laranja ‘Pêra’, na Faz.Cambuhy, 1992, analisando mensalmente 2.000 frutos.

Tratamentos Setembro Outubro

Tratamento usual Cambuhy(pulverização melaço + inseticida) 4 5Sem controle de moscas-das-frutas 14 3410mg/L AG3 + 0,1% surfact.Organosil. Silwet L-77 (1 aplic.) 0 010mg/L AG3 + 0,1% Silwet L-77(2 aplic. intervalo 60 dias) 0 0

Fonte: MALAVASI et al. (1993).

18

Page 23: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 6. Total de pupas de moscas-das frutas (C.capitata,A.fraterculus) e outros dípteros (Lonchaeideae)coletados de frutos caídos na Fazenda Cambuhy, 1992.

Tratamentos 21 outubro 5 novembro

Nº frutos % pupas Nº frutos % pupas

Sem controle de moscas-das-frutas 600 76 1.658 6510mg/L AG3 + 0,1% Silwet L-77(1 aplicação) 169 22 469 1810mg/L AG

3 + 0,1% Silwet L-77

(2 aplicações com intervalo de 60 dias) 15 2 444 17

Fonte: MALAVASI et al. (1993).

Nas laranjas caídas (Tabela 6), o ataque de moscas nocontrole foi responsável por 76% do total de pupas obtidasem fins de outubro. Ambos os tratamentos com AG3, com10 mg/L em maio, como o duplo tratamento com 10mg/L,em maio e julho, foram igualmente eficientes, diminuindoacentuadamente o ataque das moscas, substituindo, pelomenos até outubro, as pulverizações com inseticidas emelaço.

3.1.5. Controle da queda de frutos

A queda de frutos representa grandes perdas nacitricultura, ocorrendo em todas as variedades, não sendouniforme no tempo e com intensidade dependente davariedade, porta-enxerto, condições climáticas e nutricionais,ou seja, todos os fatores que contribuem para um bomflorescimento contribuem também para um bom pegamento.Geralmente, observa-se uma queda de flores antes, duranteou imediatamente após a antese, outra quando se inicia odesenvolvimento do fruto e uma queda final de frutosmaduros.

19

Page 24: Reguladores Vegetais na Citricultura

Quando a floração é pouco abundante, a maiorquantidade das partes reprodutivas se desprende na forma defruto em desenvolvimento; porém, em casos de intensa floração,a queda se antecipa, sendo mais intensa (AGUSTÍ et al. 1982).

A presença de folhas nos ramos com flores contribuipara a síntese e exportação de metabólitos aos frutinhos,favorecendo a fixação destes, assim como o anelamento, jádiscutido anteriormente, que também tem essa função.

A aplicação de AG3 (para pegamento) mais auxina ANA(para aumentar tamanho), em Clementina Fino, aumentouo pegamento e o número de frutos com maior tamanho(50mm) e valor comercial. O ANA, quando aplicado emfrutos com mais de 20mm, aumenta o pegamento e, quandomenor que 20mm, promove a queda de frutos. Não existeestudo que comprove a possibilidade de perda de vigorpelo uso de AG3; porém, a aplicação (20mg/L), mais oumenos 2 meses antes do florescimento, diminui a floração,aumentando o tamanho das flores. O uso de AG3 eanelamento para melhorar o pegamento são técnicasutilizadas e recomendadas somente quando as plantas estãoem perfeitas condições de nutrição, irrigação efitopatológicas. Os dados de GUARDIOLA (1997) (Tabelas7 e 8) confirmam estes efeitos.

Tabela 7. Efeito do anelamento e AG3 na abscisão tardia demandarina Fortune.

Tratamentos Frutos caídos Frutos pegos

8 semanas 9-12 semanas

Testemunha 768 605 163Anelamento 668ns 402* 266*AG3 996* 796* 200ns

Fonte: GUARDIOLA (1997).

20

Page 25: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 8. Efeito do anelamento e AG3 na abscisão tardia deClementina Oroval.

Tratamentos Frutos Colheita Peso médio(nº/planta) (kg/planta) (g/fruto)

Testemunha 580 56 97,3Anelamento 740 65 88,3AG3 796 70 89,7P = 0,95 13,3 8 5,5

Fonte: GUARDIOLA (1997)

Para o controle da queda de frutos maduros ou paramonitorar a colheita, a aplicação de AG3, associada asurfactante, tem mostrado efeito significativo em experimentosconduzidos por MALAVASI et al. (1993), SILVA & MALAVASIet al. (1995) e SILVA (1997), influindo favoravelmente nacoloração e turgescência da casca, além das característicasinternas dos frutos. Os autores chegaram às seguintesrecomendações para as variedades comerciais brasileiras:

Tabela 9. Recomendações de doses e épocas de aplicação deAG3 com surfactante, em citros.

* Em função da época de florada e desenvolvimento posterior dos frutos.Fonte: SILVA & MALAVASI (1995).

VariedadesDose AG3

(mg/L)Dose ( % )Silwet L77

Época deaplicação *

Tamanho do fruto*

Atraso naco lheita

Hamlin e Westin 5 - 10 0,05 abril-maio t amanho qua sedefinitivo e an tesda mudança decor

2 a 3 meses

Pêra 10 0,05 maio idem 3 a 4 meses

Natal e Valência 10 - 20 0,05 maio idem 2 a 3 meses

Tangerinas: Cravo,Murcote e Ponkan

10 - 20 0,05 março-abril idem 50 a 70 dias

Lima ácida Tahiti 10 - 20 0,05 frutos com 35mm 50 a 70 dias

21

Page 26: Reguladores Vegetais na Citricultura

A aplicação, nas doses e épocas recomendadas, diminuia abscisão, mantendo os frutos nas plantas, após a épocanormal de colheita, sem que as características tecnológicasinternas dos frutos sejam prejudicadas.

O controle da queda e o monitoramento da colheitatambém podem ser obtidos com a aplicação de 16mg/L de2,4-D (ésteres - butílico ou isopropílico) antes da mudançade cor; porém, a aplicação conjunta com AG3 melhora ascaracterísticas da casca.

Quando os frutos tratados com AG3 permacecem nas

plantas além da época normal de colheita, iniciam-se amudança de cor da casca pela degradação da clorofila,passando do verde-intenso ao amarelo-laranja(bronzeamento). Este amarelecimento da casca, torna-seatrativo às moscas-das-frutas, que migram para a área ondeainda restam frutos maduros, uma vez que os frutos nãotratados já foram colhidos. Nesta situação, a alta infestação,associada a coloração atrativa, exige o monitoramento comarmadilhas e controle tradicional através da aplicação deisca tóxica, caso contrário é normal ocorrer intensa quedade frutos lesionados com conseqüentes perdas na colheita.

DONADIO & BARBIERI (1995) testaram o fenotiol pararetardar a colheita de frutos de ‘Ponkan’, ‘Murcote’e ‘Pêra’.Foram testadas doses de 0 a 15mg/L, comparadas com dosede 15mg/L de ácido giberélico. Os resultados mostraramque, na dose maior (15mg/L), a retenção de frutos com boasqualidades foi de até 90 dias, mantendo cor esverdeada enão afetando a qualidade interna dos mesmos.

Para promover a abscisão dos frutos maduros, o etefoné recomendado por não afetar a qualidade da casca de frutosfrescos. Já visando ao processamento industrial, outrospromotores podem ser utilizados quando o processamentofor rápido. Essas aplicações são recomendadasprincipalmente quando se utiliza colheita mecânica eprovocam uma queda intensa de folhas e parte dos frutosverdes, apesar de que uma parte destes seriam normalmentearrancados pelas colhedeiras.

22

Page 27: Reguladores Vegetais na Citricultura

Figura 7. Frutos de tangerina ‘Cravo’ tratados com AG3.

Figura 8. Frutos de tangerina ‘Ponkan’ tratados com AG3.

23

Page 28: Reguladores Vegetais na Citricultura

3.2. Qualidade dos frutos

3.2.1. Tamanho

O tamanho do fruto é um parâmetro de qualidade quedetermina sua aceitação pelos consumidores, especialmentedas tangerinas, sendo um componente de rendimento(produtividade e porcentagem de suco). É influenciado pelascaracterísticas genéticas, climáticas, nutricionais e práticasculturais. As práticas de desbaste do excesso de frutos,anelamento de ramos, controle adequado da irrigação,nutrição adequada (principalmente nitrogênio, potássio ezinco) e uso de reguladores de crescimento sãorecomendadas para se obterem frutos maiores. As auxinasde síntese estimulam a capacidade de crescimento do fruto;porém, a época de aplicação, tipo de auxina, formulaçãoquímica, concentração e volume de calda aplicadoinfluenciam no resultado. Na Califórnia, é recomendado ouso de 2,4-D de 12 a 14 mg/L em pulverização para Valênciae pomelos (aplicações em meados de dezembro no Brasil),mas podem ocorrer efeitos colaterais como danos às folhas,brotações novas e frutinhos (EL-OTMANI, 1992). FABIANIet al. (1996) recomendam a dose entre 10 e 20 mg/L dederivados do ácido fenoxiacético (2,4-D;2,4-DP), quandoos frutinhos apresentarem diâmetro de 15mm.

Apesar de a aplicação do AG3 não influenciar notamanho final do fruto, Fornés et al. 1992, citados porGUARDIOLA (1992), obtiveram aumento na produção emaior número de frutos de primeira classe (>55mm) quandose utilizou o AG3 (Tabela 11).

Nos experimentos conduzidos por SILVA et al. (1997),doses de AG3 aumentaram significativamente o diâmetro e aaltura dos frutos. Porém, os aumentos na produção (kg/planta) não foram significativos, quando comparados como controle.

24

Page 29: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 11. Efeito do tratamento com AG3 na produção de frutosde 1ª classe, em relação à produção do pomar.

Cultivar e Produção total Produção de 1ª classepomar (>55mm)

Controle AG3 Controle AG3

Clementina Fina -------------------------- t/ha ----------------------- Alta produção 44 46 15 16 Média produção 25 34 15 14 Baixa produção 12 20 8 12Clementina Nules Média produção 28 44 22 31 Baixa produção 22 44 19 34

Fonte: GUARDIOLA (1992).

3.2.2. Qualidade da casca

Os frutos que apresentam boa qualidade da cascacertamente resistem melhor às desordens fisiológicas,penetração de doenças, colheita, embalagem, transporte ecomercialização. Frutos de laranjeiras ‘Pêra’ e ‘Hamlin’tratados com AG3, na EECB, apresentaram-se mais resistentesà penetração da agulha de 1 mm de diâmetro na casca(punctura) dos frutos. Os frutos tratados com 5 e 10mg/L deAG3 + 0,05% de surfactante organossilicone Silwett L-77apresentaram, após 126 e 208 dias respectivamente, cascamais resistente quando comparados com os não tratados(SILVA et al., 1997).

Alterações fisiológicas na casca dos frutos ocorrem emdiversas variedades cítricas, sendo as mais comuns:• “Creasing” – Caracteriza-se pela presença de fendas no

albedo, que diminuem a qualidade comercial, dando mauaspecto externo, menor resistência e são porta de entradade fungos. Aplicação de 20mg/L de AG3 reduz a ocorrência,

25

Page 30: Reguladores Vegetais na Citricultura

devendo ser aplicado quando os frutos têm entre 3 e 6cm de diâmetro.

• “Bufado” – Caracteriza-se pelo aparecimento de espaçosinternos vazios entre a casca e a polpa quando se processaa maturação. Os frutos colhidos um pouco tarde perdemem qualidade, não resistindo à manipulação e aotransporte. A aplicação de 10mg/L de AG3, antes damudança de cor, reduz essa ocorrência, e a aplicaçãosimultânea com nutrientes nitrogenados melhora a respostado AG3. As tangerinas e as plantas mal nutridas são maissensíveis a esta anomalia, devendo-se utilizar também osadubos nitrogenados (fosfatos ou nitratos), emconcentrações de 1,5 a 2%.

• “Splitting” (rachamento de frutos) - é uma desordemfisiológica que se inicia com uma pequena lesão na zonaestilar do fruto, progredindo pela zona equatorial, podendoatingir toda a altura do fruto. Caracteriza-se pelocrescimento diferencial entre a polpa e a casca, ou seja,durante o crescimento, a polpa exerce uma pressão sobrea casca e, se esta não acompanha o crescimento, rompe-se. Várias são as causas desta alteração tais como: alteraçõesclimáticas, ventos, temperaturas elevadas, período comdéficit hídrico seguido de alta umidade, desequilíbrionutricional e ataque de patógenos, ocorrendoprincipalmente no período de desenvolvimento dos frutos,mas ainda verdes. Aplicações de fitorreguladores(giberelinas, auxinas e citocininas), em alguns casos, têmdiminuído a ocorrência desta anomalia; porém, não seconsegue repetir os resultados consistentemente.

A incidência desta anomalia tem sido relacionada aníveis baixos de potássio que, quando utilizado, pode reduzireste dano pelo aumento da espessura da casca (efeito indiretono controle), porém é comum que se encontrem frutosabertos, mesmo com a casca espessa.

Segundo Monselise & Costo (1985), Ruíz & Primo-Millo(1989) e Almela et al. (1990), citados por AGUSTÍ & ALMELA(1991) duas ou três aplicações de nitrato de cálcio a 2%, no

26

Page 31: Reguladores Vegetais na Citricultura

período de dezembro a março, reduz notavelmente estaincidência (50 a 70%), de modo mais eficiente que a aplicaçãode nitrato de potássio a 2%.

3.2.3. Cor da casca

A coloração da casca (aspecto externo) sempre estáassociada à qualidade interna (sabor, textura), sendo umfator decisivo de compra; porém, a coloração da casca nemsempre está relacionada ao grau de maturação.

SILVA et al. (1997), em aplicações de 5 a 20 mg/L de AG3

associado a espalhante, em laranjas doces, obtiveram valoresde coloração da casca significativamente diferentes, ou seja,frutos tratados apresentam coloração com tons de verde, quandocomparados com os controles, totalmente coloridos.

Essas aplicações, além de alterações na casca dos frutos,propiciam menor incidência de ataque de moscas-das-frutas,menor queda de frutos após a época normal de colheita(estocagem de frutos na planta) e melhor resistência da casca,sem alterar as características internas da fruta. Na prática,para a comercialização no mercado de frutos frescos, nemsempre a coloração intensa da casca é indicativo dequalidade. Para o caso das tangerinas Cravo e Ponkan, acoloração laranja intensa é sinal de fruto passado. Já para atangerina Murcote, o mercado só aceita frutos com coloraçãolaranja intensa.

Calculando o Índice de Cor (IC = 1000 x a / L x b),medida instrumental que permite dar um valor objetivo àcor da casca dos citros, através de um colorímetro Minolta,empregando a escala de ‘Hunter’, que define a cor segundotrês parâmetros (L, a, b), pode-se chegar ao índice decoloração da casca dos frutos (Tabela 10), por meio do qualverificamos que os frutos tratados apresentam-se comcoloração significativamente mais verde (0,13; -0,64 e –1,41)quando comparados com o controle (5,86 e 1,93).

Esse índice varia entre -20 e +20, aproximadamente,durante os diferentes estados de coloração dos citros, sendo

27

Page 32: Reguladores Vegetais na Citricultura

que os valores de IC inferiores a -7 expressam uma coloraçãoverde, aumentando em intensidade com valores mais negativos.Valores compreendidos entre -7 e +7 expressam tonalidadesque compreendem o verde amarelado (entre -7 e 0); amarelo-pálido a laranja-verdoso (para valores próximos a zero) e laranja-pálido (entre 0 e +7) (Figura 9). Os valores superiores a +7expressam colorações laranja, que aumentam em intensidadecom o aumento do IC (JIMENEZ-CUESTA et al. 1983).

verde-amarelado laranja-pálido

Figura 9. Relação entre o índice de cor e coloração de frutos.

Figura 10. Determinação da coloração da casca com colorímetroMinolta.

amarelo-pálido alaranja-verdoso

laranja-intenso

-7 0 +7

Verde-intenso

28

Page 33: Reguladores Vegetais na Citricultura

Tabela 10. Valores médios de cor (L a b) de frutos de Hamlin ePêra, expressos pelo IC.

Tratamentos Índice de Cor - IC=1000 x a / L x b

Hamlin - 126 dias Pêra - 208 diasapós aplicação após aplicação

5 mg/L AG3 + 0,05 % Silwett L-77 0.13 c -0.64 c

10 mg/L AG3 + 0,05 % Silwett L-77 0.13 c -1.41 c

20 mg/L AG3 + 0,1 % Herbitensil 2.17 b 0.69 b

Testemunha 5.86 a 1.93 a

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%de probabilidade.

3.2.4. Qualidade interna

Para a comercialização de frutas frescas, é importante aqualidade interna dos frutos (cor, acidez, brix), que édeterminada por fatores genéticos, influência do porta-enxerto,condições climáticas, nutrição, irrigação, etc. A maturaçãointerna dos frutos não sofre variações por ocorrência dotratamento com auxinas (AGUSTÍ & ALMELA, 1991) e giberelinas(SILVA et al. 1997), apresentando os frutos tratados valores deacidez e sólidos solúveis similares aos não tratados no períodonormal de colheita e superiores quando se atrasa a colheita.

3.3. Pós-colheita, desverdecimento earmazenamento

Os reguladores de crescimento também se aplicamdurante a conservação pós-colheita de frutos. O

29

Page 34: Reguladores Vegetais na Citricultura

envelhecimento, senescência da casca e outros tipos dealterações são porta de entrada para diversos fungospresentes no ambiente, que diminuem a qualidade dos frutos,levando ao apodrecimento.

No processo de desverdecimento, a aplicação de 2,4-Dem imersão permite que os frutos mantidos em câmara dedesverdecimento percam a cor verde da casca, mas mantenhama cor verde e aparência sadia do cálice, retardando suaabscisão e, conseqüentemente, a entrada de patógenos.

Na Califórnia, os limões vêm sendo tratados com 2,4-D e cera antes do armazenamento, mantendo o cálice eprevenindo a podridão do ápice (Alternaria). Coggins et al.,citados por EL-OTMANI (1992), concluíram que a aplicaçãode AG3 com cera na pós-colheita e pré-armazenamento, emlimões, retarda a senescência da casca (amolecimento dacasca), resultando em menor incidência de deteriorização,como a causada pela podridão amarga.

No Brasil, as técnicas de tratamento pós-colheita defrutas ainda são pouco aplicadas, mas é crescente aconscientização da manutenção da qualidade dos frutos edas exigências de mercado.

A manutenção da qualidade e vida pós-colheita dos frutosdepende do conjunto de técnicas de pré-colheita, manejandoas plantas com desbaste, poda, nutrição, irrigação, controlefitossanitário e uso adequado de reguladores de crescimento,associados a uma colheita criteriosa e técnicas de pós-colheita.

O processo de colheita, visando ao mercado de frutosfrescos, inicia-se logo que seja determinado o ponto idealde colheita de cada variedade, evitando-se colher os frutosainda molhados pelo orvalho da manhã e, de preferência,cortando-se o pedúnculo rente ao fruto com tesoura. Osfrutos devem ser transportados em caixas de colheita,evitando-se excesso de atrito e solavancos para o “packing-house”, que deve ser limpo, organizado e com maquinárioadequado a essas frutas, onde serão limpos com detergentese desinfetantes como o OPP (Orto fenil fenol), além docloro, em tanques de lavagem de frutas, e seleção rigorosa.

30

Page 35: Reguladores Vegetais na Citricultura

A lima ácida ‘Tahiti’, destinada principalmente àexportação, obrigatoriamente deve ser tratada com AG3, nadose de 20mg/L, para a manutenção da cor verde-escura dacasca e retardo do envelhecimento dos frutos, através deimersão durante 30 a 60 segundos 1. Se essa dose de AG3

não for eficiente na manutenção da cor verde escura pormais tempo, doses maiores também terão pouco efeito. O2,4-D (éster), a 400mg/L, deve ser adicionado a esta calda,pois auxilia na manutenção do cálice e retarda oenvelhecimento dos frutos. O controle preventivo depodridões deve ser feito com a mistura de fungicidaregistrado e recomendado para este fim, como o tiabendazola 2.000-5.000mg/L, também adicionado à calda. O uso desurfactante não iônico (não os detergentes e espalhantes) ésempre recomendado, pois auxilia na penetração dosprodutos citados nos frutos. Finalmente, os frutos devem sertratados com cera de alto brilho e de qualidade comprovadana dose de 1 L/t de fruta tratada. Em seguida, passam por umtúnel de secagem, são embalados em caixas de papelãoadequadas e, no caso da exportação, são refrigeradas a 6oC.

Para laranjas e tangerinas, visando à exportação, todosos cuidados na colheita e manuseio anteriores devem serseguidos, além da aplicação do 2,4-D e fungicidasadicionados à cera, nas mesmas doses anteriores (não seutiliza AG3 para essas variedades).

Algumas variedades, como a tangerina ‘Satsuma’, apesarde atingirem qualidade interna para colheita, apresentamcoloração da casca verde ou irregular. Para atingirem o mercado,é necessário remover a cor verde, promovendo, assim, melhorespreços e colheitas precoces. Frutos que atingiram o tamanho einiciaram a mudança de cor, podem ser colocados em câmarade desverdecimento, com 5-10 mg/L de etileno, a 90-95% deumidade relativa e 23-25oC de temperatura, durante 3-6 dias.

1 Aruá Comércio e Serviços Ltda. Exportação de Frutas.

31

Page 36: Reguladores Vegetais na Citricultura

Figura 11. Frutos de lima ácida ‘Tahiti’ com 35, 45 e 60mm.

Figura 12. Queda intensa de laranja ‘Hamlin’ não tratada comAG

3.

32

Page 37: Reguladores Vegetais na Citricultura

A pulverização de etefon 200-250mg/L, na planta,visando ao desverdecimento do fruto, tem sido eficaz paraas tangerinas e seus híbridos. Para evitar a queda excessivade folhas, o etefon não deve ser usado com outros produtosou surfactantes ou em pulverização concentrada, Wilson1983, citado por EL-OTMANI (1992).

O tratamento com ethrel, em pós-colheita, é maisrecomendado do que em pré-colheita devido à intensadesfolhação. O limão verdadeiro, tratado em pós-colheitacom 1.000mg/L de ethrel ou 50 mg/L de etileno, atinge coramarela comerciável 7 dias após tratado. Essas doses tambémforam eficientes para tangerinas e laranjas, mantidas emtemperaturas de 17 a 25oC. Doses elevadas (5.000mg/L) deethrel podem levar a danos na casca dos frutos (FUCHS &COHEN, 1969).

4. PRÁTICAS DE APLICAÇÃO DOÁCIDO GIBERÉLICO

A aplicação de AG3, visando ao controle de moscas-das-frutas, para retardar a colheita, mantendo ascaracterísticas dos frutos (já citados), deve ser executadaquando os frutos atingirem o tamanho definitivo, mas antesda mudança da cor da casca. A aplicação deve ser feitaatravés de pulverização (pistola ou turbo pulverizador), comnévoa fina, visando a molhar apenas os frutos até o iníciodo ponto de escorrimento. A aplicação deve ser efetuadanos períodos mais frescos do dia (manhã e tarde).

Nos experimentos conduzidos na EECB, por MALAVASIet al. (1993) e SILVA et al. (1997), nas aplicações em laranjeira‘Pêra’, onde em uma mesma árvore eram encontrados florese frutos em diferentes estágios, a aplicação, visando a frutosdefinidos, não interferiu no desenvolvimento das demais

33

Page 38: Reguladores Vegetais na Citricultura

fases. Observou-se ainda que, após 8 dias da aplicação emtodas as variedades testadas, ocorreu queda de folhas velhasdas plantas, que se estendeu até o 15º dia. Os testesmostraram que quando se adicionam surfactantesorganossilicone não iônico à calda, a queda de folhas éintensificada, isto devido à capacidade deste em melhorar apenetração e conseqüente eficiência do AG3. Após essaqueda, verifica-se uma brotação intensa. O uso desse tipode surfactante propiciou redução na dose de AG3 e novolume de calda a aplicar, devido ao melhor molhamento,ou seja, quando a calda aplicada atinge um lado do fruto,logo se espalha por toda a extensão deste.

Não se observaram danos na casca e queda naprodução seguinte, quando se respeitaram as doses eperíodos de atraso na colheita, conforme fora recomendado(Tabela 9).

A utilização de surfactantes na calda é semprerecomendada como agente de penetração e molhamento(contato) entre o regulador de crescimento e a planta. Aforma ionizante do AG3 é de difícil penetração nos túbulosda epiderme das folhas e frutas, devido ao pH baixo (emtorno de 4,0). Com a adição de surfactantes (que apresentampH em torno de 7,0), o pH da calda eleva-se, a penetraçãoe os efeitos do AG3 são melhorados.

Segundo EL-OTMANI (1992), a melhor atividade doAG3 é obtida em pH ácido; já o surfactante atua melhor empH próximo à neutralidade. Dados da Califórnia indicamque o baixo pH, por si só, não aumenta a eficiência do AG3,mas a presença do surfactante Silwett L-77 aumenta-a,independentemente do pH.

34

Page 39: Reguladores Vegetais na Citricultura

5. LITERATURA CONSULTADA

AGUSTÍ, M., ALMELA, V. Aplicación de fitorreguladores encitricultura. Valência: AEDOS, 1991. 269p.

AGUSTÍ, M.; GARCÍA-MARÍ, F.; GUARDIOLA, J.L. Theinfluence of flowering intensity on the shedding ofreproductive structures in sweet orange. Sci. Hortic., v.17,p.343-52, 1982.

DAVEMPORT, T.M. Daminozide and gibberellin effects onfloral induction of Citrus latifolia . HortScience, v.18,p.947-9, 1983.

DONADIO, L.C., BARBIERI, J. Harvesting control of citrus fruitwith Fengib. Proc. Int. Soc. Trop. Hortic., v.39, p.100-2, 1995.

DELGADO, R. et al. Paclobutrazol effects on oranges andmandarins under tropical conditions. Acta Hortic., v.179,p.537-48, 1986.

EL-OTMANI, M. Usos principais de reguladores de crescimentona produção de citros. In: SEMINÁRIO INTERNACINAL DECITROS - FISIOLOGIA, 2, 1992, Campinas. Anais... Campinas:Fundação Cargill, 1992. p.41-51.

FABIANI, A. et al. Uso de reguladores de crescimento. In:MANUAL para productores de naranja y mandarina de laregion del Rio Uruguay. Concordia: INTA, 1996. p.119-23.

FUNCHS, Y., COHEN, A. Degreening of citrus fruti with ethrel.J. Am. Soc. Hort. Sci., v.94, n.6, p.617-8, 1969.

GOLDSCHMIDT, E.E., GOLOMB. A. The carbohydratebalance of alternate-bearing Citrus trees and thesignificance of reserves for flowering and fruiting. J. Am.Soc. Hortic. Sci., v.107, p.206-8, 1982.

35

Page 40: Reguladores Vegetais na Citricultura

GOLDSCHMIDT, E.E., MONSELISE, S.P. Physiologicalassumptions toward the development of a Citrus model.Proc. Int. Soc. Citricult., v.2, p.668-72, 1977.

GUARDIOLA, J.L. Curso sobre citricultura. Valência:Universidade Politécnica, 1997. (parte da discicplinaoferecida pela FCAV-Unesp, Pós-graduação).

GUARDIOLA, J.L. Frutificação e crescimento. In:SEMINÁRIO INTERNACINAL DE CITROS - FISIOLOGIA,2, 1992, Campinas. Anais... Campinas: Fundação Cargill,1992. p.1-26.

GUARDIOLA, J.L.; AGUSTÍ, M.; GARCÍA-MARÍ, F. Gibarellicacid and flower bud development in sweet orange. Proc.Int. Soc. Citricult., v.2, p.696-9, 1977.

GUARDIOLA, J.L., et al. Influencia de las aplicaciones deácido giberélico durante la brotación en el desarrollo delos agrios. Ver. Agroquim. Tecnol. Aliment., v.20, p.139-43, 1980.

JIMENEZ-CUESTA, M., CAYUELA J.C., MARTINEZ-JAVEGA,J.M. Teoria y practica de la desverdizacion de los citricos.Ministério de Agricultura, Pesca y Alimentacion - I.N.I.A.,1983.

LENZ, F. Flower and fruti development in Valencia Lateorange as affected by type of inflorescence and nutritionalstatus. Hortic. Res., v.6, p.65-78, 1966.

LOVATT, C. L. et al. Influência do nitrogênio, carboidratos ereguladores de crescimento de plantas no florescimento,frutificação e produção de citros In: SEMINÁRIOINTERNACINAL DE CITROS - FISIOLOGIA, 2, 1992,Campinas. Anais... Campinas: Fundação Cargill, 1992.

36

Page 41: Reguladores Vegetais na Citricultura

p.27-42.

MALAVASI, A. et al. Uso de ácido giberélico em citros parao aumento da resistência ao ataque de moscas-das-frutas.Laranja, v.14, n.1, p.365-82, 1993.

MONSELISE, S.P.; GOLDSCHMIDT, E.E. Alternate bearingin Citrus and ways of control. Proc. Int. Soc. Citricult.,v.1, p.239-42, 1982.

MONSELISE, S.P., GOLDSCHMIDT, E.E., GOLOMB, A.Alternate bearing in fruit trees. Hortic. Rev., v.4,m p.128-73, 1981.

MONSELISE, S.P.; HALEVY, A. H. Chemical inhibition andpromotion of Citrus bud induction. Proc. Amer. Soc.Hortic. Sci., v.84, p.141-6, 1964.

MOSS, G.I. et al. Methods to control alternate cropping ofValencia orange trees in Australia. Proc. Int. Soc. Citricult.,v.2, p.704-8, 1977.

RAGONE, M.L. Os reguladores de crescimento no cultivocítrico na Argentina. In: SEMINÁRIO INTERNACINAL DECITROS - FISIOLOGIA, 2, 1992, Campinas. Anais...Campinas: Fundação Cargill, 1992. p.52-66.

SILVA, J. A. A.; MALAVASI, A. Uso de ácido giberélico emcitros. Inf. Coopercitrus, n.16, p.16, 1995.

SILVA, J. A. A., DONADIO, L. C., CAMPBELL, C. A. Effects ofGA3 dosis associated with organosilicone on sweetoranges in Brazil. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ONPLANT BIOREGULATORS IN FRUIT PRODUCTION, 8,1997, Valencia.

37

Page 42: Reguladores Vegetais na Citricultura

6. AGRADECIMENTO

A EECB e a Funep agradecem à SIPCAN AGRO, pelacolaboração na edição deste Boletim.

38